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DOS PÉS À CABEÇA DOS PÉS À CABEÇA Sandálias Havaianas são eleitas A Cara do Rio em pesquisa que, pelo segundo ano, apresenta os produtos e empresas mais lembrados por quem vive na cidade Sandálias Havaianas são eleitas A Cara do Rio em pesquisa que, pelo segundo ano, apresenta os produtos e empresas mais lembrados por quem vive na cidade Natura é vencedora em Respeito ao Meio Ambiente e outras quatro categorias Natura é vencedora em Respeito ao Meio Ambiente e outras quatro categorias Bom momento econômico leva mais companhias a associar sua imagem ao Rio Bom momento econômico leva mais companhias a associar sua imagem ao Rio MARCAS CARIOCAS RIO DE JANEIRO, 29 DE OUTUBRO DE 2011 O GLOBO DOS

Marcas Cariocas

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Caderno Especial de O Globo sobre Marcas mais admiradas pela população do Rio de Janeiro em 2011

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Page 1: Marcas Cariocas

DOS PÉSÀ CABEÇADOS PÉSÀ CABEÇASandálias Havaianas são eleitasA Cara do Rio em pesquisa que,pelo segundo ano, apresentaos produtos e empresas maislembrados por quem vive na cidade

Sandálias Havaianas são eleitasA Cara do Rio em pesquisa que,pelo segundo ano, apresentaos produtos e empresas maislembrados por quem vive na cidade

Natura é vencedora emRespeito ao Meio Ambientee outras quatro categorias

Natura é vencedora emRespeito ao Meio Ambientee outras quatro categorias

Bom momento econômicoleva mais companhias aassociar sua imagem ao Rio

Bom momento econômicoleva mais companhias aassociar sua imagem ao Rio

MARCASCARIOCAS

RIO DE JANEIRO, 29 DE OUTUBRO DE 2011

OGLOBO

DOS

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Descontraído, gente boa, alegre, o carioca gosta desamba, carnaval, uma gelada e tempo bom... Tudo is-so é verdade, mas quem vive na cidade do Rio tam-bém é um consumidor exigente, sofisticado, que quer

qualidade, preço justo e respeito. É o que fica claro na segundaedição da pesquisa “Marcas dos Cariocas”, um levantamento doGrupo Troiano de Branding feito especialmente para O GLOBO.A amostra realizada com um público 53% maior do que no anopassado também revela que muitas das marcas preferidas sãojustamente aquelas que investem em ações especiais e grandeseventos, como o Rock in Rio. Com a Copa do Mundo e as Olím-piadas a caminho, os próximos anos prometem ainda mais. Ocarioca vai ficar ainda mais alto astral.

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Como foi feita a pesquisa

Rio como garoto-propaganda

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Artigo de Flávia Oliveira

Artigo de Mauro Osório

Entrevista com João César Lima As marcas vencedoras

ÍNDICE

EXPEDIENTE EDITORA: Valquiria Daher • EDITOR ASSISTENTE: Alessandro Soler • REPÓRTERES: Glauce Cavalcanti, Karine Tavares e Wagner GomesPROJETO GRÁFICO: Télio Navega • TRATAMENTO DE IMAGENS: Luiz Carlos Silveira e Paulo Macedo • FOTO DA CAPA: Bianca Pimenta

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SEMPRE LIVRE

INTIMUS

ALWAYS

OB

CAREFREE

FABRICANTEDE AUTOMÓVEIS

ABSORVENTE ADOÇANTE ALIMENTOCONGELADO

ARTIGOESPORTIVO

AUTOMÓVELCOMPACTO

COMPUTADOR CERVEJA CLÍNICAE HOSPITAL COSMÉTICO DESODORANTE

CARTÃODE CRÉDITO

COMPANHIAAÉREA

BANCO

ZERO-CAL

FINN

LINEA

STÉVIA

ADOCYL

SADIA

PERDIGÃO

FORNO DE MINAS

SEARA

RICA

NIKE

ADIDAS

OLYMPIKUS

REEBOK

RAINHA

GOL

PALIO

UNO

FOX

CORSA

VOLKSWAGEN

FIAT

HONDA

CHEVROLET

FORD

ITAÚ UNIBANCO

BANCO DO BRASIL

BRADESCO

CAIXA

SANTANDER

VISA

MASTERCARD

ITAUCARD

AMERICAN EXPRESS

CREDICARD

GOL

TAM

AMERICAN AIRLINES

AIR FRANCE

VARIG

DELL

HP

SONY

APPLE

SAMSUNG

SKOL

ANTARCTICA

BOHEMIA

BRAHMA

ITAIPAVA

GRUPO D’OR

SÃO JOSÉ

HOSPITAL DAS CLÍNICAS

PASTEUR

HOSPITAL SÃO LUCAS

NATURA

O BOTICÁRIO

AVON

DOVE

L’ORÉAL

NATURA

REXONA

DOVE

O BOTICÁRIO

NÍVEA

MAIOR E MAISABRANGENTE

identidade e evolução. Nestas páginas,apresentamos quadros com vencedo-res segundo suas categorias. A coloca-ção reflete a pontuação obtida por ca-da marca, ponderada pela importânciaatribuída pelos próprios entrevistadosàs cinco dimensões da metodologia.

— Nessa fase 2 é que se pode cons-truir um ranking por categoria e umranking em cada uma das cinco dimen-sões avaliadas. O consumidor nuncacompara lé com cré, ou Sadia comVolkswagen, por exemplo. Colocam-sena balança marcas do mesmo ramo denegócios, de modo que se possa ter apercepção exata do que as pessoaspensam — analisa Ricardo Klein.

Na próxima página, além dos quadroscom os rankings de mais categorias, vo-cê conhecerá as marcas campeãs se-gundo as cinco aspectos pesquisados.Uma coisa é certa: todas são tradicio-nais e têm estratégias bem definidas pa-ra vender — e se vender — aos consu-midores cariocas. Continua na página 8

grife de sandálias tão descontraídascomo os cariocas.

O número de entrevistados tambémcresceu, passando de 4.407 para 6.742pessoas — um aumento de 53%. Se aabrangência ganhou nova envergadura,a metodologia se manteve, o que permi-te comparar a evolução das empresas edas suas estratégias de comunicaçãocom os consumidores. Uma tarefa cujosresultados de modo algum interessamapenas aos empresários.

— Quando os gestores das marcasse deparam com esses resultados, na-turalmente procuram fazer ajustes,corrigir rotas, eventualmente trabalharcom variáveis diferentes. Tudo paraentender melhor o que esperam osconsumidores, que acabam beneficia-dos por esse aprimoramento — explicaRicardo Klein, diretor da Troiano.

Concluída em agosto, a pesquisa foidesenvolvida em duas etapas ao longode dois meses. Procurou avaliar a con-sistência das marcas, as ações para aten-

Não é só a propagan-da. Saber o que es-peram e apreciamos potenciais consu-midores também es-tá na alma de qual-quer negócio. Por is-so não é difícil en-

tender a importância de pesquisascomo a Marcas dos Cariocas, um le-vantamento encomendado pelo GLO-BO ao Grupo Troiano de Brandingque, pelo segundo ano, destaca osprodutos e empresas preferidos porquem mora no Rio. São categorias di-versificadas como alimentos conge-lados, universidades, hospitais emarcas de televisores, entre outras.

Depois da bem-sucedida estreia noano passado, a pesquisa foi ampliada,passando de 29 para 41 categorias.Uma delas é a A Cara do Rio, o prêmioprincipal para a marca com a qual oscariocas mais se identificam. Este ano,a grande vencedora é a Havaianas —

A CARADO RIO

HAVAIANAS

KIBON

COCA-COLA

ADIDAS

MATTE LEÃO

SUPERMERCADO

PÃO DE AÇÚCAR

ANTARCTICA

BISCOITO GLOBO

SKOL

BRAHMA

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7marcascariocas

ELETRODOMÉSTICO ESCOLADE IDIOMAS

ESTILO DEVIDA SAUDÁVEL FARMÁCIA FABRICANTE DE CELULARES

POSTO DE COMBUSTÍVEL PLANO DE SAÚDE PASTA DE DENTE OPERADORA DE CELULAR MODA PRAIA

LIMPEZA PARA ROUPA

MARGARINA

RESPEITO AOMEIO AMBIENTE

FAST FOOD

LOJA DE MÓVEISE DECORAÇÃO

BRASTEMP

SONY

SAMSUNG

ELECTROLUX

LG

Em seu segundo ano, a pesquisa

Marcas dos Cariocas ganha novas

categorias e aumenta em 53%

o número de entrevistados, sem mudar

a metodologia. Tudo para entender

a evolução das empresas e ajudá-las

a oferecer serviços de melhor qualidade

MAIOR E MAISABRANGENTE

identidade e evolução. Nestas páginas,apresentamos quadros com vencedo-res segundo suas categorias. A coloca-ção reflete a pontuação obtida por ca-da marca, ponderada pela importânciaatribuída pelos próprios entrevistadosàs cinco dimensões da metodologia.

— Nessa fase 2 é que se pode cons-truir um ranking por categoria e umranking em cada uma das cinco dimen-sões avaliadas. O consumidor nuncacompara lé com cré, ou Sadia comVolkswagen, por exemplo. Colocam-sena balança marcas do mesmo ramo denegócios, de modo que se possa ter apercepção exata do que as pessoaspensam — analisa Ricardo Klein.

Na próxima página, além dos quadroscom os rankings de mais categorias, vo-cê conhecerá as marcas campeãs se-gundo as cinco aspectos pesquisados.Uma coisa é certa: todas são tradicio-nais e têm estratégias bem definidas pa-ra vender — e se vender — aos consu-midores cariocas. Continua na página 8

der aos seus consumidores, estratégiasde comunicação e como são percebidas.Na primeira fase, depois de definidas as41 categorias, 3.173 pessoas foram sele-cionados em bancos de dados de empre-sas de comércio eletrônico. São morado-res da cidade, distribuídos segundo a di-visão social e espacial apurada pelo Cen-so do IBGE. Eles foram convidados a no-mear, espontaneamente, as marcas queprimeiro vinham à cabeça.

— Usamos os dados oficiais do IBGEjustamente para garantir uma abran-gência maior. Não queremos saber oque pensa só quem mora no Leblon ouem Copacabana. Queremos entender oque agrada aos cariocas como um todo— pondera Klein.

As dez mais votadas de cada catego-ria avançaram para a segunda fase, amais importante, quando outros 3.569consumidores responderam a um novoquestionário online. Nessa etapa, cadamarca foi avaliada segundo cinco di-mensões: qualidade, preço, respeito,

CULTURA INGLESA

CCAA

IBEU

BRASAS

WISE UP

NESTLÉ

NATURA

SADIA

MUNDO VERDE

ADES

PACHECO

ULTRA FARMA

DROGASMIL

VENÂNCIO

DESCONTÃO

NOKIA

MOTOROLA

SAMSUNG

LG

SONY ERICSSON

SPOLETO

MCDONALD’S

PARMÊ

HABIB’S

SUBWAY

OMO

COMFORT

VANISH

ARIEL

YPÊ

TOK & STOK

RIO DECOR

LOJAS AMERICANAS

RICARDO ELETRO

CASAS BAHIA

NATURA

NESTLÉ

O BOTICÁRIO

PETROBRAS

AVON

QUALY

BECEL

CLAYBOM

SADIA

DORIANA

BR

IPIRANGA

SHELL

ESSO

TEXACO

UNIMED

BRADESCO SAÚDE

AMIL

SULAMÉRICA

GOLDEN CROSS

COLGATE

ORAL B

SENSODYNE

CLOSE UP

SORRISO

VIVO

TIM

NEXTEL

OI

CLARO

HAVAIANAS

C&A

SOL DA BARRA

SALINAS

ROSA CHÁ

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A DIMENSÃODO SUCESSOC

ada uma das cinco di-mensões (qualidade,preço, respeito, iden-t idade e evolução)p e s q u i s a d a s p e l oGrupo Troiano paradefinir as Marcas dosCariocas teve seus

próprios campeões. E chama a aten-ção a presença da Sadia, controladapela Brasil Foods, no topo de quatrodesses rankings. No quesito qualida-de, a maior exportadora mundial decarnes teve 62% dos pontos entresuas concorrentes diretas, superan-do a Coca-Cola e o sabão em pó Omo(ambos com 59%).

No quesito respeito, a Sadia ficoucom 58%, contra 57% da Kibon e 53%do Omo. Já nos quesitos identidade eevolução, a empresa obteve 59% e 60%,desbancando, respectivamente, Visa(54%) e Zero-Cal (50%) e Kibon (59%) eOmo (57%).

Já deu para notar que a marca de

sorvetes mais lembrada pelos cariocas— nascida no Rio, em 1941 — foi outraa aparecer bem na pesquisa, certo?Pois na dimensão preço ela foi campeã,com 54% das menções entre seus con-correntes diretos, contra 53% da Sadiae 51% do adoçante Zero-Cal.

— É apenas o segundo ano, mas já dápara fazer comparações. Um ponto ba-cana é que você começa a ter a repe-tição de marcas na liderança, assim co-mo acontece em outros estudos. Issomostra a consistência, prova que estãofazendo bem feito — pondera RicardoKlein, do Grupo Troiano. — Não julga-mos a qualidade do que é produzidonem a comunicação. Mas certamente oproduto e a roupagem dessas marcasvêm agradando aos consumidores,elas não estão no topo por acaso. Vocêtem geralmente marcas fortes, consa-gradas, dentro de cada categoria. Nãohá espaço para aventureiros. São mar-cas que contaram uma história. Os nú-meros devolvem isso claramente.

REFRIGERANTE PROTETOR SOLAR HIGIENE INFANTIL

SUCO SUPERMERCADO TELEVISOR UNIVERSIDADEE FACULDADE

COMPANHIADE SEGUROS

SHOPPING CENTER

SORVETE

SHAMPOO

NATURA

PAMPERS

GRANADO

HIPOGLÓS

TURMA DA MÔNICA

SUNDOWN

NATURA

O BOTICÁRIO

NÍVEA

L’ORÉAL

COCA-COLA

GUARANÁ ANTARCTICA

PEPSI

FANTA

MINEIRINHO

SULAMÉRICA

BRADESCO SEGUROS

PORTO SEGURO

ITAÚ

BANCO DO BRASIL

NATURA

SEDA

DOVE

L’ORÉAL

ELSÈVE

OS VENCEDORESDO ANO PASSADO

A CARA DA PRAIA:Havaianas

A CARA DO FIM DESEMANA:Kibon

A CARA DO RIO:KibonALIMENTO:Nestlé

ARTIGO ESPORTIVO:NikeAUTOMÓVEL:Volkswagen

BANCO: ItaúUnibancoBEBIDA NÃO ALCOÓLICA:

Coca-ColaCARTÃO DE CRÉDITO:Visa

CERVEJA:SkolCLÍNICA E HOSPITAL:

GrupoD’OrCOMPANHIA AÉREA:TAM

COSMÉTICO:NaturaELETRODOMÉSTICO:

BrastempELETROELETRÔNICO:

SonyESCOLA DE IDIOMAS:Cultura Inglesa

FARMÁCIA E DROGARIA:Pacheco

FAST FOOD:McDonald’sHIGIENE PESSOAL:

Johnson&JohnsonLIMPEZA DA CASA:Omo

LOJA DE MÓVEIS:Tok&StokMODA:Nike

OPERADORA DE CELULAR:Vivo

PLANO DE SAÚDE:Unimed-Rio

POSTO DE COMBUSTÍVEL:BR

SHOPPING CENTER:BarraShopping

SUPER E HIPERMERCADO:Guanabara

TECNOLOGIA:SonyUNIVERSIDADE:PUC-Rio

BARRASHOPPING

NORTESHOPPING

RIO SUL

NOVA AMÉRICA

PLAZA SHOPPING

KIBON

NESTLÉ

HÄAGEN-DAZS

ITÁLIA

GAROTO

DEL VALLE

ADES

MAGUARY

TANG

JANDAIA

GUANABARA

CARREFOUR

PREZUNIC

EXTRA

WALMART

SONY

SAMSUNG

LG

PHILIPS

SEMP TOSHIBA

UFRJ

PUC-RIO

UERJ

ESTÁCIO DE SÁ

UFF

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ARTIGOFláviaOliveira,colunistadoGLOBO

De cada trêstorcedoresestrangeiros da Copa,dois passarão peloRio. De cada dezbrasileiros, virão três

VITRINE INTERNACIONALF oi em cima do laço, no ritmo ofegante do

“Essa é minha vida, esse é meu clube”,bordão de campanha publicitária que re-sume a vida deste início do século XXI,

que um novo tema tomou de assalto esse artigo.A intenção, na origem, era escrever sobre o re-torno ao Rio de cariocas de nascimento ou afi-nidade, que buscaram abrigo em São Paulo ouqualquer-outra-cidade-desse-mundo-de-meu-Deus-que-oferecesse-um-guarda-chuva, durantea tempestade dos anos 1980 e 90.

Bem à moda planeta globalizado, uma ceri-mônia em Zurique (Suíça) mudou o rumo daprosa. Via satélite, o Brasil soube que Rio de Ja-neiro, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza — tal-vez, Recife e Salvador — vão abrigar, em 2013, aCopa das Confederações, espécie de ensaio ge-ral para o Mundial de futebol, no ano seguinte.Na sequência, veio a notícia de que a Cidade Ma-ravilhosa terá uma solitária (e derradeira) chan-ce de assistir à seleção canarinho no Maracanã:a final da Copa 2014.

Foi informação suficiente para ressuscitar otal silêncio ensurdecedor entreouvido por essasbandas lá pelos idos de 1950, numa derrota épi-ca batizada de Maracanazzo. Pelas ruas, nos jor-nais, na TV, sobraram queixas de cariocas in-conformados com a possibilidade de não rece-berem o time do Brasil no estádio-símbolo dopaís. Sem raspar no nível agudo de desconfian-ça quanto ao desempenho da seleção hoje a car-go de Mano Menezes — isso é problema, sim, daCBF — trato aqui das oportunidades que seabrem para o Rio, suas empresas e suas marcasfavoritas, com a decisão da Fifa de dar à cidadesete jogos da Copa, incluindo a grande final.

A ABIH Nacional, entidade que representa aindústria hoteleira do país, se apressou em de-clarar que a concentração de jogos de times es-trangeiros no Rio vai representar oportunidadeinédita de divulgação planetária da cidade.Mundo afora, televisores estarão ligados paraacompanhar partidas das mais variadas sele-ções e, nos intervalos, sucessões de imagens decartões postais cariocas e gente feliz em alegriaexplícita. São assim as transmissões da Copa doMundo, basta acessar as gavetas da memória.

A presença maciça de estrangeiros dará aoRio a oportunidade de conquistar o coração dosque vêm de além-mar e além-fronteiras. A pontode a Embratur, responsável pela política nacio-nal de turismo, profetizar que a cidade, atual-mente número um em turismo de lazer, tomaráde São Paulo também a liderança nacional comodestino de visitantes internacionais. Estimati-vas oficiais cravam em 600 mil o total de estran-geiros que virão ao Brasil para a Copa 2014. Ou-

tros três milhões de conterrâneos vão circularpelas 12 sedes nos 32 dias da maior competiçãoesportiva do mundo.

A Riotur, empresa municipal de turismo,aposta que, de cada três torcedores estrangei-ros da Copa, dois passarão pelo Rio. De cadadez brasileiros, virão três. A conta encosta em1,3 milhão de pessoas de fora visitando a ci-dade durante o Mundial. E o Rio, vale lembrar,ainda vai abrigar o centro de mídia, ponto deancoragem da Babel jornalística encarregadada cobertura.

Em vez de lamentar a possível ausência da se-leção de Neymar, Ganso, Pato e outros bichos, éaltamente recomendável que os cariocas façamum bom suco dessa fruta. Nada a ver com limo-nada suíça. Copa do Mundo é oportunidade pa-ra exibir marcas, oferecer produtos, prestar ser-viço de qualidade, conquistar reconhecimentoe, se tudo isso der certo, colher os frutos do flu-xo permanente de visitantes que aparecerão nacidade na esteira da experiência positiva doscompatriotas.

Faço minhas as palavras de um amigo queri-do: “Quero suíços (e seus francos), espanhóis,franceses, italianos (e seus euros), ingleses (esuas libras), americanos (e seus dólares). Se ro-larem japoneses (com ienes) e chineses (comiuans), tanto melhor”. Caríssimo oráculo, per-mita-me completar: braços abertos aos argenti-nos, uruguaios, chilenos, colombianos e mexi-canos (e seus pesos). Não necessariamente nes-sa ordem.

É hora de pegar pesado nos investimentos,públicos e privados; pôr de pés os hotéis; ca-prichar nas aulas de inglês e espanhol e o quemais der tempo de estudar; dar um trato no sor-riso. Estouramos o prazo de limpar a Baía deGuanabara; despoluir as praias e a Lagoa Rodri-go de Freitas; limar desigualdades; educar crian-ças e jovens; banir a violência; civilizar o trân-sito. É para ontem fazer o Aeroporto Internacio-nal do Galeão honrar o nome de Tom Jobim.

O Mundial de 2014 fará do Rio uma megavi-trine para os olhos do mundo. Cabe aos cario-cas, suas empresas, suas marcas, deixá-los ma-ravilhados. Daquela quinta-feira em Zurique,veio até a oportunidade de um test drive. O Rioestá confirmado para a Copa das Confederações2013, chance negada a outras seis a oito cidadessedes do torneio de 2014. Ficou de fora até a SãoPaulo da festejada partida de abertura com o es-crete nacional.

O Rio tem 20 meses até o ensaio geral de 2013.Depois disso, mais um ano para aparar arestas efazer a Copa 2014 dar certo. A Copa do Mundo jáé nossa. É sim. Dúvida é a seleção de futebol.

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REPORTAGEM

DE OLHO NAPROSPERIDADEECONÔMICAMarcelo Haddad, diretor executivo da Rio Negócios, diz que investidores querem

cada vez mais associar sua marca a uma cidade bem-sucedida como o Rio

quistar o consumir carioca e garantir aidentidade de suas marcas com a cidade.Isso envolve desde patrocínios a eventosgrandiosos como Rock in Rio, Copa doMundo e Jogos Olímpicos a ações sim-ples no dia a dia.

O Pão de Açúcar, por exemplo, apesarde ser um grupo paulista com participa-ção estrangeira, implantou datas espe-ciais no calendário de suas lojas cariocasem respeito aos hábitos locais. Assim,quinta é “Dia da Feijoada”, antecipandoas ofertas para o preparo do prato no fi-nal da semana. Além disso, a empresa,

Paisagens incríveis, hospita-lidade e descontração. Ascaracterísticas mais propa-gadas do Rio nas últimasdécadas continuam domi-nando. Mas a cidade viveagora também uma nova fa-se, com indicadores econô-

micos positivos e atraentes aos olhos deinvestidores nacionais e estrangeiros. Ataxa de desemprego está na casa dos4,8% — abaixo da média nacional —, aagência de análise de risco Moody’s lheconferiu grau de investimento, e boa par-

te do seu produto interno bruto (26%,mais exatamente) é investida em infraes-trutura.

— A plataforma de marketing do Rio esua vitalidade econômica estão gerandoum ciclo virtuoso junto aos investidores,que querem se associar a um lugar queestá florescendo — avalia Marcelo Had-dad, diretor executivo da Rio Negócios,agência de promoção de investimentosda cidade, que atraiu nos últimos 14 me-ses cerca de R$ 1,8 bilhão.

Muitas empresas têm investido emações de marketing exclusivas para con-

O AVIÃO DA TAM envelopado commotivos da animação “Rio”: estratégiapara conquistar o cliente local

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Marcelo Haddad, diretor executivo da Rio Negócios, diz que investidores querem

cada vez mais associar sua marca a uma cidade bem-sucedida como o Rio

quistar o consumir carioca e garantir aidentidade de suas marcas com a cidade.Isso envolve desde patrocínios a eventosgrandiosos como Rock in Rio, Copa doMundo e Jogos Olímpicos a ações sim-ples no dia a dia.

O Pão de Açúcar, por exemplo, apesarde ser um grupo paulista com participa-ção estrangeira, implantou datas espe-ciais no calendário de suas lojas cariocasem respeito aos hábitos locais. Assim,quinta é “Dia da Feijoada”, antecipandoas ofertas para o preparo do prato no fi-nal da semana. Além disso, a empresa,

Fotos de divulgação

IMAGENS DE uma das campanhas dasHavaianas, com o ator Murilo Rosa, gravadasem praias do Rio: identificação com a cidade

que carrega no nome uma das principaisatrações turísticas da cidade, reforça es-sa ligação investindo em eventos que têma cara do carioca, como as maratonas derevezamento anuais realizadas no Aterrodo Flamengo.

— No Rio, temos mais supermercados quehipermercados, porque o carioca se identifi-ca mais com lojas nesse formato. Nossos exe-cutivos na cidade também são quase todosdaqui. Nós é que temos que nos adaptar aocomportamento do carioca, e não o contrário— diz Luiz Elísio de Melo, diretor do GrupoPão de Açúcar no Rio. Continua na página 14

EQUIPAMENTOS DE ginástica da Lagoapatrocinados pelo Itaú Unibanco:foco nos esportes ao ar livre

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PATROCÍNIO PORTERRA, CÉU E MARCarnaval, shows, atividades esportivas e atrações nas praias estão entre os eventos

preferidos de marcas interessadas em ganhar projeção na programação da cidade

Divulgação

Empresas de vários setores têmdesenvolvido mais ações paraconquistar o consumidor doRio. A paulista TAM Linhas Aé-reas tem um de seus aviões,um Air Bus A-320, adesivadocom as cores e personagens daanimação “Rio”, que fez suces-

so nos cinemas no início do ano. Já a TAM Via-gens distribuiu em abril, quando o filme foilançado, pacotes de turismo para a cidade. Nomês passado, a companhia foi a operadora deturismo oficial do Rock in Rio, com pacotes es-peciais para os diferentes públicos que quises-sem conhecer a cidade e ir ao festival.

A Oi, empresa de telefonia móvel e fixa,além de manter sua sede na cidade, investeem eventos como a Copa 2014, da qual serápatrocinadora, e na cultura, apoiando em-

preendimentos como o teatro Oi Casa Gran-de. A empresa mantém ainda duas unidadesdo centro cultural Oi Futuro, no Flamengo eem Ipanema.

O caso das Havaianas é diferente. A mar-ca (paulistana) tem um DNA tão carioca quenem precisa se esforçar para se identificarcom o clima da cidade. Mesmo assim, gran-de parte de suas campanhas, tanto nacio-nais quanto internacionais, costuma usaras paisagens locais.

— O espírito das Havaianas combina como Rio, e essa identificação é sempre muitoboa — conclui Rui Porto, consultor de mí-dia e comunicação das Havaianas.

Já o Itaú vai do carnaval de rua a eventoscomo o Rock in Rio e o Fifa Fan Fest — umagrande arena montada na Praia de Copacaba-na durante a Copa do Mundo do ano passado

UMA DAS MARATONASpatrocinadas pelo Grupo Pão

de Açúcar no Aterro:associação com a cultura local

— e ainda estimula a prática esportiva, com ainstalação de estações para a prática de alon-gamento e musculação na Lagoa Rodrigo deFreitas e no Parque Nacional da Tijuca.

— O Itaú acredita no potencial socioeconô-mico do Rio e tem convicção de que a insti-tuição pode contribuir para o seu processo decrescimento sustentável. Por isso, o banco in-veste em projetos que fomentem o desenvol-vimento econômico, gerem emprego, ofere-çam opções culturais e melhorem a infraestru-tura da cidade — afirma seu diretor de mar-keting, Fernando Chacon.

O estudo Decisão Rio, realizado pela Fede-ração das Indústrias do Estado do Rio de Ja-neiro (Firjan) mostra que, de 2011 a 2013, osinvestimentos públicos e privados no Estadodo Rio somarão R$ 181,4 bilhões. Cerca de11% desse total serão aplicados na capital.

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A consolidaçãode uma políticade melhoriade qualidade de vidana metrópole cariocapode vir a permitirum novo patamarde atração turística

A METRÓPOLE CARIOCAA Cidade Maravilhosa se construiu histori-

camente como porto e fortificação mili-tar e, a partir disso, como eixo de logís-tica brasileira. Ou seja, o Rio já nasceu

como um espaço de articulação nacional da so-ciedade brasileira.

Essa trajetória consolida-se com a transferênciada Capital para o Rio, em 1763, e com a vinda daFamília Real, em 1808. Isso faz com que a cidade doRio de Janeiro, além de ter sido Capital do país porquase 200 anos, construa-se, também, como "Cida-de Capital" ou eixo da capitalidade brasileira, uti-lizando-se o conceito de Giulio Argan, historiadorde arte e ex-prefeito de Roma.

De acordo com Argan, todo país no mundopossui uma cidade que é a sua referência inter-nacional. Quando pensamos nos EUA, pensamosem Nova York e não em Washington; quandopensamos na Austrália, pensamos em Sidney enão em Camberra.

A partir dos anos 60, e principalmente a partirda década de 70, a cidade do Rio, com a conso-lidação da transferência da Capital para Brasília,entrou em forte perda de importância na econo-mia brasileira. Entre 1970 e 2008, a cidade do Rioapresentou uma perda de participação no PIB na-cional de - 60,2%.

Em período recente, abre-se uma importantejanela de oportunidade, para a cidade e o Esta-do do Rio, com uma maior dinamização da eco-nomia brasileira; a descoberta do pré-sal e to-dos os benefícios a ele agregados, como, porexemplo, a área de ciência e tecnologia, com for-te crescimento do Parque Tecnológico da UFRJe da área de engenharia de projetos; e a con-quista de megaeventos, como os Jogos Mun-diais Militares; as Olimpíadas; a Copa do Mun-do; a Rio+20; e o retorno do Rock in Rio.

A conquista das Olimpíadas decorreu, em for-te medida, do capital intangível e da marcaconstruída pelo Rio de Janeiro, pela sua históriade eixo da capitalidade brasileira e da boa ima-gem externa que o Brasil hoje desfruta.

O momento é de construirmos o capital tan-gível da metrópole carioca. Isso passa pela con-tinuidade da nova política de segurança públicae universalização das Unidades de Polícia Paci-ficadora; pela organização de uma política queleve à universalização de infraestrutura de qua-lidade em toda metrópole e principalmente emsua periferia e áreas mais carentes, com políticasvoltadas, por exemplo, para o saneamento públi-co; e por uma rede de transportes de massa, in-terligando toda metrópole, principalmente emseus eixos centrais de mobilidade.

Além disso, é necessário — tendo em vista onovo perfil demográfico no Brasil e principalmen-

te na metrópole carioca que, entre 2000 e 2010, jáapresentou uma queda da população de até 14anos de idade de em torno de 7% — desenharuma política que desestimule uma maior migra-ção de pessoas para regiões como a Zona Oeste ea periferia da Região Metropolitana do Rio e gerarum maior adensamento em áreas como a ZonaCentral, a Zona Portuária e a Zona Suburbana, quejá possuem melhor infraestrutura, oferta de em-pregos e maiores possibilidades de mobilidade.

Essa política poderá gerar benefícios, como porexemplo, a consolidação da despoluição da Baíade Guanabara, pela política de saneamento, e, coma melhoria da qualidade de vida na metrópole e dasegurança pública, permitir um retorno dos cario-cas ao uso dos espaços públicos, que é uma dasprincipais marcas da história do Rio.

Eventos como o revéillon de Copacabana e es-tudos de especialistas como Carlos Lessa e RuyCastro apontam o particular gosto do carioca pe-la convivência em espaços públicos. Aponta,também, nessa direção, o fato de a cidade do Rio,entre as principais capitais brasileiras, ser a queapresenta a maior densidade relativa de empre-gos em bares e restaurantes, o que o jornalistaAncelmo Gois já denominou de “PIB da festa”.

Quando falamos de turismo, podemos citardois tipos. Um que seria denominado de “turis-mo de enclave”, como Cancún, e outro no qual ovisitante procura ir a algum lugar para convivercom a cidade, sua cultura e história.

A consolidação de uma política de melhoriade qualidade de vida na metrópole carioca podevir a permitir um novo patamar de atração tu-rística. É importante ainda lembrar que uma es-tratégia voltada para essa direção permite for-tes sinergias com áreas como a música, culturaem geral, os esportes, entretenimento e moda.

Isso aliado a uma política voltada para o com-plexo petróleo e gás, que busque todas as ati-vidades possíveis de atrair para a metrópole ca-rioca vinculadas a este complexo, principal-mente aquelas que agreguem maior valor, con-solidando, de fato, um novo tempo para o Rio.

É importante lembrar o exemplo da Noruega,que possui uma enorme qualidade de vida, combase no complexo petróleo e gás, uma taxa de de-semprego em torno de apenas 2%, passando ba-sicamente incólume por esse período de crise daEuropa. Além disso, é importante também lembraras sinergias que podem ocorrer entre o que pode-ríamos denominar de complexo de turismo, entre-tenimento e cultura e o complexo petróleo e gás,como bem demonstram o caso da Noruega, comforte turismo de negócios e inclusive com um Mu-seu do Petróleo na cidade de Stavanger, além doexemplo de Houston, nos EUA.

ARTIGOMauroOsório,economista

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‘TODOSQUEREMESTAR AQUI’

ENTREVISTAJoãoCésarLima,sóciodaPricewaterhouseCoopersBrasil

Especialista analisa oportunidades que serão trazidas

pelos grandes eventos esportivos, mas alerta para a

necessidade de articulação entre poder público e

iniciativa privada, a fim de garantir um legado sustentável

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JOÃO CESAR LIMA: “Ainda estamos muitofocados no legado de infraestrutura”

ORio está acertando na captação de investimentos,a reboque de oportunidades trazidas pelos gran-des eventos esportivos que acontecerão no esta-do nos próximos anos. A estratégia de internacio-nalização colocou a cidade em posição de desta-que, avalia João Cesar Lima, sócio da Pricewa-terhouseCoopers Brasil, responsável pela sonda-gem empresarial "A força do Estado do Rio de Ja-

neiro", realizada anualmente pela consultoria em parceria com OGLOBO. Até 2013, o estado receberá R$ 181 bilhões em investimen-tos públicos e privados. Isso significa 44% a mais que no biênioanterior, segundo a Federação das Indústrias do Rio. “O Rio precisausar esse momento para garantir um legado sustentável e vencerdesafios em áreas como educação e tributos”, diz Lima.

l O Rio está no caminho corre-to nos preparativos para Copa2014 e Olimpíadas 2016?JOÃO CESAR LIMA: Estamosacertando muito na atração deinvestimento, na estratégia deinternacionalizar a cidade,aproveitando as oportunida-des vindas de eventos esporti-vos e de setores como o deóleo e gás. O Rio entendeu quesão decisivas para seu cresci-mento e sua consolidação co-mo um centro de negócios in-ternacional. A criação da RioNegócios, a agência de negó-cios carioca, no ano passado, éexemplo dessa conduta acerta-da. O Rio virou uma marca dedestaque no cenário mundial.E isso vale do turista ao inves-tidor. O Brasil chama atençãopela estabilidade econômica, eo Rio, pela relevância que ga-nhou em crescimento e even-tos. Todos querem estar aqui.

l Então os eventos estão sendousados para deixar um legadoimportante?LIMA: Sim. Ainda estamos mui-to focados no legado de infraes-trutura, que é o mais visível eurgente. Devemos, contudo,avançar de forma a garantir umlegado social. Isso significa ga-rantir qualificação de mão deobra em diversas áreas e níveise consolidar o Rio como umcentro de turismo internacio-nal, por exemplo. Precisamosde um legado em qualidade devida, em transporte eficiente,saúde e educação de qualidade.Além de atacar gargalos como aquestão da carga tributária.

l E já existem projetos consis-tentes nesse sentido?LIMA: Há iniciativas importan-tes em andamento, tanto no se-tor público quanto na iniciati-va privada. A questão é que,por ora, ainda falta articulaçãoentre as partes. Uma das metasdo governo, por exemplo, é ca-pacitar profissionais para aárea de hotelaria. Há gruposhoteleiros criando cursos nes-sa área, afora as opções ofere-cidas por centros de ensino co-mo Sesc e Senai. O governoprecisa intermediar esses es-forços, pedir contrapartidas ainvestidores do setor, inclusi-ve dos estrangeiros. Se o po-der público e a iniciativa priva-da trabalharem em conjunto,as ações serão mais abrangen-tes e eficazes.

l Os governos têm sido efi-cientes na captação de inves-tidores?LIMA: Do ponto de vista eco-nômico, o Rio está forte ematração de investimento. Játem mais força que São Paulonesse âmbito. A fábrica que aNissan irá instalar em Resendeé prova disso. É um marco im-portante para a consolidaçãodaquela região como polo au-tomotivo do estado. A Rio Ne-gócios vem mapeando oportu-nidades e traçou estratégiaspara abordar investidores inte-ressados no Rio. Grandes pro-jetos, como o polo petroquími-co de Itaboraí, também vãoconsolidar a economia flumi-nense, gerar empregos e atrairnovos investimentos.

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AS MARCASVENCEDORAS

SEMPRELIVRE•ZERO-CAL•SADIA•NIKE• GOL • VOLKSWAGEN • ITAÚ UNIBANCO •HAVAIANAS • VISA • SKOL • GRUPO D’OR• GOL • DELL • NATURA • BRASTEMP •CULTURA INGLESA • NESTLÉ • NOKIA •PACHECO • SPOLETO • OMO • TOK&STOK• QUALY • VIVO • COLGATE • UNIMED •BR • SUNDOWN • COCA-COLA • SULAMÉRICA • BARRASHOPPING • KIBON •DEL VALLE • GUANABARA • SONY • UFRJ

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AS LEGÍTIMAS NÃOPARAM DE INVENTAR

A marca de sandálias que virou sinônimo

de estilo brasileiro no mundo, com 210

milhões de pares vendidos anualmente,

compartilha com o Rio descontração,

humor, informalidade e cultura de praia

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HAVAIANASacaradorioemodapraia

‘Mulher adora con-trariar”, afirma opersonagem danova campanhadas Havaianas,estrelada pelaatriz Mariana Xi-menes. A empre-

sa também. Foi de item da cesta básica (!) emalguns estados do Nordeste, nos anos 1980,quando já vendia 80 milhões de pares porano, a ícone fashion em todo o mundo. Dei-xou as praias e o ambiente doméstico paradesfilar em restaurantes, festas e hotéis de lu-xo. Já calçou noivos a caminho do altar. Estános pés de trabalhadores, estudantes, artis-

tas. A guinada veio em meados da década de90, com a campanha “Todo mundo usa”. O jei-to descontraído dos cariocas, explica RuiPorto, consultor de mídia e comunicação dasua fabricante, a São Paulo Alpargatas, temgrande influência nessa transformação.

— O Rio e as Havaianas têm muito em co-mum: descontração, humor, verão, culto aocorpo, cultura de praia, informalidade, mo-da descontraída e descompromissada —enumera Rui Porto.

A estratégia de crescimento está baseadana constante inovação de modelos, no visualdas lojas e em novos projetos. Ano passado,as Havaianas bateram 210 milhões de paresvendidos no Brasil e no mundo. E elevaram

em 16,2% sua receita líquida sobre 2009.Não é para menos. De acordo com pesquisa

da marca, de cada cem brasileiros, 94 já tive-ram ou têm um par de Havaianas. Para darconta de calçar tantos pés, a empresa somahoje uma rede de 188 lojas em todo o país, in-cluindo unidades conceituais. Sem falar nosmilhares de pontos de venda onde as legíti-mas também são comercializadas. No exterior,as sandálias estão em 82 países — dois dospróximos destinos são a Índia e o Paquistão.As vendas internacionais representam 32% dareceita da Alpargatas. A meta da empresa, con-tudo, é elevar essa participação para 40% até2014, quando a receita bruta poderá atingir deR$ 5,5 bilhões a R$ 6 bilhões.

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RUI PORTO, consultor de mídia ecomunicação da São Paulo Alpargatas,

numa loja das Havaianas: de cadacem brasileiros, 94 já tiveram ou têm

um par, estima a companhia

As ferramentas para alimentar o consu-mo são diversas e cada vez mais sedutoras.Só este ano, uma centena de novos modeloschegou ao mercado.

— Considerando uma média de quatrocores por modelo, são mais de 400 novasHavaianas diferentes — calcula Porto.

Sandália que brilha no escuro, trabalhadacom cristais Swarovski ou estampada comos personagens Mickey e Minnie, da Disney,estão entre os lançamentos. A linha Havaia-nas Ipê também tem novidades constantes.Ela integra projeto de sustentabilidade damarca. Cada sandália comercializada tem7% do valor repassado ao Instituto Ipê, deconservação da fauna e da flora brasileiras.

Nas fábricas da Havaianas — a maior ficaem Campina Grande (PB), e há uma novaem construção em Montes Claros (MG) —,90% das sobras da produção das sandáliassão reaproveitados. O restante vai para ou-tras indústrias.

A marca da Alpargatas investe com for-ça em marketing, área que leva 12% de seufaturamento líquido anual. E aposta emcampanhas bem-humoradas, com artistasde carisma, como o ator Rodrigo Lombar-di, que estrela um filme cômico da compa-nhia. Os recursos são usados ainda noapoio a eventos, como o Rock in Rio e aCow Parade 2011, que tomará as ruas doRio em novembro.

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BELEZA ASSOCIADA ÀPREOCUPAÇÃO SOCIALMaior indústria nacional de cosméticos cria programa de geração de renda em

comunidades carentes do Rio e abre mercado para contratação de consultoras

NATURArespeitoaomeioambiente,cosmético,desodorante,higieneinfantileshampoo

Fotos de divulgação

INTEGRAR O conhecimento científicoe o uso sustentável da biodiversidadeé uma das preocupações da empresa.O diretor Luís Bueno (ao lado) ressaltacompromisso com a natureza

Ocompromisso com a sus-tentabilidade sempre foiuma das marcas registra-das da Natura, especial-mente na seleção das ma-térias-primas, fornecedo-res e embalagens. Agora, aempresa está dando um

novo passo nessa estratégia. Dessa vez,abrangendo outra ponta do negócio, umadas mais valiosas da companhia de venda di-reta: a seleção das consultoras. Atenta àtransformação social pela qual passa a clas-se C no Rio, a Natura está atuando desde se-tembro em 24 comunidades, onde selecionae treina pessoas que levarão os produtos deporta em porta.

— Para uma empresa que se dedica à ven-da direta de produtos, nada mais natural doque se aproximar das comunidades. E o Rio éo cenário ideal para isso. Daí a nossa relaçãoestreita com a cidade e o povo carioca — dizLuís Bueno, diretor regional da Natura.

A iniciativa da empresa partiu da constata-ção de que mais de um milhão de pessoas vi-vem em comunidades no Rio. E teve como em-brião um projeto piloto iniciado há cinco anos

no Complexo do Alemão e na Rocinha, onde onúmero de consultoras cresceu 72% nesse pe-ríodo. Em setembro, a empresa ampliou o pro-jeto, que tem por objetivo viabilizar a integra-ção de pessoas que vivem na informalidade àrede de consultoras da Natura. Um dos obs-táculos de essas pessoas entrarem no merca-do de trabalho é a inadimplência.

A Natura avalia esses casos e, dentro delimites estabelecidos, aceita a contrataçãode moradores nessa condição. Com isso, aempresa atende ao indivíduo, que tem aber-ta uma porta para a formalidade, mas tam-bém à comunidade, uma vez que o projetogera renda local.

— O Rio está passando por uma verda-deira revolução social. E a Natura, por seucompromisso com a sustentabilidade e ge-ração de valor para todos os seus públicos,não podia ficar à margem deste momento —afirma Bueno.

A Natura foi criada em 1969 a partir deum laboratório e uma pequena loja em SãoPaulo. Dentro de um processo de expansãoque a tornou a maior fabricante brasileirade cosméticos e produtos de higiene e be-leza, a empresa cresceu rapidamente no Rio

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de Janeiro. Segundo Bueno, a relação espe-cial dos cariocas com perfumes com maisfrescor motivou a empresa a lançar produ-tos especificamente nesse nicho. A Naturaplanejou grandes lançamentos no segundosemestre, como Natura Vovó e o relança-mento de toda a linha Natura Ekos.

— O Rio tem uma relação especial com aperfumaria. Com um estilo de vida e culturadiferenciados, os cariocas consomem per-fumes mais do que a média no Brasil. Porisso, a marca está mais presente no estado— explica Bueno.

Cerca de 3% da receita líquida da Naturaé investida anualmente em inovação. Em2010, foram lançados 168 novos produtoscom investimento de cerca de R$ 139 mi-lhões. Entre os lançamentos deste ano es-tão a linha Amó Xodó, que traz desodoran-te, colônia feminina e hidratante corporalChantilly, e novas coleções de maquiagensda linha Una, como a de sombras Alta Cin-tilância e a Tons de Verão. Na pesquisa Mar-cas Cariocas, a Natura foi vencedora emquatro categorias: cosméticos, desodoran-te, shampoo, produtos para higiene infantile marcas que respeitam o meio ambiente.Bueno conta que a empresa investe na pro-moção do desenvolvimento sustentável,tentando despertar a consciência sobre ouso responsável e inovador dos ativos dabiodiversidade.

— Temos um milhão de consultores Na-tura no Brasil. A cada 21 dias nos reunimos,cada um em sua localidade, para falar doslançamentos e dos conceitos de sustentabi-lidade — diz ele, acrescentando que nasquestões sociais a empresa acelera dos in-vestimentos no programa Crer Pra Ver, quetem como principal objetivo a melhoria daeducação no Brasil.

Bianca Pimenta

Bianca

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AOS 70 ANOS E COMO MESMO FRESCOR

Uma das pioneiras na fabricação do

produto em território nacional faz

aniversário e lança campanha para

ressaltar a sua presença em momentos

importantes na vida das pessoas

Fotos de divulgação

A GERENTE de marketing da Kibon,Mônica Nascimento; ao lado, um picoléMagnum, dos mais populares da marca

Há 70 anos, a ameaça deguerra entre China e Japãotrouxe a fabricante de sor-vetes U.S. Harkson de Xan-gai para o Rio de Janeiro.Era o nascimento da Ki-bon. Em 1942, já circula-vam nas ruas cariocas os

carrinhos amarelos e azuis, herança dos tem-pos de Xangai, acrescidos da escrita: SorvexKibon. Carregados neles já estavam dois pi-colés que ficaram congelados na história bra-sileira e carioca: Eskibon e Chicabon.

Para comemorar o aniversário no país, aKibon preparou uma série de ações promo-cionais que buscam contar um pouco desua trajetória no país. Em setembro, mês deseu aniversário no país, a marca lançou a

campanha “70 anos de felicidade”. A açãoprevê o relançamento da tradicional pro-moção do palito premiado, que pretendedistribuir ao todo um milhão de palitos pre-miados e R$ 95 mil em prêmios nos potes damarca durante todo o verão.

A Kibon trouxe também novos sabores parao verão, que responde por 70% das vendas desorvete no país, de acordo com a AssociaçãoBrasileira da Indústria de Sorvetes. Entre oslançamentos estão os picolés Fruttare Caseirosabor goiaba, Fruttare Maracujá, feito com se-mentes da própria fruta, Magnum Brownie,Magnum Trufa e o sabor coco com chocolatena linha de sorvetes Momentos.

— Além disso, alguns dos ícones da marcaKibon, como o picolé Chicabon e o pote dedois litros de Flocos, ganharam embalagens

retrô para resgatar a história da marca pormeio de sorvetes que até hoje figuram entre osmais queridos dos brasileiros — diz MônicaNascimento, gerente de marketing da Kibon.

Segundo Mônica, há também ações especí-ficas previstas para o público carioca que vãoocorrer ao longo do verão. Na temporada pas-sada, um caminhão-cofre da Kibon percorreuas ruas do Rio com vários sistemas de segu-rança, como raio laser e senhas, para o lan-çamento do Magnum Gold. Ao longo do tra-jeto, os consumidores eram convidados a in-serir a senha que abria o cofre e garantia a de-gustação do sorvete.

— Compartilhamos com os cariocas os mo-mentos na praia, além de estarmos presentesnos supermercados, padarias, lojas de conve-niência e restaurantes — afirma Mônica.

KIBONsorvete

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SPOLETOfast food cerveja

DE IPANEMAPARA O MUNDONascida nos anos 90 na Zona Sul do Rio, rede de restaurantes

especializada em massas quer levar o espírito descontraído dos cariocas

para o exterior e já marca presença na Espanha, no México e em Porto Rico

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O DIRETOR DEmarketing doSpoleto, AntonioMoreira Leite,e as muitascores de umadas lojas darede de massas

Foi em Ipanema que surgiu a pri-meira loja Spoleto. Com 12 me-tros quadrados, o pequeno res-taurante fazia parte de um com-plexo gastronômico que não du-rou muito tempo. Nada que te-nha impedido o sucesso da mar-ca, responsável por uma mudan-

ça no conceito de fast food no país ao ofere-cer boa massa italiana, feita de forma rápida ecuidadosa. Hoje, são 244 lojas abertas no Bra-sil, 63 das quais no Estado do Rio, além de res-taurantes em Espanha e México. E, em breve,serão abertas outras oito franquias interna-cionais, uma delas em Porto Rico.

— Quando abrimos no Rio, trouxemos aexperiência do restaurante para a comidarápida, porque até então isso não existiaaqui. Agora, queremos levar para fora dopaís o mesmo espírito alegre e descontraídodo carioca que temos, principalmente na in-teração do cliente com o cozinheiro — dizAntonio Moreira Leite, diretor de franquiase marketing do Spoleto.

A identificação com a cidade ganha aindamais força por meio de estratégias de mar-keting que incluem o patrocínio a eventoscomo o Rock in Rio. Além de manter doisSpoletos (e mais duas unidades da pizzariaDomino’s, que pertence ao mesmo grupo)no evento, a marca ofereceu ao longo dequase todo o ano pratos decorativos inspi-rados na temática do festival, pintados porartistas plásticos cariocas.

— Eles foram distribuídos nas lojas de todoo país, o que é uma forma de levar a arte ca-rioca às pessoas. O resultado é ótimo. Elas têmficado encantadas — conta Leite.

Para dar conta de tantas novas lojas, a marcainaugura uma fábrica de massas frescas e molhosem Volta Redonda, no Sul Fluminense, onde fo-ram investidos cerca de R$ 10 milhões.

— Em 2009, estipulamos uma meta: do-brar nosso valor de mercado até 2013. E es-tamos seguindo bem nesse caminho. No anopassado, tivemos um crescimento de 21%, eeste ano o acumulado é de 19% até agosto.Face a isso, precisamos abrir essa nova fá-brica para dar suporte a esse crescimento— explica o executivo.

Divulgação

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SKOLSPOLETOfast food cerveja

DE IPANEMAPARA O MUNDO

UM CASO DE AMORREDONDINHO

Uma das mais importantes marcas da

belgo-brasileira AB Inbev está entre as

líderes de vendas no Rio e se identifica

tanto com a cidade que ambienta aqui

grande parte das suas campanhas

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Pim

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ASkol é uma marca carioca porexcelência. É assim que a de-fine seu diretor de marketing,Pedro de Sá Earp. E isso sedeve, ele diz, não só à lingua-gem (e no linguajar bem ca-rioca) das campanhas publi-citárias, mas principalmente

porque o Rio é um ambiente que combinapor excelência com a cerveja. A liderançana categoria comprova. A cidade acaba sen-do usada como pano de fundo para as pro-pagandas da Skol na TV e para muitos doseventos organizados pela marca.

— A Skol tem uma linguagem bastante jo-vial, que é muito bem traduzida pelo cario-ca. Além disso, temos muitos filmes nacio-

nais feitos na cidade. O comercial que estápassando agora, inclusive, chama-se Rio deJaneiro — resume Earp.

Em maio passado, a capital fluminenseserviu de base para o lançamento nacio-nal da cerveja Skol 360, a versão mais leveda bebida. Alguns dos nossos maioreseventos populares, como o carnaval e oréveillon, são encarados pela cervejaria,ligada ao grupo belgo-brasileiro AB Inbev,como excelentes oportunidades para sepromover.

— A gente acha que o Rio não é só umimportante mercado, mas é um formadorde opinião para o resto do Brasil. É umagrande vitrine — analisa o executivo.

Mas não se trata só de explorar o Rio co-

mo plataforma. A marca procura se manterpróxima do público daqui. Para isso, abraçaalgumas das principais paixões do consumi-dor local. A marca procura se ligar a eventosvariados, desde esportivos — Skol Arena360, na Lagoa Rodrigo de Freitas — a notur-nos, como o Bailinho e o Verão no Morro. Osquiosques da orla, segundo Earp, também re-cebem atenção especial porque estabelecemum contato direto com o cliente na praia, es-paço carioca por excelência.

Com tamanha identidade carioca, só restaà Skol vencer um último grande desafio: su-perar a Antarctica, outra marca tradicional daAB Inbev, como cerveja mais vendida no Rio!Nada que abale Pedro de Sá Earp. Para ele, ésó uma questão de tempo.

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UMA HISTÓRIA ANTIGADE NUTRIÇÃO E SAÚDE

Ela está no café da manhã, no lanche,

no almoço e no jantar. Há 90 anos,

os produtos da companhia fazem

parte da mesa de famílias brasileiras

preocupadas com o bem-estar

Bianca

Pimenta

ANestlé se prepara para inaugu-rar mais uma fábrica no Estadodo Rio, no município de TrêsRios, onde investiu R$ 163 mi-lhões a fim de ampliar sua pro-dução. Numa primeira fase, se-rão industrializados ali leitesem processo de ultra-alta tem-

peratura (UAT), das linhas Molico e Ninho.— A fábrica terá capacidade total de pro-

dução de 124 mil toneladas por ano e gerounessa primeira fase 500 empregos diretos e in-diretos para trabalhadores da região — afirmao diretor de comunicação ao consumidor daNestlé, Izael Sinem Jr.

Terceira unidade fabril no estado — quejá tem fábricas em Jacarepaguá, onde sãoproduzidos os sorvetes, e em Petrópolis,onde se engarrafa a água mineral de mes-mo nome —, o projeto de Três Rios prevê

ainda a entrada de outras linhas: bebidasprontas Molico, Neston, Nescau e Alpino,da linha Nestlé Fast, e produtos à base desoja da marca Sollys.

Marcado pelas promoções de comemo-ração dos 90 anos da chegada da Nestlé aoBrasil, o ano de 2011 também viu a conso-lidação de programas de responsabilidadesocial na cidade, como a capacitação dejovens da Cidade de Deus para se tornarvendedores ou comerciantes (em parceriacom o governo estadual) e a implantaçãoda Sala Corpo Nestlé, dentro do CentroCultural Waly Salomão, em Vigário Geral,onde há aulas de dança e ensaios de gru-pos de teatro, que atendem a cerca de 100jovens e crianças todos os meses, em par-ceria com o AfroReggae.

— Ao longo dos 90 anos em que está noBrasil, a Nestlé construiu uma relação bas-

tante próxima do consumidor carioca.Além disso, a renovação do portfólio daempresa, sempre preocupada em desen-volver produtos que levem nutrição, saú-de e bem-estar para a rotina do brasileiro,também é responsável por associar a mar-ca à qualidade de vida. Acredito que outrofator importante seja o estímulo à práticaesportiva, por meio de patrocínios a atle-tas e equipes de diferentes modalidades —analisa Sinem Jr., citando eventos como a“Track & Field Run Series”.

A prova, que faz parte do calendário decorridas de várias cidades brasileiras, pas-sou pelo Rio no último dia 2. E a Nestlé es-tava lá, oferecendo aos participantes exa-mes gratuitos de densitometria óssea e oacompanhamento de um médico e uma nu-tricionista, que também deram dicas aosatletas de ocasião.

NESTLÉestilodevidasaudável

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EM LINHA COM OESTILO DE VIDA DO RIO

Saúde, bem-estar e estética formam

tripé de promoção da marca líder,

que monitora hábitos dos consumidores

pela internet e navega na maré do

crescimento econômico do país

FernandoD

onasci

AZero-Cal procura atendersempre à demanda de seusclientes por saúde, bem-es-tar e estética. Quando se fa-la no público carioca, então,esses atributos ficam aindamais presentes, graças aoestilo de vida e às caracte-

rísticas do clima. É o que explica GabrielaGarcia, diretora executiva da Hypermar-cas, responsável pelo adoçante mais lem-brado na pesquisa. Em 2010, o Grande Riosozinho representou 14% das vendas.

— O adoçante tem um importante papelna substituição do açúcar e das suas ca-lorias. A Zero-Cal realiza ações mensal-

mente com seus clientes e nos pontos devenda. Além disso, a presença consistentena mídia reforça seu posicionamento eaproxima a marca dos consumidores —afirma a diretora.

Uma característica comum das campa-nhas do produto é apresentá-lo em situa-ções do dia a dia, usado por celebridadesque endossam seu consumo. Este ano, osgarotos-propaganda da marca foram oator Rodrigo Santoro e a apresentadoraFernanda Lima.

Além da publicidade, a empresa monito-ra opinião dos consumidores em comentá-rios sobre a marca e sobre a categoria deadoçantes na internet. Essas informações

se somam aos dados obtidos em pesquisaspara conhecer melhor os hábitos e atitudesdos consumidores. Juntas, elas orientam aequipe no desenvolvimento de melhoriasde produto e no desenvolvimento de infor-mativos e sustentam, inclusive, o direciona-mento da estratégia de comunicação.

Segundo Garcia, essas estratégias garan-tem à Zero-Cal um crescimento em linhacom o desempenho do mercado de adoçan-tes nos últimos anos e a manutenção da li-derança do mercado. Em 2010, as vendas deadoçantes no Brasil cresceram 10%, quan-do comparadas ao ano anterior, puxadassobretudo pelos produtos líquidos, que re-presentam cerca de 80% do total vendido.

ZERO-CALadoçante

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Ocarioca alémde saber viver,Sabe tambémescolher!Obrigado a todos que pela segunda vez consecutivaescolheram a DROGASMIL como uma das marcaspreferidas pelos cariocas.

DROGASMILPara você se sentir bem.

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Líder na exportação mundial de carnes

e maior empresa de alimentos do país,

a parceira da Perdigão na Brasil Foods

comprova ter uma relação muito especial

com o Rio de Janeiro

Aadmiração dos cariocas pelaSadia é inquestionável. Alémde ter liderado quatro dascinco dimensões que com-põem a pesquisa — qualida-de, respeito pelo consumi-dor, identidade e evolução—, a maior companhia de ali-

mentos do país (resultado da fusão com aPerdigão na Brasil Foods) cravou o primei-ro lugar nas categorias congelados e mar-garina. A Qualy, aliás, é um caso à partequando se fala em consolidação de ima-gem. Dentro do segmento de margarinas, élíder absoluta no Rio, com 72% de partici-pação, de acordo com pesquisa da consul-toria Nielsen realizada este ano. Figurar notopo da sua categoria, portanto, não chegaa ser surpreendente.

A fidelidade é tanta que na Região Metro-politana do Rio de Janeiro a procura do con-sumidor pelo produto é quase duas vezessuperior à média nacional: enquanto noBrasil quem compra Qualy vai 6,7 vezes porano ao ponto de venda, no Grande Rio essafrequência chega a 11,9 vezes.

— A Qualy se tornou um case, conquistoua liderança de mercado apenas seis anosdepois de seu lançamento, em 1991 — ana-lisa Eduardo Bernstein, diretor de marke-ting de Cárneos da BRF.

E não é só no segumento de margarinasque o Rio de destaca dentro da empresa.Em alimentos congelados, a região metro-politana responde por quase 15% do fatu-ramento — no mercado local, a empresatem a liderança, com 45,6% de participa-ção nas vendas. Outra vez não é à toa quea pesquisa Marcas dos Cariocas crava a li-

SADIAalimentocongelado margarina

NA CABEÇA E NAGELADEIRA DOS CARIOCAS

derança da Sadia na categoria.E não para por aí: no segmento de pratos

prontos, o Grande Rio é líder no país. Ao re-dor de 32% dos lares daqui consomem pra-tos prontos anualmente, contra uma médianacional de 22%.

Para se manter à frente, a companhiainveste na proximidade com o público eno lançamento constante de novos pro-dutos. No caso de alimentos congelados,a Sadia investiu fortemente em novas li-nhas como na campanha do Escondidi-nho, e o Rio teve um importante papel co-mo mercado de teste das peças publici-tárias. Bernstein comemora os númerosdas pesquisas internas:

— A campanha foi extremamente bemavaliada pelos cariocas. Após assistir ao fil-me, 97% dos entrevistados disseram quevão experimentar o produto.

Somente depois de testados por aqui ospratos ganharam o país. O lançamentoacompanhou outras novidades da Sadia pa-ra este ano, como a linha de lanches con-gelados Hot Pocket Extreme X-Burger e aHot Pocket Pizza 4 queijos.

O sucesso com o público se refletiu nasvendas da empresa. No primeiro semestredo ano, a Brasil Foods obteve um lucro lí-quido de R$ 881 milhões, valor 279% supe-rior ao do mesmo período de 2010. A receitalíquida da maior exportadora mundial decarnes somou R$ 12,3 bilhões, o que repre-senta um crescimento de 16% na mesmacomparação.

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Marco Ankosqui

EDUARDOBERNSTEIN,diretor demarketing deCárneos daBrasil Foods

QUALYSADIAalimentocongelado margarina

NA CABEÇA E NAGELADEIRA DOS CARIOCAS

derança da Sadia na categoria.E não para por aí: no segmento de pratos

prontos, o Grande Rio é líder no país. Ao re-dor de 32% dos lares daqui consomem pra-tos prontos anualmente, contra uma médianacional de 22%.

Para se manter à frente, a companhiainveste na proximidade com o público eno lançamento constante de novos pro-dutos. No caso de alimentos congelados,a Sadia investiu fortemente em novas li-nhas como na campanha do Escondidi-nho, e o Rio teve um importante papel co-mo mercado de teste das peças publici-tárias. Bernstein comemora os númerosdas pesquisas internas:

— A campanha foi extremamente bemavaliada pelos cariocas. Após assistir ao fil-me, 97% dos entrevistados disseram quevão experimentar o produto.

Somente depois de testados por aqui ospratos ganharam o país. O lançamentoacompanhou outras novidades da Sadia pa-ra este ano, como a linha de lanches con-gelados Hot Pocket Extreme X-Burger e aHot Pocket Pizza 4 queijos.

O sucesso com o público se refletiu nasvendas da empresa. No primeiro semestredo ano, a Brasil Foods obteve um lucro lí-quido de R$ 881 milhões, valor 279% supe-rior ao do mesmo período de 2010. A receitalíquida da maior exportadora mundial decarnes somou R$ 12,3 bilhões, o que repre-senta um crescimento de 16% na mesmacomparação.

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NATURALIDADE PARAGANHAR O CLIENTEIngredientes frescos e praticidade formam binômio que projetou mundialmente

a fabricante de sucos nascida no México, no final dos anos 1940Fo

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O GERENTE do galpão de reciclagemde Gramacho, Antonio Borges, e a diretorade marketing da Coca-Cola, Luciana FeresA

Del Valle, marca fundada nofinal dos anos 1940 por umimigrante italiano no Méxi-co, fez sua fama sobre umbinômio simples: ingredien-tes naturais e praticidade.O sucesso mundial da com-panhia, que chegou ao Bra-

sil cerca de meio século depois de nascer,despertou a atenção da gigante máximados refrigerantes. A controladora Coca-Cola vê o mercado de sucos prontos nopaís como terreno fértil para plantar fru-tas e colher bons resultados.

Nos Estados Unidos, o consumo anualmédio desse tipo de bebida é de 230 co-pos per capita. No Brasil são apenas 12.Assim, a empresa vem trabalhando paragarantir produtos com ingredientesmais naturais e ganhar a preferência doconsumidor. Em agosto passado, a DelValle chegou a 36,8% de participação demercado no país, segundo dados da AC

Nielsen, aumento de 4,1 pontos percen-tuais sobre igual mês de 2010. Quando ofoco está no Grande Rio, no entanto, aparticipação sobe a 46,6%.

— No Rio, o consumo de sucos semprefoi forte. Entregamos um produto de qua-lidade e com a praticidade que o nosso diaa dia atribulado demanda. E o amor do ca-rioca por Del Valle se reflete nas vendas —explica John Pinto, diretor de marketingde novas bebidas da Coca-Cola Brasil.

Para conquistar o paladar do carioca edo brasileiro, a Del Valle fez novas campa-nhas, renovou embalagens e lançou maisprodutos ao longo de 2011. No último mêsde julho, o Laranja Caseira Light passou aser feito com Truvia, adoçante extraídodas partes mais doces da folha da estévia.Em setembro, colocou no mercado o Li-mão&Nada, cujo nome é uma brincadeiracom a palavra limonada, já que o produtoé feito apenas com suco de limão, sem adi-ção de conservantes.

Reciclagem e capacitação

de profissionais estão no centro

da estratégia corporativa

da maior empresa mundial

de refrigerantes para seguir líder

Aos 125 anos, quase 70 no Bra-sil, a Coca-Cola não cessa deexibir números robustos. En-cerrou o ano passado com10,6 bilhões de litros do refri-gerante vendidos, 11% maisque em 2009. E o faturamentoalcançou R$ 17,7 bilhões.

Este ano, o foco está em três projetos prin-cipais. Estratégia para que mais pessoas ve-jam o copo meio cheio, como incentiva a cam-

DELVALLEsuco

JOHN PINTO,diretor demarketing denovas bebidasCoca-ColaBrasil

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EM BUSCA DOCOPO MEIO CHEIO

Reciclagem e capacitação

de profissionais estão no centro

da estratégia corporativa

da maior empresa mundial

de refrigerantes para seguir líder

Aos 125 anos, quase 70 no Bra-sil, a Coca-Cola não cessa deexibir números robustos. En-cerrou o ano passado com10,6 bilhões de litros do refri-gerante vendidos, 11% maisque em 2009. E o faturamentoalcançou R$ 17,7 bilhões.

Este ano, o foco está em três projetos prin-cipais. Estratégia para que mais pessoas ve-jam o copo meio cheio, como incentiva a cam-

panha da marca. Um deles é o de apoio a co-operativas de reciclagem. São 221 no país, sen-do 52 delas no Rio. Cada uma tem um diag-nóstico feito pelo Instituto Coca-Cola. Depois,recebe plano de negócios, assistência técnica,capacitação e doação de equipamentos comobalança e prensa. A organização cresce; comela, a renda de seus associados.

Não à toa, as latas do refrigerante estão de-coradas com catadores como Tião Santos,presidente da associação de Jardim Grama-

cho. Ele ganhou destaque por sua participa-ção no documentário “Lixo extraordinário”(2009), coprodução entre Brasil e Inglaterrasobre o trabalho do artista plástico Vik Munizcom catadores de lixo. A cooperativa de Gra-macho e a Socitex, no Santo Cristo, estão entreas que integram o programa. Outro grandeprojeto social, explica Luciana Feres, diretorade marketing da Coca-Cola, é o programa decapacitação de jovens para atuar no varejo.

— Vamos terminar 2011 presentes em 18

comunidades, chegando a Mangueira, Cha-tuba e Campinho. Concluída a capacitação,facilitamos o acesso desses jovens ao mer-cado de trabalho — ela conta.

O esporte é frente igualmente importantepara a marca, parceira dos Jogos Olímpicosdesde 1928 e da Fifa desde 1950. Por ora, ogrande evento esportivo a que se dedica é aCopa Coca-Cola no Brasil. Ao todo, reúne dezmil adolescentes, em 564 equipes de 27 cida-des, com final marcada para o Rio.

COCA-COLArefrigerante

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PIONEIRISMOQUESEDUZIUASMULHERES

Há 78 anos no país, empresa está

ligada ao desenvolvimento da noção

de proteção íntima. De olho em novas

consumidoras, patrocina programas

de TV voltados para as adolescentes

Fern

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Don

asci

Começou em 19 de outubrona MTV uma nova tempora-da da série “Entre Teens”,lançada em 2010 e ofereci-da pelas marcas Sempre Li-vre, Carefree e OB, da John-son & Johnson. Girando emtorno de histórias vividas

por três irmãs que estão em fases diferen-tes da adolescência, atraiu uma empresa in-trinsecamente ligada à mulher, que esperacriar vínculos com novas consumidoras. NoRio, onde o Sempre Livre foi vencedor napesquisa Marcas dos Cariocas, o absorven-te se tornou a marca preferida das mulhe-res, segundo a diretora de marketing daJohnson & Johnson, Andréa Bo.

— A empresa está no Brasil há 78 anos eajudou a desenvolver o mercado nacionalde higiene e limpeza, com conhecimentodos hábitos e das necessidades dos brasi-leiros. Por isso a forte presença entre as ca-riocas — explica.

A marca Sempre Livre foi pioneira nolançamento de absorventes higiênicosno Brasil. A Johnson & Johnson tambémtem pioneirismo nos curativos adesivos,com o Band-Aid, protetores solares, comSundown, e toda a linha de cuidado parabebês, que inclui xampu, talco, loções ehastes flexíveis, com a marca Cotonetes.Andréa afirma que a Johnson & Johnsonquer transformar o Brasil em celeiro deexperimentação de marcas e produtos, eo Rio de Janeiro é peça fundamental nes-se projeto.

Juntamente com o Centro-Oeste dopaís, o Rio forma a segunda região maisimportante para a empresa, sendo res-ponsável por 33% das vendas no país,perdendo apenas para a região de SãoPaulo. O estado representa 10% do mer-cado onde a Johnson & Johnson do Brasilatua. Andréa diz que a companhia nãotem nenhum produto especifico paraqualquer estado ou cidade do Brasil. Noentanto, a empresa entende que o Brasil éum país grande, com peculiaridades. A lo-ção Johnson’s baby e o Shampo John-son’s baby são alguns dos líderes de ven-das no Rio.

SEMPRELIVREabsorvente protetorsolar

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ANDRÉA BO, diretorade marketing daJohnson & Johnson:na cabeça doscariocas com SempreLivre e Sundown

UMJEITOSEGUROPARACURTIRABELEZADORIO

Filtro solar mais lembrado

da pesquisa ganha nova fórmula

neste verão e embalagens com 60%

de ‘plástico verde’, não derivado

de combustíveis fósseis

Enquanto o Brasil estuda acriação de regras mais rígi-das para os fabricantes de fil-tros solares que prometemproteção contra os raios po-tencialmente cancerígenos, aJohnson & Johnson se adian-ta e lança uma nova linha de

produtos com maior resistência ao sol eque deve fazer sucesso na mais carioca dasestações do ano. Tudo para permitir aosconsumidores curtir mais as belezas da ci-dade sem correr tantos riscos de desenvol-ver doenças de pele. A empresa acaba deapresentar ao mercado o Sundown Senses,que conta com fórmula e fragrância maissuaves, além de uma embalagem com de-sign assinado pela estilista Adriana Barra.

A diretora de marketing da companhia,Andréa Bo, diz que as embalagens da linharegular de Sundown também estão com no-vidades. O produto está chegando aos pon-tos de vendas com o “plástico verde”, pro-duzido pela Braskem. Tendo como base acana-de-açúcar, matéria-prima renovávelque dispensa a utilização de derivados decombustíveis fósseis, tal plástico não sódeixa de emitir, mas também ajuda a retirarCO2 do meio ambiente. Além dos 60% deplástico verde em sua composição, a emba-lagem leva 40% de conteúdo reciclado.

— E tem mais novidade. A linha Johnson Ba-by colocou no mercado bloqueadores e anti-mosquitos, lenços umedecidos, sabonete líqui-do e outros produtos. Todos suave e desenvol-vido para as crianças — afirma Andréa.

A executiva confirma que a Johnson &Johnson tem apostado no mercado carioca.No começo do ano, patrocinou o espetáculo“Peixonauta, a Peça — Da TV para o Tea-tro”, primeira série de animação 100% bra-sileira e programa mais visto do canal Dis-covery Kids dois anos atrás. Em esportes, aJohnson & Johnson anunciou que fechoucom a Rede Globo o patrocínio, junto comoutras cinco empresas, do Projeto Futebol2012. As empresas terão garantia de exclu-sividade nas 105 partidas dos principaiscampeonatos e torneios, nacionais e inter-nacionais, além dos jogos da Seleção Brasi-leira previstos para o ano que vem.

SUNDOWNSEMPRELIVREabsorvente protetorsolar

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TRADIÇÃO QUEDESCONHECE A CRISE

Mesmo com turbulências na

economia mundial, a fabricante

do creme dental mais popular

do Rio — e do planeta — registra

forte crescimento nas vendas

FernandoD

onasci

Uma boa ideia pode renderfrutos inesperados. Cer-tamente o imigrante in-glês William Colgate, fa-bricante de sabonetes es-tabelecido em Nova York,não imaginava no queseu nome se transforma-

ria ao começar, em 1886, a vender cremedental em tubos flexíveis. Até então, usa-vam-se grandes e pouco práticos potesmetalicos. O produto foi aceito rapidamen-te, extrapolou as fronteiras americanas echegou ao Brasil em 1927, pelo Rio. Desdeentão, a pasta de dente Colgate não sai da

cabeça dos cariocas.Tamara Kulb, diretora de Oral Care da

Colgate-Palmolive, diz que, nos anos de im-plantação, as atividades da companhia sevoltaram para o conhecimento do mercado,dos hábitos de higiene da população e doestudo de fórmulas de produtos que melhoratendessem às necessidades do consumi-dor, de acordo com o clima e as condiçõeslocais. Essa atenção com o mercado localcontinua a ser uma preocupação, ela afir-ma, e a companhia ainda investe em produ-tos específicos e ações voltadas para osconsumidores do Rio e do Brasil.

— Nosso foco, para o próximo ano, con-

COLGATEpastadedente limpezapararoupa

tinuará a ser a promoção da saúde bucalcompleta — conta Tamara.

Mesmo com as novas turbulências naeconomia mundial, as vendas da Colgate-Palmolive Company cresceram 17% nosegundo trimestre de 2011 (último dadodisponível), impulsionadas por Brasil,México e Colômbia. A América Latina,que representa 29% das vendas da com-panhia, registrou crescimento de 10,5%no trimestre nas vendas orgânicas. Acompanhia não divulga no Brasil o cres-cimento por estado, mas afirma que o Es-tado do Rio de Janeiro é um dos seusprincipais mercados.

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JOGO LIMPO NA HORADA CONQUISTA

Fabricante estabelece contato direto

com consumidores por meio de redes

sociais, blogs, sites e aplicativos,

além de promover desafios

em ações de marketing pelo país

Fern

ando

Don

asci

ORio acompanha a trajetó-ria do Omo desde o seulançamento no Brasil, em1957. De lá para cá, o pro-duto só cresceu em impor-tância e hoje lidera o mer-cado de sabão em pó compenetração em 80% dos la-

res brasileiros. O resultado dessa parceria detantos anos, de acordo com a gerente demarketing da marca, Paula Lopes, é um pro-fundo conhecimento do público-alvo.

— Omo é uma marca que conversa comtodas as classes de consumidoras. Nossopúblico são mães que se preocupam em le-var para casa produtos com desempenhosuperior e, ao mesmo tempo, mais susten-táveis. São consumidoras que prezam pelo

tempo livre para cuidar da educação dos fi-lhos e estar com eles — diz.

Essa linha orientou as campanhas da em-presa ao longo de 2011, como a curiosa pro-moção Camiseta Viajante, que levou umaúnica peça de roupa em um tour nacional,desafiando crianças a tentar “algo novo” emostrando a ação do sabão em pó na lim-peza das manchas. Além da demonstração,a campanha distribuiu mais de R$ 1 milhãoem prêmios para 65 clientes, em sorteiosrealizados nas cidades que recebiam as are-nas de atividades.

A responsabilidade social também esteveem pauta, ao longo do ano, com a quartaedição do Programa Pelo Direito de SerCriança, que premiou escolas públicas eprivadas de educação infantil e ensino fun-

damental que incentivaram brincadeira eaprendizado através da experiência.

Segundo Paula, além das campanhas epromoções tradicionais, a marca tambémaumentou a presença nas redes sociais. Ho-je, o Omo está em comunidades no Facebo-ok, no Twitter, no Orkut e no YouTube, alémde manter um blog próprio desde 2009:

— As comunidades se mostram um im-portante canal de comunicação com as con-sumidoras, uma vez que elas já as reconhe-cem como um espaço da marca e as utilizampara tirar dúvidas e dar sugestões. Nossasações também são desenvolvidas em sitesdestinados ao público feminino, sobretudomães, e também em aplicativos para celula-res que incentivam mais a nossa interaçãocom o público das mídias digitais.

OMOCOLGATEpastadedente limpezapararoupa

A GERENTE DE marketingdo Omo, Paula Lopes:

“Comunidades nainternet são importantecanal de comunicação”

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SEM PERDER A IDENTIDADECom quase 120 anos de tradição, empresa passa a controlar a maior rede de farmácias do país depois da fusão com a Drogaria

São Paulo. Foco no Rio se mantém, com centro de distribuição na Pavuna e 90 novas lojas até o fim do ano que vem

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IVAN COIMBRA,diretor comercialda Pacheco, nonovo depósito daempresa, naPavuna; acima,uma loja na Ruados Andradas

Os últimos dois meses fo-ram agitados para as Dro-garias Pacheco. Afinal, atradicional empresa ca-rioca anunciou a fusãocom outra grande do se-tor, a Drogaria São Paulo,criando a maior rede de

farmácias do país, com 691 lojas, fatura-mento de quase R$ 4,5 bilhões e uma fatiade 9% do mercado. Para os próximos anos,a promessa é de muitas outras novidades.

A empresa se prepara para entrar no mun-do do comércio eletrônico — ainda sem data

definida — e expandir seus mercados paraalém da região Sudeste, onde está concentra-da. A previsão é fechar 2011 com 30 novas lo-jas abertas e 2012, com 60. De igual mesmo sóa marca da empresa que, nascida em 1892, vaicontinuar a mesma após a fusão, cujo acordoprevê a criação da companhia DPSP, mas coma manutenção de nomes independentes.

— A fusão criou uma nova companhia,mais forte e competitiva, com operações al-tamente complementares. Tanto que a ges-tão da DPSP será compartilhada pelos doisgrupos de acionistas — explica Ivan Coim-bra, diretor comercial da Pacheco.

A empresa, que recentemente inaugurouum novo depósito na Pavuna, com aproxi-madamente 16 mil metros quadrados e ca-pacidade de armazenar mais de 10 mil itenspara abastecer a rede diariamente, prometeainda investir na boa relação com os clien-tes e em serviços de qualidade.

— Continuamos com a mesma missão degarantir a procedência dos medicamentosao consumidor, seguir à risca as prescri-ções da classe médica, ter efetivamente apresença de farmacêutico em todos os es-tabelecimentos e cumprir as regras da vigi-lância sanitária — acrescenta Coimbra.

PACHECOfarmáciaedrogaria supermercado

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GUANABARAPACHECOfarmáciaedrogaria supermercado

PROMOÇÕES EMUITOS PRÊMIOS

Varejista mais lembrado na

pesquisa expande sua rede pela

cidade e se associa a eventos,

sempre fazendo sorteios de brindes

para fidelizar o consumidor

Bia

nca

Pim

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UMA DAS unidadesdo Guanabara noRio: quatro milhõesde clientes mensaisnas 22 lojas da rede

Os Supermercados Guana-bara causaram alvoroçoem bairros do Rio por con-ta de sua promoção de ani-versário, em meados des-te mês. A corrida de con-sumidores às lojas — queparou o trânsito em Nite-

rói, literalmente — foi resultado de umacombinação de gordos descontos em produ-tos com a chance de concorrer a seis prê-mios de R$ 150 mil em barras de ouro e acarros 0km sorteados semanalmente, alémde vales-compras. A iniciativa é exemplo daforte estratégia de marketing da empresa doRio, que é patrocinadora oficial do carnavalna Marquês de Sapucaí e do Campeonato Ca-

rioca de Futsal, para citar alguns exemplos.Para fidelizar sua clientela, a empresa

sempre promove o sorteio de prêmios, emcada evento ao qual se associa. Para o Ro-ck in Rio, por exemplo, foram distribuídosmil ingressos. As ações contam com o su-porte de investimentos em mídia, comcampanhas criadas pela agência Fullpack.E incluem filmes para a TV com artistas co-mo Fábio Jr. e Leonardo, que estrelam oanúncio de aniversário.

A empresa beira os 12.600 funcioná-rios, distribuídos em suas 22 lojas no es-tado. Por elas, passam em média quatromilhões de pessoas a cada mês. O Gua-nabara vem investindo na expansão desua rede de filiais, com novas unidades e

a expansão e a reforma daquelas já emoperação.

— A abertura de uma nova filial envol-ve questões complexas, demandandoplanejamento de logística, decisão sobrelocalização, aprovação do governo e ou-tros. E nosso objetivo é que todas as lojassejam amplas, com estacionamento e ar-condicionado — explica Albino Pinto, di-retor de marketing.

Em 2011, o Guanabara modernizou seusupermercado de Itaguaí, com o aumentoda área de vendas e melhorias no sistemade ar-condicionado, conta Pinto. Anopassado, os esforços foram concentra-dos na megaloja inaugurada na Barra. E ocrescimento não deve parar por aí.

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UMA MESMA PAIXÃOPELO ESPORTE‘Se a empresa fosse uma cidade, certamente seria o Rio de Janeiro’, resume

o diretor de marketing da marca, que tornou a capital fluminense uma de suas

sedes globais e lançará novas e turbinadas lojas em Ipanema e Madureira

Fernando Donasci

TIAGO PINTO, diretor demarketing da Nike no Brasil:

“Pequim, Xangai, Londres, NovaYork, Los Angeles, Paris e Rio

são para a Nike as cidades compoder global de influência”

ANike e o Rio têm a mesma es-sência: a paixão pelo esporte.Há dois anos, a capital flumi-nense foi escolhida como umadas chamadas “cidades glo-bais” da Nike, um título desti-nado a metrópoles importan-tes pela capacidade de influen-

ciar, lançar tendências e ditar modas e pelomercado que representam.

— Pequim, Xangai, Londres, Nova York,Los Angeles, Paris e Rio são para a Nike ascidades com poder global de influência. Se aempresa fosse uma cidade, certamente seriao Rio de Janeiro, pela paixão pelo esporte e a

irreverência — diz TiagoPinto, diretor de marketingda Nike do Brasil.

Segundo Pinto, o cuida-do do carioca com o cor-po torna o Rio o melhorambiente para a empresa.Periodicamente, desenhis-tas da companhia queatuam em várias partes domundo passam por aquipara buscar tendências ecriar novos modelos de tê-nis em outros países. Doismeses atrás, a Nike criouum produto específico pa-ra o carioca, o tênis decorrida Nike Free.

Futebol, surfe e skate sãoos focos da empresa na ci-dade. Primeiro foi criado oprojeto “Posto 6.0”, umacentral de surfe e esportesde ação montada no Pepê,na Barra. Em seguida foilançado o novo sistema deiluminação noturna do Ar-poador. No skate, há pelomenos dois grandes proje-tos em parceria com a pre-feitura. Um deles, já em an-damento, é a reforma da“quadrinha” da Lagoa. Nofutebol, em parceria com aCentral Única das Favelas

(Cufa), a Nike patrocina a Taça das Favelas e oViaduto Futebol Clube, em Madureira.

— Nossos planos imediatos incluem ainda aconstrução de um centro de treinamento defutebol que ficará disponível para a popula-ção. Trata-se de um projeto em parceria com aprefeitura e, portanto, ainda cercado de umcerto sigilo — afirma o diretor de marketing.

Até o ano que vem surgirão duas lojaspróprias turbinadas, uma em Ipanema e ou-tra em Madureira.

NIKEartigoesportivo

Divulgação

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AOS 30, PLANEJANDOCRESCER AINDA MAIS

Complexo parte para mais uma

expansão, acompanhando o crescimento

econômico do Rio. No Natal,

consumidores poderão apreciar uma

árvore feita de cristais Swarovsky

Div

ulga

ção

TINA ADNET (abaixo): “Somos omaior shopping da Multiplan eo campeão de vendas no país”

Em clima de festa para celebrarseus 30 anos, o BarraShoppingestuda fazer uma nova expan-são. Com mais de 600 lojas, 18salas de cinema e serviços, oshopping começou a discutirsua 7a- ampliação.— O Rio e a Barra estão cres-

cendo e acompanhamos o movimento. Oshopping recebe cem mil pessoas por dia, oequivalente a um terço da população do bairro— conta a gerente de marketing Tina Adnet.

O intenso fluxo de clientes é resultado daoferta combinada de opções de compras, en-tretenimento e serviços. Tina, porém, nãodeixa de associar o sucesso do BarraShop-ping à expansão da economia da cidade:

— Somos o maior shopping da Multiplan eo campeão em vendas em todo o país.

No primeiro semestre, as vendas chega-ram a R$ 667,1 milhão, aumento de quase12% sobre janeiro a junho de 2010. A pro-cura de espaços por lojistas é grande e oBarraShopping tem espaço para crescer, ar-gumenta a gerente. A renovação da atual es-

trutura, contudo, precisa ser constante. Is-so inclui a revitalização do shopping que jáganhou novas claraboias, escadas rolantese mobiliário interno. Boas instalações físi-cas, no entanto, não bastam para atrair ocliente. Este ano, o shopping ganhou novi-dades como a primeira sala Imax do Rio, nocomplexo UCI, no New York City Center, elojas exclusivas como a QuickSilver. Alémda Hot Zone, área de jogos tencológicos. Ofoco está em oferecer um espaço democrá-tico como é o carioca, resume Tina.

— Nosso objetivo é ter um shopping in-clusivo, onde as pessoas fiquem à vontade— ressalta ela.

Foi daí que surgiu a ideia de decorar oBarraShopping para o aniversário tal comose prepara uma casa para receber amigos.Mas ao tratar-se de um shopping, porém, afesta parece não ter fim. A decoração deaniversário cederá espaço para a de Natal.Entre as inovações previstas para a maiortemporada de vendas do ano, está uma ár-vore feita de cristais Swarovsky, com 13 me-tros de altura.

BARRASHOPPINGshoppingcenter

Bianca

Pimenta

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ELA NÃO DEIXA O RIOPASSAR EM BRANCOA Praça XV, uma das regiões mais tradicionais da cidade, vira

cenário para campanha publicitária da fabricante. A estratégia de

marketing é associar a marca a um perfil inovador e criativo

BRASTEMPeletrodoméstico televisor

Fotos de divulgação

APraça XV, no Centro do Rio,foi cenário da última cam-panha da Brastemp, lança-da em abril, para a lavadoraAtive! 9kg. Criada em SãoBernardo do Campo, a em-presa que hoje integra aamericana Whirlpool tem

olhos bem atentos aos cariocas.— O perfil do consumidor da Brastemp,

que é antenado, aberto à inovação e quegosta de novas experiências, está estreita-mente relacionado ao perfil do carioca. Porisso, oferecemos a ele produtos inovado-res, criativos e cheios de atitude — diz Da-niela Cianciaruso, gerente geral de marke-

ting do grupo para a América Latina.As vendas da companhia chegaram a US$

1,3 bilhão na região no segundo trimestre des-te ano, 25% a mais que em igual período de2010. A estimativa, explica Daniela, é de cres-cimento de 5% a 10% no fim de 2011, comoconsequência da economia sólida, com de-manda aquecida e aumento da renda salarial.Brastemp e Consul, juntas desde a década de90, encerrarão 2011 com 200 novos produtoslançados, como a linha Built-in Brastemp, comitens como fornos e cooktops de embutir. A in-ternet também ganha força como vitrine paranovos produtos e tem no estado do Rio o se-gundo maior mercado consumidor das duasmarcas, atrás dos paulistas.

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OMUNDONATELINHAEEMALTADEFINIÇÃOEnquanto comemora forte expansão nas vendas no Brasil, multinacional japonesa

mira no acesso à internet pela TV para continuar a fazer a cabeça dos cariocas.

Investimentos em esportes incluem patrocínio à Copa do Mundo de 2014

FernandoD

onasci

CARLOS PASCHOAL, gerente demarketing e comunicação da Sony Brasil

ASony Brasil estima que omercado de te lev isorescom tela de cristal líquido eLED no país experimentaráuma expansão de impres-sionantes 35% só este ano.Em 2010, a empresa tripli-cou as vendas de TVs e en-

cerrou o ano com crescimento de 65%.Foi o melhor resultado entre os países on-de a poderosa multinacional japonesa,mais lembrada pelos cariocas, atua. O re-sultado elevou o Brasil da 14a- para a 8a-

maior operação global da companhia. NoRio, a alta foi 15% superior ao crescimen-to nacional.

— O melhor desempenho foi o do Nor-deste. Mas, como o Rio já é um mercadomaduro, representa uma esticada grande— destaca Carlos Paschoal, gerente demarketing e comunicação da Sony.

Atenta à demanda nacional, a compa-nhia lançou três novas séries da linha detelevisores Bravia este ano. O foco estáno acesso à internet e na imagem em altadefinição, além da oferta de conteúdo ex-clusivo de empresas parceiras, como oSBT e o diário esportivo “Lance!”. Asações de marketing, aliás, têm forte ênfa-se no esporte. Em julho, a Sony promo-veu o jogo solidário de futebol de areiaBrasil x Japão, na Praia de Copacabana.

No evento, parceria com a ONG Save theChildren, arrecadou fundos para vítimasdo terremoto que castigou o país orientalno primeiro semestre.

A empresa ainda é patrocinadora ofi-cial da Fifa até 2014, o que inclui o Mun-dial do Brasil. No varejo, investe em ca-pacitação de funcionários e dobrou aequipe de promotores no Rio para 35 pro-fissionais. De outro lado, aproveita even-tos como a Casa Cor Rio para mostrar aoconsumidor como seus produtos combi-nam tecnologia de ponta e design.

— O carioca é inovador, gosta de entre-tenimento e tem visão crítica sobre o que éproduto de qualidade — elogia Paschoal.

SONYBRASTEMPeletrodoméstico televisor

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NOVAS DIRETRIZESPARA SEGUIR NO TOPO

AFP

APARELHOS COMa plataforma WindowsPhone: Nokia abriu no

Rio suas primeiraslojas brasileiras, nos

moldes da sedefinlandesa (à direita)

Oconsumidor carioca é inte-ressado em estilo e diver-são e tem alto envolvimen-to social. Com apetite porinformação, acompanhaconstantemente as tendên-cias do mercado. Ah, tam-bém é um dos que mais

procuram personalizar seu telefone. Esse é oresultado de pesquisas internas que a Nokia, amaior fabricante mundial de celulares, realizapara determinar os hábitos de consumo dasregiões em que atua.

A fim de atender às demandas locais, aempresa escolheu o Rio — onde é a marcamais lembrada — para abrigar suas primei-

ras lojas próprias de varejo no Brasil. Elasseguem as novas diretrizes da companhiaem 2010, focadas em promover atendimen-to de qualidade, com funcionários treina-dos a todos os clientes. Hoje, a cidade abri-ga duas das seis unidades de vendas man-tidas pela companhia finlandesa no país.

— O consumidor carioca é bastante exigen-te e sempre teve bastante confiança na Nokia.O Rio é estratégico para nós — diz MarceloCâmara, diretor de marketing da Nokia.

Para envolver os consumidores direta-mente com a marca, a Nokia organizou esteano o primeiro campeonato brasileiro deAngry Birds, um dos mais populares jogospara telefones inteligentes e tablets. As lojas

do Rio sediaram várias etapas eliminatóriasdo campeonato.

A marca vai enfrentar um grande desafiono próximo ano, quando deve começar aparceria com a Microsoft, que prevê a ado-ção do Windows Phone como a plataformapadrão dos telefones inteligentes da Nokia,em substituição ao Symbian, desenvolvidopela própria empresa.

— Estamos trazendo produtos com entra-da para dois chips. Por fim, outro grandelançamento que faremos nas próximas se-manas é o Nokia N9, que oferece um dosmais belos designs de produto, uma tela cur-vada de 3,9 polegadas, interface inovadora ecores vibrantes — antecipa Câmara.

NOKIAfabricantedecelulares operadoradecelular

Divulgação

Maior indústria mundial de telefones

móveis faz pesquisas para conhecer

melhor o consumidor local, usa cidade

como trampolim para rede de lojas

próprias e se prepara para aderir

à plataforma Windows Phone

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47marcascariocas

BOMSINALTAMBÉMPARAATELEFONIAFIXA

Líder se prepara para entrar

no segmento tradicional, enquanto

anuncia investimentos em áreas

pacificadas do Rio, onde lança primeiro

a maior parte dos seus novos serviços

Bianca Pimenta

VERSIONE SOUZA,diretor regional daVivo: “Estamosatentos a tudo o queacontece no Rio”

Líder do mercado fluminense detelefonia móvel, com 6,6 mi-lhões de clientes, a Vivo agorase prepara para lançar no Rio oserviço de telefonia fixa, o quedeve acontecer nas próximassemanas. A novidade coroaum ano em que a marca abriu

sua primeira loja-conceito no país, no Bar-raShopping, e viu sua cobertura 3G atingir88% dos municípios do estado. E tudo issoapenas por enquanto, já que a meta é che-gar a 100% até o fim do ano.

No Rio, duas regiões receberam forte in-

vestimento na área de tecnologia da empre-sa para garantir a qualidade do sinal: oComplexo do Alemão e o bairro da Penha.Depois do início do processo de pacificaçãona área do segurança, a infraestrutura da Vi-vo naqueles locais já recebeu R$ 1 milhão.

— Estamos atentos a tudo o que aconte-ce no Rio. Sabemos que a comunidade nãoconseguiria se desenvolver sem acesso acelular e a internet 3G de qualidade, e ali ha-via algumas áreas em que o sinal era muitodeficiente. Por isso investimos em novasantenas e ainda devemos instalar outras —conta Versione Souza, diretor da regional

Leste da empresa, responsável por Rio, Ba-hia, Espírito Santo e Sergipe.

A Vivo encerra 2011 com investimentostotais de R$ 225 milhões no estado em in-fraestrutura de rede, ampliação da rede 3Ge inovação tecnológica.

— O carioca gosta muito de novidadestecnológicas. Por isso, sempre lançamosnossos novos produtos e serviços na ci-dade. Foi aqui que começamos o Vivo Di-reto (serviço de rádio), o Vivo TorpedoRecado, além de fazer os lançamentos deaparelhos como smartphones e tablets —destaca Souza.

VIVONOKIAfabricantedecelulares operadoradecelular

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48 marcascariocas

DO JEITO QUE A GENTE GOSTAA pedido dos clientes, empresa dobra sua força de atendimento e vendas local, organiza eventos e lança produtos

primeiro por aqui. Tudo com a filosofia de que as pessoas devem tirar proveito da tecnologia para uma vida melhor

Fern

ando

Don

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FABIANA MARCON, diretora de marketing daDell: “Percebemos que o Rio vem crescendo”

Os cariocas pediram, e a Dellatendeu. A cidade já era umdos grandes mercados con-sumidores da empresa,mas agora também é um deseus grandes centros cor-porativos. Após uma reava-liação interna das princi-

pais necessidades do público do Rio de Janei-ro, a fabricante de computadores percebeuque teria de dobrar a força de vendas e aten-dimento voltada ao cliente empresarial.

— De um tempo para cá, a gente percebeque Rio vem crescendo do ponto de vistade negócios. Essa demanda começou a apa-recer nos conselhos que formamos comclientes para saber qual a sua opinião sobrea marca. Percebemos que eles pediam maispresença no ponto de venda e mais visitasde atendimento — diz Fabiana Marcon, di-retora de marketing da Dell.

Além de aumentar sua força corporativapor aqui, a Dell adotou outras três estraté-gias diferenciadas que privilegiaram o mer-

cado carioca. A primeira delas, em abril, foio pré-lançamento do notebook Inspiron15R, feito no Fashion Rio em parceria com agrife Second Floor.

Em maio, a empresa escolheu a cidadepara sediar o encontro da DWEN, sigla eminglês para Rede de Mulheres Empreende-doras da Dell.

— A escolha do Brasil como sede doevento mostra a importância do mercadobrasileiro e carioca — comenta Fabiana.

A empresa também fez ações diretas aoconsumidor que leva o mote "Dell de seu jei-to". No Rio, foi instalado um quiosque noBarraShopping com a exposição de todosos lançamentos do primeiro semestre, ondeum funcionário dá consultas mais aprofun-dadas aos consumidores.

— O nosso propósito é usar a tecnologiapara permitir que as pessoas cresçam comela e tirem mais proveito dela. A comunica-ção da Dell passou a ser mais voltada ao be-nefício que a tecnologia traz do que para oproduto em si — resume Fabiana.

DELLcomputador lojademóveisedecoração

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49marcascariocas

NO RIO, É FÁCIL SESENTIR EM CASA

Foi na cidade que surgiu a segunda

unidade da empresa. E os cariocas

continuam no foco de um negócio

que aproveita o bom momento econômico

do país para crescer de forma acelerada

Div

ulga

ção

UM AMBIENTE com produtos da Tok&Stok:no início, cariocas gostavam de móveiscoloridos; agora, preferem tons mais sóbrios

Verdade seja dita: foi em SãoPaulo, lá em 1978, que surgiua primeira das muitas unida-des da loja que viraria sinô-nimo de decoração com bomgosto e preços competitivospara muitos brasileiros. Masos empresários franceses Re-

gis e Ghislaine Dubrule, criadores daTok&Stok, não quiseram esperar muito. Me-nos de um ano depois, montaram na Barra aprimeira loja carioca. Que cresceu, mudoude lugar no bairro e acabou servindo de ins-piração para a instalação de outras filiaispor aqui. Hoje, são quatro endereços no Rioe um em Niterói.

— Eu gostava tanto do Rio que me mudeicom a família para a cidade assim que abri a

loja na Barra. Infelizmente, não pude morarpor muito tempo na cidade. Mas até hojeme lembro daquela época e de tantos ami-gos que fiz — afirma Regis.

A loja da Barra fez tanto sucesso, ele lem-bra, que atraiu a concorrência para a regiãoe acabou forçando a Tok&Stok a ampliar onegócio. Dos 400 metros quadrados daque-la unidade original, a representante da em-presa na Zona Oeste carioca pulou para osatuais 9 mil metros quadrados:

— Fomos obrigados a crescer na marra.Naquela época, os móveis coloridos faziammuito sucesso no Rio. Os cariocas muda-ram um pouco, hoje eles preferem os pro-dutos mais claros. Nós também mudamospara acompanhá-los.

A dificuldade de encontrar móveis de qua-

lidade, com design, bom preço e pronta reti-rada foi o que motivou o empresário a montara loja no Brasil. Atualmente, a Tok&Stok tem34 lojas em 12 estados (Bahia, Ceará, DistritoFederal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais,Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, SantaCatarina, Rio de Janeiro e São Paulo). Das cin-co lojas que planejou inaugurar este ano, faltaapenas uma, a do bairro da Mooca, em SãoPaulo, que abrirá as portas no final do próxi-mo mês. Já foram inauguradas este ano duaslojas em Curitiba, uma em Belo Horizonte euma em Florianópolis (a primeira no estado deSanta Catarina). No ano que vem, serão aber-tas mais seis, tudo para aproveitar o bom mo-mento econômico do país. E os cariocas, fiéisao conceito da loja, como mostra a pesquisa,estão sempre no foco.

TOK&STOKDELLcomputador lojademóveisedecoração

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50 marcascariocas

UMA ONDA LARANJAQUE TOMOU A CIDADEPrimeiro foram as aquisições de instituições financeiras cariocas, como o Banerj

e o Nacional. Depois, a presença cada vez maior em grandes eventos, como

o carnaval e o Rock in Rio. O próximo passo: espalhar-se pelas favelas

Divulgação

FERNANDOCHACON,diretorexecutivo demarketing doItaú Unibanco:“a relaçãocom oscariocasaumentou”

Duas fusões que acontece-ram há mais de 15 anos fi-zeram toda a diferença narelação do Itaú Unibancocom o Rio de Janeiro. A pri-meira, em 1995, foi a com-pra do antigo Nacional peloUnibanco. A segunda, dois

anos depois, em 1997, foi a aquisição do Ba-nerj pelo Itaú. Fernando Chacon, diretor exe-cutivo de marketing do Itaú Unibanco, contaque essas duas operações deram à nova es-trutura do banco um “ar bastante carioca”.

— Quando o Itaú e o Unibanco se uniram,em 2008, trazendo com eles dois bancos doRio, o Nacional e o Banerj, a relação com oscariocas aumentou — afirma Chacon.

O Itaú Unibanco é um grande patrocinadorde eventos culturais e esportivos na cidade eno estado. Este ano, o banco fechou novamen-te uma parceria com a organização do Rock inRio para ser a principal marca do festival. En-tre os benefícios que os clientes tiveram sedestacaram a pré-venda especial e limitada deingressos exclusivos com cartões de créditoPlatinum, Black e Infinity. Além disso, duranteo período de venda oficial, todos os usuáriosde cartões Itaú tiveram desconto na comprade ingressos.

Há sete anos, o banco é o principal apoiadorda Festa Literária Internacional de Paraty(Flip) e, pelo segundo ano, investe no carnavalde rua do Rio. No esporte, foi o primeiro a con-firmar o patrocínio oficial à Copa de 2014. Osvalores do novo acordo com a Fifa não foramdivulgados. Já na seleção brasileira, o acordofinanceiro ascende a US$ 15 milhões por ano.

Com 750 agências e 5.700 caixas eletrônicosno Rio, o Itaú Unibanco está presente de Cam-po Grande à Rocinha, do Leblon à Ilha. No fimde setembro, inaugurou uma unidade no Com-plexo do Alemão e planeja agências no Borel,na Cidade de Deus e na Vila Cruzeiro.

ITAÚUNIBANCObanco cartãodecrédito

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51marcascariocas

CRÉDITO PARA OSPRÓXIMOS ANOS

Bandeira mais lembrada na pesquisa

se prepara para investir na Copa

e nas Olimpíadas, cria inúmeras ações

regionais e põe a capital fluminense

no centro da sua estratégia para o Brasil

Fern

ando

Don

asci

LUIZ CÁSSIO DEOLIVEIRA, diretorexecutivo demarketing da Visa:“é gostoso fazerações no Rio”

Patrocinadora oficial da Copa de2014 e dos Jogos Olímpicos de2016, a Visa põe o Rio no cen-tro de sua estratégia para oBrasil, e isso se reflete em suascampanhas publicitárias. Apartir do início de 2012, a ban-deira de cartões de crédito

mais lembrada pelos cariocas estreia a cam-panha olímpica de Londres, já de olho no quevai rolar por aqui quatro anos depois.

— Estamos analisando uma série de proje-tos junto com a cidade do Rio de Janeiro — dizo diretor executivo de marketing da Visa, LuizCássio de Oliveira, fazendo questão de mantero segredo em relação às iniciativas.

Até o fim do ano, a empresa deve concluira campanha que estimula o uso de cartões— de crédito e débito — no lugar do dinhei-ro, lançada em abril de 2010. A peça ficouconhecida pela música tocada por um triode mariachis. Além da campanha, outros es-forços regionais da marca foram coordena-dos sob projeto global “Vai de Visa”.

Entre as ações de marketing lançadas espe-cificamente para o Rio, destacam-se a promo-ção que dava caçarolas de ferro aos clientesque usassem o cartão da bandeira para pagarsuas contas em restaurantes parceiros.

— O carioca, pela experiência que eu te-nho, é o público que mais gosta de açãopromocional. Ele participa, reclama quando

tem de reclamar e elogia quando gosta. Émuito gostoso fazer essas ações no Rio —afirma Oliveira.

Outra campanha conjunta que chamou aatenção este ano foi o lançamento de umaedição limitada de cartões com os persona-gens da animação “Rio”, da Fox. Os produ-tos foram feitos exclusivamente para o pú-blico fluminense, que comprou a ideia.

— O resultado foi muito interessante,houve uma demanda enorme pelo cartão.Esperamos repetir esse tipo de ação maisvezes. Acho que o seu grande diferencialfoi trabalhar com o orgulho que o cariocatem da própria cidade — analisa Luiz Cás-sio de Oliveira.

VISAITAÚUNIBANCObanco cartãodecrédito

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CRIATIVIDADE PARAMANTER A DIANTEIRA

Líder entre as montadoras em atividade

no Brasil, a alemã investe em design

jovial, pesquisa constante e ações

de marketing em eventos identificados

com consumidores arrojados

Fabio Rossi

VOLKSWAGENfabricantedeautomóveis automóvelcompacto

Futuro palco dos dois maioreseventos esportivos do mun-do nos próximos anos, o Rioviveu uma espécie de testepara o que se verá na cidadeem 2014 e 2016, entre o finaldo mês passado e o iníciodeste, com a quarta edição

local do Rock in Rio. E a Volkswagen es-tava lá, marcando presença como patro-cinadora do evento.

É assim que a marca alemã, que chegou

ao Brasil em 1953 incentivada pelo plano dedesenvolvimento do presidente JuscelinoKubitschek, investe na identificação com opúblico brasileiro. Os números são justifica-tiva suficiente. Hoje, a empresa, campeã dacategoria fabricantes de automóveis dapesquisa Marcas dos Cariocas, é a maior fa-bricante de veículos do país e tem a maiorrede de concessionárias. Tantos anos na ca-beça dos consumidores exigem pesquisa einovação constantes.

— O Rock in Rio traz jovialidade à marca,

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53marcasdoscariocas

O GOL Rock in Rio, lançadoem julho: produção limitada,mas ótima repercussão; aolado, o gerente depropaganda Herlander Zola

GOLVOLKSWAGENfabricantedeautomóveis automóvelcompacto

uma conexão maior com o público que gos-ta de música, de se divertir. Natural nos as-sociarmos ao evento — diz Herlander Zola,gerente de propaganda da Volkswagen.

Entre as ações promocionais criadaspara o festival, a Volks lançou duas sériesespeciais de modelos esportivos volta-dos para o público jovem, que chegaramao mercado em julho e tiveram produçãolimitada, mas ótima repercussão. Um dosmodelos, o Fox, dava direito ao seu com-prador de baixar os hits da história do

festival. Já o outro celebrava o carro líderde vendas do mercado brasileiro há 24anos, o Gol — campeão da pesquisa nacategoria automóveis compactos. Só noprimeiro trimestre deste ano, foram68.534 unidades vendidas, ou 11,3% departicipação no mercado.

— O Gol é nosso principal produto, e pen-samos nele de forma muito especial, adap-tando-o às novas necessidades do público edeixando-o mais alinhado sob o ponto devista do design — conclui Zola.

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A PRÓXIMAPARADA ÉO FUTUROCentro de serviços movido a energia

solar, com reaproveitamento de água

e recursos digitais será inaugurado

em novembro no Rio. E servirá como

modelo para a rede de todo o país

Bianca

Pimenta

O PRESIDENTE DABR Distribuidora,

José Lima Neto,em um dos postos

de combustívelno Rio

Oposto de combustíveis dofuturo terá tecnologias paraidentificar clientes, com da-dos sobre seus hábitos deconsumo, a fim de persona-lizar o atendimento. Do car-ro, o consumidor poderáusar um tablet e, através de-

le, acessar os serviços e produtos da loja deconveniência. Terá ainda pagamento facilita-do, enquanto abastece em uma unidade eco-logicamente responsável, com recursos comoenergia solar, reaproveitamento de água dachuva, iluminação eficiente. O futuro chegaráao Rio no próximo dia 2, com a inauguração deum inovador centro de serviços, na Barra daTijuca, pela BR Distribuidora.

— É uma parceria com a Intel, para testarcomo as modernas tecnologias podem seraplicadas em um posto. Será uma referênciapara experimentar o que poderá ser replicadoem nossa rede no Rio e no país — explica JoséLima Neto, presidente da empresa, fundada há40 anos na capital fluminense.

A BR elevou em mais de 80% seus inves-timentos no primeiro semestre do ano. Efará aporte de R$ 1,03 bilhão em projetosde expansão nos próximos cinco anos noEstado do Rio. Entre os principais estão aampliação das instalações nos aeroportosSantos Dumont e Internacional AntonioCarlos Jobim, por conta da alta na deman-da por combustível para aviação; moder-nização e aumento da atual fábrica de lu-brificantes, em Duque de Caxias, e a cons-trução, ainda em estudos, de mais uma

BRDISTRIBUIDORApostodecombustível companhiadeseguros

unidade fabril no Comperj, o complexo pe-troquímico em Itaboraí.

O Rio é o segundo maior mercado da BR nopaís, atrás apenas de São Paulo. Em vendas,contudo, bateu alta de 29,1% no ano passado,ficando acima da média nacional, de 22,4%.Os resultados vêm não apenas da venda decombustíveis, mas da rede de lojas de con-veniência BR Mania. As unidades estão sendomodernizadas e ganham novos produtos demarca própria, como sanduíches e pizzas.

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CARRO PROTEGIDO.SAÚDE TAMBÉMCom planos de proteção para pessoas, automóveis e empresas,

companhia banca bicicletários da orla, além de oferecer comodidades

como o Motorista Amigo, sucesso na cidade onde a Lei Seca mais ‘pegou’

Bia

nca

Pim

enta

Vá de bicicleta. Essa é umadas bandeiras da SulAmé-rica Auto, braço de prote-ção para veículos da segu-radora. Trata-se de cam-panha para alertar as pes-soas sobre o impacto douso do carro ao meio am-

biente. Mas funciona também como es-tratégia de aproximação da clientela. NoRio, a empresa patrocinou a instalaçãodos bicicletários da orla, em parceriacom a prefeitura. E aposta em outrasações de sustentabilidade e estímulo apráticas saudáveis.

Acompanhar de perto o comporta-mento da cidade onde nasceu, em 1895,garante à SulAmérica base para inovar ecrescer com a capital fluminense, diz odiretor de marketing, Zeca Vieira. A vita-lidade da economia levou o grupo a de-senvolver seguros para nichos empresa-riais específicos. Bares e restaurantes,padarias e shoppings, hotéis e pousadasestão entre eles.

— Pequenas e médias empresas vãosustentar e crescer ao redor dos proje-tos para os grandes eventos esportivosdesta década. E estamos atentos a essesegmento — ele explica.

Os Centros Automotivos de Atendi-mento são outro exemplo. Mistos de ofi-cina e posto de atendimento ao segura-do, já somam 30 filiais no país. Niterói re-ceberá a próxima unidade, com inaugu-ração até o fim do ano. A expansão derenda na classe C também levou à cria-ção de novo produto, a Assistência 24h,para quem não tem seguro do carro masquer auxílio em emergências.

O Rio, argumenta Vieira, tem particu-laridades. A cidade é campeã em soli-citações do Motorista Amigo, com 45%do total no país. O serviço garante o en-vio de um motorista para conduzir ocarro do segurado, caso ele não se sin-ta em condições de dirigir. A demandacresceu devido ao forte impacto da LeiSeca no estado.

A estratégia de criar produtos sobmedida para grupos de clientes, comdestaque também para pessoas físicas,através de seguros de vida e assistênciapessoal, vem garantindo crescimento àSulAmérica. Em 2010, o lucro bateu R$614 milhões, resultado recorde, com al-ta de 48% sobre o ano anterior. O fatu-ramento em prêmios de seguros chegoua R$ 8,4 bilhões. No primeiro semestredeste ano, a empresa registrou aumentode 16,2% em prêmios.

SULAMÉRICABRDISTRIBUIDORApostodecombustível companhiadeseguros

O DIRETOR de marketing daSulAmérica, Zeca Vieira, na

orla de Ipanema: de olho nocomportamento do carioca

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ASSIM SE CONSTRÓIUMA IMAGEM SAUDÁVEL

Com investimentos em unidades voltadas

para diferentes perfis socioeconômicos, clínica

que nasceu como centro de diagnósticos

agora também desenvolve pesquisa e

marca presença em eventos pela cidade

REDED’ORclínicaehospital planodesaúde

Da classe AAA à menos fa-vorecida; da Barra a Du-que de Caxias. A RedeD’Or — a mais lembradapelos cariocas no setor —quer expandir cada vezmais seu número de hos-pitais, oferecendo servi-

ços de qualidade em todos os segmentos. Apróxima grande investida da marca, nasci-da como um centro de diagósticos em 1977até a abertura do Barra D‘ Or onze depois,será uma segunda unidade no bairro, volta-da para os pacientes de altíssimo poderaquisitivo. Mas a expansão é mais ambicio-sa: além dos seis hospitais da bandeira

(apenas um deles fora do município do Rio,em Niterói) e de outros 13 associados, emlugares como Recife e São Paulo, há outrostrês em construção.

— A decadência dos hospitais públicosnos anos 1990 e o crescimento do númerode usuários de planos de saúde abriramuma janela de oportunidades. Ocupamosessa carência com hospitais de qualida-de, distribuídos geograficamente na cida-de e atendendo a todas as faixas de po-pulação. Sempre procuramos suprir asnecessidades dos cariocas, seja nasemergências, seja no Centro de Oncolo-gia inaugurado no Hospital Quinta D’Or,recentemente — avalia João Pantoja, su-

perintendente médico da rede.O grupo, que também investe em pesqui-

sas médicas e, desde 2010, mantém um cen-tro de ensino, iniciou uma nova estratégiade marketing este ano. Ela inclui a presençaem grandes eventos, como o Rock in Rio,onde a rede D’Or foi responsável pelos aten-dimentos médicos.

— Trata-se de uma forma de mostrarque o nosso crescimento também é acom-panhado por maiores investimentos nacultura, no esporte e em ações sociais doRio — explica Pantoja, lembrando o in-vestimento também na Stock Car, na Bie-nal do Livro e na última turnê do Cirquedu Soleil.

Fotos de Bianca Pimenta

O SUPERINTENDENTE médicoJoão Pantoja; ao lado, umoperador de tomógrafo: RedeD’Or ganhou centro depesquisa e estudos

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CELSO BARROS, presidente da Unimed-Rio(no alto): construção de unidadesexclusivas, como o Espaço Para ViverMelhor, em Botafogo

UNIMEDREDED’ORclínicaehospital planodesaúde

OFluminense, o Engenhão e aMaratona do Rio puxam alista de patrocínios esporti-vos da Unimed-Rio — estra-tégia da operadora paraparticipar dos momentospreferidos da vida dos ca-riocas, reforçando o slogan

da campanha “O melhor plano de saúde é vi-ver”. Mas, como também tem de estar presen-te em momentos difíceis, a cooperativa (quepara a maioria dos entrevistados pela pesqui-sa, virou sinônimo de plano de saúde) investena implementação de uma rede própria. Fe-chará 2011 com duas unidades de pronto aten-dimento inauguradas, uma em Copacabana,que abre mês que vem, e outra na Barra, ondetambém constrói um hospital exclusivo. Sua

abertura está prevista já para 2012.Em Botafogo, a Unimed-Rio criou o Espa-

ço para Viver Melhor, centro de saúde cujofoco é acompanhar pacientes crônicos. Euma segunda unidade de pronto atendi-mento na Zona Oeste já está a caminho.

— Estamos em um momento de esgota-mento da rede hospitalar da cidade, e essas

unidades vão garantir qualidade e acesso (àsaúde) — acredita Celso Barros, presidenteda Unimed-Rio.

A operadora soma mais de 850 mil clien-tes, um acréscimo de cerca de 5% em rela-ção à carteira do ano passado. A expansãovem como consequência do crescimento daeconomia da cidade e do estado. E é puxadapor pequenas e médias empresas, princi-palmente dos setores de óleo e gás e ser-viços. Para Barros, o segredo está em inves-tir de maneira correta, como em marketing,por exemplo. Patrocínios esportivos e cul-turais, além de campanhas como a nova “Sea vida não para de oferecer, não pare deaproveitar”, estão focados na vida do cario-ca. E abocanham de 2% a 3% do faturamen-to anual da Unimed-Rio.

A APOSTA É NAQUALIDADE DE VIDAPara ampliar serviços, operadora

constrói seus próprios centros de pronto

atendimento, espaços de bem-estar

e até hospitais, além de se associar

ao esporte e à prevenção de doenças

Fotosde

divulgação

FabioR

ossi

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ENSINOPARATODAS ASGERAÇÕESCriado há 77 anos, curso de línguas

confia na tradição, mas não para

de se modernizar, investindo em novas

ferramentas e métodos de ensino

voltados para jovens alunos

Bia

nca

Pim

enta

Gerações de carioquinhasjá passaram pelas salas deaula da Cultura Inglesa pa-ra aprender a língua daterra de William e Kate.Tanta tradição não faz ocurso de idiomas deixarde investir em novidades,

sobretudo em tecnologia. Sem perder devista a qualidade admirada por seus alu-nos desde a fundação, há 77 anos, o mé-todo e as ferramentas de ensino são cons-tantemente atualizados.

De quadros negros interativos a cursos

mais rápidos e, portanto, mais adequadosàs necessidades atuais, a empresa se rein-venta constantemente.

— Estamos sempre em busca das melho-res práticas educacionais e da excelência denossos professores que, para isso, passampor rigoroso treinamento e familiarizaçãocom a tecnologia e o método de ensino ado-tado. Temos um grupo de profissionais fo-cados em antecipar as tendências do mun-do da educação e garantir que a evolução daabordagem da Cultura esteja à altura dasexigências dos alunos do século XXI — de-fende Maria Lucia Willemsemns, diretora su-

perintendente da Cultura Inglesa.E, para atender a cada vez mais alunos, o

curso que conta hoje com 200 mil estudantesinveste ainda mais no futuro. Em 2011 foramabertas quatro novas unidades, três na cidadedo Rio e uma em Duque de Caxias. E o curso“Say It” — que pretende ensinar inglês em ape-nas 18 meses e começou modesto, em apenasdois locais no ano passado —, já se espalhoupelas 48 escolas que a empresa mantém entreRio, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo eRio Grande do Sul, atendendo a 4.500 alunos.

— Em 2012, vamos dobrar esse número— promete Maria Lúcia.

CULTURAINGLESAescoladeidiomas

ALUNOS EMuma dasunidades daCultura Inglesa,e Maria LuciaWillemsemns,diretorasuperintendentedo curso

Divulgação

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UFRJ

CRESCERPARAINOVAR,INCLUIREQUALIFICARPrimeira universidade criada no Brasil, a Federal do Rio entra numa etapa de mais

investimentos e aposta na criação de novos cursos, tudo para elevar sua base de

estudantes de cerca 48 mil, entre graduação e pós, para 80 mil até 2020

Bianca

Pimenta

O REITORCarlos AntônioLevi: missãode melhorar aqualidadedo ensino

AUniversidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ) está crescendode braços dados com o estado.O novo plano diretor até 2020prevê aumento de 65% no nú-mero de estudantes de gradua-ção e pós, até o patamar de 80mil. Para chegar lá, investe

com força na ampliação de instalações, vagas,novos cursos, alojamentos e quadro de funcio-nários. A retomada teve início em 2007, com oReuni, programa do governo para reestruturare expandir as federais. Este ano, a UFRJ obteveR$ 90 milhões em recursos para construir ins-talações e comprar equipamentos. No total, oorçamento de custeio bateu R$ 400 milhões,sem contar a folha de pessoal, diz o reitor, Car-los Antônio Levi da Conceição.

— Para se ter uma ideia do que isso re-

presenta, em 2003, esse orçamento foi deapenas R$ 47 milhões. Com o novo sistemade ingresso, pelo Sisu, e os recursos do Reu-ni, podemos ampliar o caráter inclusivo quedeve ter uma universidade pública, melho-rar a qualidade do ensino e oferecer maisvagas, profissionais e inovação — explica.

É o que vem acontecendo. A maior — emais lembrada — universidade do Rio abriudez cursos de graduação em 2011, como o deGastronomia. Vale destaque ainda o início doturno noturno em cursos como os de Econo-mia, Biblioteconomia e Ciências Contábeis,que abrem oportunidades para quem trabalhadurante o dia. Hoje, a primeira universidadebrasileira, criada em 1920, soma 38 mil alunosem 155 cursos de graduação e outros 10.500nos de pós-graduação, em 178 cursos de mes-trado e doutorado.

— Os núcleos de pesquisa, como a Cop-pe, a Escola Politécnica e tantos outros, têmprojetos reconhecidos no Brasil e no exte-rior — destaca Levi, professor de engenha-ria oceânica da Coppe.

As obras no campus do Fundão já tiveraminício. E vão garantir novos restaurantes, lo-jas e dez mil vagas de alojamento a estudan-tes até 2020. O Parque Tecnológico crescecom a participação de empresas como Sie-mens, Schlumberger, Petrobras e IBM, alémde abrigar diversos centros de pesquisa, comdestaque para a área energética. Linhas doBRT, sistema de ônibus rápidos em imple-mentação no Rio, incluirão paradas na Cida-de Universitária, facilitando o acesso ao cam-pus do Fundão, centro nervoso de uma ins-tituição com campi, hospitais e museus espa-lhados por toda a cidade.

universidadeefaculdadeGustavo Stephan

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RELAÇÃO TURBINADACOM O RIO DE JANEIRO

Depois de comprar a carioca Webjet,

em julho, por R$ 310 milhões, maior

empresa de aviação de baixo custo da

América Latina inaugura mais ligações

entre a capital fluminense e sete cidades

FernandoD

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FLORENCESCAPPINI, diretorade comunicação emarketing da Gol:“A empresa temtudo a ver com ocarioca”

Apaulistana Gol Linhas AéreasInteligentes sempre teve fortepresença no Rio, segundomaior mercado da companhiano país, atrás apenas de SãoPaulo. Este ano, contudo, a aé-rea ficou um tantinho mais ca-rioca, ao comprar a local Web-

jet, em julho passado, em negócio de cerca deR$ 310 milhões. A aposta da Gol no mercadodo Rio, porém, foi ampliada também com o iní-cio de novas operações. Este ano, a aérea lan-çou mais 14 voos na capital fluminense, comligações para Curitiba, Campo Grande, Nave-

gantes, Vitória, Porto Alegre, Belo Horizonte eSão Paulo. No total, são 256 voos diários, nosaeroportos Tom Jobim e Santos Dumont, maisde um terço da operação da empresa no país,que é de 940 por dia.

— O Rio é um dos principais centros dedistribuição de passageiros em nossa malha,pois é conveniente para escalas e conexões.Além disso, na ponte aérea (Rio-São Paulo), oprincipal mercado de negócios da aviaçãobrasileira, a Gol oferece a maior quantidadede assentos — diz Florence Scappini, direto-ra de comunicação e marketing.

Ela credita a expansão da companhia à

política de baixo custo e baixa tarifa que atransformou na maior do segmento na Amé-rica Latina. Ano passado, a receita líquidachegou a R$ 6,97 bilhões.

— A política de preços, aliada à expansãoda classe média brasileira, estimula a de-manda, gera crescimento e alta produtivi-dade — diz Florence.

A identificação com o carioca, porém, vi-ria da maneira como a Gol e sua equipe tra-balham.

— A empresa é alto astral, simpática, pró-xima, humana. Tem tudo a ver com o cario-ca — define a diretora.

GOLcompanhiaaérea

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1.

Ser preferido pela 2a vez peloscariocas é uma grande conquista.

Afinal, não é fácil ser lembradonuma cidade que tem o CristoRedentor, o Maracanã...

Pelo 2o ano consecutivo, o Guanabara foi eleito o

Supermercado Preferido e mais Lembrado do Rio, conforme

pesquisa Marcas dos Cariocas*, do Jornal O Globo.

O Guanabara agradece, sempre, o carinho dos cariocas.

E promete continuar fazendo Tudo por Você, todos os dias.

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