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Marcio valadão n°177 restaurando a comunhão

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

1ª Edição: agosto/2001

Revisão:

Jussara Fonseca

2ª Edição: fevereiro/2011

Revisão:

Adriana Santos e Nicibel Silva

Capa e Diagramação:

Junio Amaro

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Introdução

Nesta edição abordaremos a parábola do filho pródigo. A história de um jovem rico que mesmo tendo um pai amoroso, desfrutando de conforto e tendo o melhor para sua vida, preferiu voltar as costas para todas essas coisas. Tomou o que lhe cabia como herança, abandonou o pai, o irmão, o lar e partiu para viver a vida segundo seus próprios desejos. O resultado foi desastroso: ele perdeu tudo o que possuía e se viu completamente só. Em total estado de solidão e carências, ele sentiu saudades do lar, pediu perdão e abrigo. A atitude do pai sur-preende aos filhos e a todos os que tomam conhe-

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cimento dessa história. Assim como o filho pródigo, um dia voltamos as costas para a instrução de Deus, preferindo esbanjar com os prazeres do mundo. Re-jeitamos o amor do Pai, e, sem nos importar com o que Ele quer nos ensinar, passamos a viver segundo a nossa vontade, para nosso próprio prazer.

Essa parábola, contada por Jesus, ilustra a histó-ria de nossa vida, e tem como objetivo nos fazer co-nhecer o amor de Deus, para que voltemos a nossa vida para Ele e recebamos tudo o que Ele preparou carinhosamente para seus filhos.

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destItuídos do amor

Desde que Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden, o homem experimenta uma profunda sau-dade do lar. Por sua livre vontade, Adão e Eva ig-noraram as palavras de Deus para atenderem às de satanás. Não fizeram conta do amor e do cuidado do Pai, que havia lhes preparado tudo do que pre-cisavam para ter uma vida feliz, saudável. Tinham, ainda, o privilégio de desfrutar da companhia do Senhor todas as tardes. Tudo naquele jardim lhes pertencia. Tinham apenas que cuidar dele; e de um

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só fruto, Deus os havia proibido de comer. Por amor e cuidado, o Pai o fizera, pois se eles degustassem aquele fruto, fatalmente morreriam. Entretanto, de-sobedecendo às ordens de Deus, cederam aos ape-los da serpente, e, como Deus os havia prevenido, morreram. Não a morte física, mas a espiritual. Por desobediência, foram expulsos do paraíso, perde-ram a comunhão com o Pai e tiveram que trabalhar para produzir seu próprio sustento.

Deus não os expulsou do Jardim do Éden por-que havia deixado de amá-los. Não! Deus é amor, e como a sua Palavra diz, o amor nunca acaba. Porém, o Senhor age através de princípios imutáveis e eter-nos, e Ele havia dito: “Mas da árvore do conhecimen-to do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn 2.17.) Mas Deus, como Pai amoroso, naquele mesmo ins-tante, providenciou o único meio de reconciliação que poderia levar o homem de volta ao lar.

Desde que abandonou o lar, saindo da presen-ça do Pai (sim, abandono, porque a desobediência foi um ato voluntário e consciente), o homem vem sofrendo as mais horríveis situações, de solidão, de tédio e de profunda frustração. São tantas as situ-

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ações que levam as pessoas ao desespero. Muitas delas têm andado revoltadas porque seus pais são rudes, maltratam-nas e não se importam com suas dores, com seus sonhos, com suas necessidades e carências. A verdade é que, afastadas de Deus, as pessoas buscam seus próprios interesses e se veem cada dia mais solitárias e infelizes. Muitos só se conscientizam disso quando descem ao mais baixo dos degraus da vida. E só se lembram do Pai quan-do não têm mais nada para se dispor, nada com o que contar; quando se tornam como a escória da sociedade.

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abandonando o lar

“[...] certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não mui-tos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.

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Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus traba-lhadores. E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compade-cido dele, correndo, o abraçou, e beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, ves-ti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. Ora, o filho mais velho estivera no cam-po; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ou-viu a música e as danças. Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, por-que recuperou com saúde. Ele se indignou e não que-ria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo.

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Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desper-diçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado. Então, respondeu-lhe o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” (Lucas 15.11-32.)

Através dessa história, passamos a conhecer mais profundamente o caráter de Deus, os seus caminhos, os seus propósitos, a sua fidelidade e a sua justiça. Nela, o pai tipifica a figura de Deus, o Pai que nos criou à sua imagem e semelhança. Obser-vemos, também, que o amor do pai é bem maior do que o do filho. Do mesmo modo, por mais que ame-mos a Deus, o seu amor sempre será infinitamente maior do que o nosso.

Analisando a atitude desse jovem, ao escolher a incerteza do mundo à segurança do lar, reconhe-cemos o comportamento de milhares e milhares de pessoas. Gente que menospreza o amor e a prote-

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ção de Deus para viver “solto no mundo”, andando segundo os seus próprios desejos. Ao afirmarem que “também são filhos de Deus e têm o direito de serem felizes”, agem exatamente como o filho mais moço da parábola de Jesus. Tudo o que este jovem levou ao sair de casa era herança do pai, mas ele não se preocupou com o amor, com o respeito e a gratidão devidos ao seu pai. O que interessava ao seu coração era apenas o desfrute que ele teria fora de casa. Nada lhe faltava, mas ele estava insatisfei-to, queria provar o “sabor” das coisas que estavam além do portão da sua casa. Desejava conhecer coisas diferentes, experimentar novas emoções; a segurança do lar o enfastiava. Ele abriu mão da co-munhão com o pai para viver “livremente”.

Muitas pessoas estão agindo como esse jovem. Dizendo-se filhos de Deus, acreditando-se merece-dores da herança divina, se aventuram pelo mundo. Comem de todas as suas porcarias e desperdiçam toda a herança que Deus, através de Jesus, con-cede aos seus filhos. Amam coisas e pessoas mais do que o Pai; prostituem-se com seus corpos, com suas mentes e atitudes. Entregam-se aos vícios, des-truindo o corpo que foi amorosamente criado pelas

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mãos do próprio Criador e que Ele escolhera para habitação do seu Espírito. Querem viver livremen-te e desprezam a proteção de Deus, imaginam que debaixo das leis de Deus viverão como prisioneiros. Quanto engano! Está escrito: “Ora, o Senhor é o Espí-rito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” (2Co 3.17.) A corrupção do mundo é que aprisiona o homem, tornando-o um prisioneiro do sistema, de si mesmo e do diabo. Mas quando o homem se volta para Deus, ele ganha uma nova identidade, porque “...se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram no-vas.” (2Co 5.17.)

A criação foi dominada pela vaidade, pela injus-tiça e frustração quando, através de Adão, o pecado foi introduzido no mundo. E é por este mundo de-caído que muitas pessoas abandonam a comunhão com Deus.

Um dos dez mandamentos de Deus ordena: “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.” (Êx 20.12.) E no livro de Provérbios recebemos uma advertência: “Ouvi, filhos, a instrução do pai e estai atentos para conhecerdes o entendimento.” (Pv 4.1).

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O entendimento é a faculdade que temos de pen-sar e de conhecer. Quando lemos no livro de Oséias, “o meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento” (Os 4.6), compreendemos que a falta do conhecimento de Deus, das suas leis, dos seus planos e do seu amor é a causa de tantos sofrimen-tos que assolam a humanidade. E como o homem poderá obter o conhecimento e receber o entendi-mento se ele se afastar de Deus? Muitas maldições são impostas ao homem porque ele rejeita as bên-çãos do Senhor. E uma delas vem sobre sua vida quando não honra seus pais. Entretanto, o amor do Pai é infinitamente maior do que a ingratidão do homem, por isso Ele disse: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR; ele converterá o coração dos pais aos fi-lhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Ml 4.5-6.)

O apóstolo Pedro afirma: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos peca-dos.” (At 3.19.) Porém, só através do arrependimento e da volta ao lar, Deus “converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais”.

Aquele jovem não se preocupou com o sofri-

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mento que o seu gesto causaria no coração de seu pai; ele queria apenas usufruir a seu modo, da sua parte na herança. Para ele, o que interessava eram os bens materiais, as emoções efêmeras que o mun-do iria lhe proporcionar.

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a VerdadeIra Herança

O filho só estava interessado na herança mate-rial do pai. Ele não atentava para o fato de que o dinheiro é uma coisa passageira, e que a verdadeira herança de um pai para um filho é o amor, porque o amor jamais acaba (1Co 13.8). De que adiantou toda a fortuna que aquele moço levou de casa se rapidamente ela acabou, e até a comida dos por-cos ele cobiçou? “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?” (Lc 9.25.) De que se aproveitam todos

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os prazeres do mundo se o homem, perdido, estiver condenado ao inferno?

A herança do Senhor consiste na realização de todas as suas promessas para você, incluindo a vida eterna! Um dos tesouros dessa herança é a fé. É preciso um contato diário com o Senhor para recebermos a herança da fé. Com ela, venceremos o mundo e toda a sua concupiscência, porque está escrito que a nossa fé é a vitória que vence o mun-do (1Jo 5.4) e que, quando cheios do Espírito Santo, não atenderemos ao chamado traiçoeiro do mun-do, porque esta também é uma herança do Pai.

Mas o filho pródigo tinha outros valores. Ele era ambicioso e acreditava que a sua herança se resu-mia apenas em um saco cheio de moedas de ouro. Seu pai, embora soubesse quais seriam os resulta-dos, não influiu na decisão do filho. Ele não invadiu a sua livre escolha. Então, passados alguns dias, o fi-lho pródigo pegou tudo o que lhe pertencia e, sem a mínima consideração, abandonou a casa do pai e começou a gastar a herança que recebera dele. Muitas pessoas agem assim, não querem saber de um compromisso com Deus; a única coisa que lhes interessa é a herança. Querem ser abençoadas, mas

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exigem que seja de modo conveniente aos seus desejos. Abandonam a comunhão com Deus, mas acreditam que têm direito à herança eterna. Contu-do, a esta só tem direito aqueles que permanecem na Casa do Pai.

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longe do PaI as consequêncIas

VIrão

O moço partiu levando o dinheiro, a sua tão so-nhada herança. Desprezou o amor, a honra, a fé e o nome de seu pai. Deixou tudo para trás e partiu para uma terra distante, vivendo dissolutamente. Há muita gente pensando assim, esquecendo-se de que “os olhos do SENHOR estão em todo lugar, con-templando os maus e os bons” (Pv 15.3). Por causa desta “liberdade” do mundo, muitos terminam vi-ciados em drogas, envolvidos com a prostituição e

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contaminados por doenças sexualmente transmis-síveis. Infelizmente, às vezes morrem sem ter volta-do ao lar. Nessa condição, a herança que lhes caberá para a eternidade não será a do Pai celestial: a vida eterna com Jesus, mas a de satanás e “[...] a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxo-fre, a saber, a segunda morte” (Ap 21.8).

Diz a Palavra que o moço, depois de gastado toda a sua herança, ficou em apuros, passando até mesmo fome. A atitude do filho pródigo teve consequências sérias, pois ele não conhecia suas próprias necessidades. O alimento sempre estive-ra à mão, um banquete em todo tempo pronto, do qual ele poderia se servir quando desejasse. O seu corpo jamais sentira frio, porque ele tinha sempre agasalhos que o mantinham aquecido. E, no verão, uma brisa fresca soprava, tornado os seus dias mor-nos e suaves. Entretanto, essas coisas eram tão co-muns em sua vida que ele não lhes dava o devido valor. Ele saiu de casa desejoso de novas experiên-cias. Quando o dinheiro acabou, começou a passar necessidades e se viu obrigado a conseguir o seu próprio alimento, enfrentando dias muito difíceis. Os que abandonam a comunhão com Deus, tam-

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bém se veem obrigados a procurar, eles mesmos, o sustento para seu espírito faminto, o alimento es-piritual. Longe do pai, tornam-se presas fáceis, são como folhas ao vento, indo atrás de qualquer dou-trina. Com uma vida distante de Deus, as pessoas se deixam envolver por doutrinas heréticas, seitas e tantas filosofias que fingem alimentar o espírito do homem. Mas este, criado à imagem e semelhan-ça do Pai, só se satisfará com o alimento genuíno: a Palavra de Deus. O filho pródigo, faminto, sedento e fraco, saudoso do lar, do pai e do conforto de sua casa, passou então a valorizar aquelas pequenas grandes coisas.

Longe de Deus, o homem fica sujeito a pragas que lhe devoram a lavoura, impedindo a sua real prosperidade, e a espinhos que rasgam o seu cor-po, provocando feridas difíceis de cicatrizarem. A verdadeira prosperidade, a de Deus, é acompanha-da de paz. Mas aquele que está em terras distantes, muitas vezes é rico, financeiramente falando; con-tudo carente de paz e sente um profundo vazio em sua alma. É constantemente ferido pelo espinho da solidão, da angústia, da autodepreciação e tantos outros que ferem com pontas pontiagudas e vene-

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nosas. O homem tem carências interiores que são plenamente supridas em Deus. O dinheiro não pre-enche as suas necessidades de aceitação, de com-preensão, de afeto, de amor e paz. O diabo faz o ho-mem enxergar tudo como um cifrão, porque assim ele será um alvo dócil para a concretização do seu plano maligno: matar, roubar e destruir. O homem é um ser altamente cobiçoso, facilmente atraído pe-los atrativos que o diabo apresenta como um po-mar, mas que, na verdade, só produzem espinhos.

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abrIndo os olHos

“Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!” (vs 17.) O filho pródigo já havia gastado toda a sua herança e se encontrava numa situação de-plorável. Entretanto, houve um momento em que os olhos dele foram abertos. Naquele momento, o odor do chiqueiro, a lama, o grunhido dos porcos, a solidão e a fome tiveram um significado diferente para ele. Até àquela hora, ele não havia se lembrado do pai, apenas se lembrara da casa de onde tinha

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saído. O seu pensamento voltou-se para resolver um problema imediato, a sua necessidade física: a fome. A lembrança do pai continuava distante do seu coração. A carência da companhia do pai, do amor e do cuidado que ele lhe oferecia ainda não tinha ressurgido em seu interior. A única ideia que estava bem avivada era a mesa sempre farta, que havia em sua casa, e da qual até os trabalhadores mais simples tinham direito e livre acesso para se fartarem.

Todos os homens precisam de um “cair em si” para que se despertem da letargia mortífera em que vivem, ou, mais precisamente falando, morrem lentamente sem perceberem. Normalmente, este “estalo” se dá justamente num momento de deses-pero, de aflição. Muita gente vive afastada de Deus, sem perceber a sua falta, até que sejam despedidas do emprego, sofram um acidente, sejam acometi-das por uma enfermidade grave, ou que outros pro-blemas sérios aconteçam.

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uma noVa atItude

“Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai [...]” (vs 18). Uma mudança estava sendo processada no interior daquele rapaz. Antes, só a mesa farta lhe vinha à mente. Agora, a figura do pai já estava pre-sente em seus pensamentos. A casa aconchegante, a mesa farta, o carinho... O pai que ele desprezara era a fonte de tudo em sua vida. Ah, quantas pes-soas vivem afastadas de Deus e se lembram dele somente nas horas difíceis, nos momentos de fome. Estão, na verdade, não em busca de Deus, mas da

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solução para os seus problemas. Porém, num dado momento, num toque do Espírito Santo, elas se vol-tam verdadeiramente para Deus, como a fonte de todas as coisas. Entendem que têm direito às bên-çãos do Senhor, mas que precisam, primeiro, buscar o Senhor das bênçãos. “Buscai, pois, em primeiro lu-gar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6.33.)

Ele havia tomado uma atitude: procurar o pai. E o seu coração lhe cobrava outra atitude: a do arrependimento. Ele assumiria o seu erro diante do pai e lhe pediria perdão: “Pai, pequei contra o céu e diante de ti.” (vs 18.) Ele estava disposto a en-frentar a sua culpa. Esta postura fez a diferença. Muitos tentam justificar os seus erros, transferir para outros a sua culpa, a responsabilidade nos resultados de suas escolhas. Não gostam de assu-mir os seus próprios erros, não são humildes para voltar e dizer que erraram. É preciso ter coragem para rasgar o coração e dizer: “Pai, eu pequei! Pe-quei contra o céu e diante de ti”. Porque o pecado é sempre contra Deus, ninguém peca contra ou-tra pessoa sem primeiro pecar contra Deus. Mas quando assumem seus erros, a situação torna-se

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completamente outra. Os princípios de Deus são cumpridos e as bênçãos são liberadas (Mt 5.23-24; 37). Se ao pecarmos contra o outro, pecamos contra Deus, devemos nos reconciliar com a pes-soa ofendida, para nos restituirmos da graça do Pai.

Não fique triste se seu pai o ama apenas pelas suas qualidades, ou, se ele não ama por que não vê qualidades em você, embora você as tenha. Saiba que Deus o ama como filho, não por me-recimento, mas pela sua graça. E nem tampouco deixa de amá-lo por causa das suas dificuldades. Guarde no seu coração esta verdade: Deus o ama com o amor incondicional e eterno, e, através de Jesus Cristo, Ele o torna seu filho. Que privilégio tremendo! Deus o ama independente de você cumprir, ou não, os seus mandamentos. O seu amor é incondicional, independe de nossas atitu-des. Contudo, as consequencias por não cumpri-los serão desastrosas, assim como foram para o filho pródigo. Devemos cumprir todos os seus mandamentos, porque todos eles foram anun-ciados por amor, para o nosso próprio bem. Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro e nos

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tornamos seus filhos devido à sua grande com-paixão e misericórdia. Felizmente, o filho pródigo teve tempo para se reconciliar com o Pai, porém muitos morrem sem ter a coragem de voltar ao lar. Portanto, se você está afastado do convívio de Deus, volte imediatamente para Ele enquanto há tempo. Porque haverá um dia em que “andarão de mar a mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda parte, procurando a palavra do SENHOR, e não a acharão” (Am 8.12). Seja prudente e sá-bio, e não se esqueça: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” (Is 55.6.)

Ao reconhecer o seu erro, o filho pródigo disse: “Já não sou digno de ser chamado teu filho.” (vs. 21.) Ele se julgava indigno de retomar a sua condição de filho, contudo, por mais que ele tivesse pecado, não deixaria de ser filho, porque em suas veias ainda corria o sangue de seu pai. Não renegue a sua iden-tidade espiritual e volte para o seu amado Pai. Ele o espera de braços abertos!

Deixe que esta marca permaneça em seu cora-ção: o Espírito Santo; Ele é o penhor da nossa heran-ça. Foi Deus, o Pai, quem nos amou e “que também

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nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso co-ração” (2Co 1.22).

Se você está longe do Pai, percorrendo cami-nhos tortuosos, sofrendo as consequências do pe-cado, padecendo por opressões, pela culpa, pela solidão... Reaja! Você precisa apenas se lembrar qual é a sua identidade. E é a sua identidade de filho de Deus que lhe traz dignidade. Retome o seu lugar e desfrute novamente dos privilégios daqueles que habitam no esconderijo do Altíssimo (Sl 91.1; 1-3).

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assumIndo a IdentIdade

A Palavra de Deus diz: “... a todos quantos o re-ceberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.” (Jo 1.12.) Não fomos aceitos na família de Deus porque so-mos dignos. E todos os que estão nesta posição de-vem honrar o nome daquele que os dignificou para serem seus filhos.

Ora, o filho pródigo havia desonrado o seu pai e, por isso, se julgava indigno de ser chamado filho, como ele mesmo declarou ao pai. No entanto, o Pai

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trata a todos como filhos. Ele não faz acepção de pessoas, e reconhece toda a sua família como filhos amados. O anel de filho e o prêmio da glória não são exclusivos para aqueles que alcançam o primei-ro lugar; mas são promessas de Deus para todos os que perseveram e lhe forem fiéis. E a fidelidade está direta e intimamente ligada à obediência e à adora-ção (Is 38.3.)

Então, depois de ter organizado as suas ideias, o filho pródigo, que não se sentia mais com o direito de filho, levantou-se e foi ter com o pai. Com certe-za, ele devia estar temeroso de como seria recep-cionado. Não estava certo de que seria perdoado; além disto, estava envergonhado pela humilhação que passaria diante do seu irmão e dos outros. O que todos iriam dizer? Obstante a tudo isso, ele par-tiu resoluto para a casa do pai.

Apesar de toda a ingratidão, o pai continuava amando aquele jovem como seu filho. Em seu co-ração, havia sempre a esperança de que ele volta-ria. Os seus olhos estavam sempre voltados para o caminho pelo qual o filho se fora, esperançosos de que ele voltasse. Não pense que foi você quem avis-tou Deus primeiro. Antes que você o visse, foi Ele

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quem o avistou e foi ao seu encontro. O Pai quer recebê-lo, mas é preciso que você dê o primeiro passo. O caminho estava limpo, o pai tinha um co-ração perdoador e cheio de amor. Creia, quando você toma a iniciativa de se reconciliar com Deus e o busca sinceramente, seus pecados são perdoa-dos e uma intervenção divina cuida para que nada possa impedi-lo de chegar até Ele. Mil situações são engendradas para tentar interromper a sua cami-nhada de volta ao lar. Contudo, todas as tentativas serão frustradas porque os anjos do Senhor esta-rão interferindo, agindo para lhe trazer proteção, ajudando-o a chegar aos pés do Senhor. Persevere sempre, porque há delícias esperando por você (Sl 16.11.)

Certamente, a postura daquele jovem era a de um homem derrotado, com o olhar inexpressivo. Devia estar magro, com o rosto amarelado; afinal, ele passara muita fome; as roupas, sujas e rasgadas, pois da herança que ele levara nada havia sobra-do. Ele saíra como um vitorioso, cheio de sonhos e expectativas. Agora, voltava como um derrota-do, vazio e temeroso. O pai, porém, não o acusou; tinha apenas o coração cheio de amor, de perdão,

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de alegria pela volta do filho. Estava compadecido, porque em sua casa existia tudo: segurança, aceita-ção, apoio, enquanto o filho, que só havia pensado em dinheiro, passava as mais terríveis privações e humilhações.

O Senhor não tem “dedo acusador” sempre pronto a nos condenar. Ele nos ama! Por isso, provi-denciou tudo de que precisávamos para nos recon-ciliar com Ele e desfrutarmos de toda a sua riqueza. “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (Jo 3.17.)

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o reencontro

Nada de acusações ou cobranças, apenas o aconchego de um abraço caloroso, cheio de sau-dades e um beijo quente que demonstrava o mais nobre dos sentimentos: o amor, verdadeiro e incon-dicional. O pai não precisava acusá-lo porque ele já estava vivendo sob a culpa, a dor do arrependimen-to o consumia. O Senhor nos trata com misericórdia. Ele sabe que somos como uma canícula que pode se quebrar ao mais suave contato, ou, como finos pavios que até mesmo por um leve sopro podem

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se apagar. Jesus não veio condenar, e, sim, restau-rar o que está quebrado. Na cruz do Calvário, Jesus abraçou toda a humanidade, para perdoar todos os homens que se voltassem para ele.

Existem muitos pais que amam os seus filhos apenas com palavras. Seus lábios pronunciam pa-lavras bonitas, mas a elas não precedem nenhum gesto de amor, nenhuma demonstração de aceita-ção ou respeito. As palavras devem expressar o que os gestos querem dizer. Não fosse assim, não estaria escrito: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (1Jo 3.18.)

O pai estava muito feliz com o regresso do seu filho e não estava interessado no que havia ficado para trás. O que realmente interessava era que ele estava de volta. O arrependimento que propulsio-nou sua volta bastava ao pai. A atitude humilde de reconhecer o erro e pedir perdão era suficiente. Não é através de sacrifícios, de obras ou de “promessas” que somos perdoados e aceitos por Deus. Assim, como o filho pródigo, precisamos apenas nos arre-pender, pedir o seu perdão e confessá-lo, reconhe-cendo que Jesus é Senhor absoluto, o único Salva-dor.

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O filho não precisou enviar uma comitiva para negociar a sua volta; nem mandar presentes para subornar o coração do pai ou fazer um longo e di-toso discurso que o impressionasse e que pudesse sensibilizar o seu coração. Nada! Ele teve que reco-nhecer que tudo dependia do pai e esperar que ele agisse. Muitas pessoas se iludem acreditando que para alcançarem o perdão e o amor de Deus preci-sam fazer muitas coisas para agradá-lo. No entanto, não precisamos de muito para agradar ao nosso Deus. Só temos que reconhecer a sua soberania e a nossa dependência dele, permanecendo no centro da sua vontade, permitindo que Ele aja e transfor-me toda derrota em vitória.

O pai continuava e não se envergonhava do fi-lho que o havia abandonado e desprezado as suas bênçãos. Ao contrário, alegrava-se tanto a ponto de mandar preparar uma festa para celebrar a volta da-quele a quem tanto amava. Da mesma forma, Deus nos ama. Ele, como Pai, nunca nos desprezará. Te-nha certeza de que, mesmo tendo se afastado dele, você jamais será desprezado. Ele jamais se envergo-nhará de demonstrar o seu infinito amor através de incontáveis bênçãos.

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UM COMPORTAMENTO ERRADOO filho mais velho era dedicado ao pai, aos ser-

viços, e estivera todo o tempo trabalhando no cam-po. Ao retornar para casa, ele percebeu que alguma coisa estava diferente. Procurou então, um dos cria-dos, e, ao tomar conhecimento do que acontecia, fi-cou tão indignado que se recusou a entrar em casa. Ele ensoberbeceu, foi tomado por um sentimento de dignidade própria que o levou a pretender e manter a consideração de todos. Enquanto o mais velho se irava e se julgava digno de todas as home-nagens, o irmão mais moço dizia-se não ser digno de ser chamado de filho. Saiba que Deus dignifica aqueles que se julgam indignos; os humildes que reconhecem seus erros são exaltados. Mas os que se julgam dignos, os soberbos, são humilhados (Lc 18.14.)

O pai amava tanto um quanto o outro, sem ne-nhuma distinção. Por isso, ele saiu e foi ter com o filho que tanto se indignava. Tentou reconciliar, ex-pôs o seu ponto de vista, esclareceu os motivos... Porém, o filho mais velho estava revoltado demais e não acatou as palavras do seu pai. Ele se colocou

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numa posição de superioridade em relação ao ir-mão caçula, como se este fosse um intruso que in-vadia o seu reino, ameaçando o seu domínio.

Notamos, muitas vezes, um sentimento farisaico e legalista arraigado no coração de algumas pesso-as que se julgam melhores do que as outras, mais dignas de honras. Como o próprio nome expressa, esse sentimento é próprio dos fariseus, é hipócrita, fingido e desagrada profundamente o coração de Deus, o nosso Pai. O que realmente conta é que to-dos os que foram resgatados pelo sangue de Jesus Cristo, nascidos da água e do Espírito pela graça inefável de Deus, pertencem à família de Deus, e a todos o Senhor ama e trata como filhos.

O AMOR INCONDICIONAL DO PAIO primogênito continuava falando e reclaman-

do dos seus direitos. O pai, que o olhava com amor e com a voz terna, lhe respondeu: “Meu filho, tu sem-pre estás comigo; tudo o que é meu é teu. Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrásse-mos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” (Lc 15.31-32) Deus re-almente é o Pai que abraça, aceita, perdoa e recon-

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cilia! As bênçãos do Pai estão à disposição de todos os seus filhos! Portanto, se você está procedendo como um filho rebelde, veja Deus como Ele verda-deiramente é: um Pai que ama incondicionalmente o seu filho, por mais indisciplinado que ele seja, e que está sempre disposto a perdoá-lo e a abençoá-lo.

No Jardim do Éden, quando o homem se voltou contra Deus, Ele preparou para nós o Cordeiro. Je-sus Cristo é o Cordeiro de Deus que foi imolado na cruz do Calvário em nosso lugar, para que pudésse-mos novamente ter acesso ao Pai. Por isso, ao ver Jesus, João Batista exclamou: “[...] Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29.) O ca-minho de retorno ao lar, ao convívio com o Pai foi liberado por Jesus e os olhos do Senhor estão fitos nele, aguardando a sua volta. Se você está longe, tome logo uma atitude e vá ter com o seu Pai.

Quando o filho voltou para casa, o pai deu algu-mas ordens: “... trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.” (Lc 15.22.) Aquele moço não poderia ficar com as roupas sujas com as quais viera. O pai queria vê-lo totalmente limpo, como o verdadeiro filho que era.

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O seu corpo precisava estar protegido, porque o seu espírito já fora agasalhado pelo seu pleno amor. As-sim, quando retornamos para o Pai, devemos vestir roupas novas, e não existem outras melhores do que a armadura de Deus (Ef 6.13-17). O nosso anel é o selo do Espírito Santo e nossas sandálias, parte da armadura, são a preparação do Evangelho da paz, que nos impedem de caminhar novamente pelos caminhos escuros e fétidos do pecado.

O amor incondicional de Deus e o sacrifício de Jesus na cruz permitem a todos que os aceitem, a oportunidade para serem novas criaturas. Todo o passado fora do lar é esquecido e Deus lhes dá uma nova vida, um novo coração, um triunfante recomeço. Você poderá até procurar o Senhor per-correndo outros caminhos, entretanto, jamais irá encontrá-lo e ainda correrá o risco de morrer nesta busca, porque está escrito: “Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de mor-te.” (Pv 16.25.) A Bíblia nos afirma que somos vesti-dos com linho, que simboliza os atos de justiça de Cristo Jesus em nosso favor (Ap 19.7-8). Por meio de Jesus, Ele fez conosco uma aliança eterna: aliança de amor, de justiça, de santificação, para que nos

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tornemos à semelhança do seu Filho Unigênito. Se você se sente órfão, sem um pai que o aceite, que o compreenda, não fique revoltado, considerando-se um rejeitado, pensando que não há mais jeito para você. Deus pode, e quer se tornar este Pai que você tanto deseja e busca. Basta que você o procure. Der-rame suas lágrimas diante dele e fale da sua fome, da sua solidão, de como tem andado por caminhos tortuosos e sombrios. Receba-o em seu coração como seu Pai e tome posse da herança que Ele tem para você: uma vida abundante e eterna.

Deus abençoe!

Pr. Márcio Valadão

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Jesus te ama e quer

Você!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano ma-ravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

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2º PASSO: O Homem é pecador e está separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-sus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salva-ção.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração

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de decisão em voz alta: “Senhor Jesus eu pre-ciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para mi-nha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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