108

Maria Aparecida de França Gomes

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Maria Aparecida de França Gomes
Page 2: Maria Aparecida de França Gomes

PREFEITOCarlos Eduardo Nunes Alves

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDEMaria Aparecida de França Gomes

SECRETÁRIO ADJUNTO DE PLANEJAMENTO E PROMOÇÃO À SAÚDEEdmilson de Albuquerque Júnior

SECRETÁRIA ADJUNTA DE OPERACIONALIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDEMariza Sandra de Souza Araújo

CHEFE DO DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E INFORMAÇÃO EM SAÚDETerezinha Guedes Rego de Oliveira

EQUIPE DE ELABORAÇÃOAna Tereza Barreto TorresAlbert Einstein M. S. dos SantosMaria do Carmo Fernandes QueirozClotildes MacedoHerbene FlorêncioMaria Auxiliadora Soares de LimaMaria das Graças DiasMaria das Graças PessoaMarilene Cardoso da SilvaMary Lúcia Bruno da MotaRoberval Edson Pinheiro de LimaRosires Magali Bezerra de BarrosTerezinha Guedes Rego de Oliveira

CONSULTOROlinto de Medeiros Rocha (In memorian)

ESTAGIÁRIOSDaniel Ferreira de MeloFrancisco Eduardo da Rocha GomesLaryssa Tayane de Carvalho Rocha

COLABORAÇÃORepresentantes do Conselho Municipal de SaúdeRepresentantes dos DepartamentosRepresentantes dos Distritos SanitáriosRepresentantes das Unidades Municipais de Saúde

CATALOGAÇÃONormalize – M.L.L. de Sales Cabral - Fone: (84) 3231-8492

CAPA, PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOPlena Comunicação

Contato: [email protected]

Tiragem: 1ª Edição - 2006 - 500 exemplares

Impresso no Brasil / Pinted in Brazil

Natal. Secretaria Municipal de Saúde. Plano municipal de saúde: 2006-2009 / Secretaria Municipal de Saúde de

Natal. – Natal, RN, 2006.114 p.

1. Saúde Pública – Natal (RN). 2. Política de Saúde – Natal (RN). I. Título.

CDU 614 (813.2 Natal) CDD 354.810077 Normalize 08/2006

Catalogação na Fonte - Normalize

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e qua não seja para venda ouqualquer fim comercial.

Page 3: Maria Aparecida de França Gomes

APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Saúde aqui apresentado é resultante do exercício democrático naformulação das políticas públicas. Atuará como instrumento de trabalho de referência para agestão da saúde no município do Natal, no quadriênio 2006-2009, permitindo a adoção deestratégias de intervenções intersetoriais, capazes de modif icar a realidade sanitária/epidemiológica indesejável, ao mesmo tempo envolvendo um maior número de atores na buscada melhoria e qualidade de vida, nos níveis de saúde e no apoio ao desenvolvimento social dapopulação, alvo final de todos os esforços.

Mais do que o cumprimento das exigências formais previstas nas leis 8.080/90 e 8.142/90, o Plano concretiza o compromisso do gestor na consolidação do SUS. Trata-se de um trabalhoconjunto de profissionais, usuários e dirigentes do SUS, cujo resultado é a interação entre apercepção do governo e os interesses da sociedade.

A conformação do Plano, decorrente de vários eventos específicos, teve como referencialbásico o Plano Plurianual – PPA, já transformado na Lei nº 5.551 de 27-07-05, o Relatório deAvaliação de Resultados 2003 a 2005, das contribuições das Conferências Municipais de Saúde- ocorridas no mesmo período, do Plano Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde através doPlanejaSUS, do Pacto pela Saúde e, finalmente, das plenárias do orçamento participativo,implantado no Município sob a coordenação da Secretaria Municipal de Planejamento,Orçamento e Finanças – SEMPLA.

Neste sentido, foi desencadeado um processo de consultas e debates, compactado emoficinas de trabalhos de curta duração, integrando o maior número de atores sociais dirigentese técnicos na construção do Pacto pela Saúde em Natal, materializando-se o pensar coletivo.

O Plano Municipal de Saúde encontra-se estruturado seguindo a lógica do documentonacional, em quatro partes distintas:

1 - Princípios, prioridades e objetivos;2 - Análise situacional da saúde no município do Natal;3 - Compromissos da Gestão - sistematizado em eixos, linhas prioritárias,

objetivos, diretrizes e metas;4 - Monitoramento e avaliação.

A operacionalização do Plano se dará mediante programas e projetos, nos quais sãodefinidas ações e atividades específicas culminando em conseqüências práticas de sua execução.

Por fim, cabe informar que o Plano é dinâmico, sendo revisto a cada ano em conformidadecom as necessidades indicadas no monitoramento e avaliação.

Maria Aparecida de França GomesSecretária Municipal de Saúde

Page 4: Maria Aparecida de França Gomes

CARTA PARA UM AMIGO

Olinto Rocha - persona múltipla - encenava nos seus diversospersonagens cotidianos, os papéis de médico, professor, ator, poeta,consultor, dentre muitos outros.

Entusiasta da saúde pública, dedicou muitos anos de sua vida noexercício da medicina social, preocupado em aperfeiçoar o cuidado comas pessoas dos bairros onde trabalhou. Esse convívio o motivou aincorporar novas práticas integralistas, como Lian Gong e a Acupuntura,buscando a integração entre o corpo e a mente.

Antes de compartilharmos o mesmo ambiente de trabalho, jáconhecíamos o homem público, atuante na academia e nos serviços de

saúde, sendo um dos pilares para a construção dos novos paradigmas quealicerçariam a concretização do que antes era apenas um sonho: o Sistema

Único de Saúde.

Apesar de sua pluralidade, era uma pessoa singular. Em seus diálogos mesclava palavrasincisivas e ponderadas, mas sempre de forma elegante e respeitosa. Conseguia transitar, comsua maturidade e serenidade, entre questões do exercício da profissão, da saúde pública, coma mesma sutileza com que discutia assuntos pessoais, compondo “diagnósticos” simples e semprepropondo uma “terapia” ancorada na sabedoria da vida. Transmitia uma certeza de que nadaera impossível, sua história de vida era o exemplo dessa capacidade de superação.

Esses dois anos e meio de convivência diária, resultaram na acumulação de conhecimentos,concretizados através da construção e efetivação da missão institucional, da elaboração doPlano Municipal de Saúde 2003-2005 e a discussão sobre as linhas e diretrizes que balizarameste novo Plano para o quadriênio 2006-2009.

No entanto, mais do que essa troca de experiência profissional deixado por “Doutor”Olinto, ficou o aconchego da “pessoa” Olinto, as palavras amigas e conciliadoras, as brincadeiraspolidas, degustadas entre as iguarias da culinária local que ele tanto apreciava, temperadascom as multi-idéias e os comentários do enredo de nossas e de outras vidas também.

É certo que as pessoas não são insubstituíveis, mas algumas deixam grandes lacunas quetalvez não possam ou não devam ser preenchidas.

Por tudo isso, fizemos questão de deixar registrado aqui o nosso reconhecimento e anossa saudade!

Colegas da SMS/Natal.

Não sei... se a vida é curtaou longa demais pra nós,

mas sei que nada do que vivemos tem sentido,se não tocamos o coração das pessoas.

(Cora Coralina)

Page 5: Maria Aparecida de França Gomes

Missão da SMS

“Garantir, na perspectiva da promoçãoà saúde, a atenção integral à saúde dapopulação, baseado nos princípios da

acessibilidade, resolutividade,humanização e cidadania”

Page 6: Maria Aparecida de França Gomes

VALORES INSTITUCIONAIS

UNIVERSALIDADE

ACESSIBILIDADE

CONTINUIDADE

INTEGRALIDADE

RESPONSABILIDADE

HUMANIZAÇÃO

VÍNCULO

EQÜIDADE

PARTICIPAÇÃO SOCIAL

TRANSVERSALIDADE

Page 7: Maria Aparecida de França Gomes

Apresentação 03

07 Missão

09 Valores Institucionais

Parte I

13 Prioridades

Parte II

Análise Situacional do Município do Natal

19 1. Análise dos Aspectos Demográficos e Socioeconômicos

21 2 .Análise em Relação à Situação de Saúde

25 3. Análise em Relação à Atenção Integral em Saúde

32 4. Análise em Relação à Vigilância em Saúde

33 5. Análise em Relação à Gestão em Saúde

35 6. Análise em Relação ao Financiamento

37 7. Análise em Relação à Gestão de Pessoas

Parte III Compromissos da Gestão

Objetivos

Planilhas de Metas

41 Eixo 1: Atenção integral à Saúde

59 Eixo 2: Vigilância em Saúde

67 Eixo3: Gestão em Saúde

Parte IV 75 Monitoramento e Avaliação

SUMÁRIO

Page 8: Maria Aparecida de França Gomes

PPrioridades da Gestão

PARTE I

Page 9: Maria Aparecida de França Gomes

14 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 10: Maria Aparecida de França Gomes

15 PRIORIDADES DA GESTÃO

PARTE I. PRIORIDADES DA GESTÃO

O Plano Municipal de Saúde implica nocompromisso inequívoco com a repolitizaçãodo SUS, rompendo os limites setoriais, demodo que a sociedade organizada participee se comprometa com as decisões,conjugando esforços na consolidação do SUS.

Gestores do SUS assumiram ocompromisso público da construção do PactoPela Saúde 2006, que será anualmente revisadocom base nos princípios constitucionais do SUS,com ênfase nas necessidades de saúde dapopulação. Essas medidas implicaram noexercício simultâneo de def inição deprioridades articuladas e integradas nos trêscomponentes: pacto em defesa do SUS, pactode gestão e pacto pela vida.

Nesse contexto, o Plano Municipal deSaúde constitui elemento fundamental para essenovo pacto, revelando a partir do diagnósticosituacional - parte integrante deste documento– aquilo o que é o principal propósito parainiciativas prioritárias, sendo elas:

• Implementar a Política Municipal depromoção à saúde, com ênfase naadoção de hábitos saudáveis;• Consolidar e qualificar a estratégia doPrograma Saúde da Família comomodelo de atenção básica;• Fortalecer a capacidade de respostado Sistema de Saúde às DoençasEmergentes;• Reduzir a Mortalidade Materna eInfantil (por doenças diarréicas e porpneumonia);• Implementar a Política Municipal deSaúde da Pessoa Idosa;• Reduzir a mortalidade por câncer decolo de útero e de mama;• Aprimorar os mecanismos de gestão,f inanciamento e controle social,fortalecendo a Gestão Participativa;• Ampliar o acesso à atenção comqualificação e humanização;

• Assegurar o acesso a medicamentosbásicos à população assistida peloSUS;• Readequar o perfil da assistênciahospitalar em função das necessidadesepidemiológicas e sua inserção nosistema;• Reorganizar a atenção ambulatoriale do atendimento às urgências eemergências;• Priorizar linhas de cuidado na atençãoà saúde bucal, saúde mental, pessoascom deficiência, pessoas submetidas àssituações de violência e da saúde dotrabalhador;• Fortalecer a gestão do trabalho noSUS, visando a efetivação da atençãosolidária, humanizada e de qualidade;• Construir uma rede de informação ecomunicação para gestão e atençãointegral à saúde;• Promover a qualificação física etecnológica da rede;• Garantir ações de vigilância em saúde– ambiental, epidemiológica e sanitária– para redução dos principais riscos eagravos à saúde da população;• Eliminar a hanseníase e controlar atuberculose, dengue, DTS/AIDS,doenças imunopreveníveis e outrasdoenças controláveis de grandeincidência local, com reduçãoprogressiva dos níveis de incidência;• Controlar a hipertensão arterialsistêmica e diabetes;• Reduzir a morbimortalidade porcausas externas e garantir o acessoimediato à urgência e emergência.

Estas prioridades, validadas peloConselho Municipal de Saúde, servirão comoreferência para todo o processo deplanejamento no desempenho de ações eestratégias e na definição de recursos.

Page 11: Maria Aparecida de França Gomes
Page 12: Maria Aparecida de França Gomes

AAnálise Situacional daSaúde no Município

do Natal

PARTE II

Page 13: Maria Aparecida de França Gomes

18 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 14: Maria Aparecida de França Gomes

19ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DO NATAL

PARTE II. ANÁLISE SITUACIONAL DA SAÚDE NO MUNICÍPIO DO NATAL

A esperança devida ao nascer

da população deNatal aumentou

de 66,9 anospara 68,78 anosno período de1991 a 2000

1- ANÁLISE DOS ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS

O município de Natal, capital doEstado do Rio Grande do Norte, localiza-sena costa atlântica e é cortado pelo principalrio do Estado, o Potengi, no qual se encontraum importante porto marítimo. Possui climaúmido, com temperatura media anual de 28º.É uma cidade turística, onde as pessoas sãoatraídas pelas praias e o clima agradável.

Apresenta uma área física de 169,9 Km2,equivalente a 0,32 % da superfície do Estado.Limita-se ao norte com Extremoz, ao sul comParnamirim, ao leste com o Oceano Atlântico,e ao oeste com São Gonçalo do Amarante.

Está dividida geograficamente em 36bairros, distribuídos em quatro regiõesadministrativas: Norte, Sul, Leste e Oeste.

DEMOGRAFIA

De acordo com estimativa doministério da Saúde, a população de Natalpara o ano de 2006 é de 789.895habitantes, representado aproxima-damente um quarto da populaçãodo Estado, sendo a maioriaconstituída de mulheres ecorresponde a 53% dapopulação. O censo realizadopelo IBGE no ano 2000 mostraque a maior parte da populaçãodo município pertencia a RegiãoNorte, na proporção de 34,4%,seguida pela Região Oeste quecomportava 27% do contingente. ARegião Sul concentrava 21,9% dapopulação do município e a Leste tinhaa menor população, com percentual de 16,3%.

A taxa de crescimento vem diminuindoao longo dos anos, comprovada através dosdados dos censos que mostram taxa de 3,47%no período de 1980 a 1991 e 1,8% no período

de 1991 a 2000. A Região AdministrativaNorte foi a que mais cresceu nos últimos anose, no período de 1991 a 2000, a taxa médiaanual de crescimento foi de 5,8%. Por outrolado a Região Administrativa Leste teve taxanegativa de -1,1%, que pode ter sidoinfluenciada também pelo crescimento dasatividades econômicas nessa área. As regiõesSul e Oeste cresceram com taxas na ordemde 0,8% e 0,6% ao ano, respectivamente.

Natal vem passando pelo processo detransição demográfica, seguindo a tendênciados municípios brasileiros, particularmenteem função das quedas das taxas defecundidade e natalidade. A taxa defecundidade passou de 2,4 filhos por mulher,em 1991, para 2 f ilhos, em 2000, o queequivale a um decréscimo de 16,7%. Foiconstatado ainda que a maioria dos bairrosdas regiões administrativas Norte e Oestepossuíam taxas de fecundidade superiores ou

iguais a 4 f ilhos por mulher(NATAL2015, 2000). No período de 1993 a

2005, as taxas de Natalidadedecresceram e passaram de 26,5em 1993 para 18,7 nascidosvivos por 1000 habitantes.

A esperança de vida aonascer da população de Natalaumentou de 66,9 anos para68,78 anos no período de 1991a 2000. O índice de

envelhecimento apresenta umatendência crescente, quando se

observa que em 1980 este índiceera de 11,3, em 1991 subiu para 13,9

e em 2000 chegou a 19,4 pessoas com 65anos ou mais de idade para cada 100 jovensmenores de 15 anos.

Comparando-se a estrutura etária dapopulação nos anos censitários, percebe-se

Page 15: Maria Aparecida de França Gomes

20 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

alteração na forma da pirâmide etária, emvirtude da transição demográfica que, entreoutras causas, foi afetada pela queda demortalidade infantil, queda da fecundidadee aumento da expectativa de vida. Emconseqüência, nos anos de 1991 e 2000,houve uma redução importante nopercentual de crianças abaixo de 10 anos(de22,36% para 18,13%), aumento da populaçãoidosa(de 7,68% para 7,90%) e, principal-mente, aumento da população adulta entre25 e 59 anos de idade, cuja proporçãocresceu de 38,72% para 48,74%. A faixaetária de adolescentes e jovens(10 a 24 anos)em termos proporcionais diminuiu de32,13% para 31,23%.

As regiões administrativas apre-sentaram comportamentos diferentes nassuas estruturas etárias e, de acordo com osdados do censo de 2000, a RegiãoLeste(13,04%) concentrava a maiorproporção de idosos do município e RegiãoNorte(5,20%) a menor. As regiões Sul e Oestetiveram percentuais de 8,87% e 7,46%respectivamente.

EDUCAÇÃO

A taxa de analfabetismo em Nataldiminuiu no período de 1991 a 2000 e,considerando a faixa etária de 15 anos emais, passou de 16,4% para 11,9%. Na RegiãoOeste foi encontrada a mais alta taxa deanalfabetismo, com uma representação de18,2% da população em foco. A menor taxaocorreu na Região Sul, cujo valor não chegoua 4,5%. Outro dado importante refere-se àmédia de anos de estudo que, na populaçãocom 25 anos e mais, subiu de 6,4% para 7,2%neste Município.

RENDA

Natal, em 2000, possuía uma rendanominal média mensal do responsável pelodomicílio de R$919,10, que era equivalentea 6,09 salários mínimos da época. Quandose analisa esse indicador por regiõesadministrativas, as desigualdadeseconômicas se revelam através dos dados.

As regiões Norte e Oeste possuíam asmenores rendas e não chegavam a 3 saláriosmínimos mensais. Por outro lado, a RegiãoSul, que possui uma população com melhornível sócio-econômico, teve a maior rendamédia e representou 11,6 salários mínimos.A segunda maior foi obtida na Região Leste,correspondendo a 9 salários. O índice de Gini,utilizado para medir as desigualdades nadistribuição de renda, cresceu, passando de0,60 em 1991 para 0,64 em 2000, indicandoque as desigualdades aumentaram nomunicípio.

O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTOHUMANO MUNICIPAL –IDH-M

O Índice de Desenvolvimento Humanodo município de Natal melhorou, visto queesse índice cresceu de 0,733, para 0,787 noperíodo de 1991 e 2000, porém, o que maiscontribuiu para essa evolução foi ocomponente Educação. Em 2000, Natal teveíndice superior ao do estado e ficou em 4ºlugar, quando comparado com as demaiscapitais do Nordeste. Segundo aclassif icação do Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento-PNUD, Natalestá entre as regiões de médiodesenvolvimento humano.

QUADRO SANITÁRIO

O município de Natal é atendido porsistema público de abastecimento de águacaptada através de reservatórios subterrâneos,sistemas de poços artesianos e dos aqüíferossuperficiais, lagoa do Jiqui e Extremoz.

Em 2000 a rede geral deabastecimento cobria 97,21% dos domicíliosrestando 2,79% que utilizava outras fontesde abastecimento como poços, cacimba,cisternas e chafarizes. A população nãoatendida pelo sistema formal deabastecimento de água está condensada,principalmente nas regiões administrativasNorte e Oeste.

Quanto aos resíduos sól idos, omunicípio era atendido por coleta públicaem 97,61% dos domicílios, com freqüência

Page 16: Maria Aparecida de França Gomes

21ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DO NATAL

de três vezes por semana. Do percentualcoletado a grande maioria tem(tinha em2000?), enquanto destinação f inal , adisposição em aterro controlado.

Com relação ao esgotamentosanitário, apenas um quarto dos domicíliosera servido por rede coletora de esgotos,enquanto que os demais utilizavam o sistema

fossa/sumidouro. Saliente-se que, o perf ilacima descrito denota que o destino dosdejetos e água servida, quer coletado pelarede pública ou carreado para fossa, nãoapresentavam qualquer tipo de tratamento,representando uma potencial fonte decontaminação para os mananciais queabastecem a cidade.

2 - ANÁLISE EM RELAÇÃO À SITUAÇÃO DE SAÚDE

MORTALIDADE GERAL

O quadro Geral de mortalidade nosúltimos cincos anos não apresentou grandesvariações e mostra que as maiores causas deóbito no município são as Doenças doaparelho circulatório e corresponderam a28,5% das causas de morte em 2005.Destacam-se nesse grupo as doençasisquêmicas do coração e as doençascerebrovasculares, por serem as maisfreqüentes. Em segundo lugar vem asNeoplasias (18,4%), cujas principais são asNeoplasias malignas do estômago eNeoplasias malignas da traquéia, brônquiose pulmões, seguida da Neoplasias de Próstata.Um grupo de causas importante e que secoloca em terceiro lugar são as Causasexternas (11,4%) , cujos eventos comintenção indeterminada predominam nesseperíodo, com percentual de 42,8%. É provávelque grande parte desses eventos se refira ahomicídios, baseado no resultado de umtrabalho realizado em 2001, junto ao InstitutoTécnico Científ ico-ITEP, que objetivavaesclarecer essas causas e que reduziu para15% a proporção de fatos indeterminados. Emconseqüência, as agressões passaram paraprimeiro lugar, com percentual de 33,3% entretodas as causas externas e os acidentes detrânsito f icaram em segundo lugar, com23,3%. As Doenças do aparelho respiratóriotiveram participação em torno de 10% dototal de causas e dessas, mais da metadeforam em conseqüência de Pneumonia. Oquadro descrito acima se assemelha ao

encontrado para o Brasil, de acordo com osdados do MS/Datasus.

Entre as regiões administrativas,observa-se que as Doenças do aparelhocirculatório e as Neoplasias ocorreram emmaiores proporções na Região Sul e as Causasexternas, nas regiões Norte e Oeste, compercentuais de 13,4% e 15,3%, respecti-vamente, no ano de 2005.

Observa-se ainda que morrem maishomens do que mulheres e em determinadasdoenças, a mortalidade se comporta de formadiferente entre os sexos. Em relação às causasexternas, a população masculina é a maisatingida e, em 2005, para cada 6 óbitosocorridos, 5 foram em homens. Entre asneoplasias, a principal causa feminina foi aNeoplasia de Mama, enquanto que amasculina foi a Neoplasia maligna datraquéia, brônquios e pulmões. Verificou-seainda que a principal causa de óbito entre asmulheres no município de Natal em 2005 foia Diabetes Mellitus.

Analisando-se os óbitos por faixaetária, verifica-se que o risco de morrer nosjovens do sexo masculino de 20 a 24 anos foiquase 7 vezes maior do que no sexo femininoe na faixa de 30 a 34 anos, o risco foi 5 vezesmaior.

O estudo da mortalidade emadolescentes (10 a 19 anos) revela que 65,7%das causas de óbito se referem às Causasexternas e estratif icando por sexo, verifica-se que elas ocorreram na razão de 9 óbitosmasculinos para 1 feminino. As neoplasias(7,4%) e as Doenças do aparelho

Page 17: Maria Aparecida de França Gomes

22 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

circulatório(6,5%) foram a segunda e terceiracausa de morte nessa faixa etária.

As principais causas de óbito entre osidosos com 60 anos ou mais em 2005 foramas Doenças isquêmicas do coração, as doençascérebro-vasculares, as Diabetes Mellitus e asPneumonias, por ordem de classificação.

A MORTALIDADE INFANTIL

A queda da Mortalidade infantil é umatendência nacional e, no município do Natal noperíodo de 1995 a 2005, observou-se que ocoeficiente de mortalidade infantil caiu pelametade nos últimos 10 anos, passando de 31,3para 16,0 óbitos menores de 1 ano por 1.000nascidos vivos. Embora tenha havido diminuiçãono período em análise, chegando a 12,04/1.000nascidos vivos em 2005, a mortalidadeneonatal tem sido o componente quemais contribuiu na mortalidadeinfantil. O coef iciente demortalidade pós-neonatal foi oque mais diminuiu, passando de13,5 para 4,3 óbitos por 1.000nascidos vivos.

As causas perinataiscontinuam sendo as principaiscausas de óbito infantil e, em2005, representaram 66% damortalidade em crianças menoresde um ano. Numa proporção de12,9%, aparecem as Anomaliascongênitas que se classificam como segundacausa de óbito nessa faixa etária.

Quanto às regiões administrativas,verif icou-se maior mortalidade na regiãoNorte, com coeficiente em torno de 13,3/1.000nascidos vivos e a menor foi encontrada naregião Sul, cujo coeficiente foi de 8,6/1000nascidos vivos. Vale salientar que essescoeficientes poderiam ser maiores, não fossea existência de um grande número dedeclarações de óbitos sem a identificação dobairro de residência.

MORTALIDADE MATERNA

A taxa de mortalidade materna éconsiderada como um excelente indicador de

saúde das mulheres em idade reprodutiva. Noano de 2005, em Natal, foram computadas 3mortes por complicações da gravidez, parto epuerpério, levando a um coef iciente demortalidade materna de 23,58/100.000nascidos vivos. No entanto, deve-se terbastante cautela ao se analisar esse indicadorvisto que é comum a morte materna não serdeclarada no atestado de óbito,consequentemente, não se conhece a realmagnitude. Analisando-se esse indicadoratravés da série histórica, observa-se que noperíodo de 1996 a 2005 existiram bastantesoscilações nos coef icientes, não sendoportanto suf icientes para apontar umatendência. Em 1996 seu valor era de 82,69/100.000 nascidos vivos, caiu para 17,90/100.000em 1999, tornou a subir em 2003 atingindo

valor de 85,14/100.000 e, em 2005,reduziu para 23,58/100.000 nascidos

vivos.

MORBIDADE

Os dados de morbidadeainda são muito restritos nomunicípio e a análise a seguir selimitará às doenças denotif icação compulsóriaregistradas através do Sistema de

informações de agravosnotif icáveis - SINAN e as

internações consolidadas pelo Sistemade informações hospitalares - SIH-SUS.

Destaque-se que a Dengue constitui-seainda hoje, como o principal agravo denotificação do município, apesar da enormequeda no número de casos em 2004. Emborao município tenha passado por um longoperíodo de epidemia e que muitos esforçostenham sido realizados no combate ao vetor,verifica-se que ele ainda está presente e deforma contínua no município, tornando-seendêmico em Natal.

A dengue vinha apresentandocoeficientes de incidência superiores a 1.100/100.000 hab até 2003, chegando a dobrar devalor nos anos ímpares. Mostrou indícios decontrole em 2004, quando reduziu suaincidência para 113,8/100.000 hab, embora em

o coeficiente demortalidade

infantil caiu pelametade nos

últimos 10 anos,passando de 31,3para 16,0 óbitos

menores de 1ano por 1.000nascidos vivos

Page 18: Maria Aparecida de França Gomes

23ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DO NATAL

2005 tenha havido um aumento no número decasos, que se pode considerar pequenocomparado à magnitude dos anos anteriores.

Em 2005 as ações foram desenvolvidasutilizando-se a estratégia de bloqueios emáreas de maior transmissão e ainda a realizaçãode aplicação espacial de inseticida em todasas regiões administrativas. Essas medidaspropiciaram a redução da infestação predialpelo mosquito, atingindo o percentual de 3,5%no ano de 2005.

Entre os agravos de maior incidência,destacam-se os acidentes por animaispeçonhentos, que no período de 2002 a 2005,apresentaram coeficientes que variavam de159,38 a 181,07/100.000 habitantes, com maiorocorrência no ano de 2002, sendo o segundoagravo mais notificado.

A Varicela, mesmo não fazendo parteda lista nacional de doenças de notificaçãoobrigatória, se constitui um agravo de interesselocal, tendo em vista a grande incidência, acaracterística de sazonalidade e deregularidade nas notificações, além de ser umadoença típica da região. O número denotificações cresceu nos últimos quatro anose em 2005 teve uma taxa de incidência de 133,8casos para cada 100.000 habitantes.

A Hepatite, cuja notificação diz respeitoà apenas para os vírus dos tipos A e B, diminuiua incidência no período de 2002 a 2004,voltando a crescer em 2005, chegando a dobrarde valor(75,1/100.000 hab), quandocomparado ao ano anterior.

É importante notar que o município nãotem de casos de sarampo desde o ano de 2000em conseqüência das ações do Plano nacionalde eliminação de Sarampo. Portanto, asdoenças exantemáticas aqui se referem àapenas os casos de rubéola, cuja incidência em2005 foi de 13,11/100.000hab.

A meningite apresenta-se como umimportante agravo de notif icação, e suaincidência, apesar de ter oscilado um poucono período em estudo, declinou no ano de2005 quando comparado a 2002, chegando a12,85/100.000hab.

No caso da síf ilis congênita, oMinistério da Saúde, baseado narecomendação da OPAS, preconiza para

controle a incidência de até 1 caso por 1.000nascidos vivos. Em Natal, esse agravo é ummotivo de preocupação visto que o númerode casos tem aumentando bastante e noperíodo de 2002 a 2004 a incidência subiu de1,8/1.000 para 6,7/1.000 nascidos vivos. Emboratenha reduzido em 2005, a taxa de incidênciaainda continua alta e apontou para 5,5 casosde sífilis congênita para cada 1.000 criançasnascidas vivas.

Uma das doenças de preocupaçãomundial, principalmente pelo seu poder dedisseminação é a AIDS. No Brasil a incidênciadesse agravo no ano de 2004 chegou a 10,8casos/100.000 hab, segundo Boletimepidemiológico AIDS DST ANO II Nº 1(dadosSINAN). Entre todas as regiões, a Nordesteapresentou a menor incidência(6,0/100.000hab), inferior ao valor encontrado emNatal(8,7/100.000 hab). Nos últimos 10 anoseste município teve taxas de incidênciaoscilando entre 9 e 14,1/100.000 hab, commaiores picos em 1998, 2001 e 2003. Os dadosrevelam que a AIDS predomina nos homens,porém o que tem se observado é que o númerode casos em mulheres tem aumentado. Noperíodo de 1997 a 2003, a razão homem/mulher caiu significativamente de 4,7:1 para1,6:1. Analisando-se por área geográfica, foivisto que em 2005 a AIDS teve maiorconcentração na Região Leste do município,seguida da Região Norte.

A Tuberculose tem se mostradopersistente nesse município e vem semantendo desde 1996 com número anual decasos registrados entre 400 e 450. A sériehistórica dos dados mostra uma leve tendênciade queda na incidência desse agravo, porémde forma muito lenta. Em 2003 esse indicadorteve sua incidência de 59,1/100.000 hab,superando a média nacional.(40,8/100.000hab). As maiores concentrações de casos nomunicípio de Natal foram encontrados nasregiões Oeste(145 casos) e Norte(137 casos),por outro lado foi a Leste que apresentou amaior taxa de incidência. Essa última região ébem heterogenia e abrange tanto bairros dealto poder aquisitivo, como bairros de classesmenos privilegiadas, os quais têm um pesoimportante nesse indicador.

Page 19: Maria Aparecida de França Gomes

24 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Nota-se que a prevalência deHanseníase vem caindo em razão dasmedidas de controle e dos novos esquemasterapêuticos estabelecidos, em função doplano de eliminação dessa doença. A metarecomendada pelo ministério da saúde é demenos de 1 caso para cada 10.000habitantes e Natal tem cumprido essa meta,uma vez que a taxa de prevalência atingiu0,69/10.000 hab em 2005.

MORBIDADE HOSPITALAR

O grupo de causas l igadas agravidez, parto e puerpério constituia primeira causa de internaçãohospitalar no município. Estegrupo que em 2000representava 33,2% das causasvem apresentando decl ínio,reduzindo esse percentual para28,1%. O segundo grupo decausas se refere às doenças doaparelho respiratório que, aocontrário do anterior, cresceu nomesmo período. Na seqüência ,aparecem as internações por Transtornosmentais e as Neoplas ias . Merecemdestaque as hospitalizações por Lesões/envenenamentos e algumas outrasconseqüências de causas externas quecresceram e também as causas perinataisque diminuíram durante os anos de 2000 a2005. Foi visto que o número de internaçõesem mulheres é quase 2 vezes maior que noshomens, devido as hospital izaçõesrelacionadas a gravidez, parto e puerpério,onde a grande maioria se refere a partos.Um dado importante se refere àshospitalizações em crianças menores de umano que são muito altas e ocorrem naproporção de 174 internações para cada1.000 crianças.

NASCIDOS VIVOS

O baixo peso é um importante fatorde risco para a morbimortalidade neonatale infantil. A proporção de nascidos vivos

com baixo peso ao nascer tem se mantidoentre 7,9 % e 9,2% no município, nos últimos5 anos, alcançando em 2005 o percentualde 8,2%. Em 2002, a média brasileira foi de9,1%, f icando acima da média 8 capitaisbrasileiras, entre elas Natal, segundo dadosdo IDB-Brasil 2004. Os partos em mãesadolescentes representam uma parcelabastante signif icativa, tendo apresentadoligeira queda no período de 1999 a 2005de 23% para 21%. A menor proporçãodessas mães foi encontrada na regiãoSul(13,1%) e a maior, na Região Oeste, compercentual de 23,4%. Um fator importante

refere-se aos partos cesáreos queocorrem com grande freqüência e

chegam próximo a 40%.Anal isando-se por regiãoadminis trat iva , obser vam-semaiores taxa nas regiões compopulação de maior poderaquis i t ivo, Sul e Leste , compercentuais de 59,8% e 46,0%. O

Pacto pela Redução das Taxas deCesárea, estabelece a taxa de 25%

como desejável . Ainda é baixo onúmero de gestantes que realizam 7 oumais consultas de pré-natal, visto que nãochega a atingir metade dessas gestantes.Por outro lado, em torno de 86% realizam 4ou mais consultas de pré-natal.

DESNUTRIÇÃO

De acordo com os dados registradosno SIAB-Sistema de informações da atençãobásica), a proporção de desnutridos vêmreduzindo, ano a ano. Em 2003 o percentualde desnutridos de 0 a 11 meses era de6,13%, enquanto em 2005 chegou a 3,59%.Na faixa de 12 a 23 meses os percentuaisem 2003 representavam 11,35% e em 20057,49%. Entre os fatores que contribuírampara esse resultado positivo, destacam-seas ações desenvolvidas pelas equipes do PSFe PACS, através do acompanhamentosistemático das comunidades em situaçãode vulnerabilidade social e o Programa deControle das Carências Nutricionais – PCCN.

...o total dehospitalizaçõesem mulheres éainda 2 vezes

maior do que oshomens em

2005.

Page 20: Maria Aparecida de França Gomes

25ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DO NATAL

Neste eixo são consideradas para análiseas linhas prioritárias da Atenção Básica, AtençãoEspecializada, Atenção às Urgências e AssistênciaFarmacêutica. Inclui-se também neste contextoo processo de reordenamento do SistemaMunicipal de Saúde traduzido na constituição deredes estratégicas, pautadas no princípio daintegralidade e na centralização do usuário,envolvendo os níveis de atenção: básica, médiae alta complexidade.

Desde o ano de 2003 a SecretariaMunicipal de Saúde de Natal vem intensificandoesforços no ajuste organizacional para oaprimoramento da qualidade das ações, serviçose práticas de saúde em todos os níveis de atenção.O propósito é consolidar a estratégia do ProgramaSaúde da Família - PSF como estruturante daAtenção Básica e, conseqüentemente, de todo osistema de saúde, não restringindo este nível deatenção à oferta de elenco de procedimentos, masa um conjunto de ações que contemple aintegralidade da atenção, resultando na qualidadede vida e propiciando melhora nas condições desaúde da comunidade.

A rede básica municipal é composta de58 unidades que se constituem como pontoprivilegiado para o primeiro contato doacolhimento e a formação de vínculos com asequipes de saúde, sendo também o localprioritário para que o exercício da clínica docuidado aconteça. Cumpre ainda a funçãoessencial de coordenar os fluxos e contra-fluxosdas pessoas pelos diversos serviços na rede deatenção.

Hoje o município do Natal conta com 107equipes do Programa Saúde da Família,implantadas com uma cobertura de 48% dapopulação nas áreas sócio-economicamentemais vulneráveis, sendo que nos Distritos

3 - ANÁLISE EM RELAÇÃO À ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE

Sanitários Norte e Oeste o programa já atingiu opatamar de 70% de cobertura.

Reitera-se no Plano Municipal de Saúde2006-2009, o compromisso com a continuidadeda expansão dessa estratégia que melhor traduza organização da atenção básica.

Os serviços e ações definidas comoAtenção Especializada definem-se como umdos projetos essenciais à gestão municipal. Estenível de atenção encontra-se estruturado commédia e alta complexidade ambulatorial ehospitalar.

Na Média Complexidade Ambulatorialestão incluídos a maioria dos procedimentosnecessários para o diagnóstico, tratamento ereabilitação, ressaltando-se o seu carátercomplementar e suplementar à atenção básica,respaldando assim a redução da demanda paraa alta complexidade.

Até o ano de 2002 não existiaprogramação para esse nível de assistência emNatal, talvez pela indefinição/inexistência def inanciamento, uma vez que os recursosdestinados à média e alta complexidade eramconsumidos na internação hospitalar.

Com a efetiva implantação daProgramação Pactuada Integrada – PPI, em 2003,desencadeou-se um processo contínuo deplanejamento, indicando os rearranjos em tornodos parâmetros inicialmente traçados.

Pode-se dizer que em Natal à medida queos serviços básicos de Saúde se expandem, crescea demanda por atenção especializada de formaprogressiva e proporcional. Outro fato relevanteé a incorporação de procedimentos maiscomplexos, antes realizados com internaçãohospitalar e que hoje pode ser desenvolvidos narede ambulatorial, como é o caso de técnicasanestésicas e de cirurgias evasivas.

A Atenção Integral à Saúde significa oferecerao usuário acesso a todas as dimensões do processo

saúde-doença; significa oferecer disponibilidadede todos os serviços indispensáveis ao atendimento.

(Cadernos de Atenção Especializada – Ministério da Saúde)

Page 21: Maria Aparecida de França Gomes

26 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Os procedimentos da atençãoambulatorial de média complexidadeapresentaram em 2005 um crescimento de112,5% em relação a 2002. A falta de ummecanismo de regulação informatizado nãopermitiu visualizar o que representa dessevolume de atendimento para o município doNatal em relação à população referenciada deoutros municípios. Os valores gastos nesse nívelde atenção tiveram um crescimento de 123,8%de 2002 a 2005.

Ressalta-se que no período 2003 a2005, houve um reajuste de mais de 400procedimentos da tabela. Muitos dessesestavam sem reajuste desde 1994.Destacam-se os grupos de exames depatologia clínica com um aumento médio de15% em 2003 e de 21% em 2004; exames deendoscopia com um aumento de 25% em2003 e 70% em 2005; exames demamograf ia com 20% em 2004 eoutros 20% em 2005 e exames deeletrocardiograma eeletroencefalograma com 43%em 2003 e 70% em 2005 entreoutros, conforme citado noRelatório Balanço da Saúde,Janeiro/2003 a julho/2005(MS,2005).

A Secretaria Municipal deSaúde no intuito de ampliar osmecanismos de controle etransparência administrativa, realizouchamada pública para contratualização dosserviços ambulatoriais. Essa ação coibiu a ofertaabusiva de serviços por imposição do prestadore ao mesmo tempo proporcionou a compra deprocedimentos até então não realizados a preçoda tabela SUS.

Em se tratando da Alta ComplexidadeAmbulatorial, esta se encontra ainda na suamaioria sob gestão estadual, o que gera umduplo comando, além de dif iculdades naatenção integral à saúde.

Independente da vontade política dosgestores, a efetiva implantação da política dealta complexidade ainda não ocorreu. A falta deestruturas regionais com capacidade tecnológicae humana faz com que Natal seja referência paratoda população do Estado nesse nível de

atenção, havendo com isso uma sobrecarga dosistema e um desequilíbrio na oferta.

A baixa resolutividade da rede públicaem serviços de maior complexidade tecnológica,faz com que o setor privado detenha a maiorparte desses serviços. A fragilidade nosprocessos de pactuação intergestores, o baixof inanciamento, o insuf iciente processoregulatório e as diversidades operativas sãoproblemas estritamente vinculados que ocupama agenda dos gestores como desafios a seremenfrentados nesse quadriênio.

No tocante à Atenção Hospitalar, aausência de uma política específica que vise àindicação da reestruturação desse setor de formaa integrá-lo à rede local, respondendo as efetivasnecessidades de saúde da população, passa aser um ponto de prioridade da gestão.

De acordo com o Ministério da Saúdea situação hospitalar no Brasil está

marcada pela percepção de umacrise de dimensões organizacional,

política, financeira, assistencial ede formação profissional.

A rede hospitalarcredenciada ao SUS em Natal écomposta de 27 hospitais,desses 44,5% são públicos(Municipal, Estadual e Federal),48,1% são privados e 7,4%

filantrópicos. Os hospitais commais de 100 leitos correspondem

18,5%. São oferecidos à populaçãousuária do SUS 1.997 leitos, entre cirúrgicos

e clínicos. Em caráter complementar, somam-se169 leitos de UTI. Embora o setor público venhaampliando sua oferta, é no setor privado que seencontram as maiores capacidades tecnológicase, consequentemente, os procedimentos demaior complexidade.

Dentro da Atenção Hospitalar otratamento intensivo, prestado pelas UTIs,indispensável na assistência às emergências,teve um crescimento, passando de apenas47 leitos em 2002 para 169 em 2005. Esteato representou um empenho máximo dagestão municipal que se somando aoesforço da Secretaria Estadual de Saúde,conseguiram junto ao Ministério da Saúdeo incremento nesse nível de atenção.

Com a efetivaimplantação daProgramação

PactuadaIntegrada – PPI,

em 2003,desencadeou-se

um processocontínuo de

planejamento...

Page 22: Maria Aparecida de França Gomes

27ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DO NATAL

A Portaria 1101/GM de 12 de junho de2002 preconiza enquanto parâmetro, que dototal de leitos contratados pelo Sistema, entre4% e 10% devem ser destinados para UTI. Natalatende ao dispositivo regulamentar com 8,46%.

Em 2004, segundo dados da AgênciaNacional de Saúde – ANS, apenas 17% dapopulação brasileira usuária de planos desaúde possuíam cobertura para internaçãohospitalar.

A população de Natal tem hoje acobertura de 2,57 leitos /1.000 hab, atendendoaos parâmetros estabelecidos na portariasupramencionada que estipula de 2,5 a 3,0 leitos/1000 hab. Considerando que Natal é municípiopólo de referência para todo o Estado, 45% dasinternações aqui realizadas são de outrosmunicípios, existindo para isso a necessidade demaior número de leitos. O maior número dereferência para internação é na clínica cirúrgicaocupando 53% dos encaminhamentos.

Em se tratando da população própria,o maior percentual de internação encontra-sena clínica obstétrica.

Até junho de 2005 o Municípiotrabalhou com o parâmetro de 7,5 internações/hab/ano. Após uma análise mais aprofundada,no momento da elaboração da nova PPI, foipactuado se trabalhar com o parâmetro de6,7% internações/ano. A partir desse parâmetroforam def inidos os percentuais a seremocupados para cada clínica, sendo 22% clínicacirúrgica, 30,53% clínica médica, 26,49%obstétrica, 15% pediátrica, 4,5% psiquiátrica e1,47% em alta complexidade.

Quanto aos valores pagos cominternação hospitalar, importaram em R$60.480.621,03 em 2005, o que representou umcrescimento de 51,60% em relação a 2002. Essaelevação foi resultado dos incrementos naclínica cirúrgica em 73,91%, sobretudo nascirurgias de alta complexidade que em suamaioria, utilizaram próteses (neurocirurgia/cardíaca/ortopédica). Considere-se ainda quea maioria dessas cirurgias exige permanênciaem UTI, tendo estas se expandido e melhoradosua qualificação, e consequentemente o seuvalor. A tabela para os serviços hospitalarestambém sofreu reajuste durante o período emanálise. A clínica pediátrica apresentou uma

variação de 59,25% no período, em decorrênciade majoração nos valores pagos pelasinternações, fruto das novas diretrizes adotadaspela política voltada à atenção infantil (despesascom acompanhamento e aumento dapermanência).

As grandes dif iculdades na atençãohospitalar, são percebidas pela existência demúltiplos fatores inter-relacionados enquantodeterminantes e determinados, aparecendo emdestaque os aspectos f inanceiros, a locaçãoirregular e escassos recursos para investimento,baixa resolutividade do setor público, gestãoe gerência frágil, a ótica do hospitalprivilegiada na doença e centrada nadisponibilidade de serviços e dos profissionais.

Tudo isso impulsiona à reflexão de queé momento de avançar, na busca de ummodelo de cuidado enfocado no usuário,aprimorando os mecanismos de controle,avaliação e regulação como instrumento degestão e gerência.

Em relação à organização dosserviços, desde 2003 a SMS vem buscando aarticulação efetiva entre as unidades de saúde,a partir de unidades pré-existentes com suascomposições próprias e recursos respeitandoa vocação institucional, pensado assim o perfilda rede assistencial.

A SMS tem desprendido grandeempenho na adoção de medidas de caráternormativo, na busca de recursos parainvestimentos e de custeio destinados a criaras condições necessárias à estruturação deredes hierarquizadas de serviços como formade organizar a assistência, melhorar aqualidade dos serviços prestados e ampliar oacesso da população a esses serviços.

Apesar de todo esforço, percebe-seainda a fragmentação da assistência em todasas dimensões, o que leva a gestão a estabelecera criação de “corredores funcionais”, queconduzem o paciente ao longo da rede,permitindo integrar as ações a ele dirigidas,ainda que realizadas por diferentesprof issionais entre diferentes unidades. Deforma complementar à organização da redede serviços de saúde e perpassando de formatransversal, está a organização de “linhas decuidado”. Estas possuirão grande importância,

Page 23: Maria Aparecida de França Gomes

28 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

sobretudo no cuidado de determinadaspatologias consideradas como prioritárias,para se trabalhar do ponto de vistaepidemiológico ou considerada de relevânciade recortes populacionais, destacando-se aí aatenção ao câncer, ao portador de doençarenal, cardiovascular, tuberculose, hanseníase,diabetes, DST-AIDS e outras.

Cabe ressaltar que em muitas dessaspatologias o objeto não é meramente a “cura”,mas a perspectiva do “controle” sobre amesma.

Trata-se então de um projetoterapêutico integral, onde váriosserviços fazem parte da linha deprodução do cuidado, tendo comoresponsável pela gestão desseprojeto a equipe da atençãobásica.

Diante da concepção delinhas de cuidado, propõe-se aorganização da rede de serviçoscom atuação transversalizada, apartir da atenção básica quedeverá estar qualif icada paraacolhimento inicial a essasdemandas, referenciando paraunidades de maior complexidade etambém outros organismos que atuam numaperspectiva de atenção integrada, tendo comopremissa o atendimento às pessoas emconformidade com o seu perf il, ou seja,percebendo as especificações de cada clientela,de acordo com o gênero, faixa etária,necessidades especiais, exposição a riscos evulnerabilidades.

As questões ligadas à prevenção e aatenção às pessoas submetidas à situaçõesde violência, constitui também prioridade dagestão, principalmente, os casos de violênciacontra a mulher, intrafamiliar, doméstica einstitucional, maus tratos, abuso e exploraçãosexual de crianças e adolescentes, homicídiose suicídios, acidentes de trânsito, transporte etrabalho.

Outra política estratégica é areorientação das práticas de Saúde Bucal,visando a ampliação do acesso e aintegralidade da atenção, intensif icando ocuidado curativo individual e fomentando

ações de promoção e prevenção de naturezacoletiva com ênfase na intersetorialidade.Neste modelo, foram estruturados, em 2005,os serviços assistenciais, desde unidadesbásicas e pronto-atendimentos até os Centrosde Especialidades Odontológicas- CEO.

Com referência à Saúde doTrabalhador , nos segmentos formais,desempregados, autônomo e aposentados,aponta-se como perspectiva o fortalecimentodas ações de assistência e vigilância à saúdeindividual e coletiva, inclusive dos ambientes de

trabalho, objetivando o controle dos fatorescondicionantes relacionados à saúde

ocupacional. A atuação do Centro deReferência em Saúde do

Trabalhador - CEREST, articuladoe integrado em rede com outrosserviços de saúde e organismosafins, propicia um atendimentoespecializado comreferenciamento de demandapara outros níveis decomplexidade, tanto do sistema

de saúde como outras estruturaspúblicas de atendimento ao

trabalhador, como previdência social,ministério do trabalho e agremiações

sindicais.Assim, estruturar as linhas de cuidado

pressupõe a integração entre o planejamento,programação de uma malha de cuidadosininterrupta , como meio de garantir aintegridade da atenção ao usuário entre osdiversos níveis e campos pertencentes aosistema único de saúde e demais segmentoscongêneres.

Nessa forma de organização, noprimeiro nível de atenção, encontram-se asunidades básicas cujas funções, são definidasem três linhas a saber: de valor, produção eordenamento.

Na rede básica municipal ocumprimento dessas funções vem-se dandocom grandes dificuldades, sobretudo no quediz respeito à qualif icação dos recursoshumanos.

Quanto ao cuidado ambulatorialespecializado, também denominado decuidados secundários, vem sendo estruturado

Trata-se entãode um projeto

terapêuticointegral, ondevários serviçosfazem parte da

linha deprodução do

cuidado...

Page 24: Maria Aparecida de França Gomes

29ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DO NATAL

de acordo com a disponibilidade tecnológicae de recursos humanos. A proposta municipalé a estruturação de policlínicas distritais que,gradativamente, incluam procedimentos demaior complexidade.

Em relação aos serviços dediagnóstico e terapia , englobando odiagnóstico laboratorial clínico de anatomiapatológica e os de imagem, aparentementetidos como homogêneos, na rede, cada umdesses serviços estão inseridos de formadistinta no processo de cuidado.

Para os serviços laboratoriais de análiseclínica, a proposta de organização municipalé de centralização em policlínicas, hospitais eunidades de serviços de urgência e emergência(pronto-atendimento). Esses serviços serãogeridos de forma independentes, porém,possuirão os postos de coletasdescentralizados nas unidades de origem dopaciente, dispensando o seu deslocamento.

O projeto de conectividade, elaboradopela SMS em 2005, prevê a interligação einformatização dessa rede. Atualmente, omunicípio conta com 25 laboratórios públicosmunicipais e 13 postos de coleta.

A criação de uma rede assistencial deurgência e emergência surgiu da necessidadede responder uma demanda crescente emdecorrência do aumento de acidentes, violênciaurbana e outras violências e a insuficienteestrutura dos serviços para responder a estepanorama. Dentro dessa concepção o gestormunicipal, em parceria com os gestores Estaduale Nacional, uniram esforços de forma decisivana implementação da rede.

Predomina no Estado,particularmente em Natal, o tipo deassistência no modo tradicional de “prontosocorro”, sob a gerência Estadual, servindo dereferência para a maioria dos municípios.Apesar da vocação para atendimento comtrauma, por ter uma estrutura compatível,sobretudo, de recursos humanosespecializados e, com vasta experiência nocuidado com o politraumatizado - por ser aprincipal porta de entrada do sistema desaúde - este serviço acaba recebendo eacolhendo as urgências e emergênciaspropriamente ditas, como também pacientes

sem referência da atenção básica eespecializada e das urgências sociais.

A rede pública municipal conta comnove pronto-atendimentos, porém a falta derecursos humanos, equipamentos e materiaisadequados para a elucidação diagnóstica,fizeram com que, ao longo dos anos, essasunidades obtivessem pequena resolutividade,cumprindo, muitas vezes, apenas o papel deescoamento de demandas oriundas daatenção básica. Diante deste quadro, e com avisão de economia de escala, a gestãomunicipal redefiniu sua estrutura pré-hospitalarf ixa, reduzindo para quatro pronto-atendimentos localizados nos distritossanitários, a saber: Pajuçara, Sandra Celeste,Cidade Satélite e Cidade da Esperança.

Para esta estruturação a SMS pactuoucom a Secretaria de Estado de Saúde Pública -SESAP e o Ministério da Saúde, através doProjeto QUALISUS, as condições adequadas àestrutura física e tecnológica para o seufuncionamento. Nesta parceria vem sendotrabalhado também o quadro de recursoshumanos, que de forma interdisciplinar, nalógica do trabalho em equipe, realizará oacolhimento e a intervenção no estado clínicoapresentado, atendendo pacientes enquantoemergência e favorecendo a continuidade doacompanhamento, seja na rede básica, na redeespecializada ou para internações hospitalares.Serão unidades de média complexidade que,funcionando 24 horas, darão retaguarda àsunidades básicas e unidades do ProgramaSaúde da Família - PSF, sobretudo no turnonoturno e nos f inais de semana.Oportunamente, quando necessário, serão ospronto-atendimentos, anteposto deestabilização do paciente clínico para o serviçode atendimento pré-hospitalar móvel.

O município do Natal implantou, desde2002, o Serviço de Atendimento Móvel àsUrgências – SAMU, hoje funcionando comgrande resolutividade, servindo de baseestrutural para a implantação do SAMUmetropolitano.

Junto à organização da rede hospitalarde emergência, vem sendo vislumbrado oprocesso de produção do cuidado diferenciadopor tipo de emergência. Cabe como exemplo

Page 25: Maria Aparecida de França Gomes

30 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

o previsto no Plano de Atenção Cardiovascular,que estipula a obrigatoriedade de todos oshospitais da rede credenciada de garantir oacesso aos pacientes em caso de emergêncianaquela patologia, devendo comportar-se damesma forma a neurologia, que tem propostocomo referência o Hospital Universitário OnofreLopes, cujo compromisso está firmado desdesua certificação. Existe ainda o Hospital GeralMunicipal, atualmente funcionando compequenas emergências, com uma visão futurade ampliação.

A regulação médica desse componenteassistencial está sendo estruturada através daCentral Metropolitana de Regulação, queatravés do trabalho integrado com oSAMU, organizará a relação entrevários serviços, qualif icando eordenando o fluxo dos pacientes,não perdendo de vista - nareestruturação do modeloassistencial - as atribuições eprerrogativas das unidadesbásicas e PSF em relação aoacolhimento e ao atendimentode menor complexidade,sobretudo os quadros agudos oucrônicos agudizados de sua área decobertura ou adscrição de clientela.

A política de Saúde Mental doMunicípio vem passando por grandes avançosde acordo com as diretrizes da ReformaPsiquiátrica. Tem-se buscado a implementaçãoda atenção em Saúde Mental, com expansão darede, aumento da acessibilidade e resolutividadedos serviços. Hoje o Município conta com quatroCentros de Atenção Psicossocial - CAPS, sendodois destinados aos portadores de transtornomental e dois para dependentes de substânciaspsicoativas. Os CAPS são dispositivosestratégicos que tem a responsabilidade deorganizar a rede de serviços de Saúde Mentalde seu território, dando suporte esupervisionando a atenção à Saúde Mental narede básica.

A rede de Saúde Mental do municípiopossui também uma Residência Terapêutica,que foi implantada em Maio/2005; doisambulatórios de Saúde Mental, sendo um delesreferência para o tratamento de Tabagismo,

além de três policlínicas que também possuematendimento ambulatorial nessa área,contando ainda com quatro leitos psiquiátricosno Hospital Universitário Onofre Lopes.

Para o próximo quadriênio, a SecretariaMunicipal de Saúde continuará investindo naexpansão da rede extra-hospitalar, buscandoampliar a rede de Saúde Mental em 100%,reestruturar 50% dos serviços existentes, criarleitos de observação para urgênciaspsiquiátricas em cada pronto atendimento,ampliar em 100% os leitos psiquiátricos emHospital Geral e implementar o serviço deurgência móvel psiquiátrica. Além disso, serãoimplantados os projetos das Of icinas

Itinerantes de Arte e Saúde Mental e deApoio Matricial às unidades básicas

de saúde.Dando continuidade a

expansão da rede Municipal deSaúde Mental, ainda no ano de2006 será implantado o CAPSi (Infanto-juvenil), como tambémum outro serviço de SaúdeMental.

A atenção à pessoa comdef iciência tem como

característica fundamental amultidimensionalidade tendo em

vista a sua complexidade.A prevenção de def iciências e

incapacidades e a promoção à saúde dos casos,prevêem a criação de uma rede progressiva decuidados, sendo a atenção básica o nívelprivilegiado de acesso às pessoas comdeficiência e a atenção especializada comosuporte operacional avançado de reabilitação.

O município do Natal, integrante da RedeEstadual de Atenção a Pessoa com Deficiência,de acordo com a Portaria GM/SM N°818 de 01de junho de 2001, disporá de 10 Serviços deReabilitação – nível intermunicipal - cujo perfilde atuação é baseado na promoção à saúde ena prevenção, utilizando o diagnóstico e oencaminhamento precoce das deficiências, comações básicas integradas e recursos nãoespecializados, na perspectiva da coberturaintegral à comunidade adstrita.

Ainda serão implantados 04 Serviços deReabilitação – Nível Intermediário – cujo perfil

... o Serviço deAtendimento

Móvel àsUrgências –SAMU, hoje

funcionandocom grande

resolutividade...

Page 26: Maria Aparecida de França Gomes

31ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DO NATAL

de atuação é de oferecer atenção aos casosreferenciados, mediante recurso especializado,atuando com critério e base epidemiológica,utilizando tecnologia apropriada para odesenvolvimento de ações, além de referenciarpara o Serviço de Medicina Física e Reabilitação(Centro de Reabilitação do Adulto – CRA), nocaso do usuário adulto. Para o atendimento àcriança a referência é o Centro de ReabilitaçãoInfantil – CRI.

A reorientação da política deAssistência Farmacêutica propõe umamudança na estruturação no modelo deorganização e na forma de gerenciamento,sendo este um grande desafio para a gestão.

Este processo vem sendo implementadocom maior intensidade a partir de 2004. Atéentão a lógica de atuação limitava-se naaquisição e distribuição de medicamentos.

A SMS elaborou e aprovou no ConselhoMunicipal de Saúde o Plano de AssistênciaFarmacêutica, com vigência 2004-2006,realizando, concomitantemente, a 1ªConferência Municipal de AssistênciaFarmacêutica. Foi instituída uma Câmara Técnicaque objetiva uma melhor orientação dosprofissionais de saúde na conduta terapêuticae na tomada de decisão do gestor, sobretudo,em suporte aos mandatos judiciais usando osprincípios da eficiência e eficácia.

Atualmente, a rede dispõe de 11farmácias e 62 dispensários de medicamentos,sendo estas estruturadas em maternidades,policlínicas e pronto atendimentos e no hospitalmunicipal. Quanto aos dispensários, estãodistribuídos nas unidades básicas, tendotambém a dispensação para a medicação desaúde mental nos próprios CAPS.

A relação de medicamentos da farmáciabásica está composta por 47 ítens. Mediante aelaboração do novo Plano da AssistênciaFarmacêutica, conforme Portaria nº 2.084/05 e,considerando ainda os aspectosepidemiológicos, serão reavaliados os novosítens de medicamentos que farão parte doelenco básico a ser distribuído na rede.

É perspectiva do Município aorganização dessa atenção, com inserção doprof issional farmacêutico nas farmácias,implantando uma ampla política de

comunicação, esclarecendo e divulgando aosusuários e aos profissionais de saúde a respeitodo funcionamento, como também osesclarecimentos indispensáveis ao acesso e aouso racional dos medicamentos.

Será promovida também amodernização dos serviços de assistênciafarmacêutica na rede, incluindo a estruturaçãofísica dos estabelecimentos para oabastecimento, dispensação, estocagem,armazenamento, conservação e controle daqualidade dos medicamentos.

Cabe à gestão a definição dos rumos daprodução de bens e serviços de saúde. Agarantia dessa produção com qualidade,resolubilidade e integralidade, com fluxocontínuo de referência e contra referência,depende do compromisso efetivo de todos quecompõem os serviços, da definição dos papeis,perfis de unidades da rede, da interface daestratégia da Regulação Assistencial com oprocesso de planejamento, programação,controle, avaliação, vigilância sanitária,auditoria e da participação do controle social.

Com esse pensar, a SMS, assumiu a PPI,como instrumento de negociação e gestão,levantou a capacidade operativa da rede pública,contratualizou o setor privado e filantrópico,objetivando suprir o cardápio de ações ainda nãooferecidas com suficiência na rede pública.

Como instância responsável poroperacionalizar o fluxo de pacientes ao longoda rede, foi implantada a CentralMetropolitana de Regulação, inicialmenteoperando apenas com o módulo de consultasmédicas. A falta de informatização da rede,associada a demora que algumas unidadeslevam para se adequar ao perfil, previamentetraçado para rede, faz com que os resultadosda regulação ainda não sejam os esperados.

Foi realizado em parcerias com o Estadoe Ministério da Saúde, projeto de informáticacom vistas a conectividade de toda rede, hojecom 86 computadores e a conectividade emfase de implantação. A implementação docomplexo regulador tem sido prioridade daSMS. Para isso várias iniciativas continuam sendotomadas como renegociação com prestadorese outros gestores, capacitação de profissionais,implantação do módulo de internação

Page 27: Maria Aparecida de França Gomes

32 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

hospitalar e a organização do fluxo dereferência intermunicipal.

Enf im, a meta é através da regulaçãoarticular uma série de ações meio quecontribuam para viabilização do acesso do

4 - ANÁLISE EM RELAÇÃO À VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Neste eixo são consideradas para análiseas linhas prioritárias da Vigilância Sanitária,Vigilância Epidemiológica, Controle de Zoonosese Vigilância Ambiental. A SMS desde a sua criação,no contexto da Reforma Sanitária, e com base noconceito ampliado de saúde como bem estarfísico e social, estabeleceu que as ações voltadaspara prevenção e promoção em saúde deveriamter um destaque especial frente as demais áreasde atuação do sistema de saúde. Para tanto, asações de vigilância sanitária e epidemiológicaforam implantadas no final dos anos 80.

No campo da Vigilância Sanitária se têmcomo diretriz a inserção desta como ação básicade saúde, essencial para todo o cidadão e para acoletividade, sendo assim deverá ser enfatizadoo trabalho descentralizado voltado para aformação de uma consciência sanitária quepropicie ao cidadão a identificação de riscospotenciais aos quais ele é submetido no consumoe uso de bens, serviços e produtos e na convivênciano seu ambiente de trabalho e de vida. O serviçomunicipal de vigilância sanitária deve serreforçado de forma a atender as demandasgeradas pelo crescimento do município frente aoprocesso de globalização no uso e consumo debens e serviços.

No campo da Vigilância Epidemiológicaa maior diretriz é a ampliação desta área deatuação, incorporando a vigilância das doenças eagravos não transmissíveis, superando o processoinicial de trabalho restrito às doenças e agravostransmissíveis de notificação compulsória. Paratanto, se faz necessário a estruturação de umanova vigilância que incorpore novos profissionaise que seja revista a estrutura organizacional hojeexistente.

Outra importante diretriz desta área é aimplantação de uma unidade de respostaimediata às emergências epidemiológicas, no

intuito do município estar preparado paraenfrentar as doenças e agravos emergentes ereemergentes, que se configuram a partir docontexto mundial, onde Natal, por ser uma cidadede forte apelo turístico, está sujeita a reintroduçãode doenças já erradicadas, como a poliomielite -em fase de erradicação - o sarampo e a gripeaviária.

A área de Controle de Zoonoses já vemsendo trabalhada no município desde a criaçãoda SMS, uma vez que o Centro de Controle deZoonoses foi a primeira unidade estadual de saúdea ser municipalizada no ano de 1986. As açõesnesta área assumem grande relevância frente àscondições sócio-ambientais adversas aindaencontradas nas Regiões Norte e Oeste doMunicípio, onde as ações voltadas para o controlede doenças e agravos transmissíveis dos animaispara os seres humanos devem ser priorizados. Éimportante destacar que as ações de controle dezoonoses devem ter caráter eminentementepreventivo, e que para tanto a SMS deverá investirem uma grande reforma estrutural eorganizacional do centro. As zoonoses de maiorrelevância epidemiológica no Município são aDengue, a Leishmaniose Visceral, a Hidrofobia ea Esquistossomose, as quais devem ser mantidassob rígido controle e vigilância.

A área de Vigilância Ambiental é a maisrecente área de trabalho da vigilância em saúdee inicialmente tem seu foco de ação na vigilânciada qualidade da água de abastecimento. É degrande importância a ampliação de suas ações,uma vez que estão pactuadas ações com o nívelfederal para que sejam implantadas ações devigilância de solos contaminados e de desastresnaturais. Neste objetivo a SMS deverá envidaresforços para ampliação organizacional desta áreade atuação, consolidando este trabalho noMunicípio.

usuário aos serviços de saúde, de forma aadequar à complexidade de seusproblemas, os níveis tecnológicos exigidospara uma resposta humana oportuna,ordenada, ef iciente e ef icaz.

Page 28: Maria Aparecida de França Gomes

33ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DO NATAL

5 - ANÁLISE EM RELAÇÃO À GESTÃO EM SAÚDE

A Secretaria Municipal de Saúde - SMS,criada pela Lei nº 3.394, de 21 de janeiro de1986 é órgão de atividade fim, integrante daAdministração Pública Municipal Direta, nostermos da Lei Complementar nº 020, de 02 demarço de 1999, Lei Complementar nº 061, de02 de junho de 2005 e Decreto nº 7.642, de 10de junho de 2005.

A sua proposta de atuação seconsolida como resultado das reivindicaçõesdo movimento sanitário local. Amunicipalização das ações e serviços éassumida como princípio para caracterizaçãodo novo modelo de assistência, fortalecidacom a criação do Conselho Municipal deSaúde no ano de 1986.

Compreendendo o Controle Socialcomo elemento preponderante paraefetivação do SUS, a partir da Lei 4.007 de 22/07/1991, reestruturou-se o Conselho Municipalde Saúde, tornando-o permanente edeliberativo, com participação paritária entreprof issionais, prestadores e segmentosrepresentantes dos usuários dos serviços.

Os fóruns de debates instalados a partirda criação da SMS, culminaram com arealização da IV Conferência Municipal deSaúde em 2003 e nos anos seguintes comdesenvolvimento de conferências temáticas,deflagradas pela direção nacional do SUS,como exemplo: saúde bucal, saúde dotrabalhador, gestão do trabalho, assistênciafarmacêutica, entre outras.

Com o advento da 12.ª ConferênciaNacional de Saúde em 2003, foram apontadasnovas deliberações visando a consolidação docontrole social. Ao longo dos anos quesucederam a última reformulação dacomposição do conselho, em 1991, diversasdiscussões apontaram para necessidade deajustes na sua estrutura, resguardando o caráterparitário entre os segmentos que o compõeme os critérios de representatividade, garantindotambém, o exercício das funções dapresidência mediante processo eletivo entreseus membros. No ano de 2005, essas medidas

foram efetivadas através da Resolução CMS n.º17 de 22/06/2005.

Todas essas iniciativas, associadas aofortalecimento dos movimentos sociais,legitimamente organizados, visam ampliar oscanais de participação do cidadão nasdiscussões e condução do Sistema. Ressalte-se como prioridade, a efetivação dosconselhos gestores locais e distritais ,manutenção de programa de capacitaçãopermanente para exercício das funções decontrole social, legitimando e ampliando oprocesso de discussão junto à comunidade.Outro canal importante de comunicação entrea gestão e a sociedade diz respeito àinstalação do Sistema Municipal deOuvidoria que está prevista para o ano de2007, oportunizando a população interagircom a direção municipal, fortalecendo osvínculos e favorecendo mudanças.

O Fundo Municipal de Saúde criadoem 22 de julho de 1991, através da Lei nº.4.006, em conformidade com as diretrizes doSistema Único de Saúde, tem por objetivo apromoção de melhores condições gerenciaisdos recursos destinados ao desenvolvimentodas ações de saúde executadas oucoordenadas pela Secretaria Municipal deSaúde.

O Código Sanitário Municipal, criadoem 1991, foi o primeiro código público doEstado do Rio Grande do Norte,fundamentado nas Leis Orgânicas da Saúdenº 8080/8142 e também no Código de Defesado Consumidor. Modif icado em 1999,incorporou as diretrizes da NOB/96 eatualmente está em processo de revisão paraadequar-se aos novos dispositivosregulamentares, definidos e pactuados entreas instâncias colegiadas do SUS.

Em se tratando da estruturação doSistema Único de Saúde, a SMS é gestora dapolítica de saúde no âmbito da Capital,atendendo ao disposto na Legislação, emespecial, ao que preconiza a ConstituiçãoFederal (art . 196 ao 200) e legislação

Page 29: Maria Aparecida de França Gomes

34 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

suplementar (Leis 8.080 de 19/09/1990 – LeiOrgânica da Saúde e, 8.142 de 28/12/1990 –Dispõe sobre Participação Social eFinanciamento do SUS).

Desta forma, constitui-seresponsabilidade da SMS, desenvolver aPolítica de Saúde no âmbito do Município,atendendo às necessidades de sua populaçãoprópria, e ainda, cumprir com os termos doPlano Diretor de Regionalização – PDR e daPPI, instrumentos reguladores da Gestão daAtenção à Saúde no Estado, nos quais sef irmam compromissos de atendimento àpopulação referenciada de outros municípios,por sediar a Macrorregional Metropolitana.

Desde sua gênese, a SMS incorporouaos seus quadros equipesmultidisciplinares/multiprofissionais, naperspectiva de atuar com um Modelode Atenção Integral à Saúde,percebendo assim, as diversasnuances de intervenção segundoas competências específicas decada área. Considerando operíodo de origem da SMS,destaca-se a real ização deconcursos públicos paraprovimento efetivo de cargos,bem como de processo deeducação continuada, desde aadmissão até as necessidadesdemandadas do próprio serviço.

É Importante destacar arelevância de iniciativas do tipo: implantaçãodo Plano de Cargos, Carreiras e Salários –PCCS em 1992, através de instrumento legal,permitindo a valorização dos prof issionaisatuantes no Sistema Municipal, independenteda sua vinculação de esfera administrativade Governo. Ante as novas perspectivas, faz-se necessário revisão e atualização dessesinstrumentos, objetivando adequar aestrutura organizacional do processo detrabalho ao novo perf il adotado, derivadodas contínuas transformações vivenciadascom a descentralização do SUS.

Em se tratando da sistematização doprocesso de planejamento, tem-se no

PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE a baseprogramática das atividades que serãodesenvolvidas no âmbito do Município,definindo períodos, estratégias, prioridadese metas, e suas respectivas propostasorçamentárias. Sua importância estáfortalecida na Lei Orgânica da Saúde, queestabelece em seu artigo 15 que aelaboração e atualização periódica do Planode Saúde é a base para programaçãoorçamentária do SUS. A mesma lei, no seuart. 9º estabelece que a direção do SUSdeverá ser exercida no âmbito municipal poruma Secretaria Municipal de Saúde, criadapor lei municipal, responsável por definir asatribuições e objetivos, bem como asestruturas organizacionais e de cargos.

A SMS, atualmente, assume oprocesso de planejamento como

instrumento condutor eindispensável ao desenvolvimento

da Política de Saúde. O eixo decondução é a realidade local, oenvolvimento dos profissionaise usuários, a missão e adirecionalidade do sistemamunicipal de saúde coerentescom os objetivos da PolíticaNacional e Estadual de Saúde.

C o n s t i t u iresponsabil idade da gestão

municipal a alimentação contínuados seus bancos de dados e

disseminação das informações junto àsinstâncias competentes para garantias definanciamento do Sistema e também comorecurso de avaliação das condições de saúdee da ef iciência, ef icácia e efetividade dasações desenvolvidas pelo Município.

A avaliação dos indicadores de saúderepresenta um importante recurso paraprogramação de ações que tenham porf inalidade a alteração dos quadros quetraduzem as condições de vida dapopulação, examinando criteriosamente osindicadores pactuados, bem como o sucessodas políticas delineadas no Plano Municipalde Saúde e outros instrumentos de gestão.

Ressalte-secomo

prioridade, aefetivação dos

conselhosgestores locais e

distritais...

Page 30: Maria Aparecida de França Gomes

35ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DO NATAL

6 - ANÁLISE EM RELAÇÃO AO FINANCIAMENTO

Considerando o custeio das açõesdo Sistema Municipal de Saúde, a origemdos recursos pode ser : federa l(transferências regulares e automáticasentre o Fundo Nacional e o FundoMunic ipa l de Saúde sob a forma deincentivos ou remuneração de serviçosproduzidos e recursos de Convênios) ,estadual (transferências para cumprimentoda Política de Assistência FarmacêuticaBásica, dentre outras previstas em atosnormativos do MS e Convênios) e recursospróprios, advindos do Tesouro Municipal.

A Emenda Constitucional n.º 029/2000 preconiza a aplicação mínima de 15%de recursos oriundos de receita tributáriamunicipal na área da Saúde, situação esta,acompanhada pelo monitoramentocont ínuo (caráter semestra l/anual ) doSistema de Informações sobre OrçamentosPúbl icos em Saúde – S IOPS. Hoje omunicípio do Natal disponibiliza cerca de15,59% (Dados do Exercício 2004), comvistas a atender a programaçãoorçamentário-financeira anual def inida nasLeis de Diretrizes Orçamentárias – LDO eLei Orçamentária Anual – LOA, calcadas noscompromissos decorrentes do preceitoconstitucional e da Missão Institucional.

O processo de e laboração dosorçamentos anuais procura compatibilizaras programações pactuadas em todos osníveis da estrutura da SMS, permitindo umaparticipação dos atores sócio-políticos,a l iando as necess idades das ações eser v iços com a d isponib i l i zaçãoorçamentária, buscando equilíbrio entreresponsabilidades e viabilidades técnico-

operac ionais , à luz dos inst rumentosnormativos pertinentes.

Apresentam-se como fatoresdif icultadores a estreita vinculação dereceitas para ações específ icas, a limitaçãodos seus tetos e valores e a dissociaçãoentre a instância decisória da atribuiçãodos montantes e aquela que executa aPolítica de Saúde. Essa situação reduz aspossibilidades de incremento de ações eserviços em consonância com as aspiraçõese necessidades locais, caracterizando umadistinta separação entre o planejamento eprogramação da atenção à saúde e aprogramação orçamentária e f inanceirapara efetivação das atividades, uma vezque a def inição do quantum de recursos éestabelec ida por organismos fora doâmbito do Setor Saúde em todas as esferasadministrat ivas , como o Ministér io doPlanejamento e Orçamento e a SecretariaMunicipal de Planejamento, Orçamento eFinanças.

Considere-se ainda a morosidadeadministrativa como fator l imitante damelhor a locação de recursos , sendopassível de medidas que tenham comofinalidade dotar as estruturas de gestão demecanismos e inst rumentostecnologicamente compat íve is comcomplexidade das funções burocráticasestabelecidas em Lei, instrumentalizandotambém os t rabalhadores , at ravés deprogramas continuados de capacitação econseqüente va lor ização do exerc íc ioprof issional em áreas intermediárias àsações f inalísticas do Sistema, tornando atecno-burocracia mais ágil.

Page 31: Maria Aparecida de França Gomes

36 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

7 - ANÁLISE EM RELAÇÃO À GESTÃO DE PESSOAS

Ao ser c i tado o tema RecursosHumanos o seu conceito é logo remetidoao “contingente de pessoas que trabalhamou prestam serviços para uma determinadaorganização, empresa ou instituição”. Numavisão ampliada e, considerando que apromoção da saúde necess i ta de umaparticipação ativa dos usuários, poder-se-ia dizer que a própria população estáincluída nos recursos humanos do setorsaúde, pois também faz parte do processode cuidado.

Desta forma, o s ignif icado deRecursos Humanos vai além das funções decumprimento de atividades de treinamento,capacitação e educação continuada,atividades burocráticas e administrativas ouna elaboração de planos de cargos esalários, variando a sua estrutura de acordocom a complexidade de sua organização.

No caso específ ico, o setor saúdepossui um alto grau de complexidade,decorrente da descentralização das políticaspúblicas que transferiu para os níveis maisper i fér icos as decisões e as ações ,contribuindo para a construção de um novopapel para as organizações e seus gestores,passando o nível municipal a assumirfunções inovadoras, para as quais ainda nãopossuia experiência acumulada, o quetransformou algumas at iv idades emdesaf ios.

Em julho de 2004 a SMS criou oDepartamento de Gestão do Trabalho eEducação na Saúde, composto de doissetores: Gestão do Trabalho e Gestão daEducação na Saúde. No mesmo ano foirealizado concurso público, ampliando em565 novos contratados, o número deprof issionais. Atualmente, a SMS conta coma seguinte força de trabalho: 2 .170servidores cedidos, 2.514 servidores doquadro efetivo, 1.136 agentes de saúde e131 contratos temporários, totalizando 5.951trabalhadores.

O mais novo Departamento já nasceucom missões desaf iadoras para aoperacionalização da política de gestão depessoas e de processos, como a construçãode um sistema de informação da força detrabalho e de uma rede informatizada comvistas à conectividade; a realização doestudo de dimensionamento de pessoal narede progressiva de cuidados em saúde; aincorporação de tecnologias eequipamentos que facil item o trabalhocoletivo; a revisão e implementação doplano de cargos, carreira e salários e aimplantação de um programa de EducaçãoPermanente para todos os níveis de gestãoe atenção, além da desprecarização dotrabalho real izado pelos AgentesComunitários de Saúde – ACS, Agentes deEndemias e alguns profissionais Médicos.

Vale lembrar que uma decorrênciaoperacional do alargamento conceitual derecursos humanos, foi a inclusão dasatividades de Educação em Saúde, quetradicionalmente foi trabalhada na SMS,como um conjunto de informações que apopulação recebe e deve incorporar aosseus hábitos diários, com a f inalidade degarantir que sua vida seja mantida emcondições saudáveis. Desta forma manteve-se, por um longo período, um modelo deatuação do educador centrado na doença,condicionando o processo educativo àsações que visavam modif icar as práticasdos indivíduos consideradas inadequadaspelos profissionais de saúde, demonstrandoum domínio de caráter coercit ivo,evidenciando-se um traço autoritário eprescritivo.

Em julho de 2005 a SMS, através doNúcleo de Educação em Saúde, numprocesso participativo com integrantes devár ias unidades de saúde, reconhece,analisa, reflete e elabora uma proposta dapolítica municipal nesta área. Abrem-seentão, perspect ivas de congregar a

Page 32: Maria Aparecida de França Gomes

37COMPROMISSOS DA GESTÃO

educação em saúde como instrumento degestão, em cuja essência deverá incorporara horizontal idade das prát icas , atransversalidade e a escuta a partir de rodasde conversa, numa metodologiaproblematizadora dos modelos de atençãoà realidade local e da gestão de serviços.

Nesta lógica, não se pode deixar dereconhecer a educação popular comoinstrumento metodológico fundamentalpara esta reorganização, não se furtandoass im à nova tendência deacompanhamento das atividades realizadasna atualidade em todo o território nacional,

o que não se constitui modismo, mas umaconscient ização já despertada,incrementada e institucionalizada pelaArticulação Nacional de Movimentos ePráticas de Educação Popular em Saúde –ANEPS.

Ainda se destaca o fomento àintegração ensino-serviço, provida pelodesenvolvimento de política de estágiocurr icular supervis ionado medianteconvênios com instituições formadoras deprof issionais em áreas de interesse dasaúde, disponibi l izando 79 vagas deestágio.

Page 33: Maria Aparecida de França Gomes

38 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 34: Maria Aparecida de França Gomes

39COMPROMISSOS DA GESTÃO

Compromissos da Gestão

PARTE III

C

Page 35: Maria Aparecida de França Gomes
Page 36: Maria Aparecida de França Gomes

PARTE III. COMPROMISSOS DA GESTÃO

1º EIXO- ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE

OBJETIVO GERAL

Garantir o acesso, resolutividade e qualidade às ações e serviços de saúde,otimizando, readequando e ampliando a sua oferta, integrando recursosna busca da prevenção, tratamento de doenças e redução de danos oude sofrimentos que possam estar comprometendo suas possibilidadesde viver de modo saudável.

A determinação é como uma lanterna;por mais escuro que esteja,

ela o ajudará a achar o caminho.(autor desconhecido)

Page 37: Maria Aparecida de França Gomes

42 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 38: Maria Aparecida de França Gomes

43COMPROMISSOS DA GESTÃO

- Efetivar a Atenção Básica como espaço prioritário de organização doSUS, usando estratégias de atendimento integral tendo como eixoestruturante o Programa Saúde da Família, promovendo a articulaçãointersetorial com os demais níveis de complexidade da atenção à saúde;

- Coordenar os fluxos e contra-fluxos dos usuários adscritos em cada áreade atuação;

- Ampliar o acesso com qualificação e humanização da atenção.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1ª LINHA- ATENÇÃO BÁSICA

DIRETRIZ: Promover a atenção integral à saúde da mulher

META PERÍODO

1 – Garantir exames preventivos do câncer do colo do útero, demodo a cobrir 80% da população feminina usuária do SUS na faixaetária de 25 a 59 anos.

2 – Ampliar a cobertura de mamografia, em mulheres acima de 40anos, garantindo 1 exame/ano.

3 – Ampliar em 50% a oferta de exames de ultra-sonograf iamamária.

4 – Realizar punção em 100% dos casos necessários, conformeprotocolo.

5 – Manter o planejamento familiar em 100% das unidades.

6 – Garantir acompanhamento do pré-natal ao puerpério a 100%das gestantes cadastradas na rede de serviços, conforme protocolo.

7 – Implantar na rede municipal um serviço de referência emlaqueadura e vasectomia.

8 – Evitar a ocorrência de casos de tétano neonatal.

9 – Aumentar em 4% a proporção de nascidos vivos de mães com4 ou mais consultas de pré-natal.

2006-2009

2006-2009

2006-2007

2006-2007

2006-2009

2006-2009

2007

2006-2009

2006-2009

Page 39: Maria Aparecida de França Gomes

44 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

DIRETRIZ: Promover a atenção integral à saúde da mulher (continuação)

META PERÍODO

10 – Aumentar em 3% a proporção de nascidos vivos de mãescom 7 ou mais consultas de pré-natal.

11 – Reduzir a proporção de partos cesários.

12 – Manter a taxa de mortalidade materna abaixo de 20 óbitospor 100 mil nascidos vivos.

13– Aumentar em 77% a proporção de óbitos investigados emmulheres de idade fértil.

14 – Aumentar em 50% a razão entre exames citopatológicoscérvico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos e a populaçãofeminina nesta faixa etária.

15 – Reduzir em 10% a Taxa de mortalidade em mulheres por câncerde colo do útero.

16 – Reduzir em 5% Taxa de mortalidade em mulheres por câncerde mama.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

DIRETRIZ: Promover o controle da Tuberculose

META PERÍODO

1. Curar 85% dos casos diagnosticados.

2. Investigar os casos de multiresistência - TBMR em 100% doscasos de falência do tratamento convencional.

3. Reduzir em 16% a proporção de abandono de tratamento.

4. Detectar pelo menos 70% de casos estimados.

5. Reduzir em 3% a incidência de tuberculose pulmonar positiva.

6. Reduzir em 3% a taxa de mortalidade.

2006

2006-2009

2006

2006

2006-2009

2006-2009

Page 40: Maria Aparecida de França Gomes

45COMPROMISSOS DA GESTÃO

DIRETRIZ: Promover o controle da Hanseníase

META PERÍODO

1 – Reduzir em 25% a proporção de abandono de tratamento dahanseníase;

2 – Reduzir em 10% a taxa de detecção de casos de hanseníase.

3 – Aumentar em 10% a proporção de cura dos casos novos dehanseníase diagnosticados;

4 – Reduzir em 10% a taxa de prevalência da hanseníase;

5 – Reduzir em 7,5% a proporção de grau de incapacidade I e IIregistrado no momento do diagnóstico.

2006-2009

2006-2009

2006

2006-2009

2006-2009

DIRETRIZ: Promover o controle da Diabetes

META PERÍODO

1 – Reduzir em 5% a proporção de internações por cetoacidose ecoma diabético.

2 – Reduzir em 5% a proporção de internações por diabetes Mellitus

3 – Aumentar a proporção de portadores de Diabetes Mellitus,com 40 anos ou mais, cadastrados

2006-2009

2006-2009

2006-2009

DIRETRIZ: Promover o controle da Hipertensão

META PERÍODO

1 – Reduzir em 5% a taxa de internação por acidente vascularcerebral (AVC) em pessoas com idade maior ou igual a 40 anos.

2 – Reduzir em 2% a taxa de mortalidade por doenças cerebro-vasculares em pessoas com idade maior ou igual a 40 anos.

3 – Reduzir em 4 % a taxa de internação por insuficiência cardíacacongestiva (ICC) em pessoas com idade maior ou igual a 40 anos

4 – Aumentar a proporção de portadores de Hipertensão, com 40anos ou mais, cadastrados.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

Page 41: Maria Aparecida de França Gomes

46 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

DIRETRIZ: Aprimorar e qualificar a Atenção Básica

META PERÍODO

1 – Realizar estudo de territorialização em 100% das unidades desaúde da família.

2 – Promover adequação física em 100% das unidades da Estratégiada Saúde da Família (ESF) na perspectiva da ambiência saudável.

3 – Implantar instrumento de avaliação em 100% das unidadesbásicas.

4 – Implantar os protocolos assistenciais já elaborados em 100%das unidades.

5- Elaborar protocolos assistenciais para áreas estratégicas,definidas pela gestão.

6 – Expandir as equipes da ESF para cobrir 77% da população doMunicípio.

2006-2007

2006-2007

2006-2009

2006

2006-2009

2006-2009

DIRETRIZ: Prevenir e controlar a AIDS e as doenças sexualmente transmissíveis

META PERÍODO

1 – Reduzir em 2% a incidência do HIV-AIDS.

2 - Garantir o apoio laboratorial para testagem do HIV em 100%da demanda existente.

3 - Implantar centro de testagem e aconselhamento-CTA municipalpara triagem sorológica e hepatites virais.

2006-2007

2006-2007

2006-2007

DIRETRIZ: Implementar a política de atenção à saúde da população carcerária nas delegaciasde Natal.

META PERÍODO

1 – Disponibilizar atendimento a 70% da população carcerária nasdelegacias, junto aos serviços municipais de saúde. 2006-2009

Page 42: Maria Aparecida de França Gomes

47COMPROMISSOS DA GESTÃO

DIRETRIZ: Promover a atenção integral à saúde da criança

META PERÍODO

1 – Reduzir em 10% a taxa de mortalidade infantil

2 – Reduzir em 10% a taxa de mortalidade neonatal

3 – Reduzir em 3% a taxa de internação por Infecção RespiratóriaAguda - IRA em menores de 5 anos de idade

4 – Reduzir em 10% a Proporção de nascidos vivos com baixo-peso ao nascer

5 – Aumentar em 2% a cobertura de aleitamento materno, paracrianças menores de 4 meses, cadastradas no Sistema deInformações de Atenção Básica – SIAB.

6 – Reduzir em 10% a Proporção de óbitos em menores de um anode idade por causas mal definidas.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

DIRETRIZ: Implementar a política de promoção à saúde

META PERÍODO

1- Ampliar para 100% o numero de unidades básicas de saúdeque trabalham com grupos operativos na perspectiva da adoçãode hábitos de vida saudáveis.

2 – Implantar, enquanto política institucional, a prática da terapiacomunitária.

3 – Implantar o programa da unidade livre do fumo em 100% darede municipal de saúde.

4 – Implantar o Programa Natal em Movimento nos 5 distritossanitários.

5 – Implantar o Programa Radiofônico Saúde no Ar para divulgaçãode praticas de vida saudáveis.

6 – Aumentar para 77% a proporção da população coberta pela(ESF).

7 – Aumentar para 2 consultas/habitante a média anual de consultasmédicas/habitante nas especialidades básicas.

8 – Aumentar em 8% a média anual de visitas domiciliares porfamília.

2006-2008

2006-2008

2006-2007

2006-2009

2007

2006-2009

2006-2009

2006-2009

Page 43: Maria Aparecida de França Gomes

48 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

DIRETRIZ: Promover a atenção integral à saúde da criança (continuação)

META PERÍODO

7 – Reduzir a taxa de internação por Doenças Diarréicas Agudas –DDA em menores de 5 anos de idade

8 – Disponibilizar vitamina A em 100% das unidades de saúde domunicípio para crianças de 6 a 59 meses.

9 – Implantar o programa de suplementação do ferro em criançade 6 a 59 meses, em 100% das unidades do Município.

10 – Garantir que 60% das crianças inseridas no programa bolsafamília sejam acompanhadas nos programas das unidades de saúde.

11 – Garantir o acesso ao programa de combate e controle dascarências nutricionais às gestantes e crianças em risco nutricional.

12 – Implantar o protocolo de atenção à criança até 24 meses comintolerância à lactose e à proteína do leite

13 – Garantir a distribuição da caderneta de saúde da criança em100% das crianças nas maternidades.

14 – Garantir em 100% das maternidades da rede publica municipalo acesso ao registro civil da criança

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

DIRETRIZ: Promover a atenção integral à saúde do adolescente

META PERÍODO

1 – Implantar o cartão do adolescente na rede básica do Município.

2 – Implantar, de forma intersetorial e integrada, a políticamunicipal de saúde do adolescente.

3 – Reduzir em 4% a gravidez na adolescência.

2006-2007

2006-2007

2006-2009

Page 44: Maria Aparecida de França Gomes

49COMPROMISSOS DA GESTÃO

DIRETRIZ: Promover a atenção integral à saúde do idoso

META PERÍODO

1 – Garantir o acolhimento preferencial ao idoso respeitando aclassificação de risco em 100% nas unidades de saúde.

2 – Priorizar a remoção do idoso em risco nos programas deremoção especial.

3 – Implantar o programa de atenção ao portador de doenças deAlzheimer e Mal de Parkinson.

4 – Implantar protocolo de atenção ao idoso em 100% da redemunicipal de saúde.

5 – Garantir acompanhamento, dentro de um projeto terapêuticointegral, a 100% dos hipertensos e diabéticos cadastrados na redede serviços.

6 - Reduzir em 10% a proporção de internação por diabetes emidosos.

7 – Reduzir em 5% a taxa de mortalidade de câncer de próstataem idosos.

2006-2009

2006-2009

2006-2007

2006-2007

2006-2009

2006-2009

2006-2009

Page 45: Maria Aparecida de França Gomes

50 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

- Facilitar o acesso, à oferta de tecnologia de maior complexidade,regulando a sua incorporação a partir de critérios de necessidades,eficiência, eficácia, efetividade e qualidade técnico científica.

- Reorganizar a atenção especializada, a partir da redefinição do perfilassistencial da rede de serviços de apoio à atenção básica, visandogarantir a integralidade da assistência.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

2ª LINHA- ATENÇÃO ESPECIALIZADA

DIRETRIZ: Reorganizar a atenção hospitalar

META PERÍODO

1 – Elaborar um plano operativo para redimensionamento dacapacidade instalada da rede hospitalar credenciada ao SUS.

2 – Caracterizar e definir o perfil assistencial do hospital públicoem função das necessidades epidemiológicas, demográficas e decaracterísticas regionais.

3 – Regular os leitos da rede hospitalar credenciada ao SUS.

4 – Implantar o Programa de Humanização na Atenção Hospitalar.

5 – Implantar o Comitê de Monitoramento de Controle da InfecçãoHospitalar.

6 – Firmar Termo de Cooperação entre Entes Públicos com todosos hospitais públicos estaduais.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2007-2009

2006-2009

Page 46: Maria Aparecida de França Gomes

51COMPROMISSOS DA GESTÃO

DIRETRIZ: Promover o apoio diagnóstico

META PERÍODO

1– Implantar os serviços de referência em microbiologia na redepública municipal.

2 – Implantar em 100% dos laboratórios distritais a realização deexames de basciloscopia para tuberculose.

3 – Garantir os exames de Patologia Clínica Genotipagem (BiologiaMolecular).

4 – Disponibilizar software, agilizando a emissão de resultados deexames laboratoriais na rede pública municipal.

5 – Implantar a rede laboratorial.

2006-2007

2006-2007

2006-2009

2006-2007

2006-2009

DIRETRIZ: Reorganizar a atenção ambulatorial em média e alta complexidade

META PERÍODO

1 – Garantir o acesso aos procedimentos de média complexidadereferenciando, preferencialmente, para as policlínicas distritais.

2 – Assumir o comando único na gestão dos procedimentos dealta complexidade ambulatorial.

3 – Implantar no município a política de complexidade, priorizandoos protocolos já instituídos pela direção nacional do SUS.

4 – Redefinir o perfil assistencial das policlínicas distritais emresposta às demandas oriundas da Programação Pactuada eIntegrada e quadro epidemiológico.

5 – Implantar o serviço de pequenas cirurgias nas 4 policlínicasdistritais, garantindo a infra-estrutura necessária paraoperacionalização das atividades.

2006-2009

2007

2006-2009

2006-2009

2006-2009

Page 47: Maria Aparecida de França Gomes

52 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

DIRETRIZ: Fomentar o desenvolvimento tecnológico.

META PERÍODO

1 - Inserir nos fóruns institucionais já existentes conteúdosrelacionados à ciência, tecnologia e inovações na área de saúde.

2 - Implantar uma Central de Esterilização em cada DistritoSanitário.

3 – Fortalecer a resolutividade tecnológica em 100% das policlínicasdistritais.

4 – Implementar o apoio diagnóstico por imagem nas policlínicasdistritais.

2006-2029

2006-2009

2006-2009

2006-2007

Page 48: Maria Aparecida de França Gomes

53COMPROMISSOS DA GESTÃO

- Garantir a adoção de linhas de cuidado na atenção integral à saúde bucale mental, à pessoa com deficiência, à saúde do trabalhador e às pessoassubmetidas às situações de violência.

- Implementar a rede de atenção às urgências e emergências, propiciandoo acolhimento adequado, com triagem classif icatória de risco e ahumanização do atendimento.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

3ª LINHA- REDES ESTRATÉGICAS

DIRETRIZ: Implementar a rede da atenção em saúde mental

META PERÍODO1 – Implementar o projeto de apoio matricial em saúde mental àsunidades básicas em 100% da rede.

2 – Ampliar em 100% os leitos psiquiátricos em hospital geral.

3 – Implantar o projeto das oficinas itinerantes de arte e saúdemental.

4 – Ampliar a rede de saúde mental, em 100%.

5 – Reestruturar 50% dos serviços de saúde mental existentes.

6 – Criar leitos de observação para urgência psiquiátrica nos pronto-atendimentos.

7 – Qualificar o SAMU para atendimento às urgências psiquiátricas.

8 – Implantar assistência terapêutica aos dependentes dasdrogadições diversas.

09 – Reduzir a proporção de pessoas com 20 anos ou maisatendidas na rede básica que utilizam Benzodiasepínicos

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2007

2006-2009

2006-2009

Page 49: Maria Aparecida de França Gomes

54 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

DIRETRIZ: Implantação da rede de saúde do trabalhador

META PERÍODO

1 – Implantação de rede sentinela para notificação dos agravosem saúde do trabalhador pelo SINAN, segundo portaria n° 777 de2004.

2 – Promover a capacitação de 100% das equipes da atenção básicae saúde da família para a detecção dos agravos à saúde dotrabalhador, de acordo com os protocolos estabelecidos peloMinistério da Saúde e CEREST.

3 – Garantir o apoio diagnóstico nas patologias ocasionadas pelasatividades laborais.

2006-2007

2006-2009

2006-2009

DIRETRIZ: Implantar rede de assistência à saúde à pessoa com deficiência - PCD

META PERÍODO

1 – Implementar o acolhimento das pessoas com deficiência em100% das Unidades de Saúde em todos os níveis de atenção.

2 – Implantar 4 unidades de reabilitação no nível intermediário.

3 – Garantir a acessibilidade física às pessoas portadoras dedef iciência em 100% dos prédios que compõem o sistemamunicipal de saúde.

4 – Implantar triagem em Oto-emissões acústicas em todos osnascidos vivos nas maternidades da Rede Municipal de Saúde.

2006-2009

2006-2007

2006-2008

2006-2007

DIRETRIZ: Implantar linha de cuidado às pessoas submetidas às situações de violência e outrosagravos

META PERÍODO

1 – Implantar um núcleo de prevenção da violência e promoção àsaúde por distrito sanitário.

2 – Implantar a notificação compulsória de casos de violência eoutros agravos em 100% das unidades de saúde.

3 – Garantir o atendimento de 100% dos casos notif icados desituações de violência e outros agravos em uma rede progressivade cuidados em saúde.

2006-2008

2006-2007

2006-2009

Page 50: Maria Aparecida de França Gomes

55COMPROMISSOS DA GESTÃO

DIRETRIZ: Implementar a rede de atenção integral em saúde bucal

META PERÍODO

1 – Ampliar o número de equipe de saúde bucal na proporção de1 odontólogo para cada equipe de PSF.

2 – Implantar e implementar o protocolo integrado em saúde bucalem 100% da rede municipal

3 – Garantir a manutenção preventiva e corretiva de 100% dosequipamentos odontológicos.

4 – Garantir a distribuição de kits de higiene bucal para a populaçãoassistida na estratégia saúde da família para efetivação dosprocedimentos preventivos coletivos.

5 – Capacitar 100% dos profissionais de Saúde Bucal da estratégiaSaúde da Família de acordo com a nova política adotada.

6 – Aumentar em 5% a cobertura de primeira consulta odontológicaprogramática.

7 – Aumentar em 10% a cobertura de ação coletiva de escovaçãodental supervisionada.

8 – Aumentar em 10% a média de procedimentos odontológicosbásicos individuais.

9 – Aumentar em 5% a proporção de procedimentos odontológicosespecializados em relação às ações odontológicas individuais.

10 – Reduzir em 5% a proporção de exodontias em relação àsações odontológicas básicas individuais.

2006-2007

2006-2008

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

Page 51: Maria Aparecida de França Gomes

56 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

DIRETRIZ: Implementar o atendimento às Urgências e Emergências (serviços pré-hospitalarfixo e móvel)

META PERÍODO

1 – Criar, nos 4 pronto-atendimentos, a urgência psiquiátrica.

2 – Definir o perfil e implantar a rede integrada de atenção àsurgências/emergência no município de Natal.

3 – Garantir leitos de urgência e emergência na rede hospitalarcredenciada ao SUS, de acordo com a especialidade.

4 – Integrar a central de regulação ao serviço móvel de urgência eemergência e as demais portas de entrada.

2006-2009

2006-2007

2006-2007

2006-2007

DIRETRIZ: Desenvolver política de intervenção integrada frente às situações de calamidades edesastres naturais.

META PERÍODO

1 – Promover a mobilização de equipes técnicas do setor saúdeem 100% dos eventos de calamidades e desastres naturais 2006-2009

Page 52: Maria Aparecida de França Gomes

57COMPROMISSOS DA GESTÃO

- Garantir ao usuário do SUS o acesso ao medicamento seguro e eficaz,otimizando todo o processo de disponibilização de insumosfarmacêuticos.

OBJETIVO ESPECÍFICO

4ª LINHA- ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

DIRETRIZ: Implementar a Política Municipal de Assistência Farmacêutica

META PERÍODO

1 – Selecionar o elenco e padronizar 100% dos medicamentosdisponibilizados na rede pública de saúde do Município.

2 – Garantir o medicamento para 100% dos usuários portadoresde patologia dos programas estratégicos.

3 – Informatizar o ciclo logístico de assistência farmacêutica.

4 – Garantir a disponibilização de 100% de medicamentos,insumosfarmacêuticos e produtos médicos hospitalares necessários àatenção básica.

2006-2007

2006-2009

2006-2007

2006-2009

DIRETRIZ: Prevenir e controlar a AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis.

META PERÍODO

1 – Garantir a 100% dos portadores de HIV/AIDS os medicamentosespecíficos em caráter complementar àqueles fornecidos pelo nívelfederal.

2 – Duplicar o quantitativo de preservativos colocados à disposiçãoda população do Município.

3 – Prover as condições necessárias a ampliação de 30% dos examesdiagnósticos para HIV.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

Page 53: Maria Aparecida de França Gomes

58 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

DIRETRIZ: Controlar a tuberculose e eliminar a hanseníase

META PERÍODO

1 – Garantir medicamentos que complementem o tratamento de100% das pessoas portadoras de tuberculose e hanseníase 2006-2009

DIRETRIZ: Promover a atenção integral à saúde da mulher.

META PERÍODO

1 – Garantir insumos, medicamentos e materiais médico-hospitalares necessários a realização dos procedimentosdiagnósticos e de tratamento em ginecologia e obstetrícia a 100%das pacientes atendidas na rede pública municipal. 2006-2009

DIRETRIZ: Adotar linhas de cuidado na atenção integral à saúde da criança

META PERÍODO

1 – . Garantir, após triagem e dentro da padronização local, adisponibilidade de 100% do suporte terapêutico às alergiasalimentares. 2006-2009

Page 54: Maria Aparecida de França Gomes

59COMPROMISSOS DA GESTÃO

2º EIXO- VIGILÂNCIA À SAÚDE

OBJETIVO GERAL

Prevenir e controlar danos, perigos e agravos à saúde cole-tiva, através do monitoramento dos fatores de riscos oriun-dos da produção e consumo de bens e serviços do meioambiente (água, ar, solo e desastres naturais), das zoonosese da transmissão de doenças que sejam alvo de controle davigilância à saúde.

Aprender é a única coisa de quea mente nunca se cansa, nunca tem medo

e nunca se arrepende.”

(Leonardo da Vinci)

Page 55: Maria Aparecida de França Gomes

60 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

- Controlar riscos oriundos da produção e consumo de bens e serviços,meio ambiente, inclusive os ambientes de trabalho, buscando a melhoriada qualidade de vida da população.

- Reduzir as taxas de morbimortalidade por doenças e fatores de riscorelacionados ao meio ambiente, diminuindo danos à saúde individual ecoletiva.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1ª LINHA- VIGILÂNCIA SANITÁRIA

DIRETRIZ: Prevenir e controlar riscos sanitários relativos aos produtos, serviços, saúde ambientale ambientes de trabalho

META PERÍODO

1 – Atualizar o cadastro de 100% dos estabelecimentos sujeitos àação da Vigilância sanitária.

2 – Investigar 100% dos surtos e eventos adversos notificados nasdiversas áreas de atuação da VISA

3 – Inspecionar 100% das Indústrias de Alimentos e Serviços deComissaria.

4 – Inspecionar no mínimo, 20% do comércio de alimentos ao ano.

5 – Realizar trabalho educativo em 100% das feiras livres cadastradasna Secretaria Municipal de Serviços Urbanos - SEMSUR.

6 – Cadastrar, ao ano, 20% dos veículos que transportam alimentos.

7 – Cadastrar, no mínimo, 20% dos produtores artesanais de produtosde origem vegetal, ao ano.

8 – Inspecionar 100% dos serviços de saúde e estabelecimentosfarmacêuticos de alta complexidade.

9 – Inspecionar 60% dos Laboratórios de Análises Clínicas e 50%dos postos de coleta pertencentes a rede pública e privada de saúde.

10 – Inspecionar, no mínimo, 40% das drogarias e ervanárias.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

Page 56: Maria Aparecida de França Gomes

61COMPROMISSOS DA GESTÃO

DIRETRIZ: Prevenir e controlar riscos sanitários relativos aos produtos, serviços, saúde ambientale ambientes de trabalho (continuação)

META PERÍODO

11 – Inspecionar ao ano 20% dos estabelecimentos de cosméticos,saneantes e produtos domissanitários.

12 – Inspecionar 100% das Unidades da Rede Assistencial da SMS.

13 – Inspecionar 100% das Unidades Hospitalares e dos Serviçosde média e alta complexidade.

14 – Inspecionar 70% das óticas, clínicas e consultórios médicos eparamédicos.

15 – Realizar 1 evento educativo-informativo ao ano, comprofissionais dos setores de interesse da vigilância sanitária.

16 – Inspecionar 100% dos estabelecimentos de controle de pragase vetores, Estações Rodoviárias e Ferroviárias.

17 – Inspecionar, ao ano, 50% dos serviços de lavanderias, hotéis epousadas, motéis, clubes e piscinas de uso coletivo.

18 – Inspecionar, ao ano, 40% dos estabelecimentos de ensinofundamental.

19 – Inspecionar ao ano 10% dos serviços de borracharias,sucatarias, oficinas, condomínios e congêneres.

20 – Inspecionar, ao ano, 20% de outros estabelecimentoscadastrados na área de meio ambiente.

21 – Realizar o controle da qualidade da água em 100% dosestabelecimentos inspecionados pela VISA

22 – Realizar ações de vigilância nos ambientes e processos detrabalho em 30% dos estabelecimentos constantes da ProgramaçãoPactuada Integrada –VS

23. Realizar 1 capacitação ao ano com os técnicos da VISA emáreas de interesse.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

DIRETRIZ: Regular a ação da vigilância de produtos, serviços e ambientes, com a incorporaçãode novas tecnologias.

META PERÍODO

1 – Revisar o conjunto de regulamentos técnicos, das ações einstrumentos de controle sanitário 2006-2009

Page 57: Maria Aparecida de França Gomes

62 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

- Identificar e monitorar fatores de riscos não biológicos relacionados àcontaminantes ambientais e qualidade da água para consumo humano,ar, solo e desastres naturais, de forma a minimizar os riscos de doençasdecorrentes da exposição aos mesmos.

OBJETIVO ESPECÍFICO

2ª LINHA- VIGILÂNCIA AMBIENTAL

DIRETRIZ: Implantar e implementar ações de vigilância ambiental para o controle da águapara consumo humano, solo, ar e desastres naturais.

META PERÍODO

1 – Cadastrar 100% das fontes de abastecimento de água paraconsumo humano.

2 – Realizar o monitoramento da qualidade da água para consumohumano em 100% dos sistemas de abastecimento de acordo comos parâmetros estabelecidos na diretriz nacional.

3 – Implantar a Vigilância em Saúde de populações expostas àcontaminação do solo.

4 – Implantar o Programa de Vigilância da Qualidade do Ar.

5 – Implantar o Programa de Vigilância em Saúde Ambiental dosRiscos Decorrentes dos Desastres Naturais.

6 – Desenvolver programa de incentivo a coleta seletiva,reutilização de resíduos sólidos e implantação de hortas orgânicasem 20 escolas do Município, Residência Terapêutica e demaisunidades de saúde.

2006-2009

2006-2009

2007

2008

2007

2007-2009

Page 58: Maria Aparecida de França Gomes

63COMPROMISSOS DA GESTÃO

- Reduzir a morbimortalidade decorrente das doenças e agravosprevalentes, mediante a intensificação de ações de caráter preventivo ecurativo, individuais e coletivos, considerando as diversidades locais eregionais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

3ª LINHA- VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

DIRETRIZ: Prevenir e controlar as doenças imunopreveníveis

META PERÍODO1 – Manter erradicada a transmissão da Poliomielite.

2 – Evitar a ocorrência de casos de sarampo.

3 – Assegurar índices de cobertura vacinal de pelo menos 95% emrelação às vacinas do calendário básico: pólio, tetravalente,hepatite B, tríplice viral, Rotavirus, bem como 90% para BCG.

4 – Prevenir a ocorrência de Tétano Neonatal, mantendo a coberturavacinal de mulheres em idade fértil em 60% e 100% em gestantesnão vacinadas anualmente.

5 – Manter a cobertura vacinal contra Hepatite B em 60% dapopulação menor de 20 anos e grupos de risco não vacinados

6 – Vacinar anualmente, cerca de 70% da população com 60 anose mais, contra influenza.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

Page 59: Maria Aparecida de França Gomes

64 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

DIRETRIZ: Monitorar os agravos de relevância epidemiológica

META PERÍODO

1- Monitorar 70% dos casos de Doenças Diarréicas Agudas/ano.

2 – Implementar a Vigilância Sentinela da Influenza.

3 – Implantar a Vigilância Epidemiológica da Sífilis em gestantes.

4 – Investigar e monitorar 70% dos óbitos de mulheres em idadefértil por ano.

5 – Implementar a Vigilância epidemiológica do HIV/AIDS,investigando 100% dos casos notificados e monitorando 100% dasgestantes cadastradas no SISPRENATAL.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

DIRETRIZ: Estruturar a vigilância à saúde para responder às urgências e emergências de vigilânciaepidemiológica.

META PERÍODO

1 – Implantar no nível central, unidade de Resposta Imediata emregime de 24h, visando o fortalecimento da capacidade dedetecção oportuna, investigação e resposta frente às emergênciasepidemiológicas. 2006-2007

DIRETRIZ: Controlar as doenças transmissíveis

META PERÍODO1 – Notificar 100% dos casos suspeitos de Doenças de NotificaçãoCompulsória – DNC, junto aos estabelecimentos de saúde públicos eprivados.

2 – Encerrar oportunamente 68% das investigações de doenças denotificação compulsória, exceto dengue.

3 – Investigar 70% de casos de doenças transmitidas por alimentos e água.

4– Confirmar laboratorialmente pelo menos 38% dos casos de MeningiteBacteriana/ano.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

Page 60: Maria Aparecida de França Gomes

65COMPROMISSOS DA GESTÃO

DIRETRIZ: Controlar as doenças não transmissíveis

META PERÍODO

1 – Implantar serviço de Vigilância de Doenças e Agravos nãoTransmissíveis.

2 – Monitorar as doenças crônicas não transmissíveis de maiorprevalência no Município.

2006

2006-2009

DIRETRIZ: Alimentar e manter atualizados os sistemas de informação da vigilânciaepidemiológica

META PERÍODO

1 – Manter a cobertura do Sistema de Informações sobreMortalidade em pelo menos 95% dos óbitos de residentes noMunicípio, baseado no parâmetro de 4 óbitos/mil habitantes.

2 – Manter abaixo de 3% o percentual de óbitos com causa básicamal definida em relação ao total de óbitos notificados.

3 – Cadastrar 100% de Nascidos Vivos no sistema de informaçãode nascidos vivos - SINASC.

4 – Alimentar semanalmente os bancos de dados do SINAN juntoa SESAP/RN.

5 – Alimentar mensalmente o banco de dados SI-API da SMS paraa SESAP/RN.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

Page 61: Maria Aparecida de França Gomes

66 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

- Realizar ações voltadas à promoção, prevenção e o controle das zoonosesurbanas e outros agravos correlacionados, além de promover a defesa eo bem-estar animal.

OBJETIVO ESPECÍFICO

4ª LINHA- CONTROLE DE ZOONOSES

DIRETRIZ: Prevenir e controlar as zoonoses e agravos produzidos por animais e demais vetoresurbanos

META PERÍODO

1 – Prevenir e controlar a Leishmaniose Visceral em 100% das áreasde risco.

2 – Prevenir e Controlar a Esquistossomose em 100% das áreasendêmicas.

3 – Prevenir e controlar a raiva (hibrofobia) em 100% dos bairrosdo município do Natal.

4 – Prevenir os agravos provocados por animais peçonhentos econtrolar sua proliferação em 100% das áreas de risco.

5 – Prevenir e controlar em 100% as doenças e agravos transmitidospor roedores.

6 – Controlar vetores em 100% das áreas endêmicas.

7 – Reduzir a menos de 1% o índice de infestação predial de aedesAegypti nos bairros da cidade.

8 – Reduzir o número de casos notificados a cada ano em pelomenos 50%.

9 – Reduzir em 100% a morbidade ou letalidade por febrehemorrágica.

10 – Reduzir o índice de pendência de visitas sanitárias em imóveisnão trabalhados para 10%.

11 – Controlar a população de “Caramujo africano” (Achatina fulica)em 100% das áreas afetadas.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

2006-2009

Page 62: Maria Aparecida de França Gomes

67COMPROMISSOS DA GESTÃO

3º EIXO- GESTÃO EM SAÚDE

OBJETIVO GERAL

Fortalecer a capacidade de gestão púbica no âmbito da saúde,de forma a potencializar o conjunto de recursos disponíveis naprestação de serviços, otimizando e ampliando a estrutura físicae tecnológica para a qualificação da atenção, atuando de formaintegrada e participativa com órgãos afins e organismos decontrole social.

Para ser grande, sê inteiro:nada teu exagera ou exclui

Sê todo em cada coisa.Põe quanto és no mínimo que fazes.

(Fernando Pessoa)

Page 63: Maria Aparecida de França Gomes

68 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

- Implementar uma política de valorização dos trabalhadores em saúde,tomando como eixo orientador a humanização e qualif icação notrabalho, fortalecendo e aperfeiçoando a gestão do SUS.

- Garantir a capacitação permanente da força de trabalho da saúde,aprimorando a qualificação da assistência às pessoas

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1ª LINHA- GESTÃO DE PESSOAS

DIRETRIZ: Fortalecer a gestão do trabalho no SUS.

META PERÍODO

1 – Realizar um censo do servidor na perspectiva de elaborardiagnóstico situacional da força de trabalho em saúde.

2 – Realizar concurso público de acordo com a necessidade darede de serviços.

3 – Organizar 100% da rede progressiva de cuidados na saúde apartir do perfil técnico-assistencial da instituição.

4 – Revisar e implementar o Plano de Carreira, Cargos e Saláriospara todos os servidores.

5 – Implantar o Regimento da SMS com atribuições dosdepartamentos, setores e núcleos, def inindo perf il do corpogerencial.

6 – Implementar e fortalecer a mesa de negociação permanentepara o trabalho em saúde.

2006-2007

2006-2007

2006 -2007

2006-2007

2006

2006 - 2009

Page 64: Maria Aparecida de França Gomes

69COMPROMISSOS DA GESTÃO

DIRETRIZ: Implantar programa de educação permanente e qualificação do trabalho em saúde

META PERÍODO

1 – Implantar política de educação permanente para o trabalhoem saúde.

2 – Implantar política de integração ensino/serviço.

3 – Capacitar 50% dos prof issionais/ano em áreas técnicasespecíficas.

4 – Implantar programa de residência integrada em saúde nas áreasde formação de interesse da saúde pública.

2006-2007

2006-2007

2006-2009

2006-2007

DIRETRIZ: Desenvolver e modernizar a atuação gerencial

META PERÍODO

1 – Estruturar serviço de acolhimento ao trabalhador em saúde.

2 – Revisar, implementar e monitorar fluxograma para processosadministrativos.

3 – Elaborar cartilha de direitos e deveres do servidor.

4 – Implantar e implementar política de avaliação institucional dotrabalhador em saúde.

5 – Estruturar sistema de informação, contendo banco de dadosdos trabalhadores do SUS Municipal.

6 – Revisar a cada biênio, dispositivos regulamentares da estruturaorganizacional da SMS.

2007

2007

2007

2007- 2008

2007

2008

Page 65: Maria Aparecida de França Gomes

70 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

- Aperfeiçoar e consolidar a descentralização do SUS, fortalecendo a gestãomunicipal e aprimorando os processos de negociação e pactuação,atendendo às necessidades e demandas locais.

- Fomentar o desenvolvimento de ações intersetoriais, visando a promoçãoà saúde através da informação, educação e comunicação, fortalecendoo processo participativo e co-responsável.

- Monitorar, avaliar e controlar o desenvolvimento da Política Municipalde Saúde, através de metodologias que favoreçam o redimensionamentodo processo de trabalho.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

2ª LINHA- GESTÃO DE PROCESSOS

DIRETRIZ: Fortalecer a gestão descentralizada do SUS.

META PERÍODO

1 – Redef inir normas e protocolos administrativos da SMS,atribuindo maior fluidez de informações e agilizando a tomadade decisões.

2 – Promover qualificação em gestão participativa para o ConselhoMunicipal, Conselhos Gestores e Administradores em 100% dosDistritos Sanitários e Unidades de Saúde.

3 – Implementar os Conselhos Gestores locais e distritais.

4 – Dotar a estrutura gerencial dos 5 Distritos Sanitários decondições técnicas e operacionais, tornando-os ágeis e resolutivos.

2006 – 2009

2006 - 2009

2006 - 2007

2006 - 2009

Page 66: Maria Aparecida de França Gomes

71COMPROMISSOS DA GESTÃO

DIRETRIZ: Implantar rede de informações para a gestão do SUS e atenção integral à saúde.

META PERÍODO

1 – Informatizar 100% das unidades de saúde.

2 – Efetivar um sistema de comunicação informatizado(conectividade) entre as unidades e o nível distrital e central daSMS.

3 – Implementar o cartão SUS através do cadastramento eprocessamento dos dados de 100% da população do Município.

2006-2007

2006

2006-2009

DIRETRIZ: Aprimorar as instâncias e processos de participação social, instrumentalizando ocidadão e profissionais na defesa do SUS.

META PERÍODO

1 – Implantar o Sistema Municipal de Ouvidoria em Saúde.

2 – Criar e distribuir manual do usuário, atendendo, em especial, apopulação que utiliza os serviços públicos municipais de saúde.

3 – Criar um sistema informativo, enquanto ambiente virtual deinteratividade entre a gestão, técnicos e usuários.

4 – Realizar a 5ª Conferência Municipal de Saúde, articulando asdiscussões a partir de plenárias distritais.

5 – Desenvolver programa básico de capacitação para profissionaisintegrantes de veículos de comunicação popular (rádioscomunitárias, jornais de bairro, etc.).

2007

2006-2009

2007

2007

2007

DIRETRIZ: Qualificar e humanizar a atenção e a gestão em saúde.

META PERÍODO

1 – Implementar e qualificar o Comitê Municipal de Humanização.

2 – Implantar o Núcleo de Acolhimento ao Servidor no Departamentode Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde – DGTES.

3 – Criar Grupo de Trabalho de Humanização em 100% das unidadesde saúde.

4 – Implantar acolhimento com classificação de risco nos 5 Pronto-atendimentos.

2006

2007

2006-2007

2006-2007

Page 67: Maria Aparecida de França Gomes

72 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

DIRETRIZ: Estimular a formação de consciência sanitária em vigilância à saúde.

META PERÍODO

1 – Implantar ação educativa em 10% dos estabelecimentos ematividades físicas e escolas enfocando o uso de anabolizantes,medicamentos em geral, drogas abortivas e ilícitas.

2 – Criar e manter canais de comunicação de massa, abordando,principalmente, temas associados à vigilância à saúde (coluna nojornal, programa de rádio e página na WEB).

3 – Promover mecanismos de disseminação ampla, rápida esistemática junto à sociedade, de informações de interesse da saúdepública, principalmente comunicações de risco, esclarecimentossanitários e outros.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

DIRETRIZ: Fortalecer o processo de educação popular em saúde com a prática da gestãoparticipativa

META PERÍODO

1 – Criar fóruns eventuais e permanentes, fomentando discussõestemáticas referentes às questões de vida e saúde, com caráterintersetorial nos níveis local, regional e municipal.

2 – Implantar em 30% das escolas municipais do ensino fundamentalo programa de agentes mirins.

3 – Efetivar a Política de Educação Popular em Saúde, garantindorecursos materiais, tecnológicos e metodológicos, envolvendoprofissionais qualificados e representantes do segmento de usuáriosdo SUS.

2006-2009

2006-2009

2006-2009

DIRETRIZ: Monitorar, avaliar e controlar as ações desenvolvidas no SUS.

META PERÍODO

1. Constituir comissão permanente de avaliação da PolíticaMunicipal de Saúde.

3. Capacitar 100% dos prof issionais da rede municipal eminformática.

4 . Oferecer treinamento de ingresso a todos os recém-contratadosincluindo a temática integrante da Política Municipal de Saúde emsua totalidade.

2006-2007

2006-2009

2006-2009

Page 68: Maria Aparecida de França Gomes

73COMPROMISSOS DA GESTÃO

- Institucionalizar uma política de economia na saúde, com a perspectivade financiamento eqüitativo e eficiente do sistema, controlando custospropiciando a discussão compartilhada de orçamento e investimento,redimensionando a prática de gestão.

OBJETIVO ESPECÍFICO

3ª LINHA - INVESTIMENTO EM SAÚDE

DIRETRIZ: Instrumentalizar a gestão para desenvolver ações de investimento e custeio doSistema Municipal de Saúde

META PERÍODO

1. Elaborar Plano Diretor de Investimento em Saúde

2. Criar Comitê Municipal de Monitoramento de Investimento emSaúde – CMIS.

3. Realizar estudo econométrico das ações desenvolvidas naAssistência a Saúde para redimensionar a distribuição de recursosno SUS Municipal.

4. Desenvolver política de economia na saúde a partir da priorizaçãode investimento, de forma participativa, visando à equidade eeficiência do sistema.

5. Implantar sistema de controle de custos na SMS.

6. Garantir uma política de aplicação de recursos específicos paraas ações de promoção à saúde.

7. Aumentar em 70% os investimentos em despesa de capital,prevendo ampliação e reforma de unidade, substituição de imóveisalugados por próprios e de equipamentos obsoletos por novosrecursos tecnológicos.

8. Criar e estruturar o laboratório municipal de VISA

9. Informatizar 100% os laboratórios da rede e automatizar 100%dos laboratórios de referências distritais.

2006

2006-2007

2006-2009

2006-2009

2006-2007

2006-2009

2006-2009

2007-2008

2006-2009

Page 69: Maria Aparecida de França Gomes
Page 70: Maria Aparecida de França Gomes

PARTE IV

MMonitoramento e Avaliação

Page 71: Maria Aparecida de França Gomes

76 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 72: Maria Aparecida de França Gomes

77MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

A implantação do Plano Municipal deSaúde se dará com um amplo processo demobilização de prof issionais, gestores eusuár ios do SUS, angariando oreconhecimento das esferas políticas e dasociedade em geral.

Na Secretaria Municipal de Saúde, doponto de vista organizacional, a gestão doPlano será exercida pelo Departamento dePlanejamento e Informação em Saúde, o qualcuidará dos aspectos tático-operacionaisinerentes à implementação. Este contará comos Operadores Matriciais, que atuarão dandosuporte técnico cognitivo na implantação nomonitoramento, na f iscal ização e nasupervisão das ações.

As metas serão traduzidas emprogramas e projetos , nos quais sãodef inidas ações e atividades que darão adirecionalidade do trabalho no dia-a-dia.De acordo com as pr ior idades serãoidentif icados os seus nós críticos, em funçãodos quais serão selecionados um conjuntobásico de indicadores a serem monitoradose aval iados, não perdendo de vista ocompromisso assumido com o Pacto deIndicadores da Atenção Básica, as PPI davigilância, a PPI da assistência, o Pacto pelaSaúde e outros compromissos sanitários.

Cada indicador estará devidamentequalif icado quanto a sua conceituação,interpretação, usos, limitações, fontes deobtenção, método de cálculo e categorias deanálise, contribuindo dessa forma paracompreensão de todos.

PARTE IV. MONITORAMENTO EAVALIAÇÃO

Dada à dinamicidade do Plano esteserá revisto a cada ano, mediante asnecessidades apontadas no monitoramentoe aval iação, sendo feitas aval iaçõestrimestrais e apresentado seus resultados àsociedade, através de seus representanteslegítimos.

Quanto à avaliação, embora sejacitada constantemente no arcabouço legaldo SUS e seja fa lada por todos quetrabalham no sistema, ainda está longe dese const i tuir enquanto uma prát icasistemática e contínua. Talvez pela culturadas instituições, por não primar pelo uso doplanejamento dos bancos de dados nemsempre disponíveis pela fa l ta doacompanhamento e aferição de metas. Hojeas dif iculdades metodológicas da avaliaçãosão de ordem qual i tat iva , dada pelaausência de uma l inguagem única dossistemas de informação, que, de formadesarticulada, possuem desenhos, bases dedados e f inalidades distintas.

Para enfrentar estes e mais outrosproblemas relat ivos às informações oMinistério da Saúde vem desenvolvendo umsistema que substituirá os subsistemas hojeexistentes, sustentando grandes conjuntosde informação em saúde.

Embora reconhecendo o grandedesaf io de implantar a prática de avaliarenquanto inserção no ato de planejar, a SMSnão abrirá mão dessa ferramenta quesubsidiará a intervenção cujo objetivo serámodif icar a ação problema.

“A função precípua do monitoramento da intervençãoplanejada é de oferecer informações que subsidiem a gestão,identificando ora os fatores que a facilitam, ora aqueles que arestringem e deve enfatizar seu objetivo de instrumentalizar afunção gerencial.”

(Teixeira 1999)

Page 73: Maria Aparecida de França Gomes

78 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Nesse Plano a avaliação terá trêsmomentos distintos: a avaliação como parteintegrante do planejamento, a avaliação deimplementação da intervenção e avaliação dosresultados (efeitos e impactos). Estes momentospor sua vez serão focalizados, na estrutura, noprocesso e no resultado, conforme os tipos deproblemas identificados.

Na aval iação de estrutura serãofocalizadas as alterações na estrutura física,nos equipamento, nos recursos humanos ena estrutura organizacional dos serviços desaúde e nas redes.

Na ava l iação de processo serãoanal i sados , entre outros aspectos , os

produtos do cuidado como: acolhimento,vínculo e responsabilização no caso dosprof issionais de saúde, aceitabilidade eadesão ao tratamento pelo usuário.

Na avaliação de resultados serãoanalisados em que medida os efeitos eimpactos observados correspondem aosesperados, seja no atendimento individualou coletivo.

Para co leta dos dados serãoprivilegiadas as fontes já disponíveis oudados de fácil captação, para facilitar oprocesso de avaliação e integrar a gestão,contribuindo para uma melhoria contínuados serviços.

Page 74: Maria Aparecida de França Gomes

79MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

BIBLIOGRAFIA

BARROSO, Arimá V. Desenvolvimento humano emNatal: Estudo comparativo 1991 - 2000. Natal:Prefeitura Municipal do Natal, Secretaria dePlanejamento e Gestão Estratégica - SEMPLA, 2003

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde.Para entender a gestão do SUS/ Conselho Nacionalde Secretários de Saúde. Brasília: CONASS 2003.

_______________. Ministério da Saúde. ATLAS DEDESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL. Brasil:PNUD, 2000 . Base de dados. Disponível em:www.undp.org.br. Acesso em 10 mai. 2006.

_______________. Ministério da Saúde. AssistênciaFarmacêutica : Instruções técnicas para suaorganização/ Série A. Normas e Manuais Técnicos.

_______________. Ministério da Saúde – Cadernos de AtençãoEspecializada – Reforma do Sistema da AtençãoHospitalar Brasil – Série B. Textos Básicos de Saúde.

_______________. Ministério da Saúde – Cadernos deAtenção Especializada – Política Nacional deAtenção ao Portador de Doenças Renal – Série B.Textos Básicos.

_______________. Ministério da Saúde – ConselhoNacional de Saúde – Princípios e Diretrizes paraGestão do Trabalho no SUS (NOB/RH/SUS) /Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde– 3 ed. Ver. Atual – (Série cadernos técnicos – CNS).

_______________. Lei nº. 8.080, de 19 de setembro de1990. Dispõe sobre as condições para promoção,proteção e recuperação da saúde, a organização eo funcionamento dos serviços.

_______________. Ministério da Saúde. Portaria SAS/MSnº. 210 de 15 de junho de 2004: Definição de Redes.

_______________. Ministério da Saúde, Portaria nº. 373,de 27 de fevereiro de 2002. Aprova a NormaOperacional da Assistência à Saúde – NOAS – SUS01/2002 – D. O. U.

_______________. Ministério da Saúde. Política Nacionalde Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade.

Caderno de Atenção Especializada. Série B. TextosBásicos de Saúde – 2004.

_______________. Ministério da Saúde – Política Nacionalde Atenção às Urgências. Ministério da Saúde 2ªed. Ampl. (Série E. Legislação de Saúde).

_______________. Ministério da Saúde – SecretariaExecutiva. Subsecretaria de Planejamento eOrçamento Organização e funcionamento doSistema de Planejamento do SUS (PanejaSUS) –Série B. Textos Básicos de Saúde.

_______________.Ministério da Saúde. Secretaria dePolíticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica.Gerência Técnica da Assistência Farmacêutica.

PESSOA, Luisa Regina (org.) Curso deAperfeiçoamento em Gestão de Projetos deInvestimentos em Saúde. Rio de Janeiro – FIOCRUZ,2006. Programa de Educação a Distância EAD/ENSP/FIOCRUZ. Volume 1 – Unidade de Aprendizagem.

REZENDE, Conceição Aparecida Pereira; PEIXOTO,Maria Passos Barcelar. Metodologia para análisefuncionais da gestão de Sistema e redes deserviços de saúde no Brasi l . Bras í l ia :Organização.

RIO GRANDE DO NORTE. NATAL 2015: basesreferenciais para o planejamento estratégico daRegião Metropolitana do Natal. Natal (RN):Consórcio Natal 2015; Prefeitura Municipal do Natal,2000

_______________. Secretaria de Estado da Saúde Pública.Coordenadoria de Promoção à Saúde deSubcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica.Nota Técnica – Pacto de indicadores da AtençãoBásica – Março 2005

SEMURB. Anuário Natal 2005. Natal: PrefeituraMunicipal do Natal, Secretaria Especial de MeioAmbiente e Urbanismo/ SEMURB, 2005.

SIDRA: banco de dados agregados. IBGE, 2000. Basede dados. Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2006.

Page 75: Maria Aparecida de França Gomes

AAPÊNDICE

• Condições de Saúde no Municípiodo Natal (Mapas, Gráficos e Tabelas)

• Agenda de Assinaturas

Page 76: Maria Aparecida de França Gomes

82 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 77: Maria Aparecida de França Gomes

83APÊNDICE

PIRÂMIDE ETÁRIA. 1980-2000

Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Censo Demográfico - 1980, 1991 e 2000

MULHERES HOMENS

MULHERES HOMENS

Page 78: Maria Aparecida de França Gomes

84 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO DE NATAL/RN.2006

Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS

PERCENTUAL DE ANALFABETISMO NA POPULAÇÃO COM 15 ANOS E MAIS PORREGIÃO ADMINISTRATIVA. NATAL/RN - 2000

Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS

Page 79: Maria Aparecida de França Gomes

85APÊNDICE

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS BAIRROS SEGUNDO REGIÃO ADMINISTRATIVA.NATAL/RN

Fonte: Mapa elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde, a partir dos dados do Censo Demográfico 2000, realizado pelo IBGE - Instituto deGeografia e Estatística.

Page 80: Maria Aparecida de França Gomes

86 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO. NATAL/RN - 2000

Fonte: Mapa elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde, a partir dos dados do Censo Demográfico 2000, realizado pelo IBGE - Instituto deGeografia e Estatística.

Page 81: Maria Aparecida de França Gomes

87APÊNDICE

RENDA NOMINAL MÉDIA MENSAL DO RESPONSÁVEL PELO DOMICÍLIO.NATAL/RN - 2000

Fonte: Mapa elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde, a partir dos dados do Censo Demográfico 2000, realizado pelo IBGE - Instituto deGeografia e Estatística.

Page 82: Maria Aparecida de França Gomes

88 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

PERCENTUAL DE PESSOAS DE 15 ANOS OU MAIS NÃO ALFABETIZADOS.NATAL/RN - 2000

Fonte: Mapa elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde, a partir dos dados do Censo Demográfico 2000, realizado pelo IBGE - Instituto deGeografia e Estatística.

Page 83: Maria Aparecida de França Gomes

89APÊNDICE

NASCIDOS VIVOS SEGUNDO O TIPO DE PARTO. NATAL/RN - 2005

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde/Natal-RN/SINASC - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos

COEFICIENTE GERAL DE NATALIDADE. NATAL/RN. 1993-2005

Page 84: Maria Aparecida de França Gomes

90 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

PERCENTUAL DE NASCIDOS VIVOS DE MÃES ADOLESCENTES.NATAL/RN - 2000

Fonte: Mapa elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde/SINASC - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos

Page 85: Maria Aparecida de França Gomes

91APÊNDICE

Fonte: Mapa elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde/SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade

MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSA. NATAL/RN - 2002/2005

ÓBITOS E COEFICIENTES DE MORTALIDADE MATERNA (CMM)NATAL/RN. 1996-2005

Fonte: Mapa elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde/SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade

Page 86: Maria Aparecida de França Gomes

92 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde/SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade

COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL E SEU COMPONENTESNATAL/RN. 1996-2005

Page 87: Maria Aparecida de França Gomes

93APÊNDICE

COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL (POR 1.000 NASCIDOS VIVOS).NATAL/RN - 2005

Fonte: Mapa elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde/SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade

Page 88: Maria Aparecida de França Gomes

94 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde/SINANC - Sistema de Informações de Agravos Notificáveis

INCIDÊNCIA DE DENGUE. NATAL/RN - 2005

Page 89: Maria Aparecida de França Gomes

95APÊNDICE

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde/SINANC - Sistema de Informações de Agravos Notificáveis

NÚMERO DE CASOS DE AIDS. NATAL/RN - 2005

Page 90: Maria Aparecida de França Gomes

96 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde/SINANC - Sistema de Informações de Agravos Notificáveis

INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE. NATAL/RN - 2005

Page 91: Maria Aparecida de França Gomes

97APÊNDICE

NÚMERO DE CASOS E COEFICIENTES DE INCIDÊNCIA DA DENGUE EM NATAL/RN.1997-2005

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde/SINANC - Sistema de Informações de Agravos Notificáveis

MORBIDADE HOSPITALAR. NATAL/RN. 2005

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde/SINANC - Sistema de Informações de Agravos Notificáveis

Page 92: Maria Aparecida de França Gomes

98 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Fonte: CNES/MS

CAPACIDADE INSTALADA DE LEITOS NO MUNICÍPIO. NATAL/RN - 2006

Page 93: Maria Aparecida de França Gomes

99APÊNDICE

AGENDA DE ASSINATURAS

Page 94: Maria Aparecida de França Gomes

100 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 95: Maria Aparecida de França Gomes

101APÊNDICE

Page 96: Maria Aparecida de França Gomes

102 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 97: Maria Aparecida de França Gomes

103APÊNDICE

Page 98: Maria Aparecida de França Gomes

104 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 99: Maria Aparecida de França Gomes

105APÊNDICE

Page 100: Maria Aparecida de França Gomes

106 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 101: Maria Aparecida de França Gomes

107APÊNDICE

Page 102: Maria Aparecida de França Gomes

108 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 103: Maria Aparecida de França Gomes

109APÊNDICE

Page 104: Maria Aparecida de França Gomes

110 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 105: Maria Aparecida de França Gomes

111APÊNDICE

Page 106: Maria Aparecida de França Gomes

112 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/ 2006-2009

Page 107: Maria Aparecida de França Gomes

113APÊNDICE

Page 108: Maria Aparecida de França Gomes

IMPRESSO NA GRÁFICA E EDITORA LICEU LTDAPROJETO GRÁFICO PLENA COMUNICAÇÃO

FONTE DA CAPA DANIELAFONTES DO TEXTO SEGOI UI E DANIELACAPA PAPEL CARTÃO SUPREMO 250g/m2

MIOLO PAPEL COUCHÊ MATE LD 115g/m2