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TPGfolitécnico
1 daGuardaPolytechnicoU Guarda
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Licenciatura em Desporto
Manuel Lucas Arnaud
øC
julho 12015
ii
Relatório de Estágio
Phive Health & Fitness Centers
Tutor de Estágio na Empresa/Entidade Acolhedora: Dr. Tito Correia
Coordenadora do Estágio na ESECD: Professora Doutora Teresa Fonseca
Manuel Lucas Arnaud
Guarda, julho de 2015
Este relatório surge no âmbito do 3º ano do Curso de Licenciatura em Desporto, da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto e é submetido ao Instituto Politécnico da Guarda como requisito para a obtenção do grau de Licenciado em Desporto.
iii
Ficha de Identificação Entidade/Empresa Acolhedora: Phive Health & Fitness Centers
Local Principal: Lágrimas Health Club - Quinta das Lágrimas Residências, lote 12 |
3040-387 Coimbra
Outro Local (em atividades pontuais): Celas Health Club - Rua Dr. António José de
Almeida, n.º 202 | 3000-042 Coimbra
Curso: Licenciatura em Desporto
Diretor da ESECD: Prof. Doutor Pedro Tadeu
Diretora do Curso de Desporto: Prof. Doutora Carolina Vila-Chã
Morada: Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 50, 6300-559 Guarda
Telefones: 271220135/ 271220111 Fax: 271222325
Coordenadora de Estágio: Professora Doutora Teresa Fonseca
Orientador da Instituição: Dr. Tito Correia
Habilitações Académicas: Licenciatura em Ciências do Desporto da Faculdade de
Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra
Nº da Cédula de Técnico de Exercício Físico: 24912
Nome do Estagiário: Manuel Lucas Arnaud
N.º de aluno: 5007596
Duração do Estágio: 486 horas
Data de Inicio do Estágio: 9 de outubro de 2014
Data da Finalização: 30 de junho 2015
iv
Agradecimentos
Porque nenhum trabalho se leva adiante de forma absolutamente isolada,
desejo expressar aqui os meus agradecimentos a todos que de algum modo
contribuíram para que este fosse uma realidade, assim desejo agradecer:
À minha Coordenadora de Estágio, Professora Doutora Teresa Fonseca, pela sua
imensurável ajuda, disponibilidade constante e intervenções pertinentes, bem como ao
meu Tutor de Estágio, Dr. Tito Correia, por toda a dedicação, orientação e sábias
aprendizagens que me ofertou;
À entidade acolhedora por me ter recebido tão bem e por toda a disponibilidade
evidenciada;
A todos os docentes que me apoiaram e ajudaram no meu percurso académico,
durante o curso e durante a realização deste estágio curricular;
Ao meu pai e à minha mãe por toda a compreensão, todo o enorme apoio e
incondicional estabilidade emocional, que me deram e proporcionaram;
A todos os meus colegas de curso com os quais tive a oportunidade de palmilhar ao
lado, este percurso de vida.
v
Resumo
Com este relatório pretendo descrever quatro pontos: a caracterização e a
análise da instituição onde estagiei, Phive Health & Fitness Centers, os objetivos e o
planeamento do estágio, as atividades desenvolvidas ao longo do estágio e uma
reflexão/crítica final sobre os aspetos positivos e os menos bem conseguidos. Além
disso, também aqui se regista a bibliografia e os anexos.
No geral, os objetivos inicialmente propostos foram alcançados, exceto a parte
da autonomia desejada que consistia em prescrever planos de treino e dar aulas de
grupo aos clientes, uma vez que a entidade acolhedora me limitou este processo,
como é prática em todos os estágios curriculares que acolhem, tendo desenvolvido o
tarefas na prescrição do exercício, de acordo com as regras/métodos da equipa Phive
Coach, que promove a venda do produto/serviço.
O presente relatório foi realizado no âmbito da Unidade Curricular de Estágio
em Exercício Físico e Bem-Estar da Escola Superior de Educação, Comunicação e
Desporto, do IPG, com vista à obtenção do grau de Licenciatura em Desporto,
Palavras-chave: Gestão; Marketing; Observação da Atividade Física; Prescrição do
Exercício Físico.
vi
Índice Geral
Ficha de Identificação --------------------------------------------------------------------------------- iii
Agradecimentos ---------------------------------------------------------------------------------------- iv
Resumo --------------------------------------------------------------------------------------------------- v
Índice Geral --------------------------------------------------------------------------------------------- vi
Índice de Figuras --------------------------------------------------------------------------------------- vii
Índice de Quadros ------------------------------------------------------------------------------------- vii
Lista de Siglas ------------------------------------------------------------------------------------------ viii
Introdução ----------------------------------------------------------------------------------------------- 1
1– Caracterização e Análise da Entidade Acolhedora ----------------------------------------- 2
1.1. Caracterização do meio envolvente ------------------------------------------------------------- 3
1.2. Caracterização da empresa/entidade acolhedora ---------------------------------------------- 5
1.3. Organograma do PHIVE Health & Fitness Centers ------------------------------------------ 6
2 – Objetivos e Planeamento do Estágio ---------------------------------------------------------- 8
2.1. Objetivos do estágio ------------------------------------------------------------------------------- 9
2.1.1. Objetivos gerais ------------------------------------------------------------------------------- 9
2.1.2. Objetivos específicos ------------------------------------------------------------------------- 9
2.2. Calendarização anual e horário de estágio ----------------------------------------------------- 10
3 – Atividades Desenvolvidas ----------------------------------------------------------------------- 11
3.1. Formação inicial interna PHIVE e apoio na bibliografia cientítica ------------------------- 12
3.1.1. Metodologia do treino de força na formação interna ------------------------------------ 12
3.1.2. Prescrição do treino de força na formação interna --------------------------------------- 13
3.2. Atividades Desenvolvidas ------------------------------------------------------------------------ 17
3.2.1. Atividades em observação ------------------------------------------------------------------- 18
3.2.2. Atividades em coorientação ou shadow --------------------------------------------------- 19
3.2.3. Atividades de intervenção (em método “teatral”) ---------------------------------------- 19
3.2.4. Atividades complementares – divulgação promoção do PHIVE Celas --------------- 21
3.2.5. Reuniões de estágio -------------------------------------------------------------------------- 21
4 – Reflexão Final -------------------------------------------------------------------------------------- 23
Bibliografia ---------------------------------------------------------------------------------------------- 26
Anexos --------------------------------------------------------------------------------------------------- 29
vii
Índice de Figuras Figura 1 - Brasão da cidade de Coimbra ----------------------------------------------------------- 3
Figura 2 - Quinta das Lágrimas ---------------------------------------------------------------------- 3
Figura 3 - Vista panorâmica da cidade de Coimbra no cimo da torre da Universidade ------ 4
Figura 4 - Lágrimas Health Club / Celas Fitness Club ------------------------------------------- 5
Figura 5 - Vista panorâmica da Apple maps do PHIVE Lágrimas Health Club -------------- 5
Figura 6 - Logótipo do PHIVE Health & Fitness Centers --------------------------------------- 6
Figura 7 - Organograma do PHIVE Health & Fitness Centers --------------------------------- 6
Figura 8 - Flyoga -------------------------------------------------------------------------------------- 18
Figura 9 - Atividade de intervenção na Sala de Musculação ------------------------------------ 19
Índice de Quadros Quadro 1 - Calendarização anual e horário de estágio ------------------------------------------- 10
viii
Lista de Siglas ESECD - Escola superior de Educação Comunicação e Desporto. FCDEF - Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física. IPG - Instituto Politécnico da Guarda. UC - Universidade de Coimbra.
Introdução A Unidade Curricular de Estágio em Exercício Físico e Bem-Estar está inserida
no 3.º ano da Licenciatura de Desporto e tem uma duração total de dois semestres, com
um total de quatrocentos e oitenta e seis horas de trabalho.
O presente estágio tem como finalidade promover o conhecimento adquirido ao
longo da licenciatura, aplicando-o na instituição onde se realizou o estágio e em todas as
atividades efetuadas, enquanto estagiário.
A razão que me levou a escolher o PHIVE como primeira opção para a execução
do meu estágio curricular em Exercício Físico e Bem-estar e, felizmente, fui aceite e
muito bem acolhido e acompanhado, foi o facto de estar em crescimento e de ter
referências/reputação de excelência. O facto de ter uma prestação de serviços no ramo
do Health & Fitness, permite englobar a parte do bem-estar, físico e emocional, no seu
exponente máximo, situação pouco comum na maioria dos ginásios, apenas existente
nos ditos Health Clubs.
Outra razão foi o facto de se localizar em Coimbra, perto do meu local de
trabalho, uma vez que sou trabalhador-estudante, facilitando melhor uma rápida
deslocação entre ambas as entidades, a empregadora e a acolhedora do estágio, o que
nem sempre é fácil de ser conciliado.
Durante o início do primeiro semestre obtive uma formação teórica e prática dos
coordenadores da sala de musculação e das aulas de grupo, de modo a conjugar os
conhecimentos desportivos com a metodologia do estabelecimento/entidade acolhedora.
A metodologia utilizada para a elaboração deste relatório baseia-se em pesquisas
bibliográficas e numa ação de formação decorrida na instituição de estágio.
Este relatório está dividido nos seguintes pontos:
• Ponto 1 – Caraterização e análise da entidade acolhedora;
• Ponto 2 – Objetivos e planeamento do estágio;
• Ponto 3 – Atividades desenvolvidas;
• Ponto 4 – Reflexão/Crítica final;
3
1.1. Caracterização do Meio Envolvente
A cidade de Coimbra, de acordo com a informação
disponibilizada no site oficial do Turismo de Coimbra (s/d),
possui uma mística muito própria, fruto de um passado cheio de
factos relevantes, e também das memórias de muitas dezenas de
milhares de portugueses que, ainda hoje, espalhados por todo o
país ou além-fronteiras, lembram os anos de juventude aqui
passados, quando cursaram a Universidade, tempos normalmente de despreocupação,
folguedos e esperanças.
Coimbra é distrito e sede de município. Como sede de município tem 319,4 Km2
de área e 143 396 habitantes (2011), subdividido em 18 freguesias. O município é
limitado a norte pela Mealhada, a este por Penacova, Vila Nova de Poiares e Miranda
do Corvo, a sul por Condeixa-a-Nova, a oeste por Montemor-o-Velho e a noroeste por
Cantanhede. A cidade e o município são atravessados pelo rio Mondego proveniente da
Serra de Estrela, no sentido Este-Oeste, sendo essa a principal particularidade
geográfica do seu território.
Em tempos longínquos o local foi ocupado pelos Celtas, mas foi a romanização
que transformou esta região culturalmente. A sua presença permanece nos vários
vestígios arqueológicos guardados no Museu Nacional Machado de Castro, construído
sobre o criptopórtico da Civita Aeminium, o fórum da cidade romana. Depois vieram os
visigodos entre 586 e 640, alterando o nome da localidade para Emínio. Em 711, passa
a ser uma cidade mourisca e moçarabe. Em 1064 é conquistada pelo cristão Fernando
Magno e governada pelo moçarabe Sesnando.
De acordo com a informação disponibilizada no site Visit Portugal (s/d) esta é a
cidade mais importante ao Sul do Rio Douro, é durante algum tempo residência do
Conde D. Henrique e D. Teresa, pais do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques,
que aqui nasceu. Por sua mão é integrada em território português em 1131. Datam desse
tempo, em que Coimbra foi capital do reino, alguns dos
monumentos mais importantes da cidade: a Sé Velha e as
igrejas de São Tiago, São Salvador e Santa Cruz, em
representação da autoridade religiosa e das várias ordens
que aqui se estabeleceram.
Figura 1 – Brasão municipal de Coimbra
(Fonte: wikimedia).
Figura 2- Quinta das Lágrimas (Fonte: luisdecamoes).
4
Foi um Coimbra que aconteceu o amor proibido de D. Pedro I (1357-67) e da
dama de corte D. Inês, executada por ordem do rei D. Afonso IV, que viu nesse
romance o perigo de uma subjugação a Castela. Inspirando poetas e escritores, a sua
história continua a fazer parte do património da cidade, na Quinta das Lágrimas.
Durante o Renascimento, Coimbra transformou-se num lugar de conhecimento,
quando D. João III (1521-57) decidiu mudar definitivamente a Universidade para a
cidade, ao mesmo tempo que se criavam inúmeros colégios em alternativa ao ensino
oficial.
No séc. XVII os jesuítas chegaram à cidade, marcando a sua presença com a
construção da Sé Nova. No século seguinte, a obra régia de D. João V (1706-50)
enriqueceu alguns monumentos de Coimbra e sobretudo a Universidade e o reinado de
D. José I (1750-77) fazendo algumas transformações pela mão Marquês de Pombal,
sobretudo no ensino.
No início do séc. XIX as Invasões Francesas e as guerras liberais portuguesas
iniciaram um período conturbado, sem grandes desenvolvimentos para a cidade. Desde
então foram os estudantes que a recuperaram e transformaram na cidade universitária
por excelência em Portugal, verificando-se um importante aumento populacional,
surgindo novos arruamentos e zonas residenciais, destacando-se o plano de urbanização
da Quinta do Mosteiro de Santa Cruz.
No séc. XX, Coimbra conhece novas e profundas alterações com a construção da
nova cidade universitária, deslocando-se a população residente na Alta Coimbrã para
novos bairros da cidade. Nos anos 90 em particular, a cidade expandiu-se para a zona do
Vale das Flores e da Boavista, onde foi construído o Pólo II da Universidade, dedicado
às Ciências e Tecnologias, junto à margem direita do Mondego, com edifícios
projetados pelos mais notáveis arquitetos contemporâneos. Em torno dos Hospitais da
Universidade de Coimbra, na zona de Celas, instalou-se o Pólo III da Universidade
dedicado às Ciências da Vida.
Figura 3 – Torre da Universidade de Coimbra (Fonte: Hoteloslo).
5
1.2. Caraterização da Empresa/Entidade Acolhedora A entidade onde decorreu o estágio foi o PHIVE Health & Fitness Centers, um
grupo constituído por dois centros situados em Coimbra. O primeiro e principal, um
Health Club, situado na Quinta das Lágrimas e o segundo, um projeto mais recente,
inaugurado a 14 de março de 2015, um Fitness Club, em Celas.
O PHIVE Lágrimas Health Club, segundo a
informação interna (s/d) disponibilizada, é
constituído por um área total de sete mil e
quatrocentos metros quadrados que inclui: um
espaço exterior, com estacionamento privativo de
sessenta e cinco lugares, parque infantil, circuito de
manutenção e jardim com esplanada; um espaço
interior, com piscina aquecida, jacuzzi, sauna, banho
turco, estúdio de modalidades de grupo, um estúdio
de spinning e um estúdio de musculação e cárdio.
O logótipo e o nome da entidade surgiram
das seguintes ideias, que se tomam como
complemento e traduz parte do seu conceito: os cinco sentidos propostos por
Aristóteles, a audição, a visão, o olfato, o paladar e o tato. Os cinco aspetos do ser
humano, físico, emocional, mental, anímico e consciente. Os cinco elementos da
energia chineses, água, madeira, fogo, terra e metal. As cinco pontas de uma estrela ou
Figura 5 – Vista aérea Phive Lágrimas (Fonte: Apple Maps).
Figura 4 – Phive Lágrimas Health Club e Celas Fitness Club (Fonte: Facebook).
6
pentagrama e as cinco partes em que o homem está dividido, quatro membros e a
cabeça que os controla.
PHIVE significa cinco, é uma palavra constituída por
cinco letras e simboliza o equilíbrio, a harmonia e a
perfeição do corpo humano.
Ao nível do design, o logótipo capta a essência do
homem vitruviano de Leonardo da Vinci, baseado no
conceito de Marcus Vitruvius Pollio. Este conceito é
imortalizado e descrito através da figura masculina
desnuda, simultaneamente em duas posições sobrepostas,
com os braços inscritos num círculo e num quadrado,
simbolizando o modelo ideal do corpo humano cujas proporções são perfeitas. O “V”
do logo PHIVE simboliza o número cinco em numeração romana, e está realçado pela
cor azul.
O Phive entende como missão a prestação de serviços no ramo do Health &
Fitness, bem como o de transformar a vida das pessoas, contribuindo para o seu bem-
estar físico e emocional, através de experiencias únicas que os fazem voltar dia após
dia. Para isso, dispõem de um vasto conjunto de modalidades e serviços, mas sobretudo
acompanhados por uma equipa de profissionais qualificados.
A visão pretende ser uma organização moderna, proactiva e reconhecida como
uma referência a nível nacional, pela qualidade dos seus serviços e profissionais,
procurando sempre a fidelização dos seus clientes.
1.3. Organograma do PHIVE Health & Fitness Centers A
Figura 6 – Phive logótipo (Fonte: Facebook).
Figura 7 – Organograma .
7
A Direção é constituída por dois profissionais com funções dirigentes. É o corpo
responsável máximo da empresa, tendo sempre a palavra final para a tomada de decisão,
supervisão e execução dos projetos restantes dos variados sectores.
O Departamento de Recursos Humanos (DRH) é responsável pela organização
da documentação de todo o staff da empresa, processamento dos vencimentos,
organização contabilística e gestão financeira, sendo também responsável pela
manutenção do espaço.
O Serviço de Atendimento ao Cliente (SAAC) é responsável pela gestão da
carteira de clientes, apresentação dos serviços aos novos sócios, gestão do fluxo de
novas entradas e novas adesões. Auxilia no controlo da receção e coordena a sua equipa
para a otimização destas tarefas.
O Coordenador do Gym é o responsável pela equipa Phive Coach. Faz o
controlo da utilização dos serviços Coach e orienta diretamente a equipa para a captação
de novos alunos. É também responsável pelo controlo das tarefas do ginásio.
O Master Treiner é o responsável pela qualidade dos serviços prestados pela
equipa Phive Coach, garantindo a excelência e a atualização técnica da equipa através
de avaliações contínuas e formações internas.
O Coordenador de Aulas de Grupo é o responsável pela gestão da equipa de
professores de aula de grupo, controlo da qualidade das aulas, organização de horários
de aula e formação de novos instrutores.
A Organização de Eventos responsabiliza-se pela divulgação e comunicação
externa, como organização de eventos, interação entre os sócios e retenção.
9
2.1. Objetivos de Estágio Os objetivos gerais representam as metas predefinidas, no decorrer do estágio
curricular (ver Anexo I). Para estes objetivos serem completados era necessário
executar outros objetivos mais específicos. Assim, foram definidos os seguintes
objetivos:
2.1.1. Objetivos gerais
• Aperfeiçoar competências que respondam às exigências colocadas pela realidade
de intervenção na dimensão moral, ética, legal e deontológica;
• Aprofundar competências que habilitem uma intervenção profissional
qualificada;
• Atualizar o nível de conhecimento nos domínios de investigação, do
conhecimento científico, técnico, pedagógico e no domínio da utilização das
novas tecnologias, enquanto suporte para uma intervenção mais qualificada;
• Desenvolver um espírito crítico com base na autorreflexão com a finalidade de
uma melhoria constante de competências cruciais para o desempenho da
atividade profissional;
• Promover o nível social e profissional, sendo dinâmico e entusiasta.
2.1.2. Objetivos específicos Apesar deste estágio curricular visar determinados objetivos específicos, os
mesmos variaram conforme a área de intervenção do PHIVE (Sala de Musculação| Sala
de Aulas de Grupo| Loja de Promoção do PHIVE em Celas), aos quais também tive de
ir dando resposta:
• Observar e analisar as metodologias utilizadas nas sessões treino/aulas de grupo
desenvolvidas pelos profissionais do PHIVE, promovendo a aquisição de
competências práticas;
• Estruturar um plano de intervenção considerando objetivos comportamentais,
bem como conteúdos, meios e métodos de treino;
• Aplicar os conhecimentos adquiridos nas unidades curriculares do menor de
Exercício Físico e Bem-estar, bem como em outras unidades curriculares
relacionadas com a área do fitness;
10
• Desenvolver a função de spotting;
• Compreender e manipular variáveis agudas do treino de força, de resistência
aeróbia, de agilidade e de flexibilidade para prescrever o exercício físico, em
função dos objetivos específicos e necessidades de cada indivíduo e/ou grupo;
• Organizar atividades, promovendo a adesão ao exercício, a captação de novos
praticantes e sua fidelização.
2.2. Calendarização Anual e Horário de Estágio A carga horária de estágio curricular correspondeu a um total de 486 horas,
distribuídas ao longo dos dois semestres, com início a 9 de outubro de 2014 e términus
a 30 de junho de 2015.
No início do estágio, foi estabelecido que o meu horário seria flexível, planeado
mensalmente, de acordo com o meu horário de emprego e/ou com momentos de
avaliação no IPG e reajustado sempre que necessário, tal como se pode observar pelo
Quadro I.
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abril Mai Jun Formação - 36 - - - - - - - Avaliações - 3 2 1 1 6 4 4 - Aulas de
grupo 15 7 14 15 9 18 11 8 -
Prescrição de exercício
- 1 1 - 1 1 3 - -
Sala de musculação
16 3 4 13 10 19 18 12 6
Abertura 11 4 7 10 3 7 11 6 3 Encerramento 10 5 7 9 4 12 13 6 3
Promoção 14 4 7 19 12 23 - - -
Quadro I – Calendarização do estágio
12
3.1. Formação Inicial Interna PHIVE e Apoio na Bibliografia Científica No início deste estágio obtive uma formação interna do ginásio, e aí percebi que
necessitava de uma pesquisa e análise de conteúdos publicados em artigos científicos
por autores de referência internacional, para melhor entender a prescrição do exercício
físico.
Durante o meu estágio, observei que a equipa Coach era bastante solicitada para
um treino mais personalizado, pois os clientes que utilizam o serviço normalmente
alcançam os objetivos. Esses objetivos incluíam a nível geral, a melhoria da saúde, o
aumento da força-resistência, hipertrofia muscular, a prevenção do sedentarismo, em
especial na faixa etária dos cinquenta aos setenta e oito do público-alvo, redução da
massa gorda e tonificação e definição muscular.
3.1.1. Metodologia do Treino de Força na Formação Interna Uma definição exata da força é de difícil formulação por depender de um grande
número de fatores que interferem nas diferentes modalidades que a constituem tais
como, a própria força, o trabalho muscular, a contração muscular, entre outras. Não se
pode descorar a evolução do termo de treino de força das suas áreas específicas
respetivas.
Além disso, as diferentes modalidades permitem que o treino de força apresente
diferentes formas de manifestação que podem ser consideradas em aspetos sob o ponto
de vista geral e específico. Segundo Weineck (2002), a força geral manifesta-se pela
ação de todos os grupos musculares, independentemente da modalidade desportiva,
enquanto a força específica manifesta-se pela ação de grupo musculares diretamente
implícitos na modalidade desportiva.
Desta forma, segundo diversos autores (Harre, 1976; Martin, 1977 e Frey, 1977,
citados por Weineck, op, cit), é possível apresentar três principais formas de força:
força máxima, força velocidade e força resistência. Destas três principais formas de
força, destaca-se a força resistência por considerar que traduz, à prior, uma melhor
13
dominante do próprio termo força utilizado na expressão “da resistência à força ou
resistência da força”. (necessário treinar resistência para obter força)
Sendo a força-resistência, a condicionante que o organismo tem de se opor ao
cansaço para um esforço de longa duração (Harre, 1976, cit por Weineck, 2002),
existem vários critérios para se calcular a intensidade da força, o volume do estímulo e a
sua duração, os quais vão influenciar o modo de produção de força.
Na opinião de Reif (1992, cit por Weineck, op. cit), o trabalho e o
desenvolvimento da força-resistência apoia-se em importantes bases, as quais
constituem um fator determinante do desenvolvimento em todos os desportos de
resistência com padrões e critérios bem definidos. O referido tipo de treino pressupõe
que o desenvolvimento das condicionates de força, associado à modalidade em questão,
seja assegurado para que seja efetivamente eficaz. Assim, é essencial compreender os
principais critérios de uma forma eficaz e correta da aplicação do treino da força
resistência, os quais conferem uma orientação sobre os principais grupos musculares,
equilibrando os agonistas e antagonistas, com um controlo do efeito fisiológico, bem
como apresentam uma identidade associativa entre as formas de treino e os modelos
característicos da competição (como é o caso de alguns atletas/clientes que são
desportistas de alta competição). A força velocidade ou potência é uma das principais
formas particulares da força resistência e apresenta um enorme destaque para todos os
desportos em que se realizem, durante bastante tempo, movimentos efetuados em força
velocidade ou os designados movimentos explosivos que contribuem, de certa forma,
para a determinação da qualidade da performance.
Respeitando a elaboração dos conteúdos de treino de forma harmoniosa e
assegurando o controlo regular da repetição, através da documentação que analisa e
contabiliza os exercícios realizados (Plano de Treino), qualquer indivíduo consegue um
treino de força eficaz.
3.1.2. Prescrição do Treino de Força na Formação Interna
Como já foi evidenciado, a força constitui, em quase todos os desportos, um
fator crucial da performance específica, através de um treino sistemático que tenha por
base a aplicação de métodos de treino eficazes e que abranja a força em função das
capacidades inerentes à condição física e da adaptação anatómica.
14
O treino de força é um método importante e exequível no desenvolvimento da
estrutura esquelética e da massa muscular com fim à melhoria das capacidades
funcionais dos indivíduos e, consequentemente, da aptidão física em geral das
populações (Nicholas et al., 2009).
Para a prescrição de um exercício de força é fundamental proceder-se
previamente a uma avaliação física dos indivíduos. A avaliação física serve para ajudar
a conhecer as características morfológicas e fisiológicas do indivíduo e, desta forma,
adaptar um programa de treino com determinados objetivos bem definidos. É essencial
conhecer bem o indivíduo, as suas limitações e motivações, para se prescreverem os
exercícios.
Para um público-alvo com uma boa avaliação física (sem quaisquer
restrições médicas)
Os treinos são, em geral, constituídos por um macrociclo de três meses
onde se inserem duas unidades de treino que contemplam a adaptação,
necessária à familiarização dos indivíduos em questão a cada tipo de exercício
que irão efetuar nos testes de IRM. Só assim será possível a instrução de todos
os indivíduos sobre qual o método que se irá aplicar à posterior (Kraemer e Fry,
1995).
A prescrição do exercício contempla, segundo Wilmore e Costil (1994),
quatro fatores básicos: o tipo de exercício, a frequência de participação, a
duração do exercício e a intensidade do exercício.
O tipo de exercício a colocar em prática é então de acordo com a
avaliação física de cada indivíduo de forma a evitar eventuais lesões, quer dos
tendões e ligamentos, quer dos músculos. O processo de treino promove
adaptações fisiológicas que estão relacionadas com os efeitos que as cargas de
treino atribuem ao organismo, controladas sempre pelo volume, velocidade e
intensidade do treino.
Foi com base nas três leis do treino de força de Bompa e Cornacchia
(2000) que estruturamos as prescrições de treino. A primeira lei diz respeito à
flexibilidade articular, até porque a maioria dos exercícios de força recorre aos
pesos livres, empregando, assim, toda a amplitude articular em volta das
principais articulações. A segunda lei diz respeito à estimulação dos tendões, já
que a maior parte dos indivíduos tem tendência a desenvolver grupos musculares
15
muito específicos sem fortalecerem primeiramente o seu sistema de suporte. Não
nos podemos esquecer que os tendões e os ligamentos podem aumentar de
diâmetro se forem trabalhados para tal, desde que se desenvolva um programa
de treino com cargas baixas, ou moderadas, durante os dois primeiros anos de
treino. A terceira lei diz respeito ao desenvolvimento da zona core, pois um
pobre e, consequentemente, ineficaz, desenvolvimento representa um fraco
sistema de suporte para um trabalho mais intenso dos membros superiores e
inferiores.
Sabendo que o volume de treino é, também, um fator preponderante, é
necessário quantificá-lo e, para isso, há que contemplar a duração ou tempo do
treino, em horas, o número de kg/toneladas levantado/as por treino ou fase de
treino, o número de exercícios por sessão de treino e o número de séries e
repetições por exercício ou por sessão de treino (Kraemer e Fleck (1997, cit por
Weineck, 2002).
Como já anteriormente referido, a intensidade do exercício é outro fator
básico. Segundo Castelo et al. (1998) a intensidade do exercício pode ser
definida pela quantidade de trabalho realizado na unidade de tempo. Assim, as
repetições por série, a potência e a velocidade do exercício, para além da
densidade, ou seja, a relação entre a duração do esforço e a duração das pausas,
são preponderantes para um correto e eficaz programa de treino.
Relativamente aos planos de treino de força-resistência, nestes são
utilizados os métodos de treino em circuito, uma vez que aumentam a força, a
resistência muscular, a potência e a resistência cardiorrespiratória. Segundo
Raposo (1987, cit por Weineck, 2002), o treino em circuitos implica, num
somatório de doze exercícios, três índices de dificuldade:
Circuito simples (constituído por exercícios em que só é utilizado o peso
corporal ou objetos leves, representando 20%-30% das possibilidades
máximas);
Circuito médio (constituído por exercícios realizados com cargas de
30%-50% da força máxima);
Circuito difícil (constituído por exercícios realizados com cargas >50%
da força máxima).
16
Estes índices de dificuldade são medidos pela componente de aptidão
física, através de testes da resistência cardiorrespiratória, composição
corporal, força muscular, resistência óssea, flexibilidade e equilíbrio.
Para um público-alvo idoso
Com o decorrer do tempo, o ser humano vai assistindo a um decréscimo
natural da sua massa muscular, designado por sarcopénia. Em resultado de um
desuso do sistema musculosquelético, e consequente atrofia muscular, a
inatividade física potencia a sarcopénia.
Segundo o American College of Sports Medicine (1998, cit por Tavares,
2003), o exercício traz benefícios de saúde, nomeadamente no que respeita à
redução dos fatores de risco associados às doenças cardiovasculares, à diabetes,
à osteoporose, entre uma outras variadíssimas patologias. Os referidos
benefícios de saúde traduzem-se em significativos ganhos de massa muscular
que conferem adaptações que melhoram a capacidade funcional dos idosos, com
repercussões muito positivas na sua qualidade de vida.
A prescrição de treinos de força para indivíduos na terceira idade deve,
segundo Tribess e Virtuoso (2005), basear-se na modalidade apropriada, a
intensidade, a duração, a frequência e a progressão da atividade física, com o
propósito de minimizar as alterações fisiológicas e de otimizar a capacidade
motora, para promover os benefícios nos diferentes níveis físicos, psicológicos e
sociais. Assim, é fundamental desenvolver, juntamente com um trabalho de
força e resistência, trabalhos de aeróbia, de flexibilidade, de equilíbrio e de
agilidade. Para tal, segundo o American College of Sports Medicine (2010), a
frequência de uma sessão de treino para idosos deve respeitar os quatro
seguintes princípios:
Iniciar a sessão com exercícios de aquecimento, com uma
duração de cerca de 5-10 minutos – exercícios aeróbios e de
resistência muscular numa intensidade baixa (≤ 40% de V(O2)
máximo) e/ou numa intensidade moderada (40%-60% de V(O2)
máximo) para preparar o organismo para a fase seguinte;
17
Condicionamento físico, com uma duração de 20-60 minutos –
exercícios de aeróbia, de força e neuromusculares (equilíbrio e
agilidade);
Retorno à calma física, com uma duração de cerca de 5-10
minutos;
Alongamentos, com uma duração de, pelo menos, 10 minutos.
A implementação de estratégias já existentes e devidamente
documentadas, bem como a criação de novas estratégias com o intuito da
promoção da qualidade de vida dos idosos é muito importante não só para a
saúde individual como para a saúde pública, uma vez que possui um cariz social.
3.2. Atividades Desenvolvidas Neste ponto são descritas as principais atividades desenvolvidas durante o
estágio curricular, compreendidas entre os dias 9 de outubro de 2014 e 30 de junho de
2015, de acordo com os objetivos gerais e, em especial, os específicos, delineados
inicialmente e reajustados pontualmente por necessidades da própria entidade
acolhedora.
O planeamento das várias atividades desenvolvidas foi sendo, paulatinamente,
elaborado aquando das reuniões de estágio que se realizaram. As referidas reuniões
proporcionaram-me, para além de uma aprendizagem num mais correto planeamento,
um desenvolvimento mais assertivo no processo de organização, bem como as
metodologias e os métodos para o cumprimento das atividades propostas, uma vez que,
segundo a prática do PHIVE, o processo de intervenção/prescrição de treino, para os
estagiários de estágios curriculares, só é possível através da observação ou de shadow.
Assim, foi proposto, e aceite pela entidade acolhedora, um método “teatral” do processo
de intervenção/prescrição de treino a elementos do staff/Coaches onde estes simulavam
como se fossem clientes novos.
Ainda que numa forma essencialmente de shadow, de certa forma, o método
“teatral”, proposto pelo meu tutor de estágio, contribuiu bastante para a minha
motivação e para o cumprimento na íntegra dos objetivos específicos.
18
3.2.1. Atividades em Observação
As atividades por mim
observadas foram a todas as
modalidades das aulas de
grupo desenvolvidas no
PHIVE, à exceção das que se
destinam a crianças (Natação
kids, Estrelas do mar e
Yoguitos). Tive o prazer de
ter um primeiro contacto com
as seguintes modalidades:
YOGA (apesar de ser uma
modalidade com alguns anos, ainda não a tinha experienciado), TRX (aulas de 45
minutos), OPENBOX (aulas de 60 minutos), KANGOO PHIVE (aulas de 50 minutos).
FLYOGA (aulas de 60 minutos) GRIT SERIES (aulas de 30 minutos), CXWORX (aulas
de 30 minutos), CROSSPHIVE (aulas de 60 minutos), BOOTCAMP (aulas de 45 ou 60
minutos) e BORN TO MOVE (aulas de 45 minutos). Para além da observação das aulas
de grupo, tive a oportunidade de participar/treinar como utente, o que me permitiu uma
melhor aquisição dos seus conceitos e uma ampliação dos meus conhecimentos no que
aos desportos de academia diz respeito.
Numa reflexão sobre a observação das aulas de grupo, foi, e é, muito importante
o trabalho de análise de movimentos corporais, sempre de acordo com a música a
acompanhar, sincronizando-os com a batida e o ritmo da mesma, para que tenha a noção
das corretas e/ou incorretas posturas corporais dos vários utentes.
Relativamente à observação das avaliações físicas a utentes, pude constatar que
as avaliações físicas são baseadas num questionário, como a anamnese, fatores de risco,
Physical Activity Readiness Questionnaire, avaliação atropométrica, perímetros e
pregas adiposas.
Também acompanhei o gerente da sala de musculação/cárdio, observando-o a
executar o spotting, que consiste em interagir com o cliente, ao nível visual, verbal e
tátil, transmitindo assim a informação necessária e de forma mais simplificada possível
ao mesmo tempo que se motiva o cliente, e por vezes ajudava-o a manter a sala
arrumada, colocando as máquinas nas posições corretas. Ainda na referida sala, com a
Figura 8 – Aula de Flyoga
19
devida permissão de alguns dos clientes, pude acompanhar alguns Coaches nos Treinos
Personalizados, quer a jovens, quer a idosos.
3.2.2. Atividades em Coorientação ou Shadow As atividades shadow só foram possíveis em dois momentos de ação
promocional da pré-abertura do novo PHIVE Celas Fitness Club, uma vez que, não
integrando a Equipa Coach não me era permitido desenvolver tal atividade em contexto
de ginásio, e só assim, em espaço aberto, de cariz promocional, o foi possível. Foi uma
experiência fantástica que me ajudou a ultrapassar o receio e a timidez de estar num
palco, ainda que num papel secundário, funcionando como sombra, era mais um
“instrutor” no palco As atividades foram no âmbito das modalidades de ZUMBA e de
STEP.
3.2.3. Atividades de Intervenção (em método “teatral”)
Como foi supracitado, o processo de intervenção/prescrição de treino, para os
estagiários de estágios curriculares, no PHIVE, só é possível através da observação ou
de shadow, pelo que o meu tutor de estágio, Dr. Tito Correia, propôs que eu
prescrevesse exercícios a vários membros da equipa Coach, quando estes estivessem
Figura 9 – Sala de musculação Phive Lágrimas
20
disponíveis, ou até mesmo de outros elementos do staff, passando-se por hipotéticos
clientes, com diferentes características morfológicas e fisiológicas.
No que ao processo de intervenção da elaboração de Planos de Treino para aulas
de grupo diz respeito, foi-me proposto a elaboração de um Programa de Treino para
uma semana da modalidade de CROSSPhive (cujos Planos de Treino se encontram em
anexo no Dossier). Neste caso, tive de seguir os métodos e procedimentos das aulas de
grupo.
Antes de cada aula efetua-se um followup, no sentido de angariar possíveis
participações para a sua aula. O instrutor deverá estar pronto para a aula dez minutos
antes da mesma. Interagir com os sócios que estejam na musculação com o intuito de os
puxar para a aula. Deverá verificar o sistema de som, ar condicionado, e todas as
condições para o decorrer de uma boa aula. Deve precaver-se com pilhas suplentes.
Deve ter certezas das suas condições físicas e psicológicas para ensinar. Deve receber as
pessoas à porta e dar as boas-vindas. Começar a aula no horário certo. Apresentar-se, e
se existir alguém novo, dar-lhe indicações básicas. Verificar se existem limitações ao
nível de saúde por parte de algum membro. Se existir uma pessoa grávida ou com uma
lesão, aconselhar a um especialista para uma opinião profissional.
Durante a aula, de preferência dar a aula de frente para os seus alunos e em cima
do palco, salvo raras exceções nomeadamente, aula com lotação máxima de dez pessoas
em que poderemos descer do palco para estarmos mais próximos. Conhecer e
comunicar com todas as pessoas que tem pela frente. Instruir segundo os princípios do
programa. O PHIVE não aconselha toque físico, se o fizer deve pedir a autorização do
membro. Instruir de uma forma lógica segundo o tipo de aula e coreografia. Oferecer
sempre ao membro uma opção válida de forma a trabalhar no seu nível indicando
exercícios alternativos.
Depois da aula, agradecer a presença de todos os participantes e mostrar-se
disponível para dúvidas e feedbacks. Fazer a despedida na porta fazendo o transfer para
a sua próxima aula criando um compromisso com o membro. Ficar disponível para
confraternizar com os membros no final das aulas. Deixar o estúdio bem arrumado.
Fazer folowup das pessoas que não comparecem nas aulas há algum tempo.
21
3.2.4. Atividades Complementares – Divulgação e Promoção do PHIVE Celas Desde o meu primeiro dia de estágio que soube da expansão física da minha
entidade acolhedora, com um novo Fitness Club, em Celas. Com data prevista de
abertura no início do mês de março de 2015, houve todo um processo de marketing, do
qual eu fiz parte, estando na loja de divulgação e promoção do PHIVE Celas, no
GOLDEN Shopping Center, no período compreendido entre outubro de 2014 e janeiro
de 2015, com o intuito de dar a conhecer as novas modalidades do PHIVE, só existentes
no PHIVE Celas, a saber, TRX, OPENBOX, FLYOGA, CROSSPHIVE, BOOTCAMP e
BORN TO MOVE.
Para além de ter estado no espaço Loja Phive, também integrei a equipa de
distribuição de flyers nos pontos estratégicos da cidade de Coimbra (Pólos I, II e III da
Universidade de Coimbra; Centros comerciais; Zonas centrais de aglomeração
populacional).
3.2.5. Reuniões de Estágio Nas reuniões de estágio com a Coordenadora do estágio curricular, Professora
Doutora Teresa Fonseca, debateram-se os seguintes pontos: orientação do processo de
estágio do grupo de alunos estagiários, informações individuais acerca das avaliações
intercalares; clarificação e análise de alguns aspetos decorrentes dos estágios em curso,
bem como das atividades inerentes aos mesmos; esclarecimento de dúvidas sobre os
relatórios que os estagiários teriam de elaborar no final do semestre; ponderação das
avaliações intercalares dos tutores de estágio, realçando os aspetos que os alunos foram
melhorando, bem como eventuais constrangimentos decorrentes.
As reuniões de estágio com o Tutor do estágio curricular, Dr. Tito Correia,
prenderam-se com: caracterização, história, organização e valores da empresa;
regulamento interno e de funcionalidade do PHIVE; organização e gestão do trabalho;
organização e abordagem dos serviços; fluxograma de entrada do sócio; avaliações
físicas e reavaliações físicas; prescrição do treino; abordagem de serviços; metodologia
do treino de força; fisiologia do exercício; métodos e protocolos de treino; periodização
do treino; serviço Phive Coach; nutrição básica; técnicas de venda; resistência manual;
técnicas de spotting; alongamentos assistidos; conceitualização das aulas de grupo;
22
métodos e procedimentos das aulas de grupo; trainning meeting. Além disso, houve
sempre momentos para pontuais esclarecimentos de dúvidas e troca de ideias/opiniões
com o objetivo de gerar uma ótima prestação das atividades a desenvolvidas e a
desenvolver.
24
Reflexão Final
A promoção de boas práticas do exercício físico, baseadas na saúde e bem-estar
é uma tarefa crucial que deve caber só a um técnico superior de desporto. É
fundamental existir, cada vez mais, profissionais devidamente qualificados nesta área,
para conseguirem satisfazer as necessidades dos indivíduos e acompanhar as
“modas”/”tendências” de uma forma saudável, motivadora e coerente com o público-
alvo.
De todos os objetivos gerais deste estágio curricular destaco o aprofundar de
competências que habilitem uma intervenção profissional qualificada, por considerar
que este objetivo é o mais aglutinador de todos os objetivos específicos. Creio que, no
cômputo geral, o objetivo foi alcançado, dadas as excecionais condições do ginásio,
quer a nível de gestão, quer a nível a nível do próprio espaço físico, que me permitiram
observar e participar na gestão e no marketing, fazendo campanha de divulgação e
promoção do PHIVE Celas, observar o personal training e participar como cliente, bem
como observar e participar, como aluno, em todas as modalidades de aulas de grupo que
nele existem, vinte e oito modalidades, ( ) dando-me ainda mais conhecimentos, para
além de forma a desenvolver as competências desejadas.
O meu estágio curricular permitiu-me explorar novas realidades profissionais
que estão na liderança da área de bem-estar e de fitness, tanto ao nível técnico, da gestão
de marketing e, principalmente, ao nível da gestão dos recursos humanos, criando a
oportunidade de uma remuneração com base num trabalho por objetivos. Sei que não é
comum uma intervenção tão ativa nesta área enquanto estagiário e que tal também se
deveu ao oportuno momento de abertura de mais um centro do grupo PHIVE.
Contudo, os objetivos não foram plenamente alcançados porque na vertente de
intervenção real, tanto na de prescrição de treino, como na de aulas de grupo, fiquei
limitado uma vez que só me permitiram faze-la em três momentos no último mês de
estágio, ainda que me tenham aceite no inicio do ano, segundo as condições do IPG e os
objetivos definidos no inicio do ano, por eles assinadas, obrigatórios para alcançar a
classificação em todos os parâmetros. Assim, considero que fiquei um pouco
prejudicado. Porém, através do método “teatral”, utilizado para colmatar esta lacuna,
pude prescrever treinos para profissionais, permitindo-me que as várias prescrições que
fazia fossem avaliadas e, se necessário, corrigidas à medida que o treino prosseguia, o
25
que não seria possível numa situação verídica. O mesmo se refere às duas aulas de
grupo, de ZUMBA e de STEP. Quero com isto dizer que até considero que este método
“teatral” é o método mais assertivo na correta aquisição de competências numa fase
inicial, que me permitem obter uma melhor qualificação profissional, mas que deveria
ter sido substituído por situações reais a meio da fase de intervenção do Plano de
Estágio.
De todas as minhas atividades, par além da de gestão e marketing, foi na sala de
musculação/cárdio onde eu mais aprendi, com os particulares destaques da componente
de organização de tarefas e do auxílio aos utentes em cada máquina, sem comprometer a
interação com o cliente, ao nível visual, verbal e tátil, transmitindo assim a informação
necessária e de forma mais simplificada possível ao mesmo tempo que se motiva o
cliente, ou seja, sem comprometer o spotting. Inicialmente tinha grandes dificuldades
em acompanhar o gerente de sala de musculação, pois existiam muitas variáveis a
observar, desde o manter a sala organizada, corrigir posturas, sendo o mais sintético
possível, e ao mesmo tempo estar atento para o resto da sala. Para conseguir verificar o
que o treinador fazia antes, durante e depois de uma aula, tive dificuldade em
acompanhar todos os tópicos.
Como se sabe, atualmente, assiste-se a um aumento da população idosa e,
consequentemente, uma maior afluência desta população aos ginásios, pelo que o
incentivo à adoção de estilos de vida saudáveis e o combate ao sedentarismo pode ser
apoiado numa perspetiva pessoal e familiar. Ainda que o conceito do PHIVE Celas, com
a criação do espaço GROWUP, para crianças, permita que, num mesmo espaço, ao
mesmo tempo, se possa ter uma família inteira em atividade física, avós, pais e
netos/filhos, o PHIVE Lágrimas está mais bem adaptado à realidade dos idosos. Não
descorando que com o conceito do design seja uma ferramenta básica do marketing, até
porque num Health Club a procura da melhoria da imagem é a chave da porta de
entrada, é necessário inovar sempre a pensar em todo o público-alvo. Sendo o principal
público-alvo do PHIVE Celas universitário, a zona residencial de Celas tem uma densa
população de idosos, o que também torna este ginásio um dos locais de escolha, e pude
constatar que o mesmo não está adaptado a este público, em regra, com mobilidade
bastante reduzida. Digo isto porque o acesso dos clientes à zona Cardio só se faz através
de escadas, extensas e de material metálico, com uma difícil perspetiva de
profundidade, inadmissível num ginásio tão recente e com um projeto de conceção.
27
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Anamenese Sim Não Observações Fumador Medicação Suplementos Lesão Intervenções Cirúrgicas Atividade Praticada Anteriormente Dor ao Praticar Atividade Física Fatores de Risco
Sim Não Observações Asma Diabetes Historial Familiar Sinais de Doença Pulmonar ou Cardíaco
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PAR-Q (Physical Activity Readiness Questionare)
1. Algumas vez o seu médico lhe disse que tinha problemas cardíacos e que apenas devia praticar atividade física recomendada por um médico?
2. Sente dores no peito quando faz atividade física?
3. No mês passado, sentiu dores no peito enquanto não fazia atividade física?
4. Perde o equilíbrio devido a tonturas ou alguma vez ficou inconsciente?
5. Tem algum problema ósseo ou articular que pode piorar devido a uma mudança
na sua atividade física?
6. Atualmente, o seu médico prescreveu-lhe algum medicamento para a pressão arterial ou para problemas cardíacos?
7. Conhece qualquer outra razão pela qual não deva praticar atividade física?
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7
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Tabela de Avaliações dos Perímetros Prímetros Valores(cm)
Avaliações Lado direito Lado esquerdo 1º 2º 3º 1º 2º 3º
Torácico Cintura Anca Braço
relaxado
Braço contraído
Crural Geminal
Abdominal
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Tabela de Avaliação de Pregas Adiposas
Pregas adiposas
Valores (cm)
Avaliações Lado direito Lado esquerdo 1º 2º 3º 1º 2º 3º
P. tricipital P. bicipital
P. supra ilíaca
P. abdominal
P. crural P.
subescapular
P. geminal P. peitoral
P. ílio cristal