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MATERIAL DE APOIO AULA 06: Aplicações quentes e frias, cateterismo vesical, lavagem intestinal(enteróclise), clister ou enema e lavagem gástrica.

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MATERIAL DE APOIO AULA 06: Aplicações quentes e frias, cateterismo vesical,

lavagem intestinal(enteróclise), clister ou enema e

lavagem gástrica.

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AULA 06 Aplicações quentes e frias, cateterismo vesical,

lavagem intestinal(enteróclise), clister ou enema e lavagem gástrica.

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Aplicações quentes e frias, cateterismo vesical, lavagem intestinal(enteróclise), clister ou enema e lavagem gástrica. Aplicações quentes e frias: A aplicação térmica externa, de calor ou frio, é um dos tratamentos mais antigos. É eficaz e proporciona efeito imediato. O calor atua relaxando os músculos e facilitando a circulação através da vasodilatação, acalmando assim a dor, e diminuindo um pouco, e impedindo o edema local. O frio age pela contração dos vasos sanguíneos, a dor local e impede a formação de hematomas e abscessos. Em certos tipos de ferimentos abertos controla a hemorragia. Aplicações quentes Têm como indicação proporcionar conforto e bem estar, aliviando a dor e inflamação, acelerar o processo de supuração de uma área, estimular a circulação, promover aquecimento, produzir relaxamento da tensão muscular. O calor é aplicação através de: bolsas de água quente, compressas quentes. Material Bolsa de borracha, forro para cobrir a bolsa, de preferência flanela, água quente. Procedimentos 1. Certificar-se do local que deverá receber a aplicação; 2. Orientar o paciente sobre o procedimento; 3. Reunir o material; 4. Testar as condições da bolsa, para não ocorrer vazamento; 5. Colocar a água quente na bolsa, retirar todo o ar do interior da mesma e fechá-la;

6. Virar a bolsa com o gargalho para baixo, observar se está bem fechada e enxugá-la; 7. Cobrir a bolsa com o forro e observar se a temperatura através do pano está adequada; 8. Aplicar no local indicado e deixar no local no mínimo 20 minutos e no máximo 40 minutos; 9. Avaliar as condições da pele no local, 2 ou 3 minutos após a aplicação da bolsa, para certificar-se de que essa temperatura não vai causar queimaduras no paciente; 10. Terminada a aplicação, retirar a bolsa e manter a região agasalhada para evitar corrente de ar; 11. Deixar o paciente em ordem e confortável; 12. Esvaziar a bolsa e pendurá-la com o gargalho para baixo até secar; 13. Anotar o procedimento e o efeito no relatório. Aplicações frias Têm como indicação acalmar a dor, diminuir a congestão local, abaixar a febre, controlar hemorragia e diminuir processos inflamatórios. A aplicação fria é realizada através de bolsa de gelo e de compressas geladas. Material Bolsa de borracha, tecido para cobrir a bolsa e gelo picado. Técnica para aplicação de bolsa de gelo: 1. Seguir os mesmos cuidados descritos na aplicação de bolsa quente; 2. Colocar as pedras de gelo na bolsa, enchendo até a metade; 3. Fechar a bolsa, testar se não há vazamento e enxugá-la; 4. Envolver a bolsa com a coberta (toalha, flanela); 5. Aplicar no local e deixar o tempo que for indicado, conforme prescrição médica; 6. Trocar o gelo sempre que necessário, se o tempo da aplicação for prolongado; 7. Retirar a bolsa ao termino da aplicação,

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lavagem intestinal(enteróclise), clister ou enema e lavagem gástrica.

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verificar o local observando o resultado; 8. Deixar o paciente confortável e em ordem; 9. Anotar o procedimento e o resultado no relatório de enfermagem. Cuidados importantes • Observar constantemente a área de aplicação. Qualquer alteração da pele e queixas do paciente, suspender o procedimento e comunicar o médico; • Em pacientes idosos, inconscientes, desnutridos e crianças deve-se ter cautela quanto ao limite da temperatura, devido à maior sensibilidade da pele; • Nunca colocar bolsa com água quente debaixo do paciente, para evitar compressão excessiva da mesma, pois resulta em vazamento e queimaduras ao paciente; • Não fazer aplicação de bolsa de gelo além de 30 minutos, devido ao risco de causar necrose.

Cateterismo vesical

Conceito: é a introdução de uma sonda até a bexiga a fim de retirar a urina.

Indicações: - quando o paciente está impossibilitado de urinar - colher urina asséptica para exames - preparo pré-parto, pré-operatório e exames pélvicos (quando indicados) - incontinência urinária.

Material Bandeja contendo: - pacote de cateterismo estéril com: - cuba rim - cúpula - pinça kocher - 5 gazes dobradas seringa de 20cc (a seringa no caso masculino serve para lubrificar a mucosa da uretra introduzindo Xilocaína gel e também aliviando a dor na sondagem vesical, também casos de sondagem em que há presença de coágulos como por exemplo em paciente com infecção do trato urinário, ou lesão de bexiga, a seringa pode ser utilizada para aspirar os coágulos e permitir a passagem da urina....) - um pacote de luva estéril - sonda vesical apropriada estéril - frasco com povidine tópico - lubrificante (xilocaína gel) Acessório (quando houver necessidade)

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- comadre coberta - biombo - material para lavagem externa - seringa com água destilada - extensão de sonda mais saco coletor - esparadrapo - agulha de aspiro Técnica 1- explicar ao paciente o que será feito 2- preparar o material 3- preparar o ambiente - desocupar a mesa de cabeceira - cercar a cama com biombo - fazer lavagem externa Tudo conforme as condições e necessidades do paciente 4- lavar as mãos 5- colocar a bandeja com o material na mesa de cabeceira 6- abrir o pacote de cateterismo junto ao paciente, despejando o produto para anti-sepsia na cúpula (povidine), com técnica asséptica, 7- abrir o pacote da sonda indicada e colocar junto a cuba rim, sem contaminar 8- colocar o lubrificante sobre uma das gazes do pacote 9- posicionar o paciente. A posição

ginecológica para o sexo feminino e decúbito dorsal com as pernas juntas, para o sexo masculino 10- calçar as luvas 11- posicionar o material adequadamente e lubrificar a ponta da sonda com a mão enluvada 12- fazer a anti-sepsia com a pinça montada da seguinte forma: para o sexo feminino: - separa os pequenos lábios com o polegar e o indicador de uma mão e não retirar a mão até introduzir a sonda - passar uma gaze molhada no anti-séptico entre os grandes e pequenos lábios do lado distal de cima para baixo em um só movimento (clitóris, uretra, vagina) - pegar outra gaze e fazer o mesmo do lado proximal - umedecer a última gaze e passar sobre o meato urinário.

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para o sexo masculino: - fazer anti-sepsia na glande com a pinça montada com gaze umedecida no anti-séptico, afastando com o polegar e o indicador da mão esquerda o prepúcio que cobre a glande, por último passar uma gaze com anti-séptico no meato urinário. 13- pegar a sonda com a mão direita e introduzir no meato urinário, deixar a outra extremidade dentro da cuba rim, verificando a saída da urina.

LAVAGEM INTESTINAL (ENTEROCLISMA)

1. Objetivos:

• Aliviar distensão, flatulência e constipação

• Preparar o cliente para exames radiológicos,

endoscópicos e cirurgias

2. Profissionais habilitados para execução do

procedimento:

• Enfermeiros,Técnicos de Enfermagem e

Auxiliares de Enfermagem

3. Materiais:

➢ Bandeja contendo:

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• Sonda retal de tamanho apropriado ao

cliente (geralmente de 22 a 30 Fr.

• Lubrificante hidrossolúvel

• 1 par de luvas de procedimento não estéril

• 1 pacote de gazes

• Papel higiênico

• Frasco com a solução prescrita aquecida a

40 a 43º C

• Extensão de látex

• Pinça Pean

➢ Forro impermeável

➢ Lençol móvel

➢ Comadre

➢ Bacia com água morna

➢ Toalha ou compressa de banho

➢ Suporte para soro

➢ Biombo

4. Descrição do Procedimento

• Higienizar as mãos;

• Explicar o procedimento e a finalidade ao

cliente;

• Reunir todo o material e colocar próximo à

cama do cliente;

• Proteger a unidade do cliente com biombos;

• Colocar o forro impermeável e lençol móvel;

• Posicionar o cliente em decúbito lateral

esquerdo modificado (posição de Sims);

• Cobrir o cliente com lençol, expondo apenas

a região do ânus;

• Deixar a comadre em local de fácil acesso;

• Colocar a solução no suporte de soro, 45 cm

acima do nível do ânus;

• Conectar a sonda retal à extensão de látex

do frasco irrigador e preenche-las com o

líquido; clampar em seguida com a pinça

Pean, mantendo a sonda protegida;

• Calçar as luvas de procedimento não

estéreis;

• Lubrificar de 5 a 7 cm da extremidade da

sonda retal, utilizando gaze;

• Separar as nádegas do cliente e localizar o

ânus;

• Utilizar gaze para pegar a sonda retal e

inseri-la de 7 a 10 cm, direcionando-a em um

ângulo que aponte ao umbigo e fazer

movimentos rotatórios, pedindo ao cliente

que respire profundamente para manter-se

relaxado;

• Firmar a sonda retal, abrir a pinça e deixar a

solução fluir lentamente;

• Segurar a sonda enquanto a solução estiver

sendo instilada;

• Caso o cliente não suporte toda a solução de

uma única vez, introduzir de forma

intermitente;

• Ao término da solução, pinçar a extensão;

• Retirar a sonda, envolvendo-a em papel

higiênico, e instruir o cliente a reter o líquido

por 5 a 10 min;

• Oferecer a comadre ou levá-lo até o

sanitário;

• Ajudar o cliente, conforme necessário, a

lavar a região anal com água morna e sabão,

secando após com a toalha ou compressa de

banho;

• Reunir e retirar todo o material da unidade do

cliente;

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lavagem intestinal(enteróclise), clister ou enema e lavagem gástrica.

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• Retirar as luvas;

• Higienizar as mãos;

• Proceder à anotação do procedimento

realizado, incluindo o resultado final do

procedimento (quantidade e característica

das fezes).

CLISTER OU ENEMA

É a introdução de pequena quantidade de líquido no intestino.

Objetivos:

• servir de emolientes

• aliviar constipação

• preparar para cirurgia e parto

A técnica é a mesma da enteróclise. A solução vem preparada com 500 ou 250 ml, a sonda é descatável, em vez de usar a borracha utiliza-se um equipo de soro.

LAVAGEM GÁSTRICA

Finalidades:

- Preparar o aparelho digestivo para exames ou cirurgias, estancar hemorragias gástricas ou esofágicas usando líquidos gelados e remover do estômago conteúdo gástrico excessivo ou nocivo. Material Necessário: - 01 Par de luvas de procedimento, 01 sonda gástrica com o número compatível com o tamanho do cliente, 01 cuba-rim, esparadrapo, micropore, soro fisiológico 0,9% 500ml, 01 seringa de 10ml ou 20ml, 01 tubo de Xylocaína geléia, gaze, 01 coletor de

urina aberto ou saco coletor, 01 equipo com injetor lateral. Pré - Execução: - Observar a prescrição médica;

- Preparar material;

- Solicitar o auxílio para a realização do

procedimento, se necessário;

- Lavar as mãos. Execução: - Identificar-se; - Checar o leito e o nome do cliente;

- Orientar o cliente e/ou acompanhante

quanto ao procedimento;

- Calçar luvas;

- Realizar sondagem gástrica conforme

técnica própria;

- Fixar a sonda com micropore;

- Com a seringa, verificar se reflui suco

gástrico ou resíduos;

- Infundir soro fisiológico 0,9% ou outra

solução em seringa ou através do equipo,

conforme prescrição médica;

- Aspirar o mesmo volume de solução que foi

infundida, se necessário;

- Fazer lavagem até que o líquido retorne

totalmente limpido, ou conforme orientação

do enfermeiro / médico;

- Desprezar o líquido em cuba-rim se

necessário;

- Observar aspecto, volume da solução

retirada;

- Manter sonda aberta / fechada conforme

orientação médica;

- Manter o cliente confortável e com a

campainha a seu alcance;

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- Manter o ambiente em ordem. Pós - Execução: - Desprezar o material no expurgo; - Lavar as mãos;

- Realizar as anotações necessárias. Avaliação: - Avaliar fixação da sonda posicionamento adequado; - Avaliar distensão abdominal; - Avaliar débito (aspecto e volume); - Avaliar presença de náuseas e vômitos. Riscos / Tomada de Decisão: - Mobilização da sonda: Reposicionar a sonda;

-Broncoaspiração: Fazer aspiração naso-

traqueal, verificar insuficiência respiratória

e manter decúbito elevado;

- Distensão abdominal: Abrir / Aspirar sonda,

observar náusea e vômitos;

- Posicionamento da sonda:verificar posicionamento da sonda e se

necessário providenciar. reposicionamento.