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  • 1. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valle Material Didtico para o Curso deLinux BsicoAplicado Intelbrs Linux Bsico1

2. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu ValleSumrio1 Sistema Operacional.................................................................................... .......52 Linux............................................................................................. ......................62.1 Histrico............................................................................................ ...........62.2 Uma viso geral do LINUX..........................................................................9.2.3 A estrutura do LINUX.................................................................................10 2.3.1 Kernel/Shell.......................................................................... ...............10 2.3.2 Utilitrios.............................................................................................103 Processos..........................................................................................................114 Comandos bsicos........................................................................... .................114.1 Introduo............................................................................................ ......114.2 Ciclo de Execuo do Comando.................................................................124.3 Login..........................................................................................................124.4 Logout........................................................................................... .............144.5 Reboot................................................................... ....................................144.6 Halt............................................................................. ...............................144.7 Man............................................................................................................145 Estrutura de Arquivos e Diretrios.............................. ....................................14 .5.1 Diretrios...................................................................................................16 5.1.1 Diretrio de Entrada............................................................................16 5.1.2 Diretrios Corrente............................................................................16.5.2 Substituio do Nome do Arquivo..............................................................18 5.2.1 Asterisco............................................................. ................................18 5.2.2 Ponto de interrogao.........................................................................18 5.2.3 Colchetes.............................................................. ..............................185.3 Marcao do Caractere Especial....................................................... .........19 5.3.1 Aspas..................................................................................................19 5.3.2 Apstrofe.............................................................................................19 5.3.3 Barra invertida.............................................................. ......................196 Manipulando Arquivos e Diretrios........................................................ ...........196.1 Introduo............................................................................................ ......196.2 Identificando o Diretrio Corrente.................................. ..........................20.6.3 Criando diretrios........................................................ ..............................206.4 Listando diretrios............................................................ .........................216.5 Mudando de diretrio.................................................................................216.6 Criando arquivos vazios.................................................................. ...........216.7 Inserindo texto em arquivos.....................................................................22.6.8 Contedo de um arquivo..........................................................................22.6.9 Copiando arquivos............................................................. ........................226.10 Movendo/Renomeando arquivos.......................... ...................................236.11 Como ligar arquivos.................................................................................23 6.11.1 Notas:.......................................................................................... ......24 Linux Bsico 2 3. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu Valle 6.12 Como remover arquivos.........................................................................24 . 6.13 Localizando arquivos..............................................................................25.6.13.1 Notas:.......................................................................................... ......26 6.14 Procurando nos arquivos........................................................................26 . 6.15 More/less.............................................................................................. ....27 6.16 Head e Tail................................................................................... ............276.16.1 Opes........................................................................ ......................27 6.17 Gzip e Gunzip...........................................................................................27 6.18 Tar......................................................................................................... ...276.18.1 Usando o TAR............................................................................ ........287 Permisso de Acesso Diretrios e Arquivos..................................................29. 7.1 Permisses de acesso:...............................................................................29 7.2 Verificando as permisses de acesso................................ .......................31 . 7.3 Alterando a permisso de acesso.............................................................31.7.3.1 Formato octal do mo de permisses..............................................31 do.7.3.2 Formato simb lico do modo de permisses.......................................31 7.4 Mudando as permisses padro...............................................................32 . 7.5 "group-id" de um arquivo.........................................................................33 . 7.6 "owner" de um arquivo..............................................................................338 Redirecionamentos............................................................................. ..............34 8.1 Entrada e Sada dos comandos.................................................................. 34 8.2 Entrada e Sada Padro............................................................................34 . 8.3 Redirecionamento de E/S........................................................................ ...358.3.1 Smbolos de redirecionamento.............................. ............................35 .8.3.2 Redirecionamento de entrada........................... ................................36.8.3.3 Redirecionamento de sada................................ ...............................36 .8.3.4 Pipes.................................................................................................... 368.3.5 Redirecionamentos mltiplos............................................................. .378.3.6 Redirecionamento de erro padro............................... ......................38 .9 Inittab............................................................................... ................................3810 Instalao de aplicativos com RPM............................................................ .....39 10.1 Base de dados RPM............................................................................... ...40 10.2 Rtulo dos Pacotes.................................................................................40. 10.3 Vantagens e desvantagens do formato ..................................................40 . 10.4 Acessrios relacionados...........................................................................41 10.5 Instalao/desinstalo de aplicativos com URPMI................................ .41.10.5.1 Mdias do URPMI................................................................................4211 Editor vi..........................................................................................................42 11.1 Os trs modos de operao do VI...........................................................43 . 11.2 O Buffer de edio.............................................................. .....................43 11.3 Criao e edio de arquivos............................................................. ......4412 Sistema de arquivos.......................................................................................45 12.1 Particionando e formatando discos.........................................................47 12.2 Montando parties.................................................................................49Linux Bsico 3 4. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valle13 KDE........................................................................................... ......................5213.1 Alguns aplicativos do KDE......................................................................53.14 Referncias Bibliogrficas.............................................................................56.Linux Bsico 4 5. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valle1 Sistema OperacionalO Sistema Operacional um programa especial que gerencia todos osrecursos da mquina, tais como memria, teclado, vdeo (monitor), mouse,entre outros. atravs do Sistema Operacional que executamos outrosprogramas, gravamos ou lemos informaes em disquetes, visualizamostextos em vdeo ou impressora, etc. Sem o Sistema Operacional noconseguiramos realizar estas tarefas. Ou seja, simplesmente nopoderamos utilizar o computador.Existem inmeros Sistemas Operacionais, tais como: MS-DOS, UNIX, OS/2,VM/CMS, QNN, etc. Cada um deles possuem caractersticas prprias e s oexecutados em mquinas diferentes. Assim, no podemos executar umprograma em Sistemas Operacionais distintos, a no ser que o fabricante doprograma nos garanta esta portabilidade.O Windows s consegue executar programas MS-DOS porque foram feitospor um mesmo fabricante, a Microsoft. E porque, a princpio, o Windows no um Sistema Operacional por si, ele necessita do MS- DOS para funcionar.A verso 95, e posteriores, do Windows so planejadas para seremindependentes do MS- DOS, mas que aceitam aplicativos do MS- DOS. de responsabilidade do Sistema Operacional: Carregar e executar programas. Controlar dispositivos de entrada e sada (teclado, monitor, mouse,etc). Gerenciar arquivos e diretrios. Gerenciar a memria RAMTodo e qualquer programa executado em um computador utiliza amemria RAM. Da mesma forma, o Sistema Operacional deve sercarregado, ou seja, copiado do disco rgido ou disco flexvel para amemria RAM. Denominamos este processo de BOOT. Toda vez queligamos o computador, feita uma srie de testes para verificar ofuncionamento dos perifricos e se tudo estiver perfeito, o SistemaOperacional pode ser carregado.Os Sistemas Operacionais ainda podem ser classificados quanto aonmero de pessoas que podem utilizar os recursos ao mesmo tempo equanto ao nmero de programas que podem ser executados em umamesma mquina.1. Monousurio: permitem apenas um usurio.2. Multiusurio: permitem vrios usurios. Linux Bsico 5 6. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu Valle3. Monotarefa: apenas um programa pode ser executado de cada vez.4. Multitarefa: vrios programas podem ser executados ao mesmo tempo.Em geral Sistemas Operacionais que so multiusurios so tambmmultitarefa, como o UNIX, QNN e atuais verses do Windows, ondepodemos ter vrios usurios em terminais distintos executando, cada um,uma srie de programas diferentes ao mesmo tempo.Alm disto, Sistemas Operacionais podem ser classificados quanto ao tipode comunicao com o usurio, podendo ser:1. Interface por linha de comando: quando o usurio tem que digitar o comando por extenso na tela do computador. A comunicao, em geral feita em modo texto. Preferencialmente utilizada por especialistas.2. Interface grfica para usurios (GUI) : quando os comandos so executados em um ambiente grfico com o uso do mouse. Voltada principalmente para o usurio final.2 Linux2.1 HistricoO Sistema Operacional UNIX foi desenvolvido nos laboratrios da AT&Tpara uso prprio, baseado em um antigo projeto que deveria ser oprimeiro Sistema Operacional multiusurio e multitarefa, o MULTICS.Porm, este projeto estava muito alm da capacidade dos equipamentospara a poca. Desta forma o projeto foi arquivado, mas alguns de seusidealizadores (Ken Thompson, Dennis Ritchie e Rudd Canadaday) resolveramescrever uma verso simplificada e monousurio para um computador commenores recursos. O resultado impressionou, mesmo sendo utilizada umamquina limitada.Assim, o cdigo foi reescrito para outros computadores melhores,apresentando excelentes resultados. Por coincidncia ou no, estescomputadores para os quais o Sistema Operacional foi reescrito eramutilizados por quase todas as Universidades que se interessaram por esteSistema Operacional muito superior aos que vinham sendo utilizados noslaboratrios de computao.A partir de ento, a AT&T licenciou seu mais novo projeto para asUniversidades, mostrando uma enorme viso e capacidade inovadora, poisalm do Sistema Operacional, foi cedido o cdigo do mesmo para asUniversidades, que no mediram esforos em depurar o programa e incluirLinux Bsico 6 7. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Vallenovas caractersticas.Foi dentro das Universidades que o UNIX cresceu e adquiriu muitas dascaractersticas que o tornam poderoso, dando origem a diversas versesalm da original proveniente dos laboratrios da AT&T. Esta caractersticatornou o UNIX um sistema poderoso na medida em que foi concebido noapenas por uma equipe de projetistas, mas sim por toda uma comunidadede pessoas interessadas em extrair o melhor das mquinas. A princpio, ocdigo do UNIX foi escrito em linguagem assembler ou de mquina que altamente dependente do hardware ou parte fsica do computador. Para queo cdigo fosse reescrito, era necessrio muito esforo e tempo.Entretanto, um dos criadores do Sistema Operacional UNIX resolveu utilizaruma nova linguagem para escrever o UNIX, era a linguagem C que ofereciao poder da linguagem de mquina com a facilidade das linguagensestruturadas de alto nvel.A grande vantagem de se utilizar a linguagem C ao invs da linguagemde mquina prpria do computador a de que a primeira altamenteportvel, isto , um programa escrito em C para um determinadocomputador poder ser executado quase sem nenhuma modificao emoutro tipo de mquina completamente diferente. Enquanto que se fossefeito um programa em linguagem de mquina para um determinadocomputador o programa seria executado somente neste tipo decomputador e no nos demais, para isto, seria preciso reescrever todo oprograma.O UNIX foi projetado para ser executado em computadores de grandecapacidade, ou seja, mini e supercomputadores, pois somente estasmquinas podiam oferecer suporte aos recursos necessrios para oambiente gerado pelo Sistema Operacional.Crescendo longe do alcance dos usurios de microcomputadores, o UNIXatingiu uma estabilidade e estrutura jamais alcanada por um SistemaOperacional. Mas nestes quase quarenta anos de existncia do UNIX, osmicrocomputadores evoluram a ponto de fornecer o mnimo de condiespara que este poderoso Sistema Operacional pudesse ser implementadopara os micros IBM -PC e compatveis.Diversas verses do UNIX foram escritas e licenciadas para venda comnomes semelhantes (XENIX, UNISYS, AIX, etc) porm com as mesmascaractersticas essenciais, sendo que atualmente existem inmerasverses comerciais e outras tantas verses livres que foram desenvolvidasem Universidades ou por hackers atravs da rede Internet.Apesar de ter sido desenvolvido para lidar com dispositivos decaracteres, UNIX foi pioneiro na rea de grficos em estaes de trabalhos.As primeiras interfaces grficas para usurios (GUI) foram projetadas e Linux Bsico 7 8. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu Valleutilizadas em Sistemas operacionais UNIX, desenvolvidas pelo MIT(Massachussets Institute of Technology). Trata-se do X Window System.Como se pode notar, UNIX um sistema de inmeras possibilidades.Praticamente todos os recursos que os sistemas operacionais mais atuaisutilizam j haviam sido executados em UNIX h muito. Todas as reas dacomputao puderam ser desenvolvidas com o UNIX.As tendncias atuais levam a uma tentativa de padronizar o SistemaOperacional UNIX combinando as melhores caractersticas das diversasverses do mesmo. Prova disto a criao do POSIX, um padro deSistema Operacional desenvolvido pela IEEE (Institute of Eletrical andEletronic Engineers). Alm da OSF (Open System Fundation) que rene asprincipais lderes do mercado de equipamentos para definir o padro de GUI(interfaces grficas) para UNIX.A verso que ser abordada durante este curso o LINUX, um clone doSistema Operacional UNIX para microcomputadores IBM -PC 386 ecompatveis. O LINUX foi desenvolvido inicialmente por Linus Torvalds naUniversidade de Helsinski na Finlndia.O LINUX possui a vantagem de ser um software livre e ser compatvel com opadro POSIX. Alm de unir em um nico Sistema Operacional as vantagensdas diferentes verses de UNIX comerciais disponveis. Desta forma,LINUX torna -se a melhor opo para que usurios de microcomputadorespossam usufruir da capacidade do UNIX.Apesar de no poder rodar aplicativos para MS- DOS, o LINUX pode rodartodos os softwares de desenvolvidos para UNIX, alm de estaremdisponveis softwares que permitem a emulao do MS-DOS e do WINDOWS.O LINUX pode ser til em empresas que desejam possuir estaes detrabalho com poder razoavelmente comparvel s estaes existentes comoSUNs e outras usando PCs, com fiel semelhana no seu uso.O LINUX pode conviver pacificamente com outros sistemas operacionais noPC. Existe uma infinidade de formas de instal-lo: em uma partio DOS jexistente, pode ainda ser instalado em um HD exclusivamente dedicado aele.Para conviver com outros sistemas operacionais, existem algumasmaneiras de carregar o sistema operacional, o Lilo (Linux Loader) que podefuncionar como um BOOT manager no qual se escolhe qual partio ou driveir dar a partida, o loadlin que um utilitrio DOS para carregar o LINUX apartir do DOS, ou por meio de um disco de boot.O LINUX pode ser obtido de diversas formas diferentes, existem diversoslivros venda, os quais incluem CDs com distribuies do LINUX. Outraforma de obt-lo inteiramente grtis e via ftp pela INTERNET. Linux Bsico8 9. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu ValleExiste hoje, um movimento no sentido de tornar o LINUX um sistemapopular, dado que superioridade tcnica ele j possui.Existem algumas outras verses de UNIX para PCs, tais como Xenix, SCOUnix, FreeBSD e NetBSD, as ltimas duas tambm livres, no entantoalm de mais popular, o LINUX possui uma srie de caractersticas a mais,no encontradas em outras verses, mesmo comerciais, de UNIX.2.2Uma viso geral do LINUXUm Sistema Operacional deve gerenciar os recursos da mquina damelhor maneira possvel de forma a poder oferecer aos usurios omximo do computador. Dentre as principais funes do sistemaOperacional, podemos destacar: Criar e manipular uma estrutura de arquivos e diretrios. Controlar o acesso memria e outros dispositivos controlados pelomicroprocessador, como monitor, teclado, impressora, etc. Gerenciar a execuo de programas, trazendo-os da memria para omicroprocessador.A primeira vista, parece que o LINUX nada possui de diferente de qualqueroutro Sistema Operacional, mas nenhum to bom em unir e integrar o queh de melhor em um computador de forma harmoniosa e eficiente devidoa sua prpria origem em meio a toda uma comunidade de pessoasinteressadas em obter o mximo e o melhor em desempenho. Caberessaltar tambm que o Linux possui todas as caractersticas que fazemdo UNIX um excelente sistema operacional, entre elas : Portabilidade,Multiusurio e Multitarefa, Estrutura hierrquica de arquivos,Ferramentas e Utilitrios, Comunicao com outros sistemas.Daremos uma rpida olhada em algumas das principais caractersticas evantagens que fazem o LINUX nico :Multitarefa. Linux, como as outras verses do UNIX um sistemamultitarefa, possibilitando a execuo de mltiplas aplicaes dediferentes usurios no mesmo sistema ao mesmo tempo.O X Window System , de fato, um padro na indstria de sistemasgrficos para mquinas UNIX. Uma verso completa do X Window System,conhecida como Xfree86 est disponvel para Linux.TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol), este umconjunto de protocolos que liga milhes de universidades e empresas numarede mundial conhecida como Internet. Com uma conexo Ethernet oLinux permite que seja feita uma conexo da Internet a uma rede local.Linux Bsico9 10. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu ValleMemria Virtual. O Linux pode usar parte do seu HD como memriavirtual, aumentando assim a capacidade da memria RAM.Compatibilidade com o IEEE POSIX. Linux foi desenvolvido com aportabilidade de software em mente.2.3 A estrutura do LINUX2.3.1Kernel/ShellKernel o ncleo do Sistema Operacional LINUX, que permanece residentena memria. Atravs dele que o usurio possui o acesso aos recursosoferecidos pelo hardware (o computador em si). Todo o gerenciamento dememria, dispositivos, processos, entre outros coordenado pelo kernel.Basicamente est dividido em duas partes: Gerenciamento de dispositivos: supervisiona a transmisso de dadosentre a memria principal e os dispositivos perifricos. Destaforma, o kernel abrange todos os drivers controladores dedispositivos que podem ser ligados a um computador Gerenciamento de processos: aloca recursos, escalona processos eatende a solicitao de servios dos processosShell o interpretador de comandos do LINUX. ele quem fornece umainterface para que o usurio possa dizer ao Sistema Operacional o quedeve ser feito. O shell traduz o comando digitado em chamadas de sistemaque so executadas em linguagem de mquina pelo kernel. Alm disto,fornece um ambiente programvel atravs de scripts.Existem inmeros shells cada um com ligeiras diferenas entre si. Muitasvezes possvel utilizar vrios shells diferentes em um mesmo microrodando LINUX, isto porque ele multitarefa e multiusurio, de modo quecada usurio poderia utilizar o shell que lhe agradar mais. Entre os maisutilizados esto o Bourne Shell, o C shell e o Korn Shell.2.3.2UtilitriosExistem centenas de utilitrios (comandos) para a realizao de tarefasespecializadas ou rotineiras, entre elas manipulao e formatao detextos, clculos matemticos, gerenciamento e manuteno de arquivos ediretrios, administrao de sistemas, manuteno de segurana, controleda sada para impressora, desenvolvimento de programas e filtragem dedados.Cada um destes utilitrios digitado na linha de comando do LINUX que serinterpretado pelo Shell do sistema. Este por sua vez se encarregar deLinux Bsico 10 11. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Vallerealizar diversas chamadas ao Kernel para a execuo do comando.Como as interfaces grficas so muito recentes, o LINUX teve toda a suapotencialidade explorada em termos de ambiente de desenvolvimentos.Isto equivale a dizer que o que se pode fazer com um software deFormatao de Textos do tipo aponte e clique, pode ser realizada atravs doantigo modo de linha de comando no LINUX.Mas isto no impede que as facilidades do ambiente de janelas sejaexplorado, pelo contrrio. Os mais profissionais programas aplicativosrodam sobre o Sistema Operacional LINUX, entre eles o Gerenciador deBanco de Dados ORACLE, INGRES e FoxBASE+, formatadores de textosPostscript etc.3 ProcessosQuando um programa ou utilitrio executado, passa a se chamarprocesso. Cada processo iniciado possui um estado indicando sua condio(em execuo, parado, interrompido, etc) e a prioridade. Sendo que osprocessos do sistema possuem prioridades sobre os do usurio.Com base nas informaes sobre os processos em andamento, a CPU precisaescalonar os processos para dedicar a cada um, um determinado tempodando a impresso de que vrios processos esto sendo executados aomesmo tempo.Para vermos uma fotografia dos processos rodando na mquina podemos usaro comando ps aux, ax mostra todos os processos e u informa a mais os usuriosdonos dos processos.Podemos usar tambm o top. Neste caso haver atualizao peridica da tela,fazendo uma amostra on-line processos ativos. Mostra ainda outras informaesda mquina, como uso de memria, tempo de atividade, uso de cpu etc. Paranavegar entre janelas usa-se as teclas .Para matarmos um processo em execuo usamos o comando kill seguido donmero do processo (PID). A principal flag o -9, que mata o processo semsalvar dados da memria, se existirem. Podemos usar tambm o killall seguidodo nome do processo (comando). Neste caso mata-se todos os processos commesmo nome.4 Comandos bsicos4.1IntroduoCertos comandos so interativos e outros no-interativos. Comandos Linux Bsico11 12. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valleinterativos so aqueles que aps serem executados, exigem que algumasperguntas sejam respondidas para que possam prosseguir. Comandos nointerativos simplesmente executam os comandos sem nada perguntar eretornam linha de comando do LINUX.Exemplos de comandos no interativos:lsexibelistadocontedododiretriocorrentedate exibe a data e hora do sistemacal exibecalendriodoanoespecificadowho exibelistadetodososusuriosativosnosistemaclear limpa a telaExemplos de comandos interativos:passwd modificaasenhaftppermitetransfernciadearquivos4.2 Ciclo de Execuo do ComandoO shell analisa a linha do comando separando seus vrios componentes como uso de espaos em branco. Este procedimento conhecido comoparsing (anlise), e composto dos seguintes passos:1. O shell examina se h algum caractere especial a ser interpretado na linha de comando;2. Supondo que os caracteres at o primeiro branco se referem a um comando, o shell procura um arquivo executvel (programa) com o mesmo nome;3. Se o shell localiza o programa, ele verifica se o usurio que fez o pedido tem permisso de acesso para usar o comando;4. O shell continua a examinar o resto da linha de comando para ver a formatao;5. Finalmente, ela informa ao kernel para executar o programa, passando todas as opes e argumentos vlidos para o programa;6. Enquanto o kernel copia o arquivo executvel do disco para a memria e executa-o, o shell permanece inativo at que o programa tenha encerrado. O programa em execuo na memria chamado de processo;7. Quando o processo termina de ser executado, o controle retorna ao shell que exibe novamente o prompt para avisar que est pronto para o prximo comando;4.3 LoginPor ser um Sistema Operacional que suporta vrios usuriosLinux Bsico12 13. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu Valle(multiusurio), antes de tudo, preciso se identificar. O LINUX ento seencarregar de permitir ou no seu acesso verificando sua senha, seestiver correta libera o diretrio de entrada e executa arquivos deinicializao locais e o interpretador apropriado. Aps este processo, vocestar apto a executar os comandos do LINUX.Quando o terminal estiver ligado, provavelmente ser apresentado um sinalde prontido do sistema da seguinte forma:Login:Isto significa que o sistema est esperando para que o usurio seidentifique com o nome de usurio que lhe foi concedido pelo Administradorde Sistema junto com uma senha de acesso. Aps digitar o nome de usurio,pressione ENTER. Ser apresentada um novo sinal de prontido:Password:Este sinal pede que seja digitada a sua senha. Note que a medida queforem digitados os caracteres, eles no aparecero no vdeo por medidas desegurana.Se algo deu errado (foi novamente apresentado o sinal de login), tentenovamente, certificando-se de ter digitado o nome de usurio e a senhaexatamente como recebeu do Administrador pois o LINUX diferencia asletras maisculas das minsculas. Isto quer dizer que para o LINUX A (letraa maiscula) diferente de a (letra a minscula). Esta uma dica queserve no apenas para iniciar a sesso, mas tambm para todos oscomandos LINUX.Tendo o usurio se identificado com o nome da conta e a senha (se estaexistir, pois existem contas criadas especialmente para uso sem senha), oLINUX checa em um arquivo de configurao pelo nome da conta e asenha correspondente devidamente encriptada. Estando ambas registradase corretas, o Sistema Operacional permite o acesso ao usurio executandoo shell indicado tambm neste arquivo.O shell providencia uma interface de comunicao entre o kernel e ousurio. Esta interface consiste de uma linha de comando (ou prompt) naqual deve ser digitado o comando por extenso seguido por seus parmetros(se tiver). Em uma linha de comando podemos ter mais de um comando emseqncia para serem executados.Em geral esta linha de comando formada por um smbolo que pode serde porcentagem (%) ou cifro ($) para usurios comuns e grade (#) parausurios com privilgio de raiz, dependendo do tipo de shell usado.Os parmetros que aparecem aps o nome do comando podem ser nomesde arquivos e/ou caminhos de diretrios. Eles devem sempre ser digitadoscom um espao entre si e depois do comando. Muitas vezes algunsLinux Bsico 13 14. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu Vallesmbolos que aparecem na linha de comando no so parmetros, mas simcomandos para o shell determinando a seqncia em que o(s) comando(s)devem ser executados.O LINUX aceita e executa um comando quando, ao terminarmos dedigitarmos o comando, pressionarmos a tecla ENTER, RETURN ou (varia de computador para computador).Caso seja encontrado algum erro na digitao do comando antes que atecla ENTER seja pressionada, podemos corrig-lo utilizando as teclas dedireo e para posicionarmos o cursor na posio em que o erro foicometido. Cursor o smbolo grfico que aparece logo aps a linha decomando e que se movimenta a medida em que caractere so digitados eaparecem na tela.4.4 LogoutEste comando permite sairmosde nossa seo shell, ou seja, desconectarmosnosso usurio do sistema.4.5 RebootEste comando equivalente init 6 e com ele podemos reiniciar nossosistema, sem desligamento do hardware.4.6 HaltEste comando equivalente shutdown -r now e permite desligar o sistema,caso nossa mquina tenha fonte ATX.4.7 ManPginas de manual ou man pages so pequenos arquivos de ajuda quepodem ser invocados pelo comando man a partir de linha de comando desistemas baseados em Unix e Linux.A forma de invocar a ajuda :$ man [] 5 Estrutura de Arquivos e DiretriosExistem 4 tipos bsicos de arquivos em LINUX : Arquivo diretrio; Arquivo convencional;Linux Bsico 14 15. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valle Arquivo de dispositivo; Arquivo simblico ou de ligao;Um arquivo diretrio nada mais do que um tipo de arquivo contendoinformaes sobre arquivos que conceitualmente (e no fisicamente)esto contidos nele. Isso significa que o contedo de seus arquivos noest armazenados dentro do diretrio. Assim sendo, no h limite para otamanho de um diretrio. Teoricamente voc poderia colocar no seudiretrio tantos arquivos quanto quisesse, at o ponto de estourar acapacidade do seu disco.Os dados contidos no arquivo diretrio so apenas o nome de cada arquivoe seu ponteiro para uma tabela de informaes de controle de todos osarquivos do sistema. Esta tabela contm informaes administrativas doarquivo, como dados de segurana, tipo, tamanho, datas de acesso edados que indicam onde ele est gravado no disco.Quando voc vai usar um arquivo, o sistema operacional consulta odiretrio para verificar se existe no disco um com o nome que vocespecificou. Em caso afirmativo, o sistema obtm, da tabela as informaesnecessrias para poder manipul- lo. Caso contrrio, o sistema envia umamensagem informando que no foi possvel encontrar o arquivo.Um diretrio pode conter outros diretrios, aos quais chamamossubdiretrios. Um subdiretrio pode conter outros arquivos esubdiretrios, que tambm podem conter arquivos e subdiretrios eassim por diante. Este um relacionamento pai/filho entre um diretrio eseus arquivos e diretrios subordinados. Cada diretrio pai guardainformaes sobre os arquivos e diretrios que esto a um nvel abaixo dele-seus filhos.Um arquivo convencional um conjunto de caracteres presentes emalgum meio de armazenamento, como por exemplo um disco. Ele podeconter texto para uma carta, cdigo de programa ou qualquer informaoarmazenada para um futuro uso.Um arquivo de dispositivo, como um diretrio, no contm dados. Ele basicamente um ponteiro para um dispositivo perifrico, como por exemplouma unidade de disco, um terminal ou uma impressora. Os arquivosespeciais associados aos dispositivos perifricos esto localizados nodiretrio /dev.Um arquivo simblico um arquivo convencional que aponta para outroarquivo em qualquer lugar do sistema de arquivos LINUX. Linux Bsico 15 16. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu Valle5.1 DiretriosTodos os arquivos fazem parte de algum diretrio. Assim, eles somantidos organizadamente. Se todos os arquivos do sistema fossemarmazenados em um mesmo lugar, o LINUX levaria muito tempo paraverificar todos os arquivos at encontrar aquele que est procurando. Osdiretrios so um meio de oferecer endereos dos arquivos, de maneiraque o LINUX possa acess-los rpida e facilmente.Ao entrar pela primeira vez em sua conta, voc j est em um subdiretriodo sistema LINUX, chamado seu diretrio de entrada (home directory). Amenos que voc crie alguns subdiretrios em sua conta, todos os seusarquivos sero armazenados em seu diretrio de entrada. Teoricamente,voc pode fazer isso, mas a manuteno de seus arquivos ser maiseficiente se voc criar seu prprio sistema se subdiretrios. Assim ficarmais fcil manter o controle de seus arquivos porque eles estaroagrupados em diretrios por assunto ou por tipo. O LINUX tambm realizabuscas de maneiras mais eficiente em diretrios pequenos que nosgrandes.5.1.1Diretrio de EntradaSeu diretrio de entrada aquele em que voc colocado quando abreuma sesso em um sistema LINUX. Esse diretrio tem o mesmo nome queseu nome de login. Voc pode pensar em sua conta como uma verso emminiatura do sistema de arquivos do LINUX. No alto de seu sistemapessoal de arquivos, em vez do diretrio raiz, est seu diretrio deentrada. Abaixo dele estaro os subdiretrios que voc criar, que podem,por sua vez, se ramificar em subdiretrios e/ou arquivos.Os diretrios de entrada dos usurios so iguais a qualquer outro diretriode um diagrama de sistema de arquivos. Entretanto, sendo o diretrioprincipal de sua conta, seu diretrio de entrada tem um status especial.Sempre que voc entra no sistema, o LINUX define uma varivel chamadaHOME que identifica o seu diretrio de entrada. O LINUX usa o valor davarivel HOME como ponto de referncia para determinar quais arquivos ediretrios do sistema de arquivos voc pode acessar e tambm para orientar-se para onde lev-lo quando voc deseja mudar de diretrio corrente.5.1.2Diretrios CorrenteO diretrio corrente, ou de trabalho (working directory), o diretrio emque voc est em um determinado momento. Por exemplo, quando vocentra no sistema, o diretrio corrente sempre seu diretrio de entrada.Se voc passar para um de seus subdiretrios, este passar a ser o Linux Bsico16 17. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Vallediretrio corrente.Durante toda a sesso, o LINUX mantm o controle de seu diretriocorrente. Todos os comandos so executados sobre o diretrio corrente, amenos que voc especifique outro. Por exemplo, qualquer arquivo ousubdiretrio que voc criar ser em princpio criado no diretrio corrente.Sempre que voc digitar ls, ver uma lista dos arquivos e diretrios dodiretrio corrente.Todos os diretrios do LINUX contm um arquivo chamado . (ponto), que um arquivo especial que representa o diretrio corrente (um sinnimo).Sempre que voc quiser se referir ao diretrio corrente, pode faz-lousando um ponto (.). Outro arquivo especial, chamado .. (dois pontos)representa o diretrio pai do diretrio corrente (o diretrio ao qual odiretrio corrente pertence). Quando precisar se referir ao diretrio pai dodiretrio corrente, voc pode usar dois pontos (..) em vez do nome dodiretrio.Quando voc digita um comando que opera sobre um arquivo oudiretrio, precisa especificar o nome do arquivo ou do diretrio desejado.O caminho, de um arquivo ou diretrio a lista de todos os diretrios queformam a ligao entre ele e o diretrio raiz.Voc s pode identificar individualmente cada arquivo e diretrio por seunome e caminho, porque seu nome pode ser idntico ao de outro arquivoem outro local do sistema. Por exemplo, suponha que haja duas contas deusurio, chamadas luciene e alfredo, cada uma contendo um subdiretriochamado vendas. O LINUX pode diferenciar esses dois subdiretrios porseus caminhos. Um deles seria /.../luciene/vendas e o outro seria/.../alfredo/vendas, onde as reticncias representam os diretriosintermedirios. Embora voc possa se referir a um arquivo ou diretriodentro de seu diretrio de entrada usando apenas seu nome, o LINUXsempre interpretar o nome do arquivo ou diretrio como seu nome ecaminho inteiro, porque ele mantm o controle de seu diretrio corrente epode preencher a parte do nome de caminho que falta.Alm do caminho absoluto, voc tambm pode usar o caminho relativo, deum arquivo ou diretrio. O caminho relativo no comea com o diretrioraiz, mas com o diretrio mais prximo do diretrio cujo caminho estsendo definido. Para especificar um caminho relativo para seu diretrio deentrada, voc pode comear o caminho com$HOME ou com um ~ (til), que um sinnimo para $HOME. Por exemplo,se seu diretrio de entrada marco, a varivel HOME ter o valor /.../marco,onde as reticncias representam os diretrios entre o diretrio raiz (/) e odiretrio marco. Sempre que voc digitar $HOME ou ~ como parte de umnome de caminho, o LINUX o interpretar como o nome de caminho Linux Bsico17 18. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Vallecompleto de seu diretrio de entrada.Para especificar um caminho a partir do diretrio corrente, voc podeiniciar o caminho com um . (que representa o diretrio corrente), ou com onome do primeiro subdiretrio naquele caminho. O ponto opcional nestecaso porque se o nome de caminho no comear com uma /, o LINUXconsidera que voc quer que ele comece com o diretrio corrente.Se voc j tiver mudado de diretrio algumas vezes, talvez no estejaseguro de qual o diretrio corrente no momento. Para descobrir, use ocomando ls e poder se lembrar do nome do diretrio pela lista dosarquivos que ele contm. Entretanto, uma maneira mais simples de saberqual o diretrio corrente digitar pwd, que ser apresentado mais adiante.O comando pwd imprime o caminho completo do diretrio corrente.5.2Substituio do Nome do ArquivoTrs caracteres especiais permitem a referncia a grupos de arquivos oudiretrios em uma linha de comando. Estes caracteres so chamados Metacaracteres ou Coringas.5.2.1AsteriscoO * substitui qualquer conjunto de caracteres.5.2.2Ponto de interrogaoO caractere ? substitui qualquer caractere.5.2.3ColchetesO smbolo [] contm uma lista de caracteres. Um dos caracteres dentrodo colchetes ser substitudo. Um hfen separando os caracteres que estoentre colchetes indica um intervalo. Um ! dentro do colchetes indica osentido da procura invertido.Esses caracteres especiais poupam tempo de digitao. O mais importante que eles podem ser usados para fazer referncia a arquivos cujo nomeno se conhece exatamente.Exemplos :1- Liste todos os arquivos com extenso .new :$ ls *.newFile.new arquivo.new2- Liste todos os arquivos cujo nome termine com um numero entre 1 e 5 :$ ls *[1-5] Linux Bsico 18 19. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Vallefile1arquivo3dir53- Liste todos os arquivos cujo nome tem trs caracteres e comeam com f :$ ls f??fig fin5.3 Marcao do Caractere EspecialPara usar literalmente um caractere especial sem que o Shell interprete seusignificado ele deve ser marcado. O shell trata um caractere especialmarcado como um c a r a c t e r e normal.5.3.1AspasQuando se coloca um caractere especial entre aspas , o Shell ignoratodos os caracteres especiais exceto o cifro ($), o acento grave () e abarra invertida ();5.3.2ApstrofeO apstrofe mais restritivo. Todos os caracteres especiais entreapstrofes so ignorados ;5.3.3Barra invertidaGeralmente, a barra invertida faz o mesmo que colocar um caractereentre apstrofes. Quando uma barra invertida usada, ela deve precedercada c a r a c t e r e a ser marcado;6 ManipulandoArquivoseDiretrios6.1 IntroduoA funo essencial de um computador armazenar informaes (arquivos)e catalog-los de forma adequada em diretrios, fornecendo, se possvel,algum esquema de segurana de modo que pessoas no autorizadas notenham acesso a arquivos importantes.Neste captulo voc aprender como manipular arquivos e diretrios noLINUX. Saber copiar, mover, exibir o contedo de um arquivo, e localizarum arquivo so algumas das atividades que veremos neste captulo.Os comandos aqui apresentados no so a totalidade dos comandosdisponveis, mas certamente so suficientes para que voc consiga Linux Bsico 19 20. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valleexecutar funes tpicas e usuais de um programador ou de um usurio deaplicativos em ambiente LINUX.6.2 Identificando o Diretrio CorrentepwdO comando pwd (print working directory) no possui nenhuma opo ouargumento. Este comando mostra o nome do diretrio corrente ou dediretrio de trabalho (working directory). Voc pode utiliz-lo para se situarno sistema de arquivos. Por exemplo, sempre til verificar o diretriocorrente antes de criar ou remover arquivos e diretrios. Do mesmomodo, o pwd til para confirmar o diretrio corrente aps vrias trocas dediretrios.6.3 Criando diretriosmkdirNos diretrios podemos agrupar informaes afins, isto , arquivos quepossuem alguma inter-relao. O nome do diretrio deve ser significativo epermitir um acesso e uma localizao rpida dos arquivos armazenados noseu sistema de arquivos.O comando mkdir (make directory) utilizado para criar diretrios. Osnomes dos diretrios a serem criados so passados como argumentospara o comando. Estes nomes podem ter at 255 caracteres, e devem sernicos, isto , no pode haver dois diretrios com mesmo nome dentrode um mesmo subdiretrio, nem mesmo um arquivo e um diretrio iguaisem um mesmo subdiretrio.Opes:-m modo Especifica o modo de permisso de acesso para o diretrio queest sendo criado;-pCria os diretrios pai citados no nome do diretrio que est sendocriado;Exemplos :1-Crie um diretrio chamado teste com o seguinte modo de permisso 711$mkdir -m 711 teste$ls-ltotal 1drwx--x-- x 2 guest users 1024 May 15 21:27 teste/2-Crie um diretrio chamado curso com um diretrio filho chamado aula1$mkdir-p curso/aula1 Linux Bsico20 21. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu Valle$ls-ltotal 2drwx--x-- x 2 guest users 1024 May 15 21:27 teste/drwxr- xr- x 3 guest users 1024 May 15 21:33 curso/$ls-l curso total 1drwxr- xr- x 2 guest users 1024 May 15 21:33 aula1/6.4 Listando diretriosls [AaCFpdlmRrstucx] [nomes]Normalmente o contedo de um diretrio listado em ordem alfabtica,um item por linha. As diversas opes do comando ls permitem adaptar oformato da listagem.Se nada for especificado em nomes todos os itens do diretrio correnteso listados. Entretanto em nomes possvel determinar mscaras (filtros)para selecionar padres de nomes de itens a serem listados.Principais opes: -aAll. Lista todos os itens , inclusive os que comeam com pontos; -lLong. Lista o contedo de um item que diretrio; -R Recursive. Lista todos os diretrios encontrados e seus subdiretrios; -tTime. Ordena os itens por hora/data de modificao;Exemplo:$ ls -la6.5 Mudando de diretriocd O comando cd (change directory) utilizado para mudar o diretrio detrabalho corrente. No h opes para este comando. O nome do novodiretrio de trabalho indicado em nome-do-diretrio. Se voc noespecificar um diretrio, cd far com que o seu diretrio de entrada (homedirectory) se torne o seu diretrio corrente. Se nome-do-diretrio for umsubdiretrio do seu diretrio corrente, basta informar o nome dele. Casocontrrio voc pode informar o nome relativo ou absoluto do diretrio para oqual voc quer mudar.6.6 Criando arquivos vaziostouch Cria um arquivo vazio de nome arquivo. Linux Bsico21 22. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu ValleExemplo:1- Crie um arquivo vazio de nome teste.file$ touch teste.file6.7Inserindo texto em arquivosecho texto a ser inserido > >Insere o texto a ser inserido ao final do arquivo.Exemplo:$ echo teste texto >> teste.file6.8Contedo de um arquivocat [svte] O comando cat mostra o contedo de arquivos (ou da entrada padro),apresentado-o na tela (de fato, na sada padro). possvel utilizar o cat paracriar, exibir e juntar arquivos. Quando utiliza-se o cat para concatenararquivos, os arquivos da origem permanecem intactos.Opes:Exemplo:1- Mostre o contedo do arquivo teste.file :$cat teste.file cursoteste texto6.9Copiando arquivoscp O comando cp (copy) copia, isto , cria uma cpia de um arquivo comoutro nome ou em outro diretrio sem afetar o arquivo original. Voc podeusar esse comando para criar cpias de segurana de arquivos importantesou para copiar arquivos que queira modificar. Se h algum arquivo que vocquer ter em mais de um diretrio, pode usar o comando cp para copi-lopara outros diretrios.Na linha de comando, arquivo-origem o nome do arquivo que voc quercopiar e arquivo-destino o nome que voc quer dar cpia. Lembre-se:se voc fizer uma cpia de um arquivo no mesmo diretrio, ela nopoder ter o mesmo nome de arquivo-origem. Com este comando vocpode acidentalmente perder arquivos se j existir um arquivo com o nomearquivo-destino, neste caso o comando cp escreve o novo arquivo por cimado antigo. Linux Bsico22 23. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu ValleExemplo:1- Copie o arquivo file.teste para teste:$ cp file.teste file.teste.26.10Movendo/Renomeando arquivosmv O comando mv (move) funciona com arquivos da mesma maneira comofunciona com diretrios. Pode-se usar mv para renomear um arquivo ou paramov-lo para outro diretrio, dependendo dos argumentos que voc utilizar.Na linha de comando, arquivo-origem o nome do arquivo cujo nome vocdeseja mudar, e arquivo-destino o novo nome para este arquivo. Searquivo-destino j existir, mv primeiro remove o arquivo j existente edepois renomeia arquivo-origem com o novo nome. Para evitar esteproblema, voc tem duas opes: Examinar o contedo do diretrio antes de renomear um arquivo, para verificar se o novo nome que voc deseja atribuir j existe; Usar a opo -i (interactive) que permite uma confirmao da remoo de um arquivo entes de o comando mv remov-lo.Se arquivo-destino for o nome de um diretrio presente no diretriocorrente, ento o comando mv entende que arquivo-origem deve sermovido para o diretrio arquivo-destino, e no que este deve ser eliminadoe substitudo por arquivo-origem.Se voc mover um arquivo para um novo diretrio, o arquivo ter omesmo nome de arquivo-origem, a menos que voc especifique o novonome tambm, dando o nome do caminho (relativo ou absoluto) antes donome do arquivo.Exemplo:1- Mova o arquivo file.teste para o diretrio teste interativamente :$ mv-i file.teste.2 teste6.11Como ligar arquivosln [-opes] fonte destinoUma ligao uma entrada em um diretrio que aponta para um arquivo.O Sistema operacional cria a primeira ligao a um arquivo quando este criado. O comando ln geralmente usado para criar mltiplas refernciasao arquivo em outros diretrios. Uma ligao no cria uma cpia de umarquivo, ela simplesmente outra indicao para os mesmos dados.Linux Bsico 23 24. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu ValleQuaisquer alteraes em um arquivo so independentes do nome usadopara se referir ao arquivo, ou seja, alterando o arquivo ou a ligao o efeito o mesmo.As ligaes no podem ser feitas entre sistemas de arquivos, a menos quea opo -s seja usada. Esta opo cria uma ligao simblica que umarquivo que contm o nome do caminho do arquivo ao qual ele est ligado.Opes:-sPermite a construo de um arquivo de ligao simblica para ligarum arquivo em um outro sistema de arquivos. Um arquivo de ligaosimblica contm o nome absoluto do arquivo no outro sistema dearquivos;Exemplo:1- Crie uma ligao simblica para o arquivo teste chamado slink :$ ln -s file.teste slink$ ls -l6.11.1 Notas: Quando voc liga um arquivo a outro, no est criando outro arquivo,mas simplesmente dando ao arquivo antigo outro endereo. Asmudanas feitas no arquivo ou em uma de suas ligaes afetam tantoo arquivo como todas as suas ligaes. As permisses so as mesmas para todas as ligaes de um arquivo.Alterar as permisses de uma das ligaes implica em alterar aspermisses de todas as ligaes automaticamente. As ligaes criadas com ln podem ser removidas com rm. Isto nosignifica que o arquivo original ser removido.6.12Como remover arquivosrm [ -opes ] arquivo(s)O comando rm remove o arqui vo e/ ou as ligaes. Quando a ltimaligao removida, o arquivo no pode mais ser acessado e o sistemalibera o espao ocupado pelo arquivo para outro uso. Se o arquivo for deligao simblica, a ligao do arquivo removida.Para remover um arquivo exigida a permisso de gravao do diretrio paido arquivo. Entretanto no exigido o acesso de leitura ou gravao aoarquivo. Os caracteres especiais podem ser usados para se referir a vriosarquivos sem indicar cada nome separadamente.Opes :Linux Bsico24 25. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valle-f Fora a remoo de arquivos com proteo de gravao.-r Remove recursivamente o diretrio citado e seus subdiretrios.6.13Localizando arquivosfind diretrios [expresso]O comando find procura recursivamente por arquivos em diretrios dosistema de arquivos.O argumento diretrios especifica em quais diretrios a busca deve ocorrer.A busca recursiva faz com que a busca ocorra no apenas nos diretriosespecificados, mas em todos os subdiretrios dos diretrios especificados,nos subdiretrios dos subdiretrios deles, etc. O argumento expressoconsiste em um ou mais argumentos, que podem ser um critrio de buscaou uma ao que o find deve tomar, ou ainda ambos os casos. Se vriosargumentos forem especificados, eles devem ser separados por espaoem branco.O comando find tambm possui um grande nmero de opes que podemser utilizados na busca por arquivos em um sistema de arquivos. Nestecurso vamos abordar apenas os mais usuais, suficientes para compreendero funcionamento do comando.Expresso:-iname arquivo Seleciona os arquivos com nomes que correspondam aarquivo, ignorando (i) maisculas e minsculas, sendo que arquivo pode serum nome de arquivo, ou um padro de nomes de arquivos (especificadocom o uso de *), mas deve ser precedido de uma barra invertida;-user nome Seleciona arquivos que pertencem ao usurio nome;-exec cmd {} ; Executa o comando cmd nos arquivos selecionadospelo comando find; Um par de chaves representa cada nome de arquivo queest sendo avaliado; Um ponto e vrgula marcado encerra a ao;!Inverte o sentido do argumento que o sucede. Por exemplo, "!-inamearquivo" seleciona um arquivo cujo nome no corresponde a arquivo;-oPermite uma seleo disjuntiva de arquivos, especificada por doisargumentos distintos. Isto , quando usamos dois argumentos paraespecificar a busca, o arquivo selecionado se satisfizer ambos os critriosde busca. Com -o podemos selecionar arquivos que satisfazem um ou outrodos argumentos especificado para a busca. Por exemplo, "-iname arquivo-o-user nome" selecionar arquivos que possuem nomes correspondentes aarquivo ou cujo usurio seja correspondente a nome;Exemplos : Linux Bsico 25 26. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valle1-Encontre o arquivo teste.file a partir do seu diretrio base, imprima oscaminhos$ find ~ -iname teste.file./curso/aula1/teste.file./teste.file2-Encontre todos os seus arquivos a partir do diretrio curso :$ find ~/curso -user aluno/home/guest/curso/aula1...3-Encontre e apague todos os seus arquivos teste.file :$ find ~ -iname teste.file -exec rm {} ;6.13.1Notas:Como o comando find verifica todos os arquivos em um diretrioespecificado em todos os subdiretrios contidos nele, o comando podetornar-se demorado. Veja mais adiante como execut- lo em background.6.14Procurando nos arquivosgrep [-opes] sequncia de caracteres arquivo(s)O comando grep procura uma seqncia de caracteres em um ou maisarquivos, linha por linha. A ao especificada pelas opes executada emcada linha que contm a seqncia de caracteres procurada.Se mais de um arquivo for indicado como argumento do comando, o grepantecede cada linha de sada que contm a seqncia de caracteres como nome do arquivo e dois pontos. O nome do arquivo mostrado para cadaocorrncia da seqncia de caracteres em um determinado arquivo.Opes :-i Ignora maisculas ou minsculas;-n Mostra o nmero de linhas com o output das linhas que contm asequncia de caracteres;-v Anlise contrria. Mostra todas as linhas que no contm a seqncia decaracteres;Exemplos:1- Procure a seqncia root no arquivo /etc/passwd :$ grep root /etc/passwd2-Procure a seqncia root em todos os arquivos do diretrio /etc,independente de maisculas ou minsculas :Linux Bsico 26 27. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valle$ grep -i root /etc/*6.15 More/lessPaginadores para visualizao em tela. Quando usamos o cat para ver ocontedo de um arquivo, e se o mesmo for muito extenso, teremos dificuldadeem ver o incio do mesmo. Com o more/less possvel navegar pelo contedodos arquivos ou da da sada padro.Exemplo:$ more /etc/passwd6.16 Head e TailMostram na tela as 10 primeiras ou 10 ltimas linhas de um arquivos,respectivamente. Muito teis para anlise de logs.6.16.1Opes-n nummuda a quantidade de linhas a serem apresentadas. Porexemplo -n 30 mostra 30 linhas do arquivo.-fatualiza continuamente o contedo do arquivo, ou seja, seo arquivo estiver sendo modificado as alteraesaparecero na tela.Exemplos:$ tail -n 20 /etc/passwd$ head -n 10 /etc/passwd6.17 Gzip e GunzipCompacta e descompacta arquivos, respectivamente. Um nico por vez,mudando a extenso do mesmo.Exemplos:$ gzip teste.file.2$ ls -l$ gunzip teste.file.2.gz$ ls -l6.18 Tar1TAR ou tar (abreviatura de Tape ARchive), um formato dearquivamento de arquivos. Apesar do nome "tar" ser derivado de"tape archive", o seu uso no se restringe a fitas magnticas. Elese tornou largamente usado para armazenar vrios arquivos em umnico, preservando informaes como datas e permisses. Normalmente1 http://pt.wikipedia.org/wiki/TAR Linux Bsico 27 28. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valle produzido pelo comando "tar". suportado pelo programa Winrar.tar tambm o nome de um programa de arquivamento desenvolvido paraarmazenar (backup) e extrair arquivos de um arquivo tar (que contm osdemais) conhecido como tarfile ou tarball. O primeiro argumento para tar deveser uma das seguintes opes: Acdrtux, seguid por uma das seguintes funes oadicionais. Os argumento finais do tar so os nomes dos arquivos ou diretriosnos quais eles podem ser arquivados. O uso de um nome de diretrio, implicasempre que os subdiretrios sob ele, sero includos no arquivo.6.18.1 Usando o TARO que o GZIP no consegue fazer, o TAR (Tape ARchives) faz. Ele um aplicativocapaz de armazenar vrios arquivos em um s. Porm, no capaz decompactar os arquivos armazenados. Como possvel notar, o TAR serve decomplemento para o GZIP e vice-versa. Por isso, foi criado um parmetro no TARpara que ambos os programas possam trabalhar juntos. Assim, o TAR "junta" osarquivos em um s. Este arquivo, por sua vez, ento compactado pela GZIP.O TAR tambm consegue gravar a propriedade e as permisses dos arquivos.Ainda, consegue manter a estrutura de diretrios original (se houvecompactao com diretrios), assim como as ligaes diretas e simblicas.A sintaxe do TAR : tar [parmetros] [-f arquivo] [arquivos...].Abaixo, segue a lista de parmetros.Parmetros principais:-c cria um novo arquivo tar;-p mantm as permisses originais do(s) arquivo(s);-r acrescenta arquivos a um arquivo tar;-t exibe o contedo de um arquivo tar;-v exibe detalhes da operao;-x extrai arquivos de um arquivo tar;-z comprime o arquivo tar resultante com o gzip;-f especifica o arquivo tar a ser usado;A seguir mostramos exemplos de utilizao do TAR. Em alguns parmetros o usode - (hfen) no necessrio. Desta vez, os comandos no sero explicados.Execute-os e descubra o que cada um faz. Repare na combinao de parmetrose tente entend-la. Assim, voc saber exatamente o que est fazendo. Bomaprendizado!Linux Bsico28 29. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu Valletar -cvf arq.tar arq1 arq2tar -czvf arq.tgz *tar -rf arq.tar arq*tar -tzf arq.tartar -xv -f arq.tar7 PermissodeAcessoDiretrioseArquivosH uma maneira de restringir o acesso aos arquivos e diretrios paraque somente determinados usurios possam acess-los. A cada arquivo ediretrio associado um conjunto de permisses. Essas permissesdeterminam quais usurios podem ler, e escrever (alterar) um arquivo e,no caso de ser um arquivo executvel, quais usurios podem execut-lo. Seum usurio tem permisso de execuo para um diretrio, significa que elepode realizar buscas dentro daquele diretrio, e no execut-lo como sefosse um programa.Quando um usurio cria um arquivo ou um diretrio, o LINUX determina queele o proprietrio (owner) daquele arquivo ou diretrio. O esquema depermisses do LINUX permite que o proprietrio determine quem temacesso e em que modalidade eles podero acessar os arquivos e diretriosque ele criou. O super-usurio (root), entretanto, tem acesso a qualquerarquivo ou diretrio do sistema de arquivos.7.1Permisses de acesso:O conjunto de permisses dividido em trs classes: proprietrio, grupo eusurios. Um grupo pode conter pessoas do mesmo departamento ouquem est trabalhando junto em um projeto. Os usurios que pertencemao mesmo grupo recebem o mesmo nmero do grupo (tambm chamadode Group Id ou GID). Este nmero armazenado no arquivo /etc/passwdjunto com outras informaes de identificao sobre cada usurio. Oarquivo /etc/group contm informaes de controle sobre todos osgrupos do sistema. Assim, pode -se dar permisses de acesso diferentespara cada uma destas trs classes.Quando voc executa ls -l em um diretrio qualquer, os arquivos soexibidos de maneira semelhante a seguinte:total 403196drwxr-xr-x 4 odilson admin 4096 Abr 2 14:48 BrOffice_2.1_Intalacao_Windows/-rw-r--r-- 1 luizp admin 113811828 Out 31 21:28 broffice.org.2.0.4.rpm.tar.bz2-rw-r--r-- 1 root root 117324614 Dez 27 14:47 broffice.org.2.1.0.rpm.tar.bz2-rw-r--r-- 1 luizp admin 90390186 Out 31 22:04 BrOo_2.0.4_Win32Intel_install_pt-BR.exe-rw-r--r-- 1 root root 91327615 Jan 5 21:27 BrOo_2.1.0_070105_Win32Intel_install_pt-BR.exe Linux Bsico29 30. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu ValleAs colunas que aparecem na listagem so:1. Esquema de permisses;2. Nmero de ligaes do arquivo ou diretrio;3. Nome do usurio dono do arquivo ou diretrio;4. Nome do grupo dono do arquivo ou diretrio;5. Tamanho do arquivo, em bytes;6. Ms da criao do arquivo;7. Dia da criao do arquivo;8. Hora da criao do arquivo;9. Nome do arquivo;O esquema de permisses est dividido em 10 colunas, que indicam se oarquivo um diretrio ou no (coluna 1), e o modo de acesso permitidopara o proprietrio (colunas 2, 3 e 4), para o grupo (colunas 5, 6 e 7) e paraos demais usurios (colunas 8, 9 e 10).Existem trs modos distintos de permisso de acesso: leitura (read),escrita (write) e execuo (execute). A cada classe de usurios voc podeatribuir um conjunto diferente de permisses de acesso. Por exemplo,atribuir permisso de acesso irrestrito (de leitura, escrita e execuo) paravoc mesmo, apenas de leitura para seus colegas, que esto no mesmogrupo que voc, e nenhum acesso aos demais usurios. A permisso deexecuo somente se aplica a arquivos que podem ser executados,obviamente, como programas j compilados ou script shell. Os valoresvlidos para cada uma das colunas so os seguintes: 1 d se o arquivo for um diretrio; -se for um arquivo comum; 2,5,8 r se existe permisso de leitura; -caso contrrio; 3,6,9 w se existe permisso de alterao; -caso contrrio; 4,7,10 x se existe permisso de execuo; -caso contrrio;A permisso de acesso a um diretrio tem outras consideraes. Aspermisses de um diretrio podem afetar a disposio final daspermisses de um arquivo. Por exemplo, se o diretrio d permisso degravao a todos os usurios, os arquivos dentro do diretrio podem serremovidos, mesmo que esses arquivos no tenham permisso de leitura,gravao ou execuo para o usurio. Quando a permisso de execuo definida para um diretrio, ela permite que se pesquise ou liste o contedodo diretrio.Linux Bsico30 31. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valle7.2 Verificando as permisses de acessoO comando ls -l mostra os atributos dos arquivos e dos diretrios.Normalmente as permisses padro para os diretrios (rwxrwxrwx)permitem o acesso de leitura, gravao e execuo para todos os usurios(proprietrio, membros do grupo e outros). Para os arquivos as permissespadro (rw-rw-rw-) permitem acesso de leitura e gravao para oproprietrio, membros do grupo e todos os demais usurios. As permissespadro podem ser modificadas com o uso do comando umask que serapresentado mais adiante.7.3 Alterando a permisso de acessochmod modo-de-permisso arquivoO modo-de-permisso na linha de comando representado em um dosdois formatos: octal (absoluto) ou simblico. O formato octal usa valoresnumricos para representar as permisses.7.3.1Formato octal do modo de permissesH oito valores numricos possveis (0 -7) que representam o modo depermisso para cada tipo de usurio. Estes valores so obtidos pela somado tipo de permisso desejada, segundo a tabela abaixo: permisso r w xvalor 4 2 1Exemplo : Usando o formato octal, mude o modo de permisso do arquivoteste.file para que o proprietrio tenha acesso total e todos os outrosusurios (grupo e outros) tenham apenas permisso de leitura e execuo :$ chmod 755 teste.file ==> 7=rwx (4+2+1); 5=r-x (4+1)$ ls-l teste.file-rwxr-xr-x 1 aluno aluno 1475 May 20 11:02 teste.file7.3.2 Formato simblico do modo de permissesO formato simblico usa letras e smbolos para indicar o modo depermisso. Ele composto de trs elementos :Tipo de usurio u Usurio ( Proprietrio ) g Grupo o Outros a Todos Linux Bsico 31 32. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu ValleAoA ao significa como sero alteradas as permisses.+ Acrescenta permisso(es)- Remove permisso(es)= Atribui a permisso explicitamenteOs operadores + e -acrescentam e removem as permisses relativas aomodo de permisso corrente. O operador = reinicializa todas aspermisses explicitamente (exatamente como indicado)Tipo de permissor Leituraw Gravaox ExecuoA combinao desses trs elementos formam o modo de permisso noformato simblico.Exemplos :1- Tire a permisso de execuo, sobre o arquivo teste, do grupo e dosoutros usurios :$ chmod go-x teste$ ls-l teste-rwxrw-rw- 2 guest user s 512 May 20 14:04 teste2- Mude as permisses do arquivo prog2 para que todos os usuriospossam ler e execut- lo:$ chmod a=rx prog2$ ls-l-r-xr-xr- x 1 guest users 1986 May 20 08:26 prog27.4 Mudando as permisses padroumask [ permisso ]Modifica os modos padro de permisso para os novos arquivos que voccriar. No comando, nmero um nmero octal de trs dgitos, como vistono comando chmod. Entretanto aqui voc especifica de maneira inversa,isto , em chmod se voc utilizar nmero igual a 777, voc estarconcedendo autorizao de leitura+escrita+execuo para voc mesmo,para o grupo e para todos os demais usurios. Com o comando umask sevoc especificar nmero igual a 777, voc estar negando acesso a todasas classes em qualquer modo. De fato, a permisso que ser concedida dada pela diferena entre a permisso padro original, que 777 paradiretrios e 666 para arquivos, e a permisso especificada em umask. PorLinux Bsico 32 33. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu ValleExemplo :Diretrios: Permisso padro 777(rwxrwxrwx) Valor de umask 023 Novas permisses 754 (rwxr -xr-- )Arquivos: Permisso padro 666(rw-rw- rw-) Valor de umask 022 Novas permisses 644 (rw-r --r --)Sem especificar um nmero umask mostrar o valor corrente da mscarade permisses. Os arquivos e diretrios criados antes do uso do comandopermanecem com as permisses inalteradas.Exemplo :1- Mostrar o valor atual da mscara de permisses :$ umask00222- Mudar o valor da mscara para que os novos aquivos tenham aseguinte permisso : proprietrio com acesso a leitura e escrita, grupocom acesso a leitura e execuo e outro somente para leitura :$ umask 0127.5"group-id" de um arquivochgrp grupo arquivoO comando chgrp muda a identificao do grupo de um arquivo. Pode serutilizado para conceder permisso de leitura e escrita para outro grupoque no o seu, sem ter que conceder as mesmas permisses para todosos demais usurios. Voc s poder mudar o grupo do arquivo que vocmesmo criou. Alm de voc somente o super-usurio poder fazer isso.Exemplo : Mude o grupo do arquivo memo1 para users2 :$ ls -l memo1-rw- r --r-- 1 guest users 984 May 12 11:02 memo1$ chgrp users2 memo1$ ls -l memo1-rw-r--r-- 1 guest users2 984 May 12 11:02 memo17.6 "owner" de um arquivochown usurio arquivo Linux Bsico 33 34. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu ValleUsado para mudar a identificao de proprietrio associada a um arquivo.Voc s poder aplicar este comando aos arquivos que voc mesmo criou.Alm de voc somente o super-usurio poder faz-lo. Observe que uma vezque voc tenha alterado a identificao de proprietrio que est associada aum arquivo, voc no mais o proprietrio, e no poder mais fazer aalterao inversa.Exemplo : Mude a propriedade do arquivo prog1 para guest2 :$ ls -l prog1-rw-r-xr-- 1 guest users 1765 May 17 13:34 prog1$ chown guest2 prog1$ ls-l prog1-rw-r-xr-- 1 guest2 users 1765 May 17 13:34 prog18 Redirecionamentos8.1 Entrada e Sada dos comandosQuase todos os comandos do LINUX usam uma entrada e produzem umasada. A entrada para um comando so os dados sobre os quais ocomando ir operar. Esses dados podem vir de um arquivo especificadopelo usurio, de um arquivo de sistema do LINUX, do terminal (do teclado)ou da sada de outro comando. A sada de um comando o resultado daoperao que ele realiza sobre a entrada. A sada do comando pode serimpressa na tela do terminal, enviada a um arquivo, ou servir de entradapara outro comando.Neste captulo voc vai aprender a manipular estas entradas e sadas,para poder criar e ler arquivos durante o uso de alguns comandos, etambm aprender a encadear comandos, fazendo com que um comandoutilize como entrada a sada de outro.8.2 Entrada e Sada PadroAlguns comandos tm apenas uma fonte possvel para a entrada, porexemplo o comando date sempre utiliza o sistema interno de relgio paraindicar a data e hora. Outros comandos exigem que voc especifique umaentrada. Se no especificar uma fonte de entrada juntamente com essescomandos, o LINUX considera que ela vir do teclado, isto , ele esperarque voc digite a entrada. Por isso o teclado chamado de entradapadro.As informaes do teclado so utilizadas no processamento, e para suafacilidade o LINUX tambm ecoa (apresenta na tela) o que voc digitar.Desta forma, voc pode certificar-se de ter digitado os comandocorretamente.Linux Bsico 34 35. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu ValleNormalmente, quase todos os comandos enviam suas sadas para a telado terminal, que chamada de sada padro. Como com as entradas, voctambm pode redirecionar as sadas dos comandos para outro destino queno a sada padro, por exemplo para arquivos ou para a entrada deoutros comandos.Alguns comandos, como rm, mv e mkdir no produzem nenhuma sada.Entretanto esses comandos e muitos outros podem apresentar mensagensde erro na tela se no obtiverem sucesso no seu processamento. Istoocorre porque a tela do terminal tambm a sada de erros padro, isto ,o local para onde so enviadas as mensagens de erro. As mensagens deerro dos comandos no devem ser confundidas com as sadas doscomandos.O shell do LINUX redireciona a fonte e o destino da entrada, de modo que ocomando no percebe se a entrada padro est direcionada para o tecladodo terminal ou para um arquivo. Da mesma forma, o comando no percebese a sada padro est direcionada para a tela do terminal, para um arquivoou para a entrada de outro comando.8.3 Redirecionamento de E/SH trs mtodos bsicos para redirecionar a entrada ou sada de umcomando. Uma delas simplesmente fornecer como argumento para ocomando o nome do arquivo que deve ser usado como entrada ou sadapara o comando. Este mtodo funciona com alguns comandos, como porexemplo cat, pg e outros. J comandos como o pwd no podem receberum arquivo como argumento. Mesmo com os filtros (classe de comandosa qual pertencem o cat e o pg) nem sempre possvel especificar a sada.Outro mtodo para redirecionar a entrada ou sada utilizar os smbolosde redirecionamento. Como muitos comandos podem receber arquivos deentrada sob a forma de argumentos, os smbolos de redirecionamento somais utilizados para direcionar a sada dos comandos.Um terceiro mtodo de redirecionar entradas e sadas usando pipes,que enviam a sada de um comando para outro, ou seja, a sada de umcomando serve como entrada para outro comando.8.3.1Smbolos de redirecionamentoOs caracteres especiais utilizados na linha do comando para fazer Oshell redirecionar a entrada, sada ou erro do programa esto listados edescritos a seguir. O shell interpreta esses caracteres antes do comandoser executado.Linux Bsico 35 36. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valle8.3.2Redirecionamento de entradacomando < arquivoO smbolo < (menor que) faz com que a entrada padro seja direcionada aum arquivo. Em muitos casos, especificar < funciona exatamente comoespecificar o nome do arquivo como argumento do comando. Por exemplo:$ cat Arquivo.teste$ cat < Arquivo.testeproduziro exatamente o mesmo efeito.8.3.3Redirecionamento de sadacomando > arquivo ou comando >> arquivoOs smbolos > e >> redirecionam a sada de um comando para um arquivo.O smbolo > escreve a sada do comando dentro do arquivo que vocindicar, quer esse arquivo exista ou no, sendo que o contedo do arquivoj existente ser substitudo. O smbolo >>, ao contrrio, anexa aoarquivo a sada do comando indicado em vez de substituir os dados queele j continha. No C Shell necessrio que o arquivo j exista, para que osmbolo possa ser utilizado, caso contrrio ocorrer um erro.Exemplos :1- Guarde no arquivo data.de.hoje a sada do comando date :$ date > data.de.hoje$ cat data.de.hoje2- Acrescente ao arquivo data.de.hoje a sada do comando who :$ who >> data.de.hoje$ cat data.de.hoje8.3.4PipesOs smbolos de redirecionamento permitem realizar mais de uma operaoem um mesmo arquivo. Somente com esses smbolos voc j tem condiesde realizar tudo oque quiser sobre um arquivo. Suponha, entretanto, que vocqueira fazer um conjunto de operaes diferentes em um mesmo arquivo.Cada operao implicaria a criao de um novo arquivo, sendo que onico propsito desses arquivos seria servir como entrada para outrocomando. Entretanto, tudo o que importa o resultado final. Parasituaes como essas o LINUX possui outra maneira de redirecionarentradas e sadas: os pipes.comando 1 | comando 2Este smbolo, |, pode ser usado para enviar a sada de um comando para aentrada de outro. Voc pode usar vrios pipes em uma linha de Linux Bsico 36 37. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Vallecomando, de maneira que possvel combinar tantos comandos quantosnecessrios, bastando intercal-los por smbolos de pipe. Uma seqncia decomandos encadeados desta maneira chamada de pipeline.Existem algumas regras bsicas para compor um pipeline em uma linhade comandos LINUX. Essencialmente essas regras so o endosso da intuiode um usurio um pouco mais experiente, que facilmente percebe que emum pipeline no pode haver "vazamentos" nem "entupimentos" do pipe, isto, no pode haver no meio do pipeline um comando que no produza sadas(como o caso do mkdir ou rm), ou um comando que no aceite entradas(como o caso do date e pwd). O primeiro comando do pipeline deve ser umprodutor de sada, obviamente.Exemplos :1- Conte o nmero de arquivos que comeam com a sub-string arq nodiretrio corrente :$ ls | grep arq | wc -l32- Conte o nmero de usurios que esto presentes no sistema nestemomento :$ who | wc -l2 8.3.5Redirecionamentos mltiplostee [iau] arquivoO comando tee "divide" a sada de um comando e redireciona-a para doisdestinos: para um arquivo especificado e para a sada padro. O comandotee em geral utilizado como um pedao de um pipeline. Se no estiver emum pipeline, o comando tee se comporta de maneira semelhante aocomando cat: recebendo linhas na entrada e ecoando-as na sada.Opes:-a Faz a sada ser anexada aos arquivos especificados, em vez desubstituir seus contedos;-i Ignora o sinal de interrupo;Exemplos :1- Conte o nmero de arquivos que comeam com a sub-string arq nodiretrio corrente e guarde os arquivos encontrados no arquivo nomes :$ ls | grep arq | tee nomes | wc -l3$ cat nomes arqarq2 Linux Bsico37 38. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Vallearquivo2- Conte o nmero de ocorrncias da cadeia Linux no arquivo arq2, guardeas ocorrncias no arquivo resp :$ cat < arq2 | grep Linux | tee resp | wc -l2$ cat resp8.3.6Redirecionamento de erro padroA mensagem de erro gerada por um comando normalmente direcionadapelo shell para a sada de erro padro, que a mesma da sada padro. Asada de erro padro tambm pode ser redirecionada para um arquivo,utilizando o smbolo >. Uma vez que este smbolo tambm utilizado pararedirecionar a sada padro, necessrio fazer uma distino maisdetalhada para evitar ambigidade.Os descritores de arquivos a seguir especificam a entrada padro, sadapadro e sada de erro padro: 0 Entrada padro; 1 Sada padro; 2 Sada de erro padro;O descritor do arquivo deve ser colocado imediatamente antes doscaracteres de redirecionamento. Por exemplo, 1> indica a sada padro,enquanto 2> indica a sada de erro padro. Assim, o comando mkdir temp2> errfile faz o shell direcionar qualquer mensagem de erro para o arquivoerrfile. As indicaes da entrada padro (0>) e sada padro (1>) sonecessrias apenas para evitar ambigidade.Exemplo :$ find / -name xinetd.conf > find.res 2> find.erro$ cat find.resp$ cat find.erro 9 Inittab2Antes que qualquer script de inicializao tenha sido executado, o arquivo/etc/inittab lido. Cada linha neste arquivo possui o seguinte formato: ID:runstate:ao:processoCada um destes campos indicam: ID:identificador da entrada runstate:nvel de operao na qual esta entrada usada ao:indica como o processo executado. Por exemplo, o valor wait2 http://www.dicas-l.com.br/dicas-l/19980517.phpLinux Bsico38 39. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu Valle indica que o processo deve ser executado e aguardar pelo seu encerramento. processo: indica o comando ou processo a ser executado.A linhas3:3:wait:/sbin/rc3indica que o script /sbin/rc3 executado quando o sistema se encontra no nvelde operao de nmero 3 e que o processamento deve ser encerrado antes quequalquer ao adicional seja tomada.Uma das principais atribuies deste arquivo a definio do nvel deinicializao do sistema (run level), que podem ser: 0 - halt (no o deixe como padro) 1 modo monousurio 2 Modo multiusurio, sem NFS (basicamente sem rede) 3 Modo multiusurio completo (com rede) 4 No usado (pode ser usado para definir um modo prprio) 5 X11 (ambiente grfico) 6 - reboot (no o deixe como padro)Por exemplo: id:5:initdefault:indica que est mquina inicializa no modo grfico.Outra atribuio deste arquivo habilitar ou no o reboot pela associaodasteclas ++, com uma linha do tipo: ca::ctrlaltdel:/sbin/shutdown -t3 -r nowSe comentarmos esta linha o reboot pelo teclado ser desabilitado. 10 Instalao de aplicativos com RPM3RPM, a simplificao de Red Hat Package Manager um sistema degerenciamento de pacotes para Linu RPM instala, atualiza, desinstala ex.verifica softwares. RPM o formato base da Linux Standard Base.Originalmente desenvolvido pela Red Hat Linux. RPM agora usado por muitasdistribuies Linux e tambm portado para outros sistemas operacionaiscomo NetWare da Novell e AIX da IBM.3 http://pt.wikipedia.org/wiki/RPMLinux Bsico39 40. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valle10.1 Base de dados RPMNa base do gerenciador de pacotes est o banco d dados rpm. Ele consiste deeuma lista duplamente ligada que contm todas as informaes de todos os rpminstalados. O banco da dados lista todos os arquivos que so criados oumodificados quando um usurio instala um programa e facilita a remoodestes mesmos arquivos. Se o banco de dados corrompido,as ligaesduplas garantem que eles possa ser reconstrudo sem nenhum problema. Noscomputadores com o sistema operacional RedHat e derivados instalado, estebanco da dados se encontra em /var/lib/rpm.10.2Rtulo dos PacotesTodo pacote RPM tem um rtulo de pacote (package label), que contm asseguintes informaes: o nome do software a verso do software (a verso tirada da fonte original do pacote) a edio do pacote (o nmero de vezes que o pacote foi refeito utilizando a mesma verso do software) a arquitetura sob a qual o pacote foi feito (i386, i686, athlon, ppc, noarch4 etc.)os arquivos RPM tm normalmente o seguinte formato: --..rpmUm exemplo: nano-0.98-2.i386.rpmNote que o rtulo do pacote est con tido no arquivo e no precisanecessariamente ser o mesmo que o nome do arquivo.O cdigo-fonte tambm pode ser distribudo em pacotes RPM. O rtulo de taispacotes no contm a parte destinada para a arquitetura e em seu localinserem "src". Exemplo: libgnomeuimm2.0-2.0.0-3mdk.src.rpm10.3Vantagens e desvantagens do formatoAs vantagens de utilizar os pacotes RPM em com relao a outro mtodos deadquirir e instalar software so: Um mtodo uniforme para o usurio instalar programas.4 Independente de arquitetura Linux Bsico40 41. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valle Maior simplicidade para desinstalar os programas. Popularidade: muitos pacotes disponveis. Instalao no-interativa: facilita uma instalao automtica. Cdigo-fonte original includo (.tar.gz, .tar.bz2 fcil de verificar.): Verificao criptogrfica com o GPG e o md5.As desvantagens incluem: Comumente tem mudanas no formato de pacote incompatveis com verses anteriores. Documentao incompleta e desatualizada. Pouca aprendizagem sobre os pacotes.Um acessrio exclusivo do Mandriva o urpmi, e pode ajudar com osproblemas de dependncias.10.4Acessrios relacionadosO RPM comumente usado por outros acessrios para manipulardependncias, como o Yellow dog Updater Modified yum ou o (versocompatvel com RPM) Advanced Packaging Tool (apt).Alguns gerenciadores de pacot soes dpkg usado com o Advanced Packaging Tool (apt) no Debian Linux. portage usado no Gentoo Linux. urpmi usado no Mandriva.10.5Instalao/desinstalo de aplicativos com URPMINo caso do Mandriva sempre a opo mais fcil usar o urpmi, j que o mesmotenta adivinhar o que estamos querendo instalar e instala todas asdependncias, se for o caso. Por exemplo, se desejarmos instalar o digikam(software para manipulao e gerenciamento de fotos), mas no lembramosexatamente o nome e digitamosurpmi digiO sistema retornar algo assim: nenhum nome de pacote digi Os seguintes pacotes contm digi: acroread-plugins-digitalsignature digicamerge Linux Bsico41 42. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu Valledigikamdigikamimagepluginsdigitemplibdigidoc2libdigidoc2-devellibdigikam0libdigikam0-develrmedigicontrolvdr-plugin-digicamx11-driver-input-digitaledgeento digitamos:urpmi digikamPara desinstalar (extrair) basta digitarmos:urpme pacote10.5.1 Mdias do URPMIMdia o local onde temos pacotes rpm para o Mandriva. O cd-rom, o dvd,diretrio nfs, ftp, http todos so mdias. Geralmente a maioria chama derepositrio devido ao costume de se trabalhar como Debian e Conectiva com aferramenta APT. Estas so facilmente gerenciadas com alguns comandos:urpmi.addmediaAdiciona mdias base de dadosurpmi.removemedia Remove mdias da base de dadosAs mdias podem ser sites da internet, permitindo assim o administrador mantero sistema sempre atualizado. Existe um excelente site para cadastro de mdiasque o Easy URPMI http://easyurpmi.zarb.org/. Neste site configuramos asnossas mdias de acordo com nossa verso e necessidades, basta seguir oroteiro do site.11 Editor viO editor vi bastante simples e muito utilizado por ser encontrado em todasas distribuies Linux. Poderamos optar por um editor um pouco maisavanado, mas com o inconveniente de encontrarmos umadistribuio/instalao onde no dispusssemos deste editor. Isto vlidoprincipalmente para o chamado Linux embarcado onde no dispomos dememria para outros editores.Linux Bsico42 43. Centro Federal de Educao TecnolgicaUnidade So Josrea de TelecomunicaesOdilson Tadeu ValleO editor vi no objetiva formatar textos: negritos, indentaes, justificao,etc.Na prtica o vi muito usado para editar textos que no necessitam deformatao em nenhum momento, como por exemplo cdigos fonte deprogramas em alguma linguagem de programao, e que no carreguem otexto com caracteres especiais.Neste captulo vamos aprender alguns comandos do vi, suficientes paraque voc entenda o funcionamento do editor e consiga editar arquivossimples.11.1Os trs modos de operao do VIO editor vi tem trs modos de operao distintos, que so: modo insert ,modo escape (tambm chamado de modo comando), modo last line;O modo insert usado para a digitao do texto. Neste modo o vifunciona como uma mquina de escrever, com a diferena de que vocpode retroceder sobre o texto j digitado para corrigir eventuais erros.Cada caracter que for digitado aparecer na tela exatamente como foidigitado.No modo escape os caracteres comuns (letras, nmeros e sinaisde pontuao) tm um significado especial e quase todos os caracteresfuncionam como comandos; portanto, existem muitos comandos. Algunscomandos servem para passar para o modo insert, outros paramovimentar o cursor sobre as linhas do texto, alterar trechos do texto,buscar palavras, etc.No modo last line voc digita os comandos em uma linha especialque aparece no final da tela quando se digita : (dois pontos) no modoescape. Parte dos comandos do modo escape possuem similares no modolast line, como por exemplo os comandos de edio, que veremos maisadiante. Os comandos no modo last line devem ser seguidos por ENTER,contrariamente ao que acontece no modo escape.11.2O Buffer de edioQuando voc edita um arquivo com o vi, na verdade voc no est alterandoo arquivo em si. As alteraes feitas so aplicadas em um buffer (umarea na memria, que passa a conter o arquivo sendo editado). Quandovoc quiser que as alteraes fiquem permanentemente aplicadas aoarquivo, necessrio copiar o contedo do buffer para o disco, usando ocomando write (w) no modo last line. Portanto, se o comando write nofor executado antes de deixar o vi, as alteraes contidas no buffer no Linux Bsico43 44. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu Vallesero aplicadas ao arquivo que est no disco.11.3 Criao e edio de arquivosNesta etapa vamos dar enfoque somente aos comandos e usos principais,objetivando atender as demandas de um administrador de rede.Para criarmos um arquivo simplesmente digitamosvi seguido do nome doarquivo. Por exemplo:vi primeiro.arquivoAps isto ser aberto o editor com contedo vazio, no modo comando. Parapodermos editar qualquer coisa devemos entrar no modo insero, para istobasta teclarmos (aparecer -- INSERT -- na base da janela) Em seguida .digitamos o texto propriamente dito, usando o teclado normalmente.Para salvarmos o texto devemos teclar (modo comando), (modolast line> e (write). Assim teremos o nosso texto salvo.Agora vamos a alguns comandos teis: Para copiarmos algumas linhas do texto colocamos o cursor no incio do texto a ser copiado e, no modode comando, teclamos ++, onde n nmero de linhas que desejamos copiar. Por exemplo se digitarmos ++ copiaremos 5 linhas para o buffer. Para excluirmos algumas linhas do texto colocamos o cursor no incio do texto a ser excudo e, no modo de comando, teclamos ++, onde n nmero de linhas que desejamos copiar. Por exemplo se digitarmos ++ apagaremos 3 linhas do texto mas que sero armazenadas no buffer. Para colarmos o contedo do buffer para alguma parte do texto colocamos o cursor no ponto onde pretendemos inserir o texto e, no modo de comando, teclamos

(paste) para inserirmos o texto abaixo da linha do cursor e

para inserir o texto acima da linha do cursor. Para encontrarmos alguma palavra, no modo de comando, teclamos > . O vi mostrar a primeira ocorrncia da mesma. Para ir para a prxima ocorrncia teclamos (next). Para substituirmos uma palavra por outra, no modo de comando, teclamos >. Por exemplo se quisermos substituir velha por nova: >, assim teremos a troca da primeira ocorrncia de velha por nova. Para substituirmos todas as ocorrncias acrescentamos entre e do caso anterior. Exemplo: >Linux Bsico44 45. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu Valle Para inserirmos o contedo de um texto externo em nosso texto, no modo de comando, teclamos ++. Para salvarmos com outro nome, no modo de comando, teclamos ++. 12 Sistema de arquivos5Sistema de arquivos a forma de organizao de dados nos discos dearmazenamento. Sabendo do sistema de arquivos de um de terminado disco, oSistema Operacional pode decodificar os dados armazenados e l-los ou grav-los.Fazendo analogias, tal organizao assemelha-se auma biblioteca escolar. O bibliotecrio organiza oslivros conforme o seu gosto, cuja busca,convenientemente, procura deixar mais fcil, semocupar muitas prateleiras e assegurando aintegridade deste. Ainda, certamente, organiza oslivros segundo suas caractersticas (assunto,censura, etc). Depois de organizados, ou durante aorganizao, o bibliotecrio cria uma lista comtodos os livros da biblioteca, com seus assuntos,localizaes e cdigos respectivos.O Sistema Operacional seria o bibliotecrio da "biblioteca de dados" docomputador: o disco de armazenamento. Exatamente igual organizao deuma biblioteca, o Sistema Operacional guarda os dados nos espaos vazios dodisco, rotulando-os com um FCB (File Control Block, Bloco de Controle deArquivo) e ainda criando uma lista com a posio deste dado, chamada de MFT(Master File Table, Tabela de Arquivos Mestre).Sabendo a posio do arquivo a ser aberto/gravado,o Sistema Operacionalsolicita a leitura desta, decodifica/codifica e realiza a abertura/gravao dodado.Um sistema de arquivos , assim, uma forma de criar uma estrutura lgica deacesso a dados numa partio. Sendo assim, tambm importante referir quenunca poder ter 2 ou mais tipos de sistemas de arquivos (formatos) numamesma partio.O MBR (Master Boot Record) um arquivo de dados interligado com a BIOS(Basic Input Output System) cuja importncia o reconhecimento do sistemade arquivos, como tambm na inicializao de sistema operacionais.Particionar um dispositivo dividi-lo de forma que cada uma das suas partes,5 http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_ficheiros Linux Bsico45 46. Centro Federal de Educao Tecnolgica Unidade So Jos rea de Telecomunicaes Odilson Tadeu Valledenominadas parties, possa receber um tipo de sistema de arquivo e estejapreparada para receber as informaes.Sistema de arquivos e parties so normal ente confundidos, quando na mverdade so conceitos totalmente diferentes. As parties so reas dearmazenamento, criadas durante o processo de particionamento, sendo quecada partio funciona como se fosse um disco rgido (ou dispositivo utilizado).Para se utilizar uma partio, entretanto, deve-se criar um sistema de arquivos,ou seja, um sistema que organize e controle os arquivos e diretrios destapartio. Uma partio pode ter apenas um sistema de arquivo, j um discocom vrias parties pode ter vrios sistemas de arquivos.Quando um disco rgido formatado com um sistema de arquivos no Linux, omesmo dividido em 4 partes, Ilustrao 1.Blocode SuperblocoTabeladeinodes Blocosdedadosboot Ilustrao 1: Estrutura de um sistema de arquivos genrico no LinuxO bloco de boot contm o boot do sistema operacional.O