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PARA USO DOS CORREIOS Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente Não existe o número indicado Informação escrita pelo porteiro ou síndico Reintegrado ao Serviço Postal em ....../....../............ Responsável Falecido Ausente Não procurado Março de 2012 - Ano 46 - N o 659 Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas 170 Mil Exemplares Rua Voluntários da Pátria, 547 - Santana - CEP 02011-000 - São Paulo - SP - Edição Nacional @APCDCentral facebook.com/apcdcentral www.apcd.org.br

Março de 2012 Ano 46 - N°659

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Edição 659 de Março de 2012 do Jornal da APCD

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Page 1: Março de 2012 Ano 46 - N°659

PARA USO DOS CORREIOSMudou-se

Desconhecido

Recusado

Endereço insuficiente

Não existe o número indicado

Informação escrita pelo porteiro ou síndico

Reintegrado ao Serviço Postal em ....../....../............

Responsável

Falecido

Ausente

Não procurado

Março de 2012 - Ano 46 - No 659

Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas

170 MilExemplares

Rua Voluntários da Pátria, 547 - Santana - CEP 02011-000 - São Paulo - SP - Edição Nacional @APCDCentral facebook.com/apcdcentral www.apcd.org.br

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CIOSP 2013Marque na agenda! A comercialização dos espaços do Congresso irá acontecer nos dias 27, 28 e 29 de março, das 10h às 18h, no Hall Nobre da APCD.Leia mais na página 23.

AutocuidadoAcidentes com perfurocortantes são comuns aos Cirurgiões-Dentistas, e especialistas alertam para a necessidade de notificação ao Ministério da Saúde.Página 10

Centros de Especialidades OdontológicasTrabalho de CEOs tem crescido cada vez mais e governo começa a ampliar oferta de especialidades.Página 16

Jantar de Encerramento do Centenário da APCD

Também será celebrado os 101 anos da associação! Venha para esta grande festa, no dia 24 de março, no Círculo Militar de São Paulo. Será uma noite de muita animação, com todo o requinte que esta data merece.Saiba mais na página 33.

Março de 2012 - Ano 46 - No 659

Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas

170 MilExemplares

Rua Voluntários da Pátria, 547 - Santana - CEP 02011-000 - São Paulo - SP - Edição Nacional @APCDCentral facebook.com/apcdcentral www.apcd.org.br

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APCD Jornal - Março 20126

Índice

Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas - Fundada em 1911 - Gestão 2010-2013

PRESIDENTE: Adriano Albano Forghieri 1o VICE-PRESIDENTE: Juscelino Kojima 2o VICE-PRESIDENTE: Wilson Chediek SECRETÁRIA GERAL: Maria Angela Marmo Favaro TESOUREIRO GERAL: Paulo Vianna Mesquita PRESIDENTE CORE: José Luiz Negrinho 1o VICE-PRESIDENTE CORE: Gilberto Gomes 2o VICE-PRESIDENTE CORE: Antonio Tadeu Martins SECRETÁRIO: Felipe Bedran PRESIDENTE COA: Adelson Barbosa de Oliveira VICE-PRESIDENTE COA: Ligia Maria Lima Andreatta PRESIDENTE CONOGE: Stephanie Alderete Feres Teixeira VICE-PRESIDENTE CONOGE: Thales Wilson Cardoso PRESIDENTE COCI: Maria Elizabete Carneiro de Saba VICE-PRESIDENTE COCI: Silvio Antonio dos Santos Pereira PRESIDENTE COFI: Reinaldo Brito Dias SECRETÁRIO: Ricardo César dos Reis PRESIDENTE CODEL: Ueide Fernando Fontana SECRETÁRIO: Waldyr Romão Júnior PRESIDENTE CEAP’S: Liris Silmar Jacintho Pereira VICE-PRESIDENTE CEAP’S: Richard Bulara Esper Kallas SECRETÁRIA: Ilka Maria Pantaleão Silveira Bonachella DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE COMPRAS E COTAÇÕES DE PREÇOS: Paulo Vianna Mesquita DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO: André Callegari DIRETOR DA REVISTA DA APCD: Marcelo Bönecker DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE CONGRESSOS E FEIRAS: Pedro Antonio Fernandes DIRETOR DA EAP: Artur Cerri DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ESPORTES: Cláudio Darcie DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAúDE: Helenice Biancalana DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS GERAIS: Moacyr Natale Macedo DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE DEFESA DE CLASSE: João Augusto Sant’Anna DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Everaldo Alves Nazareth Junior DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO: Luiz Lincoln Cristino Costa DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE TURISMO: Silvia Sugaya DIRETORA DO DEPARTAMENTO SOCIAL E CULTURAL: Claudia Verônica Teizen ASSESSORA DA PRESIDÊNCIA: Ilka Maria Pantaleão Silveira Bonachella ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA: Nilden Carlos Alves Cardoso ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA: Airton Gottardo ASSESSORA DA PRESIDÊNCIA: Maria Cristina Dumit Sewell ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA: Bráz Antunes Mattos Neto CONSULTOR DA PRESIDÊNCIA: Alcides de Souza CONSULTOR DA PRESIDÊNCIA: Admar Kfouri CONSULTOR DA PRESIDÊNCIA: Luiz Antonio Zamuner CONSULTOR DA PRESIDÊNCIA: Heber Luis Nogueira Fontão

Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas

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Dia a dia em notícia08. Novos biomateriais são desenvolvidos com objetivo de regenerar o osso em casos de implantes

09. Pesquisa aponta alta ocorrência de DTM em portadores de Fibromialgia

10. Acidentes com perfurocortantes: especialistas alertam sobre autocuidado e a necessidade de notificação ao Ministério da Saúde

12. Estudo sugere que indivíduos com asma têm mais riscos de desenvolver cárie

14. 3x4: Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, o APCD Jornal entrevista a Cirurgiã-Dentista que tem se destacado em diversos projetos de saúde pública e bem-estar da população

16. Universalizar tratamentos é objetivo dos Centros de Especialidades Odontológicas

18. Pesquisadores afirmam que consumo excessivo do açúcar é tão prejudicial quanto o de cigarros e de álcool

19. Comportamento: Traços marcantes da personalidade podem estar ligados à obesidade

22. Orientando o clínico: Moldagem em Prótese Fixa

Fique por dentro da APCD23. Comercialização do CIOSP 2013 – Venha participar desse evento diferente de tudo o que você já viu!

24. Dados estatísticos do 30º CIOSP comprovam sucesso do evento

25. Teatro da APCD terá programação cultural e entra no circuito comercial da cidade

26. Coluna do Centenário da APCD: Ato Religioso em Ação de Graças aos 100 anos da APCD

27. Confira as conferências programadas pelo Conselho Científico da APCD para o mês de março

28. Informe da Diretoria

29. Notícias da ABCD

Cursos e Carreira30. EAP APCD

32. Notícias da EAP

Lançamentos34. Confira as últimas novidades das empresas do setor

Acontece35. VII Confraternização da Macro 11 em Ilha Grande

Cultura e Lazer36. Crônica: “No princípio éramos apenas parte de Adão - a Costela”

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APCD Jornal - Março 2012 7

Palavra do PresidenteAdriano Albano Forghieri

EXPEDIENTE Diretor de ComunicaçãoAndré Callegari

Corpo EditorialDaniela Berci Luiz, Daniel Nuciatelli Pinto de Mello, Adelson Barbosa de Oliveira, Marco Antônio Manfredini, Maria Isabel Rodrigues, Maria Lucia Z. Varellis, Mário Botura, Mauricio Querido, Miguel Haddad, Patrícia L. Amélia Alpiovezza, Vitor Ribeiro, Victor Clavijo, Thales Wilson Cardoso, Wilson Chediek

Coordenadora de Comunicação eJornalista ResponsávelBruna Oliveira (Mtb. 46.263)

Edição de Arte e Projeto GráficoThiago Lemos

Editor de ArteBruno Lopes

Assistente de CriaçãoJuliana Nunes da Costa

JornalistasMariana Ramos Pantano (Mtb. 62.558)Swellyn França (Mtb. 45.564)

RedaçãoRua Voluntários da Pátria, 547 - San tanaCEP: 02011-000 - São Paulo - SPTel.: (11) 2223-2553E-mail: [email protected]

Atendimento ao AssociadoTels.: (11) 2223-2369 / 2370 / 2371

Impresso na Plural Indústria Gráfica

PublicidadeComercial APCDTels.: (11) 2223-2332E-mail: [email protected]

Periodicidade: Mensal Tiragem nacional: 170 mil exemplares

As matérias publicadas passam pelo aval técnico do Corpo Editorial. O APCD Jornal é um órgão informativo da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, entidade de utilidade pública pela lei no 1.051 de 12 de junho de 1951, e registrada no Conselho Nacional de Serviço Social, sob no 91.315, em 12 de junho de 1960.

Aviso - As opi niões expres sas nas maté rias publi ca das no APCD Jornal são de res pon sa bi li da de de seus au to res, e não refle tem, neces sa ria men te, as da dire to ria da APCD, dos edi to res e dos anun cian tes, poden do, inclu si ve, ser con trá rias ̀ as dos mes mos. É proi bi da a repro du ção total ou par cial de maté rias publi ca das neste jor nal por qual quer meio, sem auto ri za ção expres sa, por escri to, da reda ção, de acor do com o que dis põe a lei 5.988, de 14/12/73. A repro du ção deve ser soli ci ta da aos jornalistas-editores, para nego cia ção da venda dos direi tos de publi ca ção. A APCD não tem qual quer res pon sa bi li da de pelos ser vi ços e pro du tos das empre sas anun cia dos em seu jor nal. Todos os pro du tos e ser vi ços estão sujei tos às nor mas do mer ca do, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR - Conselho Nacional de Au to-Re gula mentação Publicitária. Serviços noti cio sos: AUN - Agência Universitária de Notícias (USP).

Fale com o presidente da APCD pelo canal direto: [email protected]

Siga-me no Twitter:@adrianoforghier

Mínimo articulador comum da humanidadeEm visitas a várias instituições, nos deparamos

com uma singularidade em comum: o indivíduo de-sejando ser maior do que a própria instituição. Essa atitude, própria da pessoa egocêntrica, tem que ser diariamente policiada para não prejudicar a entidade ou até mesmo correr o risco de destruí-la.

Antonio Prata, brilhante articulista, deduziu o ‘Mínimo articulador comum da humanidade’, na crônica “As unhas dos pés”, publicada na editoria Cotidiano, do jornal Folha de S. Paulo, no dia 6 de abril de 2011:

Li a história em algum lugar: toda vez que o poderoso general romano conquistava uma cida-de e, parado no alto de uma colina, contemplava a extensão de seus domínios, vinha o subordi-nado para lhe cochichar no ouvido: “General, és baixo, gordo e calvo”. O sussurro impedia que a glória subisse à cabeça - ou à careca - do militar, trazendo-o de volta às solas de suas sandálias, à sua risível condição humana: frágil e decadente.

Eu também tenho, instalado dentro da minha cabeça, um desses assessores. Não para me res-gatar dos píncaros da glória - no meu caso, meros calombos na planície do dia a dia, dos quais os espelhos, o senso de ridículo e o passar das horas encarregam-se de me trazer de volta-, mas para rebaixar outros, a quem tendo a ver como dema-siadamente poderosos, às suas chãs humanida-des. Eis o sussurro, capaz de transformar qualquer herói, celebridade ou tirano no mais comum dos mortais: "Imagine-os cortando as unhas dos pés".

É este o mínimo denominador comum da hu-manidade: Obama corta as unhas dos pés, Pené-lope Cruz corta as unhas dos pés, Jesus, na glória de seu ministério e Hitler, no auge de seu poderio, cortavam as unhas dos pés. Eles podem comer com talheres de prata, aparentar serem feitos de outro material, andar sobre as águas ou conquis-tar Paris, mas numa hora morta, encolhidos no banheiro ou no quarto, se verão sozinhos, segu-rando os pedacinhos de unha na mão em concha, ou depositando-os sobre a capa de uma revista, aberta no chão -assim como eu, você, o Jair Bol-sonaro, a Preta Gil, a tia Lurdes, de Araraquara.

Só há um momento na vida mais ínfimo do que ao cortar as unhas dos pés: quando nos pre-ocupamos em cortar as unhas dos pés. Imagino Obama, antes de vir ao Brasil, no meio de uma reunião. Um militar lhe pergunta: "Presidente, ini-ciamos os bombardeios na Líbia?". Barack demora a responder. Está com a cabeça em outro lugar:

"O hotel lá no Rio é em frente à praia. Talvez eu consiga dar um mergulho. Mas... Humpf... Minhas unhas dos pés estão grandes. Será que corto hoje à noite? Ou amanhã, no Air Force One, quando a Michelle a as meninas estiverem dormindo?".

Talvez as unhas dos pés sejam um castigo di-vino. Ao expulsar-nos do Éden, além de condenar o homem a comer o pão com o suor do próprio rosto e a mulher a sofrer as dores do parto, rogou-nos a seguinte praga, perdida em alguma tradução do Antigo Testamento: "E por tua insolência porei na última fronteira de tua carne pequenas lâminas, às quais terás que aparar até que o derradeiro sopro se esgote em tuas narinas; e ao podá-las, curvado sobre o teu corpo frágil, contemplarás o pó do qual viestes, o pó ao qual voltarás, e lembrar-te-á de tua pequenez, oh, arrogante nulidade!".

Dizem que, mesmo nos mortos, quando postos em formol, as unhas continuam a cres-cer. Uma última ironia divina, quem sabe? O ho-mem, único ponto em que o universo se percebe a si mesmo, apaga-se: aquelas ignaras células de queratina, contudo, continuam seu movimento, lento e inútil, em direção aos céus.

Pois é, general: ainda que fosses alto, magro e cabeludo, serias mais frágil que as unhas dos teus pés. Que coisa, não?

Um dos fatores para que as nossas institui-ções se fortaleçam dia após dia é o cuidado com as nossas atitudes. A instituição sempre deve ser mais importante do que o indivíduo.

CongressoA repercussão positiva do 30º CIOSP conti-

nua. São inúmeros registros de todos os setores da Odontologia parabenizando pelo sucesso al-cançado. As estatísticas são surpreendentes e com certeza nos trazem mais responsabilidade na or-ganização dos futuros congressos. Pensando em organização, a APCD já lançou o próximo congres-so a ser realizado em 2013, e já está trabalhando para iniciar a organização do congresso de 2014.

Muitas surpresas serão divulgadas. Aguardem!

Dia Internacional da MulherO Dia Internacional da Mulher, 8 de março, está

intimamente ligado aos movimentos feministas que buscavam mais dignidade para as mulheres e socieda-des mais justas e igualitárias. É a partir da Revolução Industrial, em 1789, que estas reivindicações tomam maior representatividade com a exigência de melhores

condições de trabalho, acesso à cultura e igualdade en-tre os sexos. As operárias desta época eram submetidas a um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais.

Dentro deste contexto, 129 tecelãs da fábrica de tecidos Cotton, em Nova Iorque, decidiram para-lisar seus trabalhos, reivindicando o direito à jornada de 10 horas. Era 8 de março de 1857, data da primeira greve norte-americana conduzida somente por mu-lheres. A polícia reprimiu violentamente a manifes-tação fazendo com que as operárias refugiassem-se dentro da fábrica. Os donos da empresa, junto com os policiais, trancaram-nas no local e atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs. Absurdo!

Em 1910, durante a II Conferência Interna-cional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher em homenagem às operá-rias de Nova Iorque. A partir de então, esta data co-meçou a ser comemorada no mundo inteiro como homenagem as mulheres. Uma justa homenagem aprovada no século passado.

Li em algum lugar o seguinte: “Mulher, você que busca no dia a dia sua independência, sua liberdade, sua identidade própria; você que luta profissional e emocionalmente para ser valorizada e compreendida; você que a cada momento tenta ser a companheira, a amiga, a ‘rainha do lar’; você que batalha incansa-velmente por seus próprios direitos e também por um mundo mais justo e por uma sociedade sem violên-cias; você que resiste aos sarcasmos daqueles que a chamam, pejorativamente, de feminista liberal e que já ocupa um espaço na fábrica, na escola, na empre-sa e na política; você que tem a capacidade de gerar outro ser, tem também o dever de gerar alternativas para que a sua ação criadora, realmente ajude outras mulheres a conquistarem a liberdade de Ser”. Viva as MULHERES, sem vocês não somos nada. Parabéns!

Um forte abraço,Adriano Albano Forghieri

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APCD Jornal - Março 20128

Dia a dia em notícia Asma

Indivíduos asmáticos podem ter mais chances de desenvolver cáriePágina 12

3x4No mês internacional da mulher, o APCD Jornal entrevista a Cirurgiã-Dentista Helenice BiancalanaPágina 14

AçúcarConsumo excessivo do alimento é prejudicial à saúdePágina 18

Novos biomateriais são desenvolvidos com objetivo de regenerar o osso em casos de implantes

Cerâmicas e celulose são materiais capazes

de regenerar a camada perdida

Por Mariana Pantano

Pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo novos bio-materiais que podem ser usados para aplicação nas áreas médica e odontológica. Essa nova abor-dagem terapêutica faz ligações com o tecido celular e auxilia na formação dos vasos sanguíneos e na rápida recuperação do osso.

Entre esses materiais, uma membrana feita a partir da celu-lose produzida por bactérias que traz em sua composição peptídeos (pedaços de proteínas) sintetizados em laboratório, capaz de estimu-lar processos que melhoram a re-paração óssea, além de elementos constituintes dos ossos como o colágeno e a hidroxiapatita (com-posto sintético na forma de micro-esferas suspensas em gel aquoso).

O material composto à base de celulose bacteriana e desenvolvido na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara, no interior paulista, pode ser usado em im-plantes dentários em casos em que não há osso suficiente para coloca-ção do pino de suporte ou em pro-cessos de extração de dente que re-sulta em encolhimento do osso. O professor do Instituto de Química, coordenador do projeto e líder de um grupo de pesquisa de Síntese, Estrutura e Aplicações de Peptídeos e Proteínas na Unesp de Araraqua-ra, Reinaldo Marchetto, conta que a ideia dessa pesquisa surgiu com a chegada da Cirurgiã-Dentista, Sybele Saska, no grupo, que bus-cava aperfeiçoamento acadêmico na área de Biotecnologia. “A es-tudante trouxe-nos um problema: desenvolver membranas reabsorví-

veis para Regeneração Óssea Guia-da (ROG), que fosse de baixo custo e com a capacidade de promover a regeneração do tecido ósseo em menor tempo, preferencialmente que fosse reabsorvível, de modo a se evitar uma segunda intervenção cirúrgica para sua remoção.”

Marchetto explica que o gru-po de pesquisa já vinha atuando em colaboração com o grupo de materiais fotônicos do Instituto de Química da Unesp, para incor-poração de antibióticos em lentes produzidas a partir de celulose bacteriana. Com a experiência deste grupo na produção e carac-terização deste polímero, decidiu--se por utilizá-lo como base para o desenvolvimento de compósitos.

Dessa forma, o trabalho teve inicio com a obtenção da celu-lose bacteriana, sintetizada pela bactéria Glucanobacter xylinus a partir de um meio de cultura contendo glicose, aminoácidos, extrato de levedura e sais, por um período de 120 horas a 28°C. Quando a celulose, formada en-tre o meio e a superfície, tinha a espessura de cinco milímetros, retirava-se para um tratamento químico e posterior esterilização.

O professor salienta que após a obtenção das amostras de celu-lose, adicionava-se colágeno tipo I, hidroxiapatita e peptídeos regu-ladores de fatores de crescimento ósseo (OGP e OGP 10-14), na ten-tativa de gerar biomateriais com propriedades próximas àquelas do tecido ósseo. “Foram realizados di-versos estudos físico-químicos para melhor compreensão da interação do colágeno e cristais de hidroxia-patita à celulose bacteriana, dentre eles podemos citar: Microscopia eletrônica de Varredura (MEV), Di-fratometria de Raios X (DRX), FTIR, Raman, RMN, análise termogravi-métrica, intumescimento, ângulo de contato, ensaios mecânicos de resistência a tração, entre outros.”

O pesquisador salienta que peptídeos OGP e OGP 10-14 fo-ram sintetizados quimicamente, purificados e caracterizados para finalmente serem incorporados por adsorção; um estudo final de liberação controlada foi execu-tado por Espectroscopia de Fluo-rescência. “Com os materiais em mãos, ensaio in vitro já foi reali-zado. A principio a nova matéria poderá ser utilizada na Odonto-logia para reposição de tecido ósseo para colocação de implante dentário e nos casos de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial.”

Para realização dos testes in vi-tro, cultura de células osteogênicas foi empregada através das análises de adesão e morfologia celular por medidas de fluorescência direta, proliferação e viabilidade celular, atividade de fosfatase alcalina (ALP) e formação de matriz mine-ralizada. “Resumidamente, a pre-sença dos peptídeos OGP e OGP 10-14, conferiram aos compósitos, propriedades osteoindutivas. Com os peptídeos, o material compósito mostrou maior proliferação celular (aumento no número de células aderidas à membrana, quando comparado com as membranas sem os mesmos. Estes favorece-ram o processo de mineralização - maior atividade de ALP). As célu-las crescidas nas membranas con-tendo peptídeos estavam aderidas e espraiadas e em grande número, mostrando que os dois peptídeos influenciam na proliferação celular (células osteoblásticas). Foi obser-vado um maior número de nódulos de mineralização em cultivos cres-cidos sobre membranas contendo os peptídeos”, destaca o professor.

Reinaldo salienta que os es-tudos continuam. “Após liberação para ensaios em humanos, espera--se concluí-los o mais rápido pos-sível, para que o produto seja uti-lizado comercialmente de modo a atingir os nosso principal objetivo

que é beneficiar a sociedade.”A pesquisa foi feita de forma

multidisciplinar e contou com a participação de diversos pesquisa-dores com formações e campos de atuações distintos, sem os quais as chances de sucesso seriam muito pequenas. “Além disso, vale destacar a dedicação integral da Cirurgiã--Dentista e, agora, doutora em Bio-tecnologia Sybele Saska, que teve uma atuação intensa e decisiva nos resultados obtidos. O trabalho foi apresentado na 88ª IADR - In-ternational Association for Dental Research General Session, em julho de 2010, na cidade de Barcelona-Es-panha, e a orientada recebeu o Prê-mio IADR - Heraeus Travel Award in Dental Materials”, finaliza.

Vidro Bioativo

Um outro biomaterial, que foi desenvolvido na Universidade Fe-deral de Minas Gerais (UFMG) pela professora do Instituto de Ciências Exatas da UFMG, coordenadora do projeto e sócia da Ceelbio – Cerâ-micas Eletrônicas e Biológicas, que tem participado de vários eventos a fim de facilitar a inserção dos pro-dutos no mercado, Rosana Domin-gues, é um vidro bioativo composto por sílica, cálcio e fósforo, indicado inicialmente para recuperação ós-sea em implantes dentários.

Rosana explica que o grupo trabalha com materiais cerâmicos especiais, com fins eletroquímicos e biológicos desde o fim da década de 1980. “Após um trabalho de dou-torado na área de materiais com-pósitos implantáveis e substitutos ósseos a base de zircônia e hidroxia-patita, desenvolvido na UFMG sob minha orientação, continuamos a estudar este tipo de material e em 2000 fiz um pós-doutorado na Fló-rida na área de biovidros. Desde en-tão trabalhamos com composições, morfologias e aplicações diversas usando esses materiais.”

Esse biovidro traz como ino-vação o processo de síntese à tem-peratura ambiente. Além de gastar menos energia, o processo permite a incorporação de fármacos com liberação controlada e ação loca-

lizada. Rosana explica que “o material po-derá ser usado como substituto ósseo em cirurgias nas quais o paciente necessite de implantes, mas não possui tecido ósseo suficiente para a co-locação dos pinos que darão suporte ao futuro implante. Ou-tras aplicações são o recobrimento de pe-ças metálicas visando torná-las bioativas a fim de acelerar a os-

teointegração das mesmas.”A pesquisadora detalha que

os estudos in vitro foram feitos em colaboração com outros pro-fessores da UFMG e estão repor-tados em trabalhos publicados em revistas de renome internacional. “Os testes avaliaram a viabilidade celular, a proliferação e metabo-lismo da atividade metabólica de osteoblastos em culturas primárias usando camundongos”, finaliza. n

Fonte: Pesquisa On-line Fapesp

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Uma das etapas de fabricação do vidro bioativo contendo fármacos

Page 9: Março de 2012 Ano 46 - N°659

APCD Jornal - Março 2012 9

Por Swellyn França

Em sua dissertação de mes-trado apresentada na Faculdade de Odontologia de Piracicaba FOP-Unicamp - “Características de disfunção temporomandi-bular e qualidade do sono em portadores de fibromialgia” -, a Cirurgiã-Dentista, mestre e dou-toranda em Clínica Odontológica pela PUC, Marcele Jardim Pimen-tel, verificou alta prevalência (77,5%) de Disfunção Temporo-mandibular (DTM) nas mulheres diagnosticadas com fibromialgia em tratamento no Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/SP).

Segundo Marcele, esse com-prometimento foi classificado, de acordo com o instrumento utiliza-do (RDC/TMD), como dor miofas-cial. “Essa dor é de caráter muscular e pode sim ser decorrente do com-prometimento muscular causado pela síndrome, que é caracterizada por dor muscular generalizada em pelo menos 11 pontos específicos dos 18 pontos pré-determinados distribuídos da nuca às pernas. Embora não haja pontos na face para o diagnóstico da síndrome, a dor facial esteve presente em 85% dos casos”, conta.

O médico neurocirurgião es-pecializado em fibromialgia e em tratamentos de dor aliada à neurocirurgia funcional, Claudio Fernandes Corrêa, explica que a fibromialgia (FM) é uma síndro-me reumática caracterizada por quadros de dor intensa e genera-lizada, fadiga, indisposição geral, distúrbio do sono, sensações pa-restésicas, edema subjetivo e com intensificação da dor à pressão dos pontos musculares sensíveis. “A prevalência mundial de pacientes fibromiálgicos é de 2% da popu-lação. A prevalência na população feminina é de 6 a 10:1 homem afe-tado, sendo mais comum na faixa de 30 a 50 anos de idade. Fatores genéticos justificam esta prevalên-cia, ao menos no presente”, conta.

Pesquisa aponta alta ocorrência de DTM em portadores de Fibromialgia

Cirurgião-Dentista pode auxiliar no controle das dores faciais de pacientes com a doença e,

também, deve encaminhá-los a outros profissionais para melhor orientação diagnóstica e terapêutica

Justamente por ser mais co-mum em mulheres, na mostra da pesquisa de Marcele consta em sua totalidade deste gênero. “O traba-lho é parte de um projeto temático que busca estudar esse grupo de pacientes idealizado pela profes-sora Célia Marisa Rizzatti e desen-volvido no HC/SP em associação com o Grupo de Pesquisa Avançada em Medicina do Sono. A vertente de nossa pesquisa teve como ob-jetivo estudar a associação da FM à DTM, buscando a prevalência de co-ocorrência considerada comum, caracterizando a DTM nos portado-res de FM e verificando a influência destas condições na qualidade do sono”, lembra a Cirurgiã-Dentista.

Foram selecionadas 40 por-tadoras de FM comparadas a 40 voluntárias saudáveis (livres de dor crônica). “Como se trata de um estudo clínico, este trabalho con-tribui de maneira significativa para conhecer e reunir características de dor facial em portadores de FM, visto que presença de dor na face não é considerada para o diagnós-tico da síndrome, mas esteve pre-sente em 85% das voluntárias. Foi observado que 77,5% dos porta-dores de FM foram diagnosticados com DTM e a limitação de abertu-ra bucal foi 10 vezes maior na FM que no grupo controle, mostrando a importância de um direciona-mento de tratamento específico a nível facial. A relevante influência da presença da dor crônica, de-corrente tanto da síndrome da FM como da DTM, foi na qualidade do sono observada, sendo encontrada uma alta prevalência de má quali-dade do sono dentro do grupo com FM (92,5%, sendo 37,5% das vo-luntárias também diagnosticadas com sonolência diurna excessiva). Também foi verificado que o au-mento da intensidade de dor na face está moderadamente relacio-nado à piora na qualidade do sono e chega a interferir nas atividades sociais, de lazer e trabalho nos por-tadores de FM”, relata Marcele.

De acordo com o médico es-pecialista em fibromialgia, como os músculos são o local principal da dor, os que envolvem a região tem-poromandibular não fazem exce-ção. “Muitas alterações funcionais desta importante articulação po-dem residir nos músculos e tendões envolvidos. Nessas circunstâncias, a dor relacionada com a Articulação Temporomandibular (ATM) é mais comumente causada pelo envol-vimento dessa musculatura do que da articulação em si. Um terço dos pacientes com fibromialgia tem problemas de ATM e 20% dos pa-cientes com dores na ATM são por-tadores de fibromialgia”, revela.

Tratamento multidisciplinar e multiprofissional envolve Cirurgião-DentistaA pesquisadora lembra que por

ser uma síndrome prevalente, dolo-rosa e crônica, onde o tratamento não traz a cura, mas proporciona melhorias paliativas e adaptativas, estudos dentro desse grupo de pa-cientes reúnem informações que direcionam o tratamento trazendo melhorias específicas e multidisci-plinares. “Reconhecer a presença de alterações faciais decorrentes da fibromialgia e despertar a classe odontológica para tratamento da dor facial em específico, de manei-ra paralela, pode reduzir a intensi-dade de dor e melhorar a qualidade de vida dentro desse grupo de pa-cientes”, enfatiza Marcele.

Corrêa concorda que o trata-mento do paciente fibromiálgico é multiprofissional e multidisci-plinar. “Profissionais médicos nas áreas de reumatologia e fisiatria devem ser envolvidos, procuran-

do fazer diagnóstico diferencial com outras afecções que podem cursar com sintomas similares. A área da saúde mental, envolvendo psicólogos e psiquiatras, igual-mente fazem parte do tratamen-to. Portanto, o Cirurgião-Dentista, ao excluir no diagnóstico de ATM causas próprias na articulação e considerar que o envolvimento dos músculos e tendões possam ser a causa, deve encaminhar aos profissionais acima discriminados para uma melhor orientação diag-nóstica e terapêutica”, avalia.

De outro lado, Marcele acre-dita que ao prestar atendimento à pessoa diagnosticada portadora de fibromialgia, o Cirurgião-Dentista já deve estar atento a possíveis al-terações de caráter articular, “visto que foi observado no estudo que o portador da síndrome tem 31 vezes mais chance de desenvol-ver quadros de DTM com presença de dor facial, principalmente dor

muscular e limitação de abertura bucal. Essa dor está presente du-rante os movimentos mandibula-res e é detectada à palpação.”

Ela conta que todos os grupos musculares foram significativa-mente mais doloridos, sendo uma característica importante na sín-drome. “Assim, atenção especial do clínico durante esse contato deve ser dada ao exame dos mús-culos faciais e ATM. O tratamento específico da dor facial, em pa-ralelo ao tratamento médico que envolve campo reumático e neu-rológico, pode trazer benefícios aliviando as dores faciais e dores de cabeça, comuns na síndrome. Foi observado também neste tra-balho que a dor facial chega a in-terferir nas atividades sociais e de lazer. O tratamento odontológico dentro deste contexto influencia na qualidade de vida dos porta-dores com FM como também me-lhora a capacidade de mastigação, refletindo no aspecto nutricional e enfatizando a necessidade do tratamento multidisciplinar. Por isso, acredito que este trabalho é importante para conscientizar a classe odontológica da neces-sidade do Cirurgião-Dentista no tratamento de condições que abrangem uma gama de profissio-nais e que, inicialmente o mesmo, bem como a classe médica, não está familiarizada para solicitar a integração multiprofissional re-querida nesses casos, esquecendo, assim, de dar a merecida atenção que o sistema mastigatório neces-sita”, finaliza a pesquisadora. n

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Acidentes com perfurocortantes: especialistas alertam sobre autocuidado e a necessidade de notificação ao Ministério da Saúde

Exposições perfurocortantes a material biológico podem ocasionar consequências

graves, por isso, a prevenção é o meio mais importante e

imprescindível para evitar acidentes com

esses objetos

Por Swellyn França

No que se refere aos perigos ocupacionais, os Cirurgiões-Den-tistas estão exposto a três grandes riscos: os ergonômicos, que podem resultar em doenças osteomus-culares; a exposição acidental ao mercúrio; e a exposição acidental aos materiais perfurocortantes.

Segundo a pesquisadora da Fundacentro - entidade governa-mental vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego, que atua em pesquisa científica e tecnológica relacionada à segurança e saúde dos trabalhadores -, Érica Lui Rei-nhardt, os acidentes com perfuro-cortantes são os mais conhecidos e estudados, embora não se deva ne-gligenciar os demais. “Nem todos os profissionais tomam os cuidados necessários para evitá-los. Apesar de os estudos indicarem que gran-de parte utiliza os equipamentos de proteção individual (EPIs), há pelo menos um relato de que esses

profissionais ainda mantêm atitu-des inadequadas, como reencapar agulhas, não realizar a correta hi-gienização das mãos e não fazer o descarte adequando dos materiais perfurocortantes. Outros riscos ambientais relevantes são a exposi-ção ao ruído e à vibração”, salienta.

Os tipos de patógenos que po-dem ser passados por estes instru-mentos são vírus, bactérias e pro-tozoários que infectam depois de penetrar na corrente sanguínea ou após o contato com as mucosas do profissional. A infectologista, mes-tre em Saúde Coletiva com área de concentração de epidemiologia em serviços de saúde, Luciana Te-odoro de Rezende Lara, afirma que “embora vários microrganismos

possam ser transmitidos quando ocorrem estes acidentes, existem contaminações de maior magni-tude do ponto de vista epidemio-lógico e que determinam ações de prevenção secundária imediata. Geralmente, as transmissões dos vírus da imunodeficiência humana (HIV) e das hepatites B e C são os mais enaltecidos, e para cada um desses existem recomendações de prevenção e/ou tratamento espe-cíficos”, esclarece Luciana.

As informações do manual “Exposição a Materiais Biológicos, do Ministério da Saúde”, publica-do em 2006, mostram que o risco de se contrair o HIV pela exposição ocupacional percutânea com san-gue infectado é de aproximada-mente 0,3%, e quando a exposição ocorre pela mucosa é de aproxi-madamente 0,09%. No caso de exposição ocupacional ao vírus da hepatite B, o perigo de se infectar varia de 6% a 30%, chegando até 60% dependendo do estado clínico do paciente-fonte; no caso da he-patite C, o risco é de 1,8%.

No atendimento odontológi-co, o uso de instrumentos rota-tórios e ultrassônicos favorece a ocorrência de respingos e a roti-na de trabalho com instrumentos perfurocortantes num campo res-trito de visualização eleva o ris-co de lesões percutâneas. Apesar destes dados, o perigo de o pro-fissional acidentado adquirir uma infecção por meio de um acidente com perfurocortantes depende de

fatores como extensão da lesão, volume de fluído biológico pre-sente, das condições sistêmicas do profissional, das características dos microrganismos presentes e das condições clínicas do pacien-te-fonte, bem como das condutas realizadas depois da exposição.

Segundo dados da Secretaria de Saúde da Prefeitura de São Pau-lo, dentre os acidentes de trabalho com exposição a material biológi-co, ocorridos com trabalhadores dos serviços de Saúde que foram notificados no período de 2006 a 2010 na cidade de São Paulo, 79% ocorreu em procedimentos que envolveram, de alguma forma, ma-teriais perfurocortantes, como em administração de medicamentos, punção venosa/arterial, reencape, descarte inadequado etc. O Bole-tim Epidemiológico de Aids HIV/DST e hepatites B e C do município (Ano XIV – nº 13), de junho de 2010, mostra que ocorreram 172 casos de acidentes com material biológi-co com Cirurgiões-Dentistas, o que equivale a 2,6% dos casos.

Conscientização dos profissionais e medidas de prevenção são as ferramentas mais importantes contra os acidentesA pesquisadora da Fundacen-

tro, Érica Reinhardt explica que, as primeiras medidas de prevenção devem ser aquelas relacionadas à exclusão ou isolamento do per-

furocortante. “Eliminar procedi-mentos desnecessários, adequar o número e a localização de co-letores de descarte destes instru-mentos, substituir objetos feitos de materiais potencialmente per-furocortantes como, por exemplo, vidro ou metal, por seus equiva-lentes feitos de materiais não--perfurocortantes como plástico ou borracha, e implantar os per-furocortantes com dispositivos de segurança disponíveis estão entre as primeiras providências que o profissional deve adotar. Em se-guida, o Cirurgião-Dentista deve modificar seus procedimentos de maneira a diminuir o risco. Essas ações incluem não reencapar agu-lhas utilizando as duas mãos; re-mover as brocas das canetas antes de organizá-las para o uso e sem-pre que não forem necessárias; hi-gienizar as mãos antes de colocar as luvas e após retirá-las; descar-tar adequadamente os perfuro-cortantes, imediatamente após terem sido empregados. Por fim, o profissional deve utilizar os EPIs apropriados como luvas, conjunto de óculos de proteção e máscara ou protetor facial, e vestimentas adequadas, incluindo aventais de mangas longas e calçado fechado”.

Pode influir na ocorrência de acidentes, segundo a pesquisado-ra, a forma como o trabalho está organizado, as instalações físicas etc. Além disso, a prevenção des-sas ocorrências requer vigilância, monitoramento e capacitação constantes, exigindo a implanta-ção de um programa apropriado, que deverá ser adequado ao por-te e recursos de cada estabeleci-mento. “Mais detalhes sobre essa questão podem ser encontrados no ‘Programa de prevenção de acidentes com materiais perfu-rocortantes em serviços de saúde - manual de implementação’, dis-ponível no site da Fundacentro”, comenta Érica.

A infectologista, Luciana Lara, acrescenta ainda que a maioria dos acidentes ocorridos no mundo relaciona-se a grandes jornadas de trabalho, acompanhadas ou não de carga emocional ou estres-se em alta. “Por isso, a prevenção deve ser fundamentada em ações de divulgação da sua importância e das consequências de possíveis contaminações para o profissio-nal. Após a ocorrência de exposi-

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Condutas preconizadas pelas autoridades de Saúde em caso de acidentes com perfurocortantes:

* A área deve ser lavada com água e sabão imediata-mente após o acidente;

* As mucosas devem ser la-vadas apenas com água;

* O profissional deve procu-rar assistência médica especia-lizada imediatamente, que fará a avaliação da gravidade do acidente e indicará o que deve ser feito a seguir. O encaminha-mento deverá ocorrer o mais rápido possível, para que, se in-dicada, a terapia antirretroviral se inicie preferencialmente em até 2 horas, e, no máximo, até 72 horas após o acidente;

* Nos casos em que é in-dicada a profilaxia pós-expo-sição, o acidentado receberá tratamento com antirretroviral por 28 dias além do acompa-nhamento sorológico.

“Basicamente, nesses casos as duas primeiras providências são: 1) levantar a sorologia do paciente-fonte e do acidentado o

quanto antes possível; 2) verificar se o acidentado foi vacinado para hepatite B e se é respondedor. Es-sas informações são importantes para que o médico avalie qual a melhor conduta a ser tomada, ra-zão pela qual ele também deverá ser informado no caso de recusa do paciente, de acidente com fonte desconhecida ou de falta de informações a respeito do sta-tus vacinal do acidentado. Outras informações importantes para a decisão do médico quanto à con-duta a seguir são os detalhes do acidente como o tipo de perfu-rocortante, o lugar do acidente, a profundidade do ferimento, o calibre da agulha, se for o caso, e se houve injeção de fluído, além do perfil epidemiológico do aci-dentado e do paciente-fonte, se conhecido”, explica Érica, pesqui-sadora da Fundacentro. n

Fonte: Fundacentro e Secretaria de Saúde da Prefeitura de São Paulo

ção a material biológico, deve-se atentar para a procura de assis-tência especializada do médico in-fectologista para que as medidas de prevenção secundárias possam ser iniciadas”, reforça.

Especificamente em rela-ção à hepatite B, Luciana afirma que é recomendada a vacinação de todo profissional da área da saúde, com o esquema de três doses da vacina. “Deve-se con-siderar que aqueles profissionais que iniciaram o esquema vacinal e não tiveram a oportunidade de conclui-lo, não têm a proteção garantida e, dessa forma, devem completar o esquema vacinal o mais breve possível. Exposições de profissionais que não sejam vacinados ou que não tenham completado o esquema de três doses da vacina deverão ser avaliadas quanto à indicação de imunização ativa com imunoglo-bulina (HBIG). Já no que se refere ao HIV, a prevenção após expo-sições consiste, em alguns casos, na administração de medicamen-tos antirretrovirais. Estes, quando devidamente indicados, deverão ser administrados por via oral,

no prazo máximo de duas horas após a exposição. Serviços espe-cializados em todo o país estão habilitados a receber os profis-sionais que tenham sido expostos à doença, para avaliação da indi-cação da terapia antirretroviral. Por fim, em relação à hepatite C salientamos que a maior preven-ção é a primária, pois não temos até o momento vacina para essa doença e uma vez ocorrida a exposição é necessário o acom-panhamento especializado. Caso seja evidenciada a contaminação pelo vírus C, avalia-se a indicação de tratamento”, elucida Luciana.

Outra vacina importante é a contra o tétano, pois a doença também pode ser transmitida por via sanguínea.

Notificações podem ajudar em es-tratégias de prevençãoTodos os acidentes com per-

furocortantes devem ser notifi-cados por meio da ficha de no-tificação de acidente de trabalho com exposição a material bioló-gico do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Si-

nan), padronizada pelo Ministé-rio da Saúde. Além disso, deve-se abrir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para todos os acidentes, mas somente aos aci-dentados contratados conforme a CLT (Consolidação das Leis Tra-balhistas) poderão usufruir os be-nefícios previdenciários obtidos por meio desse documento. Tanto a ficha de notificação de aciden-tes do Sinan quanto a do CAT devem ser preenchidas pelo es-tabelecimento de saúde contra-tante, que precisa providenciar o encaminhamento do documento e do profissional acidentado para assistência médica.

Também é importante que o profissional autônomo aci-dentado procure diretamente as unidades de saúde para atendi-mento e notificação do acidente. Além de ser importante para o acompanhamento da saúde des-te indivíduo, fazer a notificação também pode ajudar na elabora-ção de estratégias de atuação nas áreas de promoção e prevenção, controlando e enfrentando os problemas de saúde coletiva, re-lacionados com o trabalho. n

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Estudo sugere que indivíduos com asma têm mais riscos de desenvolver cárie

Para especialistas, diversos fatores estão

ligados à doença bucal, por isso, é fundamental manter uma higiene oral

adequada e realizar acompanhamento

odontológico

Por Mariana Pantano

A asma brônquica é uma doen-ça pulmonar caracterizada pela

inflamação crônica das vias aéreas, o que determina o seu estreitamento e causa a di-ficuldade respiratória. Como tubos que dão passagem ao ar, as vias aéreas se iniciam no nariz, continuam como nasofaringe e larin-ge (cordas vocais) e, no pescoço, tornam-se um canal largo e único chamado traqueia. O estreitamento pode ocorrer em decor-rência da exposição a diferentes fatores desencadeantes. Contudo, esta obstrução à passagem de ar pode ser revertida esponta-neamente ou com uso de medicações.

De uma maneira resumida, as classes de medicamentos que têm sido utilizadas para tratar a asma são: os broncodilatadores, que como o nome diz dilata os brônquios (vias aéreas) quando o asmático está com falta de ar, chiado no peito ou crise de tosse. Uns apresentam efeito curto e são usados con-forme a necessidade e outros prolongado (que dura até 12h); e os antiinflamatórios, usados em quase todos os asmáticos para

combater a inflamação. Só não são utiliza-dos pelos pacientes com asma leve inter-mitente (que têm sintomas esporádicos). Tais medicamentos são ministrados com o intuito de prevenir as irritações causadas pela doença ou minimizá-las e aumentar o tempo livre entre uma crise e outra.

Uma pesquisa de dezembro de 2010 da Sahlgrenska Academy, vinculada à Uni-versidade de Gotemburgo, na Suécia, reve-la que asma e cárie dentária podem ser um golpe duplo. A higienista dental e pesqui-sadora Malin Stensson comparou pacien-tes com e sem asma com 3, 6, 12 a 16 e 18 a 24 anos de idade. No primeiro estudo, com as crianças de três anos que tinham asma, foi verificado que elas apresentavam mais cárie do que as crianças de mesma idade que não tinham asma. Essas crianças pesquisadas foram acompanhadas até os seis anos e os dados mostraram que aque-las com asma desenvolveram mais cárie nesse período do que as sem asma.

Outros estudos compararam adolescen-tes com idades de 12 a 16 anos e consta-taram que aqueles com asma de moderada a severa e de longa duração apresentavam mais lesões de cárie do que os jovens sem asma. O grupo com asma ainda apresentou mais doença gengival. Os adultos jovens com asma estudados nas idades entre 18 e 24 anos também exibiram índices mais altos de cárie, embora as diferenças entre os ho-mólogos sem asma não fossem tão notáveis.

O presidente da Comissão de Doen-ças Ambientais e Ocupacionais da Socie-dade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), Ubiratan de Paula Santos, afirma que muitos trabalhos mostram que crian-

ças com asma tem um risco aumentado de desenvolver a doença cárie, tanto em den-tes decíduos quanto em dentição perma-nente. “Uma das explicações para isso é a má-formação bronquial crônica que causa certa mudança no Ph e acidez na mucosa oral, aliado aos corticoides presentes nos medicamentos que facilitam a ocorrência de cárie nesses indivíduos asmáticos.

A professora da disciplina de Odonto-pediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fousp), Maria-na Minatel Braga, explica que diferentes estudos que investigam a associação en-tre cárie e asma têm mostrado que, basi-camente, essa relação pode ser devido às substâncias, especialmente, as inaladas, para tratamento da asma, “pois esses remé-dios parecem reduzir o fluxo salivar, o que, por conseguinte, culminaria na redução da capacidade tampão da saliva e menor atu-ação da mesma no processo de desminera-lização versus remineralização. Há, ainda, pesquisas que mostram que a quantidade utilizada desse tipo de medicamento pode estar associada à prevalência de cárie”.

Mariana afirma também que se espe-cula a participação da imunoglobulina A no processo de desmineralização e reminerali-zação, já que a substância pode estar rela-cionada tanto à prevalência de cárie como de asma. “Entretanto, o mecanismo exato pelo qual se explica e se fundamenta essa relação são ainda sombrios e mais estudos de acompanhamento e monitoramento desses pacientes devem ser conduzidos para esclarecer possíveis hipóteses levantadas.”

Apesar dos medicamentos antiasmá-ticos parecerem predispor à ocorrência da doença cárie, é importante ressaltar que só vai se desenvolver se houver um dese-quilíbrio dos demais fatores envolvidos na etiologia. “Assim, mesmo havendo redução do fluxo salivar e da capacidade tampão,

se houver por parte do paciente (ou seus cuidadores/responsáveis) a preocupação em controlar a frequência do consumo de sa-carose e, principalmente, em desorganizar o biofilme, por meio da escovação e do uso do fio, certamente, a doença não ocorrerá. O fato de algo aumentar a predisposição à do-ença, não é uma sentença de que a própria ocorrerá, mas sim um alerta de que esses pa-cientes com fluxo salivar reduzido merecem maior atenção por parte do profissional. Com o controle da higiene, mesmo asmáti-co e tomando medicamentos que reduzam o fluxo salivar, o paciente pode permanecer toda a vida, com essa mesma condição sistê-mica e sem cárie”, destaca a professora.

A Odontopediatra acredita que é im-portante que os profissionais se atentem para algumas alterações sistêmicas, como a asma, que podem estar relacionadas a redução de fluxo salivar ou outras altera-ções que predisponha à cárie. “O fluxo sa-livar está representado entre os diagramas de fatores etiológicos da cárie dentária e é o parâmetro salivar mais fortemente as-sociado com a predisposição à doença. Te-mos como exemplo não apenas os casos de asma, mas de cárie de radiação (associadas com danos das glândulas salivares por ra-dioterapia de cabeça e pescoço) e também doenças que acometam as glândulas sali-vares como, por exemplo, Síndrome de Sjö-gren. Essas alterações, assim como a asma, predispõe à doença cárie e a importância de seu reconhecimento é justamente enfa-tizar a necessidade de outros fatores etio-lógicos, principalmente, a higiene bucal. Por isso, a necessidade da participação do Cirurgião-Dentista nesse interim”, finaliza.

O pneumologista alerta que os profis-sionais de saúde devem ficar mais atentos à saúde dos pacientes asmáticos e os próprios Cirurgiões-Dentistas devem fazer alerta maior para a higiene oral nesses indivíduos. n

Especialistas acreditam que um dos fatores que predispõe o surgimento da doença cárie são os medicamentos usados por indivíduos asmáticos

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Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, o APCD Jornal entrevista a Cirurgiã-Dentista que tem se destacado em

diversos projetos de saúde pública e bem-estar da população

Por Mariana Pantano

O livro “Perfil Atual e Tendências do Cirur-

gião-Dentista Brasileiro”, das au-toras Maria Celeste Morita, Ana Estela Haddad e Maria Ercília de Araújo, revela que as mulheres são maioria na profissão em 25 dos 27 estados brasileiros. Há 40 anos elas eram 10% do total, hoje esse percentual é de 56%. A feminilização já é um fenômeno geral na área da saúde.

Há algum tempo, as mulhe-res vem conquistando um papel relevante nas funções que ocu-pam e se tornaram essenciais tanto no âmbito familiar quanto nas empresas. Muitas se destaca-ram e fizeram história no mun-do como, por exemplo, a estilista Coco Chanel que, no início do século XX, revolucionou o mun-do da moda pela audácia e ou-sadia do seu estilo; Diana Francês Spencer, a Lady Diana, casada com o Príncipe Charles da Ingla-terra, destacou-se mundialmente pelo seu trabalho humanitário e pela simpatia e simplicidade; Zil-da Arns, médica e sanitarista bra-sileira, foi indicada três vezes ao Prêmio Nobel da paz, e também fundou a Pastoral da Criança, ligada à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em 2010, morreu em missão huma-

Diretora do Departamento de Prevenção da APCD, Helenice Biancalana relata sua história e dedicação pela Odontologia

nitária na cidade Porto Príncipe.Em um dos seus discursos Zilda

Arns disse “...sabemos que a força propulsora da transformação social está na prática do maior de todos os mandamentos da Lei de Deus: o amor, expressado na solidarie-dade fraterna, é capaz de mover montanhas. ‘Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos’ significa trabalhar pela inclusão social, fruto da Jus-tiça; significa não ter preconceitos, aplicar nossos melhores talentos em favor da vida plena, priorita-riamente daqueles que mais neces-sitam.” Essa frase se encaixa per-feitamente no trabalho realizado pela Cirurgiã-Dentista e Diretora do Departamento de Prevenção da APCD, Helenice Biancalana, que tem se destacado em diversos pro-jetos em prol da saúde pública.

Nesse mês, em que é ce-lebrado o Dia Internacional da Mulher - 8 de março -, o APCD Jornal entrevistou Helenice para saber um pouco sobre o seu amor pela profissão e também sobre a importância do seu papel na Odontologia, uma vez que está à frente de projetos importan-tes como o OdontoComunidade, Saúde Coletiva e Encontro de Coordenadores de Saúde Bucal, que tem como objetivo promover uma saúde de qualidade para a população. Confira:

APCD Jornal - Ao longo da sua carreira, você obteve muitas conquistas. Conte-nos um pou-co sobre sua história.

Helenice Biancalana - A mi-nha história é muito semelhante à de todos os colegas da minha geração. Sou filha de pai, cuja profissão era mecânico e minha mãe cuidava bravamente de qua-tro filhos. O maior objetivo deles era que todos nós estudássemos, já que eles não puderam fazer o mesmo. Tínhamos muitas dificul-dades financeiras, por isso, querí-amos estudar, trabalhar e melho-rar a vida de toda a nossa família.

Já durante a faculdade, sempre estive envolvida em atividades aca-dêmicas, fui membro da Comissão Organizadora da 1ª Jornada Aca-dêmica da FOUMC (Faculdade de Odontologia da Universidade de Mogi das Cruzes), participei e de-senvolvi projetos de prevenção nas ações do Projeto Rondon Regional em São Paulo, em Instituições As-sistenciais e fiquei 40 dias em São João do Piauí, no Piauí, pelo Projeto Rondon Nacional; naquela época ia e vinha de ônibus, mas foi uma experiência incrível, em que, muito jovem, me deparei com uma reali-dade ainda desconhecida por mim, porém com o pouco que sabia, tive de ter iniciativa, estudar e ava-liar as comunidades ali da região, implantar e desenvolver ações de

educação, prevenção e tratamen-tos curativos com restaurações e exodontias. Talvez tenha sido a pri-meira conquista dentro da minha carreira, e descobri que Deus havia conduzido o meu caminho em di-reção à profissão que me faria feliz.

Depois me especializei em Odontopediatria e em Ortopedia Funcional dos Maxilares, durante esses 30 anos de carreira é a mi-nha área de dedicação clínica e acadêmica. O mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente co-roou a oportunidade de trabalhar interagindo com todas as especia-lidades da ciência da Saúde, ine-rentes para o diagnóstico e para o

tratamento da criança e do ado-lescente, integrando conhecimen-tos para o benefício da Odontope-diatria, foi uma grande conquista.

Foram muitas dificuldades, não há mérito sem dedicação e comprometimento, sobretudo, quando há sede de conhecimento e não temos vergonha de querer aprender sempre.

APCD Jornal - A senhora está

à frente de muitos projetos im-portantes como o Projeto Saúde Coletiva e o OdontoComunidade, e também é diretora do Depar-tamento de Prevenção da APCD. Como define a importância des-ses trabalhos para a Odontologia?

Helenice Biancalana - O Departamento de Prevenção da APCD desenvolve e executa pro-jetos de prevenção em muitos se-tores. Parcerias com Faculdades de Odontologia, Organizações Gover-namentais e Não-Governamentais, Instituições Assistenciais e, muitas outras, além de coordenar e parti-cipar ativamente do Projeto Odon-toComunidade, durante o CIOSP e tantos outros trabalhos em Comu-nidades. Sem dúvida, conto com todo o apoio da Equipe do Depar-tamento de Prevenção, sem eles o

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Departamento não existiria.O objetivo principal do OdontoCo-

munidade promovido no 30º CIOSP foi “Educar em Saúde” e avaliar a condição de saúde bucal das crianças participantes do projeto. Agora, vamos encaminhar para cada entidade um documento com infor-mações e orientações sobre a situação e necessidades de cada criança com cárie ou sem cárie, as crianças com risco de terem dor serão encaminhadas para tratamento.

O sucesso do OdontoComunidade só foi possível graças ao comprometimento dos professores de quatro faculdades de Odonto-logia junto com os Acadêmicos, dos Técnicos e Assistentes de Saúde Bucal, dos Doutores Mi-rins, dos membros da Comissão Organizadora, dos funcionários do Decofe, dos funcionários do Departamento de Prevenção e da Colgate.

O Projeto Saúde Coletiva é uma Assem-bleia de Discussões para a Saúde Pública e, durante o 30º CIOSP, os Cirurgiões-Dentistas Paulo Capel Narvai, Marco Antonio Manfredini, Paulo Frazão e Celso Zilbovícius trouxeram os coordenadores de Saúde Bucal das Secretarias Estaduais de Saúde de cinco macrorregiões do País para relatar as experiências de suas gestões, além das discussões sobre as implicações das propostas aprovadas durante a 14ª Conferên-cia Nacional de Saúde e as políticas públicas de Saúde Bucal. Entre os assuntos mais relevantes: a situação da fluoretação das águas no Brasil e

o grau da articulação entre serviços e universi-dades brasileiras. O evento foi muito produtivo e rico em propostas, o relatório final deverá ser enviados aos órgãos de competência.

Já o Encontro de Coordenadores de Saú-de Bucal, neste ano discutiu “O papel das três esferas de governo nas redes de atenção à saúde bucal”, com o objetivo principal de fa-zer um balanço das ações de saúde pública (SUS) em relação à Saúde Bucal e traçar no-vas metas e diretrizes para 2012. Assim como no Projeto Saúde Coletiva, também será en-viado um relatório final sobre o Encontro.

Todos esses trabalhos são de grande valor para a Saúde Pública e culminam com o esforço e perseverança de todos os envolvidos, somos somente um meio para que eles possam acontecer.

APCD Jornal - Qual a gratificação de liderar esses projetos que trazem tantos benefícios não só para a Odontologia como também para a saúde pública de uma maneira geral?

Helenice Biancalana – Acredito que quando estamos à frente de uma associa-ção, devemos ocupar nosso espaço e fazer um trabalho em prol da classe odontoló-gica que confia na instituição, e também reunir forças para aplicar os benefícios de pesquisa científica das especialidades, es-pecificamente a Saúde Pública, em favor

da população. Como já descrevemos antes, não fazemos nada sozinhos, somos mera-mente instrumentos à disposição para que os grandes idealizadores, pesquisadores utilizem para a evolução da ciência.

APCD Jornal - Como a senhora define

essa paixão pela Odontologia e a impor-tância de ocupar um espaço de destaque?

Helenice Biancalana – Acredito que não ocupo espaço de destaque, simples-mente faço o que minimamente precisa ser feito, me cobro frequentemente por não ter ‘tempo’ de fazer melhores realiza-ções. Como professores, sentimos que nos-so trabalho, muitas vezes, é árduo. Nossa função é informar, formar, educar, motivar, estimular; a modernidade nos faz líderes, e ser líder é ouvir, escutar, saber diagnosti-car cada aluno e fazê-lo render o máximo possível. Estamos diante de um tempo em que o amor, o carinho, a solidariedade, o afeto são tirados de cena, e em seus lu-gares entraram o egoísmo, a arrogância e as vaidades. Como lidar com isso? Só com muito amor e com muita dedicação.

Respeitar o paciente é também desper-tar sua confiança em nossa capacidade, o que nos leva a procurar fazer sempre o me-lhor, a estudar mais para atingir a excelência.

O amor que sentimos pela nossa pro-fissão enobrece, é generoso e transforma-

dor e é este sentimento que nos alimenta e nos impulsiona para o futuro.

APCD Jornal - Qual a mensagem que você deixa para as mulheres Cirurgiãs-Den-tistas no Dia Internacional da Mulher?

Helenice Biancalana – A família é o nosso grande esteio e o que realmente tem valor. É quem nos suporta e nos entende nas piores horas, assim como também com-partilha dos momentos de alegria e sucesso. Inúmeras vezes abrimos mão de horas que poderíamos passar ao lado de familiares, dos filhos e do marido para nos dedicar aos nossos estudos, apresentações, e até ab-dicar do lazer. Fizemos de nossa profissão um sacerdócio, nos aplicando seriamente e procurando sempre se atualizar para cor-responder ao que a sociedade espera de nós como profissionais. Mas sem dúvida, é o ser humano que tem o valor e é nele que reside a força e a fé que rege a nossa vida.

Desejo a todas as mulheres que sejam muito felizes e que busquem sempre os seus sonhos e ideais, porque amar é o mais sublime dos sentimentos! n

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Universalizar tratamentos é objetivo dos Centros de Especialidades Odontológicas

Trabalho de CEOs tem crescido cada vez mais e governo começa a ampliar oferta de especialidades

Por Mariana Pantano e Swellyn França

Uma das frentes de atuação da Política Nacional de Saúde Bucal - Programa Brasil Sorridente -, os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) são realidade nas diversas unidades federativas do País. Re-gionalizados, atendem a cidade sede e aos municípios de sua área de abrangência.

Por meio desses centros são ofereci-dos à população serviços de diagnóstico bucal, com ênfase na detecção do câncer de boca; Periodontia especializada; Cirur-gia Oral Menor dos Tecidos Moles e Duros; Endodontia e Atendimento a Portadores de Necessidades Especiais. Trata-se de procedimentos mínimos obrigatórios esta-belecidos pelo Ministério da Saúde para o funcionamento do CEO.

De responsabilidade das Secretarias de Saúde Estaduais e/ou Municipais, estes cen-tros são uma continuidade do trabalho re-alizado pela rede de atenção básica e pelas equipes de saúde bucal. Os profissionais da Atenção Básica de Saúde são os principais responsáveis pelo primeiro atendimento ao paciente e pelo encaminhamento aos cen-tros especializados, quando necessário.

Classificados em tipos I, II ou III, os cen-tros têm metas de produtividade para cum-prir e recebem ajuda do governo federal para funcionar. Os CEOs tipo I (com três ca-deiras odontológicas) devem atingir a pro-dutividade mínima de 35 procedimentos/mês. Para essas unidades, são destinados R$ 40 mil em parcela única para implantação - correspondente à custa com reformas, ampliação do espaço físico e aquisição de equipamentos e, mensalmente, R$ 6,6 mil para custeio; os CEOs tipo II (com quatro ou mais cadeiras) precisam realizar 60 proce-dimentos/mês; o valor repassado para im-plantação é de R$ 50 mil e de R$ 8,8 mil mensais. Já os CEOs tipo III (que possuem no mínimo sete cadeiras) têm de alcançar a meta de 95 procedimentos/mês e recebem como custeio de implantação R$ 80 mil re-ais e recurso mensal de R$ 15.400,00.

Os CEOs ainda podem estar vincula-dos aos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD), que são unidades próprias do município ou unidades terceirizadas credenciadas para confecção de próteses totais, parciais removíveis e coronária/in-trarradiculares e fixas/adesivas.

De acordo com o coordenador de saú-de bucal do Ministério da Saúde, Gilber-

to Alfredo Pucca Júnior, o financiamento para esses tratamentos nos CEOs é um repasse direto para as secretarias estadu-ais e/ou municipais de saúde, que fazem a gestão dos centros. “Os pagamentos são liberados conforme a produção apresen-tada”, explica. Em relação à compra dos materiais e equipamentos para a oferta dos novos procedimentos, ele salienta que é a Secretaria Estadual e/ou Municipal de Saúde que adquire os materiais. “O recurso que o Ministério da Saúde oferece cobre o custo total dos novos tratamentos do Sis-tema Único de Saúde (SUS)”.

Para Pucca, “a implementação do Pro-

grama Brasil Sorridente significou um marco na mudança do foco da atenção em saúde bucal, visando avançar a melhoria da orga-nização do sistema de saúde como um todo e propondo um modelo com base nos princí-pios do SUS: a universalidade (a saúde é um direito de todos), a integralidade (a atenção à saúde deve considerar as necessidades espe-cíficas das pessoas ou dos grupos de pessoas) e a equidade (todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde)”.

Além dos serviços mínimos obrigató-rios, desde abril de 2011, os CEOs come-çaram a receber verba do Ministério da Saúde para passar a oferecer tratamentos ortodônticos e colocação de implantes dentários. A oferta destes procedimen-tos, no entanto, depende da organização das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, que ficam responsáveis pela dis-ponibilização dos serviços e pela expan-são da iniciativa na região. “Não é obri-gatório ofertar esses novos tratamentos.

A novidade é que o Ministério da Saúde passou a financiar tratamento ortodônti-co e implante dentário na tabela do SUS, antes existente somente para pacientes com anomalias crânio e bucomaxilofacial. Esses procedimentos poderão ser realiza-dos nos mais de 880 CEOs existentes em todo o Brasil. A iniciativa de oferecer gra-tuitamente esses tratamentos para toda a população é inédita em nível mundial. Mesmo os poucos países que oferecem esses serviços como Suécia, Reino Unido e Finlândia impõem limitações como, por exemplo, atendimento apenas para meno-res de 18 anos”, exemplifica Pucca.

Experiências dos CEOs de algumas cidades de São Paulo

Araraquara Possui um CEO do tipo II, que foi cria-

do em 2007. Além das especialidades obri-gatórias (Diagnóstico Bucal, Periodontia, Cirurgia Oral Menor dos Tecidos Moles e Duros, Endodontia e Atendimento a Porta-dores de Necessidades Especiais), o Centro de Araraquara dispõe das especialidades de Prótese Total e Ortodontia preventiva.

O 2o vice-presidente da APCD e tam-bém coordenador de Saúde Bucal do mu-nicípio de Araraquara, Wilson Chediek, conta que a Ortodontia preventiva foi implementada depois de um estudo feito em pareceria com o Centro Universitário de Araraquara (Uniara). “Uma pesquisa realizada com crianças da rede pública de ensino de seis a 12 anos mostrou que mais de 80% delas tinham maloclusão. Assim,

decidimos iniciar este trabalho e colo-car aparelhos móveis em algumas dessas crianças como forma de prevenção”.

Chediek ainda revela que até o final do ano a cidade irá inaugurar mais um CEO, tipo III, e passará a oferecer as especiali-dades de Ortodontia corretiva e Implanto-dontia. “Tem sido grande a demanda para as especialidades no CEO de Araraquara. Como é dever de cada município a estrutu-ração e a contratação de recursos humanos, dispomos de profissionais e equipamentos de qualidade, e todo o material necessário, além de oferecermos boa remuneração aos Cirurgiões-Dentistas, que ainda contam com Auxiliares em Saúde Bucal (ASB). Com isso garantimos melhores condições de tra-balho ao profissional e, consequentemente, melhor atendimento à população.”

BarretosOs dois CEOs da cidade são do tipo II,

um foi credenciado em 2006 e o outro (na Fundação Educacional de Barretos), em 2007. Segundo o coordenador de saúde bucal da cidade, Alexander Stafy Franco, a demanda por atendimento nas unidades básicas é grande. “Recentemente creden-ciamos o Laboratório Regional de Prótese Dentária, possibilitando uma maior produ-ção de próteses (aumento de 50%, totali-zando 120 próteses mensais), e ofertando o serviço para os municípios de nossa mi-crorregião”, conta.

Franco aponta que um dos maiores pro-blemas enfrentados no CEO é a questão do absenteísmo dos pacientes encaminhados.

BotucatuO CEO do município foi inaugurado em

2006. Classificado como tipo II, o centro cumpre as metas mensais de, no mínimo, 60 tratamentos endodônticos, 90 procedi-mentos de Periodontia e 90 cirúrgicos. “Os serviços mais necessitados pela população são Endodontia de molares, Cirurgia dos Terceiros Molares e raspagem/curetagem gengival”, aponta o coordenador do CEO de Botucatu, Walter Luiz Chaguri.

Chaguri destaca que o atendimento a pacientes especiais realizado pelo CEO da ci-dade é de grande valia para as famílias desses pacientes por ser um trabalho diferenciado.

Bragança PaulistaO CEO tipo II foi criado em 2011 e,

além da cidade de Bragança Paulista, esta unidade atende os municípios de Pedra Bela, Pinhalzinho, Socorro e Vargem (apro-ximadamente 208 mil habitantes). “Nosso CEO possui uma estrutura física compatí-vel e adequada ao serviço proposto”, conta o coordenador de saúde bucal do municí-pio, Luís Fernando Kairalla de Queiroz.

De acordo com Luís Fernando, desde

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o início, o CEO é visto com bons olhos por todos os segmentos da sociedade que são unânimes em afirmar que ele vem atender a uma necessidade que existia há mui-to tempo na região. Em quase um ano de existência já passaram nas especialidades cerca de 1300 pessoas e cerca de quatro mil procedimentos foram realizados. “Além dos especialistas em cada uma das áreas de atuação obrigatória, completam o quadro de funcionários do CEO de Bragança, seis ASBs, uma auxiliar administrativa e serven-te. Todos concursados e sob a gerência do Cirurgião-Dentista, Edson Takashi Suzuki.”

O coordenador de saúde bucal do município conta que também estão im-plantando o serviço de Prótese Total na unidade. “Todo o processo (de moldagem à confecção) será realizado nesse local.”

Campinas A cidade possui dois CEOs - Ouro Verde

que é tipo I e foi inaugurado em 2006 e o Florence que é tipo II e foi estabelecido em 2008. “Ambos vieram para preencher uma lacuna do setor público na área odontoló-gica que são as ofertas de procedimentos especializados. Do ponto de vista epide-miológico, é extremamente alto no mu-nicípio a necessidade na área de atenção secundária, igualmente é a busca da popu-lação por essas referências especializadas;

esses fatores traduzem na prática uma alta demanda reprimida frente a uma limita-da existência de ofertas. Apesar de contar com dois CEOs implantados, que realizam atendimentos de maneira regionalizada, o município necessita implantar mais três unidades para suprir a demanda dos três distritos restantes”, aponta o coordenador de saúde bucal da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, Isamu Murakami.

Além das cinco especialidades deter-minadas por portaria ministerial, o CEO de Campinas possui um projeto na área de Prótese dental que destina à população próteses totais, removíveis e placas mior-relaxantes. “Também incentivamos que os profissionais de algumas especialidades que trabalham nos CEOs desenvolvam tra-balhos matriciais de suas áreas específicas junto às unidades básicas. Nessa lógica, o profissional do CEO se desloca para as uni-dades de saúde e desenvolve um trabalho de reciclagem, discussão de casos clínicos e realiza também atendimentos em conjun-to com as equipes de saúde bucal; cria-se a partir daí um vínculo mais efetivo entre as especialidades e as equipes locais”, explica o coordenador.

Para Murakami, a implantação do Pro-grama Brasil Sorridente pelo Ministério da Saúde foi um marco dentro das políticas públicas do País, pois “trouxe a possibilida-

de de se levar atenção e assistência odon-tológica para segmentos da população brasileira que jamais tiveram acesso a tais benefícios”, finaliza.

Ribeirão PretoCom dois CEOs tipo I implantados em

2006 e 2007 - um deles na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp/USP) –, o coordenador de saúde bucal do muni-cípio, Pedro José Bistane, afirma que a pro-cura pelo serviço nas unidades é intensa. “O CEO é um modelo eficaz de organizar a demanda e oferecer um atendimento inte-gral às pessoas, a repercussão é altamente positiva, e o paciente tem a percepção do atendimento preventivo, conservador e re-solutivo. Para organizar este atendimento, elaboramos um protocolo que organiza a entrada dos casos novos através da central de regulação odontológica, o que possibi-lita maior aproveitamento da agenda dos profissionais e consequentemente uma agilidade no fluxo de pacientes.”

Além de adicionar a Dentística para grandes reconstruções e restaurações complexas entre as especialidades ofere-cidas, Bistane ressalta que o CEO de Ri-beirão Preto conta com profissionais com formação e titularidade específicas, mo-tivados a realizarem em equipe, um tra-balho de excelência, o que resulta em be-

nefício direto aos pacientes atendidos. “A integração multidisciplinar possibilita ao endodontista colaborar no atendimento de pacientes especiais, preservando den-tes que fatalmente iriam para Exodontia; o periodontista trabalhando junto ao reabilitador ou ao endodontista; o cirur-gião preparando o espaço protético e o protesista obtendo resultados altamen-te satisfatórios. Enfim, desenvolvemos a arte de compartilhar conhecimentos e habilidades em prol do mesmo objetivo, mantendo a motivação, a harmonia e o respeito mútuo.”

Para o coordenador, a trajetória da Odontologia no serviço público está em alta; os conceitos modernos reconhecem a saúde do individuo na integralidade. “A Coordenação Nacional de Saúde Bucal veem trabalhando assiduamente na uni-versalização dos procedimentos odontoló-gicos, o que possibilitou recentemente nos CEOs o incentivo a outras especialidades como Ortodontia, Implantodontia e Rea-bilitação Oral sobre implantes. Os avanços que estão acontecendo gradativamente são irreversíveis, e os Cirurgiões-Dentistas e ASBs devem acompanhar esta evolução, mantendo-se atualizados e prontos para os novos desafios. Somente assim ocupa-remos o espaço que nos é de direito no segmento da saúde”, finaliza Bistane. n

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Pesquisadores afirmam que consumo excessivo do açúcar é tão prejudicial quanto o de cigarros e de álcool

Apesar dos riscos, em vez de uma medida radical,

especialistas defendem orientação profissional

e intensificação de campanhas educativas

Por Swellyn França

Cientistas norte-ame-ricanos publicaram, em

fevereiro desse ano, na revista inglesa Nature (uma das mais an-tigas e bem conceituadas revistas científicas do mundo), o artigo “A verdade tóxica sobre o açúcar” em que defendem que a substân-cia “é um veneno e deveria ter sua venda controlada assim como o cigarro e o álcool”. Segundo eles, a ingestão desmedida de açúcares é responsável pela morte de 35 milhões de pessoas por ano, em todo o mundo. Os pesquisadores atribuem o consumo excessivo do alimento ao crescimento de do-enças como o câncer, os males no coração e a obesidade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde Brasileiro recomendam que o consumo de açúcares livres - que incluem o açúcar de adi-ção (inclusão em pós de origem da cana-de-açúcar ou o de ado-çantes) e o presente nos sucos de frutas naturais -, seja menor do que 10% do consumo calórico total diário de cada pessoa. De acordo com a ‘Análise de Consu-mo Alimentar Pessoal no Brasil’ divulgada em 2011, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), a média brasileira ingerida é de 14%. No caso dos adolescentes brasileiros de 10 a

13 anos, o açúcar chega a repre-sentar 21,3% do consumo calóri-co total por dia.

Esse consumo excessivo de açúcar observado nos dias de hoje se deve, principalmente, à industrialização dos alimentos. Além da ingestão de forma direta como ao adoçar o café, o chá, o leite etc.; o açúcar é adicionado a diversos produtos industriali-zados consumidos no dia a dia como, por exemplo, refrigerantes, bolos, sorvetes, chocolates e ou-tras guloseimas.

A endocrinologista, presi-dente do Departamento de Obe-sidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolo-gia (SBEM), Rosana Radominski, observa que os açúcares simples (refinados ou não) são os mais prejudiciais, enquanto os carboi-dratos complexos (existentes em alimentos ricos em fibras) fazem parte de uma alimentação saudá-vel. Ela reforça, contudo, que é o excesso que aumenta o risco de obesidade, dislipidemias (cresci-mento dos triglicerídeos no san-gue) e de diabetes. “Em decorrên-cia da obesidade outras doenças também se tornam mais recor-rente como hipertensão arterial e problemas cardiovasculares.”

O cardiologista do Instituto do Coração (Incor), Heno Lopes, detalha que “aqueles que inge-rem açúcar com frequência e em excesso apresentam aumento da produção de insulina no sangue, prejudicando os vasos sanguíneos e todo o sistema cardiovascular. Além disso, o consumo excessivo de carboidratos (ricos em açú-car), juntamente com alimentos gordurosos (presente na dieta da maioria dos brasileiros) está diretamente relacionado com a obesidade que, por sua vez, está

associada ao aumento da pressão arterial e diabetes. O diabetes do tipo 2 e a hipertensão são fatores de risco importantes para doen-ças como derrame, angina, infar-to, insuficiência cardíaca, doença vascular periférica e aneurisma de aorta. Por esses fatores, pode se afirmar que, em longo prazo, o açúcar é muito prejudicial para o organismo em intensidade igual ou superior ao cigarro”.

Os riscos da ingestão excessi-va do açúcar fizeram o endocrino-logista norte-americano, Robert H. Lustig preconizar que o consumo deveria ser proibido para menores de 21 anos. Para a endocrinolo-gista da SBEM isso é um exagero. “Nos indivíduos com peso normal, o consumo com moderação não prejudica a saúde. O excesso deve ser evitado”, considera Rosana.

Açúcar e a saúde bucalO papel do açúcar na etio-

logia da cárie dentária já é bas-tante conhecido. Segundo o pro-fessor associado da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fousp), Fausto Medei-ros Mendes, que tem experiência em Cariologia, “desde o famoso estudo realizado na década de 1950 no hospital psiquiátrico de Vipeholm, na Suécia, foi estabele-cida uma relação causal de açúcar e cárie dentária. Os autores obser-varam que quanto mais frequente a ingestão de alimentos doces, maior o número de lesões de cárie que os pacientes desenvol-viam. Isso também era verificado com relação à pegajosidade dos

Anvisa estuda vetar açúcar na produção de cigarrosNo último dia 14 de fevereiro, os direto-

res da Agência Nacional de Vigilância Sanitá-ria (Anvisa) chegaram a um consenso quanto à proibição do uso de aditivos como canela, menta e cravo, nos cigarros comercializados no Brasil. A proposta, apreciada em reunião pública da Diretoria Colegiada do órgão, não havia sido votada até o fechamento desta edi-ção do APCD Jornal, pois os dirigentes decidi-ram aprofundar as discussões quanto ao uso de açúcar nesses produtos.

A Gerência Geral de Produtos Derivados do Tabaco da Anvisa informou por meio da Assessoria de Imprensa que, durante os debates sobre a con-sulta pública 112/2010 também foi tratada a ques-

tão da adição de açúcar nos produtos derivados do tabaco. A Agência irá constituir um grupo de estudo técnico para avaliar a alegação da indústria de que o tabaco do tipo burley necessita da utili-zação do açúcar para repor a perda que sofre deste componente durante o processo de cura da folha.

A Anvisa afirma que com essa medida o Bra-sil reafirma o compromisso assumido na Conven-ção Quadro de Controle do Tabaco. A iniciativa pretende diminuir a atratividade dos produtos derivados do tabaco e impedir que novas pesso-as, principalmente jovens e crianças, comecem a fumar. Afinal, as doenças relacionadas ao fumo são, hoje, de acordo com a OMS, as maiores cau-sas de mortes evitáveis do mundo. n

alimentos. A partir desse marco, várias pesquisas foram realizadas para confirmar essa ideia. Assim, o controle e a orientação da dieta nos consultórios dentários pas-saram a fazer parte de uma pro-posta de atendimento integral ao paciente, visando o controle e a prevenção da doença”.

Hoje em dia, os refrigerantes e bebidas carbonatadas de um modo geral compreendem gran-de parte do açúcar consumido no mundo. “Muitos Cirurgiões--Dentistas têm a ideia de que alimentos sólidos e viscosos são mais cariogênicos do que bebi-das ricas em açúcar. Entretanto, os estudos mais recentes mos-tram os refrigerantes como um dos alimentos mais associados atualmente com a cárie dentária, pois aliam a pegajosidade, o açú-car e a acidez. Outro fator a ser levado em conta é o papel destas bebidas na etiologia da erosão dentária”, lembra Fausto.

Alguns carboidratos também apresentam potencial cariogêni-co, tais como a glicose, frutose, dextrose, a lactose ou a maltose e até o amido. “O açúcar que apre-senta maior potencial cariogênico é a sacarose (utilizado para adoçar as bebidas e as sobremesas e mais comumente encontrado em doces industrializados e bebidas carbo-natadas). Portanto, alimentos pos-suindo outros tipos de carboidratos podem ter potencial cariogênico, mas aqueles que contêm sacarose sem dúvida são piores. Agora, mui-tas pessoas se enganam achando que só o açúcar refinado causa cá-rie. Na verdade, o açúcar mascavo

ou o orgânico são tão cariogênicos quanto o refinado. Da mesma for-ma, o mel, que além de possuir alta quantidade de sacarose, tem con-sistência bastante pegajosa, e por isso, é extremamente cariogênico”, ressalta o professor Fausto.

Para o especialista, os proble-mas de saúde causados pelo açú-car já são bastante conhecidos, e isso também se aplica à questão da cárie. “Assim, o Cirurgião--Dentista deve contemplar essa orientação na abordagem a seus pacientes. Esse assunto, contudo, deve ser intensificado apenas para aqueles que realmente tenham o problema evidente; já para os pa-cientes livres de cárie, as orienta-ções de ordem geral são suficien-tes. Ainda devemos lembrar que o profissional deve trabalhar em conjunto na atuação sobre os ou-tros fatores etiológicos da doença cárie, principalmente com relação à higiene bucal e ao uso racional de fluoretos.”

Sobre a recomendação do endocrinologista norte-america-no, o professor da Fousp comenta que “há uma tendência de se tra-balhar com a abordagem de fa-tores de risco comuns. Preconiza--se a atuação sobre questões que representam risco para diversos problemas, agindo sobre toda a população e não apenas nos gru-pos de risco. Porém, a proposta de proibição do açúcar para meno-res de 21 anos é um pouco radi-cal demais. Uma boa alternativa é a intensificação das campanhas para redução do consumo de açúcar, assim como se faz com o cigarro e o álcool”, finaliza. n

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Traços marcantes da personalidade podem estar ligados à obesidade

Especialistas afirmam que emoções e sentimentos desempenham papel

fundamental no comportamento alimentar

Por Mariana Pantano

Uma pesquisa realizada no Instituto Nacional do Envelhecimento, dos Estados Unidos, e divulgada no site da Revista Isto É, em 03 de fevereiro de 2012, revela que os traços mais marcantes da personalidade podem estar relacionados à obesidade. Por 50 anos, um grupo de pesquisadores ame-ricanos mediu o índice de massa corporal (IMC - medida que avalia a relação entre peso e altura) de uma população de 1.998 pessoas da cidade de Baltimore, no Estado de Maryland, nos EUA, e cruzou esses da-dos com avaliações psicológicas. Durante o estudo, os pesquisadores analisaram diver-sas características dos voluntários como a disponibilidade para novas experiências, a sensibilidade aos sentimentos dos outros, a extroversão, a capacidade de concordar e discordar e os níveis de preocupação.

Depois de cinco décadas, os pesqui-sadores chegaram à conclusão de que o temperamento tem fortes conexões com as chances de desenvolver a obesidade ao lon-go da vida. Segundo a pesquisa, característi-cas como a impulsividade, a generosidade, o perfeccionismo e o neuroticismo (ação exa-gerada ligada às emoções negativas como tristeza, medo, culpa, raiva e vergonha), pre-dispõem as pessoas ao ganho de peso.

O estudo ainda mostra que desem-penhar muitas tarefas ao mesmo tempo, especialmente quando se está sentado à mesa para uma refeição, e a dificuldade para dormir, também predispõe o maior

NeuroticismoUma variável do funcionamento ne-gativo da personalidade. Refere-se a um nível crônico de instabilidade emocional, no qual o indivíduo apre-senta alto grau de ansiedade, hosti-lidade, vulnerabilidade, autocrítica, impulsividade, baixa tolerância à frustração etc.

ExtroversãoO indivíduo apresenta uma atitude go-

Os traços da personalidade mais fortemente associados à obesidade durante o estudo de Baltimore foram:

vernada por expectativas e necessida-des sociais, orientada para a adaptação e as reações exteriores.

Baixa ConscienciosidadeRefere-se à contenção e ao sentido prá-tico. Normalmente são indivíduos disci-plinados, organizados e cautelosos.

ImpulsividadeIndivíduos com tendência a agir impulsi-vamente diante de qualquer estímulo. n

consumo de calorias. A psicóloga e mestre em Ciências, in-

tegrante do Grupo de Estudos da Obesida-de pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Joana Pereira de Carvalho Ferreira, afirma que o entendimento de que mente e corpo não são duas coisas estanques ajuda a compreender a relação entre o temperamen-to e a obesidade. “A realização de pesquisas para avaliar a relação entre as emoções e o comportamento é crescente e fica cada vez mais claro que existe uma interdependência entre esses dois fatores. Assim, os sentimen-tos, as emoções, o afeto e a cognição são, por um lado, determinantes do comportamento e, por outro lado, as nossas respostas emo-cionais dependem da interação com o corpo e das experiências vividas através dele. Mais especificamente com relação à obesidade, entende-se que esses aspectos mais subje-tivos desempenham papel fundamental no comportamento alimentar, favorecendo ou não o ganho exagerado de massa corporal.”

A Universidade Federal de São Paulo de-senvolveu um programa-modelo, coordena-do pela pesquisadora e psicóloga Ana Dama-so, do Grupo de Estudos da Obesidade, para tratar adolescentes obesos e mostra que as-pectos como hábitos e emoções dos pacien-tes ajudam a balizar, inclusive, a quantidade maior ou menor de proteínas, carboidratos e lanchinhos distribuídos ao longo do dia.

Joana Ferreira conta que “ao entender a obesidade como uma doença de etiolo-gia multifatorial e que provoca sérias con-sequências à saúde física e mental, preco-

niza-se a realização de um tratamento que englobe todos esses aspectos. Nesse senti-do, a formação principal do grupo inclui intervenções interdisciplinares nas áreas de clínica médica, nutrição, psicologia e educação física e, mais recentemente, de fisioterapia. O principal objetivo do Grupo de Estudos da Obesidade são as mudanças no estilo de vida e controle da obesidade e doenças associadas. Inicialmente, o públi-co alvo do grupo era adolescentes obesos e mais recentemente passou a atender tam-bém a população adulta” ressalta.

Para a nutricionista do Grupo de Estu-dos da Obesidade, Flávia Corgosinho, algu-mas características como ansiedade exces-siva, irritabilidade e depressão podem levar o indivíduo a ingerir mais alimentos, como uma forma de compensação, assim, um tra-tamento psicológico ou psicoterapêutico acaba sendo essencial no seguimento da dieta. “A primeira recomendação é procurar um profissional da área para auxiliar no tra-tamento da obesidade. Concomitantemente, alguns alimentos que possuem propriedades relaxantes, calmantes ou que proporcio-nam uma maior sensação de prazer podem ser incluídos no plano alimentar, tais como maracujá, chás de ervas ou até mesmo uma pequena porção de chocolate”, detalha.

É muito importante que ao se fazer uma dieta, os traços da personalidade também sejam levados em conta. Nesse sentido, para haver mudança de temperamento é necessária a identificação do traço da personalidade que está favorecendo o consumo exagerado de ali-mentos ou o estilo de vida pouco ativo. Antes da pretensão de qualquer mudança compor-tamental, o indivíduo deve reconhecer em si mesmo o que é disfuncional e precisa ser mu-dado. “É importante se atentar para o fato de que a obesidade não é resultante de um ‘des-leixo’ ou ‘falta de vontade’ de emagrecer, mas sim de uma doença que, como qualquer outra,

exige atenção profissional para tratamento. Dessa forma, a busca por ajuda especializada é também um importante passo no controle da obesidade”, destaca a psicóloga.

Flávia Corgosinho ressalta que, na verda-de, não existe um tipo de dieta para cada tem-peramento, mas sim regimes equilibrados que devem respeitar as preferências alimentares de cada indivíduo. “Como o temperamento pode estar ligado à obesidade, o nutricionista pode atuar no tratamento psicológico suge-rindo alimentos que possam ser ingeridos nos momentos mais críticos de compulsividade e ansiedade e que ajudam também a minimi-zar esses episódios. Mas apenas com ajuda psicológica, o indivíduo consegue driblar e amenizar os efeitos da sua personalidade no comportamento alimentar.”

Um método que vem sendo usado comu-mente no tratamento da obesidade é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). “Atual-mente muitas pesquisas têm demonstrado a eficácia da TCC para o tratamento psicológico da obesidade. A abordagem inclui atividades psicoeducativas que têm como objetivo a am-pliação dos conhecimentos sobre a obesidade; a utilização de técnicas comportamentais, com finalidade de desenvolver estratégias para o controle do comportamento alimentar e téc-nicas cognitivas, que incluem a identificação e modificação de pensamentos não funcionais relacionados ao comportamento alimentar. Além disso, inclui a promoção da aceitação do tamanho corporal acima da média e redução da depreciação da imagem corporal.

Por fim, a psicóloga ressalta que “é fun-damental enfatizar que como a obesidade é uma doença muito complexa, na qual múlti-plos fatores interagem entre si, a terapêutica interprofissional é indicada. Por isso, o trata-mento psicológico deve ser sempre somado ao acompanhamento nutricional, médico, do profissional de educação física entre ou-tros profissionais da área da saúde”. n

COMPORTAMENTO

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ORIENTANDO O CLÍNICOPor Victor Clavijo

Moldagem em Prótese FixaUma das maiores dificul-

dades e preocupações para o clínico geral no dia a dia do consultório é quando chega o momento da moldagem do preparo e/ou dos preparos para posteriormente enviar para o laboratório de prótese. Bate um frio na barriga e logo pen-samos, e agora? Será que essa moldagem vai ficar boa? Será que não vai formar bolhas? E essa gengiva sangrando?

Es tes ques t ionamentos são muito comuns e ao con-trário do que imaginamos a obtenção de uma moldagem perfeita não é difícil e com atenção a alguns detalhes podemos obter moldagens de excelência para que o la-boratório possa confeccionar peças perfeitas e bem adapta-das. Apresentaremos a seguir cinco perguntas sobre as prin-cipais dúvidas do clínico geral quando o assunto é molda-gem, vamos lá:

1) Qual material devo utili-zar, ou seja, qual o material de moldagem mais adequado para moldagens em prótese fixa?

Atualmente os silicones de adição são considerados os

materiais mais indicados de-vido às suas propriedades de reprodução de detalhes, não havendo formação de subpro-dutos ao final da moldagem, consequentemente permite uma excelente estabilidade dimensional. Outra grande vantagem é a possibilidade de vazamentos múltiplos, permi-tindo a obtenção de dois ou mais modelos com a mesma moldagem. Por esta razão, es-colhemos esse material. Outro excelente material é o Poliéter, que também poderá ser indica-do devido à sua hidrofilidade, porém, devido à sua rigidez, deverá ser usado com critério para moldagem de preparos longos e retentivos.

2) Por que minha molda-gem não está dando certo?

Antes da moldagem é im-portante a análise de alguns detalhes que vão fazer toda a diferença. Por exemplo, é mui-to difícil um molde perfeito quando temos uma gengiva in-flamada, principalmente quan-do o término dos preparos está localizado no interior do sulco gengival ou intrassulcular. A correta adaptação das próte-

ses provisórias, com um bom polimento, principalmente nas margens cervicais favorecerá a saúde dos tecidos gengivais, assim como pontos de contato adequados, impedem o acú-mulo de alimentos nas áreas interproximais e a instrução correta do paciente quanto aos métodos de escovação e higie-ne oral adequados. A atenção a estes detalhes faz toda a di-ferença para que consigamos moldagens precisas.

3) Não consigo afastar adequadamente a gengiva, mi-nha moldagem sempre rasga nos bordos, o que fazer?

Preparos com margens supragengivais não ofere-cem grandes dificuldades e na maioria dos casos não há necessidade de afastamen-to gengival prévio à mol-dagem, desde que seja feito um bom isolamento relativo, de preferência com roletes de algodão, afastadores la-biais (usados para fotografia) e suctores de alta potência. Para os términos cervicais lo-calizados abaixo da gengiva há sempre a necessidade de afastamento gengival através da inserção de fios especí-ficos, como os da Ultrapack. Nossa preferência é pelo uso de dois fios, sendo o primei-ro de menor calibre de acordo com a profundidade do sulco gengival (números 000 ou 00) e que fará o afastamento da gengiva no sentido vertical e o segundo apenas para fazer um afastamento lateral e não deverá ser introduzido total-mente (números 0 ou 1).

4) Qual é a melhor técni-ca? A que usamos uma molda-gem simultânea (passo único) ou a em dois tempos, com alí-vio na massa pesada?

As duas técnicas funcio-nam muito bem, desde que o profissional respeite o tem-po de manipulação e presa dos materiais, ou seja, as duas técnicas estão em consonân-cia com a maioria dos proce-

dimentos laboratoriais. É uma questão de preferência e domí-nio do profissional.

5) Devo fazer moldagem total ou parcial nas minhas moldagens?

Sempre que possível, o profissional deverá optar por uma moldagem total do arco do paciente, principalmente quando for fazer uma coroa total. Desta forma, o labora-tório terá uma visão melho-rada do arco oposto, assim

como anatomia do dente ho-mólogo e melhor visualização da oclusão. Preparos unitários para confecção de onlays ou inlays, onde o paciente tem uma boa oclusão poderão ser realizado com moldeiras par-ciais sem riscos. n

Entrevistado:

Luciano Expedito de Sá Cabral Especialista em Prótese Dentária

pela Faculdade de Odontologia de Bauru – USP e Técnico em

Prótese Dentária

Moldagem total da Arcada Inferior ( vista parcial do lado direito - elemento 47)

Moldagem em close-up do preparo com presença do 1º fio de moldagem

Vista aproximada da moldagem, observem o detalhe da “pestana” gengival com a correta exposição e reprodução do término cervical

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APCD Jornal - Março 2012 23

Fique por dentro da APCD Novidade

Teatro da APCD terá programação cultural a partir de 07 de março Página 25

100 anosAPCD realiza Ato Religioso em Ação de Graças ao Centenário da associaçãoPágina 26

Comercialização do CIOSP 2013 – Venha participar desse evento diferente de tudo o que você já viu!

Por Mariana Pantano

A classe odontológica mundial já tem um novo encontro marcado: de 31 de ja-neiro a 03 de fevereiro de 2013, os profis-sionais da área vão se encontrar novamen-te durante o I Congresso Interdisciplinar da APCD – CIOSP 2013.

O temário escolhido “Especialida-de em foco”, já sinaliza que o CIOSP

2013 terá enfoque na interdisciplina-ridade e contemplará as especialida-des de Implantodontia, Periodontia, Microscopia, Endodontia, Trauma/Cirurgia, Câncer Bucal, Laser, Prótese Dentária e Ortodontia/Ortopedia Fun-cional dos Maxilares. Outro diferencial do congresso é o período de realização: de quinta a domingo, em atendimento a um pedido antigo das empresas ex-positoras da feira comercial.

Nem bem acabou o 30º CIOSP e a preparação para o CIOSP 2013 já está em pleno andamento, sempre com ob-jetivo de levar o melhor da Odontolo-gia para toda a classe odontológica. Uma importante etapa desse processo:

No dia 30 de janeiro, ocorreu o pré-lançamento do CIOSP 2013 para as empresas expositoras do 30º CIOSP, na ocasião, algumas empresas já preencheram a proposta de interesse de compra de espaço do l Congresso Interdisciplinar da APCD. Confira abaixo:

AcmeAcrousActive WareAdielAditek AirzapAlt EquipamentosAlva Doctor AventaisAspenBaumerBioexBiostiloBiotronCasa das BrocasCia do GelClaríssima Moda em BrancoColgateCondorConexãoCoraldentCosmedentCriteriaCrospCvdentusDabi AtlanteDeltraDental AragãoDental MoriáDental Press

Dental Sao PauloDentsclerDentsplyDesigner Oral D-ExpressDr. SorrisoDrillerDrogasilDsp BiomedicalDvdentEasy Equipamentos OdontológicosEditora PlenaEndo SmartEndovitaEro PróteseEssence DentalEnterprisesFábrica Das LetrasFamiFavaFipaseFisio MedicFórmula & AçãoFunorteGnatusImpacto ContabilidadeGskGutierre OdontoH. Strattner

Haydee Móveis OdontológicosIceImplacil de BortoliIndusbelloInstrumentarInvestmarJ. Morita BrasilJhsJohnson & Johnson do BrasilKavoKerrKonnenKota ImportLivraria TotaMax RelaxMaximus DhproMicroimagemMinitechMk LifeMm OpticsMorelli OrtodontiaMultilabor EquipamentosN. MartinsNeodentNf OrthoNobel BiocareNova ItaOdonticsOdontoclinic

OdontocompanyOdontomarOdontoplayOdous de DeusOlsen S/AOnly UniformsOral LineOral-BOrallsOraltechOrthocampPontal CalçadosPoul SorensenPretty Procion Raio-XPropé Mágico - RaskaloQ2tec Quick SmileQuinelatoQuintessence EditoraRadio MemoryRavagnani Dental BrasilReal Odontológica Ind. e ComércioRenovatioRevista DentistryRhosseRizaxRucaSalli Brasil

Sanders do BrasilSdiSerconSerson ImplantSilcon Sin - Sistema de ImplanteSirona DentalSispack MedicalSistema InpSky TechnologySorridentsStraumannSuperdontSupermax BrasilSysthex TalladiumTalmaxTempel Bio ElectroThimonTri HalwTridentTrinityUltradentVocê ImplantesVoco do BrasilWelfare

a comercialização dos espaços da Fei-ra Comercial do evento - irá acontecer nos dias 27, 28 e 29 de março, das 10h às 18h, no Hall Nobre da APCD (Rua Voluntários da Pátria, 547 – San-tana – Andar Térreo). A expectativa é de que a exposição seja completa e atraente, como um verdadeiro show de

tecnologia, novidades e serviços à dis-posição de todos os congressistas e par-ticipantes do congresso.

Para mais informações, entre em contato pelos telefones: (11) 2223-2521 ou 2223-2516 e pelos e-mails: [email protected] ou [email protected]. n

A comercializacão irá acontecer nos dias

27, 28 e 29 de março, no Hall Nobre da APCD

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APCD Jornal - Março 201224

Dados estatísticos do 30º CIOSP comprovam sucesso do evento

No fim de janeiro, entre os dias 28 e 31, Cirur-giões-Dentistas de diversos lugares do Brasil e do mundo estiveram reunidos em um dos maiores even-tos da Odontologia, o 30º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), realizado no Centro de Exposições e Convenções Expo Center Norte. O evento superou as expectativas de público e de negócios.

Os dados estatísticos finais do 30º CIOSP com-provam o sucesso do evento e ratifica a confiança que a classe odontológica e o setor industrial e internacional têm no trabalho e na organização que a APCD pos-sui em promover um dos maiores congressos de Odontologia, sempre com a missão de oferecer conhecimento e inovação para a classe. Veja os números:

Categorias Nº inscritos

Cirurgiões-Dentistas 60.475

Acadêmicos 12.049

Técnicos de Saúde Dental 668

Auxiliares de Saúde Bucal 2.011

Técnicos em Prótese Dentária 1.303

Outras profissões 185

Acompanhantes/Visitantes 10.533

Ministradores 291

Comissão Julgadora 62

Coordenadores de Curso 62

Assistentes de ministrador 62

Ativadores 1

Comissão Organizadora 92

Convidados 59

Apoio 213

Dealers 21

Total de Congressistas 88.087

Expositores 6.472

Apoio APCD 190

Montadores 2.350

Prestadores de Serviço 1.496

Representantes Comerciais 1.302

Expositores Institucionais 308

Expositores Alimentação 109

Expositores Boulevard 36

Total 12.263

Total de Participantes 100.350

Faixa etária

11 a 20 anos 3.338

21 a 30 anos 23.439

31 a 40 anos 24.873

41 a 50 anos 20.284

51 a 60 anos 10.284

61 a 70 anos 3.122

71 a 80 anos 2.009

81 a 90 anos 738

Número de países participantes 20

Empresas Internacionais 70

Empresas Nacionais 223

Institucional 19

Praça de Alimentação 9

Total 321

Categoria por sexo

Homens Mulheres

47,37% 52,63%

41.727 46.360

Exposição M² disponível M² ocupado

Área Nacional 18.159 16.715

Área Internacional 1.418 1.306

Área Institucional 469 434

Praça de Alimentação 714 618

Total 20.760 19.073

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Mais um espaço para as artes cênicas entra no circuito comercial de São

Paulo. O Teatro da APCD será inaugurado no dia 07 de março, às 21h, e contará com uma programação cultural cheia de novidades.

Os primeiros espetáculos a ocuparem o espa-ço são as comédias I Love Neide (de Pablo Diego e Marcelo Saback, direção de Clarisse Abujamra) e Na Boca do Leão (direção e adaptação de Edu-ardo Martini, que atua em ambas as montagens).

Localizado na Rua Voluntários da Pátria, 547, com estacionamento terceirizado ao lado, fica a 100 metros da estação do metrô Portu-guesa/Tietê e a 100 metros da Marginal Tietê. O espaço funciona no interior da APCD e pos-sui 1662m², 800 lugares na plateia e 44 luga-

Teatro da APCD terá programação cultural

e entra no circuito comercial da cidaderes distribuídos por dois camarotes.

Com projeto arquitetônico de Heitor Coltro, o espaço possui poltronas verme-lhas estofadas, palco de 7x6 metros, boca de cena de 16x5,80 metros, além de camarim com dois banheiros, equipado com mesa de som de 32 canais, possui completo sistema de ilumi-nação com varas no palco e na plateia, além de tela de projeção de 12mx5m. Hall de entrada de granito e espelhado, com balcão que pode ser usado como lanchonete - espaço tem auxílio de cozinha e freezer. Acesso para deficientes na en-trada com rampas.

Estamos esperando você! n

Fonte: Arte Plural Assessoria

Na boca do LeãoO texto é uma das farsas mais bem escritas.

É um enredo reconhecido nos EUA e montado diversas vezes. Uma história bem simples, com reviravoltas do destino, confusão de identidades e hilariantes cenas muito bem desenhadas.

Ricardo e Darcy são amigos desde a infân-cia. Para economizar dinheiro, Ricardo declara ao Imposto de Renda que Darcy é sua mulher.

O dia do juízo final vem quando a Receita Federal informa que o ‘casal’ receberá a visita do investigador Elizeu Miranda. Darcy, forçado pelo amigo Ricardo, se traveste de mulher do mesmo e é ajudado por Carol, noiva de Ricardo.

Para piorar a divertida situação,

Darcy e Carol estão tendo um caso secreto! Dona Alzira, mãe de Ricardo, chega de surpre-sa ao apartamento do filho para conhecer sua futura nora, Carol, mas se depara com aquela figura esquisita e feia: Darcy.

E a história se complica ainda mais quando a namorada de Darcy também chega ao aparta-mento e é convencida por Ricardo que ele teve um surto psicótico e nunca mais voltará a vê-la.

A confusão está formada e propiciará ao público gostosas gargalhadas e uma noite ines-

quecível de pura diversão. n

Você não pode perder!

Temporada: 16 de março a 29 de abril de 2012Dias: sextas e sábados, às 21h, e aos domingos, às 19hLocal: Teatro APCD - Rua Voluntários da Pátria, 547Telefones: Departamento Cultural da APCD: 2223-2320 e Bilheteria 2223-2424 Ingressos: Inteira - 60,00, Meia-entrada – R$ 30,00, clientes Porto Seguro e associados da APCD, R$ 24,00 e VIP R$ 15,00Duração: 70 minutosClassificação: 12 anos

Garanta já o seu ingresso VIP para a temporada da peça “I love Neide! Manual de Sobrevivência de um cinquentona atrevida”. Basta recortar o convite abaixo e apresentar no

dia da peça. É indispensável a apresentação deste!

Na peça Eduardo Martini en-carna a personagem Neide Boa Sorte, que saiu de uma “brinca-deira” no programa Hebe, do SBT, uma psicóloga que destila todo o seu 'bom' mau humor quando trata de assuntos como a sinceri-dade feminina, casamento, famí-lia, comportamento etc.

Abordando temas atuais e divertidos, a peça acompanha a trajetória de Neide não apenas em suas consultas como psicólo-ga, mas, também, em sua hilária viagem a Salvador onde por aci-dente vai parar no trio elétrico de Carlinhos Brown e na experiência surreal que vive em uma rave, até ter descoberto o seu talento como radialista e 'conselheira' finalizando com uma hilária pa-lestra como cena de plateia que você nunca irá esquecer.

I love Neide! Manual de Sobrevivência de uma cinquentona atrevida

O sucesso de Neide Boa Sor-te é tão grande, que a 'psicóloga' ganhou inúmeras comunidades criadas por fãs no Orkut, além de diversos vídeos postados no site You Tube. A peça estreou em Campinas em março de 2007. n

Temporada: de 07 a 29 de Março de 2012Dias: Quartas e Quintas-feiras - às 21hLocal: Teatro APCD - Rua Vo-luntários da Pátria, 547Telefones: Departamento Cul-tural da APCD - (11) 2223-2320 e Bilheteria (11) 2223-2424 Ingressos: Inteira - R$ 40,00, Meia-entrada e clientes Porto Seguro - R$ 20,00 e Associados da APCD - R$ 16,00Duração: 90 minutosClassificação: 12 anos

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Coluna Centenário da APCD

CONOGE

A Nova Geração em destaqueCom o objetivo de prestigiar os

novos profissionais que estão se des-tacando na Odontologia e incentivar outros, o Conoge (Conselho Nova Ge-ração da APCD) e CNRF (Conselho Na-cional de Recém-formados da ABCD) publicará esporadicamente a trajetó-ria de alguns jovens. O primeiro entre-vistado é Mario Francisco de Pasquali Leonardo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2007, es-pecialista em Endodontia pelo HGeSP (Hospital Geral de São Paulo) e mes-trando em Endodontia pela Fousp (Fa-culdade de Odontologia da Universi-dade de São Paulo).

Conoge - Por que escolheu a En-dodontia como área de atuação?

Mario Francisco de Pasquali - Na faculdade, sempre tentei fugir da dis-ciplina de Endodontia, fiz até um curso de aperfeiçoamento em Cirurgia Oral Menor, mas em congressos, reuniões e discussões, sempre defendia a Endo-dontia. Um tempo atrás, meu avô (Ma-rio Roberto Leonardo) me perguntou sobre qual matéria eu mais gostava na faculdade, e respondi: Cirurgia! E então fez o seguinte comentário: Ah! Então você fará cirurgia parendodôn-tica? Foi assim que comecei a estudar mais e consequentemente, gostar mais da Endodontia.

No jantar de minha formatura, em fevereiro de 2008, o Professor de En-dodontia e amigo, Gilson Sidney, fez o seguinte questionamento: e agora Ma-

Ato Religioso em Ação de Graças aos 100 anos da APCDNo dia 31 de março de 2012, às 11h, será re-alizado um Ato Religioso em Ação de Graças,

na sede da APCD Central, para encerrar com chave de ouro as comemorações dos 100 anos da APCD.

Além de celebrar o Centenário da entidade, a ceri-mônia também será um momento para invocação a Deus, com uma mensagem otimista de fé, amor e esperança.

O Ato Religioso será celebrado pelo Frei Airton, também conhecido como Frei Soneca, da Ordem dos Franciscanos de São Frei Galvão, localizado em Gua-ratinguetá, interior de São Paulo.

Contamos com a presença de todos nesta celebração!Também, na ocasião, às 10h, os ex-presidentes do

Conselho Fiscal (Cofi) e do Conselho eleitoral (Coel) receberão uma homenagem.

Os homenageados deverão confirmar presença até o dia 26 de março!

Mais informações no Departamento Social pelo telefone (11) 2223-2474 ou pelo e-mail: [email protected], falar com Juliana. n

Comissão do Centenário da APCD

rio, o que fará em sua vida profissio-nal? Uma pergunta muito inteligente e de difícil resposta para um recém-for-mado. Confesso que fiquei pensando por uma semana.

Após conversas e orientações fami-liares (com meu avô e o meu tio Renato de Toledo Leonardo), decidimos mudar de Curitiba (PR) para São Paulo, pois acreditávamos que seria muito impor-tante para meu crescimento pessoal, bem como profissional.

Conheci o Professor Titular de En-dodontia da USP e Coordenador da Es-pecialização de Endodontia do HGeSP Manuel Eduardo Lima Machado, e já me inscrevi em seu curso de especiali-zação. Nos primeiros meses, foi muito difícil viver em São Paulo, uma vez que tinha saído de Curitiba, onde viven-ciei intensamente a faculdade, sem-pre envolvido com o centro acadêmico e jornadas acadêmicas e rodeado por amigos. Já em março de 2008, estava morando em São Paulo, com novo ciclo de amizade e longe da família.

Logo consegui emprego como en-dodontista, fato talvez que apenas São Paulo possa oferecer a um recém-for-mado, trabalhar exclusivamente com Endodontia. A partir de então, cada vez mais, fui me envolvendo com esta especialidade.

Finalizei a especialização, prestei a prova para ingressar no mestrado em Endodontia da Fousp, e fui aprovado. Comecei a interagir com a pesquisa e aprender a arte de lecionar. E assim,

surgiu a oportunidade para fazer parte da equipe de professores do curso de especialização do HGeSP e dar aulas de curta duração em outras instituições tanto em São Paulo como no interior.

Conoge - Qual o momento mais importante da sua carreira até agora?

Mario Pasquali - Considero dois momentos como os mais importantes da minha vida profissional: em Outu-bro de 2010 fui a Salt Lake City, Utah – EUA, por intermédio da Ultradent products, e algumas pesquisas foram e estão sendo desenvolvidas com os seus produtos. Experiência incrível, pois fui respeitado, prestigiado e ami-zades ali nasceram. O outro momento foi recentemente no 30° CIOSP, onde fiz parte da grade científica. Em 2002, antes mesmo de entrar na faculdade, acompanhei meu vovô, Mario Roberto Leonardo, em seu curso no CIOSP, des-de então, fui a todas as edições e, em 2012, tive a oportunidade de ministrar uma aula no maior congresso da Amé-rica Latina: um sonho realizado. Agra-deço ao convite feito pela comissão científica do 30° CIOSP, em especial ao Presidente do evento, Carlos Alberto Bataglini e Professora Mary Caroline Skelton Macedo (Maine Skelton).

Conoge - O que acredita ser su-cesso profissional?

Mario Pasquali - Adquirir respeito pelos colegas de profissão e oferecer o melhor para o meu paciente.

Conoge - Quais seus objetivos futuros?Mario Pasquali - Estou num mo-

mento de reflexão, mas já digo que gosto de ministrar aulas e pretendo continuar na carreira acadêmica.

Conoge - Deixe uma mensagem para os novos e futuros profissionais.

Mario Pasquali - Vivemos num momento diferenciado em nossa pro-fissão, onde principalmente o quesito financeiro está em evidência, mas ex-presso a importância de nunca deixar-mos de lado a qualidade do tratamento odontológico e que precisamos desen-volver um atendimento diferenciado, não intrínseco apenas aos dentes 16, 47, 26 e sim um atendimento mais glo-bal, com maior atenção, amor e respei-to ao ser humano que estamos ofere-cendo saúde bucal.

Conoge - Agradecemos seu co-

laboração e desejamos a você mui-to sucesso e que continue sendo um profissional dedicado ao crescimento da Odontologia e ao bem estar dos pacientes.

O contato do Cirurgião-Dentista Mario Pasquali é:e-mail: [email protected] facebook: Mario Leonardo. n

Stephanie A.F. Teixeira Presidente do CONOGE

Thales W. CardosoPresidente do CNRF

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APCD Jornal - Março 2012 27

COCI

Confira as conferências programadas pelo Conselho Científico da APCD para o mês de março:

Departamento de EstomatologiaTema: “Acupuntura como Terapia Complementar na Saúde Bucal.”Ministrador: Profº Dr. Marco Bernardini - Membro da Equipe de Estomatologia do Instituto do Câncer.Data: 12/03/12Horário: 20hLocal: APCD Central

Departamento de Odontologia para Pacientes com Necessidades EspeciaisTema: “Osteoporose na Odontologia”Ministradora: Profª Dra. Emiko Saito Arita (Depto. Estomatologia - Fousp)Data: 15/03/12Horário: das 20h às 21hLocal: APCD Central

Grupo de Estudo Terapia FloralTema: “Terapia Floral - Novos Caminhos na Odontologia.”Ministradora: Dra. Mabel Christina CondeData: 21/03/12Horário: das 20h às 21h30Local: APCD Central

Departamento de Prótese BucomaxilofacialTema: “Prontuário Clínico aplicado à Prótese Bucomaxilofacial.”Ministrador: Dr. Ricardo César ReisData: 28/03/12Horário: 18hLocal: Departamento de Prótese Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

Grupo de Estudo de Odontologia HospitalarTema: “Discussão de casos clínicos do Departamento de Odontologia Hospitalar do Hospital Heliópolis.”Palestrantes: Claudia Perez Trindade Fraga, Elaine Cristina Cappellano e Marcelo MarcucciData: 30/03/12Horário: 20hLocal: APCD Central

Cursos e carreiras

Desde que foi fundado, em 2002, o Centro Técnico APCD já formou

1.519 alunos em cursos reconhecidos pela Secretaria Estadual de

Educação (MEC).

Atualmente, 312 alunos desfrutam da qualidade de ensino aliado à tec-

nologia de ponta oferecida pela APCD nos cursos técnicos e livres.

* Não perca a oportunidade de se preparar para crescer no mercado de trabalho.

Inscrições ABERTAS!

• Técnico em Saúde Bucal - TSB*

• Técnico em Prótese Dentária – TPD* (a partir de março)

• Especialização para o Técnico em Saúde Bucal – TSB (THD) no Âm-

bito Hospitalar – EAH*

• Especialização em Radiologia Odontológica para o Técni-

co em Saúde Bucal – ERO*

• Especialização em Prótese Ortodôntica para o TPD - EPO

• Instrumentação Cirúrgica em Odontologia (ambulatorial e hospitalar)

• Noções de Recepção e Acolhimento do Paciente

• Cuidador de Idosos – CI*

• Treinamento para Pessoal Auxiliar no Atendimento a Pacientes com

Necessidades Especiais

*** Gratuidade para 50% dos alunos matriculados (convênio MEC)***

Informações:

Secretaria do Centro Técnico – APCD Central:

(11) 2223-2464 / 2465

www.apcd.org.br/EAP/CTE - Cursos

E-mails: [email protected],

[email protected]

Atendimento: de segunda a sexta, das 10h às 19h

Competência e Credibilidade

CENTRO TéCNICO

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APCD Jornal - Março 201228

INFORME DA DIRETORIA

Por determinação judicial, a APCD foi obrigada a publicar o extrato da sentença condenatória abai-xo, procedente de ação de indenização por danos morais proposta por Décio Paiola contra a APCD, em razão de uma matéria publicada no APCD Jornal de julho de 2001, ano 36, edição 531, na página 4, cuja diretoria à frente da entidade na ocasião é a da Ges-tão 2000-2002.

EXTRATO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA

CONTRA A APCDPoder Judiciário julga procedente ação de

indenização por danos morais proposta por Décio Paiola contra a APCD

Professor Doutor DÉCIO PAIOLA, acadêmico ho-norário da Academia Brasileira de Odontologia, só-cio, benemérito, sócio remido e membro do Conselho

Deliberativo da APCD – ASSOCIAÇÃO PAULISTA DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS durante os biênios de 1971-1972, 1989-1991, 1997-1999 e 1999-2001, ajuizou ação e indenização por danos morais contra a Asso-ciação em virtude de textos veiculados em junho e julho de 2001 no “ Informe da Diretoria” deste pe-riódico. As matérias publicadas distorceram fatos e utilizaram termos ofensivos ao prof. Décio Paiola, cirurgião-dentista renomado com larga carreira aca-dêmica, referindo-se a ele como “irresponsável” e “oportunista”. O motivo dessas ofensas foi a incon-formidade do Prof. Dr. Décio Paiola e de outros três membros do Conselho Deliberativo à época dos fa-tos com as eleições dos Conselhos Eleitoral, Fiscal e Deliberativo ocorridas em 30 de maio de 2001. Esta inconformidade foi manifestada através da proposi-tura de ações judiciais. O Poder Judiciário considerou leviana e temerária a postura adotada pela APCD. Em trecho destacado da sentença proferida em primei-ra instância na ação de indenização, a MM. Juíza de Direito da 4ª Vara Cível do Foro Regional de Santana, Maria Pires de Melo, disse que: “em qualquer asso-

ciação humana, o pensamento das minorias deve ser respeitado, ainda que dele se discorde, ou seja, ainda que sustente ponto- de- vista diferente e, até opos-to. Observe-se que o direito de participar de ativida-de associativa não é sinônimo de cega submissão à vontade da maioria e nem de concordância com tudo que essa maioria define como certo. A divergência de opinião sobre quaisquer assuntos ou de interpretação de quaisquer textos normativo não autoriza a ofen-sa à honra (objetiva ou subjetiva) de qualquer pessoa (física ou jurídica) e nem à represália ou à retaliação, mas, se necessário, o uso da ação judicial adequada, para quem (pessoa física ou jurídica) entender exis-tir lesão a qualquer direito, que tenha legitimidade para defender”. Assim, a APCD foi condenada a pagar indenização de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), devida-mente atualizados, a título de indenização por danos morais ao Prof. Dr. Décio Paiola e a publicar o presente extrato de sentença neste periódico, em duas edições consecutivas, para que o resultado desta ação fosse comunicado a todos os associados da APCD pelo mes-mo meio e forma que foram divulgadas as ofensas. n

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APCD Jornal - Março 2012 29

Notícias da ABCDAssociação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas [email protected]

Reunião da ABCD Nacional durante o 30º CIOSP

A ABCD Nacional realizou a reunião do Conselho Nacional de Representantes e da Diretoria Exe-cutiva em São Paulo, no dia 29 de janeiro, durante o 30º CIOSP, com a presença de diversos Presidentes das Seções da ABCD instaladas pelo país.

Além dos Presidentes, a Reu-nião contou com a participação de diversos Conselheiros Nacio-nais, e teve como uns dos assuntos da pauta: o balanço financeiro da entidade; as ações realizadas no ano de 2011, e também debateu o planejamento do ano de 2012.

Neste planejamento, foi de-

Conheça as seções Regionais da ABCD Entre as deliberações da Reunião do 30º CIOSP

está a divulgação, a partir desta edição do APCD Jornal, das estruturas e ações das Seções Nacionais da ABCD, valorizando o esforço e a dedicação dos dirigentes que se esforçam para que a ABCD mar-que sua presença nas diversas regiões do país.

Nesta edição, vamos divulgar a Regional Centro-Vales, da Seção Rio Grande do Sul, que tem como Presidente Luis Carlos Lorenzoni Avila.

ABCD – Centro-Vales (RS)Prestes a completar cinco anos de existência, a

Regional Centro-Vales tem mais de 100 associados e está sediada em Lajeado – RS. A Diretoria atual (2010-2013) é presidida por Luiz Carlos Lorenzoni Ávila.

Reconhecida pelo CFO, desde 2009, como Entida-de Representativa de Classe, a Regional tem atuado de forma sistemática contactando profissionais e aca-dêmicos de diversas instituições, fazendo com que a ABCD seja conhecida e reconhecida em todo o estado.

terminado que a Reunião Anual da ABCD será realizada e promo-vida pela Seção Rio de Janeiro, no mês de agosto.

O Presidente da ABCD, Silvio Jorge Cecchetto, comandou a reu-nião, que contou com a presença do contador geral da entidade, José Maria Giaretta Camargo, que apresentou os números relativos aos balanços dos últimos anos. Foi realizada também a apresen-tação dos funcionários da ABCD, para que as Seções pudessem co-nhecer aqueles que estão à dispo-sição no dia a dia da Entidade. n

Um dos grandes diferenciais da Regional são os seus cursos. Sempre com o firme propósito de promover o intercâmbio de docentes de vários outros estados com a comunidade odontológica gaúcha. A Regional Centro-Vales tem oferecido cursos de pós-graduação (Especialização/Aperfei-çoamentos/Workshops) com grande sucesso.

Quer saber mais? Acesse: www.abcdcentro-vales.com.br n

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Confira os próximos cursos que a EAP APCD preparou para você!

PACIE/2012 – Especialização para Pacientes com Necessidades EspeciaisMinistradora: Maria Cristina Duarte Ferreira e equipe Seleção: 20/03/2012, às 14h –Prova escrita, entrevista e análise de currículoInício: 21/03/2012Término: 24/08/2013Investimento: 18X de R$ 800,00 ou 12X de R$ 1.080,00Realização: terças, quartas, quintas e sextas-feiras – mensalmente – 18 [email protected]

Cursos DE AtuAlizAção

CirurgiaTPC/122 A14 – Extensão em Cirurgia Oral e Bucomaxilofacial Ministrador: João Gualberto de Cerqueira Luz e equipeInício: 15/03/2012 Término: 26/07/2012Realização: quintas-feiras – semanal – das 8h às 17hInvestimento: Associado APCD – 5X de R$ 380,00, recém-formado e melhor idade - 5X de R$ 190,[email protected]

TPC/03 A14 – Cirurgia Oral para o clínico geralMinistrador: Sidney Rafael das Neves e equipeInício: 16/03/2012 Término: 23/11/2012Realização: sextas-feiras – semanal – das 8h às 12hInvestimento: Associado APCD – 9X de R$ 400,00, recém-formado e melhor idade – 9X de R$ 200,[email protected]

TPC/106 A14 – Cirurgia Oral AvançadaMinistrador: Sidney Rafael das Neves e equipeInício: 16/03/2012 Término: 23/11/2012Realização: sextas-feiras – semanal – das 8h às 12hInvestimento: Associado APCD – 9X de R$ 450,00, recém-formado e melhor idade – 9X de R$ 225,[email protected]

TPC/107A14 – Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral e Noções de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – Módulo I Ministrador: Waldyr Antônio Jorge e equipeInício: 13/03/2012Término: 10/07/2012Realização: terças-feiras – semanal – das 13h às 21hInvestimento: Associado APCD – 5X de R$ 400,00, recém-formado e melhor idade – 5X de R$ 200,[email protected]

ORTO/2012 - Especialização em OrtodontiaMinistrador: Luciano da Silva Carvalho e equipeSeleção: 19/03/2012 – entrevista e análise de currículo – 9hInício: 09/04/2012Término: 30/03/2015Investimento: 36 x de R$1.500,00Realização: segundas-feiras - semanalmente – das 8h às 18hCarga horária: [email protected]

ORTOP/2012 - Especialização em Ortopedia Funcional dos MaxilaresMinistrador: João Alberto Martinez e equipeInício: 19/04/2012Término: 18/09/2014Investimento: 30X de R$ 1.780,00 ou 24X de R$ 2.003,00Realização: quintas, sextas e sábados - mensalmente – das 8h às 18hCarga horária: [email protected]

IMPL/2012A - Especialização em ImplantodontiaMinistrador: Adilson Sakuno e equipeInício: 26/03/2012Término: 26/11/2014Investimento: 33X de R$ 1.110,00 ou 27X de R$ 1.221,00Realização: segundas, terças e quartas-feiras - mensalmente – das 14h às 22hCarga horária: [email protected]

PROTE/2012O - Especialização em Prótese DentáriaMinistrador: Orlando Magalhães Filho e equipeSeleção: 07/03/2012 – entrevista – 14hInício: 14/03/2012Término: 19/03/2014Investimento: 24X de R$ 950,00 ou 18X de R$ 1.140,00Realização: quartas-feiras - semanalmente – das 14h às [email protected]

ODONP/2012 – Especialização em OdontopediatriaMinistradora: Sandra Kalil Bussadori e equipeSeleção: 03/03/2012 – entrevista – 10hInício: 05/04/2012Investimento: 20X de R$ 700,00 ou 15X de R$ 840,00 Realização: quintas, sextas e sábados - das 8h às 18h - mensalmenteCarga horária: 750h – 20 [email protected]

rEDuzA A QuANtiDADEDE PArCElAs E GANHE 10% DE DEsCoNto Nos Cursos DE EsPECiAlizAção*os valores serão atualizados a

cada 12 meses de curso (iPC-FiPE)

Cursos DE EsPECiAlizAção

CIRUR/2012 – Especialização em Cirurgia e Traumatologia BucomaxilofacialMinistrador: Antonio Castelo Branco Teixeira, João Gualberto de Cerqueira Luz e equipeSeleção: 05/04/2012 – 9h – prova escrita, entrevista e análise de currículoReferências Bibliográficas: ANDRADE - Terapêutica Medicamentosa em OdontologiaMANGANELLO/LUZ – Tratamento Cirúrgico do Trauma BucomaxilofacialPETTERSON - Cirurgia Oral e Maxilofacial ContemporâneaSAILER - Cirurgia BucalInício: 19/04/2012Término: 20/04/2014Realização: terças, quartas, quintas e sextas-feiras – semanalmente (terças, quartas e sextas atividade hospitalar. Quintas – aula teórica e clínica), das 8h às 17hInvestimento: 24X de R$ 1.375,00 ou 18X de R$ 1.650,[email protected]

CIRU/2012A – Especialização em Cirurgia e Traumatologia BucomaxilofacialMinistrador: Henrique Camargo Bauere equipeSeleção: 15/05/2012 – entrevista e análise de currículo – 13hInício: 07/08/2012Término: 05/08/2014Realização: terças-feiras – semanal – das 13h às 21hInvestimento: 24X de R$ 1.375,00 ou 18X de R$ 1.650,[email protected]

PERIO/2012F – Especialização em PeriodontiaMinistrador: Luis Fernando Ferrarri Bellasalma e equipeInício: 14/03/2012Término: 30/03/2013Realização: quartas-feiras – semanal – das 8h às 17hInvestimento: 12X de R$ 720,00 ou 6X de R$ 1.296,[email protected]

TPC/127A14 – Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral e Noções de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – Módulo II Ministrador: Waldyr Antônio Jorge e equipeInício: 06/03/2012Término: 10/07/2012Realização: terças-feiras – semanal – das 13h às 21hInvestimento: Associado APCD – 5X de R$ 420,00, recém-formado e melhor idade – 5X de R$ 210,[email protected]

EndodontiaTPC/69 A14 – Endodontia com tecnologia para o clínico geralMinistrador: Mario Luis Zuolo e equipeInício: 13/03/2012Término: 03/07/2012Realização: terças-feiras – semanal – das 8h às 12hInvestimento: Associado APCD – 4X de R$ 400,00, recém-formado e melhor idade: 4X de R$ 200,[email protected]

TPC/53A14 – Endodontia contemporâneaMinistradores: Marina Tosta, Noboru Imura, Shaiana Kawagoe, Marcelo Toshio e equipeInício: 08/03/2012Término: 05/07/2012Realização: quintas-feiras – semanal – das 16h às 20hInvestimento: Associado APCD – 4X de R$ 400,00, recém-formado e melhor idade – 4X de R$ 200,00 [email protected]

TPC/92 A14 – Endodontia em Sessão Única - Módulo I Ministrador: Eduardo Kado e equipeInício: 19/03/2012Término: 25/06/2012Realização: segundas-feiras – semanal – das 18h30 às 22h30Investimento: Associado APCD – 4X de R$ 390,00, recém-formado e melhor idade – 4X de R$ 180,[email protected]

TPC/130 A14 – Endodontia em Sessão Única – Módulo IIMinistrador: Gustavo Meneghine e equipe Início: 19/03/2012Término: 25/06/2012Realização: segundas-feiras – semanal – das 18h30 às 22h30Valores: Efetivos - 4X de R$ 400,00 recém formados e melhor Idade - 4X de R$ 200,[email protected]

PróteseTPL/76A14 – Prótese Fixa Estética Ministradores: Aônio Genícolo Vieira e José Custódio Feres VieiraInício: 14/03/2012

Page 31: Março de 2012 Ano 46 - N°659

iNsCrição MAis FÁCil:As inscrições para os cursos da EAP poderão ser feitas pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones:

11 2223-2307 / 2407

sECrEtAriA Do CENtro tÉCNiCo - APCD:www.apcd.org.br / EAP / CTE / [email protected]@apcdcentral.com.br

11 2223-2464 / 2465

57 anos dedicados à odontologiaem ensino continuado de qualidade

Término: 27/06/2012Realização: quartas-feiras – semanal – das 19h às 23hInvestimento: Associado APCD – 4X de R$ 200,00, recém-formado e melhor idade - 4x de R$ 100,[email protected]

TPC/31A14 – Prótese Fixa Convencional e Metal FreeMinistrador: Alfredo Mikail Melo Mesquita e equipeInício: 19/03/2012 Término: 16/07/2012Realização: segundas-feiras – semanal – das 18h30 às 22h30Investimento: Associado APCD – 5X de R$ 500,00, recém-formado e melhor idade – 5X de R$ 250,[email protected]

TPC/61A14 – Prótese sobre ImplanteMinistradores: Jarbas Eduardo Martins, Eliane Maria Gabriel Braga e equipeInício: 20/03/2012 Término: 28/08/2012Realização: terças-feiras – semanal – das 8h às 12hInvestimento: Associado APCD – 6X de R$ 420,00, recém-formado e melhor idade – 6X de R$ 210,[email protected]

TEO/39A14 – Curso Teórico – Cirurgia e Prótese – Otimizando a reabilitação com implantesMinistrador: Giovanni de Almeida Prado Di GiácomoInício: 09/03/2012 Término: 09/03/2012Realização: sexta-feira – das 15h às 19hInvestimento: Associado APCD, recém-formado, melhor idade e acadêmico: 1X de R$ 100,[email protected]

Clínica Integrada

TPC/126A14 – Clínica odontológica integrada com ênfase em Endodontia, Dentística, Periodontia e PróteseMinistrador: Miguel S. Haddad Filho e equipeInício: 06/03/2012Término: 30/10/2012 Realização: terças-feiras – semanal – das 8h30 às 17h30Investimento: Associado APCD – 8X de R$ 150,00, recém-formado e melhor idade – 8X de R$ 75,[email protected]

ImplanteTPC/39 A14 – Atualização em Implantodontia – Módulo Cirúrgico e Protético (APOIO CONEXÃO)Ministrador: Adilson Sakuno e equipe Início: 14/03/2012 Término: 10/10/2012Realização: quartas-feiras – quinzenal - das 8h às 18h Investimento: Associado APCD – 8X de R$ 600,00, recém-formado e melhor idade – 8X de R$ 300,[email protected]

TPD/38A14 – Curso de Capacitação em Microimplantes para Ancoragem OrtodônticaMinistrador: Adilson Sakuno e equipe Início: 02/03/2012 Término: 03/03/2012Realização: sextas-feiras, das 8h às 18h, e sábado, das 8h às 12hInvestimento: Associado APCD, recém-formado e melhor idade – 1X de R$ 500,[email protected]

TPC/52A14 - Implantodontia com ênfase em Cirurgia Plástica PeriodontalMinistrador: Rodrigo Tadashi Martines e EquipeInício: 12/03/2012 Término: 18/06/2012Realização: segundas-feiras – quinzenal – das 8h às 18hCarga horária: 64 horas/aulaInvestimento: Associado APCD – 4X de R$ 450,00, recém-formado e melhor idade – 4X de R$ 225,[email protected]

TPD/11 A14 – Curso de Credenciamento da EAP sobre Implante Zigomático – Sistema ConexãoMinistradores: Eduardo Mukai, Marcio Martins e Jamil Awad Shibli Realização: 21, 22 e 23 de março – quarta, quinta e sexta-feira – das 8h às 18h Carga horária: 24 horasInvestimento: Associado APCD – 1X de R$ 2.500,00 [email protected]é-Requisito: É necessário ter experiência em implantodontia

TPC/62A14 – Implantodontia para o clínico geralMinistrador: Mauricio Teixeira Duarte e equipeInício: 02/03/2012

Disfunção TemporomandibularTPD/50 A14 – Atualização em DTMMinistrador: Guiovaldo Paiva e equipeInício: 09/03/2012 Término: 15/06/2012Realização: sextas-feiras – mensalmente – das 8h às 18hCarga horária: 32 horas/aulaInvestimento: Associado APCD e melhor idade – 4X de R$ 250,[email protected]

PeriodontiaTPC/07A14 – Periodontia e Cirurgia Periodontal Estética e Pré-Protética – Módulo IMinistrador: Eduardo de Mesquita Sampaio e equipeInício: 06/03/2012Término: 11/12/2012Realização: terças-feiras – semanal – das 17h às 21hCarga horária: 144 horas/aulaValores: Efetivos: 10X de R$ 470,00recém-formados e melhor idade - 10X de R$ 235,[email protected]

TPC/06A14 – Periodontia e Cirurgia Periodontal Estética e Pré-Protética – Módulo IIMinistrador: Eduardo de Mesquita Sampaio e equipeInício: 06/03/2012Término: 11/12/2012Realização: terças-feiras – semanal – das 17h às 21hCarga horária: 144 horas/aulaInvestimento: Associado APCD – 10X de R$ 480,00, recém-formado e melhor idade – 10X de R$ 240,00Pré requisito: Ter participado do Curso de Periodontia e Cirurgia Periodontal – Módulo [email protected]

Laser – HabilitaçãoTPC/ 86A 14 - Habilitação em Laser – Apoio: ECCO Fibras e DispositivosMinistrador: Walter J. Genovese e equipe Início: 16/03/2012Término: 17/08/2012 Realização: sextas-feiras – quinzenal – das 14h às 20h30Investimento: Associado APCD – 5X de R$ 30,00

Término: 29/06/2012Realização: sextas-feiras – semanal – das 14h às 22hCarga horária: 160 horas/aulaInvestimento: Associado APCD – 4X de R$ 350,00, recém-formado e melhor idade - 4X de R$ 175,[email protected]

TPC/72A14– Curso Clínico Cirúrgico de Implantodontia Ministradores: Hid Miguel Junior, Mauricio Chebat e Shindi NakajimaInício: 14/03/2012 Término: 27/06/2012Realização: quartas-feiras – semanal – 18h às 22hInvestimento: Associado APCD, recém-formado e melhor idade: 4x R$ 350,[email protected]é-Requisito: É necessário ter experiência em implantodontiaO curso será eminentemente clínico cirúrgico.

OrtodontiaTPL/82A14 – Mecânica Straight Wire em TypondontMinistrador: Sergio G. Iafigliola e equipeInício: 07/03/2012 Término: 12/12/2012Realização: quartas-feiras – quinzenal – das 8h às 16h30Investimento: Associado APCD – 10X de R$ 410,00, recém-formado e melhor idade - 10X de R$ 205,[email protected]

TPL/83 A14 – Ortodontia e Ortopedia Facial: diagnóstico, planejamento e interceptação de má oclusõesMinistrador: Sergio G. Iafigliola e equipeInício: 05/03/2012Término: 10/12/2012Realização: segundas-feiras – quinzenal – das 8h às 16h30Investimento: Associado APCD – 10X de R$ 380,00, recém-formado e melhor idade – 10X de R$ 190,[email protected]

DentísticaTPC/87A14 – Atualização em Dentística com ênfase em EstéticaMinistrador: Helio Rui Dutra e equipeInício: 14/03/2012Término: 27/06/2012 Realização: quartas-feiras – semanal – das 8h às 13hInvestimento: Associado APCD, recém-formado e melhor idade – 4X de R$ 200,[email protected]

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APCD Jornal - Março 201232

Notícias da EAPArtur Cerri Diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD [email protected]

TwITTER DA EAPSiga a EAP APCD pelo twitter @eapapcd. Fale conosco!

CURSO CLÍNICO DE IMPLANTODONTIAInício em 14 de março, às quar-tas-feiras, das 14h às 22h. O curso terá a duração de quatro meses com ênfase no módulo cirúrgico. É necessária experiência na área. Investimento 4x de R$ 350,00. Coordenadores: Hid Miguel, Mau-ricio Chebat e Shindi Nakajima.

CURSO DE TREINAMENTO DE GESTÃO PARA CLÍNICAS ODONTOLÓGICAS COM 50% DE DESCONTO PARA ALUNOS E PROFESSORES DA EAPInício em 17 de março, das 9h às 18h. O curso será ministrado pela empresa Oralfix, e terá o valor de R$ 200,00. Porém alunos e profes-sores da EAP tem 50% de descon-to. O curso é mensal com duração de 10 meses (17 de março, 14 de abril, 19 de maio, 16 de junho, 21 de julho, 18 de agosto, 15 de setembro, 21 de outubro, 10 de novembro e 8 de dezembro). Os interessados poderão fazer inscri-ção diretamente na EAP, pelo e--mail: [email protected]. Basta colocar o nome completo e telefone para contato.

Mauricio Chebat e Hid Miguel

EXCELENTE OPORTUNIDADE A EAP está oferecendo uma exce-lente oportunidade aos associados da APCD: Habilitação em laser, por apenas R$ 30,00 mensais. O curso terá a duração de seis meses, com início em 16 de março. Coordena-dor: Walter João Genovese.

CURSOS NA EAP CENTRALAntes de optar por um curso de sua preferência, convidamos você a visitar nossas instalações. Esta-mos esperando sua visita no 4º andar da sede da APCD Central.

BIBLIOTECANovamente a Biblioteca da EAP consegue superar o número de atendimentos em janeiro em relação aos meses anteriores. Em janeiro, fo-ram realizados pela biblioteca 423 atendimentos aos associados com média diária de 20.23 atendimentos.

PAINEL ELETRÔNICO NA EAPFoi instalado na sala de espera das clínicas da EAP, um pai-nel eletrônico para facilitar o atendimento dos pacientes. Os aparelhos instalados no 2º e 3º andar das clinicas foi uma doa-ção da LUMIDENTE (SnapOn). É mais um benefício da EAP aos alunos e pacientes.

CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CLÍNICA INTEGRADAAproveite essa oportunidade e faça sua inscrição no Curso de Atualização em Clínica Integrada, por apenas oito parcelas de R$ 150,00. O curso é semanal e reali-zado às terças-feiras, das 8h30 às 17h30. O curso é coordenado pelo professor Miguel S. Haddad Filho.

ESPECIALIZAÇÃO EM PRÓTESE DENTÁRIAInicio em 14 de março de 2012 e término em 19 de março de 2014. A periodicidade do cur-so é semanal (quartas-feiras, das 14h às 22h). Investimento 24x de R$ 950,00 ou 18x de R$ 1.140,00. Coordenador: Orlando Magalhães Filho.

EXEMPLO DE DEDICAÇÃO, PRO-FISSIONALISMO E FIDELIDADEMilzo José Bellato e Homero Gastaldo são alunos da EAP no Curso de Atualização em Im-plantodontia. Até aí nada de mais! Ocorre que esses colegas

têm 76 e 77 anos, respectiva-mente. São alunos da terceira idade e possuem 50% de des-contos nos cursos de atua-lização. Milzo José Bellato é formado pela USP de Ribeirão Preto e tem 55 anos de profis-são. É casado, tem dois filhos e três netos. Fez curso de es-pecialização em Radiologia na EAP ainda na Rua Humaitá. Desde então fez todos os cur-sos de atualização na EAP. Com orgulho relata que tem mais de 140 diplomas de cursos reali-zados na EAP. Optou pelo curso de Implantodontia, pois ainda realiza atendimentos na Praça da Árvore. Homero Gastaldo formou-se há 53 anos pela Fousp. Tam-bém casado, tem dois filhos e dois netos adultos. Sua esposa o ajuda na clínica e atende na Mooca. Homero participou de quase todos os Congressos re-alizados pela APCD. Estimulado por colegas e para ampliar seus conhecimentos resolveu cursar Implantodontia. Milzo e Homero são exemplos de dedicação e amor à profis-são. A EAP se sente privilegia-da em ter entre seus alunos os colegas Milzo e Homero que representam todos os demais profissionais da terceira idade.

MÉDICO ENALTECE A ODONTO-LOGIA NA RÁDIO JOVEM PANMauricio Wajngarten, famoso e competente médico cardio-logista e geriatra também é consultor médico da Rádio Jo-vem Pan e constantemente faz esclarecimentos a população sobre a saúde do coração. Não raramente Wajngarten orienta os ouvintes sobre a importân-cia de uma higiene bucal ade-quada beneficiando o coração e que deve ser orientada pelo Cirurgião-Dentista. Mauricio é daqueles médicos que valoriza o exame clínico e atende seus pacientes com carinho. Sua sabedoria é co-nhecida internacionalmen-te. Está ligado ao Incor e a FMUSP, onde presta relevan-tes serviços. É irmão do Ci-rurgião-Dentista e Professor Isidor Wajngarten. Ao Dr. Mauricio, nossos agra-decimentos por enaltecer a Odontologia na mídia.

Homero Gastaldo e Milzo Bellato

Mauricio Wajngarten

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APCD Jornal - Março 201234

Lançamentos

A FGM Produtos Odontológicos desenvolveu o Top Comfort, lança-mento que oferece solução eficaz e exclusiva para prevenção de lesões em tecidos moles bucais provoca-das por dispositivos ortodônticos. Top Comfort é uma resina fotopo-limerizável indicada para revestir e arredondar partes agudas de brá-quetes, tubos e outros dispositivos fixos que estejam em contato com a bochecha ou língua. Desta forma, evita e alivia lesões, proporcionando conforto para o paciente durante a mastigação e a fonação.

Top Comfort vem pronto para o uso a partir da seringa e sua visco-sidade torna fácil a aplicação, sem risco de escoamento excessivo. O

Conheça o novo implante Cone Morse

Nova Bomba a vácuo super silenciosa Acrous

Inovador! É assim o design do novo implante Cone Morse da Den-toflex. Com um corpo com núcleo cônico e três formatos diferentes de espiras, o implante Supreme apre-senta, também, microespiras na plataforma protética do implante, além de possuir um assentamento protético menor em comparação ao diâmetro de sua plataforma, o que confere ao implante um con-ceito de plataforma switch. O passo de rosca largo aliado a dupla rosca permite uma inserção mais rápida e menos traumática do implante em qualquer tipo de osso.

Sua conexão do tipo Morse permite ao Cirurgião-Dentista a instalação em três situações clínicas possíveis – ao nível de crista, 1,0mm ou, ainda, 2,0mm abaixo da crista óssea. n

A Acrous obteve muitos elogios e muito sucesso com o lançamento da nova Bomba a vácuo portátil, modelo Silent Vaccum no CIOSP 2012.

Com mais de 10 anos de ex-periência na fabricação de Equi-pamentos a Vácuo, atendendo a muitos pedidos, a Empresa proje-tou um novo equipamento elétrico portátil, que não utiliza água, não requer instalação especial, é a mais silenciosa do mercado e proporcio-na ao profissional uma aspiração com fluxo contínuo, ideal para cirurgias com grande demanda de irrigação, sangue, coágulos etc.

Mais uma vez a Acrous sur-preendeu seus clientes com um equipamento totalmente auto-matizado, muito prático e ultra--silencioso. n

Informações:Tel.: (16) 3011-4666 ou 3234-9000Site: www.acrous.com.br

Fonte: Acrous

Informações:Tel.: (11) 2065-2155 ou 0800-774-2155Site: www.dentoflex.com.brE-mail: [email protected]

Fonte: Dentoflex

A atividade do Cirurgião-Den-tista expõe seus pacientes, equipe, familiares e o mesmo a um ambien-te microbiano altamente agressivo.

Veja o risco em números, de acordo com Portal Biológicas e Portal da Saúde:Hepatite C: 180 milhões de in-fectadosHepatite B: 350 milhões de por-tadores crônicosHIV: 36 milhões de portadores

Diante desse cenário, as preocu-pações dos Cirurgiões-Dentistas é ga-

rantir que o consultório esteja prote-gido contra estes agentes causadores de doenças infecciosas, garantindo a segurança de todos os envolvidos no tratamento odontológico. Nes-se contexto, a Angelus desenvolveu uma linha de suctores produzida em polímero de alta performance que permite esterilização em autoclave, garantindo que todos os suctores, inclusive o de saliva, mantenha biossegurança.

A Linha Flex apresenta uma série de vantagens para o profis-sional de Odontologia, tais como: •  Não oxida com o uso;•  Design que facilita o manuseio;•  Pré-angulação que permite melhor posicionamento na cavidade oral;•  Garantia de esterilização;

•  Formato  e  rigidez  permitem  o afastamento da bochecha e língua.

Confira os suctores da linha flex:

Suctor cirúrgicoEstéril e mais conforto du-

rante a manipulação, para sucção em procedimentos cirúrgicos.

Suctor endodônticoConjunto suctor e pontas

cambiáveis estéreis, para sucção de líquidos irrigadores na Endodontia.

Suctor de salivaÚnico suctor de saliva em

polímero autoclavável do merca-do, para sucção de saliva. n

Fonte: Angelus

Linha flex de suctores

FGM lança produto inovador para proteção de bráquetes ortodônticos

material é fixo aos dispositivos por embricamento mecânico e torna-se rígido após fotoativação.

Devido a ficar retido ao brá-quete por mais tempo (em média 40 dias), permite a recuperação de uma eventual lesão e evita necessidade de reaplicações constantes. Outra vantagem é a estética, pois tem alta translucidez não interferindo nega-tivamente no sorriso.

O produto proporciona alto rendimento – cerca de 125 aplica-ções por seringa – e, após aplicado ao dispositivo fixo, apresenta dosa-da resistência para não ceder du-rante os trabalhos das reconsultas mensais. Além disso, pode ser remo-vido sem dificuldades com pequeno

alicate quando necessário.“Top Comfort é fácil de aplicar,

possui excelente tixotropia, adere facilmente ao bráquete e não solta, proporcionando conforto e seguran-ça pelo tempo que for preciso. Em casos onde a mucosa já apresentava lesões provocadas pelo aparelho, o produto foi aplicado e houve a re-gressão”, relata o Dr. Luis Fischer, mes-tre em Ortodontia (Unicid) e professor de Ortodontia da ACPPO, que realizou testes clínicos com o produto. n

Fonte: FGM

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APCD Jornal - Março 2012 35

AconteceVII Confraternização da

Macro 11 em Ilha GrandeEntre os dias 09 e 12 de feve-

reiro, foi realizado a VII Confrater-nização da Macro 11, com a parti-cipação de amigos e familiares das Regionais Ipiranga, Jardim Pau-lista, Lapa, Penha, Pirituba-Perus, Santo Amaro, São Miguel Paulista, Saúde, Vila Prudente e da Central, na paradisíaca Ilha Grande.

Houve passeios diários de es-cuna para outras praias e ilhas com serviço de praia e lanche inclusos. As praias visitadas foram pratica-mente privativas do grupo. Tam-bém foi feito um passeio à Vila do Abraão, com muitas lojas de arte-sanato e roupas.

Foi feita uma pequena tra-vessia com a participação de

adultos e crianças, todos muito animados em nadar, e mais ainda com a premiação.

Esse evento vem transfor-mando o grupo em uma família.

A VIII Confraternização já está marcada para os dias 14, 15, 16 e 17 de março de 2013. n

Texto: Silvia Sugaya

TESES E DISSERTAÇÕES

No dia 12 de agosto, o Cirurgião-Dentista, Flávio de Ávila Kfouri, defendeu a tese de doutorado pela Unifesp, intitulada “Interface osso-implante dental de titânio produ-zida por cirurgia piezoelétrica”.

A banca foi composta pelos Professores Matsuyoshi Mori, Waldyr Antonio Jorge, Rubens Maciel Filho, Silvio Eduardo Duailibi (orientador), Flávio de Ávila Kfouri e Is-rael Chilvarquer. n

Da esquerda para a direita, Matsuyoshi Mori, Waldyr Antonio Jorge, Rubens Maciel Filho, Silvio Eduardo Duailibi (orientador), o doutorando Flávio de Ávila Kfouri e Israel Chilvarquer

Carlos Magno da Costa Maranduba, Glauco Fioranelli Vieira, Maria Stella N. A. Moreira, Leila Soares Ferreira, Márcia Martins Marques e Antônio Carlos Guedes Pinto (Professor Titular e Pró-Reitor de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão da Universidade Ibirapuera)

No dia 15 de setembro, a Cirurgiã-Dentista, Leila Soa-res Ferreira, defendeu sua tese de doutorado em Dentística, intitulada “Efeitos da fototerapia com laser em baixa inten-sidade e dos fatores de crescimento PDGF e BMP-2, isolados ou em associação, na diferenciação ósseo/odontogênica de células-tronco de polpa dentária humana”.

A banca foi composta pela orientadora Márcia Martins Marques (Profa. Titular do Departamento de Dentística da Fousp), Antônio Carlos Guedes Pinto (Professor Titular e Pró-Reitor de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão da Uni-versidade Ibirapuera), Glauco Fioranelli Vieira (Professor As-sociado do Departamento de Dentística da Fousp), Carlos Magno da Costa Maranduba (Professor Adjunto do Labo-ratório de Genética do Instituto de Ciências Biológicas da UFJF), e Maria Stella N. A. Moreira (Professora Assistente do Curso de Pós-Graduação em Biodontologia). n

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Cultura e lazer

Top 5Confira as dicas culturais do momento

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No princípio éramos apenas parte de Adão - a CostelaTalvez porque as Costelas sejam o arcabouço do tó-

rax, que abriga dois pulmões e um coração, vitais para a sobrevivência, Deus tenha escolhido uma parte nobre do esqueleto para criar a mulher.

Do barro saímos.Veio então a possibilidade do estudo. Surge no Brasil, em

1827, a primeira legislação relativa à educação de mulheres; a lei admitia meninas apenas para as escolas elementares, não para instituições de ensino mais adiantado. Em 1879, o Governo Brasileiro abriu as instituições de ensino superior do país às mulheres; mas as jovens que seguiam esse caminho eram sujeitas a pressões e à desaprovação social.

Assumimos a posição dos homens nas frentes de ba-talha do pós-guerra. O óbito ou a mutilação fizeram com que as mulheres assumissem os negócios, em busca da so-brevivência da família.

Antes, porém, das frentes de batalha, em 1908, trabalhado-ras de uma fábrica têxtil de Nova York, declararam greve. Para a incineração foi apenas mais um passo. Lutando por uma jornada de trabalho de 10 horas e direito à licença-maternidade, 129 mulheres viraram cinzas, quando o dono da indústria trancou-as no interior da mesma e mandou atear fogo, no dia 8 de março.

Mas foi com a possibilidade do voto, que as mulheres foram ganhando mais força, conquistando o direito de ele-ger seus governantes. Um direito obtido por meio do Có-

Mariana parou o carro no único res-taurante daquela cidadezinha, torrando ao sol das 11 horas. Uma garota beirando 15 anos veio atendê-la toda sorridente. O almoço ia começar às 12 horas, mas a moça nem perceberia a espera, podia ver a igreja, o cemitério ou a praça, era bonito, valia a pena. Mariana aceitou, estava com fome, morta de cansaço, fi-cava ali mesmo no terraço mais fresco, depois de comer seguiria viagem. Foi buscar a prima que ficara no carro, uma folgada, cuja filosofia era: em férias ninguém devia esquentar a cabeça. Ju-lieta acompanhou Mariana meio contra a vontade, lugar modorrento e parado sem nada para ver, deveriam ter ido até a praia só mais quarenta quilômetros

adiante... Mariana fingiu que não escu-tou, as reclamações logo passariam. Mas não passaram. Para evitar discussão lar-gou a "mãe das queixas" sem dizer nada, na rua decidiria que rumo tomar. Parou na calçada meio perdida, viu cinco ou seis rapazes sentados em um muro baixi-nho em frente ao restaurante. Um deles atravessou a rua, andar sossegado, jeito amistoso, camisa fora da calça, também com tanto calor. Chegou, cumprimentou tocando a mão na aba do chapéu. Ma-riana pensou: "É educado"!

Estava certa, não teve medo, era apenas um matuto inofensivo que tinha visto a placa do carro dela: São Paulo. Alguma vez ainda queria conhecer, mas por enquanto não dava; e ela, procu-

rava o quê naquelas bandas? Mariana respondeu: - Estou passeando.

O homem duvidou, ali ou nas redon-dezas não havia beleza nenhuma para ser vista, só quem carecia de um serviço bem feito aparecia naquele fim de mun-do. Resolveu tomar a dianteira, mulheres sempre eram piores que os homens na hora do definitivo. Ofereceu seus présti-mos, trabalho limpo, não deixava rastro algum, pagamento metade antes metade depois do feito. Se fosse longe, a despesa era por conta dela. Era profissional, ele e os amigos - os que estavam sentados na mureta. Contando no tempo, tinha para mais de 10 anos no ramo e nunca falhara. O coração de Mariana acelerou na me-dida em que foi ouvindo e entendendo

a conversa do homem; relanceou o olhar na direção dos outros, também profissio-nais, esperando tranquilos a chegada de algum "serviço”. Julieta veio chamar, o almoço ficou pronto.

- Vai dona, depois a gente acaba a conversa - disse o homem.

- Agradeço, mas não preciso, de verdade - respondeu Mariana.

Ele ainda reclamou do calor, abanan-do a camisa, e mostrou despreocupado o revólver calibre 38 preso na cintura bri-lhando ao sol do meio dia.

VERÍDICO. n

Por Odette MuttoAssociada da APCD e

Membro do Comitê dos 100 anos

CrônicaMaria Lucia Zarvos Varellis Cirurgiã-Dentista associada da APCD [email protected]

digo Eleitoral Provisório, de 24 de fevereiro de 1932, mas uma conquista incompleta, uma vez que o código permitia apenas que mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar. O voto passou a ser livre a partir de 1934 e obrigatório em 1946.

Já não nos satisfazia apenas o aprendizado de bordado e culinária, de puericultura e piano, queríamos mais e fomos para a universidade, optando por uma carreira profissional que garantisse a sobrevivência e um pouco mais de liberdade.

E a presença da mulher nas universidades ganha força no século XX.

Chegamos à engenharia civil, passando pelo direito, economia, medicina e administração, áreas antes essen-cialmente destinadas aos homens.

A vida abriu-se num feroz carrossel.Rapidamente ocupamos os espaços que eram possí-

veis de serem ocupados.De repente já éramos não mais apenas o sexo frágil,

as parideiras de uma grande prole, para a qual dedicáva-mos incansáveis, cada segundo de nossas vidas. Éramos também Cirurgiãs-Dentistas, médicas, juízas. Passamos a ter colocações e vencimentos antes nunca imaginados.

Mas ainda era pouco. Não apenas abandonamos as trincheiras do pós-guerra e ganhamos a formação pro-fissional, o direito ao voto e a remuneração justa, mas

passamos a caminhar lado a lado com o homem em ce-nários nunca antes imaginados – até chegar à Presidência da República, uma realidade no Brasil e em outros países.

Quando pensamos em Joana D´Arc (ano 1412), Santa Cristina (ano 300), Santa Apolônia (ano 248), exemplos de mulheres que sofreram torturas até chegar à morte, por defenderem o direito de expressar suas opiniões, consta-tamos efetivamente que o mundo mudou.

Longe de querer transformar este pequeno texto num discurso feminista, quero sair em defesa da mulher. O pulo do gato da história aí está: apesar de todos estes avanços, ela continuou mulher.

Ela se perfuma para seu amado, aninha a cria em seu re-gaço, administra seu lar com maestria, prepara a refeição e a coloca sobre a mesa e regozija-se ao ver a família em torno dela reunida para se deliciar, com as crianças gargalhando, depois da sua jornada de trabalho, de ter cuidado da casa, não antes de ter choferado as crianças e ter feito as compras do supermercado.

Esta mulher plural, multifacetada, capaz de realizar inúmeras tarefas ao mesmo tempo, profissional, mãe, esposa, filha, companheira, botão em flor que brota e desabrocha a cada amanhecer, esta mulher é você.

E a coluna deste mês é especialmente dedicada a você, mulher encantadora, que com sua arte e ciência empresta graça, elegância e competência à Odontologia. n

CONTOProfissionais - Nordeste/Brasil

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Por Swellyn França

TOP 5Roger Waters traz

turnê The Wall - Live para o Brasil

Roger Waters, um dos fundadores da extinta banda de rock britânica, Pink Floyd, traz sua turnê The Wall - Live

para o Brasil. O show, escrito e produzido por Waters e apre-sentado pela primeira vez pela banda em 1980, contará com os

efeitos especiais criados pelo cantor na época, como as imagens do cartunista Gerald Scarfe, o avião batido, o som quadrifônico e o porco voador. Tudo isso aliado às tecnologias mais recentes. As apresentações começam em 25 de março, em Porto Alegre, passa no dia 29 pelo Rio de Janeiro; e no dia 31 de março e 1º de abril por São Paulo. Informações: www.t4f.com.br

Filme brasileiro, Xingu, estreia dia 6 de abril

Com João Miguel, Felipe Camargo e Caio Blat no elen-co, o filme conta a história dos irmãos Villas-Bôas que se alistam na expedição Roncador-Xingu e partem em

uma missão desbravadora pelo Brasil Central. Numa via-gem sem paralelo na história, os três conseguem fundar

o Parque Nacional do Xingu. Baseado em uma história real, o Drama Xingu estreia nos cinemas em 6 de abril.

O Libertino: ainda dá tempo de assistir ao espetáculoFicará em cartaz até o dia 1o de abril, no Teatro Cultura Artísti-ca Itaim, a peça O Libertino. Com direção de Jô Soares e Cassio Scapin no elenco, o espetáculo é uma adaptação da comédia do dramaturgo Éric-Emmanuel Schmitt, um dos maiores nomes da dramaturgia contemporânea. O texto conta a história do filósofo francês Denis Diderot (1713-1784) e suas relações com temas como poder, sexo e ética. Tudo transformado em uma grande comédia. Informações: www.culturaartistica.com.br.

Exposição de Portinari fica até dia 21 de abril no Memorial da América Latina

“Guerra” e “Paz”, as últimas e maiores obras do artista plás-tico Cândido Portinari, ficarão em exibição no Memorial da América Latina, em São Paulo, até 21 de abril. Além das te-

las, estão sendo exibidos de forma inédita aproximadamente 100 estudos preparatórios da obra, bem como uma interface

digital, com projeções e vídeos. Com entrada gratuita, a visitação deve ser feita de terça a domingo, das 9h às 18h.

Saiba mais em www.memorial.sp.gov.br.

Titans Of Rock dia 22 de abril em São PauloO baixista da banda Kiss, Gene Simmons, começa a rodar a América do Sul em abril para apresentar seu projeto paralelo, Titans Of Rock. No Brasil, a banda toca dia 21 de abril em São Luís do Maranhão (durante o festival Metal Open Air) e dia 22 em São Paulo. O Titans Of Rock conta com a participação de ex-integrantes de bandas clássicas como Guns N’ Roses, Metallica, Deep Purple e Mötley Crüe, além de convidados

especiais. Ainda não há informações sobre a organização dos shows

e venda de ingressos em São Paulo.

ESPAÇO CULINÁRIO

21 de março é o início do outono. Época de renovação, em que as folhas velhas caem da árvore para dar lugar a uma nova paisagem. Pensando nisso, o APCD Jornal separou a receita de uma receita de bolo que tem a cara da estação, e é uma sobremesa deliciosa. Confira:

INGREDIENTES:170 g de farinha;170 g de açúcar;3 gemas de ovos;1 ovo;200 g de manteiga;2 colheres (chá) de fermento em pó;1/2 xícara (chá) de cacau em pó.

COBERTURA200 g de chocolate para culinária;1 frasco de doce de damasco;125g de miolo de amêndoa;1 colher (sopa) de manteiga sem sal;125g de açúcar em pó.

MODO DE PREPARO:Bata o açúcar com a manteiga muito bem e, depois, junte as gemas, uma a uma e o ovo inteiro. Acrescente a farinha misturada com o fermento e o cacau e por fim envolva as claras batidas em neve fir-me. Leve o bolo para assar num tabuleiro untado e polvilhado com farinha. Desenhe num papel uma folha de videira ou de hera com as dimensões aproximadas do tabuleiro. Depois do bolo assado, co-loque o molde já recortado sobre o bolo e seguindo o molde recorte o bolo. Cubra todo com o doce de damasco, tampe com a cobertura de chocolate. Cole a amêndoa torrada e picada em toda a volta do bolo e, no topo, com glacê branca, desenhe os veios da folha. Deixe secar e sirva com chantilly, apresentado à parte numa taça.

COBERTURADerreta o chocolate para culinária em banho-maria. Acrescente 1/2 xícara (chá) de água quente e a manteiga sem sal. Bata ener-gicamente e coloque sobre o bolo. Depois de seca a cobertura, decore com glacê branca simples.

Quer participar do Espaço Culinário do APCD Jornal? Envie sua receita com foto para o e-mail [email protected].

Bolo de Folha de Outono

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Didáticos

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