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 Universidade Federal de Pelotas Instituto de Física e Matemática Curso de Licenciatura em Matemática a Distância Eixo Modelagem: Derivadas parciais  continuação Na semana passada, estudamos as funções de duas ou mais variáveis e iniciamos o estudo das derivadas parciais. Nesta semana, estudaremos regras de derivação, gradiente e derivada direcional. 1 Regra da Cadeia Pode acontecer a seguinte situação: temos uma função de duas variáveis ) , (  y  x  f   e, por sua vez, as variáveis  x  e  y  são funções de uma outra variável independente t . Neste caso, teremos uma versão da regra da cadeia: Teorema 1.1: (Regra da cadeia: uma variável independente) Seja ) , (  y  x  f   z    uma função com primeiras derivadas parciais contínuas. Se ) (t  x  x   e ) (t  y  y   são funções deriváveis de t , então  z  é uma função derivável de t  e dt dy  y  z dt dx  x  z dt dz  . Exemplo 1.1: Seja 2 2  y  y  x  z   , onde t  x  sen  e t  y  e . Vamos encontrar dt dz  quando 0 t . Pela regra da cadeia para uma variável independente temos . e 2 sen e cos sen e 2 e ) e 2 sen ( cos ) e )( sen ( 2 e ) 2 ( cos 2 2 2 2 2 t t t t t t t t t t t t t  y  x t  y  x dt dy  y  z dt dx  x  z dt dz   Quando 0 t , resulta que 2 dt dz . As regras da cadeia apresentadas aqui nos fornecem técnicas alternativas para

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Eixo Modelagem: Derivadas parciais–

 continuação

Na semana passada, estudamos as funções de duas ou mais variáveis e

iniciamos o estudo das derivadas parciais. Nesta semana, estudaremos regras de

derivação, gradiente e derivada direcional.

1 Regra da Cadeia 

Pode acontecer a seguinte situação: temos uma função de duas variáveis

),(   y x f    e, por sua vez, as variáveis  x   e  y  são funções de uma outra variável

independente t . Neste caso, teremos uma versão da regra da cadeia:

Teorema 1.1: (Regra da cadeia: uma variável independente) Seja

),(   y x f   z    uma função com primeiras derivadas parciais contínuas. Se )(t  x x   e

)(t  y y   são funções deriváveis de t , então  z  é uma função derivável de t  e

dt 

dy

 y

 z 

dt 

dx

 x

 z 

dt 

dz 

.

Exemplo 1.1: Seja 22  y y x z    , onde t  x   sen   e t  y   e . Vamos encontrardt 

dz  

quando 0t  . Pela regra da cadeia para uma variável independente temos

.e2senecossene2

e)e2sen(cos)e)(sen(2

e)2(cos2

22

2

2

t t t 

t t t 

t t t 

t t t 

 y xt  y x

dt 

dy

 y

 z 

dt 

dx

 x

 z 

dt 

dz 

 

Quando 0t  , resulta que 2dt 

dz .

As regras da cadeia apresentadas aqui nos fornecem técnicas alternativas para

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resolver diversos problemas de cálculo de uma variável. Assim, no exemplo

anterior, poderíamos ter usado as técnicas de uma variável para encontrardt 

dz ,

escrevendo inicialmente  z como uma função de t :

t t t t  t t  y y x z    222222 esene)e()e()sen(    

e depois derivando: .e2senecossene2   22   t t t  t t t dt 

dz   

A regra da cadeia pode ser estendida para três ou mais variáveis: por exemplo,

se ),,(   z  y x f  w   e  x ,  y  e  z  são funções deriváveis de t , então

dt 

dz 

 z 

w

dt 

dy

 y

w

dt 

dx

 x

w

dt 

dw

.

Exemplo 1.2: Vamos encontrar

 s

w

  e

w

  para  y xw   2 , onde 22 t  s x     e

 s y  . Começamos substituindo 22 t  s x    e

 s y   na equação  y xw   2 :

 

  

 

 

  

    st 

 s

 st  s y xw

322 2)(22 .

Agora, calculamost 

t  st 

 s

 s

w   222 2632

 

 

  

 

 e

2

23

2

322

2t 

 st  s s

 s

w  

 

  

 

.

O teorema a seguir dá um método alternativo para calcular as derivadas parciais

no exemplo anterior, sem escrever explicitamente w  como função de  s  e t .

Teorema 1.2: (Regra da cadeia: duas variáveis independentes) Seja

),(   y x f   z    onde  f   é uma função com primeiras derivadas contínuas de  x  e  y .

Se ),(   t  s x x   e ),(   t  s y y   tais que as primeiras derivadas parciais s

 x

,

 x

,

 s

 y

 e

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t  y  todas existem, então

 sw  e

t w  existem e estão dadas por

 s

 y

 y

w

 s

 x

 x

w

 s

w

  e

 y

 y

w

 x

 x

w

w

.

Exemplo 1.3: Usando a regra da cadeia, vamos encontrar s

w

  e

w

  para

 y xw   2 , onde 22 t  s x    et 

 s y  . Temos que

t  s

t  s

 s

t t  s s

 s

t  x s y

 s

 y

 y

w

 s

 x

 x

w

 s

w

22

222

22

26

224

12)2(2

12)2(2

 

  

 

 

  

 

 

  

 

 

2

32

2

232

2

23

2

22

2

22

224

224

2)2(2

2)2(2

 s st 

 st  s st 

 st  s s

 st  st 

 s

 s xt  y

 y

 y

w

 x

 x

w

w

 

  

  

  

 

 

  

 

 

A regra da cadeia pode ser estendida de uma forma bem geral para qualquer

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número de variáveis: Se ),,,( 21   n x x x f  w 

 onde cada i x  é uma função derivável

de m  variáveis1t  , 2t  ,, mt  , temos que

Exemplo 1.4: Vamos encontrar s

w

  e

w

  quando 1 s   e  2t    para

 z  x z  y y xw    sendo que t  s x   cos , t  s y   sen  e t  z   . Então temos

e quando 1 s  e  2t  , resulta que 1 x , 0 y  e  2 z  . Assim

      2)0)(21()1)(20(  

 s

w.

Para a outra variável temos que

e quando 1 s  e  2t  , resulta que

      22)1)(10()1)(21()0)(20(  

w.

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1.1 Derivação parcial implícita

Vejamos uma aplicação da regra da cadeia. Suponha que temos  x   e  y  

relacionadas pela equação 0),(    y x F   e que  y  é uma função diferenciável de  x :

)( x f   y  . A regra da cadeia fornece uma alternativa para o cálculo dedx

dy:

Consideremos ))(,(),(   x f   x F  y x F w   . Então aplicando o teorema 1.1, obtemos

dxdy y x F  y x F 

dxdy

 y F 

dxdx

 x F 

dxdw  y x  

  ),(),(  ,

e como 0),(     y x F w , entãodx

dy y x F  y x F 

dx

dw y x     ),(),(0 . Da última igualdade

podemos tirar em evidênciadx

dy e conseguir

),(

),(

 y x F 

 y x F 

dx

dy

 y

 x .

Este resultado pode ser estendido para encontrar as derivadas parciais de

funções de várias variáveis que estão definidas implicitamente. Resumimos estas

observações no seguinte teorema:

Teorema 1.3: (Regra da cadeia: derivação implícita)

a.  Se a equação 0),(    y x F    define  y   implicitamente como uma função

derivável de  x , então

),(

),(

 y x F 

 y x F 

dx

dy

 y

 x , sempre que 0),(    y x F  y .

b.  Se a equação 0),,(    z  y x F   define  z  implicitamente como uma função de  x  

e  y  com primeiras derivadas contínuas, então

),,(),,(

 z  y x F  z  y x F 

dx z 

 z 

 x

  e

),,(

),,(

 z  y x F 

 z  y x F 

dy z 

 z 

 y

 sempre que 0),,(    z  y x F  z  .

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Exemplo 1.5: Vamos encontrardxdy   para 045

  223   x y y y . Fazemos

45),(  223   x y y y y x F  . Então

 x y x F  x   2),(     e 523),(  2   y y y x F  y .

Usando o teorema 1.3, temos que523

2

523

)2(

),(

),(22

 y y

 x

 y y

 x

 y x F 

 y x F 

dx

dy

 y

 x .

Exemplo 1.6: Vamos encontrar x

 z 

  e

 y

 z 

  para 05323   3222   yz  z  y x z  x .

Fazemos 5323),,(  3222   yz  z  y x z  x z  y x F  . Então

226),,(   xy xz  z  y x F  x   ,  z  y x z  y x F  y   32),,(   2  e  y z  x z  y x F  y   363),,(   22 .

Usando o teorema 1.3, temos que

 y z  x

 xz  xy

 y z  x

 xy xz 

 z  y x F 

 z  y x F 

 x

 z 

 z 

 x

363

62

363

26

),,(

),,(22

2

22

2

 e

 y z  x

 z  y x

 y z  x

 z  y x

 z  y x F 

 z  y x F 

 y

 z 

 z 

 y

363

32

363

32

),,(

),,(22

2

22

2

.

2. Gradiente e Derivada Direcional

Imagine a seguinte situação: Você está em pé sobre uma colina representada

por ),(   y x f   z     e quer determinar a inclinação da colina na direção ao eixo  z .

Você já sabe como determinar as inclinações em duas direções: a inclinação na

direção  x   está dada por ),(   y x f   x   e a inclinação na direção  y   está dada por

),(   y x f   y . Vamos utilizar estas derivadas para encontrar a inclinação em qualquer  

direção.

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Figura 2.1: Representação gráfica da superfície de uma colina.

Para determinar a inclinação num ponto sobre a superfície, vamos definir um

novo tipo de derivada denominada derivada direcional. Seja ),(   y x f   z     uma

superfície e ),( 00   y x P    um  ponto no domínio de  f   e uma "direção" dada por um

vetor unitário  jiu          sencos)sen,(cos   , onde    é o ângulo que o vetor

forma com a direção positiva do eixo  x  como mostra o lado esquerdo da figura

abaixo:

Figura 2.2: Lado esquerdo: uma superfície ),(   y x f   z   , um ponto ),( 00   y x P    e

uma "direção" u ; lado direito:

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Para calcular a inclinação desejada na direção u , reduzimos o problema a um deduas dimensões intersectando a superfície com um plano vertical que passa pelo

ponto  P  e paralelo a u , como é mostrado no lado direito da figura anterior. Esse

plano vertical intersecta a superfície numa curva C . A inclinação da superfície no

ponto ),(,, 0000   y x f   y x  na direção de u  é definido como a inclinação da curva C  

nesse ponto. Omitindo cálculos intermediários, passamos diretamente à

definição:

Definição 2.1: (Derivada direcional)

Seja  f   uma função de duas variáveis  x  e  y  e seja  jiu        sencos    um vetor

unitário. Então a derivada direcional de  f    na direção de u , denotada por

 f   Du  define-se comot 

 y x f  t  yt  x f   f   D

),()sen,cos(lim

0

  

u  desde que tal limite

exista. 

O cálculo das derivadas direcionais por esta definição é pouco prático. Por isso,

temos um resultado importante:

Teorema 2.1: Se  f   é uma função com primeiras derivadas contínuas, então a

derivada direcional de  f   na direção do vetor unitário  jiu        sencos    é

     sen),(cos),(   y x f   y x f   f   D  y x   u  .

Existem infinitas derivadas direcionais de uma superfície num dado ponto - uma

para cada direção especificada por u , como mostra a figura abaixo:

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Figura 2.3: Existem infinitas derivadas direcionais num ponto dado, uma para

cada direção.

Observe que:

a.  se 0  ,   i jiu     0sen0cos , e temos que

),(0sen),(0cos),(   y x f   y x f   y x f   f   D  x y x   i .

b.  se2

    ,  j jiu  

 

  

 

 

  

 

2sen

2cos

    , e temos que

),(2

sen),(2

cos),(   y x f   y x f   y x f   f   D  y y x       

 j .

Exemplo 2.1: Vamos encontrar a derivada direcional de 22

4

14),(   y x y x f      em

)2,1(   na direção de  jiu    

 

 

 

 

 

 

 

3sen3cos

    

. Temos que  x y x f   x   2),(     e

2),(  y

 y x f   y   . Aplicando o teorema 2.1,

       sen2

cos2sen),(cos),(  y

 x y x f   y x f   f   D  y x   u .

Se3

    , 1 x  e 2 y , temos que a igualdade anterior fica

866,12

31

2

3

2

12

3sen

3cos2)2,1(  

     f   Du .

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Figura 2.4: Ilustração da derivada direcional do exemplo.

Observe que, de acordo com a figura 2.4, a derivada direcional pode ser

interpretada como a inclinação da superfície no ponto )2,2,1(  na direção do vetor

unitário u .

As direções utilizadas até agora estão dadas por um vetor unitário u . Quando a

direção está dada por um vetor cujo comprimento não é 1, devemos normalizar

o vetor antes de aplicar o teorema 2.1.

Exemplo 2.2: Vamos encontrar a derivada direcional de )2sen(),(   2  y x y x f      em

     2,1  

  na direção do vetor  jiv   43   . Temos que )2(sen2),(   y x y x f   x     e

)2(cos2),(   2  y x y x f   y    que são contínuas. Agora, encontramos um vetor unitário na

direção de v :  ji jiv

vu        sencos

5

4

5

3 . Usando este vetor unitário,

temos que

       sen)2(cos2cos)2(sen2sen),(cos),(  2

 y x y x y x f   y x f   f   D  y x   u .

Assim,    

  

 

 

  

 

 

  

 

 

  

 

 

  

 

5

4)2(

5

30

5

4)(cos2

5

3)(sen2

2,1      

 f   Du , ou seja,

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2,1  

  

       f   Du

.

2.1 O gradiente de uma função de duas variáveis

O gradiente  de uma função de duas variáveis é um função vetorial de duas

variáveis. Esta função tem usos importantes, algumas das quais vão ser

descritas aqui.

Definição 2.2: (Gradiente de uma função de duas variáveis)

Seja ),(   y x f   z    uma função de duas variáveis tal que  x f     e  y f    existe. Então o

gradiente de  f  , denotado por ),(   y x f    é o vetor

 ji y   ),(),(),(   y x f   y x f   y x f    x   .

Outra notação para o gradiente é ),(grad   y x f   . Observe que ),(   y x f    é um vetor

no plano (não um vetor no espaço, pois não tem componente em  z )

Exemplo 2.3: Vamos encontrar o gradiente de 2ln),(   y x x y y x f       no ponto

)2,1( . Primeiro, vemos que 2),(   y x

 y y x f   x    e  xy x y x f   y   2ln),(   , e assim

 ji

 ji y

 xy x y x

 y

 y x f   y x f   y x f    x

2ln

),(),(),(

2  

  

 

 

e no ponto )2,1( , o gradiente é

  ji ji   462121ln21

2)2,1(   2

 

  

  f   .

Podemos observar que

 ji ji yu          sencos),(),(sen),(cos),(     y x f   y x f   y x f   y x f   f   D  x y x ,

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ou seja, a derivada direcional é o produto escalar do gradiente e o vetordirecional. Apresentamos isto na forma de um teorema

Teorema 2.2: Se  f   é uma função de  x  e  y  com primeiras derivadas parciais

contínuas, então a derivada direcional de  f   na direção do vetor unitário u  é

uu     ),(   y x f   f   D .

Exemplo 2.3: Vamos encontrar a derivada direcional de 2233),(   y x y x f       em

 

  

    0,4

3 na direção do ponto

 

  

    0,4

3 P   a )1,0(Q . Como as derivadas parciais

são contínuas, podemos aplicar o teorema 2.1. Um vetor na direção especificada

é  ji ji    

  

 

4

3)01(

4

30 PQ  e um vetor unitário nesta direção é

 jiu5

4

5

3

 PQ

 PQ.

Veja que

 ji ji y   y x y x f   y x f   y x f    x   46),(),(),(    

e o gradiente em

 

 

 

    0,

4

3 é

 ji   02

90,

4

3

 

  

  f   .

Assim, a derivada direcional em  

  

    0,4

3 é

10

27

5

4

5

30

2

90,

4

30,

4

3

 

  

 

 

  

 

 

  

 

 

  

    ji jiuu   f   f   D .

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Figura 2.5: Ilustração da derivada direcional do exemplo 2.3

2.2 Aplicações do gradiente

Já vimos que existem muitas (infinitas) derivadas direcionais no ponto ),(   y x  

sobre uma superfície. Em muitas aplicações, poderíamos querer conhecer em

que direção a função ),(   y x f     cresce mais rapidamente. Esta direção chama-se

direção da maior subida e está dada pelo gradiente, como se afirma no

teorema a seguir

Teorema 2.3: (Propriedades do gradiente)

Seja  f   com primeiras derivadas parciais contínuas no ponto ),(   y x .

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a. 

Se 0   ),(   y x f   , então   0,    y x f   Du  para qualquer u .

b.  A direção de máximo  incremento de  f    no ponto ),(   y x   está dado por

),(   y x f   , sendo que o valor máximo de  y x f   D   ,u  é ),(   y x f   .

c.  A direção de mínimo  incremento de  f    no ponto ),(   y x   está dado por

),(   y x f   , sendo que o valor mínimo de  y x f   D   ,u  é ),(   y x f   .

Para visualizar uma das propriedades do gradiente, imagine um esquiador

descendo uma montanha. Se ),(   y x f     denota a altitude do esquiador, então

),(   y x f     indica da direção que o esquiador deve tomar para esquiar na

trajetória de máxima descida. (Lembre que o gradiente indica a direção no plano

 xy ).

Exemplo 2.4: A temperatura em graus Celsius sobre a superfície de uma placa

de metal é 22420),(   y x y xT    , onde  x   e  y   são medidos em cm. Qual é a

direção desde )3,2(     que faz com que a temperatura aumente mais

rapidamente? E qual é a taxa de incremento? O gradiente é

 ji

 ji y

 y x

 y xT  y xT  y xT   x

28

),(),(),(

 

Segue que a direção de máximo incremento está dada por  ji   616)3,2(   T   e a

taxa de incremento é 09,1729236256)3,2(   T   graus Celsius por cm.

Vamos enunciar os resultados para funções de três variáveis:

Se ),,(   z  y x f    tem primeiras derivadas parciais contínuas, a derivada direcional

de   f   na direção do vetor unitário k  jiu   cba    está dada por

),,(),,(),,(),,(   z  y x f  c z  y x f  b z  y x f  a z  y x f   D  z  y x   u .

7/21/2019 Material Base - Parte 1

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Universidade Federal de Pelotas

Instituto de Física e Matemática

Curso de Licenciatura em Matemática a Distância

O gradiente de  f   está definido como

k  ji   ),,(),,(),,(),,(   z  y x f   z  y x f   z  y x f   z  y x f    z  y x    

As propriedades do gradiente são como segue:

a.  uu     ),,(),,(   z  y x f   z  y x f   D .

b.  Se 0   ),,(   z  y x f    então 0),,(    z  y x f   Du  para qualquer u .

c. 

A direção do máximo incremento de  f   está dado por ),,(   z  y x f   . O valor

máximo de ),,(   z  y x f   Du  é ),,(   z  y x f   .

d.  A direção do mínimo incremento de  f   está dado por ),,(   z  y x f   . O valor

mínimo de ),,(   z  y x f   Du  é ),,(   z  y x f   .

Exemplo 2.5: Vamos encontrar ),,(   z  y x f    para a função  z  y x z  y x f     4),,(  22  e

calcular a direção de máximo incremento de  f    no ponto )1,1,2(   . Facilmente,

vemos que k  jik  ji   422),,(),,(),,(),,(     y x z  y x f   z  y x f   z  y x f   z  y x f    z  y x . Assim,

a direção do máximo incremento em )1,1,2(    é k  ji   424)1,1,2(    f   .

REFERÊNCIAS:

ANTON, H. Cálculo Vol II. Editora Bookman, 2007.

LARSON, R. Cálculo, 10. edição, BrooksCole, 2013.

STEWART, J. Cálculo, 7. edição. BrooksCole, 2008.