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Manual de tacógrafos - 1 - MANUAL DE TACOGRAFOS Tempos de condução, pausas e repouso

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Manual de tacógrafos

- 1 -

MANUAL DE TACOGRAFOS

Tempos de condução, pausas e repouso

Manual de tacógrafos

- 2 -

Índice

PREÂMBULO ...........................................................................................................................................................3

Tempos de condução e repouso ....................... ...............................................................................5

Introdução.........................................................................................................................................5

Definições.........................................................................................................................................6

Tempo máximo de condução contínua ............................................................................................8

Tempo máximo de condução diária .................................................................................................9

Período máximo de condução semanal ...........................................................................................9

Período máximo de condução em 2 semanas consecutivas...........................................................9

Repouso diário ...............................................................................................................................10

Repouso semanal...........................................................................................................................10

Tripulação múltipla .........................................................................................................................11

Cartão tacográfico danificado ou a funcionar defeituosamente ou não está na sua posse ..........12

Sinopse das regras ................................. .........................................................................................13

Tacógrafos ......................................... ...................................................................................................14

Tacógrafos analógicos .............................. ......................................................................................14

Âmbito de aplicação do Regulamento 561/2006........ ...................................................................15

Veículos excluídos..........................................................................................................................16

Homologação, instalação e controlo metrológico ..........................................................................18

Folha de diagrama ou de registo e sua compatibilidade................................................................20

Declaração de atividade.................................................................................................................24

Regras de utilização do tacógrafo analógico .................................................................................25

Fiscalização....................................................................................................................................33

Tacógrafos digitais ................................ ..........................................................................................34

Componentes .................................................................................................................................35

Modelos de tacógrafos digitais homologados (mais usados) ........................................................36

Obrigatoriedade..............................................................................................................................37

Cartão de tacógrafo........................................................................................................................38

Atividades do condutor ...................................................................................................................40

Símbolos dos países e as especificações em Espanha ................................................................41

Sinopse dos pictogramas ...............................................................................................................43

Interpretação de uma impressão das atividades do condutor .......................................................46

Descargas de dados do tacógrafo digital .......................................................................................48

Sinopse das regras.........................................................................................................................49

Percentagem de tempos de pausa ................................................................................................50

Quadro sancionatório............................... .......................................................................................51

DL 169/2009, de 31 de Julho .........................................................................................................51

Infrações imputáveis à empresa ....................................................................................................52

Infrações imputáveis ao condutor ..................................................................................................54

DL 27/2010 .....................................................................................................................................56

Bibliografia......................................................................................................................................59

Manual de tacógrafos

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Preâmbulo

O tacógrafo foi regulamentado há mais de 30 anos pela legislação da Comunidade

Europeia, sendo a sua norma mais relevante o Regulamento 3821/85. As especificações

técnicas do tacógrafo analógico (continua a ser utilizado presentemente) estão contidas no

Anexo 1 deste Regulamento. Durante este período de tempo, o tacógrafo analógico evoluiu

a partir das primeiras unidades mecânicas até às electrónicas.

Entendendo o sector do transporte como estratégico para o desenvolvimento económico do

país que se tornava necessário um controlo para estabelecer as regras da livre concorrência

no dito sector, antes da II Guerra Mundial (1939), surgiram na Alemanha uns aparelhos

registadores de diversos parâmetros (fundamentalmente tempo, velocidade e percurso).

Estes aparelhos denominados tacógrafos, os quais foram instalados em todos os veículos

destinados ao transporte de passageiros nos serviços públicos, com a passagem do tempo,

alargaram a sua utilização e passaram a ser utilizados com carácter geral pelo conjunto do

sector dos transportes devido à sua utilidade para controlar quer os itinerários e horários dos

condutores, quer a velocidade desenvolvida pelo veículo em qualquer momento do

percurso. De igual modo, observou-se a sua importância vital no domínio da investigação

posterior a um sinistro ao inter-relacionar quer a velocidade, lugar e hora do sinistro, quer o

comportamento e tempos de reacção do condutor.

Este tipo de aparelho com características analógicas passou a ser de instalação obrigatória

nos países da C.E.E. a partir do ano 1970 em todos os veículos que ultrapassassem um

P.M.A. superior a 3.500 kg e nos autocarros com mais de 9 lugares com carácter geral,

salvo nalguns casos em que, devido à sua pouca incidência no sector e nomeadamente,

porque não representavam concorrência face a outros agentes de transportes.

Com o intuito de melhorar a segurança no registo dos tempos de condução do condutor e as

velocidades do veículo, a Comunidade Europeia promoveu a regulação de um novo

dispositivo de gravação, o tacógrafo digital, cujas características técnicas estão incluídas no

Anexo IB, o qual foi adicionado ao Regulamento 3821/85 e publicado como Regulamento

1360/2002 (aprovado no dia 13 de Junho de 2002).

A experiência adquirida com o uso destes aparelhos durante os primeiros anos de

funcionamento evidenciou a necessidade de adaptar ao progresso técnico, pela décima vez,

o Regulamento 3821/85, o qual foi levado a cabo mediante o Regulamento 1266/2009 da

Comissão, aprovado em 16 de Dezembro de 2009.

Paralelamente ao normativo sobre o tacógrafo, têm vindo a ser adaptadas as disposições

em matéria social. Para tanto, foi aprovado o Regulamento (EC) Nº 561/2006 em matéria

Manual de tacógrafos

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dos tempos de condução e períodos de descanso dos condutores profissionais e a Directiva

associada 2006/22/EC, aumentado o número de controlos mínimos a realizar pelos Estados

e que introduz novos requisitos para melhorar a sua qualidade, ambas adoptadas em 15 de

Março de 2006.

A ultima legislação rodoviária emanada pela união europeia sobre a questão dos tacógrafos,

o Regulamento (EU) n.º 165/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 04 de

Fevereiro de 2014, estabeleceu as obrigações e os requisitos relacionados com a

construção, instalação, utilização, ensaio e controlo dos tacógrafos utilizados nos

transportes rodoviários para verificar o cumprimento do Regulamento (CE) n. o 561/2006, da

Diretiva 2002/15/CE do Parlamento Europeu e do Conselho e da Diretiva 92/6/CEE do

Conselho.

Este regulamento vai entrar em vigor em duas fases, sendo a primeira em 02 de março de

2015, referente aos artigos: 24.º - Aprovação de instaladores, oficinas e fabricantes de

veículos, 34.º - Utilização dos cartões de condutor e das folhas de registo e 45.º - Alteração

do Regulamento (CE) n.º 561/2006, de 15MAR, entrando o restante regulamento em 02 de

Março de 2016.

Este regulamento, foi elaborado para acompanhar a grande evolução que sofreram os

transportes rodoviários por estrada, o qual nos trás um salto qualitativo, nomeadamente na

possível obrigação de sensores de peso em veículos pesados de mercadorias, a utilização

de tacógrafos ligados a um sistema global de navegação por satélite até á criação de

registos electrónicos nacionais e assegurada a interconexão dos mesmos.

O objectivo do estabelecimento de um controlo horário nos transportes apresenta três eixos

fundamentais nos quais assentam quer as leis quer os seus regulamentos de

desenvolvimento, como os seguintes:

- Segurança rodoviária

- Melhoria das condições de trabalho dos condutores

- Estabelecer as regras da livre concorrência no transporte por estrada

A obrigatoriedade do uso do aparelho Tacógrafo alarga-se não só dentro dos membros da

União Europeia, mas também aos do espaço económico europeu (Noruega, Islândia e

Suíça) e aos países com os que a mesma mantém acordos multilaterais (AETR ou

INTERBUS). Ficam isentos quer da instalação quer do seu uso, uma série de veículos que,

devido à sua incidência no sector não se considera necessária a sua utilização (veículos

policiais, emergência, linhas regulares de passageiros que não ultrapassem 50 km. de

itinerário etc.)

Manual de tacógrafos

- 5 -

1. TEMPOS DE CONDUÇÃO E REPOUSO

1.1. INTRODUÇÃO

Em 1985, O Regulamento CEE nº 3820/85, de 20 de Dezembro de 1985 veio disciplinar a

aplicação homogénea em todos os países membros da Comunidade Europeia, de algumas

disposições comuns em matérias de natureza sócio-laboral, designadamente:

• Idade mínima dos condutores

• Tempos de condução

• Tempos de repouso

• Aplicação do AETR (Acordo Europeu relativo ao Trabalho das Tripulações dos

Veículos que efectuem Transportes Rodoviários Internacionais) aos transportes

internacionais com destino ou provenientes de países terceiros, ou entre dois países

terceiros em trânsito no território de um Estado Membro

Pretendeu-se através da sua aplicação conseguir três objectivos:

• Melhorar a segurança da circulação rodoviária

• Favorecer a melhoria das condições de trabalho e de vida dos condutores

• Harmonizar as condições de concorrência entre empresas de transporte rodoviário

Mantendo os 3 objectivos preconizados foi publicado o Regulamento (CE) nº 561/2006, de

15 de Março de 2006 (publicado no JO nº 102 Série L de 11-Abril-2006) que revogou o

Regulamento 3820/85 e altera o Regulamento 3821/85 de 20 de Dezembro, relativo ao

tacógrafo.

Este Regulamento pretende ser de mais fácil compreensão, interpretação e aplicação pelas

empresas de transportes rodoviários e pelas autoridades fiscalizadoras de modo a garantir

uma execução eficaz e uniforme, das regras aí estabelecidas, nos diferentes países onde

tem de ser cumprida.

Os Estados Membros poderão estabelecer tempos de pausa e repouso mais elevados e

tempos de condução menos elevados que os estabelecidos no Regulamento 561/2006, aos

transportes rodoviários efectuados inteiramente no seu território, ficando os condutores que

efectuem transportes internacionais abrangidos pelas regras do Regulamento.

Manual de tacógrafos

- 6 -

1.3. DEFINIÇÕES

Com vista à correcta aplicação e interpretação das suas disposições o Regulamento CE nº

561/20061, estabelece um conjunto de definições, das quais destacamos as seguintes:

• Transporte Rodoviário: Qualquer deslocação por estradas abertas ao uso público,

em vazio ou em carga, de um veículo afecto ao transporte de mercadorias;

• Condutor: Qualquer pessoa que conduza o veículo, mesmo durante um curto

período, ou que, no contexto da actividade que exerce, esteja a bordo de um veículo

para poder eventualmente conduzir;

• Tripulação Múltipla: A situação que se verifica quando, durante qualquer período de

condução efectuado entre dois períodos consecutivos de repouso diário ou entre um

período de repouso diário e um período de repouso semanal, há pelo menos dois

condutores no veículo para conduzir. A presença de outro ou outros condutores é

facultativa durante a primeira hora de tripulação múltipla, mas obrigatória no resto do

período;

• Semana: O período compreendido entre as 00.00 horas de Segunda-feira e as 24

horas de Domingo;

• Período de Condução: período de condução acumulado a partir do momento em

que o condutor começa a conduzir após um período de repouso ou uma pausa, até

gozar um período de repouso ou uma pausa. O período de condução pode ser

contínuo ou não.

• Tempo Diário de Condução : total acumulado dos períodos de condução entre o

final de um período de repouso diário e o início do período de repouso diário

seguinte ou entre um período de repouso diário e um período de repouso semanal;

• Pausa: período durante o qual o condutor não pode efectuar nenhum trabalho de

condução ou outro e que é exclusivamente utilizado para recuperação;

• Repouso: período ininterrupto durante o qual o condutor pode dispor livremente do

seu tempo;

• Tempo Semanal de Condução: Total acumulado dos períodos de condução

durante uma semana;

• Tempo de disponibilidade: Os períodos diferentes das pausas e dos descansos,

durante os quais o trabalhador móvel não leva a cabo nenhuma actividade de

condução ou outros trabalhos e não está obrigado a permanecer no seu local

- 6 -- 6 - 1 Ver art. 4.º

Manual de tacógrafos

- 7 -

de trabalho , mas deve estar disponível para responder a eventuais instruções que

lhe ordenem empreender ou reiniciar a condução ou realizar outros trabalhos.

• Interrupções da condução e períodos de descanso: Qualquer período durante o

qual um condutor não pode levar a cabo nenhuma actividade de condução ou

outro trabalho e destinado exclusivamente para o seu repouso.

• Outros Trabalhos: É considerado como outro trabalho, todas as actividades

definidas como tempo de trabalho na alínea a) do artº 3º da Directiva 2002/15/CE

• Qualquer actividade distinta da condução em que o trabalhador se encontra à

disposição do empregador e no exercício das suas funções ou actividades,

nomeadamente:

• Operações de carga e descarga;

• Limpeza e manutenção técnica;

• Todas as restantes tarefas destinadas a assegurar a segurança do veiculo

e carga, ou a satisfazer as obrigações legais ou regulamentais directamente

ligadas à operação de transporte, incluindo o controle das operações de

carga e descarga, formalidades administrativas com a policia, alfandegas,

serviços de emigração, etc. o tempo dedicado a cumprir as obrigações legais

directamente vinculadas com uma operação de transporte, assim como o

período de tempo utilizado por um condutor, dentro da sua jornada laboral, na

condução de um veículo não abrangido no âmbito de a plicação deste

Regulamento

• Outros períodos durante os quais o condutor não pode dispor livremente do

seu tempo sendo-lhes exigida a presença no posto de trabalho, pronto para

retomar o trabalho normal, desempenhando certas tarefas associadas ao

serviço, nomeadamente períodos de espera pela carga ou descarga cuja

duração previsível não seja antecipadamente conhecida;

• Qualquer trabalho prestado ao mesmo ou a outro empregador dentro ou fora

do sector dos transportes.

• Período de repouso diário regular: período de repouso de, pelo menos, 11 horas .

Em alternativa, este período de repouso diário regular pode ser gozado em dois

períodos, o primeiro dos quais deve ser um período ininterrupto de, pelo menos, 3 horas

e o segundo um período ininterrupto de, pelo menos, 9 horas ;

• Período de repouso diário reduzido: período de repouso de, pelo menos, 9 horas ,

mas menos de 11 horas

Manual de tacógrafos

- 8 -

• Período de repouso semanal: período semanal durante o qual o condutor pode

dispor livremente do seu tempo e que compreende um "período de repouso semanal

regular" ou um "período de repouso semanal reduzido":

• Período de repouso semanal regular: período de repouso de, pelo menos, 45

horas ;

• Período de repouso semanal reduzido: período de repouso de menos de 45 horas ,

que pode, nas condições previstas no n.º 6 do artigo 8.º, ser reduzido para um mínimo

de 24 horas consecutivas

1.4. OS TEMPOS DE CONDUÇÃO E REPOUSO

O Regulamento CE nº 561/2006, estabelece normas quanto a:

• Tempos máximos de condução contínua2;

• Tempos máximos de condução diária3;

• Pausas2;

• Repousos diários e semanais4; e

• Períodos máximos de condução consecutiva (semanal e bi-semanal)3.

Tempo máximo de condução contínua

A regra é a de que a duração máxima de condução contínua é de 4 h 30 m .

Findo esse período o condutor deve fazer uma interrupção contínua de pelo menos 45

minutos , excepto se iniciar um período de repouso.

A interrupção contínua pode ser substituída por pausas fraccionadas: uma, de pelo menos,

15 minutos seguida de outra, de pelo menos 30 minutos .

Estas interrupções (pausas) não são consideradas períodos de repouso.

Durante as interrupções o condutor não pode efectuar outros trabalhos.

- 8 -- 8 - 2 Ver art. 7.º, Regulamento n.º 516/2006, de 15 de Março;

3 Ver art. 6.º, Regulamento n.º 561/2006;

4 Ver art. 8.º, Regulamento n.º 561/2006;

Manual de tacógrafos

- 9 -

Tempo máximo de condução diária 3

Regra geral: 9 horas , com possibilidade de, não mais de duas vezes por semana, poder ser

alargado até um máximo de 10 horas .

Período máximo de condução semanal 3

O condutor pode conduzir durante 6 dias consecutivos, mas respeitando um máximo de 56

horas .

Período máximo de condução em 2 semanas consecutiva s3

A duração total de condução quinzenal não pode ultrapassar 90 horas .

Por exemplo, se numa semana o motorista conduzir 56 horas, na semana seguinte só

poderá conduzir 34 horas, uma vez que somando ambas se chegará ao limite das 90 horas.

CONDUÇÃO BI-SEMANAL

Desde que não seja comprometida a segurança rodoviária e com o objectivo (exclusivo)

de permitir atingir um ponto de paragem adequado, o condutor pode exceder os tempos

máximos de condução, na medida do necessário, para assegurar a segurança das

pessoas, do veículo ou da sua carga. O condutor deve mencionar o tipo e o motivo do

excesso de condução no verso da folha de registo do aparelho de controlo, numa

impressão de dados ou no seu registo de serviço – Artigo 12º do Regulamento 561/2006.

Manual de tacógrafos

- 10 -

Repouso diário 4

Repouso regular: em cada período de 24 horas o condutor deve gozar um repouso de pelo

menos 11 horas consecutivas ou, em alternativa gozar em dois períodos, o primeiro de,

pelo menos, 3 horas consecutivas e o segundo de 9 horas consecutivas , pelo menos.

Repouso reduzido: repouso de, pelo menos, 9 horas mas menos de 11 horas.

Podem ser efectuados, no máximo, 3 períodos de repouso reduzido, entre cada dois

períodos de descanso semanal, sem necessidade de qualquer compensação.

Repouso diário (2 motoristas)

Cada condutor deve gozar um período de pelo menos 9 horas consecutivas , nas 30 horas

que sigam ao termo de um período de repouso diário ou semanal.

Repouso semanal 4

O período de repouso semanal deve começar o mais tardar no fim de seis períodos de 24

horas a contar do fim do período de repouso semanal anterior.

Repouso regular: repouso de, pelo menos, 45 horas .

Repouso reduzido: repouso de menos de 45 horas mas de, pelo menos, 24 horas . Esta

redução deve ser compensada mediante um período de repouso equivalente, gozado de

uma só vez, antes do final da terceira semana a contar da semana em curso.

Manual de tacógrafos

- 11 -

Em cada período de duas semanas consecutivas, o condutor deve gozar pelo menos:

• dois períodos de repouso semanal regular; ou

• um período de repouso semanal regular e um período de repouso semanal reduzido.

1.5 Tripulação múltipla

CONDUÇÃO EM EQUIPA5

A situação na qual, durante qualquer período de condução, entre dois períodos consecutivos

de descanso diário quaisquer, ou entre um período de descanso diário e um período de

descanso semanal, existam, pelo menos, dois condutores no veículo que participem na

condução.

Durante a primeira hora de condução em equipa, a presença de outro condutor ou

condutores é optativa, porém, durante o período restante é obrigatória.

6Na hipótese de condução em equipa (veículos com dois condutores), cada condutor deve

desfrutar de um descanso diário de 9 horas consecutivas no mínimo durante o período

de tempo de 30 horas após a finalização do seu período de descanso anterior.

7O descanso diário pode ser efectuado no veículo, sempre que o mesmo disponha de

cabine-cama e esteja estacionado .

8A tripulação estará obrigada a

respeitar a legislação estabelecida

para os períodos de tempo de

condução em matéria diária

semanal e bissemanal assim como

os períodos de tempo de descanso

semanal.

- 11 -- 11 - 5 Ver art. 4.º, al. o), Regulamento n.º 561/2006; 6 Ver art. 8.º, n.º 5, Regulamento n.º 561/2006; 7 Ver art. 8.º, n.º 8, Regulamento n.º 561/2006; 8 Ver art. 8.º, n.º 5, Regulamento n.º 561/2006;

Manual de tacógrafos

- 12 -

No caso de o condutor acompanhar um veículo transportado em transbordador (ferry) ou em

comboio e gozar um período de repouso diário regular, este período pode ser interrompido ,

no máximo duas vezes , por outras actividades que, no total, não ultrapassem uma hora .

Durante o referido período de repouso diário regular, o condutor deve dispor de uma cama

ou beliche9.

O tempo gasto pelo condutor para se deslocar para ou de um veículo abrangido pelo

presente regulamento que não esteja junto à residência do condutor ou junto à empresa

onde o condutor está normalmente baseado não será contado como repouso nem como

pausa, a menos que o condutor se encontre num transbordador (ferry) ou comboio e tenha

acesso a um beliche ou cama10.

1.6 Cartão tacográfico danificado, a funcionar defe ituosamente ou não estiver na sua posse 11 Na eventualidade de deterioração ou mau funcionamento do cartão de condutor ou no caso de não estar na sua posse, o condutor deverá:

� realizar uma impressão , no início da viagem, dos detalhes do veículo que conduz, na qual incluirá:

� os dados que permitam identificar o condutor (nome e apelidos, cartão de condutor ou número da carta de condução), a sua assinatura, e � os períodos de condução, disponibilidade ou outros trabalhos .

� realizar uma impressão , no fim da viagem, com os dados relativos aos períodos de

tempo registados pelo aparelho de controlo, registar todos os períodos de outros trabalhos, disponibilidade, pausas e descanso transcorridos a partir da realização da impressão na altura de iniciar a viagem, quando não tiverem sido registados pelo tacógrafo, e indicar no dito documento os dados que permitam identificar o condutor (nome e apelidos, cartão de condutor ou número da carta de condução), e a assinatura do condutor.

- 12 -- 12 - 9 Ver art. 9.º, n.º 1, Regulamento n.º 561/2006; 10 Ver art. 9.º, n.º 2, Regulamento n.º 561/2006; 11 Ver art. 15.º, n.º 1, al. a), Regulamento n.º 3821/85, de 20 de Dezembro (versão 2010)

Manual de tacógrafos

- 13 -

Tempos de condução e repouso – Síntese das Regras

Tempo máximo de condução

contínua • 4 h 30 m

Interrupção mínima de condução

continua (pausa)

� 45 minutos, ou

� 2 períodos: um de 15 m seguido de outro de

30 m

Tempo máximo de condução

diária

� 9 h / com possibilidade 10 h, 2 vezes por

semana

Período máximo de condução

consecutiva • 6 dias e um máximo de 56 horas

Período máximo de condução

consecutiva em 2 semanas � 90 h

Repouso diário em cada período

de 24 h:

a) um condutor

b) dois condutores

� 11 horas consecutivas com possibilidade de

redução para 9 horas três vezes por semana;

ou

� 12 horas, em dois períodos um de 3 h outro de

9 h

� Em cada período de 30 horas: 9 horas

Descanso semanal mínimo

� 45 horas consecutivas com possibilidade de

redução para 24 horas

Sempre com compensação correspondente gozada

em bloco antes do fim da 3ª semana seguinte à

semana em causa

Manual de tacógrafos

- 14 -

2. TACÓGRAFO

Com vista a controlar e a registar os tempos de condução e repouso das tripulações dos

veículos de transportes rodoviários de mercadorias nacionais e internacionais previstos no

Regulamento CE nº 561/2006, de que falou anteriormente, o Regulamento CEE nº 3821/85

de 20 de Dezembro, introduziu um aparelho de controlo denominado TACÓGRAFO.

O TACÓGRFO é um aparelho de controlo destinado a ser instalado a bordo de veículos

automóveis para indicação e registo automático ou semi-automático de dados: velocidade,

tempos de condução e repouso, distâncias percorridas, assim como certos tempos de

trabalho e de descanso dos seus condutores12.

- 14 -- 14 - 12 Ver Anexo I, ponto I, al. a), Regulamento n.º 3821/85, de 20 de Dezembro (versão 2010)

Exemplo de um aparelho de

tacógrafo analógico.

Exemplo de um aparelho de

tacógrafo digital.

Manual de tacógrafos

- 15 -

3.1.- QUADRO NORMATIVO EUROPEU

O Regulamento CE nº 561/2006, de 15 de Março de 2006, harmoniza algumas disposições

em matéria social no sector dos transportes rodoviários e modifica os Regulamentos

3821/85 e o 2135/98, e derroga o Regulamento 3820/85.

REGULAMENTO (CE) 561/2006.

DIRECTIVA 2002/15/CE.

REGULAMENTO (CE) 1073/2009.

3.2.- ÂMBITO DE APLICAÇÃO REGULAMENTO (CE) nº 561/2 006

O Regulamento (CE) n.º 561 aplicar-se-á ao transporte por estrada de13:

• Mercadorias quando a MMA dos veículos, incluindo reboque ou semi-reboque, for

superior a 3,5 toneladas.

• Passageiros em veículos fabricados ou adaptados de forma permanente para transportar

mais de nove pessoas, incluindo o condutor e destinados para essa finalidade.

Entende-se por transporte por estrada qualquer deslocação realizada, total ou parcialmente,

por uma estrada aberta ao público de um veículo, vazio ou com carga, destinado ao

transporte de passageiros ou de mercadorias14.

O Regulamento (CE) nº 561/2006 aplicar-se-á independentemente do país da matrícula do

veículo aos transportes por estrada que se efectuem:

Exclusivamente dentro da Comunidade Económica Europ eia.

Entre a Comunidade Económica Europeia, Suíça e os países do Espaço Económico

Europeu (Noruega, Islândia, Liechtenstein).

Aplicar-se-á o AETR, aos transportes que se efectuem em parte em algum lugar fora da

Comunidade Económica Europeia, Suíça e países do espaço Económico Europeu, para:

� Os veículos matriculados na CE ou em algum país abrangido pelo AETR, em todo o

trajecto.

� Os veículos de terceiros países, não CEE, nem AETR, apenas no lanço do trajecto

efectuado no território da Comunidade ou em países do AETR.

- 15 -- 15 - 13Ver art. 2.º, n.º 1, Regulamento n.º 561/2006; 14Ver art. 4.º, al. a), Regulamento n.º 561/2006;

Manual de tacógrafos

- 16 -

2.1.VEÍCULOS EXCLUÍDOS

Todos os veículos afectos aos transportes excepcionados do âmbito de aplicação dos

tempos de condução e repouso, Regulamento CE nº 561/2006, art.º 3.º, estão isentos da

instalação e utilização de tacógrafo – por exemplo: veículos propriedade das forças

armadas, bombeiros ou forças policiais.

Regulamento CEE nº 561/2006

(Em vigor, nesta matéria, a partir de 11 de Abril d e 2007)

− Veículos afectos ao serviço regular de

transporte de passageiros, cujo percurso de linha não ultrapasse 50 quilómetros;

− Veículos cuja velocidade máxima

autorizada não ultrapasse 40 km/hora; − Veículos que sejam propriedade das

forças armadas, da protecção civil, dos bombeiros ou das forças policiais ou alugados sem condutor por estes serviços, quando o transporte for efectuado em resultado das funções atribuídas a estes serviços e estiver sob o controlo destes;

− Veículos, incluindo aqueles utilizados em

operações não comerciais de transporte de ajuda humanitária, utilizados em situações de emergência ou operações de salvamento;

− Veículos especializados afectos a

serviços médicos;

− Veículos especializados de pronto-

socorro circulando num raio de 100 km a partir do local de afectação;

− Veículos que estejam a ser submetidos a

ensaios rodoviários para fins de aperfeiçoamento técnico, reparação ou manutenção, e veículos novos ou transformados que ainda não tenham sido postos em circulação;

− Veículos ou conjuntos de veículos com

massa máxima autorizada não superior a 7,5 toneladas, utilizados em transportes não comerciais de mercadorias;

− Veículos comerciais com estatuto

histórico de acordo com a legislação do Estado-Membro em que são conduzidos, que sejam utilizados para o transporte não comercial de passageiros ou de mercadorias.

Cada Estado-Membro pode isentar, de uma lista existente no Regulamento, os transportes

efectuados no seu território – por exemplo, em Portugal foram isentados os transportes

efectuados por veículos afectos à instrução automóvel e veículos afectos aos serviços de

esgotos e de recolha de lixo (ver quadro seguinte).

Manual de tacógrafos

- 17 -

Portaria 222/2008

(Em vigor, nesta matéria, a partir de 6 de Março de 2008)

− Empresas agrícolas, hortícolas,

florestais, pecuárias ou de pesca, em veículos utilizados para o transporte das mercadorias da sua actividade empresarial, num raio máximo de 100 km a partir da base da empresa;

− Tractores agrícolas e florestais,

utilizados em actividades agrícolas e florestais, num raio máximo de 100 km a partir da base da empresa que detém o veículo;

− Veículos ou conjuntos de veículos com

peso bruto não superior a 7,5 t, que transportem materiais, equipamento ou máquinas a utilizar pelo condutor no exercício da sua profissão, num raio de 50 km a partir da base da empresa que detém o veículo e na condição de a actividade principal do condutor não ser a condução dos veículos;

− Veículos afectos ao transporte de

mercadorias, com propulsão a gás natural ou liquefeito ou a electricidade, cujo peso máximo autorizado não exceda 7,5 t, incluindo reboques ou semi-reboques, utilizados num raio de 50 km a partir da base da empresa que detém o veículo;

− Veículos afectos à instrução e a exames

de condução automóvel, bem como à formação profissional de motoristas;

− Veículos afectos a serviços de esgotos,

de protecção contra inundações, de manutenção de instalações de fornecimento de água, gás e electricidade, de manutenção e controlo da rede viária;

− Veículos afectos a serviços de recolha e

tratamento de lixo doméstico;

− Veículos afectos a serviços de telégrafo

e telefone, de radiodifusão e teledifusão e de detecção de postos emissores ou receptores de rádio ou de televisão;

− Veículos de características especiais

adaptados ao transporte de fundos e ou valores;

− Veículos especializados que transportem

material de circo ou de feira de diversões;

− Veículos especialmente equipados para

projectos móveis, cujo objectivo principal seja a utilização para fins educativos, quando estacionados;

− Veículos utilizados na recolha de leite

nas quintas/explorações agrícolas ou na devolução às quintas/explorações agrícolas de contentores para leite ou lacticínios destinados à alimentação do gado;

− Veículos utilizados para o transporte de

animais vivos de explorações agrícolas para os mercados locais e vice-versa, ou dos mercados para os matadouros locais num raio máximo de 50 km;

− Veículos utilizados para o transporte de

desperdícios ou carcaças de animais não destinados ao consumo humano;

− Veículos utilizados exclusivamente nas

redes viárias existentes no interior de instalações como, por exemplo, portos, interfaces e terminais ferroviários;

− Veículos com lotação entre 10 e 17

lugares utilizados para o transporte não comercial de passageiros, considerando-se como tal o que se realiza com fins exclusivamente privados.

Manual de tacógrafos

- 18 -

2.2. HOMOLOGAÇÃO E INSTALAÇÃO

Os tacógrafos devem ser homologadas por um Estado Membro15, de acordo com as normas

comunitárias, sendo que a sua instalação e montagem só pode ser efectuada por empresas

e oficinas autorizadas para o efeito16.

O tacógrafo deve ser concebido de forma a:

- Permitir que os agentes encarregados do controlo possam ler, após eventual

abertura do aparelho, os registos relativos às nove horas anteriores à hora do

controlo, sem deformar de forma permanente, danificar ou sujar a folha.

- Verificar, sem abertura da caixa, se os registos estão a ser efectuados.

IMPORTANTE:

QUER O EMPREGADOR QUER O CONDUTOR DEVERÃO ZELAR PEL O

BOM FUNCIONAMENTO E UTILIZAÇÃO CORRECTA DO TACÓGRAF O17

2.3. CONTROLO METROLÓGICO18

O controlo metrológico dos tacógrafos, para além da aprovação do modelo, compreende as

operações seguintes:

− Primeira verificação (em duas fases);

− Verificação periódica;

− Verificação extraordinária.

� Primeira verificação

A primeira verificação dos tacógrafos consistirá em:

− 1.ª fase , a efectuar no banco de ensaios do fabricante, importador ou reparador,

compreendendo os ensaios de distância, velocidade e tempos;

− 2.ª fase, após instalação, compreendendo a verificação da adaptação do coeficiente

w do veículo à constante k do tacógrafo e a verificação das respectivas condições de

instalação.

O instalador deverá colocar uma chapa de instalação em conformidade com as

especificações regulamentares.

- 18 -- 18 - 15 Ver art. 4.º, Regulamento n.º 3821/85 16 Ver art. 12.º, n.º 1, Regulamento n.º 3821/85 17 Ver art. 13.º, Regulamento n.º 3821/85 18 Ver Anexo I, ponto VI, Regulamento n.º 3821/85, de 20 de Dezembro (versão 2010)

Manual de tacógrafos

- 19 -

� Verificação periódica

Os Aparelhos instalados nos veículos serão submetidos a um controlo periódico sempre que

o aparelho for reparado ou seja efectuada alguma modificação do coeficiente característico

do veículo ou da circunferência efectiva dos pneus das rodas, ou se a hora UTC do aparelho

estiver atrasada ou adiantada mais de 20 minutos, ou se o número de matrícula mudar e

pelo menos no prazo de 2 anos desde o último controlo.

A verificação periódica deverá ser efectuada de dois em dois anos e constará das

operações de controlo regulamentares.

A determinação dos erros das indicações fornecidas pelos dispositivos indicadores e

registadores do tacógrafo será efectuada de seis em seis anos.

Esta chapa de instalação será utilizada tanto pelo instalador como pela oficina aprovada.

Distintos modelos de chapas de instalação19:

Selagem

Os tacógrafos deverão possuir dispositivos para selagem nos elementos seguintes:

− Placa de instalação;

− Extremidades da ligação entre o tacógrafo e o veículo;

− Dispositivo corrector e sua inserção no circuito;

− Dispositivo de comutação para veículos com várias relações de transmissão no

diferencial;

− Invólucro para proteger as partes interiores do tacógrafo.

19 Ver Anexo I, ponto V, Regulamento n.º 3821/85, de 20 de Dezembro (versão 2010)

Manual de tacógrafos

- 20 -

2.4.FOLHA DE REGISTO (OU DISCO DO TACÓGRAFO) 20

As folhas de registo devem ser de uma qualidade tal que não impeçam o funcionamento

normal do aparelho e permitam que os registos que nelas se efectuem sejam indeléveis e

claramente legíveis e identificáveis.

Folha de Registo no caso dos Tacógrafos Analógicos:

2.4.1 - Disco diagrama e sua utilização/ Compatível com o Tacógrafo

• Folha concebida para receber e fixar registos, a colocar no tacógrafo e sobre o qual

os dispositivos de marcação do mesmo inscreverão de forma contínua os diagramas

a registar.

• Os discos diagramas/ folhas de registo têm a duração de 24 horas 21, não podendo

ser utilizadas por período de tempo superior e devem ser de modelo homologado

para o respectivo tacógrafo .

• A identificação do disco diagrama é feita pelo número de aprovação CEE junto do

qual estão os números de aprovação CEE dos modelos dos tacógrafos onde estes

discos diagramas/ folhas de registo podem ser utilizadas.

22

- 20 -- 20 - 20 Ver Anexo I, ponto IV, Regulamento n.º 3821/85, de 20 de Dezembro (versão 2010) 21 Ver Anexo I, ponto IV, n.º 2, Regulamento n.º 3821/85, de 20 de Dezembro (versão 2010) 22 Ver Anexo II, ponto I, Regulamento n.º 3821/85, de 20 de Dezembro (versão 2010)

A marca de homologação é composta pela letra “e”

seguida da identificação do país homologante -

PORTUGAL

Manual de tacógrafos

- 21 -

Para este aparelho de

tacógrafo a folha de

diagrama indicada, teria

que ter as inscrições

Esta folha de diagrama seria a indicada para o

e1 - 137, mas pode ser utilizada neste

aparelho de tacógrafo, pois é compatível.

Manual de tacógrafos

- 22 -

Quanto à utilização e conservação das folhas de registo, cumpre salientar que:

O empregador 23

� Deverá entregar aos condutores o número suficiente de folhas de registo (de modelo

homologado e adequadas ao tacógrafo instalado), tendo em conta o carácter

individual dessas folhas, a duração do serviço e a exigência de substituir,

eventualmente, as folhas danificadas ou apreendidas por um agente encarregado do

controlo.

� Deverá conservar as folhas de registo, em boa ordem, durante um período de, pelo

menos, um ano a partir da sua utilização e remeter uma cópia aos condutores

interessados, caso estes o exijam. As folhas devem ser apresentadas ou remetidas

às entidades fiscalizadoras sempre que solicitado24.

Os condutores 25

� Não podem utilizar folhas de registo sujas ou danificadas, pelo que as devem

proteger de forma adequada:

� No caso de se danificar uma folha que contenha registos, os condutores devem

juntar a folha danificada à folha de reserva utilizada para a substituir;

� Devem utilizar as folhas de registo sempre que conduzem, a partir do momento em

que tomem o veículo a seu cargo:

� Não podem retirar a folha de registo antes do fim do período de trabalho diário ou

abrir o tacógrafo, a menos que esta operação seja para trocar de viatura ou no acto

de uma fiscalização ou numa situação excepcional para verificação do horário;

� Não podem utilizar a folha de registo por um período mais longo do que aquele para

o qual foi destinada (normalmente 24 horas)

A PARTIR DE 1 DE JANEIRO DE 2008 26

OS MOTORISTAS TERÃO QUE APRESENTAR OS REGISTOS DO DIA EM CURSO E OS

DOS 28 DIAS ANTERIORES

IMPORTANTE:

- 22 -- 22 - 23 Art. 14.º, n.º 1, 1.ª parte, Reg. n.º 3821/85, de 20 de Dezembro 24 Art. 15.º, n.º 2, Reg. 3821/85 25 Art. 15.º, n.º 2, reg. 3821/85 26 Art. 15.º, n.º 7, al. a), Reg. 3821/85

Manual de tacógrafos

- 23 -

AS FOLHAS DE REGISTO SÃO PESSOAIS ⇒ DEVERÃO SEMPRE ACOMPANHAR O

CONDUTOR E NÃO O VEÍCULO.

O condutor de veículo equipado com tacógrafo digital deve estar em condições de

apresentar às entidades fiscalizadoras27:

� O cartão de condutor de que for titular

� Qualquer registo manual e impressão efectuados durante a semana em curso e nos

28 dias anteriores

� Os discos da semana em curso e os discos utilizados nos 28 dias anteriores, no caso

de ter conduzido um veículo com tacógrafo clássico

O condutor de veículo equipado com tacógrafo clássico deve estar em condições de

apresentar às entidades fiscalizadoras:

� Os discos da semana em curso e os discos utilizados nos 28 dias anteriores

� O cartão de condutor, se o possuir

� Qualquer registo manual e impressão efectuados durante a semana em curso e nos

28 dias anteriores.

- 23 -- 23 - 27 Art. 15.º, n.º 7, al. b), Reg. 3821/85

Manual de tacógrafos

- 24 -

ATENÇÃO!

Os registos efectuados no tacógrafo são a primeira fonte de informação nos controlos na

estrada. A ausência de registos (quer se trate de tacógrafo analógico, quer se trate de

tacógrafo digital) só se pode justificar quando, por razões objectivas, não tenha sido possível

realizar registos no tacógrafo, incluindo entradas efectuadas manualmente. Em tais casos,

de ausência de registos dos motoristas no aparelho tacográfico deve ser emitida Declaração

de Actividade padronizada conforme, que confirme tais razões de ausência.

Esta Declaração não é de modelo livre e só pode ser utilizada nas situações nela previstas.

Efectivamente, haverá que respeitar na íntegra o Modelo de Declaração de Actividade

estabelecido na Decisão da Comissão, de 14 de Dezembro de 2009, publicada no J.O nº

330 Série L de 14-Dez-2009.

Este formulário é aceite em toda a União Europeia e em qualquer língua oficial da UE. O seu

formato normalizado facilita a compreensão uma vez que contém campos predeterminados

numerados para preenchimento.

O formulário deve ser preenchido à máquina e para ser válido, deverá ser assinado antes

da viagem, quer pelo representante da empresa quer pelo condutor.

O texto do formulário não pode ser alterado, e entr e o campo 14 e 19 , só pode utilizar

um deles (x) em cada declaração.

É possível efectuar o download do formulário electrónico no seguinte link:

http://ec.europa.eu/transport/road/social_provisions/form_attestation_activities_en.htm

Manual de tacógrafos

- 25 -

2.5.REGRAS DE UTILIZAÇÃO DO TACÓGRAFO ANALÓGICO

1º PASSO (ANTES DO INÍCIO DO TRABALHO):

Os condutores, antes da colocação da folha de registo no tacógrafo, devem anotar na

mesma, manualmente e de forma legível , as seguintes indicações28:

2º PASSO:

O condutor deve colocar a folha, certificando-se da concordância horária na folha e a hora

legal do país onde o veículo foi matriculado e fechar o tacógrafo.

- 25 -- 25 - 28 Art. 15.º, n.º 5, reg. 3821/85

Nome e apelido do condutor

O lugar do início do transporte

A data do início do serviço

Matrícula do veículo

Quilometragem antes do início do serviço

Manual de tacógrafos

- 26 -

3º PASSO: SELECCIONAR O COMUTADOR:

O condutor deverá accionar os dispositivos de comutação para a posição correspondente à

actividade a desenvolver.

O comutador indica:

� Sob o símbolo : o tempo de condução

� Sob o símbolo : outros tempos de trabalho (ver definição)

� Sob o símbolo : o tempo de disponibilidade, que compreende:

� Períodos não correspondentes a períodos de pausa

� Períodos de repouso, durante os quais o trabalhador móvel não é obrigado a

permanecer no seu posto de trabalho, mantendo-se no entanto disponível para

responder a eventuais solicitações no sentido de iniciar ou retomar a condução

ou de efectuar outros trabalhos. São considerados tempo de disponibilidade,

nomeadamente, os períodos durante os quais o trabalhador móvel acompanha

um veículo embarcado num ferry-boat ou transportado de comboio, bem como

os períodos de espera nas fronteiras ou devido a proibições de circulação

� Tempo passado ao lado do condutor ou numa “cama” durante a marcha do

veículo.

� Sob o símbolo : as interrupções da condução e os p eríodos de repouso

diário.

Manual de tacógrafos

- 27 -

Quando, em virtude do seu afastamento do veículo, os condutores não possam utilizar os

elementos do aparelho instalado no veículo, os períodos de “outros tempos de trabalho”,

“interrupções da condução e os períodos de repouso diário” e “tempo de disponibilidade”,

devem figurar na folha de registo por inscrição manual, registo automático ou qualquer outro

processo, de forma legível e sem sujar as folhas.

4º PASSO: ABRIR O TACÓGRAFO E RETIRAR O DISCO (APÓS O TRABALHO DIÁRIO)

Quando terminar o serviço diário ou quando expirar a duração da folha de registo (em regra

24 horas), o condutor deve retirar a folha e anotar na mesma, manualmente e de forma

legível , as seguintes indicações:

Lugar onde terminou o serviço ou a folha de registo

Data do fim do serviço

Quilometragem no fim do serviço

Kms percorridos

Manual de tacógrafos

- 28 -

Que fazer quando o condutor mudar de veículo durant e o serviço?

Atendendo que as folhas de registo são pessoais, ao mudar de veículo durante o serviço, o

condutor deve:

1º - Retirar a folha do veículo a que estava afecto e registar todos os dados como se tivesse

terminado o serviço, exceto o campo referente ao local de términus do dia de trabalho.

2º - Anotar, manualmente e de forma legível, no verso da folha de registo (se a folha de

registo for compatível com o tacógrafo):

� A matrícula do novo veículo:

� Os quilómetros que marca o conta-quilómetros do novo veículo;

� A hora em que se verifica a troca de viaturas.

E quando haja dois condutores para o mesmo veículo?

Atendendo a que as folhas de registo são pessoais, sempre que para um mesmo veículo

haja dois condutores, terá de haver uma folha distinta para cada um deles para registo

simultâneo e diferenciado.

Manual de tacógrafos

- 29 -

Que fazer em caso de avaria do tacógrafo?

Em caso de avaria ou de funcionamento defeituoso do tacógrafo, a empresa deve, assim

que as circunstâncias o permitam, promover a sua reparação por instaladores ou oficinas

aprovadas, que após a sua reparação e/ou instalação, aporão no aparelho uma marca

especial sobre a selagem a efectuar.

Reparação a efectuar no percurso

A reparação deverá ser efectuada no percurso, caso o veículo não possa regressar à

empresa no prazo máximo de uma semana, a contar do dia da avaria ou da verificação do

funcionamento defeituoso.

Os Estados Membros podem tomar todas as medidas regulamentares de forma a proibir os

veículos de circulação quando não tenham sido, em tempo útil, reparadas as avarias do

aparelho tacógrafo.

IMPORTANTE:

1º Motorista

2º Motorista

Manual de tacógrafos

- 30 -

Durante o período da avaria ou funcionamento defeituoso do

aparelho, os condutores devem anotar as indicações relativas aos

diversos grupos de tempo, na medida em que estes não sejam

registados de forma correcta pelo aparelho, na (ou nas) folha (s) de

registo, ou numa folha “ad hoc” a juntar à folha de registo.

Pela forma de registar as gravações nos discos diagramas, os tacógrafos podem ser de

gravação Standard ou Automática .

O disco diagrama é uma parte essencial no sistema de controlo, porque é neste suporte

onde ficam registados todos os dados colhidos pelo próprio Tacógrafo. O disco diagrama é

fabricado num suporte base de cores, revestido de uma película especial (parafina). Esta

película especial é eliminada pelas pontas de safira dos estiletes do Tacógrafo, as quais

fazem destacar o suporte base de cores em relação ao resto da película especial. A sua

duração mínima e máxima de registo será de 24 h.

Manual de tacógrafos

- 31 -

É completamente impossível alterar ou apagar um registo sem que ao mesmo tempo fique

impresso na película especial e em condições normais de temperatura e hidrometria devem

ser perfeitamente legíveis no mínimo durante 1 ano.

Existem três discos diagrama tipo:

- Disco standard (utilizável apenas nos Tacógrafos standard)

- Disco automático (utilizável apenas nos Tacógrafos automáticos)

- Disco combi (utilizáveis em ambos os tipos de Tacógrafos)

Gravação Standard

É a realizada no disco diagrama no espaço reservado ao registo dos grupos de tempo do

condutor por diferentes pistas.

Gravação Automática

É a realizada no disco diagrama no espaço reservado ao registo dos grupos de tempo do

condutor mediante um traço com diferentes espessuras sempre na mesma pista.

Manual de tacógrafos

- 32 -

Quilómetros registados na folha de diagrama

Registo dos grupos de tempo na folha de diagrama Registo da velocidade na folha de diagrama

Cada “pico completo” corresponde a 10

kms percorridos

Manual de tacógrafos

- 33 -

2.6 Fiscalização

No acto de um controlo na estrada, pelas entidades competentes, do aparelho de tacógrafo

e dos registos efectuados, o Agente de fiscalização no âmbito contra-ordenacional tem

acesso ao interior do tacógrafo1, removendo o disco e recolocando-o no final da fiscalização.

O disco cujas inscrições demonstrem infracção dos limites de velocidade, é removido,

apreendido e apenso ao auto de notícia por contra-ordenação.

O disco removido nos termos do parágrafo anterior deverá ser substituído, nele se exarando

anotação da remoção efectuada e do n.º do auto a que está apenso.

Nos casos em que não seja possível substituir o disco, o condutor será notificado para

proceder à entrega do mesmo no prazo de 24 horas em qualquer posto policial, sob pena de

crime de desobediência.

Sempre que o disco seja verificado pelo agente fiscalizador e não seja detectada qualquer

infracção, o agente deve no seu verso fazer a seguinte anotação29:

RECOLOCADO

171230JAN14

Rubrica do Agente n.º

Se for verificada qualquer infracção, anota no disco substituto o seguinte:

Auto de contra-ordenação n.º

Disco Complementar

171230JAN14

Rubrica do Agente e n.º

- 33 -- 33 - 29 Decreto-lei n.º 123/90, de 14 de Abril

Manual de tacógrafos

- 34 -

2.4.TACÓGRAFO DIGITAL

A experiência colhida durante o largo período de aplicação Regulamento (CEE) nº 3821/85

(relativo ao tacógrafo) demonstrou que as pressões económicas e da concorrência no

Sector dos Transportes Rodoviários levaram determinados condutores ao não cumprimento

de determinadas regras, designadamente as que dizem respeito aos períodos de condução

e de repouso, definidas pelo Regulamento (CEE) nº 3820/85 (actualmente substituído pelo

Regulamento nº 561/2006).

Atendendo que as infracções e as fraudes constatadas constituem um risco para a

segurança rodoviária e são inaceitáveis, por razões de concorrência, para o condutor que

cumpre as regras, foi decido introduzir um novo aparelho de registo automático, para

controlo regular tanto por parte das empresa como por parte das autoridades competentes,

dos dados relativos ao desempenho e ao comportamento do condutor, bem como dos

relativos à viagem de um veículo, tais como a velocidade e a distância percorrida.

Neste contexto foi publicado o Regulamento CE nº 2135/98 de 24 de Setembro, que veio

alterar o Regulamento CE nº 3821/85, no sentido de introduzir o chamado TACÓGRAFO

DIGITAL .

Trata-se da introdução de um equipamento de controlo com uma unidade de

armazenamento electrónico das informações pertinentes e de um cartão individual de

condutor, que visam assegurar a disponibilidade, a clareza, a facilidade de leitura, a

impressão e a fiabilidade dos dados registados e fornecer um registo incontestável da

actividade, por um lado, do condutor durante os últimos dias e, por outro lado, do veículo,

durante um período de vários meses.

O novo tacógrafo digital estará preparado para que possa ser ligado a outros sistemas de

controlo, como navegação, gestão de frotas, etc. Por outro lado, os fabricantes de

tacógrafos oferecerem um software para extrair os dados deste equipamento.

Manual de tacógrafos

- 35 -

2.4.1- LEGISLAÇÃO

A necessidade de adaptação ao progresso técnico do normativo do tacógrafo supôs a

passagem do tacógrafo analógico para o digital, ficando regulamentado pelos seguintes

normativos:

REGULAMENTO (CEE) 3821/85. ALTERADO PELOS:

- R. (CE) Nº 2135/98

- R. (CE) Nº 1360/2002

- R. (CE) Nº 68/2009

- R. (CE) Nº 1266/2009

REGULAMENTO (CE) N.º 561/2006

REGULAMENTO (CE) N.º 1073/2009

REGULAMENTO (EU) N.º 165/2014

DIRECTIVA 2002/15/CE.

DIRECTIVA 2006/22/CE.

DIRECTIVA 2009/4/CE.

DIRECTIVA 2009/5/CE.

Esta adaptação mantém os mesmos objectivos básicos em que assenta desde a sua

origem, para além de perseguir uma maior harmonização normativa e de interpretação em

todos os países da União Europeia.

2.3.2.- DEFINIÇÃO DE APARELHO DE CONTROLO. COMPONEN TES

A totalidade do aparelho destinado a ser instalado em veículos de transporte rodoviário,

para indicar, registar e armazenar automaticamente ou semiautomaticamente dados acerca

do andamento dos ditos veículos e de determinados períodos de tempo de trabalho dos

seus condutores.

Componentes:

Unidade intra-veicular;

Cabo; e

Sensor de movimentos.

Manual de tacógrafos

- 36 -

2.3.5.- MODELOS DE TACÓGRAFOS DIGITAIS HOMOLOGADOS (mais usados)

MODELO ACTIA SMARTACH

SIEMENS VDO DTCO 1381

Manual de tacógrafos

- 37 -

STONERIDGE SE 5000

EFKON EFAS 3

Entrada em vigor

A implementação do tacógrafo digital tornou-se obri gatória para todos os veículos

automóveis pesados novos matriculados após 1 de Mai o de 200630.

Cumpre ainda salientar que, após a entrada em vigor efectiva para veículos novos, também

os veículos com mais de 12 toneladas matriculados após 1 de Janeiro de 1996, mas

somente no caso de precisarem de substituir o actua l tacógrafo e desde que seja

tecnicamente viável , ficarão sujeitos à instalação de tacógrafo electrónico.

OBRIGATORIEDADE

Estados membros da União Europeia para veículos matriculados pela primeira vez a partir

de 1 de Maio de 2006. Roménia e Bulgária desde 1 de Janeiro de 2007

Noruega desde 9 de Dezembro de 2006

Países do Espaço Económico Europeu (Suíça, Islândia e Liechtenstein) e Países A.E.T.R.,

desde 16 de Junho de 2010 (prorrogado até 1 de Janeiro de 2011)

- 37 -- 37 - 30 Art. 2.º, n.º 1, alínea a), Regulamento n.º 2135/98, de 24 de Setembro.

Manual de tacógrafos

- 38 -

CARTÕES DO TACÓGRAFO 31

2.3.10.1.- DEFINIÇÃO Cartão inteligente utilizado com o aparelho de controlo. Os cartões de tacógrafo comunicam

ao aparelho de controlo a identidade (ou o grupo de identidade) do titular e além disso

permitem a transferência e o armazenamento de dados. Atendendo a que os dados relativos

à actividade dos condutores deverão poder ser verificados pelos condutores, pelas

empresas que os empregam e pelas autoridades competentes dos Estados-membros, lógico

será que os diversos intervenientes só possam ter acesso aos dados pertinentes ao

exercício das suas actividades respectivas, pelo que existirão quatro tipos de cartões:

� Cartão pessoal e intransmissível para o condutor – com fotografia e chip incluídos

� Cartão da empresa – que visará recolher os dados relativos à condução e prestação do veículo

� Cartão do instalador/reparador autorizado

� Cartão de controlo para as autoridades fiscalizadora – que terão acesso às informações relevantes para efeitos de fiscalização

- 38 -- 38 - 31 Cartão de condutor - art. 14.º, n.º 3, regulamento n.º 3821/85, de 20 Dezembro (versão 2010)

Manual de tacógrafos

- 39 -

As empresas e os condutores serão responsáveis pelo correcto funcionamento do tacógrafo

e dos cartões, devendo a empresa guardar durante um ano tanto os discos/diagramas

como as descargas dos dados dos cartões e do veículo32.

A empresa e os motoristas deverão solicitar os cartões, que terão uma validade de 5 anos,

às Entidades Competentes designadas pelas autoridades competentes pelos Estados-

Membros, em Portugal o IMT33.

Os pedidos de renovação de cartões deverão efectuar-se com 15 dias de antecedência34.

Em caso de furto ou roubo, deve ser comunicado formalmente às autoridades

competentes do Estado em que o furto ou roubo ocorreu e existirá um prazo de 7 dias para

a empresa solicitar novos cartões, sendo que as Entidades competentes terão 5 dias úteis

para proceder à sua substituição35.

O condutor pode continuar a conduzir sem o cartão por um período máximo de 15 dias, ou

por um período maior se tal for necessário para que o veículo regresse à base, desde que

possa justificar a impossibilidade de apresentar ou utilizar o seu cartão durante esse período

Quando um cartão de condutor estiver danificado, funcionar mal ou não estiver na posse do

condutor, este deverá36:

� Imprimir, no início do seu percurso , os dados relativos ao veículo que conduz e

indicar nessa impressão:

� Os dados que permitem a sua identificação (nome, cartão de condutor ou

número da carta de condução), incluindo a sua assinatura

� Os períodos relativos “outros tempos de trabalho”, “tempos de disponibilidade”,

“interrupções de condução” e “períodos de repouso diário”

� Imprimir, no final do seu percurso , as informações relativas aos períodos de

tempo registados pelo aparelho de controlo, registar quaisquer períodos de outro

trabalho, de disponibilidade e de repouso desde a impressão feita no início do seu

percurso, quando não registados pelo tacógrafo, e inscrever no documento dados

que permitam a sua identificação (nome, cartão de condutor ou número da carta de

condução do condutor), incluindo a sua assinatura.

- 39 -- 39 - 32 art. 10.º, n.º 5, alínea a), regulamento n.º 561/2006, de 15 de Março (versão 2010) 33 art. 14.º, n.º 4, alínea a), regulamento n.º 3821/85, de 20 de Dezembro 34 art. 15.º, n.º 1, 2º paragrafo, regulamento n.º 3821/85, de 20 de Dezembro

35 art. 14.º, n.º 4, alínea a), 4º e 5º paragrafo, regulamento n.º 3821/85, de 20 Dezembro 36 art. 15.º, n.º 1, 5º paragrafo, regulamento n.º 3821/85, de 20 de Dezembro

Manual de tacógrafos

- 40 -

2.3.6.- SUPERVISÃO DAS ACTIVIDADES DO CONDUTOR.

Esta função deverá notificar as mudanças de actividade às funções de registo com uma

resolução de um minuto.

Exemplo 1

Se num certo minuto ocorrer alguma actividade de condução, todo esse mesmo minuto

é considerado como condução.

Todo este minuto é considerado condução

Exemplo 2 :

Num certo minuto que não se considere condução de acordo com o que foi anteriormente

descrito, considerar-se-á que todo o minuto é da actividade que tenha tido lugar de forma

continuada e durante mais tempo nesse minuto.

Todo o minuto é considerado de “outros trabalhos”

Exemplo 3:

Se tivesse ocorrido condução nos minutos anterior e posterior, todo o minuto será

considerado também condução.

Condução Outros Trabalhos

1 minuto

Condução Condução Outros trabalhos

3 minutos de condução

1 minuto 1 minuto 1 minuto

Disponibilidade Outros Trabalhos

1 minuto

Manual de tacógrafos

- 41 -

O condutor inserirá no aparelho de controlo, conforme o anexo I B do regulamento, o

símbolo do país no qual começa e o do país no qual finaliza o seu período de trabalho

diário.

ATENÇÃO

Mas, existe países como a Espanha que embora seja um pais unificado, possui 17

comunidades autónomas e como tal, ao entrar no território de uma dessas comunidades, no

caso de o veiculo que conduz estar equipado com um aparelho de tacógrafo digital, tem que

introduzir a letra ou letras correspondente a essa comunidade/Região.

Manual de tacógrafos

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RELAÇÃO DAS COMUNIDADES/REGIÕES AUTONOMAS ESPANHOLA S

Símbolo da região Região autónoma Símbolo da região Região autónoma

NA Andaluzia G Galicia

AR Aragón IB Baleares

AST Astúrias IC Canárias

C Cantábria LR La Rioja

CAT Cataluña M Madrid

CL Castilla y Leon UM Múrcia

CM Castilla-la mancha NA Navarra

CV Comunidad Valenciana PV País Vasco

EXT Extremadura

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Manual de tacógrafos

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Manual de tacógrafos

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Manual de tacógrafos

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2.3.13.3.- Documentos impressos obrigatórios

Impressão diária das actividades do condutor, armazenadas no cartão:

Manual de tacógrafos

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Manual de tacógrafos

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2.3.14 - DESCARGAS DE DADOS DO TACÓGRAFO DIGITAL 37 A descarga é uma transferência de dados de um ponto para outro. A cópia junto com a

assinatura digital, de uma parte ou da totalidade de um conjunto de dados armazenados na

memória do veículo ou na memória de um cartão de tacógrafo.

A transferência não poderá modificar nem alterar nenhum dos dados armazenados.

O prazo máximo para transferir os dados pertinentes não deverá ser superior a:

� 90 dias no caso dos dados da unidade instalada no veículo.

� b. 28 dias no caso dos dados do cartão de condutor.

Os dados pertinentes devem ser transferidos de modo a evitar a sua perda.

- 48 -- 48 - 37 art. 4.º, n.º 3, Decreto-lei n.º 169/2009, de 31 de Julho

Manual de tacógrafos

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Tempos de condução e repouso – Síntese das Regras

Tempo máximo de condução

contínua • 4 h 30 m

Interrupção mínima de condução

continua (pausa)

� 45 minutos, ou

� 2 períodos: um de 15 m seguido de outro de

30 m

Tempo máximo de condução

diária

� 9 h / com possibilidade 10 h, 2 vezes por

semana

Período máximo de condução

consecutiva • 6 dias e um máximo de 56 horas

Período máximo de condução

consecutiva em 2 semanas � 90 h

Repouso diário em cada período

de 24 h:

a) um condutor

b) dois condutores

� 11 horas consecutivas com possibilidade de

redução para 9 horas três vezes por semana;

ou

� 12 horas, em dois períodos um de 3 h outro de

9 h

� Em cada período de 30 horas: 9 horas

Descanso semanal mínimo

� 45 horas consecutivas com possibilidade de

redução para 24 horas

Sempre com compensação correspondente gozada

em bloco antes do fim da 3ª semana seguinte à

semana em causa

Manual de tacógrafos

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Manual de tacógrafos

- 51 -

CONTRA-ORDENAÇÕES

QUADRO SANCIONATÓRIO

O não cumprimento de qualquer disposição relativa aos tempos de condução e de repouso,

assim como às interrupções de condução é considerada como infracção grave e punida nos

termos do Decreto-Lei nº 272/89 de 19 de Agosto, na redacção dada pela Lei nº 114/99 de 3

de Agosto, em conjugação com o previsto nos artigos 546.º 566.º do Código do Trabalho

aprovado pela Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro.

A organização do trabalho dos condutores pela empresa, que seja inadequada ao

cumprimento da regulamentação social e que comprometa a segurança rodoviária através

de prémios ou remunerações calculados em função das distâncias percorridas e ou do

volume das mercadorias transportadas, é considerada infracção grave e punida nos termos

sobreditos.

A PRÁTICA DE INFRACÇÕES GRAVES E REPETIDAS poderá determinar a aplicação

simultaneamente com a coima, das sanções acessórias de interdição do exercício da

actividade transportadora ou do exercício da profissão por parte do condutor pelo período

máximo de dois anos contados a partir da data da decisão condenatória definitiva.

Constituem, nomeadamente, infracções graves os seguintes comportamentos:

� A falta de tacógrafo;

� A modificação das indicações ou registos;

� A falta de registo, o registo incompleto ou não discriminado dos grupos de tempo;

� A condução por tempo superior ao permitido nos regulamentos comunitários.

Considera-se repetida a prática reiterada da mesma infracção no período de doze meses. A

instrução do processo e aplicação destas coimas são da competência da ACT – Autoridade

para as Condições de Trabalho.

Por outro lado, o Decreto-Lei n.º 169/2009 de 31 de Julho veio definir o regime contra-

ordenacional aplicável ao incumprimento das regras relativas à instalação e uso do

tacógrafo .

O processamento destas contra-ordenações e aplicação das respectivas coimas, compete

ao IMTT, I.P. – Instituto de Mobilidade dos Transportes Terrestres a quem cabe igualmente

organizar o registo das infracções cometidas.

Manual de tacógrafos

- 52 -

Assim temos que, em primeiro lugar distinguir quanto ao sujeito a que será imputável a

infracção, ou seja, temos casos em que:

1) As infracções serão imputáveis à empresa que efectua o transporte ou;

2) As infracções serão imputáveis ao condutor que efectua o transporte.

Infracções Imputáveis à EMPRESA que efectua o trans porte

Muito Graves:

a) A falta de aparelho de controlo, tacógrafo analógico ou digital, em veículo afecto ao

transporte rodoviário de passageiros ou de mercadorias, em que tal seja obrigatório;

b) A manipulação do aparelho de controlo ou a instalação no veículo de quaisquer

dispositivos de manipulação mecânicos, electrónicos ou de outra natureza, que falseiem os

dados ou alterem o correcto e normal funcionamento do tacógrafo;

c) A utilização de veículo com tacógrafo avariado ou a funcionar defeituosamente;

d) A destruição ou a supressão de quaisquer dados registados no aparelho de controlo ou

no cartão tacográfico do condutor;

e) A falta de conservação de dados transferidos do cartão do condutor e do tacógrafo, pelas

empresas proprietárias ou locatárias de veículos equipados com tacógrafo digital durante

365 dias a contar da data do seu registo;

f) A utilização de tacógrafo, analógico ou digital, não homologado, não verificado ou não

activado;

g) A utilização de aparelho de controlo que tenha sido instalado, verificado ou reparado por

entidade não reconhecida;

h) A utilização de tacógrafo, analógico ou digital, instalado por entidade reconhecida, em

que falte a marca do instalador ou reparador nas selagens, assim como a falta de selagem

obrigatória, o documento comprovativo da selagem, a chapa de instalação ou a não

justificação da abertura das selagens, nos casos permitidos;

i) A inobservância de transferência de dados do cartão tacográfico de condutor e do

aparelho de controlo nos prazos e situações a que se refere o artigo 4.º quando haja perda

de dados

VALOR DA COIMA

Manual de tacógrafos

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PESSOA SINGULAR

PESSOA COLECTIVA

1.200 € a 3.600 €

1.200 € a 6.000 €

Infracções Graves:

a) A falta de verificação do tacógrafo;

b) A utilização de folha de registo não conforme com o modelo homologado;

c) A utilização de tacógrafo analógico em veículo sujeito a tacógrafo digital;

d) A utilização de tacógrafo que se tenha avariado durante o percurso ou se tenha verificado

funcionamento defeituoso, se o regresso às instalações da empresa for superior a uma

semana;

e) A falta de folhas de registo de dados no caso do tacógrafo analógico.

VALOR DA COIMA

PESSOA SINGULAR

PESSOA COLECTIVA

400 € a 1.200 €

400 € a 2.000 €

Leves:

a) Insuficiência de papel de impressão, no caso dos tacógrafos digitais;

b) Inobservância da transmissão de dados, sem a respectiva perda, nos prazos indicados

legalmente.

VALOR DA COIMA

100 € a 300 €

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Infracções imputáveis ao CONDUTOR que efectua o tra nsporte

Muito Graves:

a) A recusa de sujeição a controlo;

b) A condução de veículo equipado com tacógrafo sem estar inserido a folha de registo, no

caso de tacógrafo analógico, ou o cartão de condutor, no caso de tacógrafo digital;

c) A falta de cartão de condutor ou utilização de cartão caducado por qualquer dos membros

da tripulação afectos à condução de veículo equipado com tacógrafo digital;

d) A utilização de cartão de condutor por pessoa diferente do seu titular, sem prejuízo da

responsabilidade criminal;

e) A utilização de cartão de condutor originário, quando este tenha sido substituído;

f) A utilização de cartão de condutor falsificado ou obtido por meio de falsas declarações,

sem prejuízo da responsabilidade criminal;

g) A manipulação do cartão de condutor ou das folhas de registo, que falseie os dados ou

altere o seu correcto e normal funcionamento, sem prejuízo da responsabilidade criminal;

h) A utilização de cartão de condutor ou folha de registo deteriorado ou danificado, em caso

de dados ilegíveis;

i) A não comunicação formal da perda, furto ou roubo do cartão de condutor às autoridades

competentes do local onde tal ocorreu;

j) Utilização incorrecta de folhas de registo ou cartão de condutor.

VALOR DA COIMA

600 € a 1.800€.

Infracções Graves:

a) A utilização de cartão de condutor deteriorado ou danificado, em caso de dados legíveis;

b) A utilização do cartão tacográfico, quando tenha havido alteração dos dados relativos ao

titular do mesmo, sem que tenha sido requerida substituição nos 30 dias seguintes à data

em se produziu a causa determinante da alteração;

c) O incumprimento da obrigação de requerer, no prazo de sete dias, a substituição do

cartão de condutor, em caso de danificação, mau funcionamento, extravio, furto ou roubo.

Manual de tacógrafos

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VALOR DA COIMA

100 € a 300€.

Infracções Leves :

1) Utilização de cartão de condutor ou folhas de registo sujos ou danificados, ainda que

com dados legíveis.

VALOR DA COIMA

100 € a 300€.

Em todos os caos descritos de infracção, a tentativa e a negligência são puníveis, sendo,

nesse caso, reduzido para metade os limites mínimos e máximos referidos nos números

anteriores.

Acresce que, poderão ainda ser aplicadas as chamada s Medidas Cautelares.

De facto, serão apreendidos os cartões tacográficos em que haja indícios de falsificação,

que o condutor utilize não sendo o titular, que sejam substituídos e não devolvidos, assim

como os que sejam obtidos com falsas declarações.

Por outro lado, em caso de manipulação do aparelho de controlo ou de instalação no veículo

de quaisquer dispositivos de manipulação mecânicos, electrónicos ou de outra natureza,

que falseiem os dados ou alterem o correcto e normal funcionamento do tacógrafo, sem

prejuízo de eventual responsabilidade criminal, serão apreendidos os documentos do

veículo, sendo aplicáveis as regras do Código da Estrada sobre a apreensão de

documentos de identificação de veículo.

Manual de tacógrafos

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Manual de tacógrafos

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(1) Em caso de transporte de mercadorias perigosas ou de transporte pesado de

passageiros , os limites mínimos e máximos da coima aplicável são agravados em

30%, em conformidade com o n.º 6, do art. 14.º, da Lei 27/2010, de 30 de Agosto.

(2) Nos termos do artigo n.º 561.º do Código do Trabalho, é sancionado como

reincidente quem comete uma contra-ordenação grave praticada com dolo ou uma

contra-ordenação muito grave, depois de ter sido condenado por outra contra-

ordenação grave praticada com dolo ou contra-ordenação muito grave, se entre as

duas infracções tiver decorrido um prazo não superior ao da prescrição da primeira.

Em caso de reincidência, os limites mínimo e máximo da coima são elevados em

um terço do respectivo valor , não podendo esta ser inferior ao valor da coima

aplicada pela contra-ordenação anterior desde que os limites mínimo e máximo

desta não sejam superiores aos daquela.

Manual de tacógrafos

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DL 27/2010, 30 de Agosto

Artigo 14.º

Valores das coimas

1 — A cada escalão de gravidade das contra-ordenações laborais corresponde uma coima

variável em função do grau da culpa do infractor, salvo o disposto no artigo 555.º do Código

do Trabalho.

2 — Os limites mínimo e máximo das coimas correspondentes a contra-ordenação leve

são os seguintes:

a) De 2 UC a 9 UC em caso de negligência;

b) De 6 UC a 15 UC em caso de dolo.

3 — Os limites mínimo e máximo das coimas correspondentes a contra-ordenação grave

são os seguintes:

a) De 6 UC a 40 UC em caso de negligência;

b) De 13 UC a 95 UC em caso de dolo.

4 — Os limites mínimo e máximo das coimas correspondentes a contra-ordenação muito

grave são os seguintes:

a) De 20 UC a 300 UC em caso de negligência;

b) De 45 UC a 600 UC em caso de dolo.

5 — A sigla UC corresponde à unidade de conta processual, definida nos termos do

Regulamento das Custas Processuais.

Manual de tacógrafos

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BIBLIOGRAFIA

Jornal Oficial da União Europeia:

Legislação comunitária

Regulamento (UE) N.º 165/2014 do Parlamento Europeu e do Concelho de 4 de

fevereiro de 2014, relativo à utilização de tacógrafos nos transportes rodoviários, que

revoga o Regulamento (CEE) n. o 3821/85 do Conselho relativo à introdução de um

aparelho de controlo no domínio dos transportes rodoviários e que altera o Regulamento

(CE) n. o 561/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo à harmonização de

determinadas disposições em matéria social no domínio dos transportes rodoviários;

Regulamento (CE) n.º 1071/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Outubro

de 2009, que estabelece regras comuns no que se refere aos requisitos para o exercício da

actividade de transportador rodoviário;

Regulamento (CE) N.º 1073/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho de 21 de Outubro

de 2009, que estabelece regras comuns para o acesso ao mercado internacional dos

serviços de transporte em autocarro;

Diretiva n.º 2009/4/CE da Comissão, de 23 de Janeiro de 2009, que estabelece medidas

para prevenir e detectar a manipulação dos registos dos tacógrafos;

Diretiva n.º 2009/5/CE da Comissão, de 30 de Janeiro de 2009, que altera o Anexo III da

Directiva 2006/22/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa a exigências mínimas

no que respeita à execução dos Regulamentos (CEE) n.o 3820/85 e (CEE) n.o 3821/85 do

Conselho, quanto às disposições sociais no domínio das actividades de transporte

rodoviário;

Decisão da Comissão de 22 de Setembro de 2008, que estabelece o modelo de resumo-

tipo previsto no artigo 17. o do Regulamento (CE) n. o 561/2006 do Parlamento Europeu e

do Conselho;

Regulamento (CE) n.º 1370/2007 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro

de 2007, relativo aos serviços públicos de transporte ferroviário e rodoviário de passageiros;

Manual de tacógrafos

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Regulamento (CE) n.º 561/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Março de

2006, relativo à harmonização de determinadas disposições em matéria social no domínio

dos transportes rodoviários (versão de 2010);

Directiva 2006/22/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, que estabelece as exigências

mínimas no que respeita à sua aplicação, incluem, designadamente, as informações

relativas às derrogações nacionais concedidas pelos Estados-Membros;

Directiva 2003/59/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Julho de 2003,

relativa à qualificação inicial e à formação contínua dos motoristas de determinados veículos

rodoviários afectos ao transporte de mercadorias e de passageiros;

A Directiva 2002/15/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Março de 2002,

relativa à organização do tempo de trabalho das pessoas que exercem actividades móveis

de transporte rodoviário;

Regulamento (CE) n.º 12/98 do Conselho , de 11 de Dezembro de 1997, que fixa as

condições em que os transportadores não residentes podem efectuar serviços de transporte

rodoviário de passageiros num Estado-Membro;

Directiva 97/67/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Dezembro de 1997,

relativa às regras comuns para o desenvolvimento do mercado interno dos serviços postais

comunitários e a melhoria da qualidade de serviço;

Directiva 96/71/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro de 1996,

relativa ao destacamento de trabalhadores no âmbito de uma prestação de serviços que

efectuem operações de cabotagem;

Regulamento (CEE) n.º 684/92 do Conselho, de 16 de Março de 1992, que estabelece

regras comuns para os transportes internacionais de passageiros em autocarro;

Directiva 88/599/CEE do Conselho, de 23 de Novembro de 1988, sobre procedimentos

normalizados de controlo relativo à harmonização de determinadas disposições em matéria

social no domínio dos transportes rodoviários, e relativo à introdução de um aparelho de

controlo no domínio dos transportes rodoviários;

Regulamento (CEE) N.º 3821/85 do Conselho de 20 de Dezembro de 1985, relativo à

introdução de um aparelho de controlo no domínio dos transportes rodoviários (versão

2010);

Manual de tacógrafos

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Legislação nacional

PORTUGAL. Instituto da Mobilidade e dos Transportes - Manual do curso de formação para

controladores de transporte rodoviário. Ficheiro PDF. Lisboa : IMT, 2011

Diário da Republica:

Lei n.º 27/2010, de 30 de Agosto , estabelece o regime sancionatório aplicável à violação

das normas respeitantes aos tempos de condução, pausas e tempos de repouso e ao

controlo da utilização de tacógrafos, na actividade de transporte rodoviário, transpondo a

Directiva n.º 2006/22/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Março, alterada

pelas Directivas n.os 2009/4/CE, da Comissão, de 23 de Janeiro, e 2009/5/CE, da

Comissão, de 30 de Janeiro.

Decreto-Lei n.º 169/2009 de 31 de Julho , estabelece o regime contraordenacional aplicável

ao incumprimento das regras relativas à instalação e uso do tacógrafo, estabelecidas no

Regulamento (CEE) n.º 3821/85, do Conselho, de 20 de Dezembro, alterado pelo

Regulamento (CE) n.º 2135/98, do Conselho, de 24 de Setembro, e pelo Regulamento (CE)

n.º 561/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Março;.

Portaria n.º 222/2008, de 05 de Março, transportes que devem ficar isentos da aplicação

das disposições sobre tempos de condução e repouso e da obrigação de utilizar aparelho de

controlo (tacógrafo);

Decreto-Lei n.º 237/2007, de 19 de Junho , o presente decreto-lei procede à transposição

para a ordem jurídica interna da Directiva n.o 2002/15/CE, do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 11 de Março, relativa à organização do tempo de trabalho das pessoas que

exercem actividades móveis de transporte rodoviário, regulando determinados aspectos da

duração e organização do tempo de trabalho de trabalhadores móveis que participem em

actividades de transporte rodoviário efectuadas em território nacional e abrangidas pelo

Regulamento (CEE) n.o 3820/85, do Conselho, de 20 de Dezembro, ou pelo Acordo

Europeu Relativo ao Trabalho das Tripulações dos Veículos Que Efectuam Transportes

Internacionais Rodoviários (AETR), aprovado, para ratificação, pelo Decreto n.o 324/73, de

30 de Junho;

Portaria n.º 983/2007, de 27 de Agosto, forma do registo dos tempos de trabalho e de

repouso de trabalhador móvel não sujeito ao aparelho de controlo previsto no Regulamento;

Manual de tacógrafos

- 62 -

Decreto-Lei n.º 126/2009, de 27 de Maio, relativa à qualificação inicial e à formação

contínua dos condutores;

Decreto-Lei n.º 123/90, de 14 de Abril, permissão para o agente fiscalizador ter acesso ao

interior do habitáculo do veículo, a fim de fiscalizar o aparelho de tacógrafo;

Portaria n.º 625/86, de 25 de Outubro, regulamento do controle metrológico dos

tacógrafos;