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Revista apresentada no Intercom Regional de Recife 2012 e concorrente ao prêmio Expocom do mesmo congresso.
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nós A Revista Mar Sem Ó - edição fotográfica foi idealizada e produzida por Amanda Régia, David Lucena, Eduardo Leite e Isadora Machado, estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas, sob a supervisão da Professora Andréa Moreira.
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O céu. O sal. O sol. E todos os pormenores de uma cidade explorados por meio de olhares um tanto saudosistas em busca do fim da mistifi-cação do “Paraíso das Águas”. A capital alagoana tem seus belos cursos d’água. Inegá-vel. Mas vai além. Uma cidade multifacetada. Impossível re-tratá-la por completo em algu-mas páginas. Mas faz-se o pos-sível para traduzir ao leitor um pouco do muito que é Maceió. Nas páginas seguintes, a Cidade Sorriso se desmis-tifica. Eu vi, eu vi, eu vi, eu vi tanta coisa boa, mas tam-bém inúmeros infortúnios que fazem da vida do maceioense um mar de contradições. De um lado, o vento que sopra do mar atingindo a face dos que se deleitam ao observar a imen-sidão azul piscina. Do outro, o mar de caos que só uma das cidades com o maior número de mortes violentas em todo o planeta pode proporcionar a quem nela vive. O trânsito, a desigual-dade social, as construções históricas e o movimento cul-tural popular são alguns dos temas abordados nesta revista. Temas intrínsecos à vida numa cidade de tantos contrastes. A desconstrução da beleza aquífera da cidade. Um verda-deiro Mar Sem Ó, Maceió.
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“subi a ladeira do farolfiquei no mirante a olharos raios dourados do Solno azul imenso do marolhei a cidade sorrisoe vi Maceió tão feliz
mostrando tanta riquezaao povo deste país...”
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“...eu vi, eu vi, eu vi, eu vivi tanta coisa boa
num mundão de lagoa,um barco a deslizar...”
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“...eu vi, eu vi, eu vi, eu viJatiuca, Pajuçara
Ponta Verde, joia raraAvenida, Jaraguá
eu vi, eu vi, eu vi, eu videpois de ver coisas tantas
eu vi, afinal de contasque terra mais linda não há!”
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O obturador da câmera utilizada para fazer esta fotoficou aberto durante 30 segundos. Este foi o movi-mento dos veículos na avenida captado pelo equipamento durante o período.
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Esguia moçaDe vértice impenetrávelImpedida de respirarSem a liberdade das madonas nuasCheia de todo, sem brechas livresVive eterna, sem tempo soltoSempre atravancada, sem sorrirIndiferente às minhas queixasNão me deixa alternativasPrende-me em seus braços frios Sem teus longos quadris de pedra e de asfaltoNão chegarei a viver em solidãoEstarei, sempreEm teus barulhentos sopros de ansiedadeMinha torturante…Fernandes Lima
Osvaldo Epifânio
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Na década de 1960, o Edifício Breda era a grande atração da juventude, que se reunia para observar as
orlas marítima e lagunar do terraço do prédio.
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Hoje, o Edifício se encontra em estado de total abandono, abrigando apenas alguns escritórios de advogados e contadores populares, uma sex
shop e uma joalheria.
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Muitas são as histórias que envolvem o Breda. A mais chocante de todas é a fama que a construção tem de reunir suicidas. Muitas pessoas se jogaram do terraço do prédio e, provavelmente por isso, todas as janelas e portões têm grades e cadeados.
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Iemanjá, uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que
sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e
oferendas dos devotos.