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Market Watch (Novembro de 2010 - Ano II/ No 2)

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Relatório preparado pela diretoria de Marketing & Vendas para a América Latina da Embraer– Aviação Comercial.

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UMA NOVA AMÉRICA LATINAOs quatro melhores lucros líquidos das Américas em 2009; um dos melhores CASK do mundo; os três melhores EBITDAR das Américas; a quarta maior frota de aviões de ERJ 145 do mundo; a terceira maior empresa regional (exceto EUA) em cidades atendidas; a mais alta utilização diária do mundo na aviação comercial regular. Sim, estes são alguns dos impressionantes resultados conquistados por empresas aéreas da América Latina.

Por trás deste sucesso está um crescimento sustentado da economia e da demanda interna dos países latino-americanos. Sub-regiões como a Comunidade Andina e o Mercosul vêm puxando o crescimento regional, com taxas médias de 6,7 e 5,9 vezes a média de crescimento do PIB da União Européia (entre os anos de2005 e 2009).

A capacidade de recuperação da crise econômica se mostrou igualmente positiva e, com isso, a confiança dos investidores cresceu ratificada pelo aumento gradativo dos investimentos estrangeiros e das melhores classificações de risco outorgadas a países latino-americanos por bancos especializados.

Com o crescimento econômico e com políticas sociais, os países têm obtido relativo sucesso na redução gradual das taxas de pobreza. Entre 2000 e 2008, a América Latina tirou da linha da pobreza um total próximo a 35 milhões de pessoas, tendo o Brasil contribuído com mais de 40% deste ganho. Parte da melhor condição social foi responsável pelo crescimento da demanda doméstica nos países latino-americanos, o que contribui para o aumento da demanda do Transporte Aéreo.

No caso do Brasil, por exemplo, estima-se que cerca de 9 milhões de novos passageiros voarão pela primeira vez nos próximos 12 meses.

Ásia-Pacífico América do Norte América Latina Oriente Médio África Europa

Lucro Líquido por região

US$

bilh

ões

E

40

30

20

10

0

Milh

ões

de P

esso

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ra d

a ár

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e po

brez

a

Brasil Venezuela Peru México Colômbia Chile Outros

Market Watch2

Fontes: ECLAC e The Economist (Abr. 2010)

Fonte: IATA (Set. 2010)

UMA NOVA AMÉRICA LATINAConsistente com o crescimento da região, as linhas aéreas latino-americanas têm aproveitado as oportunidades do mercado e atingido maiores níveis de eficiência operacional e financeira. Altas taxas de utilização e ganhos financeiros excedendo aqueles de suas equivalentes norte-americanas são algumas das evidências desse sucesso. A América Latina é a única região do mundo a apresentar lucros líquidos em ambos os anos de 2009 e 2010. Como exemplo da lucratividade, os lucros obtidos pelas linhas aéreas de capital aberto da região em 2009, corresponderam ao equivalente a 80% de todo o lucro líquido obtido por essas empresas nos Estados Unidos e América Latina.

A região vem despontando nos últimos anos como uma das regiões que mais cresce no setor de Transporte Aéreo. Com uma média de, aproximadamente, 8% de crescimento da demanda de passageiros dentro da região desde 2005, ela deverá crescer acima de 10% em 2010, totalizando uma taxa superior a 70% no acumulado desde 2004. Para acompanhar o incremento da demanda, a frota de aeronaves vem, igualmente, crescendo de forma consistente e acumulou um acréscimo de 35% desde 2004.

1000

500

0

TAM

GOL

CopaLAN

AirTran

Southwest

SkywestJet Blue

Republic

U.S. Airw

ays

Continental

United Airlines

Delta Air Lines

AMR Corporation

-500

-1000

-1500

-2000

Lucro Líquido, 2009Companhias Aéreas da América Latina e EUA

US$

milh

ões

Demanda Intra-América LatinaMilhões de Passageiros Transportados

9385

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010E

104118112

123136

As melhores condições econômicas e sociais da região ajudaram a gerar 3 resultados relevantes:

Resultado 1: crescimento sustentado da demanda de Transporte Aéreo.

Resultado 2: resultados financeiros positivos e perspectivas futuras bastante otimistas para as linhas aéreas da região.

Resultado 3: maiores lucros e capitalização das linhas aéreas.

3

Fontes: SABRE e ALTA (Maio 2010)

Fontes: Thompson One e NASDAQ (Maio 2010)

PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃOA alta concentração do tráfego aéreo em poucos aeroportos e congestionamento de alguns dos principais aeroportos da região (ex.: Cidade do México, Guarulhos, Congonhas e Aeroparque) são fatores que ainda merecem a devida atenção. Atualmente, apenas 15 aeroportos em toda a América Latina concentram mais de 60% dos assentos oferecidos pelas linhas aéreas regulares. A integração regional é outro fator que merece atenção. A visão da América Latina como uma região unida, sem fronteiras, vem avançando por meio de ações dedicadas à liberalização dos acordos de tráfego aéreo entre países, mas este cenário precisa avançar mais rapidamente. Alguns esforços neste sentido têm sido feitos e podem ser destacados:

O crescimento do setor trouxe, também, um acirramento gradual do ambiente competitivo, seja pelas linhas aéreas já estabelecidas ou pela entrada de novos competidores. Mais de 6 novas empresas iniciaram operação nos últimos 2 anos na região. O aumento da rivalidade interna pode ser visto pela redução da concentração de mercado,

que, embora ainda distante daquela existente no mercado norte-americano, por exemplo, tem apresentado redução em boa parte dos países latino-americanos. Em um ambiente de maior competição, as linhas aéreas devem desenhar suas estratégias para assegurar vantagens competitivas no longo prazo. Parte destes esforços foi a adoção de estratégias direcionadas às Fusões & Aquisições, tal como foram os exemplos dos grupos COPA, Grupo Synergy, GOL e LATAM. Estimam-se que estas consolidações devam fortalecer os grupos e criar sinergias internas.

Fuentes: Páginas web de CAN, ANAC y CLAC (jun 2010)

ColômbiaEquador

PeruBolívia

Bolívia

ParaguaiChile Uruguai

Argentina

PeruBrasil

Acordo de Fortaleza

5ª Concessão de Liberdade do ArLiberação de todos os aeroportos internacionaisnos países-membrosLiberação de capacidade, frequência e tipode aeronave

Políticas voltadas para o relaxamentode acordos bilaterais

Decisão nº 582: Transporte Aéreona Comunidade Andina3ª, 4ª e 5ª Concessões de Liberdades do Ar

Comisión Latinoamericana de Aviación Civil A Decisão 582 da Comunidade Andina que estabelece as Liberdades do Ar entre os países membros;

O Acordo de Fortaleza;

As políticas conduzidas pela CLAC, Comissão Latinoamericana de Aviação Civil.

AeroGal

LATAM

Market Watch4

Fontes: CAN, ANAC e CLAC (Jun. 2010)

Fontes: Embraer e linhas aéreas

Outro fator de grande relevância é a idade da frota. Aeronaves mais novas significam menores custos operacionais, motivados por consumos reduzidos de combustível e manutenção, por exemplo. A idade média da frota latino-americana reduziu significativamente, em especial desde 2005, tendo a região deixado de receber um número elevado de aeronaves usadas. No entanto a região continua com uma idade média superior à mundial em 18%. Além disso, há um considerável excesso de narrow bodies novos e usados realizando rotas que não são elegíveis a sua capacidade.

Como consequencia do excesso de narrow bodies, muitas cidades perderam voos ou carecem de um número adequado de frequencias diárias. Este papel normalmente é cumprido por jatos menores, hoje carentes na região. Se compararmos com os Estados Unidos e Canada, a América Latina chega a possuir 10 vezes menos jatos de 30 a 120 assentos por milhão de habitante.

No primeiro semestre de 2010, por exemplo, os Estados Unidos e Canada possuíam aproximadamente, 30% de aeronaves regionais a jato no total da frota, enquanto a América Latina possuía somente 14% deste segmento.

O potencial de crescimento é alto e deve continuar sendo explorado.

Número de jatos (30-120 assentos) por milhão de pessoas

0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00

EUA & Canadá

América Latina

5

Fontes: OAG e ACAS (Set. 2010)

Fonte: OAG (Jun. 2010)

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RUMO À EFICIÊNCIA E COMPETITIVIDADEMercados de média e baixa densidades, até 300 PDEW (Passenger Daily Each Way), representam o maior segmento na América Latina, correspondendo a 82% dos mercados Origem-Destino. Estratégias que permitam a captura destes mercados devem considerar a oferta de voos com aeronaves adequadas a este perfil de demanda. O uso dos equipamentos adequados permite à linha aérea maximizar a sua eficiência operacional, gerando a melhor relação entre receita e custo. O perfil de frequências de voos das rotas na América Latina mostra um potencial significativo para crescimento e melhor atendimento das rotas atualmente servidas: 48% do número de rotas com demanda entre 25 e 300 PDEWs possuem frequência menor que uma. O aumento da oferta de voos acarreta na melhor disponibilidade de horários e melhor atendimento às necessidades dos passageiros, fatores que juntos, estimulam o mercado e fortalecem a taxa de crescimento da demanda de passageiros.

Estes mercados de média densidade não apenas são maioria na América Latina, como também possuem algumas características bastante importantes a serem exploradas:

Melhor Yield: mercados de média densidade possuem yields tipicamente superiores àqueles de maior densidade, o que significa uma receita média maior por passageiro embarcado.

Menos Competição: muitos dos mercados médios ainda se encontram pouco explorados na América Latina. O que lhes confere um menor nível de rivalidade. A abertura de voos permite, por exemplo, que a empresa se estabeleça posicionando-se estrategicamente e usufruindo de maiores estímulos da demanda local.

Melhores Oportunidades, Mais Crescimento: a oferta de voos em mercados pouco explorados oferece maiores taxas de crescimento, em parte devido aos maiores níveis de estímulo à demanda pela inclusão de voos em mercados não servidos e pelo acréscimo de frequencias naqueles mercados pobremente atendidos. Em alguns casos, muitas oportunidades de crescimento têm sido exploradas com a implantação de hubs regionais, permitindo uma maior descentralização do tráfego e um melhor atendimento às necessidades da demanda local.

82%

18%

Núm

ero

de M

erca

dos

Perfil da Demanda O & D (Origem - Destino)

Passengers Daily Each Way (PDEW)

0

20

180

253

149

18

79

44

26-5051-100

101-200

201-300

301-400

4001-500

501-600

601-700

701-800

801-900

901-1000

1001-1100

1101-1200

1201-1300>1300

17 179 8 6 5 5 5

15

50

75

100

125

150

175

200

225

250

275

Fonte: SABRE (2009)

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RUMO À EFICIÊNCIA E COMPETITIVIDADEÉ importante observar também, que 68% dos voos realizados com aeronaves com mais de 120 assentos levantam voo com um número de 40 a 110 passageiros, apenas. Isto significa, diretamente, que devido ao excesso de aviões narrow body na região, o número de assentos ofertados não está de acordo com a demanda, resultando em baixas taxas de ocupação e gastos desnecessários para uma mesma receita. Podemos concluir então, que a maioria dos voos na América Latina possui uma demanda mais apropriada para aeronaves de 70 a 120 assentos de capacidade.

Mas não é só a demanda que é favorável para aeronaves de assentos de 70-120, a lucratividade por voo também; vejamos: No exemplo acima simulamos uma rota de 600mn, a uma tarifa média de 100 dólares para o ambiente de custos da América Latina. O resultado obtido mostra que para um voo entre 55 e 95 passageiros, a melhor opção seria um avião de 100 assentos, onde o lucro por voo é de até 3 vezes superior a um narrow body de 180 assentos. Mais que isso, este mesmo narrow body só alcançaria o ponto de equíbrio com 71 passageiros a bordo, ou seja, seriam necessários 16 passageiros a mais que o de 100 assentos para atingir o mesmo resultado.

Um outro exemplo: para um voo de 80 passageiros, nas condições acima, um avião de 100 assentos teria um lucro de, aproximadamente, 2000 dólares. Para obter este mesmo resultado, um narrow body de 180 assentos necessitaria cobrar 17% a mais que o avião de 100 assentos.

O menor custo por viagem, a alocação do tamanho certo do avião para mercados compatíveis com sua capacidadee o gerenciamento da receita são os principais elementos que, em consonância, confirmam uma operação maiseficiente e lucrativa.

68%

Passageirospor partida

Voos Intra-Am. Latina(apenas aeronaves >120 assentos)

Ocupação adequada paraaeronaves de 70-120 assentos

1-19

2%1%

4%

7%

9%

13%

11% 11%10%

7%6% 6%

4% 4%5%

20-3

9

30-3

9

40-4

9

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9

60-6

9

70-7

9

80-8

9

90-9

9

100-

109

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119

120-

129

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149

>=

150 Co

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por

voo

(USD

)

Contribuição para o lucro por voo (USD)

40

($1,000)

$1,000

$2,000

$3,000

$4,000

$5,000

$0

($2,000)

($3,000)

($4,000)

45 55 60 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 14050 65

61-75 76-90 90-105

Avião 100 assentos NB 180

Ambiente:Setor Médio:Tarifa Média:Preço Combustível:

LatAm600 mn100 USD0,69 USD

Demanda de passageirospor voo

Fontes: Sabre e OAG BackFonte: Embraer

EM RESUMO CONTATOS

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A América Latina vem crescendo a taxas bastante promissoras. As linhas aéreas da região possuem uma gama bastante ampla de oportunidades à frente e têm atuado para capturá-las. Exemplos de lucratividade são vários, mas ainda há muito espaço para crescimento de mercado e retornos financeiros. As ações estratégicas voltadas para a consolidação do negócio e a sustentação da vantagem competitiva no longo prazo passam, inevitavelmente, por medidas tais como:

Atendimento às necessidades dos passageiros; Oferta de voos diretos; Tarifas acessíveis e compatíveis com o mercado; Horários de voos adequados; Maior comforto; Aumento da presença de mercado: • Aumento das frequencias de voo; • Abertura de novos mercados médios com voos diretos; Maior eficiência operacional 4 maior lucratividade: • Adequação do tamanho da aeronave ao tamanho do mercado; • Maximização do “Gerenciamento de Receita” e eficiência em custo.

Marketing & Vendas para a América Latina – Aviação Comercial

Tel.: + 55 12 3927 3059E-mail: [email protected]

Encontre outros exemplos em:http://www.embraercommercialjets.com/inservice/index.htmhttp://www.embraercommercialjets.com.br