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ÉTICA NA ÉTICA NA ÉTICA NA ÉTICA NAS S S S PROFISSÕES PROFISSÕES PROFISSÕES PROFISSÕES JURÍDICAS JURÍDICAS JURÍDICAS JURÍDICAS JOSÉ AUGUSTO PAZ OSÉ AUGUSTO PAZ OSÉ AUGUSTO PAZ OSÉ AUGUSTO PAZ XIMENES FURTADO IMENES FURTADO IMENES FURTADO IMENES FURTADO

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ÉTICA NAÉTICA NAÉTICA NAÉTICA NAS S S S PROFISSÕES PROFISSÕES PROFISSÕES PROFISSÕES

JURÍDICASJURÍDICASJURÍDICASJURÍDICAS

JJJJOSÉ AUGUSTO PAZOSÉ AUGUSTO PAZOSÉ AUGUSTO PAZOSÉ AUGUSTO PAZ XXXXIMENES FURTADOIMENES FURTADOIMENES FURTADOIMENES FURTADO

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JOSÉ AUGUSTO PAZ XIMENES FURTADOJOSÉ AUGUSTO PAZ XIMENES FURTADOJOSÉ AUGUSTO PAZ XIMENES FURTADOJOSÉ AUGUSTO PAZ XIMENES FURTADO

Doutorando em Direito Civil – UBA. Mestre em Educação – UFPI. Especialista em Direito Processual – UFSC. Especialista em Direito Público – CEUT. Professor de Direito Civil, de

Direito Processual Civil e de História do Direito – CEUT, FACID e FAP. Advogado. Ex-Conselheiro da OAB-PI. Ex-Membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PI.

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A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagemvingança é a justiça do homem em estado selvagemvingança é a justiça do homem em estado selvagemvingança é a justiça do homem em estado selvagem.

EPICURO

MantenhaMantenhaMantenhaMantenha----se simples, bose simples, bose simples, bose simples, bom, puro, sério, livre de afetação, m, puro, sério, livre de afetação, m, puro, sério, livre de afetação, m, puro, sério, livre de afetação, amigo da justiça, temente aos deuses, gentil, apaixonado, amigo da justiça, temente aos deuses, gentil, apaixonado, amigo da justiça, temente aos deuses, gentil, apaixonado, amigo da justiça, temente aos deuses, gentil, apaixonado, vigoroso em todas as suas atitudes. Lute para viver como a vigoroso em todas as suas atitudes. Lute para viver como a vigoroso em todas as suas atitudes. Lute para viver como a vigoroso em todas as suas atitudes. Lute para viver como a filosofia gostaria que vivesse. Reverencie os deuses e ajude os filosofia gostaria que vivesse. Reverencie os deuses e ajude os filosofia gostaria que vivesse. Reverencie os deuses e ajude os filosofia gostaria que vivesse. Reverencie os deuses e ajude os homens. A vida é curtahomens. A vida é curtahomens. A vida é curtahomens. A vida é curta.

MARCO AURÉLIO

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DA ÉTICA NAS PROFISSÕES JURÍDICASDA ÉTICA NAS PROFISSÕES JURÍDICASDA ÉTICA NAS PROFISSÕES JURÍDICASDA ÉTICA NAS PROFISSÕES JURÍDICAS

Professor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes Furtado

1111 O advogado na Constituição FederalO advogado na Constituição FederalO advogado na Constituição FederalO advogado na Constituição Federal. A Constituição Federal, a partir do artigo

127, dispõe sobre as funções essenciais à justiça. Temos, pois, as seguintes

funções:

• Ministério PúblicoMinistério PúblicoMinistério PúblicoMinistério Público -> tem como incumbência a defesa da ordem jurídica, do

regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

• AdvocaciaAdvocaciaAdvocaciaAdvocacia PúblicaPúblicaPúblicaPública -> desenvolve as atividades de consultoria e

assessoramento jurídico do Poder Executivo – art. 131, da Constituição Federal.

• AdvocaciaAdvocaciaAdvocaciaAdvocacia1 -> indispensabilidade do advogado à administração da justiça – art.

133, CF. A Lei n. 8.906/94Lei n. 8.906/94Lei n. 8.906/94Lei n. 8.906/94 – Estatuto da Advocacia e da OAB - no seu artigo 2º,

ratifica este preceito constitucional. O Código de Ética e Disciplina da OAB, no seu

artigo 2º, também reproduz os preceitos anteriores, dispondo: O advogado, O advogado, O advogado, O advogado,

indispensável à administração da justiça, é defensor do Estado democrático de indispensável à administração da justiça, é defensor do Estado democrático de indispensável à administração da justiça, é defensor do Estado democrático de indispensável à administração da justiça, é defensor do Estado democrático de

direito, da cidadireito, da cidadireito, da cidadireito, da cidadania, da moralidade pública, da justiça e da paz social, subordinando dania, da moralidade pública, da justiça e da paz social, subordinando dania, da moralidade pública, da justiça e da paz social, subordinando dania, da moralidade pública, da justiça e da paz social, subordinando

a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exercea atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exercea atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exercea atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce.

• DefensoriaDefensoriaDefensoriaDefensoria PúblicaPúblicaPúblicaPública -> tem por incumbência a orientação jurídica e a defesa

dos necessitados (ver artigo 5º, LXXIV, da CF e a Lei n. 1.060/50).

1 Segundo o § 3º, do artigo 3º, da Lei n. 8.906/94, além do advogado privado, também estão sujeitos ao Estatuto da OAB os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.

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2222 A Lei n. 8.906/94 A Lei n. 8.906/94 A Lei n. 8.906/94 A Lei n. 8.906/94 –––– Estatuto da Advocacia e da OABEstatuto da Advocacia e da OABEstatuto da Advocacia e da OABEstatuto da Advocacia e da OAB. O Regulamento Geral do

EAOAB2, no seu artigo 5º, dispõe que a atividade de advocacia é exercida com

observância da Lei n. 8.906/94, do Regulamento Geral, do Código de Ética e

Disciplina e dos Provimentos.

O EAOAB disciplina, dentre outras matérias, da atividade privativas de

advocacia – artigo 1º - dos direitos do advogado – artigos 6º e 7º - das

incompatibilidades e impedimentos – artigos 27 a 30 – da ética do advogado – artigos

31 a 33 – das infrações e sanções disciplinares – artigos 34 a 43 – da Ordem dos

advogados do Brasil – artigos 44 a 67 – do processo na OAB – artigos 68 77.

O Código de Ética e Disciplina da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Código de Ética e Disciplina da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Código de Ética e Disciplina da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Código de Ética e Disciplina da Advocacia e da Ordem dos Advogados do

Brasil Brasil Brasil Brasil é a parte legalé a parte legalé a parte legalé a parte legal regula os deveres do advogado em três planos, que se

complementam e que não podem ser considerados isoladamente – parágrafo único,

do artigo 33, do EAOAB: 1) A comunidade; 2) O cliente; e 3) O outro profissional.

3333 Regras deontológicasRegras deontológicasRegras deontológicasRegras deontológicas3 fufufufundamentaisndamentaisndamentaisndamentais. Estão contempladas no Código de Ética

e Disciplina da OAB, nos artigos 1º a 7º. A conduta ética do advogado se reveste de

uma dimensão ampla, fundamentada não somente nos preceitos estabelecidos no

CED3, no Estatuto, no Regulamento Geral, nos Provimentos, mas também nos

princípios da moral individual, social e profissional. Não pode, pois, o advogado,

preocupar-se em manter uma conduta profissional baseada na ética, prescindindo de

uma igual postura como indivíduo e como cidadão.

O advogado não é um profissional que representa apenas os seus clientes,

prestando-lhes serviços jurídicos judiciais e extrajudiciais, já que a sua atividade tem

um caráter social de grande relevância.

O § 1º, do artigo 2º, da Lei n. 8.906/94, preceitua, com relação ao caráter

social da advocacia: No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e

exerce função socialexerce função socialexerce função socialexerce função social. O artigo 2º, do CED, por sua vez, também assevera este

caráter, ao determinar que o advogado é:

• Indispensável à administração da justiça.

• Defensor do Estado democrático de direito.

• Defensor da cidadania.

2 EAOAB - Estatuto da Advocacia e da OAB – Lei n. 8.906/94. 3 Deontologia. Do grego Déontos, ‘o que é obrigatório, necessário’ + - logia. O estudo dos princípios, fundamentos e sistemas da moral. Tratado dos deveres. 3 CED – Código de Ética e Disciplina da OAB.

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• Da moralidade pública.

• Da justiça e da paz social.

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ÉTICA NA ADVOCACIA: ASPECTOS GERAISÉTICA NA ADVOCACIA: ASPECTOS GERAISÉTICA NA ADVOCACIA: ASPECTOS GERAISÉTICA NA ADVOCACIA: ASPECTOS GERAIS

O advogado é indispensável à administração O advogado é indispensável à administração O advogado é indispensável à administração O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e da justiça, sendo inviolável por seus atos e da justiça, sendo inviolável por seus atos e da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos manifestações no exercício da profissão, nos manifestações no exercício da profissão, nos manifestações no exercício da profissão, nos limites da leilimites da leilimites da leilimites da lei. Art. 133, da Constituição Federal.

Se olharmos para a advocacia, pretendendo fixar-lhes os contornos de sua missão nestes tempos de pós-modernidade, por certo verificaremos que essa profissão secular e imprescindível para a vida em sociedade se encontra hoje sustentada, fundamentalmente, sobre três grandes pilares, que se completam e que são indissociáveis: um atinente à sua função socialfunção socialfunção socialfunção social, outro correspondente à competência técnicocompetência técnicocompetência técnicocompetência técnico----profissionalprofissionalprofissionalprofissional do causídico e um terceiro, que se relaciona à éticaéticaéticaética.

Dentre os três pilares, a éticaéticaéticaética, sem dúvida, é aquele que provoca grandes debates e suscita as maiores preocupações por parte de todos, e não apenas dos advogados. Por quê? Porque há uma crise de moralidade sem precedentes que vem afetando todos os valores éticos no mundo contemporâneo.

No caso da advocacia, essa crise moral não poderia deixar de atingi-la em cheio, já que sobre os ombros do advogado recai um fardo volumoso de obrigações que podemos traduzi-lo considerando-se o caráter dúplice de sua elevada missão: a de auxiliar na administração da justiça (formal), e a de defender o estado democrático de direito, a cidadania, a moralidade pública, a Justiça (ideal) e a paz social. Conscientizar-se desse fardo e conduzi-lo com dignidade e honradez não é

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uma das tarefas mais fáceis, certamente, para o advogado, não obstante se caracterizar como um dever para ele.

Tal dever do advogado possui como força motriz a ética que permeia toda sua vida, pessoal e profissional. Portanto, não se trata de uma ética qualquer, mas de uma ética que carrega o compromisso e se firma na consciência da essencialidade da advocacia como defensora de grandes causas. O exercício da advocacia obriga ao advogado transcender-se a si mesmo.

A ética advocatícia se refere, portanto, à conduta não somente profissional, mas também pessoal e cidadã do causídico. Há, pois, uma necessidade permanente do advogado ser, como indivíduo, honesto, leal, sincero, para que, a partir dessa dimensão mais pessoal e imediata, possa vir a tornar-se um profissional consciente de suas responsabilidades e um cidadão ativo e partícipe no tocante aos interesses comuns da sociedade onde se encontra inserido.

Mas, o que é éticaéticaéticaética? A palavra éticaéticaéticaética provém do grego ethos, que significa hábito ou costume. Ética e moral (do latim, mos, moris) são termos que utilizados como sinônimos com bastante freqüência.

Ainda que etimologicamente tenham o mesmo significado, a éticaéticaéticaética designa mais precisamente para a parte da Filosofia voltada para as questões morais. Em outras palavras, a éticaéticaéticaética vem a ser os estudos filosóficos acerca dos fundamentos e princípios dos valores que pautam a vida humana segundo uma dualidade entre o bem e o mal, o justo e o injusto, o correto e o errado, dentre outros.

Enquanto a moral prende-se às mais diversas regras de conduta humana em uma determinada sociedade.

Simplificando e considerando-a na perspectiva da advocacia, éticaéticaéticaética refere-se, por assim dizer, aos padrões de conduta moral, isto é, aos padrões de comportamento que deve ter o advogado em relação ao seu cliente, aos magistrados, aos membros do Ministério Público e aos demais serventuários do Poder Judiciário, bem como aos seus colegas de profissão.

Onde encontramos a regras deontológicas básicas da advocacia? A Lei nº Lei nº Lei nº Lei nº 8.906/94 8.906/94 8.906/94 8.906/94 –––– Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil –––– contempla dois artigos que se reportam especificamente à ética do advogado. São os artigos 31 e 32. O primeiro preceitua que o advogado deve ter um procedimento profissional que possibilite, a um só tempo, torná-lo merecedor do respeito de todos e que venha – em razão desse procedimento - a contribuir para o verdadeiro prestígio da advocacia.

O segundo preceitua no sentido de que o seu agiragiragiragir (profissional), ocorra com responsabilidade, respondendo em caso de dolo ou culpa. Ademais, deve conservar sua independência, sem receio de desagradar o juiz ou a qualquer autoridade, nem tampouco de incorrer em impopularidade – artigo 31, §§ 1º e 2º, EOAB. Mas esse agiragiragiragir requer, por outro lado, um altíssimo senso de responsabilidade – artigo 32, EAOB.

AgirAgirAgirAgir, portanto, não apenas profissionalmente, mas de igual modo como cidadão, observando com rigor os deveres estabelecidos no Código de Ética e

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Disciplina, no Regulamento Geral e no Estatuto da Advocacia e da OAB. Estabelece o artigo 1º, do Código de Ética e Disciplina da OAB:

O exercíO exercíO exercíO exercício da advocacia exige conduta compatível com preceitos cio da advocacia exige conduta compatível com preceitos cio da advocacia exige conduta compatível com preceitos cio da advocacia exige conduta compatível com preceitos deste Código, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os deste Código, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os deste Código, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os deste Código, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os demais princípios da demais princípios da demais princípios da demais princípios da moral individualmoral individualmoral individualmoral individual, , , , socialsocialsocialsocial e e e e profissionalprofissionalprofissionalprofissional. (grifamos).

Implica dizermos que do advogado são exigidos determinados deveres éticos – são as regras deontológicas. Que deveres éticos são esses? Deveres éticos para com a COMUNIDADECOMUNIDADECOMUNIDADECOMUNIDADE (Defensor do Estado Democrático de Direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social – art. 2º, CEDOAB), o CLIENTECLIENTECLIENTECLIENTE (as suas relações profissionais com o seu constituinte – artigo 9º a 24, e 46, CEDOAB), ou outro PROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONAL (dever de urbanidade: respeito, discrição e independência – art. 44, CEDOAB).

É também no Código de Ética Disciplina da OAB que encontramos disciplinadas as questões referentes à PUBLICIDADEPUBLICIDADEPUBLICIDADEPUBLICIDADE (artigo 28 a 34), RECUSA DE RECUSA DE RECUSA DE RECUSA DE PATROCÍNIOPATROCÍNIOPATROCÍNIOPATROCÍNIO, DEVER DEDEVER DEDEVER DEDEVER DE ASSISTÊNCIAASSISTÊNCIAASSISTÊNCIAASSISTÊNCIA JURÍDICAJURÍDICAJURÍDICAJURÍDICA, DEVER GERAL DE DEVER GERAL DE DEVER GERAL DE DEVER GERAL DE URBANIDADEURBANIDADEURBANIDADEURBANIDADE e os respectivos Procedimentos Disciplinares.

Finalizando, não tememos asseverar que a própria sobrevivência da advocacia depende, mais do que tudo, da efetivação dos valores éticos como imperativos imprescindíveis para o exercício dessa profissão sublime. Sem a observância da ética, não haverá salvação para a verdadeira advocacia.

É necessário reconhecermos que não pode a advocacia – ofício de primeira magnitude – ser exercida por indivíduos que não conseguem alcançar a grandeza que ela detém e que tanto reclama de quem a escolhe como profissão.

Os olhos da sociedade não se descuidam de observar e de exigir cada vez mais daqueles que escolheram a advocacia como ofício. Parece que ela espera muito mais deles do que de quaisquer outros profissionais.

Não se pode aceitar que o advogado se comporte de modo ético apenas nos seus laços de família e de amizades. Tampouco podemos concordar que ele atente para uma moralidade circunscrita ao seu cotidiano profissional. Muito menos também será admissível que ele defenda a moralidade social descuidando-se daquelas regras morais pertinentes à sua vida pessoal e profissional. Para o advogado, a sua vida privada, a sua vida profissional e a sua vida cidadã, formam um todo, indissociável, compondo uma imagem irretocável.

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A ÉTICA NA ADVOCACIA A ÉTICA NA ADVOCACIA A ÉTICA NA ADVOCACIA A ÉTICA NA ADVOCACIA –––– Parte IParte IParte IParte I

CARACTERÍSTICAS DA ADVOCACIACARACTERÍSTICAS DA ADVOCACIACARACTERÍSTICAS DA ADVOCACIACARACTERÍSTICAS DA ADVOCACIA

Professor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes Furtado 1111 IntrIntrIntrIntroduçãooduçãooduçãoodução. O EAOAB – artigo 2º - discorre sobre as características da advocacia. Que características são estas? 1) atividade indispensável à administração da justiça; 2) no seu ministério privado, o advogado presta um serviço público, exercendo uma função social; 3) no processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público – art. 2º, § 2º, EAOAB; 4) no exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites da lei – artigo 133, CF. A Lei n. 8.906/94 contempla, nos artigos 31 a 33, os preceitos éticos aplicáveis à advocacia: 1) o procedimento (conduta) do advogado deve, a um só tempo, fazê-lo merecedor de respeito e responsável pelo prestígio da classe e da advocacia; 2) o advogado, no exercício da profissão, deve manter independência; 3) o advogado não deve ter o receio de desagradar a juiz ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade; 4) o advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa; 5) o advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina. 2222 Características da AdvocaciaCaracterísticas da AdvocaciaCaracterísticas da AdvocaciaCaracterísticas da Advocacia. 2.12.12.12.1 Ministério privado e serviçMinistério privado e serviçMinistério privado e serviçMinistério privado e serviço públicoo públicoo públicoo público. Ministério aqui tem o sentido de atividade, de ofício. Assim, o advogado atua no plano do Direito Privado, pois o mesmo estabelece um contratocontratocontratocontrato com seu cliente (contrato de prestação de serviço).

Já o juiz, o representante do ministério público, o delegado, o defensor público, estão sujeitos a um ministério público, uma vez que recebem do Estado para exercer suas funções.

Mas, por que o advogado exerce um serviço público? Porque a sua atividade é indispensável à garantia do Estado democrático de direito. A Constituição Federal estabelece, no caput, do artigo 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela A República Federativa do Brasil, formada pela A República Federativa do Brasil, formada pela A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituiunião indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituiunião indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituiunião indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui----se em se em se em se em Estado Democrático de Direito [...]Estado Democrático de Direito [...]Estado Democrático de Direito [...]Estado Democrático de Direito [...]. 2.22.22.22.2 Representação dRepresentação dRepresentação dRepresentação dos interesses da parteos interesses da parteos interesses da parteos interesses da parte. A parcialidade é outra característica da advocacia – § 2º, do artigo 2º, EAOAB. O advogado defende os interesses de seu cliente, porém respeitando os limites legais e éticos aplicáveis à sua atividade. Segundo o artigo 36, do Código de Processo Civil, a parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado. Deve agir de forma lícita, observando a moral e a boa-fé.

Caso falte com o seu dever profissional, prejudicando o seu cliente, poderá responder administrativamente (perante o poder disciplinar da OAB), civilmente (indenizando os prejuízos econômicos e morais decorrentes de atos ilícitos – dolosos ou culposos – nos termos do artigo 186, do Código Civil, ou mesmo pela prática de abuso de Direito, conforme estabelece o artigo 187, do Código Civil), ou penalmente (caso incorra em delito tipificado na legislação penal vigente).

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Os artigos 14 e 15 do CPC contemplam os deveres que deverão ser observados pelas partes – pessoas que litigam perante o Poder Judiciário – e pelos próprios advogados. O EAOAB, no seu artigo 5º, preceitua que o advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. 2.32.32.32.3 Múnus públicoMúnus públicoMúnus públicoMúnus público. O artigo 2º, no seu § 2º, do EAOAB, parte final, caracteriza os atos de advocacia como sendo um múnus público, isto é, em uma obrigação, um encargo jurídico definido pelas necessidades do interesse da sociedade e do Estado.

O advogado tem o dever de, ao ser chamado a exercer seu ofício (encargo) a favor de alguém, fazê-lo em obediência à garantia constitucional do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, como estabelecem os incisos LIV e LV, do artigo 5º, da Constituição Federal vigente.

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ÉTICA NA ADVOCACIA ÉTICA NA ADVOCACIA ÉTICA NA ADVOCACIA ÉTICA NA ADVOCACIA –––– Parte IParte IParte IParte IIIII

DEVERES DO ADVOGADODEVERES DO ADVOGADODEVERES DO ADVOGADODEVERES DO ADVOGADO

José José José José Augusto Paz Ximenes FurtadoAugusto Paz Ximenes FurtadoAugusto Paz Ximenes FurtadoAugusto Paz Ximenes Furtado

1111 IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução. Na medida em que tem direitos assegurados no EAOAB, o advogado também tem deveres ali contemplados. São obrigações positivas – deve fazer – ou negativas – não deve fazer. Os deveres do advogado se encontram disciplinados ao longo de todo o Estatuto da OAB. Também ali estão incluídas as normas referentes às infrações e sanções disciplinares. Infrações que, caso sejam cometidas, possibilitam a aplicação de sanções disciplinares, sem prejuízo de responder também, se for o caso, tanto na esfera cível quanto criminal.

Também encontramos deveres do advogado no Código de Ética e Disciplina, no Regulamento Geral da OAB e nos Provimentos do Conselho Federal da OAB. Além desses deveres contemplados na legislação pertinente, o advogado se obriga a observar os princípios gerais da moral individual, social e profissional. 2222 Deveres do advogadoDeveres do advogadoDeveres do advogadoDeveres do advogado. Mesmo dispersos por toda a legislação acima mencionada, é possível enumerá-los. Vejamos esses deveres. 2.12.12.12.1 De preservação da atividaDe preservação da atividaDe preservação da atividaDe preservação da atividadededede. Cuidar se sua própria imagem e da imagem da OAB é dever do advogado. A conduta do advogado deve ser pautada nos valores e nas normas éticas, não só para que seja merecedor de respeito por parte de todos, mas também para poder contribuir em favor do prestígio da classe dos advogados – artigo 31, EAOAB. 2.22.22.22.2 Na atuação processualNa atuação processualNa atuação processualNa atuação processual. O advogado cuida dos interesses de seu cliente nos planos extrajudicial ou judicial (perante o Poder Judiciário). Na defesa dos interesses de seu constituinte, o advogado não pode se descuidar de suas obrigações profissionais. Em qualquer caso de agir com honestidade, com decoro, com veracidade, com lealdade, com dignidade e boa-fé, inclusive nos processos.

O Código de Processo Civil procura coibir a litigância de má-fé e a fraude processual (utilização do processo como forma de iludir a lei). São inúmeros os ilícitos processuais previstos no CPC.

O Código de Ética da OAB proíbe a exposição em juízo de fatos deliberadamente falseados, que faltem com a verdade, ou que se estribem na má-fé. Por outro lado, no processo criminal o advogado tem o dever de fazer a defesa do acusado sem considerar a sua própria opinião sobre a culpa do réu – artigo 21, CED. Ninguém pode ser processado sem que lhe seja garantida a mais ampla defesa. Todavia, o advogado pode recusar uma causa, alegando questões de foro íntimo, de princípios morais, de consciência. Porém, ao aceitar uma causa, tem o dever de se dedicar à mesma com todo empenho e diligência. No processo criminal, não cabe a ele julgar o acusado, mas garantir a este o seu direito ao contraditório e à ampla defesa, conforme artigo 5º, LV, CF. 2.32.32.32.3 No relacionamento com os colegas advogadosNo relacionamento com os colegas advogadosNo relacionamento com os colegas advogadosNo relacionamento com os colegas advogados. Tem que ser cordial, respeitoso, sobretudo em relação à atuação profissional de seus colegas. Não pode um advogado fazer comentários sobre as causas ou questões confiadas ao

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patrocínio de outro colega. Aliás, sobre os processos e causas que lhe foram confiadas deve o advogado guardar a maior discrição possível. 2.42.42.42.4 No trato com o clienteNo trato com o clienteNo trato com o clienteNo trato com o cliente. A relação entre advogado e seu cliente se dá sob o princípio da confiança. Não havendo mais o vínculo de confiança, cabe ao advogado renunciar ao mandato que lhe fora outorgado. O CED – artigo 2º, parágrafo único – determina que é obrigação do advogado aconselhar seu cliente a não ingressar em aventura judicial, devendo estimular a conciliação entre os litigantes.

Também o Código de Ética e Disciplina determina que o advogado evite se entender diretamente com a parte adversa que tenha procurador constituído, sem o assentimento deste, sob pena de responder pela prática de infração disciplinar – artigo 34, VIII, EAOAB. Há também o dever de guardar sigilo profissional. 2.52.52.52.5 De prestação de contasDe prestação de contasDe prestação de contasDe prestação de contas. A regra geral é que o advogado cuida de interesses alheios, e não de interesses próprios. O artigo 653, do Código Civil, ao disciplinar o instituto do mandato, preceitua: opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses.

A procuração é o instrumento do mandato. Os artigos 115 e 120, do Código Civil, tratam do instituto da representação. Há, entre advogado e seu cliente, um negócio jurídico. Esse pode ser: 1) de natureza civil (contrato de prestação de serviços); 2) trabalhista (relação de emprego) ou 3) administrativa (estatutária, nos casos em que o advogado ocupa cargo ou função na Administração Pública).

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ÉTICA NA ADVOCACIA ÉTICA NA ADVOCACIA ÉTICA NA ADVOCACIA ÉTICA NA ADVOCACIA –––– PARTE PARTE PARTE PARTE IIIIIIIIIIII

O DEVER DE GUARDAR SIGILO PROFISSIONALO DEVER DE GUARDAR SIGILO PROFISSIONALO DEVER DE GUARDAR SIGILO PROFISSIONALO DEVER DE GUARDAR SIGILO PROFISSIONAL

Professor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes Furtado 1111 inininintroduçãotroduçãotroduçãotrodução. A matéria referente ao sigilo profissional se encontra disciplinada no Código de Ética e Disciplina da OAB, nos artigos 25 a 27. Lembramos que o trabalho do advogado se realizada sob o princípio da confiabilidade. O advogado, para realizar melhor a defesa dos interesses de seu constituinte, muitas vezes deste se torna confidente. Passa a ter acesso a informações íntimas de seu cliente.

Ao tempo em que tem o dever de guardar sigilo a respeito do que lhe fora confidenciado pelo seu cliente, o advogado tem o direito de se recusar a depor como testemunha sobre qualquer fato que esteja resguardado pelo sigilo profissional. Buscando uma interpretação deste dispositivo legal, podemos assegurar que o seu significado é amplo, de ordem pública, constituindo-se em um poder/dever de guardar sigilo. A Lei n. 8.906/94, disciplinando os direitos do advogado, dispõe, no inciso XIX, do artigo 7º:

Art. 7º São direitos do advogado: [...] XIX Art. 7º São direitos do advogado: [...] XIX Art. 7º São direitos do advogado: [...] XIX Art. 7º São direitos do advogado: [...] XIX ---- recusarrecusarrecusarrecusar----se a depor como se a depor como se a depor como se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou devatestemunha em processo no qual funcionou ou devatestemunha em processo no qual funcionou ou devatestemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou funcionar, ou funcionar, ou funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissionalsobre fato que constitua sigilo profissionalsobre fato que constitua sigilo profissionalsobre fato que constitua sigilo profissional.

Como se constitui em um dever o advogado zelar pelo sigilo profissional, a lei concede a esse dever a proteção necessária: 1) inviolabilidade do escritório ou local de trabalho – artigo 7º, II, EAOAB; e 2) Recusa em depor – inciso XIX, do artigo 7º, EAOAB. 2222 Violação do dever de guardar sigilo: infração disciplinarViolação do dever de guardar sigilo: infração disciplinarViolação do dever de guardar sigilo: infração disciplinarViolação do dever de guardar sigilo: infração disciplinar. O artigo 34, VII, do EAOAB, prevê como infração disciplinar a ocorrência de violação, sem justa causa, do sigilo profissional por parte do advogado, cominando-lhe pena de censura, conforme artigo 36, I, do EAOAB.

O que seria, neste caso, a justa causa, para a quebra de sigilo? O artigo 25, do Código de Ética e Disciplina, apresenta-nos as hipóteses: grave ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredo (sempre restrito ao interesse da causa). As confidências feitas ao advogado pelo cliente podem ser utilizadas nos limites da defesa, desde que haja autorização desde último – artigo 27, Código de Ética e Disciplina. 3333 Dever de sigilo processualDever de sigilo processualDever de sigilo processualDever de sigilo processual. Além do sigilo profissional, cabe ao advogado guardar também outra espécie de sigilo: o sigilo processual. Muitos processos que correm perante o Poder Judiciário necessitam da necessária proteção do sigilo para que a prestação jurisdicional alcance o seu fim sem comprometimento da honra, da intimidade e da própria dignidade das pessoas envolvidas no conflito judicial.

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Esse cuidado com sigilo em alguns processos se encontra de acordo com a proteção legal dada pelo Texto Maior, que elevou a dignidade da pessoa humana como um dos princípios fundamentais da República – artigo 1º, III, da Constituição Federal. Por sua vez, o inciso X, do artigo 5º, da Carta Política, preceitua: são são são são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a iassegurado o direito a iassegurado o direito a iassegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua ndenização pelo dano material ou moral decorrente de sua ndenização pelo dano material ou moral decorrente de sua ndenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violaçãoviolaçãoviolaçãoviolação.

Também a Constituição Federal vigente, no inciso LX, do artigo 5º, determina: a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse socintimidade ou o interesse socintimidade ou o interesse socintimidade ou o interesse social o exigiremial o exigiremial o exigiremial o exigirem.

No plano infraconstitucional igualmente encontramos disposições legais preocupadas na preservação da intimidade, honra e imagem das pessoas. O Código de Processo Civil, no seu artigo 155, estabelece as hipóteses de correm em segredo de justiça os processos: I I I I ---- em que o exigir o interesse público; II em que o exigir o interesse público; II em que o exigir o interesse público; II em que o exigir o interesse público; II –––– que dizem que dizem que dizem que dizem respeito a casamento, filiação, separação de cônjuges, conversão desta em divórcio, respeito a casamento, filiação, separação de cônjuges, conversão desta em divórcio, respeito a casamento, filiação, separação de cônjuges, conversão desta em divórcio, respeito a casamento, filiação, separação de cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menoresalimentos e guarda de menoresalimentos e guarda de menoresalimentos e guarda de menores. O Código Civil atual, nos artigos 11 a 21, confere proteção aos chamados direitos da personalidade. Lembremos que os processos ético-disciplinares perante o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB igualmente correm de modo sigiloso, como preceitua o § 2º, do artigo 72, do EAOAB: O processo disciplinar tramita em siO processo disciplinar tramita em siO processo disciplinar tramita em siO processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só gilo, até o seu término, só gilo, até o seu término, só gilo, até o seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competentejudiciária competentejudiciária competentejudiciária competente.

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A ÉTICA NA ADVOCACIA A ÉTICA NA ADVOCACIA A ÉTICA NA ADVOCACIA A ÉTICA NA ADVOCACIA ---- DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES

DISCIPLINARESDISCIPLINARESDISCIPLINARESDISCIPLINARES –––– PARTE IVPARTE IVPARTE IVPARTE IV

Professor José Augusto PaProfessor José Augusto PaProfessor José Augusto PaProfessor José Augusto Paz Ximenes Furtadoz Ximenes Furtadoz Ximenes Furtadoz Ximenes Furtado

1111 IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução. A Lei n. 8.906/94, nos seus artigos 34 a 43, relaciona as infrações disciplinares e fixa as sanções para o caso de desvio de conduta por parte do advogado. A OAB tem o dever de velar pela atividade profissional daqueles que a integram, no caso, os advogados, para que estes não venham a cometer desvios de conduta que possam prejudicar interesses de quem os constitua para defendê-los.

É exigido de todo advogado o dever de respeitar direitos e interesses sociais e individuais, no exercício de sua atividade profissional, daí porque, os poderes de fiscalizar e de disciplinar, para o caso de aplicação de sanções às violações desses interesses, cabem, institucionalmente, à OAB.

Tem, pois, a OAB, um poder disciplinar. Essa função específica de exercer o poder disciplinar cabe aos Tribunais de Ética que integram as Seccionais e o próprio Conselho Federal da OAB. O artigo 70, da Lei n. 8.906/94, estabelece: O poder de punir disciplinarmente O poder de punir disciplinarmente O poder de punir disciplinarmente O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivameos inscritos na OAB compete exclusivameos inscritos na OAB compete exclusivameos inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base nte ao Conselho Seccional em cuja base nte ao Conselho Seccional em cuja base nte ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho FederalFederalFederalFederal.

E o § 1º do citado artigo, dispõe: Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Conselho Seccional competente, julgar os Conselho Seccional competente, julgar os Conselho Seccional competente, julgar os Conselho Seccional competente, julgar os processos disciplinares, instruídos pelas processos disciplinares, instruídos pelas processos disciplinares, instruídos pelas processos disciplinares, instruídos pelas Subseções ou por relatores do próprio ConselhoSubseções ou por relatores do próprio ConselhoSubseções ou por relatores do próprio ConselhoSubseções ou por relatores do próprio Conselho. Já o Código de Ética da OAB, no seu artigo 49, prevê: O Tribunal de Ética e O Tribunal de Ética e O Tribunal de Ética e O Tribunal de Ética e Disciplina é competente para orientar e aconselhar sobre ética profissional, Disciplina é competente para orientar e aconselhar sobre ética profissional, Disciplina é competente para orientar e aconselhar sobre ética profissional, Disciplina é competente para orientar e aconselhar sobre ética profissional, respondendorespondendorespondendorespondendo às consultas em tese, e julgar os processos disciplinaresàs consultas em tese, e julgar os processos disciplinaresàs consultas em tese, e julgar os processos disciplinaresàs consultas em tese, e julgar os processos disciplinares. É evidente que as garantias constitucionais estabelecidas nos incisos do artigo 5º, da Carta Política vigente, devem ser, obrigatoriamente, observadas nos processos ético-disciplinares da OAB, dentre os quais citamos: XIII XIII XIII XIII –––– é livre o é livre o é livre o é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissionais que a lei estabelecerprofissionais que a lei estabelecerprofissionais que a lei estabelecer; LV LV LV LV –––– aos litigantes, em processo judicial ou aos litigantes, em processo judicial ou aos litigantes, em processo judicial ou aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são asseguradoadministrativo, e aos acusados em geral são asseguradoadministrativo, e aos acusados em geral são asseguradoadministrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla s o contraditório e a ampla s o contraditório e a ampla s o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentesdefesa, com os meios e recursos a ela inerentesdefesa, com os meios e recursos a ela inerentesdefesa, com os meios e recursos a ela inerentes. No processo disciplinar (salvo disposição em contrário) serão aplicadas, subsidiariamente, as regras da legislação processual penal, conforme dispõe o artigo 68, da Lei n. 8.906/94. O artigo 65, do Código de Ética e Disciplina da OAB, no seu artigo 65, consigna: As regras deste Código obrigam igualmente as sociedades de advogados As regras deste Código obrigam igualmente as sociedades de advogados As regras deste Código obrigam igualmente as sociedades de advogados As regras deste Código obrigam igualmente as sociedades de advogados e os estagiários, no que lhes forem aplicáveise os estagiários, no que lhes forem aplicáveise os estagiários, no que lhes forem aplicáveise os estagiários, no que lhes forem aplicáveis. Lembremos que, por força do que dispõe o § 2º, do artigo 3º, do EAOAB: O estagiário de advocacia, regularmente O estagiário de advocacia, regularmente O estagiário de advocacia, regularmente O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geral, inscrito, pode praticar os atos previstos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geral, inscrito, pode praticar os atos previstos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geral, inscrito, pode praticar os atos previstos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunto com advogado e sob a responsabilidade desteem conjunto com advogado e sob a responsabilidade desteem conjunto com advogado e sob a responsabilidade desteem conjunto com advogado e sob a responsabilidade deste.

O Regulamento Geral da OAB, nos incisos I a III, do § 1º, do artigo 29, enumera os atos que os estagiários podem praticar isoladamente, ainda que sob a responsabilidade de advogado.

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2222 Infrações.Infrações.Infrações.Infrações.

CAPÍTULO IXCAPÍTULO IXCAPÍTULO IXCAPÍTULO IX

DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARESDAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARESDAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARESDAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES.

Art. 34Art. 34Art. 34Art. 34. Constitui infração disciplinar: IIII - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos; IIIIIIII - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta Lei; IIIIIIIIIIII - valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber; IVIVIVIV - angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; VVVV - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado; VIVIVIVI - advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior; VIIVIIVIIVII - violar, sem justa causa, sigilo profissional; VIIIVIIIVIIIVIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário; IXIXIXIX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio; XXXX - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione; XIXIXIXI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia; XIIXIIXIIXII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública; XIIIXIIIXIIIXIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes; XIVXIVXIVXIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária e de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa; XVXVXVXV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime; XVIXVIXVIXVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado; XVIIXVIIXVIIXVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la; XVIIIXVIIIXVIIIXVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta; XIXXIXXIXXIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorização do constituinte; XXXXXXXX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa; XXIXXIXXIXXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele; XXIIXXIIXXIIXXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança;

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XXIIIXXIIIXXIIIXXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo; XXIVXXIVXXIVXXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional; XXVXXVXXVXXV - manter conduta incompatível com a advocacia; XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB; XXVIIXXVIIXXVIIXXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia; XXVIIIXXVIIIXXVIIIXXVIII - praticar crime infamante; XXIXXXIXXXIXXXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação. Parágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo único - Inclui-se na conduta incompatível: a)a)a)a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei; b)b)b)b) incontinência pública e escandalosa; c)c)c)c) embriaguez ou toxicomania habituais. Art. 35Art. 35Art. 35Art. 35. As sanções disciplinares consistem em: IIII - censura; IIIIIIII - suspensão; IIIIIIIIIIII - exclusão; IVIVIVIV - multa. Parágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo único - As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em julgado da decisão, não podendo ser objeto da publicidade a de censura. Art. 36Art. 36Art. 36Art. 36. A censura é aplicável nos casos de: IIII - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34; IIIIIIII - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina; IIIIIIIIIIII - violação a preceito desta Lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave. Parágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo único - A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante. Art. 37Art. 37Art. 37Art. 37. A suspensão é aplicável nos casos de: IIII - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34; IIIIIIII - reincidência em infração disciplinar. §1º§1º§1º§1º A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo com os critérios de individualização previstos neste capítulo. §2º§2º§2º§2º Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que satisfaça integralmente a dívida, inclusive com a correção monetária. §3º§3º§3º§3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas provas de habilitação. Art. 38Art. 38Art. 38Art. 38. A exclusão é aplicável nos casos de: IIII - aplicação, por três vezes, de suspensão; IIIIIIII - infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34.

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Parágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo único - Para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão é necessária a manifestação favorável de dois terços dos membros do Conselho Seccional competente. Art. 39Art. 39Art. 39Art. 39. A multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o máximo de seu décuplo, é aplicável cumulativamente com a censura ou suspensão, em havendo circunstâncias agravantes. Art. 40Art. 40Art. 40Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares são consideradas, para fins de atenuação, as seguintes circunstâncias, entre outras: IIII - falta cometida na defesa de prerrogativa profissional; IIIIIIII - ausência de punição disciplinar anterior; IIIIIIIIIIII - exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB; IVIVIVIV - prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública. Parágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo único - Os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes, o grau de culpa por ele revelada, as circunstâncias e as conseqüências da infração são considerados para o fim de decidir: a)a)a)a) sobre a conveniência da aplicação cumulativa da multa e de outra sanção disciplinar; b)b)b)b) sobre o tempo de suspensão e o valor da multa aplicáveis. Art. 41Art. 41Art. 41Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento. Parágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo único - Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal. Art. 42Art. 42Art. 42Art. 42. Fica impedido de exercer o mandato o profissional a quem forem aplicadas as sanções disciplinares de suspensão ou exclusão. Art. 43Art. 43Art. 43Art. 43. A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, contados da data da constatação oficial do fato. §1º§1º§1º§1º Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação. §2º§2º§2º§2º A prescrição interrompe-se: IIII - pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita diretamente ao representado; IIIIIIII - pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB.

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ÉTICA NA ADVOCACIA ÉTICA NA ADVOCACIA ÉTICA NA ADVOCACIA ÉTICA NA ADVOCACIA –––– DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES PREVISTAS NA LEI N. 8.906/94 DISCIPLINARES PREVISTAS NA LEI N. 8.906/94 DISCIPLINARES PREVISTAS NA LEI N. 8.906/94 DISCIPLINARES PREVISTAS NA LEI N. 8.906/94 –––– COMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOS ––––

PARTE VPARTE VPARTE VPARTE V

Professor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes Furtado

1111 IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução. As infrações disciplinares são restrições de direito que decorrem da inobservância, por parte do inscrito na OAB, quanto aos seus deveres ético-profissionais. São, em vista disso, taxativamente enumeradas na Lei n. 8.906/94 – EAOAB, nos incisos do artigo 34. Ao dispor sobre a aplicação da lei penal, o Código Penal brasileiro estabelece o no seu artigo 1º: Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legalprévia cominação legalprévia cominação legalprévia cominação legal. Trata-se da recepção ao princípio da anterioridade da lei. As infrações disciplinares previstas no EAOAB sujeitam-se a este mesmo princípio, pois, em um único artigo, enumera as infrações e, imediatamente, estabelece as sanções para cada caso.

Temos, portanto, 29 (vinte e nove) infrações que se sujeitam, a rigor, 03 (três) espécies de sanções: censura, suspensão e exclusão, não obstante o fixado no artigo 35, do EAOAB. A multa – prevista no artigo 39 – é, na verdade, uma sanção disciplinar acessória, haja vista que pode ser aplicada conjuntamente com qualquer outra sanção. Referendo-se à multa, afirma Lobo: Não pode ser aplicada de modo Não pode ser aplicada de modo Não pode ser aplicada de modo Não pode ser aplicada de modo isolado nem se refere especificamente a qualquer infração disciplinarisolado nem se refere especificamente a qualquer infração disciplinarisolado nem se refere especificamente a qualquer infração disciplinarisolado nem se refere especificamente a qualquer infração disciplinar1. 2222 Infrações disciplinaresInfrações disciplinaresInfrações disciplinaresInfrações disciplinares. 2.1 Artigo 34, inciso I – exercer a profissão, quando impedido de fazêexercer a profissão, quando impedido de fazêexercer a profissão, quando impedido de fazêexercer a profissão, quando impedido de fazê----lo, ou lo, ou lo, ou lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidosimpedidosimpedidosimpedidos.

As incompatibilidades e os impedimentos para o exercício da advocacia estão contemplados nos artigos 27 a 30, da Lei n. 8.906/94, porém, ali encontramos outras pessoas que estão impedidas, não podendo exercer a advocacia. No caso do inciso I, do artigo 34, ocorre infração decorrente de exercício irregular da advocacia, surge, pois, outra espécie de impedimento.

Afirma Mamede, examinando a espécie de impedimento do inciso ora analisado: [...] refere[...] refere[...] refere[...] refere----se a todo e qualquer fator de ordem legal que impeça o se a todo e qualquer fator de ordem legal que impeça o se a todo e qualquer fator de ordem legal que impeça o se a todo e qualquer fator de ordem legal que impeça o advogado (vale dizer, o bacharel inscrito na OAB, certo que, para os não inscritos advogado (vale dizer, o bacharel inscrito na OAB, certo que, para os não inscritos advogado (vale dizer, o bacharel inscrito na OAB, certo que, para os não inscritos advogado (vale dizer, o bacharel inscrito na OAB, certo que, para os não inscritos não se aplicam as sanções disciplinares mas, isso sim, as normas penais pelo não se aplicam as sanções disciplinares mas, isso sim, as normas penais pelo não se aplicam as sanções disciplinares mas, isso sim, as normas penais pelo não se aplicam as sanções disciplinares mas, isso sim, as normas penais pelo exercícioexercícioexercícioexercício ilegal de profissão, constantes do artigo 47 da Lei de Contravenções ilegal de profissão, constantes do artigo 47 da Lei de Contravenções ilegal de profissão, constantes do artigo 47 da Lei de Contravenções ilegal de profissão, constantes do artigo 47 da Lei de Contravenções Penais) de exercer a profissãoPenais) de exercer a profissãoPenais) de exercer a profissãoPenais) de exercer a profissão. SANÇÃO: censura. 2.2 Artigo 34, II – manter sociedade profissional fora das normas e preceitos manter sociedade profissional fora das normas e preceitos manter sociedade profissional fora das normas e preceitos manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos no EAOABestabelecidos no EAOABestabelecidos no EAOABestabelecidos no EAOAB. Nos artigos 15 a 17, do Estatuto, estão contempladas as regras referentes à sociedade de advogados. Assim, se o advogado mantém

1 LÔBO, Paulo L.N. Comentários ao estatuto da advocacia e da OABComentários ao estatuto da advocacia e da OABComentários ao estatuto da advocacia e da OABComentários ao estatuto da advocacia e da OAB. 4. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 205.

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sociedade profissional violando os preceitos fixados no Estatuto, sujeitar-se-á a responder por essa infração. É que o advogado não pode descaracterizar a advocacia. SANÇÃO: censura. 2.3 Artigo 34, III – valervalervalervaler----se de agenciador de causas, mediante participação nos se de agenciador de causas, mediante participação nos se de agenciador de causas, mediante participação nos se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receberhonorários a receberhonorários a receberhonorários a receber. Agenciar significa aqui trazer clientes para o escritório, recebendo, por conta disso, vantagem pecuniária, principalmente. Neste caso, o advogado recorre a um intermediário profissional (agenciador). SANÇÃO: censura. 2.4 Artigo 34, IV – angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceirosterceirosterceirosterceiros. Esta infração complementa a anterior. Não pode o advogado arregimentar clientela, agindo por conta própria ou recorrendo para tanto a qualquer pessoa, como se a advocacia fosse uma atividade mercadológica, obrigando-o a buscar clientela a qualquer custo.

O Código de Ética da OAB fixa as regras que o advogado deve observar no tocante à publicidade de seus serviços profissionais, como podemos verificar nos artigos 28 a 34.

O Código de Ética e Disciplina também proíbe essa prática, ao dispor nos seus artigos 5º e 7º, respectivamente: O exercício da advocacia é incompatível com O exercício da advocacia é incompatível com O exercício da advocacia é incompatível com O exercício da advocacia é incompatível com qualquerqualquerqualquerqualquer procedimento de marcantilizaçãoprocedimento de marcantilizaçãoprocedimento de marcantilizaçãoprocedimento de marcantilização. É vedado o oferecimento de serviços É vedado o oferecimento de serviços É vedado o oferecimento de serviços É vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, inculcação ou captação de profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, inculcação ou captação de profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, inculcação ou captação de profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, inculcação ou captação de clientelaclientelaclientelaclientela. SANÇÃO: censura. 2.5 Artigo 34,V – assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim para fim para fim para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaboradoextrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaboradoextrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaboradoextrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado. Constitui-se em fraude o advogado assinar petições em geral, contratos, pareceres, arrazoados, que não decorrem de sua autoria, do seu serviço como profissional do direito em defesa dos interesses de seu cliente, quer judicial ou extrajudicial. O advogado também se sujeita a esta infração se cometer plágio. SANÇÃO: censura. 2.6 Artigo 34, VI – advogar contra literal disposição de lei, presumindoadvogar contra literal disposição de lei, presumindoadvogar contra literal disposição de lei, presumindoadvogar contra literal disposição de lei, presumindo----se a boase a boase a boase a boa----fé fé fé fé quando fundamentado na quando fundamentado na quando fundamentado na quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anteriorpronunciamento judicial anteriorpronunciamento judicial anteriorpronunciamento judicial anterior. O Código de Processo Civil, no seu artigo 14, estabelece, dentre os deveres do advogado (procurador), no processo: III – não formular pretensões, nem alegar defesa, ciente de que são destituídas de fundamento.

Portanto, o advogado não pode advogar contra literal disposição de lei, agindo de má-fé, em proveito próprio, de seu cliente, ou de terceiros. Há presunção de boa-fé quando a conduta profissional do advogado se encontra fundamentada na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior. SANÇÃO: censura. 2.7 Artigo 34, VII – violar, sem justa causa, sigilo profissionalviolar, sem justa causa, sigilo profissionalviolar, sem justa causa, sigilo profissionalviolar, sem justa causa, sigilo profissional. Como já tratamos anteriormente, o sigilo profissional encontra previsão legal nos artigos 25 a 27, do Código de Ética.

O inciso XIX, do artigo 7º, do Estatuto, também é pertinente. A regra é que o advogado não pode violar o sigilo das informações que lhe foram confiadas pelo cliente. A quebra de sigilo só é justificável quando houver grave ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar informações que lhe fora confiadas – art. 25, CED. SANÇÃO: censura.

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2.8 Artigo 34, VIII – estabelecer estabelecer estabelecer estabelecer entendimento com a parte adversa sem entendimento com a parte adversa sem entendimento com a parte adversa sem entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrárioautorização do cliente ou ciência do advogado contrárioautorização do cliente ou ciência do advogado contrárioautorização do cliente ou ciência do advogado contrário. Significa que qualquer transação, negociação ou até mesmo sondagem que encaminhem para entendimento com a parte adversa, à revelia de autorização do seu cliente ou do conhecimento do advogado contrário, configuram infração disciplinar.

O advogado, como procurador, defende interesse de seu cliente, e não interesse próprio. Caso venha a agir segundo o estabelecido neste inciso, transgredirá também o princípio da confiança firmado entre ele e o seu cliente.

Por outro lado, será também um desrespeito ao colega, pois faltará com o dever de urbanidade, previsto no artigo 44, do Código de Ética e Disciplina da OAB. SANÇÃO: censura. 2.9 Artigo 34, IX – prejudicar, por cuprejudicar, por cuprejudicar, por cuprejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu lpa grave, interesse confiado ao seu lpa grave, interesse confiado ao seu lpa grave, interesse confiado ao seu patrocíniopatrocíniopatrocíniopatrocínio. Trata-se de prejuízo causado ao cliente. Neste caso estará sujeito, inclusive, a responder civilmente (responsabilidade contratual). Mas, para responder perante o Tribunal de Ética, a culpa, no caso do inciso ora comentado, terá que ser grave.

Culpa grave significa erro inescusável e grosseiro, evidenciando o desleixo e a desídia por parte do advogado no exercício de sua profissão. SANÇÃO: censura. 2.10 Artigo 34, X – acarretar, conscientemente, por ato próacarretar, conscientemente, por ato próacarretar, conscientemente, por ato próacarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou prio, a anulação ou prio, a anulação ou prio, a anulação ou nulidade do processo em que funcionenulidade do processo em que funcionenulidade do processo em que funcionenulidade do processo em que funcione. A competência profissional, ao lado da diligência e do senso de responsabilidade são requisitos indispensáveis ao exercício da advocacia.

Se, por inépcia, acarretar anulação ou nulidade do processo no qual representa interesse de seu constituinte, configurada está a infração prevista neste inciso. Não importa se trouxe prejuízo financeiro ou simplesmente perda de tempo ao seu cliente. O prejuízo é ao processo no qual atua como advogado. SANÇÃO: censura. 2.11 Artigo 34, XI – abandono da causaabandono da causaabandono da causaabandono da causa. O advogado não pode, de maneira injustificada, abandonar a causa que lhe fora confiada. O advogado poderá renunciar ao mandato outorgado pelo seu constituinte, porém, durante os 10 dias seguintes à notificação de sua renúncia, obriga-se a representá-lo, salvo se vier a ser substituído ANTES do término deste prazo - § 3º, do artigo 5º, do EAOAB.

A notificação da renúncia deverá ocorrer, preferencialmente, por intermédio de carta com AR – artigo 6º, do Regulamento Geral. Já o CED dispõe, no seu artigo 12, que o advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo os processos sob sua responsabilidade, sem justo motivo e comprovada ciência de seu constituinte. SANÇÃO: censura. 2.12 Artigo 34, XII – recusa na prestação de assistência jurídicarecusa na prestação de assistência jurídicarecusa na prestação de assistência jurídicarecusa na prestação de assistência jurídica. Cabe à Defensoria Pública, por lei, prestar assistência jurídica à pessoa necessitada – Lei n. 1.060/50. Havendo impossibilidade desta, e uma vez sendo designado o advogado a prestar assistência ao necessitado, não deve este último, imotivadamente, recusar o patrocínio, sob pena de responder eticamente. SANÇÃO: censura. 2.13 Artigo 34, XIII – veicular, desnecessária e habitualmente, trabalho advocatício veicular, desnecessária e habitualmente, trabalho advocatício veicular, desnecessária e habitualmente, trabalho advocatício veicular, desnecessária e habitualmente, trabalho advocatício através da imprensaatravés da imprensaatravés da imprensaatravés da imprensa. As causas que lhe foram confiadas não podem ser expostas na imprensa, podendo se configurar infração disciplinar em caso de abuso (habitualidade) por parte do causídico, podendo tal conduta reprovável redundar em prejuízos não somente para o seu cliente, como também para a própria advocacia. O

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Código de Ética da OAB, nos seus artigos 28 a 34, disciplina a matéria referente à publicidade por parte do advogado. SANÇÃO: censura. 2.14 Artigo 34, XIV – deturpação de citaçõesdeturpação de citaçõesdeturpação de citaçõesdeturpação de citações. O advogado que, propositadamente, deturpa teor de lei, de citação doutrinária, de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, no intuito de confundir o adversário ou iludir o juiz, comete infração punível no plano ético-disciplinar, sem prejuízo de responder civil e criminalmente.

Deturpar significa desfigurar, tornar pior, viciado, corrompido, as citações de textos legais, doutrinários, jurisprudenciais e de depoimentos, pelo advogado. SANÇÃO: censura. 2.15 Artigo 34, XV – imputação de fato criminosoimputação de fato criminosoimputação de fato criminosoimputação de fato criminoso. Ainda que seja verdadeiro, o advogado não pode imputar a terceiro, em nome de seu constituinte e sem autorização expressa deste, fato definido como crime. SANÇÃO: censura. 2.16 Artigo 34, XVI – descumprimento a determinação emanada da OABdescumprimento a determinação emanada da OABdescumprimento a determinação emanada da OABdescumprimento a determinação emanada da OAB. Caso venha o advogado a ser notificado a cumprir (obrigação de fazer imputável ao notificado), no prazo estabelecido, determinação lícita emanada de órgão ou de autoridade da OAB, em matéria de competência desta, porém, deixa de cumpri-la, poderá responder eticamente. SANÇÃO: censura. 2.17 Artigo 34, XVII – ato ilícito ou fraudulentoato ilícito ou fraudulentoato ilícito ou fraudulentoato ilícito ou fraudulento. Nesta hipótese o advogado, intencionalmente, colabora com clientes ou com terceiros para a realização de ato ilícito (contrário à lei) ou fraudulento (fraude à lei). Configurando-se uma dimensão proibitiva mais ampla, o inciso VIII, letra d, do artigo 2º, do CED, estabelece que é dever do advogado abster-se de emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana. SANÇÃO: suspensão. 2.18 Artigo 34, XVIII –––– aplicação ilícita ou desonesta de valores recebidos de clienteaplicação ilícita ou desonesta de valores recebidos de clienteaplicação ilícita ou desonesta de valores recebidos de clienteaplicação ilícita ou desonesta de valores recebidos de cliente -> Está infração é ocorre no caso do advogado receber de cliente qualquer importância para aplicação em fins ilícitos ou desonestos. É uma infração punível com pena de suspensão.

Desonesta porque ofende os valores éticos e morais, embora não contrarie nenhuma norma jurídica. Ilícito quando viola expressa proibição legal. Este inciso fala: Solicitar ou receber [...]. Na solicitação não é necessário que o advogado receba a importância ou que venha a aplicá-la, para se configurar a conduta reprovável.

No segundo caso – Receber – a conduta é mais grave, posto que o advogado recebe do constituinte qualquer importância para aplicação desonesta ou ilícita. O advogado também comete esta infração se, concomitantemente, solicita e recebe importância para aplicação ilícita ou desonesta. 2.19 Artigo 34, XIX –––– Recebimento de valores da parte contrária ou de terceiroRecebimento de valores da parte contrária ou de terceiroRecebimento de valores da parte contrária ou de terceiroRecebimento de valores da parte contrária ou de terceiro -> Esta hipótese pune o advogado que recebe valores da parte contrária ou de terceiro sem autorização expressa do seu constituinte. Os valores devem estar relacionados com o objeto do mandato. A má-fé do advogado agrava a infração. Afronta a relação de confiança entre advogado e cliente, conforme estabelece o artigo 46, do CED. A infração disciplinar perdura mesmo que o advogado não tenha intenção de prejudicar seu constituinte, ou que aja com intuito de beneficiá-lo. Aplica-se a suspensão. 2.20 Artigo 34, XX – Locupletamento à custa do constituinteLocupletamento à custa do constituinteLocupletamento à custa do constituinteLocupletamento à custa do constituinte -> Esta hipótese pune o ato de locupletamento (de qualquer forma) à custa do cliente ou da parte adversa.

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Locupletamento é o benefício ou enriquecimento indevido do advogado à custa de outrem. A ocorrência desta infração permite a aplicação do artigo 186, CC: Aquele qAquele qAquele qAquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar ue, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar ue, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar ue, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícitodireito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícitodireito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícitodireito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito – e do artigo 187, CC (abuso de direito): Também comete ao ilícito o titular de um direito Também comete ao ilícito o titular de um direito Também comete ao ilícito o titular de um direito Também comete ao ilícito o titular de um direito que, ao exeque, ao exeque, ao exeque, ao exercêrcêrcêrcê----lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boaeconômico ou social, pela boaeconômico ou social, pela boaeconômico ou social, pela boa----fé ou pelos bons costumesfé ou pelos bons costumesfé ou pelos bons costumesfé ou pelos bons costumes.

A devolução do valor indevidamente apropriado pelo advogado dá-se pela atualização monetária, porém a infração permanece se essa devolução ocorrer somente DEPOIS de instaurado o processo ético-disciplinar. Aqui, também, como fornecedor de serviços, o advogado se sujeitará às normas do Código de Defesa do Consumidor. Exemplos: advogado que cobra honorários abusivos; quando recebe procuração e adiantamento do cliente e não ajuíza a ação. Sanção: suspensão. 2.21 Artigo 34, XXI – Recusa injustificada de prestar contasRecusa injustificada de prestar contasRecusa injustificada de prestar contasRecusa injustificada de prestar contas -> É infração punível com suspensão de 30 dias a 12 meses, cabendo, simultaneamente, aplicação de multa. As relações entre advogado e cliente devem observar o princípio da confiança. Prestar contas ao cliente é um dever do advogado – artigo 9º, CED. Nesta hipótese, a suspensão perdura até que o advogado satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção monetária - § 2º, artigo 37, EAOAB. 2.22 Artigo 34, XXII – Reter, abusivamente, ou extraviar autosReter, abusivamente, ou extraviar autosReter, abusivamente, ou extraviar autosReter, abusivamente, ou extraviar autos -> O advogado tem o direito de retirar (junto à secretaria ou cartório) o processo e levá-lo para melhor apresentar a sua manifestação em favor de seu cliente, conforme direito previsto no artigo 7º, incisos XIII a XVI, do EAOAB. Todavia, ao término do prazo, o advogado deverá devolver o processo ao Cartório ou Secretaria, prontamente, após intimação para fazê-lo.

O Código de Processo Civil também pune o advogado que retém o processo abusivamente – artigo 196, e parágrafo. Nesta infração prevista no EAOAB ocorrem duas hipóteses puníveis: 1ª - retenção abusiva dos autos; 2ª - extravio de autos (hipótese mais grave). Nesta última, não há necessidade de dolo.

O Código Penal vigente também traz previsão neste sentido – artigo 356 – crime passível de detenção de 06 meses a 03 anos, e multa, inutilizar, total ou inutilizar, total ou inutilizar, total ou inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documentos ou objeto de valor probatório, parcialmente, ou deixar de restituir autos, documentos ou objeto de valor probatório, parcialmente, ou deixar de restituir autos, documentos ou objeto de valor probatório, parcialmente, ou deixar de restituir autos, documentos ou objeto de valor probatório, que recebeu na qualidade de advogaque recebeu na qualidade de advogaque recebeu na qualidade de advogaque recebeu na qualidade de advogado ou procuradordo ou procuradordo ou procuradordo ou procurador. (grifo nosso). Sanção: suspensão. 2.23 Artigo 34, XXIII – Inadimplemento para com a OABInadimplemento para com a OABInadimplemento para com a OABInadimplemento para com a OAB -> Havendo, por parte do advogado, inadimplência quanto às suas obrigações pecuniárias devidas à OAB, configurada está a hipótese de infração punível com suspensão.

Segundo o artigo 22, do Regulamento Geral, O advogado, regularmente O advogado, regularmente O advogado, regularmente O advogado, regularmente notificado, deve quitar seu débito relativo às Anuidades, no prazo de 15 dias da notificado, deve quitar seu débito relativo às Anuidades, no prazo de 15 dias da notificado, deve quitar seu débito relativo às Anuidades, no prazo de 15 dias da notificado, deve quitar seu débito relativo às Anuidades, no prazo de 15 dias da notificação, sob pena de suspensão, aplicada em processo disciplinarnotificação, sob pena de suspensão, aplicada em processo disciplinarnotificação, sob pena de suspensão, aplicada em processo disciplinarnotificação, sob pena de suspensão, aplicada em processo disciplinar. Aqui, a pena de suspensão pode ultrapassar o limite máximo de 12 meses, ou seja, perdura até que satisfaça integralmente sua dívida para com a OAB, inclusive com correção monetária – artigo 37, § 2º, EAOAB. 2.24 Artigo 34, XXIV – inépcia profissional do advogado inépcia profissional do advogado inépcia profissional do advogado inépcia profissional do advogado -> Cuida esta infração das práticas reiteradas de erros no exercício profissional, evidenciando sua inépcia profissional. Inépcia significa falta absoluta de aptidão, no caso, para a advocacia. Verificada essa inépcia, o advogado estará sujeito a sofrer suspensão, que

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perdurará até que comprove a devida habilitação para o exercício da advocacia – artigo 37, § 3º, EAOAB. Sanção: suspensão. 2.25 Artigo 34, XXV – Conduta incompatível com a advocaciaConduta incompatível com a advocaciaConduta incompatível com a advocaciaConduta incompatível com a advocacia -> O advogado deve se comportar de modo a ser merecedor de respeito por parte de todos. O artigo 31, do EAOAB dispõe: O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocaciarespeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocaciarespeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocaciarespeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia.

Conduta incompatível é aquela que atenta contra os valores éticos, morais e legais que permeiam a advocacia. O parágrafo único, do artigo 34, do EAOAB, determina: IncluiIncluiIncluiInclui----se na conduta incompatível: a) prática reiterada de jogo de azar, se na conduta incompatível: a) prática reiterada de jogo de azar, se na conduta incompatível: a) prática reiterada de jogo de azar, se na conduta incompatível: a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei; b) incontinência pública e escandalosa; c) embriaguez ou não autorizado por lei; b) incontinência pública e escandalosa; c) embriaguez ou não autorizado por lei; b) incontinência pública e escandalosa; c) embriaguez ou não autorizado por lei; b) incontinência pública e escandalosa; c) embriaguez ou toxicomania habitoxicomania habitoxicomania habitoxicomania habituaistuaistuaistuais. Práticas que exigem habitualidade para se configurar a infração. Sanção: suspensão. 2.26 Artigo 34, XXVI – falsa prova de requisito para inscrição na OABfalsa prova de requisito para inscrição na OABfalsa prova de requisito para inscrição na OABfalsa prova de requisito para inscrição na OAB -> Está conduta, em vista da sua extrema gravidade, é punível com pena de exclusão. A inscrição é tratada nos artigos 8º a 14, do EAOAB. As exigências para inscrição como advogado estão contempladas nos incisos do artigo 8º, do EAOAB. Temos, pois, alguém que atua como advogado, mas que, quando da sua inscrição junto a OAB, violou qualquer dos requisitos previstos no artigo 8º, do EAOAB. 2.27 Artigo 34, XXVII – inidoneidade moral para o exercício da advocaciainidoneidade moral para o exercício da advocaciainidoneidade moral para o exercício da advocaciainidoneidade moral para o exercício da advocacia -> Comete a infração o profissional que, já inscrito na OAB, torna-se inidôneo para o exercício da advocacia. Idoneidade moral significa decência, retidão de caráter. A conduta idônea é condição necessária para a prática da advocacia. Esta conduta é punível com a sanção de exclusão dos quadros da OAB. 2.28 Artigo 34, XXVIII – prática de crime infamanteprática de crime infamanteprática de crime infamanteprática de crime infamante -> A prática de crime infamante por parte do advogado leva-o a responder processo ético-disciplinar, podendo ser excluído dos quadros da OAB. Mas, o que vem a ser crime infamante, para fins de sujeitar o advogado que o pratica a responder perante o TED? É todo aquele que todo aquele que todo aquele que todo aquele que acarreta para seu autor acarreta para seu autor acarreta para seu autor acarreta para seu autor a desonra, a indignidade e a má fama (daí infame)a desonra, a indignidade e a má fama (daí infame)a desonra, a indignidade e a má fama (daí infame)a desonra, a indignidade e a má fama (daí infame), segundo Paulo Lobo. 2.29 Artigo 34, XXIX – estagiário que pratica ato excedente de sua habilitaçãoestagiário que pratica ato excedente de sua habilitaçãoestagiário que pratica ato excedente de sua habilitaçãoestagiário que pratica ato excedente de sua habilitação - > Esta infração está relacionada ao estagiário de Direito. Segundo o § 2º, do artigo 3º, do EAOAB, O eO eO eO estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos stagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos stagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos stagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 1º, na forma do Regulamento Geral, previstos no art. 1º, na forma do Regulamento Geral, previstos no art. 1º, na forma do Regulamento Geral, previstos no art. 1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunto com advogado e em conjunto com advogado e em conjunto com advogado e em conjunto com advogado e sob responsabilidade destesob responsabilidade destesob responsabilidade destesob responsabilidade deste. (grifo nosso).

O Regulamento Geral, nos seus artigos 27 a 31, disciplina o estágio profissional. Assim, caso o estagiário ir além de sua habilitação, ou seja, cometer abuso de direito – artigo 187, CC – poderá ser punido com pena de censura, conforme estabelece o artigo 36, inciso I, do EAOAB.

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DA ORDEMDA ORDEMDA ORDEMDA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL DOS ADVOGADOS DO BRASIL DOS ADVOGADOS DO BRASIL DOS ADVOGADOS DO BRASIL –––– FINS E ORGANIZAÇÃOFINS E ORGANIZAÇÃOFINS E ORGANIZAÇÃOFINS E ORGANIZAÇÃO –

PARTE VI.

Professor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes Furtado 1111 IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução. Segundo o artigo 44, do Estatuto da OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil – serviço público, dotada de personalidade jurídica e forma federativa – tem as seguintes finalidades: I – defender a Constituição, a ordem jurídica do estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; II – promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil. 2222 Órgãos da OABÓrgãos da OABÓrgãos da OABÓrgãos da OAB. O Conselho Federal, os Conselhos Seccionais, as Subseções, e as Caixas de Assistência dos Advogados – artigo 45, Estatuto. 2.12.12.12.1 Conselho FederalConselho FederalConselho FederalConselho Federal. A competência do Conselho Federal está disciplinada no artigo 54, do Estatuto. O Conselho Federal será composto – artigo 51, Estatuto – pelos conselheiros federais, integrantes das delegações de cada estado da federação e pelos seus ex-presidentes (membros honorários vitalícios). Sua estrutura e funcionamento estão definidos no Regulamento Geral da OAB, conforme artigo 53, caput, Estatuto. A diretoria do Conselho Federal é composta pelo: presidente, vice-presidente, secretário-geral, secretário-geral adjunto e um tesoureiro – artigo 55, Estatuto. 2.22.22.22.2 Conselho(s) Seccional(is)Conselho(s) Seccional(is)Conselho(s) Seccional(is)Conselho(s) Seccional(is). Segundo o artigo 56, caput, Estatuto, é composto de conselheiros em número proporcional ao de seus inscritos. As suas atribuições estão relacionadas no artigo 58, do Estatuto. A diretoria de cada Conselho seccional estará composição idêntica e atribuições equivalentes às do Conselho Federal – artigo 59, Estatuto. 2.32.32.32.3 SubseçõesSubseçõesSubseçõesSubseções. Os Conselhos Seccionais poderão criar Subseções, fixando-lhes área territorial e seus limites de competência e autonomia, podendo abranger um ou mais municípios, ou parte de município, inclusive da capital do Estado, contando com um mínimo de quinze advogados nela domiciliados profissionalmente – artigo 60, § 1º, Estatuto. A competência da Subseção está prevista no artigo 61, do Estatuto. A diretoria da Subseção terá atribuições e composição equivalentes às da diretoria do Conselho Seccional – artigo 60, § 2º, Estatuto. 2.42.42.42.4 Caixa de Assistência dos AdvogadosCaixa de Assistência dos AdvogadosCaixa de Assistência dos AdvogadosCaixa de Assistência dos Advogados. Trata-se de um órgão da OAB que cuida de assistir aos advogados. É um órgão voltado ao amparo social em favor do advogado. Sua atuação é voltada para promover benefícios para o advogado e seus familiares em questões pertinentes à saúde (tratamento odontológico, tratamento médico, saúde mental), educação, bem-estar social e pecúlio.

Sua diretoria será composta por cinco membros, com atribuições definidas em seu Registro Interno – artigo 62, § 4º, Estatuto.

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ÉTICA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL ---- NA MAGISTRATURA NA MAGISTRATURA NA MAGISTRATURA NA MAGISTRATURA –––– Parte I

Professor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes Furtado

Para realizar justiça eficiente, é imprescindível que o magistrado seja uma criatura de sua Para realizar justiça eficiente, é imprescindível que o magistrado seja uma criatura de sua Para realizar justiça eficiente, é imprescindível que o magistrado seja uma criatura de sua Para realizar justiça eficiente, é imprescindível que o magistrado seja uma criatura de sua época, misturandoépoca, misturandoépoca, misturandoépoca, misturando----se na sociedade para melhor conhecêse na sociedade para melhor conhecêse na sociedade para melhor conhecêse na sociedade para melhor conhecê----lalalala. DRIOUX.

1111 DevDevDevDeveres do magistrado na Lei Complementar n. 35/79 eres do magistrado na Lei Complementar n. 35/79 eres do magistrado na Lei Complementar n. 35/79 eres do magistrado na Lei Complementar n. 35/79 –––– Lei Orgânica da Lei Orgânica da Lei Orgânica da Lei Orgânica da Magistratura NacionalMagistratura NacionalMagistratura NacionalMagistratura Nacional. Estão contemplados nos incisos I a VIII, do artigo 35, da Lei Complementar n. 35/79.

Art. 35 Art. 35 Art. 35 Art. 35 ---- São deveres do magistrado:

IIII - Cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de ofício;

IIIIIIII - não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou despachar;

IIIIIIIIIIII - determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos prazos legais;

IVIVIVIV - tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares da Justiça, e atender aos que o procurarem, a qualquer momento, quanto se trate de providência que reclame e possibilite solução de urgência.

VVVV - residir na sede da Comarca salvo autorização do órgão disciplinar a que estiver subordinado;

VIVIVIVI - comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou a sessão, e não se ausentar injustificadamente antes de seu término;

VIlVIlVIlVIl - exercer assídua fiscalização sobre os subordinados, especialmente no que se refere à cobrança de custas e emolumentos, embora não haja reclamação das partes;

VIIIVIIIVIIIVIII - manter conduta irrepreensível na vida pública e particular.

4444 Das penalidades aplicáveis ao magisDas penalidades aplicáveis ao magisDas penalidades aplicáveis ao magisDas penalidades aplicáveis ao magistradotradotradotrado. As penas disciplinares aplicáveis ao magistrado são, segundo o artigo 42, da LOMAN: 1) advertência, 2) censura, 3) remoção compulsória, 4) disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo

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de serviço, 5) aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, e 6) demissão.

As penas de advertência e de censura são aplicáveis somente aos juízes de 1ª Instância. Ambas são aplicadas reservadamente, por escrito. Quando for caso de negligência no cumprimento dos deveres do cargo, o juiz poderá sofrer pena de advertência – artigo 43, LOMAN.

A pena de censura será aplicada no caso de reiterada negligência no cumprimento dos deveres do cargo, ou no de procedimento incorreto, se a infração não justificar punição mais grave – artigo 44, LOMAN. Sendo punido com a pena de censura, o magistrado não poderá figurar em lista de promoção por merecimento pelo prazo de 01 (um) ano, contado da imposição da pena – artigo 45, LOMAN.

O procedimento para a decretação da remoção ou disponibilidade do magistrado obedecerá ao estabelecido no artigo 27, da LOMAN. Art. 27Art. 27Art. 27Art. 27 - O procedimento para a decretação da perda do cargo terá início por determinação do Tribunal, ou do seu órgão especial, a que pertença ou esteja subordinado o magistrado, de ofício ou mediante representação fundamentada do Poder Executivo ou Legislativo, do Ministério Público ou do Conselho Federal ou Secional da Ordem dos Advogados do Brasil.

§ 1º§ 1º§ 1º§ 1º - Em qualquer hipótese, a instauração do processo preceder-se-á da defesa prévia do magistrado, no prazo de quinze dias, contado da entrega da cópia do teor da acusação e das provas existentes, que lhe remeterá o Presidente do Tribunal, mediante ofício, nas quarenta e oito horas imediatamente seguintes à apresentação da acusação.

§ 2º§ 2º§ 2º§ 2º - Findo o prazo da defesa prévia, haja ou não sido apresentada, o Presidente, no dia útil imediato, convocará o Tribunal ou o seu órgão especial para que, em sessão secreta, decida sobre a instauração do processo, e, caso determinado esta, no mesmo dia distribuirá o feito e fará entregá-lo ao relator.

§ 3º§ 3º§ 3º§ 3º - O Tribunal ou o seu órgão especial, na sessão em que ordenar a instauração do processo, como no curso dele, poderá afastar o magistrado do exercício das suas funções, sem prejuízo dos vencimentos e das vantagens, até a decisão final.

§ 4º§ 4º§ 4º§ 4º - As provas requeridas e deferidas, bem como as que o relator determinar de ofício, serão produzidas no prazo de vinte dias, cientes o Ministério Público, o magistrado ou o procurador por ele constituído, a fim de que possam delas participar.

§ 5º§ 5º§ 5º§ 5º - Finda a instrução, o Ministério Público e o magistrado ou seu procurador terão, sucessivamente, vista dos autos por dez dias, para razões.

§ 6º§ 6º§ 6º§ 6º - O julgamento será realizado em sessão secreta do Tribunal ou de seu órgão especial, depois de relatório oral, e a decisão no sentido da penalização do magistrado só será tomada pelo voto de dois terços dos membros do colegiado, em escrutínio secreto.

§ 7º§ 7º§ 7º§ 7º - Da decisão publicar-se-á somente a conclusão.

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§ 8º§ 8º§ 8º§ 8º - Se a decisão concluir pela perda do cargo, será comunicada, imediatamente, ao Poder Executivo, para a formalização do ato.

Art. 28Art. 28Art. 28Art. 28 - O magistrado vitalício poderá ser compulsoriamente aposentado ou posto em disponibilidade, nos termos da Constituição e da presente Lei.

Art. 29Art. 29Art. 29Art. 29 - Quando, pela natureza ou gravidade da infração penal, se torne aconselhável o recebimento de denúncia ou de queixa contra magistrado, o Tribunal, ou seu órgão especial, poderá, em decisão tomada pelo voto de dois terços de seus membros, determinar o afastamento do cargo do magistrado denunciado.

Segundo o artigo 47, da LOMAN, a pena de demissão será aplicada ao magistrado vitalício nos casos do artigo 26, I e II, da LOMAN: I - em ação penal por crime comum ou de responsabilidade; II - em procedimento administrativo para a perda do cargo nas hipóteses seguintes: a) exercício, ainda que em disponibilidade, de qualquer outra função, salvo um cargo de magistério superior, público ou particular; b) recebimento, a qualquer título e sob qualquer pretexto, de percentagens ou custas nos processos sujeitos a seu despacho e julgamento; c) exercício de atividade político-partidária.

Quanto aos juizes nomeados mediante concurso de provas e títulos, enquanto não adquirirem a vitaliciedade, e aos juízes togados temporários, a demissão será aplicada em caso de falta grave, inclusive nas hipóteses previstas no artigo 56, da LOMAN: Art. 56Art. 56Art. 56Art. 56 - O Conselho Nacional da Magistratura poderá determinar a aposentadoria, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, do magistrado: IIII - manifestadamente negligente no cumprimento dos deveres do cargo; IIIIIIII - de procedimento incompatível com a dignidade, a honra e o decoro de suas funções; IIIIIIIIIIII - de escassa ou insuficiente capacidade de trabalho, ou cujo proceder funcional seja incompatível com o bom desempenho das atividades do Poder Judiciário.

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ÉTICA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL ---- NA MAGISTRATURA NA MAGISTRATURA NA MAGISTRATURA NA MAGISTRATURA –––– Parte II

Professor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes Furtado

1 Das penalidades aplicáveis aos magistradosDas penalidades aplicáveis aos magistradosDas penalidades aplicáveis aos magistradosDas penalidades aplicáveis aos magistrados. Os magistrados são responsáveis pela condução dos processos, zelando pela correta administração da justiça (formal) e aplicação das normas jurídicas de acordo com a função jurisdicional do Estado. O magistrado é pessoa física por intermédio da qual o Estado atua na pacificação dos conflitos. Como todo ser humano, não está isento de cometer desvios de conduta, tanto no plano pessoal quanto funcional.

A lei, todavia, coíbe tais práticas, prevendo punições cabíveis para cada caso. É óbvio que ao magistrado será sempre garantido o direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa – artigo 5º, LV. Segundo o artigo 42, da LOMAN, as penas aplicáveis aos magistrados são: 1) advertência; 2) censura; 3) remoção compulsória; 4) disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço; 5) aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço; e 6) demissão. Temos, pois, uma gradação, que vai da infração mais simples – advertência – à mais grave – demissão.

2222 Advertência e censuraAdvertência e censuraAdvertência e censuraAdvertência e censura. Ambas são aplicáveis somente aos juízes de 1ª Instância, ou seja, aos juízes monocráticos. Ambas também são aplicadas por escrito e reservadamente. Quando o juiz for negligente (artigo 186, CC) no cumprimento dos deveres do cargo, a pena aplicável será de advertência – artigo 43, LOMAN.

Ocorrendo reiterada negligência no cumprimento dos deveres do cargo, ou no procedimento incorreto, e se a infração não justificar uma punição mais grave, a pena será de censura – artigo 44, LOMAN. A conseqüência da pena de censura será: o juiz infrator, pelo prazo de 01 (um) ano, não poderá figurar em lista de promoção por merecimento – artigo 45, LOMAN. A promoção do magistrado se encontra prevista na Constituição Federal no artigo 93, incisos I a III. Na LOMAN, nos artigos 80 a 88.

Os deveres dos magistrados se encontram arrolados nos incisos I a VIII, do artigo 35, da LOMAN. Também podemos encontrá-los nos artigos 125, I a IV, 126, e 127, do CPC.

Lembremos que o juiz responderá por perdas e danos quando, no exercício de suas funções, proceder com dolo (dolo é aqui considerada em sentido amplo, e não em sentido estrito, conforme se encontra nos artigos 145 a 150, CC) ou fraude; ou recusar (indeferir medida cabível e pertinente), omitir (deixar de praticar atos de ofício exigidos por lei) ou retardar (procrastinação), sem justo motivo, providência

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que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte – inciso I e II, do artigo 133, do CPC. Neste caso, trata-se de responsabilidade civil pessoal do juiz, e não de responsabilidade objetiva do Estado. Tal responsabilidade do magistrado não exclui a responsabilidade penal e a administrativa, às quais se submete igualmente o magistrado.

Não se encontra incluído no caso do artigo 133 o que denominamos de erro judiciário, quando o juiz age de boa-fé.

O Código Penal, no artigo 319, prevê o crime de prevaricação: retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Pena: detenção, de 3 (três) a 1 (um) ano, e multa. Este crime figura entre aqueles praticados contra a Administração Pública em geral.

3333 Outras disposições constitucionais ou infraconstitucionais relacionadas com Outras disposições constitucionais ou infraconstitucionais relacionadas com Outras disposições constitucionais ou infraconstitucionais relacionadas com Outras disposições constitucionais ou infraconstitucionais relacionadas com os deveres dos magistradosos deveres dos magistradosos deveres dos magistradosos deveres dos magistrados. A Constituição Federal traz algumas disposições que estão relacionadas, de forma direta ou indiretamente, com os deveres dos magistrados.

Assim, caso o juiz falte com seus deveres, o prejudicado poderá responder por perdas e danos – artigo 133, CPC. Ora, a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito – artigo 5º, XXXV. O juiz, portanto, poderá ser acionado judicialmente pelo prejudicado, em decorrência daquele ter faltado com qualquer de seus deveres.

O artigo 93, II, e, da CF, estabelece que o juiz que reter, injustificadamente, processo em seu poder, violando prazo legal, não será promovido. A retenção de processo também pode prejudicar ao jurisdicionado, que esteja com parte em um processo. Tal retenção, além de prejudicar sua promoção, não o exime de responder por perdas e danos.

O artigo 93, IX, da CF, dispõe que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos (ressalvados casos de interesse público, ou que se referiam ao estado da pessoa, preservando-se intimidade desta: casamento, filiação, alimentos, divórcio, separação, etc), e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Se o juiz violar este preceito poderá responder judicialmente, por perdas e danos.

Segundo o parágrafo único, do artigo 95, da Constituição Federal, aos juízes é vedado: I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III – dedicar-se à atividade político-partidária; IV – receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções em lei; V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Outras vedações se encontram contempladas também nos incisos I a III, do artigo 36, da LOMAN.

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ÉTICA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL ---- NA MAGISTRATURA NA MAGISTRATURA NA MAGISTRATURA NA MAGISTRATURA –––– Parte IParte IParte IParte IIIIIIIII

Professor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes Furtado

1111 IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução. Os magistrados, no exercício da jurisdição, representam o Estado. Não o Estado de exceção, mas o Estado do império das leis. Diz a CF – inciso XXXVII, do artigo 5º: não haverá juízo ou tribunal de exceçãonão haverá juízo ou tribunal de exceçãonão haverá juízo ou tribunal de exceçãonão haverá juízo ou tribunal de exceção. Também a Constituição Federal, no seu artigo 2º, caput, consigna: São Poderes da União, São Poderes da União, São Poderes da União, São Poderes da União, independentes eindependentes eindependentes eindependentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciárioharmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciárioharmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciárioharmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. E no inciso II, do mesmo artigo: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma senão em virtude de leisenão em virtude de leisenão em virtude de leisenão em virtude de lei. São cláusulas pétreas, que integram, juntamente com outras, os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos. O Poder Judiciário é disciplinado no Texto Constitucional nos artigos 92 a 126. São os magistrados, portanto, que conduzem os processos, aplicando o direito e resolvendo os conflitos que são encaminhados ao Poder Judiciário, diariamente.

Os magistrados, ao lado das funções essenciais à administração da justiça: ministério público, a advocacia pública, a advocacia privada e a defensoria pública, conforme determina a CF a partir do artigo 127, devem igualmente zelar pela administração da justiça.

No Estado Democrático de Direito exige-se que advogados (públicos e privados), membros do ministério público e defensores públicos, atuem conjuntamente, cada um concorrendo para a realização da justiça (pelo menos formal), observando os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos e, acima de tudo, o princípio da dignidade da pessoa humana, este como um dos fundamentos da República – artigo 1º, da Constituição Federal.

A cada dia espera-se mais dos operadores do Direito, no sentido de que tenham uma postura cada vez menos dogmática e conservadora. Com o juiz, não poderia ser diferente. Aliás, na aplicação da lei o juiz atenderá aos FINSFINSFINSFINS SOCIAISSOCIAISSOCIAISSOCIAIS a que ela se dirige e as EXIGENCIAS DO BEM COMUM EXIGENCIAS DO BEM COMUM EXIGENCIAS DO BEM COMUM EXIGENCIAS DO BEM COMUM – art. 5º, LICC. Isto significa que o juiz, ao aplicar a lei ao caso concreto, não pode se descuidar de aplicá-la, ainda que resolvendo conflitos apenas entre particulares, sem atentar para os fins sociais e as exigências do bem comum que a norma encerra.

Espera-se do juiz, pela relevância e implicações de seu ofício na vida das pessoas, bem como pela repercussão política, econômica e social de suas decisões, que ele tenha sensibilidade, conhecimento humanístico, conhecimento técnico, maturidade, bom senso, e muita ética.

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Todavia, o magistrado é uma pessoa física. Pode cometer desvios de conduta, tanto pessoal quanto funcional. Assim, a lei coíbe PRÁTICASPRÁTICASPRÁTICASPRÁTICAS que atentatórias à conduta por ela exigida para os magistrados. As penas se encontram fixadas no artigo 42, da LOMAN: • Advertência. • Censura. • Remoção compulsória. • Disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. • Aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. • Demissão. 2222 Das penalidades aplicáveis aos magistradosDas penalidades aplicáveis aos magistradosDas penalidades aplicáveis aos magistradosDas penalidades aplicáveis aos magistrados. 2.12.12.12.1 Advertência eAdvertência eAdvertência eAdvertência e censuracensuracensuracensura. - Ambas são aplicáveis somente aos juízes de 1ª INSTÂNCIAINSTÂNCIAINSTÂNCIAINSTÂNCIA. - São aplicadas por escrito e reservadamente. - Aplica-se a ADVERTÊNCIAADVERTÊNCIAADVERTÊNCIAADVERTÊNCIA: quando o juiz for negligente no cumprimento de seus deveres do cargo – art. 43, LOMAN. 2.22.22.22.2 Aplica-se a CENSURACENSURACENSURACENSURA: quando houver negligência REITERADAREITERADAREITERADAREITERADA do juiz no cumprimento de seus deveres do cargo, ou no procedimento incorreto (desde que a infração não seja mais grave) – art. 44, LOMAN. Conseqüência da pena de CENSURACENSURACENSURACENSURA: o juiz não poderá, por 01 (um) figurar na lista de promoção por MERECIMENTOMERECIMENTOMERECIMENTOMERECIMENTO – art. 45, LOMAN. Que DEVERESDEVERESDEVERESDEVERES são esses? Estão contemplados nos incisos I a VIII, do artigo 35, LOMAN. Estão também nos artigos 125, I a IV, 126 e 127, CPC. O juiz responderá por PERDASPERDASPERDASPERDAS E DANOS E DANOS E DANOS E DANOS quando, no exercício de suas funções, proceder com DOLODOLODOLODOLO ou FRAUDEFRAUDEFRAUDEFRAUDE, ou RECUSARRECUSARRECUSARRECUSAR, OMITIR OMITIR OMITIR OMITIR ou RETARDARRETARDARRETARDARRETARDAR, sem justo motivo, providência que deva tomar – incisos I a III, art. 133, CPC.} trata} trata} trata} trata----se de se de se de se de responsabilidade CIVIL PESSOAL do juizresponsabilidade CIVIL PESSOAL do juizresponsabilidade CIVIL PESSOAL do juizresponsabilidade CIVIL PESSOAL do juiz. A responsabilidade civil NÃO EXCLUINÃO EXCLUINÃO EXCLUINÃO EXCLUI a responsabilidade PENALPENALPENALPENAL e ADMINISTRATIVAADMINISTRATIVAADMINISTRATIVAADMINISTRATIVA. Não se encontra previsto no artigo 133 o chamado ERRO JUDICIÁRIOERRO JUDICIÁRIOERRO JUDICIÁRIOERRO JUDICIÁRIO -> o juiz age de boa-fé. O Código Penal prevê crime de PREVARICAÇÃOPREVARICAÇÃOPREVARICAÇÃOPREVARICAÇÃO -> artigo 319. Pena: DETENÇÃODETENÇÃODETENÇÃODETENÇÃO de 03 a 01 ano e multa. Espécie de crime contra a Administração Pública. 2.32.32.32.3 Outras disposições constitucionais e infraconstitucionais relacionadas aos Outras disposições constitucionais e infraconstitucionais relacionadas aos Outras disposições constitucionais e infraconstitucionais relacionadas aos Outras disposições constitucionais e infraconstitucionais relacionadas aos deveres dos magistradosdeveres dos magistradosdeveres dos magistradosdeveres dos magistrados. - inciso XXXV, do artigo 5º, da CF -> Artigo 93, II, e, CF -> Artigo 93, IX, CF -> artigo 95, parágrafo único (vedações). Artigo 36, I a III, LOMAN. 2.42.42.42.4 Remoção compulsóriaRemoção compulsóriaRemoção compulsóriaRemoção compulsória -> o juiz não poderá ser removido sem o seu assentimento. O Tribunal, fundado em interesse público, poderá remover o juiz de instância inferior, observando o procedimento previsto no artigo 27, LOMAN. A CF, no artigo 93, VIII, dispõe que o ato de remoção do juiz, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da MAIORIAMAIORIAMAIORIAMAIORIA ABSOLUTAABSOLUTAABSOLUTAABSOLUTA do respectivo Tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça – CNJ – assegurada ampla defesa.

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Compete ao Conselho Nacional de Justiça o CONTROCONTROCONTROCONTROLELELELE da atuação ADMINISTRATIVAADMINISTRATIVAADMINISTRATIVAADMINISTRATIVA e FINANCEIRAFINANCEIRAFINANCEIRAFINANCEIRA do Poder Judiciário e do CUMPRIMENTO DOS CUMPRIMENTO DOS CUMPRIMENTO DOS CUMPRIMENTO DOS DEVERES FUNCIONAIS DOS JUÍZESDEVERES FUNCIONAIS DOS JUÍZESDEVERES FUNCIONAIS DOS JUÍZESDEVERES FUNCIONAIS DOS JUÍZES, cabendo-lhe o que se encontra disposto nos incisos I a VII, do § 4º, do artigo 103-B, da CF. A remoção poderá ser solicitada (a pedido) pelo magistrado, conforme dispõe o artigo 93, VIII-A, da Constituição Federal. 2.52.52.52.5 Disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviçoDisponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviçoDisponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviçoDisponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço -> Havendo interesse público, o Tribunal poderá, mediante voto de 2/3 de seus membros efetivos, determinar a disponibilidade de membro do próprio tribunal ou juiz de instância inferior, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço – artigo 45, II, LOMAN. A CF fala de maioria absoluta de seus membros ou do CNJ – art. 93, VIII. O procedimento obedecerá ao que dispõe o artigo 47, LOMAN. 2.62.62.62.6 Aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de Aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de Aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de Aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviçoserviçoserviçoserviço. - O Conselho Nacional de Magistratura pode avocar processos disciplinares contra juízes de 1ª instância e, em qualquer caso (inclusive de membros de tribunais), determinar a disponibilidade (ou a aposentadoria) com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. Reclamações contra juízes ou membros de tribunais deverão ser encaminhadas através de petições, devidamente fundamentadas e acompanhadas de provas – artigo 52, LOMAN.

Quais os casos cabíveis? Artigo 56, LOMAN: I – magistrado manifestamente NEGLIGENTENEGLIGENTENEGLIGENTENEGLIGENTE no cumprimento dos deveres do cargo; II – de procedimento incompatível com a dignidade, a honra e o decoro de suas funções; III – de escassa ou insuficiente capacidade de trabalho, ou cujo proceder funcional seja incompatível com o bom desempenho das atividades do Poder Judiciário. Caso as faltas acima não justifiquem a aposentadoria compulsória, o Conselho Nacional de Magistratura colocará o magistrado em disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço – artigo 57, LOMAN. 2.72.72.72.7 DemissãoDemissãoDemissãoDemissão. Segundo o artigo 47, LOMAN, tal pena será aplicada aos magistrados vitalícios nos casos: em ação penal por crime comum ou de responsabilidade; e em procedimento administrativo para a perda de cargo nas hipóteses previstas nas letras a a c, do artigo 26, II, LOMAN. Aos juízes nomeados mediante concursos de provas e títulos (antes de adquirem a vitaliciedade), e aos juízes togados temporários, em caso de falta grave, inclusive nas hipóteses do artigo 56, LOMAN.

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ANTEPROJETO DO CÓDIGO DE ÉTICA DO JUIZANTEPROJETO DO CÓDIGO DE ÉTICA DO JUIZANTEPROJETO DO CÓDIGO DE ÉTICA DO JUIZANTEPROJETO DO CÓDIGO DE ÉTICA DO JUIZ

I. Disposições GeraisI. Disposições GeraisI. Disposições GeraisI. Disposições Gerais Art. 1Art. 1Art. 1Art. 1. A atividade judicial deve se desenvolver de modo a garantir e fomentar a dignidade da pessoa humana, objetivando assegurar e promover o solidarismo e justiça na relação entre as pessoas. Art. 2Art. 2Art. 2Art. 2. Para consecução das finalidades de sua atuação, o juiz deve se manter permanente atualizado, em processo de constante aperfeiçoamento, de formação continuada, não só com relação as matérias estritamente jurídicas, como ainda outras que possam favorecer o melhor desempenho de suas funções. II. Independência e imparcialidadeII. Independência e imparcialidadeII. Independência e imparcialidadeII. Independência e imparcialidade Art. 3Art. 3Art. 3Art. 3. O juiz deve pautar o desempenho de suas atividades pelo conjunto das normas jurídicas, as razões de sua edição e a função social que se Ihes reconhece. sem receber influências externas e estranhas ao direito. Art. 4Art. 4Art. 4Art. 4. O comportamento e atos do juiz, na vida pública ou privada, devem ser de modo a evidenciar que não recebe qualquer espécie de influência, direta ou indireta, em sua atuação jurisdicional, de ninguém e de nenhum outro órgão, público ou privado. Art. Art. Art. Art. 5555. É dever do juiz denunciar qualquer interferência que vise a atingir sua independência. Art. 6Art. 6Art. 6Art. 6. É vedado ao juiz, de qualquer modo, interferir na atuação jurisdicional de outro colega. Art.7Art.7Art.7Art.7. O juiz deve se abster de qualquer conduta que possa gerar dúvida em sua equidistância das partes e evitar situações que possam ensejar impedimento ou suspeição. Art. Art. Art. Art. 8888. O juiz, no desempenho de sua atividade, deve dispensar as partes tratamento materialmente igualitário, vedada qualquer espécie de indevida discriminação. Art. Art. Art. Art. 9999. No tratamento dispensado aos membros do Ministério Público, 0 0 0 0 advogados, procuradores ou defensores, veda-se ao juiz a adoção de qualquer conduta que implique ou possa induzir 5 crença de indevido favorecimento ou consideração diferenciada. III. TransparênciaIII. TransparênciaIII. TransparênciaIII. Transparência Art. 10Art. 10Art. 10Art. 10. A atuação do juiz deve ser transparente, documentando-se seus atos, mesmo quando não legalmente exigível, mas sempre que possível, de modo a favorecer sua publicidade.

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Art. 11Art. 11Art. 11Art. 11. O juiz deve sempre procurar oferecer, sem infringência as regras do sigilo, informação útil, compreensível, confiável e clara. Art. 12Art. 12Art. 12Art. 12. O juiz deve se comportar, na relação com os meios de comunicação social, de maneira prudente e equitativa, cuidando especialmente para que não sejam prejudicados direitos e interesses legítimos de partes e seus procuradores. Art. 13Art. 13Art. 13Art. 13. O juiz deve evitar comportamentos ou atitudes que possam ser entendidos como de busca injustificada e desmesurada por reconhecimento social. Art. 14Art. 14Art. 14Art. 14. O juiz há de cuidar da preservação do sigilo, quando a lei o imponha, e, nos demais casos, guardar reserva, na vida publica e privada, sobre dados ou fatos pessoais de que tenha tomado conhecimento em função do exercício de sua atividade. Art. 15Art. 15Art. 15Art. 15. Os juízes pertencentes a órgãos colegiados devem preservar o sigilo de votos que ainda não tenham sido proferidos, de cujo teor venham, antes do julgamento, a tomar conhecimento. Art. Art. Art. Art. 16161616. O juiz deve ostentar conduta positiva e de colaboração com os órgãos de controle, bem assim com iniciativas de aferição de seu desempenho e do movimento judiciário. IV. Integridade e honestidade profissionalIV. Integridade e honestidade profissionalIV. Integridade e honestidade profissionalIV. Integridade e honestidade profissional Art. 17Art. 17Art. 17Art. 17. O juiz deve se comportar de modo a dignificar a função e estar consciente de que o exercício da atividade jurisdicional impõe restrições e exigências pessoais nem sempre vigentes para os cidadãos em geral. Art. 18Art. 18Art. 18Art. 18. O juiz não deve ostentar conduta que, aos olhos de um observador razoável, pareça atentatória aos valores e sentimentos comuns da comunidade em que desempenha suas funções. Art. Art. Art. Art. 19191919. Ao juiz é vedado receber dádivas, presentes ou benefícios a margem da lei ou que, de qualquer modo, sirvam a colocar em xeque a dignidade da função, nela compreendidas as atribuições jurisdicionais e administrativas, mesmo relativas ao mister correcional dos serviços extrajudiciais. Art. 20Art. 20Art. 20Art. 20. Ao juiz é vedado usar para fins próprios os bens públicos ou meios disponibilizados para exercício de suas funções. Art. 21Art. 21Art. 21Art. 21. O juiz deve adotar as medidas necessárias para evitar que possa surgir qualquer dúvida razoável sobre a legitimidade de suas receitas e de sua situação econômico-patrimonial. Art. 22Art. 22Art. 22Art. 22. O juiz não deve contrair obrigações que perturbem o cumprimento apropriado de suas funções. V. DiligênciaV. DiligênciaV. DiligênciaV. Diligência Art. Art. Art. Art. 23232323. O juiz deve cuidar para que os processos a seu cargo se resolvam em prazo razoável, sancionando qualquer iniciativa dilatória ou atentatória a boa fé processual.

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Art. Art. Art. Art. 24242424. O juiz deve velar para que os atos sejam praticados com a máxima pontualidade. Art. 25Art. 25Art. 25Art. 25. O juiz deve manter uma atitude aberta e paciente para receber argumentos ou criticas razoáveis de modo a confirmar ou retificar posições antes assumidas. Art. 26Art. 26Art. 26Art. 26. O juiz deve agir de forma prudente, avaliando as diferentes teses que lhe são apresentadas e ponderando as diferentes conseqüências que cada qual delas pode provocar. VI. CortesiaVI. CortesiaVI. CortesiaVI. Cortesia Art. 27Art. 27Art. 27Art. 27. O juiz deve sempre se portar de modo a externar respeito e consideração pelos colegas, promotores, advogados, servidores, partes, testemunhas e todos quantos se relacionem com a administração da Justiça. Art. 28Art. 28Art. 28Art. 28. A atividade disciplinar, de correição e de fiscalização, deve ser exercida sem infringência ao devido respeito pelos correicionados. Disposições finaisDisposições finaisDisposições finaisDisposições finais Art. 29Art. 29Art. 29Art. 29. Os preceitos do presente ato normativo complementam os deveres funcionais dos juízes que emanam da Constituição Federal, do Estatuto da Magistratura e das demais disposições legais. Art. 30Art. 30Art. 30Art. 30. A infração as disposições éticas erigidas sujeita o juiz a responsabilização disciplinar, na forma da lei vigente.

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ÉTICA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL ---- DO REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO DO REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO DO REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO DO REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO

PÚBLICO PÚBLICO PÚBLICO PÚBLICO –––– LEI N. 8.625/93 LEI N. 8.625/93 LEI N. 8.625/93 LEI N. 8.625/93 –––– LEI ORGÂNICA NACIONAL DO LEI ORGÂNICA NACIONAL DO LEI ORGÂNICA NACIONAL DO LEI ORGÂNICA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICO –––– PARTE ÚNICA

Professor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes Furtado

Entre todos os cargos judiciários, o mais difícil, segundo me parece, é o do Ministério Entre todos os cargos judiciários, o mais difícil, segundo me parece, é o do Ministério Entre todos os cargos judiciários, o mais difícil, segundo me parece, é o do Ministério Entre todos os cargos judiciários, o mais difícil, segundo me parece, é o do Ministério Público. Este, como sustentáculo da acusação, devia ser tão parcial como um advogado; Público. Este, como sustentáculo da acusação, devia ser tão parcial como um advogado; Público. Este, como sustentáculo da acusação, devia ser tão parcial como um advogado; Público. Este, como sustentáculo da acusação, devia ser tão parcial como um advogado;

como guarda inflexível dcomo guarda inflexível dcomo guarda inflexível dcomo guarda inflexível da lei, devia ser tão imparcial como um juiz. Advogado sem paixão, a lei, devia ser tão imparcial como um juiz. Advogado sem paixão, a lei, devia ser tão imparcial como um juiz. Advogado sem paixão, a lei, devia ser tão imparcial como um juiz. Advogado sem paixão, juiz sem imparcialidade, tal é o absurdo psicológico no qual o Ministério Público, se não juiz sem imparcialidade, tal é o absurdo psicológico no qual o Ministério Público, se não juiz sem imparcialidade, tal é o absurdo psicológico no qual o Ministério Público, se não juiz sem imparcialidade, tal é o absurdo psicológico no qual o Ministério Público, se não adquirir o sentido do equilíbrio, se arrisca, momento a momento, a perder, por amor da adquirir o sentido do equilíbrio, se arrisca, momento a momento, a perder, por amor da adquirir o sentido do equilíbrio, se arrisca, momento a momento, a perder, por amor da adquirir o sentido do equilíbrio, se arrisca, momento a momento, a perder, por amor da

sinceridade, sinceridade, sinceridade, sinceridade, a generosa combatividade do defensor ou, por amor à polêmica, a objetividade a generosa combatividade do defensor ou, por amor à polêmica, a objetividade a generosa combatividade do defensor ou, por amor à polêmica, a objetividade a generosa combatividade do defensor ou, por amor à polêmica, a objetividade sem paixão do magistradosem paixão do magistradosem paixão do magistradosem paixão do magistrado. PIERO CALAMANDREI

DOS DEVERES E VEDAÇÕES DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICODOS DEVERES E VEDAÇÕES DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICODOS DEVERES E VEDAÇÕES DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICODOS DEVERES E VEDAÇÕES DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO

1111 IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução. A Constituição Federal definiu o Ministério Público como instituição permanente, essencial ao Estado Democrático de Direito e à administração da Justiça, constituindo-se órgão independente e autônomo em relação aos demais Poderes da República, tendo por incumbência a defesa do interesse social, da ordem jurídica e dos direitos indisponíveis – artigo 127, CF. Constitui-se em legítimo fiscal da lei.

O Código de Processo Civil, nos seus artigos 81 a 85, trata do Ministério Público, cuidando de sua atuação, fundamentalmente, nos processos cíveis. O artigo 82, do CPC, dispõe, quanto à competência do Ministério Público de intervir nas seguintes causas: I – em que há interesses de incapazes; II – concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder (hoje, poder familiar), tutela, curatela, interdição, casamento, declaração de ausência e disposição de última vontade; III – que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte.

Já o artigo 85, do CPC, estabelece que o órgão do Ministério Público (a pessoa física que fala pela Instituição) será civilmente responsável quando, no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude. A culpa, ainda que grave, não gera tal responsabilidade.

No âmbito criminal, a Constituição Federal atribui ao Ministério Público a função de exercício, com exclusividade, da ação penal pública (condicionada ou incondicionada) – artigo 129, I. O Ministério Público é, portanto, titular da ação penal pública.

A atuação do membro do Ministério Público deve ser pautada por observâncias em preceitos éticos. Aos membros do Ministério Público existem vedações, conforme artigo 128, § 5º, inciso II, da Constituição Federal: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo

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uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei; f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções prevista em lei.

Na Constituição Federal, ao tratar do Conselho Nacional do Ministério Público, consta que lhe compete, entre outras funções, zelar pelo cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, recebendo e conhecendo de reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive de natureza disciplinar, podendo avocar processos disciplinares em curso, conforme inciso III, do § 2º, do artigo 130-A Também lhe compete rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de 01 (um) ano – inciso IV, § 2º, do artigo 130-A. Além de preceitos previstos na CF e no CPC, encontramos na Lei n. 8.625/93, mais especificamente, os deveres éticos dos representantes do Ministério Público.

2222 Dos Deveres e vedaçõesDos Deveres e vedaçõesDos Deveres e vedaçõesDos Deveres e vedações. A Lei n. 8.625/93 – Lei Orgânica Nacional do Ministério Público – disciplina, nos artigos 43. Segundo este artigo, são deveres dos membros do Ministério Público, além de outros previstos em lei:

IIII - manter ilibada conduta pública e particular;

IIIIIIII - zelar pelo prestígio da Justiça, por suas prerrogativas e pela dignidade de suas funções;

IIIIIIIIIIII - indicar os fundamentos jurídicos de seus pronunciamentos processuais, elaborando relatório em sua manifestação final ou recursal;

IVIVIVIV - obedecer aos prazos processuais;

VVVV - assistir aos atos judiciais, quando obrigatória ou conveniente a sua presença;

VIVIVIVI - desempenhar, com zelo e presteza, as suas funções;

VIIVIIVIIVII - declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da lei;

VIIIVIIIVIIIVIII - adotar, nos limites de suas atribuições, as providências cabíveis em face da irregularidade de que tenha conhecimento ou que ocorra nos serviços a seu cargo;

IXIXIXIX - tratar com urbanidade as partes, testemunhas, funcionários e auxiliares da Justiça;

XXXX - residir, se titular, na respectiva Comarca;

XIXIXIXI - prestar informações solicitadas pelos órgãos da instituição;

XIIXIIXIIXII - identificar-se em suas manifestações funcionais;

XIIIXIIIXIIIXIII - atender aos interessados, a qualquer momento, nos casos urgentes;

XIVXIVXIVXIV - acatar, no plano administrativo, as decisões dos órgãos da Administração Superior do Ministério Público.

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Art. 44. Aos membros do Ministério Público se aplicam as seguintes vedaçõesArt. 44. Aos membros do Ministério Público se aplicam as seguintes vedaçõesArt. 44. Aos membros do Ministério Público se aplicam as seguintes vedaçõesArt. 44. Aos membros do Ministério Público se aplicam as seguintes vedações:

IIII - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;

IIIIIIII - exercer advocacia;

IIIIIIIIIIII - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou acionista;

IVIVIVIV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de Magistério;

VVVV - exercer atividade político-partidária, ressalvada a filiação e as exceções previstas em lei.

Parágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo único. Não constituem acumulação, para os efeitos do inciso IV deste artigo, as atividades exercidas em organismos estatais afetos à área de atuação do Ministério Público, em Centro de Estudo e Aperfeiçoamento de Ministério Público, em entidades de representação de classe e o exercício de cargos de confiança na sua administração e nos órgãos auxiliares.

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QUESTÕESQUESTÕESQUESTÕESQUESTÕES ---- ESTATUTO DA OABESTATUTO DA OABESTATUTO DA OABESTATUTO DA OAB

Professor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes Furtado 1111 Estão sujeitos ao regime Estão sujeitos ao regime Estão sujeitos ao regime Estão sujeitos ao regime do EAOAB os integrantesdo EAOAB os integrantesdo EAOAB os integrantesdo EAOAB os integrantes: a) Da Advocacia Geral da União. b) Da Procuradoria da Fazenda Nacional. c) Da Defensoria Pública. d)d)d)d) Todas as alternativas estão corretasTodas as alternativas estão corretasTodas as alternativas estão corretasTodas as alternativas estão corretas. 2222 Analisar as afirmativas abaixo: Analisar as afirmativas abaixo: Analisar as afirmativas abaixo: Analisar as afirmativas abaixo: IIII A parcialidade é uma característica da advocaciaA parcialidade é uma característica da advocaciaA parcialidade é uma característica da advocaciaA parcialidade é uma característica da advocacia. IIIIIIII No seu ministério privado, o advogado presta um serviço público, exercendo uma No seu ministério privado, o advogado presta um serviço público, exercendo uma No seu ministério privado, o advogado presta um serviço público, exercendo uma No seu ministério privado, o advogado presta um serviço público, exercendo uma função socialfunção socialfunção socialfunção social. IIIIIIIIIIII O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar unicamente com dolounicamente com dolounicamente com dolounicamente com dolo. a)a)a)a) Somente a III está incorretaSomente a III está incorretaSomente a III está incorretaSomente a III está incorreta. b) A II e a III estão corretas. c) A I e II estão incorretas. d) Todas estão incorretas. 3333 AAAA, contratado por , contratado por , contratado por , contratado por BBBB para ser o seu advogado, vem a faltar com o seu dever para ser o seu advogado, vem a faltar com o seu dever para ser o seu advogado, vem a faltar com o seu dever para ser o seu advogado, vem a faltar com o seu dever profissional, prejudicando o seu cliente, sujeitandoprofissional, prejudicando o seu cliente, sujeitandoprofissional, prejudicando o seu cliente, sujeitandoprofissional, prejudicando o seu cliente, sujeitando----o a prejuízos econômicos. Neste caso, o a prejuízos econômicos. Neste caso, o a prejuízos econômicos. Neste caso, o a prejuízos econômicos. Neste caso, podemos afirmar que podemos afirmar que podemos afirmar que podemos afirmar que AAAA:::: a) Responderá apenas perante o poder disciplinar da OAB. b) Responderá apenas civilmente. c)c)c)c) Responderá administrativamente e civilmenteResponderá administrativamente e civilmenteResponderá administrativamente e civilmenteResponderá administrativamente e civilmente. d) Nenhuma das anteriores. 4444 Os deveres de: defender a moralidade pública, tratar com urbanidade, e guardar Os deveres de: defender a moralidade pública, tratar com urbanidade, e guardar Os deveres de: defender a moralidade pública, tratar com urbanidade, e guardar Os deveres de: defender a moralidade pública, tratar com urbanidade, e guardar sigilo sigilo sigilo sigilo profissional, são exemplos de deveres éticos do advogado, respectivamente, para profissional, são exemplos de deveres éticos do advogado, respectivamente, para profissional, são exemplos de deveres éticos do advogado, respectivamente, para profissional, são exemplos de deveres éticos do advogado, respectivamente, para comcomcomcom: a) O seu cliente, um outro profissional, a comunidade. b)b)b)b) A comunidade, um outro profissional, o seu clienteA comunidade, um outro profissional, o seu clienteA comunidade, um outro profissional, o seu clienteA comunidade, um outro profissional, o seu cliente. c) Um outro cliente, o seu cliente, a comunidade. d) A comunidade, o seu cliente, um outro profissional. 5555 Marcar a alternativa falsa:Marcar a alternativa falsa:Marcar a alternativa falsa:Marcar a alternativa falsa: a) A violação do dever de guardar sigilo profissional é uma infração disciplinar punida com a pena de censura. b) O dever de guardar sigilo profissional é relativo. c)c)c)c) Havendo ameaHavendo ameaHavendo ameaHavendo ameaça ao direito à vida do advogado estará configurada a hipótese de ça ao direito à vida do advogado estará configurada a hipótese de ça ao direito à vida do advogado estará configurada a hipótese de ça ao direito à vida do advogado estará configurada a hipótese de violação do sigilo profissional por justa causaviolação do sigilo profissional por justa causaviolação do sigilo profissional por justa causaviolação do sigilo profissional por justa causa. d) Nenhuma das anteriores. 6666 A recusa do advogado em depor como testemunha em processo envolvendo fato A recusa do advogado em depor como testemunha em processo envolvendo fato A recusa do advogado em depor como testemunha em processo envolvendo fato A recusa do advogado em depor como testemunha em processo envolvendo fato relacionado com pessoa de quem frelacionado com pessoa de quem frelacionado com pessoa de quem frelacionado com pessoa de quem foi procurador, trataoi procurador, trataoi procurador, trataoi procurador, trata----se: se: se: se: a) De um dever que lhe cabe observar, sob pena de responder administrativamente pela sua violação, sem prejuízo de ser responsabilizado civil e criminalmente. b) Constitui-se em uma proteção em favor do advogado que depende da concordância do juiz do processo, para poder exercê-la.

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c)c)c)c) De um direito que lhe cabe observar, sob pena de responder administrativamente De um direito que lhe cabe observar, sob pena de responder administrativamente De um direito que lhe cabe observar, sob pena de responder administrativamente De um direito que lhe cabe observar, sob pena de responder administrativamente pela sua violação, sem prejuízo de ser responsabilizado civil e criminalmentepela sua violação, sem prejuízo de ser responsabilizado civil e criminalmentepela sua violação, sem prejuízo de ser responsabilizado civil e criminalmentepela sua violação, sem prejuízo de ser responsabilizado civil e criminalmente. d) Nenhuma das anteriores. 7777 As sançõeAs sançõeAs sançõeAs sanções disciplinares impostas aos advogados consistem somente em:s disciplinares impostas aos advogados consistem somente em:s disciplinares impostas aos advogados consistem somente em:s disciplinares impostas aos advogados consistem somente em: a) Censura (que pode ser convertida em advertência), suspensão e exclusão. b)b)b)b) Censura (que pode ser convertida em advertência), suspensão, exclusão e multaCensura (que pode ser convertida em advertência), suspensão, exclusão e multaCensura (que pode ser convertida em advertência), suspensão, exclusão e multaCensura (que pode ser convertida em advertência), suspensão, exclusão e multa. c) Censura, suspensão, exclusão, prisão e multa. d) Censura, suspensão, exclusão e publicidade. 8888 É infração disciplinar aplicável ao advogado, punível com suspensão:É infração disciplinar aplicável ao advogado, punível com suspensão:É infração disciplinar aplicável ao advogado, punível com suspensão:É infração disciplinar aplicável ao advogado, punível com suspensão: a) Valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber. b)b)b)b) Deixar o advogado de pagar as contribDeixar o advogado de pagar as contribDeixar o advogado de pagar as contribDeixar o advogado de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à uições, multas e preços de serviços devidos à uições, multas e preços de serviços devidos à uições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazêOAB, depois de regularmente notificado a fazêOAB, depois de regularmente notificado a fazêOAB, depois de regularmente notificado a fazê----lolololo. c) Fazer, em nome do constituinte, sem autorização deste, imputação a terceiro de fato definido como crime. d) Tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia. 9999 É CORRETO afirmarmos que:É CORRETO afirmarmos que:É CORRETO afirmarmos que:É CORRETO afirmarmos que: a) O Tribunal de Ética e Disciplina é competente apenas para julgar os processos disciplinares. b)b)b)b) O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base terrConselho Seccional em cuja base terrConselho Seccional em cuja base terrConselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for itorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for itorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for itorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federalcometida perante o Conselho Federalcometida perante o Conselho Federalcometida perante o Conselho Federal. c) O processo disciplinar instaura-se de ofício ou somente mediante representação de outro advogado. d) A jurisdição disciplinar exclui a comum. 10101010 Quanto ao procQuanto ao procQuanto ao procQuanto ao processo éticoesso éticoesso éticoesso ético----disciplinar CORRETA é a afirmação:disciplinar CORRETA é a afirmação:disciplinar CORRETA é a afirmação:disciplinar CORRETA é a afirmação: a) A sua instauração se dá por ofício ou representação dos interessados, mesmo nos casos de denúncias anônimas. b) A representação é processada e julgada sempre pelo Conselho Federal da OAB. c)c)c)c) Compete ao relatCompete ao relatCompete ao relatCompete ao relator do processo disciplinar determinar a notificação dos interessados or do processo disciplinar determinar a notificação dos interessados or do processo disciplinar determinar a notificação dos interessados or do processo disciplinar determinar a notificação dos interessados para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa prévia, no prazo de 15 para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa prévia, no prazo de 15 para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa prévia, no prazo de 15 para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa prévia, no prazo de 15 (quinze) dias(quinze) dias(quinze) dias(quinze) dias. d) Concluída a instrução, será aberto prazo de 10 (dez) dias para que o advogado representado apresente suas razões finais. 11111111 A aplicação da pena de suspensão ao advogado que comete infração disciplinar A aplicação da pena de suspensão ao advogado que comete infração disciplinar A aplicação da pena de suspensão ao advogado que comete infração disciplinar A aplicação da pena de suspensão ao advogado que comete infração disciplinar ocorre:ocorre:ocorre:ocorre: a) Apenas se for reincidente em infração que deu causa à aplicação da pena de censura. b) Pelo prazo nunca superior a 6 (seis) meses. c)c)c)c) Pelo prazo nunca inferior a 30 (trinta) diasPelo prazo nunca inferior a 30 (trinta) diasPelo prazo nunca inferior a 30 (trinta) diasPelo prazo nunca inferior a 30 (trinta) dias. d) Sempre cumulativamente com a pena pecuniária. 12121212 AplicamAplicamAplicamAplicam----se subsidiariamente ao processo éticose subsidiariamente ao processo éticose subsidiariamente ao processo éticose subsidiariamente ao processo ético----disciplinar:disciplinar:disciplinar:disciplinar: a) As regras da legislação processual civil. b)b)b)b) As regras da legislação processual penal coAs regras da legislação processual penal coAs regras da legislação processual penal coAs regras da legislação processual penal comummummummum. c) As regras gerais do procedimento administrativo. d) Todas as regras acima relacionadas. 13131313 A participação do advogado em programa de televisão, respondendo sobre temas A participação do advogado em programa de televisão, respondendo sobre temas A participação do advogado em programa de televisão, respondendo sobre temas A participação do advogado em programa de televisão, respondendo sobre temas jurídicos, jurídicos, jurídicos, jurídicos, a) É irrestrita. b) É proibida.

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c) Deve ser limitada a esclarecimento sobre questão jurídica, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, podendo versar sobre métodos de trabalho usados por outros profissionais, desde que se abstenha de criticá-los. d)d)d)d) Deve ser limitada a esclarecimento sobre questão jurídica, semDeve ser limitada a esclarecimento sobre questão jurídica, semDeve ser limitada a esclarecimento sobre questão jurídica, semDeve ser limitada a esclarecimento sobre questão jurídica, sem propósito de propósito de propósito de propósito de promoção pessoal ou profissional, abstendopromoção pessoal ou profissional, abstendopromoção pessoal ou profissional, abstendopromoção pessoal ou profissional, abstendo----se de versar sobre métodos de trabalho usados se de versar sobre métodos de trabalho usados se de versar sobre métodos de trabalho usados se de versar sobre métodos de trabalho usados por outros profissionaispor outros profissionaispor outros profissionaispor outros profissionais. 14141414 A exclusão do advogado do quadro de inscritos da OAB:A exclusão do advogado do quadro de inscritos da OAB:A exclusão do advogado do quadro de inscritos da OAB:A exclusão do advogado do quadro de inscritos da OAB: a)a)a)a) É deliberada pelo Conselho Seccional, por manifestação favorável dÉ deliberada pelo Conselho Seccional, por manifestação favorável dÉ deliberada pelo Conselho Seccional, por manifestação favorável dÉ deliberada pelo Conselho Seccional, por manifestação favorável de 2/3 de seus e 2/3 de seus e 2/3 de seus e 2/3 de seus membrosmembrosmembrosmembros. b) É deliberada pelo Conselho Seccional, por manifestação da maioria de seus membros. c) É deliberada pelo Tribunal de Ética e Disciplina. d) É deliberada pelo Conselho Federal. 15151515 A reabilitação do advogado que tenha sofrido sançãoA reabilitação do advogado que tenha sofrido sançãoA reabilitação do advogado que tenha sofrido sançãoA reabilitação do advogado que tenha sofrido sanção disciplinar:disciplinar:disciplinar:disciplinar: a) Poderá ser requerida de imediato ao cumprimento da pena de suspensão. b) Somente poderá ser requerida quando se tratar de pena de censura. c) Poderá ser requerida 3 (três) anos após o cumprimento da sanção disciplinar. d)d)d)d) Poderá ser requerPoderá ser requerPoderá ser requerPoderá ser requerida 1 (um) ano após o cumprimento da sanção disciplinarida 1 (um) ano após o cumprimento da sanção disciplinarida 1 (um) ano após o cumprimento da sanção disciplinarida 1 (um) ano após o cumprimento da sanção disciplinar. 16161616 O Código de Ética e Disciplina da OAB é:O Código de Ética e Disciplina da OAB é:O Código de Ética e Disciplina da OAB é:O Código de Ética e Disciplina da OAB é: a) Uma lei federal. b) Uma lei estadual. c)c)c)c) Um regulamento do Conselho Federal da OABUm regulamento do Conselho Federal da OABUm regulamento do Conselho Federal da OABUm regulamento do Conselho Federal da OAB. d) Um regulamento do Conselho Seccional da OAB. 17171717 Com relação a aCom relação a aCom relação a aCom relação a atos privativos de advogado, praticados por pessoa não inscrita na tos privativos de advogado, praticados por pessoa não inscrita na tos privativos de advogado, praticados por pessoa não inscrita na tos privativos de advogado, praticados por pessoa não inscrita na OAB, nós podemos afirmarOAB, nós podemos afirmarOAB, nós podemos afirmarOAB, nós podemos afirmar: a) São anuláveis. b) A pessoa que os pratica poderão sofrer sanções apenas civis. c)c)c)c) São nulosSão nulosSão nulosSão nulos. d) Nenhuma das anteriores.

COMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOS: O artigo 4º, do EAOAB - prevê a NULIDADENULIDADENULIDADENULIDADE dos atos praticados por quem não é inscrito. Trata-se do exercício ilegal da profissão. A nulidade pode ser alegada por qualquer interessado, pelo MP, pelo magistrado (de ofício) – artigo 168, CC. Quem o pratica ato privativo de advogado responde: civilmente (pelos danos decorrentes, em virtude do ilícito – artigo 927, CC); criminalmente (por exercício ilegal da profissão); e administrativamente (quando for o caso). Se ato for praticado por advogado IMPEDIDOIMPEDIDOIMPEDIDOIMPEDIDO (proibição parcial do exercício da advocacia – artigo 27, EAOAB. Casos de impedimentos estão relacionados no artigo 30, EAOAB): a nulidade alcança apenas os atos relativos ao âmbito do impedimento. Anulabilidade. Caso o advogado esteja SUSPENSOSUSPENSOSUSPENSOSUSPENSO – a nulidade compromete todos os seus atos praticados durante o cumprimento da penalidade. A nulidade é sanável (ato anulável, segundo STF). Se o ato for praticado por alguém que exerça atividade IMCOMPATÍVELIMCOMPATÍVELIMCOMPATÍVELIMCOMPATÍVEL (a incompatibilidade determina a proibição total para o exercício da advocacia – artigo 30, EAOAB). A incompatibilidade pode ser permanente ou temporária. A incompatibilidade é sempre total e absoluta. – causa nulidade insanável. Nulidade. Observar a regra geral do CC, quanto aos atos ilícitos, contemplada no artigo 186. Ver também o abuso de direito – artigo 187, CC. CF -> artigo 5º, inciso XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Artigo 5º, inciso XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poda lei não excluirá da apreciação do Poda lei não excluirá da apreciação do Poda lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direitoer Judiciário lesão ou ameaça a direitoer Judiciário lesão ou ameaça a direitoer Judiciário lesão ou ameaça a direito. Lembremos que o CP prevê os seguintes crimes:

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Patrocínio infielPatrocínio infielPatrocínio infielPatrocínio infiel – artigo 355 – trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadprofissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadprofissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadprofissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadoooo. Pena: detenção, de 06 meses a 03 anos e multa. Patrocínio simultâneo ou tergiversaçãoPatrocínio simultâneo ou tergiversaçãoPatrocínio simultâneo ou tergiversaçãoPatrocínio simultâneo ou tergiversação – artigo 355, parágrafo único: incorre na pena incorre na pena incorre na pena incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contrársucessivamente, partes contrársucessivamente, partes contrársucessivamente, partes contráriasiasiasias. Falsidade documental Falsidade documental Falsidade documental Falsidade documental – artigo 296, CP. Há, também a fraude processual – artigo 347, CP. Exercício ilegal da profissãoExercício ilegal da profissãoExercício ilegal da profissãoExercício ilegal da profissão – artigo 47, LCP. O CPC estabelece deveres que as PARTESPARTESPARTESPARTES e seus PROCURADORESPROCURADORESPROCURADORESPROCURADORES se obrigam a observar, a exemplo de toda e qualquer pessoa que participe do processo – artigo 14. Os PROCURADORESPROCURADORESPROCURADORESPROCURADORES (a parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado) são tratados nos artigos 36 a 40. O CC cuida do instituto da REPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃO (poderes conferidos por LEILEILEILEI ou pelo INTERINTERINTERINTERESSADOESSADOESSADOESSADO) nos artigos 115 a 120. Artigo 13, CPC -> incapacidade de postularincapacidade de postularincapacidade de postularincapacidade de postular – uma vez verificada a irregularidade da representação, o juiz suspende o processo, marcando prazo para ser sanado o defeito, sob pena de ser decretada a nulidade do processo. MAMAMAMANDATONDATONDATONDATO JUDICIALJUDICIALJUDICIALJUDICIAL -> a ele se refere o CC, ao tratar do mandato (espécie nominada de contrato – artigo 653), afirmando, no artigo 692: o mandato judicial fica o mandato judicial fica o mandato judicial fica o mandato judicial fica subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, e, subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, e, subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, e, subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, e, supletivamentesupletivamentesupletivamentesupletivamente, às estabelecidas neste Código, às estabelecidas neste Código, às estabelecidas neste Código, às estabelecidas neste Código. O EAOAB faculta ao estagiárioestagiárioestagiárioestagiário, desde que regularmente inscrito na OAB, exercer TODOSTODOSTODOSTODOS os atos privativos do advogado, desde que acompanhado NECESSARIAMENTENECESSARIAMENTENECESSARIAMENTENECESSARIAMENTE por um advogado, procurador ou defensor público, e sob a responsabilidade destes. A ausência do causídico gera NULIDADENULIDADENULIDADENULIDADE do ato e responsabilidade disciplinar para ambos. O Regulamento Geral da OAB prevê hipóteses em que o estagiário, sozinho, pode praticar, embora sob a responsabilidade do advogado ao qual esteja vinculado – artigo 29. Segundo § 2º, do artigo 3º, do EAOAB, o estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geral, EM EM EM EM CONJUNTOCONJUNTOCONJUNTOCONJUNTO com advogado e sob a responsabilidade deste. 18181818 O advogaO advogaO advogaO advogado pode postular perante os órgãos do Poder Judiciário, excluindodo pode postular perante os órgãos do Poder Judiciário, excluindodo pode postular perante os órgãos do Poder Judiciário, excluindodo pode postular perante os órgãos do Poder Judiciário, excluindo----sesesese: a) O Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais. b)b)b)b) O Conselho Nacional de Justiça, os juizados especiaisO Conselho Nacional de Justiça, os juizados especiaisO Conselho Nacional de Justiça, os juizados especiaisO Conselho Nacional de Justiça, os juizados especiais, Juízes de Paz Juízes de Paz Juízes de Paz Juízes de Paz e a Justiça do e a Justiça do e a Justiça do e a Justiça do TrabalhoTrabalhoTrabalhoTrabalho. c) Os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal. d) Os Tribunais e Juízes Militares.

COMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOS. A CF – no artigo 92 – enumera os órgãos do Poder Judiciário, conforme redação dada pels EC n. 45/04. A postulação em QUALQUALQUALQUALQUERQUERQUERQUER (inconstitucional, segundo STF) órgão do Poder Judiciário e nos JUIZADOS ESPECIAISJUIZADOS ESPECIAISJUIZADOS ESPECIAISJUIZADOS ESPECIAIS (STF excluiu os juizados – ADIn n. 1127). O artigo 1º, da EAOAB explicita e regulamenta o artigo 133, CF. O STF deu interpretação restrita ao artigo 1º do EAOAB constitucional, excluindo do seu alcance os Juizados Especiais e a Justiça do Trabalho. Neste último caso, para adequar o Estatuto à CLT, manteve o STF a representação profissional facultativa. A propósito, o artigo 133, CF, encerra normas distintas, relativas à INDISPENSABILIDADEINDISPENSABILIDADEINDISPENSABILIDADEINDISPENSABILIDADE à administração da justiça e à INVIOLABILIDADEINVIOLABILIDADEINVIOLABILIDADEINVIOLABILIDADE (inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei). A indispensabilidade do advogado está contemplada no caput do artigo 2º, EAOAB, e a inviolabilidade no § 3º deste mesmo artigo. Os limites dizem respeito apenas à inviolabilidade e a Lei, no caso, é o Estatuto (ADIn n. 1127, STF).

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19191919 Em 05/02/07, José Silva, advogado, notificou pessoalmente seu cliente da renúncia Em 05/02/07, José Silva, advogado, notificou pessoalmente seu cliente da renúncia Em 05/02/07, José Silva, advogado, notificou pessoalmente seu cliente da renúncia Em 05/02/07, José Silva, advogado, notificou pessoalmente seu cliente da renúncia ao mandato outorgado nos Autos da açao mandato outorgado nos Autos da açao mandato outorgado nos Autos da açao mandato outorgado nos Autos da ação cível, pelo rito ordinário, ajuizada pela União. O ão cível, pelo rito ordinário, ajuizada pela União. O ão cível, pelo rito ordinário, ajuizada pela União. O ão cível, pelo rito ordinário, ajuizada pela União. O Diário de Justiça de 08/02/07 publicou a intimação para que as partes especificassem Diário de Justiça de 08/02/07 publicou a intimação para que as partes especificassem Diário de Justiça de 08/02/07 publicou a intimação para que as partes especificassem Diário de Justiça de 08/02/07 publicou a intimação para que as partes especificassem provas que desejam produzir. Considerando a situação hipotética acima e o que dispõe o provas que desejam produzir. Considerando a situação hipotética acima e o que dispõe o provas que desejam produzir. Considerando a situação hipotética acima e o que dispõe o provas que desejam produzir. Considerando a situação hipotética acima e o que dispõe o EAOAB, assinalar a opção correEAOAB, assinalar a opção correEAOAB, assinalar a opção correEAOAB, assinalar a opção corretatatata. a)a)a)a) José Silva deverá apresentar petição de especificação de provas na hipótese de seu José Silva deverá apresentar petição de especificação de provas na hipótese de seu José Silva deverá apresentar petição de especificação de provas na hipótese de seu José Silva deverá apresentar petição de especificação de provas na hipótese de seu cliente não ter constituído novo advogado nos autoscliente não ter constituído novo advogado nos autoscliente não ter constituído novo advogado nos autoscliente não ter constituído novo advogado nos autos. b) José Silva deverá comunicar ao seu cliente da publicação da intimação para que ele providencie outro advogado para cumpri-la. c) O juiz deve reabrir o prazo para especificação de provas porque uma das partes esteve sem advogado nos autos. d) O cliente pode se dirigir diretamente ao juiz e informar as provas que pretende produzir, juntando aos autos a notificação de renúncia de seu advogado. COMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOS. O advogado para ingressar em juízo em defesa de alguém, precisa, além de regularmente inscrito na OAB, estar munido do instrumento de mandato, que é a procuração. A procuração poderá ser outorgada por instrumento público, particular ou eletrônico (Lei n. 11.419/06). A questão examinada cuida da substituição de procurador. A parte pode revogar o mandato de eu constituinte. O advogado pode renuncia ao mandato. O artigo 44, do CPC, trata revogação de mandato. O artigo 45, do CPC, trata da renuncia ao mandato. 20202020 QQQQuanto ao dever de sigilo processual, podemos afirmar:uanto ao dever de sigilo processual, podemos afirmar:uanto ao dever de sigilo processual, podemos afirmar:uanto ao dever de sigilo processual, podemos afirmar: a) Cabe somente ao advogado a sua observância. b) Os processos ético-disciplinares não estão sujeitos a esta proteção. c)c)c)c) Objetiva resguardar a Objetiva resguardar a Objetiva resguardar a Objetiva resguardar a honra, a intimidade e a própria dignidade das pessoas honra, a intimidade e a própria dignidade das pessoas honra, a intimidade e a própria dignidade das pessoas honra, a intimidade e a própria dignidade das pessoas envolvidas no processoenvolvidas no processoenvolvidas no processoenvolvidas no processo. d) Nenhuma das anteriores. COMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOS. O sigilo profissionalsigilo profissionalsigilo profissionalsigilo profissional do advogado é tratado no artigo 25 a 27, do CED da OAB. Segundo o artigo 33, do Estatuto, o advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no CED. Se ele violar, sem justa causa, sigilo profissional, responde por infração prevista no artigo 34, VII – censura. Ao lado do sigilo profissional existe o sigilo processualsigilo processualsigilo processualsigilo processual. CF: artigo 1º, inciso III, artigo 5º, incisos X e LX. Artigo 155, CPC. Artigo 11 a 21, CC. 21212121 Analisar as afirmações abaixo e marcar a alternativa correta:Analisar as afirmações abaixo e marcar a alternativa correta:Analisar as afirmações abaixo e marcar a alternativa correta:Analisar as afirmações abaixo e marcar a alternativa correta: IIII OOOO estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geraartigo 1º, na forma do Regulamento Geraartigo 1º, na forma do Regulamento Geraartigo 1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunto com advogado e sob a l, em conjunto com advogado e sob a l, em conjunto com advogado e sob a l, em conjunto com advogado e sob a responsabilidade deste.responsabilidade deste.responsabilidade deste.responsabilidade deste. IIIIIIII A Advocacia Pública desenvolve atividades de consultoria e assessoramento jurídico A Advocacia Pública desenvolve atividades de consultoria e assessoramento jurídico A Advocacia Pública desenvolve atividades de consultoria e assessoramento jurídico A Advocacia Pública desenvolve atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivodo Poder Executivodo Poder Executivodo Poder Executivo. IIIIIIIIIIII O CED da AOAB regula os deveres do advogado em três planos: a) perante a O CED da AOAB regula os deveres do advogado em três planos: a) perante a O CED da AOAB regula os deveres do advogado em três planos: a) perante a O CED da AOAB regula os deveres do advogado em três planos: a) perante a comunidade; bcomunidade; bcomunidade; bcomunidade; b) perante o cliente; e c) perante o outro profissional) perante o cliente; e c) perante o outro profissional) perante o cliente; e c) perante o outro profissional) perante o cliente; e c) perante o outro profissional. a)a)a)a) Todas estão corretasTodas estão corretasTodas estão corretasTodas estão corretas. b) Todas estão incorretas. c) Somente a I e a II estão incorretas. d) Somente I está incorreta. COMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOS. Incidência do artigo 3º, § 2º, do EAOAB. Incidência do artigo 131, caput, CF. Incidência do artigo 33, parágrafo único, do EAOAB.

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22222222 Com relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorreta. a) É dotado de personalidade jurídica própria. (art. 45, § 1º, Estatuto). b) É o órgão supremo da OAB. (art. 45, § 1º, Estatuto). c)c)c)c) Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de ética e Disciplina da OAB. Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de ética e Disciplina da OAB. Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de ética e Disciplina da OAB. Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de ética e Disciplina da OAB. (art. 53, Estatuto). d) Dentre as suas competências, encontramos a de representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados. (artigo 54, II, Estatuto). 23232323 Editar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da OABEditar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da OABEditar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da OABEditar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da OAB: a) Dos Conselhos Seccionais. b) Das Caixas de Assistência dos Advogados. c)c)c)c) Do Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OAB. (artigo 54, V, Estatuto). d) Os Tribunais de ética e Disciplina de cada Seccional. 24242424 Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo indicadasCompete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo indicadasCompete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo indicadasCompete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo indicadas: a) Participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na constituição e nas leis, no âmbito do seu território. (art. 58, X, Estatuto - Seccional). b) Fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas. (art. 58, IX, Estatuto - Seccional). c) Instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina. (art. 61, parágrafo único, c, Estatuto – Subseção. Art. 70, § 1º, Estatuto). d)d)d)d) Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado dcivil pública, mandado de segurança coletivo, mandado dcivil pública, mandado de segurança coletivo, mandado dcivil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja e injunção e demais ações cuja e injunção e demais ações cuja e injunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por leilegitimação lhe seja outorgada por leilegitimação lhe seja outorgada por leilegitimação lhe seja outorgada por lei. (art. 54, XIV, Estatuto. Regulamento Geral, art. 82. Artigo 103, VII, CF). 25252525 Analisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa correta. IIII OOOO processo disciplinar tramita em siprocesso disciplinar tramita em siprocesso disciplinar tramita em siprocesso disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas gilo, até o seu término, só tendo acesso às suas gilo, até o seu término, só tendo acesso às suas gilo, até o seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competenteinformações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competenteinformações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competenteinformações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente. (art. 72, § 2º, Estatuto). IIIIIIII A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou contravenção, devecontravenção, devecontravenção, devecontravenção, deve ser comunicado às autoridades competentesser comunicado às autoridades competentesser comunicado às autoridades competentesser comunicado às autoridades competentes. (artigo 71, Estatuto). IIIIIIIIIIII Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos Assistência dos Assistência dos Assistência dos AdvogadosAdvogadosAdvogadosAdvogados. (art. 76, Estatuto). a) Todas estão erradas. b) Estão erradas somente as proposições I e II. c) Estão corretas somente as proposições I e III. d)d)d)d) Todas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretas. 26262626 Quanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria ético----disciplinar, é incdisciplinar, é incdisciplinar, é incdisciplinar, é incorreta a alternativaorreta a alternativaorreta a alternativaorreta a alternativa: a) O prazo para qualquer recurso é de 15 dias. (art. 139, RG). b) Contra a decisão do Tribunal de Ética e Disciplina cabe recurso ao plenário ou órgão especial equivalente do Conselho Seccional. (art. 144, RG). c)c)c)c) A notificação iniciaA notificação iniciaA notificação iniciaA notificação inicial para apresentação de defesa prévia ou manifestação em l para apresentação de defesa prévia ou manifestação em l para apresentação de defesa prévia ou manifestação em l para apresentação de defesa prévia ou manifestação em processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, com processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, com processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, com processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do representadorepresentadorepresentadorepresentado. (art. 137-D, RG). d) A regra geral é que os recursos têm efeito suspensivo, exceto nas hipóteses previstas no Estatuto. (art. 138, § 2º, RG, c/c art. 77, Estatuto). 27272727 Examinar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorreta. IIII O Conselho Federal é dotado de personaliO Conselho Federal é dotado de personaliO Conselho Federal é dotado de personaliO Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica própria e tem sede na capital dade jurídica própria e tem sede na capital dade jurídica própria e tem sede na capital dade jurídica própria e tem sede na capital da Repúblicada Repúblicada Repúblicada República. (art. 45, § 1º, Estatuto). IIIIIIII Os Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própria. (art. 45, § 2º, Estatuto).

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IIIIIIIIIIII A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bensA OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bensA OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bensA OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e , rendas e , rendas e , rendas e serviçosserviçosserviçosserviços. (art. 45, § 5º, Estatuto). a) Todas as afirmações estão corretas. b) Estão corretas somente as afirmações I e III. c) Estão corretas somente as afirmações II e III. d)d)d)d) Somente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está errada.

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COMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOS

1ª Questão1ª Questão1ª Questão1ª Questão.

O artigo 4º, do EAOAB, prevê a NULIDADENULIDADENULIDADENULIDADE dos atos praticados por quem não é inscrito. Trata-se do exercício ilegal da profissão. A nulidade pode ser alegada por qualquer interessado, pelo MP, pelo magistrado (de ofício) – artigo 168, CC. É imprescritível, não é ratificado pela parte interessada, não convalece com o tempo, não pode ser suprido ou sanado. Quem o pratica ato privativo de advogado responde: civilmente (pelos danos decorrentes, em virtude do ilícito – artigo 927, CC); criminalmente (por exercício ilegal da profissão); e administrativamente (quando for o caso). Se ato for praticado por advogado IMPEDIDOIMPEDIDOIMPEDIDOIMPEDIDO (proibição parcial do exercício da advocacia – artigo 27, EAOAB. Casos de impedimentos estão relacionados no artigo 30, EAOAB): a nulidade alcança apenas os atos relativos ao âmbito do impedimento. Anulabilidade. Caso o advogado esteja SUSPENSOSUSPENSOSUSPENSOSUSPENSO – a nulidade compromete todos os seus atos praticados durante o cumprimento da penalidade. A nulidade é sanável (ato anulável, segundo STF). Se o ato for praticado por alguém que exerça atividade IMCOMPATÍVELIMCOMPATÍVELIMCOMPATÍVELIMCOMPATÍVEL (a incompatibilidade determina a proibição total para o exercício da advocacia – artigo 30, EAOAB). A incompatibilidade pode ser permanente ou temporária. A incompatibilidade é sempre total e absoluta. – causa nulidade insanável. Nulidade. Observar a regra geral do CC, quanto aos atos ilícitos, contemplada no artigo 186. Ver também o abuso de direito – artigo 187, CC. CF -> artigo 5º, inciso XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Artigo 5º, inciso XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direitoa lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direitoa lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direitoa lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Lembremos que o CP prevê os seguintes crimes: Patrocínio infielPatrocínio infielPatrocínio infielPatrocínio infiel – artigo 355 – trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadoprofissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadoprofissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadoprofissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado. Pena: detenção, de 06 meses a 03 anos e multa. PatrocínPatrocínPatrocínPatrocínio simultâneo ou tergiversaçãoio simultâneo ou tergiversaçãoio simultâneo ou tergiversaçãoio simultâneo ou tergiversação – artigo 355, parágrafo único: incorre na pena incorre na pena incorre na pena incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contráriassucessivamente, partes contráriassucessivamente, partes contráriassucessivamente, partes contrárias. Falsidade documental Falsidade documental Falsidade documental Falsidade documental – artigo 296, CP. Há, também a fraude processual – artigo 347, CP. Exercício ilegal da profissãoExercício ilegal da profissãoExercício ilegal da profissãoExercício ilegal da profissão – artigo 47, LCP. O CPC estabelece deveres que as PARTESPARTESPARTESPARTES e seus PROCURADORESPROCURADORESPROCURADORESPROCURADORES se obrigam a observar, a exemplo de toda e qualquer pessoa que participe do processo – artigo 14. Os PROCURPROCURPROCURPROCURADORESADORESADORESADORES (a parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado) são tratados nos artigos 36 a 40. O CC cuida do instituto da REPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃO (poderes conferidos por LEILEILEILEI ou pelo INTERESSADOINTERESSADOINTERESSADOINTERESSADO) nos artigos 115 a 120. Artigo 13, CPC -> incapaciincapaciincapaciincapacidade de postulardade de postulardade de postulardade de postular – uma vez verificada a irregularidade da representação, o juiz suspende o processo, marcando prazo para ser sanado o defeito, sob pena de ser decretada a nulidade do processo. MANDATOMANDATOMANDATOMANDATO JUDICIALJUDICIALJUDICIALJUDICIAL -> a ele se refere o CC, ao tratar do mandato (espécie nominada de contrato – artigo 653), afirmando, no artigo 692: o mandato judicial fica o mandato judicial fica o mandato judicial fica o mandato judicial fica subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, e, subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, e, subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, e, subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, e, supletivamente, às estabelecidas neste Códigosupletivamente, às estabelecidas neste Códigosupletivamente, às estabelecidas neste Códigosupletivamente, às estabelecidas neste Código. O EAOAB faculta ao esesesestagiáriotagiáriotagiáriotagiário, desde que regularmente inscrito na OAB, exercer TODOSTODOSTODOSTODOS os atos privativos do advogado, desde que acompanhado NECESSARIAMENTENECESSARIAMENTENECESSARIAMENTENECESSARIAMENTE

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por um advogado, procurador ou defensor público, e sob a responsabilidade destes. A ausência do causídico gera NULIDADENULIDADENULIDADENULIDADE do ato e responsabilidade disciplinar para ambos. O Regulamento Geral da OAB prevê hipóteses em que o estagiário, sozinho, pode praticar, embora sob a responsabilidade do advogado ao qual esteja vinculado – artigo 29. Segundo § 2º, do artigo 3º, do EAOAB, o estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geral, EM EM EM EM CONJUNTOCONJUNTOCONJUNTOCONJUNTO com advogado e sob a responsabilidade deste. 2ª Questão2ª Questão2ª Questão2ª Questão. A CF – no artigo 92 – enumera os órgãos do Poder Judiciário, conforme redação dada pela EC n. 45/04. A postulação em QUALQUERQUALQUERQUALQUERQUALQUER (inconstitucional, segundo STF) órgão do Poder Judiciário e nos JUIZADOS ESPECIAISJUIZADOS ESPECIAISJUIZADOS ESPECIAISJUIZADOS ESPECIAIS (STF excluiu os juizados – ADIn n. 1127). O artigo 1º, da EAOAB explicita e regulamenta o artigo 133, CF. O STF deu interpretação restrita ao artigo 1º do EAOAB constitucional, excluindo do seu alcance os Juizados Especiais e a Justiça do Trabalho. Neste último caso, para adequar o Estatuto à CLT, manteve o STF a representação profissional facultativa. A propósito, o artigo 133, CF, encerra normas distintas, relativas à INDISPENSABILIDADEINDISPENSABILIDADEINDISPENSABILIDADEINDISPENSABILIDADE à administração da justiça e à INVIOLABILIDADEINVIOLABILIDADEINVIOLABILIDADEINVIOLABILIDADE (inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei). A indispensabilidade do advogado está contemplada no caput do artigo 2º, EAOAB, e a inviolabilidade no § 3º deste mesmo artigo. Os limites dizem respeito apenas à inviolabilidade e a Lei, no caso, é o Estatuto (ADIn n. 1127, STF). 3ª Questão3ª Questão3ª Questão3ª Questão. O advogado para ingressar em juízo em defesa de alguém, precisa, além de regularmente inscrito na OAB, estar munido do instrumento de mandato, que é a procuração. A procuração poderá ser outorgada por instrumento público, particular ou eletrônico (Lei n. 11.419/06). A questão examinada cuida da substituição de procurador. A parte pode revogar o mandato de eu constituinte. O advogado pode renuncia ao mandato. O artigo 44, do CPC, trata revogação de mandato. O artigo 45, do CPC, trata da renuncia ao mandato. 4ª Questão4ª Questão4ª Questão4ª Questão. O sigilo profissionalsigilo profissionalsigilo profissionalsigilo profissional do advogado é tratado no artigo 25 a 27, do CED da OAB. Segundo o artigo 33, do Estatuto, o advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no CED. Se ele violar, sem justa causa, sigilo profissional, responde por infração prevista no artigo 34, VII – censura. Ao lado do sigilo profissional existe o sigilo processualsigilo processualsigilo processualsigilo processual. CF: artigo 1º, inciso III, artigo 5º, incisos X e LX. Artigo 155, CPC. Artigo 11 a 21, CC. 5ª Questão5ª Questão5ª Questão5ª Questão. Incidência do artigo 3º, § 2º, do EAOAB. Incidência do artigo 131, caput, CF. Incidência do artigo 33, parágrafo único, do EAOAB. 28282828 É CORRETO afirmarmos que:É CORRETO afirmarmos que:É CORRETO afirmarmos que:É CORRETO afirmarmos que: a) O Tribunal de Ética e Disciplina é competente apenas para julgar os processos disciplinares. b)b)b)b) O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB competO poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB competO poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB competO poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao e exclusivamente ao e exclusivamente ao e exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federalcometida perante o Conselho Federalcometida perante o Conselho Federalcometida perante o Conselho Federal. c) O processo disciplinar instaura-se de ofício ou somente mediante representação de outro advogado. d) A jurisdição disciplinar exclui a comum.

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29292929 Quanto ao processo éticoQuanto ao processo éticoQuanto ao processo éticoQuanto ao processo ético----disciplinar CORRETA é a afirmação:disciplinar CORRETA é a afirmação:disciplinar CORRETA é a afirmação:disciplinar CORRETA é a afirmação: a) A sua instauração se dá por ofício ou representação dos interessados, mesmo nos casos de denúncias anônimas. b) A representação é processada e julgada sempre pelo Conselho Federal da OAB. c)c)c)c) Compete ao relator do processo disciplinar determinar a notificação dos interessados Compete ao relator do processo disciplinar determinar a notificação dos interessados Compete ao relator do processo disciplinar determinar a notificação dos interessados Compete ao relator do processo disciplinar determinar a notificação dos interessados para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa prévia, no prazo de 15 para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa prévia, no prazo de 15 para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa prévia, no prazo de 15 para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa prévia, no prazo de 15 (quinze) dias(quinze) dias(quinze) dias(quinze) dias. d) Concluída a instrução, será aberto prazo de 10 (dez) dias para que o advogado representado apresente suas razões finais. 30303030 AplicamAplicamAplicamAplicam----se subsidiariamente ao processo éticose subsidiariamente ao processo éticose subsidiariamente ao processo éticose subsidiariamente ao processo ético----disciplinar:disciplinar:disciplinar:disciplinar: a) As regras da legislação processual civil. b)b)b)b) As regras da legislação processual penal comumAs regras da legislação processual penal comumAs regras da legislação processual penal comumAs regras da legislação processual penal comum. c) As regras gerais do procedimento administrativo. d) Todas as regras acima relacionadas. 31313131 Com relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorreta. a) É dotado de personalidade jurídica própria. (art. 45, § 1º, Estatuto). b) É o órgão supremo da OAB. (art. 45, § 1º, Estatuto). c)c)c)c) Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de ética e Disciplina da OAB. Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de ética e Disciplina da OAB. Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de ética e Disciplina da OAB. Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de ética e Disciplina da OAB. (art. 53, Estatuto). d) Dentre as suas competências, encontramos a de representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados. (artigo 54, II, Estatuto). 32323232 Editar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da OABEditar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da OABEditar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da OABEditar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da OAB: a) Dos Conselhos Seccionais. b) Das Caixas de Assistência dos Advogados. c)c)c)c) Do Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OAB. (artigo 54, V, Estatuto). d) Os Tribunais de ética e Disciplina de cada Seccional. 33333333 Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo indicadasCompete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo indicadasCompete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo indicadasCompete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo indicadas: a) Participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na constituição e nas leis, no âmbito do seu território. (art. 58, X, Estatuto - Seccional). b) Fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas. (art. 58, IX, Estatuto - Seccional). c) Instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina. (art. 61, parágrafo único, c, Estatuto – Subseção. Art. 70, § 1º, Estatuto). d)d)d)d) Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de segurança colecivil pública, mandado de segurança colecivil pública, mandado de segurança colecivil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja tivo, mandado de injunção e demais ações cuja tivo, mandado de injunção e demais ações cuja tivo, mandado de injunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por leilegitimação lhe seja outorgada por leilegitimação lhe seja outorgada por leilegitimação lhe seja outorgada por lei. (art. 54, XIV, Estatuto. Regulamento Geral, art. 82. Artigo 103, VII, CF). 34343434 Analisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa correta. IIII OOOO processo disciplinaprocesso disciplinaprocesso disciplinaprocesso disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas r tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas r tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas r tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competenteinformações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competenteinformações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competenteinformações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente. (art. 72, § 2º, Estatuto). IIIIIIII A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou conconconcontravenção, deve ser comunicado às autoridades competentestravenção, deve ser comunicado às autoridades competentestravenção, deve ser comunicado às autoridades competentestravenção, deve ser comunicado às autoridades competentes. (artigo 71, Estatuto). IIIIIIIIIIII Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de AAAAssistência dos Advogadosssistência dos Advogadosssistência dos Advogadosssistência dos Advogados. (art. 76, Estatuto). a) Todas estão erradas. b) Estão erradas somente as proposições I e II. c) Estão corretas somente as proposições I e III. d)d)d)d) Todas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretas.

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35353535 Quanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria ético----disdisdisdisciplinar, é incorreta a alternativaciplinar, é incorreta a alternativaciplinar, é incorreta a alternativaciplinar, é incorreta a alternativa: a) O prazo para qualquer recurso é de 15 dias. (art. 139, RG). b) Contra a decisão do Tribunal de Ética e Disciplina cabe recurso ao plenário ou órgão especial equivalente do Conselho Seccional. (art. 144, RG). c)c)c)c) A notA notA notA notificação inicial para apresentação de defesa prévia ou manifestação em ificação inicial para apresentação de defesa prévia ou manifestação em ificação inicial para apresentação de defesa prévia ou manifestação em ificação inicial para apresentação de defesa prévia ou manifestação em processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, com processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, com processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, com processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do representadorepresentadorepresentadorepresentado. (art. 137-D, RG). d) A regra geral é que os recursos têm efeito suspensivo, exceto nas hipóteses previstas no Estatuto. (art. 138, § 2º, RG, c/c art. 77, Estatuto). 36363636 Examinar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorreta. IIII O Conselho Federal é dotaO Conselho Federal é dotaO Conselho Federal é dotaO Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica própria e tem sede na capital do de personalidade jurídica própria e tem sede na capital do de personalidade jurídica própria e tem sede na capital do de personalidade jurídica própria e tem sede na capital da Repúblicada Repúblicada Repúblicada República. (art. 45, § 1º, Estatuto). IIIIIIII Os Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própria. (art. 45, § 2º, Estatuto). IIIIIIIIIIII A OAB goza de imunidade tributária relativa em relaA OAB goza de imunidade tributária relativa em relaA OAB goza de imunidade tributária relativa em relaA OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e ção a seus bens, rendas e ção a seus bens, rendas e ção a seus bens, rendas e serviçosserviçosserviçosserviços. (art. 45, § 5º, Estatuto). a) Todas as afirmações estão corretas. b) Estão corretas somente as afirmações I e III. c) Estão corretas somente as afirmações II e III. d)d)d)d) Somente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está errada. 37373737 Podemos aPodemos aPodemos aPodemos afirmar que compete privativamente ao Conselho Seccional, exceto:firmar que compete privativamente ao Conselho Seccional, exceto:firmar que compete privativamente ao Conselho Seccional, exceto:firmar que compete privativamente ao Conselho Seccional, exceto: a) criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados. b) decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e estagiários. c) participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na Constituição e nas leis, no âmbito do seu território. d)d)d)d) representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogadosadvogadosadvogadosadvogados. Conselho Federal – artigo 54, II, do Estatuto.

38383838 É CORRETO aÉ CORRETO aÉ CORRETO aÉ CORRETO afirmarmos que:firmarmos que:firmarmos que:firmarmos que: a) O Tribunal de Ética e Disciplina é competente apenas para julgar os processos disciplinares. b)b)b)b) O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a iiiinfração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federalnfração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federalnfração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federalnfração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal. c) O Tribunal de Ética é um órgão facultativo da OAB. d) Somente o Conselho Federal da OAB pode punir o advogado. 39393939 Com relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorreta. a) É dotado de personalidade jurídica própria. b) É o órgão supremo da OAB. c)c)c)c) Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de Ética e Disciplina da Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de Ética e Disciplina da Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de Ética e Disciplina da Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de Ética e Disciplina da OAB.OAB.OAB.OAB. d) Dentre as suas competências, encontramos a de representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados. 40404040 São órgãos da OABSão órgãos da OABSão órgãos da OABSão órgãos da OAB: a) o Conselho Federal. b) Os Conselhos Seccionais. c) As Subseções. d) As Caixas de Assistência dos Advogados. e)e)e)e) Todas estão corretasTodas estão corretasTodas estão corretasTodas estão corretas.

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44441111 Quanto ao processo éticoQuanto ao processo éticoQuanto ao processo éticoQuanto ao processo ético----disciplinar CORRETA é a afirdisciplinar CORRETA é a afirdisciplinar CORRETA é a afirdisciplinar CORRETA é a afirmação:mação:mação:mação: a) A sua instauração se dá por ofício ou representação dos interessados, mesmo nos casos de denúncias anônimas. b) A representação é processada e julgada sempre pelo Conselho Federal da OAB. c)c)c)c) Compete ao relator do processo disciplinar determinar aCompete ao relator do processo disciplinar determinar aCompete ao relator do processo disciplinar determinar aCompete ao relator do processo disciplinar determinar a notificação dos notificação dos notificação dos notificação dos interessados para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa interessados para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa interessados para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa interessados para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa prévia, no prazo de 15 (quinze) diasprévia, no prazo de 15 (quinze) diasprévia, no prazo de 15 (quinze) diasprévia, no prazo de 15 (quinze) dias. d) Concluída a instrução, será aberto prazo de 10 (dez) dias para que o advogado representado apresente suas razões finais. 44442222 AplicamAplicamAplicamAplicam----se subsidiariamente ao processo éticose subsidiariamente ao processo éticose subsidiariamente ao processo éticose subsidiariamente ao processo ético----disciplinar:disciplinar:disciplinar:disciplinar: a) As regras da legislação processual civil. b)b)b)b) As regras da legislação processual penal comumAs regras da legislação processual penal comumAs regras da legislação processual penal comumAs regras da legislação processual penal comum. c) As regras gerais do procedimento administrativo. d) Todas as regras acima relacionadas. 43434343 EditEditEditEditar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da ar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da ar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da ar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da OABOABOABOAB: a) Dos Conselhos Seccionais. b) Das Caixas de Assistência dos Advogados. c)c)c)c) Do Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OAB. (artigo 54, V, Estatuto). d) Os Tribunais de ética e Disciplina de cada Seccional. 44444444 Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo indicadasindicadasindicadasindicadas: a) Participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na constituição e nas leis, no âmbito do seu território. (art. 58, X, Estatuto - Seccional). b) Fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas. (art. 58, IX, Estatuto - Seccional). c) Instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina. (art. 61, parágrafo único, c, Estatuto – Subseção. Art. 70, § 1º, Estatuto). d)d)d)d) Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja legitimaçãinjunção e demais ações cuja legitimaçãinjunção e demais ações cuja legitimaçãinjunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por leio lhe seja outorgada por leio lhe seja outorgada por leio lhe seja outorgada por lei. (art. 54, XIV, Estatuto. Regulamento Geral, art. 82. Artigo 103, VII, CF). 45454545 Analisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa correta. IIII OOOO processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competentecompetentecompetentecompetente. (art. 72, § 2º, Estatuto). IIIIIIII A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competenteou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competenteou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competenteou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentessss. (artigo 71, Estatuto). IIIIIIIIIIII Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos AdvogadosCaixa de Assistência dos AdvogadosCaixa de Assistência dos AdvogadosCaixa de Assistência dos Advogados. (art. 76, Estatuto). a) Todas estão erradas. b) Estão erradas somente as proposições I e II. c) Estão corretas somente as proposições I e III.

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d)d)d)d) Todas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretas. 46464646 Quanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria ético----disciplinar, é incorreta a alternativadisciplinar, é incorreta a alternativadisciplinar, é incorreta a alternativadisciplinar, é incorreta a alternativa: a) O prazo para qualquer recurso é de 15 dias. (art. 139, RG). b) Contra a decisão do Tribunal de Ética e Disciplina cabe recurso ao plenário ou órgão especial equivalente do Conselho Seccional. (art. 144, RG). c)c)c)c) A notificação inicial para apresentação de defesa prévia ou mA notificação inicial para apresentação de defesa prévia ou mA notificação inicial para apresentação de defesa prévia ou mA notificação inicial para apresentação de defesa prévia ou manifestação em anifestação em anifestação em anifestação em processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do representadorepresentadorepresentadorepresentado. (art. 137-D, RG). d) A regra geral é que os recursos têm efeito suspensivo, exceto nas hipóteses previstas no Estatuto. (art. 138, § 2º, RG, c/c art. 77, Estatuto). 47474747 Examinar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorreta. IIII O Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica própria e tem sede na O Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica própria e tem sede na O Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica própria e tem sede na O Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica própria e tem sede na capitcapitcapitcapital da Repúblicaal da Repúblicaal da Repúblicaal da República. (art. 45, § 1º, Estatuto). IIIIIIII Os Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própria. (art. 45, § 2º, Estatuto). IIIIIIIIIIII A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e serviçosserviçosserviçosserviços. (art. 45, § 5º, Estatuto). a) Todas as afirmações estão corretas. b) Estão corretas somente as afirmações I e III. c) Estão corretas somente as afirmações II e III. d)d)d)d) Somente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está errada.

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QUESTÕESQUESTÕESQUESTÕESQUESTÕES

1111 Com relação a atos priCom relação a atos priCom relação a atos priCom relação a atos privativos de advogado, praticados por pessoa não vativos de advogado, praticados por pessoa não vativos de advogado, praticados por pessoa não vativos de advogado, praticados por pessoa não inscrita na OAB, nós podemos afirmarinscrita na OAB, nós podemos afirmarinscrita na OAB, nós podemos afirmarinscrita na OAB, nós podemos afirmar: a) São anuláveis. b) A pessoa que os pratica poderão sofrer sanções apenas civis. c)c)c)c) São nulosSão nulosSão nulosSão nulos. d) Nenhuma das anteriores.

COMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOS: O artigo 4º, do EAOAB - prevê a NNNNULIDADEULIDADEULIDADEULIDADE dos atos praticados por quem não é inscrito. Trata-se do exercício ilegal da profissão. A nulidade pode ser alegada por qualquer interessado, pelo MP, pelo magistrado (de ofício) – artigo 168, CC. Quem o pratica ato privativo de advogado responde: civilmente (pelos danos decorrentes, em virtude do ilícito – artigo 927, CC); criminalmente (por exercício ilegal da profissão); e administrativamente (quando for o caso). Se ato for praticado por advogado IMPEDIDOIMPEDIDOIMPEDIDOIMPEDIDO (proibição parcial do exercício da advocacia – artigo 27, EAOAB. Casos de impedimentos estão relacionados no artigo 30, EAOAB): a nulidade alcança apenas os atos relativos ao âmbito do impedimento. Anulabilidade. Caso o advogado esteja SUSPENSOSUSPENSOSUSPENSOSUSPENSO – a nulidade compromete todos os seus atos praticados durante o cumprimento da penalidade. A nulidade é sanável (ato anulável, segundo STF). Se o ato for praticado por alguém que exerça atividade IMCOMPATÍVELIMCOMPATÍVELIMCOMPATÍVELIMCOMPATÍVEL (a incompatibilidade determina a proibição total para o exercício da advocacia – artigo 30, EAOAB). A incompatibilidade pode ser permanente ou temporária. A incompatibilidade é sempre total e absoluta. – causa nulidade insanável. Nulidade. Observar a regra geral do CC, quanto aos atos ilícitos, contemplada no artigo 186. Ver também o abuso de direito – artigo 187, CC. CF -> artigo 5º, inciso XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Artigo 5º, inciso XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judia lei não excluirá da apreciação do Poder Judia lei não excluirá da apreciação do Poder Judia lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça ciário lesão ou ameaça ciário lesão ou ameaça ciário lesão ou ameaça a direitoa direitoa direitoa direito. Lembremos que o CP prevê os seguintes crimes: Patrocínio infielPatrocínio infielPatrocínio infielPatrocínio infiel – artigo 355 – trair, na qualidade de advogado ou procurador, o trair, na qualidade de advogado ou procurador, o trair, na qualidade de advogado ou procurador, o trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadodever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadodever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadodever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado. Pena: detenção, de 06 meses a 03 anos e multa. Patrocínio simultâneo ou tergiversaçãoPatrocínio simultâneo ou tergiversaçãoPatrocínio simultâneo ou tergiversaçãoPatrocínio simultâneo ou tergiversação – artigo 355, parágrafo único: incorre incorre incorre incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contráriascausa, simultânea ou sucessivamente, partes contráriascausa, simultânea ou sucessivamente, partes contráriascausa, simultânea ou sucessivamente, partes contrárias. Falsidade documental Falsidade documental Falsidade documental Falsidade documental – artigo 296, CP. Há, também a fraude processual – artigo 347, CP. Exercício ilegal da profissãoExercício ilegal da profissãoExercício ilegal da profissãoExercício ilegal da profissão – artigo 47, LCP. O CPC estabelece deveres que as PARTESPARTESPARTESPARTES e seus PROCURADORESPROCURADORESPROCURADORESPROCURADORES se obrigam a observar, a exemplo de toda e qualquer pessoa que participe do processo – artigo 14. Os PROCURADORESPROCURADORESPROCURADORESPROCURADORES (a parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado) são tratados nos artigos 36 a 40.

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O CC cuida do instituto da REPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃO (poderes conferidos por LEILEILEILEI ou pelo INTERESSADOINTERESSADOINTERESSADOINTERESSADO) nos artigos 115 a 120. Artigo 13, CPC -> incapacidade de postularincapacidade de postularincapacidade de postularincapacidade de postular – uma vez verificada a irregularidade da representação, o juiz suspende o processo, marcando prazo para ser sanado o defeito, sob pena de ser decretada a nulidade do processo. MANDATOMANDATOMANDATOMANDATO JJJJUDICIALUDICIALUDICIALUDICIAL -> a ele se refere o CC, ao tratar do mandato (espécie nominada de contrato – artigo 653), afirmando, no artigo 692: o mandato judicial fica o mandato judicial fica o mandato judicial fica o mandato judicial fica subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, e, supletivamente, às ese, supletivamente, às ese, supletivamente, às ese, supletivamente, às estabelecidas neste Códigotabelecidas neste Códigotabelecidas neste Códigotabelecidas neste Código. O EAOAB faculta ao estagiárioestagiárioestagiárioestagiário, desde que regularmente inscrito na OAB, exercer TODOSTODOSTODOSTODOS os atos privativos do advogado, desde que acompanhado NECESSARIAMENTENECESSARIAMENTENECESSARIAMENTENECESSARIAMENTE por um advogado, procurador ou defensor público, e sob a responsabilidade destes. A ausência do causídico gera NULIDADENULIDADENULIDADENULIDADE do ato e responsabilidade disciplinar para ambos. O Regulamento Geral da OAB prevê hipóteses em que o estagiário, sozinho, pode praticar, embora sob a responsabilidade do advogado ao qual esteja vinculado – artigo 29. Segundo § 2º, do artigo 3º, do EAOAB, o estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geral, EM CONJUNTOEM CONJUNTOEM CONJUNTOEM CONJUNTO com advogado e sob a responsabilidade deste. 2222 O advogado pode O advogado pode O advogado pode O advogado pode postular perante os órgãos do Poder Judiciário, excluindopostular perante os órgãos do Poder Judiciário, excluindopostular perante os órgãos do Poder Judiciário, excluindopostular perante os órgãos do Poder Judiciário, excluindo----sesesese: a) O Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais. b)b)b)b) O Conselho Nacional de Justiça, os juizados especiaisO Conselho Nacional de Justiça, os juizados especiaisO Conselho Nacional de Justiça, os juizados especiaisO Conselho Nacional de Justiça, os juizados especiais, Juízes de Paz e a Juízes de Paz e a Juízes de Paz e a Juízes de Paz e a JustJustJustJustiça do Trabalhoiça do Trabalhoiça do Trabalhoiça do Trabalho. c) Os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal. d) Os Tribunais e Juízes Militares.

COMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOS. A CF – no artigo 92 – enumera os órgãos do Poder Judiciário, conforme redação dada pels EC n. 45/04. A postulação em QUALQUERQUALQUERQUALQUERQUALQUER (inconstitucional, segundo STF) órgão do Poder Judiciário e nos JUIZADOS JUIZADOS JUIZADOS JUIZADOS ESPECIAISESPECIAISESPECIAISESPECIAIS (STF excluiu os juizados – ADIn n. 1127). O artigo 1º, da EAOAB explicita e regulamenta o artigo 133, CF. O STF deu interpretação restrita ao artigo 1º do EAOAB constitucional, excluindo do seu alcance os Juizados Especiais e a Justiça do Trabalho. Neste último caso, para adequar o Estatuto à CLT, manteve o STF a representação profissional facultativa. A propósito, o artigo 133, CF, encerra normas distintas, relativas à INDISPEINDISPEINDISPEINDISPENSABILIDADENSABILIDADENSABILIDADENSABILIDADE à administração da justiça e à INVIOLABILIDADEINVIOLABILIDADEINVIOLABILIDADEINVIOLABILIDADE (inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei). A indispensabilidade do advogado está contemplada no caput do artigo 2º, EAOAB, e a inviolabilidade no § 3º deste mesmo artigo. Os limites dizem respeito apenas à inviolabilidade e a Lei, no caso, é o Estatuto (ADIn n. 1127, STF).

3333 Em 05/02/07, José Silva, advogado, notificou pessoalmente seu cliente da Em 05/02/07, José Silva, advogado, notificou pessoalmente seu cliente da Em 05/02/07, José Silva, advogado, notificou pessoalmente seu cliente da Em 05/02/07, José Silva, advogado, notificou pessoalmente seu cliente da renúncia ao mandato outorgado nos Autos da ação cível,renúncia ao mandato outorgado nos Autos da ação cível,renúncia ao mandato outorgado nos Autos da ação cível,renúncia ao mandato outorgado nos Autos da ação cível, pelo rito ordinário, ajuizada pelo rito ordinário, ajuizada pelo rito ordinário, ajuizada pelo rito ordinário, ajuizada pela União. O Diário de Justiça de 08/02/07 publicou a intimação para que as partes pela União. O Diário de Justiça de 08/02/07 publicou a intimação para que as partes pela União. O Diário de Justiça de 08/02/07 publicou a intimação para que as partes pela União. O Diário de Justiça de 08/02/07 publicou a intimação para que as partes especificassem provas que desejam produzir. Considerando a situação hipotética especificassem provas que desejam produzir. Considerando a situação hipotética especificassem provas que desejam produzir. Considerando a situação hipotética especificassem provas que desejam produzir. Considerando a situação hipotética acima e o que dispõe o EAOAB, assinalar a opção corretaacima e o que dispõe o EAOAB, assinalar a opção corretaacima e o que dispõe o EAOAB, assinalar a opção corretaacima e o que dispõe o EAOAB, assinalar a opção correta.

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a)a)a)a) JoJoJoJosé Silva deverá apresentar petição de especificação de provas na hipótese sé Silva deverá apresentar petição de especificação de provas na hipótese sé Silva deverá apresentar petição de especificação de provas na hipótese sé Silva deverá apresentar petição de especificação de provas na hipótese de seu cliente não ter constituído novo advogado nos autosde seu cliente não ter constituído novo advogado nos autosde seu cliente não ter constituído novo advogado nos autosde seu cliente não ter constituído novo advogado nos autos. b) José Silva deverá comunicar ao seu cliente da publicação da intimação para que ele providencie outro advogado para cumpri-la. c) O juiz deve reabrir o prazo para especificação de provas porque uma das partes esteve sem advogado nos autos. d) O cliente pode se dirigir diretamente ao juiz e informar as provas que pretende produzir, juntando aos autos a notificação de renúncia de seu advogado. COMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOS. O advogado para ingressar em juízo em defesa de alguém, precisa, além de regularmente inscrito na OAB, estar munido do instrumento de mandato, que é a procuração. A procuração poderá ser outorgada por instrumento público, particular ou eletrônico (Lei n. 11.419/06). A questão examinada cuida da substituição de procurador. A parte pode revogar o mandato de eu constituinte. O advogado pode renuncia ao mandato. O artigo 44, do CPC, trata revogação de mandato. O artigo 45, do CPC, trata da renuncia ao mandato. 4444 QQQQuanto ao dever de sigilo processual podemos afirmar:uanto ao dever de sigilo processual podemos afirmar:uanto ao dever de sigilo processual podemos afirmar:uanto ao dever de sigilo processual podemos afirmar: a) Cabe somente ao advogado a sua observância. b) Os processos ético-disciplinares não estão sujeitos a esta proteção. c)c)c)c) Objetiva resguardar a honra, a inObjetiva resguardar a honra, a inObjetiva resguardar a honra, a inObjetiva resguardar a honra, a intimidade e a própria dignidade das pessoas timidade e a própria dignidade das pessoas timidade e a própria dignidade das pessoas timidade e a própria dignidade das pessoas envolvidas no processoenvolvidas no processoenvolvidas no processoenvolvidas no processo. d) Nenhuma das anteriores. COMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOSCOMENTÁRIOS. O sigilo profissionalsigilo profissionalsigilo profissionalsigilo profissional do advogado é tratado no artigo 25 a 27, do CED da OAB. Segundo o artigo 33, do Estatuto, o advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no CED. Se ele violar, sem justa causa, sigilo profissional, responde por infração prevista no artigo 34, VII – censura. Ao lado do sigilo profissional existe o sigilo processualsigilo processualsigilo processualsigilo processual. CF: artigo 1º, inciso III, artigo 5º, incisos X e LX. Artigo 155, CPC. Artigo 11 a 21, CC. 5555 Analisar as afirmações abaixo e marcar a alternativa correta:Analisar as afirmações abaixo e marcar a alternativa correta:Analisar as afirmações abaixo e marcar a alternativa correta:Analisar as afirmações abaixo e marcar a alternativa correta: IIII OOOO estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunprevistos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunprevistos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunprevistos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunto com advogado e to com advogado e to com advogado e to com advogado e sob a responsabilidade deste.sob a responsabilidade deste.sob a responsabilidade deste.sob a responsabilidade deste. IIIIIIII A Advocacia Pública desenvolve atividades de consultoria e assessoramento A Advocacia Pública desenvolve atividades de consultoria e assessoramento A Advocacia Pública desenvolve atividades de consultoria e assessoramento A Advocacia Pública desenvolve atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivojurídico do Poder Executivojurídico do Poder Executivojurídico do Poder Executivo. IIIIIIIIIIII O CED da AOAB regula os deveres do advogado em três planos: a) perante a O CED da AOAB regula os deveres do advogado em três planos: a) perante a O CED da AOAB regula os deveres do advogado em três planos: a) perante a O CED da AOAB regula os deveres do advogado em três planos: a) perante a comunidade; b) perante o comunidade; b) perante o comunidade; b) perante o comunidade; b) perante o cliente; e c) perante o outro profissionalcliente; e c) perante o outro profissionalcliente; e c) perante o outro profissionalcliente; e c) perante o outro profissional. a)a)a)a) Todas estão corretasTodas estão corretasTodas estão corretasTodas estão corretas. b) Todas estão incorretas. c) Somente a I e a II estão incorretas. d) Somente I está incorreta. COMENTCOMENTCOMENTCOMENTÁÁÁÁRIOSRIOSRIOSRIOS. Incidência do artigo 3º, § 2º, do EAOAB. Incidência do artigo 131, caput, CF. Incidência do artigo 33, parágrafo único, do EAOAB.

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6666 Com relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorreta. a) É dotado de personalidade jurídica própria. (art. 45, § 1º, Estatuto). b) É o órgão supremo da OAB. (art. 45, § 1º, Estatuto). c)c)c)c) Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de Ética e Disciplina da Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de Ética e Disciplina da Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de Ética e Disciplina da Tem sua estrutura e funcionamento definidos Código de Ética e Disciplina da OAB. OAB. OAB. OAB. (art. 53, Estatuto). d) Dentre as suas competências, encontramos a de representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados. (artigo 54, II, Estatuto). 7777 Editar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da Editar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da Editar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da Editar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da OABOABOABOAB: a) Dos Conselhos Seccionais. b) Das Caixas de Assistência dos Advogados. c)c)c)c) Do Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OAB. (artigo 54, V, Estatuto). d) Os Tribunais de ética e Disciplina de cada Seccional. 8888 Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo indicadasindicadasindicadasindicadas: a) Participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na constituição e nas leis, no âmbito do seu território. (art. 58, X, Estatuto - Seccional). b) Fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas. (art. 58, IX, Estatuto - Seccional). c) Instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina. (art. 61, parágrafo único, c, Estatuto – Subseção. Art. 70, § 1º, Estatuto). d)d)d)d) Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e deinjunção e deinjunção e deinjunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por leimais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por leimais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por leimais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por lei. (art. 54, XIV, Estatuto. Regulamento Geral, art. 82. Artigo 103, VII, CF). 9999 Analisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa correta. IIII OOOO processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso término, só tendo acesso término, só tendo acesso término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competentecompetentecompetentecompetente. (art. 72, § 2º, Estatuto). IIIIIIII A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou contravenção, deve ser comunicado ou contravenção, deve ser comunicado ou contravenção, deve ser comunicado ou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentesàs autoridades competentesàs autoridades competentesàs autoridades competentes. (artigo 71, Estatuto). IIIIIIIIIIII Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos AdvogadosCaixa de Assistência dos AdvogadosCaixa de Assistência dos AdvogadosCaixa de Assistência dos Advogados. (art. 76, Estatuto). a) Todas estão erradas. b) Estão erradas somente as proposições I e II. c) Estão corretas somente as proposições I e III. d)d)d)d) Todas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretas. 10101010 Quanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria ético----disciplinar, é incorreta a alternadisciplinar, é incorreta a alternadisciplinar, é incorreta a alternadisciplinar, é incorreta a alternativativativativa: a) O prazo para qualquer recurso é de 15 dias. (art. 139, RG). b) Contra a decisão do Tribunal de Ética e Disciplina cabe recurso ao plenário ou órgão especial equivalente do Conselho Seccional. (art. 144, RG). c)c)c)c) A notificação inicial para apresentaA notificação inicial para apresentaA notificação inicial para apresentaA notificação inicial para apresentação de defesa prévia ou manifestação em ção de defesa prévia ou manifestação em ção de defesa prévia ou manifestação em ção de defesa prévia ou manifestação em processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência,

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com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do representadorepresentadorepresentadorepresentado. (art. 137-D, RG). d) A regra geral é que os recursos têm efeito suspensivo, exceto nas hipóteses previstas no Estatuto. (art. 138, § 2º, RG, c/c art. 77, Estatuto). 11111111 Examinar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorreta. IIII O Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica prO Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica prO Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica prO Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica própria e tem sede na ópria e tem sede na ópria e tem sede na ópria e tem sede na capital da Repúblicacapital da Repúblicacapital da Repúblicacapital da República. (art. 45, § 1º, Estatuto). IIIIIIII Os Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própria. (art. 45, § 2º, Estatuto). IIIIIIIIIIII A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e serviserviserviserviçosçosçosços. (art. 45, § 5º, Estatuto). a) Todas as afirmações estão corretas. b) Estão corretas somente as afirmações I e III. c) Estão corretas somente as afirmações II e III. d)d)d)d) Somente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está errada.

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COMENTCOMENTCOMENTCOMENTÁRIOSÁRIOSÁRIOSÁRIOS

1ª Questão1ª Questão1ª Questão1ª Questão.

O artigo 4º, do EAOAB, prevê a NULIDADENULIDADENULIDADENULIDADE dos atos praticados por quem não é inscrito. Trata-se do exercício ilegal da profissão. A nulidade pode ser alegada por qualquer interessado, pelo MP, pelo magistrado (de ofício) – artigo 168, CC. É imprescritível, não é ratificado pela parte interessada, não convalece com o tempo, não pode ser suprido ou sanado. Quem o pratica ato privativo de advogado responde: civilmente (pelos danos decorrentes, em virtude do ilícito – artigo 927, CC); criminalmente (por exercício ilegal da profissão); e administrativamente (quando for o caso). Se ato for praticado por advogado IMPEDIDOIMPEDIDOIMPEDIDOIMPEDIDO (proibição parcial do exercício da advocacia – artigo 27, EAOAB. Casos de impedimentos estão relacionados no artigo 30, EAOAB): a nulidade alcança apenas os atos relativos ao âmbito do impedimento. Anulabilidade. Caso o advogado esteja SUSPENSOSUSPENSOSUSPENSOSUSPENSO – a nulidade compromete todos os seus atos praticados durante o cumprimento da penalidade. A nulidade é sanável (ato anulável, segundo STF). Se o ato for praticado por alguém que exerça atividade IMCOMPATÍVELIMCOMPATÍVELIMCOMPATÍVELIMCOMPATÍVEL (a incompatibilidade determina a proibição total para o exercício da advocacia – artigo 30, EAOAB). A incompatibilidade pode ser permanente ou temporária. A incompatibilidade é sempre total e absoluta. – causa nulidade insanável. Nulidade. Observar a regra geral do CC, quanto aos atos ilícitos, contemplada no artigo 186. Ver também o abuso de direito – artigo 187, CC. CF -> artigo 5º, inciso XIII – é livre o exercício de qé livre o exercício de qé livre o exercício de qé livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou ualquer trabalho, ofício ou ualquer trabalho, ofício ou ualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecerprofissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Artigo 5º, inciso XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direitoa direitoa direitoa direito. Lembremos que o CP prevê os seguintes crimes: Patrocínio infielPatrocínio infielPatrocínio infielPatrocínio infiel – artigo 355 – trair, na qualidade de advogado ou procurador, o trair, na qualidade de advogado ou procurador, o trair, na qualidade de advogado ou procurador, o trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadodever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadodever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiadodever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado. Pena: detenção, de 06 meses a 03 anos e multa. Patrocínio simultâneo ou tergiversaçãoPatrocínio simultâneo ou tergiversaçãoPatrocínio simultâneo ou tergiversaçãoPatrocínio simultâneo ou tergiversação – artigo 355, parágrafo único: incorre incorre incorre incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contráriascausa, simultânea ou sucessivamente, partes contráriascausa, simultânea ou sucessivamente, partes contráriascausa, simultânea ou sucessivamente, partes contrárias. Falsidade documental Falsidade documental Falsidade documental Falsidade documental – artigo 296, CP. Há, também a fraude processual – artigo 347, CP. Exercício ilegal da profissãoExercício ilegal da profissãoExercício ilegal da profissãoExercício ilegal da profissão – artigo 47, LCP. O CPC estabelece deveres que as PARTESPARTESPARTESPARTES e seus PROCURADORESPROCURADORESPROCURADORESPROCURADORES se obrigam a observar, a exemplo de toda e qualquer pessoa que participe do processo – artigo 14. Os PROCURADORESPROCURADORESPROCURADORESPROCURADORES (a parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado) são tratados nos artigos 36 a 40. O CC cuida do instituto da REPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃO (poderes conferidos por LEILEILEILEI ou pelo INTERESSADOINTERESSADOINTERESSADOINTERESSADO) nos artigos 115 a 120.

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Artigo 13, CPC -> incapacidade de postularincapacidade de postularincapacidade de postularincapacidade de postular – uma vez verificada a irregularidade da representação, o juiz suspende o processo, marcando prazo para ser sanado o defeito, sob pena de ser decretada a nulidade do processo. MANDATOMANDATOMANDATOMANDATO JUDICIALJUDICIALJUDICIALJUDICIAL -> a ele se refere o CC, ao tratar do mandato (espécie nominada de contrato – artigo 653), afirmando, no artigo 692: o mandato judicial fica o mandato judicial fica o mandato judicial fica o mandato judicial fica subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, e, supletivamente, às estabelecidas neste Códigoe, supletivamente, às estabelecidas neste Códigoe, supletivamente, às estabelecidas neste Códigoe, supletivamente, às estabelecidas neste Código. O EAOAB faculta ao estagiárioestagiárioestagiárioestagiário, desde que regularmente inscrito na OAB, exercer TODOSTODOSTODOSTODOS os atos privativos do advogado, desde que acompanhado NECESSARIAMENTENECESSARIAMENTENECESSARIAMENTENECESSARIAMENTE por um advogado, procurador ou defensor público, e sob a responsabilidade destes. A ausência do causídico gera NULIDADENULIDADENULIDADENULIDADE do ato e responsabilidade disciplinar para ambos. O Regulamento Geral da OAB prevê hipóteses em que o estagiário, sozinho, pode praticar, embora sob a responsabilidade do advogado ao qual esteja vinculado – artigo 29. Segundo § 2º, do artigo 3º, do EAOAB, o estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no artigo 1º, na forma do Regulamento Geral, EM CONJUNTOEM CONJUNTOEM CONJUNTOEM CONJUNTO com advogado e sob a responsabilidade deste. 2ª Questão2ª Questão2ª Questão2ª Questão. A CF – no artigo 92 – enumera os órgãos do Poder Judiciário, conforme redação dada pela EC n. 45/04. A postulação em QUALQUERQUALQUERQUALQUERQUALQUER (inconstitucional, segundo STF) órgão do Poder Judiciário e nos JUIZADOS ESPECIAISJUIZADOS ESPECIAISJUIZADOS ESPECIAISJUIZADOS ESPECIAIS (STF excluiu os juizados – ADIn n. 1127). O artigo 1º, da EAOAB explicita e regulamenta o artigo 133, CF. O STF deu interpretação restrita ao artigo 1º do EAOAB constitucional, excluindo do seu alcance os Juizados Especiais e a Justiça do Trabalho. Neste último caso, para adequar o Estatuto à CLT, manteve o STF a representação profissional facultativa. A propósito, o artigo 133, CF, encerra normas distintas, relativas à INDISPENSABILIDADEINDISPENSABILIDADEINDISPENSABILIDADEINDISPENSABILIDADE à administração da justiça e à INVIOLABILIDADEINVIOLABILIDADEINVIOLABILIDADEINVIOLABILIDADE (inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei). A indispensabilidade do advogado está contemplada no caput do artigo 2º, EAOAB, e a inviolabilidade no § 3º deste mesmo artigo. Os limites dizem respeito apenas à inviolabilidade e a Lei, no caso, é o Estatuto (ADIn n. 1127, STF). 3ª Questão3ª Questão3ª Questão3ª Questão. O advogado para ingressar em juízo em defesa de alguém, precisa, além de regularmente inscrito na OAB, estar munido do instrumento de mandato, que é a procuração. A procuração poderá ser outorgada por instrumento público, particular ou eletrônico (Lei n. 11.419/06). A questão examinada cuida da substituição de procurador. A parte pode revogar o mandato de eu constituinte. O advogado pode renuncia ao mandato. O artigo 44, do CPC, trata revogação de mandato. O artigo 45, do CPC, trata da renuncia ao mandato. 4ª Questão4ª Questão4ª Questão4ª Questão. O sigilo profissionalsigilo profissionalsigilo profissionalsigilo profissional do advogado é tratado no artigo 25 a 27, do CED da OAB. Segundo o artigo 33, do Estatuto, o advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no CED. Se ele violar, sem justa causa, sigilo profissional, responde por infração prevista no artigo 34, VII – censura.

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Ao lado do sigilo profissional existe o sigilo processualsigilo processualsigilo processualsigilo processual. CF: artigo 1º, inciso III, artigo 5º, incisos X e LX. Artigo 155, CPC. Artigo 11 a 21, CC. 5ª Questão5ª Questão5ª Questão5ª Questão. Incidência do artigo 3º, § 2º, do EAOAB. Incidência do artigo 131, caput, CF. Incidência do artigo 33, parágrafo único, do EAOAB.

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QUESTÕESQUESTÕESQUESTÕESQUESTÕES

1111 Analisar as proposições a seguir e marcar V ou F:Analisar as proposições a seguir e marcar V ou F:Analisar as proposições a seguir e marcar V ou F:Analisar as proposições a seguir e marcar V ou F: IIII O dever de sigilo profissional existe seja o serviço solicitado ou contratado, O dever de sigilo profissional existe seja o serviço solicitado ou contratado, O dever de sigilo profissional existe seja o serviço solicitado ou contratado, O dever de sigilo profissional existe seja o serviço solicitado ou contratado, remunerado ou não remuremunerado ou não remuremunerado ou não remuremunerado ou não remunerado, haja ou não representação judicial ou extrajudicial, nerado, haja ou não representação judicial ou extrajudicial, nerado, haja ou não representação judicial ou extrajudicial, nerado, haja ou não representação judicial ou extrajudicial, tenha havido aceitação ou recusa do advogadotenha havido aceitação ou recusa do advogadotenha havido aceitação ou recusa do advogadotenha havido aceitação ou recusa do advogado. ( VVVV ) IIIIIIII A inviolabilidade do advogado alcança seus meios de atuação profissional, A inviolabilidade do advogado alcança seus meios de atuação profissional, A inviolabilidade do advogado alcança seus meios de atuação profissional, A inviolabilidade do advogado alcança seus meios de atuação profissional, tais como seu escritório ou locais de trabalho, seus arquivos, seutais como seu escritório ou locais de trabalho, seus arquivos, seutais como seu escritório ou locais de trabalho, seus arquivos, seutais como seu escritório ou locais de trabalho, seus arquivos, seus dados, sua s dados, sua s dados, sua s dados, sua correspondência e suas comunicações. correspondência e suas comunicações. correspondência e suas comunicações. correspondência e suas comunicações. ( VVVV ) IIIIIIIIIIII O sigilo profissional é inerente à profissão, impondoO sigilo profissional é inerente à profissão, impondoO sigilo profissional é inerente à profissão, impondoO sigilo profissional é inerente à profissão, impondo----se o seu respeito, salvo se o seu respeito, salvo se o seu respeito, salvo se o seu respeito, salvo ameaça ao direito à vida, à honra, por exemplos, porém sempre restrito ao seu ameaça ao direito à vida, à honra, por exemplos, porém sempre restrito ao seu ameaça ao direito à vida, à honra, por exemplos, porém sempre restrito ao seu ameaça ao direito à vida, à honra, por exemplos, porém sempre restrito ao seu interesse. interesse. interesse. interesse. ( FFFF ) 2222 Segundo a leitura dSegundo a leitura dSegundo a leitura dSegundo a leitura do artigo 133 da Constituição Federal em vigor, combinado o artigo 133 da Constituição Federal em vigor, combinado o artigo 133 da Constituição Federal em vigor, combinado o artigo 133 da Constituição Federal em vigor, combinado com o que dispõe o artigo 6º, do EAOAB, que estabelece a ausência de hierarquia com o que dispõe o artigo 6º, do EAOAB, que estabelece a ausência de hierarquia com o que dispõe o artigo 6º, do EAOAB, que estabelece a ausência de hierarquia com o que dispõe o artigo 6º, do EAOAB, que estabelece a ausência de hierarquia entre magistrados, membros do Ministério Público e advogados, somente à OAB entre magistrados, membros do Ministério Público e advogados, somente à OAB entre magistrados, membros do Ministério Público e advogados, somente à OAB entre magistrados, membros do Ministério Público e advogados, somente à OAB caberá designar advogado para assistência jcaberá designar advogado para assistência jcaberá designar advogado para assistência jcaberá designar advogado para assistência jurídica quando houver impossibilidade urídica quando houver impossibilidade urídica quando houver impossibilidade urídica quando houver impossibilidade de defensoria pública no local do serviço, não cabendo ao juiz nomear de ofício de defensoria pública no local do serviço, não cabendo ao juiz nomear de ofício de defensoria pública no local do serviço, não cabendo ao juiz nomear de ofício de defensoria pública no local do serviço, não cabendo ao juiz nomear de ofício defensor ao réu que não o tenha. Tal afirmação é verdadeira? Explique.defensor ao réu que não o tenha. Tal afirmação é verdadeira? Explique.defensor ao réu que não o tenha. Tal afirmação é verdadeira? Explique.defensor ao réu que não o tenha. Tal afirmação é verdadeira? Explique. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________. 3333 José da Silva foi denunciado pela prática de homicídio. Para defendêJosé da Silva foi denunciado pela prática de homicídio. Para defendêJosé da Silva foi denunciado pela prática de homicídio. Para defendêJosé da Silva foi denunciado pela prática de homicídio. Para defendê----lo, foi lo, foi lo, foi lo, foi contratado o advogado Antônio Macedo, respeitável criminalista da cidade e, por contratado o advogado Antônio Macedo, respeitável criminalista da cidade e, por contratado o advogado Antônio Macedo, respeitável criminalista da cidade e, por contratado o advogado Antônio Macedo, respeitável criminalista da cidade e, por coincidência, inimigo do coincidência, inimigo do coincidência, inimigo do coincidência, inimigo do dededede cujuscujuscujuscujus. O denunciado confessou o crime no escritór. O denunciado confessou o crime no escritór. O denunciado confessou o crime no escritór. O denunciado confessou o crime no escritório de io de io de io de seu patrono, ocasião em que estavam presentes a esposa e os pais do réu. Durante seu patrono, ocasião em que estavam presentes a esposa e os pais do réu. Durante seu patrono, ocasião em que estavam presentes a esposa e os pais do réu. Durante seu patrono, ocasião em que estavam presentes a esposa e os pais do réu. Durante o julgamento, porém, o réu, ao ser interrogado perante o juiz e os jurados, afirmou o julgamento, porém, o réu, ao ser interrogado perante o juiz e os jurados, afirmou o julgamento, porém, o réu, ao ser interrogado perante o juiz e os jurados, afirmou o julgamento, porém, o réu, ao ser interrogado perante o juiz e os jurados, afirmou ter sido o advogado Antônio Macedo o verdadeiro autor do crime. Diante dos fatos ter sido o advogado Antônio Macedo o verdadeiro autor do crime. Diante dos fatos ter sido o advogado Antônio Macedo o verdadeiro autor do crime. Diante dos fatos ter sido o advogado Antônio Macedo o verdadeiro autor do crime. Diante dos fatos acimacimacimacima narrados, assinale a opção correta de acordo com o Código de Ética e a narrados, assinale a opção correta de acordo com o Código de Ética e a narrados, assinale a opção correta de acordo com o Código de Ética e a narrados, assinale a opção correta de acordo com o Código de Ética e Disciplina dos Advogados.Disciplina dos Advogados.Disciplina dos Advogados.Disciplina dos Advogados. a) O advogado deverá substabelecer o mandato outorgado com reservas de iguais poderes a outro patrono. b) O advogado poderá revelar as confidências feitas em seu escritório desde que autorizado pelo réu. c) O sigilo profissional impede o advogado de revelar a confissão do cliente, cabendo à esposa e aos pais do réu desmentir a acusação ocorrida no interrogatório. d)d)d)d) O advogado, neste caso, pode revelar o segredoO advogado, neste caso, pode revelar o segredoO advogado, neste caso, pode revelar o segredoO advogado, neste caso, pode revelar o segredo a ele confiado, visto que ele, a ele confiado, visto que ele, a ele confiado, visto que ele, a ele confiado, visto que ele, vendovendovendovendo----se afrontado pelo próprio cliente, tem de agir em defesa própriase afrontado pelo próprio cliente, tem de agir em defesa própriase afrontado pelo próprio cliente, tem de agir em defesa própriase afrontado pelo próprio cliente, tem de agir em defesa própria. 4444 Marcar a alternativa correta.Marcar a alternativa correta.Marcar a alternativa correta.Marcar a alternativa correta. a) Os deveres do advogado se encontram disciplinados em todo o EAOAB, mas também encontramos do causídico no CED, no Regulamento Geral da OAB e nos Provimentos do Conselho Seccional da OAB. b) O advogado tem o dever de cuidar apenas de sua própria imagem.

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c) No processo criminal o advogado tem o direito de fazer a defesa do acusado considerando sua opinião pessoal sobre a culpa do réu. d)d)d)d) O advogado pode recusar uma causa alegando questões de foro íntimo, de O advogado pode recusar uma causa alegando questões de foro íntimo, de O advogado pode recusar uma causa alegando questões de foro íntimo, de O advogado pode recusar uma causa alegando questões de foro íntimo, de princípios morais, de consciênciaprincípios morais, de consciênciaprincípios morais, de consciênciaprincípios morais, de consciência. 5555 AAAA, advogado constituido por , advogado constituido por , advogado constituido por , advogado constituido por BBBB, para a defesa dos interesses deste em juízo, , para a defesa dos interesses deste em juízo, , para a defesa dos interesses deste em juízo, , para a defesa dos interesses deste em juízo, falta com suas obrigações de procurador legalmente habfalta com suas obrigações de procurador legalmente habfalta com suas obrigações de procurador legalmente habfalta com suas obrigações de procurador legalmente habilitado nos autos de uma ilitado nos autos de uma ilitado nos autos de uma ilitado nos autos de uma ação indenizatória em curso perante a 2ª vara cível desta Capital. Neste caso ação indenizatória em curso perante a 2ª vara cível desta Capital. Neste caso ação indenizatória em curso perante a 2ª vara cível desta Capital. Neste caso ação indenizatória em curso perante a 2ª vara cível desta Capital. Neste caso BBBB:::: a) Poderá renunciar ao mandato que outorgara ao advogado. b)b)b)b) Poderá revogar o mandato que outorgara ao advogadoPoderá revogar o mandato que outorgara ao advogadoPoderá revogar o mandato que outorgara ao advogadoPoderá revogar o mandato que outorgara ao advogado. c) Poderá simplesmente substituir seu advogado por outro, sem quaisquer ônus para o outorgante. d) Nada poderá fazer. 6666 Analisar as seguintes proposições e marcar a alternativa correta:Analisar as seguintes proposições e marcar a alternativa correta:Analisar as seguintes proposições e marcar a alternativa correta:Analisar as seguintes proposições e marcar a alternativa correta: a) A conclusão ou desistência da causa, com ou sem a extinção do mandato, obriga o advogado à devolução de bens, valores e documentos recebidos no exercício do mandato, e, à pormenorizada prestação de contas, nada mais restando de obrigação perante seu constituinte. b) O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento do seu constituinte, salvo por motivo justo ou para adoção de medidas judiciais e extrajudiciais urgentes e inadiáveis. c) O mandato judicial, a exceção do mandato extrajudicial, se extingue pelo decurso de tempo. d)d)d)d) O advogado não deve deixaO advogado não deve deixaO advogado não deve deixaO advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo os feitos, sem r ao abandono ou ao desamparo os feitos, sem r ao abandono ou ao desamparo os feitos, sem r ao abandono ou ao desamparo os feitos, sem motivo justo e comprovada ciência do constituintemotivo justo e comprovada ciência do constituintemotivo justo e comprovada ciência do constituintemotivo justo e comprovada ciência do constituinte. 7777 AAAA, advogado militante, comparece à audiência perante determinado Juizado , advogado militante, comparece à audiência perante determinado Juizado , advogado militante, comparece à audiência perante determinado Juizado , advogado militante, comparece à audiência perante determinado Juizado Especial Cível desta Capital e informa ao juiz conciliador que ele (advogado) ali Especial Cível desta Capital e informa ao juiz conciliador que ele (advogado) ali Especial Cível desta Capital e informa ao juiz conciliador que ele (advogado) ali Especial Cível desta Capital e informa ao juiz conciliador que ele (advogado) ali está está está está funcionando no processo de reparação de danos, simultaneamente, como patrono e funcionando no processo de reparação de danos, simultaneamente, como patrono e funcionando no processo de reparação de danos, simultaneamente, como patrono e funcionando no processo de reparação de danos, simultaneamente, como patrono e preposto de seu empregador. Podemos afirmar:preposto de seu empregador. Podemos afirmar:preposto de seu empregador. Podemos afirmar:preposto de seu empregador. Podemos afirmar: a) Que o advogado AAAA poderá, sim, simultaneamente, como patrono e preposto, funcionar no referido processo. b)b)b)b) Que ao advogado Que ao advogado Que ao advogado Que ao advogado AAAA é defeso, legalmente, funcionar no referido processo, é defeso, legalmente, funcionar no referido processo, é defeso, legalmente, funcionar no referido processo, é defeso, legalmente, funcionar no referido processo, simultaneamente, como patrono e prepostosimultaneamente, como patrono e prepostosimultaneamente, como patrono e prepostosimultaneamente, como patrono e preposto. c) Caberá ao juiz togado, e não ao juiz conciliador, aceitar, ou não, o advogado AAAA, simultaneamente, como patrono e preposto, no referido processo. d) A lei processual civil deixa a critério do advogado AAAA funcionar, simultaneamente, como procurador e preposto de seu constituinte, em qualquer processo perante o Juizado Especial Cível. 8888 Analise as seguintes proposições diga se cada uma delas é verdadeira ou Analise as seguintes proposições diga se cada uma delas é verdadeira ou Analise as seguintes proposições diga se cada uma delas é verdadeira ou Analise as seguintes proposições diga se cada uma delas é verdadeira ou falsfalsfalsfalsa: a: a: a: IIIIIIII O advogado não é obrigado a aceitar a imposição de seu cliente que pretenda O advogado não é obrigado a aceitar a imposição de seu cliente que pretenda O advogado não é obrigado a aceitar a imposição de seu cliente que pretenda O advogado não é obrigado a aceitar a imposição de seu cliente que pretenda ver com ele atuando outros advogados. ver com ele atuando outros advogados. ver com ele atuando outros advogados. ver com ele atuando outros advogados. ( V V V V ) IIIIIIII O advogado é obrigado a aceitar a indicação de outro profissional para com O advogado é obrigado a aceitar a indicação de outro profissional para com O advogado é obrigado a aceitar a indicação de outro profissional para com O advogado é obrigado a aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo. ele trabalhar no processo. ele trabalhar no processo. ele trabalhar no processo. ( FFFF ) IIIIIIIIIIII A relação entA relação entA relação entA relação entre advogado e seu cliente se dá sob o princípio da confiabilidade. re advogado e seu cliente se dá sob o princípio da confiabilidade. re advogado e seu cliente se dá sob o princípio da confiabilidade. re advogado e seu cliente se dá sob o princípio da confiabilidade. ( ( ( ( VVVV )))) IVIVIVIV AconselhaAconselhaAconselhaAconselha----se ao advogado firmar com seu cliente um contrato de prestação se ao advogado firmar com seu cliente um contrato de prestação se ao advogado firmar com seu cliente um contrato de prestação se ao advogado firmar com seu cliente um contrato de prestação de serviços advocatícios por escritode serviços advocatícios por escritode serviços advocatícios por escritode serviços advocatícios por escrito. ( VVVV )

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9999 Ao tempo em que tem o dever de guardar sigilo a respeito do Ao tempo em que tem o dever de guardar sigilo a respeito do Ao tempo em que tem o dever de guardar sigilo a respeito do Ao tempo em que tem o dever de guardar sigilo a respeito do que lhe fora que lhe fora que lhe fora que lhe fora confidenciado pelo seu cliente, o advogado confidenciado pelo seu cliente, o advogado confidenciado pelo seu cliente, o advogado confidenciado pelo seu cliente, o advogado AAAA, como todo advogado legalmente , como todo advogado legalmente , como todo advogado legalmente , como todo advogado legalmente constituido, tem o direito de se recusar a depor como testemunha:constituido, tem o direito de se recusar a depor como testemunha:constituido, tem o direito de se recusar a depor como testemunha:constituido, tem o direito de se recusar a depor como testemunha: a) Em processo no qual funcionou. b) Em processo no qual deverá funcionar. c) Sobre fato relacionado com pessoa de quem fora advogado. d)d)d)d) Todas estão corretasTodas estão corretasTodas estão corretasTodas estão corretas. 10101010 Explique, no tocante ao exercício dExplique, no tocante ao exercício dExplique, no tocante ao exercício dExplique, no tocante ao exercício da advocacia, o que vem a ser dever de a advocacia, o que vem a ser dever de a advocacia, o que vem a ser dever de a advocacia, o que vem a ser dever de sigilo processual.sigilo processual.sigilo processual.sigilo processual. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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QUESTÕESQUESTÕESQUESTÕESQUESTÕES Professor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoProfessor José Augusto Paz Ximenes Furtado

1111 AAAA, contratado por , contratado por , contratado por , contratado por BBBB para ser o seu advogado, vem a faltar com o seu dever para ser o seu advogado, vem a faltar com o seu dever para ser o seu advogado, vem a faltar com o seu dever para ser o seu advogado, vem a faltar com o seu dever profissional, prejudicando o seu cliente, sujeitandoprofissional, prejudicando o seu cliente, sujeitandoprofissional, prejudicando o seu cliente, sujeitandoprofissional, prejudicando o seu cliente, sujeitando----o a prejuízos econômicos. Neste o a prejuízos econômicos. Neste o a prejuízos econômicos. Neste o a prejuízos econômicos. Neste caso, podcaso, podcaso, podcaso, podemos afirmar que emos afirmar que emos afirmar que emos afirmar que AAAA:::: a) Responderá apenas perante o poder disciplinar da OAB. b) Responderá apenas civilmente. c)c)c)c) Responderá administrativamente e civilmenteResponderá administrativamente e civilmenteResponderá administrativamente e civilmenteResponderá administrativamente e civilmente. d) Nenhuma das anteriores. 2222 Os deveres de: defender a moralidade pública, tratar com urbanidadOs deveres de: defender a moralidade pública, tratar com urbanidadOs deveres de: defender a moralidade pública, tratar com urbanidadOs deveres de: defender a moralidade pública, tratar com urbanidade, e e, e e, e e, e guardar sigilo profissional, são exemplos de deveres éticos do advogado, guardar sigilo profissional, são exemplos de deveres éticos do advogado, guardar sigilo profissional, são exemplos de deveres éticos do advogado, guardar sigilo profissional, são exemplos de deveres éticos do advogado, respectivamente, para comrespectivamente, para comrespectivamente, para comrespectivamente, para com: a) O seu cliente, um outro profissional, a comunidade. b)b)b)b) A comunidade, um outro profissional, o seu clienteA comunidade, um outro profissional, o seu clienteA comunidade, um outro profissional, o seu clienteA comunidade, um outro profissional, o seu cliente. c) Um outro cliente, o seu cliente, a comunidade. d) A comunidade, o seu cliente, um outro profissional. 3333 Marcar a alternativa falsa:Marcar a alternativa falsa:Marcar a alternativa falsa:Marcar a alternativa falsa: a) A violação do dever de guardar sigilo profissional é uma infração disciplinar punida com a pena de censura. b) O dever de guardar sigilo profissional é relativo. c)c)c)c) Havendo ameaça ao direito à vida do advogado estará configurada a hipótese Havendo ameaça ao direito à vida do advogado estará configurada a hipótese Havendo ameaça ao direito à vida do advogado estará configurada a hipótese Havendo ameaça ao direito à vida do advogado estará configurada a hipótese de violação do sigilo profissional por justa causade violação do sigilo profissional por justa causade violação do sigilo profissional por justa causade violação do sigilo profissional por justa causa. d) Nenhuma das anteriores. 4444 A recusa do advogado em depor como testemunha em processo envolvendo A recusa do advogado em depor como testemunha em processo envolvendo A recusa do advogado em depor como testemunha em processo envolvendo A recusa do advogado em depor como testemunha em processo envolvendo fato relacionado fato relacionado fato relacionado fato relacionado com pessoa de quem foi procurador, tratacom pessoa de quem foi procurador, tratacom pessoa de quem foi procurador, tratacom pessoa de quem foi procurador, trata----se: se: se: se: a) De um dever que lhe cabe observar, sob pena de responder administrativamente pela sua violação, sem prejuízo de ser responsabilizado civil e criminalmente. b) Constitui-se em uma proteção em favor do advogado que depende da concordância do juiz do processo, para poder exercê-la. c)c)c)c) De um direito que lhe cabe observar, sob pena de responder De um direito que lhe cabe observar, sob pena de responder De um direito que lhe cabe observar, sob pena de responder De um direito que lhe cabe observar, sob pena de responder administrativamente pela sua violação, sem prejuízo de ser responsabilizado civil e administrativamente pela sua violação, sem prejuízo de ser responsabilizado civil e administrativamente pela sua violação, sem prejuízo de ser responsabilizado civil e administrativamente pela sua violação, sem prejuízo de ser responsabilizado civil e criminalmentecriminalmentecriminalmentecriminalmente. d) Nenhuma das anteriores. 5555 Analisar as proposições a seguir e marcar alternativa falsa:Analisar as proposições a seguir e marcar alternativa falsa:Analisar as proposições a seguir e marcar alternativa falsa:Analisar as proposições a seguir e marcar alternativa falsa: a)a)a)a) O dever de sigilo profissional existe seja o serviço solicitado ou contratado, O dever de sigilo profissional existe seja o serviço solicitado ou contratado, O dever de sigilo profissional existe seja o serviço solicitado ou contratado, O dever de sigilo profissional existe seja o serviço solicitado ou contratado, remunerado ou não remunerado, haja ou não representação judicial ou extrajudicial, remunerado ou não remunerado, haja ou não representação judicial ou extrajudicial, remunerado ou não remunerado, haja ou não representação judicial ou extrajudicial, remunerado ou não remunerado, haja ou não representação judicial ou extrajudicial, tenha havido aceitatenha havido aceitatenha havido aceitatenha havido aceitação ou recusa do advogadoção ou recusa do advogadoção ou recusa do advogadoção ou recusa do advogado. b)b)b)b) A inviolabilidade do advogado alcança seus meios de atuação profissional, A inviolabilidade do advogado alcança seus meios de atuação profissional, A inviolabilidade do advogado alcança seus meios de atuação profissional, A inviolabilidade do advogado alcança seus meios de atuação profissional, tais como seu escritório ou locais de trabalho, seus arquivos, seus dados, sua tais como seu escritório ou locais de trabalho, seus arquivos, seus dados, sua tais como seu escritório ou locais de trabalho, seus arquivos, seus dados, sua tais como seu escritório ou locais de trabalho, seus arquivos, seus dados, sua correspondência e suas comunicações. correspondência e suas comunicações. correspondência e suas comunicações. correspondência e suas comunicações.

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c)c)c)c) O sigilo profissional é inerentO sigilo profissional é inerentO sigilo profissional é inerentO sigilo profissional é inerente à profissão, impondoe à profissão, impondoe à profissão, impondoe à profissão, impondo----se o seu respeito, salvo se o seu respeito, salvo se o seu respeito, salvo se o seu respeito, salvo ameaça ao direito à vida, à honra, por exemplos, porém sempre restrito ao seu ameaça ao direito à vida, à honra, por exemplos, porém sempre restrito ao seu ameaça ao direito à vida, à honra, por exemplos, porém sempre restrito ao seu ameaça ao direito à vida, à honra, por exemplos, porém sempre restrito ao seu interesseinteresseinteresseinteresse. . . . d) Além do sigilo profissional o advogado sujeita-se ao sigilo processual. 6666 Marcar a alternativa correta.Marcar a alternativa correta.Marcar a alternativa correta.Marcar a alternativa correta. a) Os deveres do advogado se encontram disciplinados em todo o EAOAB, mas também encontramos no CED, no Regulamento Geral da OAB e nos Provimentos do Conselho Seccional da OAB. b) O advogado tem o dever de cuidar apenas de sua própria imagem. c) No processo criminal o advogado tem o direito de fazer a defesa do acusado considerando sua opinião pessoal sobre a culpa do réu. d) O advogado pode recusar uma causa alegando questões de foro íntimo, de princípios morais, de consciência. 7777 AAAA, advogado constituido por , advogado constituido por , advogado constituido por , advogado constituido por BBBB, pa, pa, pa, para a defesa dos interesses deste em juízo, ra a defesa dos interesses deste em juízo, ra a defesa dos interesses deste em juízo, ra a defesa dos interesses deste em juízo, falta com suas obrigações de procurador legalmente habilitado nos autos de uma falta com suas obrigações de procurador legalmente habilitado nos autos de uma falta com suas obrigações de procurador legalmente habilitado nos autos de uma falta com suas obrigações de procurador legalmente habilitado nos autos de uma ação indenizatória em curso perante a 2ª vara cível desta Capital. Neste caso ação indenizatória em curso perante a 2ª vara cível desta Capital. Neste caso ação indenizatória em curso perante a 2ª vara cível desta Capital. Neste caso ação indenizatória em curso perante a 2ª vara cível desta Capital. Neste caso BBBB:::: a) Poderá renunciar ao mandato que outorgara ao advogado. b) Poderá revogar o mandato que outorgara ao advogado. c) Poderá simplesmente substituir seu advogado por outro, sem quaisquer ônus para o outorgante. d) Nada poderá fazer. 8888 Analisar as seguintes proposições e marcar a alternativa correta:Analisar as seguintes proposições e marcar a alternativa correta:Analisar as seguintes proposições e marcar a alternativa correta:Analisar as seguintes proposições e marcar a alternativa correta: a) A conclusão ou desistência da causa, com ou sem a extinção do mandato, obriga o advogado à devolução de bens, valores e documentos recebidos no exercício do mandato, e, à pormenorizada prestação de contas, nada mais restando de obrigação perante seu constituinte. b) O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento do seu constituinte, salvo por motivo justo ou para adoção de medidas judiciais e extrajudiciais urgentes e inadiáveis. c) O mandato judicial, a exceção do mandato extrajudicial, se extingue pelo decurso de tempo. d) O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo os feitos, sem motivo justo e comprovada ciência do constituinte. 9999 Analise as seguintes proposições diga qual delas é verdadeAnalise as seguintes proposições diga qual delas é verdadeAnalise as seguintes proposições diga qual delas é verdadeAnalise as seguintes proposições diga qual delas é verdadeira é falsa: ira é falsa: ira é falsa: ira é falsa: a) O advogado não é obrigado a aceitar a imposição de seu cliente que pretenda ver com ele atuando outros advogados. b) O advogado é obrigado a aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo. c) A relação entre advogado e seu cliente se dá sob o princípio da confiabilidade.... d) Aconselha-se ao advogado firmar com seu cliente um contrato de prestação de serviços advocatícios por escrito. 10101010 O advogado tem o dever de guardar sigilo, inclusive no tocante a depor comO advogado tem o dever de guardar sigilo, inclusive no tocante a depor comO advogado tem o dever de guardar sigilo, inclusive no tocante a depor comO advogado tem o dever de guardar sigilo, inclusive no tocante a depor como o o o testemunha, exceto:testemunha, exceto:testemunha, exceto:testemunha, exceto: a) Em processo no qual funcionou. b) Em processo no qual deverá funcionar. c) Sobre fato relacionado com pessoa de quem fora advogado. d) Em caso de ser afrontado pelo próprio cliente.

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QUESTÕESQUESTÕESQUESTÕESQUESTÕES Professor José Augusto Paz XimenesProfessor José Augusto Paz XimenesProfessor José Augusto Paz XimenesProfessor José Augusto Paz Ximenes FurtadoFurtadoFurtadoFurtado

1111 É CORRETO afirmarmos que:É CORRETO afirmarmos que:É CORRETO afirmarmos que:É CORRETO afirmarmos que: a) O Tribunal de Ética e Disciplina é competente apenas para julgar os processos disciplinares. b)b)b)b) O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territoexclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territoexclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territoexclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a rial tenha ocorrido a rial tenha ocorrido a rial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federalinfração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federalinfração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federalinfração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal. c) O processo disciplinar instaura-se de ofício ou somente mediante representação de outro advogado. d) A jurisdição disciplinar exclui a comum. 2222 Quanto ao processoQuanto ao processoQuanto ao processoQuanto ao processo éticoéticoéticoético----disciplinar CORRETA é a afirmação:disciplinar CORRETA é a afirmação:disciplinar CORRETA é a afirmação:disciplinar CORRETA é a afirmação: a) A sua instauração se dá por ofício ou representação dos interessados, mesmo nos casos de denúncias anônimas. b) A representação é processada e julgada sempre pelo Conselho Federal da OAB. c)c)c)c) Compete ao relator dCompete ao relator dCompete ao relator dCompete ao relator do processo disciplinar determinar a notificação dos o processo disciplinar determinar a notificação dos o processo disciplinar determinar a notificação dos o processo disciplinar determinar a notificação dos interessados para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa interessados para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa interessados para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa interessados para esclarecimentos, ou do advogado representado para defesa prévia, no prazo de 15 (quinze) diasprévia, no prazo de 15 (quinze) diasprévia, no prazo de 15 (quinze) diasprévia, no prazo de 15 (quinze) dias. d) Concluída a instrução, será aberto prazo de 10 (dez) dias para que o advogado representado apresente suas razões finais. 3333 AplicamAplicamAplicamAplicam----se subsidiariamente ao processo éticose subsidiariamente ao processo éticose subsidiariamente ao processo éticose subsidiariamente ao processo ético----disciplinar:disciplinar:disciplinar:disciplinar: a) As regras da legislação processual civil. b)b)b)b) As regras da legislação processual penal comumAs regras da legislação processual penal comumAs regras da legislação processual penal comumAs regras da legislação processual penal comum. c) As regras gerais do procedimento administrativo. d) Todas as regras acima relacionadas. 4444 Com relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorretaCom relação ao Conselho Federal, assinalar a alternativa incorreta. a) É dotado de personalidade jurídica própria. (art. 45, § 1º, Estatuto). b) É o órgão supremo da OAB. (art. 45, § 1º, Estatuto). c)c)c)c) Tem sua estrutura e funciTem sua estrutura e funciTem sua estrutura e funciTem sua estrutura e funcionamento definidos Código de ética e Disciplina da onamento definidos Código de ética e Disciplina da onamento definidos Código de ética e Disciplina da onamento definidos Código de ética e Disciplina da OAB. OAB. OAB. OAB. (art. 53, Estatuto). d) Dentre as suas competências, encontramos a de representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados. (artigo 54, II, Estatuto). 5555 Editar e aEditar e aEditar e aEditar e alterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da lterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da lterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da lterar o Código de Ética e Disciplina é competência de qual órgão da OABOABOABOAB: a) Dos Conselhos Seccionais. b) Das Caixas de Assistência dos Advogados. c)c)c)c) Do Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OABDo Conselho Federal da OAB. (artigo 54, V, Estatuto). d) Os Tribunais de ética e Disciplina de cada Seccional.

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6666 Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo Compete ao Conselho Federal da OAB, dentre as competências abaixo indicadasindicadasindicadasindicadas: a) Participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na constituição e nas leis, no âmbito do seu território. (art. 58, X, Estatuto - Seccional). b) Fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas. (art. 58, IX, Estatuto - Seccional). c) Instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina. (art. 61, parágrafo único, c, Estatuto – Subseção. Art. 70, § 1º, Estatuto). d)d)d)d) Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja legitimação lheinjunção e demais ações cuja legitimação lheinjunção e demais ações cuja legitimação lheinjunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por leiseja outorgada por leiseja outorgada por leiseja outorgada por lei. (art. 54, XIV, Estatuto. Regulamento Geral, art. 82. Artigo 103, VII, CF). 7777 Analisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa corretaAnalisar as proposições abaixo e assinalar a alternativa correta. IIII OOOO processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suaàs suaàs suaàs suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária s informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária s informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária s informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competentecompetentecompetentecompetente. (art. 72, § 2º, Estatuto). IIIIIIII A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentesou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentesou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentesou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentes. (artigo 71, Estatuto). IIIIIIIIIIII Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos AdvogadosCaixa de Assistência dos AdvogadosCaixa de Assistência dos AdvogadosCaixa de Assistência dos Advogados. (art. 76, Estatuto). a) Todas estão erradas. b) Estão erradas somente as proposições I e II. c) Estão corretas somente as proposições I e III. d)d)d)d) Todas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretasTodas as proposições estão corretas. 8888 Quanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria éticoQuanto aos recursos, em matéria ético----disciplinar, é incorreta a alternativadisciplinar, é incorreta a alternativadisciplinar, é incorreta a alternativadisciplinar, é incorreta a alternativa: a) O prazo para qualquer recurso é de 15 dias. (art. 139, RG). b) Contra a decisão do Tribunal de Ética e Disciplina cabe recurso ao plenário ou órgão especial equivalente do Conselho Seccional. (art. 144, RG). c)c)c)c) A notificação inicial para apresentação de defesa prévia ou manifestA notificação inicial para apresentação de defesa prévia ou manifestA notificação inicial para apresentação de defesa prévia ou manifestA notificação inicial para apresentação de defesa prévia ou manifestação em ação em ação em ação em processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, processo administrativo perante a OAB deverá ser feita através de correspondência, com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do com aviso de recebimento, enviada exclusivamente para o endereço profissional do representadorepresentadorepresentadorepresentado. (art. 137-D, RG). d) A regra geral é que os recursos têm efeito suspensivo, exceto nas hipóteses previstas no Estatuto. (art. 138, § 2º, RG, c/c art. 77, Estatuto). 9999 Examinar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorretaExaminar as afirmações abaixo e assinalar a alternativa incorreta. IIII O Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica própria e tem sede na O Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica própria e tem sede na O Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica própria e tem sede na O Conselho Federal é dotado de personalidade jurídica própria e tem sede na capital da Recapital da Recapital da Recapital da Repúblicapúblicapúblicapública. (art. 45, § 1º, Estatuto). IIIIIIII Os Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própriaOs Conselhos Seccionais são dotados de personalidade jurídica própria. (art. 45, § 2º, Estatuto). IIIIIIIIIIII A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e A OAB goza de imunidade tributária relativa em relação a seus bens, rendas e serviçosserviçosserviçosserviços. (art. 45, § 5º, Estatuto). a) Todas as afirmações estão corretas. b) Estão corretas somente as afirmações I e III. c) Estão corretas somente as afirmações II e III. d)d)d)d) Somente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está erradaSomente a afirmativa III está errada.

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10101010 Podemos afirmar que compete privativamente ao Conselho Seccional, exceto:Podemos afirmar que compete privativamente ao Conselho Seccional, exceto:Podemos afirmar que compete privativamente ao Conselho Seccional, exceto:Podemos afirmar que compete privativamente ao Conselho Seccional, exceto: a) criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados. b) decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e estagiários. c) participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na Constituição e nas leis, no âmbito do seu território. d)d)d)d) representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogadosadvogadosadvogadosadvogados. Conselho Federal – artigo 54, II, do Estatuto.