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MANUAL TÉCNICO PAVIMENTOS A importância do que não se vê.

Manual Técnico Pavimentos

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Brochura Pavimentos Weber 2013

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Page 1: Manual Técnico Pavimentos

MANUAL TÉCNICOPAVIMENTOS

A importância do que não se vê.

Page 2: Manual Técnico Pavimentos

02

INTRODUÇÃO 03

Definição e classificação de pavimentos 03

Exigências funcionais 03

Fases de um pavimento (enchimento, regularização, nivelamento / acabamento) 05

ENCHIMENTO 08

Execução de enchimento em piso térreo 08

Execução de enchimento em piso elevado 10

Execução de enchimento em coberturas 12

REGULARIZAÇÃO 13 Execução de camada de regularização sobre betão 13

Execução de camada de regularização sobre suportes difíceis/flexíveis (XPS, enchimentos leves) 14

Execução de camada de regularização sobre estruturas deformáveis/frágeis (madeira) 15

Execução de camada de forma em terraços e varandas 16

NIVELAMENTO 17

Nivelamento de pavimento 17

Renovação do pavimento cerâmico, com necessidade prévia de nivelamento 18

Renovação de pavimento em madeira 19

Execução de pavimento radiante 20

Execução de pavimento sobre XPS 21

Execução de pavimento de garagem 22

Execução de pavimento decorativo 23

Execução de pavimento industrial 24 Tráfego ligeiro 25

Tráfego moderado/intenso 25

PATOLOGIAS 26

INDICE01

02

03

Page 3: Manual Técnico Pavimentos

03

Um pavimento define-se como a base horizontal de uma construção, ou as diferentes bases de cada nível de um edifício, que serve de apoio às pessoas, veículos, animais ou qualquer peça de mobiliário.

De uma forma geral, distinguem-se os seguintes tipos de pavimentos:

• Coberturasordinárias• Terraçosnãoacessíveis• Terraçosacessíveis• Pavimentosdehabitações(térreoeintermédio)• Pavimentosdeescritórios• Pavimentosderecintospúblicos• Pavimentosdevarandas

As exigências funcionais dos pavimentos classificam-se em 3 grandes grupos:

Exigências de segurançaInteressa considerar os riscos correntes e não correntes.

Exigências de habitabilidadeInteressa considerar parâmetros como a estanqueidade, salubridade, conforto higrotérmico e acústico, conforto na circulação, conforto visual e táctil.

Exigências de durabilidadeInteressa considerar a durabilidade intrínseca, a durabilidade em função do uso e a limpeza, conservação e reparação.

Introdução

Page 4: Manual Técnico Pavimentos

04

... para um edifício habitacional,

podem considerar-se os casos típicos de um

piso térreo, intermédio, cobertura

e uma garagem.

Estas exigências são, por outro lado, associadas ao tipo de utilização em construção e ao revestimento que recebem. Por exemplo, para um edifício habitacional, podem considerar-se os casos típicos de um piso térreo, intermédio, cobertura e uma garagem. Cada caso pode corresponder a maior relevância de algumas exigências comparativamente a outras, conforme indicado na tabela 1.

Tabela1.Apreciação da relevância dos requisitos para pavimentos, fundamentais e excepcionais, relativos a um edifício habitacional.

Tipopiso/exigência PisoTérreo Pisointermédio

Cobertura/Terraço/Varanda

Garagem

Exigênciasdesegurança

Resistência mecânica a cargas permanentes e sobrecargas de utilização ++ ++ ++ ++

Resistência a choques excepcionais + + + ++

Resistência às intrusões + + + ++

Segurança na circulação(escorregamento; obstáculos) + + + +

Resistência aos sismos 0 0 0 0

Resistências às explosões 0 0 0 0

Resistência contra o risco de incêndio + + + +

Resistência a riscos de electrocussão 0 0 0 0

Exigênciasdehabitabilidade

Estanqueidade ++ 0 ++ 0

Salubridade ++ ++ + +

Conforto higrotérmico ++ + ++ 0

Conforto acústico + ++ + 0

Conforto na circulação + + + +

Conforto visual + + + 0

Conforto táctil 0 0 0 0

Exigênciasdehabitabilidade

Durabilidade intrínseca 0 0 0 0

Durabilidade em função do uso ++ ++ ++ ++

Limpeza, conservação e reparação 0 0 0 0

0 sem requisito; + requisito convencional; ++ requisito excepcional

Page 5: Manual Técnico Pavimentos

05

Tabela2.Classes e valores respectivos para argamassas de regularização e nivelamento

Propriedade/Classe

Resistênciaàflexão(N/mm2)

F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F10 F15 F20 F30 F40 F50

1 2 3 4 5 6 7 10 15 20 30 40 50

Resistênciaàcompressão(N/mm2)

C5 C7 C12 C16 C20 C25 C30 C35 C40 C50 C60 C70 C80

5 7 12 16 20 25 30 35 40 50 60 70 80

Resistênciaàabrasão*(cm3)

RWA 300 RWA 100 RWA 20 RWA 10 RWA 1

300 100 20 10 1

* Resistência à abrasão segundo classes de “roda rolante”

Um pavimentohabitacionalpressupõe, geralmente, a execução de várias camadas, a saber:

Enchimento

Nesta fase, é comum executar espessuras de argamassa superiores a 10 cm. Requer-se, normalmente, materiais com uma resistência à compressão mínima de 0,5 MPa e a garantia de resistência a cargas permanentes, originadas das camadas subsequentes. Requer-se, portanto, rigidez e dureza suficientes para assegurar a não deformação das camadas seguintes, sem conferir um peso excessivo à estrutura.Particularmente estas camadas, quando executadas em piso térreo, devem assegurar a estanqueidade à humidade excedente do solo através de disposições construtivas adequadas.

Regularização

Esta fase é a mais comum porque contribui decisivamente para a regularização de um piso. Exige-se uma planeza e horizontalidade suficientes de modo a não provocar incomodidade na circulação. Por exemplo, a verificação de planeza com auxílio a uma régua rígida de 2 m admite como flecha máxima um valor de 5 mm.Permite também criar pendentes para escoamento de águas entre outras funcionalidades.As argamassas que se adequam a esta necessidade seguem a norma EN13813, que implica o cumprimento de determinados requisitos ao nível de:• Resistênciaàflexão• Resistênciaàcompressão• Resistênciaàabrasão,nocasodeomaterialficaràvista

Em função da ordem de grandeza obtida para cada propriedade, os materiais apresentam uma classificação específica. A tabela 2 define as classes e respectivos valores, especificamente para produtos cujo ligante principal é cimento.

Page 6: Manual Técnico Pavimentos

06

Nivelamento

Esta fase pode ser requerida quando a anterior não garante, per si, suficiente nivelamento de uma superfície. Frequentemente, tal é necessário quando se projectam soluções de revestimento mais sensíveis neste domínio como a aplicação de lâmina cerâmica, PVC, alcatifas, epoxi, entre outras.Por último, nesta fase, os materiais usados poderão, eles próprios, constituir o acabamento (resistência e estética) do próprio pavimento.Novamente, estes materiais também se sujeitam à norma EN13813.

Tanto a base de assentamento como a camada de nivelamento deverão apresentar uma dureza superficial capaz de resistir às cargas concentradas provenientes das condições normais de utilização dos locais, sem que o plano de colagem seja afectado. Adicionalmente, exige-se das mesmas uma resistência a acções de choque provocadas pela queda de corpos sólidos.No entanto, os pavimentos são, geralmente, objecto de planeamento insuficiente ao nível dos projectos de construção.Raramente se consideram aspectos particulares da sua execução, como a projecção de juntas, a escolha de arga-massas em função da utilização, entre outros.Como resultado, não raro se observam patologias resultantes em pavimentos, normalmente evidenciadas nos materiais de revestimento, mas cuja proveniência se deve a erros ao nível da regularização ou nivelamento dos mesmos.Por exemplo, muitas patologias associadas a destacamento de elementos cerâmicos são devidas a instabilidade da betonilha de suporte, proveniente de causas tão diversas como espessura insuficiente, ausências de juntas de fraccionamento ou de perímetro, utilização de materiais de resistência deficiente, entre outras.Outro exemplo que se enquadra neste domínio são deficiências de impermeabilização devidas à rotura de ma-teriais para o efeito, como consequência das causas mencionadas atrás.

Figura1.Exemplo de degradação

dos materiais de revestimento ou de

impermeabilização, como consequência de

um comportamento deficiente da camada

de base de regularização.

Page 7: Manual Técnico Pavimentos

07

Por outro lado, um conjunto de parâmetros adicionais deve ser posto em consideração quando se exigem fun-cionalidades como a impermeabilização, o aquecimento (como piso radiante), o isolamento térmico e acústico, entre outros.Estas exigências resultam, além das variações inerentes de origem termohigrométrica, da necessidade de com-patibilizar diferentes materiais que vão surgindo como resposta às exigências indicadas (por exemplo, placas de materiais isolantes).

Neste contexto, as argamassas capazes de responder a estas solicitações não podem continuar a ser projectadas apenas com base na sua resistência à compressão, flexão ou resistência à abrasão.

Figura2.Exemplo de novas

exigências: aplicação sobre placas isolantes.

Page 8: Manual Técnico Pavimentos

08

01 EnCHIMEntoExecução de enchimento em piso térreo

Nos pisos térreos, deve ter-se em atenção especial a água que pode surgir do terreno, pelo que se recomenda sempre o enrocamento, seguido de um filme plástico, de forma a evitar a ascensão capilar.

O enchimento de um piso térreo tem como principal objectivo elevar o nível do piso para as cotas pretendidas. A utilização de um enchimento leve Leca® permite, além de cumprir este objectivo, melhorar o isolamento térmico do piso. Os enchimentos têm que ter uma resistência adequada ao uso a que se destinam.

Situações em que as sobrecargas sejam elevadas, por exemplo edifícios industriais e comerciais, devem ser utilizados enchimentos com resistências à compressão mais elevadas (estruturais, ou estruturais-isolantes), de acordo com as recomendações da tabela 3.

Tabela3.Classificação funcional dos betões com agregados leves pela RILEM

Classe I II III

Tipodebetão Estrutural Estrutural-Isolante Isolante

Massavolúmicaseca(kg/m3) <2000 - -

Tensãoderoturaàcompressão(MPa) >15,0 >3,5 >0,5

Coeficientedecondutibilidadetérmica(W/m.K)

- <0,75 <0,30

O enchimento leve Leca® deve ser feito com Leca®Mixou LBF (para grandes áreas) ou com um betão leve Leca® de média resistência, utilizandoLeca®Dure/ouLeca®LightPlus (ver tabela 4).

No caso de utilizar o Leca®Mix ou um betão formulado com Leca®Durou Leca®LightPlusa mistura poderá ser feita em betoneira para aplicação manual. O Leca®Mix , o betão Leca®Dure o LBF podem também ser pre-parados utilizando um misturador para aplicação bombeada. A quantidade de água adicionada ao betão é um parâmetro crítico, pois o excesso de água poderá potenciar o escorrimento da camada ligante para a base da camada de enchimento.A produção de betões Leca®Dur ou Leca®LightPlus permite resistências que conduzem a classes II ou III. O Leca®Mix e o LBF apresentam classificação III.

Leca® Mix

Leca® Dur Leca® Light Plus

Page 9: Manual Técnico Pavimentos

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Tabela4.Formulações - tipo de betões leves com Leca®

AgregadosLevesLeca® Areia Cimento Resistênciaàcompressão

flcm

(MPa)28dias

Densidade(kg/m3)

CondutibilidadeTérmicaλ (W/m.K)

Leca®LightPlus Leca®Dur AF0/2 CEMII-B/L32.5N

Vap(litros) Vap(litros) kg kg

1035 100 0,3 500 0,11-0,20

1055 110 0,5 500 0,11-0,20

1055 140 1,0 550 0,11-0,20

1035 160 1,0 600 0,11-0,20

1055 200 2,0 650 0,20-0,30

1035 280 2,0 750 0,20-0,30

1055 158 300 4,0 950 0,20-0,30

1055 340 260 6,0 1100 0,30-0,54

1055 370 300 8,0 1200 0,30-0,54

• Antes da aplicação do betão leve, colocar sobre o terreno devidamente nivelado uma manta geotêxtil. • Aplicar o material manualmente ou bombeado directamente para o local em camadas horizontais, não supe-

riores a 50 cm. • Recomenda-se a utilização de pelo menos 30 cm, para evitar a ascensão de humidades por capilaridade.• Espalhar o material com uma régua à cota prevista e compactá-lo ligeiramente com a ajuda de uma talocha.

Não se deve utilizar vibradores de compactação, para evitar a segregação.• Aplicação de uma barreira pára-vapor, com permeância inferior a 57,2x10(-12) kg/(m2.s.Pa), sobre o enchimento

leve. • Deixar secar a camada de enchimento (tempo de secagem depende das condições atmosféricas e de ventilação)

para posterior regularização.

Page 10: Manual Técnico Pavimentos

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Execução de enchimento em piso elevado

O enchimento de um piso intermédio tem como principal objectivo o nivelamento da laje em bruto com o en-volvimento e protecção de todas as instalações técnicas. O betão leve Leca® utilizado como enchimento apresenta características de leveza que permitem diminuir as deformações a longo prazo dos elementos estruturais horizontais, e ainda melhorar o isolamento térmico e acústico (fundamentalmente no que se refere aos sons de percussão) do elemento construtivo.O enchimento leve Leca® deve ser feito com Leca®Mix ou LBF (para grandes áreas) ou com um betão leve Leca® de média resistência, utilizandoLeca®Dure/ouLeca®LightPlus (ver tabela 4) de acordo com procedimentos de mistura indicados atrás.

• Colocação sobre o tosco da laje de uma manta de material resiliente com espessura não inferior a 5 mm. Esta manta deve dobrar nas extremidades sobre o enchimento de forma a envolvê-lo lateralmente e a separá-lo dos elementos confinantes do espaço (paredes).

• Aplicar o material manualmente ou bombeado directamente para o local. • Espalhar o material com uma régua à cota prevista e compactá-lo ligeiramente com a ajuda de uma talocha.

Não se deve utilizar vibradores de compactação, para evitar a segregação.• Deixar secar a camada de enchimento (tempo de secagem depende das condições atmosféricas e de ventilação)

para posterior regularização.

Existe também a possibilidade de utilizar o betão leve de enchimento pré-misturado Leca®Uno, sendo que neste caso não é necessário aplicar a camada de regularização pois este permite executar o enchimento e a betonilha em camada única. Este produto pode também ser aplicado manualmente ou bombeado e é especialmente concebido para obras de renovação, pois implica uma maior rapidez na preparação do piso para o nivelamento/revestimento.

Leca® Uno

Leca® Mix

Leca® Dur Leca® Light Plus

Page 11: Manual Técnico Pavimentos

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Casos particulares

1)SótãonãoacessívelNos pisos de sótãos, em que a circulação não seja um requisito, é muito vantajosa a utilização de Leca®LightPlussolta pois permite melhorar o isolamento térmico sem acrescer um grande peso à estrutura (vantajoso também em obras de reabilitação). Neste caso, não é necessário qualquer preparação do material, inclusiva-mente poderá ser utilizado dentro dos próprios sacos de 50 l em que é fornecido.Neste caso, como o isolamento acústico não é um requisito essencial (particularmente os sons de percursão) não é colocada a manta resiliente. Os sacos de 50 l de Leca®LightPlus são colocados lado a lado, de forma a preencherem toda a área do pavimento.

2)PisocomsoalhoNos pisos com soalho poderá ser utilizado como enchimento com vista a melhorar o isolamento térmico a Leca®Dry (material com uma humidade inferior a 1%). Também neste caso o material não necessitará de qualquer preparação prévia.Encher o espaço entre as ripas de apoio às tábuas de soalho com Leca®Drysolta e espalhar o material com uma régua à cota prevista.

Leca® Dry

Leca® Light Plus

Page 12: Manual Técnico Pavimentos

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Execução de enchimento em coberturas

A resistência mecânica das coberturas e dos seus constituintes é determinada em função da acessibilidade. Nas coberturas, a camada de forma tem também a função de criar um declive (mínimo 1%) destinado a dirigir a água para os locais de escoamento. A espessura mínima é determinada em função da inclinação e não deve ser inferior a 4 cm.

O isolamento térmico de uma cobertura é de primordial importância para a poupança de energia de um edi-fício (24% de energia de um edifício é transmitida pela cobertura). O betão leve Leca®, aplicado em coberturas como camada de forma/enchimento tem um grande potencial de poupança de energia pois apresenta uma baixa condutibilidade térmica. Também as suas características de incombustibilidade (Euroclasse A1), leveza e resistência são vantagens claras para a sua utilização em coberturas. No entanto, deve ter-se em consideração a funcionalidade da cobertura (isto é, se é acessível, para tráfego pedonal ou rodoviário, etc.), o tipo de revestimento que irá ser utilizado, etc..Utilizar oLeca®Mix, o LBF ou um betão leve Leca® formulado em obra. No caso de coberturas não acessíveis também poderá ser utilizada a Leca® solta (Leca®LightPlus) com uma calda aglutinante (cimento e água).

Leca® Mix

Leca® Light Plus

Page 13: Manual Técnico Pavimentos

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Execução de camada de regularização sobre betão

• Aplicação da argamassa de betonilha weber.floorbase, weber.floorbaserapid ou weber.floorlight em espessuras de 4-8 cm.

• A aplicação de revestimento sob o sistema apresentado requer um tipo de secagem capaz de assegurar limites máximos de humidade existente inferiores a 10% para aplicação de cerâmica e 4% para aplicação de materiais como madeira.

NOTA:Recomenda-se a aplicação de promotor de aderência weber.latex (para resultados mais eficientes, este pro-motor pode ser combinado com cimento e água numa proporção 1:1 :1 e aplicado em forma de leitada sobre o suporte de betão existente).

ExecuçãodecamadaderegularizaçãoempiscinasNeste caso, a recomendação de aplicação inicial de promotor de aderência weber.latex torna-se obrigatória. Também se recomenda a execução de juntas de esquartejamento equivalentes aos desníveis correntes no piso da piscina. Esta junta deve ser tratada com mastique adequado, resistente às solicitações normais de uma piscina. O revestimento usado deverá respeitar esta junta existente.Em caso de necessidade de execução de meias-canas, na junção entre o pavimento e a parede, deve ser executado com argamassa weber.floorrep.

02 rEGuLArIZAção

Promotor de aderência

Betonilha

Betão

weber.floor rep

weber.floor baseweber.floor base rapidweber.floor light

Page 14: Manual Técnico Pavimentos

14

Placa de XPS

Manga plástica/Geotêxtil

Malha de aço eletrosoldada

Betonilha/Autonivelante

Execução de camada de regularização sobre suportes difíceis/flexíveis/compressíveis (XPS, enchimentos leves)

• Colocação de manga plástica/geotêxtil.• Colocação de malha de aço em painel tipo CQ.38 (garantindo que fica aproximadamente a metade da espessura

da argamassa).• Aplicação de weber.floorbase, weber.floorbaserapid ou weber.floorlightnuma espessura de 4-8 cm ou weber.floorrepnuma espessura de 3 a 4 cm.

NOTA:No caso de aplicação de placas XPS, recomenda-se a sua fixação ao suporte com weber.thermplus ou weber.colflexXL.

weber.floor rep

weber.therm plus

weber.col flex XL

weber.floor baseweber.floor base rapidweber.floor light

Page 15: Manual Técnico Pavimentos

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Pavimentode madeira

Estrutura de madeira

Manga plástica / Geotêxtil

Malha de aço eletrosoldada

Betonilha / Autonivelante

Execução de camada de regularização sobre estruturas deformáveis/frágeis (madeira) - introdução de carga permanente reduzida

• Colocação de manga plástica/geotêxtil.• Colocação de malha de aço em painel tipo CQ.38 (aproximadamente a metade da espessura da argamassa).• Aplicação de weber.floorlight numa espessura de 4-8 cm (48-96 kg/m2) ou weber.floorfluidnuma espessura

de 2-4 cm (34-68 kg/m2).

weber.floor fluid

weber.floor light

Page 16: Manual Técnico Pavimentos

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Execução de camada de forma em terraços e varandas

• Colocação de manga plástica/geotêxtil.• Colocação de malha de aço em painel tipo CQ.38 (aproximadamente a metade da argamassa).• Aplicação da argamassa de betonilhaweber.floorbase, weber.floorbaserapid ou weber.floorlightem

espessuras de 4-8 cm (para espessuras superiores, considerar enchimento prévio, de acordo com as soluções apresentadas no capitulo 1).

Para execução de pendentes em que a espessura mínima da camada de forma seja inferior a 4 cm, utilizar a argamassa weber.floorrep em espessuras de 1-4 cm. É particularmente importante garantir a limpeza e esta-bilidade do suporte. Também se recomenda uma aplicação inicial de weber.floorrepmais diluído para garantir uma maior aderência ao suporte, seguida pela aplicação do material em consistência normal como execução da camada pendente.

NOTA:No caso do projecto envolver a aplicação de uma betonilha sobre placas de isolamento (XPS), recomenda-se:1) As placas XPS deverão ser coladas integralmente ao suporte por aplicação da argamassa do tipo weber.therm

plus ou weber.colflexXL.2) Colocação de manga plástica/geotêxtil.3) Colocação de malha de aço em painel tipo CQ.38.4) Aplicação da argamassa de betonilha weber.floorbase, numa espessura nunca inferior a 6 cm.5) Garantir juntas de fraccionamento e perimetrais a limitar áreas máximas até 25 m2.

Malha de aço eletrosoldada

Betonilha

Manga plástica

Betão

weber.floor rep

weber.floor baseweber.floor base rapidweber.floor light

weber.therm plus

weber.col flex XL

Page 17: Manual Técnico Pavimentos

17

Dependendo do estado do suporte, dever-se-á efectuar um tratamento mecânico adequado (discagem, fresagem ou granalhagem) de forma a promover a sua rugosidade e, por conseguinte, melhorar a aderência da camada autonivelante.O suporte deve apresentar-se limpo, estável e coeso e deverá apresentar resistência à tracção com um valor médio superior a 1,0 MPa. Caso tal não suceda, deverão ser tomadas medidas de reforço adequadas. Por exem-plo, em caso de falta de coesão ou destacamento, a solução implica a remoção da zona frágil e substituição por argamassa adequada.A quantidade de água a adicionar à mistura, durante a preparação dos produtos, deverá ser rigorosamente a prevista na ficha técnica fornecida pelo fabricante. Não utilizar água em excesso, pois irá reduzir a resistência da argamassa e aumentar a possibilidade de retracção do material , com potencial fissuração consequente.Dependendo da área a aplicar, deverão ser previstas divisões em secções (máx. 10-12 m em largura), usando para o efeito uma barreira esponjosa. Após aplicação e selagem do autonivelante, o pavimento deverá ser esquar-telado em secções de 25 m2, com auxilio de uma rebarbadora para execução de um corte com profundidade de 1/3 da espessura da argamassa aplicada. O esquartejamento adicional deve ser ainda considerado em condições particulares em função da configuração do espaço a nivelar.Durante a aplicação, monitorizar com frequência a consistência e fluidez da argamassa autonivelante.Não aplicar as argamassas com temperaturas atmosféricas inferiores a 5ºC e superiores a 30ºC.Proteger da luz solar directa de correntes de ar fortes, toda a zona a pavimentar.

Nivelamento de pavimento

Aplicar um primário de aderência tipo weber.primRP, em duas camadas.Executar uma junta perimetral, usando para o efeito uma barreira esponjosa.Aplicar a argamassa autonivelanteweber.floorfluid com uma espessura entre 5 a 80 mm.Se necessário, aplicar a argamassa autonivelanteweber.floorplancom uma espessura entre 2 a 15 mm (por exemplo, quando se pretende revestimento finos como alcatifas, PVC, parquet…)

Deixar endurecer. É possível circular após aproximadamente 3 horas. Esperar 12 horas para colocar alcatifa ou cerâmica. Para os revestimentos plásticos esperar pelo menos 48 horas e, para aplicação de pintura, aguardar pelo menos 72 horas.

03 nIVELAMEnto

Betão

Primário

Autonivelante

Adesivo para revestimentoRevestimento

weber.floor fluid

weber.floor plan

Page 18: Manual Técnico Pavimentos

18

Renovação de pavimento cerâmico,com necessidade prévia de nivelamento

Em situações específicas poderá ser necessário o nivelamento do pavimento cerâmico existente, durante um processo de reabilitação.Verificar o estado do suporte cerâmico existente, especialmente ao nível de zonas com potenciais destacamentos, fissuração e estado da superfície existente, e corrigir as situações observadas. Aplicar o primário weber.primAD, polvilhado com areia de sílica e deixar secar 3 a 6 horas.Executar uma junta perimetral, usando para o efeito uma barreira esponjosa.Prepararweber.floorfluid, misturando lentamente, para evitar a introdução de demasiado ar na mistura. Espa-lhar weber.floorfluidno pavimento. Regularizar a espessura (mínimo 5 mm, máximo 80 mm) com uma talocha inox.

Deixar endurecer. É possível circular após aproximadamente 3 horas. Esperar 12 horas para colocar alcatifa ou cerâmica. Para os revestimentos plásticos esperar pelo menos 48 horas e para aplicação de pintura aguardar pelo menos 72 horas.

Cerâmica

Primário

Autonivelante

Adesivo para revestimentoRevestimento (cerâmica, madeira, parquet, pvc,...)

weber.floor fluid

Page 19: Manual Técnico Pavimentos

19

Madeira

Primário

Autonivelante

Rede de fibra de vidro

Adesivo para revestimentoRevestimento (cerâmica, madeira, parquet, pvc,...)

Renovação de pavimento em madeira

Pregar as tábuas que se encontrem soltas, para reforçar a estabilidade. Eliminar os vernizes e ceras.Aplicar o primárioweber.primAD, polvilhado com areia de sílica e deixar secar 3 a 6 horas.Colocar uma rede de fibra de vidro, agrafada cada 20 cm.Executar uma junta perimetral, usando para o efeito uma barreira esponjosa.Preparar weber.floorfluid, misturando lentamente, para evitar a introdução de demasiado ar na mistura. Espalhar weber.floorfluid no pavimento. Regularizar a espessura (mínimo 15 mm, máximo 80 mm) com uma talocha inox.

Deixar endurecer. É possível circular após aproximadamente 3 horas. Esperar 12 horas para colocar alcatifa ou cerâmica. Para os revestimentos plásticos esperar pelo menos 48 horas e para aplicação de pintura aguardar pelo menos 72 horas.

weber.floor fluid

Page 20: Manual Técnico Pavimentos

20

Betão

Piso radiante

Autonivelante

Adesivo para revestimentoRevestimento (cerâmica, madeira, parquet, pvc,...)

Execução de pavimento radiante

Estabelecer uma junta perimetral e fixar as placas de isolamento térmico, de modo a que permaneçam está-veis.Proceder à instalação do sistema radiante (de acordo com as instruções do fornecedor).Aplicar a argamassa autonivelante weber.floorfluid, permitindo que esta ocupe todos os espaços entre condutas/cabos, numa espessura mínima de 10 mm acima destes.Deste modo, obterá um piso radiante termicamente mais eficiente e com isso uma poupança energética face a soluções tradicionais.Deixar endurecer. É possível circular após aproximadamente 3 horas. Esperar 12 horas para colocar alcatifa ou cerâmica. Para os revestimentos plásticos esperar pelo menos 48 horas e para aplicação de pintura aguardar pelo menos 72 horas.

NOTA:Recomenda-se a avaliação do comportamento do material autonivelante aplicado ao piso radiante a partir do funcionamento do mesmo durante 5 ciclos. Esta avaliação é particularmente importante para os casos em que o revestimento final seja um pavimento em contínuo.

weber.floor fluid

Page 21: Manual Técnico Pavimentos

21

Execução de pavimento sobre XPS

Estabelecer uma junta perimetral e fixar as placas de isolamento térmico com weber.thermplus ou weber.colflexXL, de modo a que permaneçam estáveis.

Colocar um geotextil como camada de separação, seguido da colocação de malha de aço em painel tipo CQ.38 para promover a distribuição de carga.

Aplicação deweber.floorfluidnuma espessura de 20 a 80 mm.

Placa de XPS(colada com argamassa)

Manga plástica/Geotêxtil

Autonivelante

Malha de aço eletrosoldada

Adesivo para revestimentos Revestimento (cerâmica, madeira, parquet, PVC...)

weber.floor fluid

weber.therm plus

weber.col flex XL

Page 22: Manual Técnico Pavimentos

22

Execução de pavimento de garagem

Deverá ser medida a planimetria do suporte, de forma a certificar homogeneidade na espessura de nivelamento a utilizar posteriormente. Caso tal não suceda, deverá ser colocada uma camada base de nivelamento com uma argamassa autonivelante do tipo weber.floor fluid.Aplicar um primário de aderência tipo weber.prim RP, em duas demãos.Executar uma junta perimetral, usando para o efeito uma barreira esponjosa.Aplicar a argamassa autonivelante weber.floor for com uma espessura entre 5 a 20 mm.

Deverá ser prevista a realização de uma amostra padrão em obra. Decorridas 24/48 horas, o pavimento deve ser selado com a resina de poliuretano transparente de elevada fluidez weber PA ou revestido com resina epóxi colorida weber PX. A circulação para uso pode ser feita após 3 dias.

Primário

Autonivelante

Resina transparente (ou colorida)

Betão

weber.floor fluid

weber.floor for

Page 23: Manual Técnico Pavimentos

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Execução de pavimento decorativo

Deverá ser medida a planimetria do suporte, de forma a certificar homogeneidade na espessura de nivelamento a utilizar posteriormente. Caso tal não suceda, deverá ser colocada uma camada base de nivelamento com uma argamassa autonivelante do tipo weber.floorfluid.Aplicar um primário de aderência tipo weber.primRP em duas demãos.Executar uma junta perimetral, usando para o efeito uma barreira esponjosa.Aplicar a argamassa autonivelanteweber.floorfor com uma espessura entre 5 a 20 mm.Deverá ser prevista a realização de uma amostra padrão em obra. A solução deve ser aplicada por profissionais habilitados para o efeito.Decorridas 24/48 horas, o pavimento deve ser selado com a resina de poliuretano transparente de elevada fluidez weberPA.A circulação pode ser feita após 3 dias.Após secagem, devem ser aplicadas pelo menos duas camadas de protecção da superfície, com cera acrílica tipo Johnson Diversey Taski Jontec Matt (efeito mate) ou Taski Jontec Plaza (efeito brilhante). Estes produtos deverão ser aplicados de acordo com as especificações do fabricante.

Primário

Autonivelante

Resina transparente (selante)

Betão

weber.floor fluid

weber.floor for

Betão

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Execução de pavimento industrial

O suporte deve apresentar-se limpo, estável e coeso e deverá apresentar resistência à tracção com um valor médio superior a 1,5 MPa. Caso tal não suceda, deverão ser tomadas medidas de reforço adequadas.Deverá ser medida a planimetria do suporte, de forma a certificar homogeneidade na espessura de nivelamento a utilizar posteriormente. Caso tal não suceda, deverá ser colocada uma camada base de nivelamento com uma argamassa autonivelante do tipo weber.floorfluid.

Aplicar um primário de aderência tipo weber.primRP, em duas demãos.Executar uma junta perimetral, usando para o efeito uma barreira esponjosa.A quantidade de água a adicionar à mistura deverá ser rigorosamente a prevista na ficha técnica fornecida pelo fabricante. Não utilizar água em excesso, pois irá reduzir a resistência da argamassa e aumentar a possibilidade de retracção do material.Dependendo da área a aplicar, deverão ser previstas divisões em secções (máx. 10-12 m em largura), usando para o efeito uma barreira esponjosa. Após aplicação e selagem do autonivelante, o pavimento deverá ser esquartelado em secções de 25 m2.

Durante a aplicação, deve-se monitorizar com frequência a consistência e fluidez da argamassa autonivelante.Não aplicar as argamassas com temperaturas atmosféricas inferiores a 5ºC e superiores a 30ºC.Proteger da luz solar directa, bem como de correntes de ar fortes, toda a zona a pavimentar.

Deverá ser prevista a realização de uma amostra padrão em obra. A solução deve ser aplicada por profissionais habilitados para o efeito.A opção do material a usar deve ser em função de tráfego ligeiro ou moderado/ intenso.

weber.floor fluid

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Primário

Autonivelante

Resina epóxi colorida

Betão

weber.floor for

weber.floor dur

Tráfego ligeiro

Aplicar a argamassa autonivelante weber.floorfor com uma espessura entre 8 a 20 mm.

Decorridas 24/48 horas, o pavimento deve ser selado com a resina de poliuretano transparente de elevada fluidez weberPA ou revestido com resina epóxi colo-rida weberPX.

A circulação pode ser feita após 3 dias.

Tráfego moderado/intenso

Aplicar a argamassa autonivelante weber.floordur com uma espessura entre 8 a 30 mm.

Decorridas 24/48 horas, o pavimento deve ser selado com a resina de poliuretano transparente de elevada fluidez weberPA ou revestido com resina epóxi colo-ridaweberPX.

A circulação pode ser feita após 3 dias.

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MicrofissuraçãoEsta anomalia manifesta-se por uma malha irregular de pequenas fissuras que, geralmente, formam polígo-nos.As causas principais para microfissuração prendem-se com retracção da argamassa. Obviamente, factores como forte dosagem do ligante, utilização de alto teor de finos, excesso de água de amassadura, aplicações em con-dições atmosféricas desfavoráveis, entre outros, por contribuírem para ao aumento de retracção, contribuem igualmente para microfissuração. A maioria dos revestimentos do mercado permitem a correcção da anomalia indicada. Dos mesmos, apenas se excluem os selantes/resinas transparentes.

Fissuração

A fissuração ocorre, normalmente, a partir da camada de regularização (ou forma). Evidencia-se pela rotura em partes distintas podendo afectar o afastamento entre ambas.Tem como causas principais:

• Assentamento de estrutura,• Presença de água,• Corrosão dos elementos metálicos presentes no interior da argamassa,• Pontos de aplicação de cargas mal distribuídas,• Acção sísmica,• Abertura em negativos em lajes.

A correcção desta anomalia implica:• Eliminação das causas exteriores responsáveis,• Eliminação de zonas de material destacado e nova aplicação de material,• Executar juntas de esquartejamento adequadas.

Destacamento

Esta anomalia evidencia-se pelo desligamento de argamassa relativamente à camada que a antecede, podendo notar-se pelo soar a oco quando efectuadas batidas com martelo.Associado a esta patologia, pode acontecer em conjunto, fissuração e desagregação de argamassa.Tem como causas principais:

• Espessuras reduzidas,• Retracção,• Contaminação do suporte,• Acções de impacto,• Fissuração.

A correcção desta anomalia implica a renovação de zonas destacadas e nova aplicação de material.

PAtoLoGIAS

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DesagregaçãoEsta anomalia manifesta-se pela perda de coesão que leva ao destacamento de partículas.As causas maiores prendem-se com acção de agentes climáticos e com tensões originadas por ciclos de dilatação/contracção. Também se apresentam como causas, aplicações deficientes de produtos.No caso em que a desagregação é superficial, a sua correcção pode ser obtida pela aplicação de um agente de consolidação como o weber.primAD. Se a desagregação for significativa, a correcção implica a remoção da argamassa e nova aplicação de material.

Eflorescências

Evidencia-se pela deposição de compostos cristalinos de cor branca à superfície. No caso de cristalização de sais abaixo da superfície, o fenómeno tem a designação de criptoflorescências.Como causas principais, destacam-se a humidade, a presença de sais solúveis nos materiais, a pressão hidrostática suficiente para a migração dos sais para superfície, materiais porosos e com elevado coeficiente de absorção. A correcção desta anomalia implica, normalmente, o impedimento de ascensão de água pelo interior da arga-massa. Pode implicar a remoção de argamassa e colocação prévia da manga plástica.

Fluência e rotura

Por fluência entende-se deformação excessiva a longo prazo sob carga permanente. As causas principais são a presença de água, o excesso de carga e a mudança de uso no pavimento sem reforço do mesmo.A correcção da anomalia pode implicar a simples eliminação de causas associadas como cargas excessivas. Por outro lado, pode implicar a necessidade de reforço por aplicação de nova argamassa adequada.

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Zona Industrial da TaboeiraEsgueira3800-055 Aveiro

T.: 234 101 010F.: 234 301 144/48www.weber.com.pt Ve

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