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63 Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Tabela 5 Tabela 6Tabela 7Tabela 8Tabela 9Tabela 10Tabela 11 Figura 1Figura 2Figura 3Figura 4Figura 5Figura 6Figura 7Figura 8Figura 9Figura 10Figura 11Figura 12 Equação 1 2 xxxxxxxxxx 3

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Tabela 1

Tabela 2

Tabela 3

Tabela 4

Tabela 5

Tabela 6Tabela 7Tabela 8Tabela 9Tabela 10Tabela 11

Figura 1Figura 2Figura 3Figura 4Figura 5Figura 6Figura 7Figura 8Figura 9Figura 10Figura 11Figura 12

Equação 1

2 xxxxxxxxxx

3

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CAPÍTULO I I I

4 O CONSTRUBUSINESS E A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL.

4.1 Introdução. A Comissão da Indústria da Construção da FIESP/CIESP considera que a contribuição da indústria da construção para a economia brasileira ultrapassa as áreas de Edificações e Construção Pesada, incluindo também os segmentos de Material de Construção, Máquinas e Equipamentos e Serviços Diversos. Nesse cenário mais abrangente, o construbusiness, mostra sua força: participa com 14,8% do PIB (R$ 128 bilhões em 1.997); realiza investimentos acima de R$ 115 bilhões/ano; e gera 13,5 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos (para cada 100 diretos são outros 285 indiretos), colocando-se como o maior setor industrial na geração de vagas de trabalho. Na relação com outros setores da economia, também confirma sua vocação de alavanca do desenvolvimento sustentado, com encadeamento de produção da ordem de R$ 48 bilhões para trás (demanda de insumos de outros setores) e R$ 5 bilhões para frente (fornecimento de insumos e serviços a outros setores) (Araújo, 1.999). No Brasil, apenas 10% das estradas são asfaltadas e com pequenas variações o quadro é semelhante em saneamento básico, energia, portos, aeroportos e só começa a ser revertido na área de telecomunicações através das recentes privatizações. Na área da habitação, há mais de uma década prejudicada pela falta de políticas eficientes de financiamento, o Brasil registra um enorme déficit de, no mínimo, 5,5 milhões de moradias (Construbusiness, 1.999). Além de agravar o “custo Brasil” , esses estrangulamentos comprometem seriamente as nossas perspectivas de crescimento e precisam ser vencidos rapidamente. As principais contribuições do construbusiness para o desenvolvimento sustentado estão relacionadas com a oferta de habitações, de infra-estrutura e a geração de empregos, figura 13. O custo do metro quadrado de uma construção residencial (padrão H8-2N) no estado de São Paulo era, em agosto de 1.999 = R$ 536,15/m2.

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O desempenho das construtoras paulistas no segundo trimestre de 1.999 tem refletido a delicada situação econômica do País. Quanto à areia lavada e quartzosa, a produção brasileira apresentou a seguinte taxa de variação: Mar. 99 / Fev. 99: 18,68%; o acumulado 12 meses: -19,76%; Mar. 99 / Mar. 98: 3,77% e o acumulado no ano: -2,50%. A areia média lavada apresentou em maio/1.999, no estado de São Paulo, o preço médio de R$ 21,23/m3. O consumo de cimento Portland apresentou o seguinte comportamento: 1.996 = 11.581.000 t; 1.997 = 12.065.000 t e 1.998 = 11.858.000 t (Sinduscon, 1.999).

Figura 13 - As contr ibuições do construbusiness.

4.2 A impor tância econômica do Vale do Paraíba. O Vale do Paraíba está passando por uma nova fase de expansão industrial e tecnológica, com indícios de uma sólida retomada do seu crescimento econômico para os próximos anos. Vai entrar no ano 2.000 como a segunda região do interior do Estado em volume de investimentos privados entre janeiro de 1.995 e julho de 1.999, US$ 9,7 bilhões (11,77% do total investido no território paulista) e São José dos Campos fecha a década como a segunda cidade no ranking de investimentos nesse mesmo período com US$ 4,418 bilhões, atrás somente da Capital. O aporte de recursos permitirá também a criação de 35.000 empregos diretos e cerca de 104.000 indiretos. As novas oportunidades de emprego vão beneficiar os 39 municípios que compõem o Vale e uma população estimada de 1,8 milhão de pessoas.

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CONSTRUBUSINESS

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População total recenseada e estimada nos municípios da região em estudo encontra-se na tabela 12.

Tabela 12 - População da região do estudo.

CIDADE 1970 1975 1980 1985 1990 1991 1992 1993 1994

S. J. Campos 148.500 190.300 287.513 372.578 434.296 442.370 455.773 468.678 480.630

Jacareí 61.379 70.628 115.738 149.061 166.683 163.867 168.129 172.047 175.762

Caçapava 30.710 51.352 64.213 75.152 67.074 68.330 69.363

Total 242.559 456.583 587.837 678.121 692.968 711.048 727.749 Fonte: Censo Oficial: 1970, 1980 e 1991. Censo estimado: 1975, 1985, 1992, 1993 e 1994. Fundação IBGE (1996) in Amorim, 1998. A população das 39 cidades do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira está estimada em 1.880.068 pessoas em 1.999, segundo o IBGE. Assim, São José dos Campos conta com 515.553 habitantes; Jacareí, com 170.356 e Caçapava, com 69.673 (Oliveira, 1.999; Rocha, 1.999).

4.3 O consumo de agregados na construção civil. O consumo de agregados de produção mineral está diretamente relacionado aos setores de construção civil e também às políticas de execução de obras públicas. Pode-se, portanto, calcular o consumo hipotético da areia. O consumo de agregados, no caso, areia para construção civil, é sensível às mudanças na densidade e crescimento demográfico e de renda da população. Esses fatores podem ter fortes efeitos na previsão da produção a longo prazo. As políticas de incentivo à construção popular e de redistribuição de renda podem, também, ampliar os níveis de consumo de agregados. Para se construir uma casa de 45 m2 de área é necessário aproximadamente 7 m3 de areia. Porém, como a indústria da construção civil brasileira é pouco eficiente em relação ao aproveitamento dos materiais de construção (as perdas, em peso, ultrapassam os 20%), deve-se considerar o uso de 8,5 m3 de areia para a construção de uma casa popular (Fabianovicz, 1.998). A Companhia de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Salvador – CONDER, estabeleceu o consumo por m2 de uma construção média conforme a tabela 13.

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Tabela 13 - Consumo de mater iais por metro quadrado de uma construção média.

MATERIAIS UNIDADE CONSUMO/m2

Cimento sacos 1,693 Areia grossa m3 0,276 Arenoso m3 0,199 Cal kg 19,368 Brita m3 0,256 Pedra bruta m3 0,214 Bloco 6 furos milheiro 0,080 Telhas milheiro 0,044 Madeira p/ cobertura m3 0,023 Portas unidade 0,156

Fonte: CONDER (1978) in Hermann, op. cit.

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CAPÍTULO IV

5 O negócio mineração.

5.1 O ambiente econômico. O Brasil é um dos mais importantes produtores minerais do mundo, embora em algumas regiões seu potencial ainda seja insuficientemente pesquisado. São extraídas no País mais de setenta substâncias minerais, em operações conduzidas por cerca de 1.400 empresas. O Brasil possui posição de destaque na produção mundial de mais de uam dezena de produtos, sendo os principais o ferro, responsável por cerca de 20% do valor da produção mineral brasileira, que tem oscilado em torno de US$ 12 bilhões anuais nos últimos três anos. Outro destaque do setor são os crescentes investimentos verificados na atividade de prospecção mineral nos últimos anos, após a retirada de entraves ao capital estrangeiro em 1.995. Com isso o chamado VPM (Valor da Produção Mineral) deverá crescer significativamente nos próximos anos (Tayra, 1.998).

5.2 Indicadores da produção mineral. O resultado preliminar da mineração apurado pela Divisão de Economia Mineral do Departamento Nacional da Produção Mineral, aponta para um VPM de US$ 14,6 bilhões para o ano de 1.996, a preços de 1.995. A presente formulação quanto ao painel das substâncias minerais constitui uma amostra representativa de 80% do VPM. Das vinte e quatro substâncias minerais pesquisadas, doze apresentaram elevação no ritmo de expansão em relação ao ano anterior: caulim, ferro, fluorita, gás natural, gipsita, grafita, nióbio (pirocloro), níquel, petróleo, potássio, rocha fosfática e zinco, tabela 14.

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Tabela 14 - Produção mineral brasileira - pr incipais bens minerais.

TONELADAS

DISCRIMINAÇÃO 1997 (p) 1996

Alumínio (bauxita) 10.800.000 10.855.762 Amianto (fibra) 208.400 213.293 Areia (1) 97.700.000 99.957.974 Caulim 1.280.000 1.057.671 Cobre (2) 39.900 46.203 Cromo (3) 120.000 174.150 Estanho (2) 18.290 19.611 Ferro 187.900.000 174.156.598 Fluorita 78.400 59.040 Gás natural (4) 9.724.722 9.167.428 Gipsita (5) 1.264.500 1.126.106 Grafita 48.900 40.466 Magnesita 290.400 316.695 Manganês 2.400.000 2.476.483 Nióbio (pirocloro) (6) 25.700 19.621 Níquel (7) 18.199 16.432 Ouro (8) 58.000 60.725 Pedra britada (1) 59.214.000 60.567.214 Petróleo (1) 48.831.924 45.605.631 Pirofilita/agalmatolito (5) 160.000 164.707 Potássio (9) 466.900 404.538 Rocha fosfática 4.275.600 3.823.246 Talco (esteatito) 270.000 287.473 Zinco (2) 152.600 117.342 Fonte: DNPM – DEM Notas: (p) preliminar; (1) m3; (2) em metal contido; (3) em Cr2O3, inclui concentrado e lamp; (4) mil m3; (5) produção em rum-of-mine; (6) em Nb2O5 contido no concentrado; (7) níquel eletrolítico e níquel contido na liga Fe-Ni; (8) kg; (9) em KCl.

5.3 A mineração de areia.

5.3.1 As areias. De modo geral as areias são utilizadas para os mais diversos fins, sendo a construção civil seu maior consumidor. Nesse segmento, a sua função é aumentar a resistência `a compressão das argamassas de cal, cimento, entre outros aglomerantes, além da redução de custo das argamassas. Dentre os usos na construção civil, destacam-se os seguintes: J

Concreto: utilizado para redução das variações volumétricas, devendo ter para isto grãos que resistam à compressão, à tração, à abrasão e ao impacto.

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J Argamassa: de acordo com o tipo de argamassa, a areia pode ter variadas

composições. J Pavimentação: como formador da base do pavimento e do concreto asfáltico, ajuda

na diminuição dos vazios entre os agregados maiores e aumenta a resistência à abrasão e ao impacto quando da incorporação ao concreto asfáltico.

Outras formas mais difundidas são: fabricação de vidros, cerâmica, siderúrgicas, fi ltros domésticos e industriais, drenos, abrasivos, estabilização do solo para fins vários e óptica. A sua utilização está relacionada com a pureza e a granulometria do minério (Rossete, 1.996). Distinguiram-se sete características como influentes na capacidade de carga ou no ângulo de atrito interno das areias, tabela 15 (Pinto, 1.969).

Tabela 15 - Caracter ísticas das areias.

AREIAS

CARACTERÍSTICAS PROCESSO DE DETERMINAÇÃO

Compacidade

Massa específica Porosidade Índice de vazios Compacidade relativa

Distribuição granulométrica Coeficiente de uniformidade (Hazen) Coeficiente de distribuição

Tamanho dos grãos Diâmetro efetivo Diâmetro máximo Diâmetro médio

Formato dos grãos Esfericidade Angulosidade ou arredondamento Rugosidade

Resistência dos grãos

Presença de água Umidade Grau de saturação

Composição mineralógica Identificação mineralógica

5.3.2 Conceituação de areia.

Segundo o dicionário Aurélio:

“ Verbete: areia [Do lat. arena.] S. f. Partículas de rochas em desagregação que se apresentam em grãos mais ou menos finos, nas praias, leito de rios, desertos, etc.” Segundo a American Society for Testing Materials – ASTM: areia é o

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“ material granular que passa pela peneira de 3/8, passa quase inteiramente pela peneira n.º 4 e fica retido, na sua maior parte, na peneira n.º 200, e é resultante da desagregação sobre o arenito completamente friável” . A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, através da NTB-196/1.955, define areia com sendo: “ material natural, com propriedades adequadas e definidas, de dimensão máxima inferior a 2,0 mm e de dimensão mínima igual ou superior a 0,075 mm” . A areia natural, portanto, quanto à sua origem, é produto da desagregação por intemperismo de rochas eruptivas (granito), metamórficas (gnaisse e quartzito) e sedimentares (arenito), geralmente transportadas pelas águas para as partes mais baixas (praias, leitos de rios, lagoas e vales), ou que foram alteradas “ in situ” pelos agentes climáticos. A areia pode ser classificada em função do tamanho dos grãos que a compõe, tabelas 16 e 17, do formato dos grãos e quanto à sua pureza (Pettijohn, 1.987).

Tabela 16 - Classificação da areia por tipo de peneira.

CLASSIFICAÇÃO

DA AREIA TIPO DE PENEIRA (mesh)

Muito grossa 12 a 20 Grossa 20 a 40 Média 40 a 70 Fina 70 a 140 Muito fina 140 a 200 Finíssima acima de 200

Tabela 17 - Classificação da areia em função do tamanho dos grãos.

CLASSIFICAÇÃO

DA AREIA TAMANHO DE GRÃO (mm)

Areia grossa entre 2 e 1,20 Areia média entre 1,20 e 0,42 Areia fina entre 0,42 e 0,075

Fonte: ABNT, 1955.

Esta classificação da ABNT visa apenas definir o uso preponderante futuro dos diversos tipos de areia: areia fina para acabamento (massa fina); areia média (para argamassa) e areia grossa para concreto. A segunda forma de classificar areia leva em consideração o seu formato, que pode ser redondo, angular ou subangular.

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Estas formas de grãos de areia decorrem inevitavelmente de três coisas: distância percorrida pelo grão até sua efetiva deposição, a maneira mais ou menos violenta do seu transporte e a origem do material. Quanto a pureza, a areia tem como principal elemento o quartzo. Outras substâncias eventualmente podem ocorrer na sua constituição, tais como: óxidos de ferro (magnetita e hematita), micas, feldspato, ilmenita, etc. Existem ainda, as areias brutas, que não foram beneficiadas, e as lavadas, que foram submetidas a processo de tratamento (Hermann, 1.992). Quanto à existência de substâncias nocivas, elas não devem exceder os seguintes limites relativamente ao peso do material: torrões de argila, 3% e material carbonoso, 1%. Não devem possuir, também, material pulverulento que passe pela peneira n.º 200 (0,075 mm de abertura de malha), além de impurezas orgânicas que são detritos de origem vegetal. O cloreto de sódio, ao contrário do entendimento popular, não é nocivo, podendo a areia do mar ser empregada sem maiores inconvenientes, com exceção das alvenarias e revestimentos expostos ao ar, dada a característica higroscópica do sal, que faz aparecer manchas de umidade nas paredes e muros construídos com esse material. A areia é elemento essencial para a construção civil; é utilizada como agregado para concreto, para argamassas e também para pavimentação. Insubstituível, até agora, na construção civil, como material de enchimento, vê surgir, lentamente, alternativas (Scharf, 1.999). A sua eficiência como agregado para concreto está condicionada, entretanto, à sua uniformidade granulométrica. A falta dessa especificação implica num aumento significativo de consumo de cimento para preencher os vazios não ocupados pela areia. A areia, no entanto, pode ser beneficiada para melhorar suas características e de maneira geral todos os procedimentos de beneficiamento consomem quantidades reduzidas de energia elétrica: menos de 1,0 kWh/t (3,6 MJ.t-1) e os investimentos são relativamente modestos para instalações de classificação hidráulica, lavagem e peneiramento e razoavelmente altos para processo de cominuição (fragmentação) grossa e média. O beneficiamento de areia natural e de rocha britada não apenas pode reduzir as distâncias de transporte, com a conseqüente redução do consumo de energia, mas, também, provocar uma redução no consumo de cimento pela otimização dos parâmetros que incidem sobre este aspecto da dosagem dos concretos. Uma redução de cimento de 10 kg.m-3 de concreto pronto significa uma redução de custo de no mínimo 1% quando comparados concretos de igual consistência e resistência mecânica. A eliminação das partículas de mica, silte, argila e matéria orgânica mediante hidrociclonagem e a correção adequada da distribuição granulométrica com partículas de forma e textura superficial apropriada já são suficientes para provocar reduções de 10 a 15 kg de cimento por metro cúbico (Bucher, 1.986).

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As areias têm inúmeras outras aplicações industriais, dentre as quais selecionamos (Ferreira, 1.995): K Vidraria – a areia é elemento importante para a elaboração do vidro, pois, constitui 60 a

80% do seu peso. A areia para vidraria deve conter alto teor em sílica, e as mais usadas são as de praias, devido à sua pureza. As especificações químicas são fundamentais, tabela 18.

Tabela 18 - Especificações químicas da areia para vidrar ia.

TIPO COMPONENTES

A B C D SiO2 (min) 99,5 99,5 99,4 99,0 Al2O3 (máx) 0,20 0,20 0,30 0,50 Fe2O3 (máx) 0,002 0,015 0,03 0,15 TiO2 (máx) 0,02 0,02 0,03 0,05 Ca2O3 (máx) 0,0002 0,0003 0,0005 0,0005 PF (máx) 0,10 0,20 0,20 0,30

Tipo A – vidros especiais (ópticos, oftálmicos, etc.). Tipo B – vidros brancos de alta qualidade (cristais, frascarias e artigos de mesa). Tipo C – vidros brancos comuns (embalagem em geral e planos). Tipo D – vidros coloridos (frascarias, embalagens em geral e vidros planos). K

Siderurgia – a areia é utilizada na fabricação do sínter, como fonte de sílica, bem como na preparação de moldes para produção de lingotes. K

Fundição – confecção de moldes para fundição de ferro, aço e outros metais. O segredo da boa moldagem está nas características da areia utilizada. Normalmente são utilizadas areias de praia, devido a granulometria fina dos seus grãos.

5.3.3 A areia normal brasileira. O ensaio de resistência à compressão em argamassa de cimento Portland, conforme é preconizado na NBR-7215, da ABNT, introduz a utilização de uma areia padrão cuja origem, características de granulometria e de beneficiamento são fixas. Esta areia padrão que no Brasil é denominada Areia Normal Brasileira é um dos constituintes na confecção de corpos de prova cilíndricos de argamassa, com dimensões de 5 cm de diâmetro por 10 cm de altura, que se destinam à avaliação de resistência à compressão, após cura em câmara úmida, nas idades de 3, 7 e 28 dias. O ensaio de resistência à compressão axial é efetuado com o rompimento dos corpos de prova cilíndricos em prensa com dinamômetro de precisão.

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De acordo com a NBR-5732, da ABNT, há uma série de exigências químicas e físicas, entre as quais o resultado do ensaio de resistência à compressão, que levam à classificação dos cimentos Portland produzidos no Brasil em três classes: 25, 32 e 40. Há necessidade de um padrão tecnologicamente preciso, tendo em vista que ele se constituirá num fator decisivo na classificação dos cimentos nacionais, com implicações técnicas e econômicas profundas na construção civil. A norma NBR-7214, da ABNT, define areia normal como sendo o material quartzoso extraído do rio Tietê, na região do município de São Paulo em direção à nascente, produzido e fornecido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo e que satisfaz às exigências da citada norma. As frações granulométricas são definidas de acordo com a tabela 19 a seguir.

Tabela 19 - Frações granulométr icas da areia normal brasileira.

MATERIAL RETIDO ENTRE AS PENEIRAS (mm) DENOMINAÇÃO

2,4 e 1,2 Grossa 1,2 e 0,6 Média grossa 0,6 e 0,3 Média fina 0,3 e 0,15 Fina

As peneiras empregadas na seleção granulométrica são de malha quadrada e devem obedecer às características fixadas pelo método NBR-5734, da ABNT (Sbrighi Neto e Marques, 1.991).

5.4 A engenhar ia mineral. A mineração compreende a pesquisa, o desenvolvimento e a lavra, bem como o transporte, manuseio, beneficiamento e toda infra-estrutura necessária a essas operações, excluindo-se os processos de metalurgia e transformação. Estas atividades tem como finalidade última, o aproveitamento dos recursos minerais de forma econômica. O artigo 14 do Código de Mineração (Decreto-lei n.º 227, de 28.02.1.967, alterado pelo Decreto-lei n.º 318, de 14.03.1.967) estabelece que: “ entende-se por pesquisa mineral a execução dos trabalhos necessários à definição da jazida, sua avaliação e a determinação da exequibilidade do seu aproveitamento econômico” . Desenvolvimento é a etapa onde são definidos os métodos e processos de engenharia mineral a partir dos ensaios de lavra e beneficiamento do minério (Rossete, 1.996).

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Na lavra acontece a abertura da mina e a exploração do minério. Para o Código de Mineração, art. 36, temos: “ entende-se por lavra, o conjunto de operações coordenadas objetivando o aproveitamento industrial da jazida, desde a extração de substâncias minerais úteis que contiver, até o beneficiamento das mesmas” . Quanto a geração de empregos, um levantamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostra que a indústria de automóveis, caminhões e ônibus gera dois empregos diretos e 16 indiretos para cada R$ 1,0 milhão a mais produzido, enquanto para a extração mineral os números são 18 diretos e 17 indiretos (Háfez e Stock, 1.999).

5.4.1 Caracter ísticas do setor mineral de areia. O setor mineral de areia apresenta características próprias que o diferenciam de outros setores produtivos, especialmente a cava que é uma atividade superficial (Detwyler). Segundo esta caracterização, relativa à extração de insumos minerais utilizados diretamente na construção civil, podemos destacar na tabela 20:

Tabela 20 - Caracter ísticas do setor mineral de areia.

L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L LL L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L LM M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M MM M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M MCARACTERÍSTICA N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N NN N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N NO O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O OO O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O ODESCRIÇÃO

Exaur ibilidade Os bens minerais se esgotam com a produção, por isso os recursos minerais são considerados recursos naturais não renováveis.

P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P PP P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P PP P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P PP P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P PP P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P PQ Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q QQ Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q Q QRigidez locacional

R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R RR R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R RR R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R RR R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R RR R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R

S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S SS S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S SS S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S SAs substâncias minerais encontram-se onde as T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T TT T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T Tcondicionantes físicas, químicas e geológicas U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U UU U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U U Upermitiram sua formação.

Monitoramento ambiental A mineração é uma atividade essencialmente modificadora do meio ambiente; assim, necessita de um acompanhamento sistemático. V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V VV V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V VV V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V VW W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W WW W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W W WPor te

X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X XX X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X XX X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X XY Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y YY Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y YAs empresas extratoras de agregados são em grande Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z ZZ Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Znúmero de pequenas operadoras.

Capital A ordem e magnitude de capital gasto e de risco é muitas vezes menor para uma extratora de agregados em relação às outras atividades de mineração. [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [[ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [ [\ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \\ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \Mercado ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ]] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ] ]^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^O mercado para agregados é geralmente local.

Abundância relativa Devido a sua ampla distribuição geográfica, muitos acreditam que é possível encontrar agregados em qualquer lugar, o que nem sempre é verdadeiro.

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` `` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` ` `Baixo índice de rejeitos

a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a ab b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b bb b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b bNas atividades de extração de agregados o volume de c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c cc c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c cc c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c crejeito é pequeno, com índices inferiores a 5%.

Simplicidade de lavra e beneficiamento

Principalmente nos casos da areia, com poucas operações de lavra e equipamentos, é possível conseguir a explotação do material.

Fonte: Fabianovicz, 1998.

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O IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A, em trabalho publicado em 1.987, relacionou e conceituou os principais impactos causados pela mineração e que podem ser agrupados da seguinte maneira: d

Impactos modificadores da evolução natural da superfície: ♦ Erosão. ♦ Assoreamento. ♦ Instabilidade de taludes, encostas e terrenos em geral. ♦ Mobilização de terra. ♦ Modificação dos regimes hídricos, principalmente das águas subterrâneas. d

Impactos sobre a fauna. d Impactos sobre a flora. d Poluição das águas superficiais e subterrâneas. d Alteração das qualidades do solo agrícola e geotécnico. d Poluição do ar. d Poluição sonora. d Poluição visual. d Conflito com outras formas de uso e ocupação do solo. d Comprometimentos sociais e culturais.

(Anexo 3).

5.4.2 O processo de lavra em leito de r ios. A areia depositada no canal principal do rio é dragada por sucção. O produto dessa sucção é transferido diretamente para a margem do rio ou para outra barca que transporta a areia até as margens do rio, onde, por meio de um fundo falso despeja o material, realizando aí a primeira lavagem. Depois a areia é novamente dragada e levada para uma segunda lavagem ou transportada para os silos ou separadores. As porções finas são, na sua maior parte, separadas na primeira lavagem e o resto na segunda.

O processo de lavra em cava seca. A areia que ocorre em bancos é desmontada hidraulicamente e levada em canaletas para uma bacia de concentração. Esse percurso serve para separar as porções grossas das finas. Nessa bacia de decantação, a areia é separada gravimétricamente e dragada por sucção para uma outra bacia onde se processa a lavagem secundária; em seguida é dragada para os separadores onde passa por um peneiramento preliminar.

O processo de lavra em solo de alteração. Esse tipo de lavra aproveita a camada de rocha alterada do embasamento (granitos, gnaisses, migmáticos e quartzitos). Também é feita por desmonte hidráulico,

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acumulando a areia num tanque, de onde é bombeada para o tanque secundário, e depois transportada até os silos.

5.5 Localização de jazidas de areia. Algumas regras (Pichler, 1951) são tão úteis que merecem ser transcritas no anexo 4. A areia proveniente de jazida localizada em Jacareí, SP., é constituída predominantemente de quartzo. Suas características físicas atendem aos limites especificados na NBR-7211/1.983, da ABNT, sendo por ela classificada granulométricamente como areia média (zona 3). Tem massa unitária no estado solto de 1.510 kg/m3 e massa específica, determinada no frasco de Chapman, de 2.600 kg/m3. No ensaio petrográfico, NBR-7289/1.982, da ABNT, é considerada como agregado miúdo adequado ao uso em concreto (Helene, 1.986), anexos 25 e 26.

5.6 Aspectos legais e institucionais.

5.6.1 Aspectos institucionais. Na década de 1.980, toma corpo no País a legislação ambiental sintonizada com a tendência mundial de conciliar atividades empresariais e preservação do meio ambiente. Nessa época o movimento ambientalista internacional já era muito intenso e as empresas dos setores mais vulneráveis, nos países chamados desenvolvidos, buscavam soluções conjuntas, com bons resultados para suas pendências. A Constituição Brasileira de 1.988 confirmou a tendência à maior regulamentação ambiental para o funcionamento das empresas, seguida também pelos estados e Distrito Federal. A partir daí, passou a existir instrumento jurídico para qualquer cidadão brasileiro interferir nos processos de degradação ambiental. As atividades empresariais podem ser classificadas em função de oferecerem potencial poluidor. A classificação utilizada é baseada na estabelecida pelo IBGE e leva em conta as características de processo e do tipo de utilização de matéria prima, energia, etc.. A legislação ambiental brasileira, embora faça referência, não contempla de forma precisa e específica a prevenção e o controle de alterações do meio ambiente relacionadas com atividades de mineração. As especificidades inerentes às relações entre mineração e meio ambiente, em especial quanto aos impactos ambientais decorrentes, estão a requerer tratamento próprio no quadro das legislações ambiental e mineral brasileiras, como verificado em outros países face à dimensão e à importância dos problemas associados, de modo a

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orientar o desenvolvimento das atividades da mineração de forma compatível à proteção ambiental. A extração de areia, em classificação baseada no documento “Classificação de Atividades Poluidoras (MN-050.R1), de 1.992, da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente – FEEMA/RJ, encontra-se na tabela 21.

Tabela 21 - Classificação da atividade mineração de areia como poluidora pela FEEMA/RJ.

EXTRAÇÃO E TRATAMENTO DE MINERAIS

Porte Material

Pequeno Médio Grande Potencial poluidor

Areia/cascalho/ aluvião

Área avanço

(m2/ano) ≤ 500

500 ≤ a ≤ 30.000

> 30.000 médio

Ext

raçã

o à

céu

aber

to s

em

bene

fici

amen

to

Areia/saibro/terra Área total

(ha) ≤ 2 2 < a ≤ 6 6 < a ≤ 20 médio

A atividade de mineração, do ponto de vista institucional, é um setor bastante interessante, pois é regido principalmente por legislação federal, ocorre geralmente em território local e implica em ações de fiscalização e controle principalmente no âmbito estadual. Na esfera federal os principais órgãos relacionados com a questão mineral são: o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM). O MME é responsável pela política de recursos minerais e energéticos no país, estabelecendo diretrizes e elaborando planos plurianuais de mineração; o DNPM é o órgão responsável pela execução das normas previstas no Código de Mineração e tem a finalidade de fiscalizar as atividades relativas à mineração, à indústria e ao consumo de matérias primas minerais (Decreto-Lei n.º 62.934/68); além de promover o planejamento e fomento da exploração e do aproveitamento dos recursos minerais e superintender as pesquisas geológicas, minerais e de tecnologia mineral (Lei n.º 8.876/94). O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal (MMA), é o responsável pela fixação de parâmetros básicos que devem constar nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e dos seus respectivos Relatórios de Impacto Ambiental (RIMA); além de ser o responsável pelo licenciamento para atividades em áreas de preservação permanente e para desmate. O MMA, ao fazer um estudo sobre a relação entre a extração de bens minerais de uso social e o meio ambiente, visitou os principais centros produtores e verificou que, na maioria dos casos, existe um grande número de órgãos envolvidos no processo de licenciamento e, muitas vezes, cada órgão apresenta diferentes exigências em relação à documentação.

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Os órgãos estaduais relacionados direta ou indiretamente com a atividade mineral nos principais centros produtores de bens minerais de uso social no Brasil, seguem a seguir: e

Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB): órgão que recebe a documentação necessária para o licenciamento ambiental e analisa o Plano de Controle Ambiental (PCA) quando o projeto não necessita de Estudo de Impacto Ambiental e do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). e

Secretaria do Meio Ambiente: avalia a dispensa do EIA/RIMA. e Departamento de Meio Ambiente da Secretaria do Meio Ambiente: analisa o

EIA/RIMA. e Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA): aprova o EIA/RIMA. e Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais (DEPRN): responsável pela

licença para desmate de áreas que não são de preservação permanente. e Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do

Estado de São Paulo (CONDEPAHAAT): licença para áreas protegidas pelo patrimônio histórico. e

Prefeitura Municipal: responsável pela outorga do licenciamento ambiental municipal (porém este instrumento é questionado judicialmente).

No município de São José dos Campos existem vários conflitos entre a atividade mineradora e outras formas de uso e ocupação do solo urbano. Estes conflitos envolvem os mineradores em disputas com seus moradores vizinhos e com a regulamentação das áreas de proteção ambiental.

A areia consumida na Região Metropolitana de São Paulo é, em grande parte, proveniente do Vale do Paraíba, do sul de Minas Gerais e do Vale do Ribeira, locais que distam mais de 100 km de São Paulo. Diante deste fato, o Governo de Estado de São Paulo resolveu adotar um projeto de beneficiamento da areia depositada no rio Tietê, cujo material corresponderia de 5 a 8% do total consumido na região.

A exploração econômica mineral no município de São José dos Campos está baseada principalmente na extração de areia do rio Paraíba do Sul, e em menor escala pelo sistema de cavas nos terrenos aluviais (várzea), bem como na extração de turfa para produção de condicionantes de solos para agricultura, brita e cascalhos para conservação de estradas, e argila para produção de tijolos. A significativa importância da extração de areia na região, comparativamente aos outros minerais, deve-se ao fato da disponibilidade de grandes quantidades de jazidas e da proximidade da região com o centro consumidor da Grande São Paulo e do próprio município de São José dos Campos. A exploração de areia deu-se sem critérios de proteção às áreas marginais aos rios e de recuperação de áreas já exploradas, promovendo ao longo dos anos sérios problemas de degradação ambiental e conflitos com o meio ambiente urbano, devido a solapamento de pilares de pontes, deterioração do pavimento asfáltico e acidentes de trânsito resultante do tráfego intenso de caminhões com sobrecarga de areia.

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Diante destes problemas e das constantes reclamações da comunidade, o Poder Público Municipal normatizou a instalação das atividades minerárias classe 2 (areia, argila e cascalho) no município, através das Lei Municipal n.º 3.666/89 e Lei Municipal 3.667/89, anexo 1. Esta legislação estabeleceu normas ambientais e urbanísticas para exploração desses minerais, objetivando exercer maior controle sobre os mesmos. Vale mencionar o Plano de Exploração e Controle, Plano de Recuperação de Área Degradada, EIA-RIMA ou Relatório de Controle Ambiental aprovado na Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Licença da CETESB e Registro da Licença no DNPM. O objetivo principal era exercer um controle sobre a exploração de areia, uma vez que a produção dos outros minerais não era significativa. Com o advento das citadas leis, as mineradoras de areia com Inscrição Municipal e interessadas em manter suas atividades no município, foram obrigadas a atender a nova legislação, regularizando sua situação nos órgãos federais e estaduais competentes. Entretanto, desde a publicação da referida Lei, até a presente data, os Estudos de Impacto Ambiental, Relatórios de Impacto Ambiental e os Planos de Recuperação de Áreas Degradadas submetidos a apreciação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, não obtiveram nenhum comentário oficial referente a aprovação ou não do referido órgão. Decorrência deste fato é que os respectivos empreendimentos funcionaram de 1.990 a 1.992, irregularmente (sem licença), sem um controle fiscalizador rígido e sem adotar medidas concretas de recuperação da área degradada. No ano de 1.993, a Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente, ciente dos problemas ambientais decorrentes da extração de areia, e das dificuldades de aprovação dos EIA/RIMA e dos PRAD (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas) nos trâmites legais, em razão da morosidade do Estado, reuniu os mineradores e estabeleceu critérios para extração de areia no município. Dentro do discutido, estabeleceu-se que as empresas que estavam com os documentos protocolados na Secretaria de Estado de Meio Ambiente, continuariam desenvolvendo suas atividades no município, desde que adotassem as diretrizes operacionais para extração de areia estabelecidas no Documento do CONSEMA (Conselho Estadual de Meio Ambiente), e implantassem o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas. Ressalta-se que não foi expedida ou renovada a Licença Específica de Funcionamento, apenas estabeleceu-se um critério do município para a mineração, com intuito de obter um ganho ambiental. Como resultante deste fato, temos que das doze empresas que atuavam no município, apenas nove continuaram exercendo a atividade areeira, sendo quatro realizando extração em leito de rio, e uma com extração por método de cava. Estas empresas de maneira geral, estão cumprindo as determinações da Prefeitura, sendo que iniciaram recuperação das referidas áreas anteriormente degradadas, através da recomposição vegetal, e estão sendo fiscalizadas regularmente pelos órgãos públicos. Com relação à implantação de novos empreendimentos no município, ressalta-se que a Lei Orgânica vedou a possibilidade de realizar a extração de areia por método de cavas nas várzeas do rio Paraíba do Sul, e o Plano Diretor, que incorporou como área urbana todo o trecho do rio Paraíba do Sul que atravessa São José dos Campos,

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inviabilizou, em razão dos dispositivos da legislação minerária, a extração de areia no rio, podendo esta ser realizada excepcionalmente no caso de obras de desassoreamento. Diante de todo este contexto e em resposta às cobranças das instituições públicas e privadas, e, principalmente das entidades ambientalistas e da própria Associação dos Extratores de Areia do Vale do Paraíba, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente instituiu através da Resolução SMA-32, de 04/07/1.995, um Grupo de Trabalho junto ao Gabinete do então Secretário Fábio Feldman, a fim de estudar e propor diretrizes para disciplinar e licenciar as atividades na bacia de drenagem do rio Paraíba do Sul. Este grupo de trabalho foi constituído por representantes de órgãos da SMA (CPLA, DEPRN, DAIA, CETESB, IG), da Polícia Florestal e do CODIVAP, órgão pelo qual as Prefeituras de São José dos Campos, Jacareí e Pindamonhangaba, representaram as Prefeituras do Vale do Paraíba em seu trecho paulista. Como resultado das primeiras ações, foram criadas duas frentes de trabalho, sendo uma denominada Regularização/Recuperação Ambiental, tendo como principais ações o licenciamento, a fiscalização e a recuperação das atividades já instaladas, e a outra denominada Planejamento, responsável pela elaboração de um zoneamento minerário para o Vale do Paraíba, a partir da sistematização de dados sobre o potencial mineral, uso do solo e outras variáveis ambientais. A frente de regularização definiu critérios técnicos operacionais para extração de areia de leito de rio, cava e desmonte hidráulico, e para recuperação de áreas degradadas. Estes critérios foram submetidos a apreciação do CONSEMA, que após deliberação, resultou na Resolução SMA n.º 42, de 16/09/1.996, específica para o licenciamento ambiental de empreendimentos minerários na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. A partir daí, a SMA através da CETESB e do DEPRN vem realizando vistorias periódicas no Vale do Paraíba, visando a adequação dos empreendimentos às normas da Resolução n.º 42, para expedição da licença ambiental. A frente de planejamento, através do Instituto Geológico realizou pesquisas e levantamentos técnicos para definição do potencial mineral de areia, fundamentais para o estabelecimento do zoneamento minerário, bem como, contatou as diversas Prefeituras no intuito de levantar as leis de uso do solo e os interesses específicos de cada município. Em novembro de 1.998, a SMA apresentou à público a proposta de disciplinamento e zoneamento de atividades de extração de areia, que foi devidamente aprovado pelo CONSEMA, através da Deliberação CONSEMA n.º 28, de 15/12/1.998. Vale ressaltar que durante todo o processo de aprovação do Zoneamento Minerário para Extração de Areia no Vale do Rio Paraíba do Sul, trecho Jacareí-Pindamonhangaba, ocorreram várias críticas das entidades ambientalistas, relacionadas a ausência de critérios mais específicos quanto a porte e números de frentes de lavra, escalas de produção, recuperação ambiental e principalmente uso das áreas, bem como algumas críticas de empresários de outros bens minerais, que não foram contemplados no presente zoneamento, e críticas de alguns municípios à atividade areeira, que embora seja economicamente rentável para os agentes privados e a areia de suma importância para o desenvolvimento econômico e social da região, sua exploração não tem constituído benefício para o município, uma vez que o imposto recolhido é pouco significativo em relação aos danos e incômodos causados ao ambiente rural e urbano.

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Conforme já citado, a Lei Orgânica do Município de São José dos Campos, através do seu ART. 259, inviabilizou a atividade minerária nas várzeas do rio Paraíba do Sul, ao estabelecer para esses terrenos, o uso exclusivo à agricultura. Este fato propiciou à São José dos Campos, comparativamente aos outros municípios da bacia do rio Paraíba do Sul, que exercem intensamente a exploração minerária desses terrenos, um grande estoque de minerais, porém não garantiu o efetivo uso agrícola das várzeas, pois, em decorrência da intensa urbanização, as várzeas ficaram contíguas à malha urbana - anexo 25 - vindo a sofrer inúmeros processos de degradação que enfraqueceram o cultivo agrícola, dentre eles, os freqüentes roubos à propriedades rurais e a alta poluição dos recursos hídricos, principalmente dos córregos que atravessam a várzea, cujas águas eram util izadas na irrigação das culturas e atualmente servem como veículos de disseminação de doenças, fato que acarreta a utilização cada vez maior de agrotóxicos e outros insumos e consequentemente o aumento do custo final de produção; fatores estes, que associados às políticas agrícolas contribuíram para uma grande retração de áreas de plantio e descapitalização dos produtores rurais, o que vem inviabilizando economicamente o cultivo das várzeas, resultando em extensas áreas ociosas no Município, com ocorrência de parcelamento clandestino. Já a extração de areia no leito do rio Paraíba do Sul, foi inviabilizada pelo Plano Diretor de São José dos Campos (Lei Complementar n.º 121/95), que ao incorporar suas várzeas no perímetro urbano, impediu em decorrência de dispositivos legais da Lei Municipal n.º 3.666/89, o exercício da atividade. Para equacionar o problema, o Plano Diretor, que ressalta a importância dos minerais como matéria prima básica para a urbanização das cidades, previu em seu Art. 10 a necessidade de estabelecer uma política minerária de caráter regional, que contemple a identificação do potencial mineral do município, sua compatibilização em relação às demais atividades urbanas e rurais, objetivando estabelecer um zoneamento mineral para São José dos Campos. O referido zoneamento não foi desenvolvido até o momento, porque a Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, além da necessidade de uma consultoria especializada para a realização dos trabalhos, aguardava a definição do Zoneamento Minerário do Estado, recentemente aprovado pelo CONSEMA. No decorrer deste tempo, o advento da Lei Complementar n.º 165/97, de Uso e Ocupação do Solo, que não contemplou a atividade minerária no solo do município, impediu a exploração de novos empreendimentos minerais em São José dos Campos. Diante de toda esta situação, os empreendedores do setor, com aval do Zoneamento do Estado, vem pleiteando e cobrando da Administração Pública Municipal, uma solução para o impasse legal em que se encontra a atividade minerária no Município. A Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, ciente da necessidade de regulamentar o Plano Diretor, e disciplinar a atividade minerária no município, contatou o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que já desenvolveu para a municipalidade a Carta Geotécnica de São José dos Campos, para subsidiar tecnicamente o desenvolvimento dos trabalhos, para posterior readequação da legislação municipal joseense (Paula Jr.). Em Jacareí, por sua vez, surge em 1.981 a Lei n.º 2.030, regularizando a extração mineral no município, obrigando o proprietário a recompor a cava de extração.

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Entretanto, esta obrigatoriedade, sob o ponto de vista técnico/econômico, foi considerada inviável pelos empresários, porque para se recompor, por aterramento, uma cava, seria necessário tirar terra de outro local, causando outro impacto ambiental. Para agravar ainda mais, não houve uma fiscalização e a extração continuou da mesma forma. Em 1.989 a administração municipal manteve reuniões com os empresários da área de mineração a fim de criar uma legislação coerente à atividade, esclarecendo-se a obrigatoriedade de apresentação de EIA-RIMA. Finalmente aos 29 de agosto de 1.990, promulga-se a “Lei da Areia” , n.º 2.811. Em Caçapava estão em vigor as Leis Complementares n.º s 16, 25, 27 e 45.

5.6.2 Legislação na esfera federal. No Brasil a maioria das leis que regem a atividade mineral é de âmbito federal. A Constituição Federal (CF) de 05.10.1.988, com relação ao ordenamento jurídico do setor mineral e ao escopo deste trabalho, enfatiza os seguintes aspectos: f

Os recursos minerais são bens da União, Art. 20, IX. f A participação no resultado da exploração de recursos minerais em favor dos

Estados, Distrito Federal e Municípios em seus territórios, Art. 20, §1. f Compete à União legislar sobre os recursos minerais, Art. 22 – XII, sendo de

competência comum entre União, Estado e Município registrar, acompanhar e fiscalizar a concessão de direito de pesquisa e explotação de recursos minerais, nos respectivos territórios, Art. 23-IX. f

Compete à União, Estados e Municípios legislar concorrentemente sobre a defesa do solo, conservação da natureza e recursos minerais, proteção do meio ambiente e controle da poluição, Art. 24-VI. f

Compete à União autorizar ou conceder a pesquisa e a lavra de recursos minerais, Art. 176, §1, assegurando ao proprietário do solo a participação nos resultados da lavra, Art. 176, § 2.

As atividades de mineração são regidas pelo Decreto-Lei n.º 227, de 28.02.1.967 - alterado pela Lei Federal n.º 6.403, de 15.12.1.976, Diário Oficial da União (DOU) de 16.12.1.976; pela Lei Federal n.º 7.085, de 21.12.1.988, DOU de 22.12.1.982; pela Lei Federal n.º 7.805, de 18.07.1.989, DOU de 20.07.1.989; Lei Federal n.º 7.886, de 20.11.1.989, DOU de 21.11.1.989;Lei Federal n.º 8.901, de 30.06.1.994, DOU de 01.07.1.994; recentemente pela Lei Federal n.º 9.314, de 14.11.1.996, DOU de 18.11.1.996 - denominado Código de Mineração (CM), o qual é regulamentado pelo Decreto n.º 62.934, de 02.07.1.968, Decreto n.º 66.404, de 1º de abril de 1.970, Decreto n.º 88.814 de 04.10.1.983, Decreto n.º 95.002, de 05.10.1.987 e por legislações posteriores.

Conforme o seu Art. 2º, os recursos minerais no Brasil são explotados de acordo com um dos seguintes regimes jurídicos, tabela 21.

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A Portaria n.º 148, de 27.10.1.980, estabelece que o registro de licença será dirigido ao Diretor Geral do DNPM. A fiscalização nas proximidades das margens dos cursos d’água está regulamentada pela PORTOMARINST n.º 31-01-A.

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Tabela 22 - Regimes legais de aproveitamento de recursos minerais de utilização imediata na construção civil, seus pr incipais aspectos e legislações básicas.

T

ÓP

ICO

S

AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA

CONCESSÃO DE LAVRA LICENCIAMENTO

Tit

ular

es Brasileiro, pessoa natural,

firma individual ou empresa legalmente habilitada, mediante requerimento (CM. Art. 15; Lei 9.314/96, Art. 1º)

Brasileiro, pessoa natural, firma individual ou empresa legalmente habilitada, mediante requerimento (CM. Art. 15; Lei 9.314/96, Art. 1º)

Proprietário do solo ou quem dele tiver autorização (Lei 6.567/78, Art. 2º)

Aut

orid

ade

conc

eden

te

Diretor Geral do DNPM (CM, Art. 2º; II, Lei 9.314/96, Art. 1º)

Ministro de Estado de Minas e Energia (CM, Art. 2º, I; Lei 9.314/96, Art. 1º)

Autoridade Local e Registro no DNPM (CM, Art. 2º, III; Lei 93.124/96, Art. 1º, Lei 6.567/78, Art. 3º)

Dur

ação

Prazo de 2 anos (Portaria DNPM n.º 16/97, III), com possibilidade de prorrogação (CM, Art. 22, III; Lei 9.314/96, Art. 1º)

Indeterminado Variável em função das diretrizes municipais.

Subs

tânc

ias

min

erai

s

Todos os minerais exceto os garimpáveis e os trabalhos de movimentação de terra e de desmonte de materiais “ in natura” que tem por objetivo abertura de vias de transporte e obras de terraplanagem e edificações (CM, Art. 3º, Lei 8.982/95, Art. 1º)

Todos os minerais exceto os garimpáveis e os trabalhos de movimentação de terra e de desmonte de materiais “ in natura” que tem por objetivo abertura de vias de transporte e obras de terraplanagem e edificações (CM, Art. 3º, Lei 8.982/95, Art. 1º)

Minerais com utilização imediata na construção civil; argilas usadas no fabrico de cerâmica vermelha e o calcário empregado como corretivo de solo (Lei 6.567/78, Art. 1º; Lei 8.982/95, Art. 1º)

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Continuação

PIC

OS

AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA

CONCESSÃO DE LAVRA LICENCIAMENTO

Tít

ulo Alvará de autorização de

pesquisa (CM, Art. 7º; Lei 9.314/96, Art. 1º)

Portaria de Concessão de Lavra (CM, Art. 7º; Lei 9.314/96, Art. 1º)

Registro de Licença (Lei 6.567/78, Art. 6º)

Áre

a ab

rang

ida

por

requ

eren

te

Até 50 hectares (Portaria DNPM n.º 16/97, I,2)

Variável, respeitada a área de pesquisa (CM, Art. 37, II)

Até 50 ha (Lei 6567/78, Art. 5º)

Dir

eito

s do

pro

prie

tári

o do

sol

o

Renda pela ocupação efetiva do terreno a quem esteja na superfície do imóvel, e uma indenização pelos danos e prejuízos que possam ser causados (CM, Art. 27)

Renda pela ocupação efetiva do terreno a quem esteja na superfície do imóvel, e uma indenização pelos danos e prejuízos que possam ser causados (CM, Art. 27). Pagamento referente à participação do proprietário do solo nos resultados da lavra (CM, Art. 7º; Lei 9.314/96, Art. 1º).

Renda pela ocupação efetiva do terreno a quem esteja na superfície do imóvel, e uma indenização pelos danos e prejuízos que possam ser causados, na hipótese de ser um terceiro o titular do licenciamento (CM, Art. 27; Lei 6.567/78, Art. 11). Pagamento referente à participação do proprietário do solo nos resultados da lavra (CM, Art. 7º; Lei 9314/96, Art. 1º).

Pen

alid

ades

Advertência; multa; caducidade; anulação do alvará (CM, Art. 63, 64, 65 e 66). A extração do produto mineral sem autorização expressa, constitui crime contra o patrimônio, sujeito o infrator à pena de prisão (até cinco anos) e multa (Lei n.º 8.176/90, Art. 2º).

Advertência; multa; caducidade; anulação do alvará (CM, Art. 63, 64, 65 e 66). A extração do produto mineral sem autorização expressa, constitui crime contra o patrimônio, sujeito o infrator à pena de prisão (até cinco anos) e multa (Lei n.º 8.176/90, Art. 2º).

Advertência; multa; caducidade; anulação do alvará (CM, Art. 63, 64, 65 e 66). A extração do produto mineral sem autorização expressa, constitui crime contra o patrimônio, sujeito o infrator à pena de prisão (até cinco anos) e multa (Lei n.º 8.176/90, Art. 2º).

Fonte: Fabianovicz, 1998.

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A outorga é o ato pelo qual a autoridade competente autoriza, concede ou licencia, para determinado usuário, o direito de uso ou interferência no recurso hídrico e/ou mineral (Silva, 1.999). Existem, também, as exigências legais relacionadas ao meio ambiente, tabela 23.

Tabela 23 - Exigências legais relacionadas ao meio ambiente.

g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g gg g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g gh h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h hh h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h hTÓPICO

i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i ij j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j jj j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j j jLEGISLAÇÃO

Proteção ao meio ambiente CF, Art. 225, VII; Lei 4771/65, Art. 2º, I, II, II, Art. 3º, Art. 26; Lei 6.902/81, Art. 7º. k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k kk k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k kk k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k kk k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k k

l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l ll l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l lEstudo prévio de impacto m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m mm m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m mambiental

n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n nn n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n nn n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n nn n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n no o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o oo o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o oCF, Art. 225, IV; Lei 6.938/81, Art. 10; Resolução p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p pp p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p pCONAMA 001/86, Art. 2º e 3º; Resolução q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q qq q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q qCONAMA 009 e 010/90.

Obrigator iedade de recuperação CF, Art. 225, § 2º; Lei 6.938/81, Art. 14, IV; Dec. 97.632/88, Art. 1º. r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r rr r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r rr r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r

s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s ss s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s sRestr ição às atividades t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t tt t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t tpoluidoras

u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u uu u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u uu u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u uv v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v vv v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v vCF, Art. 225, III; CM, Art. 47; Lei 6.902/81; Dec. w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w ww w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w w89.336/84; Dec. 99.274/90.

Fonte: Fabianovicz, 1998.

Apesar de a Constituição Brasileira assegurar o direito de propriedade, estabelece, também, a sua função social (Art. 5º, inciso XXII e XXIII). Assim a propriedade está sujeita às restrições de uso e ocupação, ficando subordinada à sua função social e à defesa do meio ambiente (Art. 170). De acordo com a Constituição Federal há diversos instrumentos legais de planejamento urbano, tais como: Plano Diretor, Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo Urbano, Lei de Parcelamento do Solo Urbano, dentre outros. O Art. 182 da Constituição Federal considera que a política de desenvolvimento urbano deve ordenar as funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. O Plano Diretor, obrigatório para cidades com mais de vinte mi l habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento. A exploração de bens minerais sempre esteve associada à cobrança de impostos. Entretanto o Brasil não dispõe de legislação específica sobre tributação na mineração. A retirada e o transporte irregulares de areia são crimes ambientais previstos no Art. 55 da Lei de Crimes Ambientais ( Lei n.º 9.605 de 12.02.1.998, regulamentada em 21.09.1.999). O Ministério de Minas e Energia está preparando um projeto de lei que trata da criação da Agência Nacional de Mineração e revê a regulamentação atual do setor mineral no Brasil. O processo de reestruturação do setor mineral engloba a transformação do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) na agência regulatória do setor

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mineral. A idéia, ainda, é reforçar a imagem da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM) como prestadora de serviços geológicos nesse processo (Caride, 1.999). Quanto ao licenciamento ambiental, destacam-se como principais leis federais de referência: x

Lei 6938/81 – estabelece como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente o licenciamento e a revisão das atividades efetivas ou potencialmente poluidoras. x

Resolução CONAMA 001/86 – estabelece a exigência de elaboração de EIA/RIMA para o licenciamento das atividades constantes do seu Art. 2º. x

Resolução CONAMA 006/86 – trata dos modelos de publicação de pedidos de licenciamento, em quaisquer de suas modalidades, sua renovação e respectiva concessão de licença. x

Resolução CONAMA 011/86 – altera e acrescenta atividades modificadoras do meio ambiente apresentadas no Art. 2º da Resolução 001/86. x

Resolução CONAMA 010/90 – estabelece critérios específicos para o licenciamento ambiental de extração mineral da classe II. x

Decreto n.º 99-274/90, Capítulo IV – trata do licenciamento ambiental de atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como dos empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental.

5.6.3 Legislação na esfera estadual. A partir da data da Regulamentação do Decreto Estadual n.º 8.468, ocorrida em 08.09.1.976, ficaram sujeitos ao sistema de licenciamento: f

Loteamentos. f Construção, reconstrução ou reforma de prédio destinado à instalação de uma fonte

de poluição. f Instalação de fonte de poluição em prédio já construído. f Instalação, ampliação ou alteração de uma fonte de poluição.

Para efeito de aplicação de licenciamento, consideram-se fontes de poluição as atividades de extração e tratamento de minerais. No que se refere à mata ciliar, a Constituição Estadual, seção I, Capítulo IV, Art. 197, determina: são áreas de Proteção Permanente: II – as nascentes, os mananciais e matas ciliares. Seção II, Art. 210 – Para proteger e conservar as águas e prevenir seus efeitos adversos, o Estado incentivará a adoção de medidas pelos municípios no sentido: I – da instituição de áreas de preservação das águas util izáveis para abastecimento às populações e da implantação, conservação e recuperação de matas ciliares. A Portaria DEPRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais) 11-89, estabelece normas para a exploração de florestas nativas primárias ou em estados de regeneração e dá outras providências.

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O Decreto Estadual n.º 34.663, de 26.02.1.992 dispõe sobre a exploração agrícola das áreas de várzeas no estado de São Paulo. O Conselho Estadual do Meio Ambiente, em sua 82ª Reunião Ordinária, ao apreciar o relatório “Critérios de Exigência de EIA/RIMA para Empreendimentos Minerários e Outras Providências” , elaborado pela Comissão Especial criada pela Deliberação Consema 14/92, aprovou proposta de resolução com o objetivo de disciplinar os procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos minerários. A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo – SMA, através da Resolução SMA – 32/95, instituiu um Grupo de Trabalho com vistas ao estabelecimento de diretrizes específicas para o disciplinamento e licenciamento da atividade minerária no Vale do Paraíba. Foram estabelecidas duas frentes de trabalho: Recuperação Ambiental e Planejamento. A ênfase inicial dos trabalhos foi a extração de areia pela sua significância na região, conforme já descrito. A Resolução SMA-42, de 16.09.1.996 disciplina o Licenciamento Ambiental dos empreendimentos de extração de areia na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. O Conselho Estadual do Meio Ambiente, em sua 139ª Reunião Plenária Ordinária, concluída a apreciação da “Proposta de Zoneamento Ambiental Minerário para o trecho Jacareí-Pindamonhangaba” e da “Proposta de alteração da Resolução SMA 26/93” sobre licenciamento de empreendimentos minerários, elaborados pela SMA com a participação das Comissões Especiais de Mineração e de Avaliação de Impacto Ambiental, aprovou e decidiu submeter à apreciação e à aprovação da Secretaria do Meio Ambiente as minutas da Resolução SMA: a – que estabelece o zoneamento regional ambiental da mineração de areia na várzea do Rio Paraíba do Sul; e, b – que dá nova redação à Resolução SMA 26/93, que estabelece as normas que disciplinam os procedimentos para o licenciamento ambiental dos empreendimentos minerários. A Resolução SMA 3, de 22.01.1.999, dispõe sobre os procedimentos para o licenciamento ambiental de atividades minerárias. A Resolução SMA-32, de 04.07.1.995, institui o Grupo de Trabalho junto ao Gabinete do Secretário, a fim de estudar e propor diretrizes para a disciplina das atividades minerárias na bacia de drenagem do rio Paraíba do Sul. A Resolução SMA-26/93, estabelece critérios de exigência de EIA/RIMA. A Resolução SMA-66, de 20.12.1.995 disciplina a tramitação dos pedidos de licença ambiental para os empreendimentos minerários.

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5.6.4 Legislação na esfera municipal. Rossete (1.996) apresenta algumas formas de inserir a atividade minerária nos instrumentos de gestão municipal em áreas urbanas, tabela 24.

Tabela 24 - Algumas possibil idades de inserção da mineração em áreas urbanas nos instrumentos legais municipais.

INSTRUMENTOS

LEGAIS CARACTERÍSTICAS INSERÇÃO DA MINERAÇÃO

Plano Diretor (CF, Art. 182) Lei Orgânica (CF. Art. 29)

Instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

Identificar áreas potenciais para mineração e propor zoneamentos minerais.

Lei de Ocupação e Uso do Solo

Regulamenta a utilização do solo em todo o território municipal.

Regular a extração de recursos naturais.

Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei Federal 6.766/79, modificada pela Lei Federal 9.785 de 29.01.99)

Estabelece diretrizes para projetos de parcelamento de glebas urbanas, em conformidade com interesses municipais.

Fixar normas para evitar a mineração em áreas urbanas pela implementação de projetos de parcelamento.

Código de Obras

Disciplina as edificações com o fim de garantir condições de higiene, saúde e segurança.

Fixar normas técnicas para edificações destinadas a guardar equipamentos e combustíveis utilizados pela mineração.

Código Tributário Estabelece a política municipal de tributação.

Prever incentivos tributários e cobrança de contribuição para atividade de mineração.

Legislação Orçamentária

Estabelece diretrizes orçamentárias, prevendo receitas e fixando as despesas necessárias.

Prever a origem e aplicação de recursos financeiros em projetos de controle ambiental na mineração.

Fonte: Rossete, 1996, p.102.

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Resumimos a legislação joseense na tabela 25.

Tabela 25 - A legislação municipal de São José dos Campos.

LEGISLAÇÃO CONTEÚDO

Lei n.º 2.495/81 de 17 de agosto de 1.981.

Autoriza a Prefeitura Municipal a proibir a extração de areia do rio Jaguari. Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a proibir a extração de areia do rio Jaguari.

Lei n.º 3.666/89 de 14 de novembro de 1989.

Dispõe sobre a exploração de minerais em leitos de rios no Município e dá outras providências.

Lei n.º 3.337/89 de 14 de novembro de 1989.

Dispõe sobre a exploração de minerais, pelo processo de cava, no Município e dá outras providências.

Lei n.º 3.974 de 06 de junho de 1.991.

Art. 1º - Fica suspenso, em todo território do Município, pelo prazo de 30 (trinta) dias, todo e qualquer tipo de extração de areia em rios ou cursos d’água. § 1º - O prazo aqui fixado terá fluência a partir do início da vigência desta lei. § 2º - O disposto neste artigo não se aplica aos extratores de areia que estiverem operando de acordo com a legislação vigente aplicável à espécie. Art. 2º - As partes interessadas deverão, durante o prazo estabelecido no artigo anterior, encontrar e aplicar as soluções para os problemas decorrentes da extração de areia.

Lei n.º 4.636/94 de 26 de outubro de 1.994.

Estabelece normas para evitar a poluição do Rio Paraíba e demais cursos d’água do Município. Art. 1º - As indústrias que se utilizarem de recursos hídricos, situados no território do Município, somente poderão efetuar despejos industriais a montante de sua respectiva captação.

Lei Complementar n.º 124/95 de 10 de maio de 1.995.

Dispõe sobre alteração da redação do art. 213 da Lei Complementar n.º 056 de 24/07/92. SEÇÃO IV – DAS DIRETRIZES ESPECÍFICAS DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO MINERÁRIO. Art. 10 – A política do desenvolvimento econômico minerário municipal observará as seguintes diretrizes: I – Promover a elaboração do Plano Minerário do Município, integrando neste processo a participação dos Municípios do Médio Vale do Paraíba. II – Promover a regulamentação do zoneamento minerário baseada nas diretrizes estabelecidas no “Plano Minerário” . III – Fazer gestões junto ao Governo Federal para ampliação da ação fiscalizatória, objetivando incrementar a arrecadação e diminuir a evasão de receita.

SÃO

JO

SÉ D

OS

CA

MP

OS

Lei Orgânica do Município São José dos Campos – SP. Atualizada até a Emenda à Lei Orgânica n.º 51, de março de 1.997.

Art. 259 – As áreas de várzea serão destinadas apenas para a agricultura, evitando a especulação imobiliária, a construção de indústria e os loteamentos.

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Temos referência na Lei Complementar n.º 124/95, de 10 de maio de 1.995, Seção IV, Das diretrizes específicas do desenvolvimento econômico minerário, Art. 10º - A política do desenvolvimento econômico minerário municipal observará as seguintes diretrizes: I – Promover a elaboração do Plano Minerário do Município, integrando neste processo a participação dos Municípios do médio Vale do Paraíba. II – Promover a regulamentação do zoneamento minerário baseada nas diretrizes estabelecidas no “ Plano Minerário” . III – Fazer gestões junto ao Governo Federal para ampliação da ação fiscalizatória, objetivando incrementar a arrecadação e diminuir a evasão de receita. Pela sua especificidade e importância, transcrevemos, no anexo 1, as Leis 3.666/89, Exploração de minerais em leitos de rios, e a Lei 3667/89, Exploração de minerais pelo processo de cava. Em Jacareí, a atividade extração de minerais, está sob a Lei Municipal n.º 2.811, de 29 de agosto de 1.990, que dispõe sobre a exploração de minerais definidos pela legislação federal como integrantes da classe II; de argilas e de calcário dolomítico e dá outras providências. Em Caçapava, a legislação conta com as Leis Complementares: f

N.º 16, de 09.10.1.990, que dispõe sobre a exploração de minerais no leito de cursos d’água e no solo, e dá outras providências. f

N.º 25, de 08.07.1.991, que dispõe sobre nova redação do inciso VII, do § único, do art. 7º, da Lei Complementar n.º 16. f

N.º 27, de 23.07.1.991, que dispõe sobre nova redação à alínea “a” , do inciso II, do artigo 7.º, da Lei Complementar n.º 16. f

N.º 45, de 30.12.1.992, que dispõe sobre alterações em dispositivos da Lei Complementar n.º 16.

O art. 7º, da Lei Complementar n.º 16, é o que trata da obtenção da licença de instalação de atividade de exploração de minério.

5.6.5 Abr indo uma empresa mineradora de areia. O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo – SEBRAE-SP, informa que para exercer essa atividade a empresa deverá: y

Ser registrada como empresa mercantil. y Informar-se sobre o tratamento dado pelo ICMS. y Obter autorização do DNPM. y Obter informações no INFOMINE, do SEBRAE, na parte de textos técnicos

(mineração de areia lavada). y Consultar o IPT.

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93

y Em se tratando de areia para uso imediato na construção civil, o proprietário do solo

tem prioridade na exploração do recurso mineral, caso contrário, deve-se obter a sua autorização expressa (Código de Mineração). y

Obter das autoridades municipais do local de situação da jazida a outorga da licença específica, a qual deverá ser registrada na DNPM. y

Contar com um responsável técnico registrado no CREA, engenheiro de minas, geólogo ou técnico de mineração.

A mineração de areia pode ser realizada em leito de cursos de água, em planícies aluvionares, terrenos colinosos, morros e morrotes. As operações realizadas em cada um desses ambientes guardam várias semelhanças, envolvendo operações específicas e comuns a todos os tipos de mineração. Na mineração em leito de cursos de água e em planície aluvionar são realizadas as seguintes operações: d

Estabelecimento de porto de areia onde são colocados: z Silos. z Oficinas de apoio. z Pátio de estocagem. z Escritório. z Instalações de higiene. d

Dragagem: Barcaça com bomba/draga para bombeamento da areia (uma tubulação é colocada no fundo do curso de água e, através da bomba, a areia é sugada e transferida para outra embarcação que fará o transporte). d

Transporte: feito por outra barcaça ou chata até as proximidades do porto. d Transferência da areia para o silo: através de bombeamento por tubulação metálica usando outra bomba colocada na margem do curso de água. d

Peneiramento: sobre o silo pode existir uma peneira para reter seixos e restos vegetais que possam ter sido sugados junto com a areia. d

Silagem: a areia vai sofer decantação no silo e deverá ser descartada a água com a areia mais fina. d

Estocagem e transporte externo: a areia a ser comercializada é retirada do silo por caminhões. d

Instalações de apoio: z Oficina de manutenção e caldeiraria. z Escritório. z Refeitório. z Instalação de higiene. z Ambulatório.

Existem dois procedimentos legais independentes que regulamentam o aproveitamento econômico de depósitos de areia: f

Regime de autorização/concessão. f

Regime de licenciamento.

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Para obter a autorização/concessão é preciso: f

Requerimento de pesquisa, elaborado por técnico habilitado, ao DNPM. f Relatório de pesquisa mineral com definição da jazida, sua avaliação e

viabilidade do seu aproveitamento econômico.

Após a publicação da aprovação desse relatório pelo DNPM: f

Apresentação de requerimento de autorização de lavra, com plano de aproveitamento econômico (Plano de Lavra). f

Estudos de impacto ambiental dentro dos parâmetros estabelecidos pela Secretaria do Meio Ambiente.

Após a publicação da portaria de lavra, da emissão de posse da jazida e obtenção de licenças de instalação e funcionamento nos órgãos ambientais, pode-se iniciar a lavra. No regime de licenciamento, a obtenção do direito de mineração exige: f

Obtenção de certidão de uso de solo, esclarecendo a inexistência de impedimentos legais para implantação do empreendimento. f

Apresentação de requerimento à Prefeitura Municipal, acompanhado de escrituras do terreno ou autorização do proprietário. f

Protocolamento da licença da Prefeitura no DNPM, para garantir a prioridade da área. f

Solicitação de licença de instalação e de funcionamento na CETESB que poderá exigir um Relatório de Controle Ambiental e Plano de Controle Ambiental.

Preciso estar atento às várias alterações que a legislação sobre mineração vem sofrendo no últimos anos. O novo Código de Mineração (Lei n.º 9.314, de 14.11.1.996, DOU 18.11.1.996) está em vigor desde 17/01/1.997 e várias portarias têm sido publicadas para esclarecer o seu conteúdo. Também existem outros documentos legais que precisam ser considerados. Uma consulta ao NRI-SP/IPT, pelo telefone 011-2682211, ramal 23, pode ser de grande utilidade ao candidato a empresário da mineração.

5.6.6 O licenciamento ambiental. O empresário deve saber que, a Lei 6.938/81, Art. 9º, inciso III, instituiu o licenciamento ambiental (Cunha e Guerra, 1.999) e, no caso de empreendimentos que exijam desmatamento, é preciso obter uma autorização do órgão estadual de florestas e que para empreendimentos de extração mineral é necessário que o DNPM aprove o Plano de Aproveitamento Econômico apresentado pela empresa além do cumprimento de outras etapas. A partir da data da regulamentação do Decreto Estadual n.º 8.468, ocorrida em 08.09.1.976, as atividades de extração e tratamento de minerais ficaram sujeitos ao

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sistema de licenciamento. Trata-se de um instrumento prévio de controle ambiental para o exercício legal de atividades modificadoras do meio ambiente. As licenças ambientais são fornecidas pelos órgãos estaduais de meio ambiente ou pelo IBAMA, em caráter supletivo ou para aquelas atividades que, por lei, são de competência federal. A CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SMA, tem como atribuições principais a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente no estado de São Paulo, com base na Lei Estadual n.º 997/76 e seu Regulamento aprovado pelo Decreto Estadual n.º 8.468/76. No exercício dessas atribuições, a CETESB atua correlativamente nos estabelecimentos industriais considerados regularmente existentes à data da publicação do Regulamento já mencionado e, preventivamente, por meio do licenciamento, nos estabelecimentos criados desde então. O sistema de licenciamento implantado na CETESB tem como principal objetivo o controle preventivo de fontes de poluição ambiental, estabelecidas a partir de 8 de setembro de 1.976. A Resolução CONAMA n.º 237, de 19 de dezembro de 1.997, rege a matéria. Entretanto, o sistema atual de licenciamento de fontes de poluição está sujeito a alterações. De acordo com a Lei Estadual n.º 9509, aprovada em 20 de março de 1.997, que dispõe sobre a política estadual de meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, estão previstas duas alterações básicas: x

adoção de três tipos de licenças: prévia (LP), de instalação (LI) e de operação (LO). x as licenças passam a ser renováveis, não tendo caráter definitivo, como dispõe a Lei

Estadual 997/76 e ser Regimento. O citado diploma legal precisa, ainda, ser regulamentado para viabilizar sua aplicação.

Licença Prévia (LP) Concedida na fase preliminar do planejamento da atividade, contém requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo. Sua emissão ocorre após a aprovação do EIA/RIMA; é um instrumento indispensável para solicitação de financiamento e obtenção de incentivos fiscais. Para orientar a elaboração do EIA e do RIMA, o DAIA – Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental) fornece ao empreendedor um Termo de Referência – documento que estabelece o escopo mínimo que o EIA e o RIMA devem contemplar, além das questões pontuais mais importantes. Os documentos expedidos pelo DAIA, segundo estabelece a legislação (Lei Estadual n.º 9.477, de 30.12.1.996, a Lei Kito Junqueira; alterada pela Lei Estadual n.º 9.509, de 20.03.1.997, a Lei Trípoli), são:

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96

f TR: Termo de Referência. f LP: Licença Ambiental Prévia – define a viabilidade ambiental do empreendimento. f LI: Licença de Instalação – define as condições para a implantação do

empreendimento. f LO: Licença de Operação – define as condições e concede permissão para que o

empreendimento possa operar. f Parecer de Indeferimento.

A finalidade da LP é estabelecer condições tais que o empreendedor possa prosseguir com a elaboração do seu projeto. Corresponde a um comprometimento por parte do empreendedor de que suas atividades serão realizadas observando os pré-requisitos estabelecidos pelo órgão de meio ambiente. Essa licença não autoriza o início de qualquer obra ou serviço no local do empreendimento e tem prazo de validade determinado.

Licença de Instalação (LI) A licença de instalação é o documento expedido pela CETESB, que permite a instalação de uma determinada fonte de poluição em um determinado local, desde que atenda às imposições legais. Na análise da solicitação de LI são considerados fatores como critérios ambientais, características do local, diretrizes municipais e estaduais de uso e ocupação do solo, de maneira que, agindo preventivamente, seja evitada a ocorrência de problemas de poluição ambiental no futuro. A LI pode ser expedida com ou sem exigências técnicas que devem ser cumpridas por ocasião do início de operação da empresa.

Documentação necessár ia para uma LI Os formulários necessários para formalizar o pedido das licenças da CETESB são distribuídos gratuitamente nas Agências Ambientais. A documentação necessária para formalizar o pedido de licença de instalação é constituída de: f

Impresso denominado “Solicitação de” , utilizado para quaisquer pedidos de Licenças, Certificados ou Pareceres. f

Comprovante de pagamento de preço para expedição de licença. f Procuração, quando for o caso. f Memorial de Caracterização do Empreendimento – MCE – GERAL. f Disposição física dos equipamentos (lay-out). f Plantas baixas, de corte e de fachadas. f Certidão da Prefeitura Municipal local, especificando as diretrizes de uso do solo e

aprovando a instalação da empresa.

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97

f Certidão do órgão responsável pelo serviço de distribuição de água e coleta de

esgotos. f Impresso MCE – Resíduos Industriais – Folha Adicional, com informações sobre

geração, composição e destinação de resíduos industriais. f Publicação em Diário Oficial do Estado de São Paulo. f Publicação em um periódico, em que seja informado o ato de solicitação da Licença

de Instalação. A LI é concedida, então, após a análise e aprovação do projeto executivo e de outros estudos (PCA – Plano de Controle Ambiental; RCA – Relatório de Controle Ambiental; PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas), que especificam os dispositivos de controle ambiental, de acordo com o tipo, porte, características e nível de poluição da atividade e de recuperação de áreas degradadas.

Licença de operação (LO) A Licença de Operação é o documento que autoriza o início das atividades de determinada fonte de poluição que deve, previamente, ter recebido a LI. Quando a comprovação do atendimento à(s) exigência(s) técnica(s), exigir o funcionamento ou operação da fonte de poluição, para verificação do sistema de controle adotado, pode ser expedida uma LO a título precário. A LO não será expedida se, por ocasião da vistoria técnica no local, constatar-se alguma das seguintes situações: {

As exigências técnicas constantes da Licença de Instalação não estiverem totalmente cumpridas. {

As instalações e atividades não corresponderem às mencionadas no Memorial de Caracterização do Empreendimento - MCE, apresentado pelo interessado, por ocasião do pedido de Licença de Instalação.

Quando não houver possibilidade de se instalar todos os equipamentos constantes do MCE, faculta-se ao interessado solicitar Licença de Funcionamento Parcial, apenas para a parcela do empreendimento efetivamente implantada.

Documentação necessár ia para uma LO A documentação necessária para formalizar o pedido de LO é constituído de: f

Impresso denominado “Solicitação de” . f Comprovante de pagamento de preço para expedição de licença. f Publicações no Diário Oficial do Estado e em um outro periódico sobre a solicitação da

Licença de acordo com os modelos de publicações aprovados através da Resolução CONAMA 006/86.

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98

f Estudo ambiental contendo projetos executivos de minimização de impacto ambiental,

para empreendimentos instalados antes da entrada em vigor da Resolução CONAMA 001/86, com vistas a seu enquadramento às exigências de licenciamento ambiental. Esse estudo é exigido, da mesma forma, para empreendimentos instalados irregularmente, após a publicação da referida Resolução. f

Relatório técnico de vistoria confirmando se os sistemas de controle ambiental especificados na LI foram efetivamente instalados. f

Parecer técnico do órgão de meio ambiente sobre o pedido de LO. Contém condicionantes para continuidade da operação do empreendimento e prazo de validade da LO.

Outros tipos de licença x

Relatório Ambiental Preliminar (RAP) - o DAIA analisa os empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental através da avaliação de impacto ambiental. Ao solicitar esse licenciamento, o empreendedor deverá entregar o RAP – Relatório Ambiental Preliminar. Para orientar a elaboração desse documento técnico o DAIA coloca à disposição dos interessados vários manuais, organizados por tipo de empreendimento. O RAP, enquanto primeiro documento para o licenciamento, instrumentaliza a decisão quanto à exigência ou dispensa de EIA-RIMA, para obtenção de Licença Prévia. Quando o EIA e RIMA são exigidos, o documento seguinte que deve ser entregue pelo empreendedor, é o Plano de Trabalho. Por último, o EIA e o RIMA, documentos mais complexos, cuja elaboração também é de responsabilidade do empreendedor. x

Licença de Pré-Operação – criada pelo IBAMA para a fase de teste dos equipamentos de controle da poluição, de curto prazo, concedida de acordo com as características do projeto. x

Plano de Controle Ambiental (PCA) – Resolução CONAMA 009/90 e 010/90, trata da exigência de apresentação do Plano de Controle Ambiental (PCA) para a obtenção da LI de atividades de extração mineral das classes I a IX (Decreto Lei 227/67), o qual conterá os projetos executivos de minimização dos impactos ambientais avaliados na fase da LP. x

Relatório de Controle Ambiental (RCA) – Resolução CONAMA 010/90, exige a apresentação do RCA para a obtenção de LP, no caso de dispensa de EIA/RIMA (Art. 3º, § único), para atividade de extração mineral da classe II (Decreto Lei 227/67). x

Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRA) – ABNT-NBR 13.030, fixa as diretrizes para a elaboração e apresentação de PRA pelas atividades de mineração. x

Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental (TAC) - Criado através da Medida Provisória n.º 1.710/98 (e versões posteriores), com o objetivo de permitir que as pessoas físicas ou jurídicas procedam às correções necessárias para o atendimento das exigências impostas pelas autoridades ambientais competentes. Em termos práticos, ela abriu a possibilidade da assinatura de TAC’s para empresas em funcionamento ilegal, dentro de alguns princípios gerais: o prazo de vigência do TAC poderá, em função da complexidade das obrigações nele fixadas, variar de, no mínimo, 90 dias, até o máximo de cinco anos, com possibilidade de prorrogação por igual período. A Secretaria do Meio Ambiente emitiu a Resolução n.º SMA 66, de 18.08.1.998, restringindo o prazo de cinco para três anos e estabelecendo outros condicionantes para a assinatura do termo. A partir da protocolização do requerimento de TAC pelo interessado e,

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99

enquanto perdurar a vigência do termo, ficam suspensas a aplicação e a execução de sanções administrativas relacionadas aos fatos que deram causa à celebração do referido instrumento.

A legislação não prevê PCA, RCA e PRAD para outras atividades que não estejam na categoria “extração mineral” .

5.6.7 Tr ibutos sobre o setor mineral. Os principais tributos sobre o setor mineral, podem ser divididos em dois tipos: os que incidem sobre a receita e os que incidem sobre o lucro, tabela 26. f

Receita: ICMS, PIS, COFINS, IPI (imposto federal que incide sobre o valor adicionado gerado na transformação e no processamento industrial), IOF (imposto federal, envolvendo o ouro, como ativo financeiro). f

Lucro: Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro (CSL).

Tabela 26 - Tr ibutos sobre o setor mineral.

ENCARGOS ICMS IRPJ

Definição

Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações; CF, Art. 155

Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica.

Incidência

Sobre operações relativas à circulação de mercadorias e às prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações

Incide sobre pessoas jurídicas e tem como base o lucro tributável.

Alíquotas 7 a 18 % em função da natureza das operações.

25%

Distribuição 75 % Estado 25% Municípios União

A Constituição Federal de 1.988, em seu artigo 195, estabelece que a seguridade social deve ser financiada pela sociedade mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das contribuições sociais dos empregadores, trabalhadores e da receita de concursos de prognósticos (loterias), tabela 27.

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Tabela 27 - Tr ibutos sobre o setor mineral - Contr ibuições Sociais.

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

Encargos PIS CONFINS CSL

Definição Programa de Integração

Social; Lei Complementar n.º 7, de 07.09.70.

Contribuição Financeira de Seguridade Social; Lei

Complementar n.º 70, de 30.12.93.

Contribuição Social sobre o Lucro; Lei

n.º 7.689, de 15.12.88.

Incidência Sobre a receita operacional

bruta da empresa. Sobre a receita bruta. Sobre o lucro

líquido antes do imposto de renda.

Alíquota

Contribuição mensal de 0,65%; Decreto-Lei n.º 2.445, de 29.06.88 e

Decreto-Lei n.º 2.449, de 21.07.88.

Taxa de 3% (Há uma ADIN – Ação

Direta de Inconstitucionalidade no

STF contra a União, ainda não julgada).

8%

No dia 30.06.1.999 o Supremo Tribunal Federal derrubou a imunidade da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) de diversos setores, entre eles o da mineração (Izaguirre, 1.999). Relacionados com o regime de autorizações e concessões minerais temos, ainda, os seguintes encargos: pagamento de taxas e emolumentos ao DNPM sobre os títulos e áreas concedidas e o pagamento da participação ao proprietário do solo pelas atividades de produção mineral praticada em terreno de terceiros.

Outra figura que onera a mineração é a CFEM (CF, Art. 20; Leis n.º7.990/89 e 8.001/90 e Decreto n.º 01/91). Mesmo não sendo definida como um imposto, a CFEM é vista como tal, pois tem base de cálculo definida, alíquotas e prazo para recolhimento e tem definição do sujeito passivo.

O percentual da CFEM é calculado sobre o valor do faturamento líquido e varia em função da substância mineral. O faturamento líquido citado é obtido deduzindo-se do total das receitas de venda os tributos incidentes sobre a comercialização do produto mineral, as despesas de transporte e de seguro. No caso da substância mineral consumida, transformada ou utilizada pelo próprio titular, considera-se como faturamento líquido o valor industrial.

Embora variável em função do bem mineral (CFEM) e destino das vendas

(ICMS) a oneração fiscal e extrafiscal sobre o valor de venda pode chegar a 24,65% = (18% de ICMS) + (3% de CFEM) + (3% de COFINS) + (0,65% de PIS).

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101

5.7 O potencial areeiro do r io Paraíba do Sul. Entende-se por potencial mineral a possibilidade de uma dada área conter a concentração de um ou mais bens minerais em condições econômicas de explotação (Bistrichi, 1.993).

A identificação do potencial mineral de areia na várzea do Paraíba do Sul foi primeiramente estudado pelo Instituto Geológico que concluiu o relatório “Paraíba do Sul – Potencialidade de Areias”, em julho de 1.997. A CPLA – Coordenadoria de Planejamento Ambiental elaborou, então, o mapa de uso do solo para a área definida como de potencial mineral. Verificou-se que os municípios com maior número de empreendimentos de mineração de areia estavam no trecho Jacareí – Pindamonhangaba, anexos 22 e 24. O rio Paraíba do Sul se constitui num sistema fluvial meandrante cujo canal descreve vários caminhos ao longo de um cinturão meândrico e, às vezes, até o abandona, por avulsão, e escapa pela várzea de inundação onde irá construir um outro cinturão. Alguns elementos geomorfológicos desse tipo de sistema, tais como barras de pontal, diques marginais e canais abandonados, constituíram-se em referências básicas, ou guias para se proceder à reconstituição dos vários caminhos do canal fluvial meandrante do rio Paraíba do Sul em tempos pré-atuais (anexos 20, 21, 22 e 23). As últimas trajetórias dos canais foram recuperadas em cada compartimento para efeito de se obter o grau de sinuosidade, considerando-se como atuais aquelas trajetórias ativas até a década de 50, quando tiveram início as retificações antrópicas. No compartimento Jacareí, o sistema fluvial atual é de baixa sinuosidade, não meandrante. Porém trajetórias pretéritas reconstituídas e variações de fácies dos depósitos representam indícios de que, outrora, foi meandrante. Nos demais compartimentos, tanto as trajetórias atuais, como as pretéritas, assim como as características das fácies sedimentares, apontam para a permanência de regime fluvial meandrante. Cinturões meândricos construídos ao longo do tempo, pelo processo de avulsão, definida principalmente pela fotointerpretação geológica e complementada pelos trabalhos de campo, representou critério determinante para delimitação da zona de potencial de areia, tendo em vista que representam construções iminentemente arenosas dos vários caminhos do canal fluvial do rio Paraíba do Sul, em épocas pré-atuais. O pacote arenoso apresenta espessura decrescente de montante para jusante, variando de 18 a 28 m no Compartimento Jacareí, de 12 a 16 m no Compartimento Eugênio de Melo, de 8 a 10 m no Compartimento Quiririm e de 4 a 6 m no Compartimento Roseira. Acompanhando a variação da espessura, a compartimentação da bacia aluvial também exerceu controle sobre a granulometria dos depósitos, reservando para o Compartimento Jacareí termos arenosos mais grossos, gradando para termos mais finos em direção ao Compartimento Roseira (SMA, 1.998). A área de potencial de areia definida para fins de planejamento e gestão de recursos minerais, constitui apenas o alvo inicial de uma prospecção mineral, necessitando

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102

de trabalhos de pesquisa complementares e sistemáticos, caso se pretenda configurar corpos de minério, anexo 26. Essa área, que representa o cinturão meândrico reconstituído, ocupa uma superfície de 202 km2, enquanto que a planície aluvial (inclusive tributários) abrange cerca de 369 km2. A relação entre as duas zonas é de cerca de 53%, confirmando a alta potencialidade para areia, da várzea do rio Paraíba do Sul. A atividade de mineração que se concentra nesses cinturões, por aí predominarem as construções arenosas, é representada por portos, principalmente em cavas submersas ao longo da várzea, que lavram a areia através de dragagem. À época do levantamento de campo realizado - out./nov. 1.996 - (SMA, 1.998), foram identificados 138 empreendimentos minerários, dos quais 93 ativos, cuja maior concentração ocorre nos municípios de Caçapava e Tremembé. A superfície total ocupada pelas cavas representava, nessa ocasião, cerca de 10 km2, enquanto que a área coberta por vegetação remanescente, em especial a de porte arbustivo, era de cerca de 15 km2. As substâncias minerais mais freqüentes na área de São José dos Campos são as areias quartzosas, secundadas pelas argilas, anexos 23 e 24. O maior número de minas ativas de areias estavam situadas em terraços e várzeas dos rios Paraíba do Sul e Jaguaribe. Procedem da Seqüência Vale do Paraíba, e sua explotação se dá predominantemente na forma de cavas. Várias extrações ocorrem também no leito ativo do rio Paraíba do Sul, apresentando para esses mineradores maiores vantagens em relação à constante renovação de reservas, fato que não ocorre com aquelas situadas nos terraços, cujas reservas são limitadas (Bistrichi, 1.993). O cascalho quartzoso da Seqüência Vale do Paraíba pode ser utilizado para revestimento primário de estradas vicinais ou vias públicas não-pavimentadas, bem como na forma de material ornamental e/ou agente filtrante.

5.8 Identificação das mineradoras de areia. Para a elaboração deste trabalho utilizamos como critério para identificação das empresas mineradoras de areia aquelas associadas ao Sindicato das Indústrias de Extração de Areia do Estado de São Paulo – SINDAREIA e que tinham atividades extrativas localizadas na área de estudo; foram 65 as empresas selecionadas.

5.8.1 Descr ição das pr incipais mineradoras de areia e seu estágio evolutivo em relação ao sistema de gestão ambiental.

Segundo a ABNT-NBR ISO 14.001:1996, § 3.5, define-se sistema de gestão ambiental como: “a parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental” .

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103

Às 65 empresas enviamos um questionário padrão, com a garantia de manutenção de sigilo quanto a sua identificação e dados individuais, e o resultado é o que segue: Questionários distribuídos: 65. Questionários retornados preenchidos: 3. Percentual de respostas: (3/65) 100 = 4,6%. Devido ao baixo percentual da amostragem, apesar do seguimento atendo, não foi possível completar o estudo e, portanto, não há resultados nem conclusões. O interessante, no caso, foi que notamos, desde o início, uma retração muito grande dos empresários sobre o tema da pesquisa, mostrando-se bastante ressabiados com o trabalho que estávamos executando. Assim, apresentamos a seguir, apenas o formulário que lhes foi distribuído, figura 14 e tabela 28.

QUESTIONÁRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL.

Os primeiros dados solicitados foram os da figura 14:

RAZÃO SOCIAL

Endereço

Cidade

CEP

Tel . Fax. e-mail

Responsável pelo preenchimento:

Cargo:

Capacidade produtiva da

empresa

Instalada: Utilizada:

Principais praças consumidoras: E

stas

info

rmaç

ões

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nsid

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e n

ão

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ão n

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rio

fina

l.

Processo de extração util izado Cava � Leito do rio � Desmonte hidráulico �

Figura 14 - Identificação das mineradoras.

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104

Tabela 28 - Resultado da pesquisa sobre sistema de gestão ambiental.

1 – Política de meio ambiente.

A empresa não tem política de meio ambiente. Ainda não se pensou nisso, nem na sua importância.

1 2 3 4 5 NA

A política de meio ambiente expressa o comprometimento da alta gerência com a melhoria contínua do desempenho ambiental da empresa e está claramente definida, documentada e divulgada para todos os empregados.

2 – Aspectos ambientais.

A empresa não acredita ser necessário identificar se suas atividades causam impactos sobre o meio ambiente.

1 2 3 4 5 NA

Como parte do processo de identificação dos aspectos ambientais, a empresa já identificou suas atividades, produtos e serviços considerados críticos por poderem causar impactos ambientais adversos ao meio ambiente da região onde opera.

3 – Requisitos legais.

A empresa não identificou a legislação ambiental aplicável. Quando necessita informação a respeito, são feitas consultas específicas aos órgãos competentes.

1 2 3 4 5 NA

Leis, decretos, resoluções e portarias, federais, estaduais e municipais, assim como códigos e práticas setoriais relativas à qualidade ambiental, estão documentados, são periodicamente atualizados e divulgados em toda empresa.

4 – Objetivos e metas.

No planejamento da empresa para os próximos anos, não estão previstas implementações de ações relativas ao meio ambiente.

1 2 3 4 5 NA

Baseando-se na política de meio ambiente e nos seus aspectos ambientais considerados críticos, a empresa estabeleceu seus objetivos e metas ambientais

5 – Gestão da qualidade do ar, da água, resíduos e produtos perigosos. A empresa ainda não exerce o controle de suas emissões para o ar e a água lançada no corpo receptor; considera impossível produzir sem lixo, não realiza gestão sobre os produtos perigosos que utiliza e não realiza gestão do consumo de água e energia, visto que estes recursos são abundantes na região.

1 2 3 4 5 NA

A empresa implementou programa de gestão da qualidade do ar e da água; implementou um processo de racionalização do consumo de água e energia; reutiliza e/ou recicla seus resíduos e possui inventário de produtos perigosos e os empregados são treinados para o seu manuseio.

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105

continuação

6 – Alocação de recursos.

A empresa não tem disponibilidade de recursos financeiros e/ou humanos para investir em meio ambiente.

1 2 3 4 5 NA

A empresa vem periodicamente, alocando recursos financeiros, e/ou físicos e/ou humanos para investir na melhoria de seu desempenho ambiental.

7 – Atribuições e responsabilidades.

A empresa vem operando com um quadro de empregados muito reduzido. Não há como atribuir responsabilidades ambientais aos empregados.

1 2 3 4 5 NA

A empresa atribuiu responsabilidades ambientais aos seus empregados. A avaliação de desempenho de seus gerentes e líderes inclui requisitos da qualidade ambiental.

8 – Conscientização e treinamento.

No momento a empresa não dispõe de recursos para treinamento.

1 2 3 4 5 NA

A empresa investe continuamente em programas de treinamento e no processo de conscientização de seus empregados.

9 – Comunicação interna. Não há sistema formalizado de comunicação interna para dar ciência aos seus empregados e/ou aos acionistas dos fatos e dados relativos às questões ambientais na empresa.

1 2 3 4 5 NA

A empresa tem um sistema de comunicação interna. A política de meio ambiente, os objetivos e metas ambientais e os planos da empresa são conhecidos por todos os empregados.

10 - Documentação A empresa não possui um sistema de documentação, registros ou cadastros relativos ao meio ambiente.

1 2 3 4 5 NA

A empresa mantém um sistema de informações atualizado, inclusive um Manual de Gestão Ambiental.

11 – Controle operacional. O controle operacional das atividades e/ou processos da empresa está voltado exclusivamente para o seu “negócio” específico, isto é, par o(s) seu(s) produto(s).

1 2 3 4 5 NA Existem procedimentos e instruções

de trabalho específicos para todos os processos, atividades e tarefas caracterizados como ambientalmente críticos na empresa.

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106

continuação 12 – Ações de emergência.

Caso venha a ocorrer um acidente grave na empresa, os empregados devem acionar o Corpo de Bombeiros e/ou o Pronto Socorro mais próximo, e/ou a Delegacia de Polícia da região. Na história da empresa não há registros de acidentes graves.

1 2 3 4 5 NA

O plano de ação de emergência existente na empresa abrange ações para prevenir e minimizar os impactos ambientais adversos. Os empregados são periodicamente treinados para agir frente às situações de emergência.

13 – Medições.

A empresa só realiza medições e monitoramento se exigidos pelo órgão ambiental competente.

1 2 3 4 5 NA

A empresa realiza medições e monitoramentos periódicos do seu desempenho ambiental, para implementar as ações corretivas e preventivas que se façam necessárias e melhorar continuamente seus resultados.

14 – Avaliações ambientais. A empresa ainda não realiza avaliações do seu desempenho ambiental.

1 2 3 4 5 NA

A empresa realiza avaliações periódicas, documentadas, do seu desempenho ambiental.

15 – Melhoria contínua. A empresa não tem uma sistemática que lhe permita avaliar a consistência de sua política, de seus objetivos e metas e/ou de suas ações, com relação aos requisitos legais, e/ou aos requisitos e tendências de mercado.

1 2 3 4 5 NA A empresa revisa periodicamente

sua política, objetivos e metas ambientais, a partir dos resultados das medições, monitoramentos e das avaliações ambientais.

Adaptado de: SEBRAE, Gestão ambiental; compromisso da empresa, São Paulo: SEBRAE, fascículo 4, 10.04.1.996, p. 4..

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107

CAPÍTULO V

6 O CONFLITO DE INTERESSES.

6.1 A questão da energia. O consumo de areia de construção até o ano 2.000, na região metropolitana paulista é de 130.000.000 m3 contra uma reserva, na área, de apenas 80.000.000 m3. O déficit será coberto mediante transporte desde distâncias cada vez mais crescentes. Atualmente já são, em média, de 80 km. O consumo de energia é da ordem de 3MJ/tkm (frete sem retorno em caminhão com capacidade de transporte relativamente baixa entre 8 e 15 t). O transporte adicional de 100 km representa um consumo de energia térmica equivalente a 83,3 kWh/t (Bucher, 1.986). O concreto de cimento Portland é o material de construção de maior uso e difusão no mundo inteiro. A utilização técnica de um material só se justifica em função da sua relação custo/benefício, o conteúdo de energia ou energia embutida durante a manufatura é o principal componente do seu custo. Aqui reside basicamente a vantagem principal do concreto comparativamente com os seus concorrentes estruturais, tabela 29.

Tabela 29 - O concreto comparado aos seus concorrentes estruturais.

Mater ial de construção Conteúdo de

energia MJ.m-3 Concreto simples (80 até 380 kg cimento/m3) 250 até 1.700 Concreto armado (250 até 380 kg cimento e 50 até 150 kg aço/m3)

3.000 até 8.500

Aço de construção 47.000 Madeira estrutural 3.500

Tijolo (cerâmica vermelha) 3.000 até 4.000 Fonte: Bucher, 1986.

A discriminação do conteúdo de energia do concreto (energia primária total necessária para produzir uma unidade de material pronto), por sua vez, se compõe das seguintes parcelas, tabela 30.

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Tabela 30 - Conteúdo de energia do concreto.

PARCELAS ENERGIA PRIMÁRIA (MJ.t-1)

Cimento (média brasileira 1.983) 3.893 Agregado graúdo britado (extração e beneficiamento) 45 Agregado miúdo natural (extração) 5 Agregado miúdo britado (beneficiamento) 20 Cinza volante de termoelétrica 18 Escória básica granulada de alto-forno (seca) 32 Aço em barra (cortado, dobrado e colocado) 47.000 Preparo (manuseio, mistura, transporte interno, adensamento) 4 Fonte: Bucher, 1986.

Em função da aplicação específica do concreto (simples ou armado) o conteúdo total de energia primária poderá flutuar entre, aproximadamente, 200 MJ.t-1 para o concreto de uma barragem (com 100 kg de cimento por m3 e sem armadura, e, da ordem de até 8.500 MJ.t-1 para concreto armado (com 360 kg de cimento e 150 kg de aço total por m3). Em todo este intervalo de 200 até 8.500 MJ.t-1 não está incluído o gasto de energia relativo ao transporte desde o produtor até a obra, de cada um dos componentes do concreto armado. Como a maior parcela de uma unidade de massa de concreto simples é representada pelos agregados (de 75 a 80% do total), a energia gasta no seu transporte apresenta uma influência expressiva tanto sobre o custo como sobre a conservação de energia na construção civil. Considerando que a média brasileira para o transporte de carga por rodovia é de cerca de 1,4 MJ/tkm, depreende-se a grande influência exercida pela distância entre o porto, o depósito ou a jazida do agregado e a obra. A atividade extrativa de agregados, apesar de ser fundamental ao desenvolvimento urbano, é implacavelmente perseguida pelas Prefeituras e órgãos de controle ambiental pela sua natureza degradadora e poluidora (ruído, projeção de corpos, emissões de partículas, estremecimento, esburacamento, poluição visual da paisagem, destruição de matas, erosão, etc.). Uma das maiores fontes de partículas de matéria no ar são os motores à diesel. Os transportes (e as emissões industriais) causam uma espécie de névoa que destrói os tecidos sensíveis nas pessoas e animais, além de produzir minúsculas partículas cancerígenas que reduzem a função pulmonar e são responsáveis por muitas mortes prematuras. Neste contexto do conflito entre o aumento progressivo do consumo de combustível para o transporte até os centros urbanos devido à necessidade de fugir deles pelo esgotamento das reservas nas suas proximidades e pelo aumento de custo de produção decorrente das restrições do uso no meio ambiente que se deve situar a análise da exploração econômica e do uso técnico dos agregados pétreos para concreto.

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O cruzamento das disponibilidades de uso do solo, levando-se em conta as restrições impostas pelos diferentes tipos de ocupação humana e as restrições impostas pela legislação, destacamos as seguintes restrições e conflitos (Campanha, 1.994): {

Com as atividades urbanas: aquelas oriundas do fato de que a área, apesar de ser livre para a mineração do ponto de vista da legislação, está, no entanto, subordinada às leis orgânicas dos municípios e seus planos diretores. {

Com atividades industriais: neste caso, a restrição é imposta pelas possíveis atividades minerárias, livres do ponto de vista de legislação e, no entanto, concorrendo com as atividades industriais aí desenvolvidas. {

Com as atividades agropecuárias: gerada pela difícil coexistência, em um dado momento, de mineração e atividades agrícolas e pecuárias. {

Com a concentração de manchas de matas naturais: a mineração, nestas áreas, deverá ocorrer de maneira controlada, no intuito de possibil itar a preservação dessas matas e da eventual fauna associada, bem como do ecossistema local. {

Com áreas bloqueadas: a restrição, neste contexto, está apoiada em decretos federais e estaduais, uma vez que aí se localizam áreas de preservação permanente. Qualquer mineração, aí implantada, estará sujeita às penalidades previstas por lei.

6.2 Mineração e meio ambiente. Quando se fala em meio ambiente, muitas vezes este é associado apenas à fauna e à flora. Dessa forma são considerados outros elementos essenciais e indissociáveis, relativos ao ser humano: a subsistência do homem está diretamente vinculada ao meio social, aos elementos sócio-econômicos, históricos, culturais e aos recursos naturais. Existem várias definições para meio ambiente. Algumas consideram apenas os componentes naturais, outras consideram que o meio ambiente é um sistema no qual interagem fatores físicos, químicos, biológicos, espaciais e sócio-econômicos. De acordo com a Política Nacional de Meio Ambiente, Lei Federal n.º 6.938/81, Art. 3º, I e II, o meio ambiente compreende determinado espaço, onde o “ conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; e, degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das características do meio ambiente” . Toda e qualquer forma de vida é capaz de modificar o meio onde vive. Ao longo da história o homem não agiu de forma diferente. A partir da pré-história as atividades produtivas e, em muitos casos, predadoras do homem, acabaram por provocar a redução geral e a transformação contínua dos ecossistemas naturais. Em decorrência disto, a legislação federal define o impacto ambiental como sendo: “ toda alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante da atividade humana que, direta ou indiretamente, afetem a segurança, e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais” (Resolução CONAMA 001/86, Art. 1º).

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110

A poluição é caracterizada pela degradação da qualidade ambiental, resultante de atividades que, direta ou indiretamente, prejudicam a saúde, a segurança e o bem estar da população. A mineração é uma atividade extrativa que retira um recurso natural não renovável e, por conseqüência, tende a agredir o meio ambiente e criar espaços vazios, apesar dos cuidados que se possa ter com a questão da recuperação ou reabilitação da área minerada. Esses impactos ambientais estão relacionados com a degradação do solo, a poluição do ar e das águas: ✴ Do solo: através dos desmatamentos, deposição de estéreis e rejeitos, ação da erosão e

desfiguração paisagística. ✴ Do ar: devido ao aumento da concentração de material particulado e/ou gases na

atmosfera e a emissão de ruídos decorrentes das detonações do desmonte de rochas. ✴ Das águas: ocasionada pelo assoreamento dos cursos d’água devido ao arraste de

sedimentos, bem como, a contaminação dos mananciais, em função da descarga de efluentes (óleos e graxas utilizados nos equipamentos), além da contaminação inclusive com metais pesados, das lagoas deixadas pelas cavas abandonadas (Shimizu, 1.995).

Em muitos casos a atividade mineradora se desenvolve de maneira conflitante com os princípios de proteção ao meio ambiente e de uso do solo (principalmente entre a agricultura e a ocupação urbana). Ao mesmo tempo que a mineração é importante para manter e/ou melhorar a qualidade de vida do homem, sua existência em meio social e ambiental é bastante conturbada. Muitas vezes associa-se mineração com degradação ambiental porque esta atividade esteve durante muito tempo, baseada no uso predatório dos recursos naturais. A indiferença de alguns mineradores com relação ao meio ambiente se deve à falta de consciência ecológica e à ausência de fiscalização e multas compatíveis. A mineração em áreas urbanas tem provocado preocupações devido ao confronto entre produção e consumo, tendo em vista que, sob esta ótica, a produção se reveste de rigidez locacional, enquanto o consumo, normalmente, está localizado nos grande centros populacionais. A atividade mineradora é, por essência, modificadora do meio ambiente. Por tratar-se, no caso da areia do Vale do Paraíba, de uma atividade desenvolvida, por necessidade, próxima aos centros urbanos, que se desenvolveram ao longo de suas margens, a mineração de areia apresenta-se mais visível à maior parte da população, gerando maior pressão da sociedade contra os seus impactos ambientais. No entanto, esta atividade é regulamentada e controlada por uma série de legislações e órgãos das três esferas de governo, conforme apresentado anteriormente e mostrado nos anexos 22, 23, 24, 25 e 26.

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111

6.3 A extração de areia do r io Paraíba do Sul. A atividade de extração de areia do leito do rio Paraíba do Sul era regulamentada pelo Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), que, através de concorrências públicas fornecia concessões para esse fim, em trechos de aproximadamente um km de extensão. Os períodos de duração destas concessões, assim como as quantidades limites de extração nos respectivos períodos, eram variáveis. Os contratos celebrados a partir de 1.978 estabeleciam um período de concessão de três anos permitindo um volume médio de extração na faixa de 72.000 m3 a 144.000 m3 para o período de contrato. Não havendo possibilidade, na época, para que o DNOS procedesse à fiscalização do montante extraído em cada porto de areia, as informações referentes a esta atividade eram aquelas fornecidas pelos extratores ao referido órgão. De acordo com estas fontes, há informações de que a extração total de areia do leito do rio Paraíba do Sul foram da ordem de, tabela 31:

Tabela 31 - Volume de areia extraído do leito do r io Paraíba do Sul.

ANO VOLUME EXTRAÍDO (m3) 1978 1.087.000 1979 735.000 1980 871.000 1981 (estimativa) 745.000

Fonte: DNOS.

A tabela 32, apresenta o volume de material sólido transportado por arrastamento de fundo, nos períodos de 1.980 e 1.981, medidos nos postos sedimentométricos instalados no rio Paraíba do Sul.

Tabela 32 - Valores anuais de transporte de fundo medidos nos postos sedimentométr icos do r io Paraíba do Sul.

POSTO Ano 1.980 (m3) Ano 1.981 (m3) Jacareí 16.138 4.724 Pindamonhangaba 25.075 Rio Compr ido 30.815 31.512 Cachoeira Paulista 35.215

Admitiu-se, a partir dos resultados das medições de transporte de fundo, que este transporte correspondia a 10% do transporte sólido total (DAEE, 1.982).

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Admitindo-se estes valores como sendo o transporte sólido normal do rio em regime, visto que os postos localizavam-se em trechos estáveis, concluiu-se que a extração de um porto de areia, que em geral tem a permissão para extrair de 25.000 m3 a 50.000 m3 ao ano, eqüivalia à capacidade de reposição do material retirado do leito. A somatória da produção dos diversos portos que extraiam areia do leito do rio, superaram largamente esta capacidade de reposição do material retirado. Este fato implicava no aprofundamento do leito, de onde era feita a retirada de areia. Uma evidência disto eram os grandes aprofundamentos localizados (alguns da ordem de cinco metros) formando verdadeiras fossas ao longo do curso , fato este que não pode ser atribuído a um mecanismo de erosão natural do rio (Twenhofel, 1.939). Foi feito, também no ano de 1.981, um levantamento junto aos extratores de areia, para verificar as respectivas capacidades de extração. Verificou-se neste caso, novamente, a compatibilidade entre a capacidade de extração de areia, e o volume de material erodido. Esta estimativa levou em conta um ano de 260 dias trabalhados, tabela 33.

Tabela 33 - Estimativa da capacidade de extração de areia no r io Paraíba do Sul, em 1.981.

TRECHO CAPACIDADE DE

EXTRAÇÃO (m3/ano)

① Jacareí a São José dos Campos extensão: 28.000 m

514.000

② São José dos Campos a Caçapava extensão: 25.000 m

725.000

③ Caçapava a Quiririm extensão: 30.000 m

832.000

④ Quiririm a Tremembé extensão: 20.000 m

442.000

⑤ Tremembé a Pindamonhangaba extensão: 20.000 m

240.000

O DAEE concluiu então, que: ✴ A erosão do leito do rio somente foi notada na região onde predominavam os portos de

areia. ✴ O volume de material retirado do leito era da mesma ordem de grandeza do volume

erodido. ✴ Podia haver ocorrência significativa de efeitos secundários, tal como a desagregação da

parcela de material fino do fundo durante a dragagem do leito, que passava a ser transportado em suspensão. Em decorrência desta ação, havia uma intensificação do aprofundamento do leito.

✴ Os cortes de meandros, atingiram praticamente a estabilidade, não podendo ser considerados, na época, como fatores de erosão.

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✴ A atividade intensiva da extração de areia, da maneira como vinha se processando, não era conveniente, principalmente nos trechos em que existiam estruturas como por exemplo, captações de água, pilares de ponte, etc., onde o rebaixamento do leito e da linha d’água acabaria comprometendo a estrutura de tais obras e/ou sua finalidade (DAEE, 1.982, 1.983) (ValeParaibano, 19/05/1.999).

Por esta época, os areeiros estavam encerrando as atividades de extração de areia do leito do rio Paraíba do Sul, pois a areia estava acabando e eles estavam atingindo a camada argilosa. O que ocorreu é que com o fechamento do reservatório de Paraibuna-Paraitinga, o sedimento oriundo das cabeceiras ficava retido no mesmo, não havendo reposição no leito do rio Paraíba do Sul; as atividades extratoras começaram a se transferir do canal do rio para a várzea. A retirada de material do leito era superior ao transporte sólido de fundo, impossibilitando a reposição natural do material retirado. Os reservatórios de Santa Branca e Jaguarí não modificaram o regime do rio Paraíba do Sul. Estes reservatórios operam em sintonia com o regime das precipitações, por este motivo eles não exercem no rio Paraíba do Sul a mesma influência marcada do reservatório Paraibuna-Paraitinga. Depois do fechamento de Paraibuna-Paraitinga, pode-se observar um acentuado estreitamento do canal do rio, nos dez anos seguintes de operação da represa e continuou decrescendo nos anos posteriores. Houve o fechamento de muitos portos de areia, principalmente os de menor porte (P.M. Jacareí). Segundo a Associação das Indústrias de Mineração e Extração de Areia do Vale do Paraíba (AIMEA), a atividade soma, atualmente, um volume médio mensal de 1.000.000 m3 de areia extraídos pelos 106 portos existentes ao longo do rio Paraíba do Sul (Maia, 1.999). Após a aprovação da Resolução SMA n.º 42, de 16.09.1.996, relativa ao disciplinamento do licenciamento ambiental dos empreendimentos de extração de areia na bacia hidrográfica do Paraíba do Sul, a frente de Regularização e Licenciamento iniciou vistorias conjuntas de técnicos do DAIA, DEPRN e CETESB, contando sempre com a presença do proprietário do empreendimento e seu responsável técnico. Em 11.03.1.997, iniciou-se a segunda etapa de vistorias. De maneira geral os trabalhos realizados demonstraram que tinha sido significativo o ganho ambiental, verificado através da recomposição da vegetação ciliar tanto nas áreas de preservação permanente ao longo do rio Paraíba do Sul quanto das cavas, e da adoção das medidas de controle então exigidas. Além disso, houve aprimoramento das metodologias de recomposição vegetal; a mudança de mentalidade do empresariado do setor minerário, provocando um aproveitamento mais racional do recurso mineral; e o retorno da SMA à sua principal função: orientação, licenciamento e fiscalização; e não, ao atendimento somente ao Ministério Público (SMA, 1997).

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114

6.4 O aproveitamento de areia no leito de r ios. Considerando que o processo de assoreamento dos rios paulistas é uma constante, e que ocorre como conseqüência de erros acumulados, tanto dos agricultores, como das próprias autoridades governamentais, não há como justificar uma paralisação imediata dos portos de areia existentes, apesar de todos os comprometimentos que eles trazem ao meio ambiente. Primeiro é preciso restaurar as matas ciliares dos rios paulistas; em segundo lugar, é preciso formular a política governamental para impedir que a movimentação de terra provoque erosão e consequentemente assoreie rios. Finalmente, torna-se necessário estabelecer uma política gradual de restrição ao aproveitamento de areia dos corpos d’água a iniciar-se pelos rios que já tenham projetos específicos de recuperação e utilização aprovados, e onde haja mínimos trabalhos de extração mineral, com finalidade de manter tais rios desassoreados.

6.5 O planejamento ambiental. O planejamento ambiental tem que garantir, de forma completa, as condições ecológicas para o desenvolvimento efetivo da produção social e de todas as atividades da população, através do uso eficiente e da proteção dos recursos do meio ambiente, articulando-se através de quatro níveis devidamente integrados (Rossete, 1.996): ① a organização ambiental do território, ② a avaliação ambiental de projetos, ③ a auditoria e peritagem ambiental e ④ a gestão do modelo de planejamento ambiental. Na forma que dispõe a Constituição Federal de 1.988, no capítulo da Política Urbana, art. 182, cabe ao Poder Público Municipal a execução da política de desenvolvimento urbano, tendo por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. Conforme o § 1º desse artigo, o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana é o plano diretor, a ser aprovado pela Câmara Municipal e obrigatório para as cidades com mais de 20.000 habitantes. Uma das questões mais relevantes a serem discutidas em um Plano Diretor, é a do Zoneamento Mineral, não somente pelos aspectos legais envolvidos, como também pelas características da atividade mineral e o número de interfaces a ela relacionadas, principalmente quando desenvolvida próximo aos centros urbanos. Além disso, constantemente ocorrem atos e ações, nas várias instâncias de Poder, nem sempre integrados, como seria mais desejável e produtivo. Como exemplo das ambigüidades legais, no segmento da mineração, tem-se a concessão de pesquisa e lavra na legislação mineral e a obrigatoriedade de planos de recuperação de áreas mineradas na legislação ambiental, em nível federal; a concessão de Licenças de Instalação (LI) e de Operação (LO) a cargo de órgãos estaduais de meio ambiente, e a expedição de

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licenciamentos, outorgados pelas Prefeituras e registrados no DNPM, no caso de substâncias de emprego imediato na construção civil, como é o caso da areia. Por outro lado, há também todo um conjunto de dispositivos e leis, disciplinando a política de ocupação do solo urbano, concomitantemente com a utilização dos recursos naturais, por exemplo, áreas de mananciais, estuarinas, áreas verdes, o que ressalta a necessidade de um esforço conjunto do governo e sociedade, a médio prazo, visando propiciar aos municípios o conhecimento de seus recursos naturais, inclusive minerais, possibil itando o seu consumo de forma mais racional, sem causar maiores transtornos ao meio ambiente. O ecossistema da várzea está sujeito a pressões e conflitos devido aos diversos usos ligados à urbanização, industrialização, agropecuária e mineração. O Decreto Federal n.º 87.561/1.981 reflete essa preocupação no seu Art. 5º: “ as áreas de terras baixas, de formação aluvial ou hidromórfica, nas margens dos rios e córregos e em depressões topográficas contínuas, serão, preferencialmente, destinadas para a agropecuária, a silvicultura e a unidades de conservação ecológica.” (SMA, 1.998). O DNPM é o órgão federal responsável, em todo o território nacional, pela supervisão, fiscalização e o controle da exploração de recursos minerais. No caso da areia, o DNPM responde tanto pela autorização de pesquisa e concessão de lavra como também pelo registro de licenciamento (Rossete, 1.996).

6.6 Recuperação das áreas degradadas. A conservação consiste em um esforço deliberado para evitar uma degradação excessiva dos ecossistemas (Margalef, 1.989). O órgão estadual, ligado à questão ambiental, em consonância com as prefeituras municipais, deverá estabelecer um roteiro para trabalhos de recuperação de áreas degradadas pela extração de areia, relacionando, exemplificadamente, alguns tipos de recuperação mais comuns utilizadas por diversos países do mundo, entre os quais: |

Rearranjo da área para loteamento urbano. | Destinação da área para implantação de projetos industriais. | Reaterro para atividades agrícolas. | Utilização das cavas para depósito de rejeitos sólidos urbanos e industriais que não

comprometam o meio ambiente. | Áreas de lazer. | Outros.

Como as jazidas não são iguais, não se pode, a princípio, estabelecer soluções padronizadas. Deve-se exigir, todavia, um planejamento prévio como forma de se viabilizar a reutilização da área. O estudo da compatibilidade da atividade extrativa com outras formas de uso e ocupação do solo deve ser definido para momentos distintos: um, no qual a recomposição é feita simultaneamente à extração, e outro, após a exaustão da jazida.

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Quem deixa de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgão competente incorre nas penas previstas no Art. 55, da Lei n.º 9.605, de 12.02.1.998.

6.6.1 Recuperação de áreas degradadas com essências nativas. Vejamos primeiro, quais as conseqüências do desmatamento, que estão representadas na figura 15. Fonte: Goodland e Irwin in Queiroz Neto, 1989.

Figura 15 - Modificações da cober tura vegetal florestal e suas conseqüências.

Em todo local onde a vegetação primitiva formava uma floresta que posteriormente veio a ser eliminada, é possível reverter essa situação, através dos diversos processos de recuperação de florestas (Lorenzi, 1.992).

DESMATAMENTO

Exposição direta do solo à chuva, à insolação e ao vento; queima dos restos vegetais.

Modificações no microclima e pedoclima

Aumento do escoamento superficial

Diminuição da matéria orgânica

dos solos

Diminuição da atividade

biológica global

Diminuição da água disponível

Aumento da erosão

Diminuição do ciclo de nutrientes

Diminuição da fertil idade do solo

Insucesso das culturas

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A avaliação do grau de perturbação ou de degradação de uma determinada área irá estabelecer qual o método de reflorestamento que deverá ser adotado, o que poderá ser feito também, a partir da fisionomia da vegetação existente (Pesson, 1.978). Essas áreas podem tornar-se projetos ambientais privados voltados para o chamado “seqüestro de carbono” – que visa a recuperação e preservação de áreas florestais para a absorção do gás, lançado em excesso na atmosfera, visando minimizar o efeito estufa, conforme o Protocolo de Kyoto de 1.997. A compra e venda de “bônus de Carbono” deverá movimentar US$ 10 bilhões até 2.005 (Rosa, 1.999).

6.6.2 Regeneração natural. Método util izado em áreas pouco perturbadas, em ambientes alterados, que mantêm a maioria das características bióticas (flora e fauna) das formações florestais típicas da área a ser preservada. O método é indicado para locais onde existe floresta remanescente nas proximidades, de modo que os processos naturais de recuperação possam agir. Os meios de recuperação biótica, como banco de sementes, banco de plântulas, chuva de sementes e rebrota, estão presentes, garantindo dessa forma um novo povoamento florestal, através da dispersão das matrizes existentes, tabela 34 (Crestana, 1.993):

Tabela 34 - Níveis de dispersão de algumas espécies nativas.

ESPÉCIE

Nome comum Nome botânico

Dispersão Mudas/m2

Aldrago Pterocarpus violaceus 44 Caputuna Metrodorea pubescens 8 Cumbaru Dipteryx alata 7 Cedro-rosa Cedrela fissilis 7 Ipê-roxo Tabebuia impetiginosa 3 Guarantã Esenbeckia leiocarpa 3 Angico Anadenanthera falcata 2 Canela Ocotea acutifolia 2 A seqüência de ocupação, em condições naturais, é a seguinte: nos dois a quatro anos iniciais, surgem espécies herbáceas anuais, depois as perenes, e, em seguida, as arbustivas perenes; a partir daí, começam a aparecer as primeiras espécies pioneiras arbóreas, mais ou menos específicas para cada região, e depois, as secundárias e clímaces.

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6.6.3 Enr iquecimento de florestas secundárias. As florestas secundárias são o resultado de explorações seletivas e descontínuas, após ter sido retirada delas toda a vegetação arbórea importante, como a madeira de lei e, consequentemente, o seu valor econômico. Na maioria das vezes, essas matas são restos de uma vegetação exuberante outrora ocorrida, com alguns exemplares considerados de baixo valor comercial. Esse sistema de reflorestamento consiste em acrescentar mudas de espécies secundárias iniciais e tardias, sob a copa das árvores remanescentes, enriquecendo essas áreas com espécies já ocorrentes na região bioclimática.

6.6.4 Reflorestamento heterogêneo com essências nativas. Quando as áreas desflorestadas estão degradadas e não existem características bióticas das formações florestais originais, não ocorrendo remanescente florestal ou banco de sementes e de plântulas disponíveis no solo, nas proximidades dessas áreas, pode-se utilizar do sistema de reflorestamento denominado plantio heterogêneo.

Esse sistema consiste em se plantar diferentes espécies numa mesma área, recriando condições mais próximas das florestas naturais, outrora ocorrentes na região (Eiten, 1.983 e Wettstein, 1.970) .

O reflorestamento com essências nativas vem sendo desenvolvido a partir de três linhas básicas:

} Plantio aleatório de espécies não selecionadas. } Seleção de espécies e distribuição no campo segundo características ecofisiológicas da

formação florestal original. } Seleção de espécies e plantio de acordo com os estágios de sucessão.

O ecossistema das áreas desflorestadas apresenta baixa resiliência, ou seja, o retorno ao estado anterior pode não ocorrer ou ser extremamente lento, levando para isso sessenta anos ou mais. Pelo método, visa-se, sobretudo, acelerar o processo de sucessão secundária e a conseqüente redução do tempo de formação dessa vegetação para dez a quinze anos. Nessas condições pode-se adotar um espaçamento inicial de 3 m x 2 m ou 3 m x 4 m, com densidades respectivas de 1.600 e 830 plantas por hectare; nesse compasso, o povoamento irá se formar mais rapidamente, mesmo havendo falhas no plantio, o que inicialmente poderá ocorrer (Crestana, 1.993).

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Importante lembrar que, na implantação de uma floresta com espécies nativas, devem-se adotar as mesmas técnicas recomendadas para as culturas permanentes, como tratos culturais, adubações, combate às pragas e doenças e proteção contra incêndios. Nos dois primeiros anos, a limpeza poderá ser mecanizada e completada manualmente (coroação); as mudas devem ser tutoradas quando necessário e sofrer poda de formação, deixando-se somente o ramo-guia, sem brotações laterais. A partir do terceiro ano, quando as mudas atingirem altura aproximada de dois metros, a conservação do talhão poderá ser feita através de roçadas manuais, continuando a praticar-se as medidas de proteção e vigilância. Depois de quatro a cinco anos, quando as copas das árvores começarem a se tocar, haverá maior sombreamento e, em conseqüência, menos quantidade de gramíneas. A partir desse estágio, os cuidados dispensados à floresta serão menores, não havendo competição com plantas invasoras, mas somente entre as próprias árvores em formação.

6.6.5 Manejo de florestas implantadas. Dependendo do espaçamento adotado, quando da implantação do povoamento florestal, os indivíduos que inicialmente apresentam uma certa taxa de desenvolvimento em altura e diâmetro irão, com o passar do tempo, ter esse ritmo desacelerado até atingirem um ponto de estagnação, determinado pela competição entre si e pela água, luz e nutrientes. Isso ocorre dos oito aos dez anos para a densidade inicial de 1.600 plantas/ha, e dos dez aos doze anos para uma população de 1.000 indivíduos/ha, quando recomenda-se efetuar o desbaste seletivo a partir do seguinte critério: }

Eliminação periódica de 20 a 30% das árvores, a cada quatro ou cinco anos. } Eliminação das espécies em maior número no povoamento (de maior freqüência) e/ou

cuja importância biológica ou madeireira seja secundária. Tanto em um caso com no outro, devem-se retirar primeiramente as árvores defeituosas, doentes e subdesenvolvidas, inclusive as pioneiras em maior ou menor número e as de menor valor comercial (madeireiro). Embora seja tecnicamente recomendada, a adoção desse método deve ser precedida de um plano de manejo e submetida à análise e aprovação do órgão técnico competente. Conforme os desbastes vão-se sucedendo, surgirá no talhão um sub-bosque, representado por indivíduos jovens das espécies que estão ocupando o primeiro estrato, e por outras, originadas por dispersão, ocorrentes nas proximidades.

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Esse sub-bosque, deverá ser mantido, pois não chega a competir com as árvores mais velhas. Terá função de refúgio da fauna e aguardará oportunidade para se desenvolver, caso ocorra morte de indivíduos de porte mais elevado. Ao final do ciclo – de vinte e cinco anos – deverão permanecer, no povoamento, de 10 a 15 % das árvores inicialmente plantadas, sendo o seu porte diretamente relacionado com as condições locais de clima e solo.

6.7 Matas ciliares. As matas ciliares, ou ripárias, constituem uma formação florestal típica de áreas restritas ao longo dos cursos d’água, em locais sujeitos a inundações temporárias, em nascentes e olhos d’água. As diferenças florísticas e estruturais dessa vegetação estão diretamente relacionadas com um conjunto de fatores que as condicionam, tendo como determinantes a umidade do solo e do ar, a freqüência de alagamentos, a profundidade do lençol freático, as condições de microclima, a ferti lidade e estrutura dos solos, a disponibilidade de oxigênio, a temperatura, as diferenças nos perfis topomórficos, o microrelevo, o traçado do curso d’água, as mudanças dos cursos dos rios, as características geomorfológicas e geológicas locais e as ações antrópicas. Como objetivos primordiais, temos a considerar que as matas ciliares: }

Reduzem as perdas de solo decorrentes de processos erosivos e de solapamento das margens dos rios, causadas pela ausência de vegetação (Bruijnzeel, 1.990). }

Aumentam os refúgios e fontes de alimentação para as faunas silvestre e aquática; são, também, importantes pastos apícolas (Nilsson, 1.989). }

Asseguram a perenidade das fontes e nascentes. } Protegem os cursos d’água dos impactos decorrentes do transporte de defensivos,

corretivos e fertilizantes. } Melhoram a qualidade e aumentam o volume de água para consumo humano e uso

agrícola. } Promovem o repovoamento faunístico das matas artificiais e dos cursos d’água.

A mata ciliar é um espaço territorial protegido pela Constituição Federal de 1.988. A existência de uma mata ciliar, ou a obrigatoriedade de sua implantação independe da vontade do proprietário do terreno ribeirinho (fosse ele o próprio Poder Público ou o particular) e não depende a presença dessa mata de um ato expresso de um órgão da Administração Pública. O Código Florestal de 1.965 instituiu essas matas (Machado, 1.989).

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A C. F. de 1.988 mudou a repartição de competência para legislar no tocante a florestas e permitiu, através de seu Art. 225, § 3º, que não só as pessoas físicas que agredirem a mata ciliar possam ser processadas pessoalmente; agora, as pessoas jurídicas poderão ser responsabilizadas não só civil e administrativamente, mas, também, penalmente. A ação civil pública, criada pela Lei n.º 7.347, de 24.07.1.985, dá legitimidade nova para as associações ambientais estarem em juízo, afirma a legitimidade dos órgãos públicos para pleitearem em juízo e melhora os instrumentos processuais do Ministério Público, que já tinha legitimidade pela Lei n.º 6.938, de 03.08.1.981. A ação popular é um direito do cidadão brasileiro para defender o patrimônio ambiental. A C. F. de 1.988 inclui explicitamente como patrimônio público abrangido na ação popular o meio ambiente. Portanto, a lesão à mata ciliar pode ser atacada pela via dessa ação judicial, que passa a dispensar para quem a utiliza (autor) a obrigação de pagar custas judiciais ou pagar despesas para o adversário (“ônus da sucumbência” ), salvo comprovada má-fé , conforme o inciso LXX do art. 5º da C. F.). A responsabilidade dos agressores das matas ciliares é objetiva ou independente de culpa, isto é, havendo o prejuízo ou o dano à vegetação, há fundamento para se exigir civilmente a interdição da atividade perigosa à mata, a apreensão de instrumentos (tratores, motosserras, etc.) ou a recomposição da mata ou a introdução da vegetação. Princípio da responsabilidade sem culpa, em que não é necessário provar que o agressor da mata agiu com intenção, ou com negligência, imprudência ou imperícia (Art. 14, § 1º da Lei n.º 6.938/81).

Recomposição da mata ciliar . Dois são os objetivos visados na recomposição de matas ciliares e que não são excludentes (Kageyama, 1.989): a. Recriar a vegetação existente no passado, mantendo tanto a estrutura como a

composição de espécies originais. A preocupação fundamental é a manutenção da diversidade vegetal e animal, característica desse habitat.

b. Recompor uma estrutura de vegetação no sentido de obter benefícios, tais como a contenção da erosão das margens, restabelecimento de um regime hídrico e de nutrientes, a retenção de adubos e agrotóxicos

Dentre os sistemas mais util izados para a recomposição ciliar, destacam-se: o fitossociológico e o sucessional. O sistema fitossociológico tenta reproduzir a flora, baseando-se na estrutura qualitativa e quantitativa determinada pelos levantamentos desenvolvidos em áreas próximas (distância de até 50 km) do local de implantação do reflorestamento. Os métodos de parcelas (com áreas) e sem parcelas ou dos quadrantes (sem áreas), fazem parte do sistema fitossociológico (Crestana, 1.983). Há grandes dificuldades em se implantar esse sistema de reflorestamento, por não se encontrarem mudas de todas as espécies exigidas e nem sementes disponíveis

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no mercado ou tecnologia para sua produção, além de não se disporem de dados científicos sobre a evolução da mata. Já o sistema sucessional, promove o reflorestamento de uma determinada área em curto espaço de tempo, por exigir uma diversidade menor das espécies, pertencentes à mesma gama de representantes, determinada pelo sistema fitossociológico. O processo baseia-se na proposta didática de Budowski, que classifica as espécies arbóreas tropicais em quatro grupos distintos, para orientar o reflorestamento de forma organizada e funcional; na realidade a sucessão secundária é muito mais complexa. Assim, as espécies estão subdivididas e enquadradas em grupos diferenciados quanto às necessidades de luz solar, qualitativa e quantitativamente. Num primeiro grupo, alinham-se as chamadas pioneiras, espécies plenamente heliófilas, de porte médio a médio-baixo, de rápido desenvolvimento, ciclo de vida curto, cuja dispersão se faz por pássaros e ventos. As secundárias iniciais e tardias (2º e 3º grupos) tem características intermediárias de exigência em luz, incremento e longevidade, com ciclo de vida maior que as pioneiras, mais ou menos exigentes, em relação à presença de luz solar, com dispersão anemófila. Já as espécies clímaces têm lento desenvolvimento, porte elevado quando adultas, são umbrófilas na fase inicial de desenvolvimento, longevas e com sementes pesadas, o que determina dispersão por mamíferos (roedores) e pássaros grandes (Eiten, 1.983). Desse modo, por razões ecológicas e econômicas, recomendam-se espaçamentos de 2x2 m até 3,3 x 3,3 m – de 4 a 10 m2 por planta – o que determina uma população de 1.000 a 2.500 plantas/ha, empregando-se representantes de todos os estágios de sucessão, distribuídos na seguinte relação percentual: 50:25:15:10 – pioneira: secundária inicial: secundária tardia e clímax, trabalhando-se com vinte a trinta espécies diferentes. Quanto à distribuição de espaço no campo, há vários esquemas propostos, sendo mais viáveis os seguintes: }

Sistema de módulos repetidos, de forma quadrada (com nove indivíduos), de acordo com a disponibilidade de mudas e dentro da diversidade de espécies encontradas, figura 16.

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Fonte: Adaptado de Crestana, 1993. [Os números, indicam indivíduos pertencentes a espécies vegetais, tendo sempre ao

centro ⑤ espécies em estágio mais avançado de sucessão ecológica (clímaces). Os demais, pertencem aos estágios de pioneiras e secundárias (iniciais e tardias)].

Figura 16 - Sistema de módulos repetidos.

} Sistemas de faixas paralelas, usa-se a mesma proporção recomendada anteriormente,

adensando-se o plantio na faixa marginal, onde o lençol freático é superficial, figura 17.

1 4 7

2 5 8

3 6 9

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Fonte: Adaptado de Crestana, 1993.

Legenda: Indivíduos → PA = Espécies Pioneiras de Água NPA = Espécies não Pioneiras de Água P = Espécies Pioneiras. NP = Espécies não Pioneiras.

Figura 17 - Sistemas de faixas paralelas.

Faix

a c

ompl

emen

tar

3m

3m

3m

NP

P

NP

P

9m

3m

2m

2m 22m

6m

Curso d’água

NPA

PA

NPA

PA

Faix

a m

argi

nal

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As indicações feitas anteriormente para a formação de florestas nativas são válidas para a recomposição ciliar, onde não há influência direta da umidade no solo. Nos terrenos próximos dos cursos d’água, onde o lençol freático é superficial e ocorrem inundações periódicas, existe uma vegetação exclusiva, adaptada àquelas condições. Como exemplo, podemos citar algumas espécies, como o guanandi (Calophyllum brasiliensis), ingás (Inga spp), pau-de-viola (Citharexyllum myrianthum), sangra-d’água (Croton urucurama), ipê-do-brejo (Tabebuia umbellata) e pinha-do-brejo (Talauma ovata). Na mata ciliar não inundável, a flora é representada por espécies comuns às das florestas de solos profundos de meia-encosta. Há espécies de grande amplitude ecológica, que ocorrem desde a condição ciliar, passando pelas matas não influenciadas pelos rios, até atingir os cerrados, em condições bem mais adversas, como o óleo-de-copaíba (Copaifera langsdorffi i) o peito-de-pomba (Tapirira guianensis), o jacarandá paulista (Machaerium villosum), o cinzeiro (Vochysia tucanorum), o jerivá (Syagrus romanzoffiana) e outras. Há grandes diferenças florísticas e estruturais entre a vegetação ciliar da região de cerrado e a vegetação da região onde ocorre a floresta tropical (mesófila). As respectivas formações florestais influenciam as composições florística e estrutural da mata cil iar próxima.

6.7.1 Indicações das espécies. Existe um grande número de espécies lenhosas compreendidas entre árvores e arbustos, ocorrendo nos diversos tipos de vegetação no estado de São Paulo.

O anexo 2, traz dados, dos nomes comuns de grande ocorrência no Estado, adaptáveis à várzea paulista do Paraíba do Sul, e cuja colheita de sementes e produção de mudas são viáveis.

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CAPÍTULO VI

7 MONITORAMENTO. O monitoramento é de importância fundamental, em qualquer ramo do saber que trate de questões experimentais, em especial àquelas relacionadas com o meio ambiente.

Através da mensuração das diversas formas de degradação ambiental, é possível contribuir para a realização de um diagnóstico do problema. Utiliza-se, para tanto, fotografias aéreas, imagens de satélite ou de radar, estações experimentais, coleta de amostras de água, rochas, sedimentos, seres vivos, etc..

O município de Jacareí convive com os mais antigos mineradores de areia do estado de São Paulo, anteriores à legislação vigente. Essas áreas de mineração cresceram desordenadamente, avançando sobre áreas de preservação do rio Paraíba do Sul, na faixa dos 100 m, resultando em taludes estreitos demais para serem estáveis. A CETESB e o DAEE preocupados com o problema, realizam monitoramento constante nessas áreas para prevenir a desestabilização e solapamento desses pontos vulneráveis. O processo de regularização do funcionamento dos portos de areia no município de Jacareí, teve início em 1988, através da solicitação do EIA/RIMA aos mineradores por parte da Prefeitura Municipal, após elaboração do novo Projeto de Lei sobre a questão minerária e, resolveu embargar todos os portos de areia existentes na sua jurisdição. Com o impasse criado, a SMA adotou uma nova estratégia, propondo um Plano de Recuperação Ambiental, vinculado ao licenciamento dos empreendimentos. A partir daí, novos portos foram licenciados. Em 25.12.1991, foi aprovado pelo CONSEMA através da Deliberação n.º 036/91, um plano de gestão AIMEA-I que visava o disciplinamento e recuperação ambiental em 24 portos de areia na região de Jacareí. Nos planos de monitoramento e vistorias realizadas pelos técnicos da CETESB, em diversos portos de areia dos municípios do Vale do Paraíba, foram constatados que ao longo dos últimos cinco anos de atividade mineradora, houve um aumento significativo das áreas solapadas nas margens do Rio, principalmente nos trechos compreendidos entre os municípios de Jacareí e São José dos Campos. Isso ocasiona o

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aparecimento de grandes bancos de areia e consequentemente a mudança do traçado do Rio, propiciando pontos de instabilidade nos taludes entre as cavas e o leito do Rio. Aos 22.06.1995, a CETESB e o DPRN, realizaram uma reunião onde, em “situação de urgência”, foi citado o município de São José dos Campos, onde o ministério público notificou nove portos de areia no município para cumprimento de um plano de recuperação emergencial, elaborado pela Prefeitura Municipal e pelo DPRN. A CETESB alegou que o plano era composto por intervenções de recuperação, as quais não são objeto de fiscalização e acompanhamento de sua parte e mais, que não houve consulta ao DAIA quando de sua elaboração. Aos 10.10,1997, foi feita uma reunião técnica sobre a mineração de areia na várzea do rio Paraíba do Sul, onde uma coletânea de informações e esclarecimentos foram abordados, dentre eles: y

O conflito do uso do solo na várzea do rio Paraíba do Sul – anexos 23, 24 e 26. y A importância da várzea para o equilíbrio da região – embora a área tenha sido

degradada, ela ainda é importante como ecossistema, devendo ser recuperada, mantida e respeitada, principalmente os meandros abandonados.

Para que todo o processo de não alteração e não degradação do meio ambiente seja eficaz, algumas recomendações são importantes: y

Incorporar a participação dos municípios, no processo decisório, considerando os cenários das áreas degradadas e das áreas semi-preservadas. y

No zoneamento, delimitar, precisamente, as áreas onde se permitirá a mineração. y Adequar as legislações municipais de forma a torná-las harmônicas com um

planejamento regional. y Definir alternativas e elaborar normas técnicas para recuperação e uso das cavas. y Elaborar um planejamento de longo prazo de extração mineral para impedir seu

esgotamento a curto prazo. y Incentivar a pesquisa de processos de reciclagem de entulhos da construção civil. y Elaborar um plano, integrado e regional, de recuperação e preservação do

ecossistema da várzea. y Redefinir um projeto global de recuperação das cavas que sobrepõe-se aos “100m”. y Executar um monitoramento constante do leito do rio para verificar problemas de

desassoreamento e lavra clandestina. y Elaborar normas técnicas para extração mineral que contemplem distâncias de obras

de arte, como, pontes, estação de captação, loteamentos habitacionais, despejos, etc. y Elaborar normas para reflorestamento e recuperação da mata ciliar, adequadas à

região.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), vem fazendo um levantamento sobre o impacto ambiental provocada pela extração de areia no rio Paraíba do Sul utilizando imagens dos satélites Spot (França), anexo 27, e Landsat (EUA). Detectou-se, preliminarmente, que, a situação em Jacareí é semelhante à de Caçapava em 1.997. O município de Caçapava tinha 2 km2 de cavas há dois anos e o levantamento apontou cavas com profundidade média de 10 m.. No ano passado, essas áreas

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aumentaram, totalizando 3,28 km2. O que mais chamou a atenção do INPE no levantamento feito em Jacareí foram as profundidades das cavas, que tinham, em média, 25 m e que podem estar aumentando. A maior cava em Jacareí tinha cerca de 1.100 m de extensão (Gomes, 1.999).

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CAPÍTULO VI I

8 CONCLUSÕES. A população do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira cresceu 13,8% nos últimos oito anos, alcançando 1.880.000 habitantes, o dobro da população dos estados do Amapá e Roraima juntos. A Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul possui uma área de drenagem de 14.396 km2, maior portanto que as Bahamas, e abrange três estados. A dependência da região desse fabuloso recurso natural, fonte de água, alimentos e minérios, é condição de sua sobrevivência e desenvolvimento, o que por si só justifica um esforço de manejo sustentado e de preservação. Faltará água potável, em diversas partes do mundo, no próximo século. Regiões que a tem hoje, precisam preservá-la para as futuras gerações. A degradação ambiental do Vale do Paraíba começou no século passado com o desmatamento para o cultivo do café. A técnica ineficiente do plantio “morro abaixo” aliada às queimadas para a limpeza do terreno e o trabalho incessante das saúvas, contribuiu para a formação de enxurradas que lavaram o solo, aceleraram a erosão fazendo surgir as vossorocas, provocando a exaustão dessas terras para o cultivo. Os cafezais tomaram rumo Oeste. As terras foram ocupadas pelo gado, o seu conseqüente pisoteio só agravou o problema. O crescimento das cidades exigiu áreas de várzea para sua expansão e agregados para suas edificações. Surge a extração de areia, a impermeabilização do solo, a poluição em suas diversas formas e a demanda por mais água potável. Às margens da rodovia Presidente Dutra instalam-se indústrias, com expressiva representação das multinacionais químicas, todas com alto potencial poluidor. O rio Paraíba do Sul é, então, agredido pela enorme carga orgânica recebida de esgotos urbanos não tratados, rejeitos industriais de diversos tipos, agrotóxicos e a extração predatória da areia do seu leito. Tudo o que ocorre numa bacia de drenagem repercute nos rios. O rio Paraíba do Sul é de canal meândrico com a conseqüente formação de seqüência de depressões e umbrais ao longo do eixo fluvial, definindo áreas de erosão e deposição naturais, hoje bastante alteradas pela ação antrópica.

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A capacidade de erosão das margens e do leito fluvial, bem como o transporte e disposição da carga do rio permitiram transportar e distribuir a carga sedimentar, de acordo com a granulação das partículas e as características da corrente, ao longo da várzea. Assim, formou-se, na região, ao longo do tempo, uma jazida de areia que, em Jacareí, possui areia mais grossa e espessura de até 28 m, que vai adelgaçando atingindo 8 m em Quiririm. Uma casa com 45 m2 de área construída, consome aproximadamente 8,5 m3 de areia na sua construção, a um custo aproximado de R$ 21,23/m3, posto na obra, o que totaliza R$ 180,46. Considerando o custo dessa construção como sendo R$ 536,15/m2, temos:

R$ 536,15/m2 x 45 m2 = R$ 24.126,75

e a participação da areia, no custo da casa será, então, de 0,75%. A produção de areia, no Vale do Paraíba, segundo a AIMEA, é de 1.000.000 m3/mês, que ao preço de R$ 21,23 (posto na obra), gera um valor de negócio de

(1,00 x 106) x 12 x R$ 21,23 = R$ 254.760.000,00/ano

valor intermediário entre a receita líquida da segunda e terceira maiores empresas da região e próximo ao valor adicionado (1.998) do município de Cruzeiro, tabela 35:

Tabela 35 - O negócio areia em relação a outros.

REFERÊNCIA R$ milhões

Ciro Atacadista (Receita líquida 12/97) 324,91

Município de Cruzeiro, SP (Valor adicionado 1.998) 259,08

O negócio areia para construção civil 254,76

Alstom (Receita líquida 03/99) 238,14

Fonte: AIMEA e Gazeta Mercanti l Vale do Paraíba (22.09.1.999).

A 1ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, em Estocolmo, em 1972, marca o surgimento da consciência ecológica no mundo e com ela um arcabouço jurídico. Os municípios do Vale do Paraíba, independentemente, regulamentam e restringem a extração mineral, da areia em particular, e contemplam a preservação e a recuperação da mata ciliar. O processo de industrialização do Vale do Paraíba revitaliza-se, neste final de século, e com a tendência de urbanização da população, surge o fenômeno da conurbação e esta cria uma demanda crescente de agregados para a construção civil que deve atender, também, a região metropolitana de São Paulo.

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A areia natural é um insumo ainda insubstituível no processo e o Vale do Paraíba possui jazidas de boa qualidade, principalmente as de Jacareí, ideais para a elaboração de concreto estrutural. A legislação mineral e ambiental brasileira apresenta-se extremamente complexa e em contínua evolução. A atividade mineração é regulada principalmente pela legislação federal, ocorre geralmente em território local e implica em ações de fiscalização e controle principalmente no âmbito estadual. O setor produtor de areia para construção civil é caracterizado pela falta de planejamento, simplificação dos processos de lavra e beneficiamento, e forte presença de produtores clandestinos. Essas características impedem o exercício de uma exploração racional e mantém práticas bastante inadequadas, com interferências prejudiciais ao meio ambiente. Os impactos ambientais, por sua vez, provocam baixas na qualidade de vida, tanto do ponto de vista social, quanto econômico e político. A lavra e lavagem em leito de rio liberam partículas finas da primeira lavagem que, por ocorrer às margens do rio, são levadas pela correnteza aumentando a turbidez da água, impedindo a oxigenação e obstruindo a penetração dos raios solares, prejudicando, assim, a proliferação da vida aquática. A má conservação dos equipamentos operando no leito dos rios provoca o derramamento de lubrificantes e combustíveis. Na lavra em cava seca o efeito sobre o meio ambiente se faz sentir devido ao desmonte descontrolado e os taludes mal calculados que facilitam o escorregamento, principalmente em épocas chuvosas. A retirada indiscriminada da vegetação e do solo superficial dos aluviões provoca graves focos de erosão e a não tomada de medidas adequadas, provoca, no manancial que recebe as águas das lavagens, um elevado índice de turbidez, assoreamento e alteração de pH normal. Na lavra em cava submersa, utilizam-se de equipamentos que desmontam hidraulicamente os barrancos e os fundos dos rios ou lagos; depois, o procedimento adotado é semelhante ao da lavra em leito de rios. Esse modo de extração de areia destrói os barrancos dos rios ou lagos, alterando seus cursos, seus regimes hidrológicos e causando turbidez. Esse fenômeno provocará assoreamento à jusante. A destruição das margens do rio ainda poderá criar pontos mais susceptíveis à erosão, principalmente se a cobertura vegetal foi retirada. Na lavra em solo de alteração utiliza-se o desmonte hidráulico com seus inconvenientes sendo acrescidos de maior quantidade de finos, de minerais micáceos e metálicos, liberados da rocha mãe, que provocam grande volume de rejeito, intenso assoreamento, turbidez, acarretando má qualidade do produto e baixa rentabilidade econômica do processo. A explotação implica em devastação de áreas localizadas, traduzida pelo desmatamento de superfície, remoção e perda do solo superficial que sustenta a vegetação, e ainda, após o esgotamento das jazidas, o abandono de cavas profundas, quando em baixadas e vales, ou a instabilização de áreas adjacentes quando próximas ao rio ou de

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encostas de terrenos elevados. A essa devastação associa-se a conseqüente alteração da drenagem natural com o assoreamento de rios e desvios nos cursos d’água e a poluição das lagoas formadas das cavas abandonadas deixando-as sem vida aquática, contaminada por esgotos, derivados de petróleo e metais pesados. A tabela 36 apresenta um resumo das conseqüências da mineração de areia.

Tabela 36 - A mineração de areia e o meio ambiente.

MEIO AMBIENTE

INTERVENÇÃO DO MEIO FÍSICO

IMPACTOS DIRETOS

CONSEQUÊNCIAS CORRELATAS

Desmatamento Erosão Assoreamento

Desaparecimento da fauna e flora

Taludes instáveis Escorregamentos e

deslizamentos

Ameaças e/ou danos às edificações, ao

curso do rio, às vidas humanas

~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~

� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �

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Depósitos de rejeitos

Contaminação do solo e do lençol

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Limites à urbanização e agricultura P

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ção:

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e do

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Diante tamanha devastação e enorme encargo ao Poder Público, a sociedade reage exigindo planejamento, racionalidade e recuperação do ambiente destruído. Surge um complexo jogo de interesses que origina conflitos aparentemente inconciliáveis entre mineradores, agricultores e a população, chegando, às vezes, aos tribunais.

O Poder Público, por sua vez, alega que não obtém dos mineradores, através dos impostos específicos, numerário suficiente para compensar: y

A inconveniência da atividade mineradora. y A destruição da pavimentação das vias públicas e o abalo das edificações adjacentes

pelos caminhões com ou sem excesso de peso. y A degradação ambiental provocada, incluindo aí as alterações na fisiografia do rio. y A descontaminação das lagoas formadas por cavas abandonadas. y Os constantes afogamentos.

A agricultura se vê pressionada pela expansão urbana de um lado e pela mineração do outro. Ambas reduzindo-lhe o espaço, absorvendo-lhe a mão-de-obra, contaminando a água, criando-lhe o problema do furto e da violência. Uma política agrária

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133

equivocada, a descapitalização do agricultor, o problema fundiário mal resolvido e a especulação imobiliária só agravam o problema. A sociedade procura exercer o seu direito a uma vida saudável num ambiente ecologicamente equilibrado. Não aceita a destruição pura e simples do seu meio ambiente, mas, admite o manejo sustentável, pois, minério retirado não se repõe, mas, a paisagem e o meio ambiente podem e devem ser reparados pelo empreendedor. Sugerimos, então, algumas premissas que devem nortear o trabalho de disciplinamento da mineração: y

Admitir o caráter social da atividade mineradora de areia. y Convencer os empresário da mineração do seu comprometimento ambiental e da

necessidade de implantar técnicas modernas de gestão incluindo o sistema de gestão ambiental. y

Reconhecer a falta de informações básicas para a atividade e obter recursos para gerá-las. y

Conscientizar os legisladores da atuação deficiente, desordenada e descoordenada de diversos órgãos públicos dos níveis federal, estadual e municipal. y

Provocar nos legisladores a necessidade de desregulamentação da atividade econômica da mineração. y

Alterar as leis de zoneamento inadequadas e incluir-lhes visão regional.

Algumas medidas precisam, então, ser tomadas: y

Reorganização da administração pública mineral com a conseqüente revisão da legislação específica. y

Redefinição e reorganização das competências dos órgãos que interferem na mineração objetivando a descentralização e a redução dos custos. y

Elaboração de um plano integrado de aproveitamento econômico dos recursos minerários do Vale do Paraíba, composto por: y

Cartografia geológica, geotécnica, hidrológica, geomorfológica, pedológica, uso do solo, vegetação, conflitos, etc.. y

Estudo da potencialidade mineral, hidrológica e agrícola. y Diretrizes de aproveitamento dos recursos naturais e recuperação de

áreas degradadas. y Estudo e proposição de novas leis de zoneamento para uso e ocupação do solo

adequadas à realidade sócio-econômica local e regional. y Elaboração, difusão e implantação de normas técnicas que visem a realização de

lavras racionais em toda a extensão da atividade, desde a pesquisa até a reabilitação da área minerada ou atingida pela mineração. y

Criação de um setor, nas prefeituras, para responsabilizar-se pela regulamentação e fiscalização da atividade, análise e acompanhamento dos processos. y

Assegurar: y Orientação e divulgação da nova postura institucional e exigências

legais, cujo desconhecimento poderá gerar situações de ilegalidade.

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134

y Atuação das instâncias fiscalizadoras como intermediadoras entre o

poder público e o minerador, visando a compatibilização dos conflitos e anseios das partes envolvidas, a sociedade e o minerador.

Para medir a consciência ecológica do minerador na condução do seu negócio, os submetemos a um questionário sobre seu sistema de gestão ambiental. Nada pôde ser concluído pelo reduzido número de respostas obtidas, o que pode ser sintomático. Não houve oportunidade, também, para um estudo de avaliação de ciclo de vida da areia como material de construção civil. A degradação ambiental, no entanto, é flagrante, conforme ilustram as imagens em seqüência:

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CAPÍTULO VII I

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