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rafaelkraisch.com.br MATERIAL DE APOIO INTRODUÇÃO À HIPNOSE CLÁSSICA

MATERIAL DE APOIO · A Hipnose Clássica é uma arte fascinante. Envolve conhecer não apenas a técnica, mas a abordagem correta de preparar e orientar, seguramente, uma pessoa durante

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rafaelkraisch.com.brMATER

IAL DE

APOIO

I N T R O D U Ç Ã OÀ H I P N O S EC L Á S S I C A

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A T E N Ç Ã O !

HIPNOSE NÃO É TERAPIAMETÁFORA NÃO É TERAPIA

REGRESSÃO NÃO É TERAPIAPROTOCOLO NÃO É TERAPIA

PNL NÃO É TERAPIA

Neste manual você aprenderá o básico para conhecer a HIPNOSE, ape-nas. Para ser um terapeuta você precisa conhecer mais do que simples técnicas e compreender o funcionamento da mente humana.

E S T E M A N U A L N Ã O É S O B R E A P R E N D E R T E R A P I A

Se você quer ser um terapeuta, acesse este link.

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S U M Á R I O

1 - RAFAEL KRAISCH

2 - VÁ FUNDO!

3 - O QUE É HIPNOSE?

3.1 BREVE RESUMO HISTÓRICO

3.2 CLÁSSICA VS. MODERNA

3.2.1 Gênios não são copiáveis

3.2.2 A principal diferença

3.2.3 Existe uma técnica melhor?

3.3 MITOS SOBRE A HIPNOSE

3.3.1 Qualquer um pode ser hipnotizado?

3.3.2 Hipnose é um poder espiritual?

3.3.3 Eu vou ficar inconsciente ou dormir?

3.3.4 Quanto tempo dura a hipnose?

3.3.5 E se eu ficar preso ou hipnotizado para sempre?

3.3.6 Quais os riscos que envolvem a hipnose?

3.3.7 Eu vou contar todos os meus segredos?

3.3.8 Eu vou fazer algo que não queira?

3.3.9 Menores de idade podem ser hipnotizados?

3.3.10 E grávidas? Também podem?

3.3.11 É preciso ter concentração?

3.3.12 Podemos apagar lembranças com hipnose?

4 - AS ETAPAS DA HIPNOSE CLÁSSICA

4.1 PRE-TALK

4.1.1 Acredite ser “O” hipnotista

4.1.2 O fantasma do rapport

4.1.3 A abordagem certeira

4.1.4 O diálogo vencedor

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5 SEJA UM GRANDE HIPNOTISTA

5.1 CONCEITOS ADICIONAIS

5.1.1 Sim! Sim! Sim!

5.1.2 Não existe ops!

5.1.3 Respiração

5.1.4 Elogie com sinceridade

5.1.5 Ancore aprofundamentos

5.1.6 “Diga sim com a cabeça”

5.1.7 Looping hipnótico

5.1.8 Dissocie o corpo

5.1.9 Só você!

5.1.10 Tente para fracassar

5.1.11 Não fale no desconhecido

5.1.12 Imagine

5.1.13 Não pare de falar

5.1.14 Não seja um locutor

5.1.15 Toque com consentimento

5.1.16 Pratique e tudo virá!

5.2 O HIPNOTISTA ELEGANTE

5.2.1 Não chame o cachorro

5.2.2 Em hipnose ninguém fica surdo

5.2.3 Não cheire o pescoço

5.2.4 Não faça massagem

5.2.5 Ninguém fica estúpido em hipnose

6 GLOSSÁRIO

SOBRE O MÉTODO KRAISCH

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S U M Á R I O

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1 . R A FA E L K R A I S C H

Autor do best-seller Manual de Hipnose Clássica, Bacharel em Administração Pública, psicanalista e pós-graduado em Neurociência e também pós-graduado em Terapia Cognitivo Comportamental, Rafael Kraisch desenvolveu uma abordagem única de hipnoterapia, que tem revolucionado o atendimento de milhares de terapeutas dentro e fora do Brasil.

Em toda sua história, buscou uma solução efetiva e definitiva para os problemas da mente humana, sem

que as pessoas precisassem sofrer por anos em terapias sem fim ou gastando fortunas em medicações, como se fossem ratos de laboratório.

É pai de três lindas crianças e atualmente mora em Balneário Camboriú, Santa Catarina, onde atende diariamente em consultório e forma novos terapeutas em sua própria Sede.

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2 . VÁ F U N D O !

A Hipnose Clássica é uma arte fascinante. Envolve conhecer não apenas a técnica, mas a abordagem correta de preparar e orientar, seguramente, uma pessoa durante o processo.

Em seu livro Manual da Hipnose Clássica, que já é bestseller e referência nos principais cursos de hipnose, Programação Neurolinguística (PNL) e Hipnoterapia no Brasil, Rafael Kraisch apresenta uma visão disruptiva, profunda e extremamente eficaz para dominar estar arte maravilhosa.

O Material de Apoio que você tem em mãos e a aula gratuita a que você teve acesso são apenas pinceladas do vasto conteúdo disponível neste livro.

Para obter uma cópia física ou em formato Kindle, clique aqui para ser redirecionado para o site da Amazon.

Caso queira, será muito bem vindo ao Instituto Rafael Kraisch para receber um autógrafo.

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3 . O Q U E É H I P N O S E ?

3.1 BREVE RESUMO HISTÓRICO

A hipnose é fruto de uma longa e vasta evolução, o que significa que há uma grande gama de confusões e equívocos.

Na verdade, como a hipnose é um processo completamente intrínseco e subjetivo, uma definição é, por si mesma, igualmente subjetiva e dependerá muito do ponto de vista prático e vivencial do hipnotista.

Por exemplo, se você fizer uma simples pesquisa entre leigos e profissionais verá que há muitas interpretações e hipóteses sobre o assunto, sejam reais ou imaginárias.

Alguns chegarão a dizer que a hipnose é um tipo de controle mental, enquanto outros irão dizer que é algo relacionado a relógios balançando ou encantamentos especiais (!).

Crescemos ouvindo as coisas mais absurdas sobre a hipnose, como filmes, os antigos desenhos do Pica Pau, livros e até mesmo novelas brasileiras.

Figura 1 – Famosa cena onde o Pica Pau aprende a hipnose lendo o livro. Você poderá vê-lo no youtube procurando “Woody Woodpecker - Hypnotic Hick”

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A crença popular de que a hipnose é uma espécie de energia invisível controlada pelo hipnotista é tão intrínseca que muitas pessoas, ao ouvirem que trabalhamos com a hipnose, imediatamente desviam o olhar, como se fossemos ler sua mente ou descobrir seus segredos íntimos. No entanto, a hipnose faz parte da evolução da humanidade, e no passado era vista no curandeirismo dos xamãs, na medicina egípcia ou nos templos divinos da antiga Grécia.

Figura 2 - No Egito, havia os Templos do Sono.

Para os objetivos deste curso vamos observar as definições dos hipnotistas mais influentes dos últimos tempos: James Braid, Milton Erickson e Dave Elman.

O entendimento científico da hipnose se originou, definitivamente, através do trabalho pioneiro do médico James Braid (1795 – 1860), que, observando demonstrações públicas da aplicação do mesmerismo1, habilmente observou que os voluntários estavam, na

Figura 3 – James Braid (1795-1860)

Tais “curas” eram obtidas pela obtenção de estados de transe, onde mantras ou frases místicas eram entoadas atraindo a bênção de deuses ou energias espirituais.

1 O mesmerismo é um movimento desenvolvido por Franz Anton Mesmer (1734 – 1815) que acreditava que universo possuía um fluido magnético responsável por animar os corpos orgânicos e inorgânicos, e a interrupção desse fluxo magnético causava doenças.

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verdade, em apenas um estado mental alterado, e que aquilo não tinha nada a ver com o olhar magnético ou poderes invisíveis do mesmerista.

Para provar isso, Braid experimentou e descobriu que era possível hipnotizar qualquer pessoa através da fadiga muscular do olho, estudando, por anos, vários fenômenos obtidos naquele estado de transe.

Desejando remover a ideia de um poder mesmérico relacionado a este estado, Braid adotou o termo hypnos, o deus grego do sono, pois ele percebia a hipnose como um estado de sono, embora diferente do sono comum.

É claro que isto gerou muita confusão, de modo que ele tentou mudar o nome para monodeismo (foco sobre uma única ideia), mas isto foi em vão.

Sua visão sobre a hipnose era a de que o hipnotista direciona a percepção de realidade do sujeito sobre ideias específicas, mesmo que a pessoa não esteja consciente disso.

Um século depois, Milton Erickson (1901 – 1980) desenvolve uma visão completamente nova de trabalhar a hipnose, pois desde a época de Braid a hipnose era tipicamente autoritária.

Para Erickson, a mente inconsciente do indivíduo é sábia e não compete ao hipnotista saber o que deve ser feito. Assim, desenvolveu uma abordagem totalmente permissiva e indireta, tornando-se popular entre praticamente todas as escolas de hipnose.

Figura 4 – Milton Erickson (1901–1980)

Dentre as diversas definições sobre a hipnose, Erickson dizia que é “um estado de consciência especial caracterizado por uma receptividade a ideias”.

Note que ele também vê a hipnose como um estado alterado de consciência, e que quando obtido o hipnotista poderia apresentar ideias ou conceitos, pois ali

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a mente inconsciente poderia facilmente aceita-las.

No entanto, a citação mais conhecida e respeitada pela grande maioria dos hipnotistas veio de um contemporâneo de Erickson, Dave Elman (1900 – 1967).

Ao contrário de Erickson, Elman não era médico, mas um radialista famoso. Sua jornada começa quando perdeu seu pai aos 8 anos de idade quando seu pai utilizou a hipnose para aliviar as dores de um câncer (terminal).

Figura 5 – Dave Elman (1900-1967)

Após esta experiência, resolveu estudar a fundo a hipnose, sendo que aos 12 anos já utilizava seus colegas de escolas como cobaias.

Desenvolveu em profundidade inúmeras técnicas, e até os dias de hoje sua visão da hipnose é extremamente avançada.

Diferente de outros contemporâneos, Elman tinha uma visão absurdamente clara de como os problemas se formam na mente subconsciente e como eles podem ser resolvidos facilmente pela hipnose. Além disso, sua maior contribuição foi a criação e ensinamento de técnicas facilmente e logicamente compreensíveis, de fácil repetição.

Antes de 1960 Elman já dizia que “um médico não vai usar a hipnose se a indução demorar mais do que uma injeção”. Isto significa que as formas mais rápidas e poderosas de colocar alguém em hipnose profunda foram, principalmente, desenvolvidas por ele.

3.2 CLÁSSICA VS. MODERNA

Graças à recente explosão da hipnose no Brasil, é necessário elucidar algumas coisas antes de avançarmos em nosso conteúdo prático.

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Nosso curso segue essencialmente aquilo que é chamado de Hipnose Clássica (alguns também chamam de Tradicional ou Direta), e é fundamental que você entenda a razão deste nome e como ele será utilizado.

A ideia de uma hipnose “clássica” foi criada por alguns hipnotistas, estudantes de Milton Erickson, que, para serem mais aceitos como “prática terapêutica” (poderíamos chamar isso de golpe de publicidade), passaram a considerar que aquilo que existia antes de Erickson era “velho” ou ultrapassado e o que vinha agora era considerado “moderno” ou mais evoluído.

Com isto gerou-se uma diferença cultural, relacionando a hipnose clássica aos hipnotistas de palco, enquanto que a moderna (ou ericksoniana) seria genuinamente terapêutica.

Obviamente, isto é totalmente inadequado.

Isto porque as duas abordagens são profundamente terapêuticas, sendo que a clássica também se notabiliza em sua utilização de palco ou de entretenimento justamente pela sua característica principal, que é de ser mais “autoritária”, ou direta e rápida.

Por outro lado, a abordagem moderna ou ericksoniana é conhecida pela sua abordagem indireta, onde utiliza-se uma técnica chamada de “salpicamento”, de modo que não há uma ordem específica do hipnotista, deixando livre ao sujeito a escolha daquilo que melhor lhe satisfaça.

O mesmo acontece com as sugestões. No caso da clássica, as sugestões serão dadas de forma direta, enquanto que na ericksoniana isto poderá ser feito por meio de metáforas ou histórias, onde o sujeito poderá entender aquilo da sua própria maneira.

3.2.1 Gênios não são copiáveis

Por mais incrível que pareça, a tão aclamada Hipnose Ericksoniana, que alguns consideram ser a única forma terapêutica ou moderna de hipnose, não foi criada

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por Milton Erickson, mas pelos seus seguidores.

Erickson era um gênio, e foi capaz de entender a mente humana de uma maneira maravilhosa e intuitiva.

Agora, como copiar um gênio?

Erickson, no auge da sua carreira e prestígio, já era um homem de idade avançada, com limitações severas sobre sua saúde e com uma enorme fama e autoridade, além de ser médico psiquiatra.

Além disso, era extremamente inteligente e com uma grande facilidade em perceber rapidamente o que cada um precisava, e com o uso sábio das palavras era capaz de levar ao profundo estado de hipnose sem utilizar uma indução ou transe formal.

No fim da sua jornada, suas sessões mais pareciam conversas informais, e sem ao menos mencionar as palavras hipnose, transe ou durma, o cliente simplesmente fechava os olhos e tombava a cabeça em hipnose profunda.

Em algumas histórias (ou lendas) dizem que muitos clientes ficavam irritados após o tratamento porque a vida tinha melhorado “por acaso” e não por causa do Erickson, que “só ficava falando”.

3.2.2 A principal diferença

A principal maneira de diferenciar entre a abordagem clássica e a abordagem ericksoniana é em relação aos estilos de sugestões hipnóticas, isto é, aquelas sugestões que podem ser consideradas diretas ou indiretas.

Sugestões diretas são aquelas que consistem em comandos diretos, normalmente numa voz imperativa e simples (embora não seja a regra).

Por outro lado, as sugestões indiretas não são comandos em si, mas consistem em metáforas ou parábolas que contém “verdades” que podem levar o sujeito a

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identificar-se com alguma parte daquela história, e frequentemente são dadas de forma mais permissiva e maternal (ainda que não seja a regra).

Como você já deve ter adivinhado, a Hipnose Clássica é reconhecida por utilizar as sugestões diretas, enquanto que na Ericksoniana geralmente trabalha-se com sugestões indiretas e permissivas.

Observe o seguinte quadro para observar tais diferenças:

SUGESTÕES DIRETAS SUGESTÕES INDIRETAS

Feche seus olhos e relaxe profunda-mente enquanto ouve minha voz.

Você pode ficar cada mais seguro e re-laxado... e quanto mais você se entrega, mais pode ir fundo. Mas você não preci-sa ouvir. Simplesmente, deixe sua mente consciente vagar.

Inspire profundamente e solte rela-xando cada músculo do seu corpo. Quanto mais você relaxa o corpo, mais a mente fica tranquila e mais fundo você vai.

Um caminhante andando na floresta en-che os pulmões com ar. Notando que a natureza é serena e tranquila... e a cada respiração profunda, ele se sente me-lhor.

Imagine um livro em sua mão direita. Agora, permita-se sentir aquele peso se espalhando pelo braço.

Você pode notar algo interessante acon-tecendo em um dos seus braços. Talvez um deles pode se sentir mais leve, ou mais pesado. Eu mesmo não saberia dizer que sensação o seu inconsciente permite que você sinta mais facilmente.

Feche os olhos e sinta aquela emo-ção negativa que está dentro do seu coração há tantos anos. Permita que aquela dor venha em 3, 2, 1. Isso, sinta agora!

Talvez exista alguma coisa trancada em seu co-ração. Você sabe, quando uma coisa apodrece dentro de um pote, a tensão interna fica cada vez maior, exigindo que a tampa seja extraída, para que aquilo seja limpo. Mas, a sua mente sabe o que é melhor para você, e, ao seu tem-po, talvez não agora, aquela necessidade que lhe trouxe aqui faça você se lembrar de alguma coisa, ou simplesmente permite que você sinta algo dentro de você.

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3.2.3 Existe uma técnica melhor?

Agora que você já percebeu as principais diferenças entre as abordagens, provavelmente deve estar se perguntando se há uma abordagem melhor do que a outra.

Bem, vou ser sincero com você: eu sou 100% clássico!

Sou uma pessoa extremamente voltada para o prático, para aquilo que é eficaz.

Quando meus clientes me procuram para um trabalho de hipnoterapia, normalmente o fazem após terem sofrido por anos, e estão cansados de chorar e gastar dinheiro com medicamentos e terapias não funcionais.

Nos casos onde aplico a hipnose na rua ou como apresentação, as pessoas querem ver o poder da hipnose acontecendo ali, imediatamente, e não querem esperar trinta minutos para ver alguém fechando os olhos.

Isto não é colocar um método contra o outro, pois ambos têm seus pontos positivos.

Agora, enquanto existirem hipnotistas que pensam que uma indução rápida é “agressiva” ou “contra a vontade do cliente” ou que é apenas para shows de palco, continuará existindo uma necessidade de esclarecimento.

Quero que você entenda um paradoxo: nem mesmo Milton Erickson era o que hoje é chamado de “hipnotista ericksoniano”. Ele era um hipnotista clássico, mas teve que adaptar a hipnose ao seu próprio ritmo e passos pessoais.

Erickson tinha um vasto conhecimento da mente humana, além de ser médico e ter uma grande reputação como hipnotista.

Ou seja, quando as pessoas chegavam para tratar algo pela terapia de Erickson, era normal que o transe acontecesse de forma espontânea, sem praticamente nenhuma interferência dele.

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O que aconteceu após sua morte é que as pessoas tentaram copiar este talento natural dele, gerando técnicas totalmente superficiais que, em muitos casos, não têm nada a ver com seu trabalho original.

3.3 MITOS SOBRE A HIPNOSE

A hipnose faz parte do imaginário moderno.

Muitos consideram a hipnose um truque de ilusionismo ou charlatanismo criado pela televisão para gerar audiência.

Outros acham que a hipnose é algo relacionado a crenças religiosas, o que pode ser visto como algo para uma pessoa de “mente fraca” ou como algo que deve ser proibido, pois é contra as crenças religiosas.

Como bom hipnotista você deverá ser capaz de responder e explicar rapidamente tais dúvidas e retirar os medos gerados.

3.3.1 Qualquer um pode ser hipnotizado?

Sim, se a pessoa tem um cérebro saudável e quer, ela pode ser hipnotizada.

Há, basicamente duas formas de uma pessoa “não” entrar em hipnose, pelo menos de imediato.

A primeira, é se ela tem alguma dificuldade ou deficiência cognitiva que a impede de entender ou seguir comandos simples, como é o caso de pessoas idosas, ou com baixa instrução ou com alguma síndrome específica. Porém, é importante lembrar que isto não significa que a pessoa não seja hipnotizável. Ela precisará de outros caminhos, diferentes dos usualmente trilhados, o que exigirá mais do hipnotista.

Uma segunda maneira de alguém não entrar em hipnose é quando ela quer manter o controle, seja porque tem medo, não quer entrar em hipnose, não confia em si mesmo ou no hipnotista. Mas, novamente, isto é momentâneo, pois com um bom esclarecimento e empatia esse quadro muda.

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3.3.2 Hipnose é um poder espiritual?

Não. A hipnose é apenas a característica que nosso cérebro tem de lembrar coisas já experimentadas e sentir ou acreditar nas percepções que vêm disso.

Além disso, todo o processo da hipnose é criado e sentido dentro do seu próprio cérebro, independente da sua crença, inteligência ou qualquer outro atributo pessoal.

3.3.3 Eu vou ficar inconsciente ou dormir?

Nunca!

Não há mudança real ou receptividade às sugestões se a pessoa dormir.

Para uma seguir com a hipnose ela precisa estar desperta e consciente.

3.3.4 Quanto tempo dura a hipnose?

Bem, o estado de relaxamento e abertura à sugestão pode demorar desde alguns segundos até várias horas, dependendo da pessoa e do contexto.

Sugestões diretas dadas em hipnose podem durar até que uma sugestão contrária, mais forte, entre em cena.

3.3.5 E se eu ficar preso ou hipnotizado para sempre?

Você não tem como ficar preso em hipnose ou hipnotizado para sempre, porque desde o primeiro momento você está totalmente consciente e no controle.

Se, em qualquer momento, você decidir voltar porque não quer mais ou não se sente seguro, a hipnose é cessada automaticamente, mesmo que o hipnotista não fale nada.

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3.3.6 Quais os riscos que envolvem a hipnose?

Como todas as profissões ou práticas, o único risco da hipnose é se ela for feita por pessoas de má fé, mas isso ainda é limitado, já que a pessoa está no controle de tudo, o tempo todo.

Talvez, o maior problema da hipnose é quando ela é feita sem o consentimento da pessoa, isto é, como forma de manipulação mental (porém, ainda assim, houve umconsentimento da pessoa em permitir que aquilo continuasse).

3.3.7 Eu vou contar todos os meus segredos?

Somente aqueles que você sente que precisam ser contados como, por exemplo, na sessão de hipnoterapia.

Fora isso, a sua mente estará no controle o tempo todo e não fará nada diferente daquilo que você faria fora da hipnose.

3.3.8 Eu vou fazer algo que não queira?

Não, já que o hipnotista não tem controle sobre você, e você só faz aquilo que sabe que é possível ou desejável.

3.3.9 Menores de idade podem ser hipnotizados?

Se elas têm receptividade, é claro que sim.

3.3.10 E grávidas? Também podem?

Como a gravidez não é nenhuma doença, a hipnose vai acontecer normalmente.

No entanto, como hipnotista competente e profissional, se uma grávida aparecer para uma hipnose de palco ou de rua, o bom senso é pedir que ela não o faça, para evitar quaisquer incômodos com escorregões, ab-reações, etc.

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3.3.11 É preciso ter concentração?

Primeiro é importante entender que a mente humana não foi criada para ter uma “concentração”, isto é, ter um pensamento único.

O que acontece é que você pode se focar mais em um único pensamento em detrimento de outros, mas a sua mente nunca vai parar de processar inúmeras informações, já que isto é aspecto da sobrevivência humana desenvolvida por milhares de anos.

No caso, a pessoa precisa ter uma concentração mínima para prestar atenção ao que o hipnotista está falando, pois de outra forma a comunicação será quebrada e, consecutivamente, a hipnose também.

Aliás, você poderá ser hipnotizado em qualquer ambiente, mesmo que seja na rua, em pé ou em locais movimentados.

3.3.12 Podemos apagar lembranças com hipnose?

Isto não é possível, porque o cérebro nunca esquece uma informação.

Ele pode misturar ou até mesmo preencher lacunas, mas esquecer, só se for retirando partes do cérebro (e, por incrível que pareça, em alguns casos mesmo isso não interfere no processo de memória).

Aliás, mesmo que fosse possível retirar uma memória negativa, isto não seria feito, já que ela pode servir como um crescimento individual, e, portanto, poderia apenas ser ressignificado.

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4 - A S E TA PA S DA H I PN O S E C L Á S S I CA

O maior erro das pessoas que começam a praticar hipnose (principalmente as que “aprenderam” no YouTube) é considerar que a hipnose é apenas dar um “durma! ”.

No entanto, poucos ainda entenderam que a hipnose começa muito antes da indução e tem muito mais a ver com o contexto do que com níveis ou técnicas avançadas.

Já vi, por exemplo, pessoas que investiram em dezenas de cursos atrás da “indução mais poderosa” ou da técnica perfeita para pessoas resistentes, mas, no final, ainda assim não conseguiam hipnotizar alguém em profundidade.

No entanto, o “segredo” de uma boa hipnose não depende da indução, do número de certificados ou até mesmo da reputação do hipnotista, mas de uma receita de bolo testada e comprovada em milhares de casos, por milhares de hipnotistas de renome por todo o mundo.

Gostaria de compartilhar com você uma destas receitas, que atualmente tenho utilizado e percebido enormes resultados.

Obviamente, dependendo da sua experiência ou objetivo será necessário adaptar esta receita, como por exemplo, em eventos de palco, em apresentações públicas onde não há um palco, com crianças, com pessoas que já conhecem a hipnose, etc.

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1PRE-TALK

• Explicar e tirar dúvidas.

• “Você quer experimentar a hipnose agora?”

2CONVINCER

• Ensinar a entrar em hipnose

• “Você quer ir mais fundo agora?”

3INDUÇÃO (LENTA,

RÁPIDA OU CHOQUE)• Induzir ao sonambulismo

• "Relaxe profundamente"

6EMERSÃO

• Volta ao estado de vigília

• "Abrindo os olhos"

5SUGESTÕES

• Estabelecendo pensamentoou sentiment seletivo nosubconsciente

4APROFUNDAMENTO

• Estabilizar o sonambulismo

• "Relaxe mais e mais"

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4.1 PRE-TALK

O pre-talk ou conversa inicial é, decididamente, a parte mais negligenciada pelos hipnotistas.

E isto pode ser em função de despreparo, insegurança ou, até mesmo, excesso de confiança em si mesmo.

Eles esquecem que embora hipnotizar seja fácil, um sujeito em hipnose se não tiver os esclarecimentos corretos, achará que está “consciente demais” ou não sentirá nada de especial e bloqueará definitivamente o processo.

Porém o pre-talk vai mais do que simplesmente explicar ou conversar sobre a hipnose, mas, principalmente, como se colocar à frente do processo.

4.1.1 Acredite ser “O” hipnotista

Se você quer ser um grande hipnotista, você não precisa necessariamente ter milhares de horas de atendimento ou apresentações em palcos famosos.

O passo inicial é acreditar em si mesmo e ser um bom “artista”.

Você deve mostrar confiança em si mesmo e no processo, e que você é um hipnotista competente. No começo isso pode parecer fingimento, mas conforme você cresce em experiência isso ficará cada vez mais aparente e ficará natural.

Olhe para o sujeito como alguém que realmente será hipnotizado, não como alguém que talvez seja “refratário”. Acredite neles e lhes dê espaço e tempo para absorver a experiência.

Pense em si mesmo de uma maneira um “pouco mais ampla”. Acredite na sua capacidade e assegure-se que você realmente confia em si mesmo.

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4.1.2 O fantasma do rapport

Muita gente adora utilizar esta palavra.

Para muitos hipnotistas o “segredo” é o rapport. Tudo é rapport!

Bem, rapport é um conceito técnico relacionado à ligação e empatia gerada entre duas pessoas. Seria, uma “técnica” que faria o outro a se conectar melhor com você.

Há inúmeros livros e técnicas que tratam do assunto, mas, quero lhe dizer que 99% do que é ensinado pode simplesmente ser descartado.

Você não precisa de uma técnica de espelhamento, um eyebrow flash, ou coisa do gênero para se conectar ao outro.

E o segredo é voltar às origens, à época de nossos pais ou avós: trate a pessoa com educação e gentileza.

Queira, realmente, ouvir e participar de um momento com aquela pessoa. Trate-a como se ela realmente fosse uma amiga querida, um velho amigo de infância, e naturalmente, a conexão estará estabelecida, de forma rápida, suave, direta e, muitas vezes, permanentemente.

4.1.3 A abordagem certeira

Fale de forma clara, direta, olhando nos olhos.

Tenha uma expressão facial e corporal congruente com a de alguém que quer ajudar e compartilhar de um momento fabuloso, ao invés de alguém que quer lutar e dominar uma partida.

Acima de tudo, seja bem-humorado (mas sem ser um piadista).

Sempre que vou fazer a hipnose com alguém, seja no consultório ou na rua, utilizo

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duas das mais poderosas armas de persuasão que existem: a gentileza e o nome da pessoa.

Seria mais ou menos a seguinte conversa:

“Olá, meu nome é Rafael e sou hipnotista. Qual o seu nome?” (a pessoa diz que é Maria);

- “Oi Maria, você já conhece a hipnose? Gostaria de ter uma experiência muito interessante e incrível?”

Sim, é simples assim!

Se a pessoa perceber que você é um bom sujeito e que suas intenções são boas, ela lhe dará toda a atenção e você estará pronto para o próximo passo.

4.1.4 O diálogo vencedor

Remover medos e mitos;

Explicar como é a hipnose;

Aumentar a expectativa;

Explicar quem manda no processo.

1

2

3

4

Seguindo a ideia da gentileza e receptividade, mostre ao participante ou sujeito que a hipnose é simples, clara e segura.

Não há necessidade de ter um pre-talk longo, mas, o suficiente para que uma pessoa entenda o processo, o que normalmente poderá ser feito entre três minutos ou uma hora (!).

Este é o pre-talk propriamente dito, onde o hipnotista terá, basicamente, os seguintes objetivos:

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Como o objetivo deste curso não é a hipnose de terapia, onde é necessário um pretalk diferente (por focar em emoções e causas), vou explicar como o pre-talk poderá ser feito de forma segura e eficaz em demonstrações ou apresentações.

SUGESTÕES DIRETAS

“Olá, meu nome é Rafael e sou hipnotista. Qual o seu nome?”

“Oi Maria, você já conhece a hipnose? Gostaria de ter uma experiência muito interessante e incrível?”

Apresentação

Explicando o que éa Hipnose, atravésdos Quatro Pilares.

“Maria, hipnose é uma característica muito interes-sante do nosso cérebro, é aquilo que nos faz lem-brar de um gosto de uma comida específica ou de um cheiro de um perfume gostoso.

Todas as pessoas são capazes de entrar em hipno-se, pois é algo característico do cérebro humano, desde que queiram e se sintam confortáveis para isso.

Além disso, na verdade, todo o processo é feito por você, isto é, é uma auto- hipnose, porque não sou eu quem faz o processo, através de uma energia es-pecial ou controle mental.

Você nunca perde o controle, já que o processo é to-talmente consciente. Você permanecerá acordada e se lembrará, normalmente, de tudo o que falarmos ou fizermos em hipnose.

Na verdade, a hipnose é tão natural que muitas pessoas nem sequer percebem que estão hipnoti-zadas, e por isso eu lheajudarei a perceber como ela acontece e como é divertido experimentar isso.

E para terminar, como você está totalmente lúcida e consciente, eu não poderei lhe forçar a fazer coi-sas desagradáveis ou que você não aprove, porque tudo dependerá da sua escolha em seguir as mi-nhas instruções.”

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SUGESTÕES DIRETAS“Você ainda tem alguma dúvida ou gostaria de per-guntar algo?”

Tirar outros medose dúvidas

Expectativa,contrato eautoridade

“Agora você terá uma oportunidade de perceber como sua mente é maravilhosa. Se você seguir as minhas instruções, a hipnose acontecerá facilmen-te. Lembre-se que toda hipnose é uma autohipnose. Você vai seguir as minhas instruções? Está pronta?"

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5 - S E JA U M G R A N D E H I PN OT I STA

“Primeiro e mais importante: faça seu dever de casa... Não espere ter resultados perfeitos desde o início. Se você obtiver excelentes resultados nas primeiras tentativas, você tenderá a falhar mais tarde. O melhor aluno combina sucessos e fracassos durante o aprendizado. Mas, seguindo as instruções, você se tornará adepto em pouco tempo. No entanto, se você não conseguir atingir o estado de hipnose nas primeiras tentativas, provavelmente isso se deverá à falta de confiança. Tente de novo. Ao longo do curso você aprenderá novos métodos. Experimente todos os métodos que forem ensinados. Não crie o mau hábito de usar apenas um – existem vários outros. Enquanto avança, escolha os métodos que te agradam mais, e àqueles que atinjam o estado mais rápida e profundamente. ”

Dave Elman, Hypnotherapy, p. 14

Outro ponto importante: Elman sempre orientou seus alunos a estudarem com outros instrutores, assim como ele. “Eu não sei tudo, e outro instrutor pode te acrescentar algum outro conhecimento”. (Uma Visita às Salas de Aula de Dave Elman sobre Hipnose Médica – Lição 10”).

Portanto, continue praticando, lendo e compartilhando.

Trate a hipnose como uma “ciência”, isto é, não tenha medo de errar, discutir e compartilhar novos achados.

Evite ser como aqueles que acham que descobriram a verdade máxima e, portanto, morrem congelados no tempo.

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I. Leitura sugerida:

a. Hypnotherapy de Dave Elman

b. Blueprint of the Dave Elman Induction de H Larry Elman

c. The Art of Hypnotherapy de Roy Hunter

d. Hypnotize Yourself Out of Pain Now, de Bruce N. Eimer, Ph.D., ABPB

e. The Art of Hypnotic Regression Therapy: A Clinical Guide C. Roy Hunter e Bruce N. Eimer

5.1 CONCEITOS ADICIONAIS

Neste curso você aprendeu várias rotinas extremamente detalhadas.

No entanto, o segredo de uma boa hipnose reside na capacidade de você mostrar que domina estas técnicas, de modo natural e tranquilo.

A seguir apresento alguns conceitos essenciais que podem ser introduzidos a qualquer momento da sua prática como hipnotista.

Pense em si mesmo de uma maneira um “pouco mais ampla”. Acredite na sua capacidade e assegure-se que você realmente confia em si mesmo.

5.1.1 Sim! Sim! Sim!

Lembre-se que quanto mais aberto e receptivo o sujeito, maiores as chances de você realizar uma grande sessão de hipnose.

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E é por isso que você verá hipnotistas experientes pedindo para que os voluntários

façam coisas aparentemente simples, tais como ficar em pé, juntá-los e olharem fixamente para um ponto.

O segredo não está nos itens acima, mas no yes set ou “série de sim”, onde você faz perguntas ou pedidos simples e óbvios onde normalmente a resposta será um “sim”.

O seu uso é simples e a razão ainda mais: quando você consegue fazer uma pessoa aceitar três vezes um comando, a chance de ela aceitar a quarta é muito maior.

5.1.2 Não existe ops!

Tudo que um sujeito fizer deverá se aproveitado e utilizado a favor da hipnose.

Por exemplo, se o sujeito apresentar ou fizer algo que aparentemente você não pediu, diga: “sim, isso mesmo. Continue desse jeito...”

Não demonstre que houve uma falha. Na verdade, eu gosto de dizer que não há falhas em hipnose, apenas feedback.

Se a pessoa coçou o nariz em hipnose, aproveite para usar isso dizendo: “sim, e você pode sentir que está no comando da situação e pode ir ainda mais fundo...”.

Se ela se mexeu para ajeitar o pescoço, diga: “ótimo, como é você que está no controle de tudo, agora que está mais confortável vá ainda mais fundo”.

Se ela se mexeu para ajeitar o pescoço, diga: “ótimo, como é você que está no controle de tudo, agora que está mais confortável vá ainda mais fundo”.

5.1.3 Respiração

A diferença entre um hipnotista iniciante e um experiente é que este último utiliza menos força ou energia para hipnotizar.

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Uma das razões para isso é a seguinte: você pode utilizar a respiração para fortalecer a ideia de um estado de relaxamento ainda mais interessante.

Idealmente, quando a pessoa está no final da inalação ou da exalação, os comandos de uma hipnose instantânea ficam ainda mais eficientes.

E, após a hipnose estar estabelecida, comandos dados na exalação permitem um relaxamento ainda mais poderoso.

5.1.4 Elogie com sinceridade

Como já foi dito, o sujeito precisa aprender a entrar em transe para que haja um excelente resultado na hipnose.

Mas ele está tão aflito de não conseguir ou estar executando os comandos, que começa a “boicotar” o processo.

Como resolver isso? E como fazer, se a pessoa está em hipnose e em silêncio?

Bem, aproveite cada deixa para dizer um bom “isso, você está indo muito bem. Continue relaxando assim.”

Por exemplo, você viu que a respiração acalmou e a cabeça tombou. Diga: “ótimo, agora você está indo cada vez mais fundo. Parabéns”.

5.1.5 Ancore aprofundamentos

Âncoras são ferramentas muito úteis e que podem ser colocadas através do toque, som de voz, estalar de dedos, sons ambientes, etc.

Sempre que a pessoa estiver em hipnose, tudo que você fizer ou pedir para notar poderá ser usado como uma âncora que facilitará ainda mais o aprofundamento, como “todos os sons que você ouvir aprofundarão o seu relaxamento”.

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Ou, “toda vez que tocar seu ombro direito, você perceberá a cabeça ainda mais relaxada e vai mais fundo”.

5.1.6 “Diga sim com a cabeça”

Outra maneira interessante de gerar conformidade no sujeito hipnotizado é pedir que ele assinta com a cabeça para responder questões simples, como “balance a cabeça para eu saber que você lembrou de um momento feliz”.

Ou, “balance a cabeça para eu saber. Os números já sumiram? ”

Lembre-se: a cada comando que o sujeito obedece, maior será sua suscetibilidade.

5.1.7 Looping hipnótico

Utilize cada efeito hipnótico para reforçar o que está acontecendo, como “isso, quanto mais aquele braço fica rígido, mais fundo você vai em hipnose, e quanto mais fundo você vai, mais aquele braço fica rígido”.

Uma maneira muito boa para ajudar a aprofundar, assim que uma indução de choque é feita, é utilizar a seguintes palavras: “quanto mais fundo você vai, mais você relaxa. Quanto mais você relaxa, mais fundo você vai”.

5.1.8 Dissocie o corpo

Esta é uma técnica muito simples, onde uma aparente dissociação existe, permitindo que a pessoa “perca” o controle sobre uma determinada região.

Por exemplo, você pode dizer “aquelas mãos ficam mais leves”, ou “aqueles dedos ficam mais colados”.

A não ser que seja necessário, evite dizer “seu” ou “sua”.

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5.1.9 Só você!

Perceba que mesmo para uma plateia com muitas pessoas, eu nunca uso palavras no plural.

O motivo é que quero que cada um sinta como se eu estivesse falando com ele.

5.1.10 Tente para fracassar

A chave de uma boa hipnose, principalmente nos convincer é o “quanto mais você tenta, mais difícil é”.

O motivo é que o verbo “tentar” não significa conseguir, pois já transmite a ideia de uma falha é possível.

Então, explore este ponto fraco e faça a pessoa achar que é ela que está tomando a decisão.

5.1.11 Não fale no desconhecido

Lembre que a hipnose é a característica do cérebro de revisitar informações passadas.

Então, durante uma hipnose, principalmente nos convincers, dê exemplos de coisas que são realmente parte do cotidiano da pessoa.

Por exemplo, nem todas as pessoas de hoje em dia já seguraram um tijolo.

Portanto, se você quiser que elas sintam peso, dê um exemplo mais prático como um livro, um balde cheio, um cachorrinho, etc.

5.1.12 Imagine

É importante esclarecer que utilizo o verbo “imaginar”, durante a hipnose.

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Isto porque imaginar é diferente de “visualizar”, pois a primeira é sinônimo de “fazer de conta”, brincar, enquanto que a segunda tem relação com a capacidade de “ver” uma imagem clara.

Muitas pessoas têm esse medo, pois não conseguem “ver” uma escada para descer, mas, cada um terá uma capacidade ou facilidade diferente. Quando utilizamos o “imagine”, permitimos que o cérebro faça aquilo que lhe seja mais natural e fácil.

5.1.13 Não pare de falar

Durante a hipnose a pessoa, na grande maioria das vezes, está de olhos fechados.

Portanto, ele deve se guiar pelo o que você está dizendo.

Portanto, sempre procure manter um diálogo, ou, um monólogo.

Se você for ficar em silêncio, avise a pessoa antes, pois de outra forma ela ficará preocupada que algo aconteceu e o processo pode ser quebrado.

5.1.14 Não seja um locutor

É muito comum ver hipnotistas querendo “modular” a voz, como se a hipnose dependesse disso.

Procure falar com a pessoa normalmente, como se fosse uma conversa entre dois amigos na hora do almoço.

5.1.15 Toque com consentimento

Não há necessidade de ter medo de tocar a pessoa durante a hipnose.

É claro, muitas vezes as pessoas relacionam o toque a um ato muito íntimo, e não gostam de simplesmente serem tocadas, principalmente se for diretamente na pelo.

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Mas, isso é facilmente contornável, perguntando, antes da hipnose, se está tudo bem tocar na pessoa.

5.1.16 Pratique e tudo virá!

Não deixe para praticar apenas quando você estiver “pronto”, pois de outra forma, isso nunca acontecerá.

Ensaie várias vezes, reveja as rotinas e treine na frente do espelho.

O ideal é começar a praticar com colegas que também são hipnotistas ou com amigos que realmente lhe respeitarão.

5.2 O HIPNOTISTA ELEGANTE

5.2.1 Não chame o cachorro

Tenho visto muitos hipnotistas que ficam estalando os dedos durante uma hipnose, e brinco que parece que estão chamando um cachorro. Evite fazer isso.

Trabalhe a economia de energia!

Estalar os dedos deve fazer parte de uma estratégia, isto é, deve ter um significado específico, e você deve ensinar ao subconsciente isso, seja de forma implícita ou explícita.

Por exemplo, sem você avisar, relacione o verbo “relaxar” com o estalar de dedos, e, após algumas repetições, mesmo que você não esteja mais falando diretamente, o mero estalar de dedos gera o relaxamento.

Ou uma maneira mais comum de fazer isso é, dizer de forma clara: “toda as vezes que eu estalo os dedos você fecha os olhos e aprofunda ainda mais”.

Com isso, sua apresentação ou rotina fica mais limpa, profissional e elegante.

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5.2.2 Em hipnose ninguém fica surdo

O famoso “durma!” é, assim como o estalar de dedos, um artifício utilizado para gerar foco ou quebrar o padrão de pensamento.

Quando o hipnotista dá o comando acima, este deve ser explosivo, direto e firme, mas não é necessário gritar de maneira que a pessoa se assuste ou fique tonta. Falar de forma rápida e imperativa não é a mesma coisa que gritar.

5.2.3 Não cheire o pescoço

Quando hipnotizar uma pessoa, fale em um tom de voz normal. Não é necessário falar baixinho a tal ponto de ter que quase encostar a boca na orelha da pessoa para ela ouvir. Além de visualmente parecer estranho, a pessoa hipnotizada pode simplesmente emergia porque pode perceber isso como um assédio.

5.2.4 Não faça massagem

Quando hipnotizar uma pessoa, principalmente quando ela estiver em pé, evite ficar segurando-a com suas mãos. Certifique-se que todas as instruções de segurança foram cumpridas, arrume a postura da pessoa e diga a ela com firmeza: “em instantes, vou soltar você e como você é forte, permanecerá firme, equilibrado e totalmente seguro.”

Uma vez que isso foi feito, solte a pessoa. Não há necessidade de ficar com a mão sobre ela o tempo todo e, principalmente, ficar apertando seus ombros, pescoço ou fazendo carinho nas costas.

5.2.5 Ninguém fica estúpido em hipnose

Embora o subconsciente seja uma mente “infantil” e emocional, não é necessário tratar a pessoa hipnotizada como se ela fosse estúpida, incapaz de entender sua voz ou como se fosse uma criancinha. Fale normalmente, como se estivesse batendo um papo com seu melhor amigo. Tampouco é necessário fazer aquela velha modulagem de voz.

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6 - G LO S S Á R I O

Ab-reação: forte descarga emocional que pode ocorrer de forma espontânea ou direcionada durante o processo de hipnose.

Alucinação hipnótica: experiência sensorial criada sem ligação externa real.

Analgesia: perda ou diminuição da dor.

Anestesia: perda ou diminuição de tato, pressão e sensibilidade.

Aprofundamento: maior receptividade às sugestões do hipnotista.

Auto-hipnose: toda hipnose é auto-hipnose, porém a expressão é utilizada quando não há uma segunda pessoa guiando o processo.

Catalepsia: estado de rigidez ou relaxamento muscular e diminuição da sensibilidade à dor. Falta de resposta física, perda de controle muscular e retardamento severo das funções corporais, como a respiração.

Catatonia: estado de apatia geral ou letargia, embora a pessoa esteja totalmente consciente. A pessoa não é afetada pelo ambiente externo. Há perda da função motora e o exagero da “flexibilidade cerosa”, onde o corpo permanece fixo numa posição depois que alguém o posicionou dessa forma.

Compounding: composição. Na hipnose é o reforço de ideias iguais ou semelhantes entre si.

Contrato hipnótico: acordo verbal entre o hipnotista e a pessoa a ser hipnotizada

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Convincers: técnicas utilizadas para mostrar a atitude mental correta ao sujeito. Após o estabelecimento do estado hipnótico, são os momentos que mostram à pessoa que ela já está em hipnose, reforçando e aprofundando o estado. Erroneamente são confundidos com pseudo-hipnose.

Emergir: sair do estado hipnótico.

Esdaile (estado): vulgarmente chamado de “coma hipnótico”, é um estado “mais abaixo” do sonambulismo, caracterizado principalmente pela catatonia e anestesia espontânea (sem sugestão).

Fracionamento: emergir e induzir novamente.

Hipnólogo: ou hipnotista, aquele que estuda e pratica a hipnose, seja de forma amadora ou profissional. Embora a etimologia apresente um emprego diferente de palavras, o significado é o mesmo.

Indução: técnica que facilita o acesso ao estado hipnótico.

Loop hipnótico: convencimento e reforço de estados hipnóticos.

Mente: capacidade subjetiva do ser humano.

Movimentos ideomotores: movimentos corporais involuntários gerados por emoções ou pensamentos;

Nível cognitivo: capacidade intelectual.

Permanose: período de até 90 segundos após a emersão onde a pessoa ainda continua altamente suscetível.

Pre-talk: preparação para a hipnose.

Pseudo-hipnose: truques utilizados que servem para convencer o sujeito de que algo é hipnose, embora ocorra apenas por questões fisiológicas.

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Quebra de padrão: quebra de um fluxo de pensamentos ou ações.

Regressão de idade: recordação vívida de um momento anterior ao atual.

Reindução: induzir novamente.

Relaxamento progressivo: indução lenta através do relaxamento gradual de partes do corpo.

Ressignificar: alterar a percepção de algo ou evento.

Rotina: sequência de sugestões dada durante o estado de hipnose.

Sugestão: instruções dadas pelo hipnotista para que algo aconteça durante ou após a hipnose.

Sujeito: qualquer um em estado de hipnose.

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CO N H E ÇA O M É TO D O K R A I S C H

O Método Kraisch é uma abordagem de terapia baseada nas Neurociências que utiliza a hipnose como ferramenta de trabalho.

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