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Mapas Mentais - Enriquecendo Inteligências - idph.com.br · Mapas mentais: Walther Hermann e Viviani Bovo Ilustrações: Viviani Bovo, Rafael Bovo, Anderson Freitas dos Passos

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MAPAS MENTAIS

Enriquecendo Inteligências

Manual de aprendizagem e desenvolvimento de inteligências:captação, seleção, organização, síntese, criação e

gerenciamento de conhecimentos

Walther Hermann&

Viviani Bovo

2005

2a Edição

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Capa: Kellyn Yuri Teruya, Gilson da Silva Domingues ePietro Teruya Domingues

Editoração e fotolitos: Join Bureau

Impressão: Art Color

Mapas mentais: Walther Hermann e Viviani Bovo

Ilustrações: Viviani Bovo, Rafael Bovo, Anderson Freitas dos Passose Bruna Meirelles

Foto: Rafael Bovo (2a capa)

Revisões: 1a revisão: Cleide Vieira de Queiroz Cabral2a revisão: Hebe Ester Lucas3a revisão: Danae Stephan

Elaboração e edição: Walther Hermann e Viviani Bovo

Direitos reservados: Walther Hermann e Viviani Bovo

2a Edição

Hermann, WaltherMapas mentais : enriquecendo inteligências : captação, seleção, or-

ganização, síntese, criação e gerenciamento de informação / WaltherHermann, Viviani Bovo. – Campinas, SP, 2005.

ISBN: 85-87778-07-2

1. Aprendizagem 2. Psicologia da aprendizagem I. Hermann,Walther. II. Título.

05-4079 CDD-370.1523

Índice para catálogo sistemático:

1. Mapas mentais : aprendizagem : Psicologia educacional 370.1523

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

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Índice

Abertura

Prefácio da Segunda Edição .............................................................. IX

Prólogo ................................................................................................ XIII

Dedicatória .......................................................................................... XV

Primeira Parte – Fundamentos

Introdução .......................................................................................... 3

Aprendendo a Aprender ................................................................... 21

Mapas Mentais – Apresentação e Exemplos ................................... 79

Segunda Parte – Desenvolvendo Habilidades

Memorização ...................................................................................... 109

Comparação, Classificação, Analogias e Metáforas ...................... 147

Ordenação e Hierarquia de Informações ....................................... 165

Refinando sua Capacidade de Síntese ............................................. 189

Ilustrações ........................................................................................... 213

Resgatando sua Criatividade ............................................................ 237

Mapas Mentais – Elaboração ........................................................... 265

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Índice • VII

Terceira Parte – Conteúdos Complementares

Apêndice 1 – Para Pais, Educadores e Professores ......................... 303

Apêndice 2 – Elaborar Mapas Mentais:Melhor à Mão ou em Software? .............................. 313

Apêndice 3 – Programa de Enriquecimento Instrumental .......... 323

Apêndice 4 – Inteligências Múltiplas .............................................. 333

Apêndice 5 – Autocinética – Focalizando sua Mente .................. 337

Conclusão ................................................................................................... 345

Encerramento

Bibliografia ......................................................................................... XVII

Links úteis na Internet ...................................................................... XX

Sobre os autores ................................................................................. XXI

Atividades do IDPH .......................................................................... XXVI

Obs.: Para compreender melhor como ler este livro fora da ordem seqüencial,consulte previamente o fluxograma da página 83.

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Terceira Parte

Conteúdos Complementares

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Apêndice 1

Para Pais, Educadores e Professores

Este livro não foi escrito para crianças. Foi elaborado principalmente paraque adultos possam resgatar algumas qualidades e competências muito úteis,próprias das crianças. Foi também projetado para que pais, educadores e pro-fessores possam capitalizar tais capacidades das crianças com o objetivo deprepará-las para serem adultos mais versáteis e mais competentes do que nós.

O universo original de conteúdos, com os quais nosso cérebro trabalhaconscientemente, conforme já tratamos, não é a linguagem. Ele é constituídodas informações que recebemos através dos sentidos: imagens (visão), sons(audição), sensações (tato), odores (olfato) e sabores (paladar). Por outro lado,a incompreensível capacidade que os seres humanos possuem de aprender pre-parou-nos para receber outros tipos de informações, entre as quais podemosidentificar a cultura, o conhecimento, a lógica, os condicionamentos –esses sim, relacionados com a linguagem.

Especialmente para nós, ocidentais, cuja linguagem é estruturada a par-tir de alfabetos lineares com os quais construímos nossa comunicação se-qüencial, os mapas mentais (com suas palavras-chave, ilustrações, vínculosde conexão de informações e hierarquia) são extremamente úteis como umrecurso complementar. Eles nos ajudam a resgatar uma agilidade infantil delidar com o conhecimento mais direto propiciado pelas palavras-chave e pe-los desenhos, ilustrações, símbolos e idéias mais simples, sem termos que iden-tificar ou procurar as informações importantes num texto corrido, própriasdo discurso. As formas ocidentais de estruturar a linguagem (típicas do pro-cessamento lógico do hemisfério cerebral esquerdo) são bastante diferentesda linguagem ideogrâmica dos chineses e japoneses, na qual as unidades lin-güísticas encerram idéias completas – tipicamente associadas a um estilo deprocessamento cerebral de hemisfério direito, segundo alguns modelos teóri-cos correntes entre educadores.

Por Walther Hermann

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Assim, para uma criança que já possui o hábito de desenhar, principal-mente se fizer isso durante a aula, pode ser uma excelente tática convidá-la autilizar tal habilidade para desenhar algo que represente os conteúdos da aula.Dessa forma, estaremos ajudando-a a adquirir ou memorizar o conhecimen-to desejado, em lugar de desestimulá-la, exigindo-lhe que preste atenção e quecopie o que está sendo ditado ou registrado no quadro negro.

Pense em quantos de nós aprenderam a desenhar homenzinhos, árvores,casinhas, paisagens simples e, no fim das contas, estacionamos nessas repre-sentações infantis, abdicando do desenvolvimento da habilidade de lidar coma linguagem ilustrativa em favor do aprendizado da linguagem escrita, con-siderada séria e precisa – com isso, talvez, desprezando um importante recur-so de memorização que é a imaginação.

Em cada seminário que ministramos, podemos encontrar, entre muitosadultos, aqueles que se arriscam com certo esforço a recordar-se dessa épocaem que estacionaram, tentando desenhar aquelas mesmas casinhas, árvores,sóis e passarinhos de sua infância. Não há nada de errado em um adulto ela-borar desenhos infantis, exceto a evidência do poder inibidor que a educaçãoformal tem em desestimular o indivíduo a amadurecer também outras for-mas de expressão além da linguagem escrita.

Assim, interrompemos o amadurecimento dessa forma de expressão pic-tórica, que certamente constitui uma linguagem mais acessível ao nosso cére-bro, em favor de nos adaptarmos às exigências escolares (paralisantes dessetipo de linguagem mais espontânea) de desenvolvimento da lógica linear eseqüencial, tão árida como é, essencialmente processada pelo hemisfério cere-bral esquerdo (segundo os mesmos modelos de compreensão do funcionamen-to cerebral).

Não pretendo crucificar aqui o modelo educacional vigente, mas desejoapenas alertar para a necessidade ou oportunidade de não desperdiçarmosalgumas competências normais das crianças que, durante a fase adulta, po-dem levar anos para serem resgatadas. Por que não aproveitarmos essas ten-dências naturais próprias das crianças para aumentar a taxa de desempenhoeducacional de nosso modelo escolar? Lembre-se das estatísticas obtidas na-quela pesquisa da Utah University apresentadas na página 23.

Pense a respeito daqueles alunos possuidores de bom desempenho deaprendizagem, especialmente aqueles que pouco se dedicam aos estudos for-mais fora dos horários escolares, e avalie seus procedimentos de registro deinformações e estudo e suas estratégias de recordação: possivelmente você irádescobrir que esse é um indivíduo menos “formatado”, “bloqueado” ou influen-ciado pelas intervenções educacionais tradicionais. Provavelmente ele se uti-

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liza intuitivamente de formas complementares de organização e registro deinformações que podem assemelhar-se muito às técnicas tratadas neste livro,mesmo que tenha aprendido isso empírica ou intuitivamente.

Existem diferentes estilos de aprendizagem, isso é fato já exaustivamentepesquisado e comprovado. Cada um desses estilos catalogados por diferentesmetodologias obtém melhores resultados utilizando-se de variados recursos defocalização ou desfocalização de estados de atenção. Há crianças ou adolescentescom ótimo desempenho nos estudos que desenham durante grande parte da aula.Por que não poderiam ser convidados a participar mais ativamente dos recur-sos de ensino em sala de aula, utilizando-se de suas habilidades para elaborardesenhos que contivessem suas formas de representar os conteúdos da aula?

Dessa forma, tais estudantes, além de valorizados (preservando-se suaauto-estima e demonstrando-se respeito por seus dons e interesses naturais),poderiam contribuir para o enriquecimento de todos os alunos, à medida quecompartilhassem suas idéias e ilustrações. Creio que, em muitas ocasiões, al-guns casos de indisciplina começam no descaso de professores em relação aosrecursos e mecanismos pessoais dos alunos em aprender. Freqüentemente, casosejam repreendidos por desenhar durante a aula (por mero desconhecimentode seus professores, que vivem em busca de disciplina e “atenção” dos estu-dantes), esses alunos podem interromper seus métodos de foco de atenção e,provavelmente, o seu rendimento nessa matéria será prejudicado.

Há jovens que estudam com a televisão ligada, ao mesmo tempo escu-tam o aparelho de som e, quem sabe, enquanto também pensam ou desenhamsuas ilustrações. E caso retire-se alguma dessas fontes de estimulação, ou to-das elas, sua concentração cai juntamente com seu desempenho escolar! Acre-ditamos que esses alunos poderiam ser convidados a elaborar músicas, poesias,desenhos etc. que contivessem o conteúdo de estudo desejado, cooperandopara o aprendizado, a integração e o desenvolvimento de todos os alunos daclasse (como no caso de muitos professores de cursinho que fazem uso de taisrecursos para melhorar o desempenho de seus alunos – encenações, palhaça-das, versos, músicas, brincadeiras etc. –, profissionais bastante inovadorespara os quais não existe crise de salários).

De fato, conseguir a inclusão dos alunos mais rebeldes pode ser umaexcelente estratégia para conquistar mais confiança, cooperação e sucesso detoda a turma. Milton Erickson, um famoso médico psiquiatra americano, diriaque devemos descobrir formas de encontrar funções úteis para os nossos li-mites ou dificuldades, ou “fazer do limão uma boa limonada!” Para compreen-der melhor essa proposta de ressignificação, leia a seção Refinando suaCapacidade de Síntese, na pág. 189.

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Tais conjecturas podem parecer absurdas, mas há alguns argumentosfavoráveis:

a) Quanto tempo perde-se tentando obter a atenção dos alunos, con-seguir ordem ou silêncio na sala ou resolvendo problemas de indis-ciplina?

b) Não valeria a pena arriscar tais sugestões, até podermos medir aspossíveis variações nas taxas de retenção dos conteúdos tratados, ounas notas médias de cada turma, ou mesmo no índice de aprovação?Não seria extremamente comprometedor fazer tal experiência comuma turma mais difícil, já que os resultados de se continuar nas es-tratégias antigas são usualmente previsíveis.

c) No caso dos professores de cursinho, alguns trabalham com salas demais de cem alunos! Os mais famosos e carismáticos elaboram músi-cas com os conteúdos da matéria em questão, outros fazem palha-çadas oportunas etc., para conseguir atrair a atenção e o interessede seus alunos, como se fossem artistas (e quem sabe, de fato, sejam).Eles obtêm de seus alunos, em apenas um ano, um grau de retençãodos conhecimentos desejados muito superior àquele obtido nos trêsanos do ensino médio!

Há mais exemplos ainda, como o caso dos professores de literatura queamam o que fazem ou conhecem e que conseguem despertar a paixão de seusalunos pela poesia e pela leitura. Por que não aproveitar o hábito de falar ouconversar de alguns alunos para estimulá-los a preparar histórias que sejamcontadas à turma, enquanto divide-se a responsabilidade de ensinar, apro-veitando de cada indivíduo o que ele tem para dar, enquanto muda-se o pa-pel do professor para o de coordenador das atividades de aprendizado? Essaé uma das doutrinas mais modernas a respeito da condução de grupos, jásuficientemente testada em diferentes contextos.

Talvez devamos repensar a verdadeira função da escola nessa época emque o conhecimento tornou-se volátil, isto é, a cada instante, um cientista emalgum lugar do planeta comprova que o conhecimento admitido como ver-dade até então já não serve mais para explicar o mundo e torna-se obsoleto.Enquanto nega e destrói velhos paradigmas, abre espaço para a construçãode novos.

Isso certamente influencia sobremaneira o comportamento dos profes-sores (principalmente aqueles que não têm acesso aos recursos educacionaismais modernos), cuja insegurança e dúvida vêm crescendo assustadoramente

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nos últimos anos, a ponto de alguns donos de escolas contratarem psicólogospara lidar com tal crise de identidade profissional dessa classe – pois o papeldo professor está se transformando junto com o mundo.

Devemos ter em mente a função das incontáveis vezes que uma mãe apon-ta um objeto ou animal, durante seu passeio diário com seu filho pequeno:ela não está, via de regra, interessada no objeto de atenção, mas inconscien-temente está transmitindo à criança uma estratégia de identificação de refe-renciais culturais e de foco de atenção – a dimensão subjacente do gestocomum diário é o estabelecimento de padrões de comportamento cognitivose o exercício de suas “ferramentas”.

Em cada oportunidade que um pai estimula seu filho a lembrar-se de umaexperiência ou memória recente, ou não, está treinando-o a estruturar suaslembranças numa seqüência ordenada, que proporcionará à criança a noçãode temporalidade, estabelecida também na linguagem.

Assim, constatamos que a maior parte do conhecimento adquirido nasfases escolares iniciais terá que ser adaptado às necessidades diárias de umadulto. Também é evidente que o conhecimento está cada vez mais disponívelpara quem o desejar ou necessitar. Portanto, há certos objetivos muito im-portantes a serem buscados do processo educacional básico formal (muito maisvaliosos que o conhecimento formal, numa perspectiva de longo prazo):

❑ Aprender a aprender (óbvio e, no entanto, tão pouco almejado!);❑ Nivelar e homogeneizar os parâmetros culturais e comportamentos

sociais, de modo que os educandos possuam referências comuns quelhes permitam relacionarem-se na comunidade;

❑ Oferecer um ambiente saudável no qual as crianças possam exerci-tar suas competências relacionais e sociais.

Serão essas as diretrizes das escolas do futuro? Há vários casos e exem-plos práticos que validam tais proposições, especialmente porque seus alunostornam-se cidadãos melhores e mais íntegros.

Levando-se em conta todo esse cenário, os mapas mentais podem tor-nar-se úteis enquanto um poderoso recurso que nos permite cultivar ou res-gatar e integrar diferentes formas de lidar com a informação e a linguagem,tanto lógica e linear (como nos é tão familiar) quanto simbólica, pictográficae ilustrativa – enquanto exercita a capacidade de síntese.

Quantas vezes não reforçamos o provérbio que uma imagem vale pormil palavras? Assim, à medida que essa “ferramenta” utiliza-se de diferentesestilos de registro de informações, acima de tudo será possível oferecer a tão

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alardeada liberdade de aprender, respeitando-se alguns estilos pessoais de cadaaluno. Isso representa a liberdade de escolher, em cada ocasião, o procedi-mento ou o conjunto de estratégias de representação gráfica mais adequado.

Ainda posso lembrar-me das dificuldades que tive ao enfrentar um pro-fessor de história, na escola, que utilizava uma forma esquemática de registrode informações em suas aulas e solicitava as respostas das questões nas provasnum estilo discursivo. Fui aprovado com dificuldade a cada ano, mas pudeposteriormente constatar o quanto tal aprendizado, não de história, porémde transcodificação de linguagens, ajudou-me a ser mais flexível.

Há ainda outros exemplos interessantes para pais, como a possibilidadede organizar os processos mnemônicos (de memória) de seus filhos caso cri-em o hábito de elaborar mapas mentais de histórias (que contam aos seusfilhos), de viagens, de planos de vida da família etc. Ou mesmo dar-lhes oexemplo fazendo listas de compras, de supermercado, de tarefas ou de com-promissos, pois os mapas mentais nos mostram quais são os vínculos e a hie-rarquia entre as informações, entre outros benefícios, os quais nos permitemaprender a classificar dados.

Ao aprendermos desde cedo que podemos classificar, relacionar e hierar-quizar as informações que memorizamos, certamente estaremos estruturan-do melhor a nossa memória com a finalidade de nos permitir localizar maisfacilmente os conhecimentos que desejamos. Aqui devemos ainda mencionardois processos interessantes:

1) Aprendemos um mecanismo inconsciente de ordenação de nossas me-mórias no tempo, o qual nos proporciona a noção de seqüência temporal dasnossas memórias, isto é, sabemos que aquilo que aconteceu anteontem foianteontem, e não ontem. Mesmo que a experiência tenha sido repetida. Sabe-mos que aquilo que vivemos anteontem foi anteontem, e não foi há um anoatrás, mesmo que haja um vínculo causal (como no caso de eu ter ido ante-ontem buscar o resultado de um projeto que encomendei há um ano).

Sabemos que aquilo que planejamos fazer amanhã ou na próxima segun-da-feira é para daqui a um ou alguns dias, não é para daqui a dois anos.Assim como aquilo que planejamos para daqui a dois anos é para um, doisou três anos, não é para daqui a alguns poucos dias. Essa referência temporalpode ser chamada de Linha de Tempo, e ela parece funcionar como um arqui-vo ou agenda, nos quais ordenamos nossas experiências endereçadas pelo tem-po, numa seqüência que vem do passado e vai para o futuro.

2) Aprendemos um mecanismo inconsciente que nos permite diferenciaras experiências imaginárias daquelas vividas no mundo real (e aqueles que não

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desenvolvem tal discernimento são usualmente considerados loucos). Porém,devemos ter em mente que isso é aprendido, já que uma criança, muitas ve-zes, confunde as situações vividas com aquelas imaginadas ou sonhadas. Éimportante saber que o nosso “cérebro”, em si mesmo, não sabe fazer tal dife-renciação, o que já foi bastante comprovado por várias pesquisas. Há atéalgumas utilidades para essa confusão, uma delas muito usada na psicologiado esporte. Quando um atleta realiza um gesto ou movimento corporal qual-quer, seu cérebro atua ativando determinados circuitos nervosos para pro-duzir tal ação. Quer este gesto seja realizado fisicamente, quer seja apenasimaginado, a ativação nervosa é praticamente a mesma, embora em intensi-dades diferentes. É a nossa consciência que aprende a organizar tais experiên-cias e as classifica entre reais e imaginárias.

Uma pesquisa interessante com atletas foi feita escolhendo-se três gruposde candidatos que não sabiam jogar basquete. Os três grupos aprenderam etreinaram arremessos livres durante uma semana, até que obtiveram um ín-dice de acertos de aproximadamente 40%, na média; na segunda semana oprimeiro grupo continuou a treinar os arremessos e, ao final desta, atingiuuma taxa de acertos próxima dos 60%; enquanto isso, o segundo grupo rea-lizou os treinamentos de arremessos apenas na imaginação, isto é, não estive-ram na quadra nem tiveram uma bola nas mãos. E, ao final dessa segundasemana, foram testados, obtendo uma eficácia de aproximadamente 57%!O terceiro grupo passou a segunda semana sem nenhum treinamento e obte-ve apenas 25% de resultado no teste.

Como mencionamos, o fenômeno de o cérebro não distinguir experiên-cias reais das imaginárias pode ser o motivo da existência de tanto mercadopara a pornografia, o cinema etc. Quando temos um pesadelo, fazemos o nossocorpo funcionar quase como se fosse uma experiência real. Nosso sistemaendócrino é ativado de forma semelhante e os hormônios são produzidos mes-mo em situações imaginárias. Por isso a imaginação é uma “ferramenta” tãopoderosa para o aprendizado e para a psicologia do esporte, entre outros.

Você pode fazer por si mesmo uma experiência interessante para averi-guar isso. É uma típica demonstração de hipnose de palco: ela depende essen-cialmente da capacidade imaginativa do sujeito. Você pode se sentar numaposição confortável, fechar os olhos e relaxar os músculos da face e do pesco-ço; quando estiver nessas condições, comece a fantasiar ou imaginar as pálpe-bras de seus olhos bem fechadas. Estando suficientemente envolvido nafantasia, continue a imaginar a situação e tente abrir os olhos. Aqueles quecontinuam imaginando os olhos fechados normalmente encontram uma cer-

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310 • MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências

ta dificuldade em abri-los. Aqueles que param de imaginar os olhos fechadosnão têm problemas para abri-los.

Assim, poderíamos dizer que a própria noção do que é real é aprendida,já que várias culturas aborígines tratam os sonhos como se fossem tambémrealidade. Aprendemos a diferenciar as memórias das situações vividas da-quelas imaginadas por sua nitidez, pela claridade das imagens, pelo envolvi-mento de outras percepções ou pelo que chamamos de estratégia de realidade:uma seqüência de operações mentais que determinam como diferenciamos taismemórias.

Como dissemos anteriormente, há pessoas para as quais a atividade ima-ginativa é muito intensa ou especialmente lúcida. Se não desenvolverem me-canismos de marcação das experiências imaginárias, podem, com grandefacilidade, confundir realidade com fantasia – que define o limite entre sani-dade e loucura. Houve casos, descritos na bibliografia, de loucos que recupe-raram a sanidade apenas aprendendo a marcar as memórias da imaginaçãocom algum recurso imaginário adicional, tal como uma moldura especialmen-te incluída nas fantasias.

Todos nós sabemos o quanto algo inusitado, inesperado ou emocional-mente impactante pode ser registrado de forma indelével em nossa memória.Todos nós também já ouvimos o dito popular: “Quem não cola não sai daescola”. E sendo bem honesto(a) consigo mesmo(a), responda à minha próxi-ma pergunta: quem é que nunca colou ou fantasiou tal procedimento?

São muito poucos aqueles que nunca fizeram isso. Até mesmo professorescolam regularmente. Evidentemente, não chamam a consulta de seus regis-tros de cola. Mas esse não é o caso, é apenas o cenário. O interessante a obser-var são os casos de alunos que se preparam para colar e não colam. Isto é,preparam cuidadosamente um pequeno pedaço de papel com as informaçõesque desejam (material de consulta e solução de dúvidas = COLA), apenas paradescobrir que o papel ficou muito grande, ou que não coube tudo o que dese-javam. Então refazem o material diminuindo ainda mais a letra, ou escrevemem códigos. Assim, depois da terceira ou quarta tentativa de miniaturizaçãoou organização das informações... já não há mais necessidade de utilizá-la, poisela ficou registrada na memória! Há aqueles que elaboram colas somente paranão usá-las regularmente, como se fosse apenas uma “muleta”, estratégia deconcentração ou de descontração nos momentos anteriores ao exame.

Imagine se tais procedimentos fizessem parte das orientações dos profes-sores. Ensinar os alunos a elaborarem “colas”, apenas para ensinar-lhes quenão necessitariam delas, caso fizessem isso com método. O mais triste é que os

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Apêndice 1 – Para Pais, Educadores e Professores • 311

conhecimentos escolares não permanecem na memória por muito tempo, pois,em geral, a maior parte deles não está relacionada ou vinculada com as ne-cessidades e conhecimentos diários dos jovens, nem são emocionantes, nemdivertidos, nem motivantes. Pense quão maravilhoso seria se, enquanto educa-dores, pudéssemos contribuir para aumentar esse grau de retenção e resgate doque foi aprendido. Para isso também servem os mapas mentais, especialmentese utilizados com criatividade para os diferentes campos do conhecimento.

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Apêndice 2Elaborar Mapas Mentais:

Melhor à Mão ou em Software?

Mapas mentais podem ser confeccionados essencialmente de duas ma-neiras: à mão ou em software. Neste apêndice, descrevemos alguns aspectosdo processo de elaboração e comparamos vantagens e desvantagens de cadaopção. Também apresentamos o único programa de mapas mentais em portu-guês até agora, o InteliMap. Se ele não lhe atender, você poderá usar os cri-térios e diretrizes discutidos para escolher algum outro. Finalmente, umpouquinho de futurologia a favor dos softwares.

Aspectos da elaboração de mapas mentais

Uma vez que você tenha uma idéia para elaborar um mapa mental, hávários fatores que vão direcionar e regular as escolhas que fará daí em diante.

Público-alvo – A quem se destina o mapa mental, quem vai usá-lo. O per-fil do público-alvo determina algumas escolhas, como a linguagem adotada,o nível de aprofundamento, termos técnicos que podem ser usados sem defi-nição e até a qualidade do produto final.

Finalidade – Como em praticamente tudo o que fazemos, quem elaboraum mapa mental tem um propósito em mente: para uso próprio, para com-por um slide em uma apresentação, para a turma estudar, para disponibilizarem um site ou mesmo para sondar a utilidade dos mapas mentais.

Elaborado por Virgílio Vasconcelos Vilela*

* Cedido gentilmente pelo autor para este livro.

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314 • MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências

Formatação – Uma coisa é o conteúdo do mapa mental, outra é a ma-neira como esse conteúdo é apresentado. A formatação envolve cores, for-mas e estilos dos elementos.

Os padrões adotados na formatação determinam o estilo geral do mapamental, que pode ficar mais ou menos formal e sóbrio.

Ilustração – Um mapa mental pode conter somente texto. Se for ilustra-do, as imagens podem ser prontas, como clipartes e gifs, ou feitas pelo própriomapeador, à mão ou a partir da composição de imagens prontas.

Ilustrar ou não um mapa mental é uma decisão importante no processo deelaboração, porque pode requerer um tempo significativo, seja para conceber edesenhar as imagens, seja para encontrar as imagens apropriadas. Ilustrar tam-bém pode aumentar as dimensões do mapa mental, o que afeta sua diagramação.

Diagramação – Diagramar algo está relacionado a distribuir conteúdosem um espaço limitado, como o texto deste livro. Quando elaboramos mapasmentais, uma das diretrizes é colocar o máximo de conteúdo no mesmo espa-ço visual. Como as mídias são limitadas, precisamos adequar o mapa mentalao espaço disponível.

Este é outro aspecto sensível: juntamos o máximo de informação mas, nahora de apresentar o mapa mental, é comum ele não caber, seja em uma pá-gina, seja em um slide.

Limite de tempo – Podemos ter ou não um prazo limite explícito paraconcluir a elaboração de um mapa mental, mas via de regra o teremos, se nãopor imposições externas, por não querermos ficar toda a vida na mesma ativi-dade. Um professor pode estar preparando um mapa mental para a aula deamanhã ou para entregar aos alunos na sexta-feira; um estudante pode ter umaprova daqui a alguns dias; um gerente pode estar preparando um resumo paraa reunião daqui a meia hora.

Freqüência de revisões – Assim como um texto, um mapa mental podesofrer revisões de tipos variados. Podemos excluir ou mover um tópico daquipara ali porque vimos que era melhor assim. Podemos alterar um texto paramelhorá-lo ou para reduzir seu comprimento, o mesmo podendo ocorrer comimagens. Alterar um mapa mental é muito comum e esperável, porque a própriaelaboração nos conduz a um amadurecimento e aprofundamento no tema.

Tiragem – É preciso somente uma cópia do mapa mental? Trinta? Uma quan-tidade indefinida, como no caso em que se disponibiliza um mapa mental na web?

Produtividade – Desde o momento em que tomamos a decisão de ela-borar um mapa mental para um conteúdo até o momento em que damos a ta-refa por concluída, um tempo de dedicação foi gasto. Esse tempo pode variarbastante. Se já dispomos de conteúdo estruturado em forma de árvore, basta

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Apêndice 2 – Elaborar Mapas Mentais: Melhor à Mão ou em Software? • 315

desenhar ou editar o mapa mental. Se vamos ilustrar e já temos as imagens, otempo é um, se vamos ainda pesquisar as imagens, o tempo será outro. Se temoshabilidades de desenhista, outro ainda. Se o mapa mental cabe ou extrapola oslimites do papel disponível, isso também impacta o tempo gasto.

A produtividade da elaboração de mapas mentais que consideramos aquinão é um valor absoluto, como se fosse possível medir uma velocidade de trêstópicos por minuto; é uma medida relativa: por exemplo, produtividade da ela-boração em software comparada com a elaboração em papel; produtividadeda elaboração com e sem ilustrações; produtividade da representação de umaidéia com texto ou com uma imagem.

Características de (bons) softwares de mapas mentais

Para uma resposta mais precisa para a nossa pergunta, convém tambémconhecer os principais recursos dos softwares de mapas mentais.

Qualquer software gráfico ou que trabalhe com gráficos pode a princípioser usado para elaborar mapas mentais (soube de uma pessoa que os fazia noExcel). O que de melhor fazem os softwares especializados é automatizar astarefas repetitivas, as muito executadas e as que demandam tempo significati-vo. Seguem os recursos que consideramos críticos.

Layout automático – Layout é a disposição dos tópicos no espaço. Ma-pas mentais têm uma estrutura uniforme, em forma de árvore. Um software demapas mentais deve ser capaz de distribuir os tópicos nessa estrutura automati-camente, sem superposições e com alguma flexibilidade para interferirmos nes-se processo e ajustá-lo às nossas necessidades, como variação do espaçamentoentre tópicos e direcionamento geral dos tópicos, seja radial, seja para um lado.

Ter que posicionar os tópicos à mão consome muito tempo e equivale aredesenhar o mapa mental. É por isso que não é recomendável usar qualquersoftware gráfico para fazer mapas mentais, embora isso seja possível.

Facilidades de edição – Quem já escreveu um texto não trivial que fi-cou bom o bastante na primeira versão levante a mão. Analogamente, um mapamental está sujeito a várias revisões, até que o julguemos pelo menos satisfa-tório. A revisão envolve inserir e excluir tópicos, mover um tópico para cimaou para baixo e para outro ramo, alterar texto e imagens. Podem também serrevistas a formatação e a diagramação.

Quando fazemos algo muitas vezes, o tempo gasto passa a ser significa-tivo, mesmo que esse algo seja simples. Por exemplo, você já deve ter vistoprogramas que inserem imagens ou outro elemento, mas não lembram a pasta

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usada da última vez. Cada vez que o elemento é inserido, temos que clicar váriasvezes até chegar novamente na pasta onde estão. Feito em escala, esse comandoacaba gerando custos de tempo, de saúde muscular e possivelmente emocionais(“Que saco!”). Assim, um bom software de mapas mentais deve não só permi-tir todas aquelas operações como também que elas sejam feitas rapidamente.

A exclusão de tópicos de um mapa mental tem suas peculiaridades. Mui-tas vezes queremos excluir um tópico que está no meio de um ramo, ou ex-cluir somente os subtópicos de um tópico. Se o programa não permitir isso,vamos consumir precioso tempo arrastando e soltando, arrastando e soltando,arrastando e soltando... Uma característica particularmente importante é a in-tegridade da árvore do mapa mental. Conheço pelo menos um programa demapas mentais que permite que você exclua um tópico e seus filhos fiquem“perdidos no espaço”; isto é análogo ao Excel permitir que você tenha célulasnão numeradas ou o Word permitir texto fora de uma página. A estruturasubjacente ao conteúdo é um guia de percepção e pensamento e sua integri-dade deve ser preservada.

Tratamento de imagens – Um software de mapas mentais deve permi-tir a inserção de imagens de várias maneiras: a partir de um arquivo em disco,colando da área de transferência e, se possível, ter interface com os clipartesdo MS-Office, devido à quantidade de imagens disponíveis e à possibilidade dese localizar imagens por palavras-chave. Também deve permitir a formataçãoda imagem quanto ao posicionamento no tópico e quanto ao tamanho. A dispo-nibilidade de uma galeria própria de imagens em um programa será relevantequando tiver boa qualidade de imagens e permitir rápida localização, o que fre-qüentemente não é o caso.

O programa deve permitir inserir uma imagem isolada em um tópico ou combi-nada com texto. É inconveniente quando a imagem não é vinculada ao tópico e,portanto, não movimentada automaticamente; sai muito caro reposicionar as ima-gens a cada vez que tópicos são inseridos, removidos ou movidos.

Interface com outros programas – A interface de um programa de ma-pas mentais com outros tem duas vias: entrada de material ou importação esaída ou exportação.

Com relação à importação, muitas vezes o conteúdo textual provém dainternet ou de um outro documento digital, e poder editar o material em umprocessador de textos e depois inseri-lo em um mapa mental pode facilitar bas-tante a conversão. Será melhor ainda se o programa, no processo, importartambém imagens. Colar linhas de texto como tópicos é essencial.

Você pode estar interessado também em exportar dados para Word,PowerPoint, para o Project ou página Web. As versões mais sofisticadas dos

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Apêndice 2 – Elaborar Mapas Mentais: Melhor à Mão ou em Software? • 317

programas de mapas mentais podem ter essas e outras interfaces. Mas é bomtestar esses recursos antes; há programas que só exportam texto simples enão imagens. Para exportar o mapa mental como figura, aqui também é maisprodutivo simplesmente ter a opção de copiar a imagem do mapa mental paraa área de transferência.

Links em tópicos – A possibilidade de criar hyperlinks em tópicos atendea duas finalidades principais. A primeira é poder particionar mapas mentaisgrandes em outros menores e acessar os submapas a partir de um mapa central.A segunda é poder organizar documentos e outros elementos de um projetoem um único mapa mental – incluindo sites, arquivos, outros mapas mentais,usando-o como integrador de referências e navegador. Para quem lida com mui-tas informações de tipos diferentes, esse recurso faz toda a diferença.

Diagramação – Mencionamos que um dos inconvenientes de mapas men-tais pode ser fazê-los caber na mídia de destino. Isso torna os recursos dediagramação do software particularmente importantes. Se ele não tivervisualização de impressão, esqueça-o, você não vai querer diagramar por ten-tativa-e-erro usando a impressora. Também são recursos úteis poder escalar omapa mental, imprimir em múltiplas páginas e poder variar as dimensões domapa mental, como os espaçamentos entre tópicos.

Um recurso interessante é a ocultação dos subtópicos de um ou mais tópi-cos, chamado às vezes de contração e expansão. Isso abre a possibilidade de criarvisões de um mapa mental, e daí imprimir visões, gerar imagem de visões e atéreduzir a quantidade de informação enquanto estamos editando.

Aqui, também, alguns detalhes podem fazer diferença significativa na pro-dutividade. Se o programa salva os dados da diagramação, como margens eorientação de página, isso evita que a cada vez que você abre um arquivo tenhaque refazer a diagramação. Saiba que há programas que não fazem isso.

Elaborar em papel ou em software?

Com base nos aspectos apresentados, vamos analisar algumas diferençasentre elaboração de mapas mentais em papel e em software.

Em papel❑ Liberdade de criação, particularmente com relação a imagens.❑ Pode ser feito em qualquer lugar.❑ Requer que o mapeador se ocupe com conteúdo, formatação e

diagramação ao mesmo tempo (ou faça várias versões).❑ Revisão quase sempre requer redesenho.

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Em software❑ Depende da disponibilidade de um computador e um software.❑ Layout e formatação automáticos.❑ A automatização permite que nos concentremos em uma coisa de

cada vez: conteúdo, formatação, diagramação.❑ Facilidade para maiores tiragens.❑ Facilidade para uso de imagens prontas.❑ Alta produtividade de revisão.

Conclusão

Afinal, qual alternativa é melhor: elaborar mapas mentais em papel ouem software? Pelo que vimos, a resposta só pode ser uma: depende. Dependeda finalidade, do público-alvo, do tempo disponível, dos recursos disponí-veis, das habilidades e dos propósitos do mapeador. Podemos improvisar ummapa mental feito à mão para explicar algo, podemos começar à mão e ter-minar no computador, podemos começar no computador, continuar à mãoe completar de novo no computador...

Cada caso, portanto, é um caso – uma escolha. A elaboração em softwaretem um diferencial importante: facilitar o compartilhamento de mapas men-tais. Quanto mais mapas mentais prontos pudermos encontrar, maior seránossa produtividade ao lidar com conhecimento.

O InteliMap

Há vários softwares de mapas mentais disponíveis no mercado, algunscomerciais, alguns gratuitos. Pelo que conhecemos, nenhum atende plenamenteaos critérios expostos. Um é repleto de recursos de interface enquanto nãopermite a simples e produtiva operação de colar uma figura da área de trans-ferência. Outro é ótimo em edição, formatação e diagramação, mas não per-mite alterar qualquer propriedade de uma imagem.

Como não havia nenhum software de mapas mentais em português, re-solvemos fazer um; daí surgiu o InteliMap. Com base em nossa experiênciacom outros softwares, buscamos priorizar a implementação de recursos queproporcionassem principalmente maior produtividade. Assim, as melhores ca-racterísticas dos outros softwares foram adotadas, como layout automático,inserção de novos tópicos por digitação simples, movimentação de tópicoscom o mouse, impressão em múltiplas páginas com possibilidade de escalar omapa mental, inserção de hyperlinks, zoom. O que era demorado, difícil ou

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Apêndice 2 – Elaborar Mapas Mentais: Melhor à Mão ou em Software? • 319

Figura 1 Mapa mental do InteliMap com layout radial.

Figura 2 Mapa mental do InteliMap com imagens e layout à direita.

chato nos programas, buscou-se melhorar. Isso envolveu desde a concepção deícones mais legíveis e memorizáveis até a eliminação da separação de edição eda visualização de impressão, que no InteliMap permite edição normal.

O InteliMap permite a inserção de imagens de arquivo dos tipos gif, jpege png. Clipartes podem ser inseridos indiretamente, através da área de trans-ferência, o que não chega a ser inconveniente. As imagens podem ser alinha-das e redimensionadas, com opções para equalização de suas dimensões. OInteliMap tem também uma galeria de imagens em forma de mapas mentais,facilmente expansível. Com relação à formatação, há vários estilos de linhas e

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bordas, com ajuste de espessuras e cores. O conteúdo do mapa mental podeser formatado em uma página Web, a imagem do mapa mental pode ser en-viada para a área de transferência ou salva em arquivo e o texto dos tópicospode ser copiado para a área de transferência.

Um dos critérios adotados na concepção do InteliMap foi o de preservara integridade estrutural de um mapa mental. Assim, jamais a estrutura de ár-vore pode perder sua integridade. Pode ser inserido apenas um hyperlink portópico; conceitualmente, um tópico deve conter apenas uma idéia, assim comouma célula do Excel contém apenas um número ou uma fórmula.

Figura 3 Mapa mental de ajuda do InteliMap. Alguns tópicos estão contraídos.

O InteliMap é um programa jovem, e há vários novos recursos aguar-dando implementação. Para mais informações e download, acesse o site:www.intelimap.com.br

Visão de futuro

Imagine que você está estudando algum assunto, digamos, preposições eminglês. Tem então uma idéia: será que existe e está disponível algum mapamental de preposições em inglês?

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Apêndice 2 – Elaborar Mapas Mentais: Melhor à Mão ou em Software? • 321

Você então entra no InteliMap e em um campo de pesquisa digita“prepositions” (não importa se tem dois “p” em algum lugar) e clica em “Pes-quisar”. O programa acessa a internet e lhe retorna uma lista de mapas men-tais disponíveis, com nome, descrição, tamanho e outras informações. Vocêescolhe um da lista e clica no link dele. O programa busca o mapa mental e oabre para você estudá-lo, adaptá-lo ou simplesmente ignorá-lo e tentar al-gum outro.

Esse é o projeto BUMM – Banco Universal de Mapas Mentais, um servi-ço de compartilhamento e disponibilização rápida de mapas mentais, que deve-rá se tornar realidade em um futuro não muito distante.

Provavelmente, para ser sustentável, o BUMM será um serviço assina-do. Quem contribuir com mapas mentais ganhará créditos no serviço, comodias de acesso ou algum tipo de cota. O banco terá critérios de qualidade paraaceitar mapas mentais, e talvez editores para avaliá-los, que também recebe-rão créditos por isso.

O BUMM é apenas parte do futuro relacionado aos mapas mentais. Ha-verá muito mais: sites e publicações especializados, prestadores de serviço comomapeadores, consultores e eventualmente revisores, assim como hoje há paralivros. A Constituição e a Bíblia estarão completamente mapeadas (já há ini-ciativas nesse sentido). As escolas serão praticamente compelidas a adotá-los.Mapas mentais serão tão parte da nossa cultura quanto a internet e o celular.

Quem chegar mais cedo nesse novo mundo poderá encontrar os obstá-culos dos pioneiros, mas também terá as melhores oportunidades.

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Apêndice 3

Programa de Enriquecimento Instrumental

Elaborado por Ana Maria Martins de Souza*

I – Contextualizando

A última década do século XX caracterizou-se, no que diz respeito àsteorias educacionais, pela busca do “aprender a pensar”. Os anos 90 forampródigos no surgimento de novas teorias de desenvolvimento cognitivo.Aprender a pensar para ensinar a pensar – desafio que se estendeu a este iní-cio do século XXI.

Em um mundo de mudanças constantes, em que o volume de informa-ção multiplica-se assustadoramente a cada dia, em que a sociedade da infor-mação é e será a grande organizadora das relações humanas nos próximosanos, fica cada vez mais evidente que ensinar fatos e teorias estanques, descon-textualizados, torna-se inútil e contraproducente.

Que mundo se apresentará aos jovens que hoje estão no ensino médio(os que estão!) daqui a 15 anos? Quando os alunos de hoje se formarem, tor-narem-se profissionais, cerca de 70% das informações que aprenderam esta-rão obsoletas. Como estarão os profissionais que hoje se graduam ematualização tecnológica daqui a 15 anos? O mundo sempre apresentará novosdesafios pela frente, e a capacidade para enfrentá-los será o grande diferencialdos profissionais do futuro.

* Ana Maria Martins de Souza é graduada em Letras e Pedagogia, pós-graduada emAdministração de Recursos Humanos e habilitada no Programa de Formadores I e II doPEI, pelo ICELP – The International Center for the Enhancement of Learning Potential(Israel). Cedido gentilmente pela autora para este livro.

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Sabemos dessa necessidade de transformação das formas de ensinar epensar, porém o “como” fazer isso tem sido de difícil realização. As pessoasnecessitam aprender a linguagem que as transformará em aprendizes autôno-mos, que sabem organizar, classificar, analisar, argumentar sobre o que apren-dem e sobre o que necessitam.

Esse é o grande desafio educacional que se impõe às sociedades que pre-tendem gerar recursos para a sobrevivência das futuras gerações, principal-mente em um país com a diversidade cultural, social, política e econômicacomo a que vivemos no Brasil.

Toda educação preocupa-se com objetivos, conteúdos, metodologias,estratégias na busca de uma maior integração entre o professor e o aluno.Existem mesmo alguns processos que têm essa relação como base fundamen-tal para uma aprendizagem democrática e conseqüente. Se existe essa inten-ção, por que é tão difícil a aprendizagem ser efetivada? Por que não se consegueque os alunos, os professores, os profissionais nas empresas transformem-seem pensadores autônomos?

O século XXI nos apresenta um mundo extremamente dinâmico e para-doxal. Ao mesmo tempo em que se celebra a individualidade, celebra-se tam-bém o trabalho de equipe e, na maioria das vezes, as pessoas não percebemque um não exclui o outro. Este é um mundo de incertezas, polaridades so-ciais e constantes mudanças. As pessoas são mais exigentes e as relações pes-soais, familiares e profissionais tornam-se mais complexas e mais frágeis.

Como nos colocarmos no mundo com tanta diversidade?Foi refletindo sobre todas essas questões que apresentamos as idéias do pro-

fessor Reuven Feuerstein e de seu programa de desenvolvimento da inteligência.Estaremos nos referindo sempre a “professor/aluno” na apresentação das

idéias de Feuerstein, porém as palavras podem ser tranqüilamente substituí-das por “pai-mãe/filho(a)”, “educador/educando”, “tutor/tutoriado”, “gerente/funcionários” ou por outras palavras que identifiquem relações de mediação,na acepção que é considerada no programa.

II – Programa de Enriquecimento Instrumental

O PEI – Programa de Enriquecimento Instrumental foi desenvolvido peloprof. Reuven Feuerstein, psicólogo e educador romeno, radicado em Israel,fundador e diretor do ICELP – International Center for the Enhancementof Learning Potential (Centro Internacional de Desenvolvimento do Poten-

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Apêndice 3 – Programa de Enriquecimento Instrumental • 325

cial de Aprendizagem), órgão sediado em Jerusalém, Israel. Esse programaestá projetado para desenvolver e estabelecer os fundamentos cognitivos daaprendizagem.

O PEI baseia-se na teoria da modificabilidade cognitiva estrutural e naexperiência de aprendizagem mediada, que partem do princípio de que todospodem aprender e de que a inteligência pode ser desenvolvida pela mediação,uma vez que ela é dinâmica e modificável. É um programa que trabalha habi-lidades cognitivas por meio de exercícios estruturados e que vão trabalharfunções cognitivas específicas; as atividades partem das mais simples para asmais complexas, do fácil para o difícil, do concreto ao abstrato.

O caráter instrumental do programa relaciona-se a uma habilidade es-pecífica ou a conteúdos de uma área do conhecimento; em si mesmo, ele é umprocesso de pensar. O PEI reforça e desenvolve as funções cognitivas que habi-litam o mediado a definir problemas, fazer conexões, estabelecer relações, im-pulsionar a motivação intrínseca, controlar a impulsividade e tomar decisões.

Nos objetivos estabelecidos por Feuerstein, listados a seguir, temos umasíntese muito boa do programa.

Objetivo geral

Aumentar a capacidade do organismo humano de ser modificado, pormeio da exposição direta aos estímulos e pela experiência de aprendizagemmediada. Essa experiência pode ser conseqüência do envolvimento do coti-diano e das atividades formais e informais de aprendizagem, e para o desen-volvimento das pessoas.

Objetivos Específicos

❑ Corrigir as funções cognitivas deficientesCorrigir as deficiências nos pré-requisitos cognitivos do pensamen-to operacional, ou seja, as funções cognitivas que deixaram de serdesenvolvidas nos alunos pela falta de experiência de aprendizagemmediada.

❑ Adquirir conceitos básicos, vocabulário e operaçõesConsiste em fornecer ao aluno as ferramentas verbais e lingüísticasnecessárias à análise de processos mentais interiorizados. O PEI pre-tende ensinar todo um sistema de operações, instrumentos e técni-

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cas que tenham possibilidade de fazer com que a pessoa utilize melhore mais eficientemente a experiência do mundo que existe ao seu redor.

❑ Desenvolver a motivação intrínsecaÉ indispensável, em qualquer intervenção, para o desenvolvimento dehabilidades de raciocínio e processos cognitivos. É fomentar no alunouma atração, um gosto pela tarefa, o que também implica formaçãode hábitos. A motivação intrínseca, o interesse e a curiosidade po-dem ser considerados produto de um sistema pessoal, que é acresci-do de necessidades e, para que sejam estimulados e desenvolvidos, énecessário que o aluno amplie seu sistema restrito de necessidades.

❑ Criar um certo nível de pensamento reflexivo e de insightEsse objetivo consiste em conscientizar o aluno sobre a relação exis-tente entre as muitas formas de raciocínio e suas conseqüências es-pecíficas; está relacionado à idéia de que se a pessoa reflete sobre suaprópria atividade e deseja entender a natureza da mesma, será ca-paz de aprender o significado de sua própria conduta e de melhorá-la constantemente.

❑ Desenvolver e fomentar a autopercepção do indivíduoEste objetivo envolve o fator afetivo-energético que fundamenta ofuncionamento cognitivo autônomo. Ele provoca uma mudança noeducando, no sentido de alterar seu papel de receptor passivo paraum receptor ativo, capaz de gerar informações. É muito importanteanalisar por que o aluno (na maioria das vezes) é passivo e o quefazer para que ele se transforme num aprendiz ativo.

Cumpre ressaltar que o uso do PEI não se restringe a crianças, jovens ouadultos considerados como portadores de necessidades especiais, mas a todoser humano que, por falta ou insuficiência de mediação, não desenvolveu cer-tas funções cognitivas importantes para instaurar, em si, a capacidade demodificabilidade.

O PEI é usado ao redor do mundo com pessoas de variadas idades e comestudantes, estes a partir da quarta série (crianças com idade de 8 ou 9 anos).O programa é composto de 14 instrumentos, divididos em dois níveis.

1) Instrumentos do nível I

Organização de pontos: exige identificar e esboçar, dentro de uma nuvemamorfa de pontos, uma série de figuras geométricas sobrepostas. Essa tarefa

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Apêndice 3 – Programa de Enriquecimento Instrumental • 327

evoca a necessidade de aprimoramento progressivo por percepção visual pre-cisa e clara, representação e orientação de espaço e controle da impulsividade.

Orientação espacial I: volta-se para uma articulação, diferenciação e re-presentação pobre do espaço, que pode ser o resultado de uma inabilidade deseparar sua própria posição de corpo como referência. Esse instrumento exercitao sistema relativo de “direita”, “esquerda”, “frente” e “atrás” sob pontos de vistadiferentes. Desenvolve uma representação espacial articulada e diferenciada.

Comparação: está desenhado para fornecer conceitos e nomes que defi-nem categorias de semelhanças e diferenças. Exercitando o uso desses concei-tos em comparações crescentemente complexas, este instrumento tenta gerarcomportamento comparativo, aplicado efetiva e espontaneamente.

Classificação: aumenta a necessidade e a habilidade de comparação e de-senvolve a habilidade para classificar um jogo complexo de informação.

Percepção analítica: desenvolve a noção relativa de “parte” e “todo”; usa oprocessamento perceptual como um veículo para o desenvolvimento, aquisi-ção e cristalização de estratégias e atitudes para se examinar a realidadedirigida para o desenvolvimento da flexibilidade de percepção e independên-cia de campo. Envolve a diferenciação e integração de figuras geométricas.

Orientação espacial II: há a integração de dois sistemas de orientação espa-cial: o pessoal (que trabalha as relações de frente, atrás, direita e esquerda) e osistema fixo (norte, sul, leste, oeste); os mediados analisam o processo de leitu-ra de mapas e a utilização de sistemas intercambiáveis de referência espacial.

Ilustrações: apresentam situações de problema que requerem pensamen-to inferencial e analógico.

2) Instrumentos do nível II

Instruções: aumentam a qualidade de decodificação e codificação da in-formação verbal.

Progressões numéricas: envolvem a dedução de regras que descrevem pa-drões de número e a indução ou extrapolação das suas extensões.

Relações familiares: promovem o exercício de classificação de relaçõessimétricas, assimétricas, verticais e horizontais, em sistemas hierárquicos.

Relações temporais: desenvolvem a necessidade e os conceitos para orde-nar experiências adequadamente no tempo.

Relações transitivas: os mediados percebem a natureza simbólica das equa-ções; continuam as relações trabalhadas em progressões numéricas. Como em

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Silogismos, o propósito desses instrumentos é o de desenvolver raciocíniológico-verbal.

Silogismos: tentam tornar o estudante mais crítico, analisando proposi-ções, premissas e discriminação entre conclusões válidas e nulas.

Desenho de padrões: capitaliza (isto é, resgata, integra e refina) as fun-ções adquiridas anteriormente por todos os instrumentos. Requer input (estí-mulo de entrada) preciso, níveis complexos de representação, análise e síntese,raciocínio indutivo e dedutivo, projeção de relações espaciais e temporais ehabilidades de output (estímulo de saída) claras.

Quando aplicado a estudantes, no processo de desenvolvimento cognitivo,o PEI tem a duração de dois ou três anos, em sessões de uma hora e meia,duas vezes por semana, no mínimo; quando aplicado na formação de media-dores, deve ser utilizado, em cada nível, o mínimo de 70 horas de mediação.

III – Modificabilidade Cognitiva Estrutural – MCE

O conceito de modificabilidade equivale, para o prof. Feuerstein, a poten-cial de aprendizagem. A idéia de modificabilidade como característica huma-na aponta os modos de funcionamento da pessoa e deve ser distinta da idéiade mudança.

A mudança é previsível, está relacionada a diferentes fases de desenvolvi-mento, crescimento e maturação do organismo humano; a modificabilidadeé imprevisível, está relacionada ao querer. É um ato volitivo e pode levar apessoa a desviar-se de caminhos predeterminados em função de fatores fami-liares, pessoais, sociais e ambientais.

Feuerstein afirma que os seres humanos têm a propensão única paramodificar-se ou para serem modificados nas estruturas de seu funcionamentocognitivo, como resposta às demandas de mudança de situações de vida. Estí-mulos externos e internos provocam as mudanças. A mudança é estrutural(modificabilidade) quando a mudança de uma parte afeta o todo ao qualpertence; quando o processo de mudança é modificado no seu ritmo, ampli-tude e direção; quando a mudança produz autonomia e auto-regulação. AMCE ocorre quando as mudanças são caracterizadas por um determinadograu de permanência, profundidade e quando são generalizadas. Os sereshumanos são vistos como sistemas abertos, acessíveis a mudanças durante seutempo de vida, correspondendo às condições de mediação, desde que a inter-venção seja apropriadamente direcionada (em quantidade e qualidade) ànecessidade do indivíduo.

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As experiências de Feuerstein com crianças sobreviventes da Segunda Guer-ra Mundial levaram-no a acreditar na capacidade do ser humano de se adaptarpara sobreviver, mesmo em situações extremamente desfavoráveis. Aliás, esse erao cenário do pós-guerra, no qual imperava o medo da morte, da perda de entesqueridos, o que levou Feuerstein a chamar essas crianças de “crianças das cinzas”.

Feuerstein percebeu que, mediando essas crianças com algumas atividadesde natureza cognitiva, elas começavam a dar respostas efetivas. Levantavam-secedo para estudar a bíblia, começaram a expressar seus sentimentos, a se integrarcom o outro; aprendiam a lidar de maneira diferente com o mundo ao seu redor.

Para Feuerstein, “cognitivo e afetivo são faces de uma mesma moedatransparente”.

Quanto ao aspecto estrutural da modificabilidade, Feuerstein compreen-de a mente como uma estrutura, isto é, como um todo que se transforma acada vez que um de seus elementos passa por modificações. Essa concepçãodinâmica contrapõe-se à de que a inteligência é um sistema fechado, fixo, atri-buído como um “dom” ao ser humano.

O termo estrutural serve para diferenciar as modificações mentais da-quelas que são decorrentes da maturação, como, por exemplo, a aquisiçãoda linguagem. Assim, quando se ensina um determinado vocabulário a umapessoa, é claro que há uma expectativa de que os termos aprendidos sejamutilizados. Contudo, essa aprendizagem não tem nada de estrutural no senti-do que Feuerstein lhe atribui; a mudança estrutural só ocorre quando a pes-soa aprende a usar a linguagem, modificando sua forma de pensar e de seexpressar. A idéia central é a de que uma pessoa pode, por meio de uma parte,modificar o todo. O mais importante, quando se fala da estrutura propostapor Feuerstein, é a característica auto-perpetuativa do processo de mudança.Uma nova capacidade aprendida modifica o “todo” e, conseqüentemente, essamudança não se manifesta apenas no contexto imediato.

A modificabilidade ultrapassa o conhecimento formal, dado pelos siste-mas de ensino, e significa o uso que a pessoa faz de seus próprios recursosmentais para antecipar situações futuras, fazer inferências e tomar decisõesde modo independente, autônomo.

IV – Experiência de Aprendizagem Mediada - EAM

É por meio da interação do indivíduo com o meio ambiente que o desen-volvimento cognitivo acontece. Dessa forma, a interação é afetada por deter-minadas características do organismo (incluindo aquelas de hereditariedade,maturação e similares) e qualidades do meio ambiente (oportunidades de

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educação, status socioeconômico, experiência cultural, contatos emocionaiscom outros significantes).

Feuerstein afirma que duas são as formas de aprendizagem humana:experiência direta de aprendizado, que é a interação do organismo com o meioambiente; e experiência mediada de aprendizagem, que requer a presença e aatividade de um ser humano para organizar, selecionar, interpretar e elabo-rar aquilo que foi experimentado. A EAM sustenta que os fatos ambientais eaqueles relacionados ao organismo são determinantes distais do desenvolvi-mento cognitivo (causando respostas diferenciadas em relação ao meio am-biente), enquanto a EAM constitui o determinante proximal que influencia odesenvolvimento cognitivo estrutural e o potencial da adaptabilidade e damodificabilidade através da experiência.

Para que a EAM aconteça, um mediador, intencionalmente, deve colo-car-se entre o estímulo e a resposta do aprendiz, com a intenção de mediar oestímulo ou a resposta dada por ele. Para Feuerstein, “isto é mediação no sen-tido de que a situação (estímulos e respostas) é modificada pela intensidadeda qualidade, pelo contexto, pela freqüência e pela ordem e, ao mesmo tem-po, desperta no indivíduo a vigilância, a consciência e a sensibilidade”.

A base teórica das idéias de Feuerstein está em Piaget e em Vygotsky.

Feuerstein partiu de uma análise do esquema proposto por Piaget paraexplicar o ato de aprender. Para Piaget, esse ato era decorrente da interaçãodireta do organismo aprendiz (O) com os estímulos (S), que produz uma res-posta (R) no seguinte esquema: S – O – R.

Figura 1

Fonte: Feuerstein, R. & Feuerstein, S. A Mediated Learning Experience (MLE) TheoricalPsychosocial and Learning Implications. Londres: Freund Publishing House, 1994, p. 7.

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Apêndice 3 – Programa de Enriquecimento Instrumental • 331

Esse modelo S – O – R não era suficiente para Feuerstein. Para a apren-dizagem efetiva da criança, ele acrescentou ao modelo de Piaget a função domediador humano, que ele identificou como H em seu esquema.

A aprendizagem mediada é o caminho pelo qual os estímulos são trans-formados pelo mediador, guiado por suas intuições, emoções e cultura. Omediador seleciona os estímulos que são mais apropriados, seleciona-os, fazesquemas, amplia alguns, ignora outros. É por meio desse processo de medi-ação que a estrutura cognitiva da criança adquire padrões de comportamen-to que determinarão sua capacidade de ser modificada. Assim, quanto menosmediação for oferecida, menor será a capacidade da criança de ser afetada ede se modificar.

A EAM requer a presença de três parâmetros (que Feuerstein denominade critérios de mediação), que são o objeto de atenção deliberada por partedo mediador: Intencionalidade e Reciprocidade, Transcendência e Significado.

A Intencionalidade e a Reciprocidade (consideradas com um único crité-rio) são indissociáveis na mediação. O mediador deliberadamente interagecom o mediado, selecionando, moldando e interpretando estímulos específi-cos. Cumpre ressaltar que não há necessidade de uma consciência imediatada intencionalidade por parte do mediado, uma vez que essa consciência vaise formando ao longo de um processo. A reciprocidade, como o próprio nomeindica, implica troca, permuta. O mediador deve estar aberto para as respos-tas do mediado, sendo que este último deve fornecer indicações de que estácooperando, que se sente envolvido no processo de aprendizagem.

O significado refere-se ao valor, à energia atribuída à atividade, aos obje-tos e aos eventos, tornando-os relevantes para o mundo. Por esse critério demediação, o mediador demonstra interesse e envolvimento emocional eexplicita o entendimento do motivo para a realização da atividade, verifican-do se o estímulo que está sendo apresentado está sensibilizando a criança.

A transcendência objetiva promover a aquisição de princípios, conceitosou estratégias que possam ser generalizados para outras situações. Envolve oprincípio de se encontrar uma regra geral que possa ser aplicada a situaçõescorrelatas, o que exige o desenvolvimento do pensamento reflexivo sobre oque está subjacente na situação, de modo a estendê-la para outros contextos.Se um aluno aprende que a poluição dos rios provoca mortandade de peixes,ele pode transcender para além do fato de as populações ribeirinhas ficaremsem o seu alimento; pode perceber, também, que a água fica contaminada paraoutros aspectos do cotidiano, como o banho, o cozimento dos alimentos etc.Pode ampliar essa transcendência e perceber que, se isso acontecer em outrosrios, uma bacia hidrográfica pode prejudicar o desenvolvimento econômico

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332 • MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências

de uma região. A transcendência estimula a curiosidade, que leva a inquirir ea descobrir relações e o desejo de saber mais.

Esses critérios são considerados universais, porque aparecem em qual-quer cultura. As variáveis do encontro mediador/mediado são tantas, queFeuerstein indica outros critérios igualmente importantes na mediação: re-gulação e controle do comportamento, sentimento de competência, diferen-ciação psicológica e individualização, comportamento partilhado, persecuçãode objetivos, planejamento de objetivos e o comportamento para que se pos-sa atingir objetivos, competência/novidade/complexidade, automudança, es-colha otimista de alternativas e sentimento de pertencer a algo.

V – Finalizando

O Programa de Enriquecimento Instrumental ajuda as pessoas a se torna-rem mais flexíveis, para que suas formas de raciocínio possam interagir comnovas informações, por meio de novas estratégias de percepção dessas infor-mações. A assimilação do novo e do mais complexo exige processos de assimi-lação e de acomodação a situações novas. Nesse sentido, as pessoas tornam-semais aptas e têm condições de perceber suas fragilidades e fortalezas.

O processo de mediação vai além de uma simples e orientada tarefa deum produto, de uma orientação de aprendizagem; objetiva tornar o indiví-duo capaz de agir independentemente de situações específicas, e isso torna oaprendiz capaz de se adaptar às novas dimensões com as quais irá se defrontar.

Apresentamos as principais idéias do prof. Reuven Feuerstein que sãodesenvolvidas quando entramos em contato com o seu programa.

É importante ressaltar que o PEI, em aplicações individuais, em grupos, comcrianças ou adultos, em situações educacionais de escolas ou empresas, com por-tadores de necessidades especiais, em clínicas psicopedagógicas e outras, é umúnico programa – são os mesmos 14 instrumentos que devem ser trabalhados.

É um programa que exige uma postura de muita disponibilidade por partedo mediador. Ele é peça fundamental no processo. O programa, por si só, sãofolhas de papel a serem preenchidas pelo mediado. Como preenchê-las é otrabalho que se faz na experiência de aprendizagem mediada.

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Apêndice 4

Inteligências Múltiplas

O que é ser inteligente para você? Saber fazer contas “de cabeça”? Lem-brar-se de poemas e histórias para poder repeti-las? Passar no vestibular? Terum alto QI (Quociente de Inteligência)?

A resposta mais comum entre as pessoas é ter um alto QI, embora amaioria delas nem saiba que tal índice e seus respectivos testes tenham sidocriados no início do século XX. Hoje é uma metodologia desatualizada, ouseja, mais um paradigma quebrado.

Graças aos estudos do psicólogo americano Howard Gardner, da Universida-de de Harvard, podemos ter uma nova visão ao avaliar as potencialidades de umindivíduo, muito mais rica que os testes de QI, que consideravam como inteligênciaglobal apenas as habilidades verbal-lingüística e lógico-matemática de uma pessoa.A proposta de Gardner é identificar e avaliar nossas múltiplas inteligências.

No início de seus estudos, Howard Gardner identificou sete tipos de in-teligências diferentes. Posteriormente, ele acrescentou duas outras a sua lista,chegando então ao total de nove. Esse número não pretende ser final e deci-sivo, pois em suas entrevistas sempre comenta que é bem provável que outrostipos de inteligência ainda sejam identificados nos próximos anos.

Ainda mais interessante do que identificar e classificar as inteligências, foio fato de Gardner ter provado, com suas pesquisas, a possibilidade de desen-volvermos nossa inteligência, pois ela não é algo estático que nasce e morreconosco sem se transformar. E com isso abriu os horizontes para todos aquelesque pensavam ou acreditavam não serem capazes de fazer determinadas coisas.

Cientificamente, vários cientistas já se encarregaram de pesquisar e validaressa possibilidade do aprimoramento da inteligência. Um deles, citado anterior-mente, é o Dr. Feuerstein, que desenvolveu um conjunto de instrumentos quepermite refinar algumas das inteligências identificadas por Howard Gardner.

Por Viviani Bovo

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Essa nova visão mostra que ter uma habilidade passa a ser uma questãode estimular nossas capacidades e inteligências “adormecidas”, e com isso pro-mover o desenvolvimento em áreas da vida antes impensadas.

O trabalho de Gardner define as nove inteligências como sendo:

1. Verbal/Lingüística: relacionada à habilidade da fala e da escrita, sig-nificados e relações entre palavras.

Como desenvolver: ler e escrever em vários estilos diferentes, ter ohábito de anotar planos e impressões, fazer um diário, redigir e ver-balizar um discurso, participar de debates.

2. Lógica/Matemática: relacionada ao pensamento dedutivo e raciocí-nio, números, pensamentos abstratos, precisão e estrutura lógica.

Como desenvolver: analisar dados, brincar com jogos como xadreze damas, montar quebra-cabeças.

3. Musical/Rítmica: relacionada ao reconhecimento de padrões de tons,incluindo sons ambientais, sensibilidade ao ritmo, chave, batidas, opoder emocional e a organização complexa da música.

Como desenvolver: aprender a tocar um instrumento musical, ouvirmúsica prestando atenção aos acordes e tempos, cantar solo ou emcoral, brincar de identificar sons externos.

4. Visual/Espacial: relacionada ao sentido da visão, observação minu-ciosa, metáfora, pensamento visual, imagens mentais e habilidade deformar figuras tridimensionais na mente, bem como se movimentarorientando-se com mapas e guias.

Como desenvolver: praticar as artes de desenhar, pintar, esculpir, fazermapas, esquemas e plantas de ambientes, orientar-se em locais desconheci-dos através de mapas, observar pinturas e esculturas, brincar de “caçaao tesouro” com orientação, em mapas, do caminho a ser percorrido.

5. Corporal/Sinestésica: relacionada ao movimento físico, ao controle docorpo e de objetos, ao tempo e ao conhecimento/sabedoria do corpo.

Como desenvolver: praticar mímicas, dramatizações, esportes, dan-ça, artes marciais.

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Apêndice 4 – Inteligências Múltiplas • 335

6. Interpessoal: inclui os relacionamentos entre pessoas e a comunica-ção, sensibilidade para com os outros, habilidade para intuir ou infe-rir intenções e desejos alheios, habilidade para influenciar os outros.

Como desenvolver: participar de grupos de estudo de assuntos quevocê goste de compartilhar, fazer viagens em grupos, participar degrupos de ação social, fazer trabalhos em equipe.

7. Intrapessoal: relacionada ao autoconhecimento, estados interioresdo ser, auto-reflexão, metacognição e consciência de valores tempo-rais e espirituais, propósitos e sentimentos.

Como desenvolver: prestar atenção até conseguir identificar as sen-sações e sinais do seu corpo, praticar meditação, auto-hipnose,autocinética, focusing, práticas essas que consistem basicamente emvoltar a atenção para seu interior ancorado em algum de seus ritmosnaturais, como a respiração ou batimento cardíaco, podendo focarseu objetivo em acessar seu inconsciente e despertar sua intuição.

8. Naturalista: habilidade de identificar e classificar padrões da natu-reza, própria dos ambientalistas, ecologistas e espiritualistas.

Como desenvolver: cultivar plantas, ter animais de estimação, fazer pas-seios ecológicos, observar os eventos da natureza e suas conseqüências.

9. Espiritual/Existencial: habilidade de questionar e formular pensa-mentos e reflexões sobre o universo, a vida e a morte.

Como desenvolver: estudar filosofia, religião comparada, participarde grupos de desenvolvimento espiritual.

Incluímos um mapa mental com as nove inteligências, de forma que vocêpossa ter uma visão global de tudo o que poderia ou gostaria de fazer paradesenvolver suas inteligências.

Como sugestão, faça uma cópia desse mapa, ou crie o seu próprio comessas informações, e fixe-o em um local de seu acesso diário, de forma quenão perca de vista suas possibilidades e os planos que por ventura tenha feitoao ler esta parte do nosso trabalho.

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Apêndice 5

Autocinética

Focalizando sua mente

Este é um texto breve que descreve uma das técnicas mais modernas demeditação natural que foi desenvolvida nos últimos anos, por um eminente cien-tista comportamental americano, pesquisador de práticas e culturas tradi-cionais de todo o mundo. A simplicidade, a eficácia e a amplitude de situaçõesnas quais essa técnica pode ser utilizada faz com que, muito provavelmente,torne-se uma valiosa ferramenta de auto-exploração e autoconhecimento daspróximas gerações.

É bastante comum ouvirmos conselhos de outras pessoas ou dos nossosmédicos que devemos diminuir a carga de estresse do dia-a-dia, praticandorelaxamentos, exercícios físicos, melhor alimentação etc. No entanto, todasessas indicações exigiriam muito mais tempo de dedicação, como se o “remé-dio” fosse feito da mesma substância dos problemas, isto é, para nos vermoslivres do estresse, deveríamos fazer ainda algo mais.

Esse tipo de apelo certamente não convence aquelas pessoas que se mantêmem atividade por 12 ou 16 horas por dia. Isso faz com que qualquer soluçãoque seja apresentada nos dias atuais deva ser compatível com as necessidadescontemporâneas e não ser apenas a adaptação de técnicas úteis do passado,em contextos de vida completamente diferentes.

Você já deve ter ouvido, inúmeras vezes, as pessoas dizendo: “Se vocêfocar a sua mente, você conseguirá obter os resultados que deseja”. Entretan-to, para a maioria das pessoas, isso não passa de simples palavras, porque nãofazem a menor idéia de como poderiam conseguir isso. Outras pessoas conhe-cem exercícios e práticas que ajudam a focalizar a mente, só que muitas nãoas utilizam porque são demoradas ou necessitam de isolamento quase abso-luto para praticá-las.

Eu também não fazia idéia de como atingir um estado de mente focaliza-da, a não ser quando isso acontecia por acaso, e eu nunca soube provocar

Por Viviani Bovo

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esse estado nos momentos que desejava. Até que um dia, por acidente, acabeiconhecendo, através do livro The Energy Break, de Bradford Keeney, aAutocinética. Meu objetivo ao ler o livro era apenas praticar minha leituraem inglês. Nunca imaginei que estaria encontrando um tesouro escondido ali,naquelas palavras.

A Autocinética foi identificada, estudada e descrita pelo antropólogoBradford Keeney, PhD, discípulo de Gregory Bateson (um dos maiores inte-lectuais do século XX) e de Carl Whitaker (um dos maiores psiquiatras ame-ricanos), dentro das tradições milenares dos índios e dos orientais. O maiscurioso, para mim, era a descrição de uma técnica que servia para diferentespropósitos, desde revitalizar o corpo ou combater o estresse, até expandir acriatividade e focalizar a mente.

Ele descrevia também, em seu livro, as experiências de seus pacientes e osresultados que eles obtinham, e isso me motivou muito a experimentar, atéque a leitura levou-me ao trecho do livro no qual ele descrevia passo a passocomo praticá-la. Não resisti e experimentei. O resultado foi muito bom, sen-ti-me muito bem fisicamente, completamente revigorada. E como era algomuito prático, agradável e rápido, passei a fazer todos os dias ao acordar e aome deitar, com propósitos opostos: pela manhã utilizava a técnica para meenergizar para o dia de trabalho; e depois, à noite, para relaxar e dormir bem.

Fui ficando tão adaptada a essa técnica que podia praticá-la em qualquerlugar, com muita discrição e rapidez, o que me permitia usá-la no trabalho.Isso começou a me trazer resultados muito bons, como a redução do tempopara preparar relatórios ou executar minhas tarefas. Tive uma experiência bas-tante interessante, certa vez, quando o diretor, para o qual cinco de meus colegasgerentes e eu nos reportávamos, chamou-nos para uma reunião de emergência.Ele nos informou que viajaria naquela noite para o exterior, para participarde uma reunião em nossa matriz, na qual deveria apresentar um relatório anual.Normalmente teríamos uma semana para preparar esse relatório, porém,desta vez, ele nos deu o prazo máximo de apenas 6 horas!

Quando ele terminou de falar, a cena chegava a ser cômica. Cada um demeus colegas foi para sua sala, eles sentaram-se em frente ao computador,completamente estáticos e pálidos, sem ter a menor idéia de por onde come-çar. Então decidi fazer o mesmo que meus colegas, sentei à frente do compu-tador e pensei que precisava fazer o relatório muito rapidamente e de formabastante eficaz, pois não teria tempo para refazê-lo. Com essa intenção emmente, pratiquei dez minutos de Autocinética.

Assim que terminei, as idéias começaram a “pipocar” em minha mente.Eu digitava rápido para não perdê-las. Vinte minutos depois, estava tudo pron-

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Apêndice 5 – Autocinética • 339

to, nem eu mesma acreditava. Li e reli, e confirmei que era aquilo mesmo quedeveria ser feito. Então, cheia de coragem, fui até a sala do diretor e entregueio relatório. Ele ficou completamente admirado e boquiaberto, imaginando queeu estivesse brincando com ele, mas quando começou a ler, constatou que erasério e acabou elogiando o trabalho e dizendo que era exatamente aquilo queele queria, porém não imaginava como eu havia conseguido tão rápido.

Bem, depois dessa experiência, não parei mais de usar a Autocinética paramim e para as pessoas próximas, isto é, comecei a ensinar meus amigos e minhafamília, de forma que cada um a utilizasse para o que fosse preciso. Como rela-tavam ótimos resultados, meu marido decidiu incluir o ensino da Autocinéticaem seus cursos presenciais, para que os alunos tivessem uma técnica simplese rápida para focar a mente. Assim, começamos a obter ainda mais relatosinteressantes.

Um dos depoimentos mais marcantes foi de um jornalista que participavade um dos nossos cursos abertos de fim de semana, no qual apresentamos atécnica da Autocinética no sábado à tarde. Ao chegar a sua casa, naquela noite,ele decidiu testar a técnica para avaliar se funcionava mesmo. Ele tinha em mãoso material do curso, que era um mapa mental da Autocinética, e começou aseguir os procedimentos ali descritos. Estabeleceu como objetivo focalizar a men-te para ter idéias e elaborar uma newsletter que desejava escrever para seu site.Isso era uma tarefa semanal, que lhe tomava aproximadamente 6 horas detrabalho ao todo, na criação, redação, correção e envio pela Internet.

Quando ele retornou ao curso, no domingo pela manhã (o segundo diado curso), pediu licença para dar o seu depoimento, pois havia desafiado aAutocinética com aquela atitude de “quero ver se funciona mesmo”. Informou,então, que como resultado havia conseguido fazer toda a sua tarefa da news-letter em apenas 2 horas! Ele estava visivelmente espantado e satisfeito com oque havia conseguido, pois, além de tudo, havia chegado em casa muito cansa-do. Normalmente, gastava 6 horas nessa tarefa quando estava descansado – eraalgo que fazia logo pela manhã, depois de uma noite de sono.

Três meses depois desse episódio, ele voltou para participar de um outrocurso, e comentou que, depois daquela primeira vez, nunca mais gastou 6horas para preparar suas newsletters. No presente, ele despende uma médiade 3 horas.

É bem provável que esses relatos tenham despertado sua curiosidade, e seisso aconteceu, vou convidá-lo(a) a experimentar a Autocinética e colher seusbons resultados. Essa técnica é muito fácil de ser praticada, é rápida e nãoexige nada de especial. Vou descrever a técnica passo a passo, para facilitar:

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1. Sente-se em uma cadeira, ou banco, com os dois pés no chão. Nãose recoste na cadeira, fique com a coluna confortavelmente reta. Osseus braços podem ficar na posição que considerar mais confortável,apenas não os cruze, eles podem ficar soltos ao lado do corpo oucom as mãos apoiadas nas pernas.

2. Inspire profundamente.

3. Feche os olhos.

4. Comece a prestar atenção em algum de seus ritmos naturais, comoa sua respiração ou o seu batimento cardíaco, isso vai ajudá-lo(a) aacalmar a mente. Se você escolheu a respiração, que para a maioriadas pessoas é mais fácil, então fique percebendo ou sentindo como oar entra e sai, acompanhe todo o percurso do ar com sua atenção.

5. Permaneça com os olhos fechados, e para informar seu corpo e suamente que você está prestes a fazer um exercício diferente, pressionesuavemente o canto interno de seus olhos por 1 ou 2 segundos comas pontas de seus dedos médios.

6. Permita que se inicie um movimento de embalo natural, ou seja,quando se está sentado na posição indicada para o exercício, deolhos fechados, sem apoiar a coluna e com a atenção na respiração,é comum as pessoas sentirem um leve balanço natural do corpo,como se fosse uma leve tontura, que dá a impressão de movimentar,ou realmente movimenta, seu corpo de um lado para outro, ou paraa frente e para trás, ou ainda em movimentos circulares, como se acoluna estivesse “tonta”, cambaleando. Esse movimento é a Auto-cinética, é uma movimentação natural do corpo. Ele deve ser espontâ-neo, inconsciente, ou seja, você não deve ficar dando comandos mentaisconscientes para seu corpo movimentar-se “assim” ou “assado”.

7. Pense no objetivo que você deseja para este momento; se revitalizar,relaxar, focar sua mente, resolver um problema, seja lá o que for,coloque esse objetivo em sua mente por alguns segundos. Depois podedeixá-lo de lado ou esquecê-lo, não precisa manter o objetivo namente durante todo do exercício.

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Apêndice 5 – Autocinética • 341

8. Permita que os movimentos se intensifiquem ou se expandam natu-ralmente, como se contaminassem as partes do corpo vizinhas, naforma natural de se expressarem, como se seu corpo tivesse uma in-teligência e uma vontade próprias, independente de suas ordensmentais. Não há necessidade de ser apenas movimentos, podem sersons naturais, como cantarolar. Pode ser uma dança, qualquer coisaque seja espontânea.

9. Algumas pessoas têm dificuldades para sentir esse balanço naturaldo corpo; se esse for o seu caso, então nas primeiras vezes que forexperimentar a técnica, você pode utilizar-se de alguma ajuda quedê início a esse movimento, até que se torne espontâneo com a prá-tica. Essa ajuda poderá ser, por exemplo, você sentar-se ou imagi-nar-se sentado em uma cadeira de balanço, ou utilizar-se de umpêndulo, mas para isso terá que ficar com os olhos abertos e acom-panhar os movimentos dele. Você ainda pode imitar um pássaro emvôo, com os braços abertos, movimentando-se. Ou um jogador quemovimente o corpo, como no tênis ou no beisebol, pode tambémcolocar um CD que tenha sons do vento e se imaginar sendo umaárvore à mercê dele, balançando ou oscilando.

10. Deixe os movimentos e/ou os sons naturais de seu corpo tomaremconta e expandirem-se, como se você estivesse surfando ou apenasflutuando em uma onda, em um campo magnético, em transe. Dei-xe-se levar por essa onda, até que pare naturalmente.

11. Quando parar, agradeça seu corpo e seu inconsciente pela práticado exercício.

O processo todo não leva mais do que 10 ou 15 minutos. Se depois depraticar algumas vezes, você notar que sua tendência natural é se movimen-tar bastante, quando precisar usar a técnica no trabalho ou na escola, podese recolher alguns minutinhos no banheiro e praticá-la. Mas se os movimen-tos forem suaves e quase imperceptíveis para os outros, você pode praticarem sua mesa de trabalho ou carteira.

O importante é você saber que não existe certo ou errado na prática daAutocinética. A técnica não deve trazer mais preocupações; apenas pratique,pratique e pratique, pois assim vai descobrir como seu corpo funciona, en-quanto ele vai revelando sua inteligência própria, que pode proporcionar-

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lhe muitos ganhos. Você pode praticar quantas vezes quiser. Normalmente aspessoas praticam duas a três vezes por dia. Já algumas pessoas que utilizamessa técnica para fins terapêuticos exercitam-se mais vezes, como um pacientedo Dr. Keeney que, vítima de pressão alta, após sofrer um infarto, praticava10 minutos de Autocinética a cada 2 horas. Ele passou a ter uma vida saudá-vel e normal, mesmo trabalhando sob forte pressão em sua empresa.

A Autocinética é uma técnica de energização que vai conectar você comos ritmos naturais da vida, com o poder da vida que pulsa dentro de si, talqual sua respiração, conectando-o(a) com a força vital do seu universo. Ela éo segredo para renovar o entusiasmo e a harmonia. Para facilitar ainda mais,adiante incluímos um mapa mental com o resumo da Autocinética. Vamos lá,mãos à obra e bons resultados!

(Dado que os nossos antepassados não viveram nas mesmas circunstân-cias que estamos vivendo atualmente, devemos ter em mente que as soluçõesde que necessitamos para viver melhor devem ser adaptadas às necessidades edisponibilidades que temos. Assim, a finalidade deste artigo é difundir umconhecimento bastante atual e moderno, extremamente simples e de utilida-de inimaginável. Caso você realmente goste desse método, compartilhe seusresultados conosco, pois desejamos divulgá-lo para uma quantidade cada vezmaior de pessoas.)

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Mapa Mental da Autocinética

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Conclusão

Voltamos ao começo...

Depois de tudo o que foi apresentado a você, com a finalidade de ofere-cer-lhe recursos para um aprendizado mais fácil, mais agradável, mais diver-tido e mais rápido, nós chegamos finalmente ao início!

Agora é hora de utilizar os conhecimentos que lhe forem úteis e deixarde lado os desnecessários, portanto, a verdadeira conclusão está em suas mãos.

Desejávamos que esse empreendimento contivesse algo além de infor-mações para você, isto é, que pudesse proporcionar conhecimento, reflexão,experiência, habilidade, enriquecimento e também esquecimento (sim, o es-quecimento daquilo que já não serve mais) e, talvez, mudança de opinião etransformação.

Do nosso ponto de vista, muito mais importante do que a utilização dosmapas mentais em si mesmos é a mudança de paradigma que induz a umanova atitude de aprendizado, a ponto de nos sentirmos confiantes em explo-rar novos horizontes de como aprender e, dessa forma, resgatar nossa capa-cidade de criar possibilidades.

Desse modo, talvez você já tenha notado, os mapas mentais foram ape-nas um bom pretexto para tratarmos da proposta de uma profunda trans-formação no modelo educacional atual em direção a uma época, que talvezpareça fantasia, em que a escola volte a cumprir o seu papel. E a maioria dosprofessores possa resgatar sua autoconfiança, sua auto-estima e sua esperan-ça, ao encontrar uma nova maneira de gerar aprendizados em seus alunos,enquanto voltam a ser verdadeiros educadores.

Talvez uma época na qual tais profissionais voltem a aprender com pra-zer e recuperem o brilho dos olhos, a paixão e a satisfação de contribuir paraa construção de um mundo mais humano, quem sabe, super-humano.

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Portanto, nos sentiremos muito recompensados se, ao chegar ao fim destelivro, você concluir que algo aconteceu consigo mesmo(a) além do aprendi-zado dessa poderosa “ferramenta” dos mapas mentais. Quem sabe, ao ler essaslinhas finais você esteja fazendo uma breve retrospectiva e encontre dentro desi uma esperança, um desejo ou talvez um impulso de motivação para fazerdiferente, fazer algo novo, tomar uma decisão pendente ou apenas agir...

Essa pode ser a evidência indicativa de que sua leitura não atingiu apenassua cognição, nem somente sua consciência, mas também sua mente incons-ciente. Se esse sinal se apresentar, saiba que é aqui o seu novo começo e a nossaconclusão.

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ESPÍRITO SANTO, Ruy Cézar do. O renascimento do sagrado na educação. Papirus.

FELDENKRAIS, Moshe. Consciência pelo movimento. Summus Editorial.

FEUERSTEIN, R. & HOFFMAN, M. B. PEI. Hadassah–Wizo. Canada. Research Institute.

GARDNER, H. A nova ciência da mente. EDUSP.

GARDNER, H. Estruturas da mente. A teoria das inteligências múltiplas. Artes Médicas.

GARDNER, H. Inteligências múltiplas. Artes Médicas.

GOMES, C. Memorização dinâmica – A arte de valorizar a tolice. Arte Gráfica Ed.

GÓMEZ, J. P.; LUCA, Â. de; ONTORIA, A. Aprendendo com Mapas Mentais. Madras.

GORDON, David. Therapeutic metaphors. Meta Publications.

HALEY, Jay. Terapia não convencional. Summus Editorial.

HELLINGER, Bert. Constelações familiares. Cultrix.

HELLINGER, Bert. No centro sentimos leveza. Cultrix.

HELLINGER, Bert. Simetria oculta do amor. Cultrix.

HERMANN, Walther. Domesticando o dragão. Edição do autor.

HERMANN, Walther. Histórias que Libertam. Edição do autor.

HERMANN, Walther. O salto descontínuo. Edição do autor.

HERMANN, Walther. CD’s de áudio com as principais palestras de aprendizagem, cria-

tividade e motivação. Edição do autor.

INOUE, Ryoki. O caminho das pedras. Summus Editorial.

ISHIKAWA, Kaoru. Controle de qualidade total: à maneira japonesa. Ed. Campus.

IZQUIERDO, Ivan. Memória. Art Med Editora.

KEENEY, Bradford. The energy break. Golden Books.

KIMURA, Liz. Apostila do curso de Mapas Mentais. Edição da autora.

LAND, George & JARMAN, Beth. Ponto de ruptura e transformação. Cultrix.

LEPRI, Rodolfo. A arte da liderança na organização do futuro. Editora Santuário.

LLOYD, Linda. Classroom magic. Metamorphous Press.

MARGULIES, Nancy, M.A. Mapping inner space. Zephyr Press.

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Bibliografia • XIX

MARKOVA, Dawna. O natural é ser inteligente. Summus Editorial.

O’CONNOR, Joseph & McDERMOTT, Ian. PNL e saúde. Summus Editorial.

O’CONNOR, Joseph & SEYMOUR, J. Introdução à PNL. Summus Editorial.

OECH, Roger Von. Um chute na rotina. Cultura Editores Associados.

OECH, Roger Von. Um toc na cuca. Livraria Cultura Editora.

ORNSTEIN, Robert. A evolução da consciência. Editora Best Seller.

ORNSTEIN, Robert & THOMPSON, Richard. The amazing brain. Houghton Mifflin.

OSTRANDER, S. & SCHROEDER, L. Superaprendizagem pela Sugestologia. Record.

PEARSON, Carol S. O despertar do herói interior. Pensamento.

PEARSON, Carol S. O herói interior. Cultrix.

ROSE, Colin. Accelerated learning. Accelerated Learning Systems Ltd.

ROSEN, Sidney. Minha voz irá contigo. Psy Editorial.

ROSSI, Ernest Laurence. A psicobiologia de cura mente-corpo. Editorial Psy II.

ROSSI, Ernest Laurence. The 20 minute break. Jeremy P. Tarcher, Inc.

ROSSI, Ernest L. The symptom path to enlightenment. Palisades Gateway Publishing.

SCHEELE, Paul R. Fotoleitura. Summus Editorial.

SENGE, Peter. A quinta disciplina. Editora Best Seller.

SENGE, Peter et alii. A quinta disciplina – caderno de campo. Qualitymark.

SHAH, Idries. Os sufis. Cultrix.

SMITH, Frank. Insult to intelligence.

SOARES, Ricardo & DOUGLAS, William. Leitura dinâmica. Editora Impetus.

SOUZA, Ana M. M. de, et alii. A mediação como princípio educacional. Ed. Senac-SP.

SPRINGER, S. P. & DEUTSCH, G. Cérebro direito, cérebro esquerdo. Summus Editorial.

TALBOT, Michael. O universo holográfico. Editora Best Seller.

VILELA, Virgílio V. Série guias de decisão – Mapas Mentais. Edição eletrônica do autor.

WEBB, Terry W. & WEBB, Douglas. Accelerated learning with music (Trainer’s Manual).

Accelerated Learning Systems

WILLIAMS, L. V. Teaching for the two-sided mind. Touchstone Book/Simon & Schuster.

ZEIG, Jeffrey. Seminários didáticos com Milton H. Erickson. Psy Editorial.

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XX • MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências

Links úteis na Internet

Sites de conteúdo:

www.idph.net

www.mapasmentais.com.br

www.golfinho.com.br

www.possibilidades.com.br

www.metaforas.com.br

www.escrevaseulivro.com.br

www.thelearningweb.net

Softwares:

www.intelimap.com.br

www.freemind.sourceforge.net

www.mindjet.com

www.mind-map.com

www.mindmapper.com

Treinamentos interessantes:

www.idph.net

www.sp.senac.br

www.waltherhermann.com.br

www.cori.rei.unicamp.br/foruns/

www.espacosollua.com.br

www.peiropolis.org.br

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É economista, formada em Letras, executiva da área financeira de empre-sa multinacional, escritora, palestrante e possui formação em ProgramaçãoNeurolingüística, Constelações Sistêmicas segundo Bert Hellinger, além de es-tudar hipnose e comportamento há vários anos.

É certificada na metodologia de qualidade Six Sigma como Green Belt,instrutora do programa de mudança cultural Kaizen Zero.

Foi aluna de Bert Hellinger, Stephen Gilligan, Ernest L. Rossi, Stephen PaulAdler, Tereza Robles, Betty A. Erickson, Peter e Tsuyuko Jinno Spelter, FernandoDalgalarrondo e é colaboradora do site do IDPH.

Criou o programa de treinamento “Mapas Mentais – Enriquecendo Inte-ligências”, oferecido pelo Instituto de Desenvolvimento do Potencial Humano, eprojetou o presente livro. É usuária assídua das técnicas da Aprendizagem Ace-lerada, entre as quais: Mapas Mentais, Fotoleitura, Leitura Dinâmica, Técnicasde Memorização, além de ser praticante de autocinética e auto-hipnose.

VIVIANI BOVOBrasileira, nascida em Rio Claro em agosto de 1962E-mail: [email protected]

[email protected]

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Walther Hermann é educador, palestrante, escritor, coach, constelador, hipnó-logo e pesquisador de processos de aprendizagem especialmente referenciadosna mudança de comportamento. Foi instrutor de tênis e de Tai Chi Chuan etem como especialidade aprender para depois construir processos educativosmais simples, visando o aprendizado de adultos.

Tem formação em ciências exatas, mas atua na área educacional há 25 anos,sendo autor dos livros Domesticando o Dragão – Aprendizagem Acelerada de Lín-guas Estrangeiras (1999) e O Salto Descontínuo (1996) e da coleção de livros debolso Histórias que Libertam (com 12 títulos publicados em 2000). Sua melhorautodefinição profissional é como “Arquiteto do Aprendizado”.

Foi aluno de Richard Bandler, Bradford Keeney, Bert Hellinger, Ernest L.Rossi, Stephen Gilligan, Peter e Tsuyuko Jinno Spelter, John La Valle, Jeffrey Zeig,Betty Alice Erickson, Stephen Paul Adler, Tereza Robles, Ruy Cézar do EspíritoSanto, Dr. Eliezer C. Mendes, Meyr Ben-Hur, Salvador Minuchin, John Grinder,Robert Dilts, Robert McDonald e Edward de Bono, entre muitos outros.

Foi o criador do método de desbloqueio para aprender idiomas, do mé-todo Light Tennis de aprendizado para adultos, é mantenedor do sitewww.idph.net e adora aprender. Atualmente pratica tênis, Tai Chi Chuan,aprende a tocar bateria e a praticar Aikidô, além de ser apaixonado por ciên-cias, pela hipnose, pela pesquisa sobre comportamento humano, pelo estudocomparado de religiões e de mitos, e por cinema.

WALTHER HERMANNBrasileiro, nascido em São Paulo em maio de 1962E-mail: [email protected]

[email protected]

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“DOMESTICANDO O DRAGÃO”

Aprendizagem Acelerada deLínguas Estrangeiras

Este livro é um programa de aprendizadode idiomas interativo. Serve para reativaras formas de aprender língua que pos-sui uma criança e tornar mais fácil enatural a conquista desse desafio.Metaforicamente, pode ser com-

preendido como um “LUBRIFICANTE” paraa aprendizagem de línguas estrangeiras, servindo para

desbloquear a conversação e ativar o vocabulário já adquiri-do anteriormente em outros cursos convencionais. Na prática, é a trans-

crição do seminário “Aprendizagem Acelerada de Línguas Estrangeiras” (quedura 18 horas e, normalmente, acontece em um único fim de semana), cujo nível desatisfação dos participantes tem permanecido entre 90% e 95%.

Para compreender melhor esse programa, que possui como conceito central aconquista de AUTONOMIA na aprendizagem, podemos compará-lo ao “aprender apescar”, em vez de passar anos “comprando peixes”. Corresponde a até dois anos deestudo em um curso convencional e chega a economizar até 50% do tempo necessá-rio para se falar outras línguas.

Considerando a natureza prática do programa e a linguagem circular de apre-sentação das experiências propostas, este livro pode ser também considerado ummanual básico de aplicação de hipnose generativa à educação. Não obstante, sua lin-guagem serve para iniciantes e leigos.

Simplificadamente, a tecnologia aplicada, Flexibilização de Estados de Excelên-cia em Aprendizagem (F.E.E.A.), pode ser entendida como uma estruturação da lin-guagem que estimule a aprendizagem por insights, por descobertas e pela intuição, ouseja, a própria aprendizagem profunda. Dessa hiperestimulação do estilo de proces-samento predominantemente de hemisfério cerebral direito decorre uma série de “ga-nhos secundários”, tais como: dinamização da criatividade, melhora de concentração ememória, gerenciamento inconsciente do estresse, melhora na comunicação interpes-soal e intrapessoal, maior facilidade de falar em público, além do aprendizado da lín-gua estrangeira escolhida.

É um livro simples, porém profundo em seus efeitos. Possui partes complemen-tares que podem ser lidas fora da ordem dos “capítulos”, de acordo com o interessedo leitor, e proporciona uma nova compreensão dos processos de aprendizagem numcontexto que transcende a aprendizagem de idiomas.

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Coleção de Livros de Bolso

HISTÓRIAS QUE LIBERTAM

É uma coleção de livros de bolsocomposta por 12 títulos que contêm

histórias e casos curiosos sobre compor-tamento, transformação e bem-estar.

Tais histórias fazem parte de palestras,seminários e textos ou depoimentos

e casos de amigos, clientes e alunosdo autor. Naturalmente, elas foram

adequadas a cada contexto espe-cífico de aprendizagem.

Diferente de um programade auto-ajuda convencional, esta coleção

traz muito poucas tarefas e muitas reflexões sobre di-ferentes pontos de vista sobre o viver e sobre conquistar nos-

sa própria essência.Muitas de suas histórias já foram apresentadas nos livros Domesticando o

Dragão e O Salto Descontínuo. Tais livros, entretanto, ficaram restritos a segmentos deaprendizagem muito específicos.

Histórias que Libertam têm a finalidade de popularizar uma compreensão domundo mais adequada à vida nesse novo milênio, utilizando-se de um estilo já pre-sente nas novas tecnologias e abordagens educacionais de vanguarda.

Os principais temas abordados nesta coleção constituem-se de questões existen-ciais bastante familiares ao nosso dia-a-dia, tais como: transformações e mudanças,criatividade, motivação, planejamento, discernimento, solução de problemas, relacio-namentos, ansiedade, medo, morte, futuro, destino, saúde, controle de peso edesbloqueio para o aprendizado de idiomas.

Sua missão é contribuir para a construção de uma nova consciência dos papéis,atitudes e ações que possam embasar essa nova Humanidade que está obstinadamen-te vindo à luz. Principalmente, reconciliando cada um de nós com o nosso própriocaminho e sentido de vida.

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Cadastre-se no site: www.idph.net

Você encontrará muitos conteúdos que podem lhe ser úteis:

❑ Newsletter Nova Educação: artigos sobre aprendizagem, comportamen-to e educação.

❑ Livros eletrônicos: Domesticando o Dragão, coleção Histórias que Liber-tam, e As Palavras Mais Comuns da Língua Inglesa, com as 750 palavrasmais freqüentes retiradas do livro de mesmo nome do Prof. RubensQueiroz de Almeida, da Editora Novatec.

❑ Artigos e textos sobre diversos assuntos relacionados ao desenvolvi-mento pessoal na seção de Artigos, inclusive o conjunto completo dosartigos do livro O Salto Descontínuo.

❑ Você ainda encontrará mais: letras de músicas em inglês, histórias,metáforas, piadas da lista “English for Reading” e muitos outros con-teúdos de autodesenvolvimento.

❑ Curso de Inglês ONLINE, um curso para desenvolver habilidades deleitura e compreensão de textos e audição e compreensão de discursonos moldes do método OLeLaS (Open Learning Language System),apresentado no livro Domesticando o Dragão. Mais informações e umalição gratuita para avaliar o conteúdo estão disponíveis no endereçowww.idph.net/inglesonline.

❑ Lista EFRL – English for Reading and Listening de histórias e piadasem inglês enviadas diariamente por e-mail contendo arquivos de áudiogravados por falantes nativos da língua inglesa.

❑ Cadastramento gratuito na lista eletrônica [email protected], para receber uma anedota em inglês por dia com voca-bulário comentado (“o inglês nosso de cada dia”).

❑ Produtos do IDPH: livros, palestras em CD, agenda de eventos e pa-lestras, indicações etc.

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Atividades do IDPH

O Instituto de Desenvolvimento do Potencial Humano é uma instituição de pes-quisa e aplicação de tecnologias educacionais de vanguarda, e possui como núcleo dasatividades o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal. As principais áreas deatuação de nosso instituto são:

❑ Empreendedorismo e iniciativa❑ Ferramentas educacionais e aprendizagem de adultos❑ Idiomas – metodologias de vanguarda para acelerar o aprendizado❑ Qualidade de vida❑ Coaching de aprendizagem

Os seminários mais conhecidos de nosso instituto fazem parte do programaExpansão Pessoal, e são os seguintes:

❑ Expansão Pessoal I – “Desbloqueio para Aprender Idiomas”❑ Expansão Pessoal II – “Mapas Mentais – Enriquecendo Inteligências”❑ Expansão Pessoal III – “Concentração Dinâmica”❑ Formação em Programação Neurolingüística❑ Workshops e Treinamentos em Constelações Sistêmicas❑ Formação em Coaching❑ Eventos internacionais de Desenvolvimento pessoal

Mais detalhes, você poderá encontrar em nosso site na Internet: www.idph.netContate-nos pelos telefones (19) 3258-6008 ou (19) 3258-4454,ou pelo e-mail: [email protected]

Instituto de Desenvolvimento do Potencial HumanoAv. Ipanema, 92 (519) – Sousas – 13104-104 – Campinas – SP – Brasil