Marina Dubiaartista recém-graduada em processo de traçar caminho

nos interstícios de dança, desenho e literatura; desvelar

corpo-linguagens, desenhos-afetos,

movimentos-paisagem,textos-imagem.

Formada pelo curso de Artes Plásticas da ECA-USP, pelo Curso de Preparação de Escritores (CLIPE) da Casa das Rosas e pelas aulas de Contato e Improvisação com Ricardo Neves. Ao voltar de um intercâmbio na Universidade do Porto pelo programa Santander Universidades (2013), fui educadora na 31ª Bienal de São Paulo (2014), e entre 2014 e 2015 pesquisei artistas atuantes em xilogravura com a iniciação cientí�fica Xiloma: Manifestações da Natureza na Xilogravura Contemporânea de São Paulo, sob orientação do professor doutor Marco Buti.

Em 2015, tive a oportunidade de expor no 47º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba, na 26ª Mostra de Artes da Juventude do Sesc Ribeirão Preto e no 22º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande. No mesmo ano, fui selecionada artista residente na Folhetaria do Centro Cultural São Paulo, com o projeto 200 Afetos. Em 2013, tive a graça de ser selecionada vencedora do 21º Programa Nascente da USP, na área de Artes Visuais, pelas pinturas do conjunto Praias (Para o Mar, A Sala e Praia II).

Desde a graduação, me dedico ao estudo da dança e corporalidades através de aulas, cursos e workshops. Em 2016, fui selecionada integrante da VIa Plataforma Exercí�cios Compartilhados, sob orientação de Adriana Grechi. Estudei, dentre outros, com Tadashi Endo, Martin Keogh, Mark Taylor, Diogo Granato, Pedro Penuela, Letí�cia Sekito, João Andreazzi, Key Sawao e Tica Lemos.

RG: Marina Silva22/07/1992- brasileira

Rua Aiapaina nº9 - Tatuapé São Paulo, SP - CEP 03321-040

prayadubia.comvimeo.com/marinadubia

cel. (11) 99265-9507mcollors@hotmail.com

xiloma.tumblr.comedicoesportaamarela.tumblr.com

paisagem desenho

corpo afetos

jogo dispersão

gestotexto

dança

Primeiro me encantei com as paisagens. As figuras da natureza - montanhas, praias, cachoeiras - são capazes de nos revelar espaços internos, emblematizar predisposições para com o mundo. Produzo imagens que possam dar corpo a estes lugares, que possam acolher afetos, potências, silêncios.

E uma vez lá, posso inverter a lógica: fabricar afetos, provocar relações, construir espaços nos breves encontros com as pessoas, o corpo das pessoas, seus repertórios.

Conjugo peças gráficas e ações que são fluxo, que interagem, que circulam; que convidam e se colocam em jogo com o outro.

Um próximo passo? Fazer do jogo dança, escrever o corpo, povoar a paisagem.

Durante a maior parte de minha trajetória, trabalhei com linguagens de papel e tinta: pintura, gravura, desenho, impressão digital e tipográfica, livretos. Atraves do Contato e Improvisação, meu interesse pela dança se intensificou; vi as medidas do corpo em meus instrumentos, encontrei espaços potenciais dentro do corpo que podem modelar ações externas. Desejo agora desdobrar esse interesse em trabalho poético, na direção da performance, e continuar a utilizar texto e imagem para externalizar o que há dentro da pele.

Meus esforços são no sentido de criar pertubâncias sutis no cotidiano, pequenas interações que compõe a rede complexa de relações e forças muitas vezes contraditórias que nos permeiam, bem como dar representação e metáfora a esses sistemas-paisagens. Em todo trabalho meu há o desejo intrí�nseco de comunicar, afetar, alcançar;de ir ter com o outro.

Para o Mar53 x 86 cm; 2012

Guache, carvão, giz, lápis dermatográfico e corte sobre papelão Hörlle.

Parte da seleção Praias, vencedora do 21º Programa Nascente da USP.

acúmulosdimensões variáveis; 2012coleção de 42 pinturas de extrato de nogueira sobre papel Fabriano 21 x 14,8 cm.

4 desenhos de Marina Dubia transformados em clichês de cobre e 4 poemas de Alice Lee traduzidos do japonês para português, francês, alemão e inglês foram combinados nestes 4 modelos de panfletos, impressos por Alexandre Lopes na Oficina Tipográfica São Paulo e distribuídos dentro dos livros da Biblioteca Mário de Andrade, na rua Barão de Itapetininga e em feiras de publicações independentes em São Paulo e Porto Alegre.

panfletos-poema14,7 x 10,6 cm; 2013-2014

Impressão tipográfica sobre papel.

Fotografias: Jade Aiello.

Carto do em volta.3’ 55”; 2014https://vimeo.com/99203384

Carto para N.2’ 53”; 2014https://vimeo.com/99306251

Cartas e Convites é um projeto de performances para vídeo que explora a linguagem corporal e do olhar como vias de comunicação. Como será captado o que está sen-do “transmitido”? Como as feições faciais respondem aos estímulos internos do pensamento, emoção e circunstâncias físicas (cansaço, descomforto)? Em última instância, as senasações e interpretações do espectador são tão íntimas quanto o processo do performer.

Projeto desenvolvido para a residência artística da Folhetaria do Centro Cultural São Paulo, entre outubro e novembro de 2015. Constitui 200 envelopes, cada um com uma combinação única de 12 peças gráficas, um inventário particular de técnicas de reprodução de imagens e experimentações, que ecoa os pacotes de figurinhas dos álbuns ilustrados. São destinados diretamente ao público, que pode recebê-los nos momentos de Feira de Arte Impressa do CCSP, ou por via postal. A primeira feira aconteceu em 28 e 29 de Novembro de 2015.

200 Afetos11 x 17 cm; 2015Envelopes, papel marmorizado, monotipia, xilogravura, impressão tipográfica sobre papel e lona, goma laca, carimbos, descartes de impressão offset, lixa, papel japonês estampado, fragmentos de livros, talagarça, de-senho sobre plástico e linha encerada.

para cair 90 x 89 cm; 2015 Monotipia sobre papel chinês.

para entrar em conflito86,5 x 82,5 cm; 2015 Monotipia sobre papel chinês.

Fotografias: Alexandre Lopes.

para sonhar 80 x 80 cm; 2015 Monotipia sobre papel chinês.

para se deitar73 x 79 cm; 2015 Monotipia sobre papel chinês.

Fotografias: Alexandre Lopes.

lençóis36,5 x 94 cm; 2014-15Xilogravura e monotipia à óleo sobre papel chinês, linha e lona.

enunciados da cacatua12 x 16,5 x 8,4 cm; 2015

Caixa de madeira (produzida por Aline Moreno), pássaro de madeira e impressão digital sobre papel color plus 180g.

enunciados da cacatua é uma pequena caixa recheada de fragmentos textuais selecionados por cerca de 30 colaboradores, que responderam à questão “o que você gostaria de compartilhar com outras pessoas?”. Opera como um eco dos realejos, trocando a sorte por citações de livros de teatro, arte, filosofia, anotações de cadernos, trechos de música e textos diversos.Fotografias: Alexandre Lopes.

O Artista v. 2.117 x 21 x 1 cm; 2015Impressão digital sobre papel, texto, marca-texto ou canetinhas diversas e fita cetim preta. Edição de 12.

O que é e como se comporta esta criatura, O Artista? Nesta publicação, você é convidado a encontrar respostas por identificação e repulsa, destacando com um marcador apenas aquelas partes do texto em que encontrar O Artista. Através dessa operação, perfis diferenciados de artistas, reais e imaginários, podem ser encontrados e montados. O texto é maleável e pode ser ampliado, editado e reeditado - está agora em sua segunda versão.Fotografias: Alexandre Lopes.

profissões, profecias e presságiosdimensões variáveis; 2015Biscoitos da sorte personalizados, bandeja e porta-retratos.

Que tipo de informação pode ser utilizada para interpretar a vida, a morte e o futuro? Como e quando encontramos conselhos em frases poéticas? 24 frases foram escritas e distribuídas em 300 biscoitos da sorte, produzidos para a abertura da exposição de graduandos do Departamento de Artes Plásticas da ECA, Transformandos, no Museu de Arte Contemporânea da USP (17 de dezembro de 2015). Ao lado, algumas das frases presentes nos biscoitos.

Afetos privados destinam-se a domínio público.

Ao fazer representações de arco-íris, certifique-se de que exsudam melancolia.

Todas as plantas espalhadas pela casa ainda estão com as etiquetas de preço.

Quando você escreve um poema rancoroso, é o.k. dedicá-lo a devida fonte de rancor.

Existem mais de 400 tipos de inhame.

Formigas na pia no quarto no lixo no copo no gelo no filtro formigas que gostam de pepino.

Foram os livros que me ensinaram sobre um mundo que não precisa de livros.

Quando a tabula rasa vier, mansa: com ela corte uma cenoura.

Moscas Volantes - e outros eixos de dispersão14 x 18 x 2,5 cm; 2015-16Impressão digital sobre papel color plus 180g e reciclato, nanquim sobre papel vegetal e argolas metálicas. Edição de 6.

Moscas volantes são os detritos orgânicos que flutuam no cristalino dos olhos e projetam sua sombra em nossa visão. Podemos vê-las ao olhar para a luz do céu azul. É um fenômeno que nos acompanha durante toda a vida, e a que pouco damos atenção. Somos corpos atravessados por todo tipo de informações, que nos influenciam e constróem, mas que passam despercebidas a maior parte do tempo. Este livro reúne uma seleção de textos poéticos, ensaios literários, desenhos, citações e fragmentos de cadernos e livros como uma maneira de mapear conceitos e idéias que permeiam narrativas afetivas do contemporâneo, saturado de textos e imagens.

Trabalho de Conclusão de Curso. Banca: Claudio Mubarac (orientador), Verônica Stigger e Fabio Morais.

Fotografias: Alexandre Lopes.

inventário I95,7 x 66,3 cm; 2015Monotipia sobre papel pólen bold.

herbário70 x 100 cm; 2015Monotipia sobre papel manteiga.

inventário II95,7 x 66,3 cm; 2015Monotipia sobre papel pólen bold.

Fotografias: Alexandre Lopes.

sem título (superfícies vibráteis II) 2,5 x 15 x 18 cm; 2016

25 folhas de papel vegetal 180g desenhadas a nanquim e argolas metálicas articuladas

Fotografias: Alexandre Lopes.

Para partilhar e integrar o universo de minha pesquisa artística com um público de maior alcance, proponho Desenhamentos, uma oficina aberta de desenho em que o corpo e a interação com o espaço serão motores de produção gráfica. Nesse ambiente, trago propostas e exercícios que sublinham a utilização do corpo e do desenho como ferramentas do pensamento, convergindo dança, desenho e texto numa única experiência.

A primeira edição da oficina foi conduzida nas Faculdades Integradas Rio Branco como parte da programação do 25º Encontro Nacional de Estudantes de Design, em São Paulo, no dia 24 de Julho de 2015.

A oficina tem duração de cerca de três horas e pode receber em torno de 20 participantes de todas as idades, independentemente de habilidades artísticas.Requer uma sala fechada temporariamente coberta por papel para desenho e alguns materiais de papelaria simples.

Após uma conversa inicial com os participantes, começamos a desenhar a partir de percepções corporais. Serão dadas sugestões para guiar a experimentação, por exemplo: fazer uma pose por alguns momentos e depois tentar desenhá-la; desenhar o mais longe possível de seu próprio corpo sem sair do lugar; desenhar com as duas mãos ao mesmo tempo; continuar o desenho de outra pessoa; desenhar enquanto anda; desenhar os movimentos de outra pessoa; fazer o menor desenho possível etc. Intervenções e sugestões por parte dos participantes são bem-vindas e encorajadas.

Pretende-se que essa atividade deixe o corpo ativo e alerta durante o momento do desenho, dissolvendo os estereótipos de dualidades entre corpo e mente, intelecto e emoção, ação e registro, entre outros, demonstrando a permeabilidade das linguagens em prática.

Desenhamentosoficina-laboratório

julho de 2015

experimentaçõesdo corpo no desenho,

do desenho no corpo-espaço, desenho como pensamento,

pensamento como dança.

Fotografias: Equipe N SP 2015.

sem título - (corpo de babel)ato de escrita coletiva mediado pela interpretação de performer.20’ - novembro de 2016

“me ajudem, talvez? por que não? imagem e ação não quero ser visto. então esconde-te. desloca-me de prazer | me lembra ready for love! – tango! eu queria ser uma bonequinha no pára-brisa – o clichê faz de conta! | um dos meus filmes favoritos. poderia estar num parque, poderia estar... molha o movimento | comi o tempo com as orelhas pesadas de água domingo em família talvez não coma essa chuva.”

- texto-partitura produzido por performer, em preto, e público, em vermelho.

Performance apresentada na VI ª Mostra Exercícios Compartilhados - parte do 9 º Festival Contemporâneo de Dança, no Centro de Referência de Dança de São Paulo.

Durante a apresentação, a performer coloca seu corpo como um dispositivo de produzir e interpretar escritas, traduzindo-as em imagens e movimentos. O texto é composto coletivamente com o público e tratado como uma partitura, se alterando a cada repetição de acordo com as adições graduais. A proposta busca investigar quais textos já estão codificados no corpo dos presentes, utilizando a improvisação para acessar essa matéria. Que escrita abrigo, que escrita posso abrigar - o que é disparado em mim pela linguagem escrita? O que há de codificado e o que há de criação? Como colocar em relação duas linguagens que parecem, em primeira intância, se repelir (dança e escrita)?

Fotografias: Jônia Guimarães.

(campo gestuário)performance aberta 2016-2017

A performance (campo gestuário) foi apresentada como parte da exposição Do Traço ao Palco, na Praça das Artes. Em um espaço delimitado, um performer utiliza fita crepe para produzir desenhos, enquanto um segundo performer interpreta essas marcações em movimento, dança. Após alguns minutos, os papéis se dissolvem e rolos de fita são ofertados ao público; o espaço está aberto para interação, brincadeiras, encontros e exercícios imaginativos entre corpo e traço. Se trata de uma pesquisa continuada, aberta para adaptações em outros formatos e espaços. Colaboração com Débora Oliveira.Fotografias: Gil Tokio, Marina Dubia e Waldiael Braz.