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Marco Lógico do Projeto de Saúde Bucal

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Marco Lógico do Projeto de Saúde Bucal

A) Introdução

O Marco Lógico é um instrumento gerencial utilizado na avaliação de projetos e programas sociais. É composto por uma matriz na qual se relacionam

objetivos, metas, indicadores, fontes de verificação, riscos, insumos, produtos e atividades. Foi desenvolvido na década de 70 pela Agência Norte-Americana

de Cooperação (USAID) para responder a três problemas comuns em projetos sociais (Adulis, 2001):

Os planos dos projetos careciam de precisão e continham múltiplos objetivos que não estavam relacionados com as atividades do projeto;

Dificuldade de determinar o alcance da responsabilidade dos gestores no caso de insucesso de projetos; e

Pouca clareza sobre os resultados esperados do projeto, dificultando a possibilidade de comparação e avaliação.

Atualmente, várias agências de cooperação internacionais se utilizam do marco lógico, especialmente para ter um controle maior sobre a eficácia dos

programas que apóiam, ou seja, para que a variação dos custos financeiros, humanos e de infra-estrutura previstos e utilizados seja a menor possível.

Os elementos da matriz estão assim definidos:

o Objetivo Geral – também chamado de objetivo de impacto, representa a situação de longo prazo que o programa ou projeto quer alcançar. Está

atrelado ao que se quer medir, o quê, quem, como. Pode-se verificar e incluir as características do perfil do público atendido pela intervenção. Não

pode ser nem tão geral e externo à atuação do programa, nem tão específico, a ponto de estar restrito a uma ferramenta ou componente do

programa.

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o Objetivos Específicos - Representa os efeitos diretos que se desejam alcançar com um projeto ou um programa. Estão ligados às

responsabilidades dos gestores envolvidos no processo. Se referem a quem faz e como mensurar. Estabelecem vinculação horizontal com os outros

elementos do marco lógico. Podem ser estruturados de acordo com os componentes do Programa. Em caso de dúvida, não devem ser incluídos no

marco lógico, pois cada objetivo específico gerará metas e indicadores específicos que serão monitorados e avaliados, aumentando o compromisso

para os gestores e alterando as análises avaliativas posteriores da intervenção.

o Metas - Representam a quantificação e estão totalmente vinculadas a seus objetivos específicos. Projetam a elaboração dos indicadores. Sugere-se

não estabelecer metas qualitativas, em um marco lógico, visto a sua natureza avaliativa. Ou seja, uma meta qualitativa ou relativa estará atrelada a

um indicador qualitativo.

o Indicadores - Os indicadores indicam parcial ou totalmente a medida em que uma meta é alcançada.

o Fontes de Verificação – são formas de verificar a execução dos indicadores.

o Riscos – representam os problemas que podem dificultar a utilização das fontes de verificação dos indicadores estabelecidos em um marco lógico.

o Insumos - São todos os recursos humanos, financeiros, materiais e organizacionais que, combinados através de atividades, levam à obtenção dos

produtos. Não podem ser estabelecidos por verbos.

o Atividades – são auto-explicativas, materializam o processo entre insumos e produtos.

o Produtos - são as ações realizadas, os resultados diretos das atividades de um programa. Assim como os insumos, não são disponibilizados por

verbos. Exs: cursos realizados, planejamento realizado, consultores capacitados

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A correta elaboração de um marco lógico pede ainda a atenção a alguns ingredientes fundamentais:

1) Envolvimento dos gestores - a participação dos gestores envolvidos no programa, tanto da unidade matricial quanto das unidades de análise que

embasarão as ferramentas avaliativas. Considerar apenas a experiência do corpo diretor ou de coordenação pode restringir e camuflar indicadores e outros

pontos relevantes das unidades de análise da intervenção, tornando o instrumento restrito e enviesando todas as cinco ferramentas posteriores do processo

avaliativo: a elaboração das ferramentas de avaliação, a pesquisa avaliativa ex ante e ex post, e as análises financeira, econômica e social.

2) Lógica horizontal - no marco lógico, os elementos estão vinculados especialmente em uma lógica horizontal, e não vertical. Isso quer dizer que as metas

determinadas estão atreladas totalmente aos seus objetivos - geral ou específicos – por sua vez, os indicadores estão vinculados a suas metas específicas,

assim como os meios de verificação estão atrelados aos indicadores e os riscos aos meios de verificação. O único atrelamento vertical está na vinculação

dos objetivos específicos com o geral, visto que representam os efeitos diretos relacionados ao alcance do objetivo maior, de impacto de um projeto ou

programa.

3) Colunas para metas e indicadores – deve-se disponibilizar colunas específicas para metas e indicadores. Ao incluir ambos os elementos em apenas

uma coluna, confundem-se os dois conceitos e restringe-se o atrelamento de indicadores à suas metas específicas. Em outras palavras, uma meta pode ter

mais de um indicador.

4) Metas, indicadores, fontes de verificação e riscos para Insumos – isso, para que a mensuração destes elementos não esteja disponibilizada apenas

de forma geral. A eficácia do programa, projetada em suas metas e indicadores, é também produto do controle da variação de seus insumos

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B) Descrição do Marco Lógico do Projeto

Este Marco Lógico está disposto com seu Objetivo Geral e mais 08 Objetivos Específicos (OEs), conforme disposto a seguir:

O Objetivo Geral ou de Impacto do Projeto de Saúde Bucal é CONTRIBUIR PARA A MUDANÇA DE COMPORTAMENTO DOS TRABALHADORES DA

INDÚSTRIA PARA SUA SAÚDE BUCAL, GARANTINDO O RETORNO ECONÔMICO. As metas para este objetivo maior, de transformação, são três:

1) Aumentar o “delta” da Escala em X pontos (ex ante/ ex post);

2) X% de melhoria na saúde bucal dos trabalhadores da Indústria; e

3) Retorno de pelo menos R$ 1,50 para cada R$ 1,00 investido no Projeto.

Para cada meta, foram estipulados os principais blocos de itens que formarão as variáveis e indicadores da Escala de Comportamentos do Projeto, como

expresso no item c, deste documento: Próximos Passos. Ou seja, os indicadores somente serão definidos quando concluída a etapa de Elaboração da

Escala de Comportamentos/Transformação em Saúde Bucal.

Em relação à meta 1 os blocos de itens estão dentro de um Índice de Comportamentos (hábitos de higiene bucal, alimentação, exames periódicos de saúde

bucal e atitudes preventivas no ambiente de trabalho). O mesmo foi subdividido em três domínios e suas variáveis específicas, conforme a seguir:

Acesso:

o Acesso aos produtos de higiene bucal (escova de dentes, pasta de dente, fio dental,...)

o Nível de acesso à carboidratos no ambiente de trabalho

o Nível de acesso a serviços de saúde bucal

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o Recursos para a saúde bucal pessoal no ambiente de trabalho

o Acesso ao exame odontológico anual

Cultura:

o Percepção da influência da saúde bucal na saúde em geral

o Percepção do valor da saúde bucal (CDC)

o Auto-percepção da própria condição da saúde bucal

o Percepção da saúde bucal em relação a outros

o Nível de conscientização do hábito de higiene bucal

Hábitos:

o Uso de fio dental

o Freqüência da escovação

o Nível de consumo de carboidratos (geral)

o Compartilhamento da escova

o Periodicidade de visita ao Dentista

o Uso de máscaras de proteção (EPI) e procedimentos e equipamentos definidos

o Auto-estima (Gohai, OASIS, OIDP)

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Na meta 2 do objetivo geral, foram definidos os seguintes indicadores: Indicadores da Ficha Clínica (a definir de acordo com o FSBT); e % da população

saudável, ou seja, sem necessidade de tratamento.

Já a meta 3, que abarca os impactos econômicos esperados, está subdividida em itens que serão concluídas na próxima etapa da avaliação. São eles: I)

Produtividade (absenteísmo, presenteísmo, acidentes de trabalho, II) Redução do custo da necessidade de tratamento odontológico, III) Saúde Bucal

(conforme estabelecido na meta 2) (com indicadores da ficha, % da população saudável, ou seja, sem necessidade de tratamento/ diagnóstico antes e

depois/ FSBT). Os parâmetros para conclusão destes itens são: 3.1) Razão Benefício Econômico Lìquido por pessoa/ Custo Econômico Líquido por

pessoa (Razão BL/CL), 3.2) Nível de Associação da Evolução da Escala com a Redução do Presenteísmo, 3.3) Nível de Associação da Evolução da

Escala com a Redução do Absenteísmo; e 3.4) Taxa de redução do custo necessário com o tratamento bucal por usuário.

Os objetivos específicos do Projeto são 08, conforme a seguir:

1) Transferir a tecnologia de saúde bucal para a empresa com a participação dos trabalhadores. Este objetivo talvez seja o mais trabalhoso, visto ter

sido materializado 1em nada mais, nada menos que dez diferentes metas: 1.1) Efetivação dos componentes da intervenção implementados (Educação,

Prevenção, Gestão e Tratamento; 1.2) 70% no nível de participação nos dois workshops (planejamento e avaliação) e reuniões de desempenho

trimestral das unidades chave da empresa envolvida no programa; 1.3) Participação de dois CIPISTAS no projeto (representante do empregador e

trabalhador); 1.4) 70% de adesão ao exame clínico odontológico dos trabalhadores nos componentes do programa (cobertura – todos os grupos); 1.5)

50% do trabalhadores participando em pelo menos duas ações coletivas trimestrais durante um ano; 1.6) Ter 3 ganhos rápidos anuais em saúde bucal

(incluindo as dinâmicas educativas); 1.7) Realização de um tema mensal de odontologia no DDS da empresa (Diálogo Diário de Segurança); 1.8)

Cobertura de 70% dos trabalhadores em duas mesas demonstrativas (trimestral) durante o ano; 1.9) 10% dos trabalhadores acompanhados em dois

momentos pelo “personal”; e 1.10) Entrega do protótipo da tecnologia social à empresa de intervenção.

2) Desenvolver a metodologia de assessoria às empresas (tecnologia social). Este objetivo está representado apenas por uma meta, que é 100% dos

componentes do programa sistematizados. A meta é trabalhosa, porque a sistematização do projeto em Tecnologia Social será sem dúvida um processo

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que durará todo o período do ciclo avaliativo. Além disso, sua consecução total não será medida considerando-se a finalização da Tecnologia até a

produção gráfica do(s) manual(is), mas até a finalização do conteúdo.

3) Promover a saúde bucal no ambiente de trabalho, na perspectiva da empresa. Neste objetivo concentram-se ações que fomentem a mudança de

comportamento dos trabalhadores, considerando, antes de tudo, a melhoria das condições das empresas participantes, no que se refere à mudança de

comportamentos. As metas são: 3.1) X% de implementação dos controles à exposição a poeiras (açúcar, farinha, etc.) previstos no PPRA; 3.2) X% de

oferta de EPI adequado à exposição (equipamento de proteção individual); 3.3) Máximo de X trabalhadores por torneira (padrão NR24: 20); 3.4) Máximo

de X trabalhadores por espaços reservados para guardar objetos pessoais (padrão NR24: 02); 3.5) Identificar 100% dos controles da empresa para a

exposição a carboidratos durante o horário de trabalho; e 3.6) Reduzir em 5% da exposição a carboidratos durante o horário de trabalho. Em outras

palavras, quanto mais as empresas adaptarem sua estrutura para o objetivo de impacto do projeto, maiores as chances de transformação do público

adotante primário.

4) Consolidar a percepção de valor para o empresário. Aqui, as metas 4.1) 90% de nível de satisfação de empresa com a intervenção; e 4.2) 90% de

nível de percepção de valor da saúde bucal da empresa, estão concentradas em apenas um indicador, que é o Índice de satisfação e percepção de

valor da empresa com a intervenção e agregação de valor da saúde bucal a empresa, o qual será medido através de um instrumento de satisfação e

percepção na reunião de avaliação trimestral.

5) Celebrar parcerias. Este objetivo possui três metas: 5.1) Elaborar e executar o plano de trabalho da parceria com a Universidade Federal da Bahia; 5.2)

Aprovação do comitê de ética da UFBA ao protocolo de pesquisa avaliativa (quasi-experimental); e 5.3) Validar a Tecnologia de Saúde Bucal em 5

reuniões do GT Saúde Bucal para incorporação no modelo de saúde bucal nacional. Pode ser facilitado por uma parceria já existente com a UFBA. Já a

meta da validação está vinculada à participação do Departamento Nacional, que coordena os Grupos de Trabalho de Saúde Bucal, GTs, com os DRs.

6) Capacitar a equipe do projeto. As metas 6.1) 100% do plano de capacitação executado (dentistas examinadores) e 6.2) 100% do plano de capacitação

documentado no manual da metodologia, estão estabelecidas considerando o plano a ser executado como denominador, e não o número de

profissionais ou o número de capacitações. Além disso, fica claro que o plano de capacitação fará parte da Tecnologia Social a ser sistematizada,

conforme expresso no Objetivo Específico 2.

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7) Fomentar a Comunicação (Institucional e Científica). Este objetivo foi estabelecido para que seja estabelecida e fortalecida uma linha de

posicionamento da comunicação do projeto. De um lado, a comunicação institucional, de outro, a científica. As metas são: 7.1) Submissão de um

resumo científico em congresso relacionado aos temas do projeto; 7.2) Realização de um estudo de caso sobre o projeto; 7.3) Elaboração de uma

publicação com resultados da avaliação; e 7.4) Apresentação da tecnologia a 70% dos sindicatos patronais de alimentos e bebidas filiados à FIEB. A

consecução deste objetivo será de grande valia para o projeto. A publicação dos resultados representará a tradução dos principais impactos a serem

obtidos, em linguagem coloquial, tanto visual, quanto escrita. Já a submissão de resumos e realização de estudo de caso poderá solidifcar a

metodologia do programa, do planejamento à avaliação.

8) Fortalecer Políticas Públicas. Este objetivo busca relacionar o projeto à políticas públicas já existentes, que apóiam causas relativas à saúde bucal. A

única meta é a Apresentação em um fórum governamental/social sobre os resultados do projeto (ex. OPAS).

Observações:

o O impacto do programa previsto no Objetivo Geral está direcionado aos trabalhadores das empresas participantes do projeto. Já os objetivos

específicos se referem à Indústria de Alimentos e Bebidas.

o Na parte complementar do Marco Lógico, enfatize-se que serão contabilizados para a análise financeira ou de gestão apenas os insumos e suas

metas e indicadores. As atividades de gestão e avaliação, além dos produtos, servirão apenas para o acompanhamento do projeto em seu ciclo

avaliativo de 2011, que foi o recorte definido da realização do projeto, o qual será avaliado. Por isso, atividades e produtos não precisam ter metas,

indicadores, meios e riscos estipulados. São elementos processuais para o apoio aos coordenadores do projeto pelo Conselho Nacional do SESI e

pelos Departamentos Regionais.

o Para o cálculo da eficácia, não serão considerados valores excedentes às metas numéricas. Exemplo, se a meta for apresentar resultados em 5

sindicatos, ou seja, acima de 5, será mantido o valor máximo no indicador:1.

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o Os insumos sugeridos a serem considerados para a gestão do projeto são quatro: Equipe, Orçamento Financeiro, Materiais Educativos e

Contrapartidas dos Parceiros. O insumo Equipe não abarca os profissionais da equipe gestora, apenas os dentistas. Sua meta é garantir a

participação de X% dos dentistas previstos durante todo o projeto. O Orçamento Financeiro tem uma meta de previsão e efetivação dos recursos a

serem repassados pelo DN e outra para o DR/BA. A meta de Materiais Educativos é garantir que 70% dos trabalhadores ativos recebam os

materiais educativos. Por fim, as Contrapartidas de Parceiros tem uma meta para contrapartidas financeiras e outra para econômicas. O próprio

Projeto de Inovação contém os percentuais por empresa que deverão ser considerados para verificação do nível de atingimento da meta.

o As metas sem definição percentual (X%) serão medidas pela média de sua obtenção por cada um dos centros de custo do projeto, ou seja, os DRs

participantes do ciclo avaliativo de 2011. Estas não foram estipuladas pelos gestores e técnicos nesta primeira avaliação de impacto do programa,

pelo fato de ser esta a primeira avaliação de impacto do projeto Saúde Bucal. Com os dados do primeiro ciclo avaliativo, será possível estabelecer

tetos mais factíveis para estas metas respectivas em uma próxima avaliação.

Em anexo ao Marco Lógico, está o desenho da avaliação de impacto.

C) Próximos Passos

Considerando as seis etapas da Metodologia de Avaliação de Impacto Social (MAIS), o Marco Lógico é a primeira etapa, a bússola de orientação de todo o

processo avaliativo. O próximo estágio, já em curso, é a elaboração das ferramentas de avaliação, que fomentará a terceira etapa, a pesquisa avaliativa do

Programa. A principal ferramenta de avaliação será a Matriz de Conhecimentos, Atitudes e Práticas (CAP) do projeto. Nesta Matriz, estarão todas as

variáveis que originarão o instrumento de coleta da pesquisa avaliativa experimental ante e experimental post, ou seja, que medirão a evolução dos

participantes do Programa, em termos de CAP, antes de iniciar o projeto e depois de finalizado um ciclo de implementação.

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Todas as variáveis estarão fundamentadas com dados exógenos ao Programa, ou seja, informações fornecidas pelo mercado que embasem ainda mais a

sua inclusão na matriz. As variáveis terão pesos específicos a partir das necessidades apontadas pelos gestores. O posicionamento do respondente em uma

variável de conhecimento poderá variar, por exemplo, de – 1 a + 1; já uma de atitude pode ter o mesmo peso ou maior que a de conhecimento, e as variáveis

de comportamento com peso maior que as de atitude e conhecimento. Contudo, esta determinação será determinada em conjunto com os gestores do

Programa. Ainda na Matriz, as variáveis são transformadas em questões ou afirmações que comporão o questionário a ser utilizado na Pesquisa Avaliativa,

terceiro estágio da avaliação de impacto social.

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Objetivo geral Metas do objetivo geral

Indicadores das metas Meios de verificação dos indicadores

Riscos dos meios de verificação

CONTRIBUIR PARA A MUDANÇA DE COMPORTAMENTO DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA PARA SUA SAÚDE BUCAL, GARANTINDO O RETORNO ECONÔMICO

1) Aumentar o “delta” da Escala em X pontos (ex ante/ ex post)

1.1) Índice de Comportamentos (hábitos de higiene bucal, alimentação, exames periódicos de saúde bucal e atitudes preventivas no ambiente de trabalho) em:

Acesso:

Acesso aos produtos de higiene bucal (escova de dentes, pasta de dente, fio dental,...) Nível de acesso a carboidratos no ambiente de trabalho Nível de acesso a serviços de saúde bucal Recursos para a saúde bucal pessoal no ambiente de trabalho Acesso ao exame odontológico anual

Cultura Percepção da influência da saúde bucal na saúde em geral Percepção do valor da saúde bucal (CDC) Auto-percepção da própria condição da saúde bucal Percepção da saúde bucal em relação a outros Nível de conscientização do hábito de higiene bucal

Hábitos: Uso de fio dental

Pesquisa CAP (ex ante e ex post) OBS: incluir no cadastro questões sobre a percepção do trabalhador em relação as atividades de saúde bucal na empresa

Adesão dos trabalhadores Linguagem do instrumento Sensibilização dos empresários e superiores (gerentes e outros líderes de área)

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Freqüência da escovação Nível de consumo de carboidratos (geral) Compartilhamento da escova Periodicidade de visita ao Dentista Uso de máscaras de proteção (EPI) e procedimentos e equipamentos definidos Auto-estima (Gohai, OASIS, OIDP)

2) X% de melhoria na saúde bucal dos trabalhadores da Indústria

2.1) Indicadores da Ficha Clínica (a definir de acordo com o FSBT) 2.2) % da população saudável, ou seja, sem necessidade de tratamento

Ficha Clínica Odontológica sem a parte comportamental (FSBT)

N/A

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3) Retorno de pelo menos R$ 1,50 para cada R$ 1,00 investido no Projeto

Variáveis para estudo do impacto econômico: I) Produtividade (absenteísmo, presenteísmo, acidentes de trabalho) II) Redução do custo da necessidade de tratamento odontológico III) Saúde Bucal (conforme estabelecido na meta 2)(com indicadores da ficha, % da população saudável, ou seja, sem necessidade de tratamento/ diagnóstico antes e depois/ FSBT). Finalizar, seguindo os parâmetros abaixo: 3.1) Razão Benefício Econômico Líquido por pessoa/ Custo Econômico Líquido por pessoa (Razão BL/CL) 3.2) Nível de Associação da Evolução da Escala com a Redução do Presenteísmo 3.3) Nível de Associação da Evolução da Escala com a Redução do Absenteísmo 3.4) Taxa de redução do custo necessário com o tratamento bucal por usuário (a completar na etapa 2 da avaliação: elaboração da escala de comportamentos do projeto)

Matriz de Gittinger aplicada à análise econômica do Projeto Cadastro da Pesquisa CAP: verificar elementos dos Índices da Universidade de Stanford e Workability Index (Finish Institute, traduzida por Frida Fischer) Ficha Clínica e Dados exógenos

Linguagem válida para as variáveis de absenteísmo e presenteísmo

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Objetivos Específicos Metas dos objetivos específicos Indicadores das metas Meios de

verificação dos indicadores

Riscos dos meios de verificação

1) Transferir a tecnologia de saúde bucal para a empresa com a participação dos trabalhadores

1.1) Efetivação dos componentes da intervenção implementados: Educação, Prevenção e Gestão (medir separadamente): 70% Tratamento:40%

1.2) 70% no nível de participação nos dois

workshops (planejamento e avaliação) e reuniões de desempenho trimestral das unidades chave da empresa envolvida no programa

1.3) Participação de dois CIPISTAS no projeto

(representante do empregador e trabalhador)

1.4) 70% de adesão ao exame clínico

odontológico dos trabalhadores nos componentes do programa (cobertura – todos os grupos)

1.5) 50% do trabalhadores participando em

pelo menos duas ações coletivas trimestrais durante um ano

1.6) Ter 3 ganhos rápidos anuais em saúde

bucal (incluindo as dinâmicas educativas)

1.1.1) Taxa de efetivação dos componentes de Educação, Prevenção e Gestão

1.1.2) Taxa de efetivação de tratamento 1.2.1) Taxa de participação das unidades (RH, SMS e produção – três gerentes de turno) 1.3.1) Taxa de participação dos CIPISTAS na intervenção 1.4.1) Taxa de adesão 1.5.1) Taxa de participação dos trabalhadores 1.6) Taxa de ganhos rápidos anuais

Relatórios de desempenho trimestral e Avaliação anual final (exceto 1.10, cujo meio é o protótipo entregue)

Não preenchimento dos documentos fontes

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1.7) Realização de um tema mensal de

odontologia no DDS da empresa (Diálogo Diário de Segurança)

1.8) Cobertura de 70% dos trabalhadores em

duas mesas demonstrativas (trimestral) durante o ano

1.9) 10% dos trabalhadores acompanhados

em dois momentos pelo “personal” 1.10) Entrega do protótipo da tecnologia

social a empresa de intervenção

1.7.1) Taxa de realização dos temas mensais 1.8.1) Taxa de cobertura dos trabalhadores 1.9.1) taxa dos trabalhadores acompanhados 1.10.1) Entrega do protótipo da TS

2) Desenvolver a metodologia de assessoria às empresas (tecnologia social)

2.1) 100% dos componentes do programa sistematizados

2.1.1) taxa de sistematização dos componentes do programa

Conteúdo da Tecnologia finalizado

Não finalizar o conteúdo

3) Promover a saúde bucal no ambiente de trabalho, na perspectiva da empresa

3.1) X% de implementação dos controles à exposição a poeiras (açúcar, farinha, etc.) previstos no PPRA 3.2) X% de oferta de EPI adequado à exposição (equipamento de proteção individual) 3.3) Máximo de X trabalhadores por torneira (padrão NR24: 20) 3.4) Máximo de X trabalhadores por espaços reservados para guardar objetos pessoais

3.1.1) taxa de controles previstos no PPRA cumpridos 3.2.1) taxa de oferta de EPI 3.3.1) Número trabalhadores por torneira, considerando a NR24 3.4.1) Número de trabalhadores por armário

PPRA e visitas à empresa Listas de entrega de EPIs visitas à empresa visitas à empresa

Dificuldade de acesso à empresa e aos documentos do PPRA Não haver lista de controle de entrega de EPIs; não disponibilizar listas existentes Dificuldade de acesso à empresa Dificuldade de acesso à empresa

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(padrão NR24: 02) 3.5) Identificar 100% dos controles da empresa para a exposição a carboidratos durante o horário de trabalho 3.6) Reduzir em 5% da exposição a carboidratos durante o horário de trabalho

3.5.1) taxa de controles identificados 3.6) taxa de redução da exposição

visitas à empresa visitas à empresa

Dificuldade de acesso à empresa Dificuldade de acesso à empresa

4) Consolidar a percepção de valor para o empresário

4.1) 90% de nível de satisfação de empresa com a intervenção 4.2) 90% de nível de percepção de valor da saúde bucal da empresa

4.1.1 e 4.1.2) Índice de satisfação e percepção de valor da empresa com a intervenção e agregação de valor da saúde bucal a empresa

Instrumento de satisfação e percepção na reunião de avaliação trimestral

Atraso na confecção do instrumento Não preenchimento do instrumento pela empresa

5) Celebrar parcerias

5.1) Elaborar e executar o plano de trabalho da parceria com a Universidade Federal da Bahia 5.2) Aprovação do comitê de ética da UFBA ao protocolo de pesquisa avaliativa (quasi-experimental) 5.3) Validar a Tecnologia de Saúde Bucal em 5 reuniões do GT Saúde bucal para incorporação no modelo de saúde bucal nacional

5.1.1) Taxa de execução do plano 5.2.1) Taxa de aprovação do protocolo 5.3.1) Taxa de validação da Tecnologia

Plano de trabalho executado Protocolo aprovado Declaração de validação da tecnologia

Atraso ou não aprovação do plano Atraso não aprovação do protocolo Atraso na validação

6) Capacitar a equipe do projeto

6.1) 100% do plano de capacitação executado (dentistas examinadores) 6.2) 100% do plano de capacitação

6.1.1) taxa do plano executado

Plano executado

Não adesão dos profissionais

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documentado no manual da metodologia 6.2.1) taxa do plano documentado Manual de

tecnologia contendo o plano de capacitação

Atraso no fechamento do plano de capacitação

7) Fomentar a Comunicação (Institucional e Científica)

7.1) Submissão de um resumo científico em congresso relacionado aos temas do projeto 7.2) Realização de um estudo de caso sobre o projeto 7.3) Elaboração de uma publicação com resultados da avaliação 7.4) Apresentação da tecnologia a 70% dos sindicatos patronais de alimentos e bebidas filiados à FIEB

7.1.1) Taxa de submissão 7.2.1) Taxa de realização do estudo 7.3.1) Taxa de elaboração da publicação 7.4.1) taxa das apresentações realizadas

Comprovante da submissão Estudo realizado Conteúdo da Publicação elaborado Registros das reuniões (atas, memórias, listas de freqüência)

N/A Atraso ou não realização do estudo Atraso ou não elaboração do conteúdo da publicação Ausência de registros

8) Fortalecer Políticas Públicas

8.1) Apresentação em um fórum governamental/social sobre os resultados do projeto (ex. OPAS)

8.1.1) Taxa de apresentação Registros da apresentação (certificado, fotos, atas)

Ausência de registro

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Insumos Metas dos insumos Indicadores das metas Meios de

verificação dos indicadores

Riscos dos meios de verificação

1. Equipe 1.1) Garantir a participação de X% dos dentistas previstos durante todo o projeto

1.1.1) Taxa de participação dos dentistas

Relatórios trimestrais e anual

Ausência das informações nos relatórios

2. Orçamento financeiro

2.1) 90% dos recursos financeiros previstos do DN em caixa 2.2) 90% dos recursos financeiros do DR efetivados

2.1.1) Taxa de recursos em caixa 2.2.1) Taxa de utilização dos recursos

Relatório DMR Relatório de realização de despesas do projeto (GMOD)

Não prestação de contas Não execução das atividades

3. Materiais educativos 3.1) Garantir que 70% dos trabalhadores ativos recebam os materiais educativos

3.1.1) Taxa de trabalhadores que receberam materiais

Listas de freqüência e controle de serviços prestados

Falha nos registros

4. Contrapartidas dos parceiros

4.1) Garantir 90% das contrapartidas financeiras previstas

4.1.1) Taxa de efetivação das contrapartidas da empresa 1 (em R$) 4.1.2) Taxa de efetivação das contrapartidas da empresa 2 (em R$)

Relatórios do projeto de inovação

Atraso no envio de informações pela empresa

4.2) Garantir 90% das contrapartidas econômicas previstas

4.2.1) Taxa de efetivação das contrapartidas da empresa 1 (em R$ - hora técnica) 4.2.2) Taxa de efetivação das contrapartidas da empresa 2 (em R$ - hora técnica)

Relatórios do projeto de inovação

Atraso no envio de informações pela empresa

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Atividades de Gestão (para acompanhamento pelos gestores)

1. Preparação dos materiais educativos

2. Capacitação da equipe do projeto

3. Implantação das atividades nas empresas (J Macedo Simões Filho e J. Macedo Salvador0

4. Elaboração e validação do manual operacional

5. Elaboração do plano de negócios

Atividades de Avaliação (para acompanhamento pelos gestores)

1. Elaborar Escala de Comportamentos do Programa

2. Elaborar instrumento de gestão dos DRs

3. Elaborar instrumento de insumos gerais dos DRs

4. Elaborar instrumento de satisfação para o contratante

5. Elaborar o instrumento de satisfação para o beneficiário

6. Elaborar instrumento de gestão do DN

7. Enviar aos DRs instrumentos de gestão e insumos gerais para preenchimento

8. Analisar os dados dos instrumentos preenchidos pelos DRs para análise de custo eficácia

9. Elaborar instrumento de coleta de dados a partir da Escala de Comportamentos

10. Pré-testar Instrumento de coleta da Escala

11. Acompanhar a realização da coleta de dados ex ante

12. Acompanhar o teste do banco de dados da ex ante

13. Acompanhar a realização da análise ex ante (validação da Escala de Comportamentos e impacto da variação da Escala no Mercado)

14. Acompanhar a realização da coleta de preços sombra nos 27 DRs

15. Acompanhar a realização da coleta de dados ex post

16. Testar o banco de dados da ex post

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17. Acompanhar a realização da análise ex post

18. Acompanhar a realização da análise financeira (custo eficácia)

19. Acompanhar a realização da análise econômica (custo benefício)

20. Acompanhar a realização da análise social (equidade)

21. Elaborar a publicação da avaliação de impacto social do Programa

22. Participar das apresentações dos resultados das 03 análises da avaliação de impacto social

23. Comunicar resultados da avaliação para os DRs

24. Tirar possíveis dúvidas dos DRs sobre os resultados

25. Elaborar inventário com sugestões (DN e DRs) para a gestão do Programa em base aos resultados da avaliação

Produtos (para acompanhamento pelos gestores)

1. Materiais educativos (04 cartazes, 20 folders, 02 vídeos, 01 esquete teatral, kit de saúde bucal, dispenser de fio dental)

2. Tecnologia sistematizada em um manual

3. Plano de negócios

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ANEXO – Desenho Quasi-Experimental com Participantes do Projeto e Saúde Bucal

Localização Ex-Ante

Projeto de Saúde

Bucal Ex-Post

Empresa 1 (plano de saúde e projeto)

O1 X1 O2

Empresa 2 (plano de saúde) O3 O4

Controle (sem plano de saúde) O5 O6