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MAPEAMENTO DE RISCOS ASSOCIADOS A ESCORREGAMENTOS, INUNDAÇÕES, EROSÃO E SOLAPAMENTO DE MARGENS DE DRENAGENS (Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013) RELATÓRIO TÉCNICO MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO Volume II Introdução, Metodologia, Caracterização do Município, Resultados da Avaliação de Risco Regional ABRIL DE 2014

MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

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MAPEAMENTO DE RISCOS ASSOCIADOS A

ESCORREGAMENTOS, INUNDAÇÕES,

EROSÃO E SOLAPAMENTO DE MARGENS

DE DRENAGENS

(Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013)

RELATÓRIO TÉCNICO

MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO

Volume II Introdução, Metodologia, Caracterização do Município,

Resultados da Avaliação de Risco Regional

ABRIL DE 2014

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Governo do Estado de São Paulo

Governador Geraldo Alckmin

Secretaria de Estado de Meio Ambiente

Secretaria de Estado da Casa

Militar e Coordenadoria de Defesa Civil Estadual

Secr. Rubens Naman Rizek Junior Secr. Cel. Marco Aurélio Alves Pinto

Instituto Geológico Departamento Estadual de

Defesa Civil Dir. Ricardo Vedovello Dir. Mj. Walter Nyakas Jr.

MAPEAMENTO DE RISCOS ASSOCIADOS A

ESCORREGAMENTOS, INUNDAÇÕES,

EROSÃO E SOLAPAMENTO DE MARGENS

DE DRENAGENS

(Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013)

RELATÓRIO TÉCNICO

MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO

Volume II

São Paulo

ABRIL DE 2014

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

Volume II i

EQUIPE TÉCNICA

COORDENAÇÃO:

EDUARDO DE ANDRADE Especialista Ambiental – – Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental

EQUIPE EXECUTORA: ANTONIO CARLOS MORETTI GUEDES Geólogo – Núcleo de Geoprocessamento

JAIR SANTORO Geólogo - Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental

CLÁUDIO JOSÉ FERREIRA Geólogo - Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental

LÍDIA KEIKO TOMINAGA Geóloga - Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental

DANIELA GÍRIO MARCHIORI FARIA Engenheira Geóloga - Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental

MARIA JOSÉ BROLLO Geóloga - Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental

DENISE ROSSINI PENTEADO Geógrafa – Núcleo de Dinâmica de Uso e Ocupação Territorial

PAULO CÉSAR FERNANDES DA SILVA Geólogo - Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental

EDUARDO DE ANDRADE Especialista Ambiental – Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental

PEDRO CARIGNATO BASÍLIO LEAL Geógrafo – Núcleo de Geoprocessamento

EDUARDO SCHIMID BRAGA Geógrafo - - Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental

RODOLFO MOREDA MENDES Engenheiro Civil – Laboratório de Análises Geológicas

FRANCISCO DE ASSIS NEGRI Geólogo - Núcleo de Geologia Geral

ROGÉRIO RODRIGUES RIBEIRO Geógrafo – Núcleo de Monumentos Geológicos

FRANCISNEIDE SOARES RIBEIRO Geógrafa – Núcleo de Geoprocessamento

ESTAGIÁRIOS: Arthur Kenji Maeda Eduardo Yudi Yamagata Isabela Gagliardi Ortiz Mariana Silva Fernandes Thais Leonardo dos Santos Santiago

APOIO DE CAMPO (Núcleo de Administração de Subfrota): Edney Xavier de Souza Gilberto Sanchez Hernandes Magalhães Filho Márcio Félix Dionisio Roberval Mariano Valentim Otaviano dos Santos Filho

APOIO TÉCNICO:

Daniel Rodrigues de França Ivete Costa da Silva Márcia Vieira Silva Maria de Lourdes Figueiredo Gomes Miriam Ramos Gutjahr Vania Aparecida dos Santos

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

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Volume II ii

SUMÁRIO

Volume I – Relatório executivo – Síntese

Volume II – Introdução, Metodologia, Caracterização do Município, Resultados da Avaliação de Risco Regional

Volume III – Resultados da Avaliação de Risco Local, Recomendações, Conclusão, Bibliografia, Apêndice (Glossário técnico)

Volume IV – Anexos (1 . Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão; 2. Quadro síntese com a caracterização das áreas e setores de risco; 3. Descrição dos setores de risco (Figuras das áreas de risco; Fichas de campo)

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

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Volume II iii

ÍNDICE

Volume I

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 1 2. OBJETIVOS .................................................................................................................................. ............................. 2 3. METODOLOGIA ........................................................................................................................... ............................. 3 4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO ................................................... ............................... 6 5. RESULTADOS .............................................................................................................................. .............................. 8 6. CONCLUSÕES .............................................................................................................................. ............................. 9 ANEXO 1. MAPA DE ÁREAS DE RISCO DE CAMPOS DO JORDÃO ANEXO 2. QUADRO SÍNTESE COM A CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS E SETORES DE RISCO

Volume II

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... .................... 1 2. OBJETIVOS ............................................................................................................................................ ................... 2 3. METODOLOGIA ..................................................................................................................................... ................... 3

3.1. Introdução ................................................................................................................................... .................... 3 3.2. Inventário de dados e informações sobre eventos e acidentes ....................................................... ............... 5

a) Banco de dados da Defesa Civil Municipal e Estadual ............................................................. ..................... 5 b) Notícias veiculadas na mídia impressa e eletrônica ................................................................ ..................... 6 c) Pesquisa bibliográfica .............................................................................................................. ..................... 6 d) Interpretação de imagens de sensoriamento remoto ............................................................ ..................... 6

3.3. Mapeamento de risco na escala regional (escala 1:50.000) ........................................................... ................ 6 3.3.1. Introdução ......................................................................................................................... ..................... 6 3.3.2. Definição das unidades de análise .......................................................................................................... 6 3.3.3. Definição e obtenção dos atributos e seleção dos fatores de análise ............................... ..................... 8 3.3.4. Modelo e cálculo das variáveis de risco ............................................................................ ..................... 12 3.3.5. Produção cartográfica final .................................................................................................................... 15

3.4. Mapeamento de risco na escala local (1:3.000) .............................................................................................. 15 3.4.1. Introdução ......................................................................................................................... ..................... 15 3.4.2. Definição de unidades de análise e áreas-alvo para estudos na escala local ................... ...................... 16 3.4.3. Pré-setorização e obtenção dos atributos de análise ........................................................ ..................... 16

A - Estudos de escorregamento, erosão e solapamento de margens de drenagens ........ .......................... 16 B - Estudos de inundação .................................................................................................. .......................... 17 C - Nomenclatura dos setores de risco .............................................................................. ......................... 17 D - Ficha de campo de caracterização de áreas de risco ................................................... ......................... 18

3.4.4. Modelagem, setorização e análise de risco de escorregamento, erosão e solapamento de margem de drenagens ................................................................................................. ................................................... 27

A - Análise do perigo ......................................................................................................... .......................... 27 B - Análise da Vulnerabilidade ........................................................................................... ......................... 28 C - Análise do Dano ........................................................................................................... .......................... 29 D - Modelagem, setorização e análise de risco ................................................................. .......................... 29

3.4.5. Modelagem, setorização e análise de risco de inundação ................................................ ..................... 31 A - Obtenção de dados para a determinação do perigo de inundação ............................ .......................... 31 B - Modelagem e cálculo da variável Perigo (P) de inundação .......................................... ......................... 32 C - Análise da Vulnerabilidade ........................................................................................... ......................... 34 D - Análise do Dano ........................................................................................................... ......................... 34 E - Modelagem, setorização e análise de risco .................................................................. ......................... 36

3.4.6. Indicação de recomendações técnicas gerais ......................................................................................... 36 3.4.7. Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São Paulo (SGI-RISCO-IG)43

4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO ............................................................... ................... 47 4.1. Localização ................................................................................................................................... ................... 47 4.2. Aspectos regionais ........................................................................................................................ .................. 48 4.3. Aspectos locais .............................................................................................................................. .................. 50 4.4. Histórico de acidentes em áreas de risco em Campos do Jordão ..................................................... .............. 56

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II iv

5. RESULTADOS ........................................................................................................................................ .................... 78 5.1. Introdução ................................................................................................................................... .................... 78 5.2. Resultados - Mapeamento de risco na escala regional 1:50.000 ................................................... ................. 78

5.2.1. Análise de Perigos .............................................................................................................. .................... 79 5.2.2. Análise da Vulnerabilidade ................................................................................................ ..................... 80 5.2.3. Análise do Risco ................................................................................................................. ..................... 81 5.2.4. Mapas da análise regional ................................................................................................. ..................... 82

Volume III

5.3. Resultados – Mapeamento de risco na escala local 1:3.000 .......................................................... ...................... 90 5.3.1. Introdução ......................................................................................................................... ..................... 90 5.3.2. Descrição das Áreas de Risco ............................................................................................ ..................... 99

ÁREA 1 – VILA SANTO ANTONIO-ENCUBADORA ......................................................................................... 110 ÁREA 2 – VILA SANTO ANTÔNIO-BICA ......................................................................................................... 111 ÁREA 3 – VILA SANTO ANTONIO-CAIXA D’ ÁGUA ........................................................................ ............... 119 ÁREA 4 – BRITADOR ..................................................................................................................... ............... 128 ÁREA 5 – VILA MATILDE ............................................................................................................... ............... 136 ÁREA 6 – JARDIM SUMARÉ .......................................................................................................... ............... 141 ÁREA 7 – VILA FRACALANZA ........................................................................................................ ............... 144 ÁREA 8 – VILA SÃO PAULO ........................................................................................................... ............... 150 ÁREA 9 – FLORESTA NEGRA ......................................................................................................... ............... 155 ÁREA 10 – SANTA CRUZ ............................................................................................................... ............... 158 ÁREA 11 – VILA LOLY .................................................................................................................... ............... 167 ÁREA 12 – JARDIM CALIFÓRNIA ................................................................................................... ............... 171 ÁREA 13 – BAIRRO DOS PUMAS .................................................................................................................. 174 ÁREA 14 – JARDIM MONTE CARLO .............................................................................................. ............... 180 ÁREA 15 – VILA PAULISTA ............................................................................................................ ............... 186 ÁREA 16 – VILA SODIPE ................................................................................................................ ............... 196 ÁREA 17 – VILA GUIOMAR ........................................................................................................... ............... 202 ÁREA 18 – VILA ALBERTINA ......................................................................................................... ................ 205 ÁREA 19 – VILA PICA PAU ............................................................................................................. .............. 220 ÁREA 20 – VILA ELIZA ................................................................................................................... ............... 223 ÁREA 21 – BRANCAS NUVENS ...................................................................................................... ............... 225 ÁREA 22 – VALE ENCANTADO ...................................................................................................... ............... 232 ÁREA 23 – JARDIM MÁRCIA - UNIDADE DE SAÚDE ....................................................................... .............. 239 ÁREA 24 – JARDIM MÁRCIA – ELEKTRA ....................................................................................... ............... 243 ÁREA 25 – VILA SODIPE – CEMITÉRIO .......................................................................................... ............... 246 ÁREA 26 – JARDIM ALPESTRE ...................................................................................................... ............... 251 ÁREA 27 – COLINAS DO CAPIVARI ................................................................................................ ............... 256 ÁREA 28 – VALE DA MANTIQUEIRA .............................................................................................. .............. 259 ÁREA 29 – JARDIM EMBAIXADOR ................................................................................................ ............... 262 ÁREA 30 – RECANTO FELIZ ........................................................................................................... ............... 269 ÁREA 31 – VILA NADIR .................................................................................................................. .............. 276 ÁREA 32 – CAPIVARI ..................................................................................................................... .............. 281 ÁREA 33 – VILA JAGUARIBE .......................................................................................................... .............. 288 ÁREA 34 – MATADOURO .............................................................................................................. .............. 295 ÁREA 35 – VILA FERRAZ ................................................................................................................ .............. 298 ÁREA 36 – VILA THELMA/ACM .................................................................................................................... 303 ÁREA 37 – DAMAS ........................................................................................................................ .............. 307 ÁREA 38 – VÉU DA NOIVA ............................................................................................................ ............... 314 ÁREA 39 – BIQUINHA/JAGUARIBE ................................................................................................ .............. 319 ÁREA 40 – ABERNÉSSIA .................................................................................................................. ............. 323

6. RECOMENDAÇÕES E PERSPECTIVAS DE APLICAÇÃO EM INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS MUNICIPAIS .. 331 6.1. Introdução ............................................................................................................................................................. 331 6.2 Principais instrumentos de gestão municipal relacionados ao mapeamento de risco ........................................... 331 6.3. Recomendações e perspectivas de aplicação dos resultados da avaliação regional ............................................. 332 6.4. Recomendações e perspectivas de aplicação dos resultados da avaliação em escala de detalhe ........................ 333

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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7. CONCLUSÕES ...................................................................................................................... ..................................... 342 9. AGRADECIMENTOS .............................................................................................................................. .................... 343 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................... ..................... 343 APÊNDICE – GLOSSÁRIO TÉCNICO

Volume IV

ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização das áreas e setores de risco ANEXO 3. Descrição dos setores de risco (Figuras das áreas de risco; Fichas de campo)

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

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Volume II vi

Figuras

Figura 3.1. Estrutura metodológica para análise de risco ............................................................................................ 3 Figura 3.2. Nomenclatura das áreas e setores de risco ................................................................................................ 17 Figura 3.3. Modelo de ficha de campo para registro de dados das áreas de risco de escorregamentos ..................... 19 Figura 3.4. Modelo de ficha de campo para registro de dados das áreas de risco de erosão ...................................... 21 Figura 3.5. Modelo de ficha de campo para registro de dados das áreas de risco de erosão/solapamento de

margens de drenagens ............................................................................................................................................ 23 Figura 3.6. Modelo de ficha de campo para registro de dados das áreas de risco de inundação ................................ 25 Figura 3.7. Tela de entrada do SGI-RISCO-IG, com formulário de contato com a administração do Sistema ... .......... 44 Figura 3.8. Vista de parte mapeamento de risco, com a representação de algumas áreas e setores de risco . .......... 44 Figura 3.9. Representação de consulta às fichas de campo de um setor de risco de escorregamento, mostrando

que a navegação pelo conteúdo do banco de dados se dá por meio de abas, o que facilita o agrupamento e leitura das informações ........................................................................................................... .............................. 45

Figura 3.10. Ferramentas de entrada e edição de dados vetoriais e tabulares permite a setorização de Risco baseada em escala de visualização em tela de até 1:1000, o que dá grande precisão ao mapeamento de risco . 46

Figura 4.1. Localização do município de Campos do Jordão ............................................................................. .......... 47 Figura 4.2. Mapa Geológico da UGHRI 1 – Bacia da Serra da Mantiqueira (modificado de CPRM 2006) ......... ............... 49 Figura 4.3. Mapa geomorfológico da UGHRI 1-Bacia da Serra da Mantiqueira (modificado de Ross & Moroz 1997) ...... 49 Figura 4.4. Mapa Geológico de Campos do Jordão (modificado de IPT (1990) e Morais et al. (1998); organizado por

Francisco de Assis Negri, 2014) .................................................................................................................................... 52 Figura 4.5. Vista de uma das porções do material mobilizado do escorregamento de argila orgânica (turfa),

ocorrido próximo a Vila Albertina. Fonte: jornal O Estado de São Paulo (in IPT 2002) .......................................... 56 Figura 4.6. Acidentes de escorregamentos de pequeno e grande porte na porção central do Britador em 2000

(IPT 2002) ................................................................................................................................................................ 57 Figura 4.7. Acidente em 2000 associado a escorregamento translacional em encosta de alta declividade natural

situada em porção de cabeceira de drenagem na Vila Santo Antônio (IPT 2002) .................................................. 57 Figura 4.8. Notícia veiculada no jornal “Vale Paraibano” no dia 06 de janeiro de 2000, retratando a situação em

Campos do Jordão ................................................................................................................................................... 65 Figura 5.1. Mapa de perigo de escorregamento em escala de análise regional do município de Campos do Jordão . 83 Figura 5.2. Mapa de perigo de erosão em escala de análise regional do município de Campos do Jordão................. 84 Figura 5.3. Mapa de perigo de inundação em escala de análise regional do município de Campos do Jordão .......... 85 Figura 5.4. Mapa de vulnerabilidade em escala de análise regional do município de Campos de Jordão ................... 86 Figura 5.5. Mapa de risco de escorregamentos em escala de análise regional do município de Campos de Jordão . 87 Figura 5.6. Mapa de risco de inundação em escala de análise regional do município de Campos de Jordão.............. 88 Figura 5.7. Mapa de risco de erosão em escala de análise regional do município de Campos de Jordão ................... 89 Figura 5.8. Mapa de áreas de risco de Campos do Jordão (SP) ......................................................................... .......... 95 Figura 5.8. Mapa de áreas de risco do município de Campos do Jordão (SP) ................................................... .......... 95 Figura 5.9. Mapa de áreas de perigo de inundação no município de Campos do Jordão (SP) ..................................... 96 Figura 5.10. Vista da Área 1 – Vila Santo Antônio-Encubadora ................................................................................... 105 Figura 5.11. Vista da Área 2 – Vila Santo Antônio-Bica ................................................................................................ 115 Figura 5.12. Vista da Área 3 – Vila Santo Antônio-Caixa D’ Água ...................................................................... .......... 123 Figura 5.13. Vista da Área 4 – Britador ......................................................................................................................... 132 Figura 5.14. Vista da Área 5 – Vila Matilde ................................................................................................................... 138 Figura 5.15. Perigo de inundação na Área 5 – Vila Matilde ......................................................................................... 139 Figura 5.16. Vista da Área 6 – Jardim Sumaré ................................................................................................... .......... 144 Figura 5.17. Vista da Área 7 – Vila Fracalanza ................................................................................................... .......... 148 Figura 5.18. Vista da Área 8 – Vila São Paulo .................................................................................................... ........... 153 Figura 5.19. Vista da Área 9 – Floresta Negra ................................................................................................... ........... 156 Figura 5.20. Vista da Área 10 – Santa Cruz ...................................................................................................... .......... 162 Figura 5.21. Perigo de inundação na Área 10 – Santa Cruz ............................................................................. .......... 163 Figura 5.22. Vista da Área 11 – Vila Loly ....................................................................................................................... 169 Figura 5.23. Vista da Área 12 – Jardim Califórnia ............................................................................................. ........... 172 Figura 5.24. Vista da Área 13 – Bairro dos Pumas ........................................................................................................ 176 Figura 5.25. Perigo de inundação na Área 13 – Bairro dos Pumas .................................................................... .......... 177 Figura 5.26. Vista da Área 14 – Jardim Monte Carlo ......................................................................................... .......... 184 Figura 5.27. Vista da Área 15 – Vila Paulista ................................................................................................................. 191 Figura 5.28. Perigo de inundação na Área 15 – Vila Paulista ........................................................................................ 192 Figura 5.29. Vista da Área 16 – Vila Sodipe ....................................................................................................... .......... 199 Figura 5.30. Vista da Área 17 – Vila Guiomar .................................................................................................... .......... 203 Figura 5.31. Vista da Área 18 – Vila Albertina............................................................................................................... 211

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

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Volume II vii

Figura 5.31a. Detalhe da porção esquerda da Área 18 – Vila Albertina ....................................................................... 212 Figura 5.31b. Detalhe da porção direita da Área 18 – Vila Albertina ........................................................................... 213 Figura 5.32. Perigo de inundação na Área 18 – Vila Albertina...................................................................................... 214 Figura 5.33. Vista da Área 19 – Vila Pica Pau ................................................................................................................ 221 Figura 5.34. Vista da Área 20 – Vila Eliza ...................................................................................................................... 223 Figura 5.35. Vista da Área 21 – Brancas Nuvens ........................................................................................................... 228 Figura 5.36. Perigo de inundação na Área 21 – Brancas Nuvens .................................................................................. 229 Figura 5.37. Vista da Área 22 – Vale Encantado ........................................................................................................... 234 Figura 5.37a. Detalhe da porção esquerda da Área 22 – Vale Encantado .................................................................... 235 Figura 5.37b. Detalhe da porção direita da Área 22 – Vale Encantado ........................................................................ 235 Figura 5.38. Perigo de inundação na Área 22 – Vale Encantado ................................................................................. 236 Figura 5.39. Vista da Área 23 – Jardim Márcia - Unidade de Saúde ............................................................................. 241 Figura 5.40. Vista da Área 24 – Jardim Márcia - Elektra ............................................................................................... 244 Figura 5.41. Vista da Área 25 – Vila Sodipe - Cemitério ................................................................................................ 248 Figura 5.42. Vista da Área 26 – Jardim Alpestre ........................................................................................................... 253 Figura 5.43. Perigo de inundação na Área 26 – Jardim Alpestre ................................................................................ 254 Figura 5.44. Vista da Área 27 – Colinas do Capivari ...................................................................................................... 257 Figura 5.45. Vista da Área 28 – Vila Mantiqueira ......................................................................................................... 260 Figura 5.46. Vista da Área 29 – Jardim Embaixador. .................................................................................................... 265 Figura 5.47. Perigo de inundação na Área 29 – Jardim Embaixador ........................................................................... 266 Figura 5.48. Vista da Área 30 – Recanto Feliz ............................................................................................................... 272 Figura 5.49. Perigo de inundação na Área 30 – Recanto Feliz ................................................................................... 273 Figura 5.50. Vista da Área 31 – Vila Nadir ..................................................................................................................... 278 Figura 5.51. Vista da Área 32 – Capivari ....................................................................................................................... 284 Figura 5.52. Perigo de inundação na Área 32 – Capivari ............................................................................................ 285 Figura 5.53. Vista da Área 33 – Vila Jaguaribe .............................................................................................................. 291 Figura 5.54. Perigo de inundação na Área 33 – Vila Jaguaribe ................................................................................... 292 Figura 5.55. Vista da Área 34 – Matadouro .................................................................................................................. 296 Figura 5.56. Vista da Área 35 – Vila Ferraz ................................................................................................................... 300 Figura 5.57. Perigo de inundação na Área 35 – Vila Ferraz ......................................................................................... 301 Figura 5.58. Vista da Área 36 – Vila Thelma/ACM ........................................................................................................ 304 Figura 5.59. Perigo de inundação na Área 36 – Vila Thelma/ACM .............................................................................. 305 Figura 5.60. Vista da Área 37 – Damas ......................................................................................................................... 309 Figura 5.60a. Detalhe da porção esquerda da Área 37 – Damas .................................................................................. 310 Figura 5.60b. Detalhe da porção direita da Área 37 – Damas ...................................................................................... 310 Figura 5.61. Perigo de inundação na Área 37 – Damas ................................................................................................ 311 Figura 5.62. Vista da Área 38 – Véu da Noiva ............................................................................................................... 316 Figura 5.63. Perigo de inundação na Área 38 – Véu da Noiva ..................................................................................... 317 Figura 5.64. Vista da Área 39 – Biquinha/Jaguaribe. .................................................................................................... 321 Figura 5.65. Perigo de inundação na Área 39 – Biquinha/Jaguaribe ............................................................................ 321 Figura 5.66. Vista da Área 40 – Abernéssia ................................................................................................................... 326 Figura 5.66a. Detalhe da porção esquerda da Área 40 – Abernéssia .......................................................................... 327 Figura 5.66b. Detalhe da porção direita da Área 40 – Abernéssia .............................................................................. 327 Figura 5.67. Perigo de inundação na Área 40 – Abernéssia.......................................................................................... 328

Fotos

Foto 5.1. Área 1 - Vila Santo Antônio-Encubadora. Vista geral da porção norte do setor mostrando a ocupação residencial densa e consolidada ao longo de toda a encosta do morro. Grandes declividades. À direita da imagem, o trecho vegetado indica o local onde ocorreu escorregamento em 2000. ............................................ 106

Foto 5.2. Área 1 - Vila Santo Antônio-Encubadora. Vista geral da porção sul do setor, ilustrando a declividade acentuada da encosta e do tipo de ocupação. ....................................................................................................... 106

Foto 5.3. Área 1 – Vila Santo Antônio-Encubadora. Setor A1S1R2esc : Vista parcial nas proximidades da Rua Pavão, na altura do nº 46, mostrando o tipo de ocupação . .............................................................................................. 107

Foto 5.4. Área 01 – Vila Santo Antônio-Encubadora. Setor A1S2R4esc: vista de moradias muito próximas à base e topo dos taludes de corte. ...................................................................................................................................... 107

Foto 5.5. Área 1 – Vila Santo Antônio-Encubadora. Setor A1S3R3esc: detalhe de estrutura de contenção precária num dos taludes de corte no meio do setor. .......................................................................................................... 108

Foto 5.6. Área 01 – Vila Santo Antônio-Encubadora. Setor A1S5R3esc: vista do quintal da casa nº 420-2 (Sra. Regiane), pelo qual passa a água de drenagem de montante do bairro. ............................................................... 108

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

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Volume II viii

Foto 5.7. Área 1 – Vila Santo Antônio-Encubadora. Setor A1S6R3esc: vista da moradia (Rua Pardal, 17) de alta vulnerabilidade (madeirite; baixo padrão construtivo). ......................................................................................... 109

Foto 5.8. Área 1 – Vila Santo Antônio-Encubadora. Setor A1S7R2esc: vista dos taludes de corte e aterro junto à moradia de nº 180, na Rua Azulão (Sra. Maria). .................................................................................................... 109

Foto 5.9. Área 1 – Vila Santo Antônio-Encubadora. Setor A1S8R3esc: vista de parte do setor mostrando a vulnerabilidade das moradias, a declividade e geometria dos taludes de corte. .................................................. 110

Foto 5.10. Área 2 - Vila Santo Antônio-Bica. Setor A2S3R4esc: vista parcial do setor, com ocupação residencial densa e consolidada, com moradias apresentando muito baixo padrão construtivo, em madeira ...................... 116

Foto 5.11. Vila Santo Antonio. Foto do acidente ocorrido em 2000 associado, onde se observa escorregamento translacional em encosta de alta declividade natural situada em porção de cabeceira de drenagem na Vila Santo Antônio (Fonte: IPT 2002). Atualmente a cicatriz está em grande parte ocupada por vegetação, sendo que na porção superior à direita encontra-se o setor aqui definido como A2S1R4esc, à esquerda está o setor A1S2R4, abaixo está o setor A2S3R4esc ................................................................................................................. 116

Foto 5.12. Área 2 – Vila Santo Antônio-Bica. Setor A2S1R4esc: vista geral, mostrando o tipo de ocupação e sua posição na encosta. Em posição acima das mesmas passa a rodovia. .................................................................... 117

Foto 5.13. Área 2 – Vila Santo Antônio-Bica. Setor A2S2R3esc: vista geral, mostrando o tipo de ocupação e sua posição na encosta. ................................................................................................................................................ 117

Foto 5.14. Área 2 – Vila Santo Antônio-Bica. Setor A2S3R4esc: Vista a partir da Rua Canário (próximo ao nº 185), próximo ao talvegue; casas de madeirite de baixo padrão, em primeiro plano, e presença de árvores tortas .... 118

Foto 5.15. Área 2 – Vila Santo Antônio-Bica. Setor A2S5R2esc: Vista geral do setor, mostrando o tipo de ocupação e sua distribuição na encosta. Na porção inferior esquerda encontra-se parte do setor A2S3R4esc .... 118

Foto 5.16. Vista geral da Área 3 – Vila Santo Antonio-Caixa d’Água. Presença de ocupação residencial densa e consolidada, com moradias em geral apresentando baixo a médio padrão construtivo, em encosta de alta declividade. ............................................................................................................................................................. 124

Foto 5.17. Área 3 – Vila Santo Antonio-Caixa d’ Água. Setor A3S1R2esc: Vista geral do setor, mostrando tipo de ocupação em encosta de alta declividade. ............................................................................................................. 124

Foto 5.18. Área 3 – Vila Santo Antonio-Caixa d’ Água. Setor A3S2R1esc: Vista geral do setor, mostrando tipo de ocupação em encosta de alta declividade. ............................................................................................................. 125

Foto 5.19. Área 3 – Vila Santo Antônio-Caixa d’ Água. Setor A3S3R4esc: Vista parcial do setor em sua porção esquerda setor, mostrando tipo de ocupação em encosta de alta declividade. .................................................... 125

Foto 5.20. Área 03 – Vila Santo Antônio/Caixa d’ Água. Setor A3S4R2esc: Vista geral do setor, mostrando tipo de ocupação em encosta de alta declividade. ............................................................................................................. 126

Foto 5.21. Área 3 – Vila Santo Antônio-Caixa d’ Água. Setor A3S5R2esc: Vista geral do setor, mostrando tipo de ocupação em encosta de alta declividade. ............................................................................................................. 126

Foto 5.22. Área 3 – Vila Santo Antônio-Caixa d’ Água. Setor A3S6R3esc: Vista geral do setor, mostrando tipo de ocupação em encosta de alta declividade .............................................................................................................. 127

Foto 5.23. Área 4 – Britador. Vista parcial mostrando os setores A4S1R3esc, A4S2R4esc e A4S6R4esc. Observar o tipo de ocupação no topo, meia encosta e base, a alta declividade da encosta natural. Ao fundo, no centro, encontra-se a antiga Pedreira do Britador. Indicado pela seta amarela está o local onde no ano de 2000 houve um grande escorregamento ......................................................................................................................... 133

Foto 5.24. Área 4 – Britador. Vista parcial mostrando os setores A4S2R4esc, A4S3R3esc e A4S4R4esc. Moradias de alta vulnerabilidade (tipo construtivo em alvenaria e madeira, com baixo a médio padrão construtivo) em situação de perigo alto (ocupação no topo da encosta, alta declividade da encosta natural, proximidade das moradias aos taludes de corte-aterro e ao talude natural, feições erosivas) ......................................................... 133

Foto 5.25. Britador - Acidentes de escorregamentos de pequeno e grande em toda a encosta do Britador e Bairro Andorinhas, em 2000 (in IPT 2002). Na porção central observa-se praticamente a mesma região da foto 5.22, possibilitando comparar a situação atual em relação a 13 anos atrás. A porção central onde está a cicatriz de escorregamento atualmente está vegetada e inúmeras moradias continuam ocupando as encostas .................. 134

Foto 5.26. Área 4 – Britador. Setor A4S1R3esc: vista a partir do topo da encosta, mostrando a declividade acentuada e a vulnerabilidade das moradias, situadas muito próximas ao topo do talude de aterro ................... 135

Foto 5.27. Área 4 – Britador. Setor A4S7R3esc: moradias com alta vulnerabilidade, encostadas ao talude de corte de grande altura ...................................................................................................................................................... 135

Foto 5.28. Área 5 – Vila Matilde. Vista parcial do setor A5S2R4inu. Observar o tipo de ocupação, a proximidade desta das margens do Córrego Barreirinho e as dimensões do canal .................................................................... 140

Foto 5.29. Área 5 – Vila Matilde. Indicação do nível de atingimento (Nat aproximado de 0,60 m) em moradia presente no setor A5S2R4inu ................................................................................................................................. 140

Foto 5.30. Área 6 – Jardim Sumaré. Vista geral do setor A6S1R2esc, em área de expansão urbana, sem

infraestrutura, mostrando taludes de corte-aterro em solo exposto e sulcos erosivos ......................................... 143 Foto 5.31. Área 6 – Jardim Sumaré. Setor A6S2R3esc: moradias muito próximas ao topo do talude de corte, com

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

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Volume II ix

cicatriz de escorregamento ..................................................................................................................................... 143 Foto 5.32. Área 7 – Vila Fracalanza. Vista geral do setor A7S7R4esc, mostrando moradias situadas na R. Arnaldo

Borges de Paula e cicatriz de escorregamento (indicada pela seta amarela), em direção à Rua São Bento .......... 149 Foto 5.33. Área 7 – Vila Fracalanza. Vista geral do setor A7S8R3esc, à altura da Rua Arnaldo Borges de Paula,

nº 336 e entorno. Observa-se alta declividade, cicatriz de escorregamento em talude de corte e degrau de abatimento no terço superior da encosta (indicados pelas setas amarelas) .......................................................... 149

Foto 5.34. Área 8 – Vila São Paulo. Setor A8S2R3esc: detalhe à rua Benedito Barreto, nº 95, mostrando pequenas cicatrizes de escorregamento, degrau de abatimento, taludes de corte aos fundos da moradia nº 256 da rua Florentino Santa Clara, onde em 2009 ocorreu escorregamento .................................................... 154

Foto 5.35. Área 8 – Vila São Paulo. Setor A8S4R2esc: moradia à rua Oscar da Mata, nº 248, mostrando cicatrizes de escorregamento, e proximidade da moradia ao talude corte ........................................................................... 154

Foto 5.35. Área 9 – Floresta Negra. Vista geral do setor A9/S1/R1esc mostrando cicatriz de escorregamento ocorrido no talude natural à rua G ......................................................................................................................... 157

Foto 5.36. Área 9 – Floresta Negra. Setor A9/S1/R1esc : escorregamento em talude de corte ocorrido em dezembro de 2012 nos fundos da moradia localizada à rua G, nº 155................................................................... 157

Foto 5.37. Área 10 – Santa Cruz. Vista geral do setor A10S1R1esc na sua porção esquerda, localizado à rua Carapina .................................................................................................................................................................. 164

Foto 5.38. Área 10 – Santa Cruz. Vista geral do setor A10S2R1esc , localizado à rua Rua Harry M. Lewin ................. 164 Foto 5.39. Área 10 – Santa Cruz. Vista geral do setor A10S3R2esc, localizado entre a Rua Harry M. Lewin (a meia

encosta) e a Rua Alvarino L. Castro (base da encosta). ........................................................................................... 165 Foto 5.40. Área 10 – Santa Cruz: setor A10S4R3inu. Vista para montante do canal do Córrego Serraria, no limite

do setor, localizado às margens da SP-50. Destaca-se a proximidade das moradias à margem do Córrego Serraria e da característica arenosa do sedimento. O canal foi recém-desobstruído pela prefeitura ................... 165

Foto 5.41. Área 10 – Santa Cruz: setor A10S5R3inu. Vista para montante do canal do Córrego Serraria, ao final da Rua Jovelino Ribeiro, mostrando o padrão e tipo construtivo das moradias e da proximidade destas ao talude de margem .............................................................................................................................................................. 166

Foto 5.42. Área 11 – Vila Loly. Vista do setor A11S2R2esc, mostrando padrão de ocupação em encosta de alta declividade (em primeiro plano encontra-se a Rod. Floriano Rodrigues Pinheiro). ............................................... 170

Foto 5.43. Área 11 – Vila Loly. Setor A11S2R2esc: Detalhe de obras de contenção junto à Rua B para viabilizar tecnicamente a ocupação do local. ......................................................................................................................... 170

Foto 5.43. Área 12 – Jardim Califórnia. Vista geral do setor A12S1R3esc a partir da encosta oposta. Observam-se feições erosivas em taludes de corte e aterro, drenagem natural cortando o setor, em cuja cabeceira ocorre cicatriz de escorregamento ..................................................................................................................................... 173

Foto 5.44. Área 12 – Jardim Califórnia. Setor A12S1R3esc: detalhe mostrando cicatriz em talude de corte e rompimento em talude de aterro em moradia situada à rua Leonor Borges. Acima se observa moradia situada próxima ao topo do talude de corte (Rua Augusto Pagliacci) ................................................................................. 173

Foto 5.45. Área 13 – Bairro dos Pumas. Vista geral do setor A13S1R2esc, na Rua Leonor Saraiva, 85 a 95, mostrando feições erosivas e evidências de movimentação (cicatriz à direita da foto) em talude de corte. Ao centro observa-se moradia com alta vulnerabilidade (tipo construtivo misto, em madeira/alvenaria, e de baixo padrão construtivo), situada próxima à base de talude de aterro ................................................................ 178

Foto 5.46. Área 13 – Bairro dos Pumas. Vista parcial do setor A13S2R2inu. Moradias situadas no fundo do vale e próximas do talude de margem do ribeirão (sem identificação) tributário da margem direita do Rio Capivari, que corta o Bairro dos Pumas ................................................................................................................................. 178

Foto 5.47. Área 13 – Bairro dos Pumas. Vista parcial do setor A13S3R4inu a partir da ponte da Estrada Ebenezer, ilustrando as características do canal do ribeirão (sem identificação) tributário da margem direita do Rio Capivari, que corta o bairro e a proximidade da ocupação ao talude de margem ................................................. 179

Foto 5.48. Área 14 – Jardim Monte Carlo: Setor A14S2R3esc, na rua Projetada (no nível acima encontra-se a rua Monte Pamir). Observam-se feições erosivas e evidências de movimentação (pequenos movimentos de massa e cicatriz maior, degrau de abatimento) e proximidade das moradias a essas feições .......................................... 185

Foto 5.49. Área 14 – Jardim Monte Carlo: Setor A14S2R3esc, na rua Monte Pamir, 245. Observa-se evidência de movimentação em talude de aterro ...................................................................................................................... 185

Foto 5.50. Área 15 – Vila Paulista. Vista geral dos setores A15S1R2esc (à direita da escadaria, indicada pela seta amarela) e A15S2R4esc (à esquerda da escadaria, indicada pela seta amarela) .................................................... 193

Foto 5.51. Área 15 – Vila Paulista. Vista geral do setor A15S6R4esc, onde se destaca a vulnerabilidade das moradias e sua posição na encosta de alta declividade ......................................................................................... 193

Foto 5.52. Área 15 – Vila Paulista. Setor A15S2R4esc: na porção superior da encosta observa-se moradia próxima

ao topo do talude de aterro lançado, abaixo do qual ocorre cicatriz de escorregamento. Na porção inferior observam-se moradias muito próximas à base do talude de corte e à cicatriz do escorregamento...................... 194

Foto 5.53. Área 15 – Vila Paulista. Setor A15S6R4esc: alta vulnerabilidade das moradias, construídas em

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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madeira e material misto (madeira e alvenaria), com baixo a muito baixo padrão construtivo; proximidade das construções em relação ao talude de corte; alta declividade .......................................................................... 194

Foto 5.54. Área 15 – Vila Paulista. Vista parcial do setor A15S9R3inu a partir do final da Rua Francisco Candido Ribeiro (Rua Nigéria). Indicação do nível de atingimento (Nat=1,18m) em moradias demolidas na margem esquerda do ribeirão ............................................................................................................................................... 195

Foto 5.55. Área 15 – Vila Paulista. Indicação do nível de atingimento (Nat=0,47m) em moradia a Rua Francisco Candido Ribeiro (Rua Nigéria) situada junto ao talude de margem do ribeirão ..................................................... 195

Foto 5.56. Área 16 – Vila Sodipe. Setor A16S1R4esc: observa-se à esquerda talude de corte e aterro com moradia no topo e solo exposto com erosão laminar (Rua Armando Rodrigo da Costa/Rua 2)........................................... 200

Foto 5.57. Área 16 – Vila Sodipe. Setor A16S3R4esc: observa-se, ao centro, cicatriz de escorregamento com moradias no topo e base de talude de corte, com alta declividade ....................................................................... 200

Foto 5.58. Área 16 – Vila Sodipe. Setor A16S5R3esc: observa-se cicatriz de escorregamento e sistema de drenagem urbana precário ..................................................................................................................................... 201

Foto 5.59. Área 16 – Vila Sodipe. Setor A16S5R3esc: observa-se cicatriz de escorregamento e sistema de drenagem urbana precário ..................................................................................................................................... 201

Foto 5.60. Área 17 – Vila Guiomar. Setor A17S1R3esc: equipamento urbano em risco (Escola Pública Municipal Frei Orestes). Observa-se a acentuada declividade e altura do talude de corte, com cicatriz de escorregamento em sua na base ........................................................................................................................................................ 204

Foto 5.61. Área 17 – Vila Guiomar. Setor A17S1R3esc: moradias próximas ao topo do talude de corte de grande altura e declividade adjacente ao equipamento urbano ........................................................................................ 204

Foto 5.62. Vila Albertina: acidente ocorrido em 1972. Vista de toda a área afetada pelo escorregamento. Na porção esquerdo inferior da foto, observa-se o trecho de ruptura, área fonte do material turfoso. No lado direito, o fundo do vale preenchido pela massa rompida. (Fonte: jornal O Estado de São Paulo (in IPT 2002) .... 215

Foto 5.63. Vila Albertina: acidente ocorrido em 1972. Vista de uma das línguas de material rompido do escorregamento de argila orgânica. No lado direito, o fundo do vale preenchido pela massa rompida. (Fonte: jornal O Estado de São Paulo. (in IPT 2002) ............................................................................................................ 215

Foto 5.64. Vila Albertina: acidente ocorrido em 1972. Vista do fundo do vale preenchido pela massa rompida. (Fonte: jornal O Estado de São Paulo. (in IPT 2002) ................................................................................................ 216

Foto 5.65. Vila Albertina: acidente ocorrido em 2000, mostrando escorregamento em encosta de alta declividade natural. O material deslizado atingiu e destruiu as moradias que se localizavam em uma sucessão de patamares de corte e aterro. (in IPT, 2002). ........................................................................................................... 216

Foto 5.66. Área 18 – Vila Albertina. Vista geral do setor A18S2R4esc na sua porção central (delimitado em linha amarela). Onde há concentração de vegetação houve escorregamento em 2000 e há talvegue. Há evidências de movimentação na porção superior (abaixo da torre) e onde há vegetação rasteira. ........................................ 217

Foto 5.67. Área 18 – Vila Albertina. Vista geral do setor A18S2R4esc em sua porção esquerda (delimitado em linha amarela). Destacam-se dois talvegues. No talvegue da esquerda houve corrida de lama em 1972, sobre a qual se instalou a ocupação precária atual . No talvegue da direita houve escorregamento em 2000. Verifica-se ocupação de alta vulnerabilidade instalada atualmente em meio a mata ........................................... 217

Foto 5.68. Área 18 – Vila Albertina. Setor A18S2R4esc: Vista do tipo de ocupação na porção esquerda do setor, com moradias precárias encaixadas no talude de corte, onde se observa cicatriz de escorregamento ................ 218

Foto 5.69. Área 18 – Vila Albertina. Setor A18S2R4esc: Vista do padrão de ocupação, alta declividade e proximidade das moradias aos taludes de corte. ................................................................................................... 218

Foto 5.70. Área 18 – Vila Albertina. Setor A18S11R2inu: Detalhe das características do leito e da margem do Córrego Piracuama ao longo do setor. Proximidade das moradias aos taludes de margem. ................................ 219

Foto 5.71. Área 18 – Vila Albertina. Setor A18S10R2inu: Ocupação sujeita a atingimento situada em terrenos mais baixos da margem esquerda do Córrego Piracuama (Avenida Tassaburo Yamaguchi). Trecho no qual ocorreu o evento de deslizamento de lama em 1970. ........................................................................................... 219

Foto 5.72. Área 19 – Vila Pica Pau. Setor A19S1R2esc: vista parcial, mostrando taludes de corte e área onde houve um retaludamento com execução de bermas ............................................................................................. 222

Foto 5.73. Área 19 – Vila Pica Pau. Setor A19S2R4esc: talude de corte, com solo exposto e moradia no topo. ......... 222 Foto 5.73. Área 20 – Vila Eliza. Setor A20S1R2esc: talude de corte, vertical, localizado próximo à moradia ............. 224 Foto 5.74. Área 20 – Vila Eliza. Setor A20S1R2esc: Vista parcial de moradia do setor, mostrando muro de

contenção em talude de aterro, com solo exposto ................................................................................................ 224 Foto 5.75. Área 21 – Brancas Nuvens. Vista parcial do setor A21S1R3esc (entre a Rua Brancas Nuvens, 356 e a

Av. Tassaburo Yamaguchi,1060) no contexto da encosta, mostrando a grande altura dos taludes de corte, a proximidade das moradias aos taludes, a vulnerabilidade das moradias ............................................................... 230

Foto 5.76. Área 21 – Brancas Nuvens. Vista geral do setor A21S3R2esc, acima do qual observa-se a ocorrência de processo de creeping na porção superior da encosta e erosão nos taludes de corte da Rua Saraiva .................... 230

Foto 5.77. Área 21 – Brancas Nuvens. Setor A21S4R2esc: Rua Brancas Nuvens, esquina com a Rua Saraiva, mostrando cicatriz de escorregamento em talude de corte da rua; no terreno acima há evidências de movimentação (árvores tortas, degraus, creeping). ............................................................................................... 231

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

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Volume II xi

Foto 5.78. Área 21 – Brancas Nuvens. Setor A21S5R1inu: Passagem do Córrego Piracuama sob a Avenida Tassaburo Yamaguchi. Trecho sujeito a atingimento em decorrência do transbordamento do córrego .............. 231

Foto 5.79. Área 22 – Vale Encantado. Vista parcial do setor A22S1R1solap (delimitado em linha amarela), mostrando a morfologia do entorno e o tipo de ocupação. Atrás das moradias encontra-se o Ribeirão Imbiri, que recebe as águas do Ribeirão Potreiro (indicado pela seta amarela) ................................................................ 237

Foto 5.80. Área 22 – Vale Encantado - setor A22S1R1solap: Vista parcial do canal do Ribeirão Imbiri, mostrando a proximidade das moradias ao talude marginal, o lançamento de águas servidas, o assoreamento do leito e o material/entulho lançado no leito. ...................................................................................................................... 237

Foto 5.81. Área 22 – Vale Encantado - setor A22S2R1inu: Vista geral do setor mostrando talude de margem recomposto, onde foi efetuado trabalho de contenção e estabelecimento comercial e moradia com possibilidade de atingimento por eventos de inundação ....................................................................................... 238

Foto 5.82. Área 22 – Vale Encantado - setor A22S4R2inu: Vista do setor, sujeito a eventos de inundação associados a alagamento, à Rua 28 de Outubro ..................................................................................................... 238

Foto 5.83. Área 23 – Jardim Márcia - Unidade de Saúde. Vista geral do setor A23S1R4esc (delimitado em linha amarela), mostrando o tipo de ocupação e tipos construtivos. Indicada pela seta amarela encontra-se a Unidade de Saúde do Jardim Márcia ...................................................................................................................... 242

Foto 5.84. Área 23 – Jardim Márcia - Unidade de Saúde - vista parcial do setor A23S1R4esc. Ao lado esquerdo da escadaria, observa-se talude de corte exposto muito próximo à moradia, acima da qual encontra-se uma Unidade de Saúde (indicada pela seta vermelha).Todo o talude à direita encontra-se com feições de movimentação e a rua acima apresenta degraus de abatimento .......................................................................... 242

Foto 5.85. Área 24 – Jardim Márcia - Elektra. Vista parcial do setor A24S1R1esc, a partir da escadaria que liga a Rua Virgílio Barbosa e a Rua Mário Cola Francisco, ilustrando a declividade (20°), tipos construtivos e talude de corte ................................................................................................................................................................... 245

Foto 5.86. Área 24 – Jardim Márcia - Elektra. Vista geral do setor A24S2R1esc ao final da Rua Herculano Albano Oliveira, mostrando tipos construtivos e declividade da encosta. ........................................................................ 245

Foto 5.87. Área 25 – Vila Sodipe - Cemitério. Vista parcial do setor A25S4R4esc (Rua Ataíde Deodoro da Silva, próximo ao nº 319). As linhas tracejadas em amarelo indicam cicatrizes de antigos escorregamentos. Observar presença de depósitos antrópicos (lixo e entulho) logo abaixo das moradias ........................................ 249

Foto 5.88. Área 25 – Vila Sodipe - Cemitério. Vista geral do setor A25S3R4ero (delimitado em linha amarela), a partir da rua B, mostrando a casa nº 65 (direita) e nº 105 (esquerda), abaixo das quais encontra-se a encosta natural e os ramos da erosão (flecha amarela) que se encontram escondidas pela vegetação............................. 249

Foto 5.89. Área 25 – Vila Sodipe - Cemitério. Setor A25S1R3esc : Vista geral do setor a partir da Rua Ataíde Deodoro da Silva (delimitado em linha amarela), mostrando o fundo das moradias localizadas à Rua B (Nossa Senhora de Fátima), a encosta natural abaixo e os taludes de corte com grande altura entre as casas e a rua. .. 250

Foto 5.90. Área 25 – Vila Sodipe - Cemitério. Setor A25S4R4esc (Rua Ataíde Deodoro da Silva, próximo ao nº 319): Vista parcial do setor mostrando tipos construtivos: à esquerda, moradia em madeirite; ao centro, a moradia ilustrada na Foto 3; à direita, moradia em alvenaria com quintal "em balanço" ao fundo. Em primeiro plano, cicatriz de escorregamento antiga ............................................................................................................... 250

Foto 5.91. Área 26 – Jardim Alpestre. Setor A26S1R3esc, na Avenida Senador Roberto Simons, 1461: declividade da encosta, cicatriz de escorregamento e processo erosivo no talude de corte, muito próximo à moradia de alta vulnerabilidade ................................................................................................................................................ 255

Foto 5.92. Área 26 – Jardim Alpestre. Setor A26S2R1inu: Captura de imagem do Google Street View, mostrando vista parcial do setor a partir da ponte da Rua Bento César .................................................................................. 255

Foto 5.93. Área 27 – Colinas do Capivari. Setor A27S1R2esc :Vista parcial do setor a partir da Avenida dos Salgueiros (agosto de 2013). Local nos fundos da moradia onde ocorreu em janeiro de 2013 escorregamento de taludes de corte e aterro e destruição de muros de arrimo .............................................................................. 258

Foto 5.94. Área 27 – Colinas do Capivari. Setor A27S1R2esc :Parte do material mobilizado depositado junto à Avenida dos Salgueiros. Situação em agosto de 2013, sete meses após a foto anterior ....................................... 258

Foto 5.95. Área 28 – Vale da Mantiqueira. Vista parcial do setor A28S1R2esc ............................................................ 261 Foto 5.95a. Área 28 – Vale da Mantiqueira. Setor A28S1R2esc: Detalhe da declividade da encosta natural e

proximidade da moradia ao talude de corte .......................................................................................................... 261 Foto 5.96. Área 29 – Jardim Embaixador. Setor A29S1R4esc : ocupação de alta vulnerabilidade (baixo padrão

construtivo e tipo construtivo em madeira) em situação de perigo alto (proximidade ao talude de corte de alta declividade). ..................................................................................................................................................... 267

Foto 5.97. Área 29 – Jardim Embaixador. Setor A29S2R3esc : ocupação de alta vulnerabilidade (baixo padrão

construtivo e tipo construtivo em madeira) em situação de perigo alto (proximidade ao talude de corte de alta declividade). ..................................................................................................................................................... 267

Foto 5.98. Área 29 – Jardim Embaixador. Setor A29S5R3inu: Detalhe do setor mostrando moradia de baixo padrão construtivo situado na Rua Canela, a poucos metros do talude de margem. ............................................ 268

Foto 5.99. Área 30 – Recanto Feliz. Vista geral do setor A30S1R3esc. Ao centro observa-se lona plástica azul

Page 15: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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protegendo talude que sofreu ruptura. No entorno observa-se o tipo de ocupação em encosta de alta declividade .............................................................................................................................................................. 274

Foto 5.100. Área 30 – Recanto Feliz. Setor A30S1R3esc : cicatriz de escorregamento protegida por lona plástica .... 274 Foto 5.101. Área 30 – Recanto Feliz. Vista geral do setor A30S3R3inu. Detalhe do trecho a jusante da ponte

situada no entroncamento da Rua Maria de Lourdes Barbosa Siqueira e Rua Gabriela Mistral, com presença de marca d'água no muro ...................................................................................................................................... 275

Foto 5.102. Área 30 – Recanto Feliz. Vista geral do setor A30S4R1inu. Vista geral do setor na ponte situada no cruzamento da Av. Emílio Lang Jr. com Rua Engenheiro Prudente de Moraes. ..................................................... 275

Foto 5.103. Área 31 – Vila Nadir. Setor A31S1R4esc: tipo de ocupação à meia-encosta de alta declividade, com material escorregado atrás das moradias, protegido por lona plástica (seta amarela). ........................................ 279

Foto 5.104. Área 31 – Vila Nadir. Setor A31S3R3esc: ocupação à meia-encosta de alta declividade. Ao centro observa-se moradia com recalque por comprometimento do pilar de sustentação da mesma. ........................... 279

Foto 5.105. Área 31 – Vila Nadir. Setor A31S2R3esc: ocupação à meia-encosta de alta declividade. Ao centro observa-se material escorregado em talude abaixo da moradia. ........................................................................... 280

Foto 5.106. Área 32 – Capivari. Setor A32S1R2esc : Vista parcial mostrando tipo de ocupação e taludes de corte de alta declividade atrás das moradias. .................................................................................................................. 286

Foto 5.107. Área 32 – Capivari. Setor A32S2R2inu: trecho à Rua Heitor Penteado. Curva do córrego das Perdizes com muro de contenção de margem construído por morador. Ressalta-se a proximidade das edificações (moradia e benfeitorias) ao talude de margem ...................................................................................................... 286

Foto 5.108. Área 32 – Capivari. Setor A32S5R2inu: trecho adjacente à Rua Mário O Resende, nas proximidades do Tênis Clube, onde o córrego Perdizes sofre estreitamento. Observa-se a obstrução do leito por entulho e vegetação ................................................................................................................................................................ 287

Foto 5.109. Área 33 – Vila Jaguaribe. Setor A33S1R3esc: Vista parcial do setor, na Av. Emílio Ribas, onde houve um escorregamento com vítima fatal em 2009. Observa-se ao fundo das construções o talude em solo exposto com obra de contenção inacabada ........................................................................................................... 293

Foto 5.110. Área 33 – Vila Jaguaribe. Setor A33S1R3esc: Detalhe da foto anterior mostrando o talude em solo exposto com obra de contenção inacabada ........................................................................................................... 294

Foto 5.111. Área 33 – Vila Jaguaribe. Vista do setor A33S3R3inu. Vista da ocupação situada na margem esquerda do Rio Capivari, à Rua Manoel Pereira Alves próximo à CIMENCAM, em terreno menos elevado e sujeito a atingimento com níveis de água de aproximadamente 1,20 m em decorrência do transbordamento da drenagem. Em primeiro plano detalhe das características do canal e da proximidade de algumas edificações ao talude de margem .............................................................................................................................................. 294

Foto 5.112. Área 33 – Vila Jaguaribe. Vista parcial do setor A33S3R3inu. Detalhe dos sistemas de diques e comportas instalados na frente de alguns estabelecimentos comerciais, na Rua Manoel Pereira Alves .............. 294

Foto 5.113. Vista geral da Área 34 – Matadouro. Ocupação residencial em consolidação, às margens da Rodovia Monteiro Lobato, com moradias apresentando baixo a médio padrão construtivo. ............................................. 297

Foto 5.114. Área 34 – Matadouro. Setor A34S1R3esc: Vista parcial do setor, mostrando a alta declividade ............. 297 Foto 5.115. Área 35 – Vila Ferraz. Vista do trecho sujeito a atingimento na esquina das ruas Tadeu Rangel

Pestana e Pasteur. Níveis de atingimento de até 0,80 m na via ............................................................................. 302 Foto 5.116. Área 35 – Vila Ferraz. Vista parcial do setor A35S3R2inu. Início da canalização fechada do Córrego

do Açude. Trecho sujeito a atingimento de até 0,40 m devido ao transbordamento da drenagem ...................... 302 Foto 5.117. Área 36 – Vila Thelma/ACM. Vista parcial do setor A36S1R1inu. Detalhe das características do canal

e da proximidade da ocupação ao talude de margem do ribeirão (sem identificação) tributário da margem direita do Rio Capivari. Trecho sujeito a transbordamento, afetando as moradias próximas aos taludes de margem e parte da Rua Joaquim Correa Cintra ...................................................................................................... 306

Foto 5.118. Área 36 – Vila Thelma/ACM. Detalhe da desembocadura do ribeirão na margem direita do rio Capivari, logo após sua passagem sob a Avenida Januário Miraglia e a linha férrea. No local há estreitamento do canal e chegada em ângulo reto, o que pode provocar turbilhonamento, erosão de margem e diminuição da vazão, podendo aumentar a ocorrência e inundações a montante. ................................................................. 306

Foto 5.119. Área 37 – Damas. Vista parcial do setor A37S4R4inu. Vista parcial do setor, localizado na Av. José de Oliveira Damas, mostrando moradias de baixo padrão construtivo (à direita da foto)......................................... 312

Foto 5.120. Área 37 – Damas. Vista parcial do setor A37S1R2inu. Detalhe do talude de margem, na chegada do Rio Capivari na confluência com Córrego das Perdizes, ao lado do estacionamento do Shopping Galeria Suiça (Miniférico). ............................................................................................................................................................ 312

Foto 5.121. Área 37 – Damas. Vista parcial do setor A37S2R2inu. Detalhe do talude de margem e canal do Rio Capivari à altura da Vila do Artesanato. Observa-se ponte de pedestres a montante. .......................................... 313

Foto 5.122. Área 38 – Véu da Noiva. Vista do setor A38S2R3inu. Detalhe mostrando moradia em madeira situada junto ao talude de margem ........................................................................................................................ 318

Foto 5.123. Área 38 – Véu da Noiva. Vista do setor A38S1R1inu. Vista Geral a partir de trecho a jusante do setor .. 318 Foto 5.124. Área 39 – Biquinha/Jaguaribe. Vista parcial do setor A39S1R3inu. Vista da ocupação localizada no

final da Av. Benedito Lourenço na margem esquerda do Rio Capivari ................................................................... 322

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Foto 5.125. Área 39 – Biquinha/Jaguaribe. Indicação do nível de atingimento registrado na da Avenida Benedito Lourenço, setor A39S3R4inu ................................................................................................................................... 322

Foto 5.126. Área 40 – Abernéssia. Vista parcial do setor A40S2R3inu. Vista das condições do canal e da

proximidade das moradias ao talude de margem do Rio Capivari, próximo à ponte que liga as ruas Geraldo Félix Pereira e Rafael S. Vidal à Av. Frei Orestes Girardi. ........................................................................................ 329

Foto 5.127. Área 40 – Abernéssia. Vista parcial do setor A40S3R2inu. Vista da ocupação localizada na Rua Rafael S. Vidal próximo à Travessa Maria A. Teixeira. Vista das condições do canal e da proximidade das moradias ao talude de margem ................................................................................................................................................... 329

Foto 5.128. Área 40 – Abernéssia. Detalhe de longarina de ponte localizada a jusante do setor A40S2R3inu que pode oferecer restrição à vazão da drenagem ....................................................................................................... 330

Foto 5.129. Área 40 – Abernéssia. Vista para montante do Rio Capivari, a partir da ponte da Travessa Maurílio Comoglio, setor A40S4R2inu. Observa-se ocupação muito próxima à drenagem ................................................. 330

Quadros Quadro 3.1. Atributos das Unidades Territoriais Básicas (UTBs) relacionados ao substrato geológico-

geomorfológico, utilizados no mapeamento de risco. ............................................................................................ 9 Quadro 3.2. Atributos das Unidades Territoriais Básicas (UTBs) relacionados ao uso e ocupação do solo urbano,

utilizados no mapeamento de risco ....................................................................................................................... 9 Quadro 3.3. Elementos de análise do perigo de escorregamento levantados em trabalhos de campo. ..................... 27 Quadro 3.4. Elementos de análise do perigo de erosão levantados em trabalhos de campo. .................................... 27 Quadro 3.5. Elementos de análise do perigo de solapamento de margens levantados em trabalhos de campo. ...... 28 Quadro 3.6. Atributos de análise da vulnerabilidade obtidos nos levantamentos de campo. ..................................... 28 Quadro 3.7. Critérios para atribuição do grau de risco de escorregamento, erosão e solapamento de margens de

drenagens na escala local....................................................................................................................................... 30 Quadro 3.8. Elementos de análise do perigo de inundação levantados em trabalhos de campo ............................... 31 Quadro 3.9. Atributos do meio físico utilizados no cálculo da variável Perigo de inundação (P) na escala local. ....... 32 Quadro 3.10. Elementos de uso do solo considerados para a análise de risco de inundação na escala local

(1:3.000). ................................................................................................................................................................. 35 Quadro 3.11. Atributos relacionados ao uso e ocupação territorial utilizados para o cálculo de Vulnerabilidade

(V) e para a análise de risco de inundação na escala local...................................................................................... 35 Quadro 3.12. Critérios para atribuição do grau de risco de inundação na escala local (modificado de Andrade

et al. 2012), onde Rinu = escore numérico que expressa a estimativa do grau de risco ........................................ 37 Quadro 3.13. Recomendações para a mitigação e redução de riscos associados a escorregamentos em encostas

(modificado de FUNDUNESP 2003, entre outros). .................................................................................................. 37 Quadro 3.14. Recomendações para a mitigação e redução de riscos associados a erosão. ........................................ 39 Quadro 3.15. Recomendações para a mitigação e redução de riscos associados a erosão/solapamento de

margens de drenagem. ........................................................................................................................................... 40 Quadro 3.16. Recomendações para a mitigação e redução de riscos associados a inundações e processos

correlatos (modificado de Tucci 2005, entre outros).............................................................................................. 41 Quadro 4.1. Acidentes em áreas de risco em Campos do Jordão conforme registrado em estudos técnicos

(IPT 2002 e 2009, JBA 2006) .................................................................................................................................... 58 Quadro 4.2. Registros de ocorrências de acidentes em Campos do Jordão no período de 2000 a 2013. Fonte:

CEDEC (2013)........................................................................................................................................................... 64 Quadro 4.3. “Banco de dados de ocorrências de desastres” – síntese para Campos do Jordão (Fonte: “Jornal

Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”) .................................................................................................................... 66 Quadro 5.1. Áreas e setores de risco em Campos do Jordão. ...................................................................................... 91 Quadro 5.2. Síntese da distribuição de setores de risco, de moradias, equipamentos e vias, conforme processos

e gravidade do risco em Campos do Jordão ........................................................................................................... 93 Quadro 5.3. Área 1 – Vila Santo Antônio-Encubadora: Síntese das características dos setores de risco. ................... 100 Quadro 5.4. Área 2 – Vila Santo Antônio-Bica: Síntese das características dos setores de risco. ................................ 111 Quadro 5.5. Área 3 – Vila Santo Antonio-Caixa D’Água: Síntese das características dos setores de risco. .................. 119 Quadro 5.6. Área 4 - Britador: Síntese das características dos setores de risco .......................................................... 128 Quadro 5.7. Área 5 - Vila Matilde: Síntese das características dos setores de risco. ................................................... 136 Quadro 5.8. Área 6 – Jardim Sumaré: Síntese das características dos setores de risco ............................................... 141 Quadro 5.9. Área 7 – Vila Fracalanza: Síntese das características dos setores de risco ............................................... 144 Quadro 5.10. Área 8 – Vila São Paulo: Síntese das características dos setores de risco .............................................. 150 Quadro 5.11. Área 9 – Floresta Negra: Características dos setores de risco. ............................................................... 155 Quadro 5.12. Área 10 – Santa Cruz: Características dos setores de risco. ................................................................... 158

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Quadro 5.13. Área 11 – Vila Loly: Síntese das características dos setores de risco...................................................... 167 Quadro 5.14. Área 12 – Jardim Califórnia: Síntese das características dos setores de risco. ...................................... 171 Quadro 5.15. Área 13 – Bairro dos Pumas: Síntese das características dos setores de risco. ..................................... 174 Quadro 5.16. Área 14 – Jardim Monte Carlo: Síntese das características dos setores de risco. ................................. 180 Quadro 5.17. Área 15 – Vila Paulista: Síntese das características dos setores de risco ............................................... 186 Quadro 5.18. Área 16 – Vila Sodipe: Síntese das características dos setores de risco. ............................................... 196 Quadro 5.19. Área 17 – Vila Guiomar: Síntese das características dos setores de risco. ............................................. 202 Quadro 5.20. Área 18 – Vila Albertina: Características dos setores de risco. ............................................................... 205 Quadro 5.21. Área 19 – Vila Pica Pau: Síntese das características dos setores de risco............................................... 220 Quadro 5.22. Área 20 – Vila Eliza: Síntese das características dos setores de risco. ................................................... 223 Quadro 5.23. Área 21 – Brancas Nuvens: Síntese das características dos setores de risco ......................................... 225 Quadro 5.24. Área 22 – Vale Encantado: Síntese das características dos setores de risco .......................................... 232 Quadro 5.25. Área 23 – Jardim Márcia - Unidade de Saúde: Síntese das características dos setores de risco. .......... 239 Quadro 5.26. Área 24 – Jardim Márcia - Elektra: Síntese das características dos setores de risco. ............................ 243 Quadro 5.27. Área 25 – Vila Sodipe - Cemitério: Síntese das características dos setores de risco. ............................ 246 Quadro 5.28. Área 26 – Jardim Alpestre: Síntese das características dos setores de risco. ........................................ 251 Quadro 5.29. Área 27 – Colinas do Capivari: Síntese das características dos setores de risco .................................... 256 Quadro 5.30. Área 28 – Vale da Mantiqueira: Características dos setores de risco. .................................................... 259 Quadro 5.31. Área 29 – Jardim Embaixador: Síntese das características dos setores de risco. .................................. 262 Quadro 5.32. Área 30 – Recanto Feliz: Síntese das características dos setores de risco. ............................................. 269 Quadro 5.33. Área 31 – Vila Nadir: Síntese das características dos setores de risco. ................................................. 276 Quadro 5.34. Área 32 – Capivari: Síntese das características dos setores de risco. .................................................... 281 Quadro 5.35. Área 33 – Vila Jaguaribe: Síntese das características dos setores de risco. ............................................ 288 Quadro 5.36. Área 34 – Matadouro: Síntese das características dos setores de risco. ................................................ 295 Quadro 5.37. Área 35 – Vila Ferraz: Síntese das características dos setores de risco .................................................. 298 Quadro 5.38. Área 36 – Vila Thelma/ACM: Síntese das características dos setores de risco. ..................................... 303 Quadro 5.39. Área 37 – Damas: Síntese das características dos setores de risco. ...................................................... 307 Quadro 5.40. Área 38 – Véu da Noiva: Síntese das características dos setores de risco.............................................. 314 Quadro 5.41. Área 39 – Biquinha/Jaguaribe: Síntese das características dos setores de risco .................................... 319 Quadro 5.42. Área 40 – Abernéssia: Síntese das características dos setores de risco ................................................. 323 Quadro 6.1. Síntese das recomendações para as áreas de risco de escorregamento ................................................. 337 Quadro 6.2. Síntese das recomendações para as áreas de risco de inundação ........................................................... 340 Quadro 6.3. Síntese das recomendações para as áreas de risco de erosão ................................................................. 341 Quadro 6.4. Síntese das recomendações para as áreas de risco de solapamento de margens de drenagens ............ 341

Tabelas Tabela 3.1. Notas ponderadas das classes do mapa geológico para obtenção do índice de erodibilidade das

unidades geológicas ................................................................................................................................................ 11 Tabela 3.2. Combinação matricial e notas ponderadas para obtenção do índice Ordenamento Urbano (OU) ........... 11 Tabela 3.3. Combinação matricial entre os atributos densidade e estágio da ocupação e notas ponderadas para

obtenção do índice Densidade e Estágio de Ocupação (DOEO). ............................................................................ 11 Tabela 3.4. Notas ponderadas e equações das classes de uso e cobertura da terra para obtenção do índice

Potencial de Indução (PI) ........................................................................................................................................ 12 Tabela 3.5. Cálculo das variáveis da equação de risco: Índices de Perigo (P), Vulnerabilidade (V) e Dano

Potencial (D). ........................................................................................................................................................... 13 Tabela 3.6. Equações de normalização da variável Perigo (P) ...................................................................................... 14 Tabela 3.8. Fatores de correção a serem aplicados em função da recorrência dos eventos de inundação.

Classificação final e escore numérico do perigo de inundação............................................................................... 33 Tabela 3.7. Classificação preliminar do perigo de inundação em função do nível de atingimento (Nat). ................... 32 Tabela 3.9. Classificação final do perigo de inundação. ............................................................................................... 34 Tabela 4.1. Acidentes relacionados a processos geológicos na UGRHI 1, no período de 2000 a 2013 (modificado

de CEDEC 2013) ....................................................................................................................................................... 50 Tabela 4.2. Características geotécnicas representativas de solos residuais e saprolíticos em Campos do Jordão

(modificado de Ahrendt 2005) ................................................................................................................................ 53 Tabela 4.3. Chuva mensal registrada no posto pluviométrico do DAEE nº D2-001, localizado na Vila Capivari em

Campos do Jordão, na bacia do Rio Capivari - série histórica de 1936 a 2004 (DAEE 2014). ................................. 54 Tabela 4.4. Zoneamento Climático de Campos do Jordão (cálculo de balanço hídrico dedicado à cultura de café –

CIIAGRO 2014) ........................................................................................................................................................ 55 Tabela 5.1. Porcentagem de área das classes de perigo do município de Campos do Jordão .................................... 79

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Tabela 5.2. Porcentagem de área das classes de vulnerabilidade do município de Campos do Jordão ...................... 80 Tabela 5.3. Porcentagem de área das classes de risco do município de Campos do Jordão ........................................ 81 Tabela 5.4. Resultado da modelagem de risco de inundação em Campos do Jordão: escores e classificação final.

Drenagens associadas: Córrego das Perdizes; Córrego do Açude; Córrego do Barreirinho; Córrego do Homem Morto; Córrego do Imbiri; Córrego Piracuama; Córrego Serraria; Rio Capivari/Sapucaí Guaçu. ............................ 94

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II 1

MAPEAMENTO DE RISCOS ASSOCIADOS A ESCORREGAMENTOS, INUNDAÇÕES, EROSÃO, SOLAPAMENTO DE MARGENS DE DRENAGENS

DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO, SP

1. INTRODUÇÃO

No Brasil, a ocupação urbana desordenada em terrenos com características impróprias, tais como planícies de inundação, encostas com declividade acentuada e terrenos com suscetibilidade a processos erosivos e colapso de solo, ocorre tanto em grandes regiões metropolitanas como em cidades de pequeno e médio porte, o que ocasiona um grande número de situações de risco a moradias e infraestrutura.

Este tipo de ocupação pode ocorrer na forma de favelas (ocupações informais e espontâneas) e loteamentos populares (caracterizados, a princípio, como ocupações planejadas e regularizadas, mas que frequentemente não são implementados adequadamente), muito embora também possam ocorrer em bairros consolidados. Os principais problemas relacionados são: a) retirada indiscriminada da vegetação; b) movimentações de terra para cortes e aterros; c) alteração do regime natural de escoamento e de infiltração de águas pluviais; e d) lançamento de águas servidas e de lixo nas vertentes e drenagens.

O agravamento desses problemas e o consequente surgimento de áreas de risco demandam ações institucionais por parte do poder público. Nesse sentido, a adoção de políticas públicas e mecanismos de enfrentamento das situações de risco são necessários e, em geral, podem ser implementados em diversos níveis: de planejamento (para prevenir o aparecimento de situações de risco); de diagnóstico (para a identificação de áreas de risco críticas e monitoramento das situações de risco já existentes); e de intervenção (para eliminação ou minimização dos riscos encontrados). Dentre os mecanismos de enfrentamento das situações de risco destacam-se a elaboração e a operação de planos preventivos e de contingência de defesa civil.

No Estado de São Paulo a ocorrência de acidentes de grande magnitude no verão de 1987-1988, na região da Serra do Mar, levou à estruturação e à implantação do Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) Específico para Escorregamentos nas Encostas da Serra do Mar (Decreto Estadual nº 30.860, de 04/12/1989, redefinido pelo Decreto nº 42.565 de 01/12/1997). O PPDC é operado anualmente sob coordenação da Defesa Civil Estadual (CEDEC), com suporte técnico do Instituto Geológico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (IG-SMA). O plano envolve ações de monitoramento, vistorias de campo e atendimentos emergenciais durante o período de verão (dezembro a março). Complementarmente, ações de avaliação técnica, treinamento de equipes municipais e acompanhamento de ações mitigadoras são desenvolvidos ao longo do ano de forma a garantir a eficiência do plano.

Devido ao aumento das áreas de risco no Estado de São Paulo, a experiência adquirida no PPDC – Serra do Mar estimulou a implantação de planos preventivos e de contingência em outras regiões do Estado, incluindo as regiões de Campinas, do Vale do Paraíba, da Serra da Mantiqueira, de Sorocaba, Aglomerado de Jundiaí e Região Metropolitana de São Paulo.

A identificação, avaliação e classificação de áreas e situações de risco já instaladas, realizadas com base em parâmetros e indicadores geológicos, geotécnicos, geomorfológicos, antrópicos e hidroclimáticos, são essenciais para a adoção de ações de monitoramento e para a definição e operacionalização de mecanismos de prevenção de desastres, especialmente aqueles com grande potencial de causar a perda de vidas humanas.

Com o objetivo de subsidiar as ações preventivas, emergenciais e mitigadoras para várias regiões do Estado de São Paulo, o Instituto Geológico, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II 2

(IG-SMA), por meio de Termo de Cooperação Técnica firmado com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC), da Casa Militar do Governo do Estado de São Paulo, efetuou, desde 2004, o mapeamento das áreas de risco de 40 municípios do Estado de São Paulo.

O Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC n° 01/2013, vigente no período de 2013 a 2014 envolve estudos no município de Campos do Jordão, que incluem:

a) a avaliação regional de perigos, vulnerabilidade e riscos ;

b) a avaliação e o mapeamento de áreas de risco em escala de detalhe;

c) o treinamento e capacitação da equipe municipal no entendimento e constante atualização do mapeamento de áreas de risco;

d) a implementação dos resultados no sistema computacional denominado SGI-RISCOS-IG, em ambiente Web (Internet) com acesso via login e senha, contendo resultados do mapeamento de riscos do município, além do posterior treinamento da equipe municipal para sua utilização;

e) a produção de Relatório Técnico executivo (versões impressa e digital em CD-ROM), contendo a síntese dos estudos.

Os resultados deste estudo visam fornecer subsídios à Defesa Civil Estadual e Municipal para a identificação e o gerenciamento de perigos e riscos relacionados a escorregamentos, inundação, erosão e solapamento de margens de drenagens na área urbana do município.

Neste relatório são apresentados a metodologia, procedimentos e os resultados obtidos para o mapeamento das áreas de risco do município de CAMPOS DO JORDÃO, organizados da seguinte forma:

Volume I - Relatório executivo – Síntese dos estudos

Volume II - Introdução, Metodologia, Caracterização do município, Resultados da avaliação de riscos em escala regional

Volume III - Resultados da avaliação de riscos em escala local, Recomendações, Conclusão, Bibliografia, Apêndice (Glossário técnico)

Volume 4 – Anexos

2. OBJETIVOS

O objetivo geral deste estudo consiste em elaborar o mapeamento de riscos de escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP, nas escalas regional (1:50.000) e local (1:3.000), com o auxílio de levantamentos de campo executados em 2013 e 2014.

Os objetivos específicos implicam em produzir:

- avaliação de perigos, vulnerabilidade e riscos em escala regional (1:50.000), com produção de mapas específicos;

- avaliação de riscos em escala local (1:3.000), com produção de mapas específicos;

- implementação dos resultados no SGI-RISCO-IG;

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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3. METODOLOGIA

3.1. INTRODUÇÃO

O presente estudo parte do princípio de que a totalidade do território do município deve ser analisada quanto a possibilidade de ocorrência de perigos geológicos (escorregamento, inundação, erosão, solapamento de margens de drenagens, etc), uma vez que a ocupação em áreas sujeitas a estes processos perigosos poderá desencadear situações de risco a pessoas e bens. Esta visão do território, associada ao registro de ocorrências de acidentes, permite a elaboração de uma cartografia de risco de detalhe, abrangendo tanto as áreas de risco já conhecidas, como também as áreas potenciais de risco.

Desta forma, a estrutura metodológica (Figura 3.1) considera a análise da paisagem em duas escalas de abordagem sequenciais: escala regional (1:50.000) e local (com detalhamento compatível com a escala 1:3.000).

ÁREAS ALVO PARA ESTUDOS DE DETALHE

MAPEAMENTO DE RISCO NA ESCALA LOCAL

OBTENÇÃO DE ATRIBUTOS RELACIONADOS AO PERIGO, À VULNERABILIDADE, AO DANO

POTENCIAL

MODELAGEM, SETORIZAÇÃO E ANÁLISE DE RISCO

MAPAS DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS,

INUNDAÇÕES, EROSÃO E SOLAPAMENTO DE MARGENS

MAPEAMENTO DE RISCO NA ESCALA REGIONAL

DEFINIÇÃO DE UNIDADES TERRITORIAIS BÁSICAS (UTB)

DEFINIÇÃO/OBTENÇÃO DE ATRIBUTOS E SELEÇÃO DE FATORES

DE ANÁLISE DOS PROCESSOS

MODELAGEM E CÁLCULO DAS VARIÁVEIS DE RISCO

MAPAS DE PERIGOS MAPA DE VULNERABILIDADE

MAPA DE DANO POTENCIAL

MAPAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, INUNDAÇÕES, EROSÃO, COLAPSO E SUBSIDÊNCIA DE SOLOS

CARTOGRAFIA DE RISCO

INVENTÁRIO DE INFORMAÇÕES E DADOS SOBRE EVENTOS E ACIDENTES

- banco de dados da Defesa Civil Municipal e Estadual; - notícias veiculadas na mídia impressa e eletrônica; - pesquisa bibliográfica; - interpretação de imagens de sensoriamento remoto

Figura 3.1. Estrutura metodológica para análise de risco.

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Esta estrutura combina a metodologia desenvolvida pelo Instituto Geológico (Tominaga et al. 2004 e 2008, Rossini-Penteado et al. 2007 e Ferreira & Rossini-Penteado 2011) e a de Brasil-Ministério das Cidades & IPT (2007), às quais se aplicam os princípios da Equação de Risco, R = PxVxD (Risco = Perigo X Vulnerabilidade X Dano Potencial), conforme descrita no Apêndice – Glossário Técnico.

No processo de mapeamento e análise de risco estão envolvidas as etapas de avaliação dos perigos potenciais e das condições de vulnerabilidade que podem potencializar a ocorrência de danos às pessoas, bens e propriedades, meios de subsistência e ao meio ambiente dos quais a sociedade depende.

O estudo contou com os seguintes procedimentos operacionais: a) levantamento preliminar de dados e informações; b) tratamento e análise dos dados; c) criação de ambiente de dados georeferenciados e produção cartográfica; e) inserção de dados no SGI-RISCOS-IG; d) elaboração de relatório técnico.

O levantamento de dados e informações contemplou a pesquisa bibliográfica, de notícias de jornal, de informações da Defesa Civil Municipal e Estadual, além do levantamento de produtos cartográficos e de sensoriamento remoto (bases cartográficas, fotos aéreas e imagens de satélite). Este material deu suporte para a elaboração de cadastros e banco de dados de ocorrências de escorregamentos e inundações, auxiliando na preparação de materiais diversos para os levantamentos de campo e a avaliação das áreas de risco.

A Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC) contribuiu para a identificação preliminar das áreas de risco existentes no município (áreas-alvo) a serem caracterizadas e setorizadas durante os trabalhos de campo. A colaboração da COMDEC possibilitou a otimização dos prazos de execução do trabalho, estabelecendo uma troca de informações e definições de prioridades para o gerenciamento de situações de risco a ser realizado pela própria COMDEC.

Devido ao caráter aplicado do mapeamento de risco, foi adotada uma abordagem que conjuga a utilização de imagens de sensoriamento remoto de alta resolução e de critérios simples para a setorização do risco, de forma a permitir fácil entendimento por parte dos operadores de Planos Preventivos de Defesa Civil e rápida implementação de ações de prevenção de desastres e mitigação de riscos em áreas prioritárias.

Para o mapeamento de áreas de risco de Campos do Jordão, em sua diversas fases, foram utilizados os seguintes produtos cartográficos e de sensoriamento remoto:

a) base cartográfica digital produzida pelo Projeto GISAT – Sistema de Informações Georreferenciadas dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (DAEE 2008), obtida por vetorização de folhas topográficas 1:50.000, a partir de especificações técnicas e imagens georreferenciadas dos fotolitos originais, fornecidos pelo IBGE, sob coordenação do Instituto Geográfico e Cartográfico (IGC);

b) bases cartográficas sistematizadas pelo Projeto DataGEO, em implantação pela Coordenadoria de Planejamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de Sao Paulo;

c) informações do Projeto OpenStreetMap, uma base de informações espaciais aberta e colaborativa, licenciada sob as normas de Open Data Commons Open Database License (ODbL);

d) ortofotos digitais de propriedade da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S/A - EMPLASA, produto de levantamento aerofotogramétrico de 2010/2011 resolução espacial de 1m, do Projeto de Atualização Cartográfica do Estado de São Paulo – Projeto Mapeia São Paulo (EMPLASA 2010a)

e) modelo digital de superfície, resolução de 5m, igualmente de propriedade da EMPLASA,

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produzido a partir do levantamento acima citado (EMPLASA 2010b);

e) por meio do Geoportal desenvolvido pelo Instituto Geográfico e Cartográfico – IGC (acessado em www.igc.sp.gov.br), o projeto teve acesso às folhas digitalizadas e georreferenciadas do mapeamento topográfico Projeto Macro-Eixo, de 1977/1978, em escala 1:10.000, Secretaria de Economia e Planejamento / Instituto Geográfico e Cartográfico (SEP/IGC)

f) além das bases supracitadas, foi de fundamental importância para o desenvolvimento dos trabalhos de mapeamento de risco em escala local, um conjunto de informações espaciais fornecido pela Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Planejamento, em particular ortofotos digitais de alta qualidade, com resolução espacial de 0,16m, e arquivos vetoriais representando a altimetria da área urbana com espaçamento de 1 metro.

g) a base de imagens espaciais do serviço “Bing Maps”, desenvolvido pela Microsoft para visualização interativa de mapas e imagens de satélite, foi utilizada como imagem de fundo para a setorização de risco no ambiente do SGI-RISCO-IG (Sistema Gerenciador de Informações de Risco do Instituto Geológico).

A etapa de tratamento e análise dos dados contemplou a utilização da metodologia exposta neste capítulo, conforme estrutura metodológica sintetizada na Figura 3.1, subsidiando a produção de um ambiente GIS, elaboração de cartografia digital final, inserção dados no SGI-Riscos-IG e de relatório técnico.

3.2. INVENTÁRIO DE DADOS E INFORMAÇÕES SOBRE EVENTOS E ACIDENTES

Esta etapa envolveu o levantamento de várias informações que, sistematizadas, permitiram compor cadastros e bancos de dados, necessários à obtenção de atributos para as análises de risco. Assim, foram organizados bancos de dados com as seguintes fontes de informação: a) banco de dados da Defesa Civil Municipal e Estadual; b) notícias veiculadas na mídia impressa e eletrônica; c) pesquisa bibliográfica; d) interpretação de imagens de sensoriamento remoto.

a) Banco de dados da Defesa Civil Municipal e Estadual

O histórico e localização das áreas de risco do município são obtidos junto ao cadastro/banco de dados da Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC). No caso de Campos do Jordão, foram levantadas informações organizadas referentes ao ano de 2013.

Este material é complementado pelo banco de dados da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC), que agrega dados de eventos desastrosos em geral associados a ocorrências durante a Operação Verão do Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC). Neste caso, o histórico de dados abrange o período de 2000 a 2013.

Estes bancos de dados foram analisados, as informações consolidadas e na medida do possível espacializadas, visando a obtenção do panorama local dos problemas enfrentados pela municipalidade.

b) Notícias veiculadas na mídia impressa e eletrônica

Esta atividade envolveu a análise de informações sobre eventos de movimentos de massa (escorregamentos, erosão, solapamento de margens de drenagens), inundações e processos correlatos (enchentes, alagamentos, enxurradas), colapso/subsidências de solo, conforme procedimentos descritos em Andrade et al. (2010).

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Assim, foram estabelecidos procedimentos padronizados para a derivação de dados e informações a partir de notícias publicadas em jornais (período de janeiro de 1999 a março de 2013), contemplando as seguintes etapas: a) pesquisa e coleta de dados nos jornais "O Vale" e "Valeparaibano"; b) sistematização e consolidação de dados, incluindo o tratamento quanto à localização, tipo, data, gravidade de evento, entre outros; c) georreferenciamento (localização e espacialização), realizado na medida do possível, visando a agregação de dados espaciais das ocorrências e eventual recorrência).

Este Banco de Dados contribuiu para a identificação de áreas a serem estudadas e para a caracterização dos setores de perigo e de risco de inundação e escorregamentos na escala local.

c) Pesquisa bibliográfica

Este levantamento tem por objetivo estabelecer o referencial técnico sobre a área de estudo, gerando um banco de dados contendo documentos relacionados a estudos e pesquisas sobre perigos, vulnerabilidade e riscos aos processos geodinâmicos inseridos na área de estudo. Deve focar em informações do tipo: histórico, localização, condicionantes, referências, frequência, magnitude, dano, ações de enfrentamento de problemas, entre outros.

No caso de Campos do Jordão foram analisados principalmente os estudos relacionados aos eventos desastrosos de 1972 e 2000, mapeamentos de riscos, Planos Municipais de Redução de Riscos, Planos de Bacia (Hiruma & Ricomini (1999), IPT (2002 e 2009), Modenesi-Gaulttieri & Hiruma (2004), JBA Engenharia e Consultoria Ltda (2006), dentre outros.

d) Interpretação de imagens de sensoriamento remoto.

Este produto refere-se ao cadastro e mapeamento de feições e cicatrizes resultantes de eventos e acidentes relacionados a movimentos de massa (escorregamento e erosão) que ocorrem na área de estudo. Tem por objetivo verificar a frequência de acidentes já ocorridos, sua localização e caracterização. Contribui para a caracterização das unidades de análise (UTBs) e posterior avaliação do perigo na escala regional, bem como a avaliação de risco na escala local.

3.3. MAPEAMENTO DE RISCO NA ESCALA REGIONAL (ESCALA 1:50.000)

3.3.1. Introdução

O mapeamento de risco em escala regional 1:50.000 foi realizado com base na metodologia descrita em Ferreira & Rossini-Penteado (2011). O mapeamento de risco nesta escala regional permite a caracterização e identificação dos perigos, vulnerabilidades e danos potenciais de todo o território municipal. Os produtos gerados nessa escala de abordagem podem ser utilizados para subsidiar instrumentos de planejamento, tais como planos diretores municipais e zoneamentos ambientais regionais, constituindo base para a identificação e seleção de áreas de risco alvo para estudos em escala local (1:3.000), juntamente com os cadastros de eventos e as informações oriundas das coordenadorias municipais de defesa civil.

3.3.2. Definição das unidades de análise

A forma e a distribuição espacial de feições do terreno foram analisadas de uma forma integrada, permitindo a delimitação de unidades de análise que guardam correspondência com representações identificáveis na paisagem. Nesta perspectiva, a paisagem, ou o território, compõe uma realidade visível, definida a partir da observação e do interesse individual do sujeito que a apreende.

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Esta abordagem foi operacionalizada pela delimitação de Unidades Territoriais Básicas (UTBs), que representam as menores unidades de análise na escala adotada, expressando o conceito geográfico de zonalidade. Cada unidade ou zona é definida por meio de critérios específicos que permitem a diferenciação entre zonas vizinhas, ao mesmo tempo em que possui vínculos dinâmicos que possibilitam sua articulação com uma complexa rede composta por outras unidades territoriais (Lucena 1998, Brasil-Min. Meio Ambiente 2006).

Com base nas UTBs é possível associar a uma mesma região do espaço diferentes atributos ou fatores ambientais, físicos e socioeconômicos, como por exemplo, atributos geológico, geomorfológico, de uso e cobertura da terra e padrão da ocupação, infraestrutura sanitária, renda, etc, que descrevem e qualificam os processos perigosos, a vulnerabilidade e o dano.

Neste estudo, as UTBs resultaram da intersecção dos planos de informação de Unidades Básicas de Compartimentação do Meio Físico (UBC) e de Unidades Homogêneas de Uso e Cobertura da Terra (UHCT).

As UBCs foram definidas a partir da fotointerpretação de imagem Landsat TM5, de resolução 30m (CPLA, 2012) e imagem de relevo sombreado obtida a partir de modelo digital de superfície, resolução 5m (EMPLASA, 2010b). A escala de interpretação foi em torno de 1:50.000. Esta etapa baseou-se no processo de observação, identificação e delimitação visual de regiões homogêneas com base em variações de elementos texturais das imagens, como densidade, grau de estruturação e ordem de estruturação dos elementos, conforme descrito em Vedovello (2000), Tominaga et al. (2004, 2008), Fernandes da Silva et al. (2010), Ferreira & Rossini-Penteado (2011), Ferreira et al. (2013).

A ocupação territorial, expressa nas diferentes formas de uso e cobertura da terra, destaca-se como fator determinante em estudos de riscos geoambientais, sendo o elemento potencializador e desencadeador de processos perigosos e, ao mesmo tempo, o elemento que sofre os impactos e as consequências da ocorrência dos mesmos.

As UHCTs são as unidades homogêneas delimitadas a partir da compartimentação do uso e cobertura da terra e do padrão de ocupação urbana em resoluções e escala variáveis. Sua configuração resultou da associação ou combinação de diferentes elementos da paisagem, definidores de padrões espaciais específicos. As UHCTs foram inicialmente definidas em SIG por procedimentos de análise orientada a objetos (método Battacharya), que consideram objetos homogêneos formados na imagem por meio da técnica de segmentação “Crescimento de Regiões” (INPE-DPI 1996). Para a construção das regiões homogêneas foram utilizadas ortofotos de 2010 (EMPLASA 2010a), com 5 metros de resolução espacial.

As classes de uso e cobertura da terra identificadas neste processo foram: a) Área urbana ou edificada; b) Solo exposto; c) Vegetação arbórea; d) Vegetação herbáceo-arbustiva e) Corpos d'água.

Posteriormente, a Classe de uso “Área Urbana ou Edificada” foi setorizada e diferenciada quanto ao tipo e padrão da ocupação a partir da interpretação visual das ortofotos, com 1 metro de resolução espacial em escala aproximada 1:10.000. Nesta etapa foram discriminadas as áreas com uso urbano predominantemente do tipo: a) residencial/comercial/serviços; b) loteamentos em implantação (com traçado do sistema viário e não edificado); c) grandes equipamentos (áreas ocupadas por indústrias, galpões de comércio e serviços; equipamentos urbanos, como cemitérios, estações de tratamento de água e de esgoto, entre outros); d) Espaço Verde Urbano; e) Área Desocupada (área terraplanada para ocupação urbana).

As áreas de uso “residencial/comercial/serviços”, foram delimitadas em escala aproximada 1:3.000 e caracterizadas quanto ao padrão da ocupação (em escala de até 1:10.000) considerando três critérios básicos da estrutura urbana (conforme metodologia descrita em Rossini-Penteado et al. (2005, 2007 e 2008), sendo eles:

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a) Densidade de Ocupação (DO): relacionada com a intensidade da ocupação do solo, representando a relação entre o tamanho ou número de lotes por unidade de área:

- Muito alta densidade: áreas com edificações verticais (prédios) e lotes inferiores a 150m²;

- Alta densidade: áreas com lotes de até 250m²;

- Média densidade: áreas com lotes de 250m² a 450m²;

- Baixa densidade: áreas com lotes maiores que 450m²;

- Muito baixa densidade: ocupações esparsas como sítios e chácaras residências.

b) Estágio de Ocupação (EO): revela a fase atual da ocupação, sendo definida quanto a proporção de lotes efetivamente construídos no setor em:

- áreas consolidadas (mais de 80% de lotes construídos);

- áreas em consolidação (de 30 a 80% de lotes construídos);

- áreas com ocupação rarefeita (até 30% dos lotes construídos);

c) Ordenamento Urbano (OU): considera existência e combinação de três elementos urbanos básicos:

- arborização urbana (ao longo de ruas e quintais das residências);

- traçado do sistema viário;

- pavimentação .

3.3.3. Definição e obtenção dos atributos e seleção dos fatores de análise

Os atributos selecionados para qualificação dos processos de escorregamentos, inundações, erosão, bem como sua forma de obtenção estão sintetizados nos Quadros 3.1 e 3.2 (complementados pelos Quadros 3.3, 3.4, 3.5 e 3.6) .

Para as UTBs foram obtidos e associados atributos do meio físico, do uso e cobertura da terra, do padrão da ocupação urbana, socioeconômicos, de infraestrutura sanitária e de excedente hídrico. Nesta etapa foram utilizadas ferramentas e operações de análise espacial do SIG-SPRING e Arc-GIS para a espacialização de dados, interpolações, consultas espaciais, cálculo dos atributos e atualização automática do banco de dados alfanumérico (Ferreira & Rossini-Penteado 2011, Ferreira et al. 2013).

Os atributos relacionados à infraestrutura urbana e socioeconômicos foram obtidos a partir dos dados dos setores censitários do IBGE (2010). Esta etapa envolveu, inicialmente, o agrupamento dos dados em classes de atributos relativas ao esgotamento sanitário, abastecimento de água, destinação do lixo, renda da população e número de habitantes por residência, seguido do cálculo do valor médio ponderado desses atributos para cada setor censitário. Estas características fazem referência ao padrão da ocupação e destacam-se como condicionantes antrópicos do risco. Assim, os índices de abastecimento de água (AA), coleta de esgoto (CE), coleta de lixo (CL), Instrução (IN) e Renda (RE) representam o padrão socioeconômico associado às áreas urbanas de uso “residencial/comercial/serviços” das Unidades Territoriais Básicas (UTB) e permitem inferir o perfil da infraestrutura urbana e da população residente.

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ATRIBUTO DESCRIÇÃO FORMA DE OBTENÇÃO

(AM) Amplitude

Representa o desnível entre o topo e a base da encosta, indicando a quantidade de solo na encosta. Quanto maior a amplitude maior a probabilidade de ocorrência do processo. Fator condicionante da variável perigo a escorregamento e erosão. Fonte: Modelo Digital de Superfície (MDS) – (EMPLASA, 2010b). Unidade: metros.

Obtido a partir da interpolação de valores de cota do MDS em grades de 10x10m; obtenção da diferença entre cota máxima e cota mínima e cálculo de média zonal.

(DE) Declividade Média

Expressa a inclinação das vertentes. Quanto maior a declividade, maior a probabilidade de ocorrência do processo. Fator condicionante da variável perigo a escorregamento, inundação e erosão. Fonte: Modelo Digital de Superfície (MDS)–(EMPLASA, 2010b). Unidade: graus.

Obtido a partir da interpolação de valores de cota do MDS em grades de 10x10m; e cálculo de média zonal.

(DD) Densidade de Drenagem

Expressa a permeabilidade e grau de fraturamento do terreno. Quanto maior a densidade de drenagem, maior a probabilidade de ocorrência do processo. Fator condicionante da variável perigo a escorregamento, inundação e erosão. Fonte: carta topográfica do IBGE – (Projeto GISAT- DAEE). Unidade: metros/100m

2..

Obtido a partir da interpolação de valores de Densidade de Drenagem (DD) em grades de 10x10m; e cálculo de média zonal.

(DL) Densidade de Lineamentos

Expressa o grau de estruturação do terreno. Quanto maior a densidade de lineamentos, maior a probabilidade de ocorrência do processo. Fator condicionante da variável perigo a escorregamento e erosão. Fonte: imagem ETM-Landsat e Modelo Digital de Superfície (MDS)–(EMPLASA, 2010b). Unidade: metros/100m

2.

Obtido a partir da interpolação de valores de Densidade de Lineamentos (DL) em grades de 10x10m; e cálculo de média zonal.

(EH) Excedente Hídrico

Expressa a quantidade de chuva. Quanto maior o excedente hídrico, maior a probabilidade de ocorrência do processo. Fator condicionante da variável perigo a escorregamento, inundação e erosão. Fonte: Armani (2007) Unidade: milímetros.

Obtido a partir da interpolação de valores de Excedente Hídrico (EH) em grades de 10x10m; e cálculo de média zonal.

(UG) Unidade Geológica

Expressa a textura do material de alteração, indicando o grau de alterabilidade e erodibilidade das rochas e solos. Fator condicionante da variável perigo a erosão. Fonte: IPT (1990); Morais et al.( 1998) Unidade: adimensional

Obtido a partir da reclassificação das Unidades do Mapa Geológico em escala 1:250.000, conforme Tabela 3.1.

Quadro 3.1. Atributos das Unidades Territoriais Básicas (UTBs) relacionados ao substrato geológico-geomorfológico, utilizados no mapeamento de risco.

ATRIBUTO DESCRIÇÃO FORMA DE OBTENÇÃO

(DO) Densidade de Ocupação

Representa a relação entre o tamanho ou número de lotes por unidade de área. Indica o grau de impermeabilização do terreno. Fator condicionante da variável perigo de inundação e erosão. Fonte: Ortofotos Digitais (EMPLASA, 2010a). Unidade: Adimensional. Classes: Muito alta, alta, média, baixa e muito baixa densidade.

Obtido pela interpretação visual de produtos de sensoriamento remoto.

(EO) Estágio de Ocupação

Representa a porcentagem de lotes efetivamente construídos, sendo o estágio em consolidação apresenta maior influência no desencadeamento dos processos perigosos. Indica o grau de impermeabilização do terreno. Fator condicionante do perigo de escorregamento, inundação e erosão. Fonte: Ortofotos Digitais (EMPLASA, 2010a). Unidade: Adimensional. Classes: consolidado; em consolidação e rarefeito.

Obtido pela interpretação visual de produtos de sensoriamento remoto.

Quadro 3.2. Atributos das Unidades Territoriais Básicas (UTBs) relacionados ao uso e ocupação do solo urbano, utilizados no mapeamento de risco.

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II 10

ATRIBUTO DESCRIÇÃO FORMA DE OBTENÇÃO

(OU) Ordenamento Urbano

Expressa o padrão ou qualidade da ocupação, sendo utilizado na determinação do potencial de indução de perigos. Fator condicionante do perigo de escorregamento, inundação e erosão. Fonte: Ortofotos Digitais (EMPLASA, 2010a). Unidade: Adimensional. Classes: muito alto, alto, médio, baixo e muito baixo ordenamento.

Obtido pela interpretação de produtos de sensoriamento remoto – Conforme Quadro 3.4.

(AA) Índice Abastecimento de Água

Expressa as condições de abastecimento de água. Vazamentos e rompimentos de tubulações ocasionam infiltrações que agravam as situações de risco. Fator condicionante do perigo de escorregamento e erosão, e das variáveis vulnerabilidade. Fonte: dados censitários do IBGE de 2010. Unidade: Adimensional.

Obtido a partir da interpolação de valores médios ponderados dos dados censitários em grades de 10x10m e cálculo de média zonal.

(CE) Índice Coleta de Esgoto

Expressa as condições do esgotamento sanitário. Ausência ou inadequação do sistema pode acarretar o lançamento de águas servidas que agravam as condições de estabilidade do terreno. Fator condicionante do perigo de escorregamento, erosão e inundação e da variável vulnerabilidade. Fonte: dados censitários do IBGE de 2010. Unidade: Adimensional.

Obtido a partir da interpolação de valores médios ponderados dos dados censitários em grades de 10x10m e cálculo de média zonal.

(CL) Índice Coleta de Lixo

Expressa as condições da coleta e disposição do lixo. Acúmulo de lixo e entulho em propriedades favorecem a absorção de grande quantidade de água que agravam as condições de instabilidade do terreno. Fator condicionante do perigo de escorregamento e inundação e da variável vulnerabilidade. Fonte: dados censitários do IBGE de 2010. Unidade: Adimensional.

Obtido a partir da interpolação de valores médios ponderados dos dados censitários em grades de 10x10m e cálculo de média zonal.

(IN) Índice Instrução

Expressa o número de pessoas não alfabetizadas em relação ao total de pessoas (alfabetizadas e não alfabetizadas). Maior índice de pessoas não alfabetizadas pode determinar menor capacidade de enfrentamento de uma situação de risco. Fator condicionante da vulnerabilidade. Fonte: dados censitários do IBGE de 2010. Unidade: Porcentagem (%).

Obtido a partir da interpolação de valores médios ponderados dos dados censitários em grades de 10x10m e cálculo de média zonal.

(PA) Índice Pavimentação

Indica a impermeabilização do terreno. Fator condicionante do perigo de inundação e erosão. Fonte: Ortofotos Digitais (EMPLASA, 2010a). Unidade: Adimensional. Classes: pavimentada e não pavimentada

Obtido pela ponderação de classes do atributo Ordenamento Urbano (OU) – Conforme Tabela 3.2.

(DOEO) Índice Densidade e Estágio da Ocupação

Indica a impermeabilização do terreno. Fator condicionante do perigo de erosão e inundação. Unidade: Adimensional. Fonte: Ortofotos Digitais (EMPLASA, 2010a).

Obtido pela combinação matricial das classes dos atributos Densidade de Ocupação (DO) e Estágio da Ocupação (EO) – Conforme Tabela 3.3.

(PI) Potencial de Indução do Uso e Cobertura da Terra

Expressa o grau de influência do uso e cobertura da terra no desencadeamento dos processos perigosos. Fator condicionante do perigo de escorregamento, inundação e, erosão. Unidade: Adimensional.

Obtido pela ponderação de classes conforme Tabela 3.4.

(RE) Índice Renda

Expressa a renda média da população. Condições econômicas precárias podem levar à ocupação inadequada de locais impróprios, aumentando a exposição da população. Fator condicionante da vulnerabilidade. Fonte: dados censitários do IBGE de 2010. Unidade: Salários Mínimos.

Obtido a partir da interpolação de valores médios ponderados dos dados censitários em grades de 10x10m e cálculo de média zonal.

(DP) Densidade de População

Expressa o número de pessoas em risco. Fator condicionante da variável dano potencial. Fonte: dados censitários do IBGE de 2010. Unidade: número de pessoas/km

2.

Obtido a partir da interpolação de valores médios ponderados dos dados censitários em grades de 10x10m e cálculo de média zonal.

Quadro 3.2 (continuação). Atributos das Unidades Territoriais Básicas (UTBs) relacionados ao uso e ocupação do solo urbano, utilizados no mapeamento de risco.

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Tabela 3.1. Notas ponderadas das classes do mapa geológico para obtenção do índice de erodibilidade das unidades geológicas.

Unidade do Mapa Geológico Nota - Erodibilidade das Unidades Geológicas

Milonitos e ultramilonitos de biotita gnaisses, por vezes porfiroclásticos, anfibolitos; Granada-silimanita-biotita xistos que passam a migmatito estromáticos

0,3

Xistos feldspáticos, gnaisses tonalíticos a granodioríticos, migmatizados e miloníticos.

0,4

Metassiltitos e metalamitos; Biotita gnaisses. 0,5

Migmatitos estromáticos a nebulíticos, miloníticos, mesossoma de biotita xistos e gnaisses.

0,6

Migmatitos estromáticos; Biotita monzogranitos; Biotita sieno e monzogranitos porfiríticos, mesocráticos; Biotita granitos cinzas a rosados, inequigranulares, por vezes porfiríticos; Granitos indiferenciados.

0,7

Depósitos de talus; Depósitos colúvio-aluvionares. 0,8

Meta-arenitos arcoseanos, conglomeráticos e microconglomeráticos; Aluviões atuais e pré-atuais; (muscovita-magnetita) quartzitos.

0,9

Tabela 3.2. Combinação matricial e notas ponderadas para obtenção do índice Ordenamento Urbano (OU)

CLASSE DE ORDENAMENTO

URBANO

ELEMENTOS URBANOS

NOTAS Ordenamento Urbano (OU)

NOTAS Pavimenta ção para erosão

(PAer)

NOTAS Pavimentação

para inundação

(PAin)

TRAÇADO DO

SISTEMA VIÁRIO

PAVIMENTAÇÃO VEGETAÇÃO

Muito Alto sim sim sim 0,1 0,3 0,7

Alto sim sim não 0,3 0,3 0,7

Médio sim não sim ou não 0,5 0,7 0,3

Baixo não não sim 0,7 0,7 0,3

Muito Baixo não não não 0,9 0,7 0,3

Tabela 3.3. Combinação matricial entre os atributos densidade e estágio da ocupação e notas ponderadas para obtenção do índice Densidade e Estágio de Ocupação (DOEO).

INUNDAÇÃO (DOEOin)

ESTÁGIO DA OCUPAÇÃO

Consolidado Em Consolidação Rarefeito

DENSIDADE DA OCUPAÇÃO

Muito Alta 0,9 0,7 0,3

Alta 0,9 0,5 0,3

Média 0,7 0,3 0,3

Baixa 0,5 0,3 0,1

Muito Baixa 0,1 0,1 0,1

EROSÃO (DOEOer)

ESTÁGIO DA OCUPAÇÃO

Consolidado Em Consolidação Rarefeito

DENSIDADE DA OCUPAÇÃO

Muito Alta 0,1 0,3 0,7

Alta 0,1 0,5 0,7

Média 0,3 0,7 0,7

Baixa 0,5 0,7 0,9

Muito Baixa 0,9 0,9 0,9

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Para que fosse possível caracterizar o padrão socioeconômico de cada polígono das UTBs (definidos por critérios técnicos) foram realizadas operações de espacialização e de cálculo de média zonal dos atributos socioeconômicos no SIG-SPRING e Arc-GIS, a partir dos valores médios ponderados das classes de atributos obtidos dos setores censitários do IBGE (definidos por critérios operacionais). Este procedimento permitiu a geração de uma superfície de interpolação (grade numérica) contendo a distribuição espacial contínua dos valores dos atributos socioeconômicos e posterior cálculo dos valores médios destes atributos em cada UTB, conforme descrito em Rossini-Penteado et al. (2007).

O fator Potencial de Indução (PI) do uso e cobertura da terra representa o grau de influência dos diferentes padrões da ocupação e da infraestrutura sanitária no desencadeamento dos processos perigosos. Este fator de PI foi calculado por meio da ponderação direta dos valores dos atributos considerados, exceto para a classe de uso do tipo residencial/comercial/serviços, cujos valores do PI foram obtidos a partir das equações definidas na Tabela 3.4.

Tabela 3.4. Notas ponderadas e equações das classes de uso e cobertura da terra para obtenção do índice Potencial de Indução (PI)

PERIGOS

Escorregamento Inundação Erosão

Vegetação Arbórea 0,1 0,1 0,1

Espaço Verde Urbano 0,2 0,2 0,2

Vegetação Herbáceo-Arbustiva 0,3 0,3 0,3

Solo Exposto/Área Desocupada 0,9 0,5 0,9

Corpos D'Água 0,1 0,9 0,1

Loteamento 0,7 0,3 0,7

Grande Equipamento 0,5 0,5 0,5

Residencial/comercial/serviços

0,5 a 1(aplicação da fórmula IF=(AA+CE+CL+EO+OU)/5

0,5 a 1 (aplicação da fórmula IF=(CE+CL+

DOEOin +PAin)/4

0 a 1 (aplicação da fórmula IF=(CE+AA+

DOEOer +PAer)/4

Sendo: AA= índice abastecimento de água; CE= índice coleta de esgoto; EO= estágio de ocupação; OU= ordenamento urbano; DOEOin = índice densidade/estágio de ocupação para inundação; DOEOer = índice densidade/estágio de ocupação para erosão; PAer= índice pavimentação para erosão; PAin= índice pavimentação para inundação.

Para efetuar o cálculo dos índices de risco, todos os atributos e variáveis da equação de risco foram normalizados para o intervalo de 0 (zero) a 1 (um), onde 0 significa nenhuma influência e 1 significa a máxima influência no processo, de acordo com a fórmula abaixo:

Vn = (Vx – Vmin)/(Vmax-Vmin) Equação 1

Sendo: Vn = valor normalizado; Vx = valor a ser normalizado; Vmin= valor mínimo da amostragem; Vmax= valor máximo da amostragem.

3.3.4. Modelo e cálculo das variáveis de risco

Neste trabalho a modelagem envolveu a definição e aplicação de fórmulas e regras aos fatores considerados para os processos em análise. Foram modeladas as variáveis: perigo (P) a escorregamento, inundação e erosão, vulnerabilidade (V), dano potencial (D) e risco (R).

O perigo (P), definido como a probabilidade de ocorrência de um processo potencialmente danoso, foi calculado considerando-se tanto fatores do meio físico que interferem na

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suscetibilidade natural do terreno, como fatores relacionados ao padrão de uso da terra que potencializam a ocorrência do processo perigoso.

Os Índices de Perigo (P) aos diversos processos analisados foram calculados a partir da aplicação das equações 2, 3, 4, 5 e 6, apresentadas na Tabela 3.5. Os valores obtidos foram agrupados pelo método quebras naturais em quatro classes: P1 (Baixa); P2 (Média); P3 (Alta); P4 (Muito Alta).

Tabela 3.5. Cálculo das variáveis da equação de risco: Índices de Perigo (P), Vulnerabilidade (V) e Dano Potencial (D).

PROCESSOS

CÁLCULO DAS VARIÁVEIS DA EQUAÇÃO DE RISCO (R=PxVxD)

Índice de Perigo (P) (Equação)

Índice de Vulnerabilidade (V)

(Equação)

Índice de Dano

Potencial (D)

Escorregamento PEsc = 0,1(AM) + 0,3(DE) + 0,1(DD)+ 0,1(DL) + 0,1 (EH)

+ 0,3(PI) (Equação 2) V = (((AA + CE + CL +

OU)/4) + (IN + (1-RE)/2))/2

(Equação 5)

D=(DP*P*V)

(Equação 6)

Inundação PInu = 0,3(DEin) + 0,2(DD) + 0,2(EH) + 0,3(PI)

(Equação 3)

Erosão

PEro = 0,3(DE)+ 0,3(PI)+ 0,1(UG)+ 0,1(EH) + 0,1(DL) +

0,1(DDer)

(Equação 4)

Sendo: PEsc= índice de perigo a escorregamento; PInu= índice de perigo a inundação; PEro= índice de perigo a erosão; AM=amplitude; DE=declividade; DEin = 1-declividade; DD= densidade de drenagem; DDer= 1-densidade de drenagem; DL= densidade de lineamentos; UG = unidade geológica; EH= excedente hídrico; PI= potencial de indução; AA = índice abastecimento de água; CE= índice coleta de esgoto; CL = índice coleta de lixo; OU = ordenamento urbano; IN = índice instrução; RE= índice renda; DP= densidade populacional.

Para refinar o modelo, foram desenvolvidas algumas regras de classificação para os perigos de escorregamento e inundação.

No caso do perigo a escorregamento, foram aplicadas as seguintes regras:

a) As unidades (UTB) caracterizadas como planície e com declividade < 3° foram reclassificadas para a classe de perigo Muito Baixo ou Nulo (P0_ESC);

b) As unidades (UTB) com declividade (DE) variando entre 0° e 9° foram reclassificadas para a classe de perigo Baixo (P1_ESC);

c) Para as unidades (UTB) com declividade (DE) entre 9° e 17° foi mantido o resultado obtido da aplicação da equação 2, conforme Tabela 3.5;

d) As unidades (UTB) com declividade (DE) entre 17° e 25° correspondentes às classes P1_ESC e P2_ESC foram reclassificadas para a classe de perigo Alto (P3_ESC);

e) As unidades (UTB) com declividade (DE) > 25° foram reclassificadas para a classe de perigo Muito Alto (P4_ESC).

Para o perigo de inundação foram aplicadas as seguintes regras:

a) As unidades (UTB) caracterizadas como encosta foram reclassificadas para a classe de perigo de inundação Muito Baixo ou Nulo (P0_INUND).

Para o cálculo do índice de Risco, os valores da variável Perigo foram normalizados para o intervalo de 0 a 1, respeitando-se os enquadramentos nas classes obtidas pelas regras acima, conforme as equações 7, 8, 9 e 10, mostradas na Tabela 3.6.

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Tabela 3.6. Equações de normalização da variável Perigo (P)

Equações para normalização do Perigo Nº da equação Observação

P4 = ((Vn-Vmin)/(Vmax-Vmin)*0,25) + 0,75, Equação 7 0,25 corresponde ao valor do intervalo de classe, considerando-se quatro classes; e 0,75; 0,50; 0,25 e 0 correspondem aos limites inferiores das classes P1, P2, P3 e P4, respectivamente

P3 = ((Vn-Vmin)/(Vmax-Vmin)*0,25) + 0,50, Equação 8

P2 = ((Vn-Vmin)/(Vmax-Vmin)*0,25) + 0,25, Equação 9

P1 = ((Vn-Vmin)/(Vmax-Vmin)*0,25) + 0,00, Equação 10

P0 = 0,00

A análise da vulnerabilidade (V) permite definir o nível de exposição e a predisposição de um elemento (pessoas, bens, propriedades, vias de acesso) ser afetado por um perigo específico, sendo esta condição determinada por fatores físicos ou humanos.

Foram considerados como fatores de vulnerabilidade os atributos físicos abastecimento de água (AA), coleta de lixo (CE), coleta de lixo (CL), ordenamento urbano (OU) e os atributos relacionados à população residente como renda (RE) e instrução (IN).

O Índice de Vulnerabilidade foi obtido conforme equação 5 da Tabela 3.5, sendo calculado apenas para as unidades urbanas do tipo residencial/comercial/serviços.

A análise do Dano Potencial (D) permite definir a extensão do dano sobre um dado elemento, estando neste trabalho diretamente relacionado à população residente e sua vulnerabilidade frente a determinado perigo.

O Índice de Dano Potencial foi obtido com base nos valores normalizados do fator Densidade de População (DP) para as unidades urbanas do tipo residencial/comercial/serviços, multiplicado pelos valores de perigo e vulnerabilidade correspondentes, conforme equação 6 da Tabela 3.5.

O risco pode ser definido como a combinação da probabilidade de ocorrência de um evento e suas consequências negativas (UN-ISDR 2009) ou a relação existente entre a probabilidade de que uma ameaça de evento adverso ou acidente se concretize, com o grau de vulnerabilidade do sistema receptor a seus efeitos (Brasil 2007).

Os Índices de Risco para os processos analisados foram obtidos a partir da aplicação da equação 11 apenas para as unidades urbanas do tipo residencial/comercial/serviços, considerando a população como o elemento em risco.

R (Esc,Inu,Ero) = P(Esc,Inu,Ero) * V * D (Esc,Inu,Ero) Equação 11

Onde: R= índice de risco a escorregamento, inundação, erosão; PEsc,Inu,Ero = índice de perigo a escorregamento, inundação, erosão; V= índice de vulnerabilidade; D(Esc,Inu,Ero)= índice de dano potencial.

Ressalta-se que:

a) Os resultados obtidos pela Equação 11 foram distribuídos em quatro classes pelo método de quebras naturais, obtendo-se: R1 (Baixa); R2 (Média); R3 (Alta); R4 (Muito Alta).

b) As unidades (UTB) com R = 0 foram reclassificadas para a classe R0 (Muito Baixo ou Nulo).

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3.3.5. Produção cartográfica final

O produto da modelagem executada com o uso dos programas SPRING e ArcGIS Desktop, conforme descrito anteriormente foi objeto de importação, tratamento e edição no software MapInfo Professional, para a geração de mapas temáticos por atributo, para cada processo analisado (escorregamento, inundação e erosão) e índice (perigo e risco), além de um mapa de Vulnerabilidade, representados no presente relatório em escala 1:100.000.

3.4. MAPEAMENTO DE RISCO NA ESCALA LOCAL (1:3.000)

3.4.1. Introdução

A cartografia de risco na escala de detalhe, 1:3.000, enfoca estudos nas áreas-alvo, ou seja as áreas de risco definidas ao final da etapa de análise regional (Mapas de Risco), agregadas às áreas definidas a partir do cadastro de eventos. Nessa etapa do roteiro, o mapeamento de risco realizado no município na escala local (1:3.000) envolve a análise de quatro tipos de processo: escorregamentos, inundação, erosão e solapamento de margens de drenagens. A metodologia adotada é descrita nos itens a seguir, conforme ilustrado no fluxograma da Figura 3.1.

Os produtos gerados nessa escala implicam na definição de áreas e setores de risco a processos do meio físico, com atribuição de quatro graus de risco, que variam de baixo, médio, alto a muito alto. A área de risco é uma região de um bairro onde se concentram os riscos. Dentro dela são delimitados setores de risco, porções descontínuas da área de risco consideradas homogêneas quanto às características da ocupação, exposição a perigos, vulnerabilidade e graus de risco associados.

Para os setores de risco há indicação de recomendações técnicas gerais para a redução, mitigação ou eliminação do risco, subsidiando o suporte a decisões pelo poder público municipal na hierarquização de medidas estruturais e medidas não estruturais necessárias ao gerenciamento de risco. Uma das principais aplicações consiste no subsídio ao trabalho da Defesa Civil Municipal no atendimento de situações emergenciais.

Nos itens a seguir estão indicados os procedimentos operacionais para a execução do mapeamento de áreas de risco em escala local, que incluem:

- definição de unidades de análise (áreas-alvo),

- pré-setorização e obtenção dos atributos de análise,

- modelagem, setorização e análise de risco.

- produção cartográfica

- indicação de recomendações técnicas gerais

Para a análise de risco de escorregamento, erosão e solapamento de margens de córregos e rios, após a definição das áreas-alvo adotou-se a metodologia de mapeamento de risco indicada pelo Brasil-Min. Cidades & IPT (2007), adaptando-se métodos e técnicas utilizados em estudos similares (FUNDUNESP 2003, Cerri et al.2004, Canil et al. 2004, Macedo et al. 2004a,b, Marchiori-Faria et al. 2005, Santoro et al. 2005, Amaral et al. 2007, Galina et al. 2007). Nesta metodologia a análise de risco é realizada de forma qualitativa, com setorização e atribuição do grau de risco durante os trabalhos de campo.

A análise de risco de inundações na escala local adota metodologia própria, descrita em Andrade et al. (2010 e 2012) e Fernandes da Silva et al. (2011), explorando métodos numérico-quantitativos para coleta de dados e para determinação de graus de perigo e de risco. Para a determinação numérica (ou semiquantitativa) do grau de risco adota-se procedimento diferenciado para aplicação da Equação de Risco, onde o risco R= PxV (P=Perigo,

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V=Vulnerabilidade), enquanto o dano potencial, D, é expresso pelo número de moradias e edificações em risco, ou outro tipo de elemento em risco, como por exemplo, vias e grandes equipamentos. Ressalta-se que na análise de risco de inundações, a variável D é utilizada para qualificar ou indicar a potencial magnitude do dano associado ao escore numérico determinante do grau de risco.

3.4.2. Definição de unidades de análise e áreas-alvo para estudos na escala local

As unidades de análise nesta escala são aqui denominadas de áreas-alvo. Estas são definidas pela associação das áreas com ocupação urbana onde já existe histórico de acidentes (“Inventário de dados e informações sobre eventos e acidentes”) e das áreas onde há probabilidade de ocorrência de acidentes (“Mapa de áreas de risco de escorregamento em escala regional”).

Há possibilidade de algumas áreas-alvo serem definidas em decorrência do próprio trabalho de campo, quando da verificação do perigo nesta escala de abordagem, em função de aspectos geomorfológicos locais, da dinâmica espacial do fenômeno estudado in loco e também por meio de relatos de moradores e de agentes públicos municipais que estiverem acompanhando os trabalhos.

Para estudos de inundações, as áreas-alvo representam trechos com ocupação urbana sujeitos a ocorrência de inundações (Perigo), identificados a partir dos diferentes registros históricos de eventos, combinados à observação direta ou indireta do nível atingido pela água nos locais de ocorrência.

Para facilitar os trabalhos de campo, as áreas-alvo, disponíveis em Sistema de Informações Geográficas, e visualizadas sobre imagens de sensoriamento remoto, são organizadas em pranchas impressas, constituindo uma pré-organização das áreas de risco do município.

3.4.3. Pré-setorização e obtenção dos atributos de análise

A - Estudos de escorregamento, erosão e solapamento de margens de drenagens

Para os estudos de escorregamento, erosão e solapamento de margens de drenagens, os atributos são obtidos diretamente em levantamentos de campo, com o apoio gráfico das pranchas impressas e registrados em Fichas de Campo. Nestes levantamentos são considerados os atributos relacionados às variáveis da equação de risco (R=f(PxVxD), P=f(SxIxCh); onde: P=Perigo, V=Vulnerabilidade, D=Dano, S=Suscetibilidade, I=Potencial de Indução do Risco, Ch= Evento Chuvoso) e formas diretas e indiretas de obtenção das mesmas, conforme apresentado nos itens seguintes.

Esta etapa envolve também a entrevista direta com os moradores das áreas de risco e com representantes da Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC) sobre histórico, localização, frequência, intensidade e abrangência dos eventos perigosos.

Assim, após o caminhamento pelas áreas alvo e observação do contexto em termos de perigo e vulnerabilidade é delineada a pré-setorização, traçando-se polígonos nas pranchas. Este material é objeto de detalhamento gráfico e caracterização com o registro de dados coletados na Ficha de Campo.

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B - Estudos de inundação

Para os estudos de inundação, os atributos para a análise de risco são derivados das informações do “Inventário de dados e informações sobre eventos e acidentes”, combinadas, quando possível, às análises espacial e estatística, e à interpretação de imagens aéreas e orbitais. Além disso, são realizados trabalhos de campo para o levantamento de características do meio físico, de uso e ocupação do solo e demais aspectos inerentes ao histórico de ocorrência dos fenômenos de inundação.

Esta etapa envolve também a entrevista direta com os moradores das áreas de risco sobre a frequência, intensidade e abrangência dos eventos perigosos. Em geral, representantes da Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC) acompanham os trabalhos de campo, fornecendo informações complementares sobre o histórico e localização de ocorrências.

Assim, tanto as observações diretas em campo como as análises estatísticas visam a obtenção de atributos relacionados aos perigos, à vulnerabilidade e ao dano potencial, possibilitando a com determinação numérica do grau de risco de inundação através de aplicação diferenciada da equação de risco, conforme será abordado à frente (Item 3.4.4).

Os atributos utilizados para a determinação do grau de perigo são:

- nível atingido pela água nos locais de ocorrências, determinado por observações diretas de campo ou inferido a partir de notícias, relato de moradores e/ou agentes municipais;

- número de ocorrências de eventos de inundação no setor.

Os atributos referentes à vulnerabilidade são determinados a partir da análise das características do uso e ocupação do território, com base na interpretação de imagem, em observações de campo e análise do acervo fotográfico obtido em campo, conforme será abordado à frente (Item 3.4.4).

Assim, após o caminhamento pelas áreas alvo e observação do contexto em termos de perigo e vulnerabilidade é delineada a pré-setorização, traçando-se polígonos nas pranchas. Este material é objeto de detalhamento gráfico e caracterização com o registro dos dados coletados na Ficha de Campo.

C - Nomenclatura dos setores de risco

A denominação das áreas e setores de risco segue a nomenclatura ilustrada na Figura 3.2, a seguir.

Figura 3.2. Nomenclatura das áreas e setores de risco

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D - Ficha de campo de caracterização de áreas de risco

As informações obtidas em campo são sistematizadas em fichas de caracterização de áreas de risco, para cada perigo analisado (escorregamento, erosão, solapamento de margens de drenagens, inundação), segundo modelos elaborados pelo Instituto Geológico. Estas fichas, ilustradas nas Figuras 3.3, 3.4, 3.5 e 3.6, compõem um banco de dados de um Sistema Gerenciador de Informações de Risco das áreas de risco (SGI-RISCO-IG).

Estes dados podem ser futuramente atualizados pela COMDEC, quando do monitoramento contínuo das áreas de risco do município e eventuais novos estudos de mapeamento.

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Figura 3.3. Modelo de ficha de campo para registro de dados das áreas de risco de escorregamentos.

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Figura 3.3 (continuação). Modelo de ficha de campo para registro de dados das áreas de risco de escorregamentos.

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Figura 3.4. Modelo de ficha de campo para registro de dados das áreas de risco de erosão.

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Figura 3.4 (continuação). Modelo de ficha de campo para registro de dados das áreas de risco de erosão.

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Figura 3.5. Modelo de ficha de campo para registro de dados das áreas de risco de erosão/solapamento de margens de drenagens.

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Figura 3.5 (continuação). Modelo de ficha de campo para registro de dados das áreas de risco de erosão/solapamento de margens de drenagens.

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Figura 3.6. Modelo de ficha de campo para registro de dados das áreas de risco de inundação.

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Figura 3.6 (continuação). Modelo de ficha de campo para registro de dados das áreas de risco de inundação.

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3.4.4. Modelagem, setorização e análise de risco de escorregamento, erosão e solapamento de margem de drenagens

A - Análise do perigo

Nos levantamentos de campo, registrados nas Fichas de campo, os perigos de escorregamento, erosão e solapamento de margem de drenagens são estimados pela identificação e análise de feições e características do terreno indicadoras da sua suscetibilidade, conforme elementos de análise apresentados nos Quadros 3.3, 3.4 e 3.5.

PERIGO DE ESCORREGAMENTO

ELEMENTOS DE ANÁLISE VARIÁVEIS

a) Características morfológicas e morfométricas do terreno

- altura e inclinação de vertentes e de taludes (naturais, de corte e de aterro), perfil da vertente

b) Tipo de talude - natural, corte e aterro; parede rochosa

c) Material e perfil de alteração - solo residual, saprolito, rocha alterada, coberturas coluvionares, blocos e matacões

d) Estruturas geológicas - foliação, fraturamento

e) Evidências de movimentação - trincas; degraus de abatimento; inclinação de árvores, de postes e de muros; muros e paredes embarrigadas; feições erosivas em talude; cicatrizes de escorregamento

f) Tipo de material mobilizado - solo, rocha, depósitos antrópicos (lixo, entulho, terra)

g) Posição da feição de instabilidade em relação à encosta

- topo, meio ou base

h) Cobertura do terreno - solo exposto, vegetação (mata, árvores, arbustos, rasteira) , área de cultivo, área impermeabilizada

i) Intervenções antrópicas e condições associadas aos cursos d’água, às águas servidas, pluviais e subsuperficiais

- drenagens naturais, talvegues, concentração de água em superfície, lançamento de águas servidas em superfície, vazamento de tubulações, fossas, surgências; sistema de drenagem urbana

j) Geometria da ruptura ocorrida ou esperada

- planar, translacional, rotacional, rastejo, corrida, queda/rolamento de blocos; erosão

k) Agentes deflagradores/indutores - chuva; tipo de ocupação; variáveis associadas aos demais elementos de análise

Quadro 3.3. Elementos de análise do perigo de escorregamento levantados em trabalhos de campo.

PERIGO DE EROSÃO

ELEMENTOS DE ANÁLISE VARIÁVEIS

a) Características do meio físico

- tipologia da encosta; posição do processo na encosta; Inclinação talude; geologia/perfil do solo; características geológico-geotécnicas

b) Características do processo erosivo

- erosão laminar, em sulcos, em ravinas, boçorocas, erosão/solapamento de margem de canal; geometria dos processos

c) Condições de drenagem e saneamento

- concentração de água de chuva em superfície; lançamento de água servida em superfície; drenagens naturais; vazamento de tubulação; existência de fossa; surgência d'água; sistema de drenagem superficial

d) Agentes deflagradores; dinâmica / fenomenologia do processo erosivo;

- chuva; tipo de ocupação; variáveis associadas aos demais elementos de análise

e) Previsão da dinâmica de evolução do processo

- variáveis associadas aos demais elementos de análise

Quadro 3.4. Elementos de análise do perigo de erosão levantados em trabalhos de campo.

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PERIGO DE SOLAPAMENTO DE MARGENS DE DRENAGENS

ELEMENTOS DE ANÁLISE VARIÁVEIS

a) Características da drenagem - tipo, padrão, curvatura e geometria do canal; posição da ocupação em

relação a geometria do canal

b) Características do processo de erosão / solapamento de margem de drenagem

- tipo (erosão de margem, solapamento de canal); processos associados (inundação, assoreamento); estágio de evolução do processo; tipo e textura do substrato; tipo de evidências de movimentação; frequência das feições de movimentação

Quadro 3.5. Elementos de análise do perigo de solapamento de margens levantados em trabalhos de campo.

B - Análise da Vulnerabilidade

As observações sobre as formas de uso e ocupação do terreno permitem estimar o Potencial de indução ao perigo, a Vulnerabilidade e o Dano Potencial.

A Vulnerabilidade do elemento em risco consiste na sensibilidade deste elemento em resposta à ocorrência e atingimento por um evento perigoso. A dimensão da vulnerabilidade está relacionada ao padrão construtivo das moradias (tipo de material de construção, padrão construtivo), à qualidade da infraestrutura local (arruamento, pavimentação, rede de esgoto e de águas pluviais, tubulações e canalizações do curso d’água, abastecimento de água) e à capacidade da população em enfrentar as situações de risco. O Quadro 3.6 sintetiza os atributos de análise da vulnerabilidade.

ATRIBUTO DEFINIÇÃO VARIÁVEIS

Estágio de ocupação

Indicador da fase atual da ocupação, proporção de lotes efetivamente construídos na área em análise.

-áreas consolidadas (mais de 80% de lotes construídos); -áreas em consolidação (de 30 a 80% de lotes construídos); -áreas com ocupação rarefeita (até 30% dos lotes construídos); - loteamento em implantação.

Tipo de material construtivo

Indicador da resistência da construção a ocorrência de acidentes.

Alvenaria, madeira, madeirite, taipa-de-pilão, pau-a-pique, material misto, entre outros.

Padrão construtivo

Indicador das condições estruturais das construções que influenciam na sua resistência ao impacto do perigo.

Tipo de fundação, presença de estruturas de “amarração” nas paredes, construção suportada por palafita, entre outros.

Características de infraestrutura urbana

Indicador da qualidade e estruturação da ocupação urbana em termos de acessibilidade, sistema de águas pluviais e saneamento básico (rede de esgoto, abastecimento de água e coleta de lixo).

- condições das vias (pavimentadas, não pavimentadas, mistas, presença de escadarias, etc); - condições de sistemas de drenagem e de saneamento (rede de água, rede de esgoto, rede de águas pluviais, pontes, piscinão, fossa, lançamento de águas servidas em superfície, vazamentos de tubulações, etc); - tipo de cobertura/vegetação (mata, árvores, arbustos, rasteiras, cultivo, solo exposto).

Quadro 3.6. Atributos de análise da vulnerabilidade obtidos nos levantamentos de campo.

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Volume II 29

C - Análise do Dano

O elemento em risco aqui considerado são as áreas edificadas (em especial as moradias), onde é realizada a estimativa de dano potencial, considerando-se os elementos em risco sujeitos de serem afetados pela ocorrência de um evento perigoso:

a) o número de moradias e de moradores (atribuindo-se uma média de 4 moradores para cada casa, na tentativa de dimensionar o dano às pessoas);

b) grandes equipamentos (escolas, igrejas, indústrias, minerações, parques, etc), considerando-se o vulto de suas instalações e o número de pessoas que diariamente frequentam o setor.

Para a estimativa do dano, os elementos em risco são contabilizados por meio de trabalhos de campo, tendo como suporte adicional a fotointerpretação de imagem de sensoriamento remoto.

D - Modelagem, setorização e análise de risco

A análise de risco de escorregamento, erosão e solapamento de margens de drenagens, e, portanto, a atribuição do grau de risco, é realizada de forma qualitativa durante os trabalhos de campo. Para tanto, procede-se em campo a delimitação dos setores de risco, com apoio em material gráfico previamente preparado, na forma de layouts de campo, e após a avaliação dos atributos levantados, tendo por base a interrelação dos fatores da equação de risco.

Ao final, são considerados quatro graus distintos de risco - “Baixo Risco” (R1), “Médio Risco” (R2), “Alto Risco” (R3) e “Muito Alto Risco” (R4) – para a atribuição de risco aos setores desenhados, de acordo com as peculiaridades de cada perigo analisado e das características dos elementos em risco presentes no setor, conforme os critérios apresentados no Quadro 3.7.

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RISCO CRITÉRIOS BÁSICOS E DESCRIÇÃO

R1 BAIXO

- Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (declividade, tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de baixa potencialidade para o desenvolvimento de processos de escorregamentos, erosão ou solapamento;

- Não há evidência(s) de instabilidade de encostas ou indícios de desenvolvimento de processos erosivos ou de solapamento de margens de drenagens;

- É a condição menos crítica; - O Perigo é baixo e a Vulnerabilidade varia de baixa a média - Mantidas as condições existentes, não se espera a ocorrência de eventos destrutivos no período

compreendido por uma estação chuvosa normal (no período de 1 ano)

R2 MÉDIO

- Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (declividade, tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de média potencialidade para o desenvolvimento de processos de escorregamentos, erosão ou solapamento;

- Observa-se incipiente presença de alguma(s) evidência(s) de instabilidade de encostas e/ou vertentes e de margens de drenagens. Os processos de instabilização estão em estágio inicial de desenvolvimento;

- É a condição de mediana criticidade; - O Perigo é baixo e a Vulnerabilidade varia de alta a muito alta OU O Perigo é médio com a Vulnerabilidade

variando de média a baixa OU O Perigo é alto com Vulnerabilidade baixa - Mantidas as condições existentes, é reduzida a possibilidade de ocorrência de eventos destrutivos

durante episódios de chuvas intensas e prolongadas, no período compreendido por uma estação chuvosa normal (período de 1 ano)

R3 ALTO

- Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (declividade, tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de alta potencialidade para o desenvolvimento de processos de escorregamentos, erosão ou solapamento;

- Observa-se a presença de significativa(s) evidência(s) de instabilidade (trincas no solo, degraus de abatimento em taludes, pequenas cicatrizes de escorregamentos, erosão laminar, sulcos em taludes e/ou vertentes, etc.);

- Os processos de instabilização estão em pleno desenvolvimento, sendo necessário monitorar a sua evolução;

- O Perigo é médio e a Vulnerabilidade varia de alta a muito alta OU o Perigo é alto com a Vulnerabilidade média OU o Perigo é muito alto com a Vulnerabilidade variando de media a baixa

- Mantidas as condições existentes, é perfeitamente possível a ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas, no período compreendido por uma estação chuvosa (período de 1 ano).

R4 MUITO ALTO

- Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (declividade, tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no local são de muito alta potencialidade para o desenvolvimento de processos de escorregamentos, erosão ou solapamento;

- As evidências de instabilidade (como trincas no solo e/ou em moradias ou em estruturas de contenção; degraus de abatimento em taludes ou terreno; trincas em moradias ou em muros de contenção; árvores ou postes inclinados; cicatrizes de escorregamento; feições de erosão laminar, sulcos em taludes e/ou vertentes; afloramento do lençol freático, com a presença de boçoroca; proximidade da(s) moradia(s) em relação aos processos e/ou em relação à margem de córregos, etc.) são expressivas e estão presentes em grande número ou magnitude.

- Os processos de instabilização encontram-se em avançado estágio de desenvolvimento. - É a condição mais crítica, em muitos casos sendo impossível monitorar a evolução do processo, dado o

seu elevado estágio de desenvolvimento. - O Perigo é muito alto a alto e a Vulnerabilidade varia entre muito alta a alta. - Mantidas as condições existentes, é muito provável a ocorrência de eventos destrutivos durante

episódios de chuvas intensas e prolongadas, no período compreendido por uma estação chuvosa (período de 1 ano)

Quadro 3.7. Critérios para atribuição do grau de risco de escorregamento, erosão e solapamento de margens de drenagens na escala local (modificado de Canil et al. 2004, Cerri et al. 2004, Macedo et al. 2004a, Santoro et al. 2011, entre outros).

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3.4.5. Modelagem, setorização e análise de risco de inundação

A análise de risco de inundação baseia-se em procedimentos numérico-estatísticos, aos quais se relacionam atributos, cuja determinação é detalhada a seguir.

A - Obtenção de dados para a determinação do perigo de inundação

Os dados obtidos nos levantamentos de campo são registrados nas Fichas de campo e permitem a obtenção do perigo de inundação, que espacializado permite a obtenção do Mapa de Perigo de Inundação.

Nesta análise são consideradas as características físicas do terreno, conforme elementos, atributos e variáveis apresentados no Quadro 3.8, e permitem o desenvolvimento dos procedimentos descritos nos itens seguintes.

PERIGO DE INUNDAÇÃO

ELEMENTOS DE ANÁLISE

ATRIBUTOS VARIÁVEIS

a) Características inerentes aos fenômenos de inundação

- tipo de evento - enchente, inundação, alagamento

- localização - descritivo

- extensão - nome do curso d’água, locais e áreas afetadas

- nível atingido pela água (Nat) nos locais de ocorrência dos eventos de inundação (e alagamento, em alguns casos)

- vide Quadro 3.9

- cota de atingimento da inundação - nível atingido pela água (Nat) + topografia de

referência

- recorrência (Rec), dos eventos de inundação

- histórico de ocorrências; magnitude e periodicidade dos eventos, incluindo data, duração e quantidade de chuva registrada; características climáticas e dados pluvio-fluviométricos (vide Quadro 3.9);

b) Características físicas (local e da subbacia):

- topografia; feições de relevo; vegetação; largura do leito do rio; dimensões do talude marginal

- descritivo

c) Parâmetros relacionados ao curso d’água

- tipologia do canal - natural, sinuoso, construído ou retificado

- características morfométricas da drenagem

- altura do talude marginal, largura do curso d’água, distância das moradias à margem do talude marginal

- nível atingido pela água - calculado com base nas marcas d’águas

obtidas in loco em construções e nos registros de notícias de jornais

- intervenções antrópicas e condições associadas aos cursos d’água, às águas servidas, pluviais e subsuperficiais

- drenagens, talvegues, assoreamento, fossas, tubulações, surgências, barragens e diques

Quadro 3.8. Elementos de análise do perigo de inundação levantados em trabalhos de campo.

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Os atributos Nível de Atingimento (Nat) e Recorrência (Rec), utilizados para o cálculo da variável Perigo (P) e para a setorização do risco, representam a abrangência/distribuição espacial do fenômeno e sua magnitude (expressa pelo nível estimado ou efetivamente alcançado pela água nos eventos de inundação), e sua distribuição temporal (frequência dos eventos). Sua discriminação e forma de obtenção são apresentados no Quadro 3.9.

ATRIBUTO DESCRIÇÃO FORMA DE OBTENÇÃO

1. (Nat) Nível de Atingimento

- Expressa o nível estimado que a água de inundação pode atingir no setor, considerando-se o histórico dos eventos anteriores e a geomorfologia local. - Fonte: trabalhos de campo, relatos, bancos de dados, análise geoespacial. Unidade: metros. - Classes: 1) 0 a 0,40 m; 2) 0,40 a 0,80 m; 3) 0,80 a 1,20 m; 4) maior que 1,20 m.

a) Medido: a partir de marcas da água observadas em campo; b) Inferido a partir de: relatos de moradores e agentes municipais; notícias de jornais; análise geoespacial.

2. (Rec) Recorrência

- Expressa a frequência de eventos registrados no setor, fornecendo uma indicação da probabilidade de eventos futuros. - Fonte: notícias de jornais, bancos de dados, relatos. - Unidade: adimensional.

Derivado das informações do “Inventário de dados e informações sobre eventos e acidentes” e relatos de moradores e agentes municipais obtidos em campo

Quadro 3.9. Atributos do meio físico utilizados no cálculo da variável Perigo de inundação (P) na escala local.

B - Modelagem e cálculo da variável Perigo (P) de inundação

Conforme descrito em Fernandes da Silva et al. (2011), a determinação da variável Perigo (P), utilizada para o cálculo do índice (grau) de risco de inundação (R), considera os dois atributos apresentados no Quadro 3.9 (ou seja, o nível de atingimento (Nat) e a recorrência (Rec) e é efetuada em três estágios distintos:

- Classificação preliminar de perigo de inundação:

Para a classificação preliminar do perigo são estabelecidos quatro limiares de classes, obtidos em estudos anteriores a partir de análise estatística dos valores de Nat, conforme indicado na Tabela 3.7.

Tabela 3.7. Classificação preliminar do perigo de inundação em função do nível de atingimento (Nat).

Nat Escore Preliminar Perigo Preliminar (Pp)

Nat< 0,40m 0,1072 Pp1 - Baixo

0,40 < Nat< 0,80m 0,4226 Pp2 - Médio

0,80 < Nat< 1,20m 0,7042 Pp3 - Alto

Nat> 1,20m 1,0000 Pp4 - Muito Alto

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Volume II 33

- Delimitação de setores de perigo de inundação:

A setorização de perigo de inundação tem por finalidade delimitar a abrangência espacial de cada uma das classes de nível de atingimento (definidas na classificação de perigo preliminar). Para tanto, procede-se à interpretação visual das imagens de satélite e de ortofotos combinada às observações de campo e interpretação geomorfológica com base nas curvas de nível derivadas das bases cartográficas disponíveis.

- Reclassificação do grau de perigo:

A classificação preliminar dos setores é objeto de revisão dos escores e de consequente reclassificação do grau de perigo, como demonstrado na Tabela 3.8. Os fatores de correção (Fc) são definidos com base na análise matemática dos intervalos entre os limiares de classe do perigo preliminar, de forma a preservar a lógica e coerência do processo de quantificação e classificação. Desta forma, ocorre redução do escore quando o setor for delimitado exclusivamente com base na interpolação e interpretação de imagens. Quando verificada a existência de pelo menos um ponto de observação dentro de um setor, sem recorrências, o escore é mantido. No caso de registro de recorrência dos eventos, aplicam-se os fatores de correção, acarretando na elevação do escore atribuído preliminarmente, e na maioria das situações, determinando a elevação do grau de perigo do respectivo setor.

Tabela 3.8. Fatores de correção a serem aplicados em função da recorrência dos eventos de inundação. Classificação final e escore numérico do perigo de inundação.

Critério Perigo Preliminar

(Pp) Fator de Correção

(Fc) Escore Final

(P) Perigo Final

(P)

Interpolação e interpretação de imagens, sem pontos de observação de campo no setor e sem registro de ocorrência anterior

Pp1 - Baixo Pp1 * 0.500 0,0536 P1 - Baixo

Pp2 - Médio Pp2 * 0,666 0,2814 P2 - Médio

Pp3 - Alto Pp3 * 0,800 0,5634 P3 - Alto

Pp4 – Muito Alto Pp4 * 0,852 0,8520 P4 - Muito Alto

Presença de um ou mais pontos de observação de campo no setor e registro de uma ocorrência

Pp1 - Baixo Pp1 *1 0,1072 P1 - Baixo

Pp2 - Médio Pp2 *1 0,4226 P2 - Médio

Pp3 - Alto Pp3 *1 0,7042 P3 - Alto

Pp4 – Muito Alto Pp4 *1 1,0000 P4 - Muito Alto

Presença de um ou mais pontos de observação de campo E uma recorrência no setor

Pp1 - Baixo Pp1 * 3 0,3215 P2 - Médio

Pp2 - Médio Pp2 * 1,5 0,6338 P3 - Alto

Pp3 - Alto Pp3 * 1,25 0,8803 P4 - Muito Alto

Pp4 – Muito Alto Pp4 * 1,125 1,1250 P4 - Muito Alto

Presença de um ou mais pontos de observação de campo E duas ou mais recorrências no setor

Pp1 - Baixo Pp1 * 3.5 0,3750 P2 - Médio

Pp2 - Médio Pp2 * 1,75 0,7395 P4 - Muito Alto

Pp3 - Alto Pp3 * 1,5 1,0563 P4 - Muito Alto

Pp4 – Muito Alto Pp4 * 1,5 1,5000 P4 - Muito Alto

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Volume II 34

Com base na revisão dos escores preliminares de perigo, os limiares de classe para a classificação final de perigo são expressos conforme a Tabela 3.9.

Deve ser observado que a classificação final do grau de perigo, expressa em quatro intervalos de classes, significa que setores classificados num determinado grau de perigo podem resultar em escores (valores numéricos) diferentes, situados dentro do respectivo intervalo. Esta diferenciação numérica tem reflexo direto no cálculo e classificação do grau de risco de inundação.

Tabela 3.9. Classificação final do perigo de inundação.

Perigo (P) Intervalo de Classe

P1 - Perigo Baixo P ≤ 0,1072 P2 - Médio 0,1072 < P ≤ 0,4226

P3 - Perigo Alto 0,4226 < P ≤ 0,7042

P4 - Perigo Muito Alto P > 0,7042 (máximo de 1,5000)

C - Análise da Vulnerabilidade

Os atributos utilizados para o cálculo numérico da Vulnerabilidade (V) e para análise do Dano Potencial (D) são definidos de acordo com o tipo de ocupação existente nos setores de perigo, considerando três tipos de elementos em risco (Quadro 3.10): a) Residencial / comercial / serviços; b) Grandes equipamentos; c) Vias (rodovias, vias principais e secundárias).

Os atributos relacionados ao uso e ocupação territorial (Quadro 3.11) utilizados para o cálculo de Vulnerabilidade (V) são baseados em IG (2011a, 2011b , 2012a, 2012b, 2012c, 2012d, 2012e, 2012f) e incluem: 1) tipologia construtiva (TC); b) padrão construtivo (PC); c) pavimentação (PA); d) infraestrutura sanitária (INFRA).

D - Análise do Dano

O elemento em risco aqui considerado são as áreas edificadas (em especial as moradias), onde é realizada a estimativa de dano potencial, por meio da identificação e quantificação dos elementos sujeitos a serem afetados pela ocorrência de um evento perigoso:

a) o número de moradias e de moradores (atribuindo-se uma média de 4 moradores para cada casa, na tentativa de dimensionar o dano às pessoas);

b) o número de estabelecimentos comerciais (lojas, bares e restaurantes, prestadores de serviços, etc.);

c) vias de acesso (ruas, estradas, rodovias), considerando-se a extensão de vias pavimentadas e não pavimentadas no setor;

d) grandes equipamentos (escolas, igrejas, indústrias, minerações, parques, etc), considerando-se o vulto de suas instalações e o número de pessoas que diariamente frequentam o setor.

Para a estimativa do dano, os elementos em risco são contabilizados por meio de trabalhos de campo, tendo como suporte adicional a fotointerpretação de imagem de sensoriamento remoto.

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II 35

ELEMENTO EM RISCO

TIPO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Residencial / comercial / serviços

- caracterizado pelo predomínio de moradias, com a presença difusa de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços.

Grandes Equipamentos

- incluem edificações de grande porte associadas a indústrias, minerações, galpões isolados de comércio e serviços, equipamentos urbanos como hospitais, cemitérios, estações de tratamento de água e esgoto, entre outros.

Vias - compreendem exclusivamente trechos de vias de acesso, sem que haja a presença de nenhum outro tipo de ocupação.

Quadro 3.10. Elementos de uso do solo considerados para a análise de risco de inundação na escala local (1:3.000).

ATRIBUTO DESCRIÇÃO FORMA DE OBTENÇÃO

1. (TC) Tipologia Construtiva

- Expressa a resistência das edificações presentes no setor analisado, considerando o tipo de material de construção empregado (alvenaria, madeira, tábuas/madeirite, adobe, outros). - Fator condicionante da Vulnerabilidade. - Fonte: trabalhos de campo. - Unidade: adimensional. - Três classes: boa resistência, média resistência, baixa resistência.

Observação em campo e em acervo fotográfico.

2. (PC) Padrão Construtivo

- Expressa o padrão ou qualidade da técnica construtiva empregada nas edificações do setor analisado (existência de projeto, fundações adequadas, presença de estruturas de “amarração” nas paredes, método construtivo utilizado, entre outros.) - Fator condicionante da Vulnerabilidade. - Fonte: trabalhos de campo. - Unidade: adimensional. - Três classes: bom, médio, deficiente.

Observação em campo e em acervo fotográfico.

3. (PA) Pavimentação

- Expressa a qualidade da ocupação no que se refere ao quesito acessibilidade, sistema de águas pluviais e grau de consolidação do setor. - Fator condicionante da Vulnerabilidade. - Fonte: trabalhos de campo. - Unidade: porcentagem. - Cinco classes: 80 a 100% (pavimentado), 60 a 80%, 40 a 60%, 20 a 40%, 0 a 20% (sem pavimentação).

Observação em campo e em acervo fotográfico.

4. (INFRA) Infraestrutura Sanitária

- Expressa a qualidade da ocupação em termos de saneamento básico (rede de esgoto, abastecimento de água e coleta de lixo). - Fator condicionante da Vulnerabilidade. - Fonte: trabalhos de campo. - Unidade: adimensional. - Quatro Classes: adequada, insuficiente, inadequada, ausente

Observação em campo e em acervo fotográfico.

Quadro 3.11. Atributos relacionados ao uso e ocupação territorial utilizados para o cálculo de Vulnerabilidade (V) e para a análise de risco de inundação na escala local.

Page 54: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II 36

E - Modelagem, setorização e análise de risco

A análise de risco de inundação, e, portanto, a atribuição do grau de risco, envolve o processo de quantificação descrito anteriormente, onde apenas os escores numéricos referentes às variáveis Perigo (P) e Vulnerabilidade (V) são calculados e computados diretamente na equação de risco. Escores numéricos também são obtidos para a variável Dano Potencial (D), que é tratada separadamente como parâmetro suplementar ou qualificador do grau de risco, obtido por meio da equação R=PxV.

Assim, os setores de risco de inundação são definidos a partir da análise do uso e ocupação territorial dentro dos setores de perigo previamente delimitados. Tal procedimento restringe o polígono de análise de risco somente às áreas efetivamente ocupadas, procedendo à quantificação e classificação quanto ao grau de risco de acordo com o tipo de elemento em risco. Dessa forma, a cada setor de risco à inundação identificado e delimitado corresponde um escore numérico (Rinu), que expressa a estimativa do risco naquele setor, com base na probabilidade de ocorrência, potencial magnitude, abrangência espacial dos fenômenos de inundação e na vulnerabilidade dos elementos em risco existentes no respectivo setor. A classificação de risco deve considerada em conjunto com a avaliação do dano potencial como forma de qualificar o grau de risco ao estimar as consequências dos fenômenos de inundação em termos de moradias e pessoas a serem potencialmente atingidas, e perdas materiais diretas e indiretas (ocasionadas por interrupção de atividades econômicas no município).

Ao final, são considerados quatro graus distintos de risco - “Baixo Risco” (R1), “Médio Risco” (R2), “Alto Risco” (R3) e “Muito Alto Risco” (R4) – para a atribuição de risco aos setores desenhados, de acordo com as peculiaridades de cada perigo analisado, conforme os critérios apresentados no Quadros 3.12 (modificado de Andrade et al. 2012).

3.4.6. Indicação de recomendações técnicas gerais

O mapeamento de risco visa o diagnóstico dos setores e gravidade da situação de risco, sendo o suporte mínimo para as soluções de gerenciamento, prevenção, monitoramento, mitigação e redução dos riscos. Para tanto, um dos resultados implica na proposição de recomendações de medidas não estruturais (como medidas administrativas e planos preventivos, por exemplo) e de medidas estruturais (como intervenções e obras).

Com base nestas recomendações o poder público municipal tem condições de realizar um planejamento da recuperação da situação de risco geral, hierarquizando as possibilidades de aplicação de recursos para a realização de obras ou outras ações contínuas.

Assim, apresenta-se nos Quadros 3.13, 3.14, 3.15 e 3.16 uma sistematização das recomendações quanto às diferentes medidas propostas, visando a padronização das terminologias adotadas. Adicionalmente podem ser propostas outras recomendações, aplicadas em casos específicos diagnosticados nos levantamentos de campo.

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II 37

RISCO CRITÉRIOS BÁSICOS E DESCRIÇÃO

R1 BAIXO

- O setor pode ou não apresentar condições potenciais para o desenvolvimento de processos de inundação;

- Os eventos de inundação/enchente são pouco frequentes, em geral, tendo sido registrada a ocorrência de pelo menos 1 (um) evento de inundação/enchente, com nível de atingimento de até 0,40m, nos últimos 10 anos.

- Rinu≤ 0,08595

R2 MÉDIO

- O setor apresenta condições potenciais para o desenvolvimento de processos de inundação (localização em áreas de vale e de baixada – várzeas - ou proximidade das edificações ou vias em relação aos cursos de água);

- Os eventos de inundação/enchente são moderadamente frequentes, tendo sido registrada a ocorrência de 1 (um) ou mais eventos, com nível de atingimento de até 0,80m, nos últimos 10 anos.

- 0,08595 <Rinu≤ 0,20919

R3 ALTO

- As condições verificadas no setor são favoráveis ao desenvolvimento de processos de inundação (localização em áreas de vale e de baixada – várzeas - e proximidade das edificações ou vias em relação aos cursos de água); - Os eventos de inundação/enchente são frequentes, tendo sido registrada a ocorrência de 2 (dois) ou mais eventos significativos, com nível de atingimento de 0,80 até 1,20m, nos últimos 10 anos. - 0,20919 <Rinu≤ 0,33242

R4 MUITO ALTO

- As condições verificadas no setor são muito favoráveis ao desenvolvimento de processos de inundação (localização em áreas de vale e de baixada – várzeas - e grande proximidade das edificações ou vias em relação aos cursos de água); - A frequência dos eventos de inundação/enchente é elevada, tendo sido registrada a ocorrência de 2 (dois) ou mais eventos significativos, nos últimos 10 anos,em geral, com nível de atingimento superiores a 1,20m. - 0, 33242 <Rinu≤ 0,90606

Quadro 3.12. Critérios para atribuição do grau de risco de inundação na escala local (modificado de Andrade et al. 2012), onde Rinu = escore numérico que expressa a estimativa do grau de risco

RECOMENDAÇÕES PARA A MITIGAÇÃO E REDUÇÃO DE RISCOS ASSOCIADOS A ESCORREGAMENTOS EM

ENCOSTAS

RECOMENDAÇÕES DESCRIÇÃO

SERVIÇOS DE LIMPEZA E

RECUPERAÇÃO

- Serviços de limpeza do terreno, com remoção de entulho, lixo, etc. - Recuperação e/ou limpeza de sistemas de drenagem, esgotos e acessos. - Disciplinamento do escoamento das águas servidas. - Limpeza de canais de drenagem. - Serviços manuais e/ou utilizando maquinários de pequeno porte. - Corte ou poda de árvores

PROTEÇÃO SUPERFICIAL

- Implantação de proteção superficial vegetal (gramíneas) em taludes com solo exposto.

- Proteção vegetal de margens de canais de drenagem. - Proteção superficial com instalação de gabião, manta, impermeabilização

asfáltica, solo-cimento, argamassa, tela.

DESMONTE DE BLOCOS E

MATACÕES

- Desmonte de blocos rochosos e matacões manualmente ou com argamassa expansiva

- Desmonte de blocos rochosos e matacões a partir de avaliação geotécnica detalhada

- Pequenas obras de contenção na base de blocos e matacões

Quadro 3.13. Recomendações para a mitigação e redução de riscos associados a escorregamentos em encostas (modificado de FUNDUNESP 2003, entre outros).

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II 38

RECOMENDAÇÕES PARA A MITIGAÇÃO E REDUÇÃO DE RISCOS ASSOCIADOS A ESCORREGAMENTOS EM

ENCOSTAS

RECOMENDAÇÕES DESCRIÇÃO

OBRAS DE DRENAGEM

SUPERFICIAL

(DISCIPLINAMENTO DO

ESCOAMENTO DAS

ÁGUAS SERVIDAS E

PLUVIAIS)

- Implantação de sistemas de drenagem superficial (canaletas, caixas de transição, escadas d’água, guias/sarjetas, galerias de águas pluviais, bocas-de-lobo, etc.).

- Eventual execução de acessos para pedestres (calçadas, escadarias, etc.) integrados ao sistema de drenagem.

- Predomínio de serviços manuais e/ou com maquinário de pequeno porte.

OBRAS DE DRENAGEM

DE SUBSUPERFÍCIE

- Execução de sistema de drenagem de superfície (trincheiras drenagens, drenos horizontais profundos, poços de rebaixamento, etc.).

- Serviço parcial ou totalmente mecanizado.

OBRAS DE MÉDIO A

GRANDE PORTE EM

CANAIS

- Obras de desvio, de canalização de córregos e de aprofundamento ou alargamento de canais.

- Predomínio de serviços mecanizados.

OBRAS DE

TERRAPLENAGEM DE

MÉDIO A GRANDE PORTE

- Execução de serviços de terraplenagem (retaludamento, reconformação de bermas, aterros compactados, etc).

- Execução combinada de obras de drenagem superficial e proteção vegetal (obras complementares aos serviços de terraplenagem, drenagem de crista).

- Predomínio de serviços mecanizados

OBRAS DE PROTEÇÃO

CONTRA MASSAS

ESCORREGADAS

- Implantação de barreiras vegetais - Execução de muros de espera

ESTRUTURAS DE

CONTENÇÃO

LOCALIZADAS OU

LINEARES

- Implantação de estruturas de contenção localizadas, como chumbadores, tirantes, micro-estacas e muros de contenção passivos de pequeno porte (altura máxima= 5m; largura máxima = 10m).

- Obras de contenção e proteção de margens de canais (gabiões, muros de concreto, etc).

- Serviço parcial ou totalmente mecanizado.

ESTRUTURAS DE

CONTENÇÃO DE MÉDIO

A GRANDE PORTE

- Implantação de estruturas de contenção de médio a grande porte (altura maior que 5m e largura maior que 10m), envolvendo obras de contenção passivas e ativas (muros de gravidade, cortinas atirantadas, solo armado, etc.).

- Poderão envolver serviços complementares de terraplenagem. - Predomínio de serviços mecanizados.

REMOÇÃO DE

MORADIAS

- Definitiva; ou temporaria (para implantação de uma obra, por exemplo). - Eventuais realocações devem ser priorizadas dentro da própria área ocupada, em

local seguro.

MONITORAMENTO

DAS ÁREAS DE RISCO

- Vistoria periódica, para identificação e verificação da evolução das feições de instabilidade (trincas em moradias e terreno, muros e paredes embarrigados, cicatrizes de escorregamento, degraus de abatimento, árvores, postes e muros inclinados, feições erosivas em taludes, erosão de margem de córregos, etc)

MEDIDAS

PREVENTIVAS

ADICIONAIS

- Impedimento da expansão da ocupação em margens de córregos e rios e em áreas de risco.

- Implantação de Plano Preventivo de Defesa Civil

Quadro 3.13 (continuação). Recomendações para a mitigação e redução de riscos associados a escorregamentos em encostas (modificado de FUNDUNESP 2003, entre outros).

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II 39

RECOMENDAÇÕES PARA A MITIGAÇÃO E REDUÇÃO DE RISCOS ASSOCIADOS A EROSÃO

RECOMENDAÇÕES DESCRIÇÃO

PROTEÇÃO

SUPERFICIAL

- plantação de gramíneas, - Implantação de intervenções de pequeno porte, como gabião, manta,

impermeabilização asfáltica, solo cimento, argamassa e tela, grama armada ou tela vegetal

DISCIPLINAMENTO

DAS ÁGUAS PLUVIAIS

- implantação de obras de micro drenagem urbana (guias, sarjetas, bocas-de-lobo, galerias de águas pluviais, galerias tronco, caixas de dissipação de energia hidráulica, escadas d’água),

- implantação de obras de macro drenagem urbana (retificação de canais e córregos, dissipadores de energia, vertedouros, barragens de contenção de vazão de pico ou “piscinões”, reservatórios escalonados).

OBRAS DE

DRENAGEM DE SUB-SUPERFÍCIE

- execução de drenos horizontais profundos-DHPs e trincheiras drenantes.

ESTRUTURAS DE

CONTENÇÃO DE

MÉDIO A GRANDE

PORTE

- execução de gabiões, - implantação adequada de trincheiras e geomembranas

OBRAS DE

TERRAPLENAGEM DE

MÉDIO A GRANDE

PORTE

- execução de retaludamento, reconformação de bermas, aterros compactados

INTERVENÇÕES EM

EROSÕES

ASSOCIADAS A

ESTRADAS VICINAIS

- implantação de sangras laterais, bacias de retenção e "curvas de nível"

INTERVENÇÕES EM

EROSÕES EM ÁREAS

AGRÍCOLAS

- construções de "murunduns-curvas de nível" e promoção da rotatividade de culturas

REMOÇÃO DE

MORADIAS

- Realizar remoção preventiva, de forma temporária, para implantação de medidas estruturais (por exemplo, para disciplinamento do escoamento das águas pluviais).

- Realizar remoção definitiva quando constatado dano irreversível à moradia devido comprometimento estrutural da edificação com risco iminente à pessoa e/ou bens.

- Promover eventuais realocações prioritariamente dentro da própria área ocupada, em local seguro.

MONITORAMENTO

DAS ÁREAS DE RISCO - Vistorias periódicas para análise da evolução das feições erosivas (erosão laminar,

sulcos, ravinas e boçorocas).

Quadro 3.14. Recomendações para a mitigação e redução de riscos associados a erosão.

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II 40

RECOMENDAÇÕES PARA A MITIGAÇÃO E REDUÇÃO DE RISCOS ASSOCIADOS A EROSÃO/SOLAPAMENTO DE MARGENS DE DRENAGEM

RECOMENDAÇÕES DESCRIÇÃO

SERVIÇOS DE LIMPEZA E

RECUPERAÇÃO

- Serviços de limpeza de canais de drenagem, com remoção de entulho, lixo, etc. - Recuperação e/ou limpeza de sistemas de drenagem, esgotos e acessos. - Disciplinamento do escoamento das águas servidas. - Característica: Serviços manuais e/ou utilizando maquinários de pequeno porte.

PROTEÇÃO SUPERFICIAL

CONTRA EROSÃO E

ESTABILIZAÇÃO DE

MARGENS CANAIS

- Implantação de proteção vegetal de margens de canais de drenagem. - Estudos e execução de obras de engenharia adequadas para instalação de gabião,

manta, impermeabilização asfáltica, solo-cimento, argamassa, tela. - Característica: estudos especializados e serviços manuais e/ou utilizando

maquinários de pequeno porte a médio.

OBRAS DE PEQUENO

PORTE EM CANAIS

- Implantação de intervenções e obras de drenagem superficial para disciplinamento do escoamento das águas servidas e pluviais

- Implantação de sistemas de drenagem superficial (canaletas, caixas de transição, escadas d’água, guias/sarjetas, galerias de águas pluviais, bocas-de-lobo, etc.), conforme estudos e projetos de microdrenagem.

- Característica: Predomínio de serviços manuais e/ou com maquinário de pequeno porte.

OBRAS DE MÉDIO A

GRANDE PORTE EM

CANAIS

- Obras de desvio, de canalização de córregos e de aprofundamento ou alargamento de canais, compatíveis com estudos de macro e microdrenagem.

- Obras de proteção de margens de canais (gabiões, muros de concreto, etc), conforme projetos de engenharia.

- Característica: estudos especializados e serviço parcial ou totalmente mecanizado.

REMOÇÃO DE

MORADIAS

- Definitivamente ou temporariamente (para implantação de uma obra, por exemplo).

- Eventuais realocações devem ser priorizadas dentro da própria área ocupada, em local seguro.

MONITORAMENTO DAS

ÁREAS DE RISCO - Vistoria periódica, para identificação e verificação da evolução das feições de

instabilidade

MEDIDAS PREVENTIVAS

ADICIONAIS

- Impedimento da expansão da ocupação em margens de córregos e rios e em áreas de risco.

- Preservação das áreas de proteção permanente (APPs). - Educação e comunicação de risco à população. - Implantação de Plano Preventivo de Defesa Civil

Quadro 3.15. Recomendações para a mitigação e redução de riscos associados a erosão/solapamento de margens de drenagem.

Page 59: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II 41

RECOMENDAÇÕES PARA A MITIGAÇÃO E REDUÇÃO DE RISCOS ASSOCIADOS A INUNDAÇÃO

RECOMENDAÇÕES DESCRIÇÃO

SERVIÇOS DE LIMPEZA

E RECUPERAÇÃO DO

CANAL E MARGENS

- Realizar serviços de limpeza, inspeção e manutenção periódica dos canais, drenagens e sistemas de esgotos, incluindo a desobstrução do canal por meio da retirada do excesso de sedimentos (desassoreamento) e da remoção de entulho e lixo.

Características: em geral, medidas simples e localizadas, envolvem execução de serviços manuais e/ou utilizando maquinários de pequeno porte.

PROTEÇÃO

SUPERFICIAL DAS

MARGENS

- Promover a recuperação e a proteção da vegetação das margens dos canais. - Proteção superficial das margens com instalação de gabião, manta,

impermeabilização asfáltica, solo-cimento, argamassa, tela, ou outros métodos, de acordo com as características hidrodinâmicas do canal.

Características: em geral, medidas localizadas, serviços envolvendo obras civis demandam estudos e avaliações específicos para determinar a sua adequabilidade e dimensionamento.

EXECUÇÃO DE OBRAS

DE ENGENHARIA

- Construção de barreiras (diques e polders) que reduzem a possibilidade de invasão de águas originárias de cheias e inundações em determinados trechos da bacia de drenagem.

- Promover medidas de amortecimento de picos de vazão, que podem incluir a construção de reservatórios de amortização (piscinões) e/ou áreas de acumulação local (parques lineares e áreas de lazer) em pontos estratégicos da bacia.

Características: demandam estudos hidrológicos e projetos específicos para determinar sua adequabilidade e dimensionamento, podem envolver execução de serviços e obras de médio e grande porte. A construção de barreiras, em geral, aplica-se a grandes rios e planícies (várzeas) extensas.

MEDIDAS DE

CONTROLE DA

DRENAGEM

SUPERFICIAL E DA

EROSÃO DO SOLO

- Proceder ao disciplinamento (captação, condução e escoamento adequado) das águas pluviais e servidas, em escala local, incluindo loteamentos e lotes individuais.

- Promover medidas para melhoria da infiltração das águas de chuva no solo, com o uso de pavimentos permeáveis, ajardinamento, trincheiras, planos e valetas de infiltração.

- Promover a estabilização de taludes e cortes e demais áreas com solo exposto, com a execução de recomposição vegetal de áreas degradadas e/ou substituição das espécies vegetais existentes por espécies mais frondosas, de forma a evitar o assoreamento dos cursos d’água, aumentar a capacidade de retenção e reduzir o escoamento superficial das águas pluviais.

Características: demandam estudos hidrológicos e projetos específicos para determinar sua adequabilidade e dimensionamento, podem envolver execução de serviços e obras de médio e grande porte. Em geral, medidas aplicáveis ao longo de trechos de subbacias e microbacias.

INTERVENÇÕES NO

CANAL PARA

REDUÇÃO DA VAZÃO

- Recomposição das características naturais do canal (restauração de meandros e desocupação dos terrenos pertencentes à planície de inundação);

- Promover modificações na forma e/ou trajeto do canal, incluindo a construção de extravasores e/ou desvios do leito do rio para amortecimento de volume e redução de vazão do canal.

Características: demandam estudos hidrológicos e projetos específicos para determinar sua adequabilidade e dimensionamento, em geral, envolvem execução de serviços e obras de médio e grande porte.

Quadro 3.16. Recomendações para a mitigação e redução de riscos associados a inundações e processos correlatos (modificado de Tucci 2005, entre outros).

Page 60: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II 42

RECOMENDAÇÕES PARA A MITIGAÇÃO E REDUÇÃO DE RISCOS ASSOCIADOS A INUNDAÇÃO

RECOMENDAÇÕES DESCRIÇÃO

INTERVENÇÕES NO

CANAL PARA

AUMENTO DA VAZÃO

- Execução de intervenções localizadas ao longo do canal (redução da rugosidade do leito do rio por desobstrução, dragagem para aprofundamento de calha, redimensionamento ou mesmo a remoção de estruturas existentes tais como tubulações, aduelas, pontes, etc), visando o aumento da vazão e a melhoria no escoamento.

Características: demandam estudos hidrológicos e projetos específicos para determinar sua adequabilidade e dimensionamento, em geral, envolvem execução de serviços e obras de pequeno e médio porte.

REMOÇÃO DE

MORADIAS E

MONITORAMENTO

DAS ÁREAS DE RISCO

- Atuação do poder público local com a finalidade de remover e realocar famílias que estejam ocupando áreas de risco.

- Realizar monitoramento periódico das áreas onde houve remoção, para impedir reocupação.

- Impedir a ocupação e a expansão da ocupação em margens de córregos e rios, em planícies de inundação, em áreas de perigo de inundação e em áreas de risco já identificadas.

Características: remoções definitivas, realocações para locais livres de perigos

IMPLANTAÇÃO DE

SISTEMA DE

PREVISÃO E ALERTA

- Implementação de sistema integrado para obtenção, armazenamento e análise de dados e informações pluvio-fluviométricas contemplando as bacias hidrográficas onde esteja inserido o município, com a finalidade de auxiliar nas ações de Defesa Civil, incluindo a interdição de locais e remoção preventiva de moradores de áreas potencialmente afetadas.

- Promover ações de educação ambiental, comunicação e conscientização relativas a prevenção de desastres

IMPLANTAÇÃO DE

PLANO PREVENTIVO

DE DEFESA CIVIL

(PPDC)

- Implantação de PPDC, como medida de convivência com o risco, a ser implementado em conjunto com as demais medidas, especialmente o sistema de alerta, incluindo o monitoramento das áreas de risco e remoção temporária de moradores (ou definitiva em casos extremos) nos períodos chuvosos.

- Promover ações de educação ambiental, comunicação e conscientização relativas a prevenção de desastres

MEDIDAS

PREVENTIVAS

ADICIONAIS

- Implantação de instrumentos legais municipais que promovam a adequação da ocupação e o ordenamento territorial (Plano Diretor Municipal, planos de macrodrenagem, código de obras, etc);

- Preservação das áreas de proteção permanente (APP).

Quadro 3.16 (continuação). Recomendações para a mitigação e redução de riscos associados a inundações e processos correlatos (modificado de Tucci 2005, entre outros).

Page 61: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Volume II - 43

3.4.7. Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São Paulo (SGI-RISCO-IG)

O Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São Paulo (SGI-RISCO-IG) foi estruturado para armazenar o conjunto de dados do Instituto Geológico no Estado de São Paulo referente a mapeamentos de áreas de risco e atendimentos emergenciais em áreas de risco relacionados à operação de Planos Preventivos de Defesa Civil (PPDC), executados pelo IG desde 1998.

Os serviços de mapa representando diferentes informações relacionadas a risco geológico estão publicados em uma aplicação desenvolvida para ser acessada pela Internet por meio de navegadores WEB, de forma classificada e personalizada pelos atores envolvidos com a gestão de riscos de desastres naturais no Estado, que têm neste sistema uma importante ferramenta de gerenciamento e tomada de decisão.

O SGI-RISCO-IG (Figura 3.7) conta com funcionalidades de entrada e edição de dados espaciais e tabulares, a partir de computadores ligados à Internet, e mesmo por meio de dispositivos móveis. Constitui um importante instrumento para o mapeamento áreas de risco de escorregamento, inundação, erosão e solapamento de margens, bem como para a entrada e sistematização de informações relativas a atendimentos emergenciais, vistorias e avaliações pontuais. O Sistema é baseado na plataforma ArcGIS for Server Advanced, responsável pelo ambiente espacial, e pelo programa de código aberto PostgreSQL, que faz o gerenciamento do banco de dados com alta performance e confiabilidade.

O SGI-RISCO-IG é apresentado como produto computacional de visualização, consulta e edição de dados do Mapeamento de Áreas de Risco de Campos do Jordão (Figuras 3.8, 3.9 e 3.10), acrescentando rapidez e praticidade no acesso a estas informações, pois integra a estas uma interface georreferenciada baseada em imagens de satélite de alta resolução, bases de logradouros atualizada.

A interface de uso do SGI-RISCO-IG é baseada em ferramentas especialmente programadas e customizadas para atender as funcionalidades adequadas ao trabalho de mapeamento, classificação e hierarquização de áreas e situações de risco, além de tradicionais opções de navegação e pesquisa em ambiente SIG. Diferenciais importantes no SGI-Risco-IG são:

- as possibilidades de administração avançada de usuários, com total flexibilidade de personalização de permissões de acesso;

- cadastramento de serviços de mapa no padrão OGC (Consórcio Geoespacial Aberto, que define especificações de interoperabilidade de sistemas);

- inserção assistida de planos de informação vetoriais de interesse complementar aos usuários, como por exemplo: Mapas Básicos (Bing Maps, Open Street Maps, Limite de municípios IGC); Informações de Risco (Áreas de risco, Setores de risco, Setores de perigo de inundação em escala local); Avaliação de risco em escala regional (Perigo de escorregamento, de inundação, de erosão; Vulnerabilidade; Risco de escorregamento, de inundação, de erosão);

- acesso pleno ao banco de dados por meio das fichas de campo (Figuras 3.8, 3.9 e 3.10), com possibilidades de alteração e atualização das informações de risco e cadastrais;

- criação de relacionamentos entre as feições e atributos específicos do banco de dados;

- funcionalidades de pesquisa avançada, espacial ou por atributos, com possibilidade de exportação de dados espaciais e alfanuméricos, criação de layouts de impressão,

Estas e muitas outras funcionalidades oferecem ao Sistema Gerenciador de Informações de Risco papel importante na gestão de risco no Estado de São Paulo.

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

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Figura 3.7. Tela de entrada do SGI-RISCO-IG, com formulário de contato com a administração do Sistema

Figura 3.8. Vista de parte mapeamento de risco, com a representação de algumas áreas e setores de risco.

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Figura 3.9. Representação de consulta às fichas de campo de um setor de risco de escorregamento, mostrando que a navegação pelo conteúdo do banco de dados se dá por meio de abas, o que facilita o agrupamento e leitura das informações.

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Figura 3.10. Ferramentas de entrada e edição de dados vetoriais e tabulares permite a setorização de risco baseada em escala de visualização em tela de até 1:1.000, o que dá grande precisão ao Mapeamento de Risco.

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4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO

4.1. LOCALIZAÇÃO

O município paulista de Campos do Jordão apresenta uma área de 290,05 km2 e está localizado na UGRHI 1 - Serra da Mantiqueira, à uma altitude de 1.628 metros, nas proximidades dos municípios de Itajubá, Pirangussu e Wenceslau Braz (municípios mineiros localizados ao norte), Guaratinguetá (leste), Pindamonhangaba (sul), São Bento do Sapucaí e Santo Antônio do Pinhal (oeste), conforme ilustrado na Figura 4.1.

Está inserido nas bacias hidrográficas dos rios Sapucaí-Mirim e Sapucaí-Guaçu e tem como principais rios atravessando seu território o rio Capivari, que vai recebendo, em seu curso, o rio Abernéssia, os ribeirões do Imbiri e das Perdizes, os córregos do Guarani e do Homem Morto, passando posteriormente a denominar-se rio Sapucaí-Guaçu.

Figura 4.1. Localização do município de Campos do Jordão.

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4.2. ASPECTOS REGIONAIS

A UGRHI da Serra da Mantiqueira (UGRHI 1) é composta pelos municípios de Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí, Santo Antonio do Pinhal e localiza-se na porção nordeste-leste do Estado de São Paulo. É definida pela parte paulista das bacias hidrográficas dos rios Sapucaí-Mirim e Sapucaí-Guaçu que seguem para o Estado de Minas Gerais.

Cerca de 51% (328 km2) desta UGRHI possui vegetação natural remanescente, pertencendo às Unidades de Conservação Ambiental (UCA) da Área de Proteção Ambiental (APA) de Campos do Jordão, APA Sapucaí-Mirim, APA da Serra da Mantiqueira, Parque Estadual (PE) de Campos do Jordão e PE Mananciais de Campos do Jordão (DAEE, 2013).

A geologia (Figura 4.2) desta região da Serra da Mantiqueira é formada por unidades geológicas antigas do Proterozóico, denominadas de Terreno Socorro-Guaxupé e Complexo Varginha-Guaxupé (CPRM 2006). O primeiro composto basicamente por granitos foliados e ortognaisses e o segundo, por biotita-gnaisses, ortognaisses migmatíticos e granito-gnaisses porfiríticos. Encontra-se também no extremo oeste da região, um corpo plutônico alcalino de idade mais recente, associado ao Período Cretáceo.

Em termos geomorfológicos (Figura 4.3), a região abrangida pela UGRHI 1 insere-se na unidade morfológica denominada “Planalto e Serra da Mantiqueira” a qual pertence à área de domínio do Planalto Atlântico, unidade morfoestrutural do cinturão orogênico do Atlântico com gênese associada aos vários ciclos de dobramentos acompanhados de metamorfismo regionais, falhamentos e intensas intrusões (Ross & Moroz 1997). Nesta unidade predominam os processos denudacionais que deram origem a um relevo constituído basicamente de escarpas e morros altos de topos aguçados e topos convexos. No nível mais alto do Planalto da Mantiqueira predominam altimetrias entre 1.000 e 2.000 m e as declividades variam em torno de 30% a 60% e maiores. No nível médio as altimetria variam de 700 a 1.000m e as declividades de 20 a 30% (Ross & Moroz, 1997). “Por ser uma unidade de relevo onde as formas são muito dissecadas, com vales muito entalhados e com alta densidade de drenagem e vertentes muito inclinadas, esta área foi identificada com um nível de fragilidade potencial muito alto, estando, portanto, sujeita aos processos erosivos intensos e grande probabilidade de ocorrência de movimentos de massa” (Ross & Moroz, 1997).

Os principais problemas relacionados a desastres naturais, descritos no Plano de Bacia/Relatório Zero da UGRHI 1 (CBH-SM 2009) são: a) o extravasamento de canais fluviais, na área da bacia da Serra da Mantiqueira, ocorrendo principalmente na várzea do rio Capivari, em região periférica ao núcleo urbano do município de Campos do Jordão; b) a sub-bacia do Sapucaí-Mirim é indicada como a mais crítica devido aos movimentos gravitacionais de massa, apresentando cerca de 84% de sua área com média suscetibilidade a estes processos.

O Relatório de Situação da UGRHI 1 de 2012 (CPTI 2012) aponta que os problemas decorrentes da ocupação humana indevida em áreas de risco associadas a movimentação de massas constituem um dos mais sérios desafios e problemas da UGRHI-1, notadamente em Campos do Jordão. Esses problemas são agravados por atributos intrínsecos da UGRHI-1, como o relevo acidentado, e por questões sociais. A questão social, neste caso, entrelaça-se àquelas de cunho técnico, pois não pode ser resolvida abruptamente, com a aplicação estrita das restrições legais ambientais ou normas técnicas. O relatório também aponta medidas urgentes a serem postas em prática pelos gestores das bacias, tais como iniciativas no sentido de deslocar populações para áreas mais propícias, bem como serviços e obras em áreas já ocupadas e a tentativa de se evitar novas ocupações irregulares, em paralelo a ações de cunho educativo.

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Figura 4.2. Mapa Geológico da UGHRI 1 – Bacia da Serra da Mantiqueira (modificado de CPRM 2006)

Figura 4.3. Mapa geomorfológico da UGHRI 1 – Bacia da Serra da Mantiqueira (modificado de Ross & Moroz 1997).

Os processos perigosos que ocorrem na região da Bacia da Mantiqueira (UGRHI 1) são: escorregamentos, erosão, solapamento de margens de rios, inundações, colapso, subsidência e recalque de solos (Nakazawa et al. 1994). A suscetibilidade natural a estes processos, em combinação com o tipo de uso e ocupação do solo e da terra e eventos chuvosos críticos, podem levar à ocorrência de acidentes ou desastres.

A Defesa Civil Estadual tem realizado vistorias e atendimentos emergenciais nos meses chuvosos (início de dezembro a final de março) relacionados a acidentes de escorregamentos, erosão, inundação e processos similares, dentre outros diversos (raios, chuvas fortes, vendavais, desabamentos de casas, etc). Conforme Banco de Dados da CEDEC (CEDEC 2013), para a região da Bacia da Serra da Mantiqueira (UGHRI 1), no período de 2000 a 2013 (14 anos), registrou-se 53 acidentes diversos, dos quais 30 são de escorregamentos e erosão, 20 são de inundação e 3 são de

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outros tipos (como raios, chuvas fortes, vendavais, desabamentos de casas, etc). Neste período de 14 anos ocorreram 4 mortes, enquanto 89 pessoas ficaram desabrigadas e outras 689 desalojadas. É importante destacar que os acidentes relacionados a inundações e similares são os que provocam danos mais extensos, com relação a desabrigados e desalojados. Estes dados estão sintetizados na Tabela 4.1.

Tabela 4.1. Acidentes relacionados a processos geológicos na UGRHI 1, no período de 2000 a 2013 (modificado de CEDEC 2013).

Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total

total acidentes

3 0 3 5 8 4 5 2 1 12 2 1 1 6 53

óbitos 0 0 0 0 0 0 3 0 0 1 0 0 0 0 4

pessoas afetadas

0 0 40 0 30 1 16 37 5 454 50 0 0 145 778

O turismo é a atividade econômica de maior destaque na UGRHI, pois Campos do Jordão é uma das principais estâncias turísticas do Estado de São Paulo, recebendo um grande fluxo de pessoas durante os meses de outono e inverno (DAEE 2006). Outra atividade econômica que merece destaque é a piscicultura desenvolvida em Campos do Jordão, principalmente a criação e comercialização de trutas (CPTI 2012).

4.3. ASPECTOS LOCAIS

- Caracterização socioeconômica

A população do município teve um aumento de 87% em 34 anos, passando de 25.964 habitantes, em 1980, para 48.497 habitantes, em 2013 (SEADE 2013). A densidade populacional passou de 89,68 hab/km2, em 1980, para 167,2 hab/km2, em 2013. Quase a totalidade da população de Campos do Jordão é urbana, com 99,38% dela residente nestas áreas, e o restante (0,62%) em áreas rurais. Portanto, a taxa de urbanização (percentual da população urbana em relação à população total) passou de 89,47% (1980) para 99,38% (2010).

Campos do Jordão é um dos quinze municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo estado, por cumprirem os pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal nomeação garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Portanto, a economia de Campos do Jordão baseia-se no turismo, na indústria de confecção de malhas e de chocolate, no artesanato e na exploração de água mineral. O turismo constitui a maior fonte de renda do município.

O município está classificado no Índice Paulista de Responsabilidade Social1 no Grupo 2, apresentando altos níveis de riqueza, porém a longevidade e escolaridade da população permaneceram abaixo da média estadual. Cerca de 99,35% da área urbana do município têm coleta de resíduos sólidos domésticos, cerca de 89,95% da população tem abastecimento de água e 77,98% as casas possuem esgotamento sanitário ligado a rede pluvial ou com fossa séptica (dados do censo demográfico de 2010, SEADE 2013).

Convém salientar que os altos índices de riqueza podem ser decorrentes da existência de diversos condomínios e casas de temporada de alto padrão, e não repercutem necessariamente na maior parte da população de diversos bairros do município, com destaque para as chamadas "vilas operárias.

1 IPRS: sintetiza a situação de cada município no que diz respeito à riqueza, à escolaridade e à longevidade.

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- Caracterização geológica-geomorfológica e geotécnica

Em termos geológico-geomorfológicos, o planalto de Campos do Jordão é um planalto cristalino em bloco, alçado (Almeida 1976) a mais de 2.000m de altitude e limitado por escarpas abruptas que se erguem, aproximadamente, 1.500m sobre as colinas do médio vale do Paraíba. A altitude do planalto sofre um decréscimo de 6 a 7 m por km de sudeste (2.050m) em direção ao norte e noroeste (1.850m). Entre o divisor da Mantiqueira (1.900-2.007m) e o Vale do Rio Sapucaí (1.573m, em Vila Capivari), são identificados três níveis topográficos que se sucedem em altitudes de 1.800-1.820 m, 1.710-1.740 m e 1.640-1.660m (Modenesi 1988). Os principais coletores do planalto, como o Rio Sapucaí-Mirim, apresentam traçados quase normais às estruturas regionais, fluindo de sul para norte, enquanto que a drenagem de menor hierarquia é essencialmente subsequente, concordante com os principais lineamentos estruturais de direção ENE (Almeida 1964, in Hiruma & Ricomini 1999).

Verifica-se na Figura 4.4 o mapa geológico do município de Campos de Jordão (modificado de IPT 1990, e Morais et al. 1998), que é constituído por várias unidades litológicas, com formas alongadas, acompanhando a estruturação regional NE-SW. Os contatos entre as unidades são bruscos e tectônicos, marcados por falhas e zona de cisalhamento. Em termos gerais, predominam rochas gnáissico-migmatíticas (granitos, tonalito, gnaisses e xistos aluminosos e quartzosos), onde as porções quartzosas formam corpos alongados e restritos, com granulação média a localmente grossa, rico em muscovita e, mais localmente, granada. Nos termos gnáissicos predominam os tipos bandados, com alternância entre camadas/níveis mais quartzo-feldspáticos e outros com maior presença de minerais máficos (biotita e, mais localmente, granada e anfibólio). Estes níveis, alterados resultam em material argiloso, onde também são observados corpos lenticulares de anfibolito. Localmente o gnaisse apresenta feições migmatíticas, representado por bolsões quartzo-feldspáticos. As unidades migmatíticas tem mesossoma representado por biotita gnaisses e leucossoma granítico. As unidades gnáissico-migmatíticas e quartzíticas mostram-se cortadas por rochas graníticas, com variações de textura, estrutura e composição mineralógica. Mostram-se também alteradas, porém rochas frescas são encontradas nos cortes de estrada e como blocos nas encostas. Por fim, ocorrem depósitos aluvionares atuais e subatuais, bem como depósitos coluvionares e de tálus, todos de idade quaternária.

Quanto à distribuição destas litologias, verifica-se que no planalto afloram terrenos cristalinos da Província Mantiqueira (Hasui & Oliveira 1984), representados por gnaisses, migmatitos, granitos, xistos, quartzitos, calcários, calciossilicáticas e anfibolitos (Hasui et al. 1978, Cavalcante et al. 1979, Morais et al. 1998). Na bacia do Alto Sapucaí Guaçu predominam rochas gnáissicas, orientadas a NE-SW e ENE- WSW, com mergulhos superiores a 50°, por vezes subverticais. Nos morros de altitude inferior a 1710/40m ocorrem biotita gnaisses finamente bandados com intercalações de quartzitos, anfibolitos e biotita xistos. Acima de 1800m, ao sul do ribeirão Capivari, afloram gnaisses, localmente com bandamento menos definido (gnaisses graníticos), e rochas granitóides; ao norte, ocorrem gnaisses bandados e, com maior freqüência, muscovita quartzitos (Modenesi-Gauttieri & Hiruma 2004).

O relevo atual, fortemente condicionado pelas estruturas e litologias presentes na área, caracteriza-se pela presença de morros altos e de anfiteatros de erosão. Na base desses anfiteatros ocorrem depressões turfosas (Modenesi-Gauttieri & Hiruma 2004), onde se encontram depósitos de argila orgânica de espessuras variadas. As características geológicas e geotécnicas dos depósitos de argila orgânica e o seu comportamento bastante sensível a intervenções antrópicas bruscas que alteram as suas condições de equilíbrio original têm condicionado processos de instabilização notáveis na área urbana do município de Campos do Jordão (Ogura et al. 2004). Acrescenta-se à deflagração dos processos de instabilização, o acúmulo de águas do escoamento superficial e subsuperficial e a dificuldade de drenagem característica destes depósitos.

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Figura 4.4. Mapa Geológico de Campos do Jordão (modificado de IPT (1990) e Morais et al. (1998); organizado por Francisco de Assis Negri, 2014).

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O perfil geotécnico é bastante semelhantes por toda a área, apresentando apenas variações texturais oriundas da própria heterogeneidade do maciço rochoso migmatítico. Quanto à origem, os materiais inconsolidados podem ser residuais, de aterro ou aluviais. Materiais coluvionares são encontrados apenas em pontos dispersos na base das encostas sendo, em geral, dificilmente individualizados.

Os solos residuais são encontrados de forma predominante nas encostas. Sua característica textural e de espessura dos horizontes de solo dependem fundamentalmente da composição da rocha matriz e do grau de intemperismo. Os horizontes de solo residual são formados predominatemente por silte e areia fina, com ocorrência de argila variável, a depender do grau de alteração do perfil, podendo ocorrer matéria orgânica e raízes próximo à superfície. Este tipo de material inconsolidado geralmente apresenta porosidade bastante elevada, podendo atingir até 60%, mas geralmente com valores variando de 50 a 55%. Na Tabela 4.2 são apresentadas as principais características geotécnicas representativas desses horizontes de solo (solo residual e solo saprolítico). O material saprolítico formado subjacente aos horizontes residuais, resultante da decomposição da rocha gnaissica, apresenta textura predominantemente areno argilosa, sendo que a quantidade de silte e argila pode variar em profundidade. Geralmente apresenta valores de porosidade da ordem de 45 a 53%.

Tabela 4.2. Características geotécnicas representativas de solos residuais e saprolíticos em Campos do Jordão (modificado de Ahrendt 2005)

Tipo de solo Ρs (g/cm³)

Granulometria (%) Textura

Limites de consistência (%)

argila silte areia LL LP IP

Solos residuais

2,640 0 46 54 Areia fina siltosa Não plástico

2,671 0 44 56 Areia fina siltosa Não plástico

2,797 14 30 56 Areia média siltosa Não plástico

2,789 43 25 32 Argila arenosa 44,1 29,6 14,5

2,795 20 31 43 Areia média silto argilosa Não analisada

Solo saprolítico 2,647 41 16 43 Areia fina argilosa 37,1 23,1 13,9

2,751 34 40 26 Silte argiloso Não analisada

- Caracterização climática

O clima de Campos do Jordão é classificado como Cwb - clima tropical de altitude (Classificação Climática de Koeppen). A temperatura média do mês mais quente é inferior a 22°C e durante pelo menos quatro meses é superior a 10 °C (CEPAGRI 2014), tendo uma média anual de

14,4°C (CIIAGRO 2014). No inverno as temperaturas são bastante baixas para os padrões brasileiros, diversas vezes tendo chegado a -7°C, com registro frequente de geadas (variando de 9 a 70 dias/ano) e poucas ocorrências de neve (registradas apenas em 1928, 1942, 1947 e 1966). Já a maior temperatura observada foi de 34°C, registrada em 28/09/2004 (INMET 2014)

As vertentes do planalto apresentam assimetria ambiental caracterizada por encostas ensolaradas e relativamente secas na face norte e encostas sombrias e úmidas na face sul-sudeste. Esta assimetria, frequente em áreas montanhosas, é acentuada em Campos do Jordão pela exposição direta da face sul às frentes polares, principais responsáveis pelas chuvas na região (Monteiro 1964, 1969; Conti 1975).

O total pluviométrico anual médio para o município de Campos do Jordão varia entre 1.598,56mm e 1.848mm, a depender da fonte de dados, respectivamente DAEE (2014) e CIIAGRO (2014), representadas nas Tabelas 4.3 e 4.4.

Conforme série histórica de 1936 a 2004 de DAEE (2014), ilustrada na Tabela 4.3, os excedentes hídricos (excesso de água no solo) ocorrem preferencialmente de novembro a março, ou seja, durante o verão, e são da ordem de 1.130mm, condicionando os períodos mais críticos

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para a ocorrência de escorregamentos e inundações. Nestes meses de verão as médias pluviométricas mensais são de 152,39mm (out), 195,81mm (nov), 290,26mm (dez), 296,48mm (jan), 263,14mm (fev) e 213,36mm (mar). O maior acumulado diário de chuva (24 horas) ocorrido

em Campos do Jordão foi de 178,1 mm, no dia 5/01/2000 (CIIAGRO 2014).

Tabela 4.3. Chuva mensal registrada no posto pluviométrico do DAEE nº D2-001, localizado na Vila Capivari em Campos do Jordão, na bacia do Rio Capivari - série histórica de 1936 a 2004 (DAEE 2014). Obs: Destacado em rosa os registros com valor acima da média

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Anual

1936 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 0 0

1937 403,7 100,5 112,8 148,8 137,3 70,3 3,5 2,3 3,5 115,3 19,9 229 1346,9

1938 205,7 264,2 104,2 198,2 97,9 4,1 4,8 74,5 81,1 241,7 221,4 260,2 1758

1939 319,6 267,8 80,6 40,4 42,7 18,4 41,5 0,6 79,8 40,9 182,1 --- 1114,4

1940 382,7 327 --- 67,8 45,4 13,3 1,3 4,6 52,4 178 217,1 400,1 1689,7

1941 175,6 185,1 214,8 39,2 19,9 34,3 12,2 9 381,9 146 186,9 377,5 1782,4

1942 116,2 240,3 227,3 60,1 6,5 13,6 28,7 0,5 48 69 133,8 150,1 1094,1

1943 171,3 215,4 205,3 18,6 2,7 52,5 0 56,6 48,6 193,4 57,2 181,3 1202,9

1944 218,8 255,6 196,6 40,3 12,9 18,2 16,9 0 3 38 223,2 11,6 1035,1

1945 153,2 188,9 138,4 52,6 46,9 166,9 16,1 0 4,5 63,3 482,2 636 1949

1946 520,2 366,5 357,9 72,2 10,6 --- 167,3 29,2 16,7 263,5 277,8 289,6 2371,5

1947 --- 301,6 571,2 10,8 35,3 120,3 53,2 159,2 --- --- 198,8 --- 1450,4

1948 227,2 319,3 568,7 28,4 46 0,6 62,3 69,2 96,9 151,8 158,7 185,1 1914,2

1949 623,3 263,7 --- 41 14,5 --- 12,6 62,1 --- 168,1 352,5 --- 1537,8

1950 777,4 770 --- --- --- 111,6 37,7 0,5 --- 322,3 612,7 893,1 3525,3

1951 --- --- 656 196,6 143,8 192,7 1,1 27,4 12,4 24 212,3 322,3 1788,6

1952 --- --- --- --- --- --- --- 77,8 48,4 110,6 290,9 371,9 899,6

1953 177,8 62,3 169,3 118 45,8 10,4 34,1 6 55,2 151,6 204,3 263,2 1298

1954 125 422,8 116,8 34,2 128,3 25,6 7,8 0,1 54,9 214,5 60,2 275,9 1466,1

1955 258,9 --- 197,7 --- 109 --- 0,3 70,6 3,3 83,5 87,6 --- 810,9

1956 104,8 355,6 91,9 78,1 128,5 94 56 27,2 77 154,2 146,5 381,5 1695,3

1957 408 571,7 199,5 106,5 85,5 35,2 108 64,5 192 145,8 211 285,4 2413,1

1958 429,3 187,2 201,4 113,6 192,8 125,1 47,2 32,7 105,9 227,2 99,9 216 1978,3

1959 467,4 137,8 184,1 79,7 10,9 3,6 0 30,2 12,2 136,8 209,6 214,6 1486,9

1960 342,5 345,8 170 27,9 104,9 27,3 3,8 35,8 20,2 94,6 149,9 557,2 1879,9

1961 464,2 489,6 206,9 111,5 32,7 7,9 40,5 26,4 2 91,3 175,9 192,3 1841,2

1962 176,2 272,6 222,2 24,6 23,1 17,6 25,3 58 140,2 301,2 345,8 668,8 2275,6

1963 259,2 249,4 171,3 0 14,8 3,9 3,2 10,5 1,9 226,3 218,6 142,3 1301,4

1964 344 392,9 58,6 64 112,9 31,4 130,8 32,3 59,9 199,2 129,3 255,9 1811,2

1965 428,4 291 194 165,5 95,8 42,4 49,3 10 80 130,6 183 372,6 2042,6

1966 370,9 162,4 196,4 112,1 64,8 0 23,8 51,7 50,8 273,2 295,2 332,7 1934

1967 206,9 382,1 321 32,3 6,7 71,7 7,8 6 105,1 263,5 255,9 252,4 1911,4

1968 112,2 88,8 266,6 11,7 39,2 2 24 45,4 38,9 130 171,4 275,1 1205,3

1969 219,2 305,7 106,1 35,8 27 31 4 66,4 22,2 123,9 278,6 171,3 1391,2

1970 389 538,1 290 71,9 81,3 42,2 35,4 137,5 104,6 155,5 163,2 102,1 2110,8

1971 140,3 105 259,4 80,5 24,9 111,5 28,6 29,2 132,2 229,3 270 330,7 1741,6

1972 217,8 214,4 162,1 127,2 25,7 5,5 95 94,8 94,4 162,1 164,9 260,8 1624,7

1973 270,1 300,5 280,2 140,1 62,4 13,7 59,3 9,1 78,2 240,6 140,6 472,6 2067,4

1974 351,8 93,6 155,3 84,7 59,4 115,2 6,1 10,4 32,3 142,6 162,6 333,1 1547,1

1975 205,7 270,1 166,2 64,2 54,7 8 33,7 4,4 31,3 112,9 206,4 238,3 1395,9

1976 175,2 380,1 171,8 145,8 181,1 68,9 155,8 124,4 189,9 87,6 254,2 270,1 2204,9

1977 362,5 71 161,7 166,8 29,6 54,2 21,8 25,5 105,2 130,9 186,5 250,5 1566,2

1978 299 208,2 170,8 50,5 84,5 80,7 71,7 9 45,3 106,6 315,7 277,3 1719,3

1979 213,1 184 135,2 122,5 124 4,5 64,1 83,2 108 136,9 304,3 210,8 1690,6

1980 365,1 249,9 135,1 256,4 20,7 98,2 7,7 54,9 82,6 100,7 176,5 378,2 1926

1981 444 134,9 265,1 78,3 21,9 93,5 41,2 21,1 26,5 283,5 205,3 285,6 1900,9

1982 384,6 163,6 343,1 98,2 67,4 101,1 60,3 84 18,4 189,5 164,9 299,4 1974,5

1983 351,9 318,9 212,7 111,5 221,9 178,8 60,1 9,3 312,3 207,9 200,3 451,8 2637,4

1984 259,6 128,8 119,6 86,7 63,5 4,3 17,6 148,3 136,7 40,1 194,9 223,1 1423,2

1985 344,4 251,9 205,4 78,3 57,3 25,4 10 50,7 137,5 102,5 116,5 --- 1379,9

1986 293,1 230,4 210,1 114,6 164,8 11,9 53,1 --- 42,9 66,2 148,4 391,9 1727,4

1987 355 139,7 129 181 190,6 85,7 24,1 26,1 197,4 93,4 104 201 1727

Page 73: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

Volume II - 55

Tabela 4.3 (continuação). Chuva mensal registrada no posto pluviométrico do DAEE nº D2-001, localizado na Vila Capivari em Campos do Jordão, na bacia do Rio Capivari - série histórica de 1936 a 2004 (DAEE 2014). Obs: Destacado em rosa os registros com valor acima da média

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Anual

1988 304,8 225,4 257,2 150,5 164,5 72,4 7,9 5,6 46,8 178,4 154,2 188,4 1756,1

1989 318,5 327,2 162,9 92 36,8 56,8 105,6 24,1 86,7 32,7 315,5 472,3 2031,1

1990 252,4 226,5 340,5 85,1 79,5 9,4 105,9 104,7 119,7 192,5 102,5 213,4 1832,1

1991 156,7 111,7 199,9 178,1 22,1 66,7 9 10,1 110,3 169,3 58,8 219,2 1311,9

1992 236,4 136,8 200,9 95,1 187,7 5,6 104,6 37,7 156,4 208,9 171,7 211,3 1753,1

1993 161,7 438,4 154,9 42,1 51 41,8 16,3 27,3 180,4 86,7 167,8 142,4 1510,8

1994 211,4 167,8 311,6 84,5 134,4 46,3 39,8 1 1,1 77,8 146,8 373,8 1596,3

1995 297,5 424,9 218,3 52,8 75,7 14,8 36,2 8,6 37,6 311,5 133,2 135,3 1746,4

1996 249 178,7 277,7 122 50,3 42,1 4,1 37,1 181,7 182 187,8 333,1 1845,6

1997 336,2 128,4 113,2 101,2 79,5 156,4 13 12,1 90,7 110,5 125,9 152,9 1420

1998 176 297,5 106,7 52 109,4 11 3,8 --- --- --- --- --- 756,4

1999 --- --- --- --- --- --- --- 2,5 51,5 67,4 87,4 323,4 532,2

2000 617,7 293,1 --- 123,5 5,9 3 68 22,3 26,8 --- --- --- 1160,3

2001 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 0

2002 --- --- --- --- 45 0,9 8,3 86,1 127 140,7 198,8 278,9 885,7

2003 317 228,1 214,6 28,5 66,1 3,1 0 44,5 20,4 180,2 152 228,6 1483,1

2004 134,6 363,5 162,7 102 152,8 80,6 94,2 5,8 16,5 --- --- --- 1112,7

Média 296,48 263,14 213,36 88,70 73,15 49,36 38,27 38,44 79,81 152,39 195,81 290,26 1598,56

Tabela 4.4. Zoneamento Climático de Campos do Jordão (cálculo de balanço hídrico dedicado à cultura de café - CIIAGRO 2014).

meses Temperatura Média (ºC)

Precipitação Média (mm)

Evapotranspiração Real Média (mm)

Excedente hídrico (mm)

jan 16.7 314.8 87.5 227.2

fev 17.0 261.6 76.1 185.5

mar 16.3 200.8 72.1 128.7

abr 14.8 109.3 53.0 56.3

mai 12.5 71.8 39.0 32.8

jun 11.5 50.3 30.8 19.4

jul 10.6 37.8 30.9 6.9

ago 12.3 50.9 41.6 9.2

set 14.1 82.6 55.4 27.2

out 14.8 161.9 69.5 92.4

nov 15.4 196.1 76.4 119.7

Dez 16.3 310.1 85.8 224.3

Anual 14.4 1.848.0 718.2 1.129.8

Page 74: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

Volume II - 56

4.4. HISTÓRICO DE ACIDENTES EM ÁREAS DE RISCO EM CAMPOS DO JORDÃO

O município de Campos do Jordão apresenta um histórico de muitos acidentes em áreas de risco, conforme se verifica na literatura técnica, nos bancos de dados da Defesa Civil Estadual e da Defesa Civil Municipal e no banco de dados de notícias de jornal. Estes registros e sua localização foram fundamentais na indicação de áreas-alvo para a execução dos trabalhos de campo de mapeamento de áreas de risco do município. Segue abaixo uma síntese destes registros.

- Literatura técnica

Para Campos do Jordão foram elaborados três estudos técnicos envolvendo a avaliação de áreas de risco e indicando ações para seu enfrentamento e mitigação: a) “Assessoria Técnica para a estabilização de encostas, recuperação de infraestrutura e reurbanização das áreas de risco atingidas por escorregamentos na área urbana do Município de Campos do Jordão – SP “ (IPT 2002); b) “Plano Municipal de Redução de Riscos de Campos do Jordão (PMRR)” (JBA 2006); c) “Atualização do mapeamento das áreas de risco de escorregamentos na zona urbana do Município de Campos do Jordão - SP.” (IPT 2009).

A análise destes relatórios aponta três grandes eventos em áreas de risco, ocorridos em 1972, 1991 e em 2000. O Quadro 4.1 apresenta as características destes eventos e sua distribuição no bairros da cidade, a saber: Vila Albertina, Bairro Britador, Vila Santo Antonio e Vila Paulista Popular, Bairro Andorinha, Monte Carlo, Vila Nadir, Vila Sodipe, Vila Abernéssia.

Em 1972 ocorreu uma “corrida de lama” no bairro de Vila Albertina (Figura 4.5), soterrando 60 casas e matando 17 pessoas (IPT 2002).

Em 1991 um acumulado de 3 dias de chuvas (14 a 16/01/1991) atingiu o índice de 200mm, provocando 149 “desabamento de barracos”, em consequência de deslizamentos em encostas.

Em 2000 um acumulado de 5 dias de chuvas (31/12/1999 a 04/01/2000) atingiu o índice de 453,2mm, provocando deslizamentos em diversos locais (Figura 4.6 e 4.7): ocorreram 12 acidentes, em vários bairros, causando a morte de 8 pessoas (ou 10, conforme registros da Defesa Civil Municipal) e resultando em 1840 desabrigados (CEDEC 2013).

Figura 4.5. Vista de uma das porções do material mobilizado do escorregamento de argila orgânica (turfa), ocorrido próximo a Vila Albertina. Fonte: jornal O Estado de São Paulo (in IPT 2002).

Page 75: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

Volume II - 57

Figura 4.6. Acidentes de escorregamentos de pequeno e grande porte na porção central do Britador em 2000 (IPT 2002).

Figura 4.7. Acidente em 2000 associado a escorregamento translacional em encosta de alta declividade natural situada em porção de cabeceira de drenagem na Vila Santo Antônio (IPT 2002).

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LOCALIZAÇÃO

DATA DO EVENTO

EVENTO E DANO PLUVIOMETRIA INFORMAÇÕES ADICIONAIS

VILA ALBERTINA

18/08/1972 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3; - 17 óbitos; 60 moradias soterradas

início da chuva às 08:15 de 18/08/1972

Deslizamento de cerca de 70.000 m3 de lama altamente aquosa e rica em matéria orgânica de origem vegetal”, na Vila Albertina. O material se liquefez devido à carga de um pequeno aterro, talvez auxiliada pela vibração provocada pelo trabalho do trator que transportava a terra (Amaral & Fuck 1973).

BAIRRO BRITADOR, VILA SANTO ANTONIO, VILA POPULAR PAULISTA

15/01/1991 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 4; - 149 desabamento de barracos

200 mm (76,8mm no dia 14, 77,3 mm no dia 15 e 60,4 mm de chuva no dia 16, totalizando um acumulado de 3 dias superior a 200mm de chuva contínua)

O tipo de evento ocorrido está associado a uma chuva de longa duração e alta intensidade.

BAIRRO SANTO ANTONIO, BAIRRO ANDORINHA, BAIRRO BRITADOR

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 4;

Início da chuva em 31/12/1999. Duração de 5 dias, atingindo um acumulado de 453,2 mm

O fator antrópico associado às intervenções do tipo corte e aterro foi o principal condicionante para a ocorrência generalizada de acidentes de escorregamentos. A associação entre terrenos de alta declividade natural e assentamentos espontâneos de baixa renda tem sido o fator predisponente decisivo na ocorrência de acidentes de escorregamentos. O baixo grau de urbanização dessas áreas também deve ser considerado na questão da ocorrência de escorregamentos, principalmente no que tange à ausência ou deficiência dos sistemas de drenagem superficial

BRITADOR - Setor 1A compreende a pedreira do Britador e o terreno leste adjacente

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação A ocupação desse setor é escassa, fruto do impacto destrutivo dos escorregamentos ocorridos em 2000, e das ações de remoção realizadas posteriormente. Durante o evento chuvoso de 2000 ocorreram diversos escorregamentos de grande porte resultando no desmoronamento de diversas moradias. Um grande número de moradias foi condenado em laudos técnicos indicando risco iminente. O setor 1A apresenta grau muito alto de risco de ocorrência de acidentes de escorregamento.

BRITADOR - Setor 1B compreende a área de grotão na porção oeste do Bairro Britador

2000 Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Durante o evento de 2000 houve um grande escorregamento envolvendo praticamente toda a área do setor. O setor 1B apresenta grau muito alto de risco de acidentes de escorregamento

BRITADOR - Setor 1C está localizado entre a pedreira do Britador e o grotão do setor 1B

2000 Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Durante o evento de 2000 o setor sofreu acidentes pontuais associados a taludes de corte e aterro, e hoje, a maioria da área encontra-se desocupada. O Setor 1C apresenta grau de risco muito alto de acidentes de escorregamentos

BRITADOR - Setores 2B, 2C e 2D localizados entre as ruas Geraldo Félix Pereira e José Bráz

2000 Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Podem ser observadas ao longo da Rua Geraldo Felix Pereira, ruínas de casas removidas após as instabilizações ocorridas durante o evento de 2000

Quadro 4.1. Acidentes em áreas de risco em Campos do Jordão conforme registrado em estudos técnicos (IPT 2002 e 2009, JBA 2006).

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Page 77: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

LOCALIZAÇÃO

DATA DO EVENTO

EVENTO E DANO PLUVIOMETRIA INFORMAÇÕES ADICIONAIS

BRITADOR - Setores 2F e 2I compreendidos entre as ruas Geraldo Félix Pereira, Curió e Tico-tico

2000 Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Os primeiros problemas já podem ser observados no cruzamento entre a Rua Geraldo Félix Pereira e a Rua Gaivota quando, no evento de 2000, um muro de contenção sofreu queda e até hoje não foi remediado. Durante o evento de 2000 foram registrados diversos casos de escorregamentos pontuais envolvendo as moradias locais. A área está classificada como de alto risco de ocorrência de escorregamentos

SANTO ANTONIO - Os setores 1E e 1F, no bairro da Vila Santo Antônio, compreendem trecho de área localizada entre as ruas Beija Flor e Gaivota, separado pela Rua Curió

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação No trecho de maior declividade natural do setor ( entre as ruas Beija Flor, Curió e Tico-tico, no final da Rua do Pinho), o escoamento desordenado e a concentração das águas pluviais advindas de montante, durante o evento chuvoso de 2000, causaram a instabilização de extensa área, com o aparecimento de trincas e degraus de abatimento nos terrenos e nas antigas residências, que tiveram que ser demolidas. Esses setores encontram-se com a maior parte da área desabitada, e deve ser assim mantida até a definição de um projeto específico de reabilitação do local. Os setores 1E e 1F sofreram sérias conseqüências decorrentes do evento chuvoso de 2000. O setor apresenta risco muito alto de possibilidade de ocorrência de acidentes de escorregamentos

SANTO ANTONIO - Setor 1G compreendido por anfiteatro de drenagem localizado entre a Av. Ademar de Barros e rua Canário

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Esta área está desocupada desde o evento chuvoso de 2000. O escorregamento ocorrido atingiu extensa área e mobilizou um grande volume de material de todo o setor. Esse material depositou-se nos terrenos de sopé das encostas soterrando moradias dos setores à jusante. O setor apresenta grau muito alto de risco de ocorrência de escorregamentos

SANTO ANTONIO - Setor 2J localizado entre as ruas Tucano, Azulão e escadaria Canário

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Durante o evento de 2000 a área foi atingida por focos localizados de escorregamentos associados aos taludes de corte e aterro. O setor 2J apresenta alto grau de risco de escorregamentos

SANTO ANTONIO - Setores 2L e 2M compreendidos entre a Av. Ademar de Barros, Rua Canário e escada para Rua Araponga

Diversos Anos

- Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Esta área apresenta ocupação densa e foi palco de diversos escorregamentos planares rasos associados a taludes de corte e aterro. O setor apresenta um alto grau de risco de escorregamentos.

SANTO ANTONIO - Setor 3C e 3E

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação No evento de 2000, o setor 3C sofreu instabilizações esparsas e focos de escorregamentos pontuais em taludes de corte e aterro e portanto apresenta risco moderado de ocorrência de escorregamentos

SANTO ANTONIO - Setor 3D

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação O setor foi palco de alguns acidentes pontuais de escorregamentos durante o evento chuvoso de 2000

SANTO ANTONIO - Setores 3F e 3H compreendidos entre as ruas Azulão e Av. Treze de Junho

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Durante o evento de 2000 a área não foi palco de acidentes de escorregamentos e é classificada como de baixo grau de risco

Quadro 4.1 (continuação). Acidentes em áreas de risco em Campos do Jordão conforme registrado em estudos técnicos (IPT 2002 e 2009, JBA 2006).

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LOCALIZAÇÃO

DATA DO EVENTO

EVENTO E DANO PLUVIOMETRIA INFORMAÇÕES ADICIONAIS

SANTO ANTONIO - Setor 3G

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Durante o evento de 2000 a área foi atingida por escorregamentos localizados nos taludes de corte e aterro.

ANDORINHAS - Os setores 3I, 3J e 3L, localizados na porção extremo leste da área, entre as ruas Adalto Camarg Neves, Geraldo Félix Pereira e José Bráz

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação A área desses setores foi palco de escorregamentos durante o evento de 2000. Apresenta grau de risco moderado de acidentes de escorregamentos, associados principalmente a instabilizações pontuais em taludes de corte e aterro

ANDORINHAS - O setor 2A compreende o terreno localizado entre as ruas Geraldo Felix Pereira e Adalto Camargo Neves

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação O evento de 2000 registrou diversos focos de escorregamentos, o que levou o poder público a remover parte das residências de meia encosta, em situação de risco iminente

ANDORINHAS - Setor de encosta (2N) localizado na porção nordeste da área, no trecho inicial da Avenida Ademar de Barros

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Durante o evento chuvoso de 2000, o setor 2N foi palco de diversos focos de escorregamentos associados aos taludes. O setor apresenta alto grau de risco de ocorrência de acidentes de escorregamentos

VILA ALBERTINA - Setor 1A possui área delimitada pela Rua F, Travessa Sereno, Rua Santa Clara e limite de vertente da drenagem da Saudade.

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Esse setor encontra-se em área de muito alto risco de ocorrência de acidentes de escorregamento e apresentou muitos casos de escorregamentos durante o evento chuvoso de 2000

VILA ALBERTINA - Setor 1E apresenta área configurada pelos limites de um anfiteatro de drenagem

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Não se apresenta ocupado por moradias e sofreu intenso movimento de massa durante o evento chuvoso de 2000

VILA ALBERTINA - Setor 2A corresponde a Área delimitada pelas travessas Garoa, Sereno e Samambaia e Rua Granizo

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Durante o evento chuvoso de 2000, foram registrados focos de escorregamentos ao longo de todo o setor

VILA ALBERTINA - Setor 2B localizado entre a travessa Samambaia, Rua Pernalonga e Rua F

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Durante o evento de 2000 houve registro de acidentes no interior do setor

Quadro 4.1 (continuação). Acidentes em áreas de risco em Campos do Jordão conforme registrado em estudos técnicos (IPT 2002 e 2009, JBA 2006).

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Page 79: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

LOCALIZAÇÃO

DATA DO EVENTO

EVENTO E DANO PLUVIOMETRIA INFORMAÇÕES ADICIONAIS

VILA ALBERTINA - Setor 2C possui área delimitada pela Rua F, Rua A e anfiteatro de drenagem do setor 1D

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Esta área sofreu, com o evento chuvoso de 2000, escorregamentos de médio porte que colocaram em risco a população local. Após a retirada das moradias em risco iminente, o local ainda apresenta alto índice de possibilidade de ocorrência de novos escorregamentos e de atingimento por materiais provindos de montante

VILA ALBERTINA - Setor 2F possui área compreendida entre a Avenida Genko Sakane, Rua Santa Clara e calha de drenagem

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Durante o evento de 2000, foram registradas ocorrências de escorregamentos de caráter localizado, associados a taludes de corte.

VILA PAULISTA POPULAR, MONTE CARLO - Setores 2A e 2B estão localizados entre as ruas João Inácio Bicudo e Amancio Mazaropi

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Ambos os setores apresentam alto grau de risco de ocorrência de acidentes de escorregamentos. Os acidentes mais comuns nessas áreas estão relacionados a escorregamentos pontuais de taludes de corte e aterro. No entanto, conforme se aproximam do anfiteatro de drenagem estes conferem maior amplitude, colocando em risco vidas humanas. Vide registro do acidente ocorrido durante evento chuvoso de 2000

VILA PAULISTA POPULAR, MONTE CARLO - Setor 2C localizado na porção centro-oeste da área em estudo

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Foram registrados durante o evento chuvoso de 2000 grandes escorregamentos ao longo de toda a porção de meia encosta, mobilizando grande volume de material

VILA PAULISTA POPULAR, MONTE CARLO - Setor 2D localizado na porção centro-oeste da área em estudo

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação O setor apresenta alto risco de acidentes de escorregamentos e de atingimento das moradias da porção basal da encosta. Durante o evento chuvoso de 2000, foram registrados diversos focos de escorregamentos ao longo de todo o setor

VILA PAULISTA POPULAR, MONTE CARLO - Setor 1A está em área correspondente a um anfiteatro restrito de drenagem localizado entre as ruas João Inácio Bicudo e Amancio Mazaropi

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação As declividades reinantes são altas, superiores a 30° e representam os flancos íngremes desse anfiteatro conferindo ao setor um risco muito alto de ocorrência de acidentes de escorregamentos como foi documentado durante o evento chuvoso de 2000

VILA NADIR - Setor 2C compreende os terrenos delimitados pela Rua José Cássio Macedo Soares, Rua José Lopes da Silva e Rua João Tranchesi

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação No evento de janeiro de 2000, as instabilizações de encosta envolveram desde pequenas rupturas pontuais em taludes de corte e aterro, até grandes escorregamentos planares na forma de violentas avalanches mobilizando com alto poder destrutivo grandes volumes de solo e detritos diversos, do topo à base da encosta. As rupturas de grande extensão foram responsáveis pela destruição total de diversas moradias. O Setor 2C foi a área mais atingida por escorregamentos no bairro de Vila Nadir.

Quadro 4.1(continuação). Acidentes em áreas de risco em Campos do Jordão conforme registrado em estudos técnicos (IPT 2002 e 2009, JBA 2006).

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Page 80: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

LOCALIZAÇÃO

DATA DO EVENTO

EVENTO E DANO PLUVIOMETRIA INFORMAÇÕES ADICIONAIS

VILA NADIR - Setor 3B, situado entre a Rua José Cássio Macedo Soares e Rua Francisco C. Pinto

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação No evento de 2000, as rupturas nos taludes de corte mobilizaram grandes volumes de solo e causaram a queda de muitas árvores de porte médio. Esse material causou a obstrução da pista e o desvio de grande volume de água para as encostas situadas a jusante. Esse fato contribuiu sobremaneira para a ocorrência dos graves acidentes causados pelas rupturas de grande porte no setor 2C

VILA NADIR - Setores 3I e 3H compreendem porções de encosta do trecho superior do anfiteatro de drenagem da Vila Nadir com ocupação densa e consolidada

2000 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação No evento de 2000 esses setores foram palco de algumas ocorrências desse tipo, sem contudo provocar graves acidentes como aqueles havidos em outras porções de encosta do bairro. Esses setores apresentam grau moderado de risco de escorregamentos.

VILA SODIPE - Setor 1A, situado entre as ruas José Cássio de Macedo Soares e Antônio Luz

Diversos Anos

- Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação A área do setor 1A apresenta encostas com declividades acentuadas e intervenções intensas no meio físico, tanto nos terrenos superiores abaixo da Rua José Cássio de Macedo Soares, quanto principalmente nos terrenos de sopé de encosta da Rua Antônio Luz, onde as moradias encontram-se logo abaixo de taludes de cortes íngremes e altos, e que frequentemente sofrem problemas de escorregamentos. Os acidentes mais comuns relacionam-se com a ocorrência de escorregamentos nos taludes de corte e rupturas de porções de aterro lançado.

VILA ABERNÉSSIA -

2002 - Deslizamento de encostas; - Magnitude 3

Sem informação Trata-se de um processo de instabilização de encostas condicionado pela presença de uma camada de argila orgânica em anfiteatro restrito de drenagem. O processo de instabilização teve origem a partir da execução de obras de escavação que modificaram a condição de estabilidade original. A exposição e conseqüente desconfinamento da camada de argila orgânica saturada, situada logo abaixo da cobertura superficial de aterro, causou a instabilização do terreno, provocando trincas de tração, degraus de abatimento e rupturas remontantes na porção superior adjacente e esforços compressivos na porção de base

Quadro 4.1(continuação). Acidentes em áreas de risco em Campos do Jordão conforme registrado em estudos técnicos (IPT 2002 e 2009, JBA 2006).

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Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

Volume II - 63

- Bancos de dados da Defesa Civil Estadual e da Defesa Civil Municipal

O Banco de Dados da CEDEC (CEDEC 2013) apresenta para o período de 1999 a 2013 o registro de 38 ocorrências, com acionamento da Defesa Civil Estadual, em sua maioria associado a deslizamentos (Quadro 4.2).

Verifica-se que alguns locais são recorrentes para ocorrências de deslizamentos: Bairro Floresta Negra, Biquinha, Jardim Brancas Nuvens, Jardim Monte Carlo, Vila Albertina, Vila Britador, Vila Nadir, Vila Paulista Popular, Vila Santo Antonio, Vila Sodipe, Recanto Feliz, entre outros.

Observa-se ainda que os acidentes mais graves aconteceram no ano de 2000, com 12 registros de ocorrência de acidentes associados às fortes chuvas, em vários bairros, na maior parte provocados por deslizamentos que causaram a morte de 8 pessoas (ou 10, conforme registros da Defesa Civil Municipal) e resultaram em 1840 desabrigados.

O Banco de Dados da Defesa Civil Municipal (COMDEC 2013) apresenta registros apenas a partir do ano de 2013, quando registrou 65 ocorrências, das quais 55 relacionadas a deslizamentos e 10 relacionadas a alagamentos/inundações/transbordamento do Rio Capivari. Na ocasião, conforme preconizado no Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC), o Instituto Geológico foi acionado e realizou vistorias emergenciais em 9 áreas atingidas por deslizamentos, distribuídas em vários bairros.

- Banco de dados sobre ocorrências de desastres veiculadas em notícias de jornal

Este Banco de Dados agrega informações sobre ocorrências de desastres veiculadas em notícias de dois jornais da região: “Jornal Vale Paraibano” e jornal “O Vale”. Para o presente estudo foram pesquisadas notícias do período dos últimos 14 anos (1999-2013), identificando-se 97 registros sobre diferentes tipos de eventos (51 registros sobre deslizamentos, 32 registros sobre enchentes/inundações/alagamentos, 13 registros sobre vendavais e temporais, 1 registros sobre subsidência/afundamento). Estes dizem respeito a 43 locais (bairros) do município. Como já esperado, verificou-se que o ano 2000 foi apontado como o de maior número de ocorrências de deslizamentos e danos, graças ao desastre já citado e ilustrado na Figura 4.8.

O Quadro 4.3 apresenta a síntese das notícias sobre Campos do Jordão, onde se considerou os tipos de eventos ocorridos por bairros, buscando identificar a recorrência para os determinados tipos de eventos, apontando suas datas e danos. Assinala ainda a extensão dos eventos, com respeito a gravidade, vulnerabilidade e perigo, ou seja, as informações inseridas na coluna dos “danos”.

Page 82: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

Volume II - 64

DATA OCORRÊNCIA

LOCALIZAÇÃO TIPO DE EVENTO DANO FONTE

05 e 06/02/1999

zona rural e urbana tempestade sem informação CEDEC

01, 02, 04, 05, 06, 11, 14/01/2000

Vários Bairros tempestade 3 óbitos, 1840 desabrigados

CEDEC

01/12/2000 Estrada Monteiro Lobato, km 119 e 125 deslizamento sem informação CEDEC

10/02/2002 - Bairro Horto Florestal; - Vila Santo Antônio deslizamento 30 desabrigados CEDEC

07/04/2002 - Capivari, -Jaguaribe, - Recanto Feliz,-Vila Britânia

Deslizamentos, alagamento

10 desabrigados CEDEC

04/02/2003 Vários Bairros transbordamento de rio; Alagamento; deslizamento

sem informação CEDEC

19/02/2004 -Centro; -Jardim Cristina, - Vila Albertina transbordamento de rio; inundação

sem informação CEDEC

23/02/2004 - Bela Vista, -Monte Claro; -Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro

deslizamento 22 desabrigados CEDEC

03/03/2004 -Abernéssia, -Britador, -Monte Carlo, -Vila Britânia, -Vila Sodipe

transbordamento de rio; inundação

sem informação CEDEC

04/03/2004 Vila Albertina não indicado sem informação CEDEC

26/12/2004 Rua Paulo Alves dos Santos nº 106 deslizamento 8 desalojados CEDEC

18/12/2005 -Capivari; -Bairro do Horto; -Recanto Feliz; -Véu da Noiva

tempestade; raio sem informação CEDEC

24/12/2005 -Britador; -Centro enchente; raios; vendaval

1 desalojado CEDEC

18/01/2006 -Abernéssia (Av. Frei Orestes Girardi nº 105) transbordamento de rio; inundação; raios

10 desalojados CEDEC

06/03/2006 -Vila Paulista Popular deslizamento 3 óbitos CEDEC

21/03/2006 -Viela projetada conhecida como "Cachoeirinha"

deslizamento 4 desalojados CEDEC

03/01/2007 -Vila Santo Antônio (Rua Pavão, nº 15) deslizamento 5 desabrigados CEDEC

06/01/2007 -Britador; -Recanto Feliz; -Vila Albertina não indicado 32 desalojados CEDEC

29/01/2008 -Bairro Alto do Manancial,- Vila Albertina (Rua Ana Maria da Costa nº 173), -Vila Santo Antonio (Rua Beija-flor nº 470); -Rodovia Monteiro Lobato (SP-50)

deslizamento 5 desalojados CEDEC

10/02/2009 -Vila Albertina, -Vila Britania; -Vila Loly enchente CEDEC

18/02/2009 -Jaguaribe (Avenida Januário Miraglia, s/n°) deslizamento 4 desalojados CEDEC

20/03/2010 -Fracalanza (Rua Enéas da Rocha Ribeiro, n° 504)

deslizamento sem informação CEDEC

31/01/2012 -Jardim Monte Carlo (Rua Monte Carlo s/n) deslizamento sem informação CEDEC

26/10/2012 sem informação tempestade sem informação CEDEC

10/01/2013 -Bairro Floresta Negra (Rua Olivia Correa de Oliveira, n 238 e 228); -Vila Nadir (Rua José Cássio Macedo Soares); -Vila Sodipe (Rua Santos Sanches)

deslizamento sem informação CEDEC

11/01/2013 -Bairro Floresta Negra; -Biquinha, -Britador, -Jardim Brancas Nuvens; -Jardim Monte Carlo; -Jardim Santa Cruz; -Vila Albertina, -Vila Nadir, -Vila Santo Antonio

enchente; deslizamento

2 desabrigados; 143 desalojados

CEDEC

Quadro 4.2. Registros de ocorrências de acidentes em Campos do Jordão no período de 2000 a 2013. Fonte: CEDEC (2013).

Page 83: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

Volume II - 65

Figura 4.8. Notícia veiculada no jornal “Vale Paraibano” no dia 06 de janeiro de 2000, retratando a situação em Campos do Jordão.

Page 84: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

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Abernéssia

Inundação

sem informação 06/02/1999 Chuva forte inunda 50 lojas em área central de Campos do Jordão

Rio Capivari -Duração: 30 min 3m: elevação do nível do rio

Várias casas inundadas

sem informação 07/02/1999 Chuva causa prejuízo de R$ 2 mi em Campos.

Rio Capivari sem informação 6 m acima do nível normal do rio

60 famílias desalojadas no município; prejuízos avaliados em R$ 2 milhões; mais de 300 pessoas abandonaram suas casas em razão das enchentes e queda de barreiras, que é a maior dos últimos 30 anos.

Inundação / Alagamento

Avenida Januário Miraglia

04/02/2003 Temporal deixa 100 lojas alagadas e derruba três muros em Campos

Rio Capivari

-Volume: 70mm. -Duração: 17:30 ás 19:00 (1,5 hora). -Tempo de inundação: 1 hora

40 cm

Alagamento parcial de pelo menos 100 estabelecimentos comerciais na região central; Congestionamento de uma hora e meia; A água atingiu 40 cm dentro de uma bicicletaria; Num Depósito Baú as mercadorias foram removidas para o fundo da loja.

Avenida Frei Orestes Girardi

04/02/2003 Temporal deixa 100 lojas alagadas e derruba três muros em Campos

Rio Capivari

-Volume: 70mm. -Duração: 17:30 ás 19:00 (1,5 hora). -Tempo de inundação: 1 hora

sem informação

Alagamento parcial de pelo menos 100 estabelecimentos comerciais na região central; Congestionamento de uma hora e meia.

sem informação 03/03/2004 Chuva forte causa prejuízos em ruas de Taubaté e Campos

sem informação -Duração: 18:30 às 20:30 (2 horas)

sem informação

22 pessoas desabrigadas em diversos bairros; A água invadiu dezenas de casas nos bairros Recanto Feliz, Jaguaribe e Abernéssia

Alagamento Avenida Januário Miráglia

08/01/2005 Chuva causa estragos na região

sem informação -Início da Chuva:15:15. -Duração:30 min

sem informação

1 carro caiu num buraco; Temporal derrubou árvores, deixou 1 pessoa ilhada, danificou fiações elétricas e alagou avenidas em 4 cidades da região

Temporal sem informação 03/03/2004 Chuva forte causa prejuízos em ruas de Taubaté e Campos

sem informação -Volume: 50,8 mm. -Duração: 18:30 às 20:30 (2 horas)

sem informação

22 pessoas desabrigadas em diversos bairros; A água invadiu dezenas de casas nos bairros Recanto Feliz, Jaguaribe e Abernéssia

Andorinhas Deslizamento sem informação 31/12/1999

ERA DAS ÁGUAS: Chuvas de 3 dias trazem o caos à região; Campos pede socorro a SP e outras...

sem informação sem informação sem informação

Inicialmente 120 pessoas desabrigadas, 10 moradias destruídas, 160 feridos, 13 em estado grave em todo o município, após deslizamentos em áreas de APP ocupadas irregularmente Posteriormente os números sobem para 270 casas deslizadas somente nos bairros Britador e Santo Antonio, estima-se cerca de 400 casas no município, já são 1500 pessoas removidas

Quadro 4.3. “Banco de dados de ocorrências de desastres” – síntese para Campos do Jordão (Fonte: “Jornal Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”)

Page 85: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

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013

Biquinha Deslizamento sem informação 07/02/1999 Chuva causa prejuízo de R$ 2 mi em Campos.

sem informação sem informação sem informação

60 famílias desalojadas, prejuízos avaliados em R$ 2 milhões; mais de 300 pessoas abandonaram suas casas em razão das enchentes e queda de barreiras, que é a maior dos últimos 30 anos. Em 7/02 foi decretado Estado de Calamidade Pública

Brancas Nuvens

Deslizamento sem informação 19/01/2005

Morador do Maracaibo tem casa liberada

sem informação sem informação sem informação

1 deslizamento de terra

sem informação 10/01/2013 Defesa Civil vigia zona norte

sem informação sem informação sem informação

sem informação

Britador Deslizamento

sem informação 07/02/1999 Chuva causa prejuízo de R$ 2 mi em Campos.

sem informação sem informação sem informação

60 famílias desalojadas ao longo do município, prejuízos avaliados em R$ 2 milhões; mais de 300 pessoas abandonaram suas casas em razão das enchentes e queda de barreiras, que é a maior dos últimos 30 anos. Em 7/02 foi decretado Estado de Calamidade Pública

sem informação 31/12/1999

ERA DAS ÁGUAS: Chuvas de 3 dias trazem o caos à região; Campos pede socorro a SP e outras...

sem informação -Volume acumulado em 5 dias: 625mm

sem informação

Inicialmente 120 pessoas desabrigadas, 10 moradias destruídas, 160 feridos, 13 em estado grave em todo o município Posteriormente sobe para 270 casas deslizadas somente nos bairros Britador e Santo Antonio, estima-se cerca de 400 casa no município, já são 1500 pessoas removidas, foram registrados 8 óbitos no bairro

sem informação 04/01/2000

ERA DAS ÁGUAS: Chuva mata 2 e arrasa Campo, Covas assume socorro às cidades do Vale, faltam água e comida no Fundo do Vale e outras.

sem informação -Deslizamento: iniciou-se às 2:00h

sem informação

Deslizamentos em áreas de APP ocupadas irregularmente e o transbordamento do Rio Capivari deixam a cidade em estado de Emergência. Computou-se: queda de barreiras em todos os acessos das cidades, blecaute de energia, corte do abastecimento, queda de torres de alta Tensão, risco de deslizamento nos bairros Britador e Pica-Pau.

sem informação 16/12/2001 Chuvas causam transtornos no Vale

sem informação -Volume acumulado em 4 dias: 71.6mm

sem informação

1 deslizamento em local desabitado, contudo a Defesa Civil colocou o bairro em Alerta

Quadro 4.3 (continuação). “Banco de dados de ocorrências de desastres” – síntese para Campos do Jordão (Fonte: “Jornal Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”)

Page 86: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

M

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9/2

013

Britador

Deslizamento

sem informação

24/02/2004 Após 5 dias de chuvas, Campos entra em estado de emergência

sem informação -Volume acumulado em 5 dias: 147 mm

sem informação

1 casa desabou no bairro. No município 16 casas interditadas e 96 desabrigados, 3 desmoronamentos de terra e mais 30 de pequeno porte, 10 quedas de muros e 20 quedas árvores, sendo 2 sobre barracos. Decretado estado de emergência.

sem informação

28/01/2005

Campos estuda ação para esvaziar casas/ Família deixa área ameaçada

sem informação -Volume acumulado em 3 dias: 80 mm

sem informação

O terreno está cedendo e há rachaduras no piso. Somente 5 das 300 famílias recomendadas à deixarem o local em alto risco de deslizamento no Morro do Britador e Santo Antonio

sem informação

10/01/2013 Campos registra 36 ocorrências

sem informação -Volume acumulado em 3 dias: 80 mm

sem informação

22 moradores de diversos bairros

Inundação sem informação

06/02/1999 Chuva forte inunda 50 lojas em área central de Campos do Jordão

Rio Capivari -Duração: 30 min 1m na casa Várias casas inundadas. A água atingiu 1m nas casas. 1 carro foi arrastado pela correnteza.

Temporal sem informação

04/02/2003 Temporal deixa 100 lojas alagadas e derruba três muros em Campos

sem informação -Volume: 70mm. -Duração: 17:30 ás 19:00 (2 horas)

sem informação

10 famílias removidas. Ameaça de queda de uma araucária centenária.

Chuva / Vendaval

sem informação

24/01/2001 Temporal Alaga 30 Casas em São José

sem informação sem informação sem informação

1 queda de um muro

Vendaval sem informação

24/12/2005 Chuva transborda rio e alaga ruas em Campos

sem informação sem informação sem informação

Queda de árvore sobre um barraco. O local é uma área de risco de deslizamento

Cachoei-rinha

Inundação sem informação

01/01/2010 Chuva mata 5 e desaloja 2500 no Vale

sem informação sem informação sem informação

No bairro 4 casas atingidas por deslizamentos, 3 famílias desalojadas, totalizando 12 famílias ao longo do Município.

Capivari

Inundação sem informação

09/02/2009 Campos tem 3 bairros alagados

Rios Capivari e Lajeado; corrego Zé da Rosa e dos Melos

-Duração: Início às 19:30

sem informação

sem informação

Inundação sem informação

10/01/2013 Campos registra 36 ocorrências

Rio Capivari -Volume acumulado em 3 dias: 80 mm

sem informação

7 casas atingidas. Rio Capivari subiu 1,5 metros nos últimos 3 dias

Alagamento sem informação

31/12/1999 Chuva atinge São José e provoca caos

sem informação sem informação sem informação

A água chegou a meio metro

Quadro 4.3 (continuação). “Banco de dados de ocorrências de desastres” – síntese para Campos do Jordão (Fonte: “Jornal Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”)

Page 87: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

M

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Capivari

Temporal sem informação

03/03/2004 Chuva forte causa prejuízos em ruas de Taubaté e Campos

sem informação -Volume: 50,8 mm. -Duração: 18:30 às 20:30 (2 horas)

sem informação

22 pessoas desabrigadas em diversos bairros. A água invadiu dezenas de casas nos bairros Recanto Feliz, Jaguaribe e Abernéssia

Vendaval sem informação

18/12/2005 Chuva para bondinho e deixa Capivari sem luz

sem informação

-Duração: Início às 15:00. -Volume acumulado em 3 dias: 71mm

sem informação

1 casa destruída em razão de queda de 6 árvores sobre telhado e fiação elétrica com interrupção do tráfego de bondinhos e corte de energia em 2.000 casas.

Centro Inundação

Av. Frei Orestes Girardi

06/02/1999 Chuva forte inunda 50 lojas em área central de Campos do Jordão

Rio Capivari -Duração: 30 min 3m-elevação do nível do rio

50 estabelecimentos comerciais atingidos, a água cobriu a calçada de lama

Inundação sem informação

24/12/2005 Chuva transborda rio e alaga ruas em Campos

Rio Capivari sem informação sem informação

Imóveis e veículos inundados

Descansó-polis

Enchente sem informação

10/02/2002 Chuva deixa 10 famílias desabrigadas

sem informação sem informação sem informação

1queda de cabeceira de uma ponte que liga o bairro ao centro. O desmoronamento destruiu também 50 m da rua ao lado da ponte.

Descansó-polis

Vendaval sem informação

04/01/2007 Campos tira quarta família da Vila Santo Antônio

sem informação -Volume: 59,6 mm sem informação

Queda de 5 árvores durante a madrugada. Remoção preventiva de 4 casas. Medida preventiva de remoção contra risco de deslizamento em 50 casas durante o período de chuvas nos bairros: Vila Santo Antônio, Vila Albertina, Vila Sodipe, Vila Monte Carlo e Vila Cachoeirinha o acumulado chegou em 03/01 em 85mm. Matéria adicional fls: 9 ed.15.553 e fls. 3 ed15.556

Vendaval Avenida Pedro Paulo

06/11/2008 Alagamentos, falta de energia e destelhamen-tos castigam Taubaté

sem informação sem informação sem informação

6 quedas de árvores na Av. Pedro Paulo, destelhamento de uma casa no bairro Recanto Feliz, falta de energia em toda a região devido queda de pinheiros na fiação.

Floresta Negra

Deslizamento sem informação

10/01/2013 Defesa Civil vigia zona norte

sem informação sem informação sem informação

sem informação

Gavião Gonzaga

Inundação Escola Genzo Oikawa

09/02/2009 Campos tem 3 bairros alagados

Rios Capivari e Lajeado;córregos Zé da Rosa e dos Melos

-Duração: Início às 19:30

sem informação

1escola alagada com interrupção de aulas

Jaguaribe Inundação sem informação

24/12/2005 Chuva transborda rio e alaga ruas em Campos

Rio Capivari sem informação sem informação

Imóveis e veículos inundados

Quadro 4.3 (continuação). “Banco de dados de ocorrências de desastres” – síntese para Campos do Jordão (Fonte: “Jornal Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”)

Page 88: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

M

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Jaguaribe

Inundação / Alagamento

sem informação

04/02/2003 Temporal deixa 100 lojas alagadas e derruba três muros em Campos

sem informação

-Volume: 70mm. -Duração: 17:30 ás 19:00. -Tempo de inundação: 1 hora

sem informação

Alagamento parcial de pelo menos 100 estabelecimentos comerciais na região central. Congestionamento de uma hora e meia.

Inundação / Alagamento

sem informação

03/03/2004 Chuva forte causa prejuízos em ruas de Taubaté e Campos

sem informação -Duração: 18:30 às 20:30 (2 horas)

sem informação

22 pessoas desabrigadas em diversos bairros; A água invadiu dezenas de casas nos bairros Recanto Feliz, Jaguaribe e Abernéssia

Jardim Califórnia

Deslizamento Rua Augusto Pagliassi

20/12/2007 Deslizamento assusta morador e fecha via por 5 horas em Campos

sem informação

-Volume acumulado em 3 dias: 69 mm. -Deslizamento: iniciou próximo das 23:00

sem informação

Interdição de via por aproximadamente 5 horas. Uma família optou por sair preventivamente do local. O material mobilizado chegou a cerca de 2 m da moradia.

Jardim Embaixador

Vendaval sem informação

04/01/2007 Campos tira quarta família da Vila Santo Antônio

sem informação -Volume: 59,6 mm sem informação

Queda de 5 árvores durante a madrugada. Remoção preventiva de 4 casas. Medida preventiva de remoção contra risco de deslizamento em 50 casas durante o período de chuvas nos bairros: Vila Santo Antônio, Vila Albertina, Vila Sodipe, Vila Monte Carlo e Vila Cachoeirinha. O acumulado chegou em 03/01 em 85mm. Matéria adicional fls: 9 ed.15.553 e fls. 3 ed15.556

Jardim Leonor Mendes de Barros

Deslizamento sem informação

10/01/2013 Chuva provoca problemas e 17 cidades do Vale do Paraíba

sem informação sem informação sem informação

sem informação

Jardim Márcia

Deslizamento sem informação

10/01/2013 Chuva provoca problemas e 17 cidades do Vale do Paraíba

sem informação sem informação sem informação

sem informação

Melos Inundação sem informação

09/02/2009 Campos tem 3 bairros alagados

Rios Capivari e Lajeado e córregos Zé da Rosa e dos Melos

-Duração:19:30 sem informação

O rompimento de tubulação deixou o bairro isolado

Quadro 4.3 (continuação). “Banco de dados de ocorrências de desastres” – síntese para Campos do Jordão (Fonte: “Jornal Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”)

Page 89: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

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Monte Carlo

Deslizamento Rua Cachoeiririnha

24/02/2004 Após 5 dias de chuvas, Campos entra em estado de emergência

sem informação -Volume acumulado em 5 dias: 147 mm

sem informação

2 casas desabaram no bairro. Ao longo do município 16 casas interditadas e 96 desabrigados, 3 desmoronamentos de terra e mais 30 de pequeno porte, 10 quedas de muros e 20 quedas árvores, sendo 2 sobre barracos. Decretado estado de emergência.

Deslizamento sem informação

01/01/2010 Chuva mata 5 e desaloja 2500 no Vale

sem informação sem informação sem informação

4 casas atingidas por deslizamentos e 12 famílias desalojadas ao longo do Município

Deslizamento sem informação

10/01/2013 Chuva provoca problemas e 17 cidades do Vale do Paraíba

sem informação sem informação sem informação

sem informação

Parque Ferradura

Inundação sem informação

09/02/2009 Campos tem 3 bairros alagados

Rios Capivari e Lajeado;córregos Zé da Rosa e dos Melos

-Duração:19:30. -Inundação: iniciou na madrugada

1 metro 10 casas alagadas. Rompimento da tubulação de um rio canalizado.

Paulista Popular

Deslizamento sem informação

01/01/2010 Chuva mata 5 e desaloja 2500 no Vale

sem informação sem informação sem informação

4 casas atingidas por deslizamentos e 12 famílias desalojadas ao longo do Município

Pedreira Deslizamento sem informação

31/12/1999 Chuva atinge São José e provoca caos

sem informação sem informação sem informação

sem informação

Pica-Pau

Deslizamento sem informação

31/12/1999 Chuva atinge São José e provoca caos

sem informação sem informação sem informação

sem informação

Deslizamento sem informação

31/12/1999

ERA DAS ÁGUAS: Chuvas de 3 dias trazem o caos à região; Campos pede socorro a SP e outras...

sem informação sem informação sem informação

120 pessoas desabrigadas, 10 moradias destruídas, 160 feridos, 13 em estado grave em todo o município/ Sobe para 270 casas deslizadas somente nos bairros Britador e Santo Antonio, estima-se cerca de 400 casa no município, já são 1500 pessoas removidas

Deslizamento sem informação

10/01/2013 Campos registra 36 ocorrências

sem informação -Volume acumulado em 3 dias: 80 mm

sem informação

22 moradores de diversos bairros

Portal Inundação sem informação

09/02/2009 Campos tem 3 bairros alagados

Rios Capivari e Lajeado e córregos Zé da Rosa e dos Melos

-Duração:19:30 sem informação

Inundação de diversas casas e ruas próximas aos rios. Alagamentos em diversos pontos. Os bairros mais afetados foram: Vl. Albertina, Vl. Britânia e Vl. Loly. Não houve registro de escorregamentos.

Quadro 4.3 (continuação). “Banco de dados de ocorrências de desastres” – síntese para Campos do Jordão (Fonte: “Jornal Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”)

Page 90: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

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BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

Recanto Feliz

Deslizamento sem informação

02/12/2005 Chuva põe Campos em estado de atenção após deslizamento

sem informação -Volume acumulado em 1 dia: 50 mm

sem informação

Queda de 1 barranco e 3 árvores condenadas

Inundação/Alagamento

sem informação

04/02/2003

Temporal deixa 100 lojas alagadas e derruba três muros em Campos

sem informação

-Volume: 70mm. -Duração: 17:30 ás 19:00 (1,5 horas). -Tempo de inundação: 1 hora

sem informação

Alagamento parcial de pelo menos 100 estabelecimentos comerciais na região central. Congestionamento de uma hora e meia.

Inundação/Alagamento

sem informação

03/03/2004 Chuva forte causa prejuízos em ruas de Taubaté e Campos

sem informação -Duração: 18:30 às 20:30 (2 horas)

sem informação

22 pessoas desabrigadas em diversos bairros. A água invadiu dezenas de casas nos bairros Recanto Feliz, Jaguaribe e Abernéssia

Vendaval Avenida Pedro Paulo

06/11/2008

Alagamentos, falta de energia e destelhamentos castigam Taubaté

sem informação sem informação sem informação

6 quedas de árvores na Av. Pedro Paulo, destelhamento de uma casa no bairro Recanto Feliz, falta de energia em toda a região devido queda de pinheiros na fiação.

Vila Albertina

Deslizamento sem informação

07/02/1999 Chuva causa prejuízo de R$ 2 mi em Campos.

sem informação sem informação sem informação

60 famílias desalojadas ao longo do município, prejuízos avaliados em R$ 2 milhões; mais de 300 pessoas abandonaram suas casas em razão das enchentes e queda de barreiras, que é a maior dos últimos 30 anos. Em 7/02 foi decretado Estado de Calamidade Pública

Deslizamento sem informação

31/12/1999

ERA DAS ÁGUAS: Chuvas de 3 dias trazem o caos à região; Campos pede socorro a SP e outras...

sem informação sem informação sem informação

Inicialmente 120 pessoas desabrigadas, 10 moradias destruídas, 160 feridos, 13 em estado grave em todo o município, após deslizamentos em áreas de APP ocupadas irregularmente / Posteriormente os números sobem para 270 casas deslizadas somente nos bairros Britador e Santo Antonio, estima-se cerca de 400 casa no município, já são 1500 pessoas removidas

Deslizamento sem informação

16/12/2001 Chuvas causam transtornos no Vale

sem informação -Volume acumulado em 4 dias: 71.6mm

sem informação

1deslizamento em local desabitado, contudo a Defesa Civil colocou o bairro em Alerta

Quadro 4.3 (continuação). “Banco de dados de ocorrências de desastres” – síntese para Campos do Jordão (Fonte: “Jornal Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”)

Page 91: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

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Vila Albertina

Deslizamento sem informação

04/01/2007 Campos tira quarta família da Vila Santo Antônio

sem informação -Volume: 59,6 mm sem informação

1 muro cedeu. Remoção preventiva de 4 casas. Medida preventiva de remoção contra risco de deslizamento em 50 casas durante o período de chuvas nos bairros: Vila Santo Antônio, Vila Albertina, Vila Sodipe, Vila Monte Carlo e Vila Cachoeirinha, o acumulado chegou em 03/01 em 85mm. Matéria adicional fls: 9 ed.15.553 e fls. 3 ed15.556

Deslizamento sem informação

01/01/2010 Chuva mata 5 e desaloja 2500 no Vale

sem informação sem informação sem informação

4 casas atingidas por deslizamentos e 12 famílias desalojadas ao longo do Município

Deslizamento sem informação

10/01/2013 Chuva provoca problemas e 17 cidades do Vale do Paraíba

sem informação sem informação sem informação

sem informação

Inundação sem informação

09/02/2009 Campos tem 3 bairros alagados

Rios Capivari e Lajeado e córregos Zé da Rosa e dos Melos

-Duração: Início às 19:30

sem informação

sem informação

Inundação / Alagamento

sem informação

04/02/2003

Temporal deixa 100 lojas alagadas e derruba três muros em Campos

sem informação

-Volume: 70mm. -Duração: 17:30 ás 19:00 (1,5 horas). -Tempo de inundação: 1 hora

sem informação

Alagamento parcial de pelo menos 100 estabelecimentos comerciais na região central. Congestionamento de uma hora e meia.

Vendaval sem informação

04/01/2007 Defesa Civil teme deslizamentos no Vale

sem informação sem informação sem informação

Queda de 8 árvores e 2 muros

Vila Britânia

Deslizamento sem informação

31/12/1999

ERA DAS ÁGUAS: Chuvas de 3 dias trazem o caos à região; Campos pede socorro a SP e outras...

sem informação sem informação sem informação

Inicialmente 120 pessoas desabrigadas, 10 moradias destruídas, 160 feridos, 13 em estado grave em todo o município, após deslizamentos em áreas de APP ocupadas irregularmente / Posteriormente os números sobem para 270 casas deslizadas somente nos bairros Britador e Santo Antonio, estima-se cerca de 400 casa no município, já são 1500 pessoas removidas

Deslizamento sem informação

04/02/2003

Temporal deixa 100 lojas alagadas e derruba três muros em Campos

sem informação -Volume: 70mm. -Duração: 17:30 ás 19:00 (1,5 horas).

sem informação

Família deixou o local por orientação da Defesa Civil.

Quadro 4.3 (continuação). “Banco de dados de ocorrências de desastres” – síntese para Campos do Jordão (Fonte: “Jornal Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”)

Page 92: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

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risco

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2/0

9/2

013

Vila Britânia

Inundação sem informação

09/02/2009 Campos tem 3 bairros alagados

Rios Capivari e Lajeado e córregos Zé da Rosa e dos Melos

-Duração: Início às 19:30

sem informação

sem informação

Temporal Rua Escócia 03/03/2004 Chuva forte causa prejuízos em ruas de Taubaté e Campos

sem informação -Volume: 50,8 mm. -Duração: 18:30 às 20:30 (1,5 horas)

sem informação

22 pessoas desabrigadas em diversos bairros. A água invadiu dezenas de casas nos bairros Recanto Feliz, Jaguaribe e Abernéssia

Vila Capivari

Inundação sem informação

06/02/1999 Chuva forte inunda 50 lojas em área central de Campos do Jordão

Rio Capivari -Duração: 30 min 3m -elevação do nível do rio

Várias casas inundadas

Vila Loly Inundação sem informação

09/02/2009 Campos tem 3 bairros alagados

Rios Capivari e Lajeado;córregos Zé da Rosa e dos Melos

-Duração: Início às 19:30

sem informação

sem informação

Vila Nadir

Deslizamento sem informação

07/01/1999 Homem é soterrado no Vale

sem informação sem informação sem informação

1 óbito de um pedreiro soterrado, 15 famílias de quatro áreas de risco removidas

Deslizamento sem informação

04/01/2000

ERA DAS ÁGUAS: Chuva mata 2 e arrasa Campo, Covas assume socorro às cidades do Vale, faltam água e comida no Fundo do Vale e outras.

sem informação sem informação sem informação

Deslizamentos em áreas de APP ocupadas irregularmente e o transbordamento do Rio Capivari deixam a cidade em estado de Emergência. Computou-se inicialmente:12 soterrados, 2 óbitos, 1.800 desabrigados, corte do abastecimento, rompimento de cabos de energia em 10 mil residências,100 casas deslizaram em todo o município que ainda está computando os danos. Em 07/01/00 foram atualizados os números para: 428 deslizamentos de casas, 8 óbitos, 3.129 desabrigados e 6 desaparecidos

Deslizamento sem informação

10/01/2013 Campos registra 36 ocorrências

sem informação -Volume acumulado em 3 dias: 80 mm

sem informação

22 moradores de diversos bairros

Vila Nossa Senhora de Fátima

Deslizamento sem informação

23/01/2003 Chuvas derrubam barraco e afetam 8 bairros de Campos

sem informação sem informação sem informação

1 barraco destruído. Queda de 8 árvores

Vila Nova Suíça

Vendaval sem informação

04/01/2007 Defesa Civil teme deslizamentos no Vale

sem informação sem informação sem informação

Queda de 8 árvores e 2 muros

Quadro 4.3 (continuação). “Banco de dados de ocorrências de desastres” – síntese para Campos do Jordão (Fonte: “Jornal Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”)

Page 93: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

M

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me

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de

risco

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corre

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º 01/20

13, d

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2/0

9/2

013

Vila Paulista

Deslizamento sem informação

31/12/1999

ERA DAS ÁGUAS: Chuvas de 3 dias trazem o caos à região; Campos pede socorro a SP e outras...

sem informação sem informação sem informação

Inicialmente 120 pessoas desabrigadas, 10 moradias destruídas, 160 feridos, 13 em estado grave em todo o município, após deslizamentos em áreas de APP ocupadas irregularmente / Posteriormente os números sobem para 270 casas deslizadas somente nos bairros Britador e Santo Antonio, estima-se cerca de 400 casa no município, já são 1500 pessoas removidas

Vila Paulista Popular

Deslizamento sem informação

28/01/2005

Campos estuda ação para esvaziar casas/ Família deixa área ameaçada

sem informação -Volume acumulado em 3 dias: 80 mm

sem informação

1 família de 8 pessoas desabrigada. O terreno está cedendo e há rachaduras no piso. Somente 5 das 300 famílias recomendadas à deixarem o local em alto risco de deslizamento no Morro do Britador e Santo Antonio

Temporal sem informação

03/03/2004 Chuva forte causa prejuízos em ruas de Taubaté e Campos

sem informação -Volume: 50,8 mm. - Duração: 18:30 às 20:30 (2 horas)

sem informação

22 pessoas desabrigadas em diversos bairros. A água invadiu dezenas de casas nos bairros Recanto Feliz, Jaguaribe e Abernéssia

Vila Santa Cruz

Deslizamento sem informação

10/01/2013 Campos registra 36 ocorrências

sem informação -Volume acumulado em 3 dias: 80 mm

sem informação

22 moradores de diversos bairros

Vila Santo Antônio

Deslizamento sem informação

07/02/1999 Chuva causa prejuízo de R$ 2 mi em Campos.

sem informação sem informação sem informação

60 famílias desalojadas no município, prejuízos avaliados em R$ 2 milhões; mais de 300 pessoas abandonaram suas casas em razão das enchentes e queda de barreiras, que é a maior dos últimos 30 anos. Em 7/02 foi decretado Estado de Calamidade Pública

Deslizamento sem informação

31/12/1999

ERA DAS ÁGUAS: Chuvas de 3 dias trazem o caos à região; Campos pede socorro a SP e outras...

sem informação sem informação sem informação

Inicialmente 120 pessoas desabrigadas, 10 moradias destruídas, 160 feridos, 13 em estado grave em todo o município, após deslizamentos em áreas de APP ocupadas irregularmente / Posteriormente os números sobem para 270 casas deslizadas somente nos bairros Britador e Santo Antonio, estima-se cerca de 400 casa no município, já são 1500 pessoas removidas

Quadro 4.3 (continuação). “Banco de dados de ocorrências de desastres” – síntese para Campos do Jordão (Fonte: “Jornal Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”)

Page 94: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

M

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risco

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9/2

013

Vila Santo Antônio

Deslizamento sem informação

04/01/2000

ERA DAS ÁGUAS: Chuva mata 2 e arrasa Campo, Covas assume socorro às cidades do Vale, faltam água e comida no Fundo do Vale e outras.

sem informação -Duração: início às 15:00h

sem informação

20 casas deslizaram ao longo da encosta em áreas de APP ocupadas irregularmente e somando-se ao transbordamento do Rio Capivari colocaram a cidade em estado de Emergência. Computou-se inicialmente: 12 soterrados, 2 óbitos, 1.800 desabrigados, corte do abastecimento, rompimento de cabos de energia em 10 mil residências, 100 casas deslizaram em todo o município que ainda está computando os danos. Em 07/01/00 foi atualizado os números para: 428 deslizamentos de casas, 8 óbitos, 3.129 desabrigados e 6 desaparecidos

Deslizamento sem informação

10/02/2002 Chuva deixa 10 famílias desabrigadas

sem informação sem informação sem informação

10 famílias desabrigadas

Deslizamento sem informação

03/03/2004 Chuva forte causa prejuízos em ruas de Taubaté e Campos

sem informação -Volume: 50,8 mm. -Duração: 18:30 às 20:30 (2 horas)

sem informação

22 pessoas desabrigadas em diversos bairros. 1 desmoronamento de barranco em frente de uma casa.

Deslizamento sem informação

10/01/2013 Campos registra 36 ocorrências

sem informação -Volume acumulado em 3 dias: 80 mm

sem informação

22 moradores de diversos bairros

Subsidência (afundamento)

sem informação

27/01/2003 Família é retirada após barraco desabar

sem informação sem informação sem informação

1 família removida, as 6 pessoas ficaram desalojadas após desabamento de 1 barraco

Vila Sodipe

Deslizamento sem informação

07/02/1999 Chuva causa prejuízo de R$ 2 mi em Campos.

sem informação sem informação sem informação

60 famílias desalojadas ao longo do município, prejuízos avaliados em R$ 2 milhões; mais de 300 pessoas abandonaram suas casas em razão das enchentes e queda de barreiras, que é a maior dos últimos 30 anos. Em 7/02 foi decretado Estado de Calamidade Pública

Deslizamento sem informação

01/11/2007 Chuva inunda casas e provoca blecautes em cidades do Vale

sem informação sem informação sem informação

Queda de muro de arrimo.

Inundação sem informação

07/02/1999 Chuva causa prejuízo de R$ 2 mi em Campos.

Rio Capivari sem informação 6 m acima do nível normal do rio

60 famílias desalojadas no município, prejuízos de R$ 2 milhões; mais de 300 pessoas abandonaram suas casas em razão das enchentes e queda de barreiras, que é a maior dos últimos 30 anos. Em 7/02 foi decretado Estado de Calamidade Pública

Quadro 4.3 (continuação). “Banco de dados de ocorrências de desastres” – síntese para Campos do Jordão (Fonte: “Jornal Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”)

Page 95: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

BAIRRO TIPO DE EVENTO

ENDEREÇO DATA DO EVENTO

TÍTULO DA NOTÍCIA DRENAGEM

RELACIONADA PRECIPITAÇÃO

NIVEL DA ÁGUA

DANOS

M

apea

me

nto

de

risco

s as

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corre

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tos

, inu

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13, d

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9/2

013

Vila Sodipe Inundação / Alagamento

sem informação

04/02/2003

Temporal deixa 100 lojas alagadas e derruba três muros em Campos

sem informação

-Volume: 70mm. -Duração: 17:30 ás 19:00 (1,5 horas). -Tempo de inundação: 1 hora

sem informação

Alagamento parcial de pelo menos 100 estabelecimentos comerciais na região central. Congestionamento de uma hora e meia.

vários bairros

Deslizamento sem informação

15/02/2006 Temporal alaga 2.200 casas e desabriga 250 pessoas no Vale

sem informação -Duração: entre a noite do dia 15 a manhã do dia 16

sem informação

Deslizamentos de terra interditaram diversas ruas nos bairros do município.

Inundação sem informação

07/02/1999 Chuva causa prejuízo de R$ 2 mi em Campos.

Rio Capivari sem informação 6 m acima do nível normal do rio

60 famílias desalojadas ao longo do município, prejuízos avaliados em R$ 2 milhões; mais de 300 pessoas abandonaram suas casas em razão das enchentes e queda de barreiras, que é a maior dos últimos 30 anos. Em 7/02 foi decretado Estado de Calamidade Pública

Sem informação

Alagamento Avenida Capivari

08/01/2005 Chuva causa estragos na região

sem informação - Duração: início às 15:15; 30 min

sem informação

Congestionamento do transito. Temporal derrubou árvores, deixou 1 pessoa ilhada, danificou fiações elétricas e alagou avenidas em 4 cidades da região

Deslizamento sem informação

04/01/2000

ERA DAS ÁGUAS: Chuva mata 2 e arrasa Campo, Covas assume socorro às cidades do Vale, faltam água e comida no Fundo do Vale e outras.

sem informação - Duração: início às 2:00h

sem informação

Deslizamentos em áreas de APP ocupadas irregularmente e o transbordamento do Rio Capivari deixam a cidade em estado de Emergência. Computou-se inicialmente: 12 soterrados, 2 óbitos, 1.800 desabrigados, corte do abastecimento, rompimento de cabos de energia em 10 mil residências, 100 casas deslizaram em todo o município que ainda está computando os danos. Em 07/01/00 foi atualizado os números para: 428 deslizamentos de casas, 8 óbitos, 3.129 desabrigados e 6 desaparecidos

Deslizamento

Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro Km 42 (SP- 123)

22/01/2009 Rodovias tem queda de barreiras no Vale

sem informação - Duração: início às 19:30h

sem informação

Queda de barreira no acostamento

Quadro 4.2 (continuação). Ocorrências de desastres levantadas para o município de Campos do Jordão, conforme “Banco de dados de ocorrências de desastres”. Notícias levantadas no “Jornal Vale Paraibano” e no jornal “O Vale”.

Page 96: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

Volume II - 78

5. RESULTADOS

5.1. INTRODUÇÃO

Os resultados apresentados a seguir enfocam duas escalas de abordagem, importantes para dois tipos de tomadas de decisão, o planejamento territorial e a gestão de riscos.

Na escala regional, que envolve estudos na escala 1:50.000, elaborados em toda a área do município de Campos do Jordão, são analisados os perigos, a vulnerabilidade e os riscos relacionados a Escorregamento, Inundação e Erosão (Figura 6.1). Esta escala de abordagem permite que o município conheça a situação onde está inserido e eventuais implicações no contexto regional. Estes estudos têm um enfoque importante em termos de planejamento regional de uso e ocupação do solo e de ações da Regional de Defesa Civil (REDEC) e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC).

Na escala local, compatível com 1:3.000, são apresentados os resultados dos estudos em Campos do Jordão, enfocando o perigo de inundação e os riscos de escorregamento, inundação, erosão e solapamento de margens de drenagens. Esta escala de abordagem permite que o município gerencie o processo de uso e ocupação do solo, controlando a implantação de moradias e outros usos em áreas perigosas ou de risco, bem como proceda a intervenções para minimização dos riscos. Permite ainda que a Defesa Civil Municipal (COMDEC) conheça a localização, amplitude e gravidade das áreas de risco, informações importantes nas ações preventivas da Operação Verão e Plano Preventivo de Defesa Civil.

5.2. RESULTADOS - MAPEAMENTO DE RISCO NA ESCALA REGIONAL 1:50.000

A análise e mapeamento de risco na escala regional, elaborado na escala 1:50.000, quantificou por meio dos atributos e equações definidas anteriormente (Item 3.3), os perigos, a vulnerabilidade e os riscos aos processos de escorregamento, erosão e inundação. Os intervalos de classe foram obtidos pelo método Quebras Naturais, considerando a amostragem para municípios mapeados pelo Instituto Geológico, no Estado de São Paulo, localizados no Vale do Paraíba e Região de São José do Rio Preto - Aparecida, Caçapava, Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Potim, Redenção da Serra, Roseira, São José do Rio Preto, Taubaté e Tremembé (IG 2011a, 2011b, 2012a, 2012b, 2012c, 2012d, 2012e, 2012f, 2012g).

Os sete mapas produzidos compõem camadas de informação do SGI-RISC-IG, conforme exposto no item 3.4.7, permitindo sua visualização integrada à escala de análise local, escala a ser abordada posteriormente (item 5.3).

A análise regional aplica-se essencialmente ao planejamento territorial. Por englobar toda a área do município, permite uma integração entre os diversos instrumentos de planejamento, tais como habitação, transporte, saúde, educação e proteção civil. Os resultados podem ser aplicados para comparar a criticidade de diferentes elementos de análise de gestão do território municipal, tais como, distritos, bairros, sub-bacias e elementos lineares como estradas.

Page 97: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

Volume II - 79

5.2.1. Análise de Perigos

Como resultado, são apresentados os mapas de perigos de escorregamentos, erosão e inundação do município de Campos de Jordão em escala regional, contendo a distribuição das classes de perigo muito baixo a nulo, baixo, médio, alto e muito alto (Figuras 5.1, 5.2 e 5.3).

Estes mapas em escala regional aplicam-se principalmente ao planejamento e implantação da ocupação e uso futuro de uma área, como por exemplo, o direcionamento da expansão urbana, o adensamento de ocupações já existentes, a implantação de infraestruturas lineares, entre outras.

Por meio da Tabela 5.1 é possível verificar a porcentagem de área das diferentes classes de perigo para os processos de escorregamento, erosão e inundação, calculada com base na área total do município de Campos do Jordão, que soma 288,7 km2.

Tabela 5.1. Porcentagem de área das classes de perigo do município de Campos do Jordão (*).

CLASSE DE PERIGO PROCESSOS

Escorregamento (%) Erosão (%) Inundação (%)

P0 - Muito Baixo a Nulo 1,0 ---- 99,0

P1 - Baixo 0,2 0,2 0

P2 - Médio 8,1 59,6 0,1

P3 - Alto 75,8 35,2 0,7

P4 – Muito Alto 14,9 5,0 0,2

* (% calculada em relação à área total do município (288,7 km2))

Quanto ao processo de escorregamentos (Figura 5.1), predomina em Campos do Jordão a classe de perigo alta (P3), que abrange mais de 75% da área total do município, seguida da classe de perigo muito alta (P4), que representa 14,9% do total de área. Juntas, estas duas classes representam 90,7% do total de área. Este resultado está em conformidade com as características geomorfológicas do município, o qual situa-se em uma das regiões de relevo mais acidentado e montanhoso do Estado.

Quanto ao perigo à erosão (Figura 5.2), constata-se que mais da metade do município (59,6% do território) apresenta perigo médio à erosão (P2), seguida de uma expressiva ocorrência em área (35,2%) da classe de perigo alta (P3).

As áreas com perigo de ocorrência de inundação (Figura 5.3) na escala regional correspondem a 1% do território municipal. Destas áreas, observa-se a predominância da classe de perigo alta (P3), que constitui 0,7% do território municipal. Tal fato está relacionado ao incipiente desenvolvimento de planícies fluviais no ambiente montanhoso da região. Estas áreas de alto perigo de inundação ocorrem ao longo de toda a planície do rio Capivari que atravessa a área urbana principal de Campos do Jordão. Outra significativa ocorrência de áreas de alto e muito alto perigo de inundação pode ser observada na bacia do rio Sapucaí-mirim, na porção sul, em área limítrofe ao município de Santo Antônio do Pinhal.

Page 98: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

Volume II - 80

5.2.2. Análise da Vulnerabilidade

A Figura 5.4 apresenta a distribuição das classes de vulnerabilidade mapeadas no município de Campos de Jordão em escala regional. A vulnerabilidade foi calculada apenas para as unidades territoriais do tipo residencial/comercial/serviços, que representam 11,1% da área total do município, ou seja, 31,9 km2.

O mapa de vulnerabilidade em escala regional aplica-se principalmente ao planejamento e implantação de políticas públicas sociais, como por exemplo, o planejamento de programas de geração de emprego e renda, melhoria da infraestrutura sanitária, programas de saúde, priorização de estudos de detalhe local, entre outros.

Pela análise da Tabela 5.2 é possível verificar a porcentagem de área ocupada por cada uma das classes de vulnerabilidade mapeadas em Campos do Jordão.

Tabela 5.2. Porcentagem de área das classes de vulnerabilidade do município de Campos do Jordão (*).

CLASSES DE VULNERABILIDADE % de Área Ocupada

V1 - Baixa 0,3

V2 – Média 29,4

V3 – Alta 52,4

V4 – Muito Alta 17,9

* (% calculada em relação ao total de área das áreas urbanas do tipo residencial/comercial/serviços (31,9 km2))

As áreas menos vulneráveis (Figura 5.4) e, portanto, menos críticas do ponto de vista socioeconômico e de infraestrutura, classificadas como de baixa (V1) e média (V2) vulnerabilidade, envolvem cerca de 30% das áreas de uso residencial/comercial/serviços. Estas áreas distribuem-se principalmente na região central da cidade.

Por sua vez, as áreas classificadas como de alta vulnerabilidade (V3) correspondem a cerca de 52% da área urbana do tipo residencial/comercial/serviços e ocorrem em expressivas manchas que circundam as áreas de média vulnerabilidade (V2), em direção aos morros que contornam a região central da mancha urbana.

Já a classe de muito alta vulnerabilidade (V4) ocorre em áreas de ocupações mais isoladas, localizadas nas porções periféricas do município, representando cerca de 18% das áreas urbanas do tipo residencial/comercial/serviço do município de Campos do Jordão.

Page 99: MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS DE ESCORREGAMENTOS, … · ANEXO 1. Mapa de distribuição das áreas de risco de Campos do Jordão ANEXO 2. Quadro síntese com a caracterização

Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do município de Campos do Jordão, SP

Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 01/2013, de 02/09/2013

Volume II - 81

5.2.3. Análise do Risco

As Figuras 5.5, 5.6 e 5.7 apresentam, respectivamente, os mapas de risco de escorregamento, de erosão e de inundação do município de Campos de Jordão em escala regional. O risco foi calculado apenas para as unidades territoriais do tipo residencial/comercial/serviços que representam 11,1% da área total do município, ou seja 31,9 km2. Por meio da Tabela 5.3 é possível verificar a porcentagem de área das diferentes classes de risco para os processos de escorregamento, erosão e inundação.

Tabela 5.3. Porcentagem de área das classes de risco do município de Campos do Jordão (*).

CLASSES DE RISCO PROCESSOS

Escorregamento Erosão Inundação

R0 – Nulo a Muito Baixo 3,9 - 96,1

R1 – Baixo 81,2 87,8 3,2

R2 – Médio 10,8 9,2 0,7

R3 – Alto 3,0 1,9 0,0

R4 – Muito Alto 1,2 1,1 0,0

* (% calculada em relação ao total de área das áreas urbanas do tipo residencial/comercial/serviços (31,9 km2))

Os mapas de risco em escala regional aplicam-se principalmente ao planejamento e implantação de políticas públicas de convivência e redução do risco, quer seja o planejamento de obras, redução da vulnerabilidade, implantação de planos de contingência ou priorização de áreas para estudos de detalhe local. Estes mapas refletem as variações nos cenários de perigo, vulnerabilidade e dano (expresso pela densidade populacional e sua exposição frente aos perigos).

Para o processo de escorregamento (Figura 5.5), as classes de risco muito alta (R4) e alta (R3) ocorrem, respectivamente, em 3,0% e 1,2% das áreas urbanas do tipo residencial/comercial/serviços. Assim, as áreas de risco R4 concentram-se nos bairros Vila Santo Antônio e Britador e algumas manchas localizadas no bairro Vila Albertina. As áreas de risco R3 distribuem-se igualmente nestes mesmos bairros e nos bairros Brancas Nuvens, Jardim Monte Carlo e Vila Paulista, além de algumas pequenas manchas dispersas localizadas na porção leste da área urbana, junto à estrada para o Pico de Itapeva e no Bairro Santa Cruz. Verifica-se em nível regional um predomínio de áreas com risco baixo (R1) de escorregamento, as quais constituem 81% das áreas urbanas do tipo residencial/comercial/serviços. Em seguida estão as áreas de risco médio (R2), que representam quase 11% das áreas.

A mesma situação ocorre para o risco de erosão (Figura 5.6), onde também predominam as áreas de risco do tipo R1 (88% das áreas urbanas do tipo residencial/comercial/serviços), e de risco R2 (9% das áreas). As áreas de maior risco de erosão (R3 e R4) encontram-se nos bairros Vila Santo Antônio, Britador, Vila Albertina, Vila Paulista e Jardim Monte Carlo.

Quanto ao risco de inundação (Figura 5.7), verifica-se que estas áreas ocorrem em apenas 3,9% das áreas urbanas dos tipos residencial/comercial/serviços, distribuídas nas classes de risco baixa (R1) e média (R2), localizadas nas planícies do rio Capivari e principais afluentes.

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5.2.4. Mapas da análise regional

Seguem as Figuras 5.1 a 5.7 com os resultados da análise em escala regional.

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Volume II - 83 Figura 5.1. Mapa de perigo de escorregamento em escala de análise regional do município de Campos do Jordão.

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Figura 5.2. Mapa de perigo de erosão em escala de análise regional do município de Campos do Jordão.

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Figura 5.3. Mapa de perigo de inundação em escala de análise regional do município de Campos do Jordão.

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Volume II - 86 Figura 5.4. Mapa de vulnerabilidade em escala de análise regional do município de Campos de Jordão.

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Volume II - 87 Figura 5.5. Mapa de risco de escorregamentos em escala de análise regional do município de Campos de Jordão

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Figura 5.6. Mapa de risco de erosão em escala de análise regional do município de Campos de Jordão

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Volume II - 89 Figura 5.7. Mapa de risco de inundação em escala de análise regional do município de Campos de Jordão

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