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Materiais Perigosos Formadora Sofia Proença PAME 011 Ana Ruela Barbara Ruela Isabel de Oliveira Matérias Corrosivas

Matérias Corrosivas

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materias corrosivas

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Page 1: Matérias Corrosivas

Materiais Perigosos FormadoraSofia

Proença

PAME 011

Ana Ruela

Barbara Ruela

Isabel de Oliveira

Matérias Corrosivas

Page 2: Matérias Corrosivas

Índice

Conteúdo Introdução .................................................................................................................................... 5

Desenvolvimento ......................................................................................................................... 6

Matérias Perigosas ..................................................................................................................... 6

Sistema de classificação ............................................................................................................ 8

Matérias Corrosivas .................................................................................................................... 9

Identificação de matérias corrosivas classe 8 ........................................................................ 10

Substancia Corrosiva ................................................................................................................ 11

Hidróxido de sódio .................................................................................................................... 11

Aplicações.................................................................................................................................. 13

Manuseamento .......................................................................................................................... 15

Armazenamento ........................................................................................................................ 15

Perigos e Primeiros Socorros .................................................................................................. 15

Meios apropriados de extinção de fogo ou explosão............................................................. 17

Medidas preventivas ................................................................................................................. 17

Questões relativas à eliminação .............................................................................................. 17

Reacção com alumínio ............................................................................................................. 17

Amoníaco ................................................................................................................................... 18

(Amónia)..................................................................................................................................... 18

Propriedades físicas do amoníaco .......................................................................................... 19

Propriedades químicas ............................................................................................................. 20

. O ferro como catalisador ........................................................................................................ 21

O Amoníaco na Indústria .......................................................................................................... 22

O processo industrial ................................................................................................................ 23

Os esgotos (dejectos domésticos)........................................................................................... 24

Síntese do amoníaco ................................................................................................................ 25

A indústria nacional no fabrico do amoníaco .......................................................................... 25

Questões ecológicas- O futuro ................................................................................................ 26

O problema da chuva ácida ..................................................................................................... 27

Page 3: Matérias Corrosivas

Consequências das chuvas ácidas ......................................................................................... 28

Para o meio ambiente ..................................................................................................... 29

O amoníaco, a saúde e o ambiente ........................................................................................ 30

Vantagens do Amoníaco .......................................................................................................... 30

Efeitos nocivos .......................................................................................................................... 30

Manuseamento .......................................................................................................................... 32

Armazenamento ........................................................................................................................ 33

Medidas em caso de incêndio.................................................................................................. 33

Ácido crómico ............................................................................................................................ 35

Usos: .......................................................................................................................................... 36

Identificação dos perigos .......................................................................................................... 37

Medidas de combate a incêndio .............................................................................................. 38

Medidas em causa de fuga acidental ...................................................................................... 38

Manuseamento e Armazenagem ............................................................................................. 39

Controle da exposição/Protecção individual ........................................................................... 39

Propriedades Físico-químicas.................................................................................................. 40

Informações toxicológicas ........................................................................................................ 40

Informações relativas ao transporte ........................................................................................ 41

Regras Gerais para as substâncias mencionadas ................................................................. 42

Regulamentação para Transporte ........................................................................................... 42

Embalagem para transporte ..................................................................................................... 42

Transporte ferroviário................................................................................................................ 44

Transporte Rodoviário .............................................................................................................. 45

Transporte Aéreo ...................................................................................................................... 47

Transporte marítimo .................................................................................................................. 48

Manuseamento .......................................................................................................................... 49

Armazenamento ........................................................................................................................ 49

Primeiros Socorros.................................................................................................................... 50

Equipamento de protecção química ........................................................................................ 54

Bombeiros Sapadores .............................................................................................................. 56

O papel importante que estes desempenham em situações perigosas .............................. 56

Acidentes com o transporte de matérias perigosas ............................................................... 60

Page 4: Matérias Corrosivas

Assistência. ................................................................................................................................ 61

Conclusão .................................................................................................................................. 62

Web Grafia ................................................................................................................................. 66

Page 5: Matérias Corrosivas

Introdução

Este trabalho de investigação e pesquisa é realizado no âmbito do módulo

“Montagem de Aeronaves – manuseamento e transporte de produtos perigosos”.

Após a exposição do quadro de matérias perigosas, foi-nos solicitado pela

Formadora Sofia Proença um trabalho de grupo acerca do mesmo. Para isso, foi

feito um sorteio para distribuir os temas pertencentes ao qual foi-nos delegado a

classe 8 “ Matérias Corrosivas”. Dentro desta classe cada elemento do grupo

escolheu uma substancia para desenvolver. A Ana Marisa escolheu Hidróxido de

Sódio, a Bárbara, Amoníaco e a Isabel, Ácido Crómico.

Para a realização deste trabalho reunimos informação relevante, exist indo um

esforço por confrontar informação de várias fontes de forma consolidar toda a

pesquisa e investigação realizadas. Para além da matéria fornecida pela

Formadora Sofia Proença e da investigação/pesquisa, deslocamo-nos aos

Bombeiros Sapadores de Setúbal com a intenção de ter mais informação sobre o

transporte e meios de combate a incêndio com matérias perigosas, tendo em

particular atenção ao tema que iriamos desenvolver.

Com a indicação de um amigo bombeiro sapador, Osvalde Andrade, reunimo-nos

com o Subchefe Jorge Couto, o qual se disponibilizou de imediato em ajudar-nos

no que fosse necessário e por isso estamos muito gratas pela ajuda e empenho

dispensado pelo mesmo para a pesquisa, desenvolvimento e realização do nosso

trabalho.

O primeiro passo para um uso seguro de produtos químicos é saber identificá-lo

quanto aos perigos para a saúde, o ambiente e os meios para o seu controlo pois

requerem sempre cuidados e medidas específicas a serem desencadeadas para o

controlo das diferentes situações que podem ocorrer, razão pela qual é

fundamental a intervenção de pessoas devidamente capacitadas e equipadas para

o sucesso dessas operações.

Page 6: Matérias Corrosivas

Desenvolvimento

O desenvolvimento económico nas suas diversas vertentes, em especial na

indústria está associado á criação de produtos cujas propriedades lhes conferem

perigos e riscos acrescidos em relação aos produtos naturalmente utilizados pelo

Homem. É o caso, por exemplo dos produtos químicos, que são utilizados em

praticamente todas as indústrias, inclusive Aeronáutica. Estes produtos afectam a

vida de todos os seres humanos directa ou indirectamente através da agricultura,

saúde e nosso bem-estar.

Designa-se por produtos químicos aos produtos de transformação obtidos por

meio de processo industrial, constituídos de substâncias puras, compostas e

misturas. Podem ser naturais, obtidos a partir de produtos encontrados na

natureza ou sintéticos, obtidos artificialmente através da síntese de outros

produtos.

Matérias Perigosas

As Matérias perigosas são definidas como matérias (matéria-prima, produto,

subproduto, resíduo, ou produto intermédio), que pelas suas características ou

propriedades como a inflamabilidade, ecotoxicidade, corrosibilidade ou

radioactividade possa causar dano a tecido vivo e ao meio ambiente, através de

derrame, incêndio ou explosão. (Decreto-Lei n.º 170-A/2007 de 4 de Maio, Artigo

3.º)

Os riscos inerentes às matérias perigosas poderão ser reduzidos na medida em

que as mesmas forem manuseadas correctamente durante o fabrico,

embalamento, armazenamento ou transporte. (Decreto-Lei n.º 170-A/2007 de 4 de

Maio, Artigo 13.º)

Uma característica destas matérias é a sua elevada capacidade de reagirem com

outras substâncias. Por vezes, estas reacções assumem formas violentas

Page 7: Matérias Corrosivas

(explosões) ou geram produtos tóxicos que podem agredir a vida humana por

ingestão, inalação ou via cutânea. Os perigos originados pelas matérias perigosas

dependem também muito do estado físico em que as mesmas se encontram,

conforme o quadro I abaixo demonstra.

Os riscos são associados essencialmente á formação de atmosferas perigosas

(corrosivas ou explosivas, por exemplo), as quais podem decorrer em

variadíssimas situações, tais como:

Incêndios que envolvam produtos perigosos

Acidentes, que envolvam derrames, fugas ou emissões de substâncias

perigosas, quer no processo de produção, armazenagem ou transporte

Características das matérias em função do estado físico

Sólido

Não fluem; (excepcionalmente alguns pós podem fluir);

Têm uma baixa emissão de vapores;

Não produzem fugas;

Não se derramam (excepto os pós);

Podem produzir atmosferas pulverulentas (pó),

susceptíveis de gerar explosões

Liquido

Fluem e adaptam-se á forma do recipiente;

Podem emitir vapores, em função da temperatura, que são

facilmente inalados e com possibilidade de provocarem

atmosferas explosivas,

Os seus derrames acidentais podem atingir linhas,

depósitos ou cursos de agua.

Gasoso

Fluem e ocupam qualquer espaço;

São compressíveis;

Quando mais densos que o ar (exemplo: GPL) tendem a

ocupar os espaços mais baixos, como caves, linhas de

água e redes de esgoto.

Page 8: Matérias Corrosivas

Tipos de processo de fabrico em que são fabricadas

Sistema de classificação

O conhecimento dos riscos e características específicas das substâncias químicas

envolvidas é outro factor de suma importância, daí que a Organização das Nações

Unidas classificou e agrupou os produtos químicos em nove classes de risco

distintas e de acordo com os perigos relativos a cada uma conforme descrito no

quadro abaixo.

Classe Designação

1 Matérias e objectos explosivos

2 Gases

3 Líquidos inflamáveis

4.1 Matérias sólidas inflamáveis, matéria Auto reactivas e matérias

explosivas dessensibilizadas

4.2 Matéria sujeita a inflamação espontânea

4.3 Matérias que em contacto com a água libertam gases inflamáveis

5.1 Matérias comburentes

5.2 Peróxidos orgânicos

6.1 Matérias tóxicas

6.2 Matérias infecciosas

7 Matérias radioactivas

8 Matérias corrosivas

9 Matérias e objectos perigosos diversos

Page 9: Matérias Corrosivas

Matérias Corrosivas

A característica que determina o carácter corrosivo de uma substância é a sua

capacidade de corroer outras substâncias como a pele,

mucosas, olhos e vias respiratórias com o qual estão em

contacto ou que no caso de uma fuga, podem causar danos

noutras mercadorias ou nos meios de transporte, ou destruí-los,

como o hidróxido de sódio e o ácido sulfúrico que atacam

sobretudo os metais. Não são normalmente materiais combustíveis, podem arder

mas não se incendeiam facilmente. Podem reagir violentamente se misturados

entre si ou com outras matérias perigosas. As temperaturas elevadas, humidade e

outras existentes no local pode estar na origem da ocorrência, durante um

incêndio, de danos graves em depósitos, tubagens podendo a situação ser

agravada pela eventual libertação de substâncias tóxicas e se derramado, poluir

lençóis de água. São igualmente abrangidas as matérias que apenas formam uma

matéria corrosiva líquida em presença da água ou que em presença da humidade

natural do ar, produzem vapores ou neblinas corrosivas.

Existem dois grupos principais de substâncias químicas: as substâncias ácidas e

as substâncias alcalinas, também denominadas bases.

Ácidos: são substâncias químicas que em contacto com a água libertam

íons H+, provocando alterações de pH na faixa de 0 (zero) a 7 (sete);

(exemplos: ácido clorídrico, ácido nítrico, ácido sulfúrico)

Bases: são substâncias químicas que em contacto com a água libertam

íons OH-, provocando alterações de pH na faixa de 7 (sete) a 14 (catorze).

(exemplos: hidróxido de sódio, hidróxido de potássio)

Sempre deve ser colocado ácido sobre a base e NUNCA a base sobre o

ácido.

Muitas das substâncias pertencentes a esta classe reagem com a maioria dos

metais, gerando hidrogénio, um gás inflamável que acarreta riscos adicionais.

Page 10: Matérias Corrosivas

Certas substâncias também apresentam um alto poder oxidante, enquanto outras

podem reagir vigorosamente com a água ou com outros materiais

Identificação de matérias corrosivas classe 8

Números de identificação de Perigo

As placas e etiquetas são um método baseado na simbologia

adoptada por diversos países das matérias perigosas.

Conhecidos como “Números de Perigo” ou Código Kemler podem ser encontrados

na metade superior do painel laranja dos contentores, um código numérico que

nos indica o risco da mercadoria transportada.

Esse código é composto por dois ou três dígitos e às vezes precedido pela letra

X.O número de identificação da matéria de 4 algarismos, conhecido como

“Número ONU”, está na metade inferior do painel laranja. A sua utilização resolve

o problema dos diversos nomes técnicos que podem ter os produtos em cada

idioma e evita más interpretações devido ao uso de distintas denominações

comerciais para um mesmo produto.

Verificamos na tabela abaixo discriminada a sua designação:

Nº Id. Perigo

Designação

80 Matéria corrosiva

X80 Matéria corrosiva, que reage perigosamente com a água

823 Matéria corrosiva líquida, que reage com a água libertando gases inflamáveis

83 Matéria corrosiva e inflamável

X83 Matéria corrosiva e inflamável, que reage perigosamente com a água

839 Matéria corrosiva e inflamável que pode produzir espontaneamente uma

reacção violenta

X839 Matéria corrosiva e inflamável que pode produzir espontaneamente uma

reacção violenta e que reage perigosamente com a água

Page 11: Matérias Corrosivas

Substancia Corrosiva

Hidróxido de sódio

Hidróxido de sódio, comumente conhecido como soda cáustica (NaOH) provem do

latim caustĭcus, que significa queimar. É um sólido branco bastante higroscópico

(absorve a água presente no ar) e caracteriza-se por ser uma base muito forte,

sendo utilizada para neutralizar ácidos fortes ou tornar rapidamente alcalino um

meio reaccional, mesmo em poucas concentrações. Sua obtenção origina-se da

electrólise de cloreto de sódio (NaCl) em meio aquoso. Além de corrosivo, o

84 Matéria corrosiva sólida, inflamável ou susceptível de auto-aquecimento

842 Matéria corrosiva sólida que reage com a água libertando gases inflamáveis

85 Matéria corrosiva e comburente (facilita o incêndio)

856 Matéria corrosiva e comburente (facilita o incêndio) e tóxica

86 Matéria corrosiva e tóxica

X88 Matéria muito corrosiva que reage perigosamente com a água

883 Matéria muito corrosiva e inflamável

884 Matéria muito corrosiva sólida, inflamável ou susceptível de auto-aquecimento

885 Matéria muito corrosiva e comburente (facilita o incêndio)

886 Matéria muito corrosiva e tóxica

X886 Matéria muito corrosiva e tóxica que reage perigosamente com a água

89 Matéria corrosiva que pode produzir espontaneamente uma reacção violenta

Page 12: Matérias Corrosivas

hidróxido de sódio também é bastante tóxico e muito solúvel em água, liberta

grande quantidade de calor, sendo um processo exotérmico.

Na tabela abaixo discrimina a cadeia produtiva via electrolise.

Três processos de electrólise são utilizados para a produção de hidróxido de

sódio: o de mercúrio, o de diafragma e o de membrana.

Célula de Mercúrio

Fig. 3 – Célula de mercúrio para produção de NaOH

Neste processo, o hidróxido de sódio é obtido através da electrólise da salmoura

(solução concentrada de cloreto de sódio).

Célula de diafragma (Amianto)

Page 13: Matérias Corrosivas

Nesta operação a solução de cloreto de sódio é admitida no compartimento

anódico onde ocorre a oxidação do cloreto a gás cloro. O escoamento da solução

resultante do compartimento anódico para o compartimento catódico acontece

através de um diafragma.

Célula de membrana

Fig. 3 – Electrolise NaOH

Fig. 4 - Plantas industriais de produção de NaOH utilizando-se células de membrana

Esta tecnologia assemelha -se muito á de diafragma, excepto pelo amianto, que é

substituído por uma membrana polimérica.

Aplicações

O hidróxido de sódio é utilizado em variadíssimas situações:

Tratamento de resíduos através da mudança de pH

Detergentes e sabões

Indústria alimentícia (correcção de pH)

Fabricação de papel

Tecidos

Biodiesel

Drogas legais e ilegais

Usado para desobstruir canos e esgotos pelo facto de ser corrosivo

Page 14: Matérias Corrosivas

Outras aplicações:

Remoção de CO2 de atmosferas - Utilizada para remoção de atmosferas tóxicas,

como a Estação Espacial Internacional devido á produção de dióxido de carbono

criada pelos seus ocupantes.

Agente de limpeza - Frequentemente usado como um agente de limpeza em

cervejarias, maltarias e vinícolas. É igualmente o ingrediente o mais comum em

líquidos de limpeza de fornos.

Preparação de alimentos - O uso em produção de alimentos do hidróxido de

sódio incluem lavagem ou remoção química da pele de frutas e vegetais,

processamento de cacau e chocolate, produção de caramelos coloridos,

depenação de aves de criação, processamento de bebidas não alcoólicas.

Azeitonas são frequentemente imersas em solução de hidróxido de sódio para

serem amaciadas.

Alcalinizante de reveladores fotográficos

Assassinos em série e outros criminosos usam esta substância para a

eliminação dos corpos de suas vítimas.

Exemplos de produtos com NaOH

Page 15: Matérias Corrosivas

Manuseamento

Observar os avisos dos rótulos. Mantenha o material em recipientes bem

fechados, armazenando-os em local fresco, seco e bem ventilado. Proteja-o contra

danos físicos, fontes de calor, incompatibilidades de substâncias e humidade.

Como é extremamente reactivo com tecidos vivos e causa queimaduras químicas,

lesões permanentes ou cicatrizes, os equipamentos de protecção, luvas de

borracha, roupas e óculos de protecção devem sempre ser usados quando se

manipula este composto químico ou as suas soluções.

Armazenamento

É um sólido higroscópico que facilmente absorve dióxido de carbono do ar,

então deve ser guardado em recipientes herméticos, armazenados em local

fresco, seco e ventilado, protegido de impactos físicos.

Manter as embalagens longe da luz solar directa que levam ao aumento de

temperatura e a criação de hidrogénio e outras substâncias inflamáveis ou

tóxicas. Alumínio, zinco, estanho, cobre, aldeídos, alguns açúcares,

solventes clorados e ácidos são alguns dos exemplos.

Ao fazer diluição sempre acrescente a soda na água e jamais a água sobre

a soda.

Perigos e Primeiros Socorros

Se for ingerido pode causar danos graves e as vezes irreversíveis ao

sistema gastrointestinal, queimaduras severas e perfurações nos tecidos da

boca, garganta, esófago e estômago.

Se for inalado pode causar irritações, sendo que em altas em doses pode

levar a morte.

O contacto com a pele também é um facto perigoso pois pode causar de

uma simples irritação até uma úlcera grave e nos olhos pode causar

queimaduras e problemas na córnea ou no conjuntivo. É extremamente

cáustico, e pode reagir com gorduras e óleos sobre a pele e na reacção

produzir sais (sabões). A pele deve ser lavada completamente até á sua

Page 16: Matérias Corrosivas

completa remoção com abundantes volumes de água evitando o

prolongamento do contacto esta substância.

Uso do equipamento de protecção individual indicado para o tipo de

operação a ser realizada.

Em caso de contacto com esta substância, deve-se colocar a região exposta em

água corrente por 15 minutos e procurar ajuda médica.

Ingerido: deve dar-se água a vítima sem provocar vómito na mesma.

Inalado: levar a vítima para um local aberto para que possa respirar.

Se caso a vitima não esteja respirando, é necessário usar respiração

artificial.

Procedimento para derrame de NaOH

É recomendado o uso de óculos de protecção ou escudo facial, avental e luvas de

borracha nitrílica. Remove-se o material com uma pá e coloca-se num balde.

Adiciona-se gradativamente, agitando permanentemente, uma grande quantidade

de água gelada ou pelo menos fria. Neutraliza-se com ácido clorídrico comercial a

5% (pode-se usar para controlar o pH qualquer papel indicador) e escoa-se pelo

ralo. O local de despejo deve ser lavado com água em abundância.

Como toda base forte, sua deposição no ambiente sem tratamento pode alterar

drasticamente o pH de massas de água, com prejuízos para a flora e fauna

aquática. O impacto ambiental é tóxico, tanto na água como no solo. Neutralizar o

efeito do produto e recolhê-lo para disposição, segundo os critérios definidos em

lei. Derramamentos e/ou vazamentos da soda cáustica para a atmosfera, devem

ser evitados, e na impossibilidade, contidos. Conter o líquido com terra para não

atingir rios e sistema de esgoto, além de bloquear a emissão de materiais voláteis,

eventualmente formados, para a atmosfera.

Page 17: Matérias Corrosivas

Meios apropriados de extinção de fogo ou explosão

Uma vez que as embalagens fechadas podem rebentar por formação de gases, a

água pulverizada, meios de extinção em seco como areia ou cimento, espuma

supressora, o uso de cortinas de água para absorver gases e fumos para

refrigerar as equipas de intervenção são a melhor opção.

Medidas preventivas

Manter o pessoal não protegido longe da zona afectada e contrária á direcção do

vento. Não inalar os vapores. Evitar o contacto com o derrame, actuar com roupa

de protecção adequada e máscara com filtro adequado. Sinalizar a zona, tomar as

medidas indicadas para as pessoas e o meio ambiente.

Questões relativas à eliminação

Na União Europeia não existem normas uniformes sobre a eliminação de produtos

químicos ou de substâncias residuais. Produtos químicos que dêem origem a

substâncias residuais são geralmente considerados como resíduos especiais. A

sua eliminação é regulamentada através de leis ou decretos-leis apropriados

vigentes nos Estados-membros da União Europeia.

Reacção com alumínio

Devido a sua reacção com alumínio, evita-se por segurança usar o hidróxido de

sódio na limpeza de qualquer tubulação ou equipamento de alumínio, assim como

seu transporte em qualquer veículo com tancagem em alumínio.

Page 18: Matérias Corrosivas

Queimaduras com hidróxido de sódio

Jamais deixe de usar o equipamento de protecção!

Amoníaco

(Amónia)

O amoníaco é, à pressão atmosférica, um gás incolor, de cheiro muito intenso.

Existe naturalmente no ar, dissolvido na água e acha-se no solo sob determinadas

formas químicas.

O amoníaco é produzido a partir de N2 atmosférico e H2, essencialmente a partir

de gás natural (metano) na presença de um catalisador. A produção de amoníaco

é favorecida a temperaturas moderadamente baixas, entre 400 a 600ºC e a altas

pressões entre 140 e 340 atm. É uma reacção exotérmica e, como tal, liberta-se

energia à medida que se atinge o equilíbrio. A produção de uma tonelada do

amoníaco requer uma mistura de2.400 m3 de hidrogénio extremamente puro e

800 m3 de azoto altamente purificado.

Page 19: Matérias Corrosivas

A síntese do amoníaco (designada por processo Haber-Bosch) é usada na sua

produção, a partir de azoto e hidrogénio. Esta reacção é descrita pela equação

química: N2 (g) + 3H2 (g) → 2NH3 (g)

O catalisador usado na síntese do amoníaco é ferro contendo promotores

(impulsionadores). Este ferro é obtido da magnetite. Os promotores aumentam a

actividade, o tempo de semi-vida, afiançam a estabilidade à temperatura do

catalisador e diminuem a sua susceptibilidade aos venenos (do catalisador).

Permanece na atmosfera entre uma e duas semanas, originado principalmente da

queima de combustíveis fosseis e uso de fertilizantes azotados, que libertam

grandes quantidades de amoníaco para o ambiente, causando desequilíbrio no

seu ciclo natural, nos organismos vegetais e animais, na decomposição do lixo

orgânico, na degradação do estrume e em causas naturais como os vulcões.

A principal matéria-prima dos fertilizantes azotados é o amoníaco, preparado a

partir da reacção entre o hidrogénio e o azoto e utilizado directamente como

fertilizante por injecção no solo. Como as plantas conseguem fixar apenas uma

parte desses fertilizantes o restante amoníaco é perdido para o ambiente por

métodos de erosão ou através de emissão para a atmosfera.

Na água o amoníaco provém dos esgotos, descargas industriais e agrícolas,

fábricas e como resíduo natural das proteínas pelos peixes.

Da atmosfera o amoníaco é removido por reacção com a água e pela sua acção

como base.

Propriedades físicas do amoníaco

O amoníaco apresenta propriedades físicas irregulares. É incolor nos estados

solido, liquido e gasoso. Possui um odor extremamente forte irritante e um sabor

alcalino ardente. Mais leve que o ar, a sua densidade relativa é de 8.5 e o seu alto

valor de calor de vaporização torna-o um bom refrigerante.

Page 20: Matérias Corrosivas

É muito fácil de liquefazer, sofre passagem ao estado líquido por diminuição de

temperatura e/ou aumento de pressão. Tem um alto valor no ponto de ebulição,

apesar disso ferve a uma temperatura inferior à da temperatura ambiente, uma

propriedade que parece apresentar dificuldades no manuseamento do amoníaco

líquido. Pode ser manuseado em aparelhos vulgares sem excessiva ebulição mas

recomenda-se o uso de contentores revestidos para uso com vácuo.

Como solvente, o amoníaco apresenta propriedades intermédias entre água e

álcool etílico. Tem uma elevada constante dieléctrica e dissolve um grande

número de substâncias iónicas (embora com capacidade como solvente inferior à

agua). Por outro lado, dissolve melhor que a água, algumas substâncias

orgânicas, tais como fenóis, éteres, cetonas, compostos de azoto entre outros.

Propriedades químicas

É uma substancia quimicamente muito activa, altamente alcalina e cáustica, situa-

se entre o monóxido de carbono e o benzeno e menos tóxico que o monóxido de

carbono. É perceptível em concentrações entre 20-50 ppm.

É decomposto por aquecimento sobre um metal ao rubro e uma faísca eléctrica.

Arde com dificuldade no ar, situando-se os limites de inflamabilidade entre os 16-

25%. Reduz oxigénio puro, reage na presença de água, do cloro e dos vapores do

bromo.

Ao queimar com oxigénio transforma-se em água e azoto, juntamente com algum

nitrito de amónio (NH4NO2) e tetróxido de azoto (N2O4).A mistura de oxigénio e

amoníaco é explosiva. O amoníaco reage vigorosamente com os halogéneos

resultando em halogéneos de amónio azoto livre.

Page 21: Matérias Corrosivas

Fig. 1 – Propriedades do Amoníaco

Estas propriedades físicas e químicas fazem com que o amoníaco tenha uma

vasta gama de aplicações, sendo usado como fonte de azoto no fabrico de

fertilizantes, em produtos de limpeza, agente neutralizador na indústria do petróleo

e gás de refrigeração em sistemas industriais. O alto poder refrigerante do

amoníaco e o baixo potencial de destruição do ozono estratosférico motivam o seu

uso em refrigeração, evitando o uso de compostos orgânicos da família dos

clorofluorcarbonetos. (CFC)

O ferro como catalisador

Fig.2 – Principais Fontes Minerais do Ferro

Um catalisador com boa condutividade térmica favorece as transferências de calor

e ajuda a diminuir os gradientes de temperatura. Este pode ser inorgânico,

orgânico, organometálica ou uma biomolécula. Para a catálise do amoníaco

obteve-se melhores resultados os baseados no ferro, como substancia

fundamental, e como activador, óxido de alumínio, um papel complexo mas vital

no aumento do tempo de vida de um catalisador.

Page 22: Matérias Corrosivas

O Amoníaco na Indústria

A primeira fábrica industrial de síntese de amoníaco começou a laborar devido ao

trabalho desenvolvido na Badische und soda Fabrik, na Alemanha, e tinha

capacidade de fabricar 30 toneladas por dia.

Aplicações do Amoníaco

Fig. 4 – Aplicações do Amoníaco

A aplicação mais importante é no fabrico de adubos artificiais, seguido do fabrico

de plásticos e fibras sintéticas, fabrico de explosivos, utilizado em balas e escudos

militares, a nitroglicerina e nitrato de amónio usa-se para fabricar o dinamite e o

trinitrotolueno (TNT). Usa-se ainda na produção de carbono de sódio, como aditivo

em perfumes e corantes. Todos os aparelhos e tubos que são usados no trabalho

com amoníaco têm que ser em ferro fundido, sem cobre para manter o teor em

NH3, em todos os instrumentos utilizados.

Nas diferentes indústrias o amoníaco tem diversas utilidades:

Industria petroquímica: Neutralização de petróleo bruto, síntese de

catalisadores

Industria metalúrgica: atmosferas de tratamento térmico

Indústria de panificação: carbonato de amónio, o sal de haste de veado,

usado como substituinte da levedura

Industria agro-pecuária: fertilização de terras, tratamento da palha

Industria médica: carbonato de amónio, aditivos em perfume e sal volátil

Page 23: Matérias Corrosivas

Industria papeleira: eliminação do cálcio

Indústria de explosivos: nitrato de amónio (explosivo de segurança nas

minas de carvão)

Indústria do frio: fluido refrigerante

Indústria da borracha: eliminação de coágulos de latex

Industria têxtil: dissolvente

Industria electrónica: tratamentos superficiais, relógio de amoníaco

O processo industrial

A indústria pode dividir-se em três tipos de base de actividades:

O isolamento de substâncias que ocorrem naturalmente para uso, como

matérias-primas

O processo de matérias-primas por reacções químicas para fabricação

de produtos comerciais

Utilização desses produtos para melhoria da qualidade de vida.

No laboratório, a conveniência é o factor mais importante a ter em conta, porque

as quantidades são tao pequenas que os perigos associados podem ser

resolvidos com um extintor, hottes e outros.

As hottes de extracção de gases são fundamentais para

a segurança total do laboratório protegendo activamente

o utilizador contra o risco de inalação de substâncias

químicas tóxicas, reduzindo significativamente o risco de

incêndio e explosão. O custo não é importante. No entanto, no processo industrial,

a economia e a segurança são factores críticos.

Na indústria, os recipientes são de metal em vez de vidro, e a corrosão é um

problema constante.

Page 24: Matérias Corrosivas

No laboratório, muitos subprodutos, podem ser apenas ser deitados pelo cano,

enquanto na indústria, são reciclados ou vendidos. Se no mercado não houver

procura para determinado subproduto as empresas podem tentar desenvolver um

mercado para ele levando a melhoramentos das instalações fabris já existentes,

na redução dos impactes ambientais, introduzir melhoramentos ao nível das

necessidades energéticas e na produção de efluentes mais ecológicos.

Como o amoníaco apresenta tantos riscos para a saúde, é necessário adoptar

certas medidas de prevenção, nomeadamente quanto:

À manipulação em locais ventilados.

Armazenamento ao abrigo do calor, da radiação solar e de produtos

susceptíveis de reagirem violentamente com o amoníaco

Às pessoas (instruídas e treinadas na sua manipulação), que devem

utilizar luvas, botas, avental impermeável e roupa de algodão.

Verificação regular das instalações (canalizações)

Á situação de fuga de amoníaco, só o pessoal equipado com mascaras

respiratórias deve permanecer no local.

Os esgotos (dejectos domésticos)

Os dejectos humanos, contém inúmeros produtos azotados, sendo o mais

importante a ureia, que, sobre a acção de um fermento especial, o Micrococcus

urex transforma-se integralmente em carbonato de amónio, que só necessita de

ser destilado em presença de cal para retirar-se o amoníaco. Estes são

transportados para as fábricas, transvazados para grandes bacias ou depósitos,

onde são abandonados durante um mês. A massa separa-se em dois leitos: a

parte inferior lamacenta, por dissecação origina o “pó” utilizado como adubo, e a

parte superior líquida contem carbonato de amónio. Para separar o amoníaco,

procede-se por introdução de vapor de água, com ou sem adição de cal ao licor.

Este amoníaco é recolhido num ácido formando-se o sal. Depois da passagem

Page 25: Matérias Corrosivas

pelo ácido, produz-se um gás que emana um odor extremamente desagradável, é

direccionado para os fornos de coque para ser eliminado. Importante substancia

inorgânica primária é utilizada na produção de fertilizantes sintéticos.

Síntese do amoníaco

Nas modernas fábricas de produção de amoníaco os passos dos processos

individuais da produção de gás, conversão de carbono a dióxido de carbono,

purificação do gás de síntese e síntese do amoníaco são realizados em plantas

com unidades de sequência linear, com reforma a vapor.

A indústria nacional no fabrico do amoníaco

A produção de adubos inicia-se na empresa Soda Póvoa, em Portugal. A CUF

(Companhia União Fabril), inicia em Portugal a produção de adubos a partir de

1898. Em 1911 inicia-se a produção de sulfato de amónio, a partir das águas

amoniacais, das fábricas de gás de iluminação em Lisboa.

Actualmente, deu-se a fusão da Quimigal com a SAPEC, inserindo parte da CUF

para criar a ADP (Adubos de Portugal). A figura abaixo mostra uma vista geral de

uma fábrica de amoníaco dos finais só séc. XX e princípio do século XXI.

Page 26: Matérias Corrosivas

Fig. 7 - Vista geral de uma fábrica de amoníaco

A fábrica de amoníaco e ureia que a Amoníaco Portugal tem no Lavradio fornece

matéria-prima à refinaria Galp em Sines. A ADP vende amoníaco à Quimigal, para

produção de anilina. No início de 2009 a fábrica do Lavradio é fechada.

Questões ecológicas- O futuro

É geralmente aceite que há quatro milhões de anos atrás, a atmosfera terreste era

sobretudo constituída por metano, amoníaco e água. Existia muito pouco ou

nenhum oxigénio livre. Os organismos primitivos utilizaram a energia solar para

quebrar a molécula do dióxido de carbono (proveniente da actividade vulcânica),

incorporavam o carbono como produto secundário libertavam oxigénio-

fotossíntese. Os gases mais reactivos como o amoníaco e o metano foram

desaparecendo ao longo dos temos e a gora a nossa atmosfera é constituída

sobretudo por oxigénio (20,99%) e azoto (78%) gasosos.

A estrutura da atmosfera actual é bem conhecida. A par da atmosfera terrestre, a

atmosfera vai ficando menos densa, a troposfera cada vez mais fria, a cerca de 11

km da superfície terrestre, a composição química muda e reacções exotérmicas

acontecem.

A queima dos combustíveis fósseis danifica o ambiente do planeta, e o dióxido de

carbono produzido pela sua combustão contribui para o aquecimento global.

Page 27: Matérias Corrosivas

O problema da chuva ácida

A denominação de chuva ácida é utilizada para qualquer chuva que possua um

valor de pH inferior a 4,5.

Fig. 6. - Formação das chuvas ácidas

Esta acidez da chuva é causada pela solubilização de alguns gases presentes na

atmosfera terrestre cuja hidrólise seja ácida.

Pode também dizer-se que as chuvas "normais" são ligeiramente ácidas, pois

apresentam um valor de pH próximo de 5,6.

Essa acidez natural é causada pela dissociação do dióxido de carbono em água,

formando um ácido fraco, conhecido como ácido carbónico, de acordo com a

reacção química que se apresenta como: CO2 (g) + H2O (l) ---> H2CO3 (aq)

Os principais contribuintes para a produção desses gases são as emissões dos

vulcões e alguns processos biológicos que ocorrem nos solos, pântanos e

oceanos. Estes gases podem ser transportados durante muito tempo,

percorrendo milhares de quilómetros na atmosfera antes de reagirem com

partículas de água, originando ácidos que mais tarde se precipitam. Tipicamente,

Page 28: Matérias Corrosivas

a chuva ácida possui um pH à volta de 4,5, podendo transformar a superfície do

mármore em gesso. A acção humana no nosso planeta é também grande

responsável por este fenómeno. As principais fontes humanas desses gases são

as indústrias, as centrais termoeléctricas e os veículos de transporte. Prejudicam o

meio ambiente, fauna, flora e o próprio humano.

Os dois principais compostos que estão na origem deste problema ambiental dão

origem a processos diferentes de formação de ácidos:

1- O Enxofre

Impureza frequente nos combustíveis fósseis, principalmente no carvão mineral e

no petróleo, que ao serem queimados também promovem a combustão desse

composto e expelidos pelos vulcões. Os óxidos ácidos formados reagem com a

água para formar ácido sulfúrico.

2 - O Azoto

O azoto (N2) é um gás abundante na composição da atmosfera e muito pouco

reactivo, precisando de grande quantidade de energia, como a que se

liberta numa descarga eléctrica ou no funcionamento de um motor de combustão e

são actualmente os maiores responsáveis pela reacção de oxidação do azoto. Os

óxidos, ao reagir com água, formam ácido nitroso (HNO2) e ácido nítrico (HNO3).

O monóxido de azoto (NO) formado, na presença do oxigénio do ar, produz

dióxido de azoto. Por sua vez, o dióxido de azoto formado, na presença da água

(proveniente da chuva), forma ácidos.

Consequências das chuvas ácidas

Para a Saúde - A chuva ácida liberta metais tóxicos que estavam no solo. Esses

metais podem contaminar os rios e serem inadvertidamente utilizados pelo homem

causando sérios problemas de saúde.

Nas Casas, Prédios e demais edifícios - A chuva ácida também ajuda a corroer

alguns dos materiais utilizados nas construções, danificando algumas estruturas,

como as barragens, as turbinas de geração de energia, etc.

Page 29: Matérias Corrosivas

Para o meio ambiente

Lagos - Os lagos podem ser os mais prejudicados com o efeito das chuvas

ácidas, pois podem ficar totalmente acidificados perdendo toda a sua vida.

Desflorestação - A chuva ácida provoca clareiras, matando algumas árvores de

cada vez. Podemos imaginar uma floresta, que vai sendo progressivamente

dizimada, podendo eventualmente ser até destruída.

Agricultura - A chuva ácida afecta as plantações quase da mesma forma que

afecta as florestas. No entanto a destruição é mais rápida, uma vez que as plantas

são todas do mesmo tamanho e assim, igualmente atingidas pelas chuvas ácidas.

Algumas soluções que a serem adoptadas contribuirão decisivamente para a

diminuição deste problema:

Incentivar a utilização dos transportes colectivos, como forma de

diminuir o número de veículos que circulam nas estradas.

Utilizar metros (subterrâneos ou de superfície) em substituição à frota

de autocarros a diesel, ou então promover a sua substituição por frotas

não poluentes (com recurso a motores eléctricos, por exemplo).

Incentivar a descentralização industrial.

Dessulfurar os combustíveis com alto teor de enxofre antes da sua

distribuição e consumo.

Dessulfurar os gases de combustão nas indústrias antes do seu

lançamento na atmosfera.

Subsidiar a utilização de combustíveis limpos (gás natural, energia

eléctrica de origem hidráulica, energia solar e energia eólica) em fontes

de poluição tipicamente urbanas como hospitais, lavandarias e

restaurantes.

Utilizar combustíveis limpos em veículos, indústrias e caldeiras.

Page 30: Matérias Corrosivas

O amoníaco, a saúde e o ambiente

O perigo para a saúde reside na sua fácil dissolução nas mucosas dos olhos,

devido à sua alta solubilidade em água. Causa irritação e danos celulares no

tracto respiratório, queimaduras na pele, que dependem do tempo e ou

concentração de exposição ao gás. No caso de ingestão provoca queimaduras na

boca, faringe e laringe, favorecendo uma grande salivação.

Vantagens do Amoníaco

Possui boas propriedades termodinâmicas, de transferência, de calor e de

massa, em particular dentro das condições definidas pelos serviços e o

rendimento das máquinas utilizando amoníaco é dos melhores.

É quimicamente neutro para os elementos dos circuitos frigoríficos, com

excepção do cobre.

O amoníaco não se mistura com o óleo lubrificante.

Não é sensível na presença de ar húmido ou de água.

É facilmente detectável em caso de fuga por ser muito leve e, desta forma,

é muito difícil ter uma falha de circuito.

O amoníaco é fabricado para muitos mais usos além da refrigeração, o que

permite a manutenção do seu preço baixo e acessível. Em qualquer caso, o

preço do amoníaco é muito inferior ao custo total da maioria dos outros

refrigerantes e para além disso, quantidades inferiores permitem o mesmo

efeito.

Efeitos nocivos

Ingestão: Quando ingerido o amoníaco causa vómitos,

náuseas, e danos ao longo do aparelho digestivo.

Page 31: Matérias Corrosivas

Inalação: Os vapores deste elemento são bastante irritantes

e corrosivos, podendo causar cancro pulmonar, problemas

respiratórios graves, podendo levar até mesmo à morte.

Contacto com a pele: Pode causar

queimaduras, quer ligeiras, quer graves (1º,

2º e 3º graus respectivamente)

A nível ocular: Pode causar danos permanentes, mesmo

quando se trata de uma pequena quantidade de substância.

Em todos os casos, devem ser solicitados de imediato os

serviços médicos.

O amoníaco é corrosivo, nocivo e ainda perigoso para o ambiente

A poluição atmosférica é muito nociva para a saúde humana e o ambiente,

provoca perturbações respiratórias, mortes prematuras, eutrofização e degradação

dos ecossistemas devido aos depósitos de azoto e de substâncias ácidas. Estas

são algumas das consequências deste problema, quer ao nível local como

transfronteiriço. A eutrofização é o excesso de nutrientes azotados (amoníaco e

óxido de azoto), que afecta as comunidades de plantas e, se infiltra na água doce,

provocando uma perda da biodiversidade.

Page 32: Matérias Corrosivas

O sector energético pode contribuir com a redução das emissões nocivas. Na

produção de electricidade, a partir de fontes renováveis ou de biocombustíveis,

assim como no rendimento energético dos edifícios, com a instalação de

combustão de pequenas dimensões. No domínio dos transportes, a estratégia

prevê a redução das emissões provenientes de automóveis de passageiros e

veículos pesados, com procedimentos de homologação de veículos e

possibilidade de tarifação diferenciada.

A redução do impacto da aviação e, no domínio marítimo, a promoção da

utilização da rede eléctrica terrestre quando os barcos se encontram ancorados no

cais. No sector agrícola, convida-se à promoção de medidas que incidam na

redução da utilização de azoto na alimentação animal e nos adubos. As propostas

relativas ao desenvolvimento rural prevêem a redução das emissões de amoníaco

de origem agrícola, pela modernização das explorações. O controlo dos

poluentes atmosféricos no fabrico de amoníaco, deve ser muito bem monitorizado.

Um procedimento alternativo de lavagem de águas através de tratamento com

plantas em pequenas comunidades é o tratamento biológico num pântano artificial

que contém plantas como juncos, colmo e Typha latifolia. A descontaminação da

água é acompanhada por bactérias e outros micróbios que vivem nas raízes das

plantas e rizomas. As plantas, elas mesmas, absorvem metais, através o seu

sistema de raízes e concentram os contaminantes dentro das suas células.

Manuseamento

O amoníaco deve ser manuseado com as boas práticas industriais de higiene e

segurança. Devem ser utilizados os equipamentos de protecção indicados:

equipamento de protecção individual e/ou colectivo. Deve ser SEMPRE

consultada a ficha de dados de segurança do produto.

Precauções individuais: Protecção para a pele/olhos. Protecção das mãos (luvas).

Roupa de protecção e máscara.

Page 33: Matérias Corrosivas

Recomendação para o pessoal de combate a incêndios: Equipamento de

protecção individual, fato ventilado, isolante com protecção contra químicos, tipo 3,

material sintético, PVC, arica, antigases, luvas, máscara filtrante de circuito aberto.

Precauções ambientais: Não deitar os resíduos no esgoto. Não ficar na zona de

perigo sem aparelhos respiratórios autónomos apropriados para respiração

independentemente do ambiente.

Métodos de recolha/limpeza: Cobrir os drenos. Colectar, ligar e bombear fugas

para fora. Observar as possíveis restrições materiais. Usar absorvente e

neutralizante para os líquidos e proceder a eliminação de resíduos. Limpar a área

afectada.

Efectuar exame médico periódico. Evitar contacto com o produto. Durante o

carregamento de amoníaco, se a pressão do tanque do caminhão ultrapassar

12Kg/cm², abrir os chuveiros de emergência sobre o mesmo.

Armazenamento

Os locais destinados ao armazenamento, deverão ser exclusivamente reservados

para esta finalidade, bem ventilados e limpos, dotados de diques de contenção,

sistema de combate a incêndio, sistema de resfriamento e abatimento quanto a

vazamento. Sistema de alívio de pressão para torre de queima.

Medidas em caso de incêndio

Em caso de fogo em instalações, o melhor procedimento é estancar o fluxo de

líquido, fechando válvulas, já que o amoníaco em concentração elevada liberta-se

em grande quantidade no ar, podendo formar uma mistura explosiva. Para isso,

pode ser necessário o uso de água, dióxido de carbono ou pó químico, para

extinção de chamas adjacentes à válvula que controla o fornecimento do gás. Use

água para arrefecer os recipientes expostos ao fogo e interrompa o gás para

Page 34: Matérias Corrosivas

protecção pessoal. A água reduz a concentração do gás e do líquido uma vez que

o mesmo é solúvel em água. Para fogo envolvendo amoníaco líquido, usar pó

químico ou CO2 para combatê-lo.

Perigos específicos

Em caso de mistura com outras substâncias possibilidade de formação de nuvens

de fumos perigosos em caso de incêndio nas zonas próximas.

O fogo pode provocar o desenvolvimento de ácido nítrico.

Primeiros Socorros

Inalação: Evitar inalação e evacuar a área de perigo. A mistura pode provocar

irritação das vias respiratórias. Exposição ao ar fresco. Consultar o médico. (se

possível, mostrar o rótulo)

Contacto com a pele: Irritações severas, dermatites, necrose, mistura provoca

queimaduras. Lavar com água em abundancia. Remover roupas contaminadas

imediatamente. Esfregar com polietilenoglicol 400 se disponível. Chamar

imediatamente um médico.

Contacto com os olhos : Em caso de contacto com os olhos, lavar imediata e

abundantemente com água e consultar um especialista. Em caso de acidente ou

indisposição. Risco de cegueira. Consultar um oftalmologista. (se possível

mostrar-lhe o rotulo).

Ingestão: Sintomas e efeitos mais importantes, tanto agudos como

retardados: Irritação ou corrosão, bronquite. Tosse. Respiração superficial, dores

de estomago, Inconsciência. Vómito com sangue. Náusea, colapso, choque.

Queimaduras graves da boca e da garganta. Evitar o vómito (risco de perfuração

do esófago e do estomago). Fazer a vítima beber bastante água. Chamar o

médico imediatamente. (se possível, mostrar o rótulo) Não tentar neutralizar o

agente toxico.

Page 35: Matérias Corrosivas

Usar vestuário de protecção, luvas e equipamento protector para

os olhos/faces adequados

Ácido crómico

O ácido crómico é um composto químico, é um conjunto de compostos formados

pela acidificação que contêm ânions cromato e dicromato, ou pela dissolução de

trióxido de cromo em ácido sulfúrico.

O Ácido crómico é muito utilizado em processos de cromagem e em vitrificação de

cerâmicas e vidros coloridos. É comum a sua utilização para limpeza de materiais

de vidro usados em laboratórios.

A cromagem serve para produzir acabamentos de alto polimento duráveis,

resistentes a manchas e para aumentar a resistência à corrosão. O Ácido crómico,

além disso, é usado na produção de dicromato de amónio, que são ambos fortes

agentes de oxidação; produção de dióxido de crómico, para fabrico de fitas de

alta-fidelidade de áudio, de dados e de vídeo e fabrico de outros produtos

químicos de crómio.

Uma das principais características do Ácido crómico é a sua capacidade de se

oxidar com vários tipos de compostos químicos. Para se evitar acidentes deve ser

evitado o contacto desse ácido com matéria orgânica, óleos, massas e outros

materiais que também se oxidam rapidamente.

O seu uso deve ser feito de forma extremamente responsável, visto que traz

sérios riscos à saúde humana, podendo, por exemplo, causar cancro a quem o

manipula, danos genéticos hereditários, fertilidade enfraquecida. Devido ao seu

Alto teor de toxicidade, a inalação desse produto pode causar queimaduras no

sistema respiratório e até causar ulcerações nas mucosas do nariz, a exposição

repetida e prolongada pode conduzir à perfuração do septo nasal. Em seu estado

seco ou húmido é corrosivo para os olhos e para a pele, causando queimaduras

Page 36: Matérias Corrosivas

graves. Uma vez ingerido, há a possibilidade de ocasionar úlceras externas ou

inflamações, bem como queimaduras no tracto digestivo. Os sais solúveis de

cromo são absorvidos pelo corpo após o contacto directo com a pele e

membranas mucosas, tudo isso pode desencadear um envenenamento sistémico

e consequentes danos aos rins e ao fígado.

Os derivados de cromo são geralmente nocivo ao meio aquático, devido à

presença de matéria orgânica disponível em tais ambientes.

O Ácido crómico apresenta-se em flocos sólidos vermelhos.

Usos:

O Ácido crómico é usado também como um reagente quantitativo para testar a

presença de álcoois primários ou secundários.

Para álcoois primários: CH3CH2CH2OH--------CH3CH2CHO

(Pentanol oxidado a Pentanal)

Para álcoois secundários: H3C-CH (OH) -CH3--------H3C-CO-CH3

(Álcool isopropílico oxidado a Acetona)

A oxidação por Ácido crómico não é usada em escala industrial, dado que os

compostos de cromo hexavalente são tóxicos e carcinogénicos

Ácido crómico: é preparado pelo tratamento de uma solução de 140 g de

dicromático de potássio dihidrato em 100ml de água com 2 l de ácido sulfúrico.

Page 37: Matérias Corrosivas

Identificação dos perigos

Efeitos à saúde humana: É tóxico se for ingerido. Produto corrosivo e pode

causar queimaduras graves na pele ou olhos. Por inalação pode causar problemas

no aparelho digestivo e trato respiratório, inclusive cancro.

Efeitos ao meio ambiente: Muito nocivo ao meio ambiente. Toxicidade para

peixes e toxicidade aguda para bactérias e plâncton. Efeitos prolongados.

Perigos Físicos/Químicos: Não é combustível mas pode fomentar a combustão.

É um oxidante forte e pode incendiar algumas substâncias, (papel, pano, algodão,

estopa).

Perigos específicos: Muito tóxico e corrosivo por ingestão e inalação. Fomenta a

combustão em substâncias combustíveis, como tecidos, papel, algodão, estopa,

madeira.

1ºs socorros

Contacto na pele: lavar as áreas atingidas com bastante água durante 15m.

Contacto com os olhos: lavar os olhos com água em abundância durante 15m,

mantendo as pálpebras abertas. Encaminhar imediatamente a vítima ao médico.

Ingestão: não induzir ao vómito.

Evitar contacto: evitar o contacto com o sólido e o pó. Manter as pessoas

afastadas. Ficar contra o vento e usar névoa de água para baixar o pó.

(técnico em análises clínicas)

Page 38: Matérias Corrosivas

Medidas de combate a incêndio

Meios de extinção apropriados: produto não inflamável. Em caso de incêndio,

usar somente água ou produto apropriado para oxidantes enérgicos.

Meios de extinção não apropriados: Não há. Pode-se usar todos os tipos de

produtos, extintores de incêndios, desde que direccionados à base do material em

combustão.

Equipamentos de protecção: protecção total para evitar contacto com a pele e

olhos. Obrigatório o uso de máscara com respiração autónoma. Evitar contacto

com o produto decomposto.

Indicações adicionais: Evitar que o produto ou os produtos utilizados para

extinção de incêndio entrem em esgotos, rios, lagos.

Medidas em causa de fuga acidental

Precauções pessoais: Evitar contacto com as mãos. Usar EPI, como luvas,

botas, avental de PVC ou borracha e óculos de segurança.

Protecção ao meio ambiente: Evitar que o produto derramado entre, vaze para

esgotos, rios, lagos, etc. O Ácido crómico é um produto muito nocivo ao meio

ambiente. Se isto ocorrer, avise as autoridades locais.

Processo de recolhimento: Através de instrumentos mecânicos, como pás ou

aplicar névoa sobre pó.

Processo de limpeza: Após remoção do produto, jogar no local uma solução de 3

a 5% de sulfato ferroso ou metabissulfito de sódio para reduzir o cromo VI a cromo

III. Em seguida neutralizar com solução 5% carbonato de sódio até PH 8.5 para

precipitar o cromo III. Jogar areia e recolher em local adequado para resíduos

industriais.

Page 39: Matérias Corrosivas

Manuseamento e Armazenagem

Manuseio: Usar luvas, botas, avental de PVC, óculos de segurança com laterais.

Em exposição prolongada, usar máscara com filtro para pós tóxicos.

Armazenagem: Manter em local seco e arejado. Reage com calor e excesso de

humidade. Manter embalagens hermeticamente fechadas.

Controle da exposição/Protecção individual

Limites de exposição ocupacional: Limite máximo de exposição (8horas).

TWA=0,05 mg Cr/m3. Limites de exposição curta de tempo (15m). STEL=0,1 mg

Cr/m3.

Protecção respiratória: Máscara com filtro para pós tóxicos e corrosivos.

Protecção das mãos: Luvas de PVC ou borracha.

Protecção dos olhos: Óculos de segurança com protecção lateral.

Protecção da pele e do corpo: Avental e botas de PVC ou borracha e luvas.

Precauções especiais e higiene: Manter afastado de produtos alimentícios,

manter afastado de crianças. Após manuseio ou período de trabalho, remova a

roupa usada, lavar as regiões expostas ao produto ou banho total.

Page 40: Matérias Corrosivas

Propriedades Físico-químicas

Estado físico: Flocos sólidos ou pó.

Cor: Vermelho escuro.

Odor: Sem odor.

PH: Aproximadamente 1,00 – 1,100 em solução 10g/l a 20ºC.

Ponto de ebulição: decompõe-se acima do ponto de ebulição.

Temperatura de decomposição: 196ºC.

Densidade: 2,7g/cm3 a 20ºC.

Solubilidade em água: 63,5% p/p a 20ºC.

Produtos incompatíveis: Pode reagir com materiais orgânicos ou outros

rapidamente oxidáveis, tais como papel, madeira, enxofre, alumínio e plásticos.

Informações toxicológicas

Toxicidade aguda: - oral, (ratos) LD50=52mg/kg, ambos os sexos.

Inalação, (ratos) LC50=0,217mg/l/4 horas, ambos os sexos.

Dermal, (coelhos) LD50=57mg/kg, ambos os sexos.

Em exposição prolongada ou repetida, o pó ou misturas do ácido crómico

pode causar irritações crónicas nos olhos, ulcerações na pele e ulcerações

com perfuração no septo nasal. Exposições longas e contínuas podem

causar, possivelmente pela presença de cromo VI, risco de cancro no trato

pulmonar.

Sensibilização: sensibilidade da pele. O ácido crómico é facilmente absorvido

através da pele.

Page 41: Matérias Corrosivas

Informações relativas ao transporte

Embalagem: Bidões de 50 kg, 25 kg, 200Kg e IBC (contentor intermediário para

granel).

Classificação de transporte: substância oxidante, substância corrosiva.

Nº de identificação da substância: 1463 (NºONU 1463) grupo de embalagem II.

Código de Acção de Emergência: 2N.

Nº de identificação: 58.

Classe ICAO/IATA: 5.1+8 Nº ONU 1463, PGII

Classe IMDG: 5.1+8 Nº ONU 1463, PGII, SEM Nº-5.1-05 F-A, S-Q.

ADR RID: Classe 5.1+8 OC2.

Page 42: Matérias Corrosivas

Regras Gerais para as substâncias mencionadas

Regulamentação para Transporte

O transporte de matérias perigosas por via terrestre, marítima, fluvial ou aérea,

está sujeito a legislação adequada e a critérios técnicos, de acordo com as

directrizes da Organização das Nações Unidas, o que demonstra a preocupação

das autoridades e órgãos governamentais em manter rígido controlo uma vez que

acidentes envolvendo o transporte de produtos perigosos podem ocasionar

impactos significativos ao meio ambiente, ao património, bem como à segurança e

a saúde das pessoas. Os riscos inerentes às matérias perigosas poderão ser

reduzidos na medida em que as mesmas forem manuseadas correctamente

durante o fabrico, embalagem, armazenamento ou transporte.

Cada veículo que efectue transportes de materiais perigosos deve ser portador

dos documentos válidos como do documento de transporte com descrição da

matéria transportada, redigido na língua do país de origem e em francês, inglês ou

alemão; ficha de segurança correspondente a cada matéria perigosa, redigida nas

línguas dos países de origem, trânsito e destino; certificado de aprovação do

veículo e ainda do certificado de formação do condutor.

Embalagem para transporte

Toda embalagem de material perigoso deve atender prioritariamente as normas

internacionais vigentes conforme o modal de transporte utilizado: IMO para os

itens no modal marítimo, IATA para os itens no modal aéreo.

MSDS “Material Safety Data Sheet” (Fornece informações sobre vários

aspectos de produtos químicos (substâncias ou preparados) quanto à

protecção, à segurança, à Saúde e ao meio ambiente, sendo todos os

dados de responsabilidade do fabricante e/ou fornecedor.)

Certificado de Conformidade da Embalagem

Documento numerado do fabricante certificando a embalagem controlada

por número de série

Page 43: Matérias Corrosivas

As matérias corrosivas devem ser classificadas em três grupos de embalagem,

segundo o grau de perigo que apresentam para o transporte tendo em conta o

risco à inalação e hidro-reactividade e a formação de produtos de decomposição

que apresentem perigo.

Grupo de embalagem I: Matérias muito corrosivas - matérias que provocam uma

destruição do tecido cutâneo intacto sobre toda a sua espessura, num período de

observação de 60 minutos, iniciado imediatamente após o tempo de aplicação de

três minutos ou menos

Grupo de embalagem II: Matérias corrosivas - matérias que provocam uma

destruição do tecido cutâneo intacto sobre toda a sua espessura, num período de

observação de 14 dias, iniciado após o tempo de aplicação de mais de três

minutos mas de 60 minutos no máximo

Grupo de embalagem III: Matérias levemente corrosivas - provocam uma

destruição do tecido cutâneo intacto sobre toda a sua espessura, num período de

observação de 14 dias, iniciado imediatamente após o tempo de aplicação de

mais de 60 minutos, mas de quatro horas no máximo, ou se julga não provocarem

uma destruição da pele humana em toda a sua espessura.

Não são admitidas para transporte matérias quimicamente instáveis, apenas as

que tiverem sido tomadas as medidas necessárias para impedir a sua

decomposição ou a sua polimerização perigosas durante o transporte e os

recipientes e cisternas não contenham matérias que possam favorecer essas

reacções. Não é admitido o transporte de ácido clorídrico e ácido nítrico em

mistura (Nº ONU 1798) e as misturas quimicamente instáveis de ácido sulfúrico

residual.

É de responsabilidade do fornecedor seleccionar os materiais utilizados na

fabricação das embalagens. Tais materiais devem ser quimicamente compatíveis

com o produto transportado, devem estar de acordo com a dimensão e peso do

Page 44: Matérias Corrosivas

material transportado e do tipo de transporte utilizado (marítimo, ferroviário, aéreo

ou rodoviário)

Transporte ferroviário

Os vagões-cisterna variam muito em termos de construção, acessórios e usos.

Podem transportar produtos sólidos, líquidos ou gasosos e podem estar sob

pressão. É essencial que os produtos possam ser identificados mediante a

consulta dos documentos de transporte ou o contacto com centros de expedição

antes de iniciar as acções de resposta. As informações marcadas nos lados ou

nas extremidades dos vagões-cisterna, podem ser usadas para identificar o

produto, usando para isso: O nome do produto impresso, especialmente o número

do vagão o qual, quando fornecido ao centro de expedição, facili tará a

identificação do produto e as medidas a tomar em caso de acidente.

A forma de alguns recipientes é tao característica que à partida indica logo que

produtos contêm. Contentores normalizados são um sinal indicativo das

características e das propriedades físicas e químicas dos produtos. As cisternas

para o transporte de substâncias corrosivas apresentam cintas de reforço em todo

o seu comprimento. A cor usa-se cada vez mais na sinalização de segurança por

ser um sistema rápido de identificação de riscos. Se ocorrer um acidente com

vagão ferroviário, essa área deverá ser isolada e evacuada em 800 metros em

todas as direcções.

Tabela para transporte de produtos em vagões ferroviários

Page 45: Matérias Corrosivas

Transporte em condutas

Existem matérias perigosas que são transportadas em Portugal através de

condutas (“pipelines”) subterrâneas como o Gás Natural, Petróleo Bruto, Gasolina,

Gasóleo, combustível para a aviação e Gases de Petróleo Liquefeitos (Propano e

Butano).

Os indicadores aparentes à superfície que podem denunciar um derrame nas

condutas de líquidos podem incluir:

Líquidos a borbulhar no solo

Mancha de óleo em água corrente ou parada

Chamas que parecem surgir do solo

Nuvens de vapor

Morte de animais aquaticos

Identificar a matéria perigosa é o objectivo prioritário das equipas de intervenção,

colocar mangas de contenção á superfície, controlar a fuga e eliminá-la.

Transporte Rodoviário

Esta classe de substâncias representa, provavelmente, o segundo maior volume

no transporte rodoviário, perdendo apenas, em quantidades manipuladas, para os

líquidos inflamáveis daí que obrigam que acções de controlo sejam adoptadas

imediatamente na ocorrência de acidentes, potenciando riscos ao ambiente, ao

homem e animais.

Identificação de veículos rodoviários

Page 46: Matérias Corrosivas

Esta tabela ilustra apenas os tipos mais comuns de reboques. Existem muitas

variações de reboques que não estão ilustrados e que também são usados para

este tipo de transporte.

Em caso de incêndio

Combata o incêndio a partir da distância máxima ou de monitores.

Não ponha água dentro dos recipientes.

Arrefeça os recipientes com muita água até depois do incêndio estar

extinto.

Afaste-se imediatamente no caso de aumento de volume do som dos

dispositivos de ventilação de segurança ou descoloração do tanque.

Mantenha-se SEMPRE longe de tanques em chamas.

Derrame ou fuga

Elimine todas as fontes de ignição (não fumar ou fazer faíscas ou chamas

na área imediata).

Não toque em recipientes danificados ou substâncias derramadas a menos

que tenha vestido a roupa de protecção adequada.

Pare a fuga se o puder fazer sem risco.

Evitar a entrada em cursos de água, esgotos, caves ou áreas confinadas.

Absorva ou cubra com terra seca, areia ou outro material não-combustível e

transfira para recipientes.

Não coloque água dentro dos recipientes.

Primeiros Socorros

Leve as vítimas para um local ao ar livre.

Telefone para o 112.

Aplique técnicas de suporte básico de vida se a vítima não estiver a

respirar.

Não realize manobras de respiração boca a boca se a vitima tiver ingerido

ou inalado a substância;

Page 47: Matérias Corrosivas

Administre oxigénio em caso de se notar dificuldade respiratória.

Remova e isole roupas e calçado contaminado.

Em caso de contacto com a substância, lave imediatamente a pele ou olhos

com água corrente durante pelo menos 20 minutos.

Para um contacto pequeno com a pele, evite a espalhar a matéria sobre a

pele ainda não afectada.

Exposição (inalação, ingestão ou contacto com a pele) à substância pode

gerar efeitos retardados.

Transporte Aéreo

Atentos os riscos operacionais acrescidos associados às operações de transporte

aéreo de mercadorias perigosas em aeronaves civis, importa estabelecer um

quadro normativo que abranja todas as vertentes relacionadas com o transporte

de tais mercadorias. Ao transportar cargas perigosas por via aérea, é fundamental

considerar os potenciais efeitos adversos de temperatura, pressão e as variações

de humidade, assim como o risco de danos, devido às vibrações e ao manuseio

inadequado.

As mercadorias perigosas deverão ser autorizadas pela própria empresa aérea e

terão de ser correta e totalmente identificadas. Deverá conter uma ficha de

emergência, que deverá incluir todas as informações sobre o produto para o

correto manuseio e para algum atendimento na eventualidade de algum

problema.de modo que, quem as manipule possa ter o devido cuidado.

Algumas mercadorias são muito perigosas para serem transportadas em aviões,

enquanto algumas delas poderão ser embarcadas em aviões mistos, e outras

somente podem ser transportadas em aviões cargueiros.

No embarque de produtos perigosos deve ser considerado uma quantidade

máxima por embalagem, bem como mercadorias incompatíveis, que coloquem o

vôo em risco.

Page 48: Matérias Corrosivas

As mercadorias devem ser embaladas segundo sua classificação, com menção

das suas características como o ponto de fulgor e periculosidade, o ano de

fabricação e país de origem, entre outros.

Transporte marítimo

A segurança marítima engloba algumas vertentes relevantes relacionadas ao meio

ambiente. Essencialmente se evidenciam o transporte de petróleo e de produtos

químicos, o derrame, descargas operacionais, lavagem de tanques dos navios.

Em termos de impacto mediativo as causas da poluição marinha mais relevantes

resultam de acidentes com este tipo de produtos e respectivos efeitos, uma série

de medidas emanadas fundamentalmente da Organização Marítima Internacional

(OMI) vem sendo implementadas visando elevar os padrões de a segurança da

navegação em todas as suas vertentes.

Medidas tomadas:

Acompanhamento de navios que transitam em águas europeias sem

prejuízo do direito de “passagem inocente”;

Estabelecimento de fundo de compensação suplementar para

indemnização das vítimas de derrames em águas europeias (Fundo

COPE);

Criação da Agência Europeia de Segurança Marítima (Lisboa, 2003);

Implementação de medidas adicionais para transporte de petróleo;

Introdução de sistema de reconhecimento de certificados profissionais de

marinheiros emitidos fora da UE;

Solicitação de relatórios aos pilotos;

Implementação de medidas de protecção às águas costeiras

Estabelecimento de locais de refúgio;

Possível adopção de “lista negra” de navios

Page 49: Matérias Corrosivas

Manuseamento

Antes de abrir um recipiente ou manipular um material corrosivo, seja qual for o

individuo, deve-se usar o equipamento de protecção individual. Uma vez que os

olhos podem ser atingidos deve de usar óculos de protecção ou protector facial.

Na possibilidade de que alguém possa inalar e ser intoxicado pelos vapores, usar

uma máscara respiratória. Como vários produtos corrosivos e tóxicos podem ser

absorvidos pela pele, usar capas inteiras, luvas inteiriças de borracha ou PVC

tendo atenção de que a borracha pode absorver quantidades perigosas de veneno

depois de longo uso, as botas de borracha e outros equipamentos que possam

proteger também o pescoço.

Armazenamento

Muitos ácidos e bases corroem materiais de embalagem ou outros materiais em

stock bem como tecido vivo. Os ácidos reagem com muitos metais formando

hidrogénio. Como o hidrogénio forma uma mistura explosiva com o ar, a

acumulação de hidrogénio nas áreas de stock de materiais corrosivos deve ser

prevenida. Os líquidos corrosivos devem ser guardados numa área fresca e

mantidos em temperatura superior ao de seu ponto de congelamento. Esta área

deve ser seca e bem ventilada com ralos que possibilitem a remoção de qualquer

derramamento. Os materiais corrosivos, dependendo do material, devem ser

armazenados em recipientes anticorrosivos. A baixa temperatura e recipiente de

vidro podem facilitar a expansão dessa matéria e partir o vidro. O local de

armazenamento deve ter as paredes e chão em material anticorrosivo. Área de

stock para produtos químicos sensíveis à água devem ser projectadas para evitar

qualquer contacto com água, e isto é feito da melhor forma mantendo todas as

possíveis fontes de água fora da área, como é o caso do hidróxido de sódio.

Page 50: Matérias Corrosivas

Verificar sempre o rótulo da embalagem de modo a proceder conforme regras do

produto.

Perigo para Saúde

O incêndio pode produzir gases irritantes, corrosivos e tóxicos e a sua inalação ou

contacto com a substancia ou seus produtos em decomposição podem causar

ferimentos graves e mesmo a morte. A água de controlo pode inclusive causar

poluição e se este for com materiais metálicos produzir-se-ão óxidos prejudiciais

para a saúde.

Durante as operações envolvendo substâncias corrosivas, o monitoramento

ambiental pode ser realizado através das medições de pH e da condutividade. Um

dos métodos, que pode ser aplicado é a neutralização da substância química

derramada, que consiste na adição de uma outra substância química, de modo a

levar o pH da água próximo ao natural. No caso dos ácidos, as substâncias

comumente utilizadas para a neutralização são barrilha e cal hidratada, ambas

com características alcalinas. Os resíduos provenientes da operação de

neutralização deverão ser totalmente recolhidos, removidos e dispostos, de forma

e em locais adequados.

A neutralização é apenas uma das técnicas que podem ser utilizadas para a

redução dos riscos nas ocorrências envolvendo substâncias corrosivas. Outras

técnicas, tais como absorção, remoção e diluição, deverão, também, ser

consideradas, levando sempre em consideração os aspectos de segurança e de

protecção ambiental.

Primeiros Socorros

Teoricamente pode-se pensar que acidentes graves não devem ocorrer desde que

sejam seguidas certas normas de segurança específicas e as boas práticas de

laboratório mas a realidade é que acontecem, daí que as pessoas envolvidas

devem estar preparadas para tomar a atitude correta e imediata. É essencial a

Page 51: Matérias Corrosivas

máxima presença de espírito e rapidez de actuação, pelo que as pessoas

vitimadas ou quem esteja presente devem imediatamente comunicar a ocorrência

ao responsável. Envolve treinamento prévio e específico, cujo principal objectivo é

o de orientar e treinar o pessoal de maneira a evitar os acidentes e caso estes

ocorram, a tomar medidas imediatas.

Em caso de salpicos e queimaduras químicas superficiais

Lavar abundantemente a área afectada com água corrente e sabão, o que

facilita a remoção de produtos químicos, usando o chuveiro de emergência

(caso exista).

Remover o vestuário contaminado.

As queimaduras com ácidos devem ser posteriormente lavadas com uma

solução de carbonato de sódio a 5%. As queimaduras com bases devem

ser lavadas com ácido acético a 5%. Cobrir a área afectada com gaze

esterilizada sem apertar.

Consultar os serviços médicos ou levar directamente às urgências médicas.

Salpicos de reagentes químicos nos olhos

Lavar abundantemente com soro fisiológico ou água de esguicho próprio

(frasco lavador), durante cerca de 15 minutos, assegurando-se que as

pálpebras estão bem abertas e que o reagente foi removido sem antes ter

procurado e retirado lentes de contacto caso as possua.

Consultar os serviços médicos ou levar directamente às urgências médicas.

Não utilize pomada para olhos nem nenhum agente neutralizante.

Ingestão de reagentes (sólidos, líquidos)

Bochechar com água, sem ingerir, se a contaminação for apenas bucal. Caso

tenha havido ingestão, beber água ou leite em abundância e deslocar rapidamente

para o hospital.

Page 52: Matérias Corrosivas

Inalação

Evacuar a (s) vítima (s) para um lugar seguro

Verificar se a vítima está a respirar

Se a vítima não estiver a respirar, aplique técnicas de suporte básico de

vida

Administre oxigénio em caso de se notar dificuldade respiratória.

Desapertar a roupa na cintura e pescoço da vítima;

Remova e isole roupa e calçado contaminado.

Manter arejado o local onde a vítima se encontra;

Contactar, se necessário, os serviços de emergência.

Contacto com a pele

Se o reagente apenas entrou em contacto com a pele exposta da vítima,

como por exemplo as mãos, lavar abundantemente com água até que o

reagente saia.

Se o reagente entrou em contacto com a parte vestida do corpo, remover a

roupa contaminada o mais rapidamente possível, protegendo as suas

próprias mãos e corpo e ponha a vítima no duche de emergência. Se os

olhos não foram afectados proteja-os enquanto lavar as zonas

contaminadas.

Se os olhos e partes do corpo forem expostos levar a vítima para o duche

de emergência e segurando-lhe a cabeça para cima e as pálpebras dos

olhos abertas e lavar todo o corpo.

Em caso de contacto com a substância, lave imediatamente a pele ou

olhos com água corrente durante pelo menos 20 minutos.

Assegure-se de que o pessoal médico está ciente das substâncias

envolvidas e que toma precauções para se proteger.

Page 53: Matérias Corrosivas

Actuação em caso de derrame

Eliminar as fontes de ignição que possam desencadear um incêndio (não

fumar ou fazer faíscas ou chamas na área imediata).

Todos os equipamentos usados no manuseamento dos produtos corrosivos

devem estar ligados á terra

Não colocar agua na substancia derramada ou dentro dos seus recipientes.

Usar espuma supressora de vapor para reduzir os vapores

Não toque ou caminhe sobre substâncias derramadas

Pare a fuga se o puder fazer sem risco.

Evitar a entrada em cursos de água, esgotos, caves ou áreas confinadas

Considere a evacuação do máximo número de pessoas nessa área

Actuação em caso de incêndio

Em caso de incêndio as substâncias corrosivas podem:

Reagir violentamente ou de forma explosiva caso entrem em contacto com

água.

Os recipientes podem explodir quando aquecidos.

Pode reacender após o incêndio ter sido extinto

Pós ou fumos podem criar atmosferas explosivas no ar

Estas substâncias podem ser inflamadas pelo atrito, calor, faíscas ou

chamas.

Usar areia seca, pó de grafite ou extintores com base em cloreto de sódio

seco.

Afaste os recipientes da área de incêndio, se o puder fazer sem risco.

Usar o equipamento de protecção individual: óculos, mascara, luvas e fato

adequado ao material que está em causa.

Alumínio (Fundido)

O alumínio (fundido) reage violentamente com água e pode produzir gases

irritantes e/ou tóxicos, resultando em explosão pois produz hidrogénio gasoso, daí

Page 54: Matérias Corrosivas

que não se deve usar agua na extinção de um incêndio com este material e nem

tampouco se deve usar agentes extintores halogenados ou espuma. O uso da

água deve ser feita em ultimo recurso, caso haja vidas em risco e deve ser

finamente pulverizada. Tem consequências sérias, como graves queimaduras na

pele e nos olhos.

Acções a tomar em caso de derrame ou fuga:

Não toque ou caminhe sobre substâncias derramadas.

Não tente parar a fuga, devido ao perigo de explosão.

Mantenha os combustíveis (madeira, papel, óleo, etc.) longe da matéria

derramada.

A substância é muito fluida, espalha-se rapidamente e pode salpicar. Não a

tente conter com pás ou outros objectos.

Faça barreiras de contenção longe da origem do derrame utilizando areia

seca para conter o seu escoamento.

Sempre que possível, permita que o material fundido solidifique

naturalmente.

Evite o contacto mesmo depois do material solidificar. O Alumínio fundido

aquecido e frio tem a mesma aparência.

Limpe sob a supervisão de um perito após o material ter solidificado.

Equipamento de protecção química

O equipamento de protecção individual é essencial para a protecção contra riscos

capazes de ameaçar a sua segurança e saúde. Apesar de proteger contra um

produto químico pode ser facilmente atravessado por outros produtos químicos

para os quais não foi concebido. Nenhum material de vestuário de protecção irá

protegê-lo de todas as matérias perigosas. Não assuma que qualquer vestuário de

protecção é resistente ao frio e/ou calor ou à exposição a chamas a menos que

seja assim certificado pelo fabricante.

Page 55: Matérias Corrosivas

Use aparelho respiratório autónomo de pressão positiva (ex.: ARICA

com pressão positiva).

Use vestuário e equipamento de protecção para actuação em incêndio

estrutural com retardador de chama. Estes oferecem protecção térmica

limitada.

Protecção respiratória: máscaras e filtro

Protecção visual e facial: óculos e viseiras

Protecção da cabeça: capacetes

Protecção de mãos e braços: luvas e mangotes

Protecção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas

Acidentes que põem a integridade física do edifício e/ou de todas as pessoas

no local

Neste caso, o risco de uma explosão ou a libertação de gases tóxicos ou um

incêndio, o edifício deve ser evacuado imediatamente. Seguidamente apresentam-

se os efeitos fisiológicos provocados por gases tóxicos e as concentrações a partir

das quais os efeitos tóxicos são produzidos.

Fonte: Companhia de Bombeiros Sapadores de Lisboa

Page 56: Matérias Corrosivas

Bombeiros Sapadores

O papel importante que estes desempenham em situações perigosas Objectivos principais dos bombeiros:

Combate a incêndios

Resposta a acidentes (desencarceramento)

Transporte de doentes

Limpeza de pavimento/vigilância/prevenção

Resposta a sismos

SIOPS (agentes de protecção civil)

Derrame, incêndio e explosão com material perigoso

Estado de emergência civil

Transporte: No caso de transporte de mercadorias e substâncias perigosas os

bombeiros têm uma equipa especializada para estes casos e equipamento de

protecção individual e colectivos adequados, derivado da natureza dos produtos

perigosos, corrosivos, essencialmente líquidos que pelo seu Ph podem atacar

metais e tecido vivo. Existem quatro veículos e quatro equipas de bombeiros

especializados neste tipo de resposta: em Lisboa, Setúbal, Coimbra e Vila Nova

da Feira.

Nesta parte também a GNR formou Equipas de Vigilância de apoio directo,

(GIPS), que actuam mais a nível ambiental. É competência destas equipas,

munidos de equipamento adequado detectar possíveis transportes de substâncias,

perigosas, recolhendo amostras para laboratório.

Equipas rápidas: Para darem uma resposta ao nível Nuclear Radiológico,

Biológico ou Químico não existem ainda em Portugal.

Sinalética: Etiqueta de perigo da substancia e outras etiquetas que possam conter

outros perigos para além do corrosivo, inflamável, toxicológico, entre outros.

Page 57: Matérias Corrosivas

Transporte de substâncias a granel: É feito em cisternas ou contentores e tem que

conter obrigatoriamente:

Uma etiqueta de perigo (de acordo com os vários níveis de perigo)

Etiqueta laranja com dois números:

- Nº de cima: perigos principais da substância

-Nº de baixo: a substância ou grupo de substâncias.

Os bombeiros só são chamados para actuarem numa indústria ou transporte em

caso de emergência. Em muitos casos, é ocultada a situação para não denegrir a

imagem da Empresa. Quando os bombeiros são chamados já a situação é

bastante alarmante e o que resta é tomar uma atitude defensiva, deixando arder

até apagar, evacuando todas as pessoas que estejam no local e mantendo-se

alertas.

Acidentes ao nível corrosivo: Cisterna com ácido clorídrico, em que todo o

conteúdo foi derramado para o rio, que estava perto.

Se existisse um acidente com uma nuvem de amoníaco, com origem no parque

industrial da Mitrena, percorreria vários quilómetros e toda a população de Setúbal

teria que ser evacuada.

Matérias-primas e produto acabado: pode ser efectuado Via-férrea e Via marítima

(fluxo contínuo de mercadorias).

Perigos dos materiais corrosivos: mau armazenamento; derrames (que podem

entrar em contacto com outras substâncias); que põem em perigo pessoas que

poderão estar em contacto com essas matérias, (inalação, respiratório); atacam

zonas oculares, trato respiratório e podem chegar aos alvéolos pulmonares. Para

além das queimaduras na traqueia, laringe, os pulmões podem rebentar, (irritação,

tosse, respiração sibilante e acaba por se afogar nos próprios fluidos).

Page 58: Matérias Corrosivas

Os efeitos não são imediatos, aquando a exposição a nível respiratório, passados

alguns minutos, horas, o melhor a fazer é dirigir-se imediatamente ao Hospital

mais próximo.

Em ambientes fechados, uma substância corrosiva e uma substância inflamável

em contacto, com o tempo pode ser desastroso. Pode provocar explosões. Existe

também o risco de substâncias em estado sólido passarem para o estado gasoso.

A substância corrosiva em contacto com a substância tóxica pode ser ao entrar no

nosso organismo por via respiratória, via cutânea e concentrar-se num qualquer

órgão. Os efeitos podem não ser imediatos, o pior é quando não se manifestam no

momento mas, com o passar dos tempos vão-se desenvolvendo doenças crónicas

e mortais.

Apostar na prevenção e na segurança, formação.

Nas Empresas ter formação contínua sobre os Produtos Perigosos.

Nos Agentes de Protecção Civil saber fazer uma leitura do tipo de acidente,

dimensão, substância.

Medidas a tomar para travar estas situações:

Delimita-se toda a zona, (afasta-se o perigo das pessoas).

2. Avaliar, ler as fichas das substâncias, (recolher informação

internacional da substância), planos de intervenção.

Duas pessoas vão-se aproximar do local, material e quantidade do produto

derramado, (recolhem informações para perceber e resolver o problema em

questão). Estas mesmas pessoas deverão usar um fato isolante, (de

protecção química) contra gases, substâncias tóxicas, corrosivas, (EPI3 –

tipo 1ª, emergency teams).

Quando existe uma segunda equipa que dá apoio à primeira equipa.

A terceira equipa vai preparar a descontaminação. À volta de todo este

aparato existe uma área maior delimitada, com agentes. Estas equipas são

estrategicamente colocadas de costas para o vento, (do acidente), tendo

Page 59: Matérias Corrosivas

também em consideração a temperatura, o terreno em si e as condições

atmosféricas.

Contenção: Do derrame, para não atingir lençóis freáticos, para o meio ambiente.

Tamponar: adequar a rotura ao equipamento.

Trasfega: transferir o líquido com bombas resistentes a corrosivos, mangueiras

para retirar e fazer a transferência.

-Retirar o resto dos líquidos corrosivos para recipientes de forma a deixar

somente os resíduos.

Os bombeiros dão condições de segurança aos Técnicos das Empresas para

transportarem esses resíduos, recolherem e transformarem e tratarem os

resíduos.

Numa situação de incêndio com um líquido corrosivo: tentar extinguir o incêndio

ou deixar ele extinguir-se por si próprio, (avaliar os riscos), salvaguardar as vidas

humanas e proceder a um evacuamento, (salvar as pessoas à volta e evacuar a

zona).

- Os bombeiros que avançam primeiro usam uns fatos especiais (isolados),

e só se podem manter dentro dos mesmos durante 30m.

- A segunda equipa de descontaminação usa fatos mais leves com filtro.

- Se a primeira equipa se sentir mal existe uma terceira equipa para os

ajudar sem se contaminarem.

Dentro das próprias Empresas, os Técnicos de SHST, fazem um plano de

segurança, fichas de segurança, elaboram um plano de evacuação, um plano real

para existir um plano de segurança dinâmico e prático.

Treinar as pessoas para possíveis acidentes, saberem usar os

Equipamentos de protecção individual. Saber proceder com as medidas

adequadas quando acontecem acidentes e saber fazer prevenção;

Treinar, formar e fazer simulacros reais;

Page 60: Matérias Corrosivas

Ter uma Brigada Interna especializada para este tipo de situações.

Se houver algum acidente o mais correcto e sensato a fazer é ser explícito a

relatar a situação. É o melhor para salvar vidas, equipamentos e o ambiente,

“.Sem varrer o lixo para debaixo da mesa.”.

Aos responsáveis das equipas de intervenção podem ser confrontados com um

acidente com matérias perigosas, uma vez que estas tanto poderão estar em

locais fixos, como fabricas, armazéns e ate nas próprias habitações (gases

combustíveis), como poderão surgir inesperadamente num acidente de viação,

cabe a difícil tarefa de zelar pela segurança no local, competindo certificarem-se

de que todas as matérias envolvidas num incidente estejam devidamente

identificadas e que os equipamentos destinados à intervenção estejam nas

melhores condições e que lhes permitam preservar a sua própria integridade

física, bem como das pessoas e bens que pretendem socorrer e proteger.

Caso o corpo de bombeiros não disponha de meios humanos devidamente

equipados e treinados para intervenção em todo o tipo de acidentes com matérias

perigosas, poderá e devera mesmo limitar-se à evacuação e isolamento da área

sinistrada.

Acidentes com o transporte de matérias perigosas

Os operacionais no local do acidente com mercadorias perigosas devem procurar

informações específicas adicionais sobre qualquer material em questão o mais

rapidamente possível, identificando os perigos, através do contacto com as

organizações adequadas e através do documento de transporte. Painéis laranja,

etiquetas de perigo e rótulos de embalagem, documentos de transporte, fichas de

segurança, números de identificação do vagão ferroviário e do veículo e reboque

rodoviário e/ou pessoas conhecedoras presentes no local são fontes de

informação valiosas. A avaliação de todas as informações disponíveis e do guia

Page 61: Matérias Corrosivas

podem reduzir os riscos imediatos: existem condições meteorológicas favoráveis,

as condições do terreno, se existem vidas, bens ou o ambiente em perigo, se há

necessidade de fazer barreira de contenção, que recursos necessários (humanos

e equipamentos) e quais estão rapidamente disponíveis.

A “fase inicial de resposta” é confirmar a identificação de produtos perigosos,

proteger e isolar a área e solicitar a assistência de equipas especializadas.

A “Distância de Isolamento Inicial” é uma distância dentro da qual todas as

pessoas devem ser consideradas para evacuação, as situadas a barlavento do

local do incidente (de onde sopra o vento) correm o risco de estar expostas a

concentrações perigosas e as pessoas situadas a sotavento do incidente (na

direcção do vento/ para onde o vento sopra) correm risco de vida.

A “Distância de Acção de Protecção” representam uma área na direcção do vento

(para onde o vento sopra) a partir do derrame/fuga na qual as acções de

protecção podem ser aplicadas de modo a para preservar a saúde e a segurança

das equipas de emergência e da população, podendo a área ser evacuada para

que as pessoas fiquem longe do local do incidente e fora do perímetro de

segurança.

Assistência

Contacte o 112 ou o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da

Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), da área do incidente, fornecendo

informações vitais para activar um plano prévio de intervenção ou o plano de

emergência municipal, capazes de mobilizar imediatamente os meios necessários

para recolher as mercadorias, matérias remanescentes, resíduos e solo ou água

contaminada e encaminhá-los para destino adequado.

Page 62: Matérias Corrosivas

Conclusão

Concluímos que todas as matérias perigosas apesar de necessárias a todas as

industrias e serem extremamente uteis no desenvolvimento económico, devem ser

levadas muito a sério pois são um grave risco ao ser humano, aos animais e ao

meio ambiente.

O bom armazenamento, manuseamento, transporte e a própria protecção física

das pessoas que trabalham com estes tipos de materiais são um factor importante

para que se evitem incêndios, explosões, derrames e como possível

consequência, a perda de vida humanas, de animais e da contaminação dos

terrenos, lençóis de água e da morte dos seres aquáticos.

Em caso de acidente com estas matérias perigosas deve-se identificar a matéria

ou matérias envolvidas, suprimir e cortar fontes de ignição (atenção aos veículos

motorizados), não fumar nem deixar fumar ou foguear, manter as pessoas

afastadas, avisar as autoridades competentes, parar o derrame se houver meios

para o fazer e impedir o derramamento de produtos para linhas de água, esgotos,

lagos. Estar sempre do lado de onde sopra o vento, evitar zonas baixas e não

entrar em contacto com a matéria derramada.

O hidróxido de sódio é uma substancia corrosiva que pode provocar graves

lesões a tecidos vivos e ambiente. É bastante utilizado em praticamente todas as

indústrias, desde a alimentar ao tratamento de águas. Em caso de incêndio não

deve ser combatido com água pois pode causar explosão. Apenas métodos secos,

como areia ou cimento ou ainda espuma supressora são eficazes. O equipamento

de protecção individual é muitíssimo importante pois pode evitar graves danos aos

indivíduos que manuseiam, fabricam, armazenam e transportam esse produto.

Existem diversos métodos de actuação em caso de inalação, contacto com a pele

e ingestão, como socorrer a vitima e lavá-la para lugar com ar fresco, retirar toda a

roupa contaminada e lavar abundantemente com água até a retirada total da

substancia. SEMPRE consultar o médico porque os efeitos podem não ocorrer no

Page 63: Matérias Corrosivas

imediato, mas com alguns dias passados. E o mais importante: sempre usar os

equipamentos de protecção individual.

Pretendeu-se com este trabalho realçar a importância do amoníaco e as suas

aplicações, estudar o processo Haber-Bosch, conhecer as matérias-primas para a

produção de amoníaco e perceber quais os problemas ambientais, de saúde e de

segurança relacionados com a utilização de amoníaco.

O amoníaco é um composto químico utilizado em detergentes, refrigeradores,

indústria têxtil, farmacêutica, agrícola entre outras. É bastante prejudicial para a

saúde dos seres vivos e causar graves danos físicos quando usado sem

precaução.

Faz parte da constituição natural de todos os seres e facilmente se incorpora nos

sistemas ecológicos. Representa perigo para o ambiente afectando os

subsistemas terrestres que dependem uns dos outros.

Com o aumento da população mundial e a subida do nível de vida em geral de

toda a população, houve necessidade de aumentar a produção de alimentos e

desenvolver a agricultura a par do crescimento industrial.

A produção de alimentos em larga escala implicou um grande uso de fertilizantes,

primeiro, naturais, obtidos dos excrementos humanos e de animais e depois

sintéticos, para aumentar a produtividade.

O amoníaco tem uma grande particularidade: além de servir como fertilizante

directo, ou na forma dos seus sais, sulfato de amónio, nitrato de amónio, ureia,

nitrato de sódio, cálcio ou potássio e, fosfato de amónio. É também usado no

fabrico de explosivos e nitratos explosivos (nitrato de amónio).

O uso de Zyklon-B, um pesticida à base de arsénio desenvolvido por Haber, obtida

em forma gasosa, foi utilizado na segunda guerra mundial pelos nazis para matar

judeus nos campos de concentração nas câmaras de gás.

Page 64: Matérias Corrosivas

O desenvolvimento da indústria de produção do amoníaco, foi estimulada e

fomentada no intuito de obter a autonomia de produção do mesmo, com a

obtenção de um processo mais barato e inesgotável, isto é, economicamente

viável.

As soluções para muitos problemas estarão ao alcance de todos na livraria mais

próxima, e grandes melhorias podem ser obtidas só por transferência de conceitos

de um campo para outro, isto é através do conhecimento completo do que

efectivamente já se sabe.

Embora a produção industrial de amoníaco constitua por si só perigos para a

saúde e para o ambiente, o seu uso é essencial para a produção de adubos

químicos, portanto cabe às indústrias promoverem formas de produção mais

amigas do ambiente.

Deve ser manuseado e armazenado dentro condições descritas na sua Ficha de

Dados de Segurança.

Ácido crómico é um produto que a sua utilização é muito comum na utilização de

limpeza de materiais de vidro usados em laboratório, é um produto que é utilizado

em cromagem e por esse motivo serve para aumentar a resistência à corrosão.

Uma das suas particularidades é a sua capacidade de se oxidar com vários tipos

de compostos químicos. O uso do Ácido crómico deve e tem que ser feito de

forma extremamente responsável, visto que traz sérios riscos à saúde humana,

podendo causar inúmeros danos: cancro, genéticos hereditários, fertilidade

enfraquecida.

O Ácido crómico é um produto de uma toxicidade tal que a inalação pode causar

queimaduras no sistema respiratório, ulcerações nas mucosas do nariz e é

corrosivo para os olhos, e uma vez ingerido pode ocasionar úlceras externas ou

inflamações, bem como queimaduras no tracto digestivo, em contacto directo com

a pele pode causar um envenenamento sistémico e danos nos rins e fígado. É um

produto com que se tem que ter especiais precauções com os EPI´S,

manuseamento, transporte.

Page 65: Matérias Corrosivas

Gostei de aprofundar o tema de Produtos Corrosivos e sobre o Ácido crómico em

particular, foi bastante interessante.

Desde sempre os bombeiros têm sido inicialmente formados e treinados para

actuar com a máxima rapidez e destreza, mentalizados para combater todo o tipo

de situações, tendo atitude ofensiva, que é a intervenção directa até a supressão

do acidente e só deve ser levada a efeito, se se dispuser dos meios humanos,

formados e treinados devidamente, e do equipamento especializado adequado.

Caso contrario, é obrigatório tomar a atitude defensiva, ou seja, evacuação e

isolamento da área. A segurança física de pessoas e animais, a protecção da

fauna e flora assim como dos bens e património são prioridades para a

intervenção dos Bombeiros.

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