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A lição mais importante sobre Finanças Pessoais que aprendi com o Tio Sid Por Mark Ford Sid era meu “tio” judeu e com ele aprendi a lição mais importante sobre finanças pessoais. Quando comecei a ganhar dinheiro, em 1983, Sid (que era sogro do meu mentor e meu contador pessoal) me convidou para almoçar e conversar sobre os “fatos da vida”. Fiquei aliviado quando descobri que a intenção de Sid não era explicar como os bebês nasciam (eu tinha 33 anos), mas sim me contar como administrar meu próprio dinheiro. “Há basicamente três coisas que você pode fazer com o seu dinheiro”, ele disse. “Gastar, guardar ou investir.” Como vim de uma família pobre, ficava animado em gastar meu dinheiro. Era o que Sid observava ao analisar meus extratos. Ele disse: “Mark, você é um cavalheiro, mas, em relação a dinheiro, é um grosso. Como ficará rico se gastar tudo o que ganha?” “Mas estou comprando coisas de valor”, protestei. Usei como exemplo dois carros novos e as joias da minha esposa. “Não seja burro”, respondeu. “Esses são ativos que depreciam. É a mesma coisa que colocar seu dinheiro no liquidificador.” Eu sabia que ele estava certo. Por isso, prometi guardar um pouco de dinheiro. “Mas não é suficiente. Guardar não serve pra nada além de pagar contas. Você não vai ficar rico pagando contas futuras.Você tem que investir se quiser criar riqueza.” Eu não tinha ideia do que ele estava falando. Na época, sendo um novo rico, nunca havia considerado a diferença entre guardar e investir. Eu admiti que estava confuso e pedi alguns esclarecimentos. E Sid disse: de 1 5 20.ago.2015 Geyza Dalmásio Muniz - 094.940.397-00

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Sobre finanças pessoais.

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A lição mais importante sobre Finanças Pessoais que aprendi com o Tio Sid

Por Mark Ford

Sid era meu “tio” judeu e com ele aprendi a lição mais importante sobre finanças pessoais.

Quando comecei a ganhar dinheiro, em 1983, Sid (que era sogro do meu mentor e meu

contador pessoal) me convidou para almoçar e conversar sobre os “fatos da vida”. 

Fiquei aliviado quando descobri que a intenção de Sid não era explicar como os bebês nasciam

(eu tinha 33 anos), mas sim me contar como administrar meu próprio dinheiro. 

“Há basicamente três coisas que você pode fazer com o seu dinheiro”, ele disse. “Gastar,

guardar ou investir.”

Como vim de uma família pobre, ficava animado em gastar meu dinheiro. Era o que Sid

observava ao analisar meus extratos.

Ele disse: “Mark, você é um cavalheiro, mas, em relação a dinheiro, é um grosso. Como ficará

rico se gastar tudo o que ganha?”

“Mas estou comprando coisas de valor”, protestei. Usei como exemplo dois carros novos e as

joias da minha esposa.

“Não seja burro”, respondeu. “Esses são ativos que depreciam. É a mesma coisa que colocar seu

dinheiro no liquidificador.”

Eu sabia que ele estava certo. Por isso, prometi guardar um pouco de dinheiro.

“Mas não é suficiente. Guardar não serve pra nada além de pagar contas. Você não vai ficar rico

pagando contas futuras. Você tem que investir se quiser criar riqueza.”

Eu não tinha ideia do que ele estava falando. Na época, sendo um novo rico, nunca havia

considerado a diferença entre guardar e investir.

Eu admiti que estava confuso e pedi alguns esclarecimentos. E Sid disse:

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O propósito de gastar é cuidar das despesas do momento e evitar dívidas.

O propósito de guardar é cuidar de despesas futuras, guardando dinheiro excedente.

O propósito de investir é aumentar a riqueza.

Pode parecer senso comum, mas frequentemente isso que ele disse passa despercebido.

Depois dos ensinamentos, Sid me disse a coisa mais importante de todas: o que realmente

importa na criação de riqueza é saber administrar o dinheiro. 

“Sempre separe seu dinheiro em três pilhas”, ele disse, “uma para despesas, uma para poupança

e uma para investimentos”.

Foi o que fiz.

Em 1983, organizei meu dinheiro em três contas bancárias: o que eu precisava para gastar, o que

eu precisava para guardar e o que eu precisava para investir.

Eu colocava o dinheiro que minha esposa e eu precisávamos para o aluguel, a comida e o lazer

na primeira conta.

Na segunda conta, colocava o dinheiro que havíamos decidido guardar para a nossa

aposentadoria, a faculdades dos filhos e a entrada de uma casa – isso era feito todos os meses.

Todo o dinheiro que sobrava, se havia algum, ia para a terceira conta.

Separando o dinheiro fisicamente consegui absorver gradualmente a sabedoria de Sid, enquanto

observava a flutuação de cada conta. Comecei a entender quais eram minhas prioridades na

função de gastador, poupador e investidor da renda familiar.

Como os propósitos são distintos, cada conta deve ter uma lógica diferente. Por exemplo:

- Contas de despesas devem ser mais simples (podem ser pagas em dinheiro e débito, por

exemplo).

- Poupanças devem ser seguras – muito seguras. O objetivo é proteger e preservar valor, não o

aumentar (o fato de chamarmos essa conta de “poupança” não quer dizer necessariamente

fazer aplicação na poupança).

- Contas de investimentos devem ser organizadas para proporcionar crescimento máximo em

um período pré-determinado. Quanto maior o prazo, melhor.

Meus colegas brasileiros do Criando Riqueza PRO falaram algumas vezes sobre a importância

de separar o dinheiro de acordo com as finalidades e as necessidades de realizar resgates. Eles

dizem como fazer isso de acordo com as possibilidades de aplicações existentes no Brasil

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(como CDB, Tesouro Direto e outros produtos financeiros). Hoje, minha história de hoje

reforça a importância de seguir esse caminho.

Entre outros insights que tive no aprendizado com o Sid, há alguns outros que quero destacar.

Primeiro, gastar te deixa mais pobre. Segundo, nunca permita que sua poupança flutue. Ela deve

aumentar continuamente até que você atinja sua meta. Também aprendi que criar riqueza é um

pouco arriscado, mas não tanto quanto as pessoas imaginam. Investindo a longo prazo, é

possível criar muita riqueza sem trabalhar demais ou passar por muito estresse.

De novo, parece senso comum, mas tenho certeza que 99% da população não entende isso de

verdade. Também tenho certeza que o mesmo vale para 90% dos maiores criadores de riqueza

do mundo.

É importante entender a diferença entre gastar, guardar e investir. Separe seu dinheiro em três

contas. Sigo o conselho dado pelo tio Sid há mais de 30 anos. Ele não me ajudou a ficar rico,

mas a continuar rico.

Abraços,

Mark

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* O analista Rodolfo Amstalden é o responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16, parágrafo único da Instrução ICVM 483/10.

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Rodolfo Amstalden, Analista CNPI*

Walter Poladian, Planejador Financeiro CFP

Analistas responsáveis

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