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7/25/2019 Marcelo - Instrumentao Wireless
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MARCELO KHOURI SILVA
A EVOLUO DAS REDES WIRELESSNA INDSTRIA DE
PROCESSO
RIO DE JANEIRO
2011
7/25/2019 Marcelo - Instrumentao Wireless
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Marcelo Khouri Silva
A Evoluo das RedesWirelessna Indstria de Processo
Monografia apresentada ao InstitutoBrasleiro de Petrleo, Gs e
Biocombustveis IBP para obteno dograu de Ps Graduo em Engenharia de
Instrumentao Industrial
Orientador: Prof. Cludio Makarovsky
IBP-PS Instituto de Ps-Graduao do Petrleo
Rio de Janeiro - 2011
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AGRADECIMENTOS
Agradeo primeiramente Deus por ter me dado a
fora e a f necessrias para superao dos
obstculos enfrentados.
Em especial, quero agradecer aos meus pais pelo
apoio e suporte em tudo que me foi necessrio e s
minhas irms por me alegrarem e me colocar pracima sempre que necessrio.
Ao meu orientador Prof. Cludio Makarovsky, pelas
importantes sugestes dadas para o desenvolvimento
deste trabalho.
Aos amigos que me acolheram no IBP, tornando mais
agradveis a adaptao disciplina de aulas aos
finais de semana.
Aos amigos mais prximos por sempre escutar as
lamentaes na hora do desespero e compartilhar as
risadas nos momentos de alegria.
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A Evoluo das RedesWirelessna Indstria de Processo
Resumo:Cada vez mais a transmisso de dados utilizando meio sem fio se faz presente
no nosso cotidiano. Celulares, palmtops, e at mesmo a rede domstica para acesso
internet so exemplo da difuso cada vez maior dessa tecnologia. As redes sem fio
atingiram hoje um papel de fundamental importncia no meio industrial. Em um
mercado cada vez mais competitivo, a reduo de custos de instalao e
comissionamento, manuteno e gerenciamento das redes de campo, aliadas
confiabilidade operacional trazidas pela nova tecnologia no pode deixar de ser
considerada. Em virtude disso, este trabalho tem como objetivo estudar a transmisso de
sinais das redes de instrumentos sem fio na indstria de processos, suas topologias e suascaractersticas.
A fim de situar esta tecnologia no tempo, apresenta-se um histrico das
transmisses de sinais de campo, desde a pneumtica at as modernas transmisses
fieldbus. Tambm estudada a evoluo dos sensores, que pode ser considerado um dos
fatores que possibilitaram a transmisso sem fio. Os novos conceitos ligados a tecnologia
wirelesscomo espalhamento espectral, antenas, arquiteturas da rede e normas aplicveis
so tambm apresentados para que se possa entender o funcionamento de uma rede semfios. Por fim, feito um estudo de caso exemplificando a utilizao da tecnologia
wirelessem um sistema integrado de VOIP sobre rede wirelesse instrumentao atuando
sobre a mesma rede sem fio.
Palavras-chave:Antenas, espalhamento espectral, ISA 100.11a, meio industrial, redes
sem fio, reduo de custos.
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LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1.1 - Evoluo das tecnologias Wi-Fi. ................................................................. 15
Figura 2.1 - Controle manual de um indstria de processo ............................................ 19
Figura 2.2 - Maturidade das tecnologias de transmisso de sinais. ................................ 20
Figura 2.3 - Esquema de uma malha fechada de controle com transmisso pneumtica.
........................................................................................................................................ 22
Figura 2.4 - Formas de interligao de instrumentos com transmisso eletrnica a) 2
fios b) 3 fios c) 4 fios ...................................................................................................... 24
Figura 2.5 - Base instalada de protocolos de comunicao digital com nfase na
indstria de processos ..................................................................................................... 26
Figura 2.6 - Princpio da transmisso superimposta HART ........................................... 27
Figura 2.7 - Topologia da redefoundation fieldbus........................................................ 29
Figura 2.8 - Modelo de comunicaofoundation fieldbus. ............................................ 30
Figura 2.9 Arquitetura da redeprofibusPA com controlador exclusivo. .................... 31
Figura 2.10 - Arquitetura da rede sem fio para coleta de dados. .................................... 32
Figura 2.11 - Arquitetura tpica das primeiras redes sem fio industriais. ....................... 33
Figura 2.12 - Topologia da rede sem fio atual ................................................................ 34
Figura 3.1 - Tcnica do espalhamento espectral. ............................................................ 37
Figura 3.2 - Mtodo de espalhamento espectral DSSS. ............................................... 38
Figura 3.3 - Mtodo de espalhamento espectral FHSS. ............................................... 38
Figura 3.4 - Diagrama de radiao de uma antena helicoidal. ........................................ 39
Figura 3.5 - Equipamentos de rede - devices. ................................................................. 42
Figura 3.6 - Configurao de uma rede tpica. ............................................................... 43
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Figura 3.7 - Exemplos de pontos de acesso. ................................................................... 43
Figura 3.8 - Topologia ponto a ponto. ............................................................................ 44
Figura 3.9 - Topologia estrela. ........................................................................................ 45
Figura 3.10 - Topologia rvore ....................................................................................... 46
Figura 3.11 - Topologia mesh. ....................................................................................... 48
Figura 3.12 - Topologia de redes hbridas ...................................................................... 49
Figura 3.13- Topologia bsica da norma IEEE 802.15.4 ................................................ 52
Figura 3.14 - Topologias para oZigBee......................................................................... 56
Figura 3.15 - Rede mesh wirelesshart. ............................................................................ 59
Figura 3.16 - Topologias possveis de uma rede wirelesshart. ....................................... 60
Figura 3.17 - Funes dos dispositivos da rede ISA 100.11a. ........................................ 63
Figura 4.1 - Requisitos de uma rede sem fio. ................................................................. 65
Figura 4.2 - Definio do protocolo em uma aplicao. ................................................. 66
Figura 4.3 - Tecnologia de camadas ISO-OSI e suas funes. ....................................... 67
Figura 4.4 - Exemplo do caminho seguido em uma aplicao. ...................................... 68
Figura 4.5 - Tempo de acesso ao meio de transmisso. .................................................. 71
Figura 4.6 - Exemplo de roteamento de uma rede mesh. ............................................... 72
Figura 4.7 - Requisitos de segurana. ............................................................................. 73
Figura 4.8 - Painis solares ............................................................................................. 75
Figura 4.9 - Gerador de energia piezoeltrico. ............................................................... 76
Figura 4.10 Exemplo de micro-turbina. ....................................................................... 76
Figura 5.1 - Comparao de economia entre uma rede fiada e uma wireless. ................ 81
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LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 Padres utilizados nas indstrias de processo (CONSIDINE, 1985) ........ 21
Tabela 2.2 - Caractersticas da transmisso pneumtica (RIEGO, 2009) ....................... 22
Tabela 2.3 - Padres utilizados nas indstrias de processo (CONSIDINE, 1985) ......... 23
Tabela 2.4 - Principais caractersticas da transmisso analgica (RIEGO, 2009) .......... 25
Tabela 2.5 - Dados transmitidos por instrumento HART (HART COMMUNICATION,
2011) ............................................................................................................................... 26
Tabela 2.6 - Principais caractersticas da transmisso HART (RIEGO, 2009) .............. 28
Tabela 2.7 - Principais caracterstica da transmisso FF (RIEGO, 2009) ...................... 30
Tabela 2.8 - Principais caractersticas da transmisso Profibus PA (RIEGO, 2009) ..... 32
Tabela 3.1 - Subdivises do espectro de RF (RACKLEY, 2007) .................................. 35
Tabela 3.2 - Propriedades da tecnologia IEEE 802.15.4 (RIEGO, 2009) ...................... 52
Tabela 3.3 - Funes de cada camada (IEEE 802.15.4, 2007) ....................................... 53
Tabela 3.4 - Dispositivos zigbee e suas funcionalidades (BRANDO, BONIFCIO e
PANTONI, 2009) ............................................................................................................ 54
Tabela 3.5 - Propriedades da tecnologia IEC/PAS 62591 (2008) (RIEGO, 2009) ........ 60
Tabela 3.6 - Classes de operao definidas pela ISA 100.11a (ISA 100.11a, 2008) ...... 61
Tabela 3.7 - Propriedades da tecnologia ISA 100.11a (2008) (RIEGO, 2009) .............. 64
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANATEL - Agncia Nacional das Telecomunicaes
CLP - Controlador Lgico Programvel
CSMA-CA - Carrier Sense Multiple Access with Collision Avoidance
DSSS -Direct Sequence Spread Spectrum
EHF -Extreme High Frequency
FCC - Federal Communications Commission
FF- Foundation fieldbus
FFD - Full Function Device
FHSS - Frequency Hopping Spread Spectrum
FSK - Frequency Shifting Keying
GTS - Guaranteed Time Slot
HART -Highway Addressable Remote Transducer
HF -High Frequnecy
IEC International Electrotechnical Commission
IEEE -Institute of Electrical and Electronic Engineers
ISA -International Society of Automation
ISM -Instrument, Scientific and Medical
ISO-OSI - Padro de redes de comunicao - Open System Interconnection
ISP -Interoperable Systems Project
LF- Low Frequency
MEMS - Sistemas Micro-eletro-mecnicos
MF Medium Frequency
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PAN - Personal Area Network
QoS - Quality of Signal
RF - Rdio Freqncia
RFD -Reduced Function Device
SDCD - Sistema Digital de Controle Distribudo
SHF - Super High Frequency
SSC - Sistema de Superviso e Controle
TDMA - Time Division Multiple Access
TIR - Taxa Interna de Retorno
UHF - Ultra High Frequency
UTR - Unidade Terminal Remota
VHF -Very High Frequencu
VLF - Very Low Frequency
VOIP - Voice Over Internet Protocol
XOR - Funo Lgica OU Exclusivo
Wi-Fi - Wireless Fidelity
WorldFIP- World Factory Instrumentation Protocol
WPAN - Wireless Personal Area Network
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SUMRIO
1 INTRODUO..................................................................................................... 12
1.1 MOTIVAO ................................................................................................. 15
1.2 OBJETIVO ....................................................................................................... 16
1.3 METODOLOGIA DE ESTUDO ..................................................................... 17
1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ............................................................... 17
2 HISTRICO DA TECNOLOGIA....................................................................... 192.1 TRANSMISSO DE SINAIS DE CAMPO .................................................... 19
2.2 TRANSMISSO PNEUMTICA .................................................................. 20
2.3 TRANSMISSO ANALGICA ELETRNICA ........................................... 22
2.4 TRANSMISSO DIGITAL COM FIO ........................................................... 25
2.4.1 ProtocoloHART...................................................................................... 26
2.4.2 Foundation fieldbus................................................................................. 28
2.4.3 ProfibusPA.............................................................................................. 30
2.5 TRANSMISSO DIGITAL SEM FIO ............................................................ 32
3 CONCEITOS TRANSMISSO DIGITAL SEM FIO....................................... 35
3.1 TRANSMISSO DOS SINAIS ....................................................................... 36
3.1.1 Espalhamento espectral.......................................................................... 36
3.1.2 Antenas.................................................................................................... 39
3.2 ARQUITETURAS DE REDES ....................................................................... 40
3.2.1 Equipamentos da rede............................................................................ 40
3.2.2 Topologia das redes................................................................................ 44
3.3 TECNOLOGIAS ATUAIS .............................................................................. 50
3.3.1 IEEE 802.15.4 .......................................................................................... 50
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3.3.2 Zigbee....................................................................................................... 53
3.3.3 Wirelesshart.............................................................................................. 57
3.3.4 Norma ISA 100.11A ................................................................................ 60
4 REQUISITOS DA TRANSMISSO DIGITAL SEM FIO............................... 65
4.1 ANLISE DOS REQUISITOS ....................................................................... 69
4.1.1 Energia solar........................................................................................... 74
4.1.2 Vibrao ................................................................................................... 75
4.1.3 Micro-turbinas........................................................................................ 76
5 ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 77
5.1 EXEMPLO DE APLICAO: ECONOMIA EM UMA PLANTA DE
GERAO DE ENERGIA......................................................................................... 78
5.1.1 Novas adies ao sistema........................................................................ 79
6 CONCLUSO........................................................................................................ 83
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS........................................................................ 85
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1 INTRODUO
notria a evoluo tecnolgica ocorrida ao longo dos anos. A inveno do
transistor revolucionou o ramo da eletrnica, pois sua utilizao em microprocessadores
substituiu uma enormidade de aplicaes que, at ento, eram realizadas por sistemas
complexos e de grande porte. A rpida evoluo da microeletrnica permitiu que, em
menos de 25 anos, os computadores atingissem fabricao em escala mundial e se
tornassem um item fundamental no cotidiano de nossas vidas. E este desenvolvimentoatingiu tambm as indstrias.
Em indstrias de processo, malhas de controle, que eram puramente pneumticas,
passaram a ser controladas por dispositivos microprocessados. Os controladores
pneumticos, utilizados na dcada de 50, foram gradativamente substitudos por
dispositivos eletrnicos que comandavam uma ou mltiplas malhas de controle.
Com o avano da tecnologia, as diversas malhas de controle que ficavam
espalhadas pela unidade puderam ser concentradas em sistemas integrados de controle,
como CLPs e SDCDs, os quais conseguiam concentrar todos os controles da planta em
um nico microprocessador. Isto facilitou a superviso das variveis de processo pelos
operadores, que no precisavam se deslocar pela unidade de processo para este fim.
importante ressaltar tambm que, acompanhando esta evoluo, os sensores
tambm tiverem que evoluir. Sensores puramente pneumticos deram lugar a sensores
eletrnicos. Esta nova evoluo permitiu uma leitura mais clara e com menos erros das
variveis de processo. Alm disso, a converso dos sinais medidos em sinais digitais foi
claramente facilitada, melhorando a qualidade dos sinais transmitidos.
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Os tubings1utilizados para levar o sinal pneumtico at os instrumentos foram
sendo substitudos por cabos com pares de filamentos de cobre tranados, os quais
levavam o sinal eltrico at os instrumentos. Foi a poca do advento do padro analgico
4-20mA. A confiabilidade obtida com esse padro o fez ser amplamente utilizado at os
dias atuais.
O padro 4-20mA puro permitia apenas o envio de uma informao (a varivel
medida) por instrumento. Durante muito tempo este envio simples de informao foi
suficiente para atender os requisitos das indstrias. No entanto, durante a dcada de
1980, a HART Foundationdesenvolveu um protocolo capaz de sobrepor um sinal digital
ao sinal analgico. Com isso, o padro de comunicao passou a ser digital e mais de
uma informao poderia ser transmitida por instrumento.
Este padro de comunicao revolucionou a indstria, pois se conseguia obter
vrios tipos de informao sobre os instrumentos, tais como valores de calibrao, data
da ltima calibrao, qualidade da medida e defeito no prprio instrumento. Com isso, a
indstria poderia ter total controle sobre seus instrumentos, podendo prever manuteno
e substituio de partes antes delas virarem possveis falhas.
At meados da dcada de 1990, o protocolo de sinais superimpostos reinou
absoluto, at que se conseguiu implementar a primeira rede puramente digital de
instrumentos de campo. Isto proporcionou ganhos econmicos e na qualidade e
quantidade de sinais transmitidos a partir do campo. Hoje temos vrios protocolos
digitais de comunicao de rede como o Fieldbus Foundation, o Modbus, o Profibus,
entre outros.
Uma nova tecnologia vem ganhando destaque ultimamente. Trata-se da
tecnologia de comunicaowireless no mbito industrial. Apesar da tecnologia wireless
1Tubo utilizado com a finalidade de transportar ar at o instrumento.
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j existir como meio puramente de aquisio de dados, ela surge agora com a promessa
de substituir as atuais tecnologias de transmisso de sinais de campo, interligando os
instrumentos de campo ao centro de controle sem a necessidade de cabos.
A tecnologia de transmisso industrial sem fio pode ser considerada um
desdobramento dos atuais protocolos comerciais, como o Wi-Fi e o Bluetooth2, j que
possuem a mesma estrutura de transmisso baseada nas camadas ISO-OSI, as mesmas
frequncias de operao e as tcnicas de espalhamento espectral3. Entretanto, esta
tecnologia apresenta as vantagens de ser otimizada para a indstria, preocupando-se com
questes como segurana operacional, consumo de energia, custo e confiabilidade.
Entre os ganhos do uso da tecnologia wirelesspodemos citar a reduo dos custos
de instalao, manuteno e gerenciamento da rede. Pode-se dizer que o principal
desafio a ser superado hoje a insegurana por parte dos usurios finais em utilizar esta
tecnologia em suas indstrias.
Existem hoje duas normas aceitas no mercado que regem alguns padres a serem
seguidos para as implementaes wireless: a ISA 100.11a (2008) e a WirelessHart4. Por
se tratar de uma tecnologia incipiente, essas normas ainda esto em desenvolvimento e
buscam uma forma de coexistir atravs da interoperabilidade.
Apesar de incipiente e da insegurana acerca da tecnologia wireless no meio
industrial, existem algumas aplicaes que j esto instaladas e funcionando. No entanto,
os protocolos de comunicao digitais por meio de cabos ainda so a maioria
esmagadora das aplicaes nas indstrias e, com certeza, perduraro por um longo
tempo.
2
Bluetooth: Nome comercial de redes sem fio desenvolvidas sob o protocolo IEEE 802.15.1.3Uma explicao detalhada do funcionamento do espalhamento espectral pode ser obtida no Captulo 3.4ISA100.11a e WirelessHart so protocolos de comunicao de redes sem fio.
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1.1 MOTIVAO
notria a evoluo das tecnologias wirelessat os dias atuais. Estamos cada vez
mais conectados por aparelhos e instrumentos que fazem uso dessa tecnologia. Celulares,
palmtops, laptopsbuscam cada vez uma melhor comunicao entre si por algum tipo de
tecnologia sem fio. Segundo RACKLEY (2007), uma das tecnologias que mais se
desenvolveu no incio do sculo XXI a rede sem fio. A Figura 1.1 mostra a evoluo da
tecnologia sem fio nos ltimos anos.
Figura 1.1 - Evoluo das tecnologias Wi-Fi(CMC ASSOCIATES, 2007)
Se por um lado estamos cercados no dia-a-dia por aparelhos wireless, nas
indstrias de processo essa tecnologia, embora nova, vem ganhando cada vez mais
espao. Motivadas pela necessidade global de operar em nveis cada vez mais
competitivos, as indstrias direcionam seus esforos para atingir nveis de excelncia nos
aspectos de qualidade de seus produtos e produtividade de suas unidades de processo.
Neste cenrio, as indstrias devem encontrar novas formas de otimizar a capacidade de
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produo e segurana, enquanto minimiza custos e aumenta a vida operacional dos
equipamentos novos e existentes. Neste ponto, a tecnologia sem fio pode ser bastante
atrativa (MANGES, 1999).
Um estudo realizado pelo Comit de Conselheiros em Cincia e Tecnologia do
Governo dos Estados Unidos (apud INDUSTRIAL WIRELESS TECHNOLOGY FOR
THE 21ST CENTURY, 2002, p.1) afirma que o desenvolvimento de sensores sem fio
aumentaria a produo em 10% e reduziria a emisso de gases poluentes em at 25%.
A competitividade que os instrumentos sem fio trazem para a indstria consiste
no fato da substituio da tecnologia atual fiada. Sistemas de instrumentao com fios
possuem altos custos de instalao, comissionamento e partida, manuteno e expanso e
uma alta taxa de falha em conexes mal feitas nos pontos de conexo, em painis.
1.2 OBJETIVO
O objetivo desta monografia estudar a transmisso de sinais das redes de
instrumentos sem fio, suas topologias, seus protocolos, suas vantagens e desvantagens,
com o intuito de avaliar sua possvel utilizao nas indstrias de processo, tanto para
superviso como para controle de suas variveis. Primeiramente, contextualizada
historicamente esta nova tecnologia, realizando um estudo da evoluo dos sinais de
transmisso industrial e, posteriormente, so abordadas as redes sem fio existentes no
mercado, focando o estudo naquelas aptas para a indstria de processo, como o
WirelessHarte a norma ISA 100.11a (2008), que pretende se consolidar como a norma
de referncia em redes sem fio industriais.
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1.3 METODOLOGIA DE ESTUDO
Para a confeco desta monografia foram feitas pesquisas em vrias fontes
atravs da internet. Foram pesquisados artigos e revistas no Portal Capes de peridicos,
alm de artigos da revistaISA Automation, Mecatrnica Atual e Intech.
Tambm foram estudas as normas tcnicas de maior destaque atualmente, como a
WirelessHart e ISA100.11a (2009), fazendo uma avaliao tcnica comparativa entre
ambas, destacando as caractersticas peculiares de cada uma.
Por fim, um caso prtico de aplicao da tecnologia wireless foi pesquisado e
analisado, com o intuito de ilustrar o amplo e promissor mercado das tecnologias sem fio
nas indstrias de processo.
1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
No captulo 2, descreve-se a histria das transmisses de sinal usualmente
utilizadas nas indstrias de processo, mostrando sua evoluo ao longo dos anos,
iniciando pela transmisso pneumtica de 3psi a 15psi, passando pela transmisso
analgica de 4mA a 20mA, pela transmisso digital fieldbus, at culminar na atual
transmisso digital sem fio.
No captulo 3, discorre-se sobre o estado da arte das transmisses sem fio,
descrevendo suas tecnologias, suas arquiteturas possveis, seus componentes de rede e
seus requisitos fundamentais de funcionamento. Tambm neste captulo realiza-se um
estudo comparativo das tecnologias de transmisso sem fio mais aptas a indstrias de
processos.
No captulo 4, discorre-se sobre os requisitos, vantagens e desvantagens,
oportunidades de utilizao e os cuidados que devem ser levados em considerao na
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implementao de redes desta natureza. neste captulo que se avalia os novos
desenvolvimentos desta tecnologia com relao ao consumo de energia.
No captulo 5, mostrado uma implementao dos instrumentos sem fio em uma
unidade industrial, ilustrando de que forma podemos obter uma instalao adequada
destes instrumentos.
E por fim, no captulo 6, apresenta-se as concluses e as contribuies deste
trabalho.
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2 HISTRICO DA TECNOLOGIA
2.1 TRANSMISSO DE SINAIS DE CAMPO
Durante um longo perodo, antes da dcada de 1940, as indstrias de processo
eram nada automatizadas, controladas exclusivamente pelos seus operadores. Assim, os
processos dependiam da destreza e responsabilidade manual de cada operador. No
entanto, esta estrutura apresentava um grande problema: era totalmente descentralizada,
pois cada operador deveria estar em um ponto diferente ao longo da unidade.
Desta forma, alm do grande nmero de profissionais necessrios para operar
uma fbrica, o controle das malhas era uma tarefa nada padronizada, como pode ser
observado na Figura 2.1 e exigia um enorme esforo por parte dos operadores de rea.
Figura 2.1 - Controle manual de um indstria de processo. (CONSIDINE, 1985)
Algum tempo depois, a introduo da teoria de transmisso de sinais
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padronizada, baseada no conceito de um transmissor e um receptor de sinais trouxe
algumas melhorias para a indstria de processo (CONSIDINE, 1985). Tornou-se
possvel padronizar a transmisso remota de sinais e consolidar o controle de todas as
malhas em um nico ponto central, a sala de controle.
Alm disso, tanto os transmissores quanto os receptores de sinais (indicadores,
controladores e registradores) puderam ser padronizados, permitindo uma flexibilidade
de utilizao.
A Figura 2.2 ilustra a evoluo das tecnologias de transmisso de sinais ao longo
do tempo. Pode-se ver que a tecnologia de transmisso digital j atingiu a sua maturidade
e que a tecnologia sem fio ainda esta apenas no incio de desenvolvimento.
Figura 2.2 - Maturidade das tecnologias de transmisso de sinais (RIEGO, 2009)
2.2 TRANSMISSO PNEUMTICA
Por volta de 1940 surgiu o primeiro mtodo de transmisso de sinais de campo: a
transmisso pneumtica. O mtodo, como o prprio nome diz, consiste em transmitir
informaes analgicas com base na presso exercida pelo ar.
Em termos prticos, um instrumento sensor/transmissor localizado no campo
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capta o sinal correspondente varivel que est medindo e transforma este sinal em uma
presso equivalente de ar. Se este instrumento estiver em uma malha de controle fechada,
o controlador interpretar este sinal e enviar um sinal pneumtico para a vlvula de
controle (CONSIDINE, 1985).
Havia vrias faixas de transmisso de sinais, como pode ser observado na Tabela
2.1. Diante desta falta de padro, a ISA publicou a norma S7.4 de 1981, a qual
padronizou a transmisso de sinais pneumtica nas faixas de 3-15psig e 3-27psig.
Faixas de operao de sinais pneumticos
3 a 15 psig 20,68 a 103,42 N/m3 a 27 psig 20,68 a 186,16 N/m6 a 30 psig 41,36 a 206,84 N/m
0,2 a 1,0 kgf/cm2 19,61 a 98,04 N/m0,2 a 1,0 bar 19,99 a 99,97 N/m0,2 a 100 kPa 19,99 a 99,97 N/m
Tabela 2.1 Padres utilizados nas indstrias de processo (CONSIDINE, 1985)
A implementao do mtodo pneumtico de transmisso de sinais possibilitou a
centralizao do controle, reduzindo o nmero e frequncia com que os operrios deviam
ir a campo para verificar o estado do processo observando as indicaes locais dos
transmissores.
A instrumentao pneumtica apresenta, ainda hoje, algumas vantagens em
relao instrumentao eletrnica. Os sistemas pneumticos oferecem proteo contra
falha de energia, uma vez que se podem utilizar reservatrios de ar comprimido caso haja
uma eventual queda de energia. Alm disso, os instrumentos pneumticos so, pela sua
natureza, prova de exploso, uma vez que no possuem alimentao eltrica podendo ser
utilizados livremente em reas classificadas. Outrossim, os sistemas pneumticos so
atuados com vlvulas operadas a ar, os principais elementos finais de controle utilizados
nos dias atuais. A Figura 2.3 mostra o esquema de uma malha fechada de controle
pneumtico, exemplificando sua aplicao.
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Figura 2.3 - Esquema de uma malha fechada de controle com transmisso
pneumtica.(CONSIDINE, 1985)
A Tabela 2.2 ilustra as principais caractersticas da transmisso pneumtica.
Caractersticas da TecnologiaTopologia Ponto a pontoMeio Fsico TubingEnergia para Funcionamento Ar de instrumentoTipo de Controle LocalTipo de Manuteno Permitida Preventiva; Corretiva
Padres ISA S7.4Observao No disponvel atualmente
Tabela 2.2 - Caractersticas da transmisso pneumtica (RIEGO, 2009)
2.3 TRANSMISSO ANALGICA ELETRNICA
Conforme citado no captulo 1, com a evoluo no campo da eletrnica na dcada
de 1970, consolidava-se a transmisso analgica eletrnica do sinal medido, baseada na
mesma teoria de telemetria, mas agora no mais transmitido por sinais de ar atravs de
tubings, mas por sinais de corrente ou tenso atravs de cabos de cobre.
Surgiram ento, vrias faixas de valores que eram adotadas na indstria. Por este
motivo, como na transmisso pneumtica, era necessria uma padronizao dos sinais.
5Telemetria: tecnologia que permite a medio e transmisso de informaes de interesse do operador oudesenvolvedor de sistemas.
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Foi publicada a norma ISA SP-50, em 1975 padronizando o sinal em 4mA a 20mA,
sendo este utilizado at os dias de hoje. A Tabela 2.3 mostra as diversas faixas de
transmisso analgica digital antes da padronizao.
Faixas de Operao de Sinais Eletrnicos0 a 5Vdc 0 a 25mA1 a 5Vdc 1 a 5mA0 a 10Vdc 10 a 50mA0 a 20mA 4 a 20mA
Tabela 2.3 - Padres utilizados nas indstrias de processo (CONSIDINE, 1985)
Com a transmisso eletrnica os instrumentos passaram a ser interligados
conforme mostra a Figura 2.4.
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Figura 2.4 - Formas de interligao de instrumentos com transmisso eletrnica a) 2fios b) 3 fios c) 4 fios (NACHTIGAL, 1980)
A tecnologia de transmisso 4-20mA perdura at os dias de hoje. Podemos
atribuir este fato a alguns fatores como: o aumento da qualidade dos sensores que trouxe
confiabilidade e robustez na medio, alm do surgimento da tecnologia de transmisso
denominada HART, um protocolo de transmisso digital superimposto na transmisso
analgica 4-20mA.
A Tabela 2.4 mostra as principais caractersticas da transmisso analgica
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eletrnica.
Caractersticas da TecnologiaTopologia Ponto a pontoMeio Fsico Par Tranado (cabo de cobre)
Energia para Funcionamento Energia Eltrica mais Ar de InstrumentoTipo de Controle Local ou remotoTipo de Manuteno Permitida Preventiva; CorretivaPadres ISA SP-50Observao Disponibilidade de Produtos Reduzida
Tabela 2.4 - Principais caractersticas da transmisso analgica (RIEGO, 2009)
2.4 TRANSMISSO DIGITAL COM FIO
Como elucidado anteriormente, a evoluo da eletrnica dos sensores fizeram
com estes evolussem de simples transformadores de grandezas para sistemas integrados
e microprocessados de medio, transmisso e processamento de sinais. Esta evoluo
contribuiu enormemente para a implantao, na dcada de 1980, do primeiro protocolo
de comunicao digital nos instrumentos de campo, o HART. Depois do pioneirismo
deste protocolo, diversos outros surgiram posteriormente e no necessitavam mais da
base 4-20mA para transmisso de informaes.
A Figura 2.5 mostra a base instalada dos protocolos digitais de comunicao na
indstria de processos.
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Figura 2.5 - Base instalada de protocolos de comunicao digital com nfase naindstria de processos (INTECH, 2007)
2.4.1 ProtocoloHART
Este novo protocolo representou um enorme avano na indstria, pois
possibilitou obter uma srie de informaes dos instrumentos e no apenas a varivel
medida do processo. Estas informaes, como algumas listadas na Tabela 2.5, passaram
a ser utilizadas no somente pelos operadores da unidade, mas tambm pelas reas de
manuteno e automao.
Dados Digitais35 a 40 itens de dados padronizados em cada dispositivo
HART.Identificao do Dispositivo
Tag do instrumento, fornecedor, tipo, reviso e nmeroserial.
Varivel do Processo Varivel principal e medies secundrias.
Status/Diagnsticos/AlertasMau funcionamento, alterao de configurao, reinicioautomtico por perda de energia, alarmes de variveisfora de limites, erros de comunicao.
Tabela 2.5 - Dados transmitidos por instrumento HART (HART COMMUNICATION,2011)
O princpio de funcionamento deste protocolo est representado na Figura 2.6 e
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possui as seguintes caractersticas:
Mestre/escravo6bidirecional;
Modo de transmisso baseada na tecnologia FSK;
Velocidade de transmisso de 1200bps7.
Figura 2.6 - Princpio da transmisso superimposta HART (HARTCOMMUNICATION, 2011)
Apesar da vantagem do HART em levar informaes no somente da varivel
medida, mas e diagnsticos para a sala de controle, sua forma de instalao no evolura
em nada com relao s transmisses analgicas de 4-20mA. Pelo contrrio, para poder
ler o sinal digital contido no analgico, era necessrio um dispositivo adicional ao
sistema j existente, que permitisse a filtragem do sinal digital.
Esta lacuna de desenvolvimento aberta pelo protocolo HART e a consolidao
das tecnologias de redes comerciais (internet), fomentaram o desenvolvimento dos
primeiros e exclusivos protocolos digitais de campo, os chamados field buses. Com a
6Tipo de comunicao entre controladores e instrumentos de campo.7bps: bits por segundo, uma medida da velocidade da transmisso de dados.
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inteno de situar este trabalho no tempo, apenas os dois mais importantes protocolos de
campo utilizados nas indstrias de processo so ilustrados: o foundation fieldbus e o
profibus-PA.
A Tabela 2.6 ilustra as principais caractersticas deste tipo de transmisso.
Caractersticas da TecnologiaTopologia Ponto a pontoTaxa de Transferncia 1,2kbpsModo de Transmisso FSKControle de Trfego Mestra-escravoComplexidade de implementao BaixaMeio Fsico Par tranado (cabo de cobre)Energia para Funcionamento Energia eltrica + ar de instrumento
Tipo de Controle Local ou remotoTipo de Manuteno Permitida Preventiva; Preditiva. CorretivaPadres HART FoundationObservaes Possibilita o gerenciamento de ativos
Tabela 2.6 - Principais caractersticas da transmisso HART (RIEGO, 2009)
2.4.2 FOUNDATION FIELDBUS
Em 1992 um grupo de empresas internacionais formou o ISP para criar uma
tecnologia que pudesse ser usada em ambientes perigosos (atmosfera explosiva, por
exemplo). Ao mesmo tempo outro consrcio de empresas criou o WorldFIP, com os
mesmos propsitos do ISP. (MECATRNICA ATUAL, 2011)
Em 1994, por razes tcnicas, polticas e econmicas os dois grupos se fundiram
criando a Fieldbus Foundation, cujo objetivo era criar um padro internacional baseado
em normas IEC, que pudesse ser amplamente utilizado pela indstria de automao e
controle de processo, atendendo tambm s aplicaes em reas perigosas (com
segurana intrnseca)
Foundation fieldbus uma arquitetura aberta para integrar informao, cujo
objetivo principal interconectar equipamentos de controle e automao industrial,
distribuindo as funes de controle pela rede e fornecendo informao a todas as
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camadas do sistema. Trouxe o conceito de implementar o controle das malhas de
processo diretamente nos instrumentos de campo8. A tecnologia FF pode substituir com
vantagens a tradicional tecnologia 4-20mA + HART, possibilitando a comunicao
bidirecional entre os equipamentos de forma mais eficiente (MECATRNICA ATUAL,
2011).
O novo conceito de redes digitais de campo introduzido com esta tecnologia
possibilitou a utilizao de diversas topologias (arquiteturas) para as redes FF, deixando
de serem as ligaes dos instrumentos somente ponto a ponto. As topologias mais usuais
podem ser vistas na Figura 2.7.
Figura 2.7 - Topologia da rede foundation fieldbus (MECATRNICA ATUAL, 2011)
O princpio de funcionamento deste protocolo est representado na Figura 2.8 e
possui as seguintes caractersticas:
8Apesar de vivel, a alternativa de no possuir um controlador central para controle das malhas ainda pouco utilizada pelas indstrias de processo.
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Token pass9bidirecional;
Modo de transmisso adaptada da tecnologia ISO-OSI;
Velocidade de transmisso de 31,25kbps.
Figura 2.8 - Modelo de comunicao foundation fieldbus (FOUNDATION FIELDBUS,2011)
A Tabela 2.7 ilustra as principais caractersticas deste tipo de transmisso.
Caractersticas da TecnologiaTopologia Ponto a ponto; Estrela; Corrente; rvoreTaxa de Transferncia 31,25kbpsControle de Trfego Token passComplexidade de implementao MdiaMeio Fsico Cabo de cobre especficoEnergia para Funcionamento Energia eltrica + ar de instrumentoTipo de Controle Local ou remotoTipo de Manuteno Permitida Preventiva; Preditiva. CorretivaPadres ANSI/ISA-50.02Observaes Possibilita o controle total dos instrumentos.
Tabela 2.7 - Principais caracterstica da transmisso FF (RIEGO, 2009)
2.4.3 PROFIBUSPA
Em 1989, assim como ocorreu com o fieldbus, um consrcio formado por vrias
empresas e instituies se formou com o objetivo de desenvolver um protocolo que
reduzisse os custos de implantao de uma rede atingindo os aspectos de engenharia de9Tipo de comunicao entre controlador e instrumentos de campo.
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projeto, quantidade de materiais e hardwaree reduo no tempo de comissionamento e
partida das unidades de processo. Neste nterim, surgiu o Profibus PA. Estima-se uma
reduo de 40% nos custos de implantao se comparados com uma rede analgica
(RIEGO, 2009).
A arquitetura do protocolo a mesma do padrofieldbus, pois utilizam o mesmo
meio fsico. A Figura 2.7 ilustra os tipos de arquiteturas que podem ser utilizadas com o
padro Profibus PA.
A principal diferena entre o Profibus PA e o fieldbus reside no fato de que o
primeiro precisa ter suas estratgias de controle implantadas todas em um host, no
sendo possvel a implementao de controle pelo campo como permitido pelo
fieldbus,conforme ilustrado pela Figura 2.9.
Figura 2.9 Arquitetura da rede Profibus PA com controlador exclusivo (PROFIBUS,2011)
A Tabela 2.8 ilustra as principais caractersticas deste tipo de transmisso.
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Caractersticas da TecnologiaTopologia Ponto a ponto; Estrela; Corrente; rvoreTaxa de Transferncia 31,25kbpsControle de Trfego Token passComplexidade de implementao Mdia
Meio Fsico Cabo de cobre especficoEnergia para Funcionamento Energia eltrica + ar de instrumentoTipo de Controle RemotoTipo de Manuteno Permitida Preventiva; Preditiva. CorretivaPadres IEC 61158/IEC 61784-1Observaes Possibilita o controle total dos instrumentos.
Tabela 2.8 - Principais caractersticas da transmisso Profibus PA (RIEGO, 2009)
2.5 TRANSMISSO DIGITAL SEM FIO
Em meados dos anos 1990, a tecnologia de transmisso digital sem fio j era
utilizada pela indstria de processo para aquisio de dados e telemetria. No entanto,
data do incio de 2000 a utilizao efetiva da tecnologia wireless na indstria de
processo. O seu princpio de funcionamento consiste em um transmissor e um receptor
inteligente, um condicionar de sinais e um sistema de tratamento de dados, conforme
ilustrado na Figura 2.10.
Figura 2.10 - Arquitetura da rede sem fio para coleta de dados (RIEGO, 2009)
Pode-se dizer que a primeira utilizao das redes sem fio na indstria de
processo foram no nvel 2 da pirmide de automao, ou seja, nvel de sala de controle
depois que a instrumentao de campo j efetuou a comunicao com os controladores.
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Eram trafegados, inicialmente, dados entre sistemas de controle, na maioria das vezes
na topologia de rede estrela, conforme ilustra a Figura 2.11.
Figura 2.11 - Arquitetura tpica das primeiras redes sem fio industriais (RIEGO, 2009)
Da dcada de 1970 at incio dos anos 1990, a crescente demanda por
conectividade sem fio poderia ser obtida apenas por meio de uma pequena alternativa de
hardwarea preos elevados, baseados em tecnologias proprietrias, que no ofereciam
interoperabilidade entre equipamentos de diferentes fabricantes e no possuam
mecanismos eficientes de segurana (RACKLEY, 2007).
A crescente evoluo tecnolgica ocorridas nos anos seguinte possibilitou
transportar a tecnologia wireless do nvel 2 para o nvel 1 da pirmide de automao, ou
seja, para o nvel dos instrumentos em campo. A partir da, pde-se obter uma maior
flexibilidade de implementao, advinda do uso de protocolos abertos e voltados
utilizao. A Figura 2.12 ilustra a atual arquitetura de rede sem fio encontrada nas
indstrias de processo.
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Figura 2.12 - Topologia da rede sem fio atual (RIEGO, 2009)
Esta nova tecnologia traz, ento, uma srie de vantagens, desvantagens e
desafios para a indstria, como:
Reduo dos custos com cabos, caixas de juno e materiais de instalao;
Diminuio do tempo de montagem, comissionamento, partida e
manuteno;
Diferentes possibilidades de topologia, incluindo o conceitoMesh;
Necessidade de um maior controle dos dados transmitidos;
Susceptibilidade a rudos e interferncias eletromagnticas;
Necessidade de diminuir o consumo de energia dos instrumentos.
No prximo captulo so expostos os conceitos bsicos da tecnologia wireless
fornecendo uma base de conhecimento para o estudo de caso que aparece no captulo 5.
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3 CONCEITOS DA TRANSMISSO DIGITAL SEM FIO
As transmisses digitais sem fio so transmisses de rdio frequncia (RF) queusualmente operam nas faixas de 915MHz e 2,4GHz, sendo caracterizadas como
transmisses UHF, conforme ilustrado pela Tabela 3.1. Apesar da faixa de 5,8GHz
comear a ser estudada para utilizao no mercado, a freqncia de 2,4GHz a que
possui um maior nmero de dispositivos em funcionamento.
Tipo de Transmisso FrequnciaMuito Baixa Frequncia (VLF) 9-30kHzBaixa Frequncia (LF) 30-300kHzMdia Frequncia (MF) 300-3000kHzAlta Frequncia (HF) 3-30MHzMuito Alta Frequncia (VHF) 30-300MHzUltra Alta Frequncia (UHF) 300-3000MHzSuper Alta Frequncia (SHF) 3-30GHzExtrema Alta Frequncia (EHF) 30-300GHz
Tabela 3.1 - Subdivises do espectro de RF (RACKLEY, 2007)
As frequncias citadas acima foram escolhidas pelo fato de operarem em faixas
no licenciadas, ou seja, que no foram regulamentadas pelos rgos competentes para
a regulamentao. Assim, no necessria uma licena da ANATEL, no Brasil, ou da
FCC, nos EUA, para utilizar alguma destas faixas.
Estas faixas so chamadas de ISM. A principal desvantagem de se usar ISM
que se houver alguma interferncia nestas faixas, a responsabilidade inteira do
utilizador, uma vez que no h regulamentao para dizer o nmero de dispositivos que
operam naquela freqncia e nem se existe dispositivos que podem causar
interferncias.
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Entretanto, hoje a faixa de ISM contm um enorme nmero de transmisses sem
fio comerciais e industriais, j que sua transmisso de dados no gera custos e j existe
tecnologia para projetar redes de transmisso que minimizem os efeitos de interferncia.
3.1 TRANSMISSO DOS SINAIS
Devido possibilidade de outros dispositivos operarem na mesma frequncia, as
transmisses destes sinais foram projetadas com o propsito de minimizar as
interferncias geradas por dispositivos vizinhos e de aumentar a segurana dos dados
transmitidos.
Existem diversas formas de atingir estes objetivos, dentre as quais pode-se citar:
a utilizao de determinados tipos de antenas e a escolha da tecnologia de espalhamento
espectral para a transmisso dos dados.
3.1.1
Espalhamento espectral
A tcnica de espalhamento espectral surgiu na durante a segunda guerra
mundial, quando no se queria que informaes confidencias cassem mo erradas. Era
necessria uma transmisso segura quanto a interceptaes e robusta quanto a
perturbaes intencionais ou no.
O espalhamento espectral consiste, como o prprio nome diz, em espalhar as
informaes a serem transmitidas ao longo de uma faixa de frequncia. Como vantagem
desta tcnica, podemos citar a reduo de frequncias de interferncias e, como
desvantagem, a utilizao de uma largura de banda maior que a largura de banda da
informao a ser transmitida. A Figura 3.1 ilustra a tcnica do espalhamento espectral.
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Figura 3.1 - Tcnica do espalhamento espectral (RACKLEY, 2007)
Conforme RACKLEY (2007), a chave para o espalhamento espectral so as
funes utilizadas para espalhar a informao ao longo da faixa de frequncia. Este
processo resulta em uma largura de banda de 20 a 100 vezes maior do que a largura de
banda da informao propriamente dita em aplicaes comerciais e industriais e de mil
a um milho de vezes maior em aplicaes militares.
Existem diversas formas de realizar o espalhamento espectral do sinal
transmitido; entretanto, apenas duas delas so amplamente utilizadas: o DSSS e o
FHSS.
O DSSS consiste em espalhar a informao ao longo da faixa de frequncia.
Para tanto, realiza uma funo XOR10 do sinal de entrada com uma funo cdigo,
chamada de chipping code. Este novo sinal ento transmitido e deve ser decodificado
na recepo, utilizando a mesma funo cdigo utilizada em sua criao (McCUNE,
2000).
O FHSS consiste em transmitir o sinal de entrada alternando entre os vrios
canais da faixa de transmisso, em uma sequncia determinada por uma funo cdigo.
Assim como o mtodo anterior, para ser decodificado na recepo, a mesma funo
10XOR uma funo lgica que tem como resultado 0, se as entradas forem iguais e 1, se foremdiferentes.
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cdigo deve ser utilizada para que seja possvel obter, na ordem correta, os dados
transmitidos de cada canal.
A Figura 3.2 e a Figura 3.3 ilustram de forma conceitual os mtodos de
espalhamento espectral DSSS e FHSS, respectivamente.
Figura 3.2 - Mtodo de espalhamento espectral DSSS (RACKLEY, 2007)
Figura 3.3 - Mtodo de espalhamento espectral FHSS (RACKLEY, 2007)
Alm da imunidade interferncias, a utilizao de espalhamento espectral
aumenta a segurana da transmisso, uma vez que para sua decodificao necessria a
funo cdigo, nica para cada aplicao.
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3.1.2 Antenas
Outro aspecto muito importante nas transmisses sem fio a rea de cobertura
do sinal transmitido. Conforme RACKLEY (2007) e CARO (2008), as antenas, alm de
transmitirem os sinais de ondas eletromagnticas, podem alterar a forma e a potncia do
sinal enviado.
As aplicaes usuais possuem antenas chamadas de omni-direcionais. Estas
antenas transmitem seus sinais em todas as direes - 360. Algumas antenas,
entretanto, possuem a capacidade de trabalharem polarizadas, alterando o
direcionamento da sua transmisso. Conforme ilustrado na Figura 3.4, uma antena
helicoidal pode transmitir como uma antena do tipo dipolo, sem direcionamento do
sinal, ou pode transmitir como uma antena direcional, focando o sinal em uma
determinada direo.
A utilizao de antenas direcionais oferece vantagens claras por aumentar a
disponibilidade do uso do espao e a possibilidade de transmisses simultneas.
Tambm importante ressaltar que este tipo de antena pode aumentar o alcance do sinal
transmitido sem a necessidade de um consumo maior de energia.
Figura 3.4 - Diagrama de radiao de uma antena helicoidal (LIMA, 2002)
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Se, por um lado, a transmisso direcional fornece ganhos, o prprio
direcionamento do sinal pode trazer desvantagens dependendo da arquitetura da rede.
Caso os dispositivos da rede no estejam contidos na faixa de transmisso direcionada,
estes no estaro disponveis para a comunicao. Em arquiteturas como rvore e estrela
possvel utilizar antenas omni-direcionais no gateway e antenas direcionais nos
dispositivos, garantindo assim uma arquitetura com um menor consumo de energia e
maior segurana.
Entretanto, deve-se ter muito cuidado ao utilizar antenas direcionais em
dispositivos de uma rede Mesh, evitando reas que no tenham cobertura, o que
limitaria sua funcionalidade e se tornaria um problema. Estudos esto sendo
desenvolvidos para minimizar os problemas de cobertura das transmisses com antenas
direcionais com as antenas chamadas dephase arraye novos protocolos de transmisso
de sinal.
3.2 ARQUITETURAS DE REDES
As arquiteturas de redes so compostas de equipamentos da rede distribudos
conforme suas topologias, como mostrado nos subitens a seguir.
Em virtude das caractersticas dos protocolos utilizados nas redes sem fio, os
equipamentos que compem as redes podem ser definidos conforme abaixo.
3.2.1 Equipamentos da rede
So os equipamentos que fazem parte da periferia da rede e podem ser descritos
como segue abaixo.
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3.2.1.1Devices
So os instrumentos que incorporam as funes de unidade de aquisio e
converso da grandeza fsica em eltrica, a unidade de processamento digital e a
unidade de transmisso do sinal antena, conforme ilustrado na Figura 3.5.
Cada device pode desempenhar vrias funes dentro da rede da qual esto
inseridos. Eles podem simplesmente fazer o papel de sensor-transdutor enviando sinais
para um controlador central ou podem desempenhar o papel de coordenadores da rede
PAN na qual participa. No entanto, o aumento de funcionalidade de alguns devices pode
ocasionar um maior consumo de energia, fator crticos para redes wireless. Isto
demandaria manutenes com perodos menores ou a utilizao de uma fonte de energia
externa.
Atualmente, os devicesilustrados na Figura 3.5 so construdos como uma pea
nica, utilizando-se da tecnologia de nanosensores, fazendo com que todas as partes
ilustradas faam parte de uma nica barra de silcio, utilizada neste tipo de construo.
Isto confere aos devicesum maior encapsulamento, um menor consumo de energia e um
menor tamanho fsico.
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Figura 3.5 - Equipamentos de rede devices(RIEGO, 2009)
3.2.1.2
Gateways(pontos de acesso)
Os gatewaystm como funo interconectar os dispositivos pertencentes rede
e realizar o ele de ligao entre os dispositivos de campo e os controladores da unidade
de processo.
3.2.1.3Gerenciador da rede
responsvel pelas funes de sincronismo, roteamento e repetio. Tambm
responsvel pelo controle de trfego na rede, executando funes de QoS e controle dos
dispositivos, monitorando a entrada e sada de devices na rede, monitorando suas
performances e atividades.
3.2.1.4Gerenciador de segurana
O gerenciador de segurana o responsvel pelas funes de segurana da rede,
como autenticao e criptografia dos dados enviados e pelas funes de acesso rede.
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Os pontos de acesso, geralmente incorporam em um mesmo equipamento, as
funes de prover acesso dos devices rede, de gerenciar o trfego de rede e sua
segurana. Na Figura 3.6 mostra-se a configurao de uma rede tpica, com seus
equipamentos incorporados, enquanto que na Figura 3.7 apresentam-se possveis
equipamentos deste tipo.
Figura 3.6 - Configurao de uma rede tpica (RIEGO, 2009)
Figura 3.7 - Exemplos de pontos de acesso (RIEGO, 2009)
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3.2.2 Topologia das redes
As redes sem fio podem ser categorizadas pela sua topologia, da mesma forma
que as redes fiadas. Entretanto, esta definio no se baseia na simples interconexo
entre os dispositivos de campo, mas sim pela conexo lgica existente entre estes
dispositivos.
3.2.2.1Ponto a ponto
Consiste na conexo direta entre dispositivos individuais. Como um exemplo na
indstria, h o acesso aos dados de instrumentos e vlvulas, assim como a realizao de
operaes de calibrao e manuteno via handheld, conforme ilustrado na Figura 3.8.
Esta topologia a base para todas as outras formas de conexo entre equipamentos, uma
vez que quaisquer outras topologias so ramificaes e ampliaes dela.
Figura 3.8 - Topologia ponto a ponto (RIEGO, 2009)
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3.2.2.2Estrela
A topologia mais difundida e simples de implementar. Os devices se
interconectam com o provedor de acesso somente, sem se comunicarem entre si. Sua
topologia se encontra representada na Figura 3.9.
Figura 3.9 - Topologia estrela (RIEGO, 2009)
Segundo RIEGO (2009), as principais vantagens e desvantagens da topologia
so:
Vantagens:
Fcil manuteno;
Fcil implementao e configurao;
Caso um device pare de funcionar, o sistema continua em operao.
Desvantagens:
Quantidade limitada do nmero de dispositivos conectados, devido ao
aumento do trfego e, conseqentemente, aumento do tempo de latncia
e aumento do consumo de energia;
Perda da rede caso o provedor de acesso central pare de funcionar.
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Como a comunicao ocorre diretamente, sem intermedirios, possui a mais alta
taxa de transferncia entre todos os tipos de topologia. Uma confiabilidade maior pode
ser obtida utilizando dois provedores de acesso, instalados em modo de redundncia.
3.2.2.3rvore
Da mesma forma que a topologia anterior, nesta configurao os instrumentos se
comunicam com o ponto de acesso que realiza as mesmas funes de prover acesso
rede e tambm de gerenciar e prover segurana. Sua diferena consiste em cada ponto
de acesso possuir comunicao com um grupo seleto de instrumentos e que as demais
configuraes sejam realizadas nos pontos de acesso. Esta configurao utilizada
quando h a necessidade de atender uma grande rea de cobertura com instrumentos
geograficamente espalhados pela unidade de processo, ficando invivel a topologia
simples do tipo estrela. Sua topologia se encontra representada na Figura 3.10.
Figura 3.10 - Topologia rvore (RIEGO, 2009)
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Segundo RIEGO (2009), as principais vantagens e desvantagens da topologia
so:
Vantagens:
Caso um device pare de funcionar, o sistema continua em operao;
No ocorre a perda total da rede caso o provedor de acesso local pare de
funcionar;
Desvantagens:
O aumento do nmero de ramificaes pode representar um aumento de
trfego entre provedores de acesso, o que diminui a taxa de transferncia
e o tempo de latncia;
O aumento da rede pode significar a necessidade de se adquirir novos
provedores de acesso, o que impacta em custo maior de implantao.
3.2.2.4
Mesh
As redes meshso definidas pela capacidade que seus dispositivos possuem de
se comunicar diretamente com os dispositivos adjacentes, sem a necessidade de
comandos de controle central, dada pelo ponto de acesso. Em virtude disto, a topologia
de uma rede mesh dinmica e est em constante alterao, pois depende da adio ou
subtrao de dispositivos na rede, ou na perda de comunicao com o ponto de acesso
por parte de algum deles. Isso caracteriza uma grande vantagem para a indstria, pois h
a reduo dos custos de instalao de um instrumento a praticamente custos individuais.
Entretanto, a capacidade de roteamento entre dispositivos requer que cada um
comunique sua informao de roteamento a cada dispositivo, assim que algum
dispositivo se conecte ou deixe uma rede. Esta funcionalidade, embora acrescente rede
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caractersticas de confiabilidade devido ao seu auto-roteamento, aumenta o trfego da
rede e, portanto, sua concepo deve prever este aumento do fluxo de informaes
trafegadas. Sua topologia se encontra representada na Figura 3.11.
Figura 3.11 - Topologia mesh(RIEGO, 2009)
Segundo RIEGO (2009), as principais vantagens e desvantagens da topologia
so:
Vantagens:
Reduo dos custos de instalao de um instrumento a praticamente seu
custo individual;
Aumento da confiabilidade devido s funes de auto-roteamento, que
garante a rede caractersticas de sistemas redundantes;
Desvantagens:
Aumento do consumo de energia devido s funes de auto-roteamento;
Aumento do trfego da rede devido s funes de auto-roteamento;
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Dependendo do caminho encontrado para um novo roteamento, pode
ocorrer aumento do tempo de latncia.
3.2.2.5
Hbridas
As redes hbridas possuem a capacidade de funcionar integrando as redes fiadas
e sem fio. Podendo ser construdas atravs de qualquer uma das topologias
anteriormente citadas, sua utilizao justificada caso a implantao das redes sem fio
seja feita de forma parcial, alterando de maneira gradativa as redes fiadas j instaladas.
Possuem as combinaes de vantagens e desvantagens das topologias descritas e deve
ser projetadas com a finalidade de se obter as melhores caractersticas de cada arranjo.
Sua topologia se encontra representada na Figura 3.12.
Figura 3.12 - Topologia de redes hbridas (RIEGO, 2009)
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3.3 TECNOLOGIAS ATUAIS
Existem atualmente vrias tecnologias no mercado. Dentre as mais usuais
podemos citar o WirelessHart, a ISA 100.11a (2008) e o ZigBee. Todas as tecnologias
so baseadas na norma IEEE 802.15.4 (2007).
3.3.1 IEEE 802.15.4
Desenvolvido sob a chancela de WPAN, possui como principais objetivos, o uso
de redes de baixo consumo de energia e baixo custo para aplicaes como automao
residencial, industrial entre outras.
Atuando apenas nas camadas fsica e de ligao (esta ltima parcialmente) da
estrutura ISO-OSI, define que seus dispositivos da rede podem operar em duas
topologias distintas, a estrela e a ponto a ponto, assumindo duas configuraes
possveis:
FFD (Full Function Device): dispositivos com total capacidade dentro da
rede, com funes de roteamento e coordenao.
RFD (Reduced Function Device): dispositivos com restries de capacidade
dentro da rede, seja ela fixa ou configurada. Quando nesta funo, o
dispositivo no capaz de realizar roteamento ou coordenao, ou mesmo
assumir a coordenao caso o coordenador venha a apresentar problemas.
So funes do coordenador da rede, ou seja, do dispositivo com as funes de
FFD, de estabelecer e gerenciar o acesso e a distribuio das chaves de identificao de
grupo, assim como garantir o correto funcionamento da rede, seja ela em modo sncrono
ou assncrono, seja ela em modo de auto-roteamento e auto-organizao.
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Conforme definio da prpria norma, auto-roteamento consiste na habilidade
da rede de detectar, e se recuperar, de falhas que possam vir a aparecer, sejam elas
localizadas nos ns de comunicao ou nos provedores de acesso, sem que necessite de
interveno humana; e auto-organizao consiste na habilidade dos ns da rede de
detectar a presena de outros ns e de se organizar dentro de uma rede estruturada e
funcional, sem que necessite de interveno humana (IEEE 802.15.4, 2007).
Para realizar as funes e auto-roteamento e auto-organizao, os dispositivos
devero estar se comunicando da forma dispositivo a dispositivo, sendo ambos do tipo
FFD. Vale ressaltar que nesta forma de comunicao, uma estrutura ponto a ponto pode
ser configurada, com capacidades de realizar em sua totalidade as funes de uma rede
inteiramente interligada.
Entretanto, caso a comunicao da rede se realize entre dispositivo e
coordenador de rede ou vice-versa, sendo um dispositivo do tipo FFD e outro RFD, em
virtude de um deles possuir recursos limitados, o alcance dentro da rede de suas funes
tambm se encontrar limitado.
O coordenador controla os dispositivos com relao ao momento de
transmitirem seus dados atravs do CSMA-CA e pode operar sua rede em modo
assncrono, possibilitando colises ocasionais e retransmisses, ou pode operar em
modo sncrono, gerenciando o trfego da rede, evitando colises. Neste modo, caso haja
necessidade de se garantir a comunicao de um dado dispositivo em um determinado
tempo, este pode ser gerenciado a transmitir em uma faixa de tempo garantida, evitando
a perda de tempo atribuda a colises ocasionais.
Independente do modo de transmisso, os dispositivos podem assumir sua
funo de hibernao (modo de baixo consumo de energia) sempre que no estiverem
agendados para enviar ou receber dados durante o perodo de tempo de transmisso da
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rede completa, ou quando no existirem dados novos a serem enviados. Durante este
perodo de hibernao, eventualmente pode ser necessrio verificar a existncia de uma
mensagem direcionada ao dispositivo.
Sua topologia e propriedades esto representadas na Figura 3.13 e na Tabela 3.2,
respectivamente, enquanto que as funes especficas de cada camada so ilustradas na
Tabela 3.3.
Figura 3.13- Topologia bsica da norma IEEE 802.15.4 (IEEE 802.15.4, 2007)
Propriedades da TecnologiaTaxa de Transferncia 250 kbpsAlcance 10 300m
FrequnciaISM(900MHz/2,4GHz)
Modo de Transmisso DSSS/FHSS
Controle de trfego Sncrono/AssncronoTopologia Estrela/Ponto a pontoComplexidade deImplementao
Baixa
Nmero mximo de ns No definidoTempo Latente 10 a 50msBateria (consumo de energia) Baixo consumo
Tabela 3.2 - Propriedades da tecnologia IEEE 802.15.4 (RIEGO, 2009)
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Camada fsica Camada de Ligao
Ativar e desativar o transmissorSincronizar os dispositivos e astransmisses
Detectar a energia do canal de transmissoOferece suporte s entradas e sadas dosdispositivos
Indicar a qualidade dos dados recebidosOferece suporte segurana dosdispositivos
Selecionar a frequncia dos canais detransmisso
Emprega e gerencia o CSMA-CA
Enviar e receber os dados transmitidos Mantm e coordena o GTSTabela 3.3 - Funes de cada camada (IEEE 802.15.4, 2007)
3.3.2 ZIGBEE
Formada por uma aliana, tem o patrocnio de mais de 150 empresas, com
destaque das empresas como Motorola, Intel, Sony, Samsung, Philips. Mitsubishi
Eletric e Honeywell. um protocolo projetado para efetuar comunicao sem fio
confivel, com baixo consumo de energia e baixas taxas de transmisso para aplicaes
de monitoramento e controle (BRANDO, BONIFCIO e PANTONI, 2009).
A especificao zigBee define as camadas de rede e aplicao e o servio de
segurana entre elas. A definio das camadas fsicas e de acesso ao meio baseada no
padro IEEE 802.15.4 (2007).
Ao nvel fsico ozigbeeopera em trs bandas de rdio ISM, as quais, como dito
anteriormente, esto isentas de licenciamento. Consoante banda, varia a taxa de
transmisso possvel: em 2.4GHz, podendo ser obtidas taxas de transmisso de
250kbps, com 16 canais disponveis e alcance de transmisso em visada direta de
1600m. Os dispositivos zigbee utilizam modulao DSSS. Outra caracterstica
importante que o protocolo do zigbee praticamente no limita o tamanho da rede,
podendo utilizar mais de 65.000 ns.
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Dispositivos de varias funes, FFD, so responsveis pelo encaminhamento das
mensagens entre os ns da rede, conectados nos terminais da rede atravs do mundo
real. Estes dispositivos podem funcionar em toda a topologia do padro,
desempenhando a funo de coordenador da rede e conseqentemente ter acesso a todos
os outros dispositivos. Trata-se de dispositivos de construo mais complexa.
Dispositivos de funes reduzidas, RFD, so terminais usados pelo padro para
as portadoras com funcionalidades limitadas. So dispositivos normalmente simples,
onde a comunicao feita apenas entre dois ns. Controlam especialmente custos e
complexidade da rede. Esto impossibilitadas a fazer roteamento por isso so utilizados
nas margens das redes. Limitam-se a uma configurao com topologia em estrela, no
podendo atuar como um coordenador da rede e pode comunicar-se apenas com um
coordenador de rede. So dispositivos de construo mais simples. A Tabela 3.4
resume as funes de cada dispositivo.
Classe do Dispositivo Tipo de Dispositivo Funo
Coordenador FFD
Formar a rede, atribuirendereos, guardar endereodos vizinhos. nico em umarede.
Roteador FFD
Permite que mais ns sejuntem rede, ao aumentar oseu alcance fsico. Podetambm efetuar funes decontrole ou monitoramento. A
sua existncia opcional.
Endpoint FFD ou RFD
Efetua aes de controle oumonitoramento atravs dodispositivo que lhe estejaassociado (sensor,controlador, atuador, etc.).
Tabela 3.4 - Dispositivos zigbee e suas funcionalidades (BRANDO, BONIFCIO ePANTONI, 2009)
Aplicaes desenvolvidas com base no padro IEEE 802.15.4 (2007) podem
suportar as topologias estrela e ponto a ponto, como explicitado no item 3.3.1. Esta
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ltima proporciona a formao de redes mais complexas tais como rvore em cluster, e
malha (mesh). Na topologia estrela, a comunicao estabelecida entre dispositivos e
um nico controlador central, chamado coordenador PAN. O coordenador PAN pode
ser alimentado por energia contnua, enquanto os outros dispositivos normalmente
seriam alimentados por bateria. Aps um FFD ser ativado pela primeira vez, ele pode
estabelecer sua prpria rede e tornar-se o Coordenador PAN. Cada rede inicializada
escolhe um identificador PAN, que no concorrentemente usado por alguma outra
rede dentro da esfera de influncia do rdio. Isto permite que cada rede estrela opere
independentemente.
Uma vez que escolhido o identificador PAN, o coordenador permite que outros
dispositivos se liguem sua rede. Todos os dispositivos operando na rede, em qualquer
topologia tero cada, um nico endereo estendido de 64 bits. Este endereo poder ser
utilizado para comunicao direta dentro da PAN, ou pode ser trocado por um endereo
curto alocado pelo coordenador PAN quando o dispositivo se associa.
A topologia ponto a ponto (peer to peer) tambm tem um coordenador PAN,
contudo, difere da topologia em estrela pelo fato de que qualquer dispositivo FFD pode
se comunicar com outro desde que ele esteja no seu raio de alcance de transmisso. Esta
topologia permite a implementao de redes mais complexas, tais como formao em
redes de malha ou em rvore (cluster-tree). Uma rede ponto a ponto pode tambm
permitir mltiplos saltos para rotear mensagens de qualquer dispositivo para algum
outro da rede. Tais funes so executadas pela camada de rede.
A rede cluster-tree um caso especial de uma rede ponto a ponto, onde a
maioria dos dispositivos so FFDs e um dispositivo RFD pode conectar-se no final de
um ramo. Qualquer FFD pode agir como um coordenador e prover servios de
sincronizao para outros dispositivos e coordenadores, porm somente um destes
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coordenadores ser o coordenador PAN. A Figura 3.14 ilustra as topologias de redes
disponveis para o padrozigbee.
Figura 3.14 - Topologias para oZigBee(CSAR, 2008)
Ozigbee indicado para a transferncia de pequenos pacotes atravs de grandes
redes, que sejam mais estticas com uso no muito frequente. Alm disso, o fato de ser
um protocolo para aplicaes de baixo consumo e de baixo custo o tornam ideal para
sistemas de monitoramento e sensorizao como o caso dos sistemas de automao
domstica, segurana e controle de iluminao e de acessos. No muito utilizado em
redes nas indstrias de processo.
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3.3.3 Wirelesshart
A norma IEC/PAS 62591 (2008) foi a primeira norma desenvolvida para redes
sem fio na indstria de processo. Desenvolvida com o intuito de estabelecer um
protocolo de comunicao que permitisse sua integrao com os sistemas existentes no
mercado, principalmente a substituio dos sistemas fiados que j se utilizam do
protocolo HART.
O wirelessHartfornece um robusto protocolo padro sem fios para toda a gama
de processo de medio, controle e aplicaes de gesto de ativos. Baseado no familiar
protocolo HART, o wirelessHartpermite aos usurios de forma rpida e fcil ganhar os
benefcios da tecnologia sem fios, mantendo a compatibilidade com dispositivos,
instrumentos de campo e ferramentasHARTj instalados.
O wirelessHartutiliza as mesmas ferramentas e prticas que o HARTcabeado,
incluindo a estrutura de comandos HART, o que o torna compatvel com qualquer
controle HART habilitado ou sistema de gerenciamento de recursos com suporte a
tecnologia EDDL. Esta caracterstica faz com que ambas as tecnologias, tanto com fios
como a sem fios, possam ser configuradas utilizando as mesmas ferramentas.
Seus principais objetivos so:
Garantir que as redes implementadas tinham baixo tempo de latncia;
Definir aplicaes e requisitos de gerenciamento de rede que fossem
funcionais e que permitissem aumento de escala;
Garantir robustez nas comunicaes com presenas de interferncias
encontradas em ambientes industriais;
Garantir a coexistncia com outros protocolos de rede no mercado, assim
como o protocolo fiadoHART;
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Garantir a interoperabilidade entre os dispositivos, para que dispositivos de
diversos fabricantes operem na mesma rede.
Uma rede wirelessHartbasicamente consiste de um network manager(gerente
de rede), pelo menos um gateway e instrumentos wirelessHart.. Juntos formam uma
rede meshonde hospedeiros e instrumentos de campo comunicam-se bidirecionalmente.
As funes de cada componente da rede meshso:
Instrumentos WirelessHart: podem ser instrumentos de campo ligados ao processo,
equipamentos da planta como programadores portteis (hand helds), roteadores ou
adaptadores. Os roteadores so instrumentos que estendem a rede e que so capazes
de encaminhar pacotes de dados de outros instrumentos de campo. Os adaptadores
so instrumentos especialmente projetados para permitir que um instrumento HART
sem wireless de estar conectado a uma rede wirelessHart. Os programadores
portteis so utilizados na instalao, configurao, monitoramento e manuteno de
qualquer dispositivo wirelessHart.
Gateways: conectam a rede wirelessHart com o sistema da planta de automao
(host). Isto fornece ao sistema hostacesso aos dispositivos da rede wirelessHart, e
se necessrio a traduo entre diferentes protocolos. Desta forma um instrumento
que interfaceia os instrumentos de campo wirelessHart com o host via canal de
comunicao serialEthernetou Wi-Fipor exemplo. Em uma rede meshpode existir
apenas um Gatewayou Gatewaysredundantes.
Network Manager: o crebro de um rede wirelessHart. uma aplicao que
gerencia a rede mesh e os instrumentos da rede. responsvel por distribuir as
chaves de segurana, configurar e coordenar os instrumentos e a rede, como
programao das comunicaes entre os dispositivos, gesto da mensagem e rotas,
alm do monitoramento do bom desempenho da rede. O network manager nico
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por rede mesh e pode ser integrado no gateway, no host ou no controlador do
processo da automao.
A Figura 3.15 ilustra um rede mesh wirelessHart.
Figura 3.15 - Rede mesh wirelessHart (BRANDO, BONIFCIO e PANTONI, 2009)
Quanto topologia uma rede wirelessHartpode ser do tipo estrela, malha (mesh)
e estrela-malha. Na topologia estrela h somente um roteador conectado a vrios
instrumentos finais e indicada para pequenas aplicaes. A topologia mesh por possuir
todos os ns roteadores representa um tipo de rede muito confivel, com redundncia de
caminhos e alta disponibilidade. A Figura 3.16 ilustra as topologias para uma rede
wirelessHart.
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Figura 3.16 - Topologias possveis de uma rede wirelessHart (BRANDO,BONIFCIO e PANTONI, 2009)
As propriedades da norma IEC/PAS 62591 (2008) podem ser resumidas nas
caractersticas da Tabela 3.5.
Propriedades da TecnologiaTaxa de Transferncia 250 kbpsAlcance Indeterminado11
Frequncia ISM 2,4GHzModo de Transmisso FHSSControle de trfego Sncrono (TDMA)Topologia Estrela/MeshComplexidade deImplementao
Mdia
Nmero mximo de ns No definidoTempo Latente < 150msBateria (consumo de energia) Baixo consumo
Tabela 3.5 - Propriedades da tecnologia IEC/PAS 62591 (2008) (RIEGO, 2009)
3.3.4 NORMA ISA 100.11a
A norma ISA 100.11a (2008) foi desenvolvida com o intuito de estabelecer o
protocolo de comunicao referncia na indstria de processo e permitir sua integrao
com os demais protocolos existentes no mercado sejam eles fiados ou sem fio.
Seus principais objetivos so:
Ponto a ponto at mais ou menos 200m; alcance total da tecnologia indeterminado.
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Garantir que os dispositivos tenham um baixo consumo de energia;
Garantir que as redes implementadas tivessem restries ao tempo de
latncia;
Definir infra-estrutura e interfaces, aplicaes, segurana e requisitos de
gerenciamento de rede que fossem funcionais e que permitissem aumento
de escala, em todas as classes de operao (1 a 5) definidas na norma e
ilustradas na Erro! Fonte de referncia no encontrada.;
Garantir robustez nas comunicaes com presenas de interferncias
encontradas em ambientes industriais;
Garantir a coexistncia com outros protocolos de rede no mercado, como
o wirelessHart, o 802.11x, etc.;
Garantir a interoperabilidade entre os dispositivos, para que dispositivos
de diversos fabricantes operem na mesma rede;
Segurana Classe 0: Ao Emergencial Sempre crtico
Controle
Classe 1: Controle em malha fechada regulatrio
s vezes crtico
Classe 2: Controle em malha fechadaUsualmentecrtico
Classe 3: Controle em malha abertaInterveno dooperador
MonitoraoClasse 4: Alertas
Baixasconsequncias
Classe 5: Registradores de informaesSemconsequncias
Tabela 3.6 - Classes de operao definidas pela ISA 100.11a (ISA 100.11a, 2008)
Basicamente, possui as mesmas funes da norma wirelessHart. (IEC/PAS
62591, 2008), com relao ao gerenciamento do sistema, com suas funes de controle
de entrada e sada de dispositivos da rede, configurao de comunicao e
monitoramento dos dispositivos, monitoramento e otimizao da performance da rede.
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Sua principal diferena o gerenciador de segurana inerente ao protocolo, que no caso
do wirelessHart. somente existe como polticas de segurana implementadas nas
camadas de ligao, de transporte e de aplicao.
O protocolo permite que sejam criadas inmeras sub-redes com o propsito de
aumentar o controle e permitir uma maior troca de informaes sem perda de tempo
latente. Outra diferena consiste na conceituao dos dispositivos. Apesar de utilizar as
primitivas da IEEE 802.15.4 (2007), os dispositivos sofreram algumas alteraes e
restries de funes realizadas nas camadas superiores da estrutura ISO-OSI e so
caracterizados conforme segue e ilustrados na Figura 3.17.
Dispositivos de campo sem regra de roteamento:
Caracterizam-se como dispositivos, como sensores, com funo
apenas de se comunicar com outros dispositivos com regra de roteamento ou
dispositivos de infra-estrutura.
Dispositivos de campo com regra de roteamento:
Caracterizam-se como dispositivos com capacidade de se comunicar
com outros dispositivos, sejam eles com ou sem regra de roteamento. So
atravs destes dispositivos que as redes do tipo meshso formadas.
Dispositivos de campo com regra de proviso de acesso:
Caracterizam-se como dispositivos com capacidade de prover acesso
a um dispositivo novo integrando a rede. Possui todas as funes e diretrizes
de segurana necessrias para realizar esta ao, validando o ingresso do
novo integrante na rede atravs de chaves de criptografia e informando ao
sistema de gerenciamento central seu mais novo integrante.
Dispositivos de infra-estrutura com regra de proviso de acesso
(gateway):
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So dispositivos que realizam a interface entre os dispositivos fsicos
no campo e o sistema de controle. Muitas vezes, incorpora as funes de
gerenciamento do sistema, o gerenciamento de segurana e o gerenciamento
dos tempos da rede, que podem ser implementados por dispositivos
dedicados a estas funes.
Dispositivos de infra-estrutura com regra de roteamento (backbone):
So dispositivos utilizados para realizar a funo de roteamento da
rede, muitas vezes instalado no centro da rede ou sub-rede, coletando seus
sinais e direcionando para outras sub-redes ou at mesmo ao gateway.
Figura 3.17 - Funes dos dispositivos da rede ISA 100.11a (2008) (ISA 100.11a, 2008)
As propriedades da norma ISA 100.11a (2008) podem ser resumidas nas
caractersticas da Tabela 3.7.
Propriedades da TecnologiaTaxa de Transferncia 250 kbpsAlcance Indeterminado12Frequncia ISM 2,4GHzModo de Transmisso FHSS
Ponto a ponto at mais ou menos 200m; alcance total da tecnologia indeterminado.
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Controle de trfegoSncrono (TDMA)/Assncrono (CSMA-CA)
Topologia TodasComplexidade deImplementao
Alta
Nmero mximo de ns No definidoTempo Latente 100ms (mximo)Bateria (consumo de energia) Baixo consumo
Tabela 3.7 - Propriedades da tecnologia ISA 100.11a (2008) (RIEGO, 2009)
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4 REQUISITOS DA TRANSMISSO DIGITAL SEM FIO
Um projeto de uma rede wirelesspara um ambiente industrial deve se concentrar
em otimizar todos os requisitos listados na Figura 4.1, tentando obter a melhor relao
entre cada um deles. Este no um trabalho fcil e deve ser feito por uma equipe que
entenda no somente da estrutura da rede de comunicao, mas tambm do processo
produtivo como um todo.
Figura 4.1 - Requisitos de uma rede sem fio (MANGES, 2007)
Um grande desafio para qualquer rede sem fio em um ambiente industrial a
questo da energia, ou alimentao dos dispositivos. Nas redes fiadas, esta alimentao
era provida pelos cabos que chegavam ao instrumento e no chegava a ser um ponto de
grande preocupao. No entanto, em uma rede wireless, a questo energtica se torna
um ponto que deve ser olhado com bastante ateno, uma vez que no se tem mais
cabos que chegam ao instrumento. Baterias, alimentao solar e outros meios so os
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mais comuns para alimentos dos dispositivos de uma rede wirelesse so discutidas ao
longo deste captulo.
Alm dos itens de fundamental importncia na concepo da rede, como
confiabilidade, tempo de latncia, taxa de transferncia e segurana, a
interoperabilidade entre seus dispositivos deve ser considerada. Esta interoperabilidade
pode ser denominada como a compatibilidade entre os produtos de diversos
fornecedores, o protocolo de comunicao.
A Figura 4.2 ilustra de que forma deve ser escolhido o protocolo de
comunicao, passando pelas fases de se definir uma aplicao, que por consequncia
demandar requisitos de desempenho que podero ser suplantados por servios de rede.
Alguns requisitos da aplicao, assim como restries do protocolo, auxiliam nos
parmetros para a definio do tipo de sensor a ser utilizado e de que forma todo este
conjunto ser implementado.
Figura 4.2 - Definio do protocolo em uma aplicao (RIEGO, 2009)
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Para se definir da melhor maneira possvel o melhor protocolo para uma
aplicao, deve-se levar em considerao em quais camadas da rede de comunicao
este protocolo vai atuar. Uma vez que todos os protocolos so baseados na tecnologia
ISO-OSI, mais de um protocolo podem rodar sobre a mesma camada de rede, com
diferentes requisitos, mas com caractersticas que podem se complementar. tambm
por esta razo que servios de controle de trfego e qualidade de servio muitas vezes
podem ser implementados independentemente do protocolo, pois residem nas camadas
mais altas da estrutura ISO-OSI, chamada de camada de aplicao. A Figura 4.3 ilustra
as camadas de rede ISO-OSI e suas funes.
Figura 4.3 - Tecnologia de camadas ISO-OSI e suas funes (ISA 100.11a, 2008)
Apesar de nem todos os protocolos de transmisso utilizar na totalidade as
camadas de rede definidas na Figura 4.3, sua aplicao de extrema utilidade, uma vez
que permite aos fornecedores desenvolverem produtos de aplicaes diferentes sobre
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um mesmo meio fsico de transporte. Conforme RACKLEY (2007), uma vez que as
conexes lgicas operam sobre links fsicos, ambas as arquiteturas (lgica e fsica) se
suportam e possuem um alto grau de independncia, conferindo capacidade rede de
manter uma arquitetura lgica, mesmo tendo sua arquitetura fsica alterada, alm de
suportar, em uma mesma arquitetura fsica, diferentes conjuntos de padres e
protocolos.
A Figura 4.4 ilustra o caminho seguido por uma comunicao entre o sensor e o
sistema de controle, passando pelo roteador e o provedor de acesso. Repare-se que as
funes do roteador podem estar sendo realizadas por outro dispositivo de rede, em uma
topologia de rede mesh, conforme elucidada no captulo anterior.
Figura 4.4 - Exemplo do caminho seguido em uma aplicao (ISA 100.11a, 2008)
Os conceitos e caractersticas dos requisitos de rede encontram-se detalhados no
decorrer deste captulo.
Confiabilidade:
a capacidade de garantir que uma informao transmitida por um
dispositivo chegue ao sistema de controle, passando por toda a estrutura de
rede existente.
Tempo de Latncia:
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o tempo decorrido entre o incio da transmisso de uma
informao e sua chegada ao sistema de controle, passando por toda a
estrutura de rede existente.
Segurana:
toda a estrutura necessria para garantir a proteo, a autenticao
e o sigilo dos dados transmitidos.
Taxa de Transferncia:
a taxa mdia de transmisso de informaes por um determ