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Materiais de Construção Mecânica – Parte 2 1. O que vem a ser temperabilidade dos aços e quais os principais métodos para ser medida? A temperabilidade é habitualmente definida como sendo a capacidade de um aço para formar martensite na têmpera. É neste contexto que a temperabilidade é normalmente entendida no estudo de aços- ferramenta. Pode ser medida com métodos do tipo: método Grossman- Asimov, esaio Jominy e diagramas T. 2. Quais os principais fatores de influência nos tratamentos térmicos? São 4 fatores bem importantes: tempo, temperatura, velocidade de resfriamento e atmosfera (para evitar a oxidação ou a descarbonetação de um aço, por exemplo). 3. Como é feito o tratamento térmico de têmpera e para que serve? O que sempre vem após? Faça um esquema. este processo garante um ganho significativo na dureza do aço com a formação da fase martensita É o tratamento térmico mais importante dos aços, proncipalmente os que são utilizados em construção mecânica. As condições de aquecimento são muito semelhantes às que ocorrem no recozimento e na normalização. O resfriamento, entretanto, é muito rápido, empregando geralmente meios líquidos para resfriar as peças. Este tratamento resulta em modificações muito intensas nos aços, que levam a um grande aumento da dureza, da resistência ao desgaste, da resistência à tração, ao mesmo tempo em que as propriedades relacionadas à ductilidade sofrem uma apreciável diminuição. Além disso, tensões internas são geradas em grande intensidade. Os inconvenientes causados por essas tensões internas geradas, associadas à excessiva dureza e quase total ausência de ductilidade, exigem um tratamento térmico posterior chamado revenido, que melhora a ductilidade e a tenacidade. A têmpera é um processo bastante geral e pode ser aplicado a uma grande variedade de aços. 4. O que é alívio de tensões?

Materiais de contrução mecanica

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Materiais de Construção Mecânica – Parte 21. O que vem a ser temperabilidade dos aços e quais os principais métodos para ser medida?

A temperabilidade é habitualmente definida como sendo a capacidade de um aço para formar martensite na têmpera. É neste contexto que a temperabilidade é normalmente entendida no estudo de aços-ferramenta. Pode ser medida com métodos do tipo: método Grossman-Asimov, esaio Jominy e diagramas T.

2. Quais os principais fatores de influência nos tratamentos térmicos?

São 4 fatores bem importantes: tempo, temperatura, velocidade de resfriamento e atmosfera (para evitar a oxidação ou a descarbonetação de um aço, por exemplo).

3. Como é feito o tratamento térmico de têmpera e para que serve? O que sempre vem após? Faça um esquema.

este processo garante um ganho significativo na dureza do aço com a formação da fase martensita

É o tratamento térmico mais importante dos aços, proncipalmente os que são utilizados em construção mecânica. As condições de aquecimento são muito semelhantes às que ocorrem no recozimento e na normalização. O resfriamento, entretanto, é muito rápido, empregando geralmente meios líquidos para resfriar as peças. Este tratamento resulta em modificações muito intensas nos aços, que levam a um grande aumento da dureza, da resistência ao desgaste, da resistência à tração, ao mesmo tempo em que as propriedades relacionadas à ductilidade sofrem uma apreciável diminuição. Além disso, tensões internas são geradas em grande intensidade. Os inconvenientes causados por essas tensões internas geradas, associadas à excessiva dureza e quase total ausência de ductilidade, exigem um tratamento térmico posterior chamado revenido, que melhora a ductilidade e a tenacidade. A têmpera é um processo bastante geral e pode ser aplicado a uma grande variedade de aços.

4. O que é alívio de tensões?

O alívio de tensões é um tratamento térmico onde o forno é aquecido a apenas uma fração da temperatura crítica usada em processos de têmpera e de controle de microestrutura. Neste processo um metal não sofre alterações de fase ou microestruturais que podem ser notadas por simples microscopia ótica.  Este processo visa eliminar tensões internas que causam a perda de ductilidade e tenacidade no material. Estas tensões podem ser provenientes de tratamentos de têmpera, conformação a frio, soldagem, usinagem, e outras operações de manufatura. O que ocorre é o aumento da difusão de elementos de liga, principalmente o carbono, de forma que, impulsionados por campos de tensões internas, permitem a peça como um todo atingir um nível de tensão interna menor.Aços de baixa liga são tipicamente submetidos ao tratamento de alívio de tensões ao serem mantidos em temperaturas de 600~675ºC por poucas horas.

5. Como é feito o tratamento térmico de normalização e para que serve? Faça um esquema.http://www.termbras.com.br/tratamento_termico.phpA fim de refinar a estrutura bruta de fusão, de peças laminadas ou forjadas é usado este processo térmico. Também pode ser usado como tratamento preliminar à têmpera para homogeneizar a estrutura e reduzir a tendência ao empenamento/deformação. O resultado é o mesmo do recozimento, porém este processo obtém uma estrutura muito mais fina.

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6. O que é recozimento, qual a sua utilidade? Faça um esquema.Esse processo tem possíveis desvantagens, como o tempo, a descarbonetação ou até mesmo a oxidação da peça.Aliviar tensões internas, tornar o material mais mole, mais dúctil e tenaz. Recozimento de recristalização é um processo semelhante à têmpera , no qual a dureza de uma microestrutura deformada mecanicamente é reduzida em altas temperaturas. As peças são aquecidas a temperaturas na faixa de 600- 650 ºC, e mantidas nesta temperatura por uma hora ou mais. A seguir são resfriadas por ar.

7. Quais são as variações no recozimento?

Existem três tipos de recozimento: recozimento de recristalização, que serve para alívio de tensões internas quando o material é deformado a frio, o recozimento para alívio de tensões que é utilizado também para o alívio interno de tensões, mas em peças processadas ou fabricadas a altas temperaturas e o recozimento pleno que é utilizado em aços de baixo e médio carbono antes do material ser submetido a usinagem ou grande deformação plástica.

8. Como se produz o microconstituinte conhecido como esferoidita, e por que é produzido?

Se um aço com microestrutura perlítica ou bainítica for aquecido até uma temperatura próxima da eutetóide (1) por um longo tempo (por exemplo, a aproximadamente 700°C por períodos muito longos ( ~24 horas), será formada uma microestrutura em que a fase cementita tem o aspecto esférico e que está encerrada numa matriz de ferrita. Tal tratamento térmico produz o crescimento e a coalescência das partículas de cementita. A microestrutura formada é denominada cementita globulizada ou esferoidita. Adicionalmente, se um aço de microestrutura martensítica for revenido também por um longo período de tempo em alta temperatura (por exemplo, 700°C), as partículas de cementita crescem, tornam-se esféricas e coalescem. A estrutura resultante é também de esferoiditas.Esferoidita: microestrutura que vem da perlita que teve suas lamelas “engordadas e encurtadas” por ficarem mais de 24 horas entre 650°C e700°C (propiciando a difusão). O surgimento dessa estrutura ocorre para que haja a diminuição da área de contato (diminuindo a energia do sistema) entre a ferrita e a cementita nas lamelas da perlita. A esferoidita é grosseira e, portanto, menos dura e resistente, porém mais dúctil que a perlita. Só há a necessidade de esferoidização para aumentar a ductilidade do material para que seja possível encruá-lo posteriormente, ou para aumentar sua usinabilidade. Portanto, é besteira esferoidizar aços de baixo carbono, por já possuírem grande ductilidade devido à porcentagem de ferrita ser superior à porcentagem de cementita. (a ferrita que possibilita deformação, pois a cementita quebra de modo frágil).

9. Por que nos aços hipereutetóides não se ultrapassa totalmente a região crítica (linha superior) para o tratamento de recozimento?

Para aços hipereutetóides: entre Ac1 e Acm para evitar formação de cementita pro-eutetóide fragilizante nos contornos. Procura-se, por outro lado, evitar, nesses aços hipereutetóides, aquecimento acima de

ACM, visto que a austenita resultante apresentará granulação grosseira, com conseqüente

martensita acicular grosseira, cujos inconvenientes já foram apontados.

Desenvolve granulação grosseira, que diminui a tenacidade, a ductibilidade e a

resistência mecânica.

10. O que são tratamentos termoquímicos?

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Os tratamentos termoquímicos têm por objetivo alterar as propriedades superficiais do aço. Em geral

materiais extremamente duros têm elevada resistência ao desgaste, porém baixa tenacidade/resistência

ao impacto. Por outro lado, materiais menos duros, embora mais tenazes, em geral não apresentam boa

resistência ao desgaste.

Em peças como engrenagens, deseja-se um núcleo tenaz e uma superfície resistente ao desgaste. Para

essa aplicação, aços com baixo teor de carbono são submetidos ao tratamento termoquímico de

cementação, que eleva o teor de carbono na superfície, aumentando sua resistência ao desgaste, ao

mesmo tempo que preserva a tenacidade do núcleo, mantido com baixo teor de carbono.

Meios para realizar o tratamento: são as fontes de C e N. Podem ser sólidos, líquidos e gasosos.

Inicialmente a cementação foi desenvolvida em meio sólido, mas esse não é o meio mais eficiente.

Na atualidade prefere-se meios líquidos e gasosos para a realização de tratamentos termoquímicos,

devido à maior velocidade do processo quando realizado com esses fluidos como meios.

11. Qual a finalidade da cementação?Cementação é o tratamento termoquímico que consiste em se introduzir carbono na superfície do aço pelo mecanismo de difusão atômica com o objetivo de se aumentar a dureza superficial do material, depois de convenientemente temperado. Quando o ferro ou o aço é rapidamente arrefecido por têmpera, o maior teor de carbono na superfície exterior torna-se duro através da transformação da austenita em martensita, enquanto que o núcleo permanece macio e resistente como uma microestrutura ferrítica e/ou perlita

12. Descreva os processos de têmpera superficial.

Na têmpera por indução, a energia necessária é fornecida na forma elétrica.Um conversor fornece corrente alternada de alta freqüência para uma bobina(indutor) que induz uma corrente parasita na superfície da peça aquecendo-arapidamente. A temperatura depende da potência disponível e do tempo deaquecimento. A profundidade de austenitização é basicamente determinadapela freqüência utilizada.A têmpera por chama utiliza o calor radiante resultante da combustão de umgás (ex. propano, butano, gás natural, etc.) com oxigênio para aquecimento dasuperfície da peça. A condutividade térmica do aço não é suficiente para quea grande quantidade de energia fornecida seja conduzida para o centro docomponente

13. O que vem a ser processo de têmpera interrompida?

Martêmpera, ou têmpera interrompida, é uma forma de tratamento térmico de têmpera indicada para

aços de alta liga, obtendo-se ao final do processo aço em fase de martensita com uniformidade de grãos.

O material é aquecido acima da zona crítica, assumindo a fase de austenita, e depois resfriado em duas

etapas. A primeira etapa é um resfriamento rápido até uma temperatura ligeiramente acima da

temperatura do início da mudança de fase martensita ↔ austenita (normalmente o material é mergulhado

em sal fundido). Depois de um curto intervalo (da ordem de segundos) para obter a homogenização da

temperatura,o material é deixado arrefecer no ar calmo antes de se proceder ao revenido.

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14. O que vem a ser martêmpera? Descreva os processo.

Martêmpera, ou têmpera interrompida, é uma forma de tratamento térmico de têmpera indicada para

aços de alta liga, obtendo-se ao final do processo aço em fase de martensita com uniformidade de grãos.

O material é aquecido acima da zona crítica, assumindo a fase de austenita, e depois resfriado em duas

etapas. A primeira etapa é um resfriamento rápido até uma temperatura ligeiramente acima da

temperatura do início da mudança de fase martensita ↔ austenita (normalmente o material é mergulhado

em sal fundido). Depois de um curto intervalo (da ordem de segundos) para obter a homogenização da

temperatura,o material é deixado arrefecer no ar calmo antes de se proceder ao revenido.

Após a martêmpera (como qualquer têmpera, exceto a austêmpera), o aço deve ser revenido.

15. O que vem a ser austêmpera? Descreva os processo.

Austêmpera, é uma forma de tratamento térmico de têmpera indicada para aços de alto teor de C

(Carbono), obtendo-se ao final do processo um material com dureza mais baixa do que a da martensita,

denominado bainita.

O material é aquecido acima da zona crítica, assumindo a fase de austenita, e depois resfriado em duas

etapas. A primeira etapa é um resfriamento rápido até uma temperatura ligeiramente acima da

temperatura da mudança de fase da martensita ↔ austenita (normalmente o material é mergulhado em

sal fundido). O material permanece nesta temperatura pelo tempo necessário a completar a mudança de

fase austenita → bainita. Depois é resfriado até a temperatura ambiente.

Aços austemperados tem, como principal característica, a associação de elevada dureza com uma maior

tenacidade, quando comparados com os aços temperados e revenidos. A austêmpera é frequentemente

aplicada em anéis elasticos, pinos elásticos, alguns tipos de molas e peças pequenas, que necessitem de

boa tenacidade.

16. Apresente as fases resultantes do resfriamento em cada uma das linhas, num aço hipoeutetóide.

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17. Como o carbono se encontra, principalmente, nos ferros fundidos brancos?Este tipo de ferro fundido não possui grafita livre em sua microestrutura. Neste caso o carbono encontra-se combinado com o ferro, resultando em elevada dureza e elevada resistência a abrasão. Praticamente não pode ser usinado. A peça deve ser fundida diretamente em suas formas finais ou muito próximo delas, a fim de que possa ser usinada por processos de abrasão com pouca remoção de material. É utilizado na fabricação de equipamentos para a moagem de minérios, pás de escavadeiras e outros componentes similares.

18. Quais são as principais classes dos ferros fundidos?

Ferro fundido cinzento - Cuja fratura mostra uma coloração escura, donde a sua denominação, caracterizado por apresentar como elementos de liga fundamentais o carbono e o silício e estrutura em que uma parcela relativamente grande do carbono está no estado livre grafita lamelar e outra parcela no estado combinado (Fe3C);

Ferro fundido branco – Cuja fratura mostra uma coloração clara (donde a sua denominação), caracterizado por apresentar ainda como elementos de liga fundamentais o carbono e o silício, mas cuja estrutura, devido ás condições de fabricação e menor teor de silício, apresentam o carbono quase inteiramente na forma combinada (Fe3C);

Ferro fundido maleável – Caracterizado por ser obtido a partir do ferro fundido branco, mediante um tratamento térmico especial (maleabilização), resultando numa transformação de praticamente todo o ferro combinado em grafita na forma de nódulos (em vez de veios ou lamelas);

Ferro fundido nodular – Caracterizado por apresentar, devido a um tratamento realizado ainda no estado líquido, carbono livre na forma de grafita esferoidal, o que confere ao material característica de boa ductibilidade, donde a denominação freqüente para esse material de ferro fundido dúctil.

Ferro fundido nodular austêmperado.

O tratamento térmico de Austêmpera utilizado transforma o ferro fundido nodular dúctil outorgando excelentes qualidades de resistência à ruptura, à fadiga, ao desgaste, e um alongamento especifico muito elevado.

19. O que significa “carbono equivalente” nos ferros fundidos?

Um conceito importante nos ferros fudidos é o conceito de carbono equivalente, que descreve a influência de elementos como Si e P no ponto eutético do diagrama ferro carbono. A definição de ferros fundidos hipo-eutéticos, eutéticos e hipereutéticos é baseada não no teor de carbono, mas sim no carbono equivalente que se calcula pela formula abaixo. %CE = %C + 1/3(%Si + % P)

Quanto menor o carbono equivalente, maior a classe do material e menores são a quantidade e o tamanho das grafitas.

20. Quais os fatores que influenciam a microestrutura dos ferros fundidos?Quantidade de carbono presente na sua estrutura, quantidade de elementos de liga, formas de conformação ou processamento, tratamentos térmicos ou químicos sofridos pelo material são as formas que mais tem relevância na microestrutura final do ferro.

21. Como se produz o ferro fundido nodular?

Tempo

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First, iron is melted in the cupola furnace at approx. 1,550 °C using scrap steel and recycled materials. In order to obtain ductile cast iron, the iron is injected in the converter with a magnesium alloy.Pipes are then manufactured from the “injected” iron using the centrifugal casting process.

Four centrifugal casting machines ensure that Buderus produces up to 2,500 pipes of different nominal widths every day.

The pipes which leave the centrifugal casting shop are annealed at 960 °C in a continuous furnace, so that the cementite can be broken down into ferrite and graphite.

All pipes are then given a zinc or zinc-aluminium casing, cleaned in the sleeve area, spray-galvanised and pressure-tested at up to 50 bar, followed by a visual, dimensional and material check.

The pipes are now processed further for their later application. Fresh water pipes are given a cement mortar lining on the basis of blast-furnace cement, and waste water pipes a cement lining based on alumina cement.

The lining, a mixture of sand, cement and water, is applied using the latest centrifugal machines. This has the advantage of a very high compression level of the cement mortar lining, and thus increased resistance to abrasion. The cement mortar linings are then allowed to set in maturing chambers at a defined air humidity and temperature.

The pipes then receive their outer coating. Some of the pipes are painted – fresh water pipes with a blue epoxy resin paint and waste water pipes in brown. After the drying time and spraying with water, the pipes are then marked with their production date and standard.

Yet other pipes are given a special plastic-modified cement mortar coating. These pipes can then be installed in particularly aggressive and stony soils. Again for identification purposes, the cement mortar coating is coloured – the fresh water pipes blue and the waste water pipes brown.

After a thorough final check, all the pipes are then placed in the pipe store to await transport to the point of installation.

22. Qual o processo que transforma o ferro fundido branco em maleável? E quais as variações deste processo?

Ao aquecimento do ferro fundido branco até temperaturas no intervalo de (800-900)°C , por um tempo prolongado e em uma atmosfera neutra, correspondendo à zona II do diagrama ferro-carbono completo da Figuras 9.n e 9.o, Veja Capítulo 9, a matriz de cementita se decomporá lentamente e formará manchas irregulares de grafita em uma matriz austenítica. Quando a decomposição é completa e, após o resfriamento da liga até a temperatura ambiente, a estrutura será constituída de aglomerados (rosetas ou manchas) de grafita em

uma matriz de ferrita ( ), quando o resfriamento através da temperatura eutetóide for lento; ou microestrutura de aglomerados em uma matriz de perlita, quando a velocidade de resfriamento for alta. Essas ligas, denominadas, respectivamente, de ferros fundidos maleáveis ferríticos (resfriamento lento) e de ferros fundidos maleáveis perlíticos (resfriamento rápido), possuem maior ductilidade e tenacidade que os ferros fundidos brancos ou cinzentos. A microestrutura é semelhante à do ferro nodular. A Figura 9.t mostra uma representação de uma microestrutura de um ferro fundido maleável perlítico.

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23. Aonde é empregado o ferro branco, preferencialmente, e por quê?

2 Ferro Fundido Branco

Este tipo de ferro fundido não possui grafita livre em sua microestrutura. Nesse caso o ferro encontrasse

combinado com o carbono dando uma elevada dureza ao material e resistência a abrasão (desgaste).

O ferro fundido Branco praticamente não pode ser usinado. A peça deve ser fundido em forma final ou pelo

menos muito próximo as dela, pode ser feito isso à colocando em formas para que no acabamento final,

durante o processo de usinagem por abrasão não seja preciso muita remoção de material.

Nos ferros fundidos brancos é usual fazer tratamentos térmicos para reduzir as tensões decorrentes das

diferentes velocidades de solidificação através das seções da peça. A uniformização da estrutura é

fundamental quando essas peças são sujeitas a esforços mecânicos de choque.

2.1 Propriedades: •duro e frágil

•Excelente resistência ao desgaste (que podem ser melhorado pela adição de elementos como Cr e Mo)

• Muito baixas tenacidade e ductilidade.

•Grafita em flocos

•Frágil sob tensão trativa

•Resistência sob compressão

•Excelente absorção de vibrações

2.2 Aplicações: Por possuir uma elevada resistência a abrasão é muito utilizado na fabricação de peças que

precise ter esse tipo de características, como por exemplos: na fabricação de equipamentos para a moagem de

minérios, pás de escavadeiras, rodas de trem e outros componentes similares.

24. Em que percentual de carbono e temperatura ocorre o ponto eutético?

Ao atingir-se a temperatura correspondente à linha solidus, no ponto X3, estão em equilíbrio a fase austenita com 2,0% de carbono e eutético com 4,3% de carbono (ou seja, ledeburita, por sua vez constituída de austenita e cementita); 1148°

25. Desenhe a microestrutura de um ferro fundido cinzento ferrítico.

26. Que tipos de tratamentos térmicos os ferros fundidos aceitam?

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27. Como são divididas as ligas de alumínio? Cite exemplos.

Ligas de trabalho mecânico e ligas de fundição. As primeiras se dividem em endurecíveis por tratamento térmico (Ligas de cobre, silício, magnésio, zinco e lítio) e as não endurecíveis (manganês, magnésio e silício). A porcentagem raramente ultrapassa o valor de 15%; independente dos elementos de liga presentes os diagramas de fases são muito idênticos; aumento da resistência por solução sólida é acrescentado manganês, ferro e magnésio; aumento da usinabilidade é acrescentado o cobre; aumento da resistência a corrosão é adicionado o silício; aumento da fluidez de fundição é adicionado manganês e silício.

28. Qual o tratamento térmico empregado no endurecimento das ligas de alumínio? Descreva.

29. Como é possível endurecer o alumínio e ligas não empregando tratamento térmico (aumentar a resistência mecânica)?

30. Qual a principal vantagem do alumínio em relação ao aço?A leveza devido a sua densidade específica ser quase três vezes menor do que a do aço, além disso, o alumínio com devidos tratamentos térmicos

31. Quais as propriedades do cobre que fazem com que ele seja bastante utilizado?

Maleabilidade e Ductilidade;

Excelente condutor elétrico;

Excelentes características de liga;

Não Magnético;

Nutriente essencial para a vida;

Resistente à Corrosão;

Boa Usinabilidade, quando ligado a outros elementos;

Conformabilidade a frio e a quente;

Soldabilidade;

Excelentes propriedades de troca de calor;

Durabilidade;

Reciclável.

32. Quais as principais ligas de cobre? E os elementos químicos principais?

Page 9: Materiais de contrução mecanica

33. Que tipos de tratamentos térmicos o cobre aceita?

34. Quais as principais aplicações do estanho?

35. Por que está crescendo a utilização das ligas de magnésio? Cite aplicações.

36. Que propriedades fazem do titânio um metal em expansão, hoje em dia?

. É o nono mais abundante da crosta terrestre. O titânio é um elemento metálico muito conhecido por sua excelente resistência à corrosão (quase tão resistente quanto a platina) e por sua grande resistência mecânica. Possui baixa condutividade térmica e elétrica. É um metal leve, forte e de fácil fabricação com baixa densidade (40% da densidade do aço). Quando puro é bem dúctil e fácil de trabalhar. O ponto de fusão relativamente alto faz com que seja útil como um metal refratário. Ele é mais forte que o aço, porém 45% mais leve. É 60% mais pesado que o alumínio, porém duas vezes mais forte

37. Que metal é bastante utilizado para dar proteção ao aço, sendo este chamado de galvanizado?

O mais utilizado é o zinco, mas pode ser usado cromo também (para peças cromadas).

38. Que propriedades são importantes para os mancais de escorregamento?

Ser resistentes ao desgaste causado pelo atrito entre peças (utilizando materiais “duros”) , ter boa resistência mecânica e baixo coeficiente de atrito entre as peças.

39. Que são metais Babbitt?Babbitt, Metal Patente ou Metal branco, é uma liga não ferrosa branca, mole, utilizada para proporcionar uma superfície de apoio. Ele tem propriedades que ajudam a reduzir o atrito que o torna um bom material para usar em um mancais de deslizamento. Os metais patentes (Babbitt) são divididos em duas familias: à base de estanho e à base de chumbo. Babbitt à base de estanho é a melhor escolha para aalta velocidade ou mancais de difícil lubrificação, enquanto aqueles à base de chumbo funcionam melhor à baixas velocidades ou cargas elevadas.

40. Quais as causas de falha em mancais de escorregamento? E nos de rolamento?

41. Que tipos de metais são usados em mancais de rolamento?Geralmente a base do mancal é de ferro fundido podendo também ser de aço, nylon, plásticos, ligas de alumínio, bronze, cobre, fibras, compósitos, entre outros materiais. Porem a escolha e utilização do material de fabricação, depende muito dos fatores técnicos envolvidos no projeto do mancal, como forças e pressões envolvidas no conjunto a ser montado .

42. Que tipo de corrosão ocorre quando se coloca dois metais de diferentes potenciais eletroquímicos em contato direto?

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CONHECIMENTO:::::::::::::::

Austêmpera é um tratamento isotérmico aplicado a materiais ferrosos que requer um estrito e preciso controle de tempo e temperatura, produzindo uma microestrutura resultante de alta ductilidade, tenacidade, com uma resistência à tração, abrasão e fadiga duas vezes maior que com um tratamento tradicional de têmpera.

Durante o tempo em que a peças são mantidas à temperatura de austenitização ocorre uma formação acicular de ferrita, austenita de alto teor de carbono estável e nódulos de grafita, formando assim uma estrutura denominada de ausferrita que outorga uma dupla resistência para um mesmo nível de ductilidade se comparado com uma estrutura de perlita, ferrita ou martensita formada por meios convencionais de tratamento térmico.

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Processo de Revenimento[editar | editar código-fonte]

A têmpera tende a tornar o aço excessivamente frágil (pouca resistência ao choque) e a criar tensões

internas, o que é corrigido pelo revenido, que consiste em reaquecer a peça temperada a uma

temperatura muito inferior à da têmpera (zona crítica-fase austenítica).

A temperatura de revenido e o tempo de manutenção desta temperatura influem decisivamente nas

propriedades finais obtidas no aço: quanto mais tempo e/ou maior temperatura, mais dúctil se torna o aço.

Os elementos de liga contidos no aço também influem no revenido, mudando o comportamento do aço no

processo (endurecimento secundário).

A temperatura de revenido normalmente situa-se entre 150°C e 600°C, e o tempo de duração entre 1h e

3h. Todavia, quanto maior a temperatura empregada, mais o revenido tende a reduzir a dureza

originalmente obtida na têmpera.

O revenido aumenta a ductilidade e a elasticidade do aço, e é usado especialmente na fabricação de

molas.

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Temperabilidade

Definição

A temperabilidade é habitualmente definida como sendo a capacidade de um aço para formar martensite na

têmpera. É neste contexto que a temperabilidade é normalmente entendida no estudo de aços-ferramenta.

Existem no entanto autores que alargam o conceito de temperabilidade à capacidade de endurecer um aço

Page 11: Materiais de contrução mecanica

através de um arrefecimento partindo do domínio austenítico; neste caso as micro-estruturas finais visadas

tanto podem ser a bainite como até mesmo a perlite fina.

Métodos de quantificação

Um dos procedimentos mais antigos e rudimentares para se determinar a temperabilidade consiste na análise

das superfícies de fractura de provetes cilíndricos entalhados; a diferença entre a superfície de fractura da

região central não temperada (mais macia e, por isso, com fractura dúctil) e a região periférica temperada (mais

dura e, por isso, com fractura frágil) é regra geral facilmente perceptível, mesmo a olho nu. Daqui se pode

inferir uma informação aproximada sobre a profundidade de têmpera. O mesmo tipo de informação pode ser

obtido de forma muito mais precisa efectuando cortes transversais dos provetes cilíndricos e contrastando por

ataque químico, normalmente com nital (solução de ácido nítrico em álcool etílico); neste caso haverá que

tomar precauções muito especiais para que a operação de corte não conduza (por aquecimento) a alterações

estruturais que falseariam a análise posterior.

Curvas em "U"

Outro dos processos empregues para determinar a temperabilidade baseia-se na medição da dureza ao longo

de duas (ou mais diagonais) da secção recta de provetes cilíndricos de diferentes diâmetros temperados em

diferentes condições. Os perfis de dureza obtidos têm normalmente a forma de "U" e permitem caracterizar a

temperabilidade de um aço: quanto tanto mais elevadas são as durezas obtidas e mais "achatados" são os

perfis de dureza (maior penetração de têmpera) tanto mais temperável será o aço.

O traçado destas curvas em "U" está na base de uma tentativa de quantificação do parâmetro temperabilidade

por

Grossman. Numa primeira abordagem explorou a noção de "profundidade de têmpera", evidenciada pela

diferenciação entre o aspecto da periferia mais endurecida e a região central (da secção recta de provetes

cilíndricos temperados). Sucede no entanto que se se pretendesse usar a profundidade de têmpera como

parâmetro quantificador da temperabilidade teria que se impor uma geometria única para poder tornar

comparáveis os diferentes ensaios com diferentes aços; ora, a adopção de um diâmetro muito reduzido traria

problemas de representatividade para os aços de alta temperabilidade (que endureceriam de modo muito

semelhante em toda a secção recta, tornando difícil a distinção entre eles); por outro lado, um diâmetro

suficientemente grande para eliminar este problema com os aços de alta temperabilidade faria surgir problemas

com aços de baixa temperabilidade que apresentariam uma penetração de têmpera quase nula e igualmente

dificilmente diferenciável. A nitidez com que se distingue a profundidade até onde se estende o efeito de

endurecimento por têmpera tem a ver com o facto de ser muito reduzida a extensão da região dentro da qual a

quantidade de martensite desce abruptamente abaixo dos 50%. Se para um dado aço temperarmos provetes

cilíndricos de diferentes diâmetros num mesmo meio de arrefecimento, deverá ser possível encontrar um

diâmetro crítico tal que na região central do provete correspondente haja 50% de martensite; uma maneira

possível de determinar este parâmetro consiste em representar a dureza do centro dos provetes em função do

seu diâmetro; o ponto de inflexão desta curva correspoderá ao diâmetro crítico do aço em questão, para o meio

de arrefecimento utilizado nessa série de diâmetros.

Método de Grossman-Asimov

Page 12: Materiais de contrução mecanica

A temperabilidade de um aço não pode ser analisada sem ter em conta a severidade do meio de arrefecimento

usado: variando a severidade do meio de têmpera, varia também o diâmetro crítico para um mesmo aço. Para

introduzir este parâmetro, Asimov recorreu a uma nova quantidade: Du / D, a fracção não endurecida

relativamente ao diâmetro total, em que

Du é o diâmetro da região central não endurecida ("unhardened") e D é o diâmetro total do provete. A

representação gráfica desta quantidade em função do diâmetro total para uma série de provetes (de diferentes

diâmetros) de um mesmo aço, arrefecidos num mesmo meio de têmpera, dá uma curva representativa

simultaneamente da temperabilidade do aço em questão e da drasticidade do meio de arrefecimento utilizado.

A partir de considerações de natureza teórica Asimov construiu um ábaco de curvas-padrão deste tipo num

referencial Du / D versus D ou H.D , em que H é a chamada severidade do meio de têmpera; este parâmetro é

quantificado tomando como referência a severidade de têmpera da água sem agitação à temperatura ambiente

(H = 1). A utilização destes gráficos permite obter resposta para uma grande diversidade de problemas:

- conhecendo vários valores de Du / D em função de D é possível determinar a severidade do meio de têmpera

utilizado; para uma definição o mais correcta possível da curva correspondente não deverão utilizar-se

somente dois pares de valores mas sim preferencialmente pelo menos seis;

- conhecendo vários valores de Du / D e a severidade do meio de têmpera é possível determinar o diâmetro

crítico do aço para o meio de têmpera em questão;

- conhecendo a severidade do meio de têmpera e o diâmetro crítico do aço para esse meio, é possível prever a

profundidade de penetração de têmpera para qualquer diâmetro do mesmo aço arrefecido nesse mesmo meio.

Pelo que acaba de ser exposto resulta claro que o diâmetro crítico depende não só da temperabilidade do aço,

mas também da severidade do meio de têmpera; por isso, os diâmetros críticos só permitem aferir a

temperabilidade de diferentes aços quando referidos a um mesmo meio de têmpera. Em vez de procurar

normalizar as condições em que cada uma das têmperas deverão decorrer, procurou-se definir um meio de

têmpera ideal: o meio de arrefecimento tal que ao mergulhar nele a peça a temperatura da superfície desta

atinge instantaneamente a temperatura do meio de arrefecimento. Embora este meio ideal não seja atingível na

prática, consegue-se uma boa aproximação a esta condição ao recorrer a uma salmoura fortemente agitada. O

diâmetro crítico obtido para este meio ideal é o maior diâmetro crítico obtenível para uma dada

temperabilidade, proporcionando assim uma boa base de comparação entre diferentes temperabilidades. Este

"diâmetro crítico ideal" é um verdadeiro parâmetro aferidor da temperabilidade do aço. Asimov construiu

ábacos que permitem calcular o diâmetro crítico ideal conhecendo o diâmetro crítico para uma dada severidade

(conhecida). A utilização destes ábacos em paralelo com os já anteriormente referidos Du / D versus D ou H.D

permite alargar a capacidade de previsão da penetração de têmpera a uma nova classe de situações:

conhecendo Du / D para um dado meio de têmpera (de severidade conhecida) é possível calcular a penetação

de têmpera (do mesmo aço) para um outro meio de têmpera (de severidade conhecida).

Um grupo de ábacos análogos aos da geometria cilíndrica foi também construído para tratar o caso das placas.

Ensaio de Jominy

Page 13: Materiais de contrução mecanica

Um ensaio frequentemente usado para caracterizar a temperabilidade é o de Jominy. Neste ensaio um provete

cilíndrico de 25 m de diâmetro e 10 cm de altura, após austenitização à temperatura recomendada para o aço a

ensaiar, é arrefecido fazendo incidir na sua face inferior um jacto de água que deverá sair através de um tubo

de 10 m de diâmetro, estando a pressão da água regulada de tal modo que a altura livre do jacto de água seja

de 65 m. Uma vez completamente arrefecido até à temperatura ambiente é maquinada uma pista ao longo de

uma geratriz do provete cilíndrico de modo a remover a camada superficial alterada durante o aquecimento e

manutenção à temperatura de austenitização. São então efectuadas medições de dureza sobre esta pista e

traçado o gráfico representativo da variação da dureza com a distância à extremidade arrefecida pelo jacto de

água. As curvas assim obtidas têm um andamento que se traduz por um nível elevado de dureza na vizinhança

da face inferior arrefecida pelo jacto de água, baixando gradualmente a dureza à medida que aumenta a

distância a esta face; a partir de uma certa distância o valor da dureza tende a estabilizar. Quanto mais

temperável for o aço tanto mais atenuada é a queda de dureza na vizinhança da face arrefecida. O ensaio de

Jominy apresenta como principal desvantagem o facto de não ser aplicável a aços de muito reduzida

temperabilidade (curvas de Jominy com uma queda muito rápida da dureza), nem a aços de muito alta

temperabilidade (curvas de Jominy com muito reduzida variação de dureza ao longo da geratriz).

A grande vantagem deste ensaio reside na simplicidade da sua execução aliada à possibilidade de com um só

ensaio se caracterizar a resposta de um aço a uma gama muito extensa de velocidades de arrefecimento. Além

disso, o ensaio de Jominy permite obter uma reprodutibilidade de resultados muito boa, mesmo para variações

significativas das condições da sua execução. Na realidade, um estudo efectuado por J. Birtalan et al. sobre a

reprodutibilidade deste ensaio conduziu às seguintes conclusões:

- a temperatura da água de arrefecimento foi variada entre 10 ºC e 50 ºC sem que se registasse uma diferença

apreciável (flutuação de ± 1 ponto na escala de dureza Rockwell C, comparativamente com a dureza obtida

para a água a 25 ºC);

- não foi detectada nenhuma variação nos resultados ao fazer variar a pressão da água de modo a que a altura

do jacto livre atingisse um valor compreendido entre 25 m e 125 m (valor estipulado pela norma do ensaio: 65

m);

- o tempo que se leva a transferir o provete do forno para o suporte onde decorre o arrefecimento afecta a

temperatura do material no momento em que se inicia o arrefecimento e, por conseguinte, a sua posterior

transformação; os resultados obtidos mostraram uma boa reprodutibilidade para tempos de transferência que

podem ir até 7 segundos (uma conveniente disposição do equipamento permite a um operador experimentado

efectuar a transferência em 3 segundos ou menos).

Diagramas T

A análise mais exacta da temperabilidade é a que se baseia nos diagramas T, quer de transformação

isotérmica (TI), quer de arrefecimento contínuo (TAC). Estes últimos, em particular poderão permitir a previsão

da evolução estrutural desde que se conheçam as leis de arrefecimento das regiões da peça que estamos

interessados em analisar. Um parâmetro que é habitualmente extraído da leitura dos diagramas T-TAC é a

chamada velocidade crítica: velocidade mínima de arrefecimento necessária para garantir a transformação em

martensite, sem que a austenite se decomponha nos seus produtos de transformação de mais alta temperatura

(perlite ou bainite).

Page 14: Materiais de contrução mecanica

Ao fazer uma leitura destes diagramas haverá no entanto que tomar em consideração o facto de cada um deles

representar a evolução estrutural de um aço para as condições específicas de austenitização e para a família

de leis de arrefecimento com base nas quais foi traçado o referido diagrama.

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TemperabilidadeDefiniçãoA temperabilidade é habitualmente definida como sendo a capacidade de um aço para formar martensite na têmpera. É nestecontexto que a temperabilidade é normalmente entendida no estudo de aços-ferramenta. Existem no entanto autores quealargam o conceito de temperabilidade à capacidade de endurecer um aço através de um arrefecimento partindo do domínioaustenítico; neste caso as micro-estruturas finais visadas tanto podem ser a bainite como até mesmo a perlite fina.Métodos de quantificaçãoUm dos procedimentos mais antigos e rudimentares para se determinar a temperabilidade consiste na análise das superfíciesde fractura de provetes cilíndricos entalhados; a diferença entre a superfície de fractura da região central não temperada (maismacia e, por isso, com fractura dúctil) e a região periférica temperada (mais dura e, por isso, com fractura frágil) é regra geralfacilmente perceptível, mesmo a olho nu. Daqui se pode inferir uma informação aproximada sobre a profundidade de têmpera.O mesmo tipo de informação pode ser obtido de forma muito mais precisa efectuando cortes transversais dos provetescilíndricos e contrastando por ataque químico, normalmente com nital (solução de ácido nítrico em álcool etílico); neste casohaverá que tomar precauções muito especiais para que a operação de corte não conduza (por aquecimento) a alteraçõesestruturais que falseariam a análise posterior.Curvas em "U"Outro dos processos empregues para determinar a temperabilidade baseia-se na medição da dureza ao longo de duas (oumais diagonais) da secção recta de provetes cilíndricos dediferentes diâmetros temperados em diferentes condições. Os perfisde dureza obtidos têm normalmente a forma de "U" e permitem caracterizar a temperabilidade de um aço: quanto tanto maiselevadas são as durezas obtidas e mais "achatados" são os perfis de dureza (maior penetração de têmpera) tanto maistemperável será o aço.O traçado destas curvas em "U" está na base de uma tentativa de quantificação do parâmetro temperabilidade porGrossman. Numa primeira abordagem explorou a noção de "profundidade de têmpera", evidenciada pela diferenciação entre oaspecto da periferia mais endurecida e a região central (da secção recta de provetes cilíndricos temperados). Sucede no entantoque se se pretendesse usar a profundidade de têmpera como parâmetro quantificador da temperabilidade teria que se impor umageometria única para poder tornar comparáveis os diferentes ensaios com diferentes aços;

Page 15: Materiais de contrução mecanica

ora, a adopção de um diâmetro muitoreduzido traria problemas de representatividade para os aços de alta temperabilidade (que endureceriam de modo muitosemelhante em toda a secção recta, tornando difícil a distinção entre eles); por outro lado, um diâmetro suficientemente grandepara eliminar este problema com os aços de alta temperabilidade faria surgir problemas com aços de baixa temperabilidade queapresentariam uma penetração de têmpera quase nula e igualmente dificilmente diferenciável. A nitidez com que se distingue aprofundidade até onde se estende o efeito de endurecimento por têmpera tem a ver com o facto de ser muito reduzida aextensão da região dentro da qual a quantidade de martensite desceabruptamente abaixo dos 50%. Se para um dado açotemperarmos provetes cilíndricos de diferentes diâmetros num mesmo meio de arrefecimento, deverá ser possível encontrar umdiâmetro crítico tal que na região central do provete correspondente haja 50% de martensite; uma maneira possível dedeterminar este parâmetro consiste em representar a dureza do centro dos provetes em função do seu diâmetro; o ponto deinflexão desta curva correspoderá ao diâmetro crítico do aço em questão, para o meio de arrefecimento utilizado nessa série dediâmetros.Método de Grossman-AsimovA temperabilidade de um aço não pode ser analisada sem ter em conta a severidade do meio de arrefecimento usado:variando a severidade do meio de têmpera, varia também o diâmetro crítico para um mesmo aço. Para introduzir esteparâmetro, Asimov recorreu a uma nova quantidade: Du / D, a fracção não endurecida relativamente ao diâmetro total, em queDu é o diâmetro da região central não endurecida ("unhardened") e D é o diâmetro total do provete. A representação gráficadesta quantidade em função do diâmetro total para uma série de provetes (de diferentes diâmetros) de um mesmo aço,arrefecidos num mesmo meio de têmpera, dá uma curva representativa simultaneamente da temperabilidade do aço em questãoe da drasticidade do meio de arrefecimento utilizado. A partir de considerações de natureza teórica Asimov construiu um ábacode curvas-padrão deste tipo num referencial Du / D versus D ou H.D , em que H é a chamada severidade do meio de têmpera;este parâmetro é quantificado tomando como referência a severidade de têmpera da água semagitação à temperatura ambiente(H = 1). A utilização destes gráficos permite obter resposta para uma grande diversidade de problemas:- conhecendo vários valores de Du / D em função de D é possível determinar a severidade do meio de têmpera utilizado;para uma definição o mais correcta possível da curva correspondente não deverão utilizar-se somente dois pares de valores massim preferencialmente pelo menos seis;

Page 16: Materiais de contrução mecanica

2 resposta em slides

3 tem que fazer

4 O alívio de tensões é um tratamento térmico onde o forno é aquecido a apenas uma fração da temperatura crítica usada em processos de têmpera e de controle de microestrutura. Neste processo um metal não sofre alterações de fase ou microestruturais que podem ser notadas por simples microscopia ótica. Este processo visa eliminar tensões internas que causam a perda de ductilidade e tenacidade no material. Estas tensões podem ser provenientes de tratamentos de têmpera, conformação a frio, soldagem, usinagem, e outras operações de manufatura.

O que ocorre é o aumento da difusão de elementos de liga, principalmente o carbono, de forma que, impulsionados por campos de tensões internas, permitem a peça como um todo atingir um nível de tensão interna menor.

Aços de baixa liga são tipicamente submetidos ao tratamento de alívio de tensões ao serem mantidos em temperaturas de 600~675ºC por poucas horas

5- A fim de refinar a estrutura bruta de fusão, de peças laminadas ou forjadas é usado este processo térmico. Também pode ser usado como tratamento preliminar à têmpera para homogeneizar a estrutura e reduzir atendência ao empenamento/deformação. O resultado é o mesmo do recozimento, porém este processo obtém uma estrutura muito maisfina.NormalizaçãoTratamento térmico, caracterizado pelo aquecimento acima da zona crítica e por equalização nesta temperatura seguida de resfriamento uniforme ao ar, sem restringi-lo ou acelerá-lo, até a temperatura ambiente. Utiliza-se para peças que necessitam ser usinadas, com remoção de cavacos, para evitar o “empastamento” das ferramentas de usinagem. O tratamento térmico de normalização é realizado de forma semelhante aotratamento térmico de recozimento. A normalização caracteriza-se por um resfriamento do aço feitoao ar a partir de uma temperatura onde exista 100% de austenita, essa temperatura dependerá dacomposição do aço. O produto dessa reação é a formação de ferrita e de perlita. As porcentagens deferrita e de perlita dependerão da composição do aço.Normalização – Da mesma forma que no processo de têmpera por indução o processo de normalização é executado através do aquecimento por indução eletromagnética seguida de resfriamento ao ar, ou seja, objetivando após o aquecimento por indução o resfriamento lento.Esquema de Normalização[pic]

6 Recozimento – Tratamento térmico que consiste no aquecimento ao ar ou atmosfera protetora à temperatura crítica, permanência durante tempo pré-determinado e resfriamento

Page 17: Materiais de contrução mecanica

controlado.O tratamento Recozimento pode ser dividido em:Recozimento isotérmico - Recozimento caracterizado por uma austenitização seguida de transformação isotérmica da austenita na região da formação da perlita.Recozimento pleno - Recozimentocaracterizado por um resfriamento lento através da zona crítica, a partir da temperatura da austenitização, geralmente acima de AC1 para os aços hipoeutetoides e entre AC31 e ACcm para os hipereutetóides.Recozimento para alívio de tensões - Recozimento subcrítico visando a eliminação de tensões internas sem modificação fundamental das propriedades existentes, realizado após deformação a frio, tratamento térmico, soldagem, usinagem, etc.Recozimento para esferoidização/coalescimento - Tratamento térmico de recozimento com a finalidade de se obter os carbonetos sob forma esferoidal . Usualmente é caracterizado por permanência em temperatura ligeiramente superior ou inferior ao ponto A1 ou oscilação em torno de A1 e resfriamento lento.Esquema de Recozimento[pic]7 O recozimento é composto de três estágios:Recuperação - Este primeiro estágio do recozimento é verificado a temperaturas baixas. Nele ocorre um re-arranjo das discordâncias, de modo a adquirir configurações mais estáveis, embora não haja, pelo menos aparentemente, mudança na quantidade de defeitos presentes. Não há nenhum efeito sensível sobre as propriedades do material.Recristalização – Em temperaturas mais elevadas, verifica-se grande alteração na microestrutura do metal, com variações nas propriedades mecânicas. A recristalização é um fenômeno de nucleação.Crescimento de Grão – A temperaturas mais elevadas, os grãos recristalizados tendem a crescer, mediante um mecanismo que consiste na absorção por parte de alguns grãos dos grãos circunvizinhos. A força propulsora do crescimento de grão é a energia superficial doscontornos de grão dos grãos recristalizados.

Recozimento PlenoConsiste em austenetizar o aço e resfriar lentamenteAços hipoeutetódes - +ou- 50o C acima de A3Aços hipereutetóides - + ou - 50oC acima de A1

Recozimento Subcrítico e Alívio de Tensão

Este tratamento visa recuperar a dutilidade do aço trabalhando a frio.Consiste em aquecer o aço a uma temperatura abaixo de A1, normalmente na faixa de 600 a 680o C, seguido de resfriamento lento.Neste processo não ocorre a transformação da Austenita, pois não chega a temperatura de austenitização8 Pode-se obter esferoidita fazendo um aquecimento e resfriamento alternados entre temperaturas logo acima e abaixo da linha A1 , ou seja, fazendo a temperatura oscilar em torno de A1 . Sua estrutura tem uma dureza muito baixa, inferior a da perlita grosseira, objetivando facilitar as operações de deformação a frio e usinagem de aços com alto teor de carbono

9

Page 18: Materiais de contrução mecanica

10 É o conjunto de operações de aquecimento e resfriamento a que são submetidos os materiais, sob condições controladas de temperatura, tempo, atmosfera e velocidade de resfriamento com objetivo de alterar as propriedades mecânicas como dureza, maleabilidade, aspecto visual e composição química

11 Cementação é o tratamento termoquímico que consiste em se introduzir carbono na superfície do aço com o objetivo de se aumentar a dureza superficial do material, depois de convenientemente temperado

12 Têmpera por chamaAquecimento provém de chama direcionada à peça, através de maçarico ou outro instrumento, podendo assim ser parcialmentetemperada.Têmpera por induçãoO aquecimento é obtido por indução elétrica, seguida de um resfriamento brusco, normalmente em água.Têmpera superficialAquecimento somente da superfície através de indução ou chama até a austenitização, seguida de um resfriamento rápido13 Martêmpera, ou têmpera interrompida, é uma forma de tratamento térmico de têmpera indicada para aços de alta liga, obtendo-se ao final do processo aço em fase de martensita com uniformidade de grãos.O material é aquecido acima da zona crítica, assumindo a fase de austenita, e depois resfriado em duas etapas. A primeira etapa é um resfriamento rápido até uma temperatura ligeiramente acima da temperatura do início da mudança de fase martensita ↔ austenita (normalmente o material é mergulhado em sal fundido). Depois de um curto intervalo (da ordem de segundos) para obter a homogenização da temperatura, sofre outro resfriamento rápido até a temperatura ambiente.14 É um tratamento térmico usado principalmente para diminuir a distorção ou empenamento que se produz durante o resfriamento rápido das peças de aço.Neste processo, as peças após austenitização, são resfriadas bruscamente até a temperatura logo acima da faixa de formação de martensita e após equalizar a temperatura por alguns instantes, seguido de resfriamento apropriado até a temperatura ambiente

15 Austêmpera

Austêmpera é uma transformação isotérmica para produção de estrutura bainitica.Este processo é realizado aquecendo o aço até a temperatura de austenitização, permanência nesta temperatura até completa equalização, seguido de um resfriamento rápido até afaixa de transformação da estrutura bainitica, permanecendo nesta temperatura até a completa transformação, seguido de resfriamento ao ar1617 Ferros Fundidos Brancos:

Este tipo de ferros fundidos denominam-se brancos pelo facto do sólido final conformado ter uma aparência brilhante ou apresentarem um região de fractura clara.

Se a composição química se apresentar no intervalo de 2-3,5 wt % c e 0,5 – 1,7 wt % Si e se a taxa de solidificação for suficientemente elevada , ferro fundido branco será produzido.

O carbono , no ferro fundido apresenta-se combinado com o ferro na forma de cementite,

Page 19: Materiais de contrução mecanica

que é um composto duro e frágil. Este tipo de gusa branca possui resistência à compressão e à fadiga é usado em componente que exigem dureza entre outras especificações.

perlite + envolvidas em ledeburite((globulos de perlite numa matriz de cementite) por vezes encontra-se cementite isolada , originária da decomposição da austenite na reacção eutética. A % de ledeburite cresce com a % de carbono entre 2-4,3 wt% C e decrese a partir da reacção invariante eutética, já a cementite tem um máximo para os 6,7 wt% em C

18 Os ferros fundidos dividem-se em três tipos principais: branco, cinzento e nodular Os ferros fundidos dividem-se em três tipos principais: branco, cinzento e nodular

19 carbono equivalente e a resistência à tração de barras de ferro fundido •20 • Velocidade de resfriamento• Composição química

http://www.ebah.com.br/content/ABAAABR2gAH/mecanismo-aumento-resistencia