68
8/7/2019 Manual Vasos http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 1/68 MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO  Rev.: Dezembro 2000 1 CLICAR PARA VER A CAPA CLICAR PARA MAIORES INFORMAÇÕES 13.6 VASOS DE PRESSÃO - DISPOSIÇÕES GERAIS 13.6.1 Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa. Vasos de pressão estão sempre submetidos simultaneamente à pressão interna e à pressão externa. Mesmo vasos que operam com vácuo estão submetidos a estas pressões, pois não existe vácuo absoluto. O que usualmente denomina-se vácuo é qualquer pressão inferior à atmosférica. O vaso é dimensionado considerando-se a pressão diferencial resultante atuando sobre as paredes, que poderá ser maior internamente ou externamente. Há casos em que o vaso de pressão deve ser dimensionado pela condição de pressão mais severa, a exemplo de quando não exista atuação simultânea das pressões interna e externa. Vasos de pressão podem ser construídos de materiais e formatos geométricos variados em função do tipo de utilização a que se destinam. Desta forma existem vasos de pressão esféricos, cilíndricos, cônicos etc, construídos em aço carbono, alumínio, aço inoxidável, fibra de vidro e outros materiais. Os vasos de pressão podem conter líquidos, gases ou misturas destes. Algumas aplicações são: armazenamento final ou intermediário, amortecimento de pulsação, troca de calor, contenção de reações, filtração, destilação, separação de fluidos, criogenia etc. A NR-13 aplica-se a vasos de pressão instalados em unidades industriais, e outros estabelecimentos públicos ou privados, tais como: hotéis, hospitais, restaurantes etc. Sendo regulamentadora da Lei 6514 ( 23 de Dezembro de 1977) da CLT, esta norma também é aplicável a equipamentos instalados em navios, plataformas de exploração e produção de petróleo (Fig.25 e Fig.26) etc desde que não exista legislação em contrário.

Manual Vasos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 1/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

1

CLICAR PARA VER A CAPA

CLICAR PARA MAIORES INFORMAÇÕES13.6 VASOS DE PRESSÃO - DISPOSIÇÕES GERAIS

13.6.1 Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão internaou externa.

Vasos de pressão estão sempre submetidos simultaneamente à pressão interna e àpressão externa. Mesmo vasos que operam com vácuo estão submetidos a estas

pressões, pois não existe vácuo absoluto. O que usualmente denomina-se vácuo équalquer pressão inferior à atmosférica. O vaso é dimensionado considerando-se apressão diferencial resultante atuando sobre as paredes, que poderá ser maiorinternamente ou externamente.

Há casos em que o vaso de pressão deve ser dimensionado pela condição depressão mais severa, a exemplo de quando não exista atuação simultânea das pressõesinterna e externa.

Vasos de pressão podem ser construídos de materiais e formatos geométricos

variados em função do tipo de utilização a que se destinam. Desta forma existem vasosde pressão esféricos, cilíndricos, cônicos etc, construídos em aço carbono, alumínio, açoinoxidável, fibra de vidro e outros materiais.

Os vasos de pressão podem conter líquidos, gases ou misturas destes. Algumasaplicações são: armazenamento final ou intermediário, amortecimento de pulsação, trocade calor, contenção de reações, filtração, destilação, separação de fluidos, criogenia etc.

A NR-13 aplica-se a vasos de pressão instalados em unidades industriais, e outrosestabelecimentos públicos ou privados, tais como: hotéis, hospitais, restaurantes etc.

Sendo regulamentadora da Lei 6514 ( 23 de Dezembro de 1977) da CLT, estanorma também é aplicável a equipamentos instalados em navios, plataformas deexploração e produção de petróleo (Fig.25 e Fig.26) etc desde que não exista legislaçãoem contrário.

Page 2: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 2/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

2

13.6.1.1 O campo de aplicação desta NR, no que se refere a vasos de pressão, estádefinido no Anexo III.

Ver comentários no Anexo III.

Page 3: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 3/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

3

13.6.1.2 Os vasos de pressão abrangidos por esta NR estão classificados emcategorias de acordo com o Anexo IV.

Ver comentários no Anexo IV.

Page 4: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 4/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

4

13.6.2 Constitui risco grave iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:a) válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura

ajustada em valor igual ou inferior a PMTA, instalada diretamente no

vaso ou no sistema que o inclui;

b) dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula quandoesta não estiver instalada diretamente no vaso (Fig.27, Fig.28, e Fig.29);

c) instrumento que indique a pressão de operação.

Entende-se por “outro dispositivo” de segurança dispositivos que tem porobjetivo impedir que a pressão interna do vaso atinja valores que comprometam suaintegridade estrutural. São exemplos de “outros dispositivos” discos de ruptura, válvulas

quebra-vácuo, plugues fusíveis etc.

Válvulas de segurança piloto operadas, podem ser consideradas como “outrodispositivo” desde que mantenha a capacidade de funcionamento em qualquer condiçãode anormalidade operacional.

As válvulas de segurança devem abrir em pressão estabelecida pelo código deprojeto. No caso do Código ASME VIII, este valor é igual ou inferior à PMTA. Após aabertura, a pressão da caldeira poderá elevar-se pouco acima da PMTA, até a atuaçãoplena da válvula. Esta sobrepressão é definida pelo código de projeto e não deve serultrapassada.

O dispositivo de segurança é um componente que visa aliviar automaticamente e

sem o concurso do operador à pressão do vaso, independente das causas queprovocaram a sobrepressão. Desta forma, pressostatos, reguladores de pressão, malhasde controle de instrumentação etc, não devem ser considerados como dispositivos desegurança.

O “dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido” é aplicável à:

? Vasos de pressão com 2 (dois) ou mais dispositivos de segurança; ? Conjunto de vasos interligados e protegidos por única válvula de segurança.

Vasos com 2 (duas) ou mais válvulas de segurança, com bloqueios independentessão utilizados quando se deseja facilidade de manutenção: pode-se remover uma dasválvulas de segurança para reparo ou inspeção, mantendo-se as demais em operação.Neste caso, as válvulas de segurança remanescentes em conjunto, ou isoladamente,deverão ser projetadas com suficiente capacidade para aliviar a pressão do vaso. Nãodeve ser esquecido que “bloqueios inadvertidos” podem estar instalados a montante ou a

 jusante das válvulas de segurança.

O “dispositivo que evite o bloqueio inadvertido” do dispositivo de segurança éaplicável a vasos de pressão com dois ou mais dispositivos de segurança. São exemplosdestes dispositivos válvulas de duas ou mais vias, válvulas gaveta sem volante ou comvolante travado por cadeado etc.

Page 5: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 5/68

Page 6: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 6/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

6

13.6.3 Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo, em local de fácilacesso e bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, asseguintes informações:

a) fabricante;

b) número de identificação;

c) ano de fabricação;

d) pressão máxima de trabalho admissível;

e) pressão de teste hidrostático;

f) código de projeto e ano de edição.

A adesão pelo Brasil ao Sistema Internacional de Unidades foi formalizada pormeio do decreto legislativo nº 57 de 27 de julho de 1953 e ratificada a partir de então.A tabela da pág. 66 apresenta os fatores de conversão a serem utilizados para conversãodas unidades de pressão.

Número de identificação é a identificação alfa numérica, conhecida como tag,item número de ordem etc, atribuído pelo projetista ou estabelecimento ao vaso de

pressão.

Para efeito do atendimento à alínea “f”, caso não seja conhecido o ano de ediçãodo código o “Profissional Habilitado” deverá verificar se o equipamento sob análise seenquadra nos requisitos da última edição publicada que precedeu o ano de fabricação dovaso.

Não sendo conhecido o código de projeto original ou o ano de fabricação, o vasodeverá ser verificado de acordo com um dos códigos existentes para vasos de pressão,que seja aceito internacionalmente, tais como: ASME, DIN, JIS etc.

As placas de identificação já instaladas deverão ser adequadas aos requisitosdessa NR (Fig.29, Fig.30 ).

Page 7: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 7/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

7

13.6.3.1 Além da placa de identificação, deverão constar em local visível, acategoria do vaso, conforme Anexo IV, e seu número ou código deidentificação.

As informações referentes à identificação do vaso e sua respectiva categoriadeverão ser pintadas em local onde possam ser facilmente identificadas  ( Fig33  e

Fig 34).

Opcionalmente à pintura, as informações poderão ser inseridas numa placa comvisualização equivalente.

A pintura deve permitir a rápida identificação do equipamento em situação de

emergência na unidadeOcorrendo vazamentos, incêndio e outros eventos que produzam fumaça, vapores ounévoa, a visão dos operadores será prejudicada. Nestes casos, equipes externas queentrem na unidade para auxiliar em emergências também são auxiliadas pela boa pinturade identificação.

Page 8: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 8/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

8

13.6.4 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiverinstalado, a seguinte documentação devidamente atualizada:

a) Prontuário do Vaso de Pressão, a ser fornecido pelo fabricante,contendo as seguintes informações:

- código de projeto e ano de edição;

- especificação dos materiais;

- procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final edeterminação da PMTA;

- conjunto de desenhos e demais dados necessários para omonitoramento da sua vida útil;

- características funcionais;

- dados dos dispositivos de segurança;

- ano de fabricação;

- categoria do vaso.

b) Registro de Segurança, em conformidade com o subitem 13.6.5;

c) Projeto de Instalação, em conformidade com o item 13.7;d) Projetos de Alteração ou Reparo, em conformidade com os

subitens 13.9.2 e 13.9.3;e) Relatórios de Inspeção, em conformidade com o subitem 13.10.8.

SE o estabelecimento onde estiverem instalados os vasos de pressão possuirdiversas unidades, os documentos deverão estar disponíveis na unidade onde estivereminstalados para que possam ser prontamente consultados.

Se os operadores e responsáveis pelos equipamentos não permanecerem no localde instalação do vaso de pressão, os documentos devem ficar próximos ao operadorresponsável.

Esta exigência também se aplica a plataformas de exploração e produção de petróleoe navios.

Não é necessário que toda a documentação esteja arquivada num único local daunidade. É recomendável porém, que todos os documentos do prontuário estejamagrupados.

Page 9: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 9/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

9

O procedimento para determinação da PMTA, deverá explicar o roteiro para seuestabelecimento, passo a passo, incluindo tabelas, ábacos etc que por ventura sejamconsultados.

Caso haja interesse por parte do estabelecimento poderá ser   adotada comoPMTA a pressão de projeto do vaso.

Entende-se por vida útil do vaso o período de tempo entre a data de fabricação ea data na qual o vaso tenha sido considerado inadequado para uso.

A documentação deve ser mantida durante toda a vida útil do vaso de pressão.

Page 10: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 10/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

10

13.6.4.1 Quando inexistente ou extraviado, o “Prontuário do Vaso de Pressão”deve ser reconstituído pelo proprietário, com responsabilidade técnica dofabricante ou de “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2,

sendo imprescindível a reconstituição das características funcionais, dosdados dos dispositivos de segurança e dos procedimentos paradeterminação da PMTA.

A maior parte da documentação exigida, particularmente aquela englobada noprontuário do vaso, deve ser fornecida de forma detalhada pelo fabricante do vaso depressão.

Se o estabelecimento não possuir essa documentação parte da mesma deverá ser

reconstituída conforme determinado neste subitem.

A reconstituição dos documentos é sempre de responsabilidade do proprietário dovaso de pressão. Para tanto, este poderá se utilizar dos serviços do fabricante do vaso oucaso este seja indeterminado ou já não exista, de um “Profissional Habilitado” ouempresa especializada.

Normas técnicas internacionalmente reconhecidas indicam que o cálculo da PMTAdeve considerar, além da pressão, outros esforços solicitantes, devendo englobar todasas partes do equipamento, tais como: conexões, flanges, pescoços de conexões,suportes, selas etc.

Page 11: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 11/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

11

13.6.4.2 O proprietário de vaso de pressão deverá apresentar, quando exigido pelaautoridade competente do Órgão Regional do Ministério do Trabalho, adocumentação mencionada no subitem 13.6.4.

A autoridade competente do “Órgão Regional do Ministério do Trabalho”(Delegacia Regional do Trabalho - DRT) é o Delegado Regional do Trabalho na sua

 jurisdição.

Page 12: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 12/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

12

13.6.5 O Registro de Segurança deve ser constituído por livro de páginasnumeradas, pastas ou sistema informatizado ou não, com confiabilidadeequivalente, onde serão registradas:

a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições desegurança dos vasos;

b) as ocorrências de inspeção de segurança.

O Registro de Segurança pode ser constituído por um livro de páginas numeradaspara cada vaso de pressão ou de um livro de páginas numeradas para diversos vasos depressão.

É possível que a empresa utilize outro sistema (por exemplo: informatizado)desde que, de fato, apresente a mesma segurança contra burla e permita “assinaturaeletrônica”:

É importante que sejam registradas neste livro somente as ocorrências quepossam afetar a integridade física do ser humano. São exemplos típicos destasocorrências: explosões, incêndios, vazamentos, ruptura de componentes, operação forados valores previstos, funcionamento irregular das válvulas de segurança, serviços demanutenção efetuados etc.

É prática nas unidades industriais, o preenchimento do Livro de turno ou Livrode passagem de serviço ou similar que poderá ser aceito como Registro de Segurançadesde que atenda o disposto no item 13.6.5.

O Registro de segurança pode ser preenchido por qualquer profissional que disponha deinformação relevante sobre a segurança do equipamento.

Page 13: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 13/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

13

13.6.6 A documentação referida no subitem 13.6.4 deve estar sempre á disposiçãopara consulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de inspeção e dasrepresentações dos trabalhadores e do empregador na Comissão Interna

de Prevenção de Acidentes - CIPA, devendo o proprietário assegurar plenoacesso a essa documentação, inclusive à representação sindical dacategoria profissional predominante no estabelecimento, quandoformalmente solicitado.

A documentação referida neste item deverá estar sempre disponível para consultae fiscalização dentro do estabelecimento.

Quando for necessário retirar a documentação do estabelecimento deverá ser

providenciada a sua duplicação.

Page 14: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 14/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

14

13.7 INSTALAÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO

13.7.1 Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos,respiros, bocas de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura,quando existentes, sejam facilmente acessíveis.

Os acessórios descritos nesse subitem, que possam exigir a presença dotrabalhador para operação, manutenção ou inspeção, devem permitir acesso fácil eseguro através de escadas, plataformas e outros em conformidade com as NR ( Fig.32 eFig.35).

Page 15: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 15/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

15

13.7.2 Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes confinados, ainstalação deve satisfazer os seguintes requisitos:

a) dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentementedesobstruídas e dispostas em direções distintas;

b) dispor de fácil acesso e seguro para as atividades demanutenção, operação e inspeção, sendo que, para guarda-corposvazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;

c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam serbloqueadas;

d) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;e) possuir sistema de iluminação de emergência.

As alíneas deste subitem referem-se ao local onde está instalado o vaso depressão. Desta maneira, a alínea “a” prescreve que a área de processo ou ambiente ondeesteja instalado o vaso de pressão deva possuir 2 (duas) saídas em direções distintas.Objetiva-se, desta forma, evitar que ocorrendo um vazamento, incêndio ou qualqueroutra possibilidade de risco aos operadores, que estes não fiquem cercados pelo fogo ouvazamento, dispondo sempre de uma rota de fuga alternativa.

Deverá ser entendido como sistema de iluminação de emergência, todo sistemaque, em caso de falha no fornecimento de energia elétrica, consiga manteradequadamente iluminado os pontos estratégicos à operação do vaso de pressão. Sãoexemplos destes sistemas: lâmpadas ligadas a baterias que se auto carregam nos períodosde fornecimento normal, geradores movidos à vapor ou motores à combustão etc.

Page 16: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 16/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

16

13.7.3 Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto a instalaçãodeve satisfazer as alíneas “a”, “b”, “d”, e “e” do subitem 13.7.2.(Fig.36)

Page 17: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 17/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

17

13.7.4 Constitui risco grave e iminente o não atendimento às seguintes alíneas dosubitem 13.7.2:

- “a”, “c” e “e” para vasos instalados em ambientes confinados;

- “a” para vasos instalados em ambientes abertos;

- “e” para vasos instalados em ambientes abertos e que operem a noite.

Page 18: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 18/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

18

13.7.5 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto no subitem 13.7.2deve ser elaborado “Projeto Alternativo de Instalação” com medidascomplementares de segurança que permitam a atenuação dos riscos.

Caso o estabelecimento não possa atender às exigências estabelecidas no subitem13.7.2 ou obedecer a aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas NR,nas convenções ou mais disposições legais, deverá elaborar um “Projeto Alternativo deInstalação” contendo medidas concretas para atenuação dos riscos.

Este requisito se aplica tanto às instalações já existentes como para as novasinstalações.

Page 19: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 19/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

19

13.7.5.1 O Projeto Alternativo de Instalação deve ser apresentado pelo proprietáriodo vaso de pressão para obtenção de acordo com a representação sindicalda categoria profissional predominante no estabelecimento.

Page 20: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 20/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

20

13.7.5.2 Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem 13.7.5.1, aintermediação do órgão regional MTb, poderá ser solicitada porqualquer uma das partes e, persistindo o impasse, a decisão caberá a esse

órgão.

Page 21: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 21/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

21

13.7.6 A autoria do Projeto de Instalação de vasos de pressão enquadrados nascategorias “I”, “II” e “III”, conforme Anexo IV, no que concerne aoatendimento desta NR, é de responsabilidade de Profissional Habilitado,

conforme citado no subitem 13.1.2, e deve obedecer os aspectos desegurança, saúde e meio ambiente previstos nas NormasRegulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis.

A autoria do Projeto de Instalação de vasos de pressão é de responsabilidade deProfissional Habilitado.

Sempre que, na elaboração do projeto, o Profissional Habilitado solicitar aparticipação de profissionais especializados e legalmente habilitados, estes serão tidoscomo responsáveis pela parte que lhes diga respeito, devendo ser explicitamente

mencionados como autores das partes que tiverem executado.

Page 22: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 22/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

22

13.7.7 O Projeto de Instalação deve conter pelo menos a planta baixa doestabelecimento, com o posicionamento e a categoria de cada vaso e dasinstalações de segurança.

O Projeto de Instalação deverá conter pelo menos a planta baixa doestabelecimento, com o posicionamento e a categoria de cada vaso de pressão existentena instalação. A planta deverá também posicionar instalações de segurança tais como:extintores, sistemas de sprinklers, canhões de água, câmaras de espuma, hidrantes etc.

Todos os documentos que compõem o Projeto de Instalação deverão serdevidamente assinados pelos profissionais legalmente habilitados.

Quando uma instalação já existente não possuir os desenhos ou documentoscitados ou, quando a identificação dos profissionais legalmente habilitados não estiverclara, o Projeto de Instalação deverá ser reconstituído sob autoria de um ProfissionalHabilitado.

Page 23: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 23/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

23

13.8 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO

13.8.1 Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias “I” ou “II” deve possuirmanual de operação próprio ou instruções de operação contidas no manualde operação da unidade onde estiver instalado, em língua portuguesa e defácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:

a) procedimentos de partidas e paradas;

b) procedimentos e parâmetros operacionais e rotina;

c) procedimentos para situações de emergência;

d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meioambiente.

O manual de operação das unidades que contenham vasos de pressão de categorias“I” ou “II” deverá estar sempre disponível para consulta dos operadores, em localpróximo ao seu posto de trabalho. O manual deverá ser mantido atualizado, sendo quetodas as alterações ocorridas nos procedimentos operacionais ou nas características dosequipamentos, deverão ser de pleno conhecimento dos operadores e serem prontamenteincorporadas nos respectivos manuais.

Este requisito também é aplicável a plataformas de exploração e produção depetróleo e a navios.

Page 24: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 24/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

24

13.8.2 Os instrumentos e controles de vasos de pressão devem ser mantidoscalibrados e em boas condições operacionais.

Todos os instrumentos e controles que interfiram com a segurança do vaso depressão deverão ser periodicamente calibrados e serem adequadamente mantidos.

A utilização de artifícios como por exemplo “jumps” que neutralizeminstrumentos ou sistemas de controle e segurança será considerada como risco grave eiminente e pode acarretar a interdição do equipamento.

A periodicidade de manutenção e a definição de quais instrumentos e controles dosvasos de pressão deverão ser englobados neste subitem é de responsabilidade de

profissionais legalmente habilitados para cada especialidade.

Page 25: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 25/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

25

13.8.2.1 Constitui condição de risco grave e iminente o emprego de artifícios queneutralizem seus sistemas de controle e segurança.

A utilização de  jumps transitórios em situações onde exista redundância ou ondeesteja sendo feita substituição ou reparos de componentes não será considerada como“artifício que neutralize” sistemas de controle ou instrumentos.

Para esses casos, é necessário fazer estudo dos riscos envolvidos eacompanhamento desta operação, envolvendo todos os setores que possam por esta serafetados.

Page 26: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 26/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

26

13.8.3 A operação de unidades que possuam vasos de pressão de categorias “I” ou“II” deve ser efetuada por profissional com Treinamento de Segurança naOperação de Unidades de Processo, sendo que o não atendimento a esta

exigência caracteriza condição de risco grave e iminente.

O responsável pela existência de operadores de unidades de processo treinadosadequadamente é o dono do estabelecimento ou seu representante legal.

Deve ser entendido que em função da complexidade da unidade, um operadorpoderá operar simultaneamente diversos vasos de pressão ou um único vaso de pressãopoderá estar sob controle de diversos operadores. É importante que os operadoresresponsáveis pela operação da unidade estejam em condições de atuar prontamente para

corrigir situações anormais que se apresentem.

Por ocasião da implantação de sistemas digitalizados de controle a distância(SDCD ) considerar a existência de um efetivo capaz de atuar em situações de

emergência.

Page 27: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 27/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

27

13.8.4 Para efeito desta NR será considerado profissional com Treinamento deSegurança na Operação de Unidades de Processo aquele que satisfazeruma das seguintes condições:

a) possuir certificados de Treinamento de Segurança na Operação deunidades de Processo expedido por instituição competente para otreinamento;

b) possuir experiência comprovada na operação de vasos de pressão dascategorias “I” ou “II” de pelo menos 2 (dois) anos antes da vigênciadesta NR.

Para casos onde for necessário a comprovação de experiência na operação deunidades de processo deve-se considerar:

?   anotações na carteira de trabalho; ou. ?   prontuário ou atribuições fornecidos pelo estabelecimento; ou. ?   testemunho de pessoas.

Para cálculo dos 2 (dois) anos de experiência deverão ser descontados os temposde interrupção.

Page 28: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 28/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

28

13.8.5 O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no Treinamentode Segurança na Operação de Unidades de Processo é o atestado de

conclusão do 1º grau.

Page 29: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 29/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

29

13.8.6 O Treinamento de Segurança na Operação de unidades de Processo deveobrigatoriamente:

a) ser supervisionado tecnicamente por Profissional Habilitado citado nosubitem 13.1.2;

b) ser ministrada por profissionais capacitados para esse fim;

c) obedecer, no mínimo, ao currículo no Anexo I-B desta NR.

Deverão ser incluídas no treinamento outras matérias teóricas ou práticas queforem julgadas relevantes pelo supervisor técnico do treinamento.

Page 30: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 30/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

30

13.8.7 Os responsáveis pela promoção do Treinamento de Segurança na Operaçãode Unidades de Processo estarão sujeitos ao impedimento de ministrarnovos cursos, bem como as outras sanções legais cabíveis no caso de

inobservância do disposto subitem 13.8.6.

Page 31: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 31/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

31

13.8.8 Todo profissional com Treinamento de Segurança na Operação de Unidadesde Processo, deve cumprir estágio prático, supervisionado, na operação devasos de pressão com as seguintes durações mínimas:

a) 300 (trezentas) horas para vasos de categorias “I” ou “II”;

b) 100 (cem) horas para vasos de categorias “III”, “IV” ou “V”.

A empresa ou estabelecimento deverá arquivar os documentos que comprovem aparticipação de seus operadores no referido estágio.

No caso de unidades que não possuam vasos de pressão de categorias “I” ou “II”não há necessidade de existirem profissionais com Treinamento de Segurança na

Operação de Unidades de Processo. Faz-se necessário no entanto, o cumprimento deestágio prático supervisionado de, 100 horas.

O supervisor de estágio poderá ser por exemplo:

?  o chefe da operação; ?  um operador chefe; ?  um engenheiro responsável pelo processo; ?  “Profissional Habilitado”; ?  operador mais experiente.

Page 32: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 32/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

32

13.8.9 O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado deveinformar previamente à representação sindical da categoria profissionalpredominante no estabelecimento:

a) período de realização do estágio;

b) entidade, empresa ou profissional responsável pelo Treinamento deSegurança na Operação de Unidades de Processo.

c) relação dos participantes do estágio.

Page 33: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 33/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

33

13.8.10 A reciclagem de operadores deve ser permanente por meio de constantesinformações das condições físicas e operacionais dos equipamentos,atualização técnica, informações de segurança, participação em cursos,

palestras e eventos pertinentes.

A necessidade e ocasião da reciclagem são de responsabilidade do empregador.

Para efeito de comprovação, deverá ser anexado à pasta funcional de cadaoperador o tipo de atividade, data de realização, duração etc.

Page 34: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 34/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

34

13.8.11 Constitui condição de risco grave e iminente a operação de qualquer vasode pressão em condições diferentes das previstas no projeto original, semque:

a) seja reprojetado levando em consideração todas as variáveisenvolvidas na nova condição de operação;

b) sejam adotados todos os procedimentos de segurança decorrentesde sua nova classificação no que se refere a instalação, operação,manutenção e inspeção.

A operação de vasos de pressão em condições diferentes das previstas em seu

projeto pode ser extremamente perigosa.

São exemplos de condições objeto deste item:

?   pressões superiores às de operação;?   temperaturas superiores às consideradas no projeto;?   utilização de fluidos diferentes dos previstos originalmente;?   alterações de geometria, espessura, tipo de material etc.

Sempre que forem efetuadas modificações no projeto do vaso de pressão ou nassuas condições operacionais deverão ser adotados todos os procedimentos de segurança

necessários.

As modificações efetuadas deverão sempre fazer parte da documentação do vasode pressão.

Page 35: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 35/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

35

13.9. SEGURANÇA NA MANUTENÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO

13.9.1. Todos os reparos ou alterações em vasos de pressão devem respeitar o

respectivo código de projeto de construção e as prescrições do fabricanteno que se refere a:

a) materiais;

b) procedimentos de execução;

c) procedimentos de controle de qualidade;

d) qualificação e certificação de pessoal.

No caso de tubulação a abrangência deste subitem limita-se ao trecho compreendidoentre o corpo do vaso e a solda ou flange mais próximo, inclusive.

Deve ser considerado como “reparo” qualquer intervenção que vise corrigir nãoconformidades com relação ao projeto original. Por exemplo: reparos com solda pararecompor áreas danificadas, remoção de defeitos em juntas soldadas ou no metal base,substituição de internos ou conexões corroídas etc.

Deve ser considerado como “alteração” qualquer intervenção que resulte em

alterações no projeto original inclusive nos parâmetros operacionais do vaso. Porexemplo: alterações nas especificações dos materiais, mudanças de internos ou conexões,mudanças de geometria etc.

São exemplos de qualificação e certificação de pessoal os procedimentos previstospelo código ASME Seção IX (Qualificação de Soldagem e Brasagem) e Seção V(Ensaios Não-Destrutivos).

Page 36: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 36/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

36

13.9.1.1 Quando não for conhecido o código de projeto de construção, deverá serrespeitada a concepção original do vaso, empregando-se procedimentosde controle do maior rigor, prescritos pelos códigos pertinentes.

Caso a documentação do vaso de pressão tenha se extraviado e não seja possívellocalizar o fabricante, os reparos e alterações deverão respeitar a concepção adotadaoriginalmente. Nestas ocasiões, quando forem necessários reparos e alterações oProfissional Habilitado deverá propor testes e ensaios, bem como os mais rigorososcritérios de aceitação compatíveis com o código de projeto adotado.

Page 37: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 37/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

37

13.9.1.2 A critério do Profissional Habilitado, citado no subitem 13.1.2, podem serutilizadas tecnologias de cálculo ou procedimentos mais avançados, emsubstituição aos previstos pelo códigos de projeto.

Em casos particulares e desde que embasado pelo Profissional Habilitadopoderão ser utilizados procedimentos de cálculo e tecnologias não previstas pelo códigode projeto. São exemplos destes procedimentos: técnicas de mecânica da fratura quepermitam a convivência com descontinuidades subcríticas, técnicas alternativas desoldagem que dispensem o alívio de tensões, modelagem por elementos finitos etc.

Page 38: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 38/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

38

13.9.2 Projetos de Alteração ou Reparo devem ser concebidos previamente nasseguintes situações:

a) sempre que as condições de projeto forem modificadas;

b) sempre que forem realizados reparos que possam comprometer asegurança.

Antes da execução de qualquer reparo ou alteração que possam comprometer asegurança do vaso de pressão ( Fig.37 ) ou dos trabalhadores, deverá ser elaborado orespectivo Projeto de Alteração ou Reparo que passará a fazer parte da documentaçãodo vaso de pressão.

Não é necessário enviar o Projeto de Alteração ou Reparo para apreciação deórgãos externos à empresa, tais como: DRT, sindicato etc.

São exemplos de Projetos de Alteração ou Reparo: alteração de especificação demateriais do vaso ou acessório, inclusão ou exclusão de conexões, reparos com soldaetc.

Page 39: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 39/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

39

13.9.3 O Projeto de Alteração ou Reparo deve:

a) ser concebido ou aprovado por “Profissional Habilitado”, citado no

subitem 13.1.2;

b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle dequalidade e qualificação de pessoal;

c) ser divulgado para funcionários do estabelecimento que possam estarenvolvidos com o equipamento.

O Projeto de Alteração e Reparo pode ser concebido por firma especializada

desde que a mesma esteja registrada no CREA e disponha de responsável técnicolegalmente habilitado.

Reparos ou alterações que envolvam as especialidades de eletricidade, eletrônicasou química deverão ser concebidos e assinados por profissionais legalmente habilitadospara cada campo específico. Independente desta necessidade, todo Projeto de Alteraçãoe Reparo deverá ser assinado por Profissional Habilitado.

Page 40: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 40/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

40

13.9.4 Todas as intervenções que exijam soldagem em partes que operem sobpressão devem ser seguidas de teste hidrostático, com características

definidas pelo Profissional Habilitado, citado no subitem 13.1.2, levandoem conta o disposto no item 13.10.

Quando não definidos em normas ou códigos, caberá ao Profissional Habilitadoem função de sua experiência e conhecimento definir os parâmetros envolvidos no testehidrostático. Nestes parâmetros deverão constar:

?   medidas de segurança necessárias para proteção das pessoas envolvidas narealização do teste;

?  fluido a ser utilizado para pressurização;

?   taxa de subida da pressão e patamares quando necessário;?   pressão final do teste;?   tempo em que o equipamento ficará pressurizado.

As características e resultados do teste hidrostático deverão constar do“Relatório de Inspeção de Segurança” que compreende o teste, seja ela inicial, periódicaou extraordinária.

Page 41: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 41/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

41

13.9.4.1 Pequenas intervenções superficiais podem ter o teste hidrostáticodispensado, à critério do Profissional Habilitado, citado no subitem13.1.2.

O Profissional Habilitado poderá dispensar o teste hidrostático, sob suareponsabilidade técnica, considerando os aspectos do tipo de reparo efetuado, ensaiosnão destrutivos executados, qualificação de pessoal envolvido, risco de falha do serviçoexecutado etc.

Page 42: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 42/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

42

13.9.5 Os sistemas de controle e segurança dos vasos de pressão devem sersubmetidos a manutenção preventiva ou preditiva.

A definição dos instrumentos e sistemas de controle a serem incluídos no planode manutenção preditiva / preventiva, bem como a respectiva periodicidade, deverá seratribuída a profissionais com competência legal para executar este tipo de atividade.

Page 43: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 43/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

43

13.10 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA DE VASOS DE PRESSÃO

13.10.1 Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança

inicial, periódica e extraordinária.

Page 44: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 44/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

44

13.10.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos novos, antes de suaentrada em funcionamento, no local definitivo de instalação, devendocompreender exame externo, interno e teste hidrostático, considerando as

limitações mencionadas no subitem 13.10.3.5.

Não serão aceitos como inspeção de segurança inicial exames internos, externos eteste hidrostático efetuados nas dependências do fabricante do vaso de pressão. Estesexames são importantes e necessários porém, não constituem a Inspeção de SegurançaInicial uma vez que, seus componentes podem sofrer avarias durante o transporte,armazenamento e montagem no local definitivo. A Inspeção de Segurança Inicial sópoderá ser realizada quando o vaso de pressão já estiver instalado em seu localdefinitivo.

Valem para esse subitem as ressalvas feitas quanto à realização do testehidrostático constantes dos subitens 13.10.3.4 e 13.10.3.5.

Page 45: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 45/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

45

13.10.3 A inspeção de segurança periódica, constituída por exame externo, internoe teste hidrostático, deve obedecer aos seguintes prazos máximosestabelecidos a seguir:

a) Para estabelecimentos que não possuam Serviço Próprio de Inspeção deEquipamentos, conforme citado no Anexo II:

CATEGORIA DOVASO

EXAMEEXTERNO

EXAMEINTERNO

TESTEHIDROSTÁTICO

I 1 ANO 3 ANOS 6 ANOSII 2 ANOS 4 ANOS 8 ANOSIII 3 ANOS 6 ANOS 12 ANOSIV 4 ANOS 8 ANOS 16 ANOSV 5 ANOS 10 ANOS 20 ANOS

b) Para estabelecimentos que possuam Serviço Próprio deInspeção de Equipamentos, conforme citado no Anexo II:

CATEGORIA DOVASO

EXAMEEXTERNO

EXAMEINTERNO

TESTEHIDROSTÁTICO

I 3 ANOS 6 ANOS 12 ANOSII 4 ANOS 8 ANOS 16 ANOSIII 5 ANOS 10 ANOS a critérioIV 6 ANOS 12 ANOS a critérioV 7 ANOS a critério a critério

A abrangência da inspeção de segurança periódica bem como as técnicas a seremutilizadas deverão ser definidas pelo Profissional Habilitado com base no histórico dovaso de pressão e nas normas técnicas vigentes.

Os prazos definidos nesse item devem ser considerados como máximos. O prazoreal deverá ser estabelecido pelo Profissional Habilitado em função da experiênciaanterior disponível, devendo ser contado a partir do último exame executado no vaso depressão.

Os prazos estabelecidos na alínea “b” são aplicáveis a empresas que possuamServiço Próprio de Inspeção de Equipamentos, certificado em conformidade com asprescrições do Anexo II.

Não faz parte do escopo dessa NR detalhar métodos ou procedimentos deinspeção. Esta ação deverá ser feita pelo “Profissional Habilitado” com base em códigose normas internacionalmente reconhecidos e conhecimentos de engenharia.

Uma vez, que mesmo fora de operação alguns vasos poderão sofrer desgastecorrosivo acentuado deverá ser considerada para contagem do prazo de inspeção a datada última inspeção de segurança completa e não a data de início ou retomada de

operação.

Page 46: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 46/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

46

13.10.3.1 Vasos de pressão que não permitam o exame interno ou externo porimpossibilidade física devem ser alternativamente submetidos a testehidrostático, considerando-se as limitações previstas no subitem

13.10.3.5.

São exemplos de vasos de pressão que não permitem o exame interno:

?   aqueles que não possuem bocas de visita ou aberturas que permitam apassagem de uma pessoa;

 ?   aqueles cujo diâmetro do casco não permite o acesso de uma pessoa; ?  

trocadores de calor com espelho soldado ao casco etc;

São exemplos de equipamentos que não permitem o acesso externo:

?   equipamentos enterrados.

Page 47: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 47/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

47

13.10.3.2 Vasos com enchimento interno ou com catalisador podem ter aperiodicidade de exame interno ou de teste hidrostático ampliada, deforma a coincidir com a época da substituição de enchimentos ou de

catalisador, desde que esta ampliação não ultrapasse 20% do prazoestabelecido no subitem 13.10.3 desta NR.

São exemplos de enchimento interno de vasos de pressão (Fig.38 e Fig.39):

?  argila;?  carvão ativado;?  aparas de aço;?  anéis de “Raschig”;?  

enchimentos orientados.

Não deverão ser considerados como enchimento interno acessóriosdesmontáveis, tais como:

?  bandejas;?  demister;?  distribuidores;

Page 48: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 48/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

48

13.10.3.3 Vasos com revestimento interno higroscópico. devem ser testadoshidrostaticamente antes da aplicação do mesmo, sendo os testes

subsequentes substituídos por técnicas alternativas.

Um exemplo típico de revestimento interno higroscópico é o revestimentorefratário.

Page 49: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 49/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

49

13.10.3.4 Quando for tecnicamente inviável e mediante anotação no Registro deSegurança pelo Profissional Habilitado, citado no subitem 13.1.2, o teste

hidrostático pode ser substituído por outra técnica de ensaio não-destrutivo ou inspeção que permita obter segurança equivalente.

O responsável pela definição das técnicas de inspeção que proporcionemsegurança equivalente ao teste hidrostático é o Profissional Habilitado.

São exemplos destas técnicas:

? ensaio ultra-sônico;

? ensaio radiográfico;? ensaio com líquido penetrante;? ensaio com partículas magnéticas;? ensaio de estanqueidade;? apreciação do histórico de operação ou de inspeções anteriores;? técnicas de análise “leakage before breaking” (Vazamento ocorre sempre antes da

ruptura)

A decisão pela substituição do teste hidrostático por outras técnicasdeverá fazer parte do relatório de inspeção de segurança correspondente, devidamenteassinado pelo Profissional Habilitado.

Page 50: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 50/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

50

13.10.3.5 Considera-se como razões técnicas que inviabilizam o teste hidrostático:

a) resistência estrutural da fundação ou da sustentação do vaso

incompatível com o peso da água que seria usada no teste;

b) efeito prejudicial do fluido de teste a elementos internos do vaso;

c) impossibilidade técnica de purga e secagem do sistema;

d) existência de revestimento interno;

e) influência prejudicial do teste sobre defeitos subcríticos.

As razões técnicas que inviabilizam o teste hidrostático citadas nesse item são asmais freqüentes. Poderão existir outras razões que inviabilizem o teste hidrostático alémdas citadas.

Razões meramente econômicas não deverão ser consideradas como restrições aoteste hidrostático. Se existirem sérias restrições econômicas, devem ser buscadassoluções alternativas de segurança equivalente.

São exemplos de internos que usualmente inviabilizam o teste hidrostático:

? revestimentos vitrificados; ? revestimentos higroscópicos ( refratários );

? catalisadores que se danificam quando removidos.

Em contrapartida, não são considerados razões técnicas que inviabilizam o testehidrostático a existência de revestimentos pintados, cladeados, linning etc.

Page 51: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 51/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

51

13.10.3.6 Vasos com temperatura de operação inferior a 0ºC e que operem emcondições nas quais a experiência mostra que não ocorre deterioração,ficam dispensados do teste hidrostático periódico, sendo obrigatório

exame interno a cada 20 (vinte) anos e exame externo a cada 2 (dois)anos.

Os vasos de pressão que operam abaixo de 0ºC, vasos criogênicos, raramenteestão sujeitos a deterioração severa. A inspeção interna freqüente e o teste hidrostáticopoderão provocar fenômenos que comprometam sua vida útil.

Desta forma a NR-13 não prevê a obrigatoriedade da execução do testehidrostático e estabelece prazos para inspeção interna de até 20 (vinte) anos, valor este

compatível com o previsto em outras legislações internacionais.

O detalhamento dos exames internos e externos deverá respeitar normas decaráter voluntário internacionalmente reconhecidos.

Page 52: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 52/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

52

13.10.3.7 Quando não houver outra alternativa, o teste pneumático pode serexecutado, desde que supervisionado pelo Profissional Habilitado,citado no subitem 13.1.2, e cercado de cuidados especiais, por tratar-se

de atividade de alto risco.

Page 53: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 53/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

53

13.10.4 As válvulas de segurança dos vasos de pressão devem ser desmontadas,inspecionadas e recalibradas por ocasião do exame interno periódico.

Os serviços previstos nesse item poderão ser realizados através da remoção daválvula e deslocamento para oficina ou no próprio local de instalação ( Fig.40).

Caso os detalhes construtivos da válvula de segurança e da unidade permitam,poderá ser verificada a pressão de abertura, através de dispositivos hidráulicos, com ovaso de pressão em operação.

Os prazos estabelecidos nesse subitem para inspeção e manutenção das válvulasde segurança são máximos. Prazos menores deverão ser estabelecidos quando o histórico

operacional das mesmas revele problemas em prazos menores do que os previstos paraexame interno periódico do vaso. Desta maneira, a inspeção das válvulas de segurançapoderá ocorrer em datas defasadas do exame interno periódico.

Da mesma forma, quando os prazos para exame interno forem muito dilatados,como no caso de vasos criogênicos, prazos menores para inspeção das válvulas desegurança deverão ser estabelecidos.

Page 54: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 54/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

54

13.10.5 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintesoportunidades:

a) sempre que o vaso for danificado por acidente ou outraocorrência que comprometa sua segurança;

b) quando o vaso for submetido a reparo ou alterações importantes,capazes de alterar sua condição de segurança;

c) antes do vaso ser recolocado em funcionamento, quandopermanecer inativo por mais de 12 (doze) meses;

d) quando houver alteração de local de instalação do vaso.

A inspeção de segurança extraordinária pode abranger todo o vaso de pressão ouparte do mesmo, conforme a necessidade e a critério do Profissional Habilitado.

Page 55: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 55/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

55

13.10.6 A inspeção de segurança deve ser realizada por Profissional Habilitado,citado no subitem 13.1.2, ou por Serviço Próprio de Inspeção deEquipamentos, conforme citado no Anexo II.

Esse subitem refere-se a todos os tipos de inspeção de segurança, inicial,periódica ou extraordinária.

O Profissional Habilitado pode contar com a participação de inspetores e detécnicos de inspeção para inspeções de segurança.

Firmas especializadas podem ser utilizadas desde que sejam inscritas no CREA epossuam Profissionais Habilitados.

Page 56: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 56/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

56

13.10.7 Após a inspeção do vaso deve ser emitido Relatório de Inspeção, quepassa a fazer parte da sua documentação.

Entende-se que o término da inspeção ocorre quando o vaso de pressão éliberado para retornar à operação. A data de conclusão do relatório técnico não deve serconsiderada como data de término da inspeção.

Page 57: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 57/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

57

13.10.8 O “Relatório de Inspeção” deve conter no mínimo:a) identificação do vaso de pressão;b) fluidos de serviços e categoria do vaso de pressão;

c)  tipo do vaso de pressão;d) data de início e término da inspeção;e)  tipo de inspeção executada;f)  descrição dos exames e teste executados;g) resultado das inspeções e intervenções executadas;h) conclusões;i)  recomendações e providências necessárias;

 j)  data prevista para a próxima inspeção;k) nome legível, assinatura e número do registro no conselho

profissional do Profissional Habilitado, citado no subitem 13.1.2,

e nome legível e assinatura de técnicos que participaram dainspeção.

São exemplos de tipo de vaso de pressão a informação se o mesmo é um reator,filtro, coluna de destilação, esfera de armazenamento etc.

Um exemplo da alínea “h” seria:

“Em função das inspeções e manutenções executadas o vaso de pressão poderáser recolocado em operação, devendo ser submetido à nova inspeção de segurançaperiódica na data __/__/__”

Um exemplo da alínea “i” seria:

“Durante a próxima campanha deste vaso de pressão deverão ser tomadas asseguintes providências”:

?   melhorar a fixação da placa de identificação;?   substituir a conexão do cabo de aterramento;?   adequar a pintura das linhas de ar comprimido a NR-26;?   alterar o valor da PMTA e fazer os ajustes necessários dos dispositivos de

segurança.

Page 58: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 58/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

58

13.10.9 Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dadosda placa de identificação, a mesma deve ser atualizada.

Page 59: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 59/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

59

ANEXO I-B

CURRÍCULO MÍNIMO PARA TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA

OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO

1. NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADESCarga horária: 04 horas

1.1. Pressão

1.1.1. Pressão atmosférica1.1.2. Pressão interna de um vaso

1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta.1.1.4. Unidades de pressão

1.2. Calor e Temperatura

1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura1.2.2. Modos de transferência de calor1.2.3. Calor específico e calor sensível1.2.4. Transferência de calor a temperatura constante1.2.5. Vapor saturado e vapor superaquecido

2. EQUIPAMENTOS DE PROCESSOCarga horária: estabelecida de acordo com a complexidade da unidade,

mantendo um mínimo de 4 horas por item, onde aplicável.

2.1. Trocadores de calor

2.2. Tubulação, válvulas e acessório.

2.3. Bombas

2.4. Turbinas e ejetores

2.5. Compressores

2.6. Torres, vasos, tanques e reatores.

2.7. Fornos

2.8. Caldeiras

Page 60: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 60/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

60

3. ELETRICIDADE

Carga horária: 04 horas

4. INSTRUMENTAÇÃOCarga horária: 08 horas

5. OPERAÇÃO DA UNIDADECarga horária: estabelecida de acordo com a complexidade da unidade

5.1. Descrição do processo

5.2. Partida e parada

5.3. Procedimentos de emergência

5.4. Descarte de produtos químicos e preservação do meio ambiente

5.5. Avaliação e controle de riscos inerentes ao processo

5.6. Prevenção contra deterioração, explosão e outros riscos.

6. PRIMEIROS SOCORROSCarga horária: 08 horas

7. LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃOCarga horária: 04 horas

O currículo apresentado é mínimo, podendo ser acrescido de outras disciplinas,ou ter a carga horária das disciplinas estendidas em função das particularidades de cadaestabelecimento.

O currículo é aplicável ao treinamento de operadores de unidades de processoque contenham vasos de pressão de categorias “I” ou “II”.

Considera-se que os cursos de formação de operadores existentes nas empresas,que contemplem totalmente as disciplinas e carga horária previstas neste Anexo, podemser equivalentes ao Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processodesde que, seja emitido o certificado previsto no subitem 13.8.4 alínea “a”.

Page 61: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 61/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

61

ANEXO II

REQUISITOS PARA CERTIFICAÇÃO DE “SERVIÇO PRÓPRIO DE

INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS”

Antes de colocar em prática os períodos especiais entre inspeções, estabelecidosnos subitens 13.5.4. e 13.10.3. desta NR, os “Serviços Próprios de Inspeção deEquipamentos” da empresa, organizados na forma de setor, seção, departamento,divisão, ou equivalente, devem ser certificados pelo Instituto Nacional deMetrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) diretamente oumediante “Organismos de Certificação” por ele credenciados, que verificarão oatendimento aos seguintes requisitos mínimos expressos nas alíneas “a” a “g”. Estacertificação pode ser cancelada sempre que for constatado o não atendimento a

qualquer destes requisitos:a) existência de pessoal próprio da empresa onde estão instalados caldeira ou

vaso de pressão, com dedicação exclusiva de inspeção, avaliação deintegridade e vida residual, com formação, qualificação e treinamentocompatíveis com a atividade proposta de preservação da segurança;

b) mão de obra contratada para ensaios não-destrutivos certificada segundoregulamentação vigente e para outros serviços de caráter eventual,selecionada e avaliada segundo critérios semelhantes ao utilizado para amão de obra própria;

c) serviço de inspeção de equipamentos proposto possuir um responsável peloseu gerenciamento formalmente designado para esta função;

d) existência pelo menos um “Profissional Habilitado”, conforme definido nosubitem 13.1.2;

e) existência de condições para manutenção de arquivo técnico atualizado,necessário ao atendimento desta NR, assim como mecanismos paradistribuição de informações quando requeridas;

f) existência de procedimentos escritos para as principais atividadesexecutadas;

g) existência de aparelhagem condizente com a execução das atividadespropostas.

O assunto é objeto de regulamentação complementar expedida pelo INMETRO.

Para o caso específico de plataformas de produção e exploração de Petróleo enavios o serviço próprio de inspeção de equipamentos poderá ser instalado “em terra”.

Page 62: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 62/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

62

ANEXO III

1. Esta NR deve ser aplicada aos seguintes equipamentos:

a) qualquer vaso cujo produto “P.V” seja superior a 8 (oito) onde “P” é amáxima pressão de operação em kPa e “V” o seu volume geométrico internoem m3 incluindo:

- permutadores de calor, evaporadores e similares ( Fig.41 );

- vasos de pressão ou partes sujeitas a chama direta que não estejamdentro do escopo de outras NRs, nem do item 13.1. desta NR (Fig.42);

- vasos de pressão encamisados, incluindo refervedores e reatores;

- autoclaves e caldeiras de fluido térmico que não o vaporizem ( Fig.7).

b) vasos que contenham fluido da classe “A”, especificados no Anexo IV,independente das dimensões e do produto “P.V” (Fig43).

2. Esta NR não se aplica aos seguintes equipamentos:

a) cilindros transportáveis, vasos destinados ao transporte de produtos,reservatórios portáteis de fluido comprimido e extintores de incêndio Fig.44;

b) os destinados à ocupação humana;

c) câmara de combustão ou vasos que façam parte integrante de máquinasrotativas ou alternativas, tais como bombas, compressores, turbinas,geradores, motores, cilindros pneumáticos e hidráulicos e que não possam sercaracterizados como equipamentos independentes ( Fig.46);

d) dutos e tubulações para condução de fluido ( Fig.47);e) serpentinas para troca térmica;

f) tanques e recipientes para armazenamento e estocagem de fluidos nãoenquadrados em normas e códigos de projeto relativos a vasos de pressão( Fig.48);

g) vasos com diâmetro interno inferior a 150 (cento e cinqüenta) mm parafluidos da classe “B”, “C” e “D”, conforme especificado no Anexo IV.

Page 63: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 63/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

63

Coletores, por exemplo “header”, “manifold” etc de vapor ou outros fluidos,LANÇADORES OU RECEBEDORES DE “ PIG” não devem ser considerados como

vasos de pressão (Fig.49).

Trocadores de calor poderão ter sua categoria estabelecida de duas formasdiferentes:

1º. Considerando-se a categoria mais crítica entre o casco e o cabeçote (carretel);

2º. Considerando-se o casco como um vaso de pressão e o cabeçote como outrovaso de pressão.

Esta NR não se aplica a vasos intimamente ligados a equipamentos rotativos oualternativos pois entende-se que além dos esforços de pressão, estes equipamentos estãosujeitos a esforços dinâmicos que poderão provocar fadiga, corrosão fadiga etc.Entende-se que tais vasos sejam cobertos por normas específicas mais rigorosas que aNR-13. São exemplos desta situação:

 cárter de motores a combustão; volutas de bombas; cilindros hidráulicos;

  carcaças de bombas e compressores ( Fig. 50).

Vasos de pressão instalados em pacotes com objetivo único de redução deespaço físico ou facilidade de instalação, não são considerados como integrantes demáquinas e portanto, Estão sujeitos aos requisitos da NR-13 quando o P.V > 8.Exemplos desta situação:

?   pulmões de ar comprido que suportam pequenos compressores alternativos ;

?   trocadores de calor para resfriamento de água ou óleo de máquinas rotativas;

?   amortecedores de pulsação de compressores e de bombas ( Fig.51);

?   filtros; ?   Cilindros rotativos pressurizados ( Fig.52); 

Recipientes criogênicos para estocagem de gases liqüefeitos derivados do ar,tais como oxigênio, nitrogênio, dioxido de carbono etc., quando fabricados segundonormas e códigos de projeto específicos, não relativos a vasos de pressão, deverão serenquadrados no anexo III, item 2, letra f da NR-13 ( Fig 53 )

Outros exemplos (  Fig.54 , Fig.55 e Fig.56 )

Page 64: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 64/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

64

NEXO IV

CLASSIFICAÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO

1. Para efeito desta NR os vasos de pressão são classificados em categorias segundoo tipo de fluido e o potencial de risco.

1.1. Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme descritoa seguir:

CLASSE “A”: - Fluidos inflamáveis;- Combustível com temperatura superior ou igual a 200ºC;- Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ouinferior a 20 ppm;

- Hidrogênio;- Acetileno.

CLASSE “B”: - Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200ºC;- Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm;

CLASSE “C”: - Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.

CLASSE “D”: - Água ou outros fluidos não enquadrados nas classes “A”.“B” ou “C”, com temperatura superior a 50ºC.

1.1.1. Quando se tratar de mistura, deverá ser considerado para fins declassificação o fluido que apresentar maior risco aos trabalhadores einstalações considerando-se sua toxicidade, inflamabilidade econcentração.

1.2. Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de risco emfunção do produto “P.V”, onde “P” é a pressão máxima de operação emMPa e “V” o seu volume geométrico interno em m3 , conforme segue:

GRUPO 1 : P.V? 100

GRUPO 2 : P.V <100 E PV?

30GRUPO 3 : P.V <30 E PV? 2,5GRUPO 4 : P.V< 2,5 E PV? 1GRUPO 5 : P.V < 1

1.2.1 - Vasos de pressão que operem sob a condição de vácuo deverão enquadrar-senas seguintes categorias:

- CATEGORIA I - para fluidos inflamáveis;

- CATEGORIA V - para outros fluidos

Page 65: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 65/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

65

1.3. A tabela a seguir classifica os vasos de pressão em categorias de acordo comos grupos de potencial de risco e a classe de fluido contido.

GRUPO DE POTENCIAL DE RISCO

1

P.V ? 100

2P.V < 100

P.V ? 30

3P.V. < 30

P.V ? 2,5

4P.V < 2,5

P.V ? 1

5

P.V < 1CATEGORIAS

“A”?  Líquidos inflamáveis?  Combustível com temperatura igual ou

superior a 200ºC?  Tóxico com limite de tolerância ? 20 ppm?  Hidrogênio?  Acetileno

I I II III III

“B”?  Combustível com temperatura menor que

200ºC?  Tóxico com limite de tolerância > 20 ppm

I II III IV IV

“C”?  Vapor de água?  Gases asfixiantes simples?  Ar comprimido

I II III IV V

“D”?  Água ou outros fluidos não enquadrados

nas classes “A”, “B” ou “C”, comtemperatura superior a 50ºC. II III IV V V

NOTAS:a) Considerar Volume em m3 e Pressão em MPa.b) Considerar 1 MPa correspondendo a 10,197 kgf/cm2 .

A classificação dos fluidos em inflamáveis e combustíveis deve atender àsprescrições da NR-20.

Sempre deverá ser considerada a condição mais crítica. Por exemplo, se um gásfor asfixiante simples (fluido classe C) e inflamável (fluido classe A) deverá serconsiderado como inflamável.

A temperatura a ser utilizada para classificação é a de operação do vaso depressão.

A toxicidade dos fluidos deve atender ao previsto nas NR. Caso os limites detolerância para o fluido ou mistura não estejam contemplados, deverão ser utilizadosvalores aceitos internacionalmente.

Quando um vaso de pressão contiver uma mistura de fluido, deverá serconsiderado para fins de classificação, o fluido que apresente maior risco aostrabalhadores, instalações e meio ambiente desde que sua concentração na mistura sejasignificativa, a critério do estabelecimento.

CLASSE

DE

FLUIDO

Page 66: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 66/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

66

Para efeito de classificação, os valores de pressão máxima de operação poderãoser obtidos a partir dos dados de engenharia de processo, das recomendações dofabricante do vaso de pressão, ou das características funcionais do equipamento.

Caso seja significativo poderão ser descontados do volume geométrico interno dovaso de pressão o volume ocupado por internos não porosos.

Todo vaso de pressão cujo produto “P.V” seja maior que 8 (oito) é enquadradona NR-13. Os vasos cujo produto “P.V” seja superior a 8 (oito), porém cujo fluido nãose enquadre nas classes definidas no Anexo IV, deverão ter sua categoria atribuída emfunção do histórico operacional e do risco oferecido aos trabalhadores e instalações,considerando-se: toxicidade, inflamabilidade e concentração. Para cálculo do produto“P.V” a pressão deve estar em kPa.

Os valores de pressão máxima de operação a serem utilizados para cálculo doproduto “P.V” na tabela do Anexo IV deverão estar em Megapascal (Mpa).

Água abaixo de 50 ºC e outros fuidos que não se enquadrem nas classes listadasneste anexo deverão ser enquadrados como classe “D”.

Page 67: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 67/68

Page 68: Manual Vasos

8/7/2019 Manual Vasos

http://slidepdf.com/reader/full/manual-vasos 68/68

MANUAL TÉCNICO VASOS DE PRESSÃO Rev.: Dezembro 2000

2º caso

Equipamento: Filtro de Óleo Lubrificante

Temperatura de Operação: 40ºC

Volume geométrico: 290 litros

Pressão Máxima de Operação: 5,0 kgf/cm2

Produto: Óleo Lubrificante

a) Para verificar se o vaso se enquadra na NR-13

Máxima Pressão de Operação: 5,0 kgf/cm2

Para transformar para kPa 5,0 .

0,010197

Máxima Pressão de Operação: 490,34 kPa

Volume geométrico: 2,90 = 0,290 m

3

Produto P.V = 490,34 kPa x 0,290 m3 = 142,19

P.V > 8, portanto se enquadra na NR-13

b) Para determinar a categoria do vaso

Produto = óleo lubrificante = fluido “Classe B”

P.V = 0,49034 MPa x 0,290 m3 = 0,142, portanto grupo de potencial de risco = 5 efluido classe “B”

Entrando na tabela do, Anexo IV determinamos que o vaso é Categoria IV.