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Marketing Digital Orgânico

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O guia do marketing digital moderno para você conquistar o Google, ganhar seguidores e vender na internet com inbound marketing, marketing de conteúdo e experiência de usuário.

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Marketing Digital OrgânicoEdição 2015

Bruno Rodrigues

Projeto Gráfico

AltaMensagem

Revisão

Leandro Rodrigues

AltaMensagem © 2015

Publicado em Janeiro de 2015

altamensagem.com.br/mdo

SUMÁRIO PREFÁCIO 1 A QUEM ESTE LIVRO SE DESTINA 2 QUEM SOU EU 3 O QUE É A ALTAMENSAGEM 4

INTRODUÇÃO

O QUE É MARKETING DIGITAL 6 O TAMANHO DO MUNDO ONLINE 7 A IMPORTÂNCIA DO MARKETING DIGITAL 9 A EVOLUÇÃO DO MARKETING DIGITAL 10

MARKETING TRADICIONAL MUDANÇAS NO MARKETING 13 MARKETING INTERRUPTIVO 14 MÍDIA PSEUDOSOCIAL 15 AÇÕES DESCONECTADAS 16

MARKETING DIGITAL ORGÂNICO UM NOVO MARKETING DIGITAL 18 ADAPTÁVEL 19 PERVASIVO 20 CONTÍNUO 21 TRANSPARENTE 22 INTEGRADO 23

PLANEJAMENTO E MONITORAMENTO ESTRATÉGIA 26 FUNIL DE CONVERSÃO 28 KEYWORD PLANNER 30 ALERTS 31

MARCA HISTÓRIA 33 PERSONALIDADE 34 PERSONAS 35

UX EXPERIÊNCIA DE USUÁRIO 37 INTERFERÊNCIA 39 SIMPLICIDADE 41 CASOS DE USO 42

CONTEÚDO VIVA O REI 45 DOMÍNIO SEMÂNTICO 46

COMO CRIAR CONTEÚDO 47 ESCREVA UM BLOG 48 ESCREVA UM E-BOOK 49 PORTUGUÊS, REDAÇÃO E ESTILO 50 COMO CRIAR UM ARTIGO 51 CONTEÚDO ABERTO E FECHADO 52

WEBSITE ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO 54 CALL TO ACTION 57 LANDING PAGES 58 SITE MÓVEL 59 ENDEREÇO E URLS 60 ESTATÍSTICAS 61 HTML 62

SEO POSICIONAMENTO 64 ESTATÍSTICAS 65 FATORES DE CLASSIFICAÇÃO 66 PACIÊNCIA 67 CONTEÚDO 68 TECNOLOGIA 69 DOMÍNIOS 70 HTML 72 SITEMAP 74 ROBOTS.TXT 75 LINKBUILDING 76 IMAGENS 77 TÉCNICAS BLACKHAT 78

MÍDIA SOCIAL SOCIALIZANDO 80 O QUE PUBLICAR 81 COMO PUBLICAR 82 FEEDBACK 83 FACEBOOK 86 LINKEDIN 88 TWITTER 90 INSTAGRAM 92 FOURSQUARE 94 GOOGLE+ 96

E-MAIL MARKETING NA CAIXA 98 HORÁRIOS 99 DESIGN 100

PRÓXIMOS PASSOS PONTO DE INFLEXÃO 102

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PREFÁCIO

Em um mundo cada vez mais influenciado pela tecnologia, cresce o in-teresse pela internet como meio de marketing e relações públicas. En-contrar o público nas plataformas virtuais nunca foi tão fácil, pois quase metade dos brasileiros em idade economicamente ativa já estão conec-tados à internet e as redes sociais já atingiram sua maturidade. Todo tipo de negócio pode se beneficiar de marketing digital, seja com exposição de marca, relacionamento com o cliente ou vendas on-line. Mas há um grande desafio para se fazer um marketing digital que fun-cione: é preciso atravessar o abismo que o separa do marketing tradicio-nal. O rápido ritmo de mudança na forma de fazer e utilizar tecnologia, o ambiente lúdico e pessoal da internet e a alta dependência das platafor-mas tornam a publicidade tradicional cara e ineficaz no mundo virtual. Marketing digital orgânico é a filosofia de marketing dos novos tempos, pensada para meios interativos e em constante mudança, para um pú-blico informado e impaciente que detém o controle de sua experiência de consumo de informação. Com foco em psicologia, experiência de usuário, design e marketing, esse novo conceito reúne técnicas como native advertising, content marketing e inbound marketing, com o objeti-vo único de obter resultados via internet.

Este livro explora as origens e os caminhos do marketing digital e ex-plica como desenvolvê-lo com sucesso para empresas, tomadores de decisão e especialistas.

Marketing Digital Orgânico

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Se você trabalha com marketing para meios digitais, é um empreende-dor ou tomador de decisões, este livro é para você. Passando por diver-sos tópicos da multidisciplinaridade que compõe o marketing digital orgânico, explicamos a teoria e os fundamentos do marketing para os novos meios.

A QUEM ESTE LIVRO SE DESTINA

Marketing Digital Orgânico

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Desenvolvo websites desde os treze anos. Atuei em empresas nacionais e multinacionais como arquiteto e desenvolvedor de software, web de-signer, analista de sistemas, gerente de projetos, coordenador de equi-pe e instrutor. Durante anos mantive alguns dos blogs mais acessados no Brasil sobre desenvolvimento de software e tecnologia.

Nesta década fundei startups de internet voltadas para entretenimento, B2B e mídia. Hoje estou à frente da AltaMensagem, guiando empresas no mundo virtual.

Você pode me encontrar no [email protected].

QUEM SOU EU

Marketing Digital Orgânico

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A AltaMensagem respira marketing digital orgânico, levando empresas reais ao mundo virtual. Entendemos que muitas empresas não têm tem-po e recursos para construir um marketing digital de primeiro mundo, e fazemos isso por elas com ações contínuas e integradas, como criação e manutenção de websites, engajamento de clientes em redes sociais, criação de campanhas de anúncios e tudo que envolva marketing e tec-nologia.

Você pode nos encontrar em altamensagem.com.br.

O QUE É A ALTAMENSAGEM

Marketing Digital Orgânico

INTRODUÇÃOConheça a história do marketing nos meios digitais e entenda a importância do mercado virtual.

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Presença digital, marketing digital, marketing interativo e marketing on-line são alguns dos termos que invadiram o mundo do marketing nas duas últimas décadas. Este livro utiliza o termo marketing digital para se referir a esses temas.

Marketing digital abrange todas as iniciativas de marketing, propaganda e relações públicas feitos para meios digitais. Perfis de redes sociais, oti-mização de mecanismos de busca, design de websites, envio de e-mail marketing e SMS. Tudo que utiliza meios digitais para comunicar valor de produtos e serviços ou representar a empresa é marketing digital.

Marketing e relações públicas se misturam e se confundem o tempo todo, e são igualmente importantes nos meios digitais. Perpetuamos aqui a injustiça comum de reunir sob o guarda-chuva do marketing tudo que pertence a relações públicas, essa disciplina tão importante.

O QUE É MARKETING DIGITAL

“A internet está se tornando o centro da cidade para a vila global de ama-nhã”

Bill Gates, fundador da Microsoft

Introdução

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Por que você deveria se importar com marketing digital? Não importa qual é seu negócio, você não pode ignorar o mundo digital.

• Há quase uma linha de telefone celular para cada habitante do planeta.• Dois bilhões e meio de pessoas no mundo usam a internet. Isso representa uma a cada três pessoas.• Dois bilhões de usuários estão ativos em alguma rede social.

Proporcionalmente, o Brasil digital é ainda maior:

• Há mais de um celular por habitante no país, e perto de oitenta milhões de smartphones online.• Quase metade dos brasileiros em idade economicamente ativa utiliza a internet.• Metade das pessoas da nação é usuária ativa de alguma rede so-cial.

O perfil de utilização de tecnologia do brasileiro também impressiona. Estamos no pódio em quesitos como número de horas de conexão na internet por dia e engajamento em redes sociais. Nosso mercado de vi-deogames já é o quarto do mundo. E como estão os negócios digitais no Brasil?

• Em 2013, foram R$ 29 bilhões faturados no comércio eletrônico.

O TAMANHO DO MUNDO ONLINE

“Temos tecnologia que, pela primeira vez na história da humanidade, per-mite que as pessoas realmente mantenham conexões ricas com muito mais

pessoas”Pierre Omidyar, fundador do eBay

Introdução

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Crescimento de 30% em relação ao ano anterior.• Para 2014, são esperados R$ 1,5 trilhões movimentados em negó-cios online entre empresas.• Mais de cinquenta milhões de brasileiros já fizeram compras on-line.

A comunicação entre marcas e clientes e entre os próprios clientes nun-ca foi tão grande.

• 62% dos consumidores consultam informações na internet antes de fazer uma compra.• Desses, 32% conversam ou compartilham informações via meios digitais antes de comprar.• O nível de confiança dos compradores nas opiniões virtuais é de 82%.

A julgar pelo passado recente, a única dúvida sobre o crescimento des-ses números nos próximos anos é se nossas previsões mais otimistas serão superadas novamente.

Marketing digital é muito barato em comparação com marketing off-li-ne, e as oportunidades são inúmeras para qualquer modelo de negócio.

Introdução

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Há ao menos três bons motivos para você estar na internet e investir em marketing digital.

• Seus clientes e prospects estão lá • Seus colaboradores e parceiros estão lá• Seus concorrentes estão lá

Todos os interlocutores de seu negócio estão nas plataformas digitais. Você pode fazer CRM (Customer Relationship Management) adquirin-do e cultivando clientes. Pode estender suas práticas de endomarketing com sua equipe e seus parceiros. E ainda pode estabelecer a superiori-dade tecnológica em relação a seus concorrentes. O mundo virtual é muito parecido com o mundo real. As mesmas opor-tunidades existem nos dois. Mas o primeiro é mais desordenado e des-controlado, mais orgânico. Na web, seus clientes não precisam se co-nhecer para conversar sobre sua empresa, e suas ofertas são expostas e avaliadas sem seu consentimento. Você pode não ter tomado ainda a decisão de estar na internet, mas sua empresa já está lá.

A IMPORTÂNCIA DO MARKETING DIGITAL

“Praticamente do dia para a noite a internet foi demaravilha técnica a necessidade dos negócios”Bill Schrader, diretor da Cushman & Wakefield

Introdução

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As raízes do marketing digital se estendem até eventos como a popula-rização das relações públicas, capitaneada por Edward Berneys na déca-da de 1930, e a criação da internet, que contou com cientistas como Vint Cerf, na década de 1970. Contudo, a união das disciplinas de marketing e relações públicas com as mídias digitais se deu em grande escala ape-nas na década de 1990, quando os computadores pessoais e a web co-meçaram a se tornar frequentes no cotidiano do grande público. 1995 foi o início da web comercial no Brasil, com seus primeiros websi-tes, e-commerces e plataformas de negócios. Foi o nascimento do mar-keting digital e dos primeiros anúncios digitais para o grande público. O mundo ainda estava se acostumando, maravilhado, com a revolução digital. Nem todos estavam convencidos de que a ideia era boa, mas alguns estavam convencidos demais, situação que culminou no estouro da bolha da internet em 1999. Na primeira década do novo milênio, assistimos à ampla adoção da in-ternet e ao nascimento de novas plataformas. Startups, smartphones, tablets, redes sociais, e-mail marketing, blogs e websites com recursos interativos avançados se popularizavam. Mas ainda era uma década inci-piente: os smartphones e tablets como os conhecemos hoje só aparece-ram no final da década, as redes sociais tinham público muito segmen-tado, o SPAM era um problema crescente sem regulamentação clara, os blogs eram dominados por textos amadores, e faltava um consenso sobre qual era a plataforma única para aplicações ricas. O marketing digital era praticado de duas formas principais: comércio eletrônico e websites institucionais.

A EVOLUÇÃO DO MARKETING DIGITAL

“Hoje, nós gastamos tanto em tecnologia quanto em alimentação”Cheryl Swanson, sócia da Toniq

Introdução

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Chega 2010, a década da revolução digital. Os smartphones se tornam uma das principais formas de acesso à internet, as redes sociais chegam a quase todos os segmentos da sociedade, as regras para e-mail marke-ting se consolidam, o marketing de conteúdo ganha tração e o HTML5 se consagra como a plataforma universal da Web. Vivemos uma fase em que, apesar da crescente multiplicidade de tecno-logias e recursos, o mundo digital enfim conquista coerência e unidade. Técnicas e conceitos são formalizados e se repetem. Há consenso sobre escolhas tecnológicas nas plataformas, tendências no design digital e experiências bem-sucedidas no engajamento de clientes. É nesses pila-res que o novo marketing digital se sustenta, e é com o novo alcance dos meios digitais que as empresas podem ter muito mais que um simples cartão de visitas virtual. O novo alcance das mídias digitais leva as marcas para dentro da casa dos consumidores, criando oportunidades e desafios diversos para as empresas. A confiança do público na internet também cresce muito, ca-tapultando negócios online de todo tipo. Esta é a década da consolida-ção da internet como o mais abrangente e poderoso meio de comuni-cação e marketing.

Introdução

1930

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MARKETINGTRADICIONALO marketing já não é mais o mesmo com uma revolução de meios tão grande. Saiba o que não funciona em marketing digital.

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A psicologia e as filosofias de marketing nunca vão mudar por completo, apenas evoluindo conforme entendemos mais o comportamento huma-no. Esses são conceitos que independem do meio e, naturalmente, de-vem ser transportados para o marketing digital. Contudo, muitas abordagens de marketing e propaganda se consoli-daram devido à natureza dos meios que tivemos disponíveis até hoje. Como vivemos a maior revolução de meios da história, precisamos adaptar nossas técnicas antigas para os novos meios. A revolução dos meios altera profundamente a forma de fazer marketing que estamos acostumados.

MUDANÇAS NO MARKETING

“Se você esperar até que haja outro estudo de casoem sua indústria, você terá chegado tarde demais”

Seth Godin, fundador da Yoyodine

Marketing Tradicional

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Marketing interruptivo é aquele que desvia a atenção do público do que ele está fazendo para tentar vender um produto. É o banner do website que atrapalha sua leitura, o outdoor que polui a paisagem da cidade, o vendedor de revista de rua que você dribla impacientemente e a liga-ção inconveniente de operadoras de celular. Publicidade tradicional é indesejável ao ponto de desenvolvermos recursos diversos para evitá-la, seja o aparelho de TV que pula os comerciais ou a ação natural de nosso cérebro ao ignorar banners. Por ter baixa capacidade de chamar a atenção e despertar o interesse, esse tipo de marketing precisa contar com investimentos enormes, com máxima visibilidade e mínima conversão. Na internet, o marketing inter-ruptivo é ainda pior, pois tem menor eficácia e joga contra o meio em que é vinculado. O nível de exposição do público aos anúncios na inter-net é muito baixo, pois é fácil não olhar para os banners, que já apren-demos a identificar de maneira instintiva. Também é muito fácil procurar informação em outros lugares quando a experiência não é agradável — bastam dois ou três cliques, razão pela qual anúncios são sempre evi-tados como modelo de negócio de websites novos. Os anúncios tradi-cionais interruptivos tiram atratividade e confiabilidade dos meios em que são vinculados.

MARKETING INTERRUPTIVO

“O humano médio de hoje é inundado com mais de duas mil interrupções de marketing por dia e está encontrando cada vez mais formas criativas de

bloqueá-las”Brian Halligan, fundador do HubSpot

Marketing Tradicional

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Nem toda utilização de mídias sociais é genuinamente social. Essas pla-taformas não são aderentes a anúncios e ações de marketing tradicio-nais, pois são o último lugar onde as pessoas esperam ser incomodadas com material publicitário e institucional. O visitante de um website aceita ser exposto a ofertas e conteúdo institucional, mas não nas redes sociais. Estas servem para nos conectarmos a pessoas em busca de diálogos, informação e entretenimento. A utilização mais comum das redes sociais pelas empresas é como um mural do parco conteúdo que é gerado pelo cotidiano empresarial, como promoções e ofertas, prêmios recebidos, eventos e novos produ-tos. Esse material, nu e cru, não é interessante para o público. Imagine, por exemplo, que você segue uma construtora no Facebook, cujas publicações frequentemente aparecem em seu mural. Qual é a possibilidade de você estar interessado em cada empreendimento lan-çado por essa construtora, a não ser que você esteja no ramo de corre-tagem de imóveis? Um perfil de rede social de um produto ou empresa que gira em torno de algumas notícias da indústria, comunicados de imprensa e simples promoções de ofertas poderia muito bem não existir, uma vez que não agrega valor a nada e dificilmente será capaz de gerar qualquer negó-cio.

MÍDIA PSEUDOSOCIAL

“Você não pode utilizar mídia social se vocênão souber captar a emoção das pessoas”Jennifer Aaker, autora de “O Efeito Libélula”

Marketing Tradicional

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No marketing tradicional há uma separação natural entre as coisas. Você pode pedir uma pesquisa sobre seu público a um instituto, fazer com um estúdio a criação de um panfleto e contratar uma empresa para dis-tribuí-lo. Cada elo desse processo é focado em uma parte do trabalho, com especialização própria e entregáveis claros. Esse raciocínio nor-malmente é transportado para o mundo digital, onde um estúdio cria o website, alguns funcionários atualizam o blog e uma agência digital anuncia no Google Adwords. Isso pode funcionar até certa medida, mas essa não é a melhor ou mais fácil maneira de fazer marketing na internet. Baseado em plataformas vo-láteis, interações rápidas e meios conectados, o marketing digital requer ações feitas em uníssono e que reajam constantemente aos estímulos. No mundo ideal, uma mesma equipe reuniria todas as competências necessárias para elaborar uma estratégia integrada e executar a criação e manutenção das iniciativas nas diversas plataformas. O exemplo mais comum e nocivo de ações desconectadas é a utilização do Google Adwords. Em geral administrados por agências digitais es-pecializadas no tema, os anúncios perdem grande parte da eficiência e eficácia quando a página de destino não é otimizada para eles, por não converter os clientes e exigir maior investimento devido ao baixo índice de qualidade dos anúncios.

AÇÕES DESCONECTADAS

“Marketing integrado é obviamente sensocomum, mas ainda não é prática comum”

Peter Fisk, fundador da GeniusWorks

Marketing Tradicional

MARKETINGDIGITAL ORGÂNICOO marketing digital orgânico é a resposta de alto nível para as últimas mudanças de meios e público no mundo digital.

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Conforme o marketing tradicional fracassava nos meios digitais, startups e agências digitais desenvolveram e ressuscitaram técnicas especializa-das em captar, reter e converter público virtual, como inbound marke-ting, native advertising e content marketing. Em comum, essas técnicas têm o entendimento de como funcionam os meios digitais e como se comporta o público neles. Reunimos a essência dessas evoluções recen-tes em comunicação de massa, meios eletrônicos e marketing digital no marketing digital orgânico. O marketing digital orgânico é aquele feito por especialistas em tec-nologia, design e marketing. É uma filosofia que estabelece processo contínuos de adaptação e teste. Suas iniciativas integram plataformas diversas e são elaboradas em uníssono, com experiência de usuário e design gráfico como prioridades. Esse novo marketing reconhece que o público está no poder, entregando valor e dialogando constantemente com a comunidade. É um processo invisível ao cliente, e constrói marcas de primeiro mundo capazes de conquistar adeptos comprovando sua excelência. O marketing digital orgânico possui cinco características principais.

UM NOVO MARKETING DIGITAL

“Quem diria há vinte anos que marketingse tornaria um negócio de tecnologia?”

Med Whitman, executiva da Disney

Marketing Digital Orgânico

Adaptável Pervasivo Contínuo Transparente Integrado

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A impressionante velocidade de desenvolvimento científico e tecnoló-gico tem repercussões em todas as disciplinas, até mesmo em psicolo-gia e marketing. O comportamento humano é influenciado por novas possibilidades de comunicação e entretenimento, a exemplo do tempo que passamos em nossos smartphones. Um marketing digital adaptável prospera em novas tecnologias e tendências, aproveitando-se das opor-tunidades criadas. As plataformas já existentes, por sua vez, mudam de forma progressiva-mente rápida. Os chamados ciclos de atualização, nos quais são feitos os desenvolvimentos de novos recursos e atualizações para sistemas, são cada vez mais curtos com a ajuda de filosofias como agile e continuous deployment. O ritmo digital exige uma equipe capaz de acompanhá-lo, preferencialmente de nativos digitais, jovens acostumados a consumir e filtrar doses cavalares de informação diária. O marketing digital orgânico reconhece a alta velocidade de mudança dos meios tecnológicos e do comportamento do público, adaptando-se e aproveitando-se das oportunidades através de um ritmo acelerado de atualização de conhecimento e aplicação de novas técnicas e filosofias. Os profissionais de marketing digital devem ser acostumados com pesquisa e atualização constantes. É preciso conhecer as novidades em plataformas, técnicas e filosofias de todos os aspectos do marketing di-gital, com uma mentalidade preparada e disposta a adaptar as iniciati-vas às novas demandas do meio e do público.

ADAPTÁVEL

O marketing digital orgânico se adaptaconstantemente às mudanças de meio e público

Marketing Digital Orgânico

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As plataformas e meios digitais são numerosos. É preciso ir até o cliente e conquistar sua atenção onde ele estiver: Google, Bing, Facebook, Twit-ter, E-mail, iPhone, Android, Windows etc. Cada plataforma possui suas vantagens, limitações e boas práticas de utilização, sendo necessário co-nhecê-las minuciosamente para estabelecer uma presença profissional e proveitosa. O público digital é tão capaz — ou mais capaz — de se comunicar com você quanto você com ele. Sua empresa pode não estar esperando pelo cliente em um website de reclamações, e ainda assim o cliente pode registrar uma reclamação contra a empresa. Procurando e seguindo seu cliente em todos os meios relevantes, a empresa participa dos debates certos e se aproveita de todas plataformas para conquistar clientes. O marketing digital orgânico desenvolve suas iniciativas de maneira progressiva em todos os meios onde está seu público, adaptando sua mensagem corretamente a cada plataforma.

Um mapeamento rotineiro deve ser realizado de quais são as platafor-mas disponíveis e as mais prioritárias, quais perfis de usuário compõem a audiência de cada uma delas e quais são as ferramentas para dialogar com seu público.

PERVASIVO

O marketing digital orgânico alcança o público nos meios em que ele está

Marketing Digital Orgânico

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Ações digitais devem ser contínuas e flexíveis. Campanhas não podem mais ser entregues e levadas ao ar como peças finalizadas e fechadas, é necessário idealizá-las de modo que possam ser testadas e ajustadas em tempo real. As plataformas digitais são muito competentes em for-necer feedback rápido, sendo fácil se aproveitar das oportunidades que se desenham. A internet é uma via de mão dupla, e as ações devem in-teragir com o público e reagir aos seus estímulos. O marketing digital orgânico é realizado de forma contínua e progres-siva, com atenção e contato diário com o público e estratégias de longo prazo. Ao estabelecer metas de curto, médio e longo prazo, é possível cons-truir ações que podem ser medidas rotineiramente. Cada ação pode ser monitorada em seus detalhees e ajustada em voo, de acordo com as possibilidades de cada plataforma. É preciso envolvimento diário com as iniciativas e diálogo com o público em tempo real.

CONTÍNUO

O marketing digital orgânico é feito com iniciativas contínuas e flexíveis

Marketing Digital Orgânico

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O público está no controle dos meios e não se interessa por propagan-da. É preciso conquistá-lo com conteúdo, informação e entretenimento. O novo marketing digital não se parece com marketing e publicidade para o cliente, ele é transparente. A marca moderna conquista o cliente entregando valor e provando sua autoridade. O marketing digital de aparência orgânica se adequa à plataforma em que é vinculado, sendo concebido para o meio por pessoas que o co-nhecem, de modo a fazer parte da experiência do usuário uma peça genuína da plataforma em que ele está inserido. É preciso conhecer e definir exatamente quem é o seu público-alvo, para então criar uma marca forte e uma história de valor. Com isso, é possível gerar conteúdo que cative os clientes. Esse conteúdo deve ser entregue para cada plataforma de acordo com as respectivas características e me-lhores práticas.

TRANSPARENTE

O marketing digital orgânico não é reconhecido como marketing pelo públi-co

Marketing Digital Orgânico

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Os meios digitais se caracterizam por plataformas profundamente co-nectadas e dependentes. É preciso explorá-las com ações que integrem design, experiência de usuário, tecnologia, psicologia, conteúdo e mar-keting. A especialização em mídias sociais deve ser acompanhada de experiência de usuário e design; websites devem ser estruturados com base em decisões de marketing de alto nível, anúncios devem se basear na estratégia de conteúdo. O marketing digital orgânico é feito em parceria com os responsáveis pelas diversas iniciativas, desenvolvendo as peças em uníssono. Traba-lha-se como uma só equipe de profissionais com habilidades comple-mentares.

INTEGRADO

O marketing digital orgânico integra disciplinas e plataformas

Marketing Digital Orgânico

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PLANEJAMENTO EMONITORAMENTOConheça as ferramentas e conceitos para planejar e monitorar seu marketing digital e obter resultados.

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Definir uma estratégia clara é o caminho do sucesso no marketing di-gital. Ações individuais e pontuais, como a criação de um website, são pouco ou nada efetivas. Em meio às metas de curto prazo, é preciso parar para respirar e monitorar continuamente as oportunidades, medir a eficácia das ações realizadas e, se necessário, rever o planejamento. Há muitas formas de organizar um ritmo de planejamento, monitora-mento e desenvolvimento de ações. Naturalmente, cada método pode funcionar melhor em uma situação específica. O importante é ter um plano claro e as pessoas com o conhecimento e o tempo para executá--lo. Se sua equipe não possui as habilidades necessárias ou o tempo para desenvolvê-las, pode acabar com uma apresentação digital de baixa qualidade. Um logotipo mal dimensionado ou erros gramaticais podem transmitir a imagem de uma empresa de fundo de quintal. Assim como nos asseguramos de imprimir cartões de visita de boa qualidade, cada aspecto da apresentação virtual deve ser elaborado cuidadosamente. Com as pessoas certas envolvidas e a vontade de executar, basta ma-pear as oportunidades, escolher as prioridades e sequenciar as etapas de execução. Um plano típico de criação de uma identidade virtual forte consiste nos seguintes passos:

1. Assegurar-se de que os responsáveis pela execução do marke-ting digital conhecem a marca, seus produtos e serviços, e entendem muito bem a cultura, a linguagem e os objetivos da empresa.

ESTRATÉGIA

“Não é necessariamente sobre gastar dinheiro, mas gastar mais estrategi-camente pensando na ‘jornada’ on-line do consumidor e refletindo isso no

plano de marketing”Nick Drew, pesquisador da Microsoft

Planejamento e Monitoramento

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2. Definir quais são os objetivos e as prioridades das iniciativas que interessam à empresa. Vender online? Trazer mais clientes? Aprimorar a imagem da marca?3. Localizar a concorrência nas plataformas e entender como os con-correntes estão explorando o mercado virtual e os desafios e metas do confronto.4. Mapear as oportunidades de plataformas e como cada uma de-las pode desenvolver os objetivos traçados. De que será composto o website? Quais redes sociais serão utilizadas? Como desenvolver o e-mail marketing?5. Traçar um plano de produção de conteúdo, identificando o que a marca tem a oferecer à comunidade. Não é má ideia aproveitar a oportunidade e fortalecer a marca, criando histórias para contar.6. Arquitetar e desenvolver o website, tendo em mente as priorida-des definidas para o negócio.7. Criar os perfis de redes sociais.

Como criar não basta, precisamos manter, monitorar e eventualmente mudar o que fizemos. Uma agenda detalhando as próximas iniciativas é indispensável para manter o plano.

• Definir qual conteúdo será elaborado, com qual frequência e em que formato será produzido.• Estabelecer uma agenda de publicação para todas as platafor-mas.• Verificar e responder diariamente as interações com a empresa.• Criar um ritmo de validação da performance das iniciativas e de monitoramento das plataformas.

Todas as frentes de marketing digital precisam ser programadas e acom-panhadas de perto: anúncios, e-mail marketing, otimização do website etc. O importante é ter objetivos claros de curto, médio e longo prazo, estabelecer uma agenda de execução e cumpri-la.

Planejamento e Monitoramento

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Organizar as iniciativas de marketing digital requer técnicas e conceitos diversos. Um dos conceitos mais úteis é o do funil de conversão. O funil é análogo ao Modelo AIDA do marketing, que divide a ação de compra do cliente em Atenção, Interesse, Desejo e Ação. A versão clássica do funil de conversão divide a interação de um cliente com um website em captação, retenção e conversão. Primeiro, é preciso captar os clientes potenciais, trazendo-os até o web-site. Para isso, dependemos de otimização de mecanismos de busca, anúncios, marketing de conteúdo, e-mail marketing, mídias sociais e for-ça de marca. A segunda etapa é reter os clientes potenciais, que agora se tornaram vi-sitantes de nosso website. É preciso comunicar ao visitante com a maior precisão e a maior velocidade possíveis que ele está no lugar certo, para que ele não vá embora. Nos auxiliam nessa missão a experiência de usuário, o design e a arquitetura da informação. Por fim, o visitante tem de ser convertido em cliente, atravessando a eta-pa final do funil de vendas. Entra a urgência de compra, que deve ser transmitida agressivamente com experiência de usuário e arquitetura da informação. Monitorar o resultado das ações de marketing digital com o funil de con-versão simplifica o trabalho de encontrar melhorias e ajustes nas iniciati-vas, sendo que cada etapa pode ser trabalhada cuidadosamente.

FUNIL DE CONVERSÃO

“É muito mais fácil dobrar o tamanho de seu negócio dobrando sua taxa de conversão do que dobrando seu tráfego”Jeff Eisenberg, cofundador da FutureNow

Planejamento e Monitoramento

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Planejamento e Monitoramento

Converter

Reter

Captar

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A Keyword Planner é a principal de muitas ferramentas disponíveis para medir a audiência de palavras nos buscadores. Por ser a ferramenta ofi-cial do Google, ela realiza a mais completa e fidedigna medição de pes-quisas de termos da web. Essa ferramenta pode atuar como um compe-tente medidor de interesse virtual, sendo especialmente confiável para medir o interesse em conteúdo relacionado a um tópico determinado. Por exemplo, vemos na Keyword Planner que o termo “Big Mac” tem um número relativamente baixo de pesquisas mensais. Isso acontece porque há poucas pessoas buscando texto na internet relacionado ao produto — apesar de a marca ser uma das mais valiosas e conhecidas no mundo e no Brasil. A Keyword Planner é mais do que um auxiliar na hora de criar conteúdo e anúncios, é uma ferramenta poderosa para entender de quais termos a marca e seu jargão podem se beneficiar, identificando como o público se relaciona com o domínio semântico de um negócio.

https://adwords.google.com/KeywordPlanner

KEYWORD PLANNER

“Busca de verdade é aquela que provê informação de valor, quando ela é realmente necessária, e para aqueles que estão procurando por ela”

David Amerland, autor de “Google Semantic Search”

Planejamento e Monitoramento

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Entre tantas ferramentas para monitoramento de resultados de meca-nismos de busca, é natural que a opção oficial do Google seja o padrão de indústria. O Google Alerts é simples de configurar e utilizar. Uma vez dadas as escolhas de palavras-chave, ele envia por e-mail na frequência definida todos os novos resultados da busca do Google. Os alertas nos permitem saber o que está acontecendo na web em re-lação a nossa marca, nossas ofertas e nossos concorrentes. Criar alertas variados relacionados à estratégia de conteúdo pode ajudar com novas ideias e evitar a produção de material similar.

https://www.google.com/alerts

ALERTS

“Busca é a maneira pela qual nós navegamos a web” David Amerland, autor de “Google Semantic Search”

Planejamento e Monitoramento

MARCACriar uma marca com personalidade e histórias para contar é vital no meio onde a informa-ção impera.

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Grandes marcas modernas têm histórias para contar, narrativas nas quais as pessoas possam acreditar e das quais queiram fazer parte. Não é necessário ser Steve Jobs ou estar em um mercado grande como a Apple para criar mensagens poderosas e ganhar fãs. A história do me-cânico de confiança do bairro com quem você faz negócio exclusiva-mente há anos, pois nele sim você pode confiar, é uma grande narrati-va. Dela, podemos extrair diversos contos e mensagens e apresentá-los em peças variadas: é arriscado ir a mecânicos desconhecidos, grandes oficinas não tratam você com cordialidade, a qualidade é atestada por décadas de confiança na vizinhança, seu carro é entregue em sua casa sem custo, e assim por diante. É fácil criar até mesmo slogans para uma história como essa, como o mecânico em quem seu pai confia. Quando sua missão é mais do que “prover serviços de qualidade com ética”, você poderá encantar seu público e conquistar seguidores. Sua narrativa pode ser pautada na tradição de uma empresa centenária ou na inovação de uma jovem startup, no custo acessível ou no alto valor agregado de uma oferta, na sua rápida velocidade ou no cuidado arte-sanal aplicado. Seja criativo. Quanto mais sincera e crível for sua história, mais fácil será conquistar seu público.

HISTÓRIA

“Sua marca é o investimento mais importante que você pode fazer em sua empresa”

Steve Forbes, editor da Forbes

Marca

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Todas as marcas possuem uma personalidade, uma voz. É essencial que você defina quem é sua marca, e encarne-a ao interagir com seu públi-co. Se sua marca não tiver personalidade, ela será facilmente esquecida. O MailChimp é o maior serviço de envio de e-mail marketing do mundo. Bem diferente de seus concorrentes, que tem imagem sisuda e corpo-rativa, o MailChimp apostou em uma personalidade alegre e descon-traída. De sua identidade visual com o macaco entregador de cartas à linguagem informal do website, o MailChimp foi capaz de construir uma experiência única para seus clientes através de uma personalidade forte. A T-Mobile é uma das maiores operadoras de telefonia celular do mun-do, ganhando destaque especial no noticiário recente com campanhas de marketing agressivas, de tom irreverente e um pouco arrogante. As aparições públicas de seu CEO, John Legere, são igualmente icônicas e levemente controversas, colaborando com a imagem de uma empresa diferente. Até mesmo a identidade visual da T-Mobile, com sua cor rosa muito forte, agrega à personalidade da empresa. Mas não é preciso ir tão longe e se basear em exemplos extremos de identidades com personalidade forte. O mais importante é ter uma ima-gem e sustentar uma postura e uma linguagem condizentes. Por exem-plo, o jornal Estado de S. Paulo imprime sua marca de seriedade e tradi-ção de modo consistente, enquanto o jornal Folha de S. Paulo sustenta com sucesso uma imagem mais jovem e moderna.

PERSONALIDADE

“Sua cultura é sua marca”Tony Hsieh, CEO da Zapps

Marca

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A persona é uma generalização de um público, usuário ou grupo de clientes. Toda marca possui personas que são alvos de suas ações. Em outras palavras, personas são categorias de público-alvo. Identificar e definir personas é indispensável para criar uma marca, uma campanha de marketing, um website, um anúncio e toda interação que você realiza com seu público. A persona simplifica um tipo de público-alvo, e o foco nas personas principais garante que a interação terá como sua prioridade os públicos mais importantes. Por exemplo, ao chegar via pesquisa de mercado à in-formação de que 90% de suas vendas são para o público adolescente, a Coca-Cola teria uma persona muito clara para direcionar suas principais ações de marketing, seu website e sua marca como um todo. Para cons-tituir uma persona, basta descrevermos com o maior detalhe disponível esse público-alvo, atribuindo-lhe um nome para facilitar a identificação. Diogo

• 16 anos, estudante, solteiro, sem filhos, nativo digital Pronto! Temos uma primeira persona que pode guiar nossas ações. A descrição de uma persona pode ser tão abrangente quanto for neces-sário e útil. Você também pode criar várias personas para propósitos diferentes. O crucial é que a persona sirva de base para processos de criação, que devem ter a persona em mente em todos momentos.

PERSONAS

“Saiba o que o seu cliente quer mais e o que sua empresa faz melhor. Coloque seu foco nesse encontro”

Kevin Stirtz, especialista da FindLaw

Marca

UXExperiência de usuário é uma disciplina imprescindível do marketing digital, que tem em sistemas e aplicações seu meio central.

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Após vinte anos de interfaces gráficas digitais de massa, já somamos muito conhecimento sobre a relação homem-máquina. É uma relação de muitos desentendimentos e dificuldades, mas que às vezes é um su-cesso. UX (User eXperience) é a soma das percepções, comportamen-tos, respostas e emoções do usuário ao utilizar um determinado pro-duto, sistema ou serviço. Utilizamos esse conhecimento para facilitar a interação homem-máquina. A preocupação com a experiência que o usuário tem com o produto é primordial para criar algo de valor. De fato, é o que há de mais importan-te na criação de um produto, já que, para o usuário, a interface é o pro-duto. Marketing digital depende totalmente de experiência de usuário, à medida que utiliza plataformas tecnológicas para chegar ao público através de diversas camadas:

• Dispositivos como computadores, Tablets e Smartphones.• Sistemas operacionais como Windows e OSX.• Plataformas como e-mail e web.• Aplicações como leitores de e-mail e navegadores.• Serviços como redes sociais, blogs e lojas de aplicativos.

UX envolve psicologia, design e tecnologia, mas pode ser exercitada facilmente com boas doses de bom senso e perfeccionismo se você se colocar no lugar de seu usuário ao testar seu produto. O exercício é ain-da mais produtivo se você pedir a outras pessoas que cheguem a deter-minado resultado ao utilizar seu produto sem seu auxílio.

EXPERIÊNCIA DE USUÁRIO

“O comportamento das pessoas faz sentido se você pensanele em termos de objetivos, necessidades e motivos”

Thomas Mann, romancista alemão

UX

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Um produto com boa UX é eficaz em entregar o valor proposto ao seu usuário.

Quando você passa o endereço de seu website a um cliente leigo em tecnologia, ele tenta acessá-lo sem o www e seu website não abre, ele pode pensar que a internet está fora do ar, que seu website está fora do ar ou que o endereço está incorreto. Enquanto seu website não estiver preparado para esse tipo de cenário, seu produto não está funcionando para usuários que passam por isso. Lembre-se, a experiência de usuário é o produto e, nesse caso, o produto não funciona. Há diversos pontos de intersecção entre experiência de usuário e suas ações de marketing digital. Alguns exemplos:

• Quanto tempo um visitante de seu website leva para encontrar aquilo de que ele precisa?• O texto de seu anúncio do Facebook é legível na tela de Smart-phones?• O texto descritivo de seu website no Google deixa claro o que há nele?

UX

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Interferência é tudo aquilo que dificulta o usuário de um sistema a obter o resultado desejado. Quanto mais interferência, mais usuários perde-mos ao longo do funil de conversão. Eliminar todas as interferências não é ser excessivamente perfeccionista, é desenhar o produto com o usuá-rio em mente. Às vezes a interferência é causada pelo próprio contexto da tecnologia e do usuário. Estamos atravessando uma fronteira digital e nem todos já estão habituados à tecnologia — e mesmo os que se já habituaram nem sempre acompanham todas as suas mudanças. Logo, há uma interferên-cia enorme para o visitante não fluente em web ao visitar um website. Esse é o tipo de interferência que só o tempo pode corrigir. Muitas interferências são causadas pelas plataformas de hardware e soft-ware das quais dependemos, como um Smartphone qualquer que não exibe um website corretamente. Podemos tentar minimizar esse tipo de interferência, mas ela sempre existirá em algum nível. A própria multipli-cidade de dispositivos, sistemas operacionais e resoluções de tela cons-tituem um desafio no design de websites que não é 100% superável, mas podemos chegar muito perto desse número assegurando que a maior parte do público será atendida. As interferências mais comuns, contudo, estão nos produtos que desen-volvemos. A mente do criador do produto se afasta muito facilmente da mente do usuário, focando nos aspectos técnicos e na engenharia. Não é incomum apostar em uma ideia como um website dinâmico em três dimensões, empregar os profissionais certos e as últimas técnicas

INTERFERÊNCIA

“Não me faça pensar”Steve Krug, autor de “Don’t make me think”

UX

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no processo e acabar com um produto que apresenta má experiência de usuário, talvez porque seja lento ou complexo demais. Seja perfeccionista e evite tudo que possa causar interferência em seu produto. Seu primeiro e essencial objetivo é que seu produto faça o que é esperado dele. O anúncio precisa entregar sua mensagem ao público de forma clara e legível, para só então ser atraente e criativo. Seu aplica-tivo de iPhone para reserva de mesa precisa ser de fácil utilização, para só então ser cativante e de visual moderno.

UX

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Felizmente, é simples desenvolver um produto que proporcione uma grande UX, basta focar na simplicidade. Quanto mais simples seu pro-duto, menor é o risco de você errar.

Via de regra, você deve criar uma grande experiência para as funciona-lidades que a maioria de seus usuários utilizam, mesmo que isso difi-culte a utilização dos outros usuários. Pense em um caixa eletrônico. As opções da tela inicial podem ser para saldo e saque, e outras opções podem estar em um menu que leva a mais itens. Lembre-se, a interface de seu produto não deve estar conceitual ou técnicamente correta, ela deve funcionar bem para o usuário. As composições visuais limpas permitem ao usuário se localizar rapida-mente e entender para onde ele deve olhar. Elas se beneficiam dos es-paços vazios, elemento nobre do design. Quando a primeira versão de um produto está pronta, assim como na arte da escrita, ela sempre pode se beneficiar de diversos cortes e reduções de partes desnecessárias. Desapegue-se de esforços de execução e pense sempre no caso de uso principal. Utilizar conceitos e ferramentas estabelecidas, sem inventar a roda, é sempre uma ótima ideia. A não ser que essa seja sua especialidade, es-queça Flash, Silverlight, 3D, logotipos alinhados à direita e outras aven-turas. As pessoas gostam de ser surpreendidas positivamente, mas o usuário — isto é, a pessoa na condição de utilizador de um sistema — não gosta de pensar ao usar sistemas. Nosso cérebro se adapta aos padrões e se frustra quando as coisas não funcionam conforme o esperado.

SIMPLICIDADE

“O sucesso de sua página deve ser medido por um critério:o visitante sabe o que você quer que ele faça?”

Aaron Wall, fundador do SEO Book

UX

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Casos de uso descrevem cenários em que atores interagem com uma in-terface. Assemelha-se a um pequeno roteiro de teatro ou cinema. Cada caso de uso reúne uma lista de passos necessários para um usuário che-gar a um determinado resultado em um sistema. Casos de uso nos aju-dam a organizar e priorizar as funcionalidades de nosso produto, facili-tando também o trabalho em equipe. Há diversas formas interessantes de estruturar casos de uso, mas a mais simples costuma ser a melhor. Por exemplo, as etapas necessárias para ligar a TV, escolher um programa e iniciar sua gravação em um aparelho de TV a cabo. Gravar no aparelho da TV a cabo um programa que está passando na TV Pré-condições

• TV está instalada corretamente e funcionando• TV a cabo com suporte a gravação está instalada corretamente e funcionando

Cenário principal

1. Usuário liga a TV.2. Usuário liga a TV a cabo.3. Usuário escolhe um programa que deseja gravar.4. Usuário aperta o botão “gravar” no controle remoto da TV a cabo.

CASOS DE USO

“Preste atenção ao que as pessoas fazem, não ao que elas dizem”Jakob Nielsen, fundador da Nielsen Norman Group

UX

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Em um website, alguns exemplos de casos de uso seriam “comprar um produto”, “enviar um currículo” e “enviar uma mensagem”. Sempre cons-truídos a partirda perspectiva do ator que está executando o roteiro, ca-sos de uso nos ajudam a garantir que um usuário consiga chegar rapi-damente e sem percalços aos resultados desejados em nossos sistemas.

UX

CONTEÚDODe SEO a engajamento com os clientes, tudo nos meios digitais depende de conteúdo.

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Bill Gates escreveu o artigo “Content is King” em 1996, prevendo que o conteúdo triunfaria na internet, tornando-se uma poderosa forma de gerar tráfego e receita. Quase vinte anos depois, a Google confirmaria com uma atualização de seu mecanismo de busca: o conteúdo é rei! Essa atualização aumentou a importância de material extenso e original nos fatores de posicionamento das pesquisas. Enfim, chegávamos ao consenso que o usuário acessa a internet em busca informação, e esta deve ser tida como o valor máximo. A importância primordial do conteúdo em marketing digital é posiciona-mento em mecanismos de busca. Mas a questão não para por aí. Como já entendemos que o usuário de internet está em busca de informação, conteúdo também é a melhor maneira de divulgar uma oferta e provar conhecimento em um assunto.

Marketing de conteúdo não é uma disciplina nova. A fabricante de pneus Michelin publica seu Guia Michelin de restaurantes e hotéis há mais de um século, expondo sua marca e gerando receita adicional através do guia. Na internet, o meio do hipertexto e da informação por excelência, o marketing de conteúdo ganha novo fôlego.

Produzir conteúdo também é um novo modo de as empresas se rela-cionarem com o mundo, e ficarem em maior harmonia com os valores atuais. Conteúdo, por si só, é um valor entregue ao usuário, na contramão da publicidade tradicional.

VIVA O REI

“Conteúdo é onde eu espero que muito dinheiro será feitona internet, assim como acontece em broadcasting”

Bill Gates, fundador da Microsoft

Conteúdo

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O domínio semântico é o coração de toda sua produção de conteúdo. Todo negócio gira em torno de alguns temas que envolvem a localiza-ção física, a área de atuação, os produtos comercializados, os serviços prestados, as ferramentas utilizadas e assim por diante. Caracterizar o domínio semântico de seu negócio é o primeiro passo para produzir conteúdo. Esses temas podem ser resumidos em algumas palavras que compõem o domínio semântico de um negócio. Alguns exemplos: Locadora de Vídeo do LeblonLocadora, vídeo, DVD, Blu-ray, Leblon, Rio de Janeiro, filme, drama, ação, romance, terror, suspense, emoção, entretenimento, TV, cinema. Ministério da EducaçãoMinistério, educação, ensino, aprendizado, aluno, professor, criança, jo-vem, Brasil, secretaria, governo, ministro. Site de Busca de PassagensPassagem, avião, buscar, pesquisar, procurar, encontrar, ticket, check-in, Brasil, Mundo, viagem, preço, escala, horário, voo, aeroporto, turismo. Quando tiver de priorizar palavras de seu domínio semântico, procure o meio-termo entre sujeitar a palavras novas o público que desconhece seu conteúdo, e perder o público que conhece seu conteúdo com ter-mos exóticos. Por exemplo, o público que não conhece o termo CRM pode ter sua atenção chamada mais facilmente com o termo “Gestão de Clientes”. Contudo, o termo CRM é muito bem-vindo para quem já o conhece e está procurando por ele.

DOMÍNIO SEMÂNTICO

“Domínio semântico é uma área específica de ênfase cultural”Harriet Ottenheimer, antropóloga e linguista

Conteúdo

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Há dois tipos de conteúdo, aquele que informa e aquele que entretém. O primeiro é mais fácil de produzir, o segundo é mais viral. Você pode produzir seu conteúdo e transformá-lo em artigos, infográficos, guias, e-books, apresentações, vídeos, aplicações e até jogos. A produção de conteúdo deve estar submetida à análise estratégica de marketing e diretamente relacionada ao negócio. Conteúdo natural-mente relevante ao negócio será automaticamente rico em palavras do domínio semântico. Por exemplo: Locadora de Vídeo do Leblon

• 10 filmes imperdíveis de ação no Rio de Janeiro.• Sim, alugar filmes é melhor do que baixar!• Como Hollywood dominou o cinema mundial.• 20 filmes para assistir a dois.

Obviamente, conteúdo original de qualidade exige conhecimento espe-cífico do assunto abordado. Por isso, é necessário engajar os especialis-tas no conteúdo em sua produção. A não ser que seu negócio seja muito específico e hermético, como no caso de um escritório de advocacia, você pode terceirizar sua produção de conteúdo, curando o processo.

COMO CRIAR CONTEÚDO

“Conteúdo é tudo que agrega valor à vida do leitor”Avinash Kaushik, autor de “Web Analytics 2.0”

Conteúdo

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Estruturar parte do conhecimento de seu website em um blog é uma es-tratégia conveniente para produzir e organizar conteúdo. Um blog atua-lizado frequentemente com conteúdo original transmite grande autori-dade em um assunto, podendo criar uma comunidade em seu entorno se tiver audiência suficiente. Mas um blog pode não ser o lugar ideal por onde começar a produzir conteúdo. A prioridade máxima é gerar con-teúdo para as páginas que apresentam as ofertas, para que elas sejam pequenos portais do assunto que exploram. Blogs são excelentes para engajar toda a empresa em produção de con-teúdo, já que possuem ferramentas simples de atualização. Blogs tam-bém são perfeitos para reunir artigos produzidos em nome de alguém, seja uma pessoa ou uma equipe. Qualquer conteúdo pode ser explora-do no blog, contanto que ainda sobre bastante material para as páginas principais do website, responsáveis por vender a oferta.

ESCREVA UM BLOG

“Um blog corporativo não é um Press Release; torná-lo apenasmais um canal de asneiras corporativas é a melhor forma de matá-lo”

Lazar Dzamic, diretor da Kitcatt

Conteúdo

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Uma das formas mais fáceis de começar a executar seu marketing de conteúdo é com a criação de um e-book. Apesar do grande esforço ini-cial, é uma boa forma de ganhar tração rapidamente e ter uma pauta em torno da qual trabalhar para as outras iniciativas. Um e-book também é um catalizador de ideias, um sumarizador de valor. Se você conseguir encontrar uma mensagem relativa ao seu negócio rel-evante o bastante para que dê origem a um livro, você tem uma história para contar. Quem tem uma história para contar tem um título chamativo para o e-book, um bom motivo para pedir o e-mail dos usuários antes de entregar o conteúdo, e uma porção de derivações, como artigos e posts para as mídias sociais. Quanto mais amplo for o assunto de seu e-book, sem fugir de seu ne-gócio, melhor. Um e-book específico sobre pastilhas de freio não deve atrair muita atenção. Lembre-se de que as pessoas querem valor, e não estão interessadas em ler um livro sobre como sua empresa é maravi-lhosa. Alguns exemplos:

• Borracharia: A história dos pneus na Fórmula 1• Consultório médico: como viver uma vida saudável em 10 passos• Consultoria de RH: O manual das entrevistas de emprego• Escola de negócios: Supply Chain e a revolução do século

ESCREVA UM E-BOOK

“Marketing de conteúdo é um compromisso, não uma campanha”Avinash Kaushik, autor de “Web Analytics 2.0”

Conteúdo

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Um dos principais problemas de envolver sua equipe na geração de conteúdo é a qualidade do texto. Pesquisas indicam que apenas um ter-ço dos brasileiros sabem interpretar textos e, entre esses, muito poucos conseguem articular suas ideias adequadamente. E conteúdo exige mui-to mais do que boas ideias e um português correto, é necessário estilo de redação mínimo para produzir uma peça interessante. Você precisa de alguém que tenha essa habilidade envolvido com sua produção de conteúdo. Isso vale para artigos e até mesmo para pequenas frases em redes sociais. Pequeno manual de estilo

• Utilize maiúsculas e minúsculas de forma canônica, evitando “gri-tar” com palavras maiúsculas.• Não abrevie palavras e fuja do “internetês”.• Economize os neologismos e estrangeirismos.• Evite as reticências e, quando utilizá-las, utilize apenas três pontos.• Exclamação e interrogação: apenas uma é suficiente.• Dose os negritos e itálicos, eles não devem ser muito usados.• Divida seus parágrafos em tamanhos coerentes, respeitando as mudanças de tópico.• Não exagere nas gírias e nos modismos.• Ignore qualquer uma das regras acima quando você tiver uma ideia criativa de slogan ou chamada — se souber o que está fazendo!

A qualidade de seu português e de seus textos é parte essencial da apre-sentação de sua empresa e sua oferta.

PORTUGUÊS, REDAÇÃO E ESTILO

“Leia, aprenda, estude, volte à literatura. Informação é controle”Joan Didion, autora de “Slouching Towards Bethlehem”

Conteúdo

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Para criar um bom artigo, comece definindo exatamente qual é o propó-sito de seu texto e sua audiência. Para evitar desvios desnecessários, de-fina uma linha clara de qual assunto será abordado, com começo, meio e fim. Estabeleça uma linguagem de acordo com seu público e mantenha--a consistente durante todo o texto. Defina também quem é o narrador de seu texto, se você fala por você mesmo, por um grupo de pessoas ou como um observador na terceira pessoa. Em seguida, defina a estrutura de seu artigo. Elabore uma linha de racio-cínio, saiba por onde você vai começar e como vai desenvolver seu ar-gumento. Você pode dividir e esboçar seus parágrafos com a sequência de cada passo de seu texto, para só depois desenvolver os parágrafos. Saiba aonde cada parágrafo levará seu leitor antes de se dedicar às fra-ses. A introdução de seu artigo deve ser breve e instigante, para que o leitor seja motivado a continuar lendo. Concluir o texto é sempre saudável, re-sumindo os pontos apresentados ou levantando questões para o leitor.

COMO CRIAR UM ARTIGO

“Pergunte-se: que simples variação de um temafamiliar vai interessar à sua audiência?”

Joe Pulizzi, CEO do Content Marketing Institute

Conteúdo

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Ao produzir conteúdo, você pode tomar a decisão de deixá-lo totalmen-te aberto para quem quiser baixá-lo, o que maximiza sua exposição e seu alcance, ou você pode fechá-lo, pedindo dados do cliente em troca e criando uma base de clientes potenciais, mas com menor alcance. Há pessoas que podem não estar dispostas a dar seus dados em troca de seu conteúdo, e outras que podem simplesmente se perder pelo esfor-ço adicional, seja por distração ou preguiça. É preciso medir o que gera mais clientes para cada peça, a exposição do conteúdo para maior número de pessoas ou o alcance menor com a possibilidade de continuar em contato com o cliente potencial. Peças diversas nos dois modelos são uma ideia interessante, alcançando um público grande com material mais superficial e montando uma base de clientes potenciais em troca de conteúdo mais detalhado.

Há duas formas principais de cobrar por conteúdo fechado: Dados do clienteO acesso ao conteúdo, seja um material para baixar ou uma área restri-ta do website, pode ser trocado pelos dados básicos do cliente, como e-mail e nome. Quanto mais dados solicitados, melhor é a base obtida, mas também é maior a barreira de entrada para o usuário.

Pagamento socialO pagamento social pede o compartilhamento do conteúdo em uma rede social como moeda de troca. Isso pode colaborar muito com a ex-posição do seu conteúdo.

CONTEÚDO ABERTO E FECHADO

“Trate seu conteúdo como um produto”Drew Davis, CEO da Brandscaping

Conteúdo

WEBSITESeu website é o componente central de sua presença digital.

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A estrutura correta do website é indispensável para bons resultados em experiência de usuário, retenção e conversão de visitantes, e até mesmo em SEO. Essa é uma das áreas mais relevantes e de difícil execução na criação de um website, e frequentemente é relegada. A arquitetura da informação é onde se encontram o conteúdo, o contex-to e o usuário.Uma boa arquitetura garante que o visitante de seu website saiba rapi-damente, em todas as páginas que acessar:

• Estou no lugar certo?• O que procuro está aqui?• O que faço em seguida?

Quanto mais rápido o website clarificar essas questões ao visitante, maior é a chance de retê-lo e convertê-lo em cliente. Para desenhar a arquitetura da informação de seu website, comece com a elaboração das personas. Em seguida, desenhe os casos de uso mais importantes do seu público principal, e guie sua arquitetura por eles. Por exemplo:

• Usuário visita o website para comprar produtos de alfaiataria.• Usuário visita o website para entrar em contato com a empresa por telefone.• Usuário visita o website para contratar serviços de costura.

ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO

“Uma grande arquitetura da informação fazo website se comportar como o usuário espera”

Jeffrey Zeldman, fundador da Happy Cog

Website

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Prioridade Defina o que é realmente crucial para seu negócio e seu cliente e as prioridades de 1 a 3.

1. Idealmente haveria apenas um item de prioridade 1, como a lista de carros à venda em um website de uma concessionária. É o item que deve ser mais destacado e explorado no website, ocupando es-paços nobres e com chamadas claras.2. No exemplo da concessionária, seriam itens como “contato”, “como chegar” e “blog”, que merecem destaque, mas menor que o da oferta em si.3. Itens como “sobre nós”, “nossos clientes”, “redes sociais”, “impren-sa”, “trabalhe conosco” etc. Muitos desses itens podem ser abrevia-dos, explorados na página inicial ou agrupados. O que não é parte do fluxo principal não precisa estar exposto com destaque.

Agrupamento e prioridades Agrupe seu conteúdo pensando no visitante que desconhece por com-pleto sua oferta, com nomes claros. Normalmente não é uma boa ideia criar seções como “Produtos”, “Serviços” e “Ofertas”, pois o visitante não tem como saber o que há dentro de cada opção. Clarifique esses itens com o próprio nome de suas ofertas. Se você possui muitas ofertas, crie categorias em uma nova dimensão do website, como um menu secun-dário. Quanto aos itens menos prioritários, economize-os. Você realmente tem material para preencher seções de “sobre nós”, “imprensa”, “nossa histó-ria” e “trabalhe conosco”? Se não tiver, considere não criá-las ou então unificá-las em “sobre nós”. Conteúdo Artigos podem ser estruturados em um blog dentro do website, mas é melhor ainda mesclá-los naturalmente com o conteúdo principal. Em vez de apresentar a oferta na parte principal do website e desenvolver o conhecimento no blog, unifique as duas áreas, desenvolvendo o con-

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teúdo no mesmo local onde a oferta é apresentada. Isso torna a navega-ção mais simples e aumenta a relevância das páginas das ofertas para os mecanismos de busca.

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Não basta apresentar uma excelente oferta com uma bela mensagem e convencer seu cliente de que ele precisa dela. É necessário criar o senso de urgência e mostrar de forma clara e inequívoca onde está a porta que precisa ser atravessada. Na internet, que é volúvel e nada burocrática, é preciso ser ainda mais infalível com a chamada à ação, pois seu cliente está a poucos segundos de distância de seus concorrentes, explorando seu website por conta própria e com pouca disposição para resolver dúvidas. O call to action normalmente se traduz na web como botões que indi-cam as próximas ações que o usuário pode tomar, seja em websites, sistemas ou e-mails. Com uma mensagem no imperativo ou no infinitivo, como “Compre Já”, “Fale Conosco” e “Entrar”, o call to action deve cha-mar a atenção do usuário em local de destaque e com cores fortes. Se necessário, pode ser repetido diversas vezes na mesma página, a fim de manter o senso de urgência constantemente presente para o usuário. Quando utilizamos a internet temos pouco foco e procuramos muita ve-locidade, sendo muito fácil perder a atenção e se dispersar. O call to ac-tion minimiza a dispersão e aumenta a chance de conversão de clientes. Ele não precisa se limitar às funções principais de sua experiência de usuário, como “comprar”. Toda tela de seu sistema deve ter um call to action, um caminho rápido para o usuário dar o próximo passo. O estilo e o posicionamento do call to action são fundamentais para seu sucesso. Suas cores têm de ser chamativas e contrastantes com o fundo da página. O call to action deve saltar aos olhos do usuário.

CALL TO ACTION

“Sentimentos possuem um papel crítico na formaem que os clientes são influenciados”

David Freemantle, autor de “Procura-se”

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O principal objetivo do website é levar seus usuários até a página das in-formações de pagamento, solicitação de orçamento, download de ma-terial etc. Tudo que há entre o usuário e a ação primordial que ele deve desempenhar, seja comprar ou pedir uma cotação, é interferência. As páginas mais agressivas do website, focadas quase exclusivamente em direcionar o usuário diretamente à ação principal, são as landing pages. Landing pages, ou páginas de entrada, são aquelas aonde os visitantes do website chegarão em primeiro lugar através de um anúncio, link ex-terno, e-mail marketing e qualquer outra referência externa. Elas tam-bém podem estar esperando o visitante logo após o clique do call to action, e às vezes são a própria página inicial do website. O que faz que uma página seja uma landing page é seu foco absoluto em uma ou duas ações esperadas do usuário, com tudo que ele precisa saber sobre aquele caminho e o mínimo de interferência. Idealmente, toda oferta deve ter sua própria landing page, com texto e imagens de-scritivas e calls to action claros. Essas páginas devem ser otimizadas para máximo posicionamento nos mecanismos de busca e também devem ser utilizadas nos anúncios.

LANDING PAGES

“Você não pode ser tudo para todos, mas você pode ser algo para alguém”Drew Davis, CEO da Brandscaping

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Pelo menos um terço do tráfego de seu website será gerado por dispo-sitivos móveis, como celulares, tablets etc. Portanto, não é mais uma op-ção ignorar esse público, que precisa de uma experiência personalizada para esses dispositivos. Há mais de um modo de criar um website móvel:

• A primeira e menos recomendada opção é criar um endereço di-ferente, como um subdiretório “m” (de mobile) em seu website. Essa opção cria ruído e confunde o usuário, que pode achar que está no lugar errado do website.• A segunda opção é o design adaptativo, uma técnica que envia um HTML diferente para cada tipo de dispositivo ou tamanho de tela. Essa é uma boa opção quando é necessário um alto nível de customi-zação para cada variação.• A opção mais comum é o design responsivo, que conta com um mesmo HTML e técnicas de CSS para adaptar o website conforme o tamanho da tela, funcionando em pequenas e grandes telas. Essa é a maneira mais rápida, simples e recomendada de criar um website móvel.

Se você tiver a possibilidade e fizer sentido para o seu negócio, crie apli-cativos específicos que desempenhem o mesmo objetivo que seu web-site, oferecendo ao visitante a possibilidade de utilizar o website móvel ou baixar o aplicativo. É um caso adequado para websites de bancos, notícias e vídeos.

SITE MÓVEL

“Mobilidade está se tornando mais que o novo hub digital, e vaitransformar mais que suas operações digitais — todo o seu negócio”

Thomas Husson, VP da Forrester Research

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O endereço de seu website pode se beneficiar de uma boa dose de bom senso estético. Seus clientes vão utilizá-lo, memorizá-lo e possivel-mente passar a outras pessoas, como uma marca. No mundo ideal, o endereço é idêntico à marca principal. Na prática, é muito difícil achar domínios livres e por vezes temos que apelar para alternativas com sufixos como online ou web. Se sua marca é registrada, você pode tentar conseguir a posse legal de um domínio igual a ela já existente no Brasil. Dicas

Sua página inicial não deve ser visível.Pior: http://www.fifa.com/index.htmlMelhor: http://www.fifa.com/ Suas URLs não devem conter extensões de arquivos.Pior: http://www.fifa.com/equipes.phpMelhor: http://www.fifa.com/equipes Suas URLs devem refletir com clareza sua estrutura de navegação.Pior: http://www.fifa.com/grupo-a_equipebrasilMelhor: http://www.fifa.com/equipes/brasil/grupo-a Utilize texto no lugar de números e ids sempre que possível.Pior: http://www.fifa.com/artigos/987Melhor: http://www.fifa.com/artigos/como-o-brasil-venceu-suas-copas

ENDEREÇO E URLS

“Websites devem ser lindos por fora e por dentro”Paul Cookson, CEO da Ad Army Group

Website

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Monitorar a audiência de seu website é indispensável para conhecer seu público e medir a eficácia de suas ações. É possível monitorar seus visitantes através de ferramentas do lado do servidor e do cliente. Cada método tem ferramentas específicas e um modo de operar com vantagens e características próprias. De modo ge-ral, o monitoramento via cliente é mais confiável, pois não é disparado por robôs de busca ou outros mecanismos automáticos. O monitoramento via cliente acontece quando a página é exibida no navegador do usuário, com a execução de um JavaScript que registra a data do acesso, o IP do computador, a versão do navegador e do siste-ma operacional etc. Os dados são registrados em um servidor, onde é possível consultar em tempo real as informações. A mais indicada e mais completa ferramenta de estatísticas de visitas é o Google Analytics.

ESTATÍSTICAS

“Se você torturar os dados o bastante, eles vão confessar”Ronaldo Coase, vencedor do Nobel de Economia

Website

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HTML é a quintessência da web, como a linguagem de programação que descreve o visual das páginas e e-mails. Até pouco tempo consi-derado uma linguagem limitada e insuficiente, sua onipresença acabou por promovê-lo ao status de principal linguagem de programação de interfaces em todas as plataformas, estimulando o surgimento de fra-meworks e padrões que o alçaram a um novo patamar de significância. Conhecê-lo bem e utilizá-lo corretamente é um dever em todo bom tra-balho de marketing digital. Código HTML bem estruturado assegura máxima compatibilidade com navegadores diferentes. Há muitas formas possíveis para implementar os requisitos visuais em HTML, sendo que algumas formas são mais sim-ples e elegantes que outras. A limpeza e a brevidade do HTML também colaboram com sua correta e rápida exibição. Por fim, o HTML é a principal interface entre o website e os mecanismos de busca, e SEO não é praticável sem sua utilização adequada.

HTML

“Um grande design web sem funcionalidade é como um carro esportivo sem motor”

Paul Cookson, CEO da Ad Army Group

Website

SEOConheça as técnicas para obter um bom posicionamento e uma exibição adequada nos me-canismos de busca, essas peças tão fundamentais da experiência digital.

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Mecanismos de busca como o Google e o Bing são os grandes centra-lizadores de informações da web, servindo como ponto de partida em pesquisas de texto, mapas e imagens. As pesquisas muitas vezes têm como objetivo encontrar empresas e ofertas, e quem colhe as visitas se apresenta como autoridade no assunto. As técnicas e boas práticas para aprimorar o posicionamento nos me-canismos de busca são reunidas em uma disciplina denominada SEO (Search Engine Optimization). SEO envolve estudo das oportunidades dos mecanismos de busca, estruturação e otimização do website, cria-ção de conteúdo e mídias sociais. SEO também envolve o usuário dos mecanismos, garantindo que o website apareça para o usuário de forma atraente e informativa. Os mecanismos modernos mapeiam a web automaticamente com ro-bôs de busca. Os robôs acessam as páginas rotineiramente e catalogam seu texto, buscando outras páginas através dos links. A estrutura das pá-ginas determina como elas vão aparecer nos resultados das buscas. O índice das páginas nas buscas é definido por diversos fatores de clas-sificação que, reunidos, indicam qual é a importância do website para cada assunto. A forma como cada mecanismos de busca define a impor-tiancia dos fatores de classificação não é conhecida publicamente. Con-tudo, temos boas dicas de quais são os fatores cruciais, e é trabalhando com esses fatores que conquistamos melhor posicionamento nas pes-quisas.

POSICIONAMENTO

“Cada vez mais, busca é o mecanismo pelo qualentendemos nós mesmos, o mundo e nosso lugar nele”

John Battelle, cofundador da revista Wired

SEO

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A utilização dos mecanismos de busca só cresce. Dois terços dos usuá-rios de internet utilizam algum mecanismo diariamente. No Brasil, o Google detém 94% do volume de pesquisas.

Cliques nos resultados:

• 1º colocado: 18.2% dos cliques.• 2º colocado: 10.1% dos cliques.• 3º colocado: 7.2% dos cliques.• 4º colocado: 4.9% dos cliques.• Demais colocados: todos abaixo de 2%.

ESTATÍSTICAS

“Se não está no Google, não existe”Jimmy Wales, fundador da Wikipedia

SEO

94%  

4%  

Google  

Bing  

Yahoo!  

Outros  

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Há muitos fatores de classificação que definem o posicionamento de uma página nos mecanismos de busca. Eles podem variar de um meca-nismo de busca para outro, sendo que sua prioridade para cada meca-nismo certamente é única.

• Semelhança da tag H1 com o termo pesquisado.• Semelhança da tag TITLE com o termo pesquisado.• Ocorrências similares no texto ao termo pesquisado.• Tamanho do texto da página.• Tempo de existência do domínio.• Número de links para a página.• Número de IPs únicos com links para a página.• Número de domínios com links para a página.• Número de curtidas e compartilhamentos no Facebook.• Número de curtidas no Google+.

Os fatores devem ser todos trabalhados à medida do possível. É deter-minante definir um ritmo constante de identificação e aprimoramento dos diversos fatores.

FATORES DE CLASSIFICAÇÃO

“O futuro do SEO chegou: entender e fazer marketing para audiênciasespecíficas e definidas através de mecanismos de busca”

Adam Audette, CKO da RKG

SEO

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Como no mundo real, uma boa reputação na internet não é construída do dia para a noite. O trabalho de SEO depende de tempo e paciência. Não há caminho rápido para o topo das buscas, e um trabalho contínuo e persistente é fundamental para ter sucesso. Ainda que uma marca exploda na internet e que os mecanismos de bus-ca estejam atualizando suas informações de maneira cada vez mais fre-quente, há um atraso inevitável e proposital na qualificação das páginas. O tempo é um importante fator de classificação, que só pode ser desen-volvido com paciência. Por vezes, uma página pode subitamente perder posições nos índices sem aparente explicação. Tudo pode estar certo na configuração do website e não haver nenhuma punição do mecanismo de busca sendo aplicada. Em algumas semanas a posição é restabelecida e o susto pas-sa. SEO é uma atividade de médio e longo prazo, com resultados que de-vem ser medidos na linha do tempo, com prazo de efetivação de um a alguns meses. Verificar diariamente o posicionamento do website é uma prática angustiante e, para todos os efeitos, inútil. É preciso paciência e o entendimento de que esse é um processo demorado.

PACIÊNCIA

“Esta é a era do ‘menos é mais’ em SEO”Adam Audette, CKO da RKG

SEO

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É a utilização consistente de palavras-chave que torna o website uma autoridade nesse assunto, garantindo um bom posicionamento ao web-site quando palavras relacionadas são procuradas. Esse é talvez o mais poderoso critério de classificação. Os mecanismos de busca querem assegurar que seu usuário encontre o que estava procurando ao clicar em um de seus resultados. Quando um usuário procura por sushi em New York em um mecanismo de busca, acessa um dos resultados e, ao chegar na página de destino se depara com texto envolvendo a palavra Sushi e New York diversas vezes, prova-velmente o mecanismo de busca conseguiu cumprir sua missão e entre-gou um bom resultado. Por isso conteúdo é tão importante em SEO: os mecanismos de busca têm o dever de listar as fontes de melhor e mais extenso texto sobre os assuntos pesquisados.

CONTEÚDO

“Marketing de conteúdo se tornou o catalizador quealimenta atividades de busca e mídias sociais”

Jim YU, CEO da BrightEdge

SEO

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A tecnologia utilizada no desenvolvimento das páginas é essencial para bom SEO, do servidor utilizado às técnicas de programação. Servidores que hospedam páginas com vírus ou que utilizam técnicas blackhat podem ser punidos, prejudicando páginas de outros websites hospedados nele. Utilizar um provedor de hospedagem de confiança e amplamente conhecido é a maior garantia para não ter problemas. Entregar links para páginas que carregam e funcionam é parte da res-ponsabilidade dos mecanismos de busca. Servidores com problemas de latência e disponibilidade podem impactar o posicionamento.

O texto de plug-ins Flash e Silverlight não pode ser indexado pelos me-canismos de busca. É possível reproduzir o texto no HTML para que ele seja encontrado, mas websites estruturados com essas tecnologias não alcançam a mesma relevância que websites estruturados em HTML puro. Plug-ins devem ser evitados nos caminhos críticos de um website. Fra-mes e Iframes dificultam o trabalho de indexação dos mecanismos de busca, e normalmente impactam negativamente o posicionamento nos mecanismos de busca. A não ser que você saiba exatamente o que está fazendo, não utilize esses recursos. Todas as páginas de um website devem estar acessíveis através de links para que os mecanismos de buscas as encontrem. Os mecanismos de busca ignoram JavaScript em sua maior parte, sendo imprescindível que links e textos essenciais não dependam de JavaScript diretamente, para que a página seja lida corretamente pelos robôs.

TECNOLOGIA

“Confiança é o fator de classificação número 1”Matt McGee, autor da Marketing Land

SEO

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Os mecanismos de busca entendem cada domínio como uma fonte de conteúdo, priorizando aquele que gera a informação primeiro. Assegu-rar que os mecanismos de busca enxerguem toda a informação em ape-nas um domínio é necessário para garantir que o website está sendo lido como uma entidade única. Subdomínios são tratados como websites diferentes. Cada um dos do-mínios abaixo é entendido como um website diferente pelos mecanis-mos de busca: http://blog.w3c.comhttp://contato.w3c.comhttp://www.w3c.comhttp://w3c.com Ao utilizar subdomínios, quebramos a autoridade do website em vários pedaços. Para isso, na maioria dos casos é recomendado não utilizá-los. Subpastas são tão intuitivas quanto ou mais que subdomínios, e somam autoridade para o website como um todo. O domínio sem www é chamado de naked domain, e ele também é trata-do como outro website. É preciso escolher um modo principal de aces-so, com ou sem www, e redirecionar o outro domínio para o principal. Dessa forma, se você escolher utilizar o www e seu website for acessado sem o www, ele será redirecionado para o website com www. O mesmo acontecerá com os mecanismos de busca, que entenderão que aquele é o domínio real do website. Esse tipo de redirecionamento também deve

DOMÍNIOS

“SEO só não é visto por aqueles que já o conhecem como uma ciência avan-çada”

Danny Sullivan, autor da Search Engine Land

SEO

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SEO

ser utilizado para domínios alternativos ou antigos que você possuir. A maneira mais adequada de fazer o redirecionamento é através de uma mensagem HTTP do tipo 301 Redirect.

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Há algumas implementações no HTML que definem a aparência dos resultados nos mecanismos de busca e também ajudam no posiciona-mento do website. TitleA tag title é possivelmente a mais importante para SEO em sua página. É ela que define o título de sua página nos resultados de buscas. Ela deve chamar rapidamente a atenção dos usuários e explicar de forma conci-sa e completa o que há na página. O texto utilizado nessa tag pode ser truncado se for muito grande, sendo que um bom parâmetro é o de 65 caracteres. Concatene sempre o nome de seu website no final do título.

Domínio semântico: hospital, rio grande do sul, porto alegre, RS, pronto socorro, maternidade, tradição• Página Inicial

<title>Hospital de Porto Alegre - Pronto Socorro e Materni-dade</title>

• Página Maternidade<title>Maternidade - Hospital de Porto Alegre</title>

• Página Sobre<title>Sobre Nós - Hospital de Porto Alegre</title>

Metatag descriptionA metatag description define qual descrição será utilizada para a página nos resultados dos mecanismos de busca. Ela também tem que ser rica em palavras utilizadas nas buscas, contendo itens do domínio semânti-

HTML

“É uma boa ideia entender como trabalhar como Google e o Bing para máximo benefício em SEO”

Debra Mastaler, presidente da Alliance-Link

SEO

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co. Esse é o texto que o usuário lê logo após se interessar pelo título da página, onde você pode aproveitar para descrever com algum detalhe a página de destino. O tamanho máximo ideal para esse texto é 160 ca-racteres. É indispensável criar uma metatag description única para cada página de seu website.

Domínio semântico: aplicativo, App, táxi, chamar, pedir, ligar, pro-curar, encontrar, rádio, taxista, smartphone, celular, iPhone, Android, Windows Phone, próximo.• Página Inicial

<meta title=”description” content=”Encontre o taxista mais próximo via iPhone ou Android com o aplicativo de táxi mais utilizado no Brasil.”/>

• Termos de Uso<meta title=”description” content=”Entenda os Termos de Uso, as limitações legais e o contrato para taxistas e clientes do aplicativo de táxi.” />

H1A tag H1 define um cabeçalho de seção de maior prioridade na página. Em um CSS padrão ou bem utilizado, a tag H1 é um texto com destaque e maior que os outros textos da página. Logo, é um texto que o visitante vai ler assim que abrir a página, representando um conteúdo focado na-quelas palavras. É muito importante utilizar as palavras principais de seu domínio semântico em sua tag H1.

Domínio semântico: segurança, privada, guarda, particular, patrimô-nio, proteção, valores, escolta, vigilância

<h1>Segurança privada, escolta e guarda de patrimônio</h1>

H2, H3, H4...As outras tags de cabeçalho também podem ajudar no posicionamento da página. Organizando de maneira compreensível a estrutura da pá-gina, ela naturalmente conterá cabeçalhos relevantes para o conteúdo que importa.

SEO

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O arquivo sitemap.xml informa aos mecanismos de busca qual é a estru-tura de seu website. Condenado à extinção, por hora ele ainda consti-tui um importante recurso para SEO. Esse arquivo nunca será acessado pelo seu visitante, apenas pelos robôs de busca. O sitemap.xml é um arquivo de texto simples que deve estar na raiz de seu website.

SITEMAP

“SEO é um substantivo, um verbo e um adjetivo”Todd Malicoat, fundador da Fishing Charters

SEO

<?xml version=”1.0” encoding=”UTF-8”?>

<urlset xmlns=”http://www.sitemaps.org/schemas/si-temap/0.9”>

<url>

<loc>http://www.example.com/</loc>

<lastmod>2014-07-01</lastmod>

<changefreq>monthly</changefreq>

<priority>0.8</priority>

</url>

</urlset>

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O arquivo robots.txt contém instruções sobre quais páginas do website os robôs de busca devem capturar. Com auxílio desse arquivo é possí-vel impedir que algumas de suas páginas apareçam nos resultados das buscas. Na maioria dos casos, o robots.txt é utilizado para impedir que páginas de login da administração do website apareçam nos resultados das buscas. Se não há páginas para ocultar nos resultados das buscas, o arquivo ro-bots.txt não precisa e não deve ser utilizado.

ROBOTS.TXT

“Ser encontrado não é garantia de ser indexado”Rand Fishkin, colaborador do SEOMoz

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O número de links de qualidade de websites diversos que apontam para um website específico é um dos principais indicadores de autori-dade para os mecanismos de busca. Um website conhecido e útil será naturalmente mencionado em outros websites, mas podemos incentivar que isso aconteça para acelerar a subida no índice. Precisamos de links em websites de qualidade para obter reconheci-mento dos mecanismos de busca. Perfis de redes sociais e diretórios especializados como guias de bairros são bons lugares para começar a cadastrar um website e gerar links de qualidade. Procure pelos websites em que seus concorrentes estão cadastrados como uma referência. Mas isso não basta. É preciso criar conteúdo valioso que atraia links e divulgá-lo. Isso fará que novos links sejam criados sem sua interferência. Outra forma de conseguir links de qualidade para um website é através de guest blogging. Trata-se da publicação de texto original em websites relacionados, com uma menção ao autor e à empresa. Um website rece-be material gratuito para veicular em suas páginas e, em troca, o outro recebe um link. Ambos os websites ganham em SEO. Links internos também são influentes, à medida que indicam às ferra-mentas de busca que o seu conteúdo é estruturado e navegável. Sem-pre que possível, crie links internos em seu website utilizando frases sig-nificativas, como “manual da TV de 40” Samsung”.

LINKBUILDING

“O objetivo não é ‘fazer seus links parecerem naturais’;o objetivo é que eles sejam naturais”

Matt Cutts, engenheiro do Google

SEO

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Imagens também podem render visitas valiosas a um website a partir da busca de imagens dos mecanismos, além de constituir mais um signifi-cativo fator de classificação. Websites com imagens são mais interessan-tes para serem exibidos nas buscas.

• Utilize imagens atraentes e em alta resolução.• Otimize arquivos de imagens para diminuir o tamanho deles.• Utilize as mesmas regras de nomenclatura das páginas nos arqui-vos de imagem:

* capacete-com-estampas-azuis-para-motociclistas.jpg* por-do-sol-em-alexander-platz-berlim.jpg

• Adicione um atributo HTML alt para todas as imagens, com sua descrição.• Evite muito texto dentro da imagem. Os mecanismos de busca não encontram esses textos.

IMAGENS

“O Google só te ama quando todos os outros te amam primeiro”Wendy Piersall, autora de “Mom Blogging for Dummies”

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Em SEO, não há atalhos. Não há como comprar o bom posicionamento nos mecanismos de busca, é necessário trabalho duro e paciência. Tam-bém não adianta tentar enganar os mecanismos de busca com as cha-madas técnicas blackhat, que até podem funcionar por algum tempo, mas eventualmente são detectadas e punidas. Essas punições podem tirar o website dos mecanismos de busca e causar muita dor de cabeça. Como saber qual tática é blackhat? Basta usar o bom senso. Alguns exemplos:

• Utilizar o serviço de empresas que prometem o website bem po-sicionado no Google em dias — não existe milagre!• Pagar por curtidas de perfis falsos em seus perfis sociais.• Espalhar comentários que apontam para seu website em artigos de blogs.• Criar texto extenso inútil com suas palavras-chave.

TÉCNICAS BLACKHAT

“Hoje o que importa não é mais o ‘obtenha tráfego’— é ‘obtenha tráfego relevante e direcionado’”

Adam Audette, CKO da RKG

SEO

MÍDIA SOCIALSaiba como divulgar suas ofertas nas mídias sociaisg e como priorizar as redes sociais corre-tas.

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Não consigo imaginar um negócio que não possa se beneficiar das re-des sociais. O alcance delas é enorme e suas ferramentas para chegar a públicos segmentados são cada dia mais interessantes. Nos últimos anos, um grande êxodo ocorreu para as principais redes sociais, e hoje praticamente todos os usuários de internet estão em uma ou mais redes sociais. Mas as redes sociais são mal utilizadas e interpretadas pelos negócios. Lembre-se: são redes sociais, não murais de recado ou cupons de des-conto. Pessoas e empresas devem socializar nessas redes, criando vín-culos valiosos com suas comunidades através de informação e entrete-nimento.

SOCIALIZANDO

“Você pode entender toda mídia social como acriação de um novo tipo de espaço público”

Danah Boyd, pesquisadora da Microsoft

Mídia social

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Um bom perfil de rede social é como uma peça de design, uma publi-cação. Pode ser impresso e utilizado como portfólio. Deve ser simétrico, atraente, completo. Deve dialogar com o design e o espaço da rede social, seguindo as recomendações de tamanho e proporção nas publi-cações e se aproveitando dos recursos disponíveis na rede. Complete e mantenha atualizados os dados de sua empresa em seu perfil. Restrinja-se a assuntos que realmente interessam a seu público. Nada de comentar a novela das oito. E se esse não é seu negócio, não republique constantemente notícias relacionadas a sua área de atuação. Há veículos dedicados a fazer isso e não é assim que convencerá seu público de que você possui conteúdo. Não exagere nas publicações institucionais, seus seguidores não que-rem ser relembrados constantemente sobre o quanto sua empresa é respeitada ou estar a par de todos os prêmios que ela ganha. E, a não ser que você saiba o que está fazendo, publique apenas em nome de sua empresa — é ela que seu público segue, não pessoas físicas. Como esse é um meio social, envolva seu público: convide, siga, curta, compartilhe, pergunte e colabore. Seu foco principal na rede social é agregar valor e entreter seu público. Lembre-se, é uma rede social, não um diretório de serviços. Socialize! Tire o chapéu de vendedor e deixe de lado o palavreado de vendas, seja amigável e pessoal. Este é o lugar para fazer seu marketing de conteúdo, provar que é uma autoridade em seu negócio e expor sua marca.

O QUE PUBLICAR

“Relações com significado são vias de mão dupla, e isso significaprocurar constantemente por formas de melhorar a vida de seus clientes”

Peter Friedman, CEO da LiveWorld

Mídia social

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Publique atualizações com um espaço máximo de alguns dias, ideal-mente algumas publicações por dia, mas não exagere para não inundar seus seguidores. Centralize o controle do perfil e defina as responsabilidades claramente. Lembre-se: quando você publicar algo, muitas vezes não há como voltar atrás. A informação se espalha e é replicada pela internet com uma velo-cidade incrível. Certifique-se de que seus dados de acesso e senhas são de qualidade, estão armazenadas em locais seguros e são compartilha-dos apenas com pessoas de confiança. Perder o controle de um perfil de rede social por apenas alguns minutos pode causar danos catastróficos. Mantenha uma linguagem profissional e de alto nível, de acordo com sua marca. Utilize português correto e preocupe-se com o estilo de seu texto. Em geral, as redes sociais não são adequadas para texto extensi-vo. Seja breve e vincule suas publicações a seu website. Divulgar suas atualizações com uma verba pequena garante um envol-vimento mínimo com todas as suas publicações. Use e abuse das fer-ramentas de anúncios, teste cenários diferentes de direcionamento de público e tipos de conteúdo. Conectar suas redes sociais a seu website com botões específicos ren-de novos seguidores e prova o valor de sua comunidade. Não deixe de fazê-lo.

COMO PUBLICAR

“Entender como se comportar nas redes sociaisé simples: seja simpático ou vá embora”

Faris Yakob, CTS na McCann Erickson

Mídia social

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O feedback virtual de seus serviços acontece em diversos canais digitais e muito rapidamente. Um cliente pode ter um problema e reportá-lo em menos de um minuto. Se sua empresa monitorar continuamente os canais e responder rapidamente, o feedback é uma ótima oportunidade para identificar problemas e reverter percepções negativas. Um cliente bem tratado após uma experiência negativa não raro se torna um fã ar-doroso da empresa. Seja via rede social, e-mail ou comentários de blog, seu cliente e clientes em potencial esperam respostas rápidas para suas mensagens. Desen-volva uma rotina de verificação e ação em todos os canais. Por mais que você se prepare, às vezes ocorrerão problemas e seu clien-te se fará ouvir nos meios digitais. Mas não se desespere. Para o cliente, a forma que a empresa atua após a falha é mais relevante do que o fato de ela falhar de vez em quando. Há quatro tipos de feedback e uma maneira diferente de agir para cada um. Feedback positivo ou mistoEsse é o tipo de comentário e avaliação que é inteira ou majoritariamen-te favorável a sua empresa. A resposta pode ser organizada da seguinte forma:

1. Agradeça ao cliente pelo feedback.2. Ressalte rapidamente como sua empresa é preocupada em forne-

FEEDBACK

“Você não pode errar ao investir em comunidades e em seus seres huma-nos”

Pam Moore, fundadora da Marketing Nutz

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cer o valor reconhecido por ele.3. Peça desculpas pela parte negativa da experiência, se houver — sem exageros. Ressalte tudo que é feito para que isso não aconteça e que isso não deveria acontecer.4. Despeça-se cordialmente e convide-o para voltar.

Exemplo:Um cliente tem um ótimo atendimento em uma loja de roupas, e deixa um comentário no Facebook.Comentário: “Recomendo muito, o atendimento é impecável! Edgar”Resposta: “Caro Edgar, obrigado por visitar nossa loja e compartilhar sua experiência, que nos deixa muito felizes. Contratamos e treinamos nossos atendentes com a cordialidade em mente, para que você possa ter uma grande experiência. Aguardamos você novamente!” Feedback negativo aberto Comentários negativos sinceros e limpos. A resposta pode ser organiza-da da seguinte forma:

1. Agradeça ao cliente pelo feedback.2. Peça desculpas pelos problemas, novamente sem exagerar. Res-salte tudo que é feito para que isso não aconteça e que o problema não deveria acontecer.3. Despeça-se cordialmente e convide-o para voltar.

Exemplo:Uma cliente participa de uma capacitação de uma empresa de treina-mentos, e registra uma avaliação no LinkedIn.Comentário: “Estive no treinamento do último sábado e foi terrível. Os computadores não funcionaram, perdemos metade do dia com isso e não conseguimos resolver. Amanda”Resposta: “Amanda, obrigado por enviar seu relato, lamentamos o ocor-rido. Além de utilizarmos apenas computadores novos em nossos cursos, temos uma equipe técnica para revisá-los todas as semanas, mas fomos surpreendidos por um problema elétrico neste encontro. Já estamos en-trando em contato com você para remarcar o treinamento. Obrigado.”

Mídia social

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Feedback negativo fechado Quando o feedback é muito fechado, abstrato ou grosso, pode ser mui-to difícil responder. Se esse é o caso, não responda. Feedback abusivo Se a mensagem é abusiva, caluniosa ou de mal gosto, utilize os recursos disponíveis para excluí-la e bloquear o autor. Nunca se aventure a res-ponder esse tipo de mensagem.

Melhores Práticas • Ofereça compensações para quem deixar comentários positivos ou negativos. Para os primeiros, é uma forma de cativar ainda mais clientes já satisfeitos e transformá-los em evangelistas de sua marca. Para os insatisfeitos, é uma boa tentativa de se mostrar disposto a re-compensar o cliente e refazer sua imagem. Essas recompensas podem ser feitas de modo privado, enviando uma resposta pública de agra-decimento e outra privada para recompensas, em prol da elegância.• Não se estenda demasiadamente nas respostas. Seja breve.• Nunca entre em um desacordo público com seu cliente. Leve con-versas desagradáveis para o modo privado ou, melhor ainda, para o telefone. • Você não precisa concordar com todo feedback negativo de seu cliente, muito menos discordar de qualquer ponto. Respeite a opinião registrada, mostre-se compreensivo e ressalte tudo que você faz para que esses problemas não aconteçam. Não fique na defensiva.

Mídia social

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O Facebook é a maior rede social do mundo, com a rara qualidade de reunir todos os públicos, de estudantes e empresários a aposentados. Sua polivalência o torna ideal para todo tipo de negócio e iniciativa, de receitas culinárias e jogos a material corporativo. Além disso, a rede so-cial possui a mais completa e versátil ferramenta de anúncios, suportada por perfis de usuário fidedignos e detalhados. Perfil

• Todo usuário do Facebook é uma pessoa física, que por sua vez pode criar perfis empresariais. Perfis empresariais não possuem “ami-gos” e não podem seguir outros usuários. Resista à tentação de burlar essa limitação a fim de seguir diversos usuários. Isso não transmite profissionalismo e eventualmente trará problemas diversos.• Utilize como imagem do seu perfil o logotipo quadrado de sua empresa, em alta resolução.• Utilize como imagem de capa uma peça limpa ou com pouco tex-to, atrativa e que comunique o valor de seu negócio. Um restaurante pode utilizar a foto de seu prato mais famoso. Uma fábrica de software pode expor a melhor imagem de seu principal sistema em uma tela de Notebook.• Complete o perfil de sua empresa no Facebook.

Atualizações

• Crie Marcos para contar a história de sua empresa e de sua marca.• Leve os acontecimentos futuros do mundo real para o Facebook através do recurso de Eventos.

FACEBOOK

“Marketing não é mais resultado das coisas que você faz, mas das histórias que você conta”

Seth Godin, fundador da Yoyodine

Mídia social

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• Utilize Hashtags com moderação. Não estamos no Twitter!• Quando subir mais de uma foto sobre um mesmo assunto, agru-pe-as em Álbuns.

Anúncios • Explore as opções de segmentação de anúncios do Facebook para identificar seu público-alvo. Você não quer pagar por engaja-mento de pessoas com quem você nunca fará negócio.• Importe listas de e-mail de clientes para o Facebook para criar públicos-alvo aos quais você pode direcionar seus anúncios.• Conecte seu Facebook com seu website para criar públicos-alvo para os anúncios, com base nos usuários do Facebook que visitaram seu website.• Patrocine as curtidas de seu perfil com uma verba mínima diária.• Patrocine todos os posts que puder, ainda que com uma verba pequena, para gerar engajamento mínimo em seu perfil. A exibição orgânica de publicações de páginas está caindo progressivamente.• Utilize a ferramenta do Gerenciador de Anúncios para criar seus anúncios, em vez da ferramenta embutida nas próprias publicações. Dessa forma, você terá acesso a mais opções e poderá criar anúncios melhores.

MÍdia Social

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O LinkedIn tornou-se em 2014 a segunda maior rede social do Brasil, ultrapassando o Twitter. Seu público é majoritariamente de profissionais da área de serviços, com perfis profissionais fidedignos e detalhados. Com um sistema de anúncios razoavelmente completo e um custo ele-vado, é excelente para chegar a públicos corporativos de forma quali-ficada. Apesar de as pessoas fornecerem muitas informações ao Face-book, a parte profissional dos perfis costuma ser tímida e incompleta, e é nessa parte que o LinkedIn é imbatível. Sua empresa deve estar no LinkedIn ao menos para conectar seus cola-boradores e parceiros. É sempre possível, contudo, utilizar a plataforma também para chegar a clientes. Se seu negócio é B2B, aproveite o LinkedIn para divulgar seu conheci-mento e patrocinar suas publicações para seu público-alvo. Se seu negócio é B2C, ainda assim você pode aproveitar os anúncios do LinkedIn para transmitir sua mensagem. Devido à natureza da rede social, quanto mais corporativa for sua mensagem, melhor. Por exem-plo, uma loja de tênis virtual pode divulgar seus artigos sobre logística e CRM. Se seu negócio é um estabelecimento local, você tem uma ótima opor-tunidade de encontrar as empresas que estão próximas ao seu estabe-lecimento. Apesar de o menor nível de direcionamento dos anúncios do LinkedIn ser a cidade, você pode procurar as empresas próximas a você via Google Maps e então direcionar seus anúncios a elas no LinkedIn.

LINKEDIN

“Nós não temos a escolha de não fazer mídiasocial, a questão é quão bem nós a fazemos”

Erik Qualman, autor de “Socialnomics”

MÍdia Social

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O LinkedIn também é uma ferramenta de recrutamento muito funcional, com planos pagos que permitem filtrar a base de usuários em busca do colaborador que você precisa.

Perfil• Utilize como imagem do seu perfil o logotipo quadrado de sua empresa em alta resolução.• Utilize como imagem de capa uma peça limpa ou com pouco tex-to, atrativa e que comunique o valor de seu negócio. Um restaurante pode utilizar a foto de seu prato mais famoso. Uma fábrica de software pode expor a melhor imagem de seu principal sistema em uma tela de notebook.• Complete o perfil de sua empresa no LinkedIn.

Anúncios

• Explore as opções de segmentação de anúncios do LinkedIn para identificar seu público-alvo. Você não quer pagar por engajamento de pessoas com quem nunca fará negócio.• Patrocine as curtidas de seu perfil com uma verba mínima diária.• Patrocine todos os posts que puder, ainda que com uma verba pequena, para gerar engajamento mínimo em seu perfil.

MÍdia Social

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O Twitter é uma das maiores redes sociais do mundo, e a terceira maior do Brasil, com um público diversificado em faixa etária e ocupação. Mas a força do Twitter vai além do alcance direto de clientes. O Twitter é a rede social com conteúdo mais viral, replicado por diversos robôs e websites agregadores. Utilizar o Twitter de maneira constante é uma boa maneira de espalhar links para um website na internet, colaborando com o posicionamento nos mecanismos de busca. Perfil

• Utilize como imagem do seu perfil o logotipo quadrado de sua empresa em alta resolução.• Utilize como imagem de capa uma peça limpa ou com pouco tex-to, atrativa e que comunique o valor de seu negócio. Um restaurante pode utilizar a foto de seu prato mais famoso. Uma fábrica de software pode expor a melhor imagem de seu principal sistema em uma tela de notebook.• Complete o perfil de sua empresa no Twitter, as poucas informa-ções necessárias.

Seguidores

• Procure seguir pessoas e empresas de sua indústria, que realmen-te interessem a seu negócio.• Há um limite de pessoas que você pode seguir para obter segui-dores de volta. Por isso, use também o recurso “favorito” nas atualiza-ções de usuários que você quer que o sigam de volta.

TWITTER

“Uma marca não é mais o que nós contamos ao consumidor— é o que os consumidores contam uns aos outros”

Scott Cook, fundador da Intuit

MÍdia Social

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Atualizações• Compartilhe bom material de outras contas relacionado ao seu negócio.• Utilize uma ou duas hashtags em cada atualização. hashtags co-nectam o perfil a tópicos e divulgam a mensagem em debates.• Evite utilizar muitas hashtags em uma mesma atualização, não é estético e não transmite profissionalismo.

Mídia social

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O Instagram é a rede social focada em imagens mais popular no Brasil. Por muito tempo, o aplicativo estava disponível apenas para iPhones, segmentando seu público em uma camada da população com maior poder aquisitivo. Com o aumento das vendas do iPhone e a chegada da rede social a outros dispositivos, o público se diversificou um pouco, mas ainda possui essa característica predominante. Sem disponibilizar plataforma de anúncios, o Instagram não foi pensado para empresas. Além de soluções criativas de fora da plataforma e al-cance orgânico, a única forma de ganhar seguidores é seguindo muitas pessoas. Se seu negócio é B2B, você precisará de alguma criatividade para estar no Instagram. Esta não é uma rede social corporativa, seus usuários que-rem leveza e entretenimento nas fotos. Perfil

• Utilize como imagem do seu perfil o logotipo quadrado de sua empresa em alta resolução.• Complete o perfil de sua empresa no Instagram. Um perfil sim-ples.

Atualizações

• O Instagram é um lugar lúdico e pessoal, onde as pessoas não esperam ver banners. Isso pode custar a perda de seguidores, sendo melhor apostar em peças de marketing de conteúdo puro.

INSTAGRAM

“Repita comigo: Influência NÃO É popularidade!”Brian Solis, autor de “Engage!”

Mídia social

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• Mescle fotos de seus clientes, de sua empresa, de seu produto e de seus colaboradores. Por exemplo, o perfil de um Shopping Center pode mesclar fotos de seus funcionários sorrindo, pessoas comendo na área de alimentação, áreas internas e externas do Shopping, lojas e vitrines, famílias passeando nos corredores, casais namorando nos bancos e assim por diante. • Seja criativo e ouse com fotos diferentes. • Aproveite sempre o espaço para texto abaixo das fotos. Perca tempo pensando em coisas inteligentes e bem-humoradas para adi-cionar às fotos.• Capriche nas hashtags das atualizações, elas envolver sua marca em discussões relevantes e render novos seguidores.• Não tenha medo de compartilhar muito texto no Instagram, quan-do isso fizer sentido. Por exemplo, receitas de culinária são muito compartilhadas, apesar de o espaço não ter estrutura adequada para muito texto.• Nunca utilize links nas suas atualizações. Não é possível clicar ne-les.• Com a devida permissão, republique fotos de terceiros relaciona-das a sua empresa.• Quando tiver um número considerável de seguidores, promova concursos de fotos ligadas a sua oferta e marca.• Fotos amadoras, tiradas com o próprio smartphone, são comuns no Instagram, mas nada melhor que uma foto profissional, ainda que com um ar despojado. Invista nisso.

Mídia social

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O Foursquare é utilizado por mais de um milhão de pessoas no Brasil. É uma ferramenta de registro de presença e avaliação, e seu estabele-cimento pode ser avaliado mesmo que não esteja cadastrado. Se seu negócio é local, é crucial dar atenção a essa rede social, monitorando o que seus clientes falam sobre sua empresa e criando engajamento com promoções e atualizações. Não hesite em pedir amigavelmente para seus clientes que avaliem seu estabelecimento. Você pode imprimir o selo do Foursquare em um ade-sivo para lembrá-los de fazer o check-in. A nota de perfil do Foursquare é calculada por uma fórmula não divul-gada que não leva em conta apenas as avaliações dos clientes. Dessa forma, tenha paciência se sua nota não subir rapidamente. O importante é trabalhar contínua e consistentemente para estimular seus clientes a se engajar e avaliar positivamente seu estabelecimento. Perfil

• Utilize como imagem do seu perfil o logotipo quadrado de sua empresa em alta resolução.• Complete o perfil de sua empresa no Foursquare.• É possível subir suas próprias fotos no Foursquare, no perfil de sua empresa. Capriche e não tenha medo de não utilizar nenhuma foto de usuário, se não houver fotos boas.

Atualizações

FOURSQUARE

“Se seus consumidores ficarem insatisfeitos no mundo real, eles podem con-tar a seis amigos. Se ficarem insatisfeitos na internet, eles podem contar para

seis mil amigos”Jeff Bezos, fundador da Amazon

Mídia social

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• Adicione dicas relevantes ou links para seus outros perfis e artigos no mural do Foursquare.

Anúncios

• Experimente e meça a eficácia da ferramenta de anúncios do Fou-rsquare. • Crie uma oferta para seus clientes a cada check-in que fizerem na rede social.

Mídia social

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O Google Plus é a tentativa do Google para concorrer com o Facebook. O projeto nunca decolou. Após patinar por alguns anos, a rede social acabou conquistando apenas um nicho: o de artigos de especialistas, especialmente na web norte-americana. Ainda assim, existe um bom motivo para todos os negócios estarem no Google Plus: ele é profun-damente conectado aos outros produtos do Google. Seu website tem melhores chances de ser bem posicionado se estiver vinculado a um perfil bem atualizado do Google Plus; o Google Places e o Google Maps utilizam o Google Plus para configurar seus perfis. A fim de se posicionar bem nos mecanismos de busca e estar no Google Maps, que é interessante para todas as empresas, você deve ter um per-fil no Google Plus. As regras são bastante similares às do Facebook, com a diferença de que não há mecanismo eficaz de anúncios. Perfil

• Todo usuário do Google Plus é uma pessoa física, que por sua vez pode criar perfis empresariais. Certifique-se de utilizar um perfil empresarial para seu negócio, em vez de um perfil de pessoa física.• Utilize como imagem do seu perfil o logotipo quadrado de sua empresa em alta resolução.• Utilize como imagem de capa uma peça limpa ou com pouco tex-to, atrativa e que comunique o valor de seu negócio. Um restaurante pode utilizar a foto de seu prato mais famoso. Uma fábrica de software pode expor a melhor imagem de seu principal sistema em uma tela de Notebook.• Complete o perfil de sua empresa no Google+.

GOOGLE+

“Não diga nada on-line que você não gostaria de verestampado em uma revista com seu rosto ao lado”

Erin Bury, diretora da 88 Creative

Mídia social

E-MAIL MARKETINGEntenda como você pode construir uma relação contínua com seus clientes e clientes poten-ciais através de e-mail marketing.

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E-mail é a plataforma de comunicação quase onipresente na internet, com maior alcance que as redes sociais e os comunicadores instantâ-neos. Fácil de criar, com baixos custos e resultados mensuráveis, o e-mail marketing é uma poderosa ferramenta que pode integrar todas as inicia-tivas de marketing digital. Mas há cuidados no envio de e-mail marketing para que ele não se torne SPAM. A primeira regra universal é que só podemos enviar mensagens para pessoas que cederam seu e-mail voluntariamente para esse propó-sito ou, no mínimo, já possuem alguma relação com a empresa — ainda que através do preenchimento de algum tipo de cadastro ou adesão a promoções. Dessa forma, listas de e-mails compradas são péssima ideia. Ainda que possam estar dentro do domínio da legalidade, listas genéri-cas de e-mail podem fazer mais mal que bem à marca, além de normal-mente serem muito mal qualificadas, com um público amplo demais. O segundo cuidado é prover uma forma de o destinatário da mensagem optar por não receber mais e-mails. Deve haver um link dentro da pró-pria mensagem que permita ao cliente cancelar a assinatura. Por fim, enviar e-mail marketing manualmente, através da cópia oculta, não é recomendado. Os servidores de e-mail reconhecem esse tipo de prática e maior chance de direcionar o e-mail para o lixo eletrônico, po-dendo ainda bloquear o endereço responsável pelo envio. Existem fer-ramentas que permitem construir com facilidade campanhas de e-mail marketing, realizar o disparo com segurança, prover o mecanismo de cancelamento e ainda coletar estatísticas de quantas pessoas abriram e tomaram ações no e-mail. A mais famosa é o MailChimp.

NA CAIXA

“Apesar da falta de novidades, e-mail continua massivamente eficaz”Cezary Pietrzak, diretor da Appboy

E-mail marketing

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Há muitas teses sobre qual é o horário mais eficaz para enviar e-mail marketing. O desafio é encontrar o horário onde a maior parte dos des-tinatários não esteja ocupada demais para dar atenção ao e-mail, igno-rando ou excluindo a mensagem rapidamente. Logo, o tipo de público que receberá o e-mail é determinante para a escolha do horário. Para a maior parte do público, que trabalha em empresas durante os dias da semana e tem acesso ao computador no escritório, o início do expediente e o retorno do almoço são bons horários para enviar e-mail marketing, pois nesses períodos as pessoas param para ler suas mensa-gens. A melhor forma de descobrir o horário perfeito para um público, levan-do em conta quando os e-mails são mais lidos e ações são tomadas em cima do e-mail, é testando. Ferramentas como o MailChimp permitem segmentar as listas de destinatários, enviar em horários diferentes e me-dir qual funciona melhor.

HORÁRIOS

“Medição é como lavanderia. Quanto maisvocê espera para lavar a roupa, mais ela acumula”

Amber Naslund, SVP Marketing da Sysomos

E-mail marketing

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O design do e-mail marketing é decisivo para que ele funcione, como tudo em marketing digital. As ferramentas que facilitam a criação de mensagens possuem opções de layout pré-definidas muito atraentes, sendo simples criar uma peça com apelo visual. Evite a tentação de colocar todo o texto de seu e-mail marketing em uma imagem enorme. Quanto mais texto o usuário visualizar antes de desbloquear as imagens do e-mail, melhor. Além disso, mensagens fei-tas em HTML com algumas imagens podem ser responsivas, funcionan-do tão bem em desktops quanto em tablets e smartphones, onde muito de seus clientes e clientes potenciais vão ler a mensagem. É importante que o e-mail marketing tenha layout responsivo para que, assim como no caso do website, a mensagem se adéque aos meios.

DESIGN

“Pessoas ignoram design que ignora pessoas”Frank Chimero, autor de “The Shape of Design”

E-mail marketing

PRÓXIMOS PASSOS

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Há muitas estratégias diferentes que podem guiar com sucesso a prática do marketing digital. Mas há alguns aspectos comuns às iniciativas du-radouras e bem-sucedidas de engajamento com clientes na web, cujo desenvolvimento depende do reconhecimento de que o marketing não é mais o mesmo, e que a internet não é apenas um punhado de texto digital.

O ponto de inflexão que atravessamos separa aos poucos as empre-sas que entendem o marketing digital orgânico e atuam de maneira contínua, pervasiva, adaptável, transparente e integrada das que ainda insistem no velho marketing e na publicidade tradicional. É o esforço primordial de abrir as portas para essa nova forma de vender e se rela-cionar com os clientes que permite uma gradual e inequívoca rota para o sucesso digital.

Então mãos à obra! Faça seu planejamento, construa a identidade de sua marca e invista nos especialistas que podem levá-la ao mundo digi-tal. E, se precisar de ajuda, procure-nos!

http://altamensagem.com.br

PONTO DE INFLEXÃO

Próximos passos

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