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Marcel Duchamp (1887-1968)

Marcel duchamp

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Marcel Duchamp(1887-1968)

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Biografia

Pintor e escultor francês, sua arte abriu caminho para movimentos como a pop art e a op art das décadas de 1950 e 1960. Reinterpretou o cubismo a sua maneira, interessando-se pelo movimento das formas. O experimentalismo e a provocação o conduziram a idéias radicais em arte, antes do surgimento do grupo Dada (Zurique, 1916). Criou os ready-mades, objetos escolhidos ao acaso, e que, após leve intervenção e receberem um título, adquiriam a condição de objeto de arte. Em 1917 foi rejeitado ao enviar a uma mostra um urinol de louça que chamou de "Fonte". Depois fez interferências (pintou bigodes na Mona Lisa, para demonstrar seu desprezo pela arte tradicional), inventou mecanismos ópticos. 

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“A Fonte” - 1917

Duchamp foi o responsável pelo conceito de ready made, que é o transporte de um elemento da vida cotidiana, a princípio não reconhecido como artístico, para o campo das artes. A princípio como uma brincadeira entre seus amigos, entre os quais Francis Picabia e Henri-Pierre Roché, Duchamp passou a incorporar material de uso comum nas suas esculturas. Em vez de trabalhá-los artisticamente, ele simplesmente os considerava prontos e os exibia como obras de arte.

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“Jovem Triste num Combóio” – 1911, autorretrato, a silhueta é uma espécie de decomposição formal, um corte com lamelas que se sucedem paralelamente e que deformam o objeto. Há a ideia de movimento do combóio e do homem que está num corredor e que se desloca; a deformação é por Duchamp chamada de paralelismo elementar. Esta obra mostra já a intenção de introduzir os jogos de palavras : triste, train. O espaço resulta da interseção dos movimentos do combóio e da figura.

"Jovem triste num combóio" - 1911

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"Nu descendo as escadas" - 1912 “Nu descendo as Escadas”—1912 Nesta obra queria criar uma imagem estática de

movimento . É uma abstração , uma dedução articulada no interior da pintura, sem que se saiba se uma personagem real desce ou não uma escada igualmente real. No fundo, o movimento é o olho do espectador que o incorpora ao quadro. A pintura tem a influência da cronofotografia ; os diferentes movimentos são indicados com um sistema de pontilhados. O quadro foi recusado no Salão dos Independentes de 1912 . Impuseram-lhe a mudança de título como condição para a admissão da pintura.

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"Noiva" - 1912 “Noiva” – 1912  O esboço preliminar de “A Noiva Despida pelos

Celibatários”, mostra uma figura no centro a ser atacada por duas outras figuras. As linhas sugerem um movimento agressivo. Duchamp explorou a ideia de virgem em dois desenhos que ele transformou na pintura “A Passagem de virgem a Noiva” – Combinação de formas viscerais e mecânicas.

No período de 12/13, fez , entre outros, a Virgem nº1 e a Virgem nº2, a Passagem da Virgem à Noiva, o primeiro estudo para a Noiva ..., as primeiras pesquisas para a Máquina Celibatária, o primeiro projeto para o Grande Vidro. A Máquina Celibatária tem sistema de medida e cálculo no espaço, que passou a ter uma importância cada vez maior na sua obra.

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"Roda de bicicleta" - 1913 Duchamp a partir de 1913, com a “Roda de Bicicleta” desloca a crítica da pintura e

da imagem para a crítica do próprio objeto artístico, através dos jogos de palavras e da invenção do ready-made . Uns e outros, frequentemente associados, constituem uma rutura com os meios convencionais da produção artística. A procura de referências extrapictóricas, como as linguísticas e os objetos já feitos, envolve uma negação e uma afirmação. A ambiguidade é a essência do gesto do artista. Uma tal operação implica uma crítica radical à conflitualidade entre sujeito e objeto. Converte os meios de comunicação urbana, a linguagem verbal e objectual, em agentes de não significação para os investir de um estatuto artístico. Ainda é vulgar associar o ready-made à chamada morte da arte ou à antiarte. Duchamp prefere chamar-lhe “ an-artístico”, por oposição à classificação da arte em géneros. Para Duchamp, o ready-made é uma confluência de circunstâncias só aplicáveis a um único caso e ocasião, a fim de neutralizar a repetitividade situacionista do gosto. Daí a sua insistência nos critérios de indiferenciação estética que orientariam as escolhas dos ready-mades. A palavra ready-made que significa « já acabado » surge em 1915, quando Duchamp foi para os Estados Unidos

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“Em antecipação do Braço Partido” - 1915 “O artista só existe se for conhecido. Dou tanta importância àquele que olha a

obra como àquele que a faz”. Ele nomeava as suas obras de “coisas”. Distância em relação à sua própria obra. Condição essencial para o seu desejo de uma total liberdade individual. Segundo Walter Benjamin o conhecimento é um processo mecânico e anula a distância. As obras de arte têm uma “aura” particular que vive da distância.

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"50 cc de ar de Paris" Ao chegar a New York, Duchamp, levava um balão de vidro a que chamou

“50cm  de Ar de Paris”. O ar de Paris só tem significado fora de Paris. Duchamp fez um presente para Walter Arensberg que consistia numa ampola de vidro que tinha contido um remédio e tinha sido aberto, para lhe ser retirado o líquido. Esta foi depois reparada por um farmacêutico de paris, pelo que o seu conteúdo passou a ser ar de Paris .

Alguns dos primeiros ready-mades em 1916 foram exibidos    pendurados no bengaleiro da galeria de arte, criando-se assim uma associação destes à ideia de roupas e corpos, assim como à noiva suspensa. Fotos do estúdio mostram alguns dos ready-mades suspensos do teto, pregados ao chão ou colocados num canto.

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"Suporte de garrafas"

“Suporte de Garrafas” (original desaparecido) – opera no espaço apenas. É colocado na sua posição normal, só o lugar muda

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Barulho secreto - 1916

“Com Barulho Secreto”—1916 Consiste num novelo de cordel apertado entre duas chapas. Dentro do novelo Walter Arensberg pôs um objeto desconhecido para Duchamp, que por sua vez inscreveu nas chapas de latão duas frases cujo sentido foi ocultado a Arensberg através da supressão de letras. O objeto chocalha , mas permanece secreto.

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“Chapas Rotativas de Vidro”  – 1920

“Chapas Rotativas de Vidro” (Ótica de Precisão) – 1920  Cinco chapas de vidro pintadas que rodam em volta de um eixo metálico parecendo ser um simples círculo quando vistas à distância de um metro.

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Webgrafia

http://www.historiadaarte.com.br/linha/dadaismo.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcel_Duchamp

http://aimagemcomunica.blogspot.pt/2011/11/marcel-duchamp.html

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Ricardo Gonçalves Pereira/57989 História das Artes Visuais e Contemporâneas

Pedro Rosário Comunicação e multimédia

ECT/UTAD 2013