UNIDADE I – HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO FUTSAL

A exemplo de outros esportes, discorrem algumas dúvidas sobre a origem do futebol, pois faltam documentos que possam esclarecer. Embora autores como Teixeira (1996) e Figueiredo (1996), atribuam ao Brasil o nascimento do futebol de salão, a maioria dos autores afirma ser o Uruguai o criador deste esporte, com Lucena (1994), Zilles (1987) e Apolo (1995).

O Futebol de Salão nasceu nos anos 30 e foi criado na Associação Cristã de Moços de Montevidéu, Uruguai. Crianças e adultos começaram a praticar o futebol e devido à falta de espaço, começaram a utilizar salões menores e quadras de basquete. Mas com o espaço menor, foram necessárias algumas modificações no seu modo de jogar. Por volta de 1933, foram redigidas as primeiras regras e por ocasião de um curso patrocinado pelas ACM’s, cópias destas regras foram dadas aos representantes da América do Sul. A partir daí o futebol de salão foi crescendo e ganhando adeptos, sendo que em 1958 a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) oficializou sua prática no país fundando seu conselho técnico e tendo as federações estaduais como filiadas. A partir da década de 80, começaram os primeiros campeonatos Pan-americanos e mundiais, saindo na maioria das vezes o Brasil como vencedor. A década de 90 representa a grande mudança no Futebol de Salão. Da fusão do futebol de cinco (praticado pela FIFA) com o Futebol de salão (praticado pela FIFUSA) surgiu o Futsal. O Futsal, procurando modernizar-se, alterou algumas regras como tamanho da quadra, da bola, atuação dos jogadores etc, dando mais emoção ao jogo e mais opções para os praticantes. Atualmente, o Futsal é o esporte que possui o maior número de praticantes no Brasil. No mundo, são mais de 70 países (2001) que o praticam em 4 continentes, com destaque para o Brasil, Rússia, Ucrânia, Espanha, Paraguai, Portugal, Itália e Austrália.

UNIDADE II – CARACTERÍSTICAS DO JOGO

Características do futsal: como todo desporto coletivo é importante que todos os componentes do grupo estejam engajados num mesmo objetivo, pois só assim, o trabalho terá sucesso. O futsal exige dos alunos/atletas qualidades físicas (força, resistência, velocidade, agilidade) e qualidades cognitivas (atenção, concentração, criatividade, noção de espaço e tempo, concentração e reflexos), além de muito treinamento (físico, técnico e tático) para que sejam aprimorados e desenvolvidos os fundamentos necessários.

Descrição e função dos jogadores: Goleiro É importantíssimo na equipe. É responsável por impedir que a bola ultrapasse a linha de gol. Dentro de sua área de meta pode usar qualquer parte do corpo, sendo que quando sai da área submete-se às regras dos jogadores de linha. No futsal de hoje é fundamental que o goleiro saiba atuar também fora de sua área de meta.

Fixo ou beque Tem função básica de defesa, mas tendo oportunidade pode sair para manobras ofensivas como organizador ou finalizador. Tem como posição inicial o centro de sua meia quadra, devendo orientar os colegas durante a marcação e ter uma boa noção de cobertura.

Lateral/Ala direito ou esquerdo São os responsáveis pela construção e também finalização das jogadas, tendo também a obrigação de defender do seu lado. Têm como espaço as laterais da quadra, mas de acordo com a situação de jogo precisam infiltrar para o meio.

Pivô É o “atacante”. Atua na quadra adversária preparando jogadas, exercendo ações de finalização e abrindo espaços para a penetração de seus companheiros. É importantíssimo que saiba jogar de costas para o gol.

A Quadra de Jogo:

Dimensões A quadra deverá ter um comprimento máximo de 42m e mínimo de 25m, com largura máxima de 22m e mínima de 15m. Para partidas oficiais internacionais, a quadra deve ter de 38 a 42m de comprimento e de 18 a 22 de largura.

Marcação da quadra As linhas devem ser bem visíveis, com 8cm de largura e a 1m de qualquer obstáculo. As linhas limítrofes maiores são as laterais e as menores são as linhas de fundo. Na metade da quadra será traçada uma linha divisória. O centro da quadra se marcará claramente por um pequeno círculo com 10 cm de diâmetro. Ao redor do pequeno círculo será fixado o círculo central da quadra com um raio de 3m.

Área de Meta Em cada extremo da quadra será traçado a 6m de distância de cada poste de meta, um semicírculo perpendicular à linha de meta. Depois uma linha reta, paralela à linha de meta , ligará os semicírculos formando a área de meta.

Ponto de Pênalti Será marcado com um círculo de 10cm de raio, bem no centro, a 6m linha de meta.

Tiro livre sem barreira É o segundo ponto de pênalti ficando a 10m da linha de meta, também no centro.

Zona de Substituição (5m) Sobre a linha lateral, do lado em que se encontra o cronometrista e o anotador, se traçarão duas linhas de 80cm de largura, ficando 40cm no interior e 40cm no exterior da quadra, demarcando 5m de um lado e de outro do meio da quadra. Por entre essas 2 linhas de 80cm os atletas devem realizar as substituições.

As metas No meio de cada área, sobre a linha de fundo, se colocarão 2 postes separados de 3m e unidos superiormente por um travessão horizontal que ficará a 2m do chão. Os postes podem ser de madeira, plástico, ferro ou similar, pintados preferencialmente de branco e fixados ao solo. As metas devem ser idênticas e possuírem redes presas, para não atrapalhar ação do goleiro.

Superfície de jogo A superfície deve ser lisa e nivelada. Recomenda-se madeira e material sintético.

Local para o representante As quadras devem dispor de um lugar central e seguro, para que o anotador, cronometrista e o representante da entidade possam exercer suas funções.

Local para atletas reservas e comissão técnica Os bancos de reservas podem ficar na lateral ou fundo da quadra, desde que respeitem 3m da meta ou da mesa do anotador.

Placar e Cronômetro Eletrônico As quadras devem ter em perfeitas condições de uso e visibilidade para o público e a equipe de arbitragem, placar para marcar os gols e cronômetro para controle do tempo de jogo.

UNIDADE III – TEORIA E INCIAÇÃO DO FUTSAL

A Iniciação Desportiva da criança: ao falarmos na relação da criança com a iniciação desportiva, não podemos esquecer que o desempenho técnico de uma criança está diretamente ligado às suas possibilidades motoras, ou seja, para exercer total domínio, sobre as técnicas individuais de um desporto, faz-se necessário que a criança tenha total domínio sobre seus movimentos. As atividades desportivas e corporais, embutidas na iniciação desportiva, estimulam de forma direta os domínios cognitivo e motor da criança, e criança é “movimento”. Sendo assim, a livre expressão e o movimento devem andar juntos na iniciação desportiva, uma vez que a criança bem desenvolvida no aspecto psicomotor responde melhor aos estímulos à sua volta, o que facilita o aprendizado das técnicas corporais básicas adequadas às características específicas de uma modalidade esportiva, sendo assim podemos considerar que a aprendizagem desportiva é uma aprendizagem corporal e motora. Segundo VOSER ( 2001 ), o professor deve ajudar a criança no desenvolvimento do esquema corporal, equilíbrio, lateralidade, coordenação motora grossa e fina, além do natural que é correr, saltar, lançar, rolar, rastejar etc. O brincar é tão importante para a criança quanto respirar, comer e dormir. O professor deve manter a motivação da turma e respeitar a individualidade das crianças.

Familiarização e adaptação à bola: A fase de adaptação é muito importante na iniciação, uma vez que a criança vivenciando experiências bem sucedidas , se sentirá mais estimulada e interessada pela prática desportiva. As atividades devem ser prazerosas, possibilitando experiências diversas em relação ao desporto ensinado. Exemplo de atividades: lançar a bola para o alto e pegar. lançar para o alto e pegar após bater no chão. rolar a bola e correr para pegá-la. passar a bola por abaixo das pernas alternadamente. assentado no chão, tocar a bola de um pé para o outro. ficar saltitando com a bola preza no tornozelo. saltar sobre a bola para frente, para trás. jogar a bola para cima, assentar, levantar e pegar a bola sem cair. Jogos de aquecimento: São jogos que preparam os alunos para a atividade principal. Podem ser com movimentos livres ou simulando ações de jogo. Exemplo de jogos para aquecimento: Pique-pega.

Nunca 3. Ataque contra defesa (acertar partes do corpo do colega). Pedra, papel e tesoura. Trotando livremente, ao comando do professor formar grupos (de 3, 4, 5 etc). Quem “sobrar” paga prenda pré-combinada (10 abdominais).

Jogos Recreativos: São jogos lúdicos e prazerosos, onde pode-se aproveitar para começar a iniciação de alguns fundamentos. Exemplos de jogos recreativos: Cada aluno pega uma lata ou garrafa descartável e coloca em um local da quadra. O professor joga uma bola e os alunos têm que derrubar a garrafa do outro. Ritmo e domínio: Forma-se 2 colunas, com cinco cones à frente. Os alunos têm que tocar a bola paralelamente aos cones, fazer zigue-zague entre eles, alcançar a bola e trazer de volta para o próximo da fila. Ganha a coluna em que todos fizerem primeiro.

Passe com música: Combina-se uma prenda e forma-se um grande círculo. O professor coloca uma música e os alunos ficam tocando na bola, sendo que quando a música parar o aluno que estiver com a bola paga a prenda.

Tira o rabo: Cada aluno colocará um rabo de papel nas costas e conduzirá uma bola. Os alunos têm que arrancar o rabo dos outros, porém, não podem perder o contato com a bola.

Limpe sua quadra: Cada equipe terá 4 bolas e só poderá ficar em sua quadra. Em 1 minuto as equipes tentarão manter as bolas no campo do adversário, sendo que quando acabar o tempo, a equipe que estiver com o menor número de bolas em sua quadra será a vencedora.

Jogos para a aprendizagem do futsal: São jogos que têm como base a utilização de fundamentos e técnicas próprias do futsal. Exemplos:

Pique-pega com 2 pegadores tocando e tendo que acertar a bola nos outros alunos (trabalha passe, recepção e direção no chute).

Duas equipes com cones à frente. Cada membro da equipe deve passar com a bola entre os cones, sendo vencedor quem terminar primeiro (trabalha condução e drible).

2 contra 1: Em meia quadra, sairão 2 atacantes com a bola contra 1 defensor, com o objetivo de marcar o gol. (Trabalha passe, recepção, condução, drible, chute, deslocamento e marcação)

Chute no ângulo: Coloca-se um arco em cada ângulo da meta e divide-se duas equipes. As equipes colocam a bola a 6m e ao final correm e chutam tentando acertar dentro do arco. (Trabalha o chute a gol)

21. Faze-se um círculo e escolhe-se 2 alunos para roubar a bola. Se os alunos do círculo trocarem 21 passes os outros ficam de “molho” no meio da roda. (Trabalha passe e marcação)

Os jogos de aquecimento podem ser recreativos; os jogos recreativos podem ser de aprendizagem do futsal; portanto alguns jogos se completam, podendo pertencer a um, dois, ou até mesmo aos três tipos de jogos citados.

UNIDADE IV – INICIÇÃO AOS FUNDAMENTOS TÉCNICOS INDIVIDUAIS

Técnicas individuais dos jogadores de linha

Passe: É a ação de enviar a bola a um companheiro ou determinado setor do espaço de jogo.

O passe possibilita o jogo em conjunto e a progressão das jogadas, sendo um dos fundamentos mais importantes. Para realizá-lo o atleta deve estar de cabeça erguida, em equilíbrio, com o pé de apoio próximo à bola, para aí sim tocar na bola com a força adequada.Classificação dos passes: Em relação à distância: Curtos – até 4m Médios – de 4 a 10m Longos – acima de 10m

Em relação à trajetória: rasteiro meia altura alto ( pouco usado ) parabólico

Em relação à execução: parte interna parte externa anterior ( bico ) solado dorso

Em relação ao espaço de jogo: lateral paralelo diagonal

Passes de habilidade: com a coxa com o calcanhar com o peito passe cavado com a cabeça com o ombro

Exemplos de atividades que trabalham o passe:

- Os alunos se dividem em duplas e ficam trocando passes em uma distância pré-determinada, tendo que acertar o pé do colega. - Em duplas, um aluno lança a bola no pé direito do outro, depois no esquerdo, para que ele devolva a bola corretamente. Depois trocam-se as funções.

- De frente para uma parede, cada aluno com uma bola. O professor dará o comando para os alunos realizarem os passes de bico, parte interna, externa etc. - Os alunos se dividem em 2 equipes e terão vários cones à sua frente. O professor fala o tipo de passe e 1 aluno de cada equipe realiza tentando acertar o cone. Ganha quem acertar mais.

DICA: Sempre que o professor for trabalhar o passe, ele deve estimular ao máximo as crianças, fazendo-as usar as duas pernas, o peito, a cabeça, coxa etc.

Recepção: É a ação de interromper a trajetória da bola, deixando-a controlada. Para uma boa recepção é importante adequar o corpo à trajetória da bola, e ao efetuar a recepção, deve-se dar prosseguimento rapidamente ao jogo, passando, finalizando ou conduzindo a bola. Classificação da recepção:

Em relação à trajetória da bola: rasteira meia altura alta parabólica

Em relação à execução: recepções rasteiras ( parte interna, externa e solado ) recepções à meia altura ( parte interna e externa dos pés e coxas ) recepções altas ( cabeça e peito ) recepções parabólicas ( cabeça, peito, coxa, dorso dos pés e solado )

Exemplos de atividades que trabalham a recepção:

- Cada aluno com uma bola, deverá jogá-la para o alto e recebê-la deixando-a em condições de continuar o jogo. - Em duplas, um joga a bola para o outro recebê-la com a coxa, peito, pés etc.

- Os alunos ficam em fila e o professor lança uma bola para cada, repetidas vezes, para que eles realizem o domínio ( recepção ). O professor pode variar bolas altas, rasteiras, meia-altura e parabólicas. - Em duplas, um aluno lança a bola na direita para que o outro receba com o pé direito. Depois o aluno se desloca por trás do lançador indo para a esquerda e recebendo a bola com o pé esquerdo, por 10 vezes, trocando-se as funções.

Condução: E a ação de andar ou correr com a bola, próxima ao pé, por todos os espaços possíveis do jogo, protegendo-a quando necessário. É importante estar de cabeça erguida, coordenar os passos em velocidade, Ter noção de espaço e estar em condições de passar, chutar em gol ou manter-se de posse da bola.Classificação da condução

Em relação à trajetória: retilínia ( em linha reta ) sinuosa ( com mudança de direção )

Em relação à execução: parte interna ( pés ) parte externa ( pés ) solado ( pés ) Exemplos de atividades que trabalham a condução:

- Deslocar-se livremente pela quadra de jogo conduzindo a bola. - Deslocar-se somente sobre as linhas da quadra de jogo conduzindo a bola. - Conduzir a bola 5 passos para a frente, 5 para a direita, 5 para frente, 5 para a esquerda etc. - Conduzir a bola com a parte do pé que o professor pedir, tendo que proteger a bola de um colega.

Drible e Finta: O drible é uma ação individual, exercida com a posse de bola, visando ludibriar ( enganar ) os adversários e ultrapassá-los. O drible exige velocidade, noção de espaço, coordenação e muita criatividade, podendo num lance isolado definir uma partida. Classificação do drible:

Em relação ao objetivo: ofensivo ( tem como objetivo a meta adversária ) defensivo ( tem como objetivo a manutenção da posse de bola )

Em relação à execução: com os pés ( parados ou em deslocamentos ) com o corpo ( parado ou em deslocamento )

Finta: É quando se realiza um movimento sem a posse de bola, com os pés ou com o corpo, no intuito de enganar o adversário.

Exemplos de exercícios que trabalham o drible:

- Com vários cones posicionados na quadra de jogo, os alunos têm que se movimentar com a bola, fazendo zigue-zague. - Com a bola parada, passar alternadamente os pés sobre ela. - Em dupla, o aluno que estiver com a posse da bola tem que driblar o outro. - Os alunos em fila saem com a bola em linha reta e quando encontrarem um obstáculo pela frente têm que dar uma “puxadinha” para o lado e continuar.

Chute: É a ação de golpear a bola com um dos pés, tendo como objetivo o gol adversário. Para alguns estudiosos o chute também pode ser defensivo, quando o objetivo é impedir ataques do adversário. Para um bom chute é importante: - posição do pé que não chuta ( base ) - posição do pé que chuta ( bico ou dorso ) - posição do joelho da perna que chuta ( fletido para impulsão ) - posição da cabeça e do corpo no momento do chute ( equilíbrio )

Classificação do chute:

Em relação à trajetória: rasteiro meia altura alto

Em relação aos tipos e execução correspondente: simples ( dorso do pé e parte interna ) bate-pronto ( dorso, parte interna e externa do pé ) voleio ( dorso do pé ) bico ( anterior do pé ) cobertura ( ântero-superior do pé )

Exemplos de atividades que trabalham o chute:

- Cada aluno com uma bola de frente para a parede, irá executar chutes com o dorso e com o bico. - Um aluno de cada vez correrá até a marca do pênalti e chutará de bate pronto uma bola lançada pelo professor. - Um colega lança a bola da linha lateral e o outro chuta de voleio para o gol. - Com a bola parada na marca de 10m, um aluno de cada vez correrá e chutará de cobertura ( cavadinha ) por sobre um obstáculo.

DICA: É importante que se trabalhe todos os tipos de chute, tanto com a perna direita quanto com a esquerda, porque o bom jogador precisa saber finalizar com as duas.

Marcação: É a ação de impedir que o adversário receba a bola ou progrida com a jogada. É importante saber antecipar e cobrir espaços dos colegas. Muitos autores colocam a marcação como um fundamento coletivo, mas outros conceituadíssimos como VOSER e LUCENA tratram-na também como um fundamento individual.

Pode-se dividir a marcação em 2 estágios: - Aproximação: quando o marcador se aproxima do oponente preparando a abordagem. - Abordagem: quando o marcador aborda o oponente buscando ficar de posse de bola.

Exemplos de atividades que trabalham a marcação:

- Em duplas, um aluno fica se deslocando e o outro tentando acompanhá-lo. - Em trio, 2 alunos ficam de posse da bola enquanto o outro tenta recuperá-la. - Jogo recreativo, com equipes compostas por 3 alunos, que não podem deixar o adversário entrar em sua área de meta com a bola dominada. - Igual ao anterior, mas com equipes compostas por 5 alunos, que têm seus marcadores pré determinados, não podendo tomar a bola de outros.

Técnicas individuais dos goleiros

O goleiro é o guardião da meta, o único jogador que tem a vantagem de usar as mãos e os pés.

Posicionamento: É o fundamento básico para o goleiro de futsal, pois facilita em muito sua defesa. Os pés devem ficar afastados na linha dos ombros, um pouco à frente da linha do gol, com os braços levemente flexionados e as mãos próximas à cintura.

Deslocamentos: Partindo da posição de espera, o goleiro deve deslocar-se lateralmente sem cruzar as pernas, na ponta dos pés, facilitando o desequilíbrio para a defesa e olhando sempre para a frente ( bola ).

Pegada: É realizada com a palma de ambas as mãos, usando os dedos para comprimir a bola. Depende da trajetória da bola.

- Pegada alta: quando a bola vai do peito para cima. Mãos e braços formam um triângulo, trazendo depois a bola ao peito. - Pegada média: braços flexionados junto ao corpo e mãos na linha da cintura em forma de concha.

- Pegada baixa: o goleiro deve flexionar as pernas, encostando o joelho de uma ao pé da outra para receber a bola.

Queda: É um recurso utilizado quando não der tempo para um deslocamento. Consiste no desequilíbrio lateral do corpo em direção à bola.

Defesa com o pé, barriga ou peito: São recursos para lances rápidos, onde não há tempo para se reagir com as mãos.

Espalmar: É um recurso usado quando não é possível segurar a bola. Deve-se sempre golpear a bola para os lados, evitando que um adversário a recupere de frente pata o gol.

Saída do gol: A saída deve ser rápida, tendo o objetivo de fechar o ângulo de chute do atacante. O goleiro deve usar braços e pernas para aumentar seu tamanho e recuperar a bola. Caso o goleiro saia da área de meta ele não pode mais usar as mãos, devendo assim definir o lance rapidamente.

Lançamento: O lançamento manual é importantíssimo, podendo criar ataques e contra-ataques. O goleiro deve inclinar um pouco o tronco, estender todo o braço e procurar lançar a bola rente ao solo, facilitando o domínio por parte de seu companheiro. A “quebra de punho” é importante para enganar os adversários.

Jogo de quadra: No futsal atual, muitas vezes o goleiro precisa sair do gol para defender e também para ajudar o ataque. Sendo assim ele deve trabalhar os fundamentos dos jogadores de linha, principalmente o passe, domínio e chute, que são os mais usados por ele.

Exemplo de exercícios para treinamento dos goleiros:

Sentado com a bola atrás das costas girar o tronco, pegar a bola, girar para o outro lado e colocar a bola atrás novamente. A cada série mudar o lado do giro inicial. Sentado, o companheiro fica de pé na frente e lança a bola acima da cabeça, uma vez de cada lado, para realizar a pegada. O goleiro deve deixar o tronco para trás. Igual ao anterior, com a bola sendo lançada rasteira. De pé, com um companheiro de frente. Um lança uma bola alta e o outro lança rasteira ao mesmo tempo, trocando as funções a cada série. Um companheiro joga a bola debaixo das pernas do goleiro que vira, corre ou salta para agarra-la.

Com ajuda de 2 companheiros que estarão em cima da linha da área de meta, na direção da trave. O goleiro defende alta na direita e defende alta na esquerda. Igual ao anterior, sendo lançada uma bola rasteira. Coloca-se um obstáculo em frente a uma das traves. O goleiro salta este objeto para fora, para dentro e defende um chute. Coloca-se 2 cones próximos da linha de gol, o goleiro faz zigue-zague e realiza uma defesa. O goleiro fica de costas para o chutador, e ao sinal de “já”, ele se vira e faz a defesa. Vários jogadores de linha nas alas direita e esquerda, e alternadamente, correm e chutam ao gol, para o goleiro defender uma de cada lado. Vários cones espalhados na quadra para o goleiro lançar a bola em cima deles (com as mãos). Vários jogadores de linha na ala direita e esquerda, e alternadamente

LEMBRETES PARA O TREINAMENTO DOS GOLEIROS

É um dos trabalhos mais desgastantes e cansativos, sendo necessário que o professor mantenha a motivação dos alunos e respeite seus limites. Deve-se trabalhar com os goleiros, defesas de todos os tipos, de todos os lugares da quadra, para que no momento de um jogo ele esteja pronto para “tudo”. Deve-se cobrar que o goleiro não fique sobre a linha de meta, pois o goleiro quando se adianta diminui o ângulo de chute do atacante. Além de se trabalhar as defesas e lançamentos que são os mais importantes, deve-se desenvolver também atividades de manejo de bola, coordenação, velocidade de reação e outras atividades alternativas e recreativas, que irão melhorar a performance do goleiro e quebrar a “chata” rotina de treinos. Nunca deixar de se trabalhar os elementos técnicos dos jogadores de linha, dentro do possível, é claro.UNIDADE V – ESTUDO DAS TÉCNICAS DEFENSIVAS E OFENSIVAS

DO FUTSAL

→ Sistemas básicos:

2x2 → É o pioneiro entre os sistemas de jogo. Consiste em ter 2 jogadores na meia quadra defensiva e 2 na meia quadra ofensiva. É um sistema simples e facilmente compreendido pelos jogadores, sendo ideal para equipes iniciantes ou que possuam pouco tempo para realizar seus treinamentos. Vantagens: Exige pouca movimentação, abre o meio da quadra facilitando enfiadas de bola e permite a saída do goleiro para jogar pelo meio da quadra. Desvantagens: Inferioriza a equipe ao atuar diante de outras que utilizem 3 atletas para armarem suas jogadas e também 3 atletas para realizarem suas ações ofensivas, como no sistema 3x1. Além disso, define os atletas como defensores ou atacantes, o que pode prejudicá-los no futuro quando precisarem ser mais versáteis.

2x1x1 → É uma variação do sistema 2x2 e consiste em ter 2 jogadores na meia quadra defensiva, 1 jogador na linha central da quadra pela lateral e 1 jogador na meia quadra ofensiva, próximo ao pênalti. Este sistema é ótimo para o ensino do 3x1, pois basta o jogador que está na linha central recuar um pouco que começa a se caracterizar o novo sistema. Vantagens: É uma boa variação para confundir os adversários, favorece o bloqueio defensivo na meia quadra defensiva e favorece a armação de contra-ataques. Desvantagens: Deixa muito espaço para os adversários trocarem passes na defesa e dificulta o trabalho do pivô, que fica muito isolado.

3x1 → É o mais usado por equipes de competição e o que permite o maior número de manobras e variações. Consiste em ter o fixo posicionado na altura da marca de penalidade máxima de sua quadra defensiva, com os alas abertos nas laterais um pouco mais à frente e o pivô posicionado na meia quadra ofensiva. O trabalho de bola é realizado pelo fixo e pelos alas, que tentam passar a bola ao pivô e recebê-la de volta para chutar em gol. Vantagens: A equipe sempre tem 3 atletas defendendo e atacando e possibilita grandes variações ofensivas. Desvantagens: Além de necessitar muito treinamento para sua assimilação, desgasta muito a equipe fisicamente, principalmente os alas.

1x2x1 → Pode ser usado como uma variação do sistema 3x1, já que basta adiantar os alas para a linha central da quadra de jogo.

Vantagens: Bloqueia muito bem o meio da quadra com a presença dos alas, facilita o trabalho do pivô que fica com mais opções e possibilita ao fixo avançar como elemento surpresa em determinados momentos. Desvantagens: Deixa muito espaço para os adversários na meia quadra defensiva, já que somente o fixo fica por ali e dificulta para o goleiro na hora de realizar o arremesso de meta, devido à distância em que os jogadores se encontram.

1x3 → É um sistema suicida, por isso, utilizado somente quando há a necessidade de buscar um resultado no final do jogo. Consiste em deixar 3 jogadores na área de meta adversária, levando assim, 3 marcadores com eles. O jogador que fica, recebe a bola do goleiro com 1 marcador pela frente e um grande espaço aberto, devendo buscar o drible para que sobrem 4 atacantes contra 3 defensores. Vantagem: Caso o atleta que recebe a bola consiga um drible passa a ter uma superioridade numérica. Desvantagem: Se o atleta perder a bola, o adversário está na “cara” do gol.

4x0 → Consiste em ter os 4 jogadores na meia quadra defensiva, bloqueando o ataque do adversário. É um bom sistema para ser usado em finais de partidas em que se tem o resultado favorável, mas necessita que os atletas sejam bons marcadores e velozes para realizarem contra-ataques quando “roubarem” a bola. Vantagens: Além de bloquear a meia quadra defensiva, possibilita a recuperação da posse de bola e criação de contra-ataques. Desvantagens: Facilita tiros de longa e média distância para o adversário e não permite que a equipe fique muito tempo de posse de bola.

3x2 → Surgiu com a evolução do futsal, consistindo em ter 2 jogadores na área de meta adversária, 2 jogadores nas alas na linha central da quadra e o goleiro saindo do gol e entrando pelo meio, tornando-se o 5º atacante da equipe. Vantagem: A equipe fica com 5 atacantes contra 4 defensores. Desvantagem: Caso saia um passe errado, a equipe está “ sem goleiro ”. DICA: Não existe o sistema perfeito; todos os sistemas têm vantagens e desvantagens, cabendo ao técnico escolher um sistema que esteja de acordo com as características dos seus jogadores, preparando-os também para mudanças e variações durante a partida.

→ Sistemas defensivos: É fundamental o trabalho defensivo, pois só assim se recupera a posse de bola para poder atacar, portanto, todos os atletas devem saber participar da defesa.

Individual → Este tipo de marcação também é conhecida como marcação homem a homem. Consiste em cada defensor marcar um único atacante pre´-determinado. O defensor não deve tentar roubar a bola ( pois pode ser driblado ), e sim, pressionar o adversário, levando-o ao erro. Vantagens: É de fácil assimilação pelo grupo, funciona contra qualquer sistema ofensivo, dificulta a saída de bola do adversário e permite que se escolha quem marcar. Desvantagens: Se um defensor for driblado ou fintado, abre-se muito espaço para o adversário, além de desgastar muito os atletas fisicamente.

Por zona → Neste tipo de marcação não importa o posicionamento do adversário, ficando cada defensor responsável por marcar um espaço da quadra de jogo. É uma marcação muito “ parada ”, sendo bem indicada quando se tem jogadores de pouca velocidade, mas não funcionando no alto nível onde o jogo é muito veloz. A marcação por zona pode ser com os jogadores se posicionando em quadrado, losango ou em “ y ”. Vantagens: Não requer grande movimentação e nem troca de posições. Desvantagens: Complica-se diante de adversários que se movimentam muito, facilitando o 2 contra 1 do ataque.

Com troca → É uma marcação que pressiona o adversário sempre com o melhor defensor tentando roubar a bola e os outros realizando as trocas. Exemplo: Enquanto o fixo marca o pivô adversário, os outros 3 defensores se aproximam dos outros adversários que serão chamados de A, B, C. Se A está com a bola, o melhor marcador vai até ele e os outros 2 marcam B e c. Se A tocar a bola para B, o melhor marcador troca com seu colega e vai marcar B, e ele passa a marcar A. Desta forma, sempre teremos troca na marcação, ficando para o melhor marcador a funçaõ de recuperar a posse de bola.

Vantagens: Pressiona a saída de bola do adversário e possibilita ao melhor marcador estar sempre lutando pela posse de bola. Desvantagens: Desgasta demais o marcador que busca a bola, deixando também espaços para os adversários durante os segundos em que ocorre a troca.

Meia pressão → É dos tipos de marcação mais usados atualmente no alto nível, que cria dificuldades na armação de jogadas dos adversários e possibilita roubadas de bola. Um defensor pega o adversário de posse de bola na meia quadra ofensiva; o 2º defensor pega o outro adversário que está sem a posse de bola ( evitando que ele a receba ); o 3º defensor fica próximo do meio da quadra com a função de cobrir o companheiro que marca o homem da bola; e o 4º defensor é o fixo que marca o pivô adversário. Vantagens: Pressiona o adversário sem deixar a defesa exposta, pois existe uma cobertura, além de não causar um grande desgaste físico. Desvantagens: Sua assimilação é demorada e requer muito treinamento.

Meia quadra → É a marcação usada no sistema 4x0, com todos os jogadores na meia quadra defensiva, não deixando ocorrerem penetrações dos adversários. Deve ser usada em finais de jogos quando o resultado está sendo favorável e o adversário está pressionando muito. Vantagens: Congestiona a meia quadra defensiva e possibilita a formação de contra-ataques. Deixa a posse de bola com o adversário e facilita tiros de média e longa distância.

Pressão total → Neste tipo de marcação, como o próprio nome diz, a equipe deve pressionar o adversário por toda a quadra de jogo tentando recuperar a posse de bola. É usada em momentos do jogo onde se tem pouco tempo para reverter um resultado, arriscando o “ tudo ou nada ”. Vantagens: Induz o adversário ao erro, pois ele fica sem tempo e espaço para trabalhar a bola. Desvantagens: Além de um grande desgaste físico, deixa muitos espaços abertos no caso de um drible. Marcação mista → É a combinação de 2 ou mais tipos de marcação, utilizados no mesmo jogo por uma equipe.

Uma equipe pode começar marcando meias pressão e depois mudar para pressão total, ou começar marcando por zona e depois trocar para individual. Essas variações são fundamentais para o sucesso de qualquer equipe, pois não permite que o adversário se adapte ao seu modo de jogar. Vantagem: Permite variações durante as partidas. Desvantagens: Requer muito treinamento para ser assimilada.

→ Sistemas ofensivos:

Por zona → De acordo com o posicionamento ( 2x2, 3x1, 1x2x1 ), os jogadores criam as jogadas em seus respectivos lugares. É ideal para iniciantes, pois é simples e não exige grande movimentação, mas é facilmente marcado em categorias mais avançadas.

Rodízio de 3 → É um sistema ofensivo, constituído por várias mudanças de posição dos alas e do fixo, buscando abrir espaços para penetrar com a bola na meia quadra ofensiva, partindo do 3x1. Exige bom domínio de bola, condicionamento físico, técnico e muita prática. A primeira movimentação é sempre do atleta que está no centro, sendo a bola passada lateralmente até o momento de acioná-la com o ataque. O rodízio de 3 pode ser:

- pelas alas: o atleta do centro se desloca por trás do atleta da lateral, entrando pela ala até a altura da meia quadra, retornando para receber a bola caso seja necessário.

- em diagonal: o atleta do centro se desloca em diagonal, buscando posicionar-se próximo ao encontro da linha central com a linha lateral da meia quadra, retornando se necessário.

Rodízio de 4 → É realizado através de vários deslocamentos dos 4 jogadores de linha. Também exige bom domínio de bola, condicionamento físico, técnico e muito treinamento.

O rodízio de 4 pode ser:

- pelas alas: após o passe sair do meio, o deslocamento é feito por trás do ala que recebe a bola, indo em seguida ocupar a posição do pivô; o pivô desloca-se para a defesa ocupando o lugar de quem recebeu o passe que iniciou a movimentação

- pelo meio: mesma movimentação anterior, porém o deslocamento é feito pelo meio, voltando pelas laterais.

→ Manobras ofensivas: São ações exercidas de forma individual ou conjunta, previamente estabelecidas de acordo com o momento de do jogo.

Bola de saída → Pivô e ala direita ficam na bola, enquanto o ala esquerda fica aberto próximo à linha central e o fixo fica próximo à marca de pênalti, mais à direita. O pivô toca para o ala direita, que rola atrás para o fixo. Os alas e o pivô correm na direção do gol adversário e o fixo lança a bola até eles.

Arremesso lateral → Após analisar o local em que a bola se encontra e a distância que está do gol, cria-se uma movimentação para se tentar o gol.

- Lateral na meia quadra defensiva, com o ala direito na cobrança, fixo no centro, ala esquerdo aberto e pivô na meia quadra ofensiva.Quando o ala direito for cobrar, o pivô vem para a defesa trazendo o seu marcador e o ala esquerdo corre na direção do gol, recebendo um passe parabólico.

- Lateral na meia quadra ofensiva, com o ala esquerdo na bola, fixo um pouco atrás, ala direito aberto e pivô próximo ao pênalti.O fixo corre na direção da bola e o ala esquerdo da um leve toque para que ele chute a gol. Durante essa movimentação o pivô entra para a área e o ala direito vem para o meio, para o “ rebote ”.

Arremesso de canto → Um atleta fica na cobrança e os outros 3 ficam na marca do pênalti. Os 3 atletas iniciam uma corrida para o fundo e um deles retorna para a direção da bola, recebendo o passe para chutar em gol.

Arremesso de meta → Partindo do posicionamento 3x1, mas com o pivô pela esquerda, próximo à linha de fundo. No momento em que o goleiro for lançar, o pivô desloca-se para o centro, escorando a bola para o fixo chegar chutando em gol.

Saída de bola → Partindo também do 3x1, a bola com o ala esquerda. O pivô e o ala direito deslocam-se simultaneamente para a esquerda, enquanto o fixo corre na diagonal pela direita recebendo um lançamento.

Em superioridade numérica → Utiliza-se o sistema 2x2, formando um quadrado na meia quadra ofensiva. A partir daí realiza-se uma rápida troca de passes finalizando a gol no momento ideal. Pode-se usar a saída do goleiro neste esquema.

Com o goleiro → Num escanteio pela esquerda, com a ala esquerdo na bola, os outros jogadores na marca de pênalti e o goleiro na linha central. Os jogadores de linha correm para a área, levando seus marcadores e o goleiro corre pela esquerda, recebendo a bola e chutando para o gol. O goleiro deve ser rápido e seguro, pois se errar, provavelmente sofrerá um gol.

Contra-ataque → A equipe posiciona-se aparentemente para se defender, mas surpreende o adversário roubando a bola, partindo no menor tempo possível para o ataque e chutando a gol. É necessário que os jogadores sejam velozes e tenham passes precisos, além de muita sincronia e treinamento.

Tiros livres → Deve-se analisar o local em que a bola se encontra, se existe ou não barreira, o posicionamento da marcação e dos outros atacantes. Quando o tiro livre é na meia quadra defensiva, deve-se apenas tocar a bola e dar sequência ao jogo, pois fica muito longe para um chute a gol. Mas quando o tiro livre é na meia quadra ofensiva, deve-se sempre ter o objetivo de chutar a gol, tirando a bola da barreira quando esta for formada. No posicionamento básico para os tiros livres, 2 atletas ficam na bola, enquanto os outros 2 ficam abertos, próximos ao gol.

- Falta pela direita, com o fixo na cobrança e o ala esquerda ao seu lado. O pivô está do lado esquerdo e o ala direito aberto no fundo, à direita.Quando o árbitro apitar, o ala esquerda corre para dentro da área, o fixo toca para o ala direito, que bate cruzado para a área, para o pivô e o ala esquerdo completarem para gol.

- Falta pela esquerda, com o fixo na cobrança e o ala direito ao seu lado. O pivô fica aberto na direita e o ala esquerdo na esquerda.Quando o árbitro apitar, o fixo desloca-se para o meio e o ala direito rola de calcanhar para que ele finalize.

Todas as manobras ofensivas podem funcionar, desde que bem treinadas e usadas corretamente, de acordo com o tipo de marcação que o adversário está realizando no momento.

Elementos fundamentais para a realização das manobras ofensivas:

- Movimentação: os atletas devem saber se movimentar na diagonal e paralela, aproveitando os espaços vazios.

- Troca de direção: É um princípio básico do futsal. O jogador ameaça correr para o lado contrário e retorna para o sentido proposto, enganando o adversário e chegando antes dele na bola.

- Bloqueio: O jogador sem a posse de bola, bloqueia o caminho do marcador, facilitando a passagem do seu companheiro com a bola. É fundamental quando o adversário marca alguém individualmente.

- Criatividade: O jogador criativo muda suas ações em frações de segundo, pegando o adversário de surpresa e complicando suas ações.

- Individualismo: Os jogadores que possuem esta característica não devem ser privados de usá-las, mas sim, orientados da responsabilidade e risco desta ação.

→ O trabalho do técnico:

O treinador deve ser o grande líder e disciplinador da equipe, para poder comandar de forma correta os seus jogadores durante os treinos e jogos. Deve ser didático, para saber planejar os seus treinamentos adaptados ao nível e à idade de seus atletas. O técnico precisa conhecer todos os seus atletas, auxiliares e demais pessoas ligadas a ele e à equipe, identificar seus defeitos e virtudes, para que possa quando necessário, optar pela alternativa certa e atingir os objetivos traçados. É necessário que seja o mais equilibrado possível, para saber orientar a equipe de forma correta, tratando bem e educadamente os atletas, pois nem todos os atletas reagem bem às “ broncas e gritos ”.

Procedimentos básicos para um bom técnico:

- Ser pontual nos treinamentos e jogos, pois só assim poderá cobrar isto dos atletas.

- Criar um ambiente saudável e de amizade, mas fazer com que a hierarquia e a disciplina sejam sempre respeitadas.

- Tratar os atletas com igualdade, não dando regalias a nenhum jogador.

- Traçar objetivos junto com os atletas e manter a motivação do grupo para que se alcancem estes objetivos.