Marcos Alves Barboza

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    PROJETO A VEZ DO MESTRE

    SNDROME DE DOWN, PSICOMOTRICIDADE E A

    CAPOEIRA COMO VECULO NA EDUCAO INCLUSIVA

    Por: Marcos Alves Barboza

    Orientadora

    Professora Fabiane Muniz da Silva

    Rio de Janeiro

    Setembro/2003

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    PROJETO A VEZ DO MESTRE

    SNDROME DE DOWN, PSICOMOTRICIDADE E A

    CAPOEIRA COMO VECULO NA EDUCAO INCLUSIVA

    Trabalho monogrfico apresentado como

    requisito parcial para obteno do Grau de

    Especialista em Psicomotricidade.

    Por: Marcos Alves Barboza

  • AGRADECIMENTO

    Agradeo a Deus por me dar

    foras, e nunca ter perdido as

    esperanas para alcanar os

    meus ideais.

  • DEDICATRIA

    Dedico aos meus pais e filhos,

    Ftima Alves e Cristhie e aos

    meus companheiros de turma

    pela fora que sempre me deram.

  • RESUMO

    A Sndrome de Down, Psicomotricidade e a Capoeira como veculo na Educao Inclusiva, mostra um grande avano na sociedade, onde a capoeira e a Psicomotricidade tem a sua importncia dentro da Educao Inclusiva. A criana com Sndrome de Down aprende com muito mais facilidade os movimentos de capoeira, o seu lado afetivo, motor e cognitivo ficam mais apurados. Atravs dos exerccios orientados sua coordenao e auto-estima, espao temporal e suas condies fisiolgicas entre outras, aumentam gradativamente. A capoeira como veculo na Educao Inclusiva se faz necessria para um melhor rendimento das crianas com Sndrome de Down e uma compreenso maior da sociedade. * Palavras-chaves: Psicomotricidade, Capoeira, Sndrome de Down, Educao Inclusiva.

  • METODOLOGIA Este trabalho foi realizado atravs de pesquisas bibliogrficas, Sndrome de Down, educao fsica especial para deficientes, capoeira infantil, educao especial, entre outros escritos por autores diferentes, contribuindo para elaborao e fundamentao desta monografia.

    SUMRIO INTRODUO 08 CAPTULO I - A histria da Sndrome de Down 10 Causa da Sndrome de Down 13 Os trs tipos de caractersticas cromossmicas 13 Caractersticas fsicas das crianas com sndrome de Down 14 1.3.1- Principais caractersticas 15 CAPTULO II- Capoeira: Mtodos teraputicos para pessoas portadoras da Sndrome de Down 16 2.1- Histria da capoeira 18 2.2- A origem da capoeira 19 2.3- O termo capoeira 20 2.4- Caractersticas e formas de jogo da capoeira 22 CAPTULO III A criana Down e a capoeira 25 CAPTULO IV A capoeira como veculo na educao inclusiva, psicomotor na criana 28 4.1- A prtica da capoeira e seus benefcios para a criana com Sndrome de Down 31 CAPTULO V O processo histrico de construo de um sistema educacional no Brasil 33 5.1- Paradigma da Institucionalizao 35 5.2- Paradigma de Servios 36

    5.3- Terceiro Paradigma 37 5.4- A educao especial no Brasil 37

    CONCLUSO 39 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 40 NDICE 42 FOLHA DE AVALIAO 43 ANEXOS 44

  • INTRODUO

    Durante a ultima dcada, ocorreram progressos significativos no campo da Sndrome de Down. Os avanos cientficos tanto nas cincias biomdicas, esportivas, comportamentais, alm de mudanas na sociedade, com o objetivo de integrar a criana com Sndrome de Down na Educao Inclusiva atravs da capoeira, desenvolvendo as suas potencialidades e mtodos adaptveis s reais condies de cada um, a capoeira desperta o esprito de solidariedade, compreenso e socializao. A importncia da capoeira como veculo na Educao Inclusiva seria para a criana com Sndrome de Down uma fase onde a maior tcnica e a perfeio de todos os movimentos realizados dentro da capoeira. A adaptao ao movimento da capoeira leva a criana com Sndrome de Down a uma melhora na elaborao dos seus movimentos e exerccios facilitando a sua capacidade cognitiva, afetiva, social e aumentando a sua massa corporal. A capoeira ir estabelecer condutas educativas em diversos aspectos no seu desenvolvimento inclusive no meio em que vive. Sabe-se que atravs dos gestos e mimicas do educador de capoeira e a seqncia dos jogos a criana com Sndrome de Down ir criar seu prprio estilo e personalidade. Observando a histria, as crianas portadoras e a capoeira sempre foram discriminados pela sociedade com o objetivo de incluir a capoeira dentro da Educao Inclusiva para as crianas com sndrome de Down, aumentando sua confiana em vrios setores da cultura, esporte, cincia e tecnologia.

  • A complexidade dos movimentos universal e grandiosa

    levando a criana com Sndrome de Down a quebrar todo o tipo de

    preconceito.

    Puramente brasileira a capoeira j faz parte da nossa histria.

    O objetivo do trabalho verificar a importncia da capoeira na

    Educao Inclusiva com a Psicomotricidade na educao da criana

    Down preparando para os novos desafios, levando a sociedade aceitar e

    a estimular o convvio social, cognitivo e motor, integrao das crianas

    com Sndrome de Down.

    A capoeira, Psicomotricidade na educao inclusiva ser um

    grande estmulo para as crianas com Sndrome de Down menos

    discriminao dentro da sociedade.

  • CAPTULO 1

    A HISTRIA DA SNDROME DE DOWN

    Segundo registro antropolgico mais antigo da Sndrome de Down deriva das escavaes de um crnio saxnio, datado do sculo VII, apresentado modificaes estruturais vistas com freqncia em crianas com Sndrome de Down. (Pueschel, 1995, p. 45)

    Desde a antigidade, em que pese o empirismo do processo educacional, sempre se procurou valorizar a atividade fsica como um elemento indispensvel manuteno da sade de indivduos normais. Os gregos deram uma indiscutvel nfase a este aspecto.

    No tocante ao indivduo deficiente (Down), os fundamentos

    ticos-religiosos dos povos pr-cristos no permitiam uma valorizao

    semelhante, pois os portadores de molstias, sobretudo os deficientes

    (Downs) fsico-mentais congnitos, eram considerados amaldioados

    pelos deuses, sendo segregados, ou mesmo por muito eliminado.

    Com o nascimento de Jesus de Nazar, o Cristo, sua pregao

    e, cerca de IV sculos mais tarde, com a cristianizao dos pases

    mediterrneos, comea a Igreja a cuidar mais intensamente destes

    elementos, surgindo mesmo as primeiras instituies ou at ordens

    monsticas dedicadas ao seu tratamento. Entretanto, se no mais eram

    eliminados. (Rosadas, S. C., 1986)

  • S modernamente, sobretudo com o boom cientfico que dominou o

    mundo, a partir das duas guerras mundiais, a necessidade das modernas

    sociedades em aumentar o rendimento com a diminuio do investimento, e

    sustentar elementos no produtivos, houve preocupao nas descobertas de

    mtodos que visassem uma integrao social do deficiente e, na medida do

    possvel torn-lo um fator de produo para a sociedade.(Rosadas, S. C.,

    1986, p. 3)

    Retornando ao assunto, primeira descrio de uma criana

    que se presumiu ter Sndrome de Down foi fornecida por Jean Esquirol

    em 1838.

    Logo a seguir, em 1846 Edouard Sequim descreveu um

    paciente com feies que sugeriam Sndrome de Down denominando a

    condio de idiotia furfurcia.

    E, 1866, Ducan registrou uma menina com cabea pequena e

    redonda, olhos parecidos com os chineses, projetando uma grande lngua

    e que s conhecia algumas palavras.

    Naquele mesmo ano, John Langdon Down publicou um

    trabalho no qual descreveu algumas caractersticas da Sndrome que hoje

    leva o seu nome. Down mencionou,

    O cabelo no preto como o cabelo de um verdadeiro mongol, mas de cor castanha. liso e escasso; o rosto achatado e longo; os olhos posicionados em linha oblqua; o nariz pequeno. Estas crianas tm o poder considervel para imitao.

    (Pueschel, 1995, p. 48)

    Embora tenha Langdon Down publicado o trabalho em 1866 foi

    ele tambm que utilizou pela primeira vez o termo mongolide.

    Foi seu filho Reginald, quem criticou a palavra mongolismo

    afirmando, tambm empiricamente, que aqueles indivduos possuram

  • nveis mais inferiores que a raa monglica. Hoje esses portadores levam o

    seu nome ou so chamados de pessoas com necessidades especiais.

    (Rosadas S. C., 1989)

    uma desgraa para o homem tornar-se velho sem ter

    conhecido nunca a beleza e a fora de que seu corpo capaz.

    (Scrates)

    1.1- Causas da Sndrome de Down

    Lejenne(1959), relatou que a criana portadora da Sndrome de

    Down teria um pequeno cromossomo extra. Em estudo de tais crianas,

    ele observou 47 cromossomos em cada clula, ao invs de 46 esperados

    e, ao invs dos dois cromossomos 21 comuns, encontrou trs

    cromossomos 21 em cada clula, o que levou ao termo Trissomia 21.

    Geneticistas detectaram outros problemas cromossmicos em

    crianas com Sndrome de Down, ou seja, translocao e mosaicismo.

    Estes cromossomos, usualmente, esto dispostos em pares de

    cromossomos regulares (autossomos) e dois cromossomos do sexo que

    so o XX na fmea e XY no macho, somando 46 cromossomos na clula

    normal.

    Sabe-se que, 23 cromossomos esto no vulo e 23 no

    esperma quanto eles se unem no momento da concepo haver um total

    de 46 cromossomos na primeira clula.

    No entanto se uma clula germinativa, o vulo ou esperma

    tiverem um cromossomo adicional (ou seja, 24 cromossomos) e a outra

    clula germinativa tiver 23 no momento da concepo a uma nova clula

    contendo 47 cromossomos e, se o cromossomo extra for cromossomo 21,

    o indivduo nascer com Sndrome de Down.

    1.2- Os trs tipos de caractersticas cromossmicas

  • 1) Trissomia 21 A clula original com 47 cromossomos

    comea a dividir para formar duas cpias extras dela mesma, formando

    um conjunto idntico de 47 cromossomos indicando assim a Trissomia 21.

    2) Translocao Resulta num nmero de 45 cromossomos,

    tal pessoa denominada de portador balanceado ou portador (um dos

    pais portador e dever ter aconselhamento gentico especfico).

    3) Mosaicismo o menos comum, de problema

    cromossmico em crianas com Sndrome de Down, resultado de um

    erro em uma das divises celulares quanto o bebe nasce, algumas clulas

    se encontram com 47 e outras com 46.

    O tipo mosaicismo apresenta traos menos acentuados no

    portador de Sndrome de Down e o seu desempenho intelectual melhor

    do que a mdia para crianas com Trissomia 21.

    Independente do tipo o cromossomo 21 o responsvel pelos

    traos fsicos e especficos e funo intelectual limitada, na grande

    maioria das crianas com Sndrome de Down. (Pueschel, 1995, p.55)

    1.3- Caractersticas fsicas das crianas com Sndrome de

    Down

    A aparncia e funes de todo o ser humano so

    determinadas, principalmente pelos genes, da mesma maneira as

    caractersticas fsicas de crianas com Sndrome de Down so formadas

    por influncia de seu material gentico.

    Entretanto, devido ao material gentico-adicional no

    cromossomo 21 extra, crianas com Sndrome de Down tambm tm

    caractersticas corporais que lhes d uma aparncia diferente de seus

    pais, irmos ou outras crianas sem a deficincia.

  • 1.3.1- Principais caractersticas

    A cabea da criana com Sndrome de Down um pouco

    menor quando comparada com a das crianas normais. O rosto

    pequeno e apresenta um contorno achatado, seus olhos so geralmente

    normais, quanto ao formato, as plpebras so estreitas e levemente

    oblquas.

    As suas orelhas so pequenas, a boca tambm e algumas

    crianas mantm a boca aberta. O seu pescoo pode ter uma aparncia

    larga e grossa, seu trax tem um formato estranho, a criana pode

    apresentar um osso peitoral afunilado ou projetado, devido a doena

    cardaca.

    Cerca de 40% das crianas com Sndrome de Down tm

    problemas no corao. O seu abdmen geralmente no demonstra

    anormalidade, seus dedos dos ps so geralmente curtos, muitas

    crianas com Sndrome de Down tem ps chatos por causa da

    aproximao dos tendes.

    preciso enfatizar novamente que nem toda criana portadora

    da Sndrome de Down exibe todas as caractersticas anteriormente

    citadas. Sendo algumas caractersticas mais acentuadas em algumas

    crianas do que em outras, nem todas essas crianas parecem iguais.

    possvel que algumas das caractersticas da Sndrome de Down

    modifiquem-se no decorrer do tempo.

  • CAPTULO 2

    CAPOEIRA: MTODOS TERAPUTICOS PARA

    PESSOAS PORTADORAS DA SNDROME DE DOWN

  • possvel levar a criana com sndrome de Down

    independncia, no negligenciado o fato de imprimir-lhe confiana na

    execuo do movimento proporcionando-lhe alegria e estmulo. O

    resultado a sensao de encontro com a segurana do primeiro, a

    confiana, e o segundo ajuda.

    Do mais fcil para o mais difcil sendo vlido para o educador

    de capoeira exigir de um iniciante um exerccio difcil caso ele ainda no

    tenha conhecimento do mesmo.

    Construir sobre bases existentes exige um trabalho intensivo

    anotando-se as seqncias e observaes do reais benefcios.

    Segundo Dr eico Guanais M. Neto(1967) psiquiatra infantil,

    durante o perodo em que a capoeira era praticada com as crianas

    portadoras de deficincias mentais, neurolgicos, Down, de locomoo,

    epilticos e com comportamentos psquico no pavilho Arthur Ramos do

    Hospital Colnia Lopes Rodrigues, notamos que o ndice de melhoria

    das crianas crescia bem mais do que antes do incio do trabalho

    teraputico.

    Neste perodo, constatamos a diminuio da agressividade e

    das agitaes psicomotoras presentes, freqentemente, nessas crianas

    por falta de uma atividade especfica. Notamos ainda um melhor

    desenvolvimento fsico, um amadurecimento psquico mais rpido e,

    tambm que elas adaptavam-se mais facilmente a sociedade.

    Cabe aqui, reafirmar a importncia da capoeira como veculo

    na educao inclusiva para essas crianas especiais.

    Houve uma grande melhora nas crianas do Hospital, a

    quantidade de medicao utilizada por cada um naquele perodo de

    permanncia dessas crianas em nosso servio, uma vez que obtinham

    alta antes do tempo previsto, sendo rapidamente reintegradas no convvio

    social participando de atividades com crianas consideradas normais.

    (capoeira terapia p.25)

  • 2.1- Histria da capoeira

    Que navio esse que chegou agora, o navio negreiro com os escravos de Angola. Que navio esse que chegou agora, o navio negreiro com os escravos de Angola. Cantigas de Capoeira - Mestre Camisa

    (CARNEIRO, 1977, p. 93)

    A escravido para os povos antigos era considerada um

    progresso. Com ela assegurava-se a vida do prisioneiro, tinha-se o direito

    de vida e de morte do mesmo. O vencedor das batalhas capturava os

    sobreviventes inimigos para serem escravizados.

    Desde os tempos mais remotos, a guerra, alm de outros motivos, parece ter sido o principal responsvel pela escravido no mundo.

    (Freitas, 1971, p. 11)

    Desde que o homem homem, ele procura dominar seu

    semelhante, julgar o diferente.

    Que navio esse que trouxe najs, gges, sudaneses,

    bautus... o navio do banzo, do acoite, da morte.

    O negro, filho de rei na frica, no Brasil virava escravo, as

    famlias separadas, naes e tribos misturadas para no poderem se

    comunicar. Quanto os aspectos de sua origem Marinho (1956), afirma que

    a capoeira era praticada pelos Angolanos como dana religiosa.

    J Rego (apud Freitas, 1997, p.13), diz que a capoeira uma

    inveno dos Africanos no Brasil. Para Areias (apud Freitas, 1997, p.13),

    a capoeira nasce de necessidade do escravo sobreviver escravido e,

  • por no possuir armas suficientes descobrir no prprio corpo um meio de

    defesa imitado animais e estruturas das manifestaes trazidas da frica.

    2.2- A origem da capoeira

    Quanto origem, vrias so as hipteses sobre a capoeira,

    existindo duas fortes correntes, uma afirma que a capoeira teria vindo

    para o Brasil, trazida pelos escravos, e a outra considera a uma inveno

    dos escravos no Brasil. Porm, no existem documentos que comprovem

    estas hipteses. Infelizmente, o conselheiro Ruy Barbosa, quando

    Ministro da Fazenda do Governo Deodoro da Fonseca, mandou queimar

    toda documentao referente escravido negra no Brasil, achando que

    se tratava de uma mancha na historia do pas que deveria ser apagada. A

    sua resoluo foi de 15 de Novembro de 1890. Ficamos assim, sem saber

    com fidelidade quanto viveram os primeiros escravos e de onde vieram.

    O documento mais antigo legalizando a importao de

    escravos para o Brasil, inclusive indicando o local de procedncia, o

    alvar de D. Joo III de 29 de Maro de 1559, que permitia que fossem

    importados escravos de So Tom. Porm, um ponto de vista quase

    unnime entre os historiadores, no que concerne hiptese de terem

    vindo de Angola os primeiros escravos, assim como sendo originria de l

    a maior parte de negros importados.

    (...) tudo nos leva a crer que seja a capoeira uma inveno dos Africanos no Brasil, desenvolvida por seus descendentes Afro-Brasileiros, tendo em vista uma srie de fatores colhidos em documentos escritos e sobretudo no convvio e dilogos constantes com os capoeiristas atuais e antigos que vivem na Bahia. (Rego apud Campos,2001, p.19)

    Convm lembrar que vrios pesquisadores que estiveram na

    frica, principalmente em Angola, jamais encontraram vestgio algum de

    uma luta parecida com a nossa capoeira. Ainda para reforar a hiptese

  • do aparecimento da capoeira no Brasil, no existem nomes de golpes

    nem toques em lngua africana, como por exemplo o candombl.

    Uma indagao que se pode ser feita a seguinte, por que os

    africanos no preservaram a linguagem da capoeira como fizeram com

    tantas outras manifestaes vindas com eles da frica! Tudo nos leva a

    crer que a capoeira se trata realmente de uma manifestao da Bahia.

    2.3- O TERMO CAPOEIRA

    O vocbulo capoeira tem sido tratado por vrios estudiosos.

    Em 1712, ele foi registrado pela primeira vez por Raphael Bluteau,

    seguido por Moraes, e 1813.

    A primeira proposio de que se tem notcia a de Jos

    Alencar, em 1865, na primeira edio de Iracema. Props Alencar para o

    vocbulo capoeira, o tupi caa-apuam-era, traduzido por ilha de mato j

    cortado.

    Para Macedo Soares(apud CAMPOS, 2001, p.30) o vocbulo

    vem simplesmente do guarani capuera, mato que foi atualmente mato

    mido que nasceu no lugar do mato virgem que se derrubou.

    J. Barbosa Rodrigues(apud CAMPOS, 2001, p.26) no sculo

    passado, props no seu livro Paranduba Amazonense a forma caapoera.

    J para Visconde de Porto Seguro o termo certo capora.

    Atualmente, so quase unnime os tupinlogos em aceitarem

    o timo ca, mato, floresta virgem, mais puera, pretrito nominal que

    quer dizer o que foi, e o que no existe mais.

    Outro argumento para o vocbulo a existncia, no Brasil de

    uma ave chamada capoeira (Odontophores Capueira Spix), essa ave

    tambm chamada de Uru, uma espcie de perdiz pequena que ainda em

    bandos no cho.

  • Antenor Nascente, em 1955, na Revista Brasileira de Filosofia,

    explica porque o jogo da capoeira se liga ave. Informa que o macho da

    capoeira muito ciumento e por isso trava lutas tremendas com o rival

    que ousa entrar em seus domnios.

    Concluindo que, naturalmente os passos e destrezas desta

    luta, as negaas foram comparadas com os destes homens que na luta

    simulada para divertimentos ou simulaes para fugas ou treinos para

    despistar os capites do mato na fazenda onde eram escravos, lanavam

    mo apenas da agilidade dos ps, mos e cabeada. (CAMPOS, 2001,

    p.21)

    capoeira no tem raa

    capoeira no tem cor

    capoeira est no sangue

    capoeira s amor

    ( VIEIRA, 1995, p.X)

    A capoeira um excelente veculo da educao, de uma

    riqueza sem precedentes levando a criana Down se desenvolver em

    todos os aspectos, ela atua direta e indireta sobre todos os aspectos

    cognitivos, afetivos e motor.

    As vrias formas de se contemplar a capoeira na Escola

    Inclusiva, atravs de em educador especfico da capoeira, orientando as

    crianas Down para uma linha de identificao da capoeira.

    2.4- Caractersticas e formas de jogo da capoeira

    Segundo Mestre Xaru(CAMPOS, 2001, p.23) existem vrias

    caractersticas e formas de jogo de capoeira:

    x Capoeira Luta Representa a sua origem sobrevivncia

    atravs dos tempos na sua forma natural como instrumento de defesa

  • pessoal genuinamente brasileiro. Dever ser administrada com o objetivo

    de capoeira combate e defesa.

    x Capoeira Dana e Arte A arte se faz presente atravs da

    msica, ritmo, canto, instrumentos, expresso corporal, criatividade de

    movimentos, assim como o riqussimo tema para as artes plsticas,

    literrias e cincias. Na dana as aulas devero ser dirigidas no sentido

    de aproveitar os movimentos da capoeira, desenvolvendo flexibilidade,

    agilidade, destreza, equilbrio e coordenao em busca da coreografia e

    satisfao pessoal.

    x Capoeira Folclore a expresso popular que faz parte da

    cultura brasileira e que deve ser preservada, promovendo a participao

    dos alunos tanto na prtica como na teoria.

    x Capoeira Esporte Como modalidade esportiva e

    institucionalizada em 1972 pelo Conselho Nacional de Desportos, ela

    mesma dever ter um enfoque especial para competio, estabelecendo-

    se treinamentos fsicos, tcnicos e tticos.

    x Capoeira Educao Apresenta-se como um elemento

    importantssimo para a formao integral do aluno, desenvolvendo o

    fsico, o carter, a personalidade e influenciando nas mudanas de

    comportamento. Proporciona ainda, auto-confiana e uma anlise crtica

    das suas potencialidades e limites. Na educao especial criana com

    Sndrome de Down encontra um campo maior de aprendizagem.

    x Capoeira como lazer Como a prtica no formal, atravs

    das rodas espontneas, e orientada por um educador de capoeira,

    realizada nas praas, praias, colgios, festas, a criana com Sndrome de

    Down estar sempre em um convvio de novas pessoas tendo uma maior

    incluso social.

    x Capoeira Filosofia de vida Muitos so adeptos que se

    engajam de corpo e alma, criando uma filosofia prpria de vida, se a

  • criana com Sndrome de Down for bem estimulada a capoeira poder

    servir como um smbolo para o seu melhor desenvolvimento.

    Apesar de termos enumerado algumas concepes e prticas

    da capoeira na escola, antevemos que dever ser ensinada

    globalizadamente, deixando que a criana com Sndrome de Down

    busque se identificar em uma dessas concepes.

    O educador tem um papel de estimular e orientar a criana com

    Sndrome de Down aproveitando o mximo das suas potencialidades.

    A capoeira um excelente veculo de educao de um riqueza

    sem precedentes levando a com Sndrome de Down se desenvolver em

    todos os aspectos, ela atua direta e indireta sobre os aspectos cognitivos,

    afetivos, motor e social.

    A atividade importante para o homem, principalmente na sua formao global, pois atravs dos movimentos, paralelamente desenvolvida a criatividade, o interesse pelas artes e pela cultura, proporcionando ainda uma mudana de comportamento pelas mltiplas experincias vivenciadas. (CAMPOS, 2001, p.28)

  • CAPTULO 3

    A CRIANA DOWN E A CAPOEIRA

  • Como qualquer outra criana, o portador de Sndrome de Down

    produto de sua herana gentica, sua cultura e seu ambiente,

    influenciada por pessoas e eventos. Ao entrar na capoeira as crianas se

    encontram em pleno processo de desenvolvimento e crescimento, de

    acordo com suas prprias capacidades de maturao e desempenho.

    Para muitas crianas com Sndrome de Down um mundo totalmente

    novo.

    Acredita-se que se realize com capoeira inclusiva para a

    educao da criana com Sndrome de Down possa ter uma comunicao

    mas efetiva junto ao seu educador.

    O educador de capoeira dever lanar mo de todos os

    recursos possveis, principalmente do seu prprio corpo, ou seja, utilizar-

    se dos movimentos da capoeira para uma maior expresso perante as

    crianas.

    Alguns pais pensam que a escola deve ensinar apenas a

    leitura, escrita e aritmtica. embora haja necessidade dos contedos

    acadmicos bsicos para as crianas portadoras de Sndrome de Down,

    um bom programa educacional deve prepar-lo tambm para todas as

    reas da vida. Aspectos como realizar uma tarefa na hora que aquilo deve

    ser feito, dar-se bem com as pessoas e saber encontrar uma resposta,

    so talvez habilidades mais importantes que saber ler, escrever e fazer

    contas.

  • Todos os seres humanos so

    portadores de limitaes e

    dificuldades, no esquecendo que

    poderamos ter nascido deficiente,

    podemos ainda ser feitos ou

    tornamo-nos deficientes

    (FONSECA, 1995, p.27)

    A aprendizagem da capoeira ajuda as crianas com Sndrome

    de Down a obter conhecimentos significativos sobre o seu mundo. A

    capoeira utiliza uma abordagem de movimentos psicomotor, visando

    humanizao de crianas Down, vendo cada criana como pessoa com

    integridade individual, expe a criana com Sndrome de Down a forar

    que contribuiro para sua auto-realizao num sentido amplo, da ento a

    criana com Sndrome de Down ter oportunidade de se desenvolver

    plenamente neste contexto educacional.

    A capoeira como veculo da educao leva a criana com

    Sndrome de Down sejam colocadas em situao de desafio em que

    consigam um desempenho na capoeira.

    um fator que encoraja, aumenta sua auto-estima e estimula

    novas tentativas no jogo da capoeira, aumentando o seu prprio

    potencial, dentro e fora da escola.

    A capoeira vem tendo destaque muito grande nos casos das

    crianas com sndrome de Down, considerando sempre as etapas

    mentais, cronolgicas e motoras do indivduo, propicia um

    desenvolvimento orgnico mais satisfatrio, melhora o tnus muscular,

    permite maior agilidade, flexibilidade e ampliao dos movimentos. Auxilia

    o ajuste postural, bem como esquema corporal, coordenao dinmica e,

    ainda desenvolve fora e agilidade.

    Outro ponto fundamental o que a capoeira no promove

    risco, tais como fadiga muscular e alteraes articulares e sseas que

  • pode ocorrer em outras prticas. As contraes musculares so precisas

    em relao fora, velocidade e ritmicidade, vale ressaltar que os

    exerccios sempre orientados pelo educador de capoeira.

    A capoeira proporciona a liberao de sentimentos como

    agressividade e medo, levando a criana com sndrome de Down a

    adquirir uma condio fsica mais satisfatria e um comportamento mais

    socializado.

  • CAPTULO 4

    A CAPOEIRA COMO VECULO NA EDUCAO

    INCLUSIVA, PSICOMOTOR NA CRIANA

    O jogo da capoeira comeou a ser aplicado principalmente na

    Escola Nova nos chamados mtodos ativos essa idia j acontecia em

    1632 escreveu Didarta Magda, atravs da qual apresentava sua

    concepo de educao onde recomendava a prtica do seu valor

    formativo(FREITAS, 2003, p.13)

    Nos estudos realizados a capoeira mostrou-se resistente

    durante anos podendo ento aplic-la dentro da educao inclusiva(na

    sua forma) que puramente saudvel.

    Froebel(apud FREITAS, 2003, p.13) colocava em prtica a

    teoria do valor educativo e do jogo.

    importante lembrar que a capoeira um jogo, vista

    superficialmente parece simplista porm se analisada mais

  • profundamente pode ser considerada um essencial instrumento de

    socializao e desenvolvimento infantil, favorecendo a criana com

    sndrome de Down em vrias formas na sua construo dos seus

    conhecimentos atravs do ldico.

    A capoeira como veculo da Educao, possui portanto,

    finalidades que podem modificar-se rapidamente de acordo com os

    objetivos educacionais.

    Com objetivo daquele que pratica a capoeira ela desperta o

    prazer ao longo do tempo e possibilitando o surgimento de algumas

    caractersticas fundamentais para o desenvolvimento da criana com

    sndrome de Down, como o simbolismo e as regras que so utilizadas.

    Assim durante a atividade da capoeira atravs dos movimentos

    a criana com sndrome de Down expressa seu comportamento de

    liberdade a regra, do prazer seriedade, a imitao do modelo

    criatividade.

    Provocando tambm mudanas qualitativas no mesmo, quer

    sejam elas no comportamento, na sua personalidade, no desenvolvimento

    da aprendizagem. O meio socio-histrico pode influenciar sua ao.

    O jogo uma atividade que est presente em todas as

    culturas, a ponto de afirmar sua convico de que no jogo e pelo jogo

    que a civilizao surge e se desenvolve ( HUIZINGA apud FERREIRA,

    2000, P.1) .

    Brincando e jogando a capoeira a criana com Sndrome de Down produz as sua s vivncia, atravs do jogo de capoeira ela ir expressar, assimilar e construir a sua realidade.

    Com base nos grandes educadores do passado, j conheciam

    as funes do jogo no processo ensino-aprendizagem.(FREITAS,2003,

    p.15)

  • Atravs das vivncias prticas da capoeira a criana com

    Sndrome de Down comea a conhecer a funcionalidade do seu corpo,

    expressando atravs dele um ser confiante, adquirindo um conhecimento

    corporal harmnico expressivo tanto individual como grupal.

    A socializao do indivduo e do seu comportamento

    proporciona o que uma imagem dele mesmo, conforme esperam dele,

    graas a certas atitudes de mmicas que a capoeira demostra , um estilo

    de linguagem apropriado.

    A expresso de sua personalidade e gestos corresponde a

    uma verdadeira aprendizagem social.

    4.1- A prtica da capoeira e seus benefcios para a criana

    com Sndrome de Down

    A capoeira traz benefcios em todos os aspectos desde a educao motora at social, um veculo facilitador da incluso social, na troca de experincias com outras pessoas muitas vezes distantes do seu universo, por meio das atividades propostas pelo educador. A criana com sndrome de Down identifica valores e fundamentos da capoeira, que representa a cultura e arte, o que auxilia na forma de ver, ser, sentir, e de ser comportar na sociedade. Este aspecto demostra o quanto estas crianas so normais e capazes assim como outra qualquer. Sabe-se que a capoeira trabalha vrias valncias fsicas como fora, resistncia, equilbrio, flexibilidade entre outras. Os benefcios psicomotores como lateralidade esquema corporal, estruturao espacial e temporal levando a criana com sndrome de Down a ter uma auto-estima. Outro fator benefcio o psicolgico, eleva a sua auto-eficincia, respeito prprio. A capoeira torna as crianas mais felizes atravs das aulas e da ludicidade dentro da prtica da capoeira aprendendo esta arte puramente brasileira tendo uma considervel melhora para o corpo e a mente.

  • Aprender desenvolver, assim como desenvolvimento s concebvel como aprendizagem, isto o desenvolvimento humano sinnimo de aprendizagem humana, uma vez que h entre ambos uma identidade intrnseca fundamental. Como afirma Vygotski, o desenvolvimento a condio da aprendizagem. (FONSECA, 1995, p.95)

  • CAPTULO 5

    O PROCESSO HISTRICO DE CONSTRUO DE

    UM SISTEMA EDUCACIONAL NO BRASIL

    Para compreender mais amplamente esse processo histrico

    h que se conhecer os muitos caminhos j trilhados pelo homem ocidental

    em sua relao com a parcela da populao constituda pelas pessoas

    com necessidades especiais.

    A histria da ateno pessoa com necessidades especiais

    tem caracterizado pela segregao acompanhada pela conseqente e

  • gradativa excluso, sob diferentes argumentos, dependendo do momento

    histrico da humanidade foram se diversificando a viso e a compreenso

    que as diferentes sociedades tinham acerca da deficincia.

    A forma de pensar e por conseqncia a forma de agir com

    relao deficincia enquanto fenmeno e pessoa com necessidades

    educacionais especiais enquanto ser modificaram-se no decorrer do

    tempo e das condies scio-histricas.

    importante lembrarmo-nos de que os termos tais como

    deficincia, deficiente, portador de necessidades especiais, surgiram

    bem recentemente, j no sculo XX. (Projeto Escola Viva Ministrio da

    Educao; Secretaria da Educao de Educao Especial capitulo 1 c

    327. 2000 p.7)

    Por outro lado, h que se lembrar que na dcada de 60

    marcou-se intensa e fortemente, por um processo geral de reflexo e de

    crtica sobre os direitos humanos e, mais especificamente, sobre os

    direitos das minorias, sobre liberdade sexual, os sistemas e organizao

    poltico-econmica e seus efeitos na construo da sociedade e da

    subjetividade humana, na maioria dos pases ocidentais.

    A dcada de 60 do sculo XX tornou-se marcante pela relao

    da sociedade com pessoas com necessidades educacionais especiais

    incluindo s com deficincia. Foram criados paradigmas durante a nossa

    histria que foram mudando de acordo com o momento da nossa

    sociedade.

    A essncia deste novo mtodo e o

    princpio de que todos os

    fenmenos tem uma histria

    caracterizadas por mudanas

    qualitativas e quantitativas,

    portanto devem ser estudados

    como processo de mudana.

    (COLE e SCRIBENER, 1984 p.7)

  • 5.1- Paradigma da Institucionalizao

    Observa-se que o paradigma formal a caracterizar a relao

    da sociedade com a parcela da populao constituda pelas pessoas com

    deficincia foi constitudo locais de confinamento para tratamento das

    pessoas com deficincia em conventos, asilos, tais instituies eram

    muitas vezes prises.

    Somente no sculo XX, por volta de 1960 que esse

    paradigma da Institucionalizao comeou a ser criticado e examinado.

    Alm de dois novos conceitos passaram a circular no debate

    social: normalizao e desinstitucionalizao.

    Considerando que o paradigma tradicional da institucionalizao tinha demonstrado seu fracasso na busca de restaurao de funcionamento normal do indivduo no contexto das relaes interpessoais, na sua integrao na sociedade e na sua produtividade no trabalho e no estudo.

    Iniciou-se o movimento pela desinstitucionalizao, baseado na

    ideologia da Normalizao.

    5.2- Paradigma de Servios

    Adotar as idias de normalizao que defendia a necessidade de introduzir a pessoa com necessidades especiais na sociedade procurando ajud-la adquirir as condies e os padres da vida cotidiana, no nvel mais prximo do normal. Esse modelo se caracteriza pela oferta de servios organizando em trs etapas. Primeira: uma avaliao de uma equipe de profissionais na criana formando uma opinio para uma possvel melhoria na sua vida para torn-la a mais normal possvel. Segunda: era de interveno na qual a equipe faria uma nova avaliao para obter informaes dos diferentes nveis locais e entidades onde a criana passou, formal ou sistematizado, norteado pelos resultados anteriores. Terceira: encaminhamento da pessoa com deficincia para a vida na comunidade.

  • Por volta de 60 esse paradigma comeou a sofrer crticas proveniente das academias, associaes de deficincia e outros rgos de representao. Parte delas provenientes das reais dificuldade encontradas no processo de busca de normalizao da pessoa com deficincia. Diferenas na realidade, no se apagam mas sim so administradas na convivncia social. A normalizao perde fora em funo da crtica ampliou-se a discusso sobre o fato de uma pessoa com necessidade especiais ser um cidado como outro qualquer, detentor dos mesmo direitos de determinao e de uso das oportunidades disponveis na sociedade, independente do tipo de deficincia e do grau de comprometimento que apresentem.

    5.3- Terceiro Paradigma caracterizado pelo pressuposto de que a pessoa com deficincia tem o direito convivncia no segregada e ao acesso imediato e contnuo aos recursos disponveis aos demais cidados. Os suportes podem ser de diferentes tipos: social, econmico, fsico, instrumental... E tm como funo favorecer a construo de um processo que se passou a denominar Incluso Social( MINISTRIO DA EDUCAO, 2000, p.15).

    5.4- A educao especial no Brasil Institucionalizou-se em termos de planejamento poltica pblica com a criao do CEMESP em 1973 ao mesmo tempo que teve incio a implantao de subsistemas de Educao Especial nas diversas redes pblicas de ensino(FERREIRA, 1992, p.24). A partir do momento em que se tornaram disponveis aos deficientes os meios de superar pelo menos em parte, sua vantagens naturais, deixou de ter razo para que eles continuassem segregados da sociedade. Ou seja tornou-se possvel para esses indivduos uma participao mais ativa na vida comunitria. o nvel de nossa experincia pessoal e ao nvel do aprofundamento dessas experincias que podemos primeiramente conquistar a percepo da deficincia em seguida assegurar ao deficiente condies menos desfavorveis ao seu prprio desenvolvimento.

  • CONCLUSO

    de fundamental importncia para o enriquecimento

    educacional ter a capoeira como veiculo na Educao Inclusiva. A

    capoeira com uma linguagem simples e direta, dar a chance das

    crianas aprenderem sobre a nossa histria.

    A capoeira por si j inclusiva, pois ela atente qualquer

    indivduo, sem distino das suas categorias um instrumento de grande

    valia para as crianas portadoras ou no.

    Sabe-se que a capoeira desenvolver bons resultados a nvel

    psicomotor e psicolgicos, facilitado um melhor desempenho para as

    crianas.

    Os benefcios e vantagem que a capoeira pode nos oferecer:

    x Senso de realizao; x Conscincia corporal; x Desafios fsicos e mentais; x Participao na comunidade; x Desenvolvimento do tnus muscular e coordenao; x Melhora nas habilidades esportivas e o mais importante

    diverso.

    A capoeira puramente inclusiva, balano, garra, expresso,

    genuinamente brasileira.

    A capoeira expressa como um veculo na educao e

    promovendo uma qualidade de vida aos seus praticantes aumentados sua

    cultura, tornando essas nossas crianas Down em verdadeiros cidados.

  • REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ALVES, Ftima. Psicomotricidade: corpo, ao e emoo. Rio de Janeiro: Editora Wak, 2003. CAMPOS, Hlio Mestre Xaru. Capoeira da escola. Salvador: UFBA, 2001. CARNEIRO, Jos Mestre Camisa. Cantigas de capoeira. Rio de Janeiro: Editora Abad, 1977. CUNHA, Andreia C. A. Capoeira positiva. Rio de Janeiro: Abada Capoeira, 2003. FERREIRA, Carlos Alberto M. Psicomotricidade: da educao infantil a gerontologia. Rio de Janeiro: Louise, 2000. FONSECA, Vtor. Educao especial: programa de estimulao precoce, uma introduo s idias de Fuerstein. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1995. FREIRE, Joo Batista. Educao corpo inteiro: teoria e prtica na Educao Inclusiva. Rio de Janeiro: Scipione, 1992. FREITAS, Jorge Lus. Capoeira infantil. Curitiba: Torre de papel, 2003. FREITAS, Jorge Lus. Capoeira infantil: a arte de brincar com o prprio corpo. Curitiba: Editora Grfica, 1997. GLAT, Rosana. Educao especial: questes atuais em educao especial, a integrao social dos portadores de deficincias. Rio de Janeiro: Stte Letras, 1995 Le BOOLCH, Jean. Educao psicomotora. Porto Alegre: Artes mdicas, 1987. MINISTRIO DA EDUCAO. Projeto Escola Viva, garantindo o acesso e permanncia de todos os alunos na escola: Alunos com necessidades educacionais especiais. Braslia: 2000. PUECHEL, Sigfried M. Sndorme de Down: guia para pais e educadores. Campinas: Papirus, 1995. ROSADAS, S. C. Atividade fsica adaptada e jogos esportivos para o deficiente. Rio de Janeiro: Atheneu, 1989. ROSADAS, S. C. Educao fsica especial para deficientes. Rio de Janeiro: Atheneu, 1986. VIEIRA, Luis Renato. O jogo da capoeira: cultura popular no Brasil. Rio de Janeiro: Sprint.

  • NDICE

    INTRODUO 08

    CAPTULO I - A histria da Sndrome de Down 10

    1.1- Causa da Sndrome de Down 13

    1.2- Os trs tipos de caractersticas cromossmicas 13

    1.3- Caractersticas fsicas das crianas com sndrome de Down 14

    1.3.1- Principais caractersticas 15

    CAPTULO II- Capoeira: Mtodos teraputicos para pessoas

    portadoras da Sndrome de Down

    16

    2.1- Histria da capoeira 18

    2.2- A origem da capoeira 19

    2.3- O termo capoeira 20

    2.4- Caractersticas e formas de jogo da capoeira 22

    CAPTULO III A criana Down e a capoeira 25

    CAPTULO IV A capoeira como veculo na educao inclusiva,

    psicomotor na criana

    28

    4.1- A prtica da capoeira e seus benefcios para a criana com Sndrome

    de Down

    31

    CAPTULO V O processo histrico de construo de um sistema

    educacional no Brasil

    33

    5.1- Paradigma da Institucionalizao 35

    5.2- Paradigma de Servios 36

    5.3- Terceiro Paradigma 37 5.4- A educao especial no Brasil 37

    CONCLUSO 39

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 40

    NDICE 42

    FOLHA DE AVALIAO 43

    ANEXOS 44

  • FOLHA DE AVALIAO

    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    Instituto de Pesquisa Scio-Pedaggicas

    Ps-Graduao Latu Sensu

    SNDROME DE DOWN, PSICOMOTRICIDADE E A CAPOEIRA COMO

    VECULO NA EDUCAO INCLUSIVA

    Autor: Marcos Alves Barbosa

    Data da entrega:

    Avaliado por: Conceito:

    Avaliado por: Conceito:

    Avaliado por: Conceito:

    Conceito Final:

    Rio de Janeiro, ____ de _____________ de ____ __________________________________________________________

    Coordenao do Curso

  • ANEXOS