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BRASÍLIA, SETEMBRO DE 2013 Ano 1 - Nº 2 Informativo da Associação de Servidores do MMA p. 1 2013 Assemma A m b i e n te em Mov i m en t o Pág. 2 Editorial Rapidinhas Ambientais Pág. 3 O futuro não é mais como era antigamente: manifesta- ções, luta por direitos e a questão ambiental Pág. 5 Planejamento estratégico: saindo do escuro e das “caixinhas” Pág. 6 Assemma em Ação Pág. 7 O MMA segundo os servidores: resultados/questionários NESTA EDIÇÃO Associados: adquiram sua meia entrada! Pág. 6 Assemma convida: 3º Encontro dos Servidores do MMA Participação social e controle popular das políticas de meio am- biente: desafios e perspectivas à Gestão Ambiental Pública Data: 07 de outubro de 2013 Local: Auditório do ICMBio Informações: [email protected] Rio de Janeiro Natal Brasília São Paulo Fauna In La Mancha - Vladimir Kush Um novo Ministério para um Brasil do presente e com futuro - será? Marcelo Camargo (ABr) Mídia NINJA omás de Oliveira Isaac Ribeiro

Marcelo Camargo (ABr) Mídia NINJA - assemma.org.br · Essa segunda edição do jornal tem muita coi-sa importante, mas a dedicamos especialmen-te a você. Esperamos que esse país

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BRASÍLIA, SETEMBRO DE 2013Ano 1 - Nº 2

Informativo da Associação de Servidores do MMA p. 1

2013 Assemma

Ambiente em Movimento

Pág. 2EditorialRapidinhas Ambientais

Pág. 3O futuro não é mais como era antigamente: manifesta-ções, luta por direitos e a questão ambiental

Pág. 5Planejamento estratégico: saindo do escuro e das “caixinhas”

Pág. 6Assemma em Ação

Pág. 7O MMA segundo os servidores: resultados/questionários

NESTA EDIÇÃO

Associados: adquiram sua meia entrada! Pág. 6

Assemma convida:3º Encontro dos Servidores do MMAParticipação social e controle popular das políticas de meio am-

biente: desafios e perspectivas à Gestão Ambiental Pública

Data: 07 de outubro de 2013Local: Auditório do ICMBioInformações: [email protected]

Rio de Janeiro Natal

BrasíliaSão Paulo

Fauna In La Mancha - Vladimir Kush

Um novo Ministério para um Brasil do presente e com futuro - será?

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Editorial - Bem vinda de volta, Linda! p. 2 Informativo da Associação de Servidores do MMA

Você que já foi vitrine passou à despercebida, até o ponto de todos pensarem que seu desa-parecimento era coisa grave: depressão pro-funda, desilusão com o mundo, falta de en-cantamento do público contigo ou até morte. Você que já mereceu palavras de Chico Buar-que e Vinicius de Moraes começou a parecer feia, ultrapassada, envelhecida. Talvez até coi-sa pior. Teu nome, tão difundido por todos os meios de comunicação no seu auge, foi sendo por estes maldito, nem mais pronunciado a não ser por alcunhas pejorativas. De musa foi renegada por admiradores e íntimos. Um tratamento infame qual uma flor gonocócica despetalando tóxica em qualquer esquina.

O fato é que outrora catávamos a poesia que entornavas no chão e tal poesia virou até mo-

tivo de calúnia, enquanto víamos você suspi-rar de aflição. Disseram que você era desafi-nada com os novos tempos, fora de ordem. Parece que tinham esquecido que no peito dos desafinados também bate um coração.

Mas você sempre esteve ali, mesmo que sem o mesmo glamour (pelos olhos alheios). Fomos nós que não demos mais tanta importância. Contudo, com uma convicção íntima, você nunca deixou de acreditar que seu pedestal sempre foi o mesmo.

Surpreendendo a todos você voltou espaçosa, arrancando suspiros e arrepiando a espinha. Deslumbrante e retumbante! Sua plateia vol-tou, seus caluniadores agora te rasgam elo-gios, quem te renegou pede sua ajuda e sua vitalidade na mesma passarela parece até no-

vidade. Ninguém de imediato soube bem ex-plicar sua volta por cima, mas a emoção fora sincera. Senhora-menina, já te vejo brincando, gostando de ser. Tua sombra a se multiplicar. Nos teus olhos também posso ver as vitrines te vendo passar.

Essa segunda edição do jornal tem muita coi-sa importante, mas a dedicamos especialmen-te a você. Esperamos que esse país se submeta à tua ousadia e não mais tente te esquecer. Nossas ruas são sua passarela por Direito(s).

Bem vinda de volta, Linda Lutas Sociais!

PS: As muito feias (das elites) que me perdo-em, mas beleza (das ruas) é fundamental.

RAPIDINHAS AMBIENTAISGás de XistoConforme divulgado no Diário Oficial da União de 07/08/2013, foi autorizada a 12ª Rodada de licitação de blocos para exploração e produção de gás natural e de recursos petrolíferos convencio-nais e não convencionais. A grande polêmica está na possibilidade de dar-se início no Brasil à utilização da técnica de fraturamento hidráulico, necessária para a extração do gás de xisto (shale gas). Essa atividade é bastante controversa do ponto de vista ambiental e já vem sendo objeto de grande preocupação em diversos países.Consideramos que o governo e a sociedade brasileira ainda preci-sam amadurecer e aprofundar muito esse debate, que deve come-çar pela reflexão de nossas reais necessidades energéticas, sob pena de ficarmos completamente vulneráveis a pressões internacionais. Estejamos atentos!

PEC 215Foi autorizada a instalação da Comissão Especial na Câmara dos Deputados que apreciará essa Emenda Constitucional, que quer acabar na prática com a criação de Unidades de Conservação, Demarcação de Áreas Indígenas e Quilombolas, pois retiraria do Executivo e passaria ao Congresso a atribui-ção para criá-las; ou seja, com o peso do setor conservador e a morosidade do processo legislativo, nenhuma dessas áreas seria mais criada.

Aprovado na Câmara dos Deputados e encaminhado ao Senado o projeto de lei (PL) n° 7123/2010, do Deputado Assis do Couto (PT-PR), compromete uma das principais unidades de conser-vação do país, o Parque Nacional do Iguaçu. Trata-se da abertura da Estrada do Colono, fechada oficialmente em 1986, que se re-aberta causaria sérios danos ambientais, podendo inclusive fazer o parque perder o título de Patrimônio Natural da Humanidade.

O PL altera a lei do SNUC, criando nova modalidade grotesca de UC, a Estrada-Parque, que poderia ser usada em qualquer UC e, segundo a Polícia Federal, ainda compromete a segurança de fronteira com sua utilização para contrabando, tráfico de drogas, armas e animais silvestres, biopirataria e outros. O MMA, a PF, organismos internacionais, entidades ambientalistas e outros são frontalmente contra a reabertura da estrada.

Progressão na Carreira SuspensaPor conta de fatos muito mal explicados, junto com a Lei n° 12.856/2013, que criou novas 1000 vagas para Analista Ambiental e Analista Adminis-trativo, um artigo suspendeu a progressão funcional até que sobrevenha regulamentação. O MMA, apesar de se manifestar - fora do prazo - con-trário ao dispositivo, não teve acatada a sugestão de veto pela Casa Civil. Mesmo com posição contrária ao artigo sobre progressão, o MMA estra-nhamente construiu Projeto de Lei (PL) que entrou em tramitação no mesmo dia em que foi sancionada a lei das 1000 vagas. Juntamente com esse PL que regulamenta a progressão e promoção, o MMA ainda elabo-rou, antes mesmo da aprovação do artigo que suspendeu a progressão, uma minuta de Decreto com o mesmo conteúdo do PL. Nenhuma dessas normas legais foi discutida com os servidores e suas as-sociações, Asemma e Asibama, nem mesmo nas mesas de negociação com o Ministério do Planejamento, onde as questões de carreira deveriam ser tratadas. A Assemma entende que há soluções possíveis para manter a pro-gressão sem necessidade do Decreto e que este deve ser discutido com os servidores, pois contém dispositivos obscuros e perigosos. Ainda ressalta que o condicionamento da progressão, da forma proposta, representa mais uma retirada de direitos do que instrumento para melhorar a qualidade do trabalho do MMA. (Leia mais a respeito no informe da Assemma)

Após denúncia veiculada pela internet em 30 de junho de 2013, em vídeo gravado por Luiz Rios (Entrando pelo cano de um crime am-biental), demonstrando a precariedade técnica da canalização das águas pluviais no parque e que se trata de nascentes (APP), o MPDFT foi acionado e interrompeu a obra para construção de rede de águas pluviais em que estava sendo feita a canalização das nascentes do Par-que Olhos d’Água. A obra, projetada pela Novacap e executada pela Ciplan, havia sido autorizada pelo Ibram (DF) e teria como objetivo reduzir o fluxo pluvial excessivo, protegendo assim o próprio parque.O projeto definitivo apresentado pela Novacap havia sido consi-derado ambientalmente inviável pelo próprio Ibram que, contudo, autorizou as obras em caráter emergencial. A presidente interina do Ibram explicou que a preocupação foi com a disciplinamento das águas pluviais e suas repercussões ambientais e que as nascen-tes seriam totalmente protegidas. Exatamente como demonstrou Luiz Rios, que entrou nas manilhas e gravou o que acontecia lá dentro. Em breve deve sair um TAC do MPDFT com o Ibram e a Novacap. Obrigado, Luiz Rios!

Mudanças de Secretaria (DZT, DCD, DGAU...)Apesar de o planejamento estratégico do MMA ainda estar no início, já estão ocorrendo mudanças na estrutura do ministério, com departamentos, gerên-cias e equipes mudando de secretaria. Qual seria então a função do planeja-mento estratégico? Qual o embasamento técnico e jurídico para as mudanças?O Decreto nº 6.101, de 26 de abril de 2007, manda lembranças.

Parque Olhos d’Água (212 N)

Guilherme Aranha

Bianca Mattos, Guilherme Aranha e Marco A. L. V.

Estrada do Colono

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EM DISCUSSÃOInformativo da Associação de Servidores do MMA p. 3

Os meses de junho e julho de 2013 foram atípicos na história recente do Brasil. Desde a década de 1980, quando a ditadura civil--militar entrou em sua crise terminal e a re-democratização do país foi forjada no fogo de grandes mobilizações populares, não se via movimentos de massa percorrendo dos gran-des centros às pequenas cidades.

Há quem diga que a fagulha foi produzida pe-las manifestações contra o aumento das tari-fas de ônibus em algumas capitais, São Paulo em especial, e a brutal repressão policial so-frida pelos militantes. Porém, a guerreira luta empreendida pelo Movimento Passe Livre em favor do transporte público não é de agora e a violência do Estado contra movimentos sociais não é exceção, mas a regra. Para in-vestigarmos melhor o ocorrido, outros ingre-dientes devem ser acrescentados ao caldeirão de insatisfações que entrou em ebulição após ficar em banho-maria por duas décadas de re-lativa estabilidade política.

É no terreno das contradições que precisamos adentrar para apreender o que há de novo nas-cendo do velho e como às vezes não se avança para frente. A retirada, consentida pela direita, do “caçador de marajás” da presidência foi o último suspiro da agenda democrática forjada nos anos oitenta. Pois quando um grande inte-lectual se tornou presidente, as ideias transfor-madoras não tiveram vez. Ao elegermos uma liderança da classe operária o capitalismo se aprofundou e o socialismo virou palavra mor-ta. Os governos de esquerda foram eficazes em colocar a pobreza nos centro da agenda pública e, para isso, consolidaram políticas focalizadas, fa-zendo coro de que não se pode mais garantir a uni-versalização de direitos sociais. Num ambiente de força do Partido dos Trabalhadores e com a conivência das centrais sindicais majoritárias, a previdência passou a ser paulatinamente reformada e a legislação trabalhista flexibilizada.

Perto de comemorar 25 anos da nossa “Cons-tituição Cidadã”, instituímos uma democracia que não tem nada de poder popular. Dizem que estamos numa situação de pleno emprego, mas a informalidade e a precarização do tra-balho aumentam a cada dia. Os indicadores sociais melhoraram, mas os direitos sociais se tornaram mercadorias. A ciência e a tecnologia

deram um grande salto, porém trabalhamos mais e temos menos tempo para nossos filhos. Vivemos com mais e consumimos de tudo e nos tornamos menos sadios. Democratizamos o acesso ao automóvel, mas o que socializamos foi o engarrafamento. Os centros urbanos reluzem ri-queza, mas fechar as contas no final do mês é exercício de mágica. Modernizamos o campo para ingerir ve-neno. Garantimos nossa balança comercial com a produção rural e nos tornamos reféns das multinacionais da indús-tria química e alimentícia. Somos referência em biocombustível, fechando os olhos para o fato de que alimentar automóveis não matará nossa fome. Colocamos a sustentabilidade na boca de todos os empresários e o desenvol-vimento sustentável não representa mais ne-nhum perigo à ordem estabelecida.

Para o mercado ou para população? A der-rocada dos direitos sociais

A cartilha neoliberal seguida por sucessivos governos a partir dos anos noventa conseguiu nos fazer esquecer que privatizar é o oposto de democratizar. O setor privado, mantido por fortes isenções fiscais, se expandiu gloriosa-mente, tornando moradia, saúde, transpor-te e educação fontes inesgotáveis de lucro. A organização capitalista do espaço urbano não poderia ter outro resultado que não a má dis-tribuição dos equipamentos públicos, a disputa acirrada pelas melhores fatias do território e a

especulação imobiliária, fazendo do direito à moradia digna um luxo para uma minoria. O incen-tivo ao transporte particular/in-dividual e a entrega do transporte público às máfias do transporte provocaram uma situação de imo-

bilidade urbana nas grandes e médias cida-des brasileiras e de precariedade total para se deslocar nas pequenas, tornando o direito de ir e vir sacrifício diário. Os subsídios dados à saúde privada e seus sofríveis planos, somada a inserção de Organizações Sociais, entidades de direito privado, na administração de hospitais públicos, atacam frontalmente o SUS. No que compete à educação básica, as parcerias pú-blico-privadas abrem espaço para que grandes corporações do setor financeiro, industrial e telecomunicações, com sua lógica empresarial, definam o que é desenvolvimento humano,

educando desde cedo para uma sociabilidade mercadológica. Para o Ensino Superior, optou--se por um Programa de Universidade (priva-da) pra Todos, no qual as ditas universidades não precisam mais realizar pesquisa e exten-

são, legitimando-se uma edu-cação minimalista, sugerindo que o direito à educação pú-blica, gratuita e de qualidade ficou para a próxima.

No legislativo, a dominação do Congresso Nacional por políticos afei-tos à corrupção, fundamentalistas religiosos, ruralistas e liberais conservadores, fez a casa se transformar num palco da defesa dos in-teresses das elites econômicas do país. Já o Executivo, por meio do PAC e dos megaeven-tos, conseguiu a desculpa que precisava para expropriar comunidades inteiras de seus ter-ritórios e ainda recompensar generosamente as empreiteiras que financiaram suas campa-nhas, escancarando que governa mais pra uns que pra outros. Assim, a realização da Copa das Confederações, época em que os olhos do mundo se voltavam para o esplendor dos estádios tupiniquins, foi um prato cheio para fazer o povo sair nas ruas e demonstrar seu descontentamento.

Porém, indo contra a ideia de que o "gigante acordou", o que vimos foi a chegada de mi-lhares de pessoas insatisfeitas com a situação do país, se juntando com quem vinha prota-gonizando a luta pela cidade: movimentos por moradia e pelo transporte público, grupos anarquistas e feministas, partidos de esquerda, coletivos de base cultural, entidades de classe, associações de bairro, movimento estudantil etc. A chegada de novos sujeitos, a maioria jovens, deu uma cara bastante diferenciada às manifestações ocorridas, quebrando o mito de que as novas gerações estão alienadas.

Se a inexistência de líderes para negociar ou se-rem seguidos, a difusão de pautas em evidência e o questionamento aos partidos (não só os da ordem, mas todos, de modo generalista), deram forma a estruturas organizativas relativamente novas na história nacional, o que merece ser de-senvolvido em outro momento é até que ponto não se está criando um “feitiche do horizontalis-mo”, que acaba por valorizar o espontaneísmo e negar que, numa sociedade de classes, os traba-lhadores precisam aprofundar a crítica ao siste-ma e se organizar de maneira qualificada para os enfrentamentos com as classes exploradoras.

O futuro não é mais como era antigamente: manifestações, luta por direi-tos e a questão ambiental

O Brasil não é para principiantes, já dizia o poeta

A cidade em si, como relação social e como materialidade, torna- se criadora da pobreza, tanto pelo modelo socioeconômico, de que é o suporte, como por sua estrutura física que faz dos habitantes das periferias (e dos cortiços) pessoas ainda mais pobres. A pobreza não é apenas o fato do modelo socioe-conômico vigente, mas, também, do modelo espacial. (Milton Santos)

Perto de comemorar 25 anos da nossa “Constituição Ci-dadã”, instituímos uma de-mocracia que não tem nada de poder popular.

A cartilha neoliberal seguida por sucessivos governos a par-tir dos anos noventa conseguiu nos fazer esquecer que privati-zar é o oposto de democratizar.

Alex Bernal e Guilherme Aranha

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p. 4 Informativo da Associação de Servidores do MMA

As lutas populares que tomaram as ruas podem ser vistas como um ponto de inflexão na forma e no alcance do repúdio e negação à sobrepo-sição de situações-problemas urbanos que vêm sendo gestados há décadas, assim como ao padrão de desenvolvimento agravante dessas situações, que levaram a um ordenamento in-justo - oculto no aparente “caos urbano” - e a uma vida insuportável nas cidades.

A problemática ambiental, aparentemente au-sente das ruas, é chave para interpretar a crise atual e discutir saídas para o futuro. Está rela-cionada diretamente a grande parte das insatis-fações manifestadas: transporte, saúde, mora-dia, educação, reforma política etc. Essas lutas são a herança, descontínua no tempo, da últi-ma onda de lutas sociais por direitos, que trou-xe como uma das novidades um capítulo na Constituição próprio para o Meio Ambiente, dentro do Título VIII “Da Ordem Social”, inse-rindo-o na esfera de interesses-direitos vincu-lados ao desenvolvimento social, que deveriam inclusive subordinar a Ordem Econômica.

O meio ambiente, por estar ligado a todo tipo de atividade humana, só pode ser visualizado de forma sistêmica, ou seja, integrado aos mo-dos de organização e produção socioeconômi-cos, padrão de uso, ordenamento e gestão terri-torial. Como pensar saúde (não tratamento às doenças) sem pensar em saneamento, qualida-de da água, alimentos sem veneno, ou atmosfe-ra sem poluentes? Ou o direito à moradia, sem considerar a ocupação de áreas de risco, sen-síveis ou de preservação? E transporte, sem a qualidade do ar e o uso de combustíveis fósseis ou renováveis com seus problemas associados? Educação sem meio ambiente? Seria possível não associar isso tudo ao modelo econômico e político, ao Estado e à estrutura social?

Ainda que não tenha sido dito, na raiz do pro-blema de muitas das questões levantadas pelos manifestantes está a atual forma de apropria-ção social do meio ambiente urbano, que in-viabiliza qualquer possibilidade deste se man-ter como um bem de uso comum do povo. O direito à cidade passa necessariamente pela garantia de um ambiente ecologicamente equi-librado para as presentes e futuras gerações.

O fato é que não adianta tirar a água com pe-neira. As cidades brasileiras acumularam um passivo socioambiental que exige a gestão ter-ritorial voltada ao interesse público e constru-ída sobre as bases de justiça socioambiental.

Não faltam marcos legais e instrumentos para a construção de uma política urbana nesses moldes, p. ex. as políticas nacionais de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Resíduos Sóli-dos, os Zoneamentos, o Estatuto das Cidades, os Planos Diretores, o ordenamento Constitu-cional da Função Social da Propriedade, entre diversos outros. No entanto, a atual produção do espaço serve à lógica do interesse econô-mico e do poder político associado, promoto-res da desigualdade, do ordenamento injusto (dito “caótico”) e da destruição da qualidade ambiental. Tal lógica, interagindo em diversas escalas, da global à local, e a despeito da ide-ologia do desenvolvimento, transforma o es-paço geográfico não de modo a que este aten-da ao bem estar da coletividade, mas criando a cidade excludente, adequada à apropriação privada e não ao uso comum.

No atual modelo de desenvolvimento socioes-pacial, a precariedade dos transportes públicos nos deixa reféns do fetiche do transporte indivi-

dual e consequente inflação de automóveis nas ruas, que respondem por boa parte da poluição atmosférica, causadora inclusive de uma enor-midade de problemas de saúde. Pintamos como alternativa verde os biocombustíveis, que redu-zem a área de plantio de alimentos e expandem a fronteira agropecuária sobre áreas que deve-riam ser protegidas; sem contar o uso intensivo de agrotóxicos e fertilizantes, destruindo recur-sos naturais para uma produção que só alimen-ta carro e engorda bolso de empresários.

Para viabilizar esse modelo de mobilidade ampliamos continuamente a malha rodoviá-ria, que impermeabiliza o solo, levando a en-chentes e drenando a poluição das ruas para os corpos hídricos. Além disso, atende princi-palmente aos interesses das empreiteiras, que financiam as campanhas dos políticos (res-ponsáveis por 55% das doações aos partidos em 20121) e tornam as cidades excludentes por conta da especulação imobiliária, muitas vezes fomentada e financiada pelo Estado com o dinheiro dos nossos impostos. Essa mesma especulação perversa faz os mais pobres irem para longe dos centros e ocuparem áreas de ris-

co, vulneráveis e de preservação. Lugares esses esquecidos pelo poder público, obrigando-os a conviver com a falta de infraestrutura básica. A injustiça socioambiental que sofre a popu-lação mais pobre comprova que a degradação ambiental não é democrática.

Mas nem todos estão infelizes com isso tudo. Quanto não lucram as empreiteiras, a cadeia de matérias-primas e os rentistas com a es-peculação imobiliária? Qual não é a festa da indústria petrolífera, com o aumento do uso de combustíveis fósseis, e da cadeia de suprimentos associada a ela? E a indústria automobilística com o aumento da frota in-dividual, baseada em incentivos fiscais e no crédito para financiamento, puxando ainda a indústria de minério, borracha, peças etc.? O que falar do agronegócio batendo recordes de safra e a felicidade da indústria de fertilizan-tes, agrotóxicos e transgênicos? Ou do capital financeiro-especulativo, apoiado em todos os anteriores, que apenas vampiriza o país, dre-nando a sua riqueza sem nunca encostar os pés no chão? Essa ínfima minoria se apropria dos benefícios econômicos e socializa os cus-tos e prejuízos socioambientais entre a imen-sa maioria. E como separar isso da relação com o poder político e das diretrizes estatais?

Os cenários futuros não sinalizam mudanças significativas nas políticas e planos governa-mentais. Não há motivos para ficarmos caren-tes se os cartazes e os gritos dos manifestantes não ecoaram explicitamente a vontade por se garantir o direito afirmado pelo art. 225 da Constituição Federal. A luta das ruas é nossa e “os(as) trabalhadores(as) do meio ambiente” têm muito a contribuir em qualquer discus-são sobre mudança de padrões da sociedade. E já que ouvimos por parte da FIFA e de go-vernantes que a Copa das Confederações seria um importante teste para o país, sigamos suas recomendações, aprimoremos nossa organiza-ção. A Copa do Mundo promete!

A questão ambiental nas manifestações de junho e julho

1. Dado obtido pelo site G1: http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/09/construtoras-sao-fonte-de-55-das-doacoes-partidos-em-2012.html

A problemática ambiental, aparentemente ausente das ruas, é chave para interpre-tar a crise atual e discutir saídas para o futuro.

A forma “partido político-eleitoral” está des-gastada? É uma boa questão para o debate. Mas sejamos justos: durante todos esses anos de re-fluxo dos movimentos de massa, os partidos

de esquerda foram peças fundamentais para manter na ordem do dia lutas antissistêmi-cas. Assim, conquanto necessário questionar o papel que muitos partidos de esquerda vêm

cumprindo nos últimos anos, é insensato gritar “sem os partidos”, fazendo coro com os setores mais conservadores da sociedade.

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Informativo da Associação de Servidores do MMA p. 5

Vivemos um momento especial na história do Ministério do Meio Ambiente com a elabo-ração do nosso planejamento estratégico de longo prazo (2014-2022), que terá implicações decisivas para o órgão, nossas vidas e para a política ambiental. Seu método de construção, com participação dos servidores e tendo estes como multiplicadores, tem favorecido uma ampla e saudável discussão. Estamos tentando aproveitar essa chance da melhor forma possí-vel, debatendo e contribuindo com uma visão atenta e crítica, sempre no sentido de fortale-cer o processo e para que o resultado final seja consistente e proveitoso, pois o aprendizado já está sendo.

Pudemos sair da pressão alie-nante do cotidiano da Admi-nistração Pública e discutir a razão de ser do MMA e do nosso trabalho, tentar compreender qual nosso papel na dinâmica social e se as demandas fruto desta estão sendo consideradas para a formu-lação da política ambiental pro país, quais os setores que estamos considerando mais nessa formulação e se isso condiz com as expectati-vas da população e corresponde ao nosso dever social e constitucional. A discussão é rica e logo de cara nos deparamos, na elaboração do mapa estratégico, com uma Missão do ministério que considera o Desenvolvimento Sustentável como seu carro chefe e com as implicações disso. Não estaríamos relegando o MMA a um viés eco-nomicista, por conseguinte subordinando o interesse público ao privado e às diretrizes eco-nômicas? Foram boas as discussões travadas nesse aspecto e delas sairá o direcionamento do órgão para um longo período.

Por isso estamos tão mais preocupados com o processo e menos com o que se coloca em cada caixinha do Mapa Estratégico, sem negligen-ciar isso, é claro. É uma construção que, como não poderia deixar de ser, tem suas dores, aquela sensação de abrir os olhos na clarida-de depois de tanto tempo no escuro, das jun-tas doerem ao movimentar-se depois de tanto tempo parado, da voz ainda com a rouquidão matinal; e que ainda traz um pouco de confu-são, contudo podemos nos sair bem dessa. As dificuldades encontradas e os embates são sau-dáveis; pior seria ter uma receita pronta do que fazer, o que seria um desastre certo. Felizmen-te, até agora a resposta dos servidores tem sido mais que positiva, pelo empenho, qualidade no debate e contribuições efetivas.

Precisamos ter a dimensão do que estamos tra-tando quando discutimos o planejamento do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, pois é disso que se trata: o órgão central de meio ambiente de um país continental, com uma das maiores e mais desiguais economias do mundo – exportador principalmente de bens primá-rios, portador de uma das maiores biodiversi-

dades do planeta, uma das maiores referências mundiais no assunto da pasta, centro do debate de um dos temas mais inquietantes e preocu-pantes da geopolítica atual. O setor de inten-dência do Exército Brasileiro, que cuida da lo-gística de suprimentos, tem um lema que serve à nossa reflexão: “Nós ditamos a permanência no combate”. O meio ambiente também tem seu lema, do qual nós somos os guardiões: “Nós garantimos a sobrevivência do futuro”. Não à toa a Constituição coloca o direito ao meio am-biente ecologicamente equilibrado inserido na Ordem Social, devendo ser preservado para as

gerações presente e futuras.

Por essa importância é que a discussão tem de ser elevada ao patamar da res-ponsabilidade que o órgão carrega. Discutamos mes-

mo em alto nível e sem nos restringirmos às “caixinhas”! Debatamos mesmo toda a comple-xidade do tema! Busquemos resultados concre-tos no processo e tenhamos pragmatismo na discussão e aplicação do método. Mas cientes de que isso só será alcançado se tivermos bem clara a tarefa que nos é colocada e sua impor-tância. “Viajar” no debate é produtivo, precisa-mos subir até a estratosfera pra poder olhar pro chão com outros olhos. Vamos problematizar, pensar e formular muitas perguntas, nesse mo-mento mais importantes que respostas, pois respostas apressadas são resultado de ausência de reflexão, da simplificação mecânica da rea-lidade e da falta de importância dada ao desfe-cho e implementação do plano. Planejamento é arte, é criação e criatividade, é fazer o novo observando atentamente a realidade que se pre-tende transformar, suas possibilidades e limites. É o jogo de ter estratégia num tabuleiro em que não controlamos a maioria das peças e ações.

Parece claro que o processo como um todo tem muitas deficiências, fruto em parte das próprias debilidades do ministério e em parte do mode-lo de planejamento adotado, incluindo também a debilidade da empresa contratada. O meio ambiente é um tema muito complexo de se pla-nejar em cima, pois interage com todas as esfe-ras da atividade social, portanto a visão sobre o tema deve ser antes de tudo sistêmica. Para uma análise sistêmica é necessário um olhar sobre a totalidade socioambiental e as suas con-tradições, decorrentes da forma de organização socioeconômica da nossa época, suas pressões presentes e futuras. Além disso, a ação sobre o meio ambiente não é criativa, mas transforma-dora e destrutiva. Nós não construímos meio ambiente, nem criamos a vida, como constru-ímos pontes e prédios, portanto o patrimônio ambiental carrega essa especificidade: sua per-da é irreparável. Como consertar a extinção de espécies, ou a mudança do clima, ou uma ca-verna explodida para mineração, por exemplo? A atuação em prol do meio ambiente tem que

ser a de proteger e conservar suas condições.

As duas debilidades citadas acima refletem di-retamente sobre as debilidades do planejamen-to. Temos observado a dificuldade de uma vi-são totalizante do órgão e de sua tarefa; ou seja, a já muito discutida visão fragmentária dentro do MMA tem gerado distorções grandes nas diretrizes discutidas e propostas de prioridades e resultados para o órgão em longo prazo. Por sua vez, a análise SWOT e a metodologia Ba-lanced Scorecard aparentemente estão sendo in-suficientes para dar conta da complexidade de um planejamento ambiental de longo prazo, ao menos da forma como estão sendo aplicadas.

A Assemma tem insistentemente batido na tecla de uma discussão mais ampla e profun-da de todo o processo. A superficialidade das análises, diretrizes, prioridades e resultados tem pesado na hora das discussões com os servidores que, conscientes do seu trabalho, não estão enxergando o ministério e a fina-lidade do seu trabalho no mapa estratégico. Parece que devido ao prazo estreito, um ano para finalizar o planejamento, a preocupação tem sido maior com a entrega de um produto dentro das datas do que um produto de quali-dade para o órgão e a sociedade.

Resumidamente o processo se deu da seguin-te maneira: 1. Estudo para escolha da empresa e modelo de planejamento (1 ano e 4 meses!) 2. Definição da empresa e da metodologia (SWOT e BSC) 3. Realização de entrevistas com partes interessadas escolhidas pela em-presa e DGE/Secex 4. Diagnóstico a partir das entrevistas 5. Construção do Mapa Estratégi-co (fase em finalização no momento). Na fase seguinte passaremos à discussão importantís-sima de indicadores e metas.

A escolha dessa sequência gerou grandes dis-torções e irrealismo na base de toda a discus-são que direciona o planejamento. Entrevistas são importantes para um diagnóstico, mas não se faz diagnóstico a partir de entrevistas, pois diagnóstico da realidade externa é análise do objeto e não do sujeito, não é o que se diz dela, mas a tentativa de entender como ela é ou se comporta. Só para citar um dos equívocos evi-dentes na análise, temos nesse SWOT que o ce-nário político e econômico é uma oportunida-de não aproveitada (sic). Mas a realidade é que isso é o que mais há de complicado hoje em dia para área ambiental. Pensemos, só como exemplo, no Código Florestal, LC nº 140, Rio +20, Blairo Maggi presidindo a Comissão da Meio Ambiente do Senado, a força da bancada ruralista, os cortes orçamentários e o pessimis-mo para a economia. Os modelos de entrevista e coleta dos resultados e, principalmente, a es-colha dos entrevistados, alguns dos maiores re-presentantes dos conglomerados econômicos nacionais - responsáveis pelos maiores danos ambientais, absoluta e proporcionalmente

Planejamento EstratégicoSaindo do Escuro e das “Caixinhas”

É uma construção que, como não poderia deixar de ser, tem suas dores, aquela sensação de abrir os olhos na claridade de-pois de tanto tempo no escuro.

Guilherme Aranha

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p. 6 Informativo da Associação de Servidores do MMA

- como a Confederação da Agricultura e Pecu-ária do Brasil – CNA, comandada pela senado-ra Kátia Abreu, e a Confederação Nacional da Indústria – CNI, certamente desequilibraram o diagnóstico. Ora, dizer que temos um cená-rio positivo na economia e na política signifi-caria que podemos ir pra ofensiva e emplacar diretrizes ambientais decisivas na vida socio-econômica do país, que temos condições de construir p.ex. uma lei de oceanos.

Devido ao encadeamento de cada etapa do processo, não podemos nos furtar de ques-tionar suas bases, pois se há falta de solidez os efeitos são em cascata, ou pode ocorrer desco-nexão entre as fases, como tem acontecido. Por ser basilar, ter um diagnóstico errado significa um tratamento errado. Mas o problema não é só a irrealidade do diagnóstico e sim a ideia que se tem dele e seu uso nesse planejamento. Com base nesse diagnóstico foi elaborado o Mapa Estratégico com as diretrizes, prioridades, re-sultados, agenda etc. O problema que se coloca aqui é fácil de se enxergar: diagnóstico não é cenário para ação e, ainda que o consideremos equivocadamente como cenário, ele é estático por 8 anos e foi baseado em entrevistas com um pequeno e mal escolhido grupo sobre o que eles esperam do MMA e quais oportunidades e ameaças vislumbram. Ou seja, nós escolhemos

o cenário! Como isso é a base para a definição das prioridades, resultados e metas, toda nossa ação e mensuração de sua efetividade se ba-seiam num equivocado diagnóstico/cenário estático por 8 anos. A decorrência óbvia disso é que saltaremos no improviso, pois a realidade não se adapta ao plano e sim o contrário, e ser pego despreparado dá em improviso - o oposto do que se quer com um planejamento.

A ideia é simples: o agente, no caso o MMA, pode escolher seu plano, mas não elege as cir-cunstâncias de sua implementação. Não esco-lhemos o ambiente político e econômico, não controlamos grupos e atividades de pressão, mas temos elementos para avaliar e minimizar as surpresas e ter formas de agir de acordo com possíveis cenários estabelecidos. Por exemplo, vamos ter que trabalhar de modo diferente de acordo com possibilidades orçamentárias, com economia em crescimento, estagnação ou crise, pois a pressão sobre o meio ambiente e nossas restrições mudam. Temos que pensar em cenários para temas críticos ao meio am-biente: demografia, demanda por água, planos setoriais de energia e mineração, demanda por alimentos e os modelos de produção agrí-cola etc. Todos impactam no desmatamento, uso da água, mudança do clima, uso do solo e assim por diante. Mesmo que não haja pos-

sibilidade de fazer uma grande cenarização, podemos aproveitar as que já existem, como as feitas pela ONU, Governo Federal, ou por outras pastas a exemplo de mineração, ener-gia e agricultura. Assim, podemos dispor de elementos para discutir formas de atuação vi-sando resultados mais realistas.

Temos que enxergar de forma objetiva o MMA e a realidade se quisermos ter um plano realis-ta e aplicável. Continuemos com a mente aber-ta e a energia que estamos empregando, para fazermos desse planejamento o melhor possí-vel. Ainda que o resultado final não atenda às expectativas, ao menos o processo já está sen-do engrandecedor. Nas próximas discussões é fundamental termos maior adesão e contri-buições dos servidores, para aproveitarmos o espaço que nos foi aberto, pois está faltando uma visão integrada da pasta e sua concepção e, também, melhor definição do nosso norte.

Até o fechamento dessa edição o planejamento estava na fase de finalizar a parte do mapa es-tratégico de Resultados e Foco de Atuação e en-trando em indicadores e metas. Os servidores têm contribuído decisivamente para melhorar o que é possível. Vamos ao debate, pois não se trata só do Ministério que queremos, mas do que a sociedade e o meio ambiente precisam.

A Assemma assinou neste mês contrato com o escritório de con-tabilidade “Documental Contábil”, que nos auxiliará a cumprir as obrigações legais da Associação perante a Receita Federal, operacionalizar nossa prestação de contas periódica e contribuir para uma maior profissionalização de nossos procedimentos operacionais. A Documental também é o escritório responsável pelas contabilidade da Asibama Nacional e da Asibama/DF.

A Diretoria Executiva da As-semma se reuniu no início do mês de agosto com o advoga-do da Asibama Nacional, Sr. Diego Vega, para acompanhar o andamento da ação judicial de solicitação de retroativo aos Agentes Administrativos que transpostos este ano para o PE-CMA. Houve igualmente sina-lização positiva por parte do Sr. Diego sobre a procedência de se abrir uma ação para solicitar os

valores retroativos de GDAEM para analistas ambientais do último concurso, que entraram em exercício até maio de 2012 e, portanto, levaram mais de 12 meses para ser avaliados e perceberem a gratificação inte-gral. Nas próximas semanas a Diretoria Executiva irá divulgar o procedimento para que os as-sociados interessados possam aderir à ação.

A Assemma promoveu, no dia 16/07, a exibição do vídeo “500 na Rio +20”, seguido de debate sobre as pautas ambientais no cenário de efervescência das ruas brasileiras. O evento foi re-alizado no Caferó (CLN 307 Bloco A Loja 10) e contou com a participação de diversos servidores, num momento muito interessante de amadurecimento coletivo de ideias e troca de experiências sobre as diversas agendas do MMA.

ASSEMMA EM AÇÃO

Nos últimos meses a Assemma disponibilizou 4 convênios a seus associados:

Academia Malhart (710/711 Asa Norte) – academia

voltada ao público feminino, associados tem isenção

de taxa de matrícula, 20% de desconto em qualquer

plano e consulta gratuita com nutricionista.

Scubadu (705/905 Asa Sul) – escola de mergulho referência em Brasília, associados tem desconto de 20% sobre os preços dos cursos de mergulho recreativo e 12% sobre os preços de cursos de mer-gulho Técnico e Profissional.

Primata Escalada (710/11 Asa Norte) – es-

cola de escalada, associados tem isenção da

taxa de matrícula, desconto de 10% nos pla-

nos mensais e desconto de 20%, com paga-

mento à vista, nos planos trimestrais.

Cinemark (qualquer unidade) – associa-dos tem direito a 4 ingressos por mês no va-lor de 12 reais, válidos para todos os filmes e horários (exceto sessões 3D, XP e Prime).Solicite o seu: [email protected]

!

Para desfrutar dos benefícios o associado de-verá apresentar declaração

de sua diretoria certificando a filiação e a inexistência de débitos junto à Associação.

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Para subsidiar a Diretoria-Executiva recém-eleita, a Assemma elaborou um questionário e submeteu--o em abril/2013 à autoaplicação online, mediante acesso enviado por e-mail a todos os servidores do MMA. Os temas escolhidos foram: 1. Satisfação no trabalho; 2. Participação; 3. Gestão de Pessoas; 4. Assemma. O questionário ficou disponível entre 12 e 22 de abril e foram recebidas 190 respostas.A ideia de aplicar um questionário, seu conteú-do e organização, tiveram como base pesquisa semelhante realizada pela Assemma em 2008. Não é simples realizar pesquisas por meio de ques-tionários - como o MMA pôde perceber na tímida consulta feita ao seu corpo de servidores, no início da construção de seu planejamento estratégico. Essa consulta foi realizada mediante e-mail envia-do a todos com o link para formulário na intranet, que ficou disponível para preenchimento entre os dias 20 e 31 de maio de 2013. O questionário pos-suía apenas cinco questões abertas, com um limite bastante restrito de caracteres. A quantidade de respostas obtidas foi inferior a 50. Além do trabalho de elaboração do questionário, que exige estudo e cuidado para que atenda seus objetivos, é preciso obter as respostas. Para isso, o primeiro passo é que os potenciais responden-tes sintam que responder o questionário pode re-verter em seu próprio benefício. Responder a um questionário requer atenção e tempo para reflexão, além de decisões diante de questões que podem ser difíceis de serem respondidas; por fim, ainda pode haver o temor de que as respostas sejam usa-das contra si próprio (VIEIRA, 2009, p. 16 e 291). A diferença substancial (400%) entre a quanti-dade de respostas obtidas pela Assemma e pelo MMA pode ser um indicativo de que o questio-nário do MMA não foi bem elaborado, de que os servidores não acreditaram que suas respostas seriam efetivamente consideradas pelo órgão e/ou recearam sofrer alguma perseguição devido às respostas; possivelmente um misto das três alter-nativas acima. O ministério aparentemente ainda não atentou para a gravidade dessa constatação. O questionário elaborado pela Assemma com-pôs-se de questões nos formatos aberta e fecha-da escalonada, em que as alternativas são orga-nizadas em escala e o respondente indica seu posicionamento optando por um dos grau na escala. A escala é a diferencial semântica - uma escala linear númerica - com cinco níveis, sendo os dois extremos explicados com palavras. As questões abertas foram analisadas e sistema-tizados pela Diretoria da Assemma.Considerando o resultado obtido, a Assemma pretende continuar fazendo uso dessa ferra-menta em oportunidades futuras, para tratar de outros temas de interesse. Aos resultados!

1. Satisfação no TrabalhoDos 190 servidores, 32% estão insatisfeitos com seu trabalho e apenas 28% estão satisfeitos - 39% não estão nem satisfeitos, nem insatisfei-tos. O questionário sugeriu seis possíveis fatores responsáveis pela insatisfação e ofereceu espaço para que outros fossem indicados.

Dentre os seis motivos sugeridos, a falta de afi-nidade com a área/tema em que trabalha não é mais tão significativa quanto em 2008 - antes si-tuado na média, hoje o número de servidores que possuem afinidade com sua área é de 71%.

Isto é bastante positivo e reflete uma caracterís-tica que diferencia o MMA dos demais órgãos da administração pública, que é o fato de ter um corpo de servidores preocupados com a temáti-ca fim do órgão, a causa ambiental. Essa caracte-rística deve ser mais bem aproveitada pela dire-ção do MMA, valorizando o comprometimento e qualidade técnica dos servidores.Apesar da melhora, 17% dos servidores ainda encontram-se insatisfeitos, indicando que há espaço para melhor aproveitamento desses ser-vidores na instituição – empregando adequada-mente suas competências e ampliando sua satis-fação com as atividades desenvolvidas.Um fator que mostrou-se bastante significativo para a insatisfação com o trabalho foi a gestão ineficiente/insuficiente dos superiores: para 75% dos servidores esse fator contribui ao menos ra-zoavelmente para a sua insatisfação, sendo que para 26% ele contribui muito.

Para alterar esse quadro em curto prazo, pode-riam ser priorizadas ações de capacitação geren-cial para o corpo dirigente, realizar planejamento participativo das subunidades do MMA e pro-mover a utilização efetiva desse planejamento para nortear as atividades realizadas pelos servi-dores. Além do planejamento, deve ser mantida interface permanente entre chefia e equipe, crian-do um espaço de diálogo em que o grupo ajuda a identificar e superar os obstáculos à consecução dos objetivos institucionais. A médio/longo pra-zo sugere-se capacitação e priorização dos servi-dores efetivos para ocupar os cargos gerenciaisOutro fator cuja contribuição para a insatisfação no trabalho foi analisada é o sentimento de ser desrespeitado/desvalorizado em seu trabalho. Para 33% dos servidores, a contribuição desse fa-tor é muito pequena, e é pequena para outros 18%. Contudo, 49% dos servidores têm sua insatisfa-ção no trabalho ao menos razoavelmente mo-tivada por esse fator - para 31% essa contribui-ção é significativa/muito significativa. A cultura organizacional do MMA deveria prezar por um ambiente de trabalho em que nenhum servidor

se sentisse desrespeitado/desvalorizado, porém percebe-se que essa não é a realidade. O desres-peito pode ocorrer tanto nas relações horizontais como nas relações hierárquicas.A discordância em relação ao direcionamento do MMA na área de atuação do servidor foi ou-tro fator cujo impacto na insatisfação no traba-lho foi analisado. Para 67% dos servidores esse fator contribui ao menos razoavelmente para sua insatisfação, sendo que para 41% a contri-buição é significativa. O impacto desse fator é diferente de acordo com as áreas do MMA, pois algumas sofrem pressões políticas em maior grau que outras, influenciando diretamente o posicionamento do ministério.

Frequentemente não há transparência e diálogo entre as esferas de decisão do órgão e seu corpo técnico, o que faz com que o posicionamento do MMA não esteja claro para os seus servidores. Isso deve ser melhorado com maior transparên-cia, comunicação e fluidez na troca de informa-ções entre as esferas políticas e técnicas. Seria importante criar espaços que estimulem e apro-fundem os debates sobre as políticas desenvolvi-das pelo ministério, para que haja um nivelamen-to e entendimento dos direcionamentos do órgão.O salário foi o último dos seis fatores sugeridos aos servidores no item satisfação no trabalho. Esse fator possui peso distinto para os diferentes cargos do MMA: 60% dos agentes administrativos consi-deram que o salário contribui significativamente para sua insatisfação; entre os analistas ambientais são 48%. Consideramos positivo que haja um nú-mero relevante de servidores que não considera este como o fator principal de insatisfação, pois está na governabilidade do MMA atuar nos prin-cipais fatores que contribuem para a satisfação do servidor. Considera-se que as políticas de incenti-vo à capacitação implementadas pelo MMA têm um impacto positivo neste fator.Contudo, é necessário que o MMA continue ne-gociando para que o cargo de agente administra-tivo seja mais bem remunerado, inclusive para diminuir a rotatividade destes servidores, preju-dicial para o próprio órgão. Destaca-se o recente erro de enquadramento dos agentes administra-tivos transpostos para o PECMA, que causa gra-ve descontentamento e impacta financeiramente esses profissionais. É prioritário que a direção do MMA trabalhe para que esse erro seja reconheci-do e corrigido, inclusive retroativamente.Foi solicitado aos servidores que indicassem 3 fatores principais que poderiam contribuir para aumentar sua satisfação no trabalho. As respos-tas foram sistematizadas de forma a aglutinar respostas semelhantes em grandes temas. Os três fatores são: planejamento estratégico do MMA, salário e dirigentes mais qualificados.

O MMA segundo os servidores - relatório dos questionários respondidos em abril/2013ASSUNTOS DA ASSEMMA

Informativo da Associação de Servidores do MMA p. 7

1. VIEIRA, Sonia. Como elaborar questionários. São Paulo: Atlas, 2009. 176 p.

Em que grau o fator gestão ineficiente/insuficiente dos superiores contribui para sua insatisfação no trabalho? (1 – contribui pouco / 5 – contribui muito)

Em que grau o fator não concorda com o direcionamento do MMA na sua área de atuação contribui para sua insatisfação no trabalho? (1 – contribui pouco / 5 – contribui muito)

Em que grau o fator não tem afinidade com a área/tema que trabalha contribui para sua insatisfação no trabalho? (1 – contribui pouco / 5 – contribui muito)

Bianca Mattos, Renata Apoloni e Marco A. L. V.

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p. 8 Informativo da Associação de Servidores do MMA

O planejamento estratégico do MMA foi inicia-do recentemente e há expectativa por parte dos servidores de que o processo efetivamente balize as ações do órgão e minimize a descontinuidade de ações. Ficou claro nas respostas a essa ques-tão, que incomoda muito aos servidores estar em um órgão que não possui objetivos claros e foco nas suas ações, o que dificulta enxergar o resultado do seu trabalho.O item “dirigentes mais qualificados” demons-tra a necessidade de se buscar um quadro mais qualificado de dirigentes, sendo essa qualifica-ção não somente técnica, mas também gerencial e comportamental. Soluções possíveis: desen-volver ferramenta para avaliação dos dirigentes (avaliação 360º), capacitar os atuais dirigentes e facilitar o acesso dos servidores da carreira de especialista em meio ambiente a esses cargos.Além desses, outros dois fatores destacam-se: gestão participativa (tratada no item 2) e redu-ção da jornada de trabalho/jornada flexível.A redução da jornada de trabalho não é enten-dida como ferramenta de gestão de pessoas no MMA, que pode estar perdendo uma grande oportunidade de ter um corpo técnico mais sa-tisfeito e ao mesmo tempo garantir qualidade no trabalho realizado por seus servidores. Talvez esta ainda seja uma questão polêmica no serviço público, porém é uma reflexão necessária, pois servidores qualificados estão deixando o MMA por falta de solução para tal questão. Em breve a Assemma organizará um debate com a presença de especialistas no assunto a fim de colaborar para o amadurecimento da questão no MMA.

2. ParticipaçãoO item participação compôs-se de quatro ques-tões fechadas. As duas primeiras foram relativas à participação do servidor no planejamento das ações da unidade em que está lotado: em apenas 29% das unidades há participação regular dos servidores e suas sugestões e posicionamentos são considerados na tomada de decisão. As outras duas foram relativas à participação dos servidores em decisões relativas ao órgão como um todo - planejamento estratégico e sua rees-truturação. Mais de 95% consideram importante a participação em ambos, sendo que a absoluta maioria considera muito importante e quase ninguém considera irrelevante - e de fato nin-guém, no caso da reestruturação.

Observa-se que a participação dos servidores nos processos decisórios ocorre aquém do de-sejado. Com o planejamento estratégico ainda em curso, já está ocorrendo reestruturação do

órgão; ela não está sendo dialogada em nenhu-ma instância com os servidores e esse foi um dos itens em que a participação dos servidores foi considerada mais importante.Percebe-se pelos gráficos que há um descompas-so entre o posicionamento da área técnica e as de-cisões que são tomadas, ocasionado pela falta de participação no planejamento e de diálogo entre os servidores e dirigentes. Sugere-se, como me-dida emergencial, que seja dada transparência ao processo de reestruturação do MMA e seja aber-to um canal de diálogo para permitir a participa-ção dos servidores. Além disso, de maneira geral, recomenda-se que a participação seja incorpora-da em todos os processos dentro do ministério.A primeira fase do planejamento estratégico deixou claro que não há no MMA uma cultu-ra de estimulo aos processos participativos in-ternos. Há a necessidade tanto de os servidores aprenderem a utilizar os espaços de participa-ção, quanto de os dirigentes aprenderem a lidar com os processos participativos.Percebe-se que falta transparência entre o que é definido nas instâncias decisórias e as informa-ções que chegam aos servidores. Isso influencia diretamente na falta de credibilidade dos servi-dores quando representam o MMA perante ou-tros atores. Faz-se necessário destacar a dificul-dade que os técnicos encontram em fazer com que suas propostas alcancem os níveis decisó-rios mais altos. Diante disso, devem ser estabe-lecidos meios para fomentar o diálogo dos servi-dores com a direção, como a participação de um servidor nas reuniões semanais de dirigentes.

3. Gestão de PessoasHouve avanços na lotação dos últimos concur-sados, pois 76% dos servidores estão ao menos medianamente satisfeitos com sua atual lotação. Entretanto, 80% consideram que a política de lotação deve melhorar. Ainda há um passivo grande relativo aos concursos anteriores e para resolvê-lo, é emergencial que o MMA imple-mente uma política de remoção efetiva.

Essa é uma demanda antiga e de solução relati-vamente simples, que nunca avançou e que gera, além da insatisfação do servidor, desperdício de competências que poderiam qualificar ainda mais o trabalho desempenhado pelo MMA.

Apesar de os servidores perceberem avanços significativos na política de capacitação, espe-cialmente devido aos incentivos, há insatisfação - especialmente porque o MMA oferece poucos cursos voltados à área-fim, apesar de indicados no Plano Anual de Capacitação. Deve haver constan-te aprimoramento e discussão com os servidores e os dirigentes devem incorporar a capacitação como instrumento de fortalecimento do órgão.É consenso que os servidores devem ser ouvidos na construção dos procedimentos relativos à ges-tão de pessoas (GP): 82% consideram importante/muito importante. O MMA deve compreender que a participação é essencial, inclusive por aumentar o sucesso das ações e evitar o desperdício de esforços da GP em questões que não são prioritárias.As três principais dificuldades na GP apontadas pelos servidores foram: falta de critérios para lo-tação e remoção (17%); acesso à informações/transparência nas ações (12%); e participação dos servidores nas políticas de GP (9%).A falta de critérios para o processo de lotação e remoção está associada a outros dois fatores cita-dos em 4º lugar: lotação inadequada/perfil de for-mação e falta de oportunidades para a remoção. Ressaltamos o pleito dos servidores de que além da necessidade de estabelecer critérios para a lo-tação, deve ocorrer a facilitação desse processo.A estruturação de uma política de GP com foco imediato e prioritário na política de lotação e re-moção se faz, mais uma vez, visível como fator que diminuiria muito as dificuldades que os ser-vidores têm com a GP. Ela pode e deve ser uma ação emergencial realizada pela gestão atual.De forma a responder diretamente às dificuldades vivenciadas pelos servidores, a estruturação dessa política precisa ser realizada com sua participação ativa e diálogo constante, como aponta o 3º mais citado fator de dificuldade. Diversos elementos es-senciais para a estruturação são evidencidos pelos servidores, como o fato de o modelo de gestão atu-al ser anacrônico. Isso demonstra que a demanda dos servidores não é apenas pelo estabelecimento de um modelo de gestão qualquer, tem-se uma demanda focada por um modelo de gestão de pes-soas moderno, baseado numa visão humanista.A inexistência de uma política estruturada se relaciona à falta de clareza nos procedimentos jurídicos utilizados e ao 2º fator citado, a dificul-dade de acesso a informações e a falta de trans-parência nas ações. Esse processo gera excesso de burocratização dos procedimentos e dá mar-gem à insegurança jurídica dos servidores, que acaba por gerar sobrecarga e desgaste tanto para o órgão, como para os servidores.

Assumamos o MMA!

O planejamento das atividades da sua unidade é feito de forma participativa?(1 – nunca / 5 – sempre)

Considera importante que os servidores participem do planejamento estratégico do MMA? (1 – irrelevante / 5 – muito importante)

Considera importante que os servidores participem do processo de reestruturação do MMA? (1 – irrelevante / 5 – muito importante)

Quão satisfeito você está com sua lotação? (1 – muito insatisfeito / 5 – muito satisfeito)

A Política de Lotação (critérios utilizados para determinar a lotação inicial do servidor) é uma questão que deve avançar? (1 – não há o que avançar / 5 – deve avançar muito)

Você acha que a Política de Remoção (oportunidades de mudança de lotação) é uma questão que deve avançar? (1 – não há o que avançar / 5 – deve avançar muito)

A Política de Capacitação deve avançar? (1 – não há o que avançar / 5 – deve avançar muito)