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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DIRETORIA DE DESENVOLVIEMENTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Manual de Estágio Para os cursos da Educação Profissional SALVADOR-BAHIA 2009

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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA

SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DIRETORIA DE DESENVOLVIEMENTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Manual de Estágio

Para os cursos da Educação Profissional

SALVADOR-BAHIA

2009

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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA

SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

CAB – Centro Administrativo da Bahia, 6 Avenida, n. 600, Sala 515. Salvador – BA

CEP: 41.750-300, Tel.: (71) 3115 9192/9018

www.sec.ba.gov.br. [email protected]

Superintendente de Educação profissional

Antonio Almerico Biondi Lima

Diretora de Desenvolvimento da Educação

Profissional

Maria Teresa de Lemos Vilaça

Equipe Técnico-Pedagógica

Ana Maria Lima Geambastiani

Ariedalva Lopes de Brito

Cláudia Sampaio

Cristiane Caldas

Eloá Prudente

Edmundo Araújo

Juvaneide Oliveira

Márcia Gladys

Maria Luiza Muniz Costa

Marlene Onofre

Racy Tanajura

SALVADOR-BAHIA

2009

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Apresentação

O Estágio curricular é parte integrante dos projetos político-pedagógicos dos

cursos de educação profissional da SUPROF. Constitui-se um ato educativo em

conformidade com a lei Nº 11.788 de 25 de Setembro de 2008. É ainda uma

atividade de competência da unidade escolar, a quem cabe as decisões relativas

ao tema em consonância com as deliberações da SUPROF, sob a premissa de

promover integração entre os conhecimentos adquiridos no percurso formativo do

educando e a prática acompanhada no mundo do trabalho.

Este manual foi concebido com o objetivo de orientar educandos e professores no

que se refere às práticas de estágio. Neste texto encontram-se esclarecimentos

sobre os objetivos do estágio, os requisitos necessários à concessão, as etapas

para o encaminhamento, os instrumentos legais que o regulamentam, as

obrigações da escola em relação aos estudantes, atribuições das partes

envolvidas, locais onde o estágio poderá ser realizado, convalidação de

atividades profissionais já realizadas pelo educando, carga horária do estágio e

agentes de integração, sobre este tema informa-se que está em andamento a

implementação de um sistema de integração entre escola e mundo do trabalho

(SIEMT). Em anexo, está uma cópia da Lei de Estágio e modelos de documentos

necessários ao encaminhamento.

Objetivos do Estágio

Integrar os conhecimentos adquiridos na escola com o mundo do trabalho,

viabilizando fluxos de experiências;

Incentivar a pesquisa;

Oferecer aos educandos a condição de iniciar de forma orientada a

experimentação da prática profissional, com a possibilidade de planejar e

desenvolver atividades técnicas de modo sistêmico em empreendimentos

relacionados à sua formação.

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A Prática de Estágio na Educação Profissional

O Estágio é parte integrante do percurso formativo de todos os cursos da

educação profissional, está definido como pré-requisito no Projeto Político-

Pedagógico para obtenção do diploma de técnico de nível médio em atendimento

ao que preconiza a Lei n° 11.788/2008 (§ 1° do art. 2°).

O Estágio constitui-se um momento singular da educação profissional, é o

momento da experimentação do conhecimento teórico, o que dever ser precedido

de orientação, ter acompanhamento e incentivo para o desenvolvimento do

pensamento lógico e do espírito investigativo.

As situações de aprendizado vivenciadas no espaço de estágio deverão ainda

incentivar a criatividade e o espírito crítico, permitindo autonomia e

responsabilidade nas atitudes profissionais, e mais, o estágio é o momento de

reduzir a distância entre a sala de aula como símbolo único de aprendizagem,

desconectada do mundo do trabalho como se saber e aprender a fazer fossem

distintas situações.

Para a educação profissional o estágio curricular é um ato educativo destinado a

oferecer aos educandos a possibilidade de um ingresso orientado ao mundo do

trabalho. O estágio é uma etapa de fundamental importância na educação

profissional onde realiza-se a interlocução dos conhecimentos entre a escola e o

mundo do trabalho.

De acordo com a Lei 11.788 de 25 de Setembro de 2008, no seu Parágrafo 1º: O

estágio deverá ser parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o

itinerário formativo do educando.

Os professores da educação profissional deverão incentivar os educandos desde

o ingresso ao curso, a buscarem suas possibilidades de estágio e as UEs

poderão firmar convênio com os agentes de integração que mantém programas

de estágio em articulação com empresas.

Os estágios deverão oportunizar a aproximação da Escola com a comunidade,

podendo resultar em parcerias, acordos de cooperação, convênios, consultorias,

e outras formas de benefícios para todos os lados envolvidos no processo de

desenvolvimento social e da formação profissional dos educandos futuros

profissionais.

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Requisitos necessários à concessão do estágio

1º- O Estágio deverá ser parte do projeto político pedagógico das escolas de

Educação Profissional;

2º- Estar matriculado e ter frequência regular;

3º- Celebração de termo de compromisso entre educando, concedente e unidade

escolar;

4º- Compatibilidade entre atividades desenvolvidas no estágio e as previstas no

termo de compromisso.

Encaminhamento do estágio

Cada escola deverá implementar com sua equipe técnico-pedagógica um plano

de estágio que contemple suas demandas.

O educando deverá cumprir as seguintes etapas:

1º- Definir onde fará seu estágio, caso tenha dificuldades para isto, poderá contar

com a coordenação deste setor na sua Escola;

2º - Apresentar-se na empresa com documento de encaminhamento emitido pela

coordenação de estágio da sua Escola;

3º- Assinar termo de compromisso, juntamente com o concedente, o coordenador

de estágio da escola e seu responsável caso seja menor de idade;

4º - Receber da coordenação de estágio as instruções para elaboração do seu

relatório, formulário de freqüência, onde será apontada sua freqüência diária.

5°- Estar de posse da apólice de seguro contra acidentes pessoais contratado em

seu favor. De acordo com a Resolução CNE/CEB N° 1 de 21 de Janeiro de 2004,

este seguro será providenciado pelo concedente ou pelo agente de integração.

caso seja esta a via de encaminhamento do estágio.

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6º- Quando o estágio for realizado numa micro ou pequena empresa ou ainda no

Serviço público, a SUPROF destinará o recurso para o pagamento da apólice de

seguro à Unidade Escolar.

Instrumentos legais que regulamentam estágio

- Lei 11788 de 25 de Setembro de 2008 (em anexo);

- Resolução CNE/CEB N° 1, de 21 de Janeiro de 2004;

- Cadastros do aluno e da empresa concedente;

- Convênio de Estágio, firmado entre Unidade Escolar e Concedente;

- Formulários de programação do estágio, avaliação, frequência e avaliação final;

-Termo de compromisso, no qual deverá conter qualificação da escola, empresa

e estudante, carga horária do estágio, apólice de seguro, nome do professor

responsável pelo estágio, plano de atividades, nome de um funcionário com

formação na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário;

- Instruções para elaboração do relatório;

- Apólice de Seguro contra acidentes pessoais contratado em favor do educando estagiário.

Custos do estágio para o estudante

Não deve haver custo algum, é terminantemente proibida a cobrança de qualquer

tipo de taxa inclusive a do seguro obrigatório, cujos custos são de obrigação do

concedente de acordo com a Lei 11.788 de 25 de Setembro de 2008 (Capítulo III,

art. 9º, inciso IV).

Direitos e Deveres do Estagiário

Direitos

Receber orientação, acompanhamento e avaliação do estágio tanto da sua

escola quanto da parte concedente;

Receber cópias dos documentos relacionados à sua contratação;

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Poder contar com auxílio para esclarecimentos das dúvidas relacionadas

ao estágio;

Desenvolver atividades em consonância com o que foi acordado no termo

de compromisso.

Ter seguro contra acidentes pessoais.

Deveres

Cumprir com pontualidade o horário acordado com o concedente;

Acatar as decisões e orientações do concedente ou do seu supervisor no

que se refere às normas da empresa;

Apresentar o plano de estágio e o relatório final das atividades

desenvolvidas em cada etapa, para o concedente e para a escola na data

estabelecida;

Manter o registro diário da frequência do estágio.

Zelar pelo patrimônio do concedente;

Obrigações da escola em relação ao Estágio

1) Firmar convênio com os concedentes de estágios;

2) Celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante

legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz e com a parte

concedente, indicando as condições de adequação do estágio à proposta

pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e

ao horário e calendário escolar;

3) Avaliar as instalações da empresa e sua adequação à formação cultural e

profissional do educando;

4) Indicar o professor articulador da área a ser desenvolvida no estágio como

responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do educando-

estagiário;

5) Exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a seis

meses, de relatório das atividades do qual deverá constar visto do articulador da

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instituição de ensino e do supervisor da parte concedente (§ 1° do art. 3° da Lei

n° 11.788/2008);

6) Zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário

para outro local, em caso de descumprimento de suas normas;

7) Registrar as atividades desenvolvidas pelo educando durante todas as etapas

do estágio.

Professor Orientador do Estágio

Este professor deverá ser integrante da equipe da escola e ter formação na área

específica dos educandos-estagiários. A direção deverá ter a previsão do número

de educandos que farão estágio para que seja feita a programação do professor

orientador junto ao setor de programação da SEC.

Ao professor orientador caberão as atribuições a seguir:

1) Orientar, coordenar e supervisionar todas as atividades relativas ao

cumprimento dos programas de estágio;

2) Conhecer e zelar pelo cumprimento da Lei de Estágio e pela oficialização do

estágio por meio da tramitação dos instrumentos jurídicos pertinentes, tais como

termo de compromisso, cartas de encaminhamento e outros;

3) Articular e ampliar junto à Direção, parcerias com instituições públicas e

privadas, para favorecer as situações de aprendizagem técnica e a prática

profissional;

4) Observar as normas e rotinas dos locais e instituições em que o estágio, sob

sua responsabilidade for desenvolvido;

5) Elaborar um plano de estágio com todas as atividades a serem desenvolvidas

pelo aluno ao longo do estágio além de zelar para que este plano seja cumprido;

6) Estar atento às atividades desenvolvidas durante o estágio, tendo em vista que

a contratação de educandos para atividades incompatíveis com sua formação

terá implicações legais;

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7) Oferecer suporte técnico ao estagiário no cumprimento das atividades que lhe

forem atribuídas;

8) Avaliar os relatórios dos alunos e dos responsáveis pelo estágio na instituição

concedente;

9) Orientar o aluno na elaboração do seu projeto de estágio, indicar bibliografia e

apoiá-lo na elaboração do relatório;

10) Realizar com o educando-estagiário, sistematicamente, reunião sobre o seu

desempenho;

11) Avaliar o desempenho do estagiário por meio do formulário de avaliação final;

12) Receber e analisar pedidos de convalidação da disciplina/unidade curricular

Estágio Curricular Obrigatório.

13) Conhecer e executar as diretrizes e normas complementares emanadas da

SUPROF.

14) Participar das reuniões pedagógicas promovidas pelo coordenador

pedagógico;

15) Participar das atividades promovidas por órgãos colegiados e outros que

contribuam para o desenvolvimento profissional dos estudantes.

Atribuições do Concedente

1) Indicar um profissional da empresa com formação técnica na área de estudo

do estagiário para acompanhá-lo nas suas atividades;

2) Receber visita do professor orientador de estágio;

3) Providenciar seguro contra acidentes pessoais para o educando-estagiário;

4) Assegurar ao estudante estagiário condições de trabalho previstas na

legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho;

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5) Garantir que o educando somente inicie suas atividades de estágio após o

trâmite dos instrumentos jurídicos afins, evitando a descaracterização da

condição legal de estágio e possível entendimento da relação como possuidora

de vínculo empregatício.

Onde estagiar

Os envolvidos nas ações do estágio deverão considerar as diversas

possibilidades, não apenas em empresas, já que os cursos de Educação

Profissional oferecidos pela SUPROF prevêem uma integração do currículo com

a comunidade nos seus mais diversos segmentos, assim o estágio é dentre

outras coisas uma oportunidade para efetivar esta ação, portanto, poderá ser

realizado em empresas privadas urbanas ou rurais, órgãos públicos, autarquias,

sociedade civil, movimentos sociais, associações, instituições de pesquisa,

organizações não governamentais, profissionais liberais devidamente registrados

em conselhos que regulamentam suas atividades, desde que apresentem

condições de proporcionar experiência prática relacionada à formação dos

educandos, a SUPROF recomenda ainda a prática do estágio social que poderá

ser desenvolvido em Centros Sociais Urbanos, Associações Comunitárias,

Defesa Civil, Corpo de Bombeiros ou demais serviços voluntários, com vistas a

contribuir na construção da responsabilidade social como um valor humano.

Até 100 horas da carga horária do estágio curricular poderão ser desenvolvidas

dentro da própria escola, por meio de atividades compatíveis com a formação de

cada curso desde que devidamente acompanhado e validado pela coordenação

técnica do curso.

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Convalidação de atividades profissionais

O educando que possui emprego fixo com carteira assinada poderá solicitar

convalidação de suas atividades profissionais para cumprimento de carga horária

do estágio, desde que sejam atendidas as seguintes condições, mediante

deferimento do professor orientador do estágio:

a) Que a empresa tenha setor de atividades compatíveis com as demandas do

estágio curricular e no quadro funcional profissionais com competência para fazer

a supervisão técnica do estagiário;

b) Que o educando apresente documentação comprobatória de ser funcionário

da empresa.

Carga horária do estágio

A SUPROF sugere que o estágio curricular tenha carga horária de 400 horas ou

de 600 horas para os cursos regulamentados por conselhos regionais que assim

determinam. Recomenda-se que estas horas sejam distribuídas ao longo do

curso já a partir do 2º ano, iniciando como estágio de observação, sendo 100

horas no segundo ano 100 horas no terceiro ano e 200 horas no quarto ano.

Considerando-se que o trabalho é o princípio educativo que deve nortear a

prática pedagógica dos cursos da educação profissional, esta é uma forma de

proporcionar aos educandos o contato com o mundo do trabalho durante todas

as etapas da sua formação, isto poderá ser feito já na unidade escolar, caso haja

esta possibilidade. A carga horária de cada etapa deverá ser discutida pela

equipe pedagógica e validada pelo professor orientador do estágio definindo

assim os moldes para um plano de estágio que melhor atenda as suas demandas

de forma que possa realizar a avaliação das habilidades adquiridas pelo

educando.

Agentes de Integração

Poderá haver participação de agentes de integração por opção da escola, do

educando e da parte concedente, desde que as condições sejam acordadas por

instrumento jurídico próprio. A SUPROF informa que encontra-se em fase de

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implantação um sistema de integração que deverá ser o Sistema Estadual de

Integração Escola-Mundo do Trabalho (SIEMT) para atender aos educandos das

escolas de educação profissional da rede pública estadual, com objetivo

fundamental de articular o ingresso e melhor posicionamento do educando no

mundo do trabalho, funcionando assim como um agente de integração próprio da

rede estadual para o desenvolvimento do estágio curricular, este sistema deverá

ser composto por todas as unidades escolares.

As escolas e educandos optantes pelos agentes que já atuam no setor devem ter

atenção que de acordo com a legislação sobre o tema, os agentes de integração

serão responsabilizados civilmente se indicarem estudantes para atividades

incompatíveis com o programa do seu curso.

Considerações Finais

O estágio curricular não é o primeiro emprego dos nossos educandos é sim, uma

prática pedagógica destinada a promover o fluxo de conhecimentos entre escola

e mundo do trabalho incentivando a pesquisa e a observação orientadas, assim,

há que se ter atenção aos limites tênues que podem surgir entre um estágio

curricular e uma proposta de trabalho precário, para que isto jamais ocorra com o

aval do sistema público de educação.

As normas mais recentes relativas ao estágio poderão gerar algumas dúvidas,

para estes casos a SUPROF informa que juntamente com o SIEMT conta com

uma comissão de estágio e de um departamento jurídico disponível à prestar

auxílio para que o estágio dos nossos educandos possa verdadeiramente

cumprir seus objetivos, assim os casos omissos na legislação deverão ser

encaminhados à SUPROF-DIRDEP, com documentação comprobatória relativa à

questão para que possam ser avaliados.

Estão em anexo a Lei de Estágio, que deverá ser de conhecimento de todos os

interessados no tema, um modelo de plano de estágio para que o educando

estagiário possa planejar e organizar as atividades a serem desenvolvidas no

estágio, além de modelos de acordo de cooperação técnica e termo de

compromisso que poderão ser adaptados pelas escolas.

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LEI 11.788 DE 25 DE SETEMBRO DE 2008

Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da

Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452,

de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as

Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o

parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art.

6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras

providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional

decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO

Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no

ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de

educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de

educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação

especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da

educação de jovens e adultos.

§ 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o

itinerário formativo do educando.

§ 2o O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade

profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do

educando para a vida cidadã e para o trabalho.

Art. 2o O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme

determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e

do projeto pedagógico do curso.

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§ 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja

carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

§ 2o Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade

opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.

§ 3o As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na

educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser

equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do curso.

Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na

prevista no § 2o do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer

natureza, observados os seguintes requisitos:

I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação

superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos

anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de

jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;

II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte

concedente do estágio e a instituição de ensino;

III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas

previstas no termo de compromisso.

§ 1o O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter

acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por

supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos

no inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por menção de aprovação final.

§ 2o O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de

qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de

emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da

legislação trabalhista e previdenciária.

Art. 4o A realização de estágios, nos termos desta Lei, aplica-se aos

estudantes estrangeiros regularmente matriculados em cursos superiores no

País, autorizados ou reconhecidos, observado o prazo do visto temporário de

estudante, na forma da legislação aplicável.

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Art. 5o As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a

seu critério, recorrer a serviços de agentes de integração públicos e privados,

mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado, devendo ser

observada, no caso de contratação com recursos públicos, a legislação que

estabelece as normas gerais de licitação.

§ 1o Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de

aperfeiçoamento do instituto do estágio:

I – identificar oportunidades de estágio;

II – ajustar suas condições de realização;

III – fazer o acompanhamento administrativo;

IV – encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais;

V – cadastrar os estudantes.

§ 2o É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de

remuneração pelos serviços referidos nos incisos deste artigo.

§ 3o Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se

indicarem estagiários para a realização de atividades não compatíveis com a

programação curricular estabelecida para cada curso, assim como estagiários

matriculados em cursos ou instituições para as quais não há previsão de estágio

curricular.

Art. 6o O local de estágio pode ser selecionado a partir de cadastro de

partes cedentes, organizado pelas instituições de ensino ou pelos agentes de

integração.

CAPÍTULO II

DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Art. 7o São obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios

de seus educandos:

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I – celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu

representante ou assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente

incapaz, e com a parte concedente, indicando as condições de adequação do

estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação

escolar do estudante e ao horário e calendário escolar;

II – avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação

à formação cultural e profissional do educando;

III – indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio,

como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do

estagiário;

IV – exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a

6 (seis) meses, de relatório das atividades;

V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o

estagiário para outro local em caso de descumprimento de suas normas;

VI – elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos

estágios de seus educandos;

VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo,

as datas de realização de avaliações escolares ou acadêmicas.

Parágrafo único. O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo

das 3 (três) partes a que se refere o inciso II do caput do art. 3o desta Lei, será

incorporado ao termo de compromisso por meio de aditivos à medida que for

avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.

Art. 8o É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e

privados convênio de concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo

educativo compreendido nas atividades programadas para seus educandos e as

condições de que tratam os arts. 6o a 14 desta Lei.

Parágrafo único. A celebração de convênio de concessão de estágio entre

a instituição de ensino e a parte concedente não dispensa a celebração do termo

de compromisso de que trata o inciso II do caput do art. 3o desta Lei.

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CAPÍTULO III

DA PARTE CONCEDENTE

Art. 9o As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração

pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais de

nível superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de

fiscalização profissional, podem oferecer estágio, observadas as seguintes

obrigações:

I – celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o

educando, zelando por seu cumprimento;

II – ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando

atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;

III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou

experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do

estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários

simultaneamente;

IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja

apólice seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no

termo de compromisso;

V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização

do estágio com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e

da avaliação de desempenho;

VI – manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a

relação de estágio;

VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis)

meses, relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário.

Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela

contratação do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá,

alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino.

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CAPÍTULO IV

DO ESTAGIÁRIO

Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo

entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu

representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível

com as atividades escolares e não ultrapassar:

I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de

estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na

modalidade profissional de educação de jovens e adultos;

II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de

estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do

ensino médio regular.

§ 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos

em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40

(quarenta) horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico

do curso e da instituição de ensino.

§ 2o Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem

periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será

reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no termo de compromisso,

para garantir o bom desempenho do estudante.

Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá

exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de

deficiência.

Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de

contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão,

bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório.

§ 1o A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte,

alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.

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§ 2o Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado

facultativo do Regime Geral de Previdência Social.

Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração

igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser

gozado preferencialmente durante suas férias escolares.

§ 1o O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o

estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação.

§ 2o Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de

maneira proporcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano.

Art. 14. Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e

segurança no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte

concedente do estágio.

CAPÍTULO V

DA FISCALIZAÇÃO

Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei

caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio

para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.

§ 1o A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que

trata este artigo ficará impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos,

contados da data da decisão definitiva do processo administrativo

correspondente.

§ 2o A penalidade de que trata o § 1o deste artigo limita-se à filial ou

agência em que for cometida a irregularidade.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 16. O termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário ou

com seu representante ou assistente legal e pelos representantes legais da parte

concedente e da instituição de ensino, vedada a atuação dos agentes de

Page 20: Manual%20do%20 estágio%20 versão%20final%202010[1]

integração a que se refere o art. 5o desta Lei como representante de qualquer das

partes.

Art. 17. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal

das entidades concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:

I – de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;

II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;

III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários;

IV – acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de

estagiários.

§ 1o Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de

trabalhadores empregados existentes no estabelecimento do estágio.

§ 2o Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou

estabelecimentos, os quantitativos previstos nos incisos deste artigo serão

aplicados a cada um deles.

§ 3o Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste

artigo resultar em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro

imediatamente superior.

§ 4o Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios de nível

superior e de nível médio profissional.

§ 5o Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de

10% (dez por cento) das vagas oferecidas pela parte concedente do estágio.

Art. 18. A prorrogação dos estágios contratados antes do início da vigência

desta Lei apenas poderá ocorrer se ajustada às suas disposições.

Art. 19. O art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada

pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar com as

seguintes alterações:

“Art. 428.

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§ 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação

na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do

aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição

em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade

qualificada em formação técnico-profissional metódica.

§ 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais

de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de

deficiência.

§ 7o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o

cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá

ocorrer sem a freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino

fundamental.” (NR).

Art. 20. O art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a

vigorar com a seguinte redação:

“Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de

realização de estágio em sua jurisdição, observada a lei federal sobre a

matéria.

Parágrafo único. (Revogado).” (NR)

Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 22. Revogam-se as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859,

de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto

de 2001.

Brasília, 25 de setembro de 2008; 187o da Independência e 120o da

República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Fernando Haddad

André Peixoto Figueiredo Lima

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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA

SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Plano de Estágio Supervisionado

Unidade Escolar:

Curso:

Eixo Tecnológico:

Educando:

Período:

Endereço:

Endereço eletrônico:

Telefone:

Agente de Integração:

Concedente:

Endereço:

Telefone:

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Data da fundação:

Ramo da atividade, missão, finalidade, outros dados relevantes que

identifiquem o campo do estágio:

Nome do Responsável pelo acompanhamento do estágio no concedente:

Formação: Telefone:

Departamento/Setor: Cargo:

Justificativa da escolha da área do estágio:

Descrição das atividades a serem desenvolvidas:

Parecer do professor articulador do estágio:

Período de realização do estágio:

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SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

(UNIDADE ESCOLAR)

ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA Nº ____/____

Que entre si celebram o (concedente de estágio, CNPJ, ENDEREÇO ),

neste ato representada por (NOME E DADOS DO REPRESENTANTE) e a

Unidade Escolar, doravante denominada .........., situada na ..................,

inscrita no CNPJ nº ......................., neste ato representada pelo seu Gestor

............................... inscrito no CPF sob o n°....................., RG....................,

residente e domiciliado à.........................................em conformidade com a

Lei nº 11.788/2008 e as cláusulas e condições a seguir:

CLÁUSULA PRIMEIRA – A Convenente concederá estágio curricular

a estudantes regularmente matriculados no curso técnico da (unidade

escolar).

CLÁUSULA SEGUNDA – O Estágio curricular supervisionado aqui

tratado deverá proporcionar ao estagiário a integração dos

conhecimentos e habilidades adquiridos na formação curricular, com

a prática profissional orientada, sempre em conformidade com o

plano de curso, com vistas ao aperfeiçoamento técnico-cultural,

científico e de relacionamento humano, devidamente acompanhados

e orientados pela Unidade Escolar .

CLÁUSULA TERCEIRA – Os estagiários serão escolhidos a partir de

critérios estabelecidos pela compatibilidade entre o curso técnico e a

atividade do concedente do estágio.

Page 25: Manual%20do%20 estágio%20 versão%20final%202010[1]

CLÁUSULA QUARTA - Os estagiários somente poderão iniciar as

atividades de estágio curricular supervisionado com toda a

documentação regularizada, os estágios iniciados sem a autorização

e assinatura da unidade escolar não serão reconhecidos pela mesma.

CLÁUSULA QUINTA - A CONCEDENTE compromete-se a:

1. atribuir aos estagiários, tarefas compatíveis com a natureza de

seus cursos, de acordo com as atividades previstas no plano de

estágio, devendo enviar relatório trimestral das atividades

desenvolvidas de acordo com o art. 1° parágrafo 2° da Lei

11.788/2008;

2. oferecer condições físicas e materiais indispensáveis ao

desempenho dos estagiários;

3. fixar escalas de atividades e controle de freqüência;

4. exercer orientação adequada, visando atender às necessidades do

estágio curricular supervisionado;

5. aceitar em suas dependências, o docente designados pela

unidade escolar para atividades de supervisão, avaliação do estágio e

outros que se fizerem necessários;

6. comunicar à unidade escolar qualquer irregularidade na realização

do estágio.

CLÁUSULA SEXTA – Os estagiários não terão qualquer vínculo

empregatício com o concedente conforme determina o Artigo 3º da

Lei 11.788 de 25 e Setembro de 2008.

CLÁUSULA SÉTIMA – O concedente do estágio deverá assumir o

pagamento da apólice de seguro contra acidentes pessoais em favor

dos estagiários, para a ocorrência de acidentes Pessoais que tenham

como causa direta o desempenho das atividades decorrentes do

estágio.

CLÁUSULA OITAVA – A jornada de atividades do estagiário será

acordada entre o estagiário ou o seu representante legal, concedente

e unidade escolar sem prejuízo das atividades curriculares do

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estagiário, não podendo ultrapassar o limite de 6 horas diárias e 30

horas semanais de acordo com a Lei 11.788 de 25 de Setembro de

2008, Art. 10.

CLÁUSULA NONA – A duração do estágio, na mesma parte

concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, contados a partir da

data de início da vigência do termo de compromisso de estágio..

PARÁGRAFO ÚNICO: Fica assegurado ao estagiário que desenvolva

estágio com duração igual ou superior a um ano, recesso remunerado

de trinta dias, preferencialmente durante suas férias escolares.

CLÁUSULA DÉCIMA – Será celebrado o Termo de Compromisso

entre os estudantes e o Concedente com interveniência da unidade

escolar, de acordo com a Lei 11.788/2008, onde estarão acertadas as

condições

do estágio entre a concedente o estagiário.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – Este convênio não representará

ônus pecuniário para as partes envolvidas, ressalvado o pagamento,

pelo concedente, do seguro contra acidentes pessoais, a bolsa de

complementação de

estudo ou outra forma de contraprestação e o auxílio-transporte para

o estagiário.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – O presente convênio vigorará por

tempo indeterminado a partir de sua assinatura, podendo ser

rescindido desde que qualquer das partes envolvidas notifiquem à

outra com antecedência mínima de trinta dias.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – Fica eleito o foro da cidade de

.................., para dirimir quaisquer dúvidas oriundas deste convênio.

E, por estarem de pleno acordo, foi o presente instrumento, assinado

pelas

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partes, em duas vias de igual teor, para que produza todos os efeitos

legais.

___________,__de____________de__________.

________________________________________________________

(representante da concedente)

1-______________________________________________________ 2-

TESTEMUNHAS

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SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

(UNIDADE ESCOLAR)

TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Pelo presente instrumento, firmado nos termos da Lei n° 11.788 de 25 de

setembro de 2008, O(a) Educando(a) .............................................................,

matriculado sob o n° ......................., do Curso Técnico em............................da

modalidade...................pertencente ao eixo tecnológico..................................,

freqüentando a................(série/período), CPF n°.......................... , RG

n°........................, residente e domiciliado a ........................................., na cidade

de........................................ (BA), Cep................ , telefone ................................. ,

doravante denominado ESTAGIÁRIO;

(CONCEDENTE), pessoa jurídica de direito ____, inscrita sob o CNPJ

n°................. , Inscrição Estadual:........................, estabelecida

na................................., na cidade de ................................ (__), CEP.................

telefone ........................., endereço eletrônico................................. representada

pelo seu (Cargo), Sr. .................... doravante denominada CONCEDENTE ; e

O (Unidade Escolar de Educação Profissional) inscrita sob o CNPJ

n°..........................., estabelecida na (Endereço) telefone ................................ ,

endereço eletrônico, representada pelo Gestor(a), Prof..........................., de

acordo com a Portaria nº........... de ......./......../........., doravante denominada

Unidade Escola, ajustam o seguinte:

CLÁUSULA PRIMEIRA – Este instrumento tem por objetivo estabelecer as

condições para a realização de Estágio curricular supervisionado e formalizar a

relação jurídica especial existente entre o ESTAGIÁRIO, a CONCEDENTE e a

UNIDADE ESCOLAR.

Page 29: Manual%20do%20 estágio%20 versão%20final%202010[1]

CLÁUSULA SEGUNDA – O Estágio curricular supervisionado, definido neste

termo de compromisso, obedece aos termos do artigo 2º, do parágrafo 1º da Lei

n° 11.788 de 25 de Setembro de 2008 e da Lei n° 9.394/96 (Diretrizes e Bases da

Educação Nacional).

CLÁUSULA TERCEIRA – O estágio terá início em ___/____/200_ e terá seu

término em ____/___/200_, com uma atividade de ___ horas diárias, totalizando

___ horas semanais, sendo compatível com as atividades escolares e de acordo

com o art. 10° da Lei n° 11.788/08.

§ 1° – Este Termo de Compromisso de Estágio pode ser prorrogado, a critério

das partes, desde que não ultrapasse 02 (dois) anos, exceto quando se tratar de

deficiente, devendo compatibilizar-se às atividades discentes.

§ 2° – O Plano de Atividades, os Relatórios de Atividades e as Avaliações serão

anexados ao Termo de Compromisso de Estágio sendo parte integrante e

indissociável deste.

§ 3° – As atividades principais poderão ser ampliadas, reduzidas, alteradas ou

substituídas, de acordo com a progressividade do Estágio e do Currículo, desde

que de comum e prévio acordo entre os partícipes.

§ 4° – É assegurado ao ESTAGIÁRIO recesso das atividades, preferencialmente

em período de férias escolares, nos termos do art. 13 da Lei n° 11.788/08.

§ 5° – Nos períodos estabelecidos no calendário escolar como de avaliação é

assegurado ao ESTAGIÁRIO redução na carga horária em pelo menos a metade.

§ 6° – Aplica-se ao ESTAGIÁRIO a legislação relacionada à saúde e segurança

no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da CONCEDENTE.

CLÁUSULA QUARTA – O ESTAGIÁRIO desenvolverá suas atividades

obrigando-se a:

a) Cumprir com empenho e interesse a programação estabelecida no Plano

de Atividades;

b) Cumprir as condições fixadas para o Estágio observando as normas de

trabalho vigentes na CONCEDENTE, preservando o sigilo e a

confidencialidade sobre as informações que tenha acesso;

c) Observar a jornada e o horário ajustados para o Estágio;

d) Apresentar documentos comprobatórios da regularidade da sua situação

escolar, sempre que solicitado pela CONCEDENTE;

Page 30: Manual%20do%20 estágio%20 versão%20final%202010[1]

e) Manter rigorosamente atualizados seus dados cadastrais e escolares,

junto à CONCEDENTE;

f) Informar de imediato, qualquer alteração na sua situação escolar, tais

como: trancamento de matrícula, abandono, conclusão de curso ou

transferência de Instituição de Ensino;

g) Visitar os Relatórios de Atividades elaborados pela CONCEDENTE com

periodicidade mínima de 06 (seis) meses e, inclusive, sempre que

solicitado;

h) Responder pelas perdas e danos eventualmente causados por

inobservância das normas internas da CONCEDENTE, ou provocados por

negligência ou imprudência.

CLÁUSULA QUINTA – DA CONCEDENTE:

a) Celebrar o Termo de Compromisso de Estágio com o ESTAGIÁRIO e a

Unidade Escolar, zelando pelo seu fiel cumprimento;

b) Conceder o Estágio e proporcionar ao ESTAGIÁRIO condições para o

exercício das atividades práticas compatíveis com o seu Plano de

Atividades;

c) Designar como Supervisor o funcionário __________, (formação/n° de

registro ou experiência profissional na área de conhecimento

desenvolvida no curso técnico do ESTAGIÁRIO), de seu quadro de

pessoal, para orientá-lo e acompanhá-lo nas atividades do Estágio;

d) Solicitar ao ESTAGIÁRIO, a qualquer tempo, documentos comprobatórios

da regularidade da situação escolar, uma vez que trancamento de

matrícula, abandono, conclusão de curso ou transferência de Instituição

de Ensino constituem motivos de imediata rescisão;

e) Elaborar e encaminhar para a UNIDADE ESCOLAR o Relatório de

Atividades, assinado pelo seu Supervisor, com periodicidade de no

máximo 06 (seis) meses com vista obrigatória do ESTAGIÁRIO;

f) Entregar, por ocasião do desligamento, Termo de Realização do Estágio

com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da

avaliação de desempenho;

g) Manter em arquivo e à disposição da fiscalização os documentos que

comprovem a relação de Estágio;

h) Permitir o início das atividades de Estágio somente após o recebimento

deste instrumento assinado pelos partícipes;

Page 31: Manual%20do%20 estágio%20 versão%20final%202010[1]

i) Permitir o acesso de pessoa autorizada pela instituição de ensino, com

finalidades de fiscalização e acompanhamento das atividades do

estagiário, bem como do seu ambiente de trabalho, em qualquer

momento, sem a necessidade de aviso prévio por parte da instituição de

ensino.

CLÁUSULA SEXTA – DA UNIDADE ESCOLAR:

a) Indicar, no Plano de Atividades, as condições de adequação do estágio à

proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar,

ao horário e calendário escolar;

b) Avaliar as instalações da parte concedente do Estágio e sua adequação à

formação cultural e profissional do aluno;

c) Indicar como Professor Articulador, o (a) Profª. ....................., como

responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do

ESTAGIÁRIO;

d) Comunicar ao CONCEDENTE, no início do período letivo, as datas de

realização das avaliações escolares;

e) Exigir do aluno a apresentação periódica, em prazo de dois meses, de

Relatório de Atividades;

f) Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso de Estágio,

reorientando o ESTAGIÁRIO para outro local em caso de descumprimento

de suas normas;

g) Avaliar a realização do Estágio curricular do aluno por meio de

Instrumentos de Avaliação.

CLÁUSULA SÉTIMA – Na vigência do presente Termo, o ESTAGIÁRIO estará

incluído na cobertura do seguro contra acidentes pessoais, contratado pela

_________________, conforme certificado individual de seguro, Apólice n0 -

______________________, Empresa________________________

CLÁUSULA OITAVA – O término do Estágio ocorrerá nos seguintes casos:

a) Automaticamente, ao término do período previsto para sua realização;

b) Desistência do Estágio ou rescisão do Termo de Compromisso de

Estágio, por decisão voluntária de qualquer dos partícipes, mediante

comunicação por escrito com antecedência de 05 (cinco) dias;

Page 32: Manual%20do%20 estágio%20 versão%20final%202010[1]

c) Pelo trancamento da matrícula, abandono, desligamento ou conclusão do

curso na INSTITUIÇÃO DE ENSINO;

d) Pelo descumprimento total ou parcial das condições do presente Termo

de Compromisso de Estágio, assim como da Lei nº 11.788/2008;

CLÁUSULA NONA – O ESTAGIÁRIO receberá bolsa no valor de R$

_____________________________ , bem como auxílio-transporte(COLOCAR

TODO TIPO DE AUXILIO) ou

O (A) ESTAGIÁRIO(A) não receberá qualquer valor a título de bolsa, nem

qualquer outra forma de contraprestação pecuniária.

CLÁUSULA DÉCIMA – O Estágio não cria vínculo empregatício de qualquer

natureza, desde que observados as disposições da Lei n° 11.788/08 e do

presente Termo de Compromisso.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – A rescisão do presente Termo de

Compromisso de Estágio poderá ser feita a qualquer tempo, unilateralmente,

mediante comunicação por escrito, feita com cinco dias de antecedência.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – Fica eleito o Foro da Justiça

_____________________________ (BA), com renúncia de qualquer outro, por

mais privilegiado que seja, para dirimir quaisquer dúvidas ou controvérsias em

decorrência do presente Termo de Compromisso de Estágio que não puderem

ser decididas diretamente pelos partícipes.

E assim, justos e acordados, assinam este instrumento em três vias de igual teor

e forma.

_____________, ____ de ___________ de_____________

____________________________________

Nome do Educando

Estagiário

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____________________________________

Nome do Responsável Legal do Estagiário

________________________________________________

Prof._____________________

Professor(a) articulador(a)do estágio

________________________________________________

Nome do Representante do Concedente

Cargo

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