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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CERÂMICA G12 Humberto Carta Jaime Júnior João Ferreira Mariana Andrade Marta Amorim Rafael Duarte

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

CERÂMICA

G12 Humberto Carta Jaime Júnior João Ferreira Mariana Andrade Marta Amorim Rafael Duarte

CERÂMICA

Do grego Keramos (argila)

01

Enquadramento Histórico, Origem e Cronologia

• As cerâmica mais antigas conhecidas datam de há 27 000 anos e foram

encontradas na República Checa

• A cerâmica é impulsionada pelo desenvolvimento da agricultura, na Revolução

Neolítica em cerca de 12 000 a.C.

• Em 7 000 a.C. dá-se a separação da cerâmica “construtiva” e decorativa

- Aparecimento de construções em taipa – construção de argila

- O adobe aparece 1 000 anos mais tarde, tendo sido muito utilizado

pelos egípcios

- O tijolo cozido em fornos aparece na Mesopotâmia, tendo permanecido

praticamente inalterado até aos dias de hoje

• A decoração na cerâmica é explorada desde a Pré-História

- A cerâmica vidrada, obtida através do cozimento em elevadas

temperaturas, aparece no Egipto em 3 000 a.C.

AZULEJO

Do árabe al-zulej (pedra lisa e polida)

Azulejo em Portugal

• Introduzido por D. Manuel I após uma visita a Espanha, tendo sido

experimentado no Palácio Nacional de Sintra (importados de Sevilha)

• O artista italiano Francisco Niculoso introduz a técnica Majólica, em finais do

século XV (permite pintar directamente sobre o azulejo vidrado)

• A criação de oficinas de ceramista flamengos na Península Ibérica vai dar

origem a uma iniciativa de produção própria, de um material anteriormente

importado

02

Cultura e Contexto

“A cerâmica é uma das heranças que a cultura islâmica ao

retirar-se, deixou sobre a costa mediterrânea. E não é pouco.

A cerâmica que intensamente decora e reveste mesmo o

exterior de edifícios, é a arte com que o Oriente capta e

reflecte a luz solar fazendo dela a própria matéria da

Arquitectura.” Giulio Argan – Roma 1980

Século XIX – Ecletismos – Ofício

• Técnica, Inovação e Tradição

• Machintosh, Gaudí, Philip Webb e Victor Horta são exemplos de arquitectos

que exploraram a capacidade expressiva da cerâmica

• As novas técnicas de prensar em semi-seco permitiram uma grande

expansão na utilização da cerâmica

• A consequente produção em série permitiu uma forte ligação dos desenhos

de produção com a arquitectura

• O movimento Arts and Crafts devolve o domínio ao artesão

- Red House, Philip Webb (tijolo vermelho)

- Melsetter House, William Lethaby

- Goddards, Sir Edwin Lutyens

• “Deixar que o material fale por si só (…) O tijolo deve parecer tijolo; a

madeira, madeira.”, The Four Elements of Architecture, Gottfried Semper

• A Arte Nova intensifica a relação da concepção arquitectónica com os

ofícios artesanais

- Fachadas em grés vitrificada, Hector Guimard com o ceramista

Alexadre Bigot, París

- Gaudi, La Pedrera, Parc Guëll, Barcelona

Século XX – Modernismo

• A cerâmica é recuperada após a Segunda Guerra Mundial, na construção do Pós

Guerra

- Le Corbusier

- Celle Saint-Cloud

- Villa de Mandrot

- Jaoul House

- Mies Van der Rohe via o espaço com uma vertente técnica e espiritual

- Casa de Tijolo

- Casa de Betão

- Alvar Aalto defendia a aceitação dos materiais em bruto

- Gelosias de canas dos pavilhões de exposição

- Pátio da sua casa de férias

- Ajuntamento de Seinäjok

- Uton, Ópera de Sydney

- Álvaro Siza

- Habitação Social de Punkt en De Komma, Holanda

- Edifício Avis, Boavista, Porto

03

Modos de Aplicação

A cerâmica é usada de diferentes formas:

• Revestimento interior e exterior de paredes (azulejos, mosaicos, placas

cerâmicas, etc)

• Revestimentos de pavimentos interiores e exteriores ( mosaicos, placas

cerâmicas, etc)

• Construção de paredes

- Tijolo (por exemplo na nossa obra – parede dupla de tijolo)

- Adobe

- Tijolo de adobe

- Vemos a cerâmica adquirir uma expressão artística ( por

exemplo nos mosaicos e azulejos)

04

Um Autor

Manuel Correia Fernandes

• Nasceu em 1941

• Diplomado pela ESBAUP em arquitectura

• Docente, a partir da década de 70, no curso de arquitectura da ESBAUP,

posteriormente FAUP, de onde se reforma em Maio de 2010

• Exerce arquitectura no escritório Manuel Correia Fernandes, Arquitecto e

Associados (mcf.a&a)

• Vereador socialista na Câmara Municipal do Porto, estando ligado a

projectos de revitalização e reabilitação da Baixa Portuense

Principais Obras:

• Conjunto Habitacional cooperativo SACHE, Aldoar, Porto, 1979-1996

• Assembleia Regional da Horta, Açores, 1982

• Edifício de Escritórios Campo Alegre, porto, 2002

• Casa Carlos Barreira, Paredes, 2002

Prémios:

• 1987 - Prémio Nacional de Arquitectura da Associação dos Arquitectos

Portugueses

• 1993 - Prémio anual do Instituto Nacional de Habitação, pela cooperativa

de habitação de Nova Ramalde, no Porto

• 2001 - Menção Honrosa do prémio anual do Instituto Nacional de

Habitação, pelo conjunto habitacional do Ilhéu (PER), no Porto

• 2003 - Prémio anual do Instituto Nacional de Habitação, pelo conjunto

habitacional de Telheiras em Matosinhos

• 2004 - 1º Prémio especial Fernando Belaúnde Terry (Lima, Perú), pela

autoria do conjunto habitacional cooperativo de Aldoar, no Porto, da IV

Bienal Ibero-Americana de Arquitectura (Ex aequo)

05

Uma Obra

Conjunto habitacional SACHE (Solidariedade e Amizade – Cooperativa de

Habitação Económica)

Três Fases:

1. Rua de Moçambique (54 fogos triplex, de T2 a T4, de acesso em galeria)

2. Ruas de Manuel Marques, Arménio Losa, José Fontana, Januário

Godinho e Joaquim Lopes (8 blocos com 127 fogos, de T2 a T6, em

duplex e triplex, com garagem individual para uma viatura, de acesso

vertival múltiplo)

3. Ruas de Soeiro Pereira Gomes, Álvaro Ferreira Alves e Fernando Lopes

da Graça (4 blocos com 64 fogos, T3 e T4, em duplex e triplex, com

garagem para duas viaturas, de acesso vertical múltiplo)

secção do alçado