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MARILYN SANTOS MACHADO SCHIRLO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE

A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NA ORGANIZAÇÃO E MEDIAÇÃO DO TRABALHO

COLETIVO EM UMA ESCOLA ESTADUAL DE PARANAGUÁ

PARANAGUÁ

2012

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MARILYN SANTOS MACHADO SCHIRLO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE

A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NA ORGANIZAÇÃO E MEDIAÇÃO DO TRABALHO

COLETIVO EM UMA ESCOLA ESTADUAL DE PARANAGUÁ

Artigo a ser apresentado à Secretaria de Estado da

Educação, no Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE como atividade final, sob a

orientação da Profª Dra: Mary Sylvia Miguel

Falcão - UNESPAR- Campus Paranaguá.

PARANAGUÁ

2012

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Agradecimentos

Primeiramente a Deus por proporcionar-me esta grande oportunidade de acrescentar

novos conhecimentos à minha vida pessoal e profissional.

À Direção e Equipe Pedagógica do Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga Ensino

Médio e Profissional.

Às minhas queridas amigas Maria de Fátima e Nathalia pela cooperação

E, em especial, à Profª Dra. Mary Sylvia Miguel Falcão, que incansável e

pacientemente mostrou-me caminhos a serem trilhados em busca do saber.

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A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NA ORGANIZAÇÃO E MEDIAÇÃO DO

TRABALHO COLETIVO EM UMA ESCOLA ESTADUAL DE PARANAGUÁ

SCHIRLO, Marilyn Santos Machado·.

FALCÃO, Mary Sylvia Miguel ·.

Resumo

Este estudo constitui numa reflexão sobre o Papel do Pedagogo na Organização e Mediação

do Trabalho Pedagógico e Coletivo da Escola Pública Paranaense. A proposição para se

trabalhar com esta temática surgiu da necessidade observada pelo próprio grupo de Pedagogas

que atuam no Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga – Ensino Médio e Profissional do

Município de Paranaguá. Teve por objetivo fortalecer a atuação do pedagogo na escola. A

abordagem metodológica da pesquisa seguiu os passos da Pesquisa-ação, que segundo Michel

Thiollent (1980) permite uma visão da escola como totalidade histórica. A problematização

que orientou o trabalho buscou entender quais eram os limites da atuação do pedagogo na

escola e como esse sujeito orientava suas práticas no cotidiano escolar. A intenção foi

desmistificar a função deste profissional da educação de modo a repensar seu trabalho na

escola, por meio de referências teóricas como Demersal Saviani, 1990 e textos da Secretaria

de Estado de Educação (SEED), 2007 que serviram de embasamento para as discussões,

análises e reflexões do grupo; entre outras leituras críticas que constam nas referências

bibliográficas deste artigo. Os resultados obtidos demonstram que a atuação do Pedagogo

prioriza o trabalho pedagógico e coletivo no âmbito escolar como mediador e articulador do

processo educativo.

Palavras-chave: Papel do Pedagogo - trabalho coletivo - escola - formação de professores.

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Abstract

This study is a reflection on the Role of the Educator Labour Organisation and Pedagogic Mediation and Collective Public School Paranaense. The proposition to work with this issue arose from the need seen by the group of educators who work in State College Alberto Veiga Gomes - Vocational High School and the city of Paranaguá. Aimed to strengthen the work of teachers in school. The methodological approach of the research followed the steps of action research, which according to Michel Thiollent (years) provides a vision of school as a historical totality. The questioning that guided the study sought to understand what were the limits of the work of teachers in school and how this guy guided their practices in daily school life. The intention was to demystify the role of professional education to rethink their work at school, through theoretical and Demersal Saviani references, and texts of the 1990 State Department of Education (SEED), 2007 which provided the basis for the discussions, analyzes and reflections of the group, among other critical readings listed in the references of this article. The results show that the performance of the pedagogue prioritizes collective and pedagogical work in schools as a mediator and organizer of the educational process. Keywords: Role of the Educator - collective work - school - training of teachers.

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Introdução

Partindo do pressuposto de que para que nossos alunos se tornem autônomos, livres,

responsáveis, sujeitos da sua história, é necessário que se apropriem da cultura existente e

construída pela humanidade. A escola passará a mediar o encontro dos saberes, ampliando a

capacidade de comunicação e interação do educando no seu meio social. Nessa perspectiva

que vemos a necessidade do trabalho do Pedagogo para mediar e intervir na realidade escolar

exige-se que se adquira um significado político que reúna contribuições de todos os sujeitos

escolares num processo de elaboração do saber voltado para a compreensão da realidade, para

a descoberta de potencialidades e alternativas de se atuar sobre a escola, visando uma

mudança no processo educativo voltado para uma gestão democrática e emancipadora.

Entendemos que a gestão democrática da educação compreende a noção de cidadania como

capacidade conquistada por todos os indivíduos, e é da autonomia e envolvimento de todos,

guiados por uma direção pedagógica, que utiliza a direção administrativa como um meio de

atingirem-se os objetivos pedagógicos que norteiam a escola. O Papel do Pedagogo é de

fundamental importância na Organização e Mediação do Trabalho Pedagógico e Coletivo da

escola. Segundo, (Ferreira, 1999: 1241), “gestão significa tomar decisões, organizar; dirigir as

políticas educacionais que se desenvolvem na escola comprometidas com a formação da

cidadania, é um compromisso de quem toma decisões – a gestão-, de quem tem consciência

do coletivo-democrática, de quem tem responsabilidade de formar seres humanos por meio da

educação.”

Pensar a gestão democrática da escola pública remete obrigatoriamente, pensar a

possibilidade de organicamente constituir a escola como espaço de contradição. E o

que possibilita isso? Primeiramente delimitar os processos de organização dos

segmentos escolares diante do seu papel na escola pública. Entender que decisões

quanto a finalidades e conteúdos da aprendizagem serão ensinadas como conteúdos

de vida e que devem abranger os conceitos científicos da cultura erudita e os

conteúdos da prática social. A gestão democrática passa a ser vista sob o ponto da

organização coletiva da escola em função dos seus sujeitos. Organizar-se

coletivamente exige rigor teórico-prático de quem organiza, decide, dirige debate,

discute a organização escolar. Significa permitir o trabalho específico e ao mesmo

tempo, orgânico dos sujeitos em função das necessidades histórico-sociais dos seus

alunos. Nesse ínterim, tomaremos aqui, em especial, a possibilidade de trabalho do

pedagogo, na tentativa de entender seu papel como mediador da intencionalidade

educativa da escola, pela via dos diferentes segmentos que a compõe. (Ferreira,

1999, p. 1238)

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A escola, como instituição social, que tem como função a democratização dos

conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade, é um espaço de mediação entre

sujeito e sociedade. Compreender a escola como mediação, significa entender o conhecimento

como fonte para efetivação de um processo de emancipação humana e, logo, de transformação

social. O que implica em ver o papel político da escola atrelado ao seu papel pedagógico e,

mais, dimensionar a prática pedagógica, em todas suas características e determinantes com

intencionalidade e coerência, o que transparece um compromisso político ao garantir que o

processo de ensino e aprendizagem esteja a serviço da mudança necessária. , “a escola

progressista denuncia a não diretividade como instrumento de dominação, resgatando a ação

diretiva do educador que representa a ruptura com o que foi socialmente determinado e

promove a formação coletiva do educando”. (Prais, 1994, p. 42). Na medida em que a gestão

democrática (colegiada) define coletivamente as ações e as concepções da escola, ela passa a

constituir-se numa condição determinada de uma teoria e prática progressista de educação,

principalmente, quando essa gestão vem com uma necessidade histórica.

A gestão democrática na escola se constitui em processo coletivo de decisões e ações,

cada sujeito do processo educativo tem suas funções específicas, porém, o planejamento e

implementação das ações parte do coletivo. No Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga a

direção esta envolvida com a equipe pedagógica nos encaminhamentos pedagógicos que se

fizerem necessários e explicitados no Projeto Político-Pedagógico da escola. A

responsabilidade deste projeto de sociedade e de educação é de toda comunidade escolar. O

grupo de pesquisa-ação partiu do questionamento sobre o papel do pedagogo que tem sido

sujeito de muitas discussões, a este profissional não cabe mais a lógica economicista,

reproduzindo a fragmentação das relações de trabalho, assim como acontece na dualização do

profissional pedagogo. Portanto, o envolvimento do pedagogo com questões do dia a dia

escolar não deve extrapolar seu tempo e espaço do fazer pedagógico, já que problemas de

disciplina, acompanhamento de entrada e saída de alunos, etc. Esses problemas são da escola

e o seu coletivo deve planejar ações para enfrentamento destas questões. O pedagogo, à luz

de uma concepção progressista de educação, tem sua função de mediador do trabalho

pedagógico, agindo em todos os espaços de contradição para a transformação da prática

escolar. “Partindo do princípio da co-responsabilidade de todos no processo educativo,

implica necessariamente numa convivência transparente, que se realiza pelo respeito ao outro

e pelos momentos de estudo e reflexão conjunta que os encontros pedagógicos,

proporcionam.”

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A realidade na qual o Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga – Ensino Médio e

Profissional de Paranaguá está inserido, propõe questionamentos sobre o papel específico do

Pedagogo; busca-se superar as práticas cristalizadas pelo tempo (ideias, métodos e estratégias

tradicionalistas), com o intuito de redimensionar a função do Pedagogo na escola. Amparados

pelo Projeto Político Pedagógico do referido colégio, que está pautado na construção coletiva,

onde todos os segmentos da comunidade escolar contribuíram. Identificando as ações

necessárias para a busca de uma gestão democrática. A construção do P.P.P. está diretamente

ligada à concepção de mundo, de homem e de conhecimento que é o que fundamenta as

relações cotidianas. Repensar a realidade educacional, significa criar um movimento

constante de construção e desconstrução. A forma como compreendemos essa realidade

determinará a maneira pela qual constituímos o PPP, assim como as teorias que fundamentam

e fortalecem nosso fazer pedagógico.

Desse modo a proposição para trabalhar com esta temática surgiu da necessidade em repensar a

atuação do pedagogo sugerida pelo grupo de Pedagogas do Colégio Estadual Alberto Gomes

Veiga - Ensino Médio de Paranaguá. Com diálogo aberto com a Equipe Pedagógica e com o

Corpo Docente, procurou-se meios para melhorar a atuação do Pedagogo na escola,

argumentando sobre o verdadeiro papel deste profissional da educação no cotidiano escolar1.

Segundo o autor Vela (1985), a riqueza social e cultural para serem contextualizadas

necessita da mediação de ensino de um profissional da educação chamado Professor

Pedagogo, pois esse implica em um fazer pedagógico, essencial na busca de objetivos comuns

a todos que transformem a escola pública efetivamente democrática, coletiva, solidária com

qualidade de ensino-aprendizagem; cumprindo com seus quesitos políticos, sociais, culturais e

pedagógicos. Sendo que o homem é uma interrogação aberta à história, a solução de um

problema talvez não consista no fato de fazer o problema desaparecer, mas no fato de que o

grupo se ponha a caminho para saídas eficazes e tome decisões que contribuam coletivamente

para melhorar o trabalho pedagógico na escola. A questão de como fazer e como agir? Levou

o grupo a considerar todos os dados coletados da realidade vivida pela escola. Este artigo

quer ser uma contribuição para fazer a diferença no cotidiano escolar.

Este estudo se dedica à relação entre o administrativo e o pedagógico na gestão da

1Dados coletados em reunião com a direção e equipe pedagógica do Colégio Estadual Alberto

Gomes Veiga.

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escola, e tem por objetivo principal contribuir para reflexão acerca da relação, entre a atuação

do pedagogo e as perspectivas teóricas consideradas relevantes sobre a discussão com

profissionais da prática escolar. A pesquisa-ação dedicada ao tema retrata que a gestão

escolar, muitas vezes é marcada por práticas distantes e fragmentada entre as dimensões

administrativa e pedagógica, um dilema que se estende desde os primórdios da pedagogia

tradicional até a pedagogia contemporânea. A análise e encaminhamento da relação entre o

administrativo e o pedagógico na escola e sua gestão, possuem certa dificuldade dos

profissionais da prática em apreender o pedagógico escolar.

O projeto político e pedagógico do Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga – Ensino

Médio e Profissional requer uma postura mediativa, curricular, pedagógica, compromissada

do Pedagogo, embasado uma luta pela apropriação crítica-coletiva do conhecimento. Desse

modo, a implementação do trabalho do Pedagogo na escola, tende a ser um trabalho diário

com dedicação constante e pedagógico, articulando o PPP e o currículo com o plano de

trabalho docente dos professores com as diretrizes curriculares de cada disciplina,

relacionando os mesmos no dia a dia em sala de aula. Numa ação integrada pela direção,

direção auxiliar, (CE) Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF),

Grêmio Estudantil (GE), comunidade e alunos, junto da Equipe Pedagógica e Corpo Docente

da escola é que se consegue a transformação social. Neste intuito que se mobilizou os

segmentos da escola, para juntos contribuirmos com novas ações propiciando, uma nova

postura na atuação do pedagogo na escola.

A prática coletiva envolvendo escola-comunidade, bem como família-escola, é

fundamental para atingir-se êxito no trabalho pedagógico do cotidiano escolar. Muitos

esforços e tentativas, capacitação continuada na era da tecnologia e informática são dedicados

à eficiência do ensino, combatendo a evasão e repetência escolar. Diante desta

contextualização é preciso que seja feita uma avaliação do papel do Pedagogo na escola,

resgatando as funções específicas, pedagógicas num trabalho preventivo, mediativo deste

Especialista em Educação. Fazendo-se cumprir a lei – educação para todos, escola inclusiva,

sem discriminações sobre classes-sociais, raças, credo, cor e cultura. Na atualidade, os

valores humanos se encontram bastante distorcidos, famílias desestruturadas, pais sem tempo

para educar seus filhos; professores despreparados ou perto da aposentadoria; metodologias

ultrapassadas em sala de aula; é preciso muita dedicação e compromisso com a educação, para

combater os altos índices de evasão e repetência escolar. Este referido artigo quer delinear o

perfil do Pedagogo no âmbito pedagógico e não comportamental na Escola Pública

Paranaense. Num contexto de gestão democrática onde o Projeto Político Pedagógico é

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construído e realimentado por todos os segmentos que designam o trabalho educativo e

coletivo na escola, sendo o Pedagogo um dos mediadores deste processo, e muitas vezes

encontram dificuldades em desenvolver a sua práxis-educacional. Ao finalizar a pesquisa,

pretendeu-se comprovar com a Equipe Pedagógica da escola ao Corpo Docente, que a atuação

do Pedagogo não é meramente burocrática e nem controladora de poder administrativo-

pedagógico. Por meio de reuniões, debates, grupos de estudos, instrumentos de pesquisa,

textos comprobatórios de que a escola como instituição social, tem como função a

democratização dos conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade, é um espaço

de mediação entre sujeito e sociedade, através de um processo de emancipação humana e,

logo, de transformação social. É preciso obter um comprometimento com a Educação de

todos os envolvidos no processo educativo que garanta a melhor qualidade de Ensino-

Aprendizagem, promovendo a Formação Coletiva do educando, aliando a teoria à prática,

provocando situações de reflexão e ação, através de um diagnóstico da realidade, perfazendo

um levantamento de dados condizentes com a realidade. Diante desta questão sobre o Papel

do Pedagogo na Escola Pública Paranaense, questiona-se o que pode ser feito para melhorar a

qualidade de educação nesta escola pública paranaense, da cidade de Paranaguá. E incentivar

a participação da comunidade educativa nesta reflexão. Como se realizou a intervenção nessa

realidade? Foram realizadas descobertas pedagógicas e coletivas na realidade local, a partir da

ação daqueles que vivem neste contexto e com eles implementou-se o processo de

sistematização, promovendo encontros informais na comunidade; organizando um grupo de

apoio como direção, direção auxiliar, corpo docente e equipe pedagógica desta comunidade.

De posse dessas informações, a metodologia desta pesquisa-ação foi estimular a participação

das pessoas envolvidas na pesquisa e abrir um universo de ideias, sugestões, estudos para

encaminhamentos presentes e futuros, centrados em uma transformação social da realidade

em que estão inseridos. Passando de um trabalho pedagógico e coletivo a um projeto de ação

concreto.

Conhecendo a escola: (Estes dados foram retirados do Projeto Político Pedagógico do

Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga – Ensino Médio e Profissional de Paranaguá).

Histórico

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O Colégio Estadual “Alberto Gomes Veiga” – Ensino Médio está situado em zona

urbana, na Rua Júlia da Costa, nº. 780 Bairro Campo Grande, cidade de Paranaguá - PR, CEP

83203-060, Fone: (41) 3423-3819, e-mail: [email protected].

Tendo como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná o Colégio,

registrado através do código nº 00016 e código do município nº. 1840 fica distante 04 km

(quatro quilômetros) do Núcleo Regional de Educação de Paranaguá (código nº 21). O

estabelecimento de ensino, criado pelo Decreto nº 24.674/59 de 25/07/1959 com a

denominação inicial de “Escola Técnica de Comércio de Paranaguá”, ofertou os cursos de

Técnico em Contabilidade e Auxiliar de Contabilidade.

Autorizado a funcionar pela Portaria 238/60 de 28/06/60, teve sua nomenclatura

alterada para “Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga” pelo Decreto nº 11.921/69 de

05/09/69. Em 11/02/79, através do Decreto nº 1.584/79, foi submetido a uma reorganização,

tornando-se parte do Complexo Escolar “João Guilherme” Ensino de 1º e 2º Graus.

Em 1983, de acordo com a Resolução nº. 226/83 ocorreu uma nova alteração na

denominação do estabelecimento de ensino que passou se chamar Colégio Estadual “Alberto

Gomes Veiga”-Ensino de 2º Grau. Em 1998, com a adequação da nova LDB, conforme atesta

a Resolução nº 3120/98 – DOE de 11/09/1998, teve sua nomenclatura novamente alterada

para Colégio Estadual “Alberto Gomes Veiga” Ensino Médio.

De acordo com a Lei nº 9394/96 (Diretrizes e Bases da Educação Nacional), a

instituição escolar mantém o Ensino Médio, cuja autorização de funcionamento foi emitida

pela Resolução nº. 1362/00 de 26/04/2000, tendo seu Regimento Escolar aprovado pelo Ato

Administrativo n.º 200/00 de 12/11/2000. A partir de 1999, os cursos de Técnico em

Contabilidade e Auxiliar de Contabilidade foram extintos permanecendo somente a oferta do

Ensino Médio.

O primeiro diretor do Colégio foi o professor Francisco Gama e Silva, o qual

providenciou sua instalação, suprindo as mais urgentes necessidades iniciais, organizando a

secretaria e compondo o corpo docente, tendo sob o seu encargo o ônus da compra de

materiais para as instalações. O Colégio funcionou de 1960 a 1968, nas dependências do

Grupo Escolar “Faria Sobrinho”, depois, por insuficiência de espaço físico, mudou-se para a

Escola Paroquial de Paranaguá, de propriedade da Congregação

os Padres Redentoristas, local cedido gratuitamente pela mencionada Ordem Religiosa.

Em 1970, o estabelecimento de ensino passou a funcionar no prédio do Antigo Fórum

da Comarca de Paranaguá, cedido pela Secretaria de Educação e Cultura. No segundo

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semestre de 1971, foi transferido para salas ociosas do Instituto Estadual de Educação de

Paranaguá, para que o prédio do Antigo Fórum recebesse uma rápida reforma. Em 1972, sob a

coordenação do professor Aramis Teixeira, foi promovida a reforma parcial do prédio,

adaptando-o às necessidades mais prementes, voltando a funcionar normalmente no mês de

março, inclusive cedendo ao Instituto de Educação de Paranaguá suas salas no período diurno

(manhã e tarde), para o funcionamento das 5as

séries.

Em 1989, para que novamente o prédio fosse reformado, as turmas foram transferidas,

no período diurno, para as salas da Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras de

Paranaguá e, no período noturno, para as salas da Escola Paroquial. Posteriormente, em 1993,

por falta de espaço físico no período noturno, foram utilizadas novamente 02 (duas salas

emprestadas da Escola “Nossa Senhora do Rosário).” No ano de 1994, através de “Comodato”

com duração de 05 (cinco) anos, assinado pelo Governo do Estado, Secretaria de Estado da

Educação, Prefeitura Municipal de Paranaguá e Federação Espírita do Paraná, o Colégio

recebeu autorização para funcionar em novo endereço, sito no antigo Lar “Hercília de

Vasconcelos”. Inaugurado neste local no dia 25 de fevereiro de 1994, o imóvel continha 09

(nove) salas de aula, 01 ( uma) biblioteca, 01(um) escritório modelo, 01 (um) laboratório,

01(uma) secretaria, 01 (um) gabinete da direção, 01(uma) sala da orientação, supervisão e

coordenação, 01 (uma) cozinha com uma pequena área para refeições, 03 (três) banheiros e 01

(uma) cancha esportiva. Terminado o contrato de comodato, o Governo do Estado do Paraná,

assinou o contrato, diretamente com a Federação Espírita do Paraná.

No dia 06 de setembro de 2000, o tão sonhado espaço físico térreo foi conseguido

através do contrato de locação entre a Federação Espírita do Paraná e Secretaria de Educação

do Paraná, ampliando as acomodações escolares que agora contém: 11 salas de aula, 1

Laboratório de Química, Física e Biologia, uma Biblioteca, 1 sala de vídeo, 1 sala dos

professores e funcionários, 01 sala para a Equipe Pedagógica, 01 secretaria, 01 sala para a

direção, 01 Laboratório de Informática, 01 refeitório, 01 cozinha, 01 cantina, 02 banheiros

para os alunos (cada um com seis sanitários), com pias de granitos e espelho em toda a

extensão da bancada, 02 banheiros para professores, 02 banheiros para funcionários, 01

lavanderia, 01 depósito de merenda, 01 sala de apoio para colocar os trabalhos da disciplina

de Arte, 01 depósito na área externa , 01 cancha esportiva (precisando de reforma).

O Patrono é da instituição educacional é “Alberto Gomes Veiga”, cuja data é

comemorada no dia 13 de novembro. A direção do Colégio esteve a cargo dos professores

Francisco da Gama e Silva (1959), Dr. José Vicente Elias (1970), Regina Vernalha de Pinho

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(interventora), Aramis Teixeira (1972), Abel de Campos Pereira (1973), Alceu de Oliveira

Toledo (1973/1974), Elcio do Nascimento (1975), Glaucy de Moura (1977), Warner dos Reis

Cardoso (1980), Célia dos Santos Garrido (1988/1990), Warner dos Reis Cardoso

(1990/1993), Lorival Merino Cordão (1996/2000), Rozeula Menezes de Oliveira Voi

(2001/2010).

Atualmente o Colégio tem 30 turmas de Ensino Médio, funcionando pela manhã (das

07:30 às 12:00h); à tarde (das 13:30 às 18:00h) e noite (das 19:00 às 23:00h). Em 2011 um

total de 1.120 alunos foram matriculados no Ensino Médio.

O Colégio oferta o curso “Técnico em Portos” - Subsequente, funcionando somente no

período noturno, com 82 alunos matriculados. Em 2011 foi implantado o Celem, com a oferta

de LEM - Espanhol, cujas turmas funcionam as segundas e quintas-feiras, das 18:00 às

19:40h, com 29 alunos matriculados.

O quadro funcional do estabelecimento de ensino possui 47 professores, 04 pedagogos

e 24 funcionários.

O Colégio AGV é gerenciado pela Diretora Geral, Profª. Rozeula Menezes de Oliveira

Voi e Diretora Auxiliar Profª. Maria Aparecida Pereira da Silva.Em dezembro de 2009, após

longo período de negociação, a Secretaria de Estado da Educação comprou o imóvel onde

funciona o colégio, ampliando ainda mais o espaço físico. O colégio agora ocupa uma quadra

toda. No mesmo terreno em que se localiza o prédio, temos um anexo, onde contamos com

dois auditórios com capacidade para duzentas pessoas aproximadamente cada um, duas salas

e quatro banheiros. Será necessária uma boa reforma, pois o anexo já está sem utilização há

mais de dois anos.

Estrutura física da escola e equipamentos

Espaço com 76,76m², o Laboratório de Informática é utilizado para aulas diferenciadas

nas disciplinas, para pesquisas, elaboração de aulas, correção de atividades dos alunos, e

também, para recuperações especiais. Possui linhas de acesso à rede internacional de

informações, como o sistema Windons, rede integrada, sistema Linux e a INTRANET, que

possibilita o acesso à Internet sem fio para a sala de Direção, Secretaria e para a Biblioteca

O prédio escolar conta com 11 Salas de Aula, todas com TV Pendrive. Os professores

utilizam seus pendrives e DVD's regularmente como ferramentas metodológicas. Os alunos

também utilizam esses recursos nas apresentações de trabalhos em sala de aula.

A Biblioteca Escolar com 35,10m² é um espaço dedicado para pesquisas e atividades

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pedagógicas. É utilizada para pesquisas realizadas por alunos, por professores durante as

horas atividade e, também, pelos funcionários da escola. A responsabilidade pelo uso e

conservação do acervo é das bibliotecárias que mantém em regular funcionamento a máquina

de Xerox, computador, livros didáticos, CDs, CD-rooms, informativos e outros. Cabe aos

professores, juntamente com a equipe pedagógica, assessorar as bibliotecárias em relação aos

temas propostos aos alunos para pesquisa, informando-as com antecedência sobre os assuntos

a serem pesquisados.·.

O Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas (cuja relação de materiais está

especificada nos anexos, possui espaço físico de 46,90m² e atende as disciplinas de Química,

Física Biologia e Matemática). O Colégio protocolou junto a SEED/DIE, uma solicitação de

reforma e construção de novos locais para abrigar cada um deles em ambiente específico, ou

seja, um laboratório para cada uma das disciplinas que atualmente, precisam agendar com

antecedência a utilização do espaço físico visto que desenvolvem suas atividades em um

único lugar.

Além de abrigar os educandos nas horas das refeições, o Refeitório, também é

utilizado para reuniões com pais, capacitações, palestras, exposições, confraternizações,

jogos, apresentações e como espaço recreativo.

O estabelecimento de ensino não possui pátio coberto. As aulas de Educação Física

são ministradas pelos professores na Cancha de Esportes. Esse espaço é utilizado também

para treinamentos dos atletas, apresentações, exposições e festas com capacidade para 50

pessoas, a Sala de Vídeo é usada para a exibição de filmes, reuniões, aulas em contra-turno,

aulas práticas do curso de etiqueta social.

A relação dos mobiliários e equipamentos consta no item “Recursos Materiais”, nos

anexos deste Projeto Político Pedagógico.

Diagnóstico da Realidade da Escola:

O Colégio Estadual “Alberto Gomes Veiga” Ensino Médio e Profissional está

localizado no bairro Campo Grande, próximo ao centro da cidade litorânea de Paranaguá. Nos

arredores do colégio encontramos o Cemitério Municipal, a delegacia, o IML (Instituto

Médico Legal), os asilos: São Vicente de Paulo e Abrigo dos Velhos, as igrejas: Catedral,

Batista, Pentecostal Philadélfia, Adventista, São Benedito e Presbiteriana, as companhias de

energia elétrica (COPEL) e Águas de Paranaguá (CAB), a Prefeitura Municipal, três praças e

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o Hospital Regional do Litoral.

A comunidade é formada por pessoas de classe média à classe média alta e a maioria

das residências mais antigas pertence às famílias que residem há gerações na cidade. Algumas

construções novas misturam-se aos casarios antigos, modificando a paisagem do bairro. Com

relação à situação profissional dos moradores, a maior parte ocupa setores diversos na cidade,

como: bancos, prefeitura, porto, agências marítimas, comércio, escolas e outras empresas.

O corpo discente é formado por alunos de classe média baixa em sua maioria,

oriundos dos diversos bairros da cidade. O fato ocorre porque o colégio possui um bom

conceito perante a comunidade, havendo procura maciça por vagas. Embora os alunos

concluintes do ensino fundamental recebam as cartas-matrículas nas suas escolas de origem, a

cada início de ano, formam-se filas em frente ao colégio à procura de vagas no

“COMÉRCIO”, como é popularmente conhecido, devido à tradição em oferecer o Curso

Técnico na cidade de Paranaguá.

Nossos alunos apresentam bons índices de aprovação nos vestibulares da cidade e fora

dela. A participação em concursos de redação, Olimpíadas de Matemática tem rendido bons

frutos. Além da participação em concursos externos, há um bom envolvimento do corpo

discente com os projetos realizados no contraturno. Em parceria com o Grêmio Estudantil e

APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários), são ofertadas aulas de teatro, dança,

treinos esportivos na modalidade de futsal masculino e feminino e apoio em Matemática.

O corpo docente é composto por cinquenta professores, sendo que trinta e três

pertencem ao Quadro Próprio do Magistério (QPM) e dezessete, são contratados. Dos

professores QPM's, uma é graduada, vinte e sete possuem curso de especialização, um possui

mestrado, uma está cursando o doutorado, duas concluíram o PDE (Programa de

Desenvolvimento Educacional) e uma está no 3º período. Dos professores contratados, um

está cursando o 3º ano de Letras/Inglês e cinco possuem curso de especialização.

O corpo administrativo é composto por vinte e nove funcionários, dos quais dezessete

possuem formação em cursos de nível superior. Destes funcionários, nove são pós-graduados

e dois são acadêmicos do curso de Pedagogia e de Gestão Pública. O Colégio conta com

seis Agentes Educacionais II certificados pelo “Pró-Funcionário” e três em curso. Apenas uma

Agente Educacional I cursa o Pró-Funcionário. Embora tenhamos oito profissionais com

Ensino Médio e um com Ensino Fundamental, pode-se comprovar que a equipe de

funcionários busca constantemente por oportunidades de capacitação. Todos estão buscando

vencer as etapas de escolaridade com o objetivo de obter melhor formação e qualidade de

ensino.

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As componentes da Equipe Pedagógica e as gestoras são especializadas em educação.

No 2º semestre de 2011, as três pedagogas aprovadas para o PDE retornaram ao colégio onde

estão aplicando os seus projetos.

A direção, equipe pedagógica e professores desenvolvem um trabalho intensivo

buscando sempre a aproximação da família, através de atividades diversas, como: oficinas,

eventos especiais para a família, contato direto e constante com os responsáveis pelos alunos.

Todos têm oportunidade de opinar e participar da gestão escolar através das reuniões de Pais,

Professores e Pedagogos, do Conselho Escolar, da Associação de Pais, Mestres e

Funcionários, Capacitações e Encontros Pedagógicos.

No período diurno são raros os casos de evasão e a repetência ocorre com maior

frequência nos primeiros anos, fato que não se repete no período noturno. Devido às

dificuldades em conciliar emprego x escola, muitos optam por desistir.

Diante desse fato, o colégio tem investido bastante na preparação de atividades

diferenciadas e atrativas para o período noturno, como: atividades esportivas e culturais,

palestras, seminários, visitas às reuniões da Câmara Municipal, incluídas com maior

frequência para os alunos desse período.

O envolvimento dos alunos e professores nos projetos, a efetivação da sala de

Informática, instalação das TV’s pendrives a chegada dos livros didáticos, o aumento da

participação dos pais são alguns dos avanços alcançados.

Há uma grande participação de toda a comunidade escolar nas capacitações semestrais

realizadas no estabelecimento e a maioria investe bastante no seu aperfeiçoamento, pois além

das capacitações semestrais, participam dos Grupos de Estudos, Grupos de trabalho em Rede,

encontros por área e demais eventos promovidos pela SEED/NRE e particulares.

Rendimento dos Alunos

Analisando o quadro de rendimento dos alunos, observamos que os maiores índices de

reprovação e evasão registrados de 2004 a 2010 ocorreram nas séries iniciais, havendo uma

pequena diminuição nos últimos dois anos. A evasão ocorre em maior número no período

noturno, cuja grande parte dos educandos é composta por alunos que enfrentam uma jornada

de trabalho extensa e, devido ao cansaço, não conseguem suportar a carga horária noturna que

inicia às 19:00 horas e termina às 22:40 horas, perfazendo o total de cinco aulas diárias. Além

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disso, o horário de início das aulas no período noturno coincide com o horário de saída do

emprego para muitos educandos, que acabam perdendo muitas aulas ao longo do ano letivo, e

acabam optando por desistir do Ensino Médio Regular em prol da Educação de Jovens e

Adultos. No período diurno, o número de reprovações é maior do que o de evasão. Isso ocorre

porque há um período de adaptação. Os alunos se deparam com disciplinas novas e em

número maior. As exigências aumentam e muito tem dificuldade de se organizar. Muitos deles

já reprovaram seguidamente na mesma série, tanto por notas quanto (e, principalmente), por

faltas. Observa-se que alguns alunos não tem o hábito de estudar. Por se tratar do Ensino

Médio, o acompanhamento familiar é menor, devido à concepção errônea de alguns pais que

acreditam que seus filhos não necessitam mais de supervisão e auxílio nos estudos. A falta de

políticas públicas eficientes bem como de uma legislação que oriente, acompanhe e respalde

pais e profissionais da educação em relação ao acompanhamento necessário ao menor em

idade escolar prejudica consideravelmente o trabalho da escola.

Avaliações Externas

O Colégio Estadual “Alberto Gomes Veiga” Ensino Médio e Profissional, tem como

característica o atendimento de alunos do ensino médio. Dessa forma, o ENEM (Exame

Nacional do Ensino Médio) é a avaliação externa mais procurada pelos alunos, principalmente

nos últimos anos, quando seus resultados passaram a ser utilizados para a entrada em algumas

faculdades e universidades. Considerando o total de alunos matriculados nos terceiros anos

em 2010, a participação dos alunos ainda não é a ideal. Dos 388 alunos matriculados em

2010, apenas 157 fizeram as provas do ENEM, perfazendo uma participação de 40%. Quanto

ao desempenho dos participantes, na média geral das provas objetivas, obtiveram média

488,29, aproximando-se dos 500 pontos, média considerada boa. Na prova de redação,

obtiveram média 558,17, superando a pontuação considerada boa.

Os Profissionais de Educação que atuam na Escola:

O corpo docente é composto por quarenta e sete professores graduados, sendo que

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desses, trinta e dois possuem curso de especialização e dois cursam pós-graduação, uma

cursando doutorado na área de matemática, duas concluíram o PDE (Programa de

Desenvolvimento Educacional) e uma esta cursando o 3º período. Quanto ao vínculo

empregatício, vinte e nove docentes são QPM e dezoito PSS. Em relação aos dados expostos

no quadro dois, verifica-se que sete funcionários possuem formação em cursos de nível

superior, oito tem Ensino Médio e um Ensino Fundamental, nove possuem Curso de

Especialização e uma esta cursando Pedagogia. As componentes da Equipe Pedagógica e as

gestoras são especializadas em educação.

Dos Agentes Educacionais II, três são certificados pelo “Pró-Funcionário” e três

encontram-se em curso; Em relação aos Agentes Educacionais I prestando serviços no

referido Colégio, apena uma está em capacitação.

Embora o quadro dois apresente oito profissionais com Ensino Médio e um com

Ensino Fundamental, pode-se comprovar que a equipe de funcionários busca constantemente

por oportunidades de capacitação. Todos estão buscando vencer as etapas de escolaridade com

o objetivo de obter melhor formação e qualidade de ensino.

APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários).

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual Alberto Gomes

Veiga – Ensino Médio, com sede e foro no Distrito de Paranaguá; Município de Paranaguá –

PR, localizada na Rua Júlia da Costa nº 780, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e

Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político – partidário, religioso,

racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros.

O Quadro Social da APMF será constituído com número ilimitado das seguintes

categorias de integrantes: efetivos, colaboradores e honorários. Serão integrantes efetivos

todos os Pais ou Responsáveis Legais, Mestres e Funcionários da Unidade Escolar. A atuação

da APMF deixa a desejar porque a maioria dos pais não tem tempo disponível para se dedicar

ao trabalho voluntário. Mesmo assim não deixa de ser participativa e dinâmica, mas não

atinge os objetivos necessários. As reuniões são feitas mensalmente, ou sempre que se faz

necessário.

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Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado apenas

por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas,

organizando debates sobre assuntos de interesse dos estudantes e também organizando

reivindicações. O Grêmio Estudantil não terá caráter político – partidário, religioso, racial e

também não deverá ter fins lucrativos. São sócios do grêmio todos os alunos matriculados e

com frequência regular. O Grêmio Estudantil participa dos projetos, das atividades

extraclasses, realizam mutirões, oficinas e sempre estão dispostos a colaborar com o colégio

reivindicando e procurando dar apoio à direção. As reuniões são feitas semanalmente, no

horário do intervalo e no período da manhã, onde se concentra o maior número de

participantes.

Conselho Escolar

O Conselho Escolar do Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga – Ensino Médio, sendo

constituído segundo as disposições contidas na Resolução nº 2124/2005 da SEED e no

Parecer nº 373/2006, homologado pelo Ato Administrativo nº 497/2006 do Núcleo Regional

de Educação de Paranaguá, que aprova o Estatuto do Conselho Escolar deste Estabelecimento

de Ensino. Denominado “Conselho Escolar do Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga –

Ensino Médio”, tem sede na Rua Júlia da Costa, 780, Bairro Campo Grande, no Município

d17e Paranaguá – Paraná. O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,

consultiva e fiscal, não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem lucrativos, não

sendo remunerados seus dirigentes e / ou conselheiros. O Conselho Escolar é constituído por

membro nato e por representantes de todos os segmentos da comunidade escolar. O Conselho

escolar terá como membro nato o Diretor do Estabelecimento de Ensino, eleito ou indicado

para o cargo em conformidade com a legislação pertinente, constituindo-se no Presidente do

referido Conselho. Os representantes do Conselho Escolar serão escolhidos entre seus pares,

mediante processo eletivo. O Conselho se reúne mensalmente, embora constantemente os

membros do conselho sejam convocados para reuniões que não são marcadas com

antecedência devido às necessidades encontradas no dia-a-dia e que precisam do apoio e da

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decisão de todos.

Serviços Técnico-administrativos

Responsáveis pela matrícula e regularidade da vida legal do aluno, a Secretaria tem

procurado agilizar a emissão de documentos como históricos escolares, relatórios finais,

transferências, declarações, atas de exames de classificação, etc. Através do CGM de

matrícula e do número da identidade, os pais e alunos podem acessar site da escola e consultar

boletins escolares, informativos, P.P.P., Regimento Escolar, calendário escolar, cronogramas e

outros.

Professor Representante

Os professores exercem o papel de Representantes de Turma com o objetivo de

acompanhar o desempenho de cada aluno da série tendo em vista o cumprimento da

realização das tarefas, a criação de grupos de estudo, dentre outras atividades. O

Professor/representante realiza um acompanhamento pedagógico individualizado, atuando em

constante contato com o aluno. Além disso, também atua como interlocutor e, se necessário,

mediador entre as demandas da série e a coordenação pedagógica.

Desenvolvimento do Plano de Ações Proposto:

A Escola e o Papel do Pedagogo:

Diante do Projeto Político Pedagógico construído coletivamente e no contexto de uma

gestão democrática constatou-se: Que o Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga - Ensino

Médio e Profissional, do Município de Paranaguá é composto de uma clientela escolar

diferenciada: alunos oriundos de classes sociais diversas vindos do centro da cidade e

periferia; alunos classe baixa média e alta alunos trabalhadores e alunos que ingressam no

mercado de trabalho através de estágios remunerados.

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Neste contexto, apresentamos o enfrentamento, as estratégias, consequências, e os

desafios contemporâneos, na articulação e mediação, e no diálogo com os educadores deste

estabelecimento de ensino, que guiaram os passos alcançados no desenvolvimento deste

estudo sobre o papel do Pedagogo na escola. O suporte teórico e prático para a concreticidade

desta pesquisa-ação aconteceu através dos estudos, análise e reflexões, sobre os dados ou

informações coletadas pelo grupo da escola já mencionado. Voltados para o trabalho

pedagógico e coletivo rumo à transformação social por meio de ações concretas inseridas na

realidade da escola. Atuando em conjunto de igualdade, responsabilidade, participação e

influência, cientes que o aluno sai da escola pelas mãos do coletivo. Valorizando as condições

de trabalho dos educadores e da atuação organizacional e mediativa do Pedagogo no processo

escolar, que foi preciso propiciar formas de fortalecer as relações entre os pares no trabalho

pedagógico e coletivo. Quebrar barreiras entre a dicotomia administrativa e pedagógica,

obtendo melhores tomadas de decisões. A pesquisa-ação pode fornecer novas formas de agir

na práxis educacional. É uma metodologia coletiva, que favorece as discussões e a produção

dos envolvidos neste trabalho coletivo, olhando e sensibilizando a totalidade da escola.

Encarou-se a realidade numa perspectiva de mudança, impulsionando os grupos à

reflexão e à ação, desenvolvendo seu poder de organização e intervenção na realidade. O

estímulo à reflexão e ao diálogo é o princípio fundamental em todo esse processo.

A transformação da realidade é o foco. Adquirir uma nova concepção de sujeito e de

grupo. Através da autonomia e práticas da liberdade e princípios éticos, os resultados foram

socializados e apreendidos. Indagações do grupo da pesquisação: Quem é o Pedagogo? Qual

sua real função na escola? O que representa para os professores a sua atuação? O que os

educadores esperam deste profissional de educação? O pedagogo tem autonomia para

trabalhar na escola? Qual é a sua verdadeira identidade? A Direção atua no Pedagógico e

utiliza o administrativo como meio? Existem diversidades de interesses, ideias e opiniões, é

preciso pensar no grupo e não em si mesmo; neste processo de mudança ocorreu uma ação

transformadora através de uma proposta social para a escola. A função da escola é o processo

ensino-aprendizagem, no sentido de garantir a mediação e apropriação do conhecimento. Este

é o fim a atingir. É aí que cabe encontrar a fonte para elaborar métodos e as formas de

organização do conjunto de atividades da escola. Deste modo, para existir a escola não basta

à existência do saber, é necessário viabilizar as condições para a sua apropriação e

reelaboração, por parte dos sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

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Para que a escola se transforme em sua totalidade, estruturando o trabalho de cada

profissional que nela atua, é essencial que a reflexão sobre o papel do Pedagogo seja feita de

forma coletiva. A escola torna-se coesa, integrada e competente, quando todos souberem

reconhecer a organização e a mediação do trabalho pedagógico do Pedagogo na escola.

Apesar da especificidade de cada momento histórico e de cada comunidade, a escola

tem sempre uma função básica e universal, que deve ser reconhecida por todos: A de garantir

o direito ao saber científico, cultural e ético. A construção desse conhecimento é um processo

longo que requer compromisso e competência.

O trabalho pedagógico e coletivo, na mediação e organização da escola, compete a

este profissional da educação chamado “Professor Pedagogo”, implica em um “fazer

pedagógico” essencial na busca de um objetivo comum a todos os envolvidos no processo

educativo, que transforme a escola efetivamente em Democrática; cumprindo assim a sua

função política, estes profissionais possuem uma grande contribuição para dar no

desenvolvimento do processo de transformação-social. As funções do Pedagogo devem estar

explícitas no PPP do colégio e no Regimento Escolar.

Plano de Ação do Grupo de Pesquisa-Ação:

Por meio de reuniões, entrevistas, grupo de estudos, debates, análises e reflexões o

grupo atingiu tais questionamentos a respeito da atuação do Pedagogo na escola:

Repensar o trabalho do Pedagogo na escola, seguindo os passos da pesquisa-ação, para

o desenvolvimento de propostas que visem à ação- reflexão-ação como meio para

construir os encaminhamentos necessários para a efetivação do trabalho coletivo em

todo o âmbito escolar.

Estabelecer diálogo com a Equipe Pedagógica e o Corpo Docente sobre o verdadeiro

papel do Pedagogo na Escola Pública Paranaense.

Analisar com a Equipe Pedagógica e o Corpo Docente a atuação do Pedagogo com o

intuito pedagógico - curricular na escola e não mero atendente de ocorrências,

indisciplina dentro e fora de sala de aula.

Estabelecer relações teórico-práticas na área do conhecimento, visando o

enriquecimento didático-pedagógico, por meio de leituras, reflexões, troca de ideias e

experiências.

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Proporcionar subsídios teórico-metodológicos para a busca de novas alternativas com a

Equipe Pedagógica e o Corpo Docente para a construção coletiva do PPP (Projeto

Político Pedagógico) da escola. Propor dispositivos didáticos para a melhoria de

Ensino-Aprendizagem por meio da tecnologia distanciando a mesmice do dia a dia da

escola.

Produzir conhecimentos e mudanças relevantes para a transformação da visão do

Pedagogo na prática escolar.

Criar condições efetivas, no interior da escola, para o debate e promoção de espaços

para a construção coletiva do saber e do fazer pedagógico do Pedagogo, sensibilizando

a comunidade educativa.

O objetivo geral foi estabelecer relações entre as concepções do papel do Pedagogo na

escola e perceber a concepção maior que se manifesta na realidade histórico-social onde está

inserida a escola foco desta pesquisa-ação, e transformar esta visão em prática escolar

vivenciada por todos com objetivos comuns.

Toda a metodologia desta reflexão e ação aconteceu seguindo os passos da Pesquisa-

ação: Procurando respostas para as indagações feitas pelo grupo de Pedagogas do referido

estabelecimento de ensino mencionado em toda pesquisa. Esta pesquisa-ação serviu como

instrumento de análise e avaliação da atuação pedagógica do Pedagogo na escola. Todos os

envolvidos na pesquisa-ação assumiram a responsabilidade em conjunto no desenvolvimento

desta pesquisa, como intervenção pedagógica na escola. Tendo uma perspectiva

humanizadora da educação. Os dados foram levantados, através de informações coletadas de

documentos da escola, como também do diálogo aberto e sincero com todos os envolvidos no

processo educativo. A colaboração enriqueceu o desenvolvimento profissional foi preciso

sensibilizar o grupo para conseguir total apoio. Pois repensamos a nossa própria prática como

educadores. Como diz Saviani (1990), “temos que ler nas entrelinhas.”.

A pesquisa-ação foi embasada no trabalho pedagógico e coletivo. Com objetivos

comuns, foi pensado no grupo e não em si mesmo. Trabalhou-se em conjunto com igualdade,

responsabilidade, participação e influência. Fortalecemos as relações com nossos pares no

trabalho e quebraram-se barreiras harmonizando todas as situações que surgiram no decorrer

do processo. A pesquisa-ação forneceu às Pedagogas novas formas de agir na prática

educacional. Procurando melhorar a atuação das pedagogas no contexto pedagógico e

coletivo de suas ações bem como a compreensão desta prática em uma gestão democrática.

Envolver e assegurar a participação dos integrantes do grupo de pesquisa-ação questionar,

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analisar o processo educativo. Garantiu uma organização democrática da ação e propiciou

compromisso dos participantes com a mudança. Pensar, agir, refletir e avaliar e colocar em

prática a nova visão do grupo foi à meta estabelecida e alcançada. A avaliação do processo se

se dividiu em três fases: avaliação e análise do processo; avaliação e medição dos resultados,

avaliação cíclica e desenvolvimento contínuo. Tudo aconteceu através de um projeto

pedagógico e coletivo. Depois veio o ato de tornar público o apreendido através da reflexão e

ação. Apontou-se para a revisão das metas, novos objetivos, estratégias ou metodologias de

ação. Portanto, um aspecto crucial da pesquisa-ação foi à participação das pessoas que

viveram na situação pesquisada ou que de uma maneira ou outra podem ter sido afetadas

pelos resultados da ação. O papel do grupo pesquisador foi muito importante, atuaram como

mediadores e facilitadores do processo de pesquisa-ação com diálogo, reflexão, análise,

discussão e tomada de decisões que permitiu chegar a um consenso de todos. Os participantes

cumpriram o papel de co-pesquisadores, foram essenciais para o cumprimento das atividades

propostas na pesquisa-ação. Alguns desempenharam o papel de informantes e intérpretes.

Saber é poder. O interesse é a realização de uma ação acompanhada de uma pesquisa, é de

grande vantagem à inclusão de todos.

A Pedagogia ocupa-se da mediação do Currículo, do processo educativo, métodos e

maneiras de ensinar num sentido globalizado. É um campo de conhecimentos sobre a

problemática educativa na sua totalidade e historicidade e, ao mesmo tempo, uma diretriz

orientadora da ação educativa. O pedagógico refere-se a finalidades da ação educativa,

implicando objetivos sóciopolíticos a partir dos quais se estabelecem formas organizativas e

metodológicas da ação educativa.

Frente à defesa do papel do Pedagogo, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná,

no edital n° 10/2007 de seleção para o concurso público, indica princípios da participação do

Pedagogo na gestão escolar; funções hoje acatadas pela Associação Paranaense de Professores

e constam no Regimento Escolar Paranaense:

Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-

Pedagógico e do Plano de Ação da escola;

Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para reflexão e

aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de propostas

de intervenção na realidade da escola;

Participar e intervir, junto à Direção, da organização do trabalho pedagógico escolar no

sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;

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Sistematizar, junto à comunidade escolar, atividades que levem à efetivação do processo

ensino e aprendizagem, de modo a garantir o atendimento às necessidades do educando;

Participar da elaboração do Projeto de Formação Continuada de todos os Profissionais

da escola e promover ações para a sua efetivação, tendo como finalidade a realização e o

aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

Analisar as propostas de natureza pedagógica a serem implantadas na escola,

observando a Legislação educacional em vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente,

como fundamentos da prática educativa;

Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do Projeto Político

Pedagógico e da Proposta Pedagógica Curricular da escola;

Orientar a comunidade escolar na proposição e construção de um projeto pedagógico

numa perspectiva transformadora.

O papel do pedagogo legitima-se não tão somente na mediação da gestão escolar, mas

no movimento de organização do currículo pela via da gestão democrática. Toda a pesquisa-

ação desenvolvida pelo grupo teve como objetivo maior a interação em busca da

transformação, as reuniões e os grupos de estudos, estimularam o pensamento, a análise e a

reflexão, por meio de debates e aguçou a criatividade e o espírito crítico de todos os

envolvidos na escola. O diálogo foi essencial para a compreensão-constatação das

dificuldades presentes no contexto escolar e também é um dos eixos para a construção de uma

gestão democrática, sendo esta, um dos alicerces no enfrentamento dos problemas e na busca

de uma educação emancipadora. Assim, aconteceram através de entrevistas, reuniões e

trabalho de grupos, um diálogo aberto com todos os envolvidos no processo educativo. Com

o objetivo de diagnosticar o verdadeiro desempenho pedagógico e coletivo do Pedagogo na

escola. As Pedagogas do colégio dedicam total apoio pedagógico e coletivo para os

professores e incentivam projetos de reforço de aprendizagem para os alunos; e trabalhos em

grupo com monitoria, assim também auxiliam no desenvolvimento de projetos: ambiental,

escolares, jogos esportivos, parceria com os pais, círculo de palestras, incentivo à leitura e a

cultura com o desenvolvimento de várias atividades, festivais, atividades extraclasses como

visitações, viagens, o uso das mídias, dão suporte efetivo na assessoria do Currículo Escolar,

na mediação e organização dos conteúdos. A escola pública está desumanizada, alguns

educadores olham os alunos como produto. Temos que ter o olhar no outro. Humanizar as

relações. Então o que pensar como agir, como refletir e como avaliar? Por meio de grupo de

estudos, reuniões, entrevistas, debates, conversas informais, troca de experiências, análise de

documentos e textos literários chegou-se a uma proposta social para o Colégio em termos

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pedagógico e coletivo na atuação eficaz das Pedagogas e do grupo de pesquisa-ação.

A avaliação integrou o processo e os resultados alcançados, os acertos, desacertos, a

percepção e expectativas do grupo em relação à pesquisa-ação realizada. Analisou-se,

interpretou-se e extraíram-se conclusões, que permitiram avaliar o cumprimento dos objetivos

formulados através das estratégias de ação. Reconsideram-se as oportunidades e limitações

da situação vivida, revisaram-se os resultados e as consequências. Planejaram-se as

mudanças necessárias no contexto da realidade. Mostrou-se a eficiência do projeto. Com

efetiva realimentação e aperfeiçoamento contínuo analisou-se a prática ou práxis coletiva. É

fundamental a avaliação cíclica do processo. Os resultados concretos estabeleceram um

acordo razoável e justo sobre o êxito deste projeto pedagógico e coletivo de intervenção

pedagógica na escola. Foram utilizados os registros das reuniões periódicas, entrevistas,

conversas informais, questionários, tabulações e análises e interpretações de textos para o

desenvolvimento e elaboração deste artigo. Com a efetivação desta pesquisa-ação, surgiram

novas ações transformadoras do grupo.

O grupo de pesquisa-ação analisou o cumprimento das metas propostas. Tornou

público o apreendido, vinculando a reflexão à ação. Apresentou-se a toda comunidade

educativa as decisões tomadas para a melhoria do Ensino-aprendizagem do Colégio. Todos os

resultados, análises e interpretações da realidade foram destacados e em consenso planejou-se

novas ações em conjunto. Porque será impossível privilegiar o trabalho coletivo pedagógico

do Pedagogo, se continuarem deturpando este trabalho com a mesmice da escola, com ações

controladoras de disciplina e mero trabalho burocrático, sem visar à humanização na

educação. Sabendo extrair o cotidiano do normativo, o controle do pedagógico, a disciplina,

conduta, comportamento, do currículo e mediação de conteúdos. Pois a função do Pedagogo

é pedagógica exclusivamente e não de controle. Este profissional da educação tem um

compromisso pedagógico e político com a prática social da escola. A organização do

currículo e dos conteúdos, o profissionalismo de todos, a identidade cultural, política,

econômica e social da escola, o relacionamento entre professor-aluno, família e escola, o

aperfeiçoamento da aprendizagem para que todos os alunos aprendam são metas a serem

atingidas. O Pedagogo precisa ter muito claro que a competência técnica é fundamental. Pois

temos problemas entre Formação Inicial e Formação de Serviço. O Pedagogo deve conquistar

o seu espaço na escola, diante de todos, ter identidade e o intuito de construir um trabalho

pedagógico e coletivo. Agindo com profissionalismo, sabedoria, entendimento, diálogo

franco sempre, jamais deixar de estudar, estar atualizado na sua profissão e viver numa busca

incessante de novas alternativas para obter qualidade em sua jornada de trabalho. Atuar como

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sujeito histórico em prol da humanidade. Sensibilizando o outro e a si mesmo. Deve buscar

meios, soluções e parcerias com a preocupação na aprendizagem e formação integral do

aluno. Dominar o método para obter os meios e o fim; compartilhar os anseios; ter

consciência crítica voltada para a qualidade de Ensino-Aprendizagem.

Refletiu-se com a Equipe Pedagógica e o Corpo Docente as possibilidades,

dificuldades, necessidades e tentativas de fixar as atividades do Pedagogo num Plano de Ação

centrado exclusivamente no âmbito pedagógico e coletivo, permeado pelo compromisso

político de cada sujeito envolvido no processo educativo. É preciso compreender e assumir a

tarefa de levar os segmentos sociais a uma melhor compreensão da experiência histórica

vivida.

A pesquisa-ação teve como objetivo, diagnosticar como está sendo desenvolvido o

trabalho do Pedagogo na escola. Se a práxis educacional, vem sendo construída

satisfatoriamente diante da comunidade educativa.

O caminho se faz aprendendo a caminhar, buscando novas alternativas para num

Projeto Coletivo de Educação procurar ações que viabilizem a melhoria na qualidade de

ensino aprendizagem condizente com a Educação voltada para a humanização.

Consistiu em fazer um levantamento de dados minuciosos, de toda a estrutura e

organização da escola. A coleta de dados concretos da memória administrativa e pedagógica

da escola facilitou o diálogo, acatando informações concretas, ouvindo experiências de

pessoas idôneas que fizeram diferença na história deste colégio. Analisou-se, refletiu-se e

debateu-se o (PPP) Projeto Político Pedagógico do colégio, até que ponto o mesmo está sendo

vivenciado por todos. Como também a Proposta Pedagógica Curricular, o Regimento Escolar

regido pelo Estado e implementou-se no colégio o Regimento Escolar Interno da Equipe

Pedagógica, que hoje são leis a serem seguidas sempre pelas Pedagogas que atuam e que no

futuro poderão vir atuar; como é vistado e orientado os Livros de Chamada, seguindo as

instruções da Deliberação 07\10; o acompanhamento da elaboração e prática do Plano de

Trabalho Docente em sala de aula; acompanhamento e assessoramento nas horas-atividades

dos professores seguindo as orientações da Instrução 02/04 as coordenações pedagógicas na

execução de projetos e inovações educacionais; acompanhamento e orientação em atividades

extraclasses; implantação e implementação das Pedagogas em Projetos Inovadores

Educacionais; coordenações de reuniões pedagógicas, grupos de estudos e conselhos de

classe juntamente com a Direção do colégio; acompanhamento e intervenções pedagógicas

quando necessárias; acompanhamento pedagógico na vida escolar do educando; atendimento

a pais e assessoramento a projetos e trabalhos voluntários em reforço de aprendizagem. Todas

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estas funções constam no Plano de Ação das Pedagogas que foi colocado no papel depois do

início desta pesquisa-ação e também a partir de 2012 estas funções também passaram a

constar no PPP do colégio. Enfim, foram levantadas todas as funções executadas pelas

Pedagogas no âmbito escolar.

A transformação da realidade foi o foco desta pesquisa-ação, adquirindo uma nova

concepção de sujeito e de grupo, com base na autonomia, práticas de liberdade e autonomia

da Direção condizentes com as leis que nos regem e de acordo com a realidade em que está

inserido o colégio; agiu-se com princípio ético, e socializou-se todos os resultados.

Precisamos nos reconhecer como profissionais, termos identidade de educadores; seguir uma

metodologia de ensino onde todos os alunos possam aprender. Especificar o currículo através

do conhecimento científico, com fins intelectuais e sociais. Compactuarmos com os

pressupostos e os fins da organização social em que atuamos; seguindo os objetivos

estabelecidos da prática educativa, diante dos conflitos, necessidades e interesses dos alunos.

Temos que atribuir sentido naquilo que fazemos, tendo sempre em mente a consciência de

grupo e a transformação social. Diversidades de interesses podem ser encontradas; uma ação

transformadora requer uma proposta social para a escola.

Analisar a atuação ideológica, política e pedagógica da escola são imprescindíveis.

Como também o contexto social e contexto educativo. Ensino noturno, alunos trabalhadores,

Um currículo diferenciado seria o ideal! Observar, analisar e entender a vivência da

escola.

O grupo atuou com a meta de fortalecer o pedagógico e coletivo da escola e não

mediram forças para mediar e organizar a contento de todos estes trabalhos pedagógico e

coletivo através desta pesquisa-ação.

Relato das Ações do grupo de Pesquisa-Ação:

No primeiro momento foi feita uma reunião com a Direção e Equipe Pedagógica do

Colégio e juntas detectamos os problemas e num trabalho pedagógico e coletivo encontramos

através da pesquisa-ação as possíveis soluções. Foi em longo diálogo, trocam de

informações, análise e discussões que se chegou ao consenso que o grupo de pesquisa-ação

deveria descobrir ações para fortificar o trabalho pedagógico e coletivo no âmbito escolar.

Foi argumentado sobre a elaboração e execução do Plano de Ação do colégio como um todo e

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sobre o Plano de ação das Pedagogas; sobre os pontos positivos e as dificuldades enfrentadas

por todos os envolvidos no processo educativo, como também sugestões e críticas

construtivas. Salientou-se o trabalho diário das Pedagogas no contexto escolar. Neste

primeiro passo no dia 27 de Janeiro de dois mil e onze, na sala da coordenação do Colégio

Estadual Alberto Gomes Veiga -Ensino Médio e Profissional de Paranaguá, Direção, Equipe

Pedagógica e Professora PDE, discutiram e salientaram os pontos positivos e as dificuldades

sobre a atuação das Pedagogas no Colégio.

Pontos identificados como Positivos, pela Direção, Equipe Pedagógica, Professores e

Funcionários do colégio:

Elaboração e execução do Plano de Ação das Pedagogas.

Fundamentação do PPP e PPC, Regimento Escolar.

Trabalho pedagógico e coletivo.

Acompanhamento e orientação do PTD por disciplinas.

Divisão de trabalhos por período e por turmas.

Acompanhamento do trabalho docente de cada professor, durante as horas-atividades.

Assessoria pedagógica no desenvolvimento de projetos educacionais e atividades

extraclasses.

Orientação e atendimento aos pais.

Vistoria e orientações em relação aos registros nos livros de chamada.

Monitoramento de reforço de aprendizagem.

Coordenação com a Direção, Direção-Auxiliar, de reuniões Pedagógicas, Formações

Continuadas e Conselhos de Classes.

Elaboração de documentos pedagógicos para a SEED/NRE.

Coordenações de grupos de estudos.

Tomada de decisões.

Círculo de palestras.

Organização, prevenção e mediação do trabalho pedagógico e coletivo.

Compromisso pedagógico e coletivo com a escola e com a educação.

Transformação social.

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Ação-reflexão-ação.

Principais Dificuldades Apontadas pela Comunidade Educativa:

Controle livro ponto dos professores. (Função que deve ser desempenhada pela

Direção)

Professores sem domínio de turma.

Professores que saem tempo todo da sala de aula.

Alunos indisciplinados, principalmente os repetentes.

O Regimento Escolar vem pronto da SEED (Secretaria de Estado da Educação, sem

argumentação dos Pedagogos).

Falta de comprometimento da família.

Alto índice de evasão e repetência escolar.

Falta de uso pelos professores dos laboratórios de química, física e informática.

Pouca utilização dos meios tecnológicos e multimídia.

Professores perto da aposentadoria que tem mentalidade que Pedagogo é disciplinador.

Direção nomeia Pedagogas para abrir e fechar portões na falta de Inspetoras de alunos,

(Foi solicitado incessantemente ao Governo nomeações para Inspetores de Alunos e o pedido

foi aceito em abril de 2012 os Inspetores assumiram novamente estes cargos).

Primeiro passo da pesquisa - O levantamento do problema:

Aproveitando a oportunidade da realização da Semana Pedagógica em 21 de Julho de

dois mil e onze, em diálogo aberto com os professores e funcionários da escola, como

Professora PDE fiz uma provocação, os dividi em vários grupos para discutirem e juntos

responderem as seguintes perguntas:

1.Na sua opinião qual é a verdadeira função do Pedagogo na escola?

2.Que importância tem para você o desempenho da função como Pedagogo na escola?

3.Cite pontos positivos relacionados à atuação do Pedagogo na escola:

4.Que fato negativo presenciou na atuação do Pedagogo?

5.Quais as críticas construtivas relacionadas ao papel do Pedagogo na organização e mediação

do trabalho pedagógico e coletivo da escola?

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6.Cite algumas sugestões para a melhor qualidade no trabalho pedagógico, coletivo,

organizacional e mediativo do Pedagogo na escola:

Em seguida recolhi as questões e explanei o Projeto de Intervenção Pedagógica: O

Papel do Pedagogo na Organização e Mediação do Trabalho Pedagógico e Coletivo da Escola

Pública Paranaense. Superei expectativas com a metodologia apresentada para conseguir

aliados para o desenvolvimento da Pesquisa-ação. Falei que na próxima Reunião Pedagógica

que iria ocorrer em Setembro, eu traria a planilha de resultados das respostas dos grupos,

entregaria uma cópia da mesma para a Direção do colégio, e uma cópia para cada Pedagoga

atuante no colégio e fixaria a planilha na sala dos professores e aonde permaneceria até o final

do ano letivo de dois mil e onze. Segui todos os passos previstos, e no dia 12 de Setembro de

dois mil e onze, na Segunda Reunião Pedagógica do ano letivo, fiz exposição dos dados

coletados dos grupos em julho do referente ano. A seguir apresentamos os seguintes quadros:

Tabulação dos dados

Quadro 1 - A função do Pedagogo

PROFESSORES FUNCIONÁRIOS

Prof. 1: (QPM\História) Mediação entre professores,

funcionários, alunos, comunidade.

Func. 1: (QPM \Agente Educacional 1) Participa da

elaboração do PPP, PPC, Regimento Escolar Interno e

acompanha a elaboração do PTD do prof. e outros

documentos oficiais do colégio.

Prof. 2: (QPM\Artes) Acompanhamento do processo

pedagógico.

Func. 2: (QPM\Agente Educacional II) Participa da

organização escolar e trabalho pedagógico e coletivo da

escola.

Prof. 3: (QPM\Biologia) Sua tarefa é intervir, mediar,

dialogar, coordenar.

Func. 3: (QPM\Agente Educacional 1) Deve conquistar seu

espaço na escola, com identidade profissional, obtendo

respeito de todos.

Prof. 4: (PSS\Geografia) Atuação com

responsabilidade e compromisso com a educação.

Func. 4: (QPM\Agente Educacional II) Atuar no contexto de

uma Gestão Democrática.

Prof. 5: (QPM\Física) Preocupar-se mais com a parte

pedagógica, deixando a burocrática em segundo

plano.

Func. 5: (PSS\Agente Educacional 1) Acompanhar a vida

escolar do educando.

Prof. 6: (QPM\Filosofia) Orientação Pedagógica;

Competência técnica.

Func. 6: (QPM\Agente Educacional II) Auxiliar nas soluções

das dificuldades de Ensino-Aprendizagem.

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Prof. 7: (QPM\Inglês) facilitar o desenvolvimento

do processo pedagógico curricular.

Func. 7: (QPM\Agente Educacional 1) Ser ponte de acesso

entre escola e família.

Prof. 8: (QPM\Sociologia) Esclarecer as dúvidas dos

professores, auxiliando-os no alcance de objetivos

para o bom funcionamento da escola.

Func. 8: (QFEB\Tecnólogo): Atender as expectativas dos

professores, funcionários, alunos e pais, unindo-os na

atuação de Gestão Democrática.

Fonte: Questionário aplicado aos sujeitos da pesquisa- 2010

Quadro 2 - Pontos Positivos na Atuação do Pedagogo

Fonte: Questionário aplicado aos sujeitos da pesquisa- 2010

PROFESSORES FUNCIONÁRIOS

Prof. 9: (QPM\Matemática): Auxilia na organização

escolar.

Func. 9: (Inspetora de Alunos): Orientação pedagógica e

coletiva aos alunos.

Prof. 10: (QPM\Química): Esclarecer dúvidas dos

professores quanto ao ensino-aprendizagem.

Func. 10: (Bibliotecária): Integração com a comunidade.

Prof. 11: (QPM\Português): Contribuir para o bom

funcionamento pedagógico e coletivo da escola.

Func. 11: (Inspetora de Alunos): Articular as atividades

pedagógicas propiciando o envolvimento de todos que

fazem parte do processo educativo.

Prof. 12 (QPM\Educação Física): Assessoria

pedagógica na elaboração e execução do Plano de

Trabalho Docente e organização com os livros de

chamada, vistando-os bimestralmente.

Func. 12: (QPM\Tecnólogo): Planejar, orientar e organizar

o trabalho pedagógico e coletivo da escola.

Prof. 13: (PSS\Português): Facilitar o diálogo aberto

com a comunidade educativa.

Func. 13: (PSS\Agente Educacional 1): Ações para

diminuir o índice de evasão e repetência escolar.

Prof. 14: (PSS\Física): Contribuir com a melhoria nos

índices de aproveitamento e frequência escolar.

Func. 14: (QPM\Administrativo): Cobrança dos alunos

indisciplinados como controle de poder e disciplina (isto é

passado, cabe ao professor controle da disciplina nas

aulas);

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Quadro 3 – As Dificuldades Encontradas na Atuação das Pedagogas na Visão de Alguns

Professores e Funcionários

Fonte: Questionário aplicado aos sujeitos da pesquisa- 2010

PROFESSORES FUNCIONÁRIOS

Prof. 15: (QPM\Inglês): favorecimento do aluno

em detrimento ao professor perante o mesmo.

(Sempre têm que ouvir as duas partes para depois

intervir e mediar);

Func. 15: (QPM\Inspetora de alunos): É preciso agir

com ética profissional, assuntos pessoais não devem

ser comentados no âmbito escolar.

Prof. 16: (QPM\Matemática): Devido ao acúmulo

de tarefas, nem sempre o Pedagogo consegue

atender as necessidades imediatas do professor.

Func. 16: (Bibliotecária): Falta de autonomia e

iniciativa para buscar soluções (é preciso ter

identidade profissional);

Prof. 17: (PSS\Inglês): Quando tem somente um

Pedagogo atuando na escola, atendendo tudo e

todos ao mesmo tempo, o trabalho é

fragmentado.(Hoje a demanda de Pedagogos

aumentou e temos três Pedagogas atuando por

turno);

Func. 17: (QPM Inspetora de alunos): Má conduta,

autoritarismo, falta de comunicação;

Prof. 18: (QPM\Educação Física): Deter-se nos

trabalhos burocráticos;

Func. 18: (Bibliotecária): Excesso de proteção aos

alunos:

Prof. 19: (QPM\Português): Manutenção da

ordem, disciplina e trânsito de alunos nos

corredores (é função da escola organizar esta

questão, não se deve confundir a função do

Pedagogo com a de Inspetor de alunos);

Func. 19: (QPM\Bibliotecária): O Pedagogo deve

sempre estar informado e atualizado para responder

aos questionamentos dos professores;

Prof. 20: (QPM\Geografia): Cabe ao professor o

domínio dos conteúdos e da disciplina em suas

aulas (portanto o Pedagogo jamais deve ser

colocado no lugar do professor quando for

necessário chamar a atenção dos alunos);

Func. 20: (QPM\Tecnólogo): Os órgãos

administrativos devem aumentar a demanda das

escolas na admissão de maior número de Pedagogos

(Isto já se tornou realidade em 2012);

Prof.21: (QPM História): Meticulosidade em

algumas ações administrativas pedagógicas;

Func. 21: (QPM/Administrativo): Fazer a mediação

entre as necessidades e dificuldades do Ensino-

Aprendizagem;

Prof. 22: (QPM\Português): Deve-se evitar

interromper as aulas, com informações

desnecessárias);

Func. 22: (QPM/Administrativo): Criar mais espaço

na escola para discutir o desenvolvimento do

aprendizado do aluno em cada disciplina;

Prof. 23: (QPM\Química): Atuação do Pedagogo

sem um Plano de Ação concreto;

Func. 23: (QPM/Administrativo): Colaborar mais com

os professores para a melhoria da qualidade de

Ensino;

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Quadro 4 - As Sugestões dos Professores e Funcionários para a Melhor Qualidade na

Atuação dos Pedagogos

Fonte: Questionário aplicado aos sujeitos da pesquisa- 2010

Terceiro Passo/Grupo de Pesquisa-Ação:

Para chegar-se ao fim pretendido. Contou-se com a cooperação de uma equipe de

professores efetivos de suma importância para o desenvolvimento da pesquisa-ação, como

também foi importante a participação dos professores novatos recém-contratados pelo Estado,

ouviu-se experiências da jornada de trabalho já alcançada por eles e soubemos dos anseios

que pretendiam alcançar no Colégio. Todos os recursos planejados foram colocados em

prática pelo grupo de pesquisa-ação e os objetivos foram alcançados. Foi preciso ter ciência

dos pontos fortes e possíveis limitações de cada membro do grupo. O importante é agir com

união, harmonia, confiança, competência técnica e compromisso com a Educação voltada

para a humanização; com coerência entre a ação e o problema.

Quarto Passo/Grupo de Pesquisa-Ação:

A elaboração do Plano de Ação das Pedagogas é primordial para a efetivação

qualitativa do trabalho diário das mesmas, e foi por meio do desenrolar desta pesquisa-ação

que elaborou-se o Plano de Ação/2012 como pode ser visto a seguir::

PROFESSORES FUNCIONÁRIOS

Prof. 25: (QPM/Matemática): Articular o relacionamento humano

entre as pessoas, apaziguando situações e sendo justo com todos;

Func. 25: (PSS/Agente Educacional I):

Coordenar reuniões pedagógicas e

conselhos de classe;

Prof. 26: (PSS/Química): Admissão de Equipe Interdisciplinar:

Psicólogos, Assistentes Sociais e Enfermeiros. (Funções que muitas

vezes o Pedagogo assume remediando situações obrigatóriamente);

Func. 26: (PSS/Agente Educacional II):

Atuação com Plano de Ação Anual.

Prof. 27: (QPM/Filosofia): Realizar intensas campanhas para que os

educandos se comprometam com os estudos;

Func. 27: (QPM/Arte): Diante dos

conflitos, ouvir ambas as partes,

professor e aluno;

Prof.28: (PSS/Sociologia): Atuação unindo a gestão pedagógica com

a administrativa em todas as ações desenvolvidas pela escola;

Func. 28: (PSS/Inglês): Incentivar a

elaboração e execução de projetos

inovadores;

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Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga de Ensino Médio e Profissional - Plano de ação

das Pedagogas – 2012

Atividades 1º

Bimestre

Bimestre

Bimestre

Bimestre

1. Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do

PPP e dos Planos de Ação da escola e da Equipe Pedagógica.

X

X

X

X

2. Participar da elaboração do Projeto de Formação Continuada de

todos os profissionais da escola e promover ações para a sua

efetivação, tendo como finalidade a realização e o aprimoramento

do trabalho pedagógico escolar.

X

_____

X

_____

3. Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de

estudos. X X X X

4. Auxiliar a Direção e a Direção Auxiliar na coordenação:

- dos Conselhos de Classe;

- para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho

pedagógico e coletivo;

- para a elaboração de propostas de intervenção na realidade da

escola.

X

X

X

X

5. Participar e intervir junto a Direção e Direção Auxiliar, na

organização do trabalho pedagógico e coletivo do Colégio, no

sentido de realizar a função social e a especificidade da educação

escolar.

X

X

X

X

6. Sistematizar, junto à comunidade escolar, atividades que levem

a efetivação do processo ensino/aprendizagem, de modo a garantir

o atendimento às necessidades do educando.

X

X

X

X

7. Coordenar a eleição e acompanhar o trabalho dos representantes

e professores-conselheiros de turmas.

X

X

X

X

8. Analisar as propostas de natureza pedagógica a serem

implantadas na escola, observando a Legislação Educacional em

vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, com os

fundamentos da prática educativa.

X

X

X

X

9. Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do

PPP e PPC. X X X X

10. Orientar a comunidade escolar na proposição e construção de

um Projeto Pedagógico numa perspectiva transformadora.

X

X

X

X

11. Acompanhar e orientar os professores sobre a atuação

pedagógica em sua disciplina ou áreas afins nas horas-atividades

dos mesmos.

X X X X

12. Assessoramento ao círculo de Palestras e Projetos

Pedagógicos. X X X X

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36

Fonte: Questionário aplicado aos sujeitos da pesquisa- 2010

Quinto Passo/Grupo de Pesquisa-Ação:

Análise e reelaboração do PPP/2012, referente à atuação da Equipe Pedagógica:

Projeto Político Pedagógico e a Atuação do Pedagogo:

No dia vinte e sete de Outubro de dois mil e onze, na biblioteca do colégio reuniram-

se a Direção, Direção-Auxiliar, Equipe pedagógica e Professora PDE para discutirem o PPP

do colégio no que consta as funções do Pedagogo e chegou-se a conclusão que precisaria

mudar a redação do PPP/2011 no quesito Equipe pedagógica que não estava condizente com o

cotidiano das Pedagogas, portanto o PPP da escola passou a contar com a seguinte redação no

13. Acompanhar, orientar e vistar periodicamente os Livros de

Registro de Classe e, juntamente com os mesmos, assessorar o

professor no desenvolvimento dos objetivos propostos no Plano de

Trabalho Docente.

X

X

X

X

14. Atendimento aos Pais às terças e quintas feiras. X X X X

15. Acompanhamento diário na organização escolar, atuando com

ética, competência técnica, identidade e postura de “Especialistas

em Educação”.

X

X

X

X

16. Atuar com mediação na Gestão Escolar, no movimento de

Organização do Currículo como expressão da concepção de

educação voltada para a humanização no contexto de um Projeto

Social.

X

X

X

X

17. Acompanhar e auxiliar no desenvolvimento das atividades

extraclasses. X X X X

18. Projeto das Pedagogas: “A Minha Profissão tão Sonhada”.

Público-alvo: 3ª Séries. ______ X X _______

19. Acompanhar a efetivação da Avaliação Contínua, Progressiva,

Cumulativa e Diagnóstica do Colégio, respectivamente com a

Recuperação Paralela, um direito de todo aluno, independente da

média por ele obtida.

X

X

X

X

20. Conscientizar professores e alunos quanto ao cumprimento das

leis que regem o Colégio, sem monopolizar a atuação pedagógica

das Pedagogas.

X

X

X

X

21. Participar de cursos de capacitação e reuniões agendadas pelo

NRE/SEED.

X

X

X

X

22. Acompanhar e auxiliar na efetivação do Projeto 2012: “Helena

Kolody hoje e sempre”

X

X

X

X

23. Reestruturar e implementar a Avaliação Institucional 2012. X X X X

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37

que se refere ao papel do pedagogo.

Projeto Político Pedagógico - Versão 2011

Compete à Equipe Pedagógica:

É responsabilidade dos membros da equipe pedagógica conhecer a fundo a proposta

pedagógica construída coletivamente pela escola com base nas Diretrizes Curriculares

Estaduais para a Educação Básica, buscando encontrar alternativas de ação que possibilitem

ao professor ocasiões de rever a própria prática, criando momentos de reflexão, para que

juntos, os educadores possam trocar experiências, rever o que foi feito e encontrar alternativas

de ação.

Cabe, portanto, a equipe pedagógica acompanhar e participar do trabalho desenvolvido

pelos professores em sala de aula, discutindo com eles os problemas comuns e específicos

referentes à aprendizagem e comportamento dos alunos, (realça o trabalho disciplinador do

Pedagogo na Escola Tradicional) proporcionando-lhes o aprofundamento da compreensão das

características e peculiaridades de cada educando enquanto componente de um grupo

sócio/econômico e cultural, a fim de garantir uma unidade de ação pedagógica na escola. Aos

pedagogos cabe a tarefa de mediar e promover o entrosamento entre a escola, a família e a

comunidade, fornecendo sempre que necessário esclarecimento sobre a fundamentação

psicológica necessária à solução de problemas escolares (Pedagogo é um Especialista em

Educação, não Psicólogo).

Projeto Político Pedagógico - Versão 2012

É de responsabilidade dos membros da Equipe Pedagógica conhecer a fundo a

proposta pedagógica construída coletivamente pela escola com base nas Diretrizes

Curriculares Estaduais para a Educação Básica, buscando encontrar alternativas de ação que

possibilitem ao professor ocasiões de rever a própria prática, criando momentos de reflexão,

para que juntos, os educadores possam trocar experiências, rever o que foi feito e encontrar

alternativas de ação-reflexão-ação em consenso com o projeto-social do Colégio. Num

contexto de trabalho coletivo consta neste Estabelecimento de Ensino em consonância com o

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Regimento Escolar Estadual as seguintes Funções do Professor Pedagogo:

Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico e dos

Planos de Ação da escola e da Equipe Pedagógica:

Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo, auxiliar a Direção na coordenação dos

Conselhos de Classe; para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e coletivo, para

a elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola;

Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico escolar no sentido de realizar

a função social e a especificidade da educação escolar;

Sistematizar, junto à comunidade escolar, atividades que levem à efetivação do processo ensino e

aprendizagem, de modo a garantir o atendimento às necessidades do educando;

Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os profissionais da escola e

promover ações para a sua efetivação, tendo como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho

pedagógico escolar;

Analisar as propostas de natureza pedagógica a serem implantadas na escola, observando a legislação

educacional em vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como fundamentos da prática educativa;

Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do Projeto Político-Pedagógico e da Proposta

Pedagógica Curricular da Escola;

Orientar a comunidade escolar na proposição e construção de um projeto pedagógico

Numa perspectiva transformadora:

Acompanhar e orientar os professores sobre a atuação pedagógica em sua disciplina ou áreas a fins, nas

horas-atividades dos mesmos;

Assessoramento ao Círculo de Palestras e Projetos Pedagógicos;

Atendimento aos Pais:

Acompanhar, orientar e vistar periodicamente os Livros de Registro de Classe e juntamente com os

mesmos, assessorar o professor no desenvolvimento dos objetivos propostos no Plano de Trabalho Docente;

Atuar com ética, competência técnica, identidade e postura de Especialista de Educação. Ademais, o

papel do pedagogo legitima-se não tão somente na mediação da gestão escolar, mas no movimento de

organização do currículo como expressão da concepção de Educação voltada para a humanização no contexto de

um Projeto social. (Estas mesmas funções foram adotadas e orientadas a serem seguidas pela Associação

Paranaense dos Professores (APP Sindicato dos Professores do Município de Paranaguá)

Portanto, o papel do pedagogo legitima-se não tão somente na mediação da gestão

escolar, mas no movimento de organização do currículo pela via da gestão democrática.

Outra Ação Coletiva: Grupos de Estudos:

Esta ação teve por objetivo analisar, refletir, argumentar, trocar ideias e assimilar sobre

o verdadeiro papel do Pedagogo na escola; como articulador do trabalho pedagógico e

coletivo no contexto da mesma. No desenvolvimento da ação foram feitas sugestões de

leituras de textos; a respeito do tema em voga, que propiciaram as informações, servindo para

referenciar os textos, contrapor, sustentar, articular, entre outras funções, analisar e refletir

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39

para depois concluir e avaliar as ideias apresentadas pelo grupo.

O artigo desvela, de forma crítica, a questão da organização do trabalho pedagógico na

escola, a democratização do saber e outros aspectos fundamentais pertinentes ao tema em

discussão, a partir de uma visão progressista, sócio-política.

No dia cinco de Novembro de dois mil e onze, na biblioteca do Colégio reuniram-se

Direção, Direção Auxiliar, Equipe pedagógica e Professora PDE para discutirem e analisarem

as Atribuições do Pedagogo e anotaram-se as seguintes argumentações:

A Realização do Primeiro Grupo de Estudos: O Papel do Pedagogo na Gestão:

Gestão da Educação: O papel da direção e da equipe pedagógica na gestão

democrática da escola.

Escola: Espaço legitimador da ideologia mercadológica e do trabalho fragmentado

(reforçada a prática da divisão do trabalho).

Gestão Administrativa e Gerencialista da Educação: “Moderna teoria da administração

educacional, atualizada a transposição das teorias e práticas empresariais renovadas pelas

imposições do processo produtivo década de 80 e 90”.

Gestão Democrática da Educação:

Cidadania conquistada por todos, realização humana, vida social em cada contexto

histórico determinado.

Compromisso de quem toma decisões, tem consciência do coletivo. Formando seres

humanos através da educação.

Abranger conceitos científicos da cultura erudita e os conteúdos da prática social.

O Trabalho do Pedagogo na escola segundo os textos estudados:

Como mediador da intencionalidade educativa da escola.

A visão sobre a escola:

Instituição social tem como função: Democratização dos conhecimentos produzidos

historicamente pela humanidade. É um espaço de mediação entre o sujeito e sociedade-

transformação social- promove a formação coletiva do educando.

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40

Participação, Planejamento e Tomada de Decisão:

É assumir um projeto de gestão, interligado com projeto de educação, de sociedade, de

homem e de mundo.

Diretor: não deve estar sozinho nem para decidir, nem para agir: ações do coletivo.

Eleições de diretores: é um momento de tomada de decisão de toda a comunidade

escolar.

Pedagogia: uma diretriz orientadora da ação educativa.

Direção e equipe pedagógica juntas nos encaminhamentos do *P.P.P.: É um processo

democrático de decisões.

Cabe ao diretor: Capacidade de saber ouvir, alinhavar ideias, questionar, intervir,

traduzir posições e sintetizar uma política de ação com propósito de coordenar efetivamente o

processo educativo, o cumprimento da função social e política da educação escolar.

O pedagogo responde pela:

Mediação, organização, integração e articulação do trabalho pedagógico.

Processo de transmissão e assimilação de conhecimentos elaborados cientificamente.

Projeto de escola que cumpra com sua função política, pedagógica e social.

Pedagogo: Articulador do trabalho coletivo da escola articula a concepção de educação

da escola as relações e determinações políticas, sociais, culturais e históricas. É o mediador do

trabalho pedagógico, visando à transformação da prática escolar. Faz a mediação da gestão

escolar, organização do currículo pela via da gestão.

Projeto de Educação:

Social com necessária intencionalidade.

O currículo da escola é a seleção intencional de uma porção de cultura.

Produção humana.

Sonhar o mundo.

Práticas escolares: formação dos sujeitos históricos e sociais.

Cabe a escola:

Erigir seu papel fundamental na transmissão, apropriada e socialização dos saberes

culturais.

Saviani:

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Democratizar o saber universal apropriado pela classe mais economicamente

favorecida- transformação social.

O papel da escola nas afirmações de Saviani (1990), segundo ele:

Transmissão- assimilação do saber sistematizado.

Acesso ao saber elaborado.

Compromisso com o saber.

Currículo: Conjunto das atividades nucleares da escola.

Promover a socialização do saber e o compromisso com a elevação cultural das massas.

Projeto de sociedade no âmbito da gestão e currículo.

Contestação de poder - sociologia da educação, cultura e ideologia.

Construir a própria identidade a sua historicidade.

Centralidade das políticas educacionais: intenções sociais, políticas, ideológicas e

econômicas:

Seleção de conteúdos, concepções, intenções democratizados;

Articulação entre conhecimentos básicos e específicos a partir do mundo do trabalho,

contemplando os conteúdos das ciências, das tecnologias e das linguagens; e o mundo das

relações sociais, contemplando os conteúdos demandados pela produção e pelo exercício da

cidadania, que se situam nos terrenos da economia, da ética, da sociologia, da história e assim

por diante;

Articulações entre os conhecimentos do trabalho e das formas de organizações e gestão

do trabalho; e dos diferentes atores na construção da proposta: dirigentes, especialistas,

técnicos, alunos, setores organizados da sociedade civil, etc…

Não pressupõe apenas a seleção dos conteúdos, mas também o método de apropriação

dos mesmos.

Concepção Dialética da Educação:

Processo de produção do conhecimento como resultante da relação entre o homem e as

relações sociais em seu conjunto através da atividade humana ou do trabalho como práxis

produtiva.

Conteúdo e Método:

Construção da autonomia intelectual e ética.

Conhecimento:

Adquirir corpo na própria realidade sob a forma de atividade prática e transformá-la.

O conhecimento é uma construção coletiva e histórica, que tem sua base no trabalho

humano em sua dimensão produtiva e criativa, por isso é socialmente determinado e

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apropriado, sendo importante a intervenção ativa do aluno no processo de aquisição/ produção

do conhecimento; O conhecimento científico não é neutro, pronto, acabado. É determinado

pelas visões de partida do trabalho pedagógico em sala de aula;

O conhecimento em áreas como as Ciências Humanas e suas Tecnologias é uma

maneira de recortar a realidade. Trata-se de uma perspectiva de análise e não uma proposta de

fragmentação do real, podendo, por isso, possibilitar práticas pedagógicas transdisciplinares.

O conhecimento científico não é ensinado tal como é discutido e formulado na

academia. Na escola, ele convive como outros tipos de conhecimentos. Assim, a função do

professor em sala de aula é a de vivenciar com seus alunos a transposição didática do saber

científico em saber escolar, possibilitando a construção de novos saberes;

Para que o conhecimento seja significativo para os sujeitos da relação didática, a

transposição do saber científico e saber escolar pressupõe que se tome a experiência do aluno

como referência para o processo ensino/aprendizagem;

A ressignificação dos conteúdos pelos sujeitos da relação didática, processo pelo qual o

conhecimento torna-se individual e coletivamente significativo, implica articular os conteúdos

com a vivência cotidiana e com os conhecimentos prévios dos alunos.

Projeto Político Pedagógico (P.P.P.):

Expressão da intencionalidade do conjunto da comunidade escolar a respeito da

sociedade que se possa alimentar; Pensar coletivamente na forma pela qual a escola se

organizará para É a expressão da P.P.C. a qual por sua vez, expressa o P.P.P. é a representação

escrita do planejamento do professor – é o currículo em ação.

avançar rumo a seu projeto educativo.

Proposta Pedagógica Curricular (P.P.C.):

Concepção de educação e de sociedade, pensada filosófica, histórica e culturalmente no

P.P.P. da escola.

Plano de Trabalho Docente (P.T.D.):

Os objetivos do Pedagogo:

Formação humana, com objetivos definidos coletivamente no P.P.P.; É o mediador e

articulador do P.P.P., se consolidando no P.T.D. e trabalho efetivo do professor em sala de

aula.

Escola:

Mediadora entre o conhecimento e a comunidade.

Professor:

Mediador entre o conhecimento e a comunidade; O Pedagogo é mediador entre o

método, as formas de condução do conhecimento e a prática docente.

Pedagogo: Responsabilidade de transformar o conhecimento difuso em sistematizado e

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assimilável, ou saber escolar (Saviani, 1985); *Cabe ao Pedagogo dar suporte ao trabalho

docente, utilizando-se do conhecimento, dos componentes técnico-práticos, psicológicos,

sociopolíticos, decorrentes das ciências auxiliares da educação no ato educativo (LIBÂNEO,

1990), levando o aluno a apropriar-se da matéria (conteúdo), objeto do processo ensino-

aprendizagem. Entendendo o Plano de Trabalho Docente como expressão do currículo em

sala de aula e que este, na sua natureza não é neutro, pois os conteúdos “selecionados”

também não são neutros, uma vez que expressam e legitimam uma intencionalidade e estão

voltados para as finalidades da referência para Pedagogo e educação; é papel do Pedagogo

articular os conteúdos à concepção de homem, sociedade e educação pensados coletivamente

no Projeto Político Pedagógico da escola e, a partir daí, direcionar explicitamente a prática

educativa. Sob esta perspectiva, o Plano de Trabalho Docente (P.T.D). é político e pedagógico,

pois permite a dimensão transformadora do conteúdo. Antecipa a ação do Professor,

organizando o processo de ensino-aprendizagem; Fazer a articulação entre a teoria e a

metodologia. Efetividade para a promoção da aprendizagem. A educação, numa concepção

transformadora, pressupõe tomar o aluno na sua totalidade, não em um momento reduzido

como “aluno”, e isso implica em entendê-lo dentro de uma dinâmica social, onde as ações são

determinadas. Essa compreensão remete a ideia de atividade humana como práxis encerra

uma tríplice orientação: o que fazer, para que fazer e como fazer, efetivando-se apenas em

condições sociais coletivas. É essa idéia de práxis, sempre intencional, que é a ação do

Pedagogo junto ao Professor, permite realizar o trabalho educativo, descrito por Saviani como

ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é

produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.

Conclusão deste Grupo de Estudos:

O papel do Pedagogo como articulador do trabalho coletivo e pedagógico, e para que

isso aconteça é necessário que tenhamos uma relação intrínseca com a Direção do Colégio e

com toda a comunidade educativa. O Pedagogo como Especialista de Educação, deve ter o

domínio sistemático e intencional das formas (métodos) por meio dos quais se devem realizar

o processo de formação cultural. Cabe aos Pedagogos ser o Mediador da teoria que

fundamenta o fazer pedagógico e social da escola. Toda Gestão Escolar deve estar voltada

para a ação coletiva e democrática, embasada na humanização da educação. A tomada de

decisões deve concretizar-se no coletivo visando à transformação social. Toda ação educativa

centrada nos objetivos do PPP, na PPC e no PTD de cada educador, fazendo a diferença no dia

a dia do Colégio, valorizando a historicidade construída pelos sujeitos.

Segundo grupo de Estudos:

Concepção de Avaliação, Recuperação, Conselho de Classe e Currículo:

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O Papel do Pedagogo na Mediação do Conselho de Classe:

No dia treze de Novembro de Dois Mil e Onze, na Biblioteca do Colégio Estadual

Alberto Gomes Veiga reuniram-se em grupo de estudos, a Direção, Equipe Pedagógica, o

Corpo Docente e funcionários do referido Colégio para dialogarem com a Professora PDE,

sobre a qualidade do desenvolvimento dos Conselhos de Classe, avaliação e recuperação de

estudos bimestrais do Colégio.Como inovação educacional em 2011 foi criada no Colégio o

CARÓDROMO; para que todos os participantes identifiquem o aluno que está sendo

diagnosticado por todos, (é colocada na data show a foto do aluno, enquanto se analisa a sua

produtividade escolar no bimestre). As Pedagogas ficaram divididas em três em cada período

de funcionamento do Colégio. E uma delas é responsável pelas primeiras séries do Ensino

Médio e primeiro semestre do Ensino Profissional; a segunda Pedagoga é responsável pelo

acompanhamento escolar pedagógico, das segundas séries do Ensino Médio e segundo

semestre do Ensino Profissional e a terceira é responsável pelas terceiras séries e terceiro

semestre do Ensino Profissional. E cada uma delas assumiu o compromisso de mediar,

orientar, vistar e assessorar a Proposta Pedagógica Curricular (PPC), o Plano de Trabalho

Docente (PTD), os Livros de chamada de cada professor de suas referidas turmas. Com esta

divisão de trabalho coletivo e pedagógico, fica fácil analisar os diagnósticos e perfis das

turmas. Assim, o trabalho não fica fragmentado e tem-se uma visão do todo neste

acompanhamento contínuo e pedagógico. Diante deste trabalho contínuo, o grupo de

pesquisa-ação do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), concluiu este terceiro

grupo de estudos com os seguintes apontamentos: A avaliação que impede determinadas vezes

é uma prática de exclusão na medida em que vai selecionando o que pode e deve ser aceito na

escola. A análise da prática pedagógica mostra claramente que a avaliação, como prática

construída a partir da classificação das respostas dos alunos e alunas em erros ou acertos,

impede que o processo ensino-aprendizagem incorpore a riqueza presente nas propostas

escolares, o que seria valorizar a diversidade de conhecimentos e do processo de construção e

socialização. A avaliação funciona como instrumento de controle função e de limitação das

atuações (alunos/professores) no contexto escolar. Partindo-se do pressuposto de que a

função social da escola é a de promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos

pela humanidade, possibilitando ao educando condições de emancipação humana, a função da

educação é humanizar, oferecer condições á emancipação, á participação e não para adaptar os

indivíduos á situações de dominação.

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Pensar em avaliação de forma democrática e emancipadora é oportunizar e refletir

sobre a forma como se dá o processo de ensino e aprendizagem na escola e, portanto, nas

formas instituídas pela escola e pelos professores no ato de avaliar este processo de

apropriação do conhecimento realizado pelos alunos. A avaliação deve ser emancipadora o

que implica em garantir o acesso ao conhecimento por parte do aluno e avaliá-lo durante todo

esse processo de apropriação do saber. Avaliar, portanto, é uma ação intencional, pois é

trabalho contínuo no processo educativo. Não é possível a ter-se apenas a julgamentos

diretos, isto é, bom ou não é bom, é preciso então utilizar meios adequados aos fins

estabelecidos para emitir juízos sobre as ações empreendidas pelos sujeitos envolvidos em um

determinado processo, no processo educativo. Portanto, ao falarmos em (sujeitos) avaliação

dos sujeitos, entendemos que não se pode avaliar apenas o processo de aprendizagem, mas o

de ensino também e de forma concomitante.

A Recuperação de Estudos diz respeito a um processo de ensino que necessita ser

revisto, de acordo com as condições que aquele que não se apropriou de novos conhecimentos

tenha outras oportunidades de aprendizado. A Recuperação de Estudos consiste na retomada

de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos

tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio

de metodologias diversificadas e participativas; A Recuperação de Estudos, portanto

concomitante ao processo letivo, tem por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não

apropriados e não os instrumentos de avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de

avaliação serão vias para perceber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser

retomados no processo de Recuperação de Estudos.

O Conselho de Classe é um espaço educativo onde serão redefinidas as práticas

pedagógicas com o objetivo de superar a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar

formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem,

superando as estruturas autoritárias, burocráticas e excludentes que servem mais para

legitimar o fracasso escolar do que reorganizar o trabalho pedagógico. Também não é apenas

um instrumento de aprovação ou reprovação enquanto o resultado de um processo educativo

fragmentado, sendo muito comum a prática do voto, pura e simplesmente, para decidir a sorte

dos alunos que apresentaram problemas durante o ano e cuja decisão final já estava decidida

desde o inicio do período. Cabe lembrar, que o Conselho de Classe é uma instância

deliberativa e consultiva e que votar não tem o mesmo significado de deliberar. A deliberação

implica em decisão precedida pela discussão, reflexão, ponderação, consideração de aspecto

do problema, exames das possibilidades, para então tomar uma decisão conjunta de modo a

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encaminhar uma providência ou determinação. O voto resume-se a uma escolha que expressa

uma opinião própria.

O Conselho de Classe é muito mais complexo que as simples retrospectiva do

comportamento e notas do aluno no decorrer do período. São um espaço em que se tornam

possíveis as mudanças, ainda que gradativas. Expressa a intencionalidade do ato educativo,

que requer competência profissional, reflexão critica sobre a prática, comprometimento com a

aprendizagem do aluno. As instâncias colegiadas têm como papel fundamental a parceria

com a escola. Professor Representante: os professores representantes de turma são escolhidos

no inicio do ano e têm como papel principal, acompanhar o desenvolvimento pedagógico dos

alunos no que diz respeito à realização de tarefas, questões relativas às dificuldades de

aprendizagem, adaptação, auxiliando em parceria com os representantes de turma, os

encaminhamentos á Equipe Pedagógica. Critérios de avaliação: os critérios são a forma de

acompanhar o processo de aprendizagem, servindo de base para o julgamento do nível em que

o aluno se encontra, auxiliando a prática pedagógica do professor. Eles devem estar

especificados no Plano de Trabalho Docente e serem divulgados aos alunos.

Cabe ao Pedagogo e ao Corpo Docente reverem e redefinirem os rumos da ação

educativa, priorizando o desenvolvimento das capacidades e habilidades humanas a serem

desenvolvidas e aprimoradas de forma intencional e sistemática, tendo em vista a elevação

intelectual e moral para todos, isto porque o exercício formativo também encerra a

possibilidade de educar aqueles que têm por profissão EDUCAR. Portanto, professores e

pedagogos, juntamente com a Direção da escola, devem dialogar e atuar coletivamente num

processo pedagógico e curricular acompanhando o cotidiano do trabalho educativo.

A base desta atuação conjunta está na:

Construção e implementação do P.P.P. da escola;

Organização do trabalho pedagógico e coletivo escolar;

Formação Continuada dos profissionais da escola;

Relação entre escola e comunidade;

Avaliação do trabalho pedagógico;

Educação voltada para a humanização.

Dois quesitos são fundamentais na qualidade do desenvolvimento o conselho de Classe:

a autoavaliação do professor: que consiste na tomada de consciência da sua própria ação, de

suas limitações e acertos. Que, ao fazer uma análise da sua atuação e sobre as reais condições

de trabalho que a escola oferece, busca ajudar os professores a superar as dificuldades

apresentadas, reorganizando o trabalho pedagógico; A autoavaliação da Equipe Pedagógica:

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questão fundamental é a análise diagnóstica das turmas, levar em conta os vários fatores que

influenciam positiva ou negativamente a aprendizagem dos alunos, como o seu contexto de

vida, as metodologias utilizadas pelos professores, os instrumentos e critérios de avaliação, as

relações que se estabeleceram em sala de aula. Tudo tem que ser analisado e revisto para

coletivamente tomar decisões e qualificar o Ensino-Aprendizagem que é de suma

responsabilidade de todos os envolvidos no processo educativo. O grupo de pesquisação

empolgou-se e implementou o Regimento Escolar Interno para reger a atuação das Pedagogas

vigentes e para o futuro, quando outras Pedagogas ingressarem no colégio.

Terceiro grupo de estudos:

Relatório do Grupo de Estudos Realizado no Mês de Dezembro – 2011:

No dia cinco de dezembro de dois mil e onze reuniram-se em grupo de estudos a

equipe de pesquisa-ação, referente ao Projeto PDE – O Papel do Pedagogo na Mediação e

Organização Pedagógica e Coletiva na Escola Pública Paranaense, para analisar todas as

ações desenvolvidas pelo grupo e em consenso com a Direção, Equipe Pedagógica,

professores e funcionários, criou-se o Regimento Escolar Interno da Equipe Pedagógica, pois

até esta data o Colégio seguia as regras propostas no Regimento Escolar Estadual, mas jamais

tinha elaborado o seu próprio Regimento Escolar interno referente à atuação das Pedagogas.

Em consenso com todos que atuam no processo educativo, a partir deste dia implementou-se o

Regimento Escolar Interno pertencente a atuação do Professor Pedagogo: estabelecendo

todas as regras pertencentes a este cargo valioso; a responsabilidade pela coordenação,

implantação e implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares

definidas no PPP e no Regimento Escolar da escola, em consonância com a Política

Educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação. Assessorar em

todo o desenvolvimento do Plano de Ação anual da escola. Atuar com competência Técnica,

identidade e compromisso com a educação. Organizar o trabalho pedagógico e coletivo da

escola em uma perspectiva democrática. Acompanhar os professores nas horas-atividades e

na execução do Plano de Trabalho Docente. Auxiliar nas coordenações de Reuniões

Pedagógicas e Conselhos de Classes. Cooperar na organização escolar do aluno;

proporcionando projetos inovadores e auxiliando o educando em projetos de reforço escolar,

diminuindo assim, o índice de reprovação e evasão escolares. Enfim, atuar em todo o

contexto escolar.

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Quarto grupo de Estudos:

Organização e Gestão Democrática da Educação:

No dia doze de março de dois mil e doze, reuniram-se no Colégio Estadual Alberto

Gomes Veiga – Ensino Médio e profissional, a Direção, Equipe Pedagógica, Corpo Docente e

funcionários do Colégio e juntos concluíram as reflexões e ações do grupo envolvido na

pesquisa-ação PDE – O Papel do Pedagogo na Mediação e Organização do Trabalho

Pedagógico e Coletivo na Escola Pública paranaense. Depois de vários grupos de estudos,

diálogo, análise, discussões, refletiu-se sobre os seguintes tópicos:

Avaliando e correlacionando as leituras dos textos já mencionados nesta pesquisa-ação

com a realidade da Política Educacional vigente e com a realidade em que o Colégio está

inserido, por meio da dialogicidade que foi a essência das discussões o grupo argumentou que

a Educação hoje voltada para a humanização deve imperar como Prática da Liberdade nas

ações pedagógicas e coletivas no âmbito escolar; seria o ideal se todos os educadores tiverem

consciência e compromisso para:

Formar um aluno crítico, consciente, livre para lutar pelo que realmente quer;

É preciso rediscutir a Formação de Professores (os professores iniciantes estão saindo

despreparados da Universidade);

Educação Paranaense pede socorro (deve melhorar a qualidade de Ensino

Aprendizagem);

A maioria dos alunos não consegue aprender as operações básicas de matemática e não

sabem interpretar, redigir, ler, escrever etc.

Alguns professores que não são educadores, não assumem responsabilidades jogam a

culpa naqueles que os antecederam e se limitam a cumprir o seu planejamento. Avançam

conteúdos e deixam de lado os alunos com dificuldades;

Devemos preparar o educando para a vida, não somente para passar no vestibular ou

ingressar no mercado de trabalho;

Alunos são excluídos diariamente das escolas (são alunos reais e não os ideais que todo

professor almeja);

É preciso ser educador e atuar na formação integral do ser;

Direção, Pedagogos, Professores e funcionários devem participar com freqüência nos

Cursos de Formação Continuada;

Mediação de conflitos nas escolas: a comunidade escolar deve deixar de lado os

motivos pessoais e atuar com empatia e harmonia nas relações;

A reflexão do cotidiano escolar: Que escola queremos? Que escola temos? – é preciso

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refletir, analisar, estudar, fazer pesquisa-ação, aperfeiçoar-se, atualizar-se e só assim,

criticamente colocar as ações no contexto de uma prática social vigente;

Agir com o comprometimento com a educação (levar o aluno a pensar criticamente e

consciente de suas ações A falta de responsabilidade de algumas famílias, nos estudos dos

filhos, é uma das causas do fracasso escolar; O ser humano tem que ser social;

);

Ter atitude diante de um Projeto Social de Educação e formar cidadãos;

Hoje, a distorção de valores é muito grande: é preciso seguir leis, critérios, evitar

constrangimento, procurar ser justo nas ações, atuando com autoavaliação e avaliação da

realidade em que está inserido, levando em conta a produtividade do aluno e a metodologia do

professor;

A escola pode abrir a porta para uma vida concreta e estabilizada, (na escola vive-se a

oportunidade de conhecer novos mundos);

A escola precisa socializar-se e trabalhar o coletivo;

A prática escolar em sala de aula tem poder sobre a mente e comportamento do aluno no

futuro. É preciso ter o máximo de cuidado em “CONSTRUIR E NÃO DESTRUIR

MENTES”;

Partir da cultura popular, respeitando-a em todas as instâncias da vida, ajudando a

construir e alcançar a cultura erudita;

Eu enquanto Professor-Educador, preciso saber e estar seguro do quê quero ensinar para

meu educando, para poder posicionar-se diante do mesmo;

Pedagogo atuando com identidade profissional, ética, competência técnica,

privilegiando o trabalho pedagógico e coletivo na escola.

Quinto Passo/Grupo De Pesquisação:

Entrevistas:

Foram entrevistadas as Pedagogas que atuam no Colégio Estadual Alberto Gomes

Veiga: Observações relevantes aos participantes do grupo da pesquisa-ação:

Quadro 5 - Funções do Pedagogo:

Pedagoga 1: Intervir quando for preciso, mediar,

dialogar, auxiliar professores Fonte: entrevistas

realizadas com as Pedagogas do Colégio Estadual

Alberto Gomes Veiga – Ensino Médio e Profissional,

2011., pais e alunos.

Pedagoga 2: Harmonizar situações prevenindo

conflitos.

Pedagoga 3: Participar da elaboração e realimentação

do PPP, PPC, PTD e Regimento Escolar.

Pedagoga 4: Participar da Mediação e Organização

Pedagógica e Coletiva da escola.

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Pedagoga 5: Visar a melhoria do Ensino-

Aprendizagem para a transformação social.

Pedagoga 6: O Pedagogo deve saber atuar no

enfrentamento de suas funções no cotidiano da

escola, é preciso saber com muita clareza o que é

essencial, o que é importante, priorizando o

pedagógico, evitando ser mero tarefeiro.

Fonte: entrevistas realizadas com as Pedagogas do Colégio Estadual Alberto Gomes

Veiga – Ensino Médio e Profissional, 2011.

Quadro 6 – A Importância do Trabalho do Pedagogo:

Pedagoga 1: A importância da função do Pedagogo é muito

grande devido o número de atribuições que são atribuídas a

este Especialista de Educação, principalmente no

compromisso que tem com a organização pedagógica e

coletiva da escola.

Pedagoga 2: A importância em fortalecer a

interação humana na escola, melhorando o

clima organizacional de maneira significativa,

estimulando o respeito mútuo e a boa

convivência.

Pedagoga 3: O Pedagogo é o elo de ligação entre o professor

e o aluno, família e escola.

Pedagoga 4: Atuação embasada em um Plano

de Ação concreto.

Fonte: entrevistas realizadas com as Pedagogas do Colégio Estadual Alberto Gomes

Veiga – Ensino Médio e Profissional, 2011.

Grupo de Trabalho em Rede (GTR):

Foi uma experiência nova e muito enriquecedora, atuar como Professora-Tutora, com doze

participantes maravilhosas que contribuíram muito com esta pesquisa-ação em suas

argumentações, selecionamos algumas:

Interagir na elaboração e realimentação do PPP e PPC da escola;

Atuar como mediador no processo educativo;

Pedagogo, profissional que estuda e aplica a arte de educar;

Atuar na contextualização de uma Gestão Democrática e Emancipadora;

Dedicação cotidiana no rendimento escolar dos alunos com dificuldades de

aprendizagem e\ou alunos especiais;

Identidade profissional e competência técnica;

Compromisso sério com a educação;

Conhecimento profundo sobre as suas reais funções, fazendo a diferença no cotidiano

escolar, marcando história por onde passa;

Contribuir para se alcançar a melhor qualidade em ensino-aprendizagem;

Postura e ética profissionais;

Cumprimento das funções política, pedagógica, curricular e social da escola;

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Convivência positiva com toda a comunidade educativa;

Intervir e mediar com o projeto social da escola;

Transformação social por meio da ação-reflexão-ação;

Responsabilidade e compromisso técnico;

Formação acadêmica com qualidade aliando a teoria á prática;

Profissionalismo “Especialista em Educação”;

Priorizar o trabalho pedagógico, curricular e coletivo na escola;

Implantar e implementar Projetos Inovadores Educacionais na escola e comunidade;

Interação com a família ou responsáveis pelos educandos;

Ler e conhecer as DCEs (Diretrizes Curriculares Estaduais de cada disciplina) para

assessorar os professores em sala de aula e horas-atividades;

Autonomia para atuar na escola e comunidade;

Atribuir sentido na prática escolar;

Estudar, analisar, refletir, discutir, argumentar, dar sugestões, levantar críticas

construtivas, assessorar, orientar, coordenar, trocar ideias e experiências, humanizar a

educação;

Privilegiar vivências marcantes na educaçãqo;

Respeito ao gênero e diversidades na educação;

Bom entrosamento com todos.

Sintetizando este artigo, e diante de todo o empenho nas atividades da pesquisação,

sobre o Papel do Pedagogo, notou-se a mudança na concepção da atuação do Pedagogo, na

maioria das pessoas que fazem parte da comunidade educativa; existe ainda certa relutância

diante de professores perto da aposentadoria, que acostumaram a ver a pessoa do Pedagogo

como um disciplinador de comportamentos de alunos na escola. Mas o grupo está consciente

que não é de um dia para o outro que se consegue mudar a mentalidade das pessoas, é preciso

perseverança do grupo e conquistar cada vez mais a credibilidade das pessoas através do

trabalho pedagógico e coletivo na escola.

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Considerações finais:

As pedagogas atuantes no Colégio estão satisfeitas com a pesquisação do PDE – sobre

o Papel do Pedagogo, pois a mesma foi satisfatória e contribuiu para qualificar a atuação

diária das Pedagogas; até a disposição da sala de coordenação depois do projeto passou por

mudanças, mudou-se o mobiliário para atendimento individual na frente e atraz mesa para

reuniões e realização de demandas pedagógicas e coletivas; pois, nesta sala por período atuam

diáriamente três Pedagogas. Como foi solicitado no início da pesquisa-ação pelas Pedagogas

do colégio, após as atividades desenvolvidas pelo grupo PDE, no Colégio hoje se está

privilegiando o pedagógico e coletivo nas tomadas de decisões e ações. A redação do PPP –

2012, no que compete a Equipe pedagógica o grupo selecionou a realidade das ações das

Pedagogas na escola, modificando o discurso feito em 2011 em que salientava a doutrinação

do comportamento do aluno; implementou-se o Regimento Escolar Interno da Equipe

Pedagógica que não existia no Colégio; melhorou-se o Plano de Ação das Pedagogas

qualificando as suas funções na escola. As Pedagogas estão unidas à Direção que se apresenta

democráticas e emancipadora. Com o corpo docente e funcionários, assim como aos pais e

alunos, hoje todos tem um olhar diferente para o Papel do Pedagogo na escola. “TUDO

VALE A PENA QUANDO A ALMA NÃO É PEQUENA (Fernando Pessoa)”. O grupo foi

coeso nas ações, a qualidade do trabalho das Pedagogas que já era bom, hoje está melhor

ainda; a fundamentação teórica é a base para ações qualitativas, vivendo e aprendendo

sempre, jamais deixar de estudar, compartilhar e aprender, com a capacidade, experiências e

habilidades de outras pessoas. A soma de ideias é imprescindível; encerramos com chave de

ouro esta pesquisa-ação agradecendo a cooperação de todos.

Referências:

BRASIL, Decreto Lei número 9.394. Diretrizes e Bases da Educação Nacional

Cascavel. Editora do Brasil, 1996.

.

CALDAS, Andréia R. Chão da escola. “Profissional da educação: sujeito do processo

pedagógico”. Curitiba: Sismac, 2002.

CHARLOT, Bernard. A pesquisa educacional entre conhecimentos, políticas e

práticas: especificidades e desafios de uma área de saber. Revista Brasileira de

Educação. V. 11, n. 31. 2006.

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COUTINHO, Carlos Nelson. Contra a corrente: ensaios sobre a democracia e o

socialismo. São Paulo: Cortez, 2000.

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