4
*fa 71 MARMOTA. N. 2(54. BAHIA: QUARTA FEIRA 8 DE AGOSTO » Publica-se nas Quartas c Sabbados na Typ, de Epífa- I nio fedroza, rua dot'âo-de-Ló n", !>l A—onde se recebem^ iissigiiatiirnsa t^OOO rs. por 15 números, pagos sempreê ' diantados. Números avulsos 80 rs.I I '. » .'- jt ¦-»' t ...¦.-..-¦¦¦..¦¦ ts&fc; Sou pequenina, Porém sou forte, Digo a verdade, Não temo a morte. t^Do Redactor i ¦' .¦*% Typ. de E. Pedroza-—Rua do Pão-de-Ló, N. 21—A. >00090«i COMMUNICADO. A KliLLESA. Salve oh! Nume angélico ! cheio de encan- tos, de graças cheio! Beleza, dom in comparável, imlctinivel.. que .alma sente, e não explica! - líeílesá , donde pendem nossos destinos! -• Salve ! Sim: ao ver cândida Virgem no balouçar das graças soltando ligpiro sorrir, qual tenra. -mimosa flor, que ao albòr da madrugada, seus potalos,— sou caliz desprende, suave cheiro spar- giudo por todo o lindo matiz; - fica mudo, que- do, exta tico o terno contemplador. . . Ah! o srm bellesa o que he amor? Esta tendência, suave expansão d'um peito firme, que de delicias, que de venturas não dilíunde, então n\sse mesmo ppito? -- He este o grande fánal, para onde se diri- gem nossos corações, he esse o celeste pris- ma. que nos enche ávida de um novo prazer; be esla alfim a nossa gloria, a nossa dita!.. Ah! Salve, oh! Nume ang>»licí, cheio de encantos, de graças cheio! - Beliesa.dom incortijiaravíd, itidefinivel! —Salve! DilToso esse sopro divino , - que de sensa- cões agradáveis ! que de glorias futuras se drbuxão com unas cores .nesse peito - apaixo- nado ! Ao menor impulso torrentes de amor pe- netráo o coraçáo.e si fosse dado prescrutar o seu mais recôndito arcano. ver-sn hia com que ener- gia se desenvolveu iima tal paixão! Ogo, alToito sobrepuja a todos os perigos; elle se arrostra, todo acalma tudo vence ! Mal a luz deixou o horisonte; a terra fica en- tão em negras trevas, e os igneos luzeiros ja se alíugentão do r.rmampnto, terrível borrasca se apresenta, o sihillar dos ventos furiosos, o. lu- zir dos raios, e o relinir do trovão, o uivar dos cães, tudo cmfim, que contribuo, e afflue á tão triste noite, nada he para o amante ! Os seus thezouros, os vegetaes, que povoam seu jardim, as primicias de seus trabalhos, per entre os requebros, e adeinâes lu bri cos são consagrados! li quem a causa ? Siov.—só tú, oh belleza, filha da Divindade ! —só iii ante cujas aras cede o pobre, o rico, o fraco, o forte, o vassallo, o rei! Sim:—só tú, oh belleza dom incomparavel, iudéfibivel !—dom que alma sente, e não ex- plica !—-dom quasi umeo donde pendem nos- sos destinos ! Sim:—só oh belleza, ante quem tudo se curva, tudo obedece ! Gozai pois de tantos incensos, ob donsellas, gozai; bellas , recebei nossos respeitos. Salve alfim oh Nume angélico, cheio de en- cantos, de graças cheio! Belleza dom imcoinparavel, indefinivel! salve. ¦' . ".-,?. ¦'..'.¦¦¦¦' Poezia remcttida da Corte A AUSÊNCIA. Mm vão procurei Dos eules que ameis Onde eu abordei X sombra de amor, Fugio o praser ? Presto in me o descrer r posso tranger Queixa mes de dor.. Á quem eu amava/, O Ceo que adorava A flor que plantava Não vejo por cá, Sozinho comigo, Não tenho um abrigo,. Nào vejo um amigo,. Quem me chorará t •¦.'..' •'...-.¦¦:.:,... . . •¦-¦'¦'.¦'..,¦...':¦ .\ '-• '?V''', .V¦.' ..'.'..::-"'¦¦¦¦¦¦¦- * * Vf?':- ''.Vu " æ"5

MARMOTA. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/816485/per816485_1849_00264.pdf · 'XXXXX >vj\M :,. ¦-¦ , X yí.,",', •

Embed Size (px)

Citation preview

*fa71 MARMOTA.

N. 2(54. BAHIA: QUARTA FEIRA 8 DE AGOSTO

»Publica-se nas Quartas c Sabbados na Typ, de Epífa- Inio fedroza, rua dot'âo-de-Ló n", !>l A—onde se recebem ^iissigiiatiirnsa t^OOO rs. por 15 números, pagos sempre ê' diantados. Números avulsos 80 rs. II

'. » .' - jt

¦-»'

t ...¦ .-..-¦ ¦¦..¦¦

ts&fc;Sou pequenina,Porém sou forte,Digo a verdade,Não temo a morte.

t^Do Redactor

i ¦'

.¦*%

Typ. de E. Pedroza-—Rua do Pão-de-Ló, N. 21—A.

>00090«i

COMMUNICADO.

A KliLLESA.

Salve oh! Nume angélico ! — cheio de encan-tos, — de graças cheio! —

Beleza, dom in comparável, imlctinivel.. que.alma sente, e não explica! - líeílesá , dondependem nossos destinos! -• Salve !

Sim: — ao ver cândida Virgem no balouçardas graças soltando ligpiro sorrir, qual tenra.-mimosa flor, que ao albòr da madrugada, seuspotalos,— sou caliz desprende, suave cheiro spar-giudo por todo o lindo matiz; - fica mudo, que-do, exta tico o terno contemplador. . .

Ah! o srm bellesa o que he amor?Esta tendência, suave expansão d'um peito

firme, que de delicias, — que de venturas nãodilíunde, então n\sse mesmo ppito? --

He este o grande fánal, para onde se diri-gem nossos corações, — he esse o celeste pris-ma. que nos enche ávida de um novo prazer;— be esla alfim a nossa gloria, a nossa dita!..

Ah! — Salve, oh! Nume ang>»licí, cheio deencantos, de graças cheio! -

Beliesa.dom incortijiaravíd, itidefinivel! —Salve!DilToso esse sopro divino , - que de sensa-

cões agradáveis ! — que de glorias futuras sedrbuxão com unas cores .nesse peito - apaixo-nado !

Ao menor impulso torrentes de amor pe-netráo o coraçáo.e si fosse dado prescrutar o seumais recôndito arcano. ver-sn hia com que ener-gia se desenvolveu iima tal paixão! — Ogo,alToito sobrepuja a todos os perigos; lá elle searrostra, todo acalma tudo vence !

Mal a luz deixou o horisonte; a terra fica en-tão em negras trevas, e os igneos luzeiros ja sealíugentão do r.rmampnto, terrível borrasca seapresenta, o sihillar dos ventos furiosos, o. lu-zir dos raios, e o relinir do trovão, o uivardos cães, tudo cmfim, que contribuo, e afflueá tão triste noite, nada he para o amante !

Os seus thezouros, os vegetaes, que povoam

seu jardim, as primicias de seus trabalhos,per entre os requebros, e adeinâes lu bri cos sãoconsagrados!

li quem a causa ?Siov.—só tú, oh belleza, filha da Divindade !—só iii ante cujas aras cede o pobre, o rico,

o fraco, o forte, o vassallo, o rei!Sim:—só tú, oh belleza dom incomparavel,

iudéfibivel !—dom que alma sente, e não ex-plica !—-dom quasi umeo donde pendem nos-sos destinos !

Sim:—só tú oh belleza, ante quem tudo securva, tudo obedece !

Gozai pois de tantos incensos, ob donsellas,gozai; bellas , recebei nossos respeitos.

Salve alfim oh Nume angélico, cheio de en-cantos, de graças cheio!

Belleza dom imcoinparavel, indefinivel!salve.

¦' . ".-,?. ¦'..'.¦¦¦¦'

Poezia remcttida da Corte

A AUSÊNCIA.

Mm vão procureiDos eules que ameisOnde eu abordeiX sombra de amor,Fugio o praser ?Presto in me o descrer rSó posso trangerQueixa mes de dor..

Á quem eu amava/,O Ceo que adoravaA flor que plantavaNão vejo por cá,Sozinho comigo,Não tenho um abrigo,.Nào vejo um amigo,.Quem me chorará t

•¦.'..' •'...-.¦¦ :.:,... . . •¦-¦'¦'. ¦'..,¦...':¦ .\ '-• '?V''', .V ¦.' ..'.'..::-"'¦ ¦¦¦¦¦¦-

*

*

Vf?':- ''.Vu " "5

105a MARMOTA.

M

¦

'

¦'

¦ .

'

Eu era innocenteBrincava contenteNão era descrente,Mudei de paiz,Fiquei malfadado,B já m*é vedadoDizer..... desgraçado!Como és infeliz!

A dor que eu sofriaÇamiÇAj morria,Éntâo^qtieèti vivia,Mas hoje morri, ;Romeu coraçãoRepete aflicçãoSó brada paixão,Cojtado de mi!

Que resta na terraA quem se desterra,Fugindo da terraQue o virá nascei?Viver mergulhadoNo mais desgraçadoNo mais abrasadoPungente viver.

A poz ter ouvidoDo Vento o rugidoVDo mar o bramidoAté se esgdlar jDa vidfi o tormeoto,Da alma o. lamento,Que resta? o intentoDe etn breve acabar!

*¦•}

¦ a; '... ¦¦¦.- '¦•-': .'..'. •' '.S:Jí'' ¦¦ ¦¦ ; .'V, ¦¦. ¦.*.\ •".¦ "••• •¦ .¦•;• "'*í. -

;i • ..;'.¦

¦ y' '¦'•¦'• ':¦ ^v;-i.*^;f';*;-.Líi;.*

i?i i .'i " ',¦ ¦ '•.;. :..--'¦

Jv;.-,';.:' t.:í-';':'.'¦;.."/ , ?'tí '•!' '"': '

S^fíiííi;'" •.>': ',•'.'.';.':V'.' ¦'.''.¦'•.iÁ:lr

'íi;'iM ''...'.•.•'''.. .';,t,'.:í •'•"' '..-¦>

,;* "*Mí&';-''í -.:':.¦'¦ . •*¦¦'-./ W ¦'':¦¦¦. " '¦¦.".-,. „ if". ,.:._ ¦'..{,.

y-, .. ¦ ,'. >• .y

.

. -.•; •. :-,:•¦•*-,¦'., , v :¦¦¦.¦.:'¦;¦$¦ :¦::. ¦¦'. .:.'¦¦- . : híssísSí

Oifv

*

'¦ >W, - 'i ¦¦''"'.-'¦'''*" '•-'<£'V:

. - • -+ • •*-.•¦'*,... 'í4-:- ¦'•. ; '¦' *.

1 '¦'.'-¦

^'^

'

Si '¦¦'

, :'

'"--"•¦¦' ¦¦¦¦'..*¦"

.;

'.::¦";¦¦' '-K''' '# ''*.

JÍM. C.

' *"

Cor;-.'.. s-:-

CARTA

>¦¦ \v.: :¦'<-' "~.V( ¦¦¦¦ .(:¦;:¦ .-i;. ;.¦:-¦¦¦ '."v":,¦>'.

, -,'¦ ¦: '¦

¦.¦>-¦¦.'¦

;':',;''v'.-;:.''.'' "• ¦ 'l

PRIMO DO CORAÇÃO.

a da Onça W de julho de t849.

Tenho aqui lido os discursos dos represen.tanies dos 5 bagos, e tenho assucarado a fi-dalguia e nobresa de certos Ia range iras , quetratão de canalha e réos de policia, aos quederão vivas, mal dados, e que sempre appaVrecém era dias de reunião popular, e de quenunca se fez caso, semi se lembrarem que lo-dos nós nos conhecemos , o que desse lugarhe que devião partir os exemplos de modera-,ção, e que o Povo, que os paga , devia ser^mais poupado ; tuas em parle he bem feito,,porque elle sempre está promplo* pVa dar vo-los, em quem lhe dá dentadas, e por isso tepnho aqui pregado sermões a seo Primo, que»só quer fazer versos, pintar paisagens, e térlivros para ler, que se deixe de tanta cousa;

que trate de plantar, e colher; porque o maisá que elle pode chegar no nosso estado decousas, se se não der á dar, e levar descom-posturas, he ser Guarda Nacional, quando com-pletar 18 annos, porque para isso o filho fa-milia não he rale; porque ahi está o Pai parasustental-o, e manlêl-o, e aberta a eschola demoral nos quartéis, e tarimbas, em que se a-prendem boas cousas, em quanto se lhe nãopôde arranjar; uma patente de oflicial, para ai-giim batalhão do recôncavo:—A propósito, mau-de-nie dizer, se é certo, que na guarda nacio-nál, o filho de major para cima, assenta pra-ça de alferes.—Desejo que Vm. me informe, oque é Luzia, e Saquarema, por que aqui umvisinho me disse, que Saquarema é quem estágovernando, distribuindo as graças, dando osempregos, e dispondo da força publica; e queLuzia, são os que querem ser Sáquaremas, istoé, os que desejãó dispor, dar, edeslribuir astaes çouzas; de sorte que á ser assim não achorazão nos últimos, por que já forão Sàquare-mas cinco annos, em quanto os que, o sãohoje, esta vão servindo de Lnziasrein fim, meoprimo, mande-me expiicar isso, |>òr que o mal-dito do meo visinho, me demonstrou o nego-cio de tal maneira, que eu fiquei embatucado,desenrolou uma intensidade de papeis velhos, eme disse := vê você , visinho ; isto são fa liasda sessão do anno passado; leia , combinecom as deste anuo, e veja como estão unidosalguns dos' que se descompunliáo o anno pas-sado, e atirou-m'os com tanta força, quê quasime escangalha uni pires que estava sobre ameza. Ri-me muito com isso , e foi-me He-cessario dizer lhe , que não toe ria d'elle * esiiii da graça coia que sr toIIotc^^tão rio-se elle também, e respondeo-me =istoacontece todos os dias a qualquer pessoa. Aeei-tri-lhe a desculpa, fiquei com os papeis paralêr, mas apezar disso desejo sempre o seo pa-recer, pois sei- que em politica Vm. lambem me-te a sua colher.

Mande-me dizer se as mulheres ahi tatnb<mtrabalhão em Eleições, porque aqui ha humarapariga, que pede volos para huma chapa in-teira, e diz a boca cheia, que a chapa d*el-Ia , lie a que lia de iriumphar , e está tãoenthusiasmada, que quando lhe dizem, que um,ou outro, não vota n'este, ou naquelle da sualista, ella réplica, que hum ou outro furo, nãoa faz esmorecer, por que ella hade vèr a suachapa batida: estou doido, que chegue o dia,para vêr.—Veja se tihi adoptão estes projec-tinhos. que envio, para serem discutidos naassembléa , que ouço dizer hão tem trabalha-do muitos dias por falta de material, e a quemos quizer perfilhar, peça, qne não apresente-os

I em dia, que for de sueto, e dentro destes dousrnezes, em quanto uão aparecem os orçamen**

¦

.'-

A MARMOTA.*;.*

¦ a .'¦-¦¦';''

¦

¦ • í: >

.-,;<,

10&5

' xx¦,'-.. X

'{' '_'<f "\- -¦¦¦¦.-¦

'.; ."•

^y^*y.V:X* >'-',:<K ¦ '"'

¦ i'.--. ¦ - íifc ¦.

f, " ¦* . .

,;•¦•;. >, :a:r.i;'

'-'¦-":-'- Xix^. yyx

x ¦¦ ' ' ¦ :'

tos. Adeos, Primo cio coração.—Como esta vai-setornando muito comprida, deixo o mais queainda tinha de pôr para lhe remetter em On;-tra, que breve lhe pretendo enviar. Acceite lem-brancas de todos:

De seo Primo sem basofiaO Alves sem embofia.

projecto J.°

Art. 1. A câmara municipal desta cidade desig-nará lugares para monturos* -

Art. 2. A quantia consignada para limpeza dacidade fica á cargo da mesma câmara paraque de trez em trez mezes faça limpar osditos monturos.

PROJECTO. 2.°

Art» 1. Em cada freguezia haverá em cada trezmezes um Almotacé, revestido de todas asattribuições, que tinhâo anteriormente, e asde julgar definitivamente sobre as posturasda câmara.

Art. 2, Sua eleição se fará como sé faz a dejuizes de paz.;

Art. 3. Ficão suprimidos os Fiscaes, c npeia-dos para sempre de suas eminentes fu noçõespara que nunca mais se reproduza se me-lhante authoridade.

Qtie fugindo ao seu furorDiminues o meu pezar,Tomando co'o canto a darLenilivo á minha dor.

Mas ah! de balde eu dezejoTréguas, á dor applicar.De com ella minorarNenhuma esperança vejo.E nesta fadiga elejoCeder ao rigor da sorte,Até que da Parca o corleMe venha pôr termo a lida,E lindando a triste vidaSeja benevola a morte.

¦¦¦;¦. I

;, •' '' ' X." / .'..' ¦.» a v" ' *

• I „¦'.'¦¦ ¦„, 'XXXXX

>vj\M :,. ¦-¦ , X yí.,",',•<(.• ",v * i U

íV- ¦ . ¦ j y V ajfà

Wllfe

Q'itnporta ledo vencerSem achar quem lhe rezista,Se aquelle que mais conquistaRide em breve perecer fNão vale nada regerO seo Povo com temor,O maior conquistadorN'um dia perde a influencia.Vem a morte sem clemênciaAcabando tal rigor*

'¦; -'¦¦¦-. s\ ,<¦¦¦¦¦¦ ¦ ¦.¦:. y<:^¦ ¦ ¦ f; ' ':--;;:lís

Sv'vy;'' a y. ¦'' '' ^"-': ':';}$

tX ¦ X f -

,. -'-^ j-X ¦&'$Ü'-'¦£<*

fx: /•'W

'..3'.-.,.,'j*."í.';.-;1"; y^li^á

;C;-" '• ¦ -; ; .¦x:X"'''''^VÃ^$

¦¦¦'" ffi^

QUADRA

Publicada em Lisboa no almanak do anno pas-SADO, E EMENDADA POR' PROSPERO DlNlfc.

u ¦ •- •;¦;; , t

Nâo encontra a naturezal*niliro a minha dor,Seja benevola a morteAcabando tal rigor.

GLOZA.OhJ que engano. Oh! que loucura,. - ¦

Ninguém vê o que está vendo,Que tudo que está nascendoAcaba na sepultura lNasce a flor e pouco; dura.Desmaia em breve a belleza,Torna o prazer em tristeza.Em pesar o que é jucundo,Coiza que dure no mundoNâo encontra a natureza.

• .-.-XX. .-" ; .- ¦.:' -' -X í. ¦--/¦ *>¦'. i ¦' X r "¦'¦¦' '¦¦'''¦¦ y\ ' '

Vf'" ¦¦ X." - ¦", X

Sonoro alado habitanteQu'em suave melodiaVais a terna sympathiaDispcrtar cm peito amante; rOb! foge, foge incessanteDo tyrao.no caçador,

y

¦'¦'¦'. ',¦ ..'¦. ívj. -;*íV .>.y ;Ví¦¦'";'¦ ?--.X.

-

s®tki"- ' '" "

! ¦¦¦ -°ci:í;"V.X -'X;X;-' V ,.•'/.;¦","'"

'¦'

:;¦!.¦¦¦ ¦-:••¦

. : .

.

" ¦.<".,

... < .'.f

MOTE.Mulher que não lem vergonhaNão rale meio tustâo

COLCHEIA.He de coral a peçonha,

He flagello sempiterno,Ue fwria filhado infernoMulher que nâo tem vergonhaNada ha que se anteponhaA' sua damnada tenção;Tc*V; de tigre, o coraçãoExacerbado em furor;He raio destruidorNâo vale meio tustâo.

¦¦ r. i ¦ ¦^'¦ --r;i.:-•¦¦^c.V?:.'v-yyy1"""-"¦ ¦;.' .-.x xv-- ¦¦'¦ .¦ '" .' ¦¦¦. ¦-¦.¦¦ :¦¦'-¦¦¦.

MOTE. xy;. ii\Quando de ti me separoO que em mim sinto não seL

.';" ^- . COLCHEIA. "'A tristeza, a morte encarei

Em continuo padecer*Perco de lodo o praserQuando de $ me separtKSentindo om effeito raroPobre, infelit me julgueiCom raiva desespereiDe amor sentindo o etTeitorInda hoje no meu petoO que em mim sinta néo seà

¦ X\ *X ." ¦ **. :^iX'V""

¦

1050

Noticia MüriijmmA MARÍtÔTV.

. A assembléa Provincial foi a garra com otemporal das eleições, e suppõe-se que irá dará costa na Thesouraria no fim do mez; muUtos dos seos membros tem sido vistos boian-do nas diversas fregueziãs desta Cidade, e ai-guns até nas de fora, atracados com feixes detabocas, e deitando pela boca mel dè èòroja!—Deos tenha delíes piedade!..

Da tua* voz d cia rimPrende a qualquer coraçãoSó em teos braços poderáTer doce quietaçáo.

11

¦ ;..;¦;.¦¦¦;.¦'.'¦-'-?

\íit' .*v ''¦.?'

. .;. . (.- > *,»;¦ -i ? ¦¦¦ -:¦'-¦

i'*Vv-.íyv ¦" tV-" "'.'¦VARIEDADE.

Hum cerlo namorado que gaba-se de terre-cebido muitos prezentes, doces,camizas, á, &,no dia de S. r Pedro a pobre moça/|jijejlliiepresta os desfrutes^ pôde obler do fruio de seostrabalhos 1 $000, e mandandp-jlic por politicaessa quantia que lhe parecia disponível, paraelle comprar-lhe um par de sapatos, não teveduvida em aceitar a quantia , e mandar Niea. Custo o cálçadihho ridiçiilo; e por ultimo lemella sOiTrido muitos vexames, e pppressão poramor d'elle; he bom que elle ou caze-sé co-mo lhe prometle, ou não veixe mais a pobremoça, senão... cifra em sua reputação.

MÁXIMAS.

O amor próprio é uma monstruoza labareda,í^que se^ olomia a si, é deixa 6$ hiais ás escti-ras; é nma seta, com cujos tiros se equivocao arco com ó alvo, por que não se destingue•a feridor tío ferido.

A. ambição é a mais insaciável de todas aspaixões; é possível satisfazer as outras, má^aquella nunca se contenta.

Naíla é mais estimavel, qne a verdadeira mo-destia;: nem mais digno de reprehenção, que afalsa e apparenle. Uitia guarda à virtude; ou-tra^a oflendeV '# . ¦.

;;-.- ¦ ..."<'. -/" *"

'- '¦ "' ' ' ¦ " 'íp"'

.->•" "-> •..' .» *, . 7*'

f- ¦. ' •

-

¦

;¦:

¦

¦•

ANECDOTAS.

Dizia Maria de Arrayolcs a Sl-ltêi D^ foá%IV, que os ministros éráó còiiio! ás ród^s dòcarro: este, se o untão, anda, è càtre, c seo não un tâo, chia, e grila,... ' V„

Pergtinlando-se a dois 80geítos=de quem sepoderia confiar nm segredo v; tjtie ficasse semperigo de se revelar= respõudep ntii, que iíèum surdo, outro—-que (íe um modo, porémcerto sujeito de quem menos se esperava dis-íse—que de um mentiroso, por isso que nup4ca se acredita o que\{út%,^ áindá qíié O desen^*bra, fica sempre èm d0vida. M

i^^.í".''JXj^ *j

GHAItADAS.Sem li, ó minha Deidade,Sem luz se torna a rasãn,sTem pois

*de mim piedadeQuieta meo còraçápv 0 -;V c«

!«.: r " >' ')' ¦¦¦¦ •/.'¦'

\

21

ANNÜNCIOS.Annüncio Barrigaí..

Guilherme C. Rogers Rua nova do CommercioN, 22.-—Armazém de comestíveis.

Tem hum novo e grande soiiimenio de presuntos tãomacios, tão saborosos e lão nutrientes que so comidosse acredita na boa qualidade delles, vendem-se por pre-ço com modo tanto aos Lúziâs, como aos Sáquaremas comtanto que facão fogo com dinheiro a vista; iãobem*aevõndem no mesmo Iogar opiimas passas de Corintho píerprias para glozar |>o}los;epodiii8 ele rir alço) de con-«oivns iniilio bescas licAreiJinosr Óuerjòs, bôa manteigaf todo mais quanto se podo considerar comivel, c be-bivol, xupavèlv e masligayel; (

Míiito» Superior Vinho da Figueira vende-se na vendaao Canto de S. domingos, de Magalhães e Costa, assimcomo azeite de coco e de sebo muito bom para Lam-parinas tudo por pi êço módico.

O Snr. poe tomou emprestado à José* Justinlano deCastro /febello o 1, V; de Mathlldc de Kiujeuio Sue «n'io rostitulo ai<« bojo, queira Ir buscar o 2. para nàolicar com a obra truncada. ,>, ir,

Antônio Onofre tem paia vender na sua Loja de A|.faiate a rua dos ourives no 2. andar n. 14- A— porei-ma da Loja de trastes de marcencria do Sr. Varella assogidntcs ébras feitas—cazacas pretas, e de cores, sobresde merlnô, e de panno, diltas d'alpacca calças de sedampreto, ditas de gazimiras de varias cores, diltas bran-cas de brim de linhô, de lani, coletes de seíuii pretobordados, e ditos de dilto para baflle ou crzamento,de fusiões de todas as cores, e tãobem de chamalote, pali-* tôres d'alpacca, de brins, jaquetas brancas, e de cores &.

Com quanto praser ouviAquella doce cxpreçsãò,])Que sendo refrigerante jIndica tua alfctçãô&fe 4}

.*

¦

A charada do n. antecedente é Jacomc.ÍV

i\ fò

TYP. DE EP1FANIÕ PEDilOJÍA^ mi-

- ¦;

::.:.¦ ''^¦. ... '.;-'í<.:

' 'íwÊ