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PEQUENA COLETANÊA TEOLÓGICA ADPN Pr. Jorge Luiz Silva Vieira “... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b) Grandes Doutrinas a Luz da Bíblia “Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade .” 1 João 2:21. Apologética (do latim tardio apologetĭcus, através do grego πολογητικός, por derivação de "apologia", do grego απολογία: "defesa verbal") é a disciplina teológica própria de certa religião que se propõe a demonstrar a verdade da própria doutrina, defendendo-a de teses contrárias. A apologética desenvolveu-se, sobretudo no Cristianismo – enquanto em outras religiões, como o Islã e o Budismo, houve apenas tentativas menores.É na verdade parte da teologia que tem por objeto a defesa da religião cristã, contra o ataque e objeções de seus adversários. A Doutrina de Maria – Mariolatria O termo “Mariolatria” vem de Maria, forma grega do nome hebraico Miriã. A Mariolatria é o culto ou a adoração a Maria estabelecida pelo Catolicismo Romano ao longo dos séculos. Embora a palavra empregada pela Igreja Romana seja outra, a Mariologia que seria a definição romana de conjunto de estudos teológicos acerca de Maria, mãe de Jesus Cristo na Igreja Católica, que segundo o Clero Romano compreenderia uma vasta produção bibliográfica que visa a salientar a importância da figura feminina de Maria e a profunda e piedosa crença dos fiéis a ela, com o objetivo de enriquecer o âmbito teológico cristão. Sabemos que na verdade, o clero romano nega terminantemente que os católicos adoram a Maria, o que é oficialmente confirmado pelo Vaticano. Todavia, é muito comum o tradicional trocadilho católico:

Mariolatria, A Adoração Indevida

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Page 1: Mariolatria, A Adoração Indevida

PEQUENA COLETANÊA TEOLÓGICA ADPN Pr. Jorge Luiz Silva Vieira

“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Grandes Doutrinas a Luz da Bíblia

“Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a

sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.” 1 João 2:21.

Apologética (do latim tardio apologetĭcus, através do grego

ἀπολογητικός, por derivação de "apologia", do grego απολογία: "defesa

verbal") é a disciplina teológica própria de certa religião que se propõe a

demonstrar a verdade da própria doutrina, defendendo-a de teses

contrárias. A apologética desenvolveu-se, sobretudo no Cristianismo –

enquanto em outras religiões, como o Islã e o Budismo, houve apenas

tentativas menores.É na verdade parte da teologia que tem por objeto a

defesa da religião cristã, contra o ataque e objeções de seus adversários.

A Doutrina de Maria – Mariolatria

O termo “Mariolatria” vem de Maria, forma grega do nome

hebraico Miriã. A Mariolatria é o culto ou a adoração a Maria estabelecida

pelo Catolicismo Romano ao longo dos séculos. Embora a palavra

empregada pela Igreja Romana seja outra, a Mariologia que seria a

definição romana de conjunto de estudos teológicos acerca de Maria, mãe

de Jesus Cristo na Igreja Católica, que segundo o Clero Romano

compreenderia uma vasta produção bibliográfica que visa a salientar a

importância da figura feminina de Maria e a profunda e piedosa crença

dos fiéis a ela, com o objetivo de enriquecer o âmbito teológico cristão.

Sabemos que na verdade, o clero romano nega terminantemente

que os católicos adoram a Maria, o que é oficialmente confirmado pelo

Vaticano. Todavia, é muito comum o tradicional trocadilho católico:

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

adoração e veneração. Mas, e as práticas dos católicos não ajudam a

corroborar com as afirmações dos romanistas. O Catolicismo Romano

jamais admitirá que pregue a divindade de Maria, da mesma forma que

nega a adoração a ela. Entretanto, os fatos falam por si só e provam o

contrário. Ela é também chamada de “Rainha do Céu“, o mesmo nome de

uma divindade pagã da Assíria (Jr 7.18; 44.17-25); é parte de sua liturgia a

reza Salve-rainha.

A Origem de tudo:

“Maria é onipotente em poder e infinita em misericórdia, e é para

ser adorada como rainha do céu e dos anjos. Ela foi imaculada. (Ela é

chamada Mãe de Deus, Refúgio dos Pecadores, Portão do Céu, Mãe de

Misericórdia, Esposa do Espírito Santo, Propiciatória do Mundo, etc.)”.

Esse texto usado para fundamentar a fé católica entre os fiéis sobre a

divindade de Maria.

Em 1125, surgiram os primeiros ventos doutrinários concernentes à

imaculada conceição de Maria e este ensino citado acima anteriormente

foi introduzido na igreja por volta do ano de 1301, frutos de muitos

debates por alguns séculos, foi proclamada doutrina pelo Papa Pio IX

apenas em 1854 o dogma definido. Antes desta data, ela não era

reconhecida pela igreja como mãe de Deus e dotada de qualidades

exclusivas do Senhor Deus. Em 1311, estabeleceu-se a oração da Ave-

Maria e, somente em 1950, a assunção de Maria é transformada em artigo

de fé.

A Bíblia ensina que é somente a Deus que devemos adorar (Mt 4.10;

Ap 19.10; 22.8,9). Maria foi salva porque creu em Jesus e não meramente

por ser a mãe do Messias (Lc 11.27,28). Somente a Deus devemos cultuar.

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

“Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto” (Mt 4.10 –

Almeida Atualizada). Os romanistas ajoelham-se diante da imagem de

Maria e dirigem a ela orações e cânticos. Contradizendo claramente o que

diz as Escrituras: “Não façam ídolos, nem imagens, nem colunas sagradas

para vocês, e não coloquem nenhuma pedra esculpida em sua terra para

curvar-se diante dela. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.” Levítico 26:1

As primeiras ornamentações e pinturas nos templos cristãos

surgiram a partir do século III, a fim de representar o cenário e os fatos do

texto bíblico. Já no século V, as imagens foram inseridas no contexto das

gravuras existentes e começaram a ser usadas como meio de instrução

aos analfabetos, uma vez que muitos frequentadores dos cultos não

tinham acesso à educação formal.

Entretanto, no Concílio de Nicéia (foi um concílio de bispos,

reunidos na cidade de Niceia da Bitínia, atual İznik, Turquia, pelo

imperador romano Constantino I em 325 d.C.) foi oficializada a veneração

às imagens e relíquias sagradas. Quase cem anos depois, a igreja

estabeleceu a canonização dos santos. Desde então, a Igreja Católica

Romana ensina que para cada ocasião e dia da semana há um “santo

protetor”.

O que há por detrás da veneração de Maria?

“Os filhos ajuntam a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres

preparam a massa e fazem bolos para a Rainha dos Céus. Além disso,

derramam ofertas a outros deuses para provocarem a minha ira.”

Jeremias 7:18.

Desde os primórdios da humanidade os homens tem buscado

adorar tudo aquilo que é místico, que é oculto e proibido. Para

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

entendermos melhor a veneração a Maria, temos que viajar pela História

da Humanidade e observar de forma detalha veneração a figura feminina.

Vejamos alguns exemplos ao longo da história que desembocam ao longo

dos séculos em Maria como um grande rio pagão:

Lilith:

É conhecida como um demônio feminino da noite, que se originou

na antiga Mesopotâmia. Lilith era associada ao vento e, pensava-se, por

isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e, mesmo, da morte.

Algumas vezes, ela seu utilizaria da água como uma espécie de portal para

o seu mundo.

Agora uma pequena pergunta: quem é conhecida no Brasil como

Rainha do Mar? Yemanjá, Iemanjá, Janaína, Rainha do Mar, Aiucá, Dona

Janaína, Inaê ou Maria princesa do Aioká é um orixá africano cujo nome

deriva da expressão ioruba Yéyé omo ejá, "Mãe cujos filhos são peixes".

Agora dentro de um sincretismo religioso quem é Yemanjá no catolicismo

romano? Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição e

Nossa Senhora da Glória. Se você não está convencido. Quem no Brasil é a

considerada a divindade da água doce?

Oxum é um orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em

todas as religiões afro-brasileiras. É o orixá das águas doces dos rios e

cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza. Nas

religiões afro-brasileiras, é sincretizada com diversas Nossas Senhoras. Na

Bahia, ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos

Prazeres. No Sul do Brasil, é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora

da Conceição, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste é associada ora à

denominação de Nossa Senhora, ora com Nossa Senhora da Conceição

Aparecida.

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

A imagem de Lilith, sob o nome de Lilitu, apareceu primeiramente

representando uma categoria de demônios ou espíritos de ventos e

tormentas na Suméria, por volta de 3000 a.C. Muitos estudiosos atribuem

a origem do nome fonético Lilith, por volta de 700 a.C.

Lilith figura como um demônio da noite nas escrituras hebraicas

(Talmud e Midrash). Lilith é, também, referida na Cabala como a primeira

mulher de Adão, sendo que em uma passagem, ela é acusada de ser a

serpente que levou Eva a comer do fruto proibido. No folclore popular

hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o

abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa, vindo

a tornar-se mãe dos demônios. De acordo com certas interpretações da

criação humana em Gênesis, no Velho Testamento, reconhecendo que

havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se,

recusou-se a “ficar sempre embaixo durante as suas relações sexuais”. Na

modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi à

primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal. Na Suméria e na

Babilônia, ela, ao mesmo tempo em que era cultuada, era identificada

comos demônios e espíritos malignos. Seu símbolo era a lua, pois assim

como a lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos a

assemelham a várias deusas da fertilidade, assim como deusas cruéis,

devido ao sincretismo com outras culturas.

Algumas vezes Lilith é associada com a Deusa grega Hécate, em

grego clássico: Εκάτη; Hekátē era uma deusa na religião e mitologia

grega, geralmente representada segurando duas tochas ou uma chave, e

em períodos mais recentes na forma tripla. Ela foi associada a

cruzamentos, entradas, fogo, luz, a lua, magia, bruxaria, o conhecimento

de ervas e plantas venenosas, necromancia e feitiçaria. Ela reinava sobre a

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

terra, mar e céu, bem como possuía um papel universal de salvadora

(Solteira), Mãe dos Anjos e a Alma do Mundo Cósmico. Ela era uma das

principais deidades adoradas nos lares atenienses como deusa protetora e

como a que conferia prosperidade e bênçãos diárias à família. "A mulher

escarlate", uma Deusa que guarda as portas do inferno montada em um

enorme cão de três cabeças, Cérbero. Hécate, assim como Lilite,

representa na cultura grega a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o

homem.

Rainha dos céus:

Quem em nosso país é venerada como a Rainha dos céus? Nossa

Senhora Rainha é um dos títulos de Maria, mãe de Jesus segundo a Igreja

Católica. Maria é invocada como rainha 12 (doze) vezes: Rainha dos anjos,

dos patriarcas, dos profetas, dos apóstolos, dos confessores, das virgens,

dos mártires, de todos os Santos, do Santíssimo Rosário, da paz, concebida

sem pecado original e levada aos céus.

O profeta Jeremias repreendeu os israelitas por estarem adorando a

Rainha dos Céus. O catolicismo romano atribui o título de Rainha dos Céus

à Virgem Maria. Esse termo tem origem bíblica ou pagã? Saiba como a

adoração às deusas é um denominador comum em muitas religiões e

poderá ser usado para uni-las em um futuro próximo.

Primeiro, vamos examinar a antiga Rainha dos Céus. A origem desse

título segundo estudiosos da história Persa foi Semíramis uma rainha

mitológica que segundo as lendas gregas e lendas persas reinou sobre a

Pérsia, Assíria, Armênia, Arábia, Egito e toda a Ásia, durante mais de 42

anos, foi fundadora da Babilônia e de seus jardins suspensos. Subiu ao céu

transformada em pomba, após entregar a coroa ao seu filho, Tamuz. A

maior parte destas informações a seguir foram extraídas do livro The Two

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Babylons publicado em 1917 (As Duas Babilônias: uma obra que provaria

que a adoração Papal seria a adoração a Nimrod e sua esposa.), de

Alexander Hislop, que foi um ministro da Igreja Livre da Escócia, conhecida

por suas críticas à Igreja Católica Romana. Hislop rastreou a adoração

babilônica da Rainha dos Céus até os dias após a morte de Ninrode. A data

exata desse acontecimento não é conhecida exatamente, mas parece ser

aproximadamente 400 anos após o dilúvio. Após a morte de Ninrode, sua

mulher, a rainha Semíramis, decidiu reter seu poder e suas riquezas. Ela

inventou a estória de que a morte de Ninrode foi para a salvação da

humanidade. Ninrode foi propagandeado como "a semente prometida da

mulher, que estava destinado a esmagar a cabeça da serpente, e ao fazer

isso, teria seu calcanhar ferido". Essa estória deu fundamento para o Zero-

ashta ou Zoroastro, também denominado "Nino", daí a corruptela da

"canção de ninar", que quer dizer: fazer dormir a criança), "Nini",

"Nemrod", "Gilgamesh", "Merodak" e "Chifroid".

De Nini, temos o nome de Nínive, por ele fundada e que foi a sede

do culto de Ishtar, na Assíria e na Babilônia. No culto caldaico era a

Astarote bíblica, dando origem ao culto de Amon, no Egito, durante o

domínio babilônico, no reinado de Semíramis.

Assim, a mãe deixou a mais poderosa impressão visual, pois era

uma pessoa adulta e estava vestida de forma magnificente.

Quando as pessoas começaram a adorar a mãe mais do que o filho,

os sacerdotes babilônicos sentiram-se forçados a publicar um edito para

divinizá-la também. Após a passagem de muito tempo, "o nascimento do

filho foi declarado miraculoso e, portanto, a mãe foi chamada de... Virgem

Mãe". Ela recebeu os títulos mais elevados. Foi chamada de Rainha dos

Céus.

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

A partir dessa origem pagã, a estória da Virgem Mãe, a Rainha dos

Céus, alastrou-se por todo o mundo. No Egito, era Athor, isto é, a

Habitação de Deus, para significar que nela habitava toda a "plenitude da

divindade". No Tibete e na China, era chamada de Virgem Deipara. Na

Grécia, era chamada de Héstia. Em Roma, era chamada de Juno, ou

Pomba. A partir dessa designação, a Pomba tornou-se o símbolo da

"rainha divinizada... comumente representada com um ramo de oliveira

no bico".

Astarote ou Astarte:

Astarte (grego Αστάρτη) (hebraico תרתשע) - personagem do

panteão fenício e na tradição bíblico-hebraica conhecida como deusa dos

Sidônios (I Reis 11:5). Era a mais importante deusa dos fenícios. Filha de

Baal e irmã de Camos, deusa da lua, da fertilidade, da sexualidade e da

guerra, adorada principalmente em Sidom, Tiro e Biblos.

Esta divindade bíblica é uma herança mitológica da história dos

povos da suméria (bíblica sinear) e dos acádios (Gênesis 10:10), onde

Asterate era chamada de Ishtar ou Inanna. Mais tarde para os gregos esta

divindade foi chamada de Afrodite e Hera, enquanto que para os egípcios

era recordada como Ísis ou, como outros defendem, Hator. Esta apareceu

pela primeira vez nesta mitologia depois da 18º dinastia, no relato da

batalha entre Hórus e Seth em que a sua identidade poderia ser

equiparada com Anat.

Segundo a mitologia suméria e acádia Ishtar (Asterate) era irmã de

Shamash, ao qual a bíblia se refere como Camoesh, Camos ou Quemós.

Em mais que um versículo na Bíblia estes dois nomes aparecem juntos. (I

Reis 11:33, II Reis 23:13)

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

O nome Asterate também aparece associado a Baal (Juízes 2:13,

Juízes 2:13, I Reis 18:19). Baal para os sumérios seria o deus Nana, ou Sin

para os Acádios, que também era pai de Ishtar/Inanna. Em Biblos Astarte

era conhecida como Baalate (forma feminina para Baal).

Deusa Mãe:

Uma deusa mãe (ou deusa-mãe) é uma Deusa, por vezes associada

à Mãe Terra; é representada como uma deusa geradora da vida, da

natureza, águas, fertilidade e cultura; geralmente sendo a generosa

personificação da Terra. Conhecidas como qadesh (sagrado) na maioria

das civilizações pagãs as deusas são criadoras do Universo, geram a vida, a

cultura, a agricultura, a linguagem e a escrita, resultando numa complexa

estrutura teológica, tais como: a Deusa hindu Sarasvati, honrada como

inventora do alfabeto original; a Deusa celta da Irlanda, Brígida, honrada

entre os celtas como deusa da linguagem; Deusa Nidaba da Suméria

(civilização tradicionalmente definida como berço da cultura da escrita),

como aquela que inicialmente inventou a escrita cuneiforme e a arte da

escrita (a escriba oficial da Suméria também era uma mulher: Enheduana).

A Mãe Terra é um tema que aparece em muitas mitologias. Ela é

uma deusa da fertilidade que personifica e incorpora a terra fértil e

tipicamente é mãe de outras divindades, assim como patrona da

maternidade. Isto se deve à interpretação de que a terra foi sempre vista

como origem de todas as coisas vivas. Várias religiões do Oriente Próximo,

muitas das quais representavam a Deusa mãe por uma serpente e outras

por uma simbologia de comunhão realizada pelo ato de comer uma fruta

de uma árvore que crescesse perto do altar dedicado à Deusa.

Uma consequência do culto à Deusa Mãe na Wicca (religião de

"culto às bruxas" e "bruxaria") é a supervalorização da natureza,

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

justificada pela sua ligação a Terra, na forma de Gaia. Além da Terra, outro

símbolo muito importante da Deusa é a Lua, onde se manifesta de três

maneiras, na forma de Deusa Tríplice, sendo a Lua Cheia associada ao seu

aspecto de Deusa Mãe.

Observação histórica:

Existem muitas outras divindades femininas, e isso seria impossível

comentar; mas como já foi falado anteriormente, cada uma delas acabam

formando um conjunto imenso de afluentes e desembocam ao longo da

história em Maria, formando um grande rio místico, maquiado pelo Clero

Romano como sendo a Mãe de Deus. Em quase todas as culturas a figura

da veneração a Deusa aparece, e tem o intuito de retirar o foco de

adoração dos homens ao verdadeiro Deus, isso em todas as épocas da

história mundial.

Quem é Maria para o Catolicismo Romano?

Segundo o catolicismo, “finalmente, a Imaculada Virgem,

preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da

vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que

mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e

vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do

universo. A assunção da Virgem Maria é uma participação singular na

ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros

cristãos”.

Qualquer conhecedor das Escrituras fica aborrecido diante de

tamanha distorção. A humilde camponesa de Belém, que singelamente

aceitou sua missão de ser a mãe de Jesus, foi, ao longo dos séculos,

transformada em uma divindade pagã.

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Em toda a Bíblia, a figura de Maria não recebe qualquer posição

especial com relação a Jesus ou ao plano de salvação:

• Jesus não a chamava de mãe, mas de mulher (Jo 4.4; 19.26);

• Aos que a definiram como sua mãe Ele fez questão de mostrar que

seus familiares são os seus seguidores (Mt 12.46-50);

• Quando quiseram atribuir alguma honra a Maria pelo fato de ter

dado à luz a Jesus, Ele fez questão de mostrar que há honra maior em

obedecer a Deus (Lc 11.27-28);

• Nenhum dos apóstolos fez qualquer menção a ela, seja Paulo,

Pedro, Tiago, João ou Judas.

Mas quando olhamos para o marianismo, não vemos apenas uma

ascensão física, mas uma ascensão de importância que vem, através dos

séculos, transformando a mãe de Jesus na figura central do Catolicismo e,

consequentemente, da fé popular.

Sobre isto disse o Papa João Paulo II: “Tendo entrado no reino

eterno do Pai, mais próxima do divino Filho e, portanto, de todos nós, Ela

pode exercer no Espírito de maneira mais eficaz, a função de intercessão

materna que lhe foi confiada pela Providência divina. Próxima de Cristo e

em comunhão com Ele, (…) o Pai celeste quis à intercessão sacerdotal do

Redentor unir a intercessão materna da Virgem. Trata-se de uma função

que Ela exerce em benefício daqueles que estão em perigo e têm

necessidade de favores temporais e, sobretudo, da salvação eterna”.

Observe as declarações do Padre Moisés Coelho – Comunidade

Obra de Maria, quando ministrava um sermão na Rede de Rádio e TV

Canção Nova – sábado 4MAI13 com o seguinte tema: Maria, Forte

esquadrão contra o inimigo:

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

“Maria com seu amor e seu carinho começa desde toda eternidade

interceder por cada um de nós”;

“Segundo São Luís, existe muitos caminhos para ser santo, mas o

melhor caminho é por Maria”;

“A humildade de Nossa Senhora humilha muito mais o inimigo que

o poder divino. Porque ele sabe que Jesus já é Senhor. Agora ser vencido

por uma mulher simples e humilde, isso o corroí”;

“As orações de Maria junto a Deus tem muito mais poder do que a

intercessão de todos os anjos e santos da Terra e do Céu diz Santo

Agostinho”;

“Muitas coisas se pedem a Deus, e não se alcançam. Pedem-se a

Maria, e conseguem-se”;

E o padre termina a pregação dele em alto nível:

“Nossa Senhora vence as batalhas de nossas vidas. Os Problemas

estão ai mais com Ela podemos vencê-los”.

Atenção!

Querem dar a Maria, uma posição de deusa na Eternidade, querem

dar a ela, e isso conforme dogmas, e doutrinas inquestionáveis

estabelecidas por homens, e não pelo Deus Todo-poderoso; e o mais

absurdo a posição que pertence somente o Filho, e isso digo,

catedraticamente Filho não de Maria, mas Filho de Deus, a posição de

intercessora. Para responder as muitas argumentações nada melhor que a

própria verdade para responder, a Palavra de Deus:

“Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o

homem Cristo Jesus,” 1 Timóteo 2:5;

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Perdoe-me, não se convenceu? Então tá: “a Jesus, mediador de

uma nova aliança, e ao sangue aspergido, que fala melhor do que o

sangue de Abel.” Hebreus 12:24;

E se você ainda acha que acabou aqui, você está engando, veja essa

Palavra: “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não

pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai,

Jesus Cristo, o Justo. 1 João 2:1;

Vou parar por aqui, pois é muito clara a Palavra de Deus: “Pois

Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples

representação do verdadeiro; ele entrou no próprio céu, para agora se

apresentar diante de Deus em nosso favor; Hebreus 9:24.

Quem é Maria segundo a Bíblia? Não segundo os Protestantes,

mas segundo a Palavra de Deus!

Maria foi uma mulher escolhida por Deus, criatura como todos nós

– Lucas 1:32, 35

Uma mulher é uma criatura de Cristo (Colossenses 1:15-17), a

criatura não pode ser mãe do Criador. Jesus é antes de todas as coisas,

antes mesmo do nascimento de Sua mãe (João 1:1-3). Uma mulher

humana não poderia jamais gerar por si mesma um deus. Jesus é o Filho

de Deus (Lucas 1:32); Ele é plenamente divino e eterno, mas se fez

homem (Filipenses 2:5-8). Nesse processo foi necessário o corpo de uma

mulher (Gênesis 3:15). Não veja Maria como mãe de Deus, pois ninguém

na Bíblia a identificou assim, nem ela mesma.

Maria foi alcançada pela Graça de Deus – Lucas 1:28, 30

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Maria, embora tão carente de perdão e salvação como qualquer

outra pessoa, foi agraciada por Deus como Noé (Gênesis 6:8), Davi (Salmo

6:4; 13:5) e muitos outros (Atos 15:11). Maria foi agraciada, pois nenhum

ser humano está isento do pecado e não merece nada a não ser a morte

(Romano 5:12). Mas a bondade de Deus se manifestou com misericórdia e

graça a todos, em especial a Maria. Veja Maria como uma mulher que

recebeu a graça imerecida de um Deus misericordioso e compassivo.

Maria também era uma pecadora que precisava de perdão, jamais

poderia ser Imaculada – Lucas 1:47

Maria não é imaculada, porque a Bíblia declara que na terra não há

um justo, nem um sequer (Salmo 14:2-3; Romanos 3:10-11). O único justo

foi Jesus (Atos 3:14-15). Maria não é imaculada, porque ela mesma sabia

que precisava de um Salvador (Lucas 1:47), por isso ela oferecia sacrifícios

pelos seus próprios pecados (Lucas 2:21-24). Não olhe para Maria como

imaculada, sem defeito e sem pecado; pois ela reconheceu a necessidade

de um Salvador.

Maria foi salva, por isso nunca poderia ser mediador entre Deus e

o homem – Lucas 1:46-49

Maria nunca se posicionou como intercessora ou mediadora, mas

como bem-aventurada por ser mãe de Jesus, o qual, sendo divino, nasceu

como homem. Há uma atitude de Jesus em Lucas 8:19-21 que deixa claro

que se Maria quisesse salvar-se deveria ouvir e executar a vontade do Pai,

como qualquer pecador. Maria não pode ser intercessora de ninguém no

Céu, pois a Bíblia declara que só existe um único intercessor (I Timóteo

2:5), e, fora este não há outro caminho para Deus e para a salvação (João

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

14:6; Atos 4:12). Não vá a Maria como intercessora, pois a Bíblia declara

que o único e exclusivo intercessor e mediador é Jesus.

Maria foi casada, por isso não permaneceu virgem – Lucas 1:27.

Maria permaneceu virgem até que o ente Santo, gerado pelo

Espírito Santo, fosse concebido (Lucas 1:35; Mateus 1:25). Maria se casou

com José; e, depois que Jesus nasceu, teve relações sexuais com seu

marido; conforme declarado na palavra “conheceu” (Mateus 1:25; Gênesis

4:1, 25). Não creia na ideologia humana de que Maria foi sempre virgem,

pois a Bíblia declara que ela teve relações sexuais com seu marido José.

Maria permaneceu orando na Terra clamando ao Senhor e não foi

para o Céu mediar pelos homens – Atos 1:9-15

Maria não subiu ao Céu com Jesus. Depois que Jesus foi assunto ao

Céu, Seus discípulos ficaram no cenáculo orando por dez dias juntamente

com as mulheres, entre aos quais estava Maria. Ela ficou orando com os

cristãos, não foi ao Céu orar pelos cristãos. Maria necessitava de oração,

de poder e do Espírito Santo como qualquer um dos 120 que estavam

reunidos em oração esperando pela promessa de Deus Pai, o recebimento

do poder do Espírito Santo (Atos 1:4, 8). Veja Maria como uma mulher de

oração buscando o cumprimento das promessas de Deus e o poder do

Espírito Santo. Aprendamos a viver o verdadeiro cristianismo com a

verdadeira Maria apresentada na Bíblia.

Maria sempre adorou a Deus, nunca recebeu ou avocou para si

adoração entre os seus – Lucas 1:46-55

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Maria expressou sua alegria e gratidão na composição de um belo e

extraordinário cântico. Maria compôs esse cântico o qual se tornou

conhecido em toda a história de toda a cristandade. Esse cântico é

conhecido como Magnificat (O texto do cântico vem diretamente do

Evangelho segundo Lucas 1, onde é recitado pela Virgem Maria na ocasião

da Visitação de sua prima Isabel). Veja Maria como uma mulher que exulta

em adoração ao seu Deus na composição de uma linda e extraordinária

canção.

Maria aceitou o propósito do Senhor de forma extremamente

humilde, nunca se exaltou – Lucas 1:34, 38

Maria não questionou o anjo, o qual lhe trouxe mensagem de graça.

Ela humildemente pergunta-lhe como tudo aquilo poderia acontecer.

Maria aceita com humildade e foi prestativa afirmando ser a serva do

Senhor. Veja Maria como uma mulher humilde e submissa aos complexos

planos de Deus.

Maria entregou-se corajosamente ao Plano do Senhor em trazer o

Salvador ao Mundo, foi uma serva obediente a seu Senhor – Lucas 1:38

Maria apenas se preocupou em fazer a vontade de Deus, não com o

que poderia pensar José, seus pais, a sociedade e a liderança da igreja

caso ela aparecesse grávida sem ainda estar casada com José. Maria sabia

que poderia ser mal interpretada, rejeitada e até apedrejada por aparecer

grávida ainda solteira; mas aceitou o desafio sem se importar com as

consequências. Ela foi corajosa ao ser uma instrumentalidade nas mãos de

Deus. Veja Maria como uma mulher corajosa, a ponto de arriscar sua vida

a fim de cumprir a vontade de Deus.

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Maria permaneceu fiel aos Mandamentos do Senhor, e não

obedeceu a mandamentos criados por homens – Lucas 23:54-46

Maria era uma mulher temente a Deus, por isso foi escolhida pela

graça de Deus quando era uma tenra moça, ainda solteira. Maria

permaneceu obediente aos mandamentos de Deus durante sua vida. Ela

não seguia os mandamentos manipulados e adulterados dos homens, mas

todos os Dez Mandamentos de Deus baseados na Bíblia em Êxodo 20:8-

11. Veja Maria como uma mulher fiel a Deus e aos Mandamentos do

Senhor.

A Preexistência do Verbo:

A preexistência de Cristo se refere à doutrina da existência pessoal

de Cristo antes de sua concepção. Uma das passagens relevantes da Bíblia

sobre o assunto é João 1:1-18, onde, na visão trinitária, Cristo é

identificado com a hipóstase (em grego antigo: ὑπόστᾰσις - hypostasis,

"substância") divina preexistente chamada Logos ou Verbo. Para um

melhor entendimento leiamos João capítulo 1:1-18. A Palavra de Deus

declara enfaticamente que Cristo já existia antes que viesse ao mundo,

antes que encarnasse, nascendo como homem, filho de Maria. Esta

declaração, sustentada pelas Escrituras, é prova de que Cristo não é

apenas um homem (pois nenhum homem existiu antes de seu

nascimento), mas Ele é Deus Eterno e Incriado. A vida do Filho de Deus

não “começa” com o nascimento de Jesus, não começa em Maria. O Cristo

visto e acompanhado pelos discípulos na Terra preexistia ou existia antes

de se manifestar aos homens; era o próprio Deus.

Jesus declara que desceu do céu (Jo 6.38, 51, 58, 62; 3.13). Ele

afirma claramente que existia no céu antes da sua vinda a esta terra. Jesus

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

declara que foi enviado, que desceu, isto implica em existência anterior à

sua vinda (Jo 8.42; 13.3; 16.28). Jesus declara que existia antes de Abraão

(Jo 8.58). Os judeus perguntam: “Ainda não tens cinquenta anos e viste

Abraão?”, indicando claramente que o homem Jesus não tinha idade

suficiente para fazer esta declaração, mas o Filho de Deus existia

eternamente, o que equivalia a declarar-se Deus e, por isso, quiseram

apedrejá-lo (Jo 8.56-59). A expressão “Eu sou” afirma sua eternidade e

divindade.

Paulo afirma que Cristo já existia como Deus (Fp 2.5-7). O Cristo

preexistente, que é Deus, se tornou homem. Afirma também a sua glória

anterior quando diz que ele “sendo rico, se fez pobre” (2Co 8.9). Cristo

participa ativamente na criação do mundo (Cl 1.15,16; 1Co 8.6), o que

exige Sua preexistência. O Filho, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade,

é enviado pelo Pai e assume a natureza humana (Rm 8.3; Gl 4.4).

As afirmações sobre a preexistência de Cristo são numerosas.

Existem outros textos do Novo Testamento que enfatizam a preexistência

de Cristo (Jo 3.16; 7.28-29; 8.23; 20.28; 1Co 8.6; 2Co 8.9; Hb 1.3; 13.8; 1

Tm 3.16; 1Pe 1.20; 1Jo 5.20; Ap 22.13). O escritor da epístola aos Hebreus

afirma sua existência anterior (Hb 13.8) e sua participação na criação (Hb

1.2).

Temos ainda inúmeras manifestações do Senhor Jesus antes do seu

nascimento dentro do período do Antigo Testamento como no Salmo 34.7

diz: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos o temem, e os livra”. O

anjo do Senhor é a expressão usada, quase sempre, no Antigo Testamento

para designar o próprio Cristo em várias de suas manifestações antes de

sua encarnação, podendo ocorrer uma teofania. Como está descrito nesse

salmo temos o privilégio de termos o Senhor Jesus acampado ao nosso

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

redor como nosso fiel guardião. Assim sendo, em algumas vezes aparece

à expressão “Anjo do Senhor” ou “Meu Anjo” quando Deus fala, é

representado como um ser celeste enviado para tratar com os homens

como seu agente ou seu embaixador pessoal e porta-voz. Em muitas

passagens ele é distinto de Deus, mas depois é identificado como sendo

de fato uma personalidade divina em sentido Uno, não somente fala em

nome de Deus, mas fala como o próprio Deus, na 1ª pessoa do singular.

Como exemplo disso, tal fato ocorreu com Manoá, pai de Sansão, que em

determinado momento indagou ao Anjo do Senhor: “Qual é o teu

nome,...” e ele respondeu: “Por que perguntas assim pelo meu nome, que

é maravilhoso?” (Jz 13.17,18) corroborando com este texto temos a

profecia de Isaías 9.6 que disse que o nome do Menino será

“Maravilhoso”. Um dos trechos mais claros é o de Gênesis 18, quando três

homens aparecem diante de Abraão. Dois são chamados de anjos e um

deles é chamado de Senhor.