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Márcia Maria Barros Barbosa

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FISCALIZAÇÃO NAS EMPRESAS DE TRANSPORTE AÉREO

FISCALIZAÇÃO NAS EMPRESAS DE TRANSPORTE AÉREO

QUESTIONAMENTO FEITO POR UM AGENTE DE CARGAS

QUESTIONAMENTO FEITO POR UM AGENTE DE CARGAS

CONSEQÜÊNCIAS: Dúvida em relação ao procedimento adotado pela fiscalização e uma preocupação com a possibilidade de uma ação de indenização por parte de um contribuinte que tenha se sentido violado em sua intimidade

CONSEQÜÊNCIAS: Dúvida em relação ao procedimento adotado pela fiscalização e uma preocupação com a possibilidade de uma ação de indenização por parte de um contribuinte que tenha se sentido violado em sua intimidade

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COMPETÊNCIA DAS AUTORIDADES FISCAIS , de acordo com o Código Tributário Nacional

COMPETÊNCIA DAS AUTORIDADES FISCAIS , de acordo com o Código Tributário Nacional

Art. 194 – A legislação tributária, observando o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral , ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação.

 

Parágrafo Único – A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive as que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.

Art. 195 – Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias , livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

Art. 194 – A legislação tributária, observando o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral , ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação.

 

Parágrafo Único – A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive as que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.

Art. 195 – Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias , livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

DISTINÇÃO ENTRE LEGISLAÇÃO E LEI DISTINÇÃO ENTRE LEGISLAÇÃO E LEI

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PROCEDIMENTO INDICADO PELO REGULAMENTO DO ICMS ( Dec. n.º 35.245/91)

PROCEDIMENTO INDICADO PELO REGULAMENTO DO ICMS ( Dec. n.º 35.245/91)

Art. 49 – São obrigações dos contribuintes:

(...)

XIII - acompanhar, pessoalmente ou por preposto, a contagem física de mercadorias constantes de seu estoque ou que estiver transportando, promovida pelo fisco, fazendo por escrito as observações que julgar conveniente, sob pena de reconhecer como exata a referida contagem, observando o seguinte:

a) antes de iniciada a contagem física das mercadorias, a autoridade fiscal intimará o contribuinte ou representante a fazê-lo acompanhar;

b) a intimação será feita em duas vias, ficando uma com a fiscalização e a outra em poder do intimado, após este tê-las assinado, tomando ciência;

Art. 49 – São obrigações dos contribuintes:

(...)

XIII - acompanhar, pessoalmente ou por preposto, a contagem física de mercadorias constantes de seu estoque ou que estiver transportando, promovida pelo fisco, fazendo por escrito as observações que julgar conveniente, sob pena de reconhecer como exata a referida contagem, observando o seguinte:

a) antes de iniciada a contagem física das mercadorias, a autoridade fiscal intimará o contribuinte ou representante a fazê-lo acompanhar;

b) a intimação será feita em duas vias, ficando uma com a fiscalização e a outra em poder do intimado, após este tê-las assinado, tomando ciência;

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PROCEDIMENTO INDICADO PELO REGULAMENTO DO ICMS ( Dec. n.º 35.245/91)

PROCEDIMENTO INDICADO PELO REGULAMENTO DO ICMS ( Dec. n.º 35.245/91)

Art. 49 – São obrigações dos contribuintes:

(...)

XIII - acompanhar, pessoalmente ou por preposto, a contagem física de mercadorias constantes de seu estoque ou que estiver transportando, promovida pelo fisco, fazendo por escrito as observações que julgar conveniente, sob pena de reconhecer como exata a referida contagem, observando o seguinte:

c) encerrada a contagem, o contribuinte ou seu preposto assinará juntamente com a autoridade fiscal o documento em que esta ficar consignada;

d) se o contribuinte ou seu representante se recusar a cumprir o disposto nas alíneas “b” e “c”, esta circunstância será certificada pela autoridade fiscal em ambas as vias da intimação e na documentação em que a contagem ficou consignada.

Art. 49 – São obrigações dos contribuintes:

(...)

XIII - acompanhar, pessoalmente ou por preposto, a contagem física de mercadorias constantes de seu estoque ou que estiver transportando, promovida pelo fisco, fazendo por escrito as observações que julgar conveniente, sob pena de reconhecer como exata a referida contagem, observando o seguinte:

c) encerrada a contagem, o contribuinte ou seu preposto assinará juntamente com a autoridade fiscal o documento em que esta ficar consignada;

d) se o contribuinte ou seu representante se recusar a cumprir o disposto nas alíneas “b” e “c”, esta circunstância será certificada pela autoridade fiscal em ambas as vias da intimação e na documentação em que a contagem ficou consignada.

ESTE PROCEDIMENTO É OU NÃO LIMITATIVO DO DIREITO DE EXAMINAR MERCADORIAS ? ESTE PROCEDIMENTO É OU NÃO LIMITATIVO DO DIREITO DE EXAMINAR MERCADORIAS ?

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SOBERANIA FISCAL DO ESTADO X INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE SOBERANIA FISCAL DO ESTADO X INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE

DUAS FACES DE UMA MESMA MOEDA DUAS FACES DE UMA MESMA MOEDA

Quando o Estado controla e fiscaliza os bens

ou mercadorias que entram no seu território

está a exercer um legítimo direito tentando

coibir práticas ilícitas, através de seu “ poder

de polícia”

A inviolabilidade da intimidade é uma

garantia constitucional

Quando o Estado controla e fiscaliza os bens

ou mercadorias que entram no seu território

está a exercer um legítimo direito tentando

coibir práticas ilícitas, através de seu “ poder

de polícia”

A inviolabilidade da intimidade é uma

garantia constitucional

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CONSTITUIÇÃO DE 1988CONSTITUIÇÃO DE 1988

Art. 5º - omissisArt. 5º - omissis

X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a

honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito de

indenização pelo dano material ou moral decorrente de

sua violação.

XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das

comunicações telegráficas de dados e das

comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por

ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei

estabelecer para fins de investigação criminal ou

instrução processual penal

X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a

honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito de

indenização pelo dano material ou moral decorrente de

sua violação.

XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das

comunicações telegráficas de dados e das

comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por

ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei

estabelecer para fins de investigação criminal ou

instrução processual penal

Page 8: Márcia Maria Barros Barbosa Márcia Maria Barros Barbosa

COMO HARMONIZAR ? COMO HARMONIZAR ? Pontos para refletir:

Segundo Alexandre de Moraes (2002)

Pontos para refletir:

Segundo Alexandre de Moraes (2002)

“ ... nenhuma liberdade individual é absoluta

e a lei ou decisão judicial poderão,

excepcionalmente, determinar hipóteses de

violação sempre visando salvaguardar o

interesse público e impedir que a consagração

de certas liberdades públicas possa servir de

incentivo à prática de atividades ilícitas”.

“ ... nenhuma liberdade individual é absoluta

e a lei ou decisão judicial poderão,

excepcionalmente, determinar hipóteses de

violação sempre visando salvaguardar o

interesse público e impedir que a consagração

de certas liberdades públicas possa servir de

incentivo à prática de atividades ilícitas”.

Page 9: Márcia Maria Barros Barbosa Márcia Maria Barros Barbosa

COMO HARMONIZAR ? COMO HARMONIZAR ? Consultada a Procuradoria da República sobre a licitude da abertura de pacotes e encomendas postais para efeitos de fiscalização aduaneira, responde em forma de parecer n.º15/95, em síntese que:

Consultada a Procuradoria da República sobre a licitude da abertura de pacotes e encomendas postais para efeitos de fiscalização aduaneira, responde em forma de parecer n.º15/95, em síntese que:

“Se fosse impossível a fiscalização aduaneira das

mercadorias entradas por via postal, estava descoberto

o meio fácil de fugir ao cumprimento dos deveres

fiscais, de fugir ao pagamento dos direitos de

importação e exportação, quanto a certo tipo de

mercadoria”

“O sigilo da correspondência estatuído na

Constituição Federal não abrange os pacotes e

encomendas postais, contendo mercadorias, que

devem ser apresentadas a fiscalização aduaneira”

“Se fosse impossível a fiscalização aduaneira das

mercadorias entradas por via postal, estava descoberto

o meio fácil de fugir ao cumprimento dos deveres

fiscais, de fugir ao pagamento dos direitos de

importação e exportação, quanto a certo tipo de

mercadoria”

“O sigilo da correspondência estatuído na

Constituição Federal não abrange os pacotes e

encomendas postais, contendo mercadorias, que

devem ser apresentadas a fiscalização aduaneira”

Page 10: Márcia Maria Barros Barbosa Márcia Maria Barros Barbosa

DIFICULDADES EM SEGUIR PROCEDIMENTO INDICADO NO RICMS

DIFICULDADES EM SEGUIR PROCEDIMENTO INDICADO NO RICMS

A SEFAZ NÃO POSSUI UM ESPAÇO PRÓPRIO

E SE O CONTRIBUINTE NÃO AUTORIZAR A ABERTURA DO

VOLUME ?

AUTORIZAÇÃO POR TELEFONE

AUSÊNCIA DE AUTOTRAC PARA CONSULTA

A FISCALIZAÇÃO NÃO PODE APREENDER TUDO PARA AVERIGUÇÃO POSTERIOR, COM A PRESENÇA DO PROPRIETÁRIO:

A SEFAZ NÃO POSSUI UM ESPAÇO PRÓPRIO

E SE O CONTRIBUINTE NÃO AUTORIZAR A ABERTURA DO

VOLUME ?

AUTORIZAÇÃO POR TELEFONE

AUSÊNCIA DE AUTOTRAC PARA CONSULTA

A FISCALIZAÇÃO NÃO PODE APREENDER TUDO PARA AVERIGUÇÃO POSTERIOR, COM A PRESENÇA DO PROPRIETÁRIO:

• DEVIDO A DISTÂNCIA DO AEROPORTO; • INSATISFAÇÃO TANTO PARA OS AGENTES DE CARGAS COMO PARA AS TRANSPORTADORAS AÉREAS

• DEVIDO A DISTÂNCIA DO AEROPORTO; • INSATISFAÇÃO TANTO PARA OS AGENTES DE CARGAS COMO PARA AS TRANSPORTADORAS AÉREAS

DIVERGÊNCIA ENTRE O CONHECIMENTO AÉREO E O CONTEÚDO DOS VOLUMES DIVERGÊNCIA ENTRE O CONHECIMENTO AÉREO E O CONTEÚDO DOS VOLUMES

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CONCLUSÃO CONCLUSÃO

PARA O AEROPORTO O PROCEDIMENTO

ADOTADO PELA LEGISLAÇÃO ESTADUAL

CONTRARIA O CTN, POR SER LIMITATIVO DO

DIREITO DE EXAMINAR AS MERCADORIAS,

NÃO DEVENDO TER APLICAÇÃO ;

É IMPORTANTE CAUTELA NA ABERTURA

DOS VOLUMES, ENQUANTO NÃO TIVERMOS

UMA NORMA QUE RESPALDE A NOSSA

ATUAÇÃO.

PARA O AEROPORTO O PROCEDIMENTO

ADOTADO PELA LEGISLAÇÃO ESTADUAL

CONTRARIA O CTN, POR SER LIMITATIVO DO

DIREITO DE EXAMINAR AS MERCADORIAS,

NÃO DEVENDO TER APLICAÇÃO ;

É IMPORTANTE CAUTELA NA ABERTURA

DOS VOLUMES, ENQUANTO NÃO TIVERMOS

UMA NORMA QUE RESPALDE A NOSSA

ATUAÇÃO.

Page 12: Márcia Maria Barros Barbosa Márcia Maria Barros Barbosa

SUGESTÕESSUGESTÕES

SER EDITADA UMA NORMA QUE RESPALDE A AÇÃO

FISCAL, ASSIM, AS TRANSPORTADORAS AÉREAS QUANDO

ARGUIDAS POR SEUS CLIENTES, POR QUE SUA

ENCOMENDA FOI VIOLADA ESTARÃO COM UMA PROTEÇÃO

JURÍDICA – HAVERIA NESSE CASO UMA ABRANGÊNCIA

GERAL, SERVIRIA PARA VOLANTES, TRANSPORTADORAS E

POSTOS FISCAIS;

NÃO SENDO POSSÍVEL, A EDIÇÃO DA REFERIDA NORMA

QUE SEJA ESTABELECIDO UM CONTRATO ENTRE AS

EMPRESAS DE TRANSPORTE AÉREO E A SEFAZ - SIMILAR

AO DOS CORREIOS. De modo que quem se utilizasse de

serviço aéreo para enviar bens e mercadorias devesse

saber quais são as regras e todo o condicionalismo a que

fica sujeito, principalmente a possibilidade da abertura

para controle da fiscalização estadual.

SER EDITADA UMA NORMA QUE RESPALDE A AÇÃO

FISCAL, ASSIM, AS TRANSPORTADORAS AÉREAS QUANDO

ARGUIDAS POR SEUS CLIENTES, POR QUE SUA

ENCOMENDA FOI VIOLADA ESTARÃO COM UMA PROTEÇÃO

JURÍDICA – HAVERIA NESSE CASO UMA ABRANGÊNCIA

GERAL, SERVIRIA PARA VOLANTES, TRANSPORTADORAS E

POSTOS FISCAIS;

NÃO SENDO POSSÍVEL, A EDIÇÃO DA REFERIDA NORMA

QUE SEJA ESTABELECIDO UM CONTRATO ENTRE AS

EMPRESAS DE TRANSPORTE AÉREO E A SEFAZ - SIMILAR

AO DOS CORREIOS. De modo que quem se utilizasse de

serviço aéreo para enviar bens e mercadorias devesse

saber quais são as regras e todo o condicionalismo a que

fica sujeito, principalmente a possibilidade da abertura

para controle da fiscalização estadual.

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OBRIGADA!OBRIGADA!