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C2LAB Laboratório de Construção da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto Prof. Nuno Lacerda Lopes [email protected] MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO PLÁSTICO G40 Ana Margarida De Sá Padrão Mariana Barreira Orlando Gilberto Castro

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C2LAB Laboratório de Construção da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto Prof. Nuno Lacerda Lopes [email protected]

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

PLÁSTICO G40 Ana Margarida De Sá Padrão Mariana Barreira Orlando Gilberto Castro

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO PLÁSTICO

ABSTRACT É objectivo do presente trabalho explorar e dar a conhecer o plástico enquanto material construtivo relevante à disciplina da arquitectura. Partindo do seu surgimento, os desenvolvimentos e aplicações deste material serão abordados tanto de uma perspectiva histórico-cultural como através de exemplos concretos, tidos como representativos dos seus diversos modos de emprego. Desta análise constarão, para além de informações gerais sobre obras e autores, pormenores construtivos já executados que demonstram, a título de exemplo, a sua utilização. Serão ainda explicitadas as características técnicas das principais formas de plástico, concluindo-se as suas vantagens e desvantagens face a materiais mais comuns, e apresentadas referências de catálogo de produtos relacionados. Deste estudo conclui-se a viabilidade de emprego do plástico como material de estrutura, revestimento e complemento construtivo. Palavras-Chave Plástico Polímeros Estrutura Revestimento

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“Ilha Reciclável”, WHIM Architecture

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01 Enquadramento Histórico, Origem e Cronologia É ainda no século XIX, anos após a invenção da borracha, um polímero natural, que se dá a criação da patente do primeiro plástico propriamente dito. O plástico conterá, então, cadeias de átomos de carbono e/ou oxigénio e hidrogénio, dando origem a uma substância altamente moldável sem que isso signifique a perda de coesão do seu material. Através normalmente do aquecimento, este novo tipo de matéria potenciará a criação de novas formas, que se irão manter sólidas e firmes após o arrefecimento. Derivado de um material orgânico, este primeiro tipo foi denominado parkesina, devido ao nome do seu autor, Alexander Parkes. Apesar das vantagens que este novo material ofereceu – nomeadamente a sua resistência à água, a possibilidade de ser produzido com aspecto transparente ou opaco e o seu preço competitivo face à borracha – o financiamento deste produto não foi continuado. Apesar disso, porém, novas experimentações foram surgindo, das quais teve particular importância o desenvolvimento do celulóide, que viria a revelar-se de grande utilidade em aplicações tão díspares como a odontologia e a indústria cinematográfica. Esta evolução ocorreu de forma mais clara já no início do século XX, partindo da criação do primeiro material sintético feito na sua totalidade por mão humana. A baquelite de Leo Baekeland tomaria então a forma de uma resina líquida, quimicamente estável, com propriedades isolantes que lhe viriam a conferir, nos anos seguintes, uma forte utilização quer na produção de tubagens e artigos sanitários como também nas indústrias ligadas à electricidade e telecomunicações. Nesta altura, a produção de plásticos derivará, neste primeiro momento, de derivados do carvão. O conhecido e actualmente já muito banalizado nylon e o politetrafluoroetileno – comercialmente designado como teflon – surgiriam no decorrer dos anos 20, mas será já na década seguinte que irá ocorrer a mais relevante invenção nesta área: o polietileno (E.W. Fawcett e R.O. Gibson), ainda actualmente a forma de plástico mais vendida a nível mundial, sobretudo sob a forma de embalagens, garrafas e sacos de compras. A sua aplicação primeira, porém, será em fins militares e aeronáuticos; a sua passagem para utilizações eminentemente civis viria a ocorrer apenas nos anos 60, através do processo natural de transferências tecnológicas, criando novos mercados para novas tecnologias.1

1Segundo Aurora Teixeira, “a oferta cria a sua própria procura”.

Nesta fase, e a partir dos anos 40, a sua produção será já centrada principalmente no petróleo, utilizando estas refinarias como principal fonte. É curioso notar que a obra considerada inaugural na arquitectura de plástico tenha surgido ainda antes de esses novos usos se terem tornado verdadeiramente correntes. Da autoria de Ionel Schein, Yves Magnant e R. A. Coulon, a “Casa de Plástico” de 1955 iria apresentar-se com um total de 14 distintos tipos de plástico, que seria responsável inclusivamente pelo próprio sistema construtivo.

Cronologia 1836 – Charles Goodyear inventa a borracha 1861 – Alexander Parkes patenteia a parkesina 1869 – John Wesley Hyatt inventa o celulóide 1907 – Leo Baekeland inventa a baquelite 1933 – E.W. Fawcett e R.O. Gibson inventam o polietileno 1950 – Surgimento do policarbonato 1955 – “Casa de Plástico” de Ionel Schein, Yves Magnant e R. A. Coulon 1968 – “Casa do Futuro” de David Green 1973/74 – Crise do petróleo 1988/92 – Torre de Comunicações Collserola, Foster + Partners 1995/2001 – Universidade de Artes e Ciências Humanas, Lacaton & Vassal 2000/03 – Laban Dance Center, Herzog & De Meuron 2009/10 – “Ilha reciclável”, WHIM Architecture

“Casa de plástico”

Produção Mundial de Plásticos

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“Torre de Comunicações Collserola” Foster + Partners

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02 Cultura e Contexto Nas décadas de 50 e 60 o ambiente mundial era ainda de retoma da normalidade após a II Guerra Mundial. Nesse contexto, algumas mudanças apresentaram-se à sociedade ocidental como inevitáveis: o consumismo – após os longos períodos de racionamento dos anos anteriores – sobe em flecha, o papel social dos media e o próprio conceito de mediatização – a publicidade, os ícones… - são profundamente alterados. A sociedade, na prática, no seu dia-a-dia, não tem “tempo” nem vontade de reflectir sobre os efeitos dessas mudanças, cada vez mais frequentes e cada vez mais rápidas. Na era do consumismo e da dispensabilidade, também a interiorização dos acontecimentos é feita de forma superficial e descartável. Isto representa uma profunda alteração de paradigma. À arquitectura, portanto, irão agradar os novos materiais, mais de acordo com as novas atitudes. Não se pretenderia, assim, uma materialidade e materialização arquitectónicas e arquitecturais como as “tradicionais”. A sociedade consumista A própria cultura Pop, que à época se encontrava no seu auge, viu no plástico, na sua multiplicidade de utilizações, na sua maleabilidade e adaptabilidade, o símbolo dos seus novos valores, da sociedade filha do pós-guerra, de um grande optimismo no futuro. A produção arquitectónica será disso reflexo: se por um lado Matti Suuronen, com a sua “Casa do Futuro” irá antever uma crescente utilização de unidades pré-fabricadas, numa postura radicalmente diferente, David Green apostará a sua criatividade e engenho numa proposta utópica de – literalmente – escavação de grandes blocos maciços de espuma de poliestireno, com o objectivo de dar ao seu futuro habitante a possibilidade de moldar a sua própria habitação. Procuravam-se, de todos esses modos, nova e velhas

questões. Por esse motivo esta foi uma época rica em experimentações de todos os tipos que, com ou sem o plástico, partiam de uma forte motivação comum. A partir de 1973/74, no entanto, a esta postura optimista e altamente qualificadora e validadora da utilização do plástico irá seguir-se, com a crise do petróleo, uma enorme perda do estatuto entretanto ganho por este material: irá dar-se uma grande subida do preço do crude; o sistema de consumo e consequente desperdício que lhe está associado serão agora duramente criticados. O plástico, que até aqui viria a usufruir do seu contexto irá agora atravessar uma fase bastante negativa. Continuará, apesar disso, a ser utilizado e desenvolvido, mas sobretudo em aplicações de menor escala, como impermeabilizações e pavimentos, longe já das experiências estruturais e conceptuais das décadas precedentes. Serão, nesta segunda metade do século XX, criados inúmeros novos polímeros, de utilização variada, desde tomadas eléctricas, interruptores e canalizações até à possibilidade de substituição do uso do vidro por variantes do policarbonato, que apresentarão características visuais muito semelhantes, acrescidas de vantagens em termos de possibilidades de moldagem e peso. (Ver “Aspectos Técnicos do Material”.) Situação actual

A partir da década de 80 e até à actualidade, novos projectos de utilização do plástico como material de revestimento de edifícios tomarão lugar, e uma tendência mais “ecológica”, ligada à reciclagem do material, permitirá o uso de polímeros artificiais em arquitecturas mais imediatas e menos dispendiosas. Por outro lado, a tecnologia virá permitir o desenvolvimento e modelação digital de geometrias extremamente complexas noutro tipo de edifícios, como estádios de futebol e outros grandes empreendimentos. Surgiram também novos projectos de pendor utópico, como a “Ilha Reciclável” da Whim Architecture, que se pretenderia totalmente construída a partir da reciclagem do plástico que se encontra actualmente espalhado pelos oceanos.

“Casa do Futuro”

“Ilha Reciclável”

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“Laban Dance Center”, Herzog & De Meuron

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03 Modos de Aplicação A estrutura Desde a sua criação, o plástico foi alvo de diferentes abordagens e utilizações. A que poderá ser considerada mais ousada será talvez a sua aplicação em termos estruturais. A escolha deste material, ainda hoje utilizado de formas inovadoras, em detrimentos de outros mais óbvios deve-se às suas características, também sob este aspecto muito atractivas. Para além das primeiras aproximações (“Casa de Plástico” – ver Enquadramento Histórico), outros avanços tecnológicos continuaram a decorrer, como prova a obra do atelier Foster + Partners em Barcelona: datada de 1992, a Torre de Comunicações Collserola apresenta-se orgulhosamente sustentada por cabos, que à primeira leitura se adivinhariam de aço, ou similar. A verdade é que a escolha do material recaiu sobre o kevlar, um polímero que apresenta uma resistência sete vezes superior à do aço, por unidade de peso. Ou seja, com uma eficácia técnica equivalente, este material apresenta apenas um terço da densidade do aço, sendo para além disso “invisível” às redes de comunicação que dali irradiariam. Possuia ainda a mais-valia de ser um isolante eléctrico. Esta última característica revelou-se particularmente importante, visto tratar-se de uma enorme torre – de 288 metros, para ser mais preciso – prevenindo-a de eventuais transmissões de electricidade em momentos de trovoada, etc.

Reconhecível em todos os aspectos mas, por motivos óbvios, com especial destaque para a utilização estrutural, é a resistência da sociedade, dos consumidores, dos próprios construtores a novos materiais. Esse facto, no entanto, não está propriamente relacionado com o desempenho dos plásticos em termos concretos da construção/engenharia. Ela prende-se com questões de um certo cepticismo face à sua potencial durabilidade: devido à utilização relativamente recente dos novos polímeros (uma vez que já não se trata aqui daqueles utilizados por Ionel Schein, Yves Magnant e R. A. Coulon décadas antes), torna-se difícil, se não impossível, provar a resistência do material à

prova do tempo, o que inviabiliza o asseguramento de garantias. Se a esse facto acrescentarmos a comum resistência do senso-comum a tudo quanto seja “novo” ou “diferente”, é possível perceber com maior clareza o motivo que faz com que as obras deste tipo não sejam muito frequentes. Apesar disso, arquitectos como Norman Foster vão exercendo a sua influência em reconhecer o plástico como um material a considerar em qualquer situação, juntamente com os mais “tradicionais”, uma vez que os muitos polímeros existentes possibilitam um sem-número de formas e utilizações diferentes, que nenhum outro material consegue, ainda, igualar. A “pele” De uma perspectiva conceptual e de concepção totalmente diferente, as propriedades técnicas e expressivas do plástico não param de ser exploradas como meio de comunicação e “marketing” da arquitectura. A imagem é, actualmente, uma componente essencial do starsystem de qualquer domínio, e isso inclui o da arquitectura. A manipulação/subversão de formas em busca de um certo dramatismo e espectacularidade torna-se sobejas vezes o mote da produção arquitectónica, mesmo quando, a nível interno, isso não traga ao espaço em si nada de novo. Por outro lado, por vezes essa exploração é feita como o fim em si mesma. Ie, o exterior do edifício toma um aspecto que é resultado de uma determinada exploração que se pretendeu levar a cabo, sendo quase uma consequência e não o objectivo. E quem melhor do que a dupla Herzog e De Meuron para servir de exemplo deste tipo de trabalho da “pele”? Tomando como exemplo o Laban Dance Center, em Londres (2000-2003), é possível verificar a utilização do mesmo material de forma muito diversa, com o papel de, mais do que qualquer outra coisa, transmitir uma imagem. Para isso contaram com o policarbonato, mas desta vez colorido, segundo um esquema determinado em colaboração com o artista visual Michael Craig-Martin.

No capítulo 5 irá ser abordada com mais detalhe a utilização do plástico enquanto revestimento, numa perspectiva totalmente diferente mas com resultados igualmente interessantes do ponto de vista arquitectónico/espacial.2

2 O plástico é ainda recorrentemente utilizado como complemento construtivo, em isolamentos, interruptores, tubagens, etc.

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04 Um Autor A dupla de arquitectos Lacaton & Vassal, formada por Anne Lacaton e Jean Philippe Vassal em Bordéus, 1987, é conhecida pelas suas propostas inovadoras, especialmente na área de vivendas familiares. Ocupam cada vez mais um lugar relevante no panorama arquitectónico internacional. São exemplos do seu destaque os projectos: a casa em Cap-Ferret, a casa Latapie, ambos em Bordes ou o Centro de Criação Contemporânea em Palais de Tokio, em Paris. A dupla tem sido premiada com prestigiados prémios, nomeadamente o Grand Prix National d'Architecture 2008, França, o Prémio Erich Schelling 2006 e o Prémio Mies Van

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der Rohe. Anne Lacaton nasceu em Saint Pardoux, França, em 1955. É arquitecta pela Escola de Arquitectura de Bordéus, em 1980, onde quatro anos depois, completa os estudos de Desenho Urbano. Foi professora na Escola de Arquitectura de Lausanne em 2003 e novamente em 2005. Jean Phillippe Vassal nasceu em Casablanca, Marrocos, em 1954. É arquitecto pela Escola de Arquitectura de Bordéus em 1980. Exerceu Arquitectura e Desenho Urbano, em Niger, África, de 1980 a 1985. Foi professor na Escola de Arquitectura de Versailhes e de Bordéus. Desde 2007 é professor na TU Berlim. Por detrás do plástico Forma É comum ouvir-se falar na forma, em arquitectura. Actualmente, esta ganha uma importância na obra que leva a muitas reflexões sobre o assunto, podendo mesmo ser o argumento que decide a força de uma obra. Para Lacoton & Vassal (L&V), a forma não é o protagonista, chega a tornar-se um anacronismo numa época em que ela é tão determinante. A visão da dupla mostra-a de uma forma secundária, um problema que não deve ser constantemente colocado na criação de uma obra, mas sim uma consequência das condições programáticas e circunstâncias do projecto. Na tentativa de gerar uma forma natural que cresça por si própria, L&V evitam o uso de maquetes que tendem a tornar uma obra em algo objectual. Esta forma de pensar não é inédita, Mies van der Rohe já falava na “caixa” como tipologia espacial omnipotente, capaz de suportar qualquer programa. Mais tarde, Rem Koolhaas aprofundou ainda mais a questão subjugando totalmente a forma ao programa. Do mesmo modo, a dupla constrói os seus projectos, vendo as circunstâncias e regulamentações urbanísticas, não como restrições, mas como motivações e argumentos geradores de novas espacialidades. Teoria da materialidade: espaço-economia A preferência por materiais baratos como o policarbonato, o alumínio e madeira pelas matérias mais “luxuosos” como mármores, madeiras nobres, entre outros, deu à dupla Lacaton & Vassal um carácter único na sua arquitectura. De acordo com alguns pensamentos, o uso de um certo material deve conter um significado que não apenas a sua vantagem primária. A pedra não é usada apenas pela sua consistência e resistência mas também pelo seu valor simbólico enquadrado na obra. L&V não procuram isso na sua arquitectura. Os materiais usados habitualmente não têm nenhum significado em si e além da sua utilidade primária, a dupla procura descobrir o que a utilização do material permite. O uso recorrente dos mesmos é então uma questão de exploração das mesmas vantagens e nunca uma imagem/moda. Por exemplo o uso do policarbonato corrugado para o jardim de inverno na casa produz um efeito que nunca seria alcançado com vidro completamente transparente. Também aqui o uso da madeira na fachada da casa a contrastar com o efeito tosco do plástico, requalifica a

qualidade de vida dentro da habitação. Naturalmente, que o factor económico é também considerado na escolha destes materiais. Ainda assim, a dupla está longe de atingir ideais anti-capitalistas ou moralistas. O aparente “poupar” serve apenas para gastar noutra coisa. O valor material transforma-se literalmente em valor espacial. A casa Latapie é também exemplo deste fenómeno. O jardim de inverno funciona como que uma segunda casa. Uma ampliação do espaço previsto à priori que pode conter um novo programa e ajuda à qualidade do primeiro. O que de facto se pratica não é economizar, mas sim investir no espaço, acabando no final, por se gastar todo o orçamento. Dilatação do espaço A dupla Lacaton & Vassal atinge uma visão do espaço que ultrapassa as barreiras físicas de uma casa. A área em si inclui o espaço envolvente sentido de forma visual, auditiva ou olfactiva. Todos os projectos de L&V parecem apreender o espaço em redor dissolvendo a linha que divide o privado do público sem contudo danificar as qualidades da privacidade. Vassal explica esta maneira de ver o espaço com uma viagem a África onde constrói uma casa baseada na arquitectura local. A escolha dos materiais e tipologia (cabana de planta circular) são adaptados, contudo o local de construção contradizia as lógicas tradicionais. A cabana foi construída no cimo de uma duna, zona de pouca estabilidade para fundações. Pelo contrário, a povoação onde estava inserido, preferia construir as suas habitações na base de colinas onde se pudessem proteger do vento e encontrar plantas e poços de água, propícios dessas zonas. O motivo pelo qual Vassal preferiu a duna, mostra a sua ideia de espaço além-paredes. No cimo da duna, era possível avistar todo o vale do rio Níger, com a cidade Niamey ao fundo. Desde o rio, chegava uma brisa fresca que refrigerava a casa e à noite, devido à vista ampla, os fogos de algumas povoações distantes, brilhavam com claridade suficiente para iluminar a casa. O espaço exterior fazia parte da cabana. Inovação casual É comum o nome deles estar associado a alguma polémica e provocação. A imprensa costuma abordá-los num contexto de inovação e novidade. No entanto, não faz parte dos objectivos de L&V pertencer a nenhum movimento ou serem de alguma forma estereotipados. Mesmo dentro da sua nacionalidade, não pretendem seguir um estilo francês, nem tão pouco serem associados ao uso constante da tecnologia ou procurarem a reacção de choque e admiração. Todos os conceitos que poderão ser abordados quando se fala desta dupla, surgiram apenas na resolução de um problema imposto pelo projecto.

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05 Uma Obra Universidade de Artes e Ciências Humanas, Grenoble 1995-2001

O projecto inscreve-se no plano da Universidade, no campus de Grenoble, e situa-se num conjunto de novos edifícios que densificam o eixo este da Universidade O projecto realizou-se em duas fases concebidas desde a fase do concurso. Na primeira, o corpo a oeste, realizado em 1995, oferecia a imagem e funcionamento de um edifício autónomo, à espera de uma segunda fase. Este, finalizado em 2001, é um edifício paralelo, um pouco mais curto e construído a este do primeiro, separados por uma distância de 13 metros. Os dois comunicam através de 3 passadeiras elevadas e pela continuidade das galerias de inverno adossadas às fachadas principais sul e norte, representando uma imagem de volume único. Transparência O edifício, destinado à educação, é transparente, aberto ao campus e seu alcance visual: a cadeia montanhosa de Grenoble. Sobre a planta baixa situam-se mais dois pisos, segundo uma organização clara e funcional, que responde eficazmente ao programa do concurso. As fachadas principais, norte e sul, constituem-se de estreitas galerias de inverno transparentes que actuam como filtro vegetal ao clima: a sul, variadas buganvílias; a norte, bambus de diferentes variedades proporcionam uma imagem surpreendente, alternada e poética, expressando a vocação do edifício ambiental assim como a dimensão simbólica da arte do laboro do seu interior. Estas galerias de inverno foram concebidas segundo os mesmos princípios que as dos agricultores profissionais, isto é, estão equipadas com os mesmos sistemas automatizados de oscilação, rega e climatização. A sua manutenção, simplificada ao máximo foi estudada em pormenor logo desde o projecto.

Sustentabilidade O edifício foi construído com o pressuposto de ser baixo, procurando soluções económicas para poder responder ao objectivo de criar um edifício maior que solucionasse as necessidades derivadas da alta ocupação e densificação dos edifícios universitários. Isto permitiu criarem-se aulas suplementares, vestíbulos mais amplos, ares de circulação que se transformam em plenos espaços de encontro e convívio, assim como uma biblioteca de generosas proporções que ocupa a área total da sua planta, sem prejudicar a qualidade dos equipamentos, dos materiais, ou mesmo do acto de laboro. Assim, o edifício manifesta uma verdadeira dimensão estética essencial, extraída de uma expressão realista e coesa ambientalmente, assim como uma resposta sustentável ao útil e importante no programa funcional do mesmo. A transparência do seu interior assemelha-se à transparência do seu processo construtivo em que o polímero impera. Os benefícios do seu uso são inegáveis, entre eles a qualidade ambiental, conforto climatérico, grande luminosidade. Em conjunto com esta questão funcional presente na imagem do edifício está também a sua vertente estética/poética aquando a hora das galerias de inverno florirem e reflectiram as suas cores no universo deste tranquilo edifício.

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06 Cortes Construtivos Os cortes 2D representam a utilização do material em estudo na obra Universidade de Artes y Ciência Humanas, de Lacaton e Vassal. São seleccionados 2 cortes, um horizontal e um de perfil, que melhor definem a particularidade desta obra no uso do plástico. O prolongamento da fachada do edifício numa galeria coberta com policarbonato corrugado. A transparência do material permite o contacto visual com o exterior não comprometendo o ambiente térmico do interior. O efeito de estuda gerado pelo plástico aquece o corredor que por sua vez funciona como fonte térmica de todo o edifício.

Próxima pág.: Corte horizontal Legenda: 1 – chapa de policarbonato transparente, forma de pressão 2 - folha de policarbonato transparente com camada protectuora de raios ultra-violeta – 177/51/3mm

3 – folha de policarbonato transparente onduladom com camada protectuora de raios ultra-violeta – 70/50/4 mm 4 – ferro galvanizado, forma I, 100mm de profundidade 5 – estrutura reforçada de betão armado Corte de perfil Legenda: 1 – chapa de policarbonato transparente, forma de pressão 2 - ferro galvanizado RHS – 100/50mm 3 – folha de policarbonato transparente com camada protectuora de raios ultra-violeta – 177/51/3mm 4 – ferro galvanizado, forma I, 120mm de profundidade 5 – placa de abertura, folha de policarbonato transparente com camada protectuora de raios ultra-violeta – 50/50/5mm 6 – moldura angular de ferro – 20/20/2.3mm 7 - motor eléctrico de movimento para a placa de abertura

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Cima: Corte horizontal

Esquerda: Corte vertical

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07 Aspectos Técnicos do Material O plástico é um material que tem como base polímeros resinosos e que pode dividir-se em duas grandes categorias: a primeira consiste em plásticos passíveis de serem derretidos quando submetidos a altas temperaturas, e desgina-se de termoplásticos; a segunda, por sua vez, engloba todos aqueles que, uma vez endurecidos, não voltam a derreter aquando de novos reaquecimentos, e tem o nome de plásticos termo-endurecidos. A exploração dos polímeros permite um sem-fim de diferentes formas de material, das quais as mais comummente utilizadas são o policarbonato (ver “Modos de Aplicação” e “Obra”), a folha acrílica e o PVC-U (ou UPVC), cujas características serão apresentadas seguidamente. Policarbonato Este é um material largamente utilizado como substituto do vidro, devido principalmente à maior facilidade que permite na moldagem de formas complexas que, desta forma, são, para além disso, menos dispondiosas e consideravelmente mais leves:

Espessura (mm) Placa de

Policarbonato (Kg/m2)

Vidro (Kg/m2)

2 2.4 5

2.4 2.8 5.9

3 3.6 7.8

4.5 5.4 11.7

6 7.2 15.6

9.5 11.4 23.4

É um material resistente mas pouco rígido, sendo possível ainda obter diferentes graus de transparência. Oferece uma boa resistência ao impacto e relativamente boa ao fogo, tendendo a derreter e não a incendiar. Tem ainda a mais-valia de ser um material reciclável. Densidade: 1200 a 1260 kg/m3

Resistência à tensão: 56 a 75 N/mm2 Resistência à compressão: 100 a 120N/mm2 Young’s Modulus: 2.3 a 2.8 kN/mm2

Coeficiente de expansão térmica: 60 a 75 x10-6 K-1 Condutividade térmica: 0.18 a 2.2 W/mºC Capacidade de aquecimento: 1200 a 1300 J/kgºC Folha Acrílica Feita a partir de polímeros de ácido acrílico, a sua versão mais comum denomina-se PMMA (polymethyl methacrylate) e pode ser extrudido, moldado ou fundido. Resulta num material muito transparente com alta resistência ao amarelecimento provocado pelo tempo e codições atmosféricas. Por outro lado, apesar de ser relativamente duro, é também algo quebradiço e combustível. À semelhança do policarbonato, também a folha acrílica é reciclável. Densidade: 1150 a 2000 kg/m3

Resistência à tensão: 38 a 80 N/mm2 Resistência à compressão: 45 a 80N/mm2 Young’s Modulus: 1.2 a 23.4 kN/mm2 Condutividade térmica: 0.2 W/mºC Capacidade de aquecimento: 1280 a 1500 J/kgºC PVC-U Este material apresenta a forma não plastificada do cloreto de polivinil, ou PVC, torna-se uma versão rígida deste. É utilizado em diversas componente construtivas como caleiras, drenagens e caixilharias. Nestas últimas, revela-se extremamente eficiente, devido à sua baixa condutividade térmica, agindo como o seu próprio isolamento térmico. Pode ser facilmente extrudido ou moldado em formas complexas e é fabricado em várias cores, muito embora algumas delas tendam a desvanecer com o tempo. Possui um elevado grau de dureza mantendo a uma boa flexibilidade. É também combustível e reciclável. Densidade: 1400 kg/m3

Young’s Modulus: 0.1 a 4 kN/mm2 Coeficiente de expansão térmica: 70 x10-6 K-1 Condutividade térmica: 0.3 W/mºC Capacidade de aquecimento:1300 J/kgºC

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08 Alguns pormenores de construção 3D

O corte 3D demonstra uma aplicação do material trabalhado muito característica da “filosofia” da dupla Lacaton & Vassal. O corte representa as zonas de galeria da universidade que graças ao uso do plástico conseguem recriar uma zona de estufa. A vista em 3D permite uma melhor noção do funcionamento da galeria onde o edifício controla as suas trocas de energia através de uma fachada mutável. A fachada contem janelas que abrem para arejar os corredores ou fecham para permitir o efeito de estufa. Também o ferro toma um papel importante na galeria estruturando as peças de plástico. Próxima pág.: Corte 3D Legenda:

1 – folha de policarbonato transparente com camada protectuora de raios ultra-violeta – 177/51/3mm 2 – chapa de policarbonato opaco, forma de pressão 3 – placa de abertura, folha de policarbonato transparente com camada protectuora de raios ultra-violeta – 50/50/5mm 4 - ferro galvanizado RHS – 100/50mm 5 – ferro galvanizado, forma I, 120mm de profundidade 6 – moldura angular de ferro – 20/20/2.3mm 7 - motor eléctrico de movimento para a placa de abertura

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09 Referências de Catálogo e Marcas A ORNATUS POLICARBONATO é uma empresa tradicional no ramo de distribuição de produtos direcionados à comunicação visual. Situada em Maringá, no Norte do Paraná, desde 1993, comercializa chapas e acessórios em Policarbonato para coberturas translúcidas. Hoje além do tradicional Policarbonato, representa e distribui uma extensa e completa linha de outros produtos para comunicação visual, como: Acrilicos, PETG, Poliestireno, Aluminio, PVC e outros. A sua meta desde então, tem sido prestar serviços de qualidade aos seus clientes, primando pela pontualidade e bom atendimento. O seu mercado alvo é direcionado aos profissionais de: Arquitetura; Engenharia; Decoração; Empresas

especializadas na montagem de coberturas metálicas. Policarbotano Alveolar

As chapas em Policarbonato Alveolar possibilitam uma ampla utilização na Construção Civil pelas suas características de transmissão luminosa, de alta resistência a impactos, diversificação de cores e longa durabilidade. Com este produto, arquitetos e engenheiros podem desenvolver e valorizar seus projetos, onde a luminosidade, as cores e a leveza ganham espaços inovadores, criando novas Policarbonato Alveolar - Principais Características: - Alta resistência a impactos (250 vezes maior que vidro); - Elevado índice de transmissão luminosa; - Eficiente isolamento térmico; - Leves (80% mais leves que o vidro), as chapas exigem estruturas mais leves e de menor custo; - Podem ser cortadas e curvadas a frio na própria obra; - Garantia de 10 anos contra amarelamento; - Economia sensível de energia (luz e ar condicionado); - São autoextinguíveis e não liberam gases tóxicos, - conforme as normas ABNT/NBR 9441 - ASTME 162/1981 e UL-94 classificação HB; - Resistencia a altas e baixas temperaturas: de -40ºC até 130ºC.

Alta resistência ao impacto Característica importante: ALVEOLAR é, seguramente, o mais resistente a impactos entre os termoplásticos utilizados na Construção Civil. Tem um elevado grau de segurança, sobretudo em utilizações particularmente difíceis. Com nenhum risco de quebra, ALVEOLAR oferece sensível economia no transporte, na manipulação e na montagem final. Elevada transparência luminosa ALVEOLAR é produzido em varias cores, permitindo a escolha da transmissão luminosa que se deseja entre 83% e 42%, reduzindo os custos de energia (luz). A geometria dos alvéolos gera interessantes efeitos de difusão luminosa. Isolamento térmico reduz os custos da energia O ALVEOLAR permite obter uma sensível economia de energia (ar condicionado) devido aos altos valores de isolamento térmico gerado pelo colchão de ar formado entre as paredes das chapas (alvéolos). Policarbonato Compacto - Principais Características: As chapas em policarbonato COMPACT combinam elevada transparência ótica (90%) com excelente resistência a impactos (250 vezes superior ao vidro). São leves, flexíveis, não deformam (até 1300C) e fáceis de montar. Podem ser usinadas e curvadas a frio na própria obra. Têm proteção anti-UV e são auto-extinguíveis. Fabricadas em diversas cores e espessuras, são ideais para aplicações onde se deseja máxima segurança e eficiência. Policarbonato Compacto - Principais Características: - Alta resistência a impactos (250 vezes maior que o vidro); - Elevado índice de transmissão luminosa; - Eficiente isolamento térmico; - Leves (80% mais leves que o vidro), as chapas exigem estruturas mais leves e de menor custo; - Podem ser cortadas e furadas a frio na própria obra; - Garantia de 10 anos contra amarelamento; - Economia sensível de energia (luz e ar condicionado); - São autoextinguíveis e não liberam gases tóxicos; - Resistencia a altas e baixas temperaturas: de -40ºC até 130ºC.

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Policarbotano Telha As TELHAS em policarbonato oferecem vantagens sobre as telhas translúcidas em outros materiais como os de PVC, Fibra de vidro e Poliéster.

Policarbonato Compacto - Principais Características: - Alta resistência a impactos; - Excelente transmissão luminosa, superior ao PVC e Fiberglass; - Maior economia de energia; - Garantia de 10 anos contra amarelamento; - São leves e praticamente inquebráveis; - Suportam variações bruscas de temperaturas sem deformar (-40ºC e 130ºC); - Tem alta resistência a produtos químicos em suspensao no ar; - São autoextinguíveis; - Tratamento anti-UV; - Compatíveis com diversas telhas de alumínio, aço e amianto; - Durabilidade superior ao PVC e Fiberglass.

Telha ondulada

Telha trapezoidal

Banco de imagens de projectos e acessórios co nstrutivos:

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10 Bibliografia e outras Referências Livros: BERGDOLL, Barry; CHRISTENSEN, Peter. Home Delivery - Fabricating the Modern Dwelling. 2008. Ed. MoMA. Nova Iorque. WATTS, Andrew. Modern Construction Handbook. 2001. Ed. Springer. Wien LEITE, Julião Pinto. Arquitectura de plástico. 2007. Ed. FAUP. Porto STRATTON, Michael. Twentieth Century: industrial archaeology. 2000. Ed. E&FN Spon. Londres. ADDIS, Bill. 3000 years of design engineering and construction. 2007. Ed. Phaidon. Londres. Revistas: 2G Libros Books (interview), Patrice Goulet, Spain, 2007, English - Spanish, Editorial Gustavo Gili 2G N°21, Lacaton & Vassal, Ilka & Andreas Ruby, Dietmar Steiner, Patrice Goulet, Spain, 2002, English - Spanish, Editorial Gustavo Gili Arquitestura Viva - n°124, "Materia al desnudo", Spain, 2009, p. 84-85, Spanish Arqua - n°67, Luis Santiago Baptista, Margarida Ventosa, Portugal, 2008, Portuguese Detail - n°4, "Trade-Fair Hall in Paris", Germany, 2008, p. 363-367, English Lacaton & Vassal, Lacaton & Vassal, France, 2009, French - English, Edition HYX Lotus - n°140, "Hall 7, Paris-Nord Villepinte", Italy, 2009 / 2010, p. 76-77, Italian

Internet: Construlink S.A. (2010) Construlink. Acedido em: 12, Novembro, 2010 em http://www.construlink.com CYPE Ingenieros, S.A. (2010) CYPE. Acedido em: 12, Novembro, 2010 em http://generadorprecios.cype.es/ INVISTA (2010) Invista. Acedido em:12, Novembro, 2010 em http://polymers.invista.com Viasite (2010) Ornatos policarbonato. Acedido em: 13, Novembro, 2010 em: http://www.ornatus.com.br/a_empresa.php Stefan Mattenberger. Lacaton & VAssal. Acedido em: 25, Outubro, 2010 em ttp://www.lacatonvassal.com/disclaimer.php

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