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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 1 Matérias de Interesse Geral Ambientes inteligentes, mais segurança, mais saúde, melhor qualidade de vida. O dia todo, todos os dias crescem as ameaças à segurança, aprofundam-se a insuficiência de financiamento para a saúde e os problemas de mobilidade urbana. Mais ou menos intensamente conforme a região ou o país, porém, sem exagero, o cenário é de preocupação global. Entretanto, há luz no final do túnel. A inovação tecnológica que veio agregar mais proteção e qualidade de vida ao nosso dia a dia e ganhos incomensuráveis em eficiência, coleta e tratamento de dados. A Internet das Coisas que possibilitou os homebots, ou lares inteligentes, ambientes domésticos e profissionais com sistemas e aplicativos integrados que os tornam menos vulneráveis a falhas humanas, ações criminosas, bem como efeitos de catástrofes naturais, chegou com uma infinidade de possíveis aplicações. A maior expectativa, hoje, para além do ambiente doméstico que não coloca barreiras para sua adoção que não as econômicas, está nos setores de segurança, saúde e transporte. E em todos os três direta, ou indiretamente, as mudanças impactarão o seguro. Quando consideramos novas formas de promoção de segurança, a conclusão é que todas as coberturas atuais serão afetadas. As mudanças afetarão de seguros patrimoniais massificados e seguros grandes riscos, até os seguros contra fraudes e outros riscos cibernéticos. Ainda que os seguros hoje comercializados não sejam nem uma faísca da energia que moverá o mercado em um futuro bem próximo. A estrutura de captação e fidelização dos clientes, as formas de comercialização e o suporte pós-venda terão que ser repensados. Paralelamente, mas não menos importante, uma regulação adequada do sinistro, com agilidade que acompanhe a rapidez de todas as outras etapas do negócio será indispensável. Quanto à rapidez para o pagamento de indenizações e somas contratadas ela será devida e diretamente correspondente à aceleração que todo o processo de regulação do sinistro terá. A área da saúde terá que lidar com o paradoxo eterno dos dois Brasis: o que possui apenas 40,8% de seus domicílios com esgoto tratado (Instituto Trata Brasil, Estado de São Paulo de 16/03/2016) e aquele em que os serviços médicos já dispõem, de forma parcial e irão contar cada vez mais, com diagnósticos e second opinions, monitoramento de pacientes idosos e crônicos, controle dos sintomas e da ingestão de medicamentos, tudo à distância e online. Um cenário novo em que a nanotecnologia e os bots estarão na linha de frente trazendo soluções que envolvem aplicação das pesquisas de DNA, modificação das substâncias componentes de medicamentos de uso externo e interno, até bem pouco tempo inimagináveis já começa a se fazer presente. Seja nos cosméticos recentes, nos bloqueadores solares que tomam a coloração da pele ao seu contato, nos medicamentos que atacam seletivamente células cancerígenas. A proteção aos ocupantes de veículos evoluiu de tal forma que hoje já existe um “sistema antibatida”, conhecido pela sigla AEB Autonomous Emergency Braking que, além de emitir alerta sobre o risco ao motorista, atua no sistema de frenagem reduzindo a velocidade ou parando o carro, se necessário. Mais além, a revolução no setor de transporte já conta com carros autônomos e até voadores*, tráfico inteligente monitorado à distância por sensores fixos e drones, além de compartilhamento de informações do próprio trânsito entre unidades móveis particulares e públicas. Vale ressaltar que qualquer carro com tecnologia embarcada é passível de ser rastreado o que traz inúmeras vantagens para sua localização em caso de roubos e furtos ou mesmo sequestros. O Direito e a lei, construtores da paz social, também enfrentarão enormes desafios para acompanhar todas essas evoluções e tecer a rede de normas de proteção aos consumidores quanto ao acesso, contratação e utilização dos novos serviços e produtos.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 1

Matérias de Interesse Geral

Ambientes inteligentes, mais segurança, mais saúde, melhor qualidade de vida.

O dia todo, todos os dias crescem as ameaças à segurança, aprofundam-se a insuficiência de financiamento para a saúde e os problemas de mobilidade urbana. Mais ou menos intensamente conforme a região ou o país, porém, sem exagero, o cenário é de preocupação global.

Entretanto, há luz no final do túnel. A inovação tecnológica que veio agregar mais proteção e qualidade de vida ao nosso dia a dia e ganhos incomensuráveis em eficiência, coleta e tratamento de dados.

A Internet das Coisas que possibilitou os homebots, ou lares inteligentes, ambientes domésticos e profissionais com sistemas e aplicativos integrados que os tornam menos vulneráveis a falhas humanas, ações criminosas, bem como efeitos de catástrofes naturais, chegou com uma infinidade de possíveis aplicações.

A maior expectativa, hoje, para além do ambiente doméstico que não coloca barreiras para sua adoção que não as econômicas, está nos setores de segurança, saúde e transporte. E em todos os três direta, ou indiretamente, as mudanças impactarão o seguro.

Quando consideramos novas formas de promoção de segurança, a conclusão é que todas as coberturas atuais serão afetadas. As mudanças afetarão de seguros patrimoniais massificados e seguros grandes riscos, até os seguros contra fraudes e outros riscos cibernéticos. Ainda que os seguros hoje comercializados não sejam nem uma faísca da energia que moverá o mercado em um futuro bem próximo.

A estrutura de captação e fidelização dos clientes, as formas de comercialização e o suporte pós-venda terão que ser repensados. Paralelamente, mas não menos importante, uma regulação adequada do sinistro, com agilidade que acompanhe a rapidez de todas as outras etapas do negócio será indispensável. Quanto à rapidez para o pagamento de indenizações e somas contratadas ela será devida e diretamente correspondente à aceleração que todo o processo de regulação do sinistro terá.

A área da saúde terá que lidar com o paradoxo eterno dos dois Brasis: o que possui apenas 40,8% de seus domicílios com esgoto tratado (Instituto Trata Brasil, Estado de São Paulo de 16/03/2016) e aquele em que os serviços médicos já dispõem, de forma parcial e irão contar cada vez mais, com diagnósticos e second opinions, monitoramento de pacientes idosos e crônicos, controle dos sintomas e da ingestão de medicamentos, tudo à distância e online.

Um cenário novo em que a nanotecnologia e os bots estarão na linha de frente trazendo soluções que envolvem aplicação das pesquisas de DNA, modificação das substâncias componentes de medicamentos de uso externo e interno, até bem pouco tempo inimagináveis já começa a se fazer presente. Seja nos cosméticos recentes, nos bloqueadores solares que tomam a coloração da pele ao seu contato, nos medicamentos que atacam seletivamente células cancerígenas.

A proteção aos ocupantes de veículos evoluiu de tal forma que hoje já existe um “sistema antibatida”, conhecido pela sigla AEB Autonomous Emergency Braking que, além de emitir alerta sobre o risco ao motorista, atua no sistema de frenagem reduzindo a velocidade ou parando o carro, se necessário.

Mais além, a revolução no setor de transporte já conta com carros autônomos e até voadores*, tráfico inteligente monitorado à distância por sensores fixos e drones, além de compartilhamento de informações do próprio trânsito entre unidades móveis particulares e públicas. Vale ressaltar que qualquer carro com tecnologia embarcada é passível de ser rastreado o que traz inúmeras vantagens para sua localização em caso de roubos e furtos ou mesmo sequestros.

O Direito e a lei, construtores da paz social, também enfrentarão enormes desafios para acompanhar todas essas evoluções e tecer a rede de normas de proteção aos consumidores quanto ao acesso, contratação e utilização dos novos serviços e produtos.

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Há a expectativa de que o PL-5276/16, que dispõe sobre Dados Pessoais seja votado até o final de 2017. Também em andamento temos a consulta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação no sentido de “mapear o ecossistema de comunicação M2M e IoT no que diz respeito à pesquisa e desenvolvimento, vislumbrando possíveis ações de estímulo ao seu desenvolvimento tecnológico.”

O ideal é que a lei que venha a dispor sobre o assunto de forma a deixar para a regulamentação, para o corpo das normas infralegais os detalhamentos e aspectos que tendem a necessitar de atualizações constantes, dada à velocidade da introdução de novas tecnologias. Uma que engesse as operações tenderá a promover o interesse por formas transversas de atuação ou o afastamento das últimas inovações. Ambas as hipóteses serão nefastas para o setor produtivo como um todo e também para a sociedade.

Enfim, a velocidade do desenvolvimento da inovação tecnológica com aplicação de inteligência artificial é cada vez maior e o tempo para sua comercialização e absorção pela sociedade menor. Redes, sistemas e aplicativos surgem ou se renovam constantemente trazendo o futuro da ficção científica para o dia de hoje.

Gloria Faria Consultora Jurídica

Jurídico, um departamento cada vez mais estratégico.

O dia a dia dos departamentos jurídicos internos, de forma geral, contempla cada vez mais desafios a serem enfrentados por seus atores.

Um dos motivos é a mudança do papel que tais departamentos desempenham atualmente, sobretudo no que tange à assessoria, de impacto direto, tanto na atividade fim de cada entidade, seja pública ou privada, quanto na atividade meio e em seus diversos desdobramentos.

Esse viés atual traz uma reflexão: O que se espera de um departamento jurídico interno?

Diversos são os fatores que interferem no novo papel dos jurídicos.

As mudanças sociais e tecnológicas, que avançam em velocidade jamais vista, podem ser consideradas como exemplo. Além disso, o crescente número de normas jurídicas, que criam não apenas direitos, mas também obrigações, bem como as que estabelecem penalidades. Todas contribuem para a necessidade de atuação proativa do jurídico em diversas frentes, principalmente na segurança dos negócios.

No Brasil, os desafios se intensificam, pois em 2016, por exemplo, foram publicadas 174 novas leis no plano federal, além das estaduais e municipais, com significativa atuação Poder Legislativo. O Poder Judiciário, por sua vez, registra em torno de 100 milhões de processos em tramitação. O Poder Executivo, que não fica atrás, atua ativamente por meio dos órgãos reguladores, o qual o setor de seguros convive.

Ainda em 2016, o CNSP e a Susep editaram 29 atos normativos, entre os quais merecem maior atenção, dada a relevância para o setor, os temas referentes aos seguros de Vida Universal, popular de Automóvel e de Responsabilidade Civil dos Diretores e Administradores (D&O).

Nesse contexto, o papel dos jurídicos internos, em geral, tem se afastado de atividade meramente de apoio, pois passa a fazer parte das atividades estratégicas, e, como tal, agrega, indiscutivelmente, valor ao negócio.

Assim, como parte da estratégia negocial, os jurídicos precisam: (i) compreender o negócio; (ii) utilizar a tecnologia com vistas a organização de suas atividades diárias e interação com escritórios externos; (iii) promover a interface com os demais departamentos internos; (iv) envolver e sensibilizar toda equipe no que tange ao cumprimento de prazos metas (iv) focar em atuação preventiva, inclusive sendo capaz de antever cenários de crise, com apontamento de soluções.

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A atual função estratégica dos jurídicos é peça relevante em todos os processos das entidades. Isso implica em dizer que há, necessariamente, participação ativa deles como orientadores de decisões.

Os jurídicos internos têm como desafio tratar das questões que envolvam os três Poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário, que afetam, direta e indiretamente, as atividades das entidades que representam, dando maior segurança e estabilidade para as tomadas de decisões e resolução de conflitos.

Glauce Carvalhal Superintendente Jurídica CNseg

JURISPRUDÊNCIA

Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 1.281.594 – SP RECORRENTE: Buchalla Veículos LTDA RECORRIDO: Ford Motor Company Brasil LTDA RELATOR: Min. Marco Aurélio Bellizze

Ementa

Recurso Especial. Processual Civil. Civil. Ausência de violação do art. 535 do CPC/1973. Prescrição. Pretensão fundada em responsabilidade civil contratual. Prazo trienal. Unificação do prazo prescricional para a reparação civil advinda de responsabilidade contratual e extracontratual. Termo inicial. Pretensões indenizatórias decorrentes do mesmo fato gerador: rescisão unilateral do contrato. Data considerada para fins de contagem do lapso prescricional trienal. Recurso improvido. 1. Decidida integralmente a lide posta em juízo, com expressa e coerente indicação dos fundamentos em que se firmou a formação do livre convencimento motivado, não se cogita violação do art. 535 do CPC/1973, ainda que rejeitados os embargos de declaração opostos. 2. O termo "reparação civil", constante do art. 206, § 3º, V, do CC/2002, deve ser interpretado de maneira ampla, alcançando tanto a responsabilidade contratual (arts. 389 a 405) como a extracontratual (arts. 927 a 954), ainda que decorrente de dano exclusivamente moral (art. 186, parte final), e o abuso de direito (art. 187). Assim, a prescrição das pretensões dessa natureza originadas sob a égide do novo paradigma do Código Civil de 2002 deve observar o prazo comum de três anos. Ficam ressalvadas as pretensões cujos prazos prescricionais estão estabelecidos em disposições legais especiais. 3. Na V Jornada de Direito Civil, do Conselho da Justiça Federal e do Superior Tribunal de Justiça, realizada em novembro de 2011, foi editado o Enunciado n. 419, segundo o qual "o prazo prescricional de três anos para a pretensão de reparação civil aplica-se tanto à responsabilidade contratual quanto à responsabilidade extracontratual". 4. Decorrendo todos os pedidos indenizatórios formulados na petição inicial da rescisão unilateral do contrato celebrado entre as partes, é da data desta rescisão que deve ser iniciada a contagem do prazo prescricional trienal. 5. Recurso especial improvido.

RECURSO ESPECIAL Nº 1.381.603 - MS RECORRENTE: Elizabeth Alves Morais RECORRIDO: Ana Karla Peluffo Zohran Georges RELATOR: Min. Luis Felipe Salomão

Ementa

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 4

Recurso Especial. Ação monitória. Prova escrita. Juízo de probabilidade. Correspondência eletrônica. E-mail. Documento hábil a comprovar a relação contratual e a existência de dívida. 1. A prova hábil a instruir a ação monitória, isto é, apta a ensejar a determinação da expedição do mandado monitório - a que alude os artigos 1.102-A do CPC/1.973 e 700 do CPC/2.015 -, precisa demonstrar a existência da obrigação, devendo o documento ser escrito e suficiente para, efetivamente, influir na convicção do magistrado acerca do direito alegado, não sendo necessário prova robusta, estreme de dúvida, mas sim documento idôneo que permita juízo de probabilidade do direito afirmado pelo autor. 2. O correio eletrônico (e-mail) pode fundamentar a pretensão monitória, desde que o juízo se convença da verossimilhança das alegações e da idoneidade das declarações, possibilitando ao réu Impugnar- lhe pela via processual adequada. 3. O exame sobre a validade, ou não, da correspondência eletrônica (e-mail) deverá ser aferida no caso concreto, juntamente com os demais elementos de prova trazidos pela parte autora. 4. Recurso especial não provido.

Fonte: www.stj.jus.br

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 790.370 – MS

AGRAVANTE: Miguel Gomes Rolim AGRAVADO: Bradesco Vida e Previdência S/A RELATOR: Min. Ricardo Villas Boas Cueva

Ementa

Agravo Interno no Agravo em Recurso Especial. Contrato de seguro. Ação de cobrança. Pagamento a menor. Prescrição ânua. Precedentes. 1. Conforme jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses de ajuizamento de ação de cobrança decorrente de pagamento de seguro a menor, o prazo prescricional é de 1 (um) ano, o qual se inicia com a ciência, por parte do segurado, do valor recebido a menor. Precedentes. 2. Agravo Interno não provido.

Fonte: www.stj.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0043246-85.2016.8.19.0000 AGRAVANTE: Sul América Companhia de Seguros Gerais AGRAVADO: Federação dos Pescadores do Estado do Rio de Janeiro - FEPERJ e Servatis S/A RELATORA: Des. Edson Vasconcelos

Ementa

Agravo de Instrumento. Dano ambiental. Contrato de seguro. Depósito do prêmio. Responsabilidade securitária. Cláusula contratual. Inexistência de sentença condenatória face o segurado ou aquiescência da seguradora. Responsabilidade civil perante terceiros. Impossibilidade. Ausência de denunciação da lide. Violação do devido processo legal. Precedente vinculante. A responsabilidade securitária tem como pressuposto a existência de sentença condenatória do segurado ou a anuência da seguradora quanto ao pagamento, o que não ocorreu na hipótese em exame. O Superior Tribunal de Justiça consolidou entendimento no sentido de que a responsabilidade civil da seguradora perante terceiros não pode ser reconhecida em ação na qual não interveio. Inexistência de denunciação da lide que inviabiliza a imposição da obrigação de efetuar o depósito integral do valor da apólice. Reforma da decisão que se impõe. Provimento ao recurso.

Fonte: www.tjrj.jus.br

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 5

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0062234-22.2012.8.26.0576 APELANTE: Rosa Silva de Almeida APELADA: Humana Seguros Pessoais Ltda e Ace Seguradora S/A. RELATOR: Des. Kenarik Boujikian

Ementa

Ação anulatória de cláusula contratual c.c. pedido de obrigação de fazer (renovação de contrato de seguro) e pedido de indenização por danos morais. 1. Ausência de fundamentos da sentença no tocante à extinção do processo atinente à requerida Humana Seguros Pessoais Ltda. Observância aos termos do artigo 515, caput, do CPC. Manutenção da extinção parcial. 2. Pretensão da segurada à renovação do contrato de segurado. Existência da cláusula admitindo a possibilidade de não renovação pela seguradora, devidamente realizada e com a regular notificação do segurado. Regularidade. Impossibilidade de impor a qualquer das partes a subsistência da aludida relação contratual. Não há que se falar em abusividade da referida cláusula, eis que a relação contratual entabulada, desde sua gênese, fixou a duração por prazo determinado, ou seja, a relação havida está marcada pela temporariedade, não sendo possível obrigar qualquer delas manter relação obrigacional, da qual depende de expressa manifestação de vontade para sua manutenção. Recurso não provido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0704.01.001372-7/001 APELANTE: Anselmo de Oliveira APELADOS: Bradesco Seguros S/A e Outros RELATOR: Des. Veiga de Oliveira

Ementa

Apelação Cível. Ação de cobrança. Contrato de seguro. Informações inverídicas. Falsidade de assinatura. Fraude na celebração do contrato. Evidenciada a omissão de dados relevantes que poderiam influenciar na aceitação da proposta pela seguradora ou na taxa do prêmio no contrato de seguro, não é devido o pagamento da indenização contratada. Analisando todas as provas, testemunhal e pericial, tem-se comprovada a fraude na celebração do contrato, razão pela qual o Apelante não faz jus à indenização securitária.

Fonte: www.tjmg.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado de Espírito Santo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0016584-19.2011.8.08.0048 APELANTE: Global Máquina Comércio e Serviços LTDA ME APELADA: Bradesco Auto/Re Companha de Seguros RELATOR: Des. José Paulo Calmon Nogueira da Gama

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Civil e Processual Civil. Apelação Cível. Ação de cobrança de seguro c⁄c reparação de danos materiais e morais. Inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor. Necessidade de

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análise conjunta do critério finalístico e da vulnerabilidade. Cláusula limitativa de cobertura. Validade. Recurso desprovido. 1. A contratante tem como atividades precípuas aluguel de máquinas e equipamentos para construção sem operador, exceto andaimes, não se tratando de destinatária final da relação firmada com a seguradora, uma vez que utiliza os serviços securitários como instrumento dentro do processo de prestação de serviços e com a finalidade lucrativa, tampouco caracterizando-se como vulnerável técnica, jurídica ou economicamente. 2. De acordo com a prova técnica contida nos autos, a forma como o sinistro ocorreu se subsume a uma das situações capazes de excluir a cobertura previstas no item 5, letra L, Anexo I, dispondo que os equipamentos estarão excluídos da cobertura securitária quando utilizados as margens de lagos ou lagoas. 3. A cláusula limitativa não atenta contra os princípios regentes dos contratos, porquanto não desnatura a essência do contrato de seguro e, ainda, se encontra redigida de forma clara e com destaque. 4. Recurso desprovido. Acorda a Egrégia Segunda Câmara Cível, em conformidade da ata e notas taquigráficas da sessão, que integram este julgado, à unanimidade de votos, conhecer do recurso e lhe negar provimento.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20150310138020 APELANTE: Maria da Conceição Cardoso Silva APELADA: Bradesco Vida e Previdência S/A RELATOR: Des. Gilberto Pereira de Oliveira

Ementa

Apelação Cível. Cível. Processo Civil. Embargos à execução. Contrato de seguro. Ocorrência do sinistro. Mais de um beneficiário do prêmio do seguro. Impossibilidade de cobrança integral da obrigação por apenas um deles. Inexistência de solidariedade. Obrigação divisível. Excesso de execução. Reconhecida. Juros moratórios. Termo. Data da citação. Jurisprudência pacífica do Eg. Superior Tribunal de Justiça. Verificado que o caso em apreço apresenta discussão acerca de obrigação divisível, por força do que expresso no artigo 257 do Código Civil, inaplicável a regra prevista no artigo 260, do mesmo Codex, porquanto este último normativo é destinado aos casos de obrigações de cunho indivisível. Além disso, também não se mostra possível a cobrança, por apenas um dos beneficiários, havendo mais que um, da dívida por inteiro, tendo em vista que a obrigação igualmente não é solidária, de modo a autorizar a cobrança da obrigação na forma e limites previstos no artigo 264, também do CC. "No que tange ao marco inicial dos juros de mora, tratando-se de relação contratual positiva e líquida, mas sem termo pré-definido a mora depende de interpelação da parte, sendo ex persona, nos termos do artigo 397, p.u. do CC" (Acórdão n. 953766, 20150110672058APC, Relator: Ana Maria Amarante, 6ª T. Cível, Data de Julgamento: 06/07/2016, DJE: 19/07/2016. Pág.: 354/375). Logo, "nas ações que buscam o pagamento de indenização securitária, os juros de mora devem incidir a partir da data da citação da seguradora, visto se tratar de eventual ilícito contratual" (AgRg no REsp 1328730/SP, Rel. Ministro Ricardo Villas Boas Cueva, Terceira Turma, julgado em 21/06/2016, DJe 28/06/2016). Recurso conhecido e desprovido.

Fonte: www.tjdft.jus.br

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

RECURSO INOMINADO Nº 71006205504 RECORRENTE: Fernanda Gonçalves Freitas RECORRIDO: HSBC Seguros Brasil S/A RELATOR: Des. Vivian Cristina Angonese Spengler

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Reparação de danos. Contrato de seguro. Cancelamento. Ausência de notificação. Irregularidade. Dano moral não caracterizado. Descumprimento contratual. Sentença mantida. Segundo a ré, o contrato de seguro foi cancelado em setembro de 2013, por inadimplemento. Todavia, não notificou a segurada, o que importaria na reativação do contrato, não fosse o desinteresse expresso da autora no atual momento, inobstante tenha continuado a pagar por todo o ano de 2014, valores que eram estornados mês a mês pela ré, sem que a autora percebesse. Contudo, por se tratar de descumprimento contratual sem outra circunstância peculiar descabe indenização por danos morais. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjrs.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70071415798 APELANTE: HSBC Seguros Brasil S/A APELADO: Sonia de Fátima Souto Pereira RELATOR: Des. Jorge Luiz Lopes do Canto

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Apelação Cível. Seguro. Negócio jurídico inexistente. Assinatura falsa. Ausência do dever de adimplir o capital segurado. Pleito improcedente. Da lei processual aplicável ao presente feito. 1. No caso em exame a decisão recorrida foi publicada após 17/03/2016. Assim, em se tratando de norma processual, há a incidência da legislação atual, na forma do art. 1.046 do Código de Processo Civil de 2015. Mérito do recurso em exame. 2. A regra geral aplicável a qualquer tipo de contrato é de que este é o acordo avençado entre as partes, com o objetivo de criar direitos, mediante a livre manifestação de vontade. Na sua formação, dois pontos são de suma importância, a proposta, que vincula o proponente aos termos do que propôs, conforme alude o art. 427 do CC; e a aceitação desta, que é a concordância da parte contraente com o que foi proposto, formando-se, assim, o pacto. 3. O contrato de seguro na sua formação aplica-se integralmente as regras precitadas, o qual deve atender aos requisitos necessários para formação do pacto, em especial, a manifestação de vontade livre de contratar, na forma do art. 110 do Código Civil. 4. Assim, sem a parte autora ter manifestado a sua vontade para realização do seguro em exame, decorrendo este da falsificação de sua assinatura, aquele pacto é inexistente, não surtindo qualquer efeito. 5. Perícia grafotécnica realizada no presente feito que comprova a falsificação da assinatura da parte segurada na proposta para a contratação do seguro objeto do presente litígio. 6. Ônus da sucumbência redimensionado. Dado provimento ao apelo.

Tribunal de Justiça de Santa Catarina

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0005855-72.2014.8.24.0018 APELANTE: Nadir Artuso Alves APELADA: Itaú Seguros S/A RELATOR: Des. Marcus Tulio Sartorato

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Consumidor e Civil. Ação de cobrança de seguro. Extinção do processo sem exame do mérito. Falta de interesse de agir. Insurgência. Autora que já recebeu, por meio de transação homologada judicialmente, indenização da seguradora com a qual mantinha contrato antes daquele firmado com a seguradora ré. Contrato de seguro com termos de vigência distintos. Impossibilidade de percebimento de duas indenizações em razão do mesmo fato gerador.

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Sinistro ocorrido, presumivelmente, na data de vigência do contrato pactuado com a primeira seguradora. Precedentes deste tribunal. Sentença mantida por fundamento diverso. Recurso desprovido. "Segundo os precedentes desta Corte, o segurado que já recebeu a indenização de seguro de vida decorrente de sua invalidez, não pode aventurar-se contra todas as seguradoras que antecederam o grupo segurado alegando o mesmo fato gerador de sua incapacidade" (TJSC, Apelação Cível n. 2015.074213-5, de Chapecó, rel. Des. Hildemar Meneguzzi de Carvalho, j. 11-04-2016).

COMENTÁRIOS À JURISPRUDÊNCIA DO TJ-RS Á LUZ DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Jurisprudência comentada. Impenhorabilidade do seguro de vida. Decisão do TJ-RS que segue a esteira de orientação do STJ.

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70071415335

APELANTE: Vera Lucia Meneses da Cruz Petter APELADOS: Lorivaldo Antônio Machado de Souza e Outro RELATOR: Des. Tulio de Oliveira Martins

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Responsabilidade Civil. Ação cautelar de arresto. Art. 649, IX, CPC/73. Seguro de vida. Impenhorabilidade absoluta. Por meio do arresto busca-se tornar indisponíveis bens que possam se sujeitar à penhora em execução futura. Conforme art. 649, IX, do CPC/73, o seguro de vida é absolutamente impenhorável, impondo-se a manutenção da ação cautelar de arresto. Apelação desprovida.

Trata-se de decisão unânime do TJRS, que manteve sentença de primeiro grau que julgou improcedente ação cautelar de arresto cujo requerente objetivava a penhora de capital segurado em contrato de seguro de vida, refutando arguição da apelante de que tal seguro não teria natureza alimentar sob o pálido argumento de que os réus são pessoas plenamente capazes, como que se a capacidade da pessoa pudesse descaracterizar a função alimentar de um bem ou de um provento seu. Fosse assim, até o salário, ou proventos de aposentadoria dentre outros listados na lei processual como impenhoráveis, perderia o caráter alimentar para o trabalhador só pelo fato de o mesmo possuir outros rendimentos, ganharem bem e gozarem de capacidade plena, não sem lembrar de que o seguro de vida, consoante a melhor doutrina e jurisprudência prestigiosa dos tribunais, tem sim natureza alimentar e, mesmo que não a tivesse, aduza-se apenas para argumentar, a lei determinou que assim o fosse e de forma cogente. A impenhorabilidade, pois, incide sobre a natureza do bem (bem de família, por exemplo), quantia, valor ou rendimento, presente ou futuro, independentemente de quem os aufira.

No caso julgado, a apelante pretendia arrestar capital segurado deixado pela genitora dos réus em face de sua morte e coberto por seguro de vida, tendo o Tribunal rejeitado tal pretensão com espeque no artigo 649, IX do CPC de 73, reproduzido pelo correspondente dispositivo do NCPC de 2015 (art. 833, VI), segundo o qual o seguro de vida é absolutamente impenhorável, por isso que, cuidando-se de restrição absoluta, cogente e proveniente de lei, inadmite relativização.

Diga-se de passagem, que mesmo a despeito de o correspondente dispositivo do NCPC/15 não haver reproduzido no caput do artigo 833 a expressão “absolutamente”, antes cunhada no caput do artigo 649 do CPC revogado, não significa dizer que a impenhorabilidade dos interesses, bens e valores listados no dispositivo, possa de algum modo ser relativizada, por isso a plêiade de cultos juristas que redigiram o NCPC assim o fez por reconhecer tratar-se de uma redundância, considerando que tais valores são ou não são penhoráveis. Assim como não existe “mulher mais ou menos grávida”, inexistem bens ou valores mais ou menos, ou relativamente impenhoráveis, razão pela qual basta estarem como tais listados na lei para terem o selo da impenhorabilidade. O que fizeram os autores do NCPC mais não foi do que corrigir um vício de linguagem, excretando, assim, um excesso do texto do dispositivo legal em causa.

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E para deixar estreme de qualquer dúvida a posição adotada pela decisão em comento, o seu ilustre Relator trouxe à colação outros tantos julgados que espelharam o mesmo entendimento, tais como revelam os seguintes precedentes do mesmo Tribunal de Justiça, mostrando inclusive não ser taxativa a lista dos impenhoráveis, tanto que pode alcançar verba indenizatória de seguro de dano, como a do DPVAT:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE DE TRÂNSITO. EXECUÇÃO. PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS. SEGURO DE VIDA. IMPENHORABILIDADE. DECISÃO RECORRIDA REFORMADA. PRECEDENTES. Muito embora possível a penhora no rosto dos autos para resguardar eventual direito creditício, ainda que em discussão, nos termos do art. 860 do CPC/2015, por outro lado, o art. 833, VI, do mesmo diploma legal, arrola entre os bens absolutamente impenhoráveis "o seguro de vida". Logo, impositiva a reforma do entendimento questionado com a consequente cassação do deferimento do pedido formulado pela parte agravada, eis tratar-se de seguro de vida o bem cuja constrição é pretendida. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70069395960, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Guinther Spode, Julgado em 18/07/2016).

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. EMBARGOS À PENHORA. IMPENHORABILIDADE DAS VERBAS ORIUNDAS DE SEGURO DE VIDA. Inovação recursal. Em atendimento ao princípio da eventualidade, competia ao réu, quando da apresentação da contestação, ter suscitado todas as matérias relativas à sua defesa e que pudessem conduzir à improcedência do pedido inicial. Mérito. As verbas provenientes de reembolso de diárias hospitalares oriundas de seguro de vida contratado pelo executado incluem-se no conceito de legal de seguro de vida, já que se originaram de uma das cláusulas da contratação, não se sujeitando, portanto, à penhora. Assim, inarredável a incidência do artigo 649, inciso VI, do Código de Processo Civil, pois absolutamente impenhoráveis os valores em discussão, por expressa disposição legal. APELAÇÃO PARCIALMENTE CONHECIDA E DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70069228526, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Heleno Tregnago Saraiva, Julgado em 16/06/2016).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS. CRÉDITO PROVENIENTE DE SEGURO DE VIDA. IMPENHORABILIDADE. A indenização decorrente de seguro de vida é absolutamente impenhorável. RECURSO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70068784354, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Sérgio Scarparo, Julgado em 19/05/2016).

APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À PENHORA. VERBA INDENIZATÓRIA ORIUNDA DO SEGURO DPVAT. IMPENHORABILIDADE. I. A jurisprudência deste e. Tribunal é assente no sentido de que os valores oriundos de indenização do DPVAT se assemelham àqueles atinentes a seguro de vida, nos termos do art. 649, VI, do CPC. II. Com base em tal consideração, imperativa a manutenção da decisão recorrida, a qual determinou a desconstituição da penhora realizada no rosto dos autos do processo n° 1120091429-6-. III. Sucumbência mantida. NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70062520440, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ergio Roque Menine, Julgado em 12/02/2015).

Com efeito, o próprio STJ assim já decidiu em relação à impenhorabilidade do PGBL e, a fortiori, em relação ao seguro de vida, seja na modalidade tradicional seja na do VGBL, como se verá passos mais adiante.

E diga-se de logo, que não é o fato de o segurado ou participante ter direito ao resgate, nos casos admitidos por lei, que esse direito, personalíssimo, possa por si só alforriar terceiros para um resgate forçado por meio de penhora, avançando em ativos gravados e vinculados, lastros que são de um plano de aposentadoria no caso da previdência privada, ou de seguro de vida para prover a subsistência do segurado ou participante, seu beneficiário ou dependente. Assim como inadmissível ao credor avançar em valores já recebidos pelos beneficiários com vistas a penhorá-los. Seja, portanto, o regime adotado de repartição simples seja de acumulação, para o seguro de vida ou plano de previdência privada, a impenhorabilidade e inalienabilidade dos valores, dos capitais segurados e dos ativos se impõem, ipso facto e ipso jure. Sejam os benefícios do seguro presentes, próximos ou futuros, ou quer se encontre o segurado ou participante em fase de acumulação ou de benefício no plano traçado de aposentadoria ou de capital segurado.

Por que razões também o legislador, ao editar o Código de Processo Civil, tanto o velho quanto o novo, respectivamente em seus artigos 649 (Código de 73) e 833 (Código de 2015), teria incluído na relação dos bens absolutamente impenhoráveis, o SEGURO DE VIDA, os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os MONTEPIOS (leia-se aqui que os

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montepios são ancestrais dos atuais planos de previdência privada complementar), e todos os demais destinados ao sustento e subsistência do devedor e de sua família etc.? Vê-se que no seu conjunto, a lei adjetiva intencionou proteger os benefícios e beneficiários dos seguros de vida e de planos de previdência, tanto em ato quanto em potência.

Dentre as razões para tal previsão legal, pode-se destacar, obviamente, o caráter prospectivo, alimentar, previdenciário e providenciário - prever para prover - tanto do seguro de vida quanto, pelas mesmas ou até maiores razões, dos planos de previdência privada. Ceifar, pois, os provisionamentos do seguro de vida e dos planos privados de aposentadoria, é retirar do homem previdente, a perspectiva alimentar, previdenciária, cujo objetivo é, sem dúvida, o sustento, inclusive o diferido, de sua própria subsistência e de sua família, justo nos momentos mais difíceis da vida, na velhice, por exemplo, quando o homem, já alquebrado pela vergasta do tempo, tem drasticamente diminuídas sua capacidade de trabalho, suas condições de saúde, e suas rendas enfim. Por isso é que a lei protege esses valores comprometidos, seja de acumulação seja de benefício, contra investidas de terceiros, ainda que credores, mas de dívidas exógenas, estranhas.

A impenhorabilidade, pois, no caso, tem tudo a ver com o direito fundamental e constitucional da dignidade da pessoa humana, este que por sua vez tem a ver com a interpretação dos direitos humanos, significando buscar equilíbrio entre o direito natural e o direito positivo, tendo-se como fundamento a dignidade da pessoa e, daí, se extrair a norma mais favorável à proteção da sua dignidade ao caso concreto, sendo óbvio que entre o direito de um terceiro credor e o direito do segurado ou participante de plano previdenciário, o deste há de prevalecer. O respeito à dignidade da pessoa humana se busca tendo em vista ser ela o valor fundamental da ordem jurídica, sendo, portanto, a fonte das fontes do direito, irrenunciável e cimeiro de todo modelo constitucional, pois o homem e sua dignidade são a razão de ser da sociedade, do Estado e do Direito.

Note-se que o legislador, ao editar a lei adjetiva, incluiu de forma explicita o seguro de vida incondicionalmente como impenhorável, sem qualquer ressalva sobre tal ou qual modalidade, regime ou variação desse seguro ou sobre em que estágio se encontre (acumulação ou benefício) e, implícita senão também explicitamente, os planos previdenciários de semelhante finalidade. Até porque, a operação do seguro de vida não raro é feita em conjunto, tanto assim que seguradoras de vida operam simultaneamente também planos de previdência privada complementar aberta. Assim é que, qualquer seguro de vida, seja constituído sob o regime de repartição simples, seja sob o regime de acumulação ou capitalização, é absolutamente impenhorável por força de norma legal expressa, assim como os planos de previdência privada, inclusive o PGBL, quanto mais os planos tradicionais, por sua inegável identidade com o seguro de vida.

A propósito, bem compreendendo a razão de tal impenhorabilidade, o TST, em data recente, proferiu decisão de grande valia, conforme noticiada em 1º/07/15, eis que, como instância máxima da justiça trabalhista, afastou a penhorabilidade de plano previdenciário em detrimento de crédito trabalhista. Senão vejamos o resumo da decisão noticiada, tomada por unanimidade dos Senhores Ministros com a seguinte manchete: “TST afasta penhora sobre plano de previdência privada para pagamento de dívida trabalhista.”

“A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho cancelou a penhora sobre valores depositados em plano de previdência privada de um sócio da Dow Right Consultoria em RH Ltda., que haviam sido bloqueados para o pagamento de verbas trabalhistas devidas a um empregado da empresa...

Ao examinar o recurso ordinário do sócio, que pedia a liberação da verba bloqueada sustentando a impenhorabilidade absoluta do plano de previdência privada, a relatora, ministra Maria Helena Mallmann, observou que o inciso IV do artigo 649 do Código de Processo Civil (CPC) considera impenhoráveis os vencimentos, soldos, remunerações, pensões ou quantias destinadas ao sustento do devedor e de sua família. No mesmo sentido, a jurisprudência do TST (Orientação Jurisprudencial 153 da SDI-2) vem concedendo a segurança para sustar esse tipo de bloqueio.

A ministra esclareceu que o inciso VI do mesmo artigo do CPC, por sua vez, assegura impenhorabilidade ao seguro de vida, que visa à garantia de renda razoável no futuro, e não pode também, por isso, ser equiparado a aplicações financeiras comuns. Equiparar planos de previdência privada, para fins de impenhorabilidade absoluta, com proventos de aposentadoria, salários e seguro de vida prima pela observância do princípio

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constitucional da dignidade da pessoa humana, uma vez que a verba também possui o caráter de subsistência do devedor, afirmou...”

Quer me parecer, portanto, ante a natureza alimentar, previdenciária, prospectiva, do seguro de vida e, por mais forte razão ainda, dos planos de previdência privada, a penhora de seus valores e ativos, qualquer que seja a sua fase, atenta contra a letra e o espírito da lei, não só da lei processual, adjetiva, como também da lei substantiva (DL 73/66; LC 109/01, LC 126/07). Bem assim do Código Civil que, em seu artigo 794, por analogia aplicável ao contrato de previdência privada, estabelece que no seguro de vida o capital estipulado não está sujeito às dívidas do segurado, nem se considera herança para todos os efeitos de direito.

A intangibilidade do seguro de vida e dos planos de previdência privada, é de tal modo forte no seu caráter previdenciário, que faz a diferença entre uma pessoa que faleça com dívidas sem realizar um seguro de vida e ou plano previdenciário, daquela outra que, embora com as mesmas dívidas, teve a previdência de substituir no todo ou em parte o seu patrimônio realizando o seguro e ou plano de previdência. O não previdente - lembra PEDRO ALVIM ao comentar o art. 794 em seu “O Seguro no Novo Código Civil”, Forense, Rio - terá seu patrimônio embargado pelos credores e os herdeiros só receberão o que restar depois de satisfeitas as obrigações do morto, enquanto que em relação ao que teve a previdência de substituir o seu patrimônio contratando um seguro de vida ou plano previdenciário, sua família receberá integralmente a soma segurada, sem que possam os credores reclamá-la para pagamento de seus créditos. Vale dizer, o seguro de vida, ou o plano previdenciário, pode e deve ser um remanso seguro contra os credores do segurado ou participante ou de seus beneficiários, quando se coteja, de um lado, o postulado segundo o qual a garantia dos credores é o patrimônio do devedor e, de outro, a premissa de que o seguro de vida ou plano de previdência não faz parte desse patrimônio, mas uma obrigação assumida pelo segurador, por exemplo, de pagar o capital a um terceiro, beneficiário do segurado, cuja condição era a morte do instituidor.

Vale trazer à colação, jurisprudência do STJ representada pela decisão tomada por sua 2ª Seção, em EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA no REsp nº 1.121.719-SP, em que foi Relatora a eminente Ministra NANCY ANDRIGHI, pela qual a Corte imprimiu como regra a natureza alimentar da verba do PGBL, quanto mais se se tratasse de um plano de previdência privada complementar tradicional, ou mesmo de um seguro de vida. Com tal decisão, o STJ, em sede de uniformização de jurisprudência, impede penhora de PGBL para pagamento de dívidas, manifestando-se no sentido de que o saldo de fundo de previdência privada complementar na modalidade Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) não pode ser penhorado para o pagamento de dívidas. Os Ministros entenderam que o PGBL equivaleria a valores depositados a título de aposentadoria, elencada no artigo 649 do Código de Processo Civil como impenhorável. Reconheceram mais que na aplicação em PGBL, o participante realiza depósitos periódicos, que se transformam em uma reserva financeira. Esses valores podem ser resgatados de forma antecipada ou recebidos em data definida, em uma única parcela ou por depósitos mensais. Não obstante, ao analisar o funcionamento desse fundo de previdência, a Relatora, entendeu que "em qualquer hipótese, não se pode perder de vista que, em geral, o participante adere a esse tipo de contrato com o intuito de resguardar o próprio futuro ou de seus beneficiários", concluindo que a penhora caracterizaria medida por demais grave, devendo por isso ser afastada. Para o STJ, o participante adere a esse tipo de contrato com o intuito, em regra planejado, de resguardar o próprio futuro ou o de seus beneficiários, garantindo o recebimento de certa quantia, que julga suficiente para a manutenção futura do padrão de vida.

Ressalte-se, por fim, a importância dessa jurisprudência que ora se comenta, já que a impenhorabilidade do seguro de vida é fator por demais importante e positivo para sua comercialização, porque, além de preservar os objetivos do seguro, prospectivo, alimentar e provedor, mostra ao segurado, enquanto consumidor e instituidor, que o capital por ele investido estará a salvo da sanha de terceiros credores, a não ser que, em sua outra vertente de finalidade o próprio segurado, deliberadamente, o destine à garantida de uma obrigação ou de uma dívida (CCb, artigos 791 e 794: recorde-se que o primeiro estabelece que o seguro de pessoa pode ser oferecido como garantia de uma obrigação; o segundo que, para o caso de morte, o capital estipulado não está sujeito às dívidas do segurado).

O seguro de vida, afinal, não raro representa verdadeira “carta de amor”, escrita pelo segurado a um ente querido (beneficiário), para por este ser lida em ocasião da morte do pranteado “missivista” e instituidor.

Ricardo Bechara Santos Consultor Jurídico

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LEGISLAÇÃO

Federal

Lei Complementar nº 157, de 29 de dezembro de 2016 - Altera a Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, que dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, a Lei no 8.429, de 02 de junho de 1992 (Lei de Improbidade Administrativa), e a Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990, que “dispõe sobre critérios e prazos de crédito das parcelas do produto da arrecadação de impostos de competência dos Estados e de transferências por estes recebidos, pertencentes aos Municípios, e dá outras providências”.

Medida Provisória nº 764, de 26 de dezembro de 2016 - Dispõe sobre a diferenciação de preços de bens e serviços oferecidos ao público, em função do prazo ou do instrumento de pagamento utilizado.

Estadual

Lei (PB) nº 10.824, de 22 de dezembro de 2016 - Dispõe sobre o cancelamento de contratos de fornecimento de produtos ou serviços nas lojas físicas dos fornecedores.

Advocacia Geral da União - AGU

Portaria nº 2.278, de 15 de dezembro de 2016 - Define os procedimentos para celebração do acordo de leniência de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, no âmbito do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União – CGU e dispõe sobre a participação da Advocacia-Geral da União.

Banco Central

Resolução nº 4.539, de 24 de novembro de 2016 - Dispõe sobre princípios e política institucional de

relacionamento com clientes e usuários de produtos e de serviços financeiros.

Receita Federal

Instrução Normativa nº 1674, de 28 de novembro de 2016 - Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.520, de 04 de dezembro de 2014, que dispõe sobre a tributação de lucros auferidos no exterior pelas pessoas jurídicas domiciliadas no País.

Instrução Normativa nº 1681, de 28 de dezembro de 2016 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação das informações da Declaração País-a-País.

Superintendência de Seguros Privados – SUSEP

Circular nº 542, de 06 de dezembro de 2016 - Determina critérios adicionais para atendimento ao disposto no § 4º do art. 14 da Resolução CNSP nº 168, de 17 de dezembro de 2007, que dispõe sobre a atividade de resseguro, retrocessão e sua intermediação e dá outras providências.

Circular nº 543, de 22 de dezembro de 2016 - Altera a Circular Susep nº 517, de 30 de julho de 2015, que Dispõe sobre provisões técnicas; teste de adequação de passivos; ativos redutores; capital de risco de subscrição, crédito, operacional e mercado; constituição de banco de dados de perdas operacionais; plano de regularização de solvência; registro, custódia e movimentação de ativos, títulos e valores mobiliários garantidores das provisões técnicas; Formulário de Informações Periódicas – FIP/SUSEP; Normas Contábeis e auditoria contábil independente das seguradoras, entidades abertas de previdência complementar, sociedades de capitalização e resseguradores; exame de certificação e educação profissional continuada do auditor contábil independente e sobre os Pronunciamentos Técnicos elaborados pelo Instituto Brasileiro de Atuária – IBA.

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Circular nº 544, de 27 de dezembro de 2016 - Dispõe sobre alterações das Normas Contábeis a serem observadas pelas sociedades seguradoras, sociedades de capitalização, entidades abertas de previdência complementar e resseguradores locais. Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos relativamente aos procedimentos contábeis a partir de 1º de janeiro 2017.

PROJETOS DE LEI

Senado Federal

Em tramitação:

Projeto de Lei do Senado nº 45, de 2016, da Senadora Gleisi Hoffman - Altera o art. 9º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, para extinguir gradualmente a faculdade de a pessoa jurídica tributada com base no lucro real deduzir os juros sobre o capital próprio na apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Em 21/11/2016, a Senadora Vanessa Grazziotin, relatora da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos, apresentou relatório pela aprovação do projeto e pela rejeição da emenda nº 1-T. Em 13/12/2016 foi aprovado o requerimento nº 43/2016-CAE, de iniciativa dos senadores Flexa Ribeiro e Armando Monteiro, que requer a realização de audiência pública com a finalidade de instruir os projetos de lei do Senado nºs 588 de 2015 e 45 de 2016.

Projeto de Lei da Câmara nº 61, de 2016, do Deputado Laercio Oliveira - Altera os arts. 580 e 585 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto- Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre a contribuição sindical devida pelos agentes ou trabalhadores autônomos, pelos profissionais liberais e pelas pessoas jurídicas ou equiparadas. Em 22/11/2016, o senador Valdir Raupp, relator da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos, apresentou relatório favorável ao projeto.

Projeto de Lei do Senado nº 160, de 2016, do Senador Vital do Rêgo - Estabelece princípios, garantias, direitos e obrigações referentes à proteção de dados pessoais. Em 24/11/2016, o Senador Dário Berger, relator da matéria na Comissão de Assuntos Fiscais, apresentou parecer pela aprovação do projeto.

Projeto de Lei do Senado nº 385, de 2016, do Senador Sérgio Petecão - Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para estabelecer que a contribuição sindical será devida somente pelos filiados aos sindicatos, em benefício de seus entes representativos, e dá outras providências. Em 20/12/2016, foi solicitado pelo Senador Wilder Morais, relator da matéria na Comissão de Assuntos Sociais, o reexame da matéria.

Câmara dos Deputados

Em tramitação:

Projeto de Lei nº 3.555, de 2004, do Sr. José Eduardo Cardozo – “Estabelece normas gerais em contratos de seguro privado e revoga dispositivos do código civil, do Código Comercial Brasileiro e do Decreto-Lei nº 73 de 1966”. Em 13/12/2016, foi aprovado pela Comissão Especial destinada a proferir parecer ao projeto, complementação de voto pelo Dep. Lucas Vergilio, relator da matéria. Em 16/12/2016, foi aberto prazo para interposição de recurso.

Projeto de Lei nº 4060, de 2012, do Deputado Milton Monti - Dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, e dá outras providências. Em 15/12/2016, foi apresentado Requerimento n. 12/2016, pelo Deputado Thiago Peixoto (PSD-GO), que: "Requer a realização de Audiência Pública desta Comissão Especial com a presença do Presidente do Comitê Regulatório da Associação Brasileira de Online to Offline (ABO2O), o Sr. Pedro Somma".

Projeto de Lei nº 1412, de 2015, da Deputada Maria Helena - Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que "Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências", para dispor sobre a aplicação da multa civil. Em 29/11/2016, foi apresentado pelo Dep. Marcos Rotta, relator da matéria na Comissão de Defesa do Consumidor, parecer pela aprovação do PL e dos apensos, na forma de substitutivo. Em 14/12/2016, foi devolvido ao relator, Dep. Marcos Rotta e designado o Dep. Celso Russomanno como novo relator na Comissão de Defesa do Consumidor.

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Projeto de Lei nº 2027, de 2015, do Sr. Ronaldo Martins - Obriga as sociedades seguradoras a incluírem os servidores públicos nos contratos com cobertura por desemprego involuntário. Em 01/12/2016, o Dep. Lucas Vergilio foi designado relator da matéria na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviço.

Projeto de Lei nº 2091, de 2015, do Deputado Augusto Coutinho - Acrescenta-se o seguinte parágrafo segundo ao artigo 83 da Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, que instituiu o Código de Defesa do Consumidor, que determina que os acordos firmados nos institutos de defesa do consumidor (PROCON) sejam dotados de título executivo extrajudicial. Em 14/12/2016, foi aprovado o parecer pela aprovação do PL apresentado pelo Deputado Bruno Covas, relator da matéria na Comissão de Defesa do Consumidor.

Projeto de Lei nº 3515, de 2015, do Senado Federal - Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), e o art. 96 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), para aperfeiçoar a disciplina do crédito ao consumidor e dispor sobre a prevenção e o tratamento do superendividamento. Em 06/12/2016, foi apresentado Voto em Separado pelo Deputado Marco Tebaldo na Comissão de Defesa do Consumidor.

Projeto de Lei nº 4982, de 2016, do Deputado João Rodrigues - Acrescenta a Seção IV-A ao Capítulo II da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. Em 21/11/2016, a matéria foi devolvida ao Dep. Delegado Edson Moreira, relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, para reexame, em razão da apensação do PL 6465/2016.

Projeto de Lei nº 5276, de 2016, do Poder Executivo - Dispõe sobre o tratamento de dados pessoais para a garantia do livre desenvolvimento da personalidade e da dignidade da pessoa natural. Em 09/11/2016, o PL foi recebido na Comissão Especial destina a proferir parecer ao PL nº 4060/2012, do Dep. Milton Monti, que “dispõe sobre o tratamento de dados pessoais e dá outras providências”.

Projeto de Lei nº 5541, de 2016, do Deputado Rômulo Gouveia - Dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas fornecedoras de seguros de informar ao consumidor o motivo da recusa na contratação do seguro. Em 10/11/2016, foi aprovado parecer do Dep. Cabo Sabino, relator da matéria na Comissão de Defesa do Consumidor. Em 29/11/2016, o PL foi recebido na Comissão de Finanças e Tributação.

Projeto de Lei nº 6169, de 2016, do Deputado Carlos Bezerra - Altera os art. 51, § 1º, 52 e cria novo art. 56-A na Lei nº 11.101, de 2005, que "Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária". Em 07/12/2016, o PL foi arquivado nos termos do artigo 133 do RICD (rejeição nas Comissões de mérito).

Assembleia Legislativa

Projeto de Lei (RS) 272, de 2016, do Poder Executivo - Introduz modificações na Lei Estadual nº 8.109, de 19 de dezembro de 1985 e alterações, que dispõe sobre a Taxa de Serviços Diversos. Em 12/12/2016, o PL foi apresentado.

Produzido pela SEJUR - Superintendência Jurídica da Fenaseg/CNseg Informações – [email protected]

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CAPITALIZAÇÃO

JURISPRUDÊNCIA

Supremo Tribunal Federal

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 2905 REQUERENTE: Confederação Nacional do Sistema Financeiro – CONSIF INTIMADOS: Governador do Estado de Minas Gerais; Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. RELATOR: Min. Eros Grau

Decisão

Colhido o voto do Ministro Gilmar Mendes, o Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente o pedido formulado para declarar a inconstitucionalidade da Lei nº 14.507/2002, do Estado de Minas Gerais, vencidos, em parte, os Ministros Cármen Lúcia, Roberto Barroso, Rosa Weber, Celso de Mello e Edson Fachin. Redigirá o acórdão o Ministro Marco Aurélio (art. 38, IV, b, RISTF). Ausente, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, que proferiu voto em assentada anterior. Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia.

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 0023363-57.2009.8.19.0014 APELANTE: José Dinarte Ventura Nunes APELADO: Banco IBICARD S/A RELATOR: Jds. Lucia Mothé Glioche

Ementa

Recurso do Autor. Inexistência de argumento novo capaz de alterar a decisão. Reedição de teses anteriores já afastadas pelo julgamento monocrático assim proferido: “Apelação Cível. Relação de consumo. Contrato de cartão de crédito e de título de capitalização. Resgate do título de capitalização na fatura do cartão de crédito para quitação de débito. Parte autora que era devedora da parte ré. Exercício regular de direito. Manutenção da sentença. Desprovimento do recurso.” Desprovimento do Agravo Interno.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0073268-94.2014.8.19.0001 APELANTE: Amabele Seabra Moreira APELADA: Sul América Capitalização S/A RELATOR: Des. Francisco de Assis Pessanha Filho

Ementa

Apelação Cível. Ação de indenização por danos morais e materiais. Autora adquiriu junto à ré título de capitalização para servir como garantia de contrato de locação. Alega que na proposta o título apresentava validade de 15 meses. Sustenta que a ré, unilateralmente, alterou o prazo do título de capitalização para 12 meses, prazo que não atende suas necessidades. Informa que a ré, após dois anos e sete meses, emitiu título com o prazo de 15 meses, o qual não corresponde com o prazo do contrato de locação. Sentença de parcial procedência que condenou a ré ao pagamento da indenização por danos materiais. Apelo da autora. Irresignação quanto a improcedência do pedido de indenização por danos morais. Em que

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pese confirmada a conduta irregular da apelada não há danos à esfera psíquica da vítima a serem considerados. Inexistência de violação a direito de personalidade. A conduta irregular sequer impôs restrição ao direito social de moradia da consumidora. Inexistência de deve de indenizar a título de danos morais. Inteligência da súmula n.º 75 da egrégia corte. Manutenção da r. Sentença. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0009267-83.2013.8.19.0212 APELANTE: Banco Bradesco S/A APELADA: Susana Marques Lanza S/A RELATOR: Des. Celso Silva Filho

Ementa

Apelação Cível. Contratos de título de capitalização. Preliminar de ilegitimidade passiva ad causam. Os produtos são ofertados por prepostos do Banco Bradesco S/A no interior das agências bancárias, o que recomenda que o apelante seja solidariamente responsabilizado pela ocorrência de eventuais falhas na prestação dos serviços e pelos prejuízos que possam surgir em desfavor do consumidor. Rejeição da preliminar. Distinção entre os contratos de título de capitalização e de aplicação financeira, como a de caderneta de poupança, pois, no primeiro, além de ter direito ao resgate de parte dos valores pagos, conforme tabela progressiva de reserva de capitalização, o consumidor faz jus a participar de sorteios. Inexistência de qualquer falha na prestação dos serviços que possa ensejar o dever de indenizar. Os valores que foram pagos na data do resgate estão em conformidade com as cláusulas contratuais, conforme laudo pericial. Sentença reformada para julgar improcedentes todos os pedidos, com inversão dos ônus sucumbenciais. Honorários advocatícios fixados em 15% sobre o valor atualizado da causa, nos termos da norma contida no art. 85, § 2º, do NCPC. Precedente. Provimento do recurso.

Fonte: www.tjrj.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0002758-35.2014.8.26.0042 APELANTE: Espólio de Josefina Kessler APELADOS: Bradesco Vida e Previdência S/A e Outro RELATOR: Des. Luís Fernando Lodi

Ementa

Ação de cobrança. Restituição de valores pagos por título de capitalização. Ausência de prova da aquisição dos títulos. Falta de interesse de agir reconhecido. Sentença mantida. Recurso improvido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1004574-50.2016.8.26.0079 APELANTE: José Erivaldo de Mendonça APELADO: Banco Santander RELATOR: Des. Afonso Bráz

Ementa

Obrigação de fazer c.c indenização por dano moral. Resgate de título de capitalização. Ausência de comprovação da recusa do réu em efetuar o pagamento, bem como de ofensa à direito da personalidade. Ônus que cabia ao autor, nos termos do art. 373, I do CPC. Sentença mantida. Recurso desprovido.

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Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1061181-20.2016.8.26.0100 APELANTE: José Erivaldo de Mendonça APELADO: Banco Santander RELATOR: Des. Irineu Fava

Ementa

Apelação. Ação declaratória de nulidade de clausula contrato c.c. restituição e danos materiais e morais. Titulo de capitalização. Resgate. Alegação de que recebeu valor diverso do esperado. Valores devolvidos em consonância com o contrato. Inexistência de qualquer abusividade ou ilegalidade. Dano moral não configurado. Sentença mantida. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1003174-50.2014.8.26.0344 APELANTE: Rita de Cássia Souza APELADO: Liderança Capitalização S/A RELATOR: Des. Fernanda Gomes Camacho

Ementa

Responsabilidade Civil. Título de Capitalização.

Tele sena de natal. Ausência de comprovação de que a autora adquiriu o título. Documentos juntados pela ré que demonstram que a autora adquiriu título com número diverso do sorteado. Ausência de impugnação da autora. Autora que não se desincumbiu do ônus de comprovar o fato constitutivo de seu direito. Sentença mantida. Recurso não provido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

RECURSO INONIMADO Nº 71005964978 RECORRENTE: Mario Rodrigues Cabral. RECORRIDO: Hipercard Branco Multiplo S/A RELATOR: Des. Juliano da Costa Stumpf

Ementa

Recurso Inominado. Consumidor. Título de capitalização. Desconto integral das parcelas. Comprovação de liberação do valor do título por meio de ordem de pagamento. Valor condizente com a natureza e os termos do contrato. A inexistência do saque da ordem de pagamento, por vontade do autor, não altera as bases contratuais e não dá direito ao recebimento de valor maior do que o contratado. Sentença confirmada. Recurso improvido.

Fonte: www.tjrs.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70040891285 APELANTE: Nestor Kruger APELADA: Sul América Capitalização RELATOR: Des. Juliano da Costa Stumpf

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 4

Ementa

Apelação Cível. Negócios jurídicos bancários. Ação de cobrança. Título de capitalização. Sentença mantida. O título de capitalização é o instrumento que prova a relação jurídica existente entre as partes, autorizando o prestamista a exigir, após o prazo de resgate contratado, a restituição do capital poupado, acrescidos dos consectários definidos no título. Negaram provimento ao apelo. Unânime.

Fonte: www.tjrs.jus.br

RECURSO INOMINADO Nº 71006271902 RECORRENTE: Aplicap S/A e Guaibacar RECORRIDO: Maria Cristina Dutra Bortolozzo

RELATOR: Des. Otávio Augusto De Freitas Barcellos

Ementa

Recurso Inominado. Reparação de danos. Promoção comercial. Sorteio de Título de Capitalização. Recebimento da premiação. Documentos obrigatórios. Previsão no regulamento. Boa-Fé. 1. A prestadora dos serviços que deram origem à promoção vinculada à empresa diversa também é parte legítima para a demanda, já que é justamente a prova de quitação daquela relação que deveria ser apresentada pela consumidora premiada. 2. O regulamento da promoção prevê de forma clara quais são documentos de apresentação obrigatória para o recebimento do prêmio, dentre eles o cupom fiscal ou nota fiscal comprovando o pagamento dos serviços que deram origem à participação no certame. 3. Recebimento do regulamento da promoção quando da quitação dos serviços a permitir fossem tomadas as cautelas para a conservação do documento. 4. Contemplação que gerou contato prévio e também formal notificação da consumidora para a apresentação dos documentos, indicando a prova dos autos que estava consciente de sua obrigação e das consequências do descumprimento. 5. Boa-fé preservada, não sendo exigido da consumidora o cumprimento de providência exagerada para o recebimento do prêmio. 6. Desfecho decorrente de culpa exclusiva da consumidora a afastar a obrigação de pagamento sem que sejam preenchidas as condições do regulamento. 7. Sentença reformada. Pretensão improcedente. Recurso provido.

Fonte: www.tjrs.jus.br

LEGISLAÇÃO

Receita Federal

Instrução Normativa nº 1681, de 28 de dezembro de 2016 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação das informações da Declaração País-a-País.

Superintendência de Seguros Privados – SUSEP

Circular nº 543, de 22 de dezembro de 2016 - Altera a Circular Susep nº 517, de 30 de julho de 2015, que Dispõe sobre provisões técnicas; teste de adequação de passivos; ativos redutores; capital de risco de subscrição, crédito, operacional e mercado; constituição de banco de dados de perdas operacionais; plano de regularização de solvência; registro, custódia e movimentação de ativos, títulos e valores mobiliários garantidores das provisões técnicas; Formulário de Informações Periódicas – FIP/SUSEP; Normas Contábeis e auditoria contábil independente das seguradoras, entidades abertas de previdência complementar, sociedades de capitalização e resseguradores; exame

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 5

de certificação e educação profissional continuada do auditor contábil independente e sobre os Pronunciamentos Técnicos elaborados pelo Instituto Brasileiro de Atuária – IBA.

Circular nº 544 de 27 de dezembro de 2016 - Dispõe sobre alterações das Normas Contábeis a serem observadas pelas sociedades seguradoras, sociedades de capitalização, entidades abertas de previdência complementar e resseguradores locais.

PROJETOS DE LEI

Senado Federal

Em tramitação:

Projeto de Lei do Senado nº 186, de 2014, do Senador Ciro Nogueira - Dispõe sobre a exploração de jogos de azar em todo o território nacional. Em 09/11/2016, foi aprovado Relatório do Senador Fernando Bezerra, relator da matéria na Comissão Especial de Desenvolvimento, favorável ao projeto na forma de Substitutivo. Desde 09/11/2016, o PLS aguarda designação de relator na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania.

Câmara dos Deputados

Em tramitação:

Projeto de Lei nº 442, de 1991, do Deputado Renato Vianna - Revoga os dispositivos legais que menciona referentes à prática do “jogo do bicho". Em 30/11/2016, foi indeferido o Requerimento nº 5.549/2016, para o apensamento do PL nº 2944/04 ao PL nº 442/1991.

Projeto de Lei nº 3.555, de 2004, do Sr. José Eduardo Cardozo – “Estabelece normas gerais em contratos de seguro privado e revoga dispositivos do código civil, do Código Comercial Brasileiro e do Decreto-Lei nº 73 de 1966”. Em 13/12/2016, foi aprovado pela Comissão Especial destinada a proferir parecer ao projeto, complementação de voto pelo Dep. Lucas Vergilio, relator da matéria. Em 16/12/2016, foi aberto prazo para apresentação de recurso.

Projeto de Lei nº 2420, de 2015, do Deputado Lucas Vergílio - Acrescenta-se os parágrafos 4º, 5º, 6º, 7º e 8º ao artigo 122 do Decreto-Lei nº 73, de 23 de novembro de 1966. Em 28/11/2016, o PL foi recebido pela Comissão de Finanças e Tributação.

Projeto de Lei nº 3515, de 2015, do Senado Federal - Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), e o art. 96 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), para aperfeiçoar a disciplina do crédito ao consumidor e dispor sobre a prevenção e o tratamento do superendividamento. Em 06/12/2016, foi apresentado Voto em Separado pelo Deputado Marco Tebaldo na Comissão de Defesa do Consumidor.

Produzido pela SEJUR - Superintendência Jurídica da Fenaseg/CNseg Informações – [email protected]

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 1

DPVAT

JURISPRUDÊNCIA

Superior Tribunal de Justiça

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL Nº 1.621.021 - MT AGRAVANTE: Oesio Nunes dos Santos AGRAVADA: Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais RELATOR: Min. Marco Aurélio Bellizze

Ementa

Agravo Interno no Recurso Especial. Seguro DPVAT. Ação de cobrança. 1. Omissão não configurada. Invalidez permanente notória. Prescrição reconhecida. 2. Termo inicial da prescrição. Ciência inequívoca do caráter da invalidez permanente que depende de laudo médico, exceto se a invalidez for notória 3. Alteração da decisão a que chegou o tribunal estadual quanto ao caso dos autos ser de invalidez notória. Súmula n. 7 do STJ. 4. Agravo Interno improvido. 1. Afasta-se a violação do art. 535 do CPC/73 quando o decisório está claro e suficientemente fundamentado, decidindo integralmente a controvérsia. 2. A jurisprudência deste Tribunal Superior, inclusive firmada em Recurso Especial representativo de controvérsia (REsp n. 1.388.030/MG), é no sentido de que o termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização fundada no Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), é a data em que o segurado teve ciência inequívoca do caráter permanente da invalidez. 3. Exceto nos casos de invalidez permanente notória, ou naqueles em que o conhecimento anterior resulte comprovado na fase de instrução, a ciência inequívoca do caráter permanente da invalidez depende de laudo médico. 4. A reforma do julgado demandaria o reexame do contexto fático-probatório, procedimento vedado na estreita via do recurso especial, a teor da Súmula n. 7 do STJ. 5. Agravo Interno improvido.

Fonte: www.stj.jus.br

RECURSO ESPECIAL Nº 1.443.349 - SP RECORRENTE: I C C G – Menor Impúbere RECORRIDA: Mapfre Seguros – Vera Cruz Vida e Previdência RELATORA: Min. Nancy Andrighi

Ementa

Civil e Processual Civil. Recurso Especial. DPVAT. Indenização por morte. Pagamento a credor putativo. Teoria da aparência. Validade. Extinção da obrigação. 1. Ação ajuizada em 02/12/2008. Recurso Especial interposto em 24/01/2013 e distribuído a este gabinete em 26/08/2016. 2. É válido o pagamento de indenização do DPVAT aos pais de falecido quando se apresentam como únicos herdeiros mediante a entrega dos documentos exigidos pela lei, mesmo quando houver filhos que não foram incluídos no pagamento. 3. Na hipótese dos autos, o pagamento aos credores putativos ocorreu de boa-fé e a exclusão da herdeira não decorreu de negligência ou imprudência da recorrida. 4. Recurso Especial conhecido e não provido.

Fonte: www.stj.jus.br

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 2

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL Nº 1.616.659 - PR AGRAVANTE: Edmar Vieira da Silva AGRAVADA: Mapfre Seguros Gerais S.A RELATOR: Min. Ricardo Villas Bôas Cueva

Ementa

Agravo Interno no Recurso Especial. Civil. Seguro Obrigatório DPVAT. Ação de cobrança. Prescrição. Termo inicial. Invalidez permanente. Ciência inequívoca. Laudo do IML. Ausência. Reconhecimento. Outros documentos. Possibilidade. Súmulas nº 7 e 573 / STJ. 1. A ciência inequívoca da invalidez permanente pode ocorrer em data anterior e por outros meios que não o laudo do IML ou perícia médica, conforme entendimento cristalizado na Súmula nº 573/STJ. 2. Rever a comprovação da ciência inequívoca do agravante, reconhecida pelos magistrados de origem por intermédio de outros documentos que não o laudo do IML, é pretensão que exige o reexame do contexto fático-probatório dos autos, procedimento vedado em recurso especial, haja vista o óbice da Súmula nº 7/STJ. 3. Agravo Interno não provido.

Fonte: www.stj.jus.br

RECURSO ESPECIAL Nº 1.475.713 - SP RECORRENTE: João Francisco Manoel RECORRIDA: Yasuda Marítima Seguros S.A RELATOR: Min. Paulo de Tarso Sanseverino

Ementa

Recurso Especial. Ação de cobrança. Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres – DPVAT. Demanda de natureza pessoal. Faculdade do autor na escolha do foro para ajuizamento da ação. Foro do domicílio do réu. Art. 94, caput, do CPC. Local do acidente ou de seu domicílio. Art. 100, parágrafo único, do CPC. Recurso Especial representativo de controvérsia. Art. 543-C do CPC. 1. A Segunda Seção, no julgamento do REsp nº 1.357.813/RJ, apreciado sob o regime do art. 543-C, firmou a seguinte tese: "Em ação de cobrança objetivando indenização decorrente de Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres - DPVAT, constitui faculdade do autor escolher entre os seguintes foros para ajuizamento da ação: o do local do acidente ou o do seu domicílio (parágrafo único do art. 100 do Código de Processo Civil); bem como, ainda, o do domicílio do réu (art. 94 do mesmo Diploma)." 2. Não se amolda às hipóteses legais o ajuizamento da ação na sede do escritório de advocacia do patrono do demandante. 3. Recurso Especial desprovido.

Fonte: www.stj.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0004161-88.2012.8.19.0079 APELANTE: Márcio Luis de Oliveira APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATORA: Des. Teresa de Andrade

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 3

Ementa

Apelação Cível. Ação de cobrança de Seguro Obrigatório. DPVAT. Acidente automobilístico. Invalidez. Não ocorrência. Acidente que vitimou o autor não deixou qualquer sequela de caráter funcional permanente, conforme se depreende do laudo pericial. Embora a perita nomeada não tenha especialidade em otorrinolaringologia, entendo que não há elementos suficientes para desconstituir o laudo, ou determinar a realização de nova perícia, pois ao exame a perita verificou não haver indício de disacusia, apresentando o autor a habilidade de responder a todos os questionamentos sem dificuldade. Conclusões da perita do juízo corroboradas pelo laudo do IML, que indica haver apenas dano estético. Seguro DPVAT se destina a indenizar casos de morte, invalidez permanente ou despesas de assistência médica, não abarcando o dano estético. Sentença de improcedência que deve ser mantida. Desprovimento do recurso.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0038637-13.2014.8.19.0038 APELANTE: João Paulo Raimundo de Souza APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. Paulo Sérgio Prestes dos Santos

Ementa

Ação pelo procedimento sumário de cobrança de Seguro Obrigatório – DPVAT. Acidente de trânsito. Recorrente que pretende a anulação da r. sentença em razão da não realização da perícia requerida. Alegação de cerceamento de defesa. Conversão do julgamento em diligência para intimação do autor para a realização da perícia requerida. Aplicação do disposto no art. 938, § 3º do NCPC. Autor que não foi intimado para a realização da perícia por não residir no endereço constante dos autos. Aplicação do disposto no art. 274, parágrafo único do NCPC. Obrigação das partes de manterem os respectivos endereços atualizados, reputando-se válidas as comunicações enviadas para os endereços informados. Perda da prova. Autor que não fez prova do fato constitutivo de seu direito. Violação do disposto no art. 373, I, do NCPC. Desprovimento do recurso.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0042671-72.2013.8.19.0068 APELANTE: Edson Geraldo de Farias Lamarão APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. José Carlos Varanda

Ementa

Ação Indenizatória. DPVAT. Acidente de trânsito do qual resultou para o autor, perda funcional da mão direita. Autora que já recebera parte do valor indenizatório. Laudo pericial bem preciso. Pretensão autoral em receber a indenização pelo valor total que não se sustenta. Sentença de procedência parcial que se prestigia. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CIVEL Nº 0073568-42.2014.8.19.0038 APELANTE: Clayton Lima da Silva APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. Carlos Azeredo de Araújo

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Apelação Cível. Procedimento sumário. Ação de cobrança. Seguro Obrigatório DPVAT. Sentença de improcedência. Inexiste nos autos mínima prova de que as lesões sofridas pelo autor foram causadas por acidente automobilístico, ônus que lhe cabia, na forma do artigo 333, I, do CPC. Sentença de mantida. Recurso ao qual se nega provimento.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CIVEL Nº 0054563-77.2016.8.19.0001 APELANTE: Maria do Carmo da Silva Ribeiro APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. Marco Aurélio Bezerra de Melo

Ementa

Apelação Cível. Ação de cobrança de Seguro Obrigatório (DPVAT). Ausência de comprovação de requerimento administrativo anterior ao ajuizamento da demanda. Sentença que julgou extinto o feito sem resolução do mérito ante a falta de interesse processual. Inconformismo da autora. 1. Trata-se de ação de cobrança de seguro DPVAT em que pretende ser a autora indenizada em razão da incapacidade sofrida por ocasião de acidente ocorrido em 24/04/2015. 2. Recente decisão do STF, de relatoria do ministro Luiz Fux, no sentido de que só após prévio requerimento administrativo é que se pode falar em ameaça ou lesão a direito aptas a enseja a necessidade de manifestação judiciária do estado. 3. Inexistência de interesse de agir. Ausência de violação ao princípio da inafastabilidade da jurisdição, esculpido no art. 5º, XXXV da CF/88, ante a inocorrência de lesão ou ameaça a direito. 4. Mera postulação administrativa do benefício que é suficiente para que o requisito do prévio requerimento seja satisfeito, não havendo que se falar em exaurimento das instâncias administrativas. 5. Precedentes do STJ e deste tribunal. Recurso improvido. Condeno a parte autora em honorários sucumbenciais no valor de R$ 500,00, na forma do artigo 85 § 11 do CPC, que permanecerá sob condição suspensiva de exigibilidade enquanto perdurar a situação de hipossuficiência de recursos da autora, na forma do art. 98 § 3º do CPC.

Fonte: www.tjrj.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0070105-76.2012.8.26.0100 APELANTE: Geraldo Jose de Moura APELADA: Centauro Vida e Previdência S/A RELATORA: Des. Kenarik Boujikian

Ementa

Apelação. Seguro DPVAT. 1. Nos termos do “caput”, do artigo 3º, da Lei nº. 6.194/74, os danos pessoais cobertos pelo seguro “compreendem as indenizações por morte, por invalidez permanente, total ou parcial, e por despesas de assistência médica e suplementar”. 2. Laudo pericial atesta que do acidente não decorreu lesão que caracterize invalidez permanente, razão pela qual a indenização não é devida. 3. Danos morais. No caso em tela, o autor não logrou comprovar os supostos danos morais advindos da negativa da indenização pleiteada. A mera negativa da indenização pleiteada não pode ser

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compreendida como ofensa a direito de personalidade do autor, tampouco quando de fato não lhe era devida. Recurso não provido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1007608-81.2016.8.26.0451 APELANTE: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A APELADOS: Marcelo Adriano de Souza e outra RELATOR: Des. Walter Cesar Incontri Exner

Ementa

Seguro DPVAT. Cobrança. Revelia. Presunção relativa. Ato ilícito. Ausência de cobertura. Artigos 757 e 762 do Código Civil. Ação improcedente. Sentença reformada. Recurso provido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0016626-15.2012.8.26.0248 APELANTE: Andercy José de Oliveira APELADA: Marítima Seguros S/A RELATOR: Des. Walter Cesar Incontri Exner

Ementa

Seguro Obrigatório de Veículos DPVAT. Ação de Cobrança. Invalidez total e permanente por acidente não constatada por perícia. Obrigação de indenizar não demonstrada. Parte autora que não se desincumbiu do ônus previsto no artigo 333, inciso I do CPC/73. Recurso improvido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0037462-26.2011.8.26.0577 APELANTE: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A APELADO: Leder Idalino Vilas Boas RELATOR: Des. Walter Cesar Incontri Exner

Ementa

Seguro Obrigatório DPVAT. Prescrição. Ocorrência. Fluência do prazo a contar da ciência inequívoca da invalidez pelo beneficiário. Ação ajuizada após prazo previsto no artigo 206, §3º, IX, do CC. Súmula 405 do STJ. Processo extinto nos termos do artigo 269, IV, do CPC/73. Recurso provido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0013846-84.2013.8.26.0566 APELANTE: Evandro Aparecido Senha APELADA: Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais RELATORA: Des. Cristina Zucchi

Ementa

Acidente de trânsito. Seguro Obrigatório DPVAT. Invalidez permanente. Perícia médica determinada. Ausência do autor, sem demonstração de justa causa. Preclusão da produção da

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prova. Incapacidade permanente não comprovada. Sentença de improcedência mantida. Apelação improvida.

Fonte: www.tjsp.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0515.14.005134-0/001 APELANTE: Avner Augusto Marques APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. Veiga de Oliveira

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Apelação Cível. Ação de cobrança. Seguro DPVAT. Perícia. Preclusão. Indenização complementar. Impossibilidade. Não tendo a parte se manifestado contrariamente à decisão que encerrou a instrução, indeferindo o pedido de perícia, verifica-se que restou configurada a preclusão do direito de se insurgir contra tal decisão. Em não restando comprovada outra lesão que não aquela já indenizada, não há falar em indenização complementar, conforme requerido pelo Apelante.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0105.13.013209-2/001 APELANTE: Companhia de Seguros Minas Brasil S/A APELADO: Cláudio Fontes Louzada RELATOR: Des. João Cancio

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Apelação Cível. Ação de cobrança. Seguro DPVAT. Incapacidade permanente parcial incompleta. Indenização proporcional à natureza e ao grau das lesões. Complementação indevida. I. Segundo a Lei n. 6.194/74, com redação dada pela Lei nº 11.945/09, aplicável à espécie, e na esteira da jurisprudência pátria, a indenização por danos pessoais, em caso de invalidez parcial permanente, deve ser arbitrada proporcionalmente à gravidade e extensão da lesão sofrida até o importe máximo de R$13.500,00. II. Mostrando-se o pagamento realizado na esfera administrativa superior ao devido, considerando as sequelas apuradas na perícia judicial e aplicando-se os percentuais previstos na tabela anexa à Lei 11.945/09, não há falar-se em complementação.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0702.15.068991-8/001 APELANTE: Bruno Ribeiro Batista APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATORA: Des. Shirley Fenzi Bertão

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Apelação Cível. Cobrança. DPVAT. Lei 11.945/2009. Inconstitucionalidade afastada. Perícia realizada em mutirão. Idoneidade. Cerceamento de defesa. Inocorrência. Invalidez permanente. Ausência de provas. Indenização indevida. Recurso não provido.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 7

1. O Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento das ADIs nº 4.627 e nº 4.350, e do ARE 704520/SP, este submetido ao regime da repercussão geral, afastou a alegação de inconstitucionalidade da Lei nº 11.945/09. 2. A perícia realizada através do "Mutirão do DPVAT" traz todos os subsídios necessários para o perfeito convencimento do julgador acerca da matéria, já que é totalmente conclusiva quanto aos danos sofridos pela parte em consequência do acidente, e, portanto, não há falar em cerceamento ao direito de defesa, nem tampouco, em nulidade da sentença. 3. Inexistindo nos autos prova da incapacidade permanente do autor oriunda do acidente automobilístico descrito na inicial, ônus que lhe cabia, nos termos do artigo 373, I, do CPC/2015, a improcedência do pedido de indenização do seguro DPVAT é medida que se impõe.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0702.12.042355-4/001 APELANTE: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A APELADA: Mayra Prado Costite RELATOR: Des. Márcio Idalmo Santos Miranda

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Direito Civil e Processual Civil. Apelação Cível. Ação de cobrança. Indenização referente ao Seguro Obrigatório DPVAT. Óbito de feto em gestação, causado por lesões sofridas pela genitora em razão de acidente automobilístico. Início da personalidade civil. Nascimento com vida. Inteligência do artigo 2.º do código civil. Condição de segurado da vítima. Não caracterização.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0520.11.003494-6/001 APELANTE: Hélio de Castro Pereira APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. Marco Aurelio Ferenzini

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Apelação Cível. Indenização. Seguro DPVAT. Ausência de comprovação do Nexo Causal. Improcedência do pedido inicial. A falta de provas concretas de que o acidente automobilístico realmente ocorreu e que levou à invalidez do autor, inviabiliza o reconhecimento do direito à indenização pleiteada.

Fonte: www.tjmg.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0001282-52.2015.8.08.0001

APELANTE: Joabe João Dias APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. Substituto Délio José Rocha Sobrinho

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Apelação. Ação de cobrança. Seguro DPVAT. Perícia judicial em contraposição a laudo particular. Princípio do livre convencimento motivado. Conjunto probatório suficiente. Cerceamento de defesa. Inocorrência. Recurso conhecido e desprovido.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 8

1. No ordenamento jurídico-processual pátrio o princípio do livre convencimento motivado, segundo o qual as provas podem ser livremente valoradas pelo magistrado, desde que haja a coerente fundamentação. Descendo ao âmbito infraconstitucional, a persuasão racional está prevista no artigo 131 do Código de Processo Civil de 73, significando que, como regra, não existe uma prova à qual o juiz deva atribuir maior valor que outra. 2. O laudo médico particular elaborado em 15⁄07⁄2014, ou seja, aproximadamente seis meses após o acidente, conclui o paciente evoluiu com ¿limitação de 40% devido a fratura no pé esquerdo¿. Por outro lado, o laudo elaborado pelo perito judicial avaliou que o apelante possui um grau de incapacidade definitiva de apenas 25%. Importante destacar que a perícia foi realizada em 16⁄12⁄2015 (portanto mais de um ano e meio após o acidente), muito provavelmente com a lesão já consolidada, de modo que, tratando-se de uma avaliação mais recente, se mostra mais apta para aferir a real situação de debilidade do apelante. 3. A pretensão de realização de uma nova perícia, além daquela que já havia sido produzida, restou motivada tão somente pelo resultado desfavorável ao apelante, o que não se mostra legítimo, sob pena de se procrastinar, de maneira infindável, a instrução processual, não havendo que se falar em cerceamento de defesa. 4. Quanto ao valor da perícia como prova pericial, nota-se que a parte apelante foi expressamente alertada sobre o ponto por meio de decisão anterior, sobre a qual, inclusive, não se insurgiu, restando, portanto, preclusa a discussão da matéria. 5. Recurso conhecido, mas desprovido.

Fonte: www.tjes.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0078984-49.2012.8.08.0011 APELANTE: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A APELADA: Rosane Aparecida Pedroso RELATOR: Des. Delio Jose Rocha Sobrinho

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Apelação Cível. Ação de cobrança de Seguro DPVAT. Preliminar recursal. Ilegitimidade. Rejeição. Mérito. Boletim de ocorrência. Prescindibilidade. Existência de outras provas que demonstram o nexo causal. Cálculo da verba indenizatória. Lei 6.194⁄64. Art. 3º, II, e § 1º, II. Invalidez parcial e permanente, mas incompleta. Necessidade de redução da verba indenizatória arbitrada. Correção monetária. Termo inicial. Evento danoso. Honorários. Manutenção. Art. 20, § 3º, do cpc⁄73. Recurso conhecido e parcialmente provido. 1. Considerando que houve a interrupção do prazo recursal pela interposição dos aclaratórios da autora, providos pelo juízo a quo justamente para esclarecer que a condenação recairia apenas em face da ora recorrente, e que a subsequente ratificação do apelo foi apresentada tempestivamente, tendo sido regularizada a qualificação do polo ativo recursal, e, ainda, haja vista que a defesa de ambas as seguradoras é amparada pelo mesmo escritório de advocacia, a inadmissão do recurso revela medida contrária às premissas inerentes ao direito processual hodierno, em especial àquelas que enaltecem a primazia da decisão de mérito e a instrumentalidade das formas. Preliminar recursal rejeitada. 2. No tocante à apresentação do boletim de ocorrência, para fins de pagamento de indenização decorrente de seguro DPVAT, a jurisprudência desta Corte é uníssona quanto a sua prescindibilidade, quando o acidente possa ser comprovado por outros elementos de prova constantes dos autos. 3. Logo, não merece guarida o argumento do recorrente de que não restou comprovado o nexo causal do acidente que causou as lesões à apelada, em razão da ausência de boletim de ocorrência, na medida em que, conforme assentado pelo sentenciante, existem outras provas que demonstram a sua ocorrência. 4. No tocante ao cálculo do seguro obrigatório de responsabilidade civil de veículo automotor, mais conhecido como seguro DPVAT, a matéria está regulamentada na Lei Nº 6.194⁄64, com alterações dadas pela Lei Nº 11.482⁄07 e pela Lei Nº 11.945⁄09. 5. Na interpretação do laudo pericial, a lesão sofrida pela autora causou-lhe incapacidade parcial e permanente, a qual, diferentemente do que entendeu o sentenciante, foi incompleta, haja vista que o

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 9

próprio perito enfatizou, que a hipótese se enquadra na previsão do § 1º, II, do dispositivo retro elencado, e não no inciso I, que trata da invalidez completa. 6. Assim, com a aplicação dos preceitos insculpidos no art. 3º, inciso II e § 1º, inciso II, da Lei nº 6.194⁄74, assiste razão ao recorrente, pois é necessário multiplicar o percentual de 25% (vinte e cinco por cento), que corresponde ao teto máximo para o caso de ¿perda completa da mobilidade de um segmento da coluna vertebral exceto o sacral¿, sobre o limite da indenização (R$ 13.500,00), e, por fim, o valor da indenização devida corresponderá a 25% (vinte e cinco por cento) do resultado obtido, tendo em vista que a incapacidade relatada foi de leve repercussão, obtendo-se a quantia de R$ 843,75 (oitocentos e quarenta e três reais e setenta e cinco centavos). 7. Em relação à correção monetária, registro, por oportuno, que o STJ já decidiu, no regime do art. 543-C do CPC, que ¿a incidência de atualização monetária nas indenizações por morte ou invalidez do seguro DPVAT, prevista no § 7º do art. 5º da Lei n. 6194⁄74, redação dada pela Lei n. 11.482⁄2007, opera-se desde a data do evento danoso¿ (REsp 1483620⁄SC, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27⁄05⁄2015, DJe 02⁄06⁄2015). 8. Por fim, considerando que a verba indenizatória foi reduzida, não há motivos para alterar a fixação do percentual de honorários advocatícios, arbitrados em 20% sobre o valor da condenação, na medida em que, com a diminuição da indenização, também será reduzida a quantia devida a título de honorários. Ademais, o valor resultante da aplicação do percentual em cotejo é razoável e proporcional, remunerando suficientemente o trabalho realizado pelo patrono da autora, em consonância com o disposto no art. 20, § 3º, do CPC⁄73. 9. Recurso conhecido e parcialmente provido.

Fonte: www.tjes.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0026380-77.2009.8.08.0024 APELANTE: Banestes Seguros S/A APELADO: Ronison Lima Cassimiro RELATOR: Des. José Paulo Calmon Nogueira da Gama

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Apelação Cível. Direito Civil e Processual Civil. Ação de cobrança de Seguro DPVAT. Interesse de agir. Ausência de prévio requerimento administrativo. Morte. Comprovação. Atestado de óbito. Herdeiro. Legitimidade. Veículo não identificado. Data do acidente. Tempus Regit Actum. §1º do art. 7º da lei 6.194⁄74. Redação originária. Limitação. Recurso parcialmente provido. 1. O STF assentou, nos Recursos Extraordinários ns. 826.876⁄MA 826.890⁄MA, que as teses erigidas no julgamento do Recurso Especial nº 631.240⁄MG são também aplicáveis às ações de indenização do Seguro DPVAT, dependendo a concessão de indenização securitária de requerimento administrativo do interessado, não se caracterizando ameaça ou lesão a direito antes de sua apreciação e indeferimento pela seguradora. Contudo, nos processos anteriores à fixação da tese, caso a seguradora demandada já tenha apresentado contestação de mérito, está caracterizado o interesse em agir pela resistência à pretensão. 2. O registro da ocorrência no órgão policial competente – Boletim de Ocorrência – é prescindível para o pagamento da indenização decorrente do seguro obrigatório por danos causados por veículos automotores em vias terrestres – DPVAT, podendo o órgão jurisdicional formar o livre convencimento valorando todo prova produzida. Precedentes. 3. Especificamente em relação ao valor da indenização, vige o princípio tempus regit actum, aplicando-se a legislação vigente à época do sinistro, motivo pelo qual, no caso, incide a redação do §1º do art. 7º da Lei n. 6.194⁄1974 sem a alteração prevista na Lei 8.441⁄92, conforme a qual, na hipótese de morte causada por veículo não identificado, o limite de indenização corresponde a 50% (cinquenta por cento) do valor estipulado no artigo 3º da referida lei. 4. Os legitimados para pleitear a indenização referente ao seguro obrigatório DPVAT, na condição de herdeiros da vítima, são credores solidários, podendo a indenização ser paga, em sua integralidade, para qualquer um deles, que responderá perante os demais pela parte que cabe a cada um. 5. Recurso parcialmente provido.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 10

Fonte: www.tjes.jus.br

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0005167-11.2011.8.08.0035 AGRAVANTE: Banestes Seguros S/A AGRAVADO: Jader Silva Neves RELATOR: Des. Annibal de Rezende Lima

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Agravo Inominado em Apelação Cível. Civil e Processual Civil. Seguro DPVAT. Invalidez permanente. Observância da tabela. Julgamento Ultra Petita. Redução do valor. Recurso parcialmente provido. 1. Para os casos de invalidez parcial, deve-se, primeiro, enquadrar a perda em um dos segmentos orgânicos ou corporais previstos na tabela inserida na Lei Federal nº. 6.194⁄1974 pela Lei Federal nº. 11.945⁄2009. Posteriormente, impõe-se investigar – por meio de laudo pericial fornecido pelo DML-, se trata-se de invalidez completa ou incompleta. Neste último caso, sobre o percentual definido pela tabela para o respectivo segmento corporal, deve-se aplicar nova percentagem, conforme seja intensa (75%), média (50%), leve (25%) ou residual (10%) a repercussão da moléstia. 2. In casu, conquanto o julgamento monocrático tenha se lastreado em escorreita análise das normas reguladoras do seguro obrigatório (DPVAT) em confronto com os fatos, carecendo de reformas quanto ao conteúdo substancial do provimento, infere-se que a condenação imposta ultrapassou o limite da postulação deduzida na petição inicial, incorrendo em julgamento ultra petita, impondo-se a supressão do valor excedente até o limite da postulação.

Fonte: www.tjes.jus.br

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20150310247189 APELANTE: Eduardo Carvalho dos Santos APELADAS: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A e Outra RELATOR: Des. José Divino

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Direito Civil. Seguro Obrigatório. DPVAT. Pagamento. Indenização complementar. Indevida. I. A incidência de atualização monetária nas indenizações por morte ou invalidez do seguro DPVAT, prevista no § 7° do art. 5° da Lei n.º 6194/74, redação dada pela Lei n.º 11.482/2007, opera-se desde a data do evento danoso. II. Efetuado o pagamento integral do seguro obrigatório - DPVAT na via administrativa, não há falar em complementação, com incidência de juros e correção monetária. III. Negou-se provimento ao recurso.

Fonte: www.tjdft.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20160110290128 APELANTE: Ana Maria Crisostomo Gloria APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. Josapha Francisco dos Santos

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Procedimento comum. Acidente de trânsito. Seguro DPVAT. Preliminar. Cerceamento de defesa. Perícia. Rejeição. Queda de veículo automotor inerte. Dever de indenizar. Inexistência. Sentença mantida.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 11

1. Rejeita-se a preliminar de cerceamento de defesa quando a prova requerida é dispensável para a resolução da lide. 2. Para que o sinistro seja enquadrado naqueles casos cobertos pelo DPVAT, é necessário que ele tenha originado do uso do veículo, nos termos do art. 2º, inc. I da Lei nº 6.194/74. 3. Verifica-se que a incapacidade alegada pela demandante não teve como causa participação ativa ou mecânica de veículo, tampouco se relacionou com seu movimento. O histórico constante do boletim de ocorrência demonstra que o acidente decorreu da conduta da própria autora, que pisou em falso ao descer do ônibus não sendo possível apontar o veículo como causa decisiva para ocorrência do infortúnio. 4. O dano sofrido pela autora não se enquadra na hipótese legal de riscos cobertos pelo Seguro DPVAT (Lei nº 6.194/74, art. 2º, inc. I), não sendo devida, portanto, a indenização pleiteada. 5. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjdft.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20150310255906

APELANTE: Nivia Maria Mendonca da Silva

APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A

RELATOR: Des. Getúlio de Moraes

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Ação de cobrança. Seguro Obrigatório. DPVAT. Preliminar. Cerceamento de defesa. Laudo pericial divergente de laudo emanado de médico particular. Pedido de segunda perícia indeferido. Preliminar rejeitada. Mérito. Lei n. 6.194/1974, com alterações introduzidas pela Lei 11.945/09. Debilidade permanente do membro superior esquerdo. Redução da indenização em razão do grau de invalidez. 1. Não há cerceamento de defesa, quando o julgador entende desnecessária a produção de nova prova pericial para a verificação da situação fática cogitada, mormente quando já existentes nos autos documentos suficientes ao desate da lide. 2. A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao grau da invalidez. Orientação do STJ no Recurso Especial 1.246.432/RS. 3. Para o cálculo do quantum correspondente, determina o inciso II, do artigo 3º da Lei 6.194/74, com redação alterada pela Lei 11.945/09 que quando se tratar de invalidez permanente parcial incompleta, será efetuado o enquadramento da perda anatômica ou funcional na forma prevista no inciso I, procedendo-se, em seguida, à redução proporcional da indenização que corresponderá a 75% (setenta e cinco por cento) para as perdas de repercussão intensa, 50% (cinquenta por cento) para as de média repercussão, 25% (vinte e cinco por cento) para as de leve repercussão, adotando-se ainda o percentual de 10% (dez por cento), nos casos de sequelas residuais. 4. Recurso conhecido e não provido.

Fonte: www.tjdft.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20150410039019 APELANTE: Elenir Gomes da Silva APELADA: Bradesco Auto/Re Companhia de Seguros RELATOR: Des. Silva Lemos

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Direito Civil e do Consumidor. Ação de cobrança. Seguro DPVAT. Cerceamento de defesa. Não configuração. Invalidez parcial permanente. Pagamento de indenização proporcional. Observância do art. 3º, § 1º, i e II, da lei nº 6.194/1974. 1. Não há que se falar em cerceamento de defesa quando a parte autora desiste, em audiência, da prova pericial requerida na petição inicial. Ademais, o Juiz é o destinatário da prova, a ele cabendo

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 12

decidir sobre a necessidade de sua realização. O julgamento antecipado da lide, por si só, não caracteriza cerceamento de defesa. Preliminar rejeitada. 2. Destaca-se que a regra do artigo 3º, inciso II, da Lei nº 6.194/74, com a redação dada pela Lei nº 11.482/2007, não estatui, no caso de invalidez permanente da vítima, um valor fixo de indenização, mas estabelece um limite máximo para o valor da indenização. 3. Utilizam-se os parâmetros da tabela elaborada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados para redução proporcional da indenização a ser paga por seguro DPVAT, em situações de invalidez parcial. Recurso Repetitivo 1.246.432- RS. 4. Recurso de apelação conhecido e não provido.

Fonte: www.tjdft.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20130710262243 APELANTE: Manoel Gomes de Sousa APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. James Eduardo Oliveira

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Direito Civil e Processual Civil. Seguro Obrigatório de Veículo Automotor – DPVAT. Invalidez permanente não comprovada. Indenização indevida. I. Inexistindo prova de invalidez permanente, total ou parcial, decorrente do acidente de trânsito, a vítima não faz jus à indenização do seguro obrigatório prevista no artigo 3º da Lei 6.194/1974. II. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjdft.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70069607802 APELANTE: Leandro Alessi APELADA: Itau Seguros S.A. RELATOR: Des. Rinez da Trindade

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Apelação. Seguros. Seguro Obrigatório DPVAT. Ação de cobrança. Invalidez permanente. Prescrição. Termo inicial. Data da ciência inequívoca da invalidez. Necessidade de demonstração de realização tratamento médico contínuo. Ônus probatório da parte autora. Prescrição trienal implementada. Sentença mantida. Negaram provimento ao apelo, por maioria.

Fonte: www.tjrs.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70071363840 APELANTE: Confiança Companhia de Seguros APELADO: Osvalnir Borges da Silva RELATORA: Des. Isabel Dias Almeida

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Apelação Cível. Seguros. DPVAT. Ação de cobrança. Invalidez permanente. Nexo causal. Ausência.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 13

1. Interesse processual. O acesso ao Poder Judiciário não pode ser condicionado à prévia solicitação ou oposição administrativa de pagamento da indenização securitária, sob pena de ofensa ao artigo 5°, XXXV, da Constituição Federal. Precedentes. 2. Inclusão da Seguradora Líder. A presença da Seguradora Líder no pólo passivo da demanda não é obrigatória, sendo permitido à vítima do sinistro escolher qualquer seguradora que faça parte do consórcio de seguro obrigatório para responder pelo pagamento deste. 3. Prescrição. O art. 206, § 3º, inciso IX, do Código Civil de 2002 estabelece o prazo prescricional de três anos para a cobrança do seguro DPVAT, aplicável à espécie, pois ocorrido o acidente em 2006. Prova de que o autor submeteu-se a tratamento pelo menos até 2009. Tendo sido a demanda ajuizada em 2011, não há falar em prescrição. 4. Ausência de prova do nexo causal das lesões com o acidente de trânsito. Laudo pericial que atesta que decorrem de doença degenerativa, descabendo indenização pelo seguro DPVAT, que se destina às seqüelas resultantes de acidente de trânsito. Incidência das leis n. 6.194/74 e 11.482/2007. Preliminares desacolhidas e apelação provida.

Fonte: www.tjrs.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70070898382 APELANTE: Sergio Rosa Linhares APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. Jorge André Pereira Gailhard

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Ação de cobrança de Seguro DPVAT. Graduação da lesão. Súmula 474, do STJ. Medida provisória nº 451/08. Lei n° 11.945/09. Invalidez permanente não demonstrada. I. O pagamento parcial do seguro obrigatório – DPVAT não a impede o beneficiário de ingressar com demanda judicial visando ao complemento da referida indenização. A eventual quitação outorgada tem efeito liberatório apenas em relação ao valor constante no recibo. II. O valor da indenização para os casos de invalidez permanente deve ser proporcional ao grau da lesão, independentemente da data em que ocorreu o acidente automobilístico. Inteligência da Súmula 474, do STJ. Graduação da lesão com base na tabela acrescentada à Lei n° 6.194/74 pela Lei n° 11.945/2009, na qual foi convertida a Medida Provisória n° 451/08. III. No caso concreto, de acordo com a perícia médica realizada, o acidente sofrido pela parte autora não lhe ocasionou invalidez permanente, mas apenas uma incapacidade temporária, da qual já está plenamente recuperado. Inexistência de seqüela funcional. Indenização indevida. Sentença de improcedência da ação mantida. IV. De acordo com o art. 85, § 11, do CPC, ao julgar recurso, o Tribunal deve majorar os honorários fixados anteriormente ao advogado vencedor, levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observados os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase de conhecimento. Apelação desprovida.

Fonte: www.tjrs.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70071583249

APELANTE: Tereza Guterres Goncalves APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATORA: Des. Isabel Dias Almeida

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Apelação Cível. Seguros. DPVAT. Ação de cobrança. Invalidez permanente. Indenização indevida. Ausência de comprovação. 1. Demonstrada a ocorrência do acidente e da invalidez permanente da parte autora, nos termos do art. 5º, caput, da Lei n° 6.194/74, é devida a indenização securitária.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 14

2. Graduação da invalidez. Mostra-se necessária a graduação da invalidez para fins de cobrança do seguro obrigatório DPVAT. Questão pacificada em razão do julgamento do REsp 1.246.432, submetido ao regime dos Recursos Repetitivos (art. 543-C do Código de Processo Civil/73) e Súmula 474 do STJ. 3. Indenização indevida, considerando que a perícia não reconheceu a invalidez. 4. Laudo médico particular que não se revela suficiente para fins de comprovação e graduação da invalidez. 5. Sucumbência recursal. Honorários advocatícios majorados, nos termos do art. 85, §11, do NCPC. RECURSO DESPROVIDO.

Fonte: www.tjrs.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70071861421

APELANTE: Emerson Ferreira Barbosa APELADA: Bradesco Seguros S/A

RELATORA: Des. Isabel Dias Almeida

Ementa

Apelação Cível. Seguros. DPVAT. Ação de cobrança. Invalidez permanente. Indenização proporcional. Graduação. Necessidade. Súmula 474 do STJ. Ausência de comparecimento à perícia. Perda da prova. 1. Demonstrada a ocorrência do acidente e da invalidez permanente da parte autora, nos termos do art. 5º, caput, da Lei n° 6.194/74, é devida a indenização securitária. 2. Graduação da invalidez. Mostra-se necessária a graduação da invalidez para fins de cobrança do seguro obrigatório DPVAT. Questão pacificada em razão do julgamento do REsp 1.246.432, submetido ao regime dos Recursos Repetitivos (art. 1.036 do NCPC) e Súmula 474 do STJ. 3. Hipótese em que a parte autora não compareceu à perícia designada, tampouco justificou satisfatoriamente a impossibilidade de fazê-lo. Perda da prova decretada em anterior decisão judicial, sem interposição de recurso. Matéria preclusa 4. Complementação da indenização não devida. Não tendo a parte autora comprovado o fato constitutivo do seu direito, qual seja, a incapacidade permanente em grau superior ao constatado no procedimento administrativo, ônus que lhe competia, impõe-se o julgamento de improcedência da ação. 5. Sucumbência recursal. Honorários advocatícios majorados, nos termos do art. 85, §§8º e 11, do NCPC. Apelação desprovida.

Fonte: www.tjrs.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado do Paraná

RECURSO INOMINADO Nº 0025593-32.2014.8.16.0030 RECORRENTE: Antonio Trajanino Fernandes RECORRIDA: Gente Seguradora S/A RELATOR: Juiz Leo Henrique Furtado Araújo

Ementa

Recurso Inominado. Seguro DPVAT. Indenização que deve ser fixada de acordo com a proporcionalidade ao grau de invalidez descrita no laudo do IML. Sentença mantida por seus próprios fundamentos. Recurso conhecido e desprovido.

Fonte: www.tjpr.jus.br

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 15

RECURSO INOMINADO Nº 0019877-26.2015.8.16.0018 RECORRENTE: Maria Arlete da Silva. RECORRIDA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATORA: Juíza Fernanda de Quadros Jorgensen Geronasso

Ementa

Recurso Inominado. Ação de cobrança. Seguro DPVAT. Acidente ocorrido em quatro anos antes da elaboração do laudo médico. Ausência de prova de tratamento contínuo. Prescrição reconhecida. Inteligência do artigo 206, § 3º, inciso IX, do CCB/2002. Ciência da invalidez que se deu na data do sinistro. Sentença mantida. Recurso conhecido e desprovido.

Fonte: www.tjpr.jus.br

RECURSO INOMINADO Nº 0033620-31.2014.8.16.0021 RECORRENTE: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RECORRIDO: Argeu do Nascimento Belli RELATORA: Juíza Fernanda de Quadros Jorgensen Geronasso

Ementa

Recurso Inominado. Ação de cobrança de Seguro DPVAT. Pagamento administrativo. Pedido para complementação do valor. Indevido. Valor da indenização pago de acordo com o grau de invalidez. Sentença reformada. Recurso conhecido e provido. 1. Trata-se de ação de cobrança de seguro DPVAT, em que alega o reclamante que foi vítima de acidente de trânsito em 19/04/2013, resultando em incapacidade neurológica permanente em 40%, recendo administrativamente o valor de R$6.750,00, requerendo a condenação da reclamada ao pagamento da indenização securitária no valor restante. 2. Sobreveio sentença julgando procedente o pedido inicial, condenando a reclamada ao pagamento de R$3.375,00 em favor do reclamante. (eventos 23 e 25). 3. Inconformada a reclamada interpôs recurso inominado, alegando, em síntese que não houve qualquer desacerto no cálculo realizado pela reclamante sendo que a indenização já paga é devida, não havendo qualquer complementação do valor. 4. No caso em comento, o laudo do IML constatou a perda permanente da capacidade neurológica em 40%. Assim, na forma do artigo 31, §1º, inciso II e tabela da Lei 11.945/2009, a perda permanente da capacidade neurológica em 40% equivale a indenização no valor de R$5.400,00 (R$13.500,00 X 100% X 40%), sendo esta a importância da indenização devida ao reclamante. Deste modo, não há de se falar em complementação do valor que foi pago pela reclamada.

Fonte: www.tjpr.jus.br

RECURSO INOMINADO Nº 0008534-33.2015.8.16.0018 RECORRENTE: Antonio Carlos de Lima RECORRIDA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATORA: Juíza Fernanda de Quadros Jorgensen Geronasso

Ementa

Recurso Inominado. Ação de cobrança de Seguro DPVAT. Ajuizamento de ação anterior que reconheceu a prescrição. Coisa julgada. Sentença mantida. Recurso conhecido e desprovido. 1. Trata-se de ação de cobrança de seguro DPVAT, em que alega o reclamante que foi vítima de acidente de trânsito em 22/05/2013 resultando na perda da perna esquerda com déficit de 100%, ausência de força muscular e de mobilização de membro superior esquerdo em 100% e déficit neurológico em 70%, requerendo o pagamento da indenização securitária. 2. Sobreveio sentença julgando extinto o processo, em razão da coisa julgada.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 16

3. Inconformado o reclamante interpôs recurso inominado, alegando, em síntese, que não se trata de coisa julgada, pois houve a emissão de novo laudo médico comprovado o tratamento continuo do reclamante, requerendo a procedência dos pedidos formulados. 4. Depreende-se que ajuizada ação anterior autuada sob o n.°2009.0004390-0, onde reconheceu-se a prescrição da pretensão do recorrente. 5. Com efeito, os documentos juntados no presente feito não se tratam de documentos novos e, portanto, não são capazes de desconstituir a sentença proferida naqueles autos, devendo ser mantida a sentença que reconheceu a coisa julgada.

Fonte: www.tjpr.jus.br

RECURSO INOMINADO Nº 0007358-76.2011.8.16.0012 RECORRENTE: Jeferson Luiz Kott RECORRIDA: Bradesco Auto/Re Companhia de Seguros RELATOR: Juiz Leo Henrique Furtado Araújo

Ementa

Recurso Inominado. DPVAT. Designação de perícia pelo IML. Parte autora previamente intimada por seu advogado. Mudança de endereço sem informação ao juízo. Extinção. Possibilidade. Necessidade de realização do exame pericial para constatação da proporção da invalidez. Sentença mantida. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjpr.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0301106-36.2014.8.24.0018 APELANTE: André Hofmeister Chaves APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. Domingos Paludo

Ementa

Apelação Cível. Ação de complementação de Seguro Obrigatório (DPVAT). Acidente com invalidez. Sentença de improcedência que reconheceu a plenitude do pagamento administrativo parcial. Apelo pela desconstituição da sentença e realização de nova perícia, pelo IML. Insubsistência. Perícia judicial que deve ser realizada por expert capacitado e atender aos princípios do devido processo legal e contraditório. Requerimento de perícia por pessoa específica escolhida pela parte que não se sustenta. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjsc.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº. 0300499-96.2015.8.24.0144 APELANTE: Ana Lucia Depine Avi APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. Marcus Tulio Sartorato

Ementa

Processual Civil. Ação de cobrança de complementação de Seguro Obrigatório (DPVAT). Sentença de parcial procedência. Apelo da autora. Acidente de trânsito ocorrido em 02.03.2015. Vigência da Lei n.º 11.945/09 que instituiu a tabela do grau de invalidez. Lesão no pé esquerdo. Perícia judicial que conclui pela ocorrência de invalidez de repercussão residual nesse segmento corporal. Pagamento administrativo de acordo com os parâmetros da tabela.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 17

Inexistência de direito da autora à complementação. Alegação de que as sequelas são mais graves do que consta no parecer médico. Hipótese não verificada. Profissional devidamente habilitado e de confiança do juízo. Correta valoração da prova. Pretensão da parte autora de atualização do valor da indenização securitária desde a publicação da Medida Provisória n.º 340/06. Impossibilidade. Incidência apenas a partir do evento danoso. Posicionamento firmado pelo STJ em sede de recurso representativo de controvérsia. Sentença mantida. Recurso desprovido. Nos termos do entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, em julgamento representativo de controvérsia, "A incidência de atualização monetária nas indenizações por morte ou invalidez do seguro DPVAT, prevista no § 7º do art. 5º da Lei n. 6194/74, redação dada pela Lei n. 11.482/2007, opera-se desde a data do evento danoso" (Resp 1483620/SC, Rel. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, Segunda Seção, julgado em 27/05/2015, DJe 02/06/2015).

Fonte: www.tjsc.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0310022-59.2014.8.24.0018

APELANTE: Volmir da Rosa APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATORA: Des. Denise Volpato

Ementa

Apelação Cível. Ação de cobrança de Seguro DPVAT. Pedido de complementação da indenização. Sentença de improcedência fundada na ausência de comprovação do fato constitutivo do direito do autor. Apelo do requerente objetivando o reconhecimento da ocorrência de cerceamento de defesa. Pleito acolhido por este tribunal. Retorno dos autos à origem para realização de perícia médica judicial. Não comparecimento da parte à perícia médica designada. Sentença de improcedência. Recurso do requerente. Pleito visando a reforma da sentença para nova designação de perícia médica junto ao instituto médico legal. Alegação de não comparecimento à perícia agendada pelo juízo de primeiro grau em razão da dificuldade de locomoção e precária condição financeira. Justificativa insubsistente. Parte que estava ciente sobre a necessidade de comparecimento ao ato, tanto que já havia postulado anteriormente sua realização. Ausência, ademais, de comprovação das referidas alegações. Conduta que configura renúncia tácita da prova solicitada, bem como preclusão do direito de sua realização. Exegese do artigo 223 e §1º do novo código de processo civil. Sentença mantida. Honorários recursais. Majoração da verba honorária do patrono da requerida pela atuação neste grau de jurisdição. Exegese do artigo 85, § 11, do Novo Código de Processo Civil. Verba majorada para R$ 2.000,00 (dois mil reais). Sobrestada, conduto, a exigibilidade por ser o autor beneficiário da justiça gratuita. Recurso conhecido e desprovido.

Fonte: www.tjsc.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0012678-85.2013.8.24.0054 APELANTE: Marcionei Martins APELADA: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A RELATOR: Des. Domingos Paludo

Ementa

Apelação Cível. Indenização de Seguro DPVAT. Acidente com invalidez. Sentença de improcedência. Pedido de complementação de perícia. E alegação de fragilidade do acervo probatório. Inocorrência. Laudo pericial realizado em juízo, sob o contraditório. Pedido de incidência de correção monetária desde a data da MP 340/2006. Inviabilidade. Correção monetária a contar do evento danoso. Quantum indenizatório disponibilizado na via administrativa que ultrapassa o apurado em perícia. Recurso desprovido.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 18

Fonte: www.tjsc.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0304458-33.2015.8.24.0061 APELANTE: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A APELADO: Odirlei Decarly Jacinto RELATOR: Des. Luiz Cézar Medeiros

Ementa

Civil e Processual Civil. Ação de cobrança de Seguro Obrigatório. DPVAT. Atualização monetária. Descabimento. Invalidez não comprovada. "Na ausência, contudo, de prova da invalidez alegada, desconstituída por perícia judicial, não há falar em complementação da indenização securitária, mesmo que para fins de atualização do valor da cobertura securitária" (AC n. 0001677-18.2013.8.24.0050, Des. Henry Petry Júnior).

Fonte: www.tjsc.jus.br

LEGISLAÇÃO

Federal

Lei nº 13.367, de 05 de dezembro de 2016 – Altera a Lei no 1.579, de 18 de março de 1952, que dispõe sobre as

Comissões Parlamentares de Inquérito.

Receita Federal

Instrução Normativa RFB nº 1681, de 28 de dezembro de 2016 – Dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação das informações da Declaração País-a-País.

Instrução Normativa RFB nº 1682, de 28 de dezembro de 2016 – Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.215, de 15 de dezembro de 2011, que aprova o modelo de Comprovante de Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte.

Advocacia Geral da União - AGU

Portaria Interministerial CGU/AGU Nº 2.278, de 15 de dezembro de 2016 – Define os procedimentos para celebração do acordo de leniência de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, no âmbito do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União – CGU e dispõe sobre a participação da Advocacia-Geral da União.

Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP

Resolução CNSP nº 342, de 19 de dezembro de 2016 – Altera dispositivos da Resolução CNSP nº 332, de 09 de dezembro de 2015.

Resolução CNSP nº 343, de 26 de dezembro de 2016 – Altera a Resolução CNSP nº 321/2015, a Resolução CNSP nº 332/2015 e a Resolução CNSP nº 335/2015.

Superintendência de Seguros Privados – SUSEP

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 19

Circular SUSEP nº 542, de 06 de dezembro de 2016 – Determina critérios adicionais para atendimento ao disposto no § 4º do art. 14 da Resolução CNSP nº 168, de 17 de dezembro de 2007.

Circular SUSEP nº 543, de 22 de dezembro de 2016 – Altera a Circular Susep nº 517, de 30 de julho de 2015.

Circular SUSEP nº 544, de 27 de dezembro de 2016 – Dispõe sobre alterações das Normas Contábeis a serem observadas pelas sociedades seguradoras, sociedades de capitalização, entidades abertas de previdência complementar e resseguradores locais.

PROJETOS DE LEI

Senado Federal

Em tramitação:

Projeto de Lei do Senado nº 361, de 2016, da Senadora Ana Amélia – Dispõe sobre a destinação de recursos do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres. Em 19/12/2016, a presidenta da Comissão de Assuntos Econômicos, a Senadora Gleisi Hoffmann, designa o senador Humberto Costa como Relator da matéria.

Projeto de Lei do Senado nº 464, de 2016, do Senador Jorge Viana – Altera dispositivos da Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, que trata do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), a fim de mitigar o risco de seleção adversa no cálculo do prêmio do seguro DPVAT. Em 13/12/2016, o PLS foi encaminhado à Comissão de Assuntos Econômicos, em decisão terminativa. Em 22/12/2016, a presidenta da Comissão, a Senadora Gleisi Hoffmann, designa o Senador Humberto Costa como Relator da matéria.

Projeto de Lei do Senado nº 495, de 2015, do Senador Ricardo Ferraço – Altera as Leis nº 9.986, de 18 de julho de 2000; nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976; nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009; nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996; nº 9.472, de 16 de julho de 1997; nº 9.478 de 6 de agosto de 1997; nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999; nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, nº 9.984, de 17 de julho de 2000, nº 10.233, de 5 de junho de 2001, nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, e a Medida Provisória nº 2.228-1, de 2001; com vistas a ampliar a autonomia, a capacidade técnica e os poderes de regulação de mercado das agências reguladoras, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Em 01/11/2016, foi recebida na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania a Emenda nº 1, de autoria do Senador Romero Jucá, e enviada uma cópia ao gabinete do Relator, o Senador Valdir Raupp. Em 06/12/2016, na mesma Comissão, foi recebido Relatório reformulado pelo Relator, com voto pela aprovação do Projeto, com uma emenda de redação que apresenta, e pela aprovação da Emenda nº 1, nos termos da Subemenda que apresenta.

Arquivada:

Sugestão nº 0001, de 2016, da Ordem dos Advogados do Brasil (Seção de Goiás) – Sugere a normatização do atendimento nos Hospitais e Clínicas através do DPVAT, para atendimento das despesas de assistência médica suplementar - DAMS. Em 09/11/2016, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa aprova o relatório do Senador Paulo Paim, que passa a constituir o parecer da CDH, pelo arquivamento da Sugestão. Em 14/11/2016, a matéria foi arquivada.

Câmara dos Deputados

Em tramitação:

Projeto de Lei nº 505, de 1991, do Deputado Paulo Paim - Revoga a alínea "l" do art. 20 do Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, extinguindo o Seguro Obrigatório de Veículos Automotores. Em 14/11/2016, a este foi apensado o PL 6436/16.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 20

Projeto de Lei nº 3555, de 2004, do Deputado José Eduardo Cardozo - Estabelece normas gerais em contratos de seguro privado e revoga dispositivos do Código Civil, do Código Comercial Brasileiro e do Decreto-Lei nº 73 de 1966. Em 13/12/2016, foi aprovado por unanimidade o parecer com complementação de voto apresentado pelo Relator Deputado Lucas Vergilio, na Comissão Especial.

Projeto de Lei nº 8323, de 2014, do Senador José Pimentel – Acrescenta art. 14-A ao Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, para estabelecer prazo máximo de 30 (trinta) dias para o pagamento da indenização pela seguradora no caso de morte ou invalidez permanente do segurado. Em 22/11/2016, foi apresentado parecer nº 2 do Relator, na Comissão de Finanças e Tributação. Posteriormente, o referido parecer foi devolvido ao Deputado Helder Salomão para correção.

Projeto de Lei nº 2409, de 2015, do Deputado Ronaldo Martins – Dá nova redação ao §2º do art. 12 da Lei nº 6.194/1974, na forma que indica. Em 10/11/2016, foi designado o Deputado Lincoln Portela como Relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

Projeto de Lei nº 2420, de 2015, do Deputado Lucas Vergilio – Acrescenta-se os parágrafos 4º, 5º, 6º, 7º e 8º ao artigo 122 do Decreto-Lei nº 73, de 23 de novembro de 1966. Em 23/11/2016, foi aprovado o parecer apresentado pelo Deputado Augusto Coutinho, pela aprovação com substitutivo, na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviço e Serviços. Em 28/11/2016, o PL foi recebido pela Comissão de Finanças e Tributação.

Projeto de Lei nº 4624, de 2016, do Deputado Mauro Lopes – Altera o art. 78 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, e dá outras providências. Em 04/11/2016, foi indeferido o Requerimento nº 5.337/2016, visto que os Projetos de Lei nº 4624/16, 947/03 e 505/91 tratam de matérias correlatas.

Projeto de Lei nº 6436, de 2016, do Deputado Vitor Valim – Altera a Lei 6.194, de 19 de dezembro de 1974, que dispõe sobre Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores de via Terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não. Em 08/11/2016, o presente Projeto de Lei foi apresentado. Posteriormente, em 14/11/2016, este foi apensado ao PL 505/1991.

Produzido pela SEJUR - Superintendência Jurídica da Fenaseg/CNseg Informações – [email protected]

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 1

SEGUROS GERAIS

JURISPRUDÊNCIA

Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 1.485.717 - SP RECORRENTE: Transgolgatto Transportes Ltda. RECORRIDAS: IRB Instituto de Resseguros do Brasil S/A e Generali do Brasil Companhia Nacional de Seguros S/A RELATOR: Min. Ricardo Villas Bôas Cueva

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Recurso Especial. Civil. Seguro de automóvel. Embriaguez ao volante. Terceiro condutor (preposto). Agravamento do risco. Efeitos do álcool no organismo humano. Causa direta ou indireta do sinistro. Perda da garantia securitária. Culpa grave da empresa segurada. Culpa in eligendo e culpa in vigilando. Princípio do absenteísmo. Boa-fé objetiva e função social do contrato de seguro. 1. Cinge-se a controvérsia a definir se é devida indenização securitária decorrente de contrato de seguro de automóvel quando o causador do sinistro foi terceiro condutor (preposto da empresa segurada) que estava em estado de embriaguez. 2. Consoante o art. 768 do Código Civil, "o segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto do contrato". Logo, somente uma conduta imputada ao segurado, que, por dolo ou culpa grave, incremente o risco contratado, dá azo à perda da indenização securitária. 3. A configuração do risco agravado não se dá somente quando o próprio segurado se encontra alcoolizado na direção do veículo, mas abrange também os condutores principais (familiares empregados e prepostos). O agravamento intencional de que trata o art. 768 do CC envolve tanto o dolo quanto a culpa grave do segurado, que tem o dever de vigilância (culpa in vigilando) e o dever de escolha adequada daquele a quem confia a prática do ato (culpa in eligendo ). 4. A direção do veículo por um condutor alcoolizado já representa agravamento essencial do risco avençado, sendo lícita a cláusula do contrato de seguro de automóvel que preveja, nessa situação, a exclusão da cobertura securitária. A bebida alcoólica é capaz de alterar as condições físicas e psíquicas do motorista, que, combalido por sua influência, acaba por aumentar a probabilidade de produção de acidentes e danos no trânsito. Comprovação científica e estatística. 5. O seguro de automóvel não pode servir de estímulo para a assunção de riscos imoderados que, muitas vezes, beiram o abuso de direito, a exemplo da embriaguez ao volante. A função social desse tipo contratual torna-o instrumento de valorização da segurança viária, colocando-o em posição de harmonia com as leis penais e administrativas que criaram ilícitos justamente para proteger a incolumidade pública no trânsito. 6. O segurado deve se portar como se não houvesse seguro em relação ao interesse segurado (princípio do absenteísmo), isto é, deve abster-se de tudo que possa incrementar, de forma desarrazoada, o risco contratual, sobretudo se confiar o automóvel a outrem, sob pena de haver, no Direito Securitário, salvo-conduto para terceiros que queiram dirigir embriagados, o que feriria a função social do contrato de seguro, por estimular comportamentos danosos à sociedade. 7. Sob o prisma da boa-fé, é possível concluir que o segurado, quando ingere bebida alcoólica e assume a direção do veículo ou empresta-o a alguém desidioso, que irá, por exemplo, embriagar-se (culpa in eligendo ou in vigilando), frustra a justa expectativa das partes contratantes na execução do seguro, pois rompe-se com os deveres anexos do contrato, como os de fidelidade e de cooperação. 8. Constatado que o condutor do veículo estava sob influência do álcool (causa direta ou indireta) quando se envolveu em acidente de trânsito - fato esse que compete à seguradora comprovar -, há presunção relativa de que o risco da sinistralidade foi agravado, a ensejar a aplicação da pena do art. 768 do CC. Por outro lado, a indenização securitária deverá ser paga se o segurado demonstrar

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 2

que o infortúnio ocorreria independentemente do estado de embriaguez (como culpa do outro motorista, falha do próprio automóvel, imperfeições na pista, animal na estrada, entre outros). 9. Recurso Especial não provido.

Fonte: www.stj.jus.br

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 513.052 - RJ AGRAVANTE: Viação Rubanil Ltda. AGRAVADOS: Sul América Companhia Nacional de Seguros e Outro. RELATOR: Min. Paulo de Tarso Sanseverino

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Agravo Interno no Agravo em Recurso Especial. Seguro de Responsabilidade Civil. Celebração de acordo entre o segurado e o autor da ação de indenização por danos materiais. Parcelamento da dívida. Ação regressiva de cobrança de segurado contra a seguradora. Prescrição. Termo inicial. Data de pagamento da última parcela do acordo. Acórdão recorrido em conformidade com a jurisprudência desta corte. Decisão agravada mantida. Agravo Interno desprovido.

Fonte: www.stj.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0024580-08.2013.8.19.0205 APELANTE: Maria Helena da Silva Santos APELADOS: Caixa Seguradora S/A e Outro RELATORA: Des. Tereza Cristina Sobral Bittencourt Sampaio

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Apelação Cível. Direito do Consumidor. Contrato de seguro automotivo. Ação de obrigação de fazer, cumulada com pedido de reparação de danos. Parte autora que alega a ocorrência de prejuízos em razão da recusa indevida das rés em cumprir o contrato de seguro automotivo celebrado entre as partes. Constatação de que, no momento da ocorrência do sinistro, o condutor do veículo segurado era pessoa com idade inferior a vinte e cinco anos, hipótese que não estava coberta na apólice securitária. Alegações de vícios de consentimento no ato de contratação do seguro ou mesmo de desconhecimento da apólice que não podem ser aceitas para afastar o entendimento fixado pelo magistrado de primeira instância. Ausência de qualquer comprovação no sentido de que a autora teria sido obrigada a celebrar o contrato de seguro ora analisado nestes autos, devendo-se considerar, ainda, que a demandante atua profissionalmente no ramo do comércio, estando ela, portanto, habituada a celebrar avenças no mercado, o que exclui sua alegação no sentido de que ignoraria o teor do contrato de seguro que celebrou com as rés. Cláusula limitativa do dever de indenizar que não se mostra abusiva, haja vista a considerável elevação do risco ao se confiar a direção de veículos a pessoas com pouca experiência. Violação da cláusula contratual que legitima a recusa no pagamento da indenização securitária pela ré, estando, pois correta a decisão do magistrado de primeira instância ao julgar improcedentes os pedidos iniciais. Majoração dos honorários advocatícios de sucumbência para 17% do valor da causa, nos termos do 85, § 11º, do novo CPC/15. Conhecimento e desprovimento do recurso.

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Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0017096-34.2015.8.19.0087 APELANTE: Celco Coutinho Almeida APELADA: Pan Seguros S/A RELATOR: Des. Werson Rêgo

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Direito do Consumidor. Contrato de seguro veículo. Ocorrência do sinistro. Roubo. Negativa de pagamento de indenização securitária sob o argumento de ausência de cobertura contratual em caso de roubo. Sentença de improcedência dos pedidos. Apelação Cível interposta pela parte autora requerendo a reforma integral do julgado. 1. Compulsando os autos, verifica-se em contrato de seguro estabelecido entre as partes a ausência de cobertura do seguro em caso de roubos ou furto. Com efeito, foram claramente discriminados os riscos incluídos na cobertura securitária, qual sejam: morte, invalidez permanente total por acidentes e perda de renda por desemprego involuntário. 2. Isto posto, não se desincumbiu, portanto, a autora do ônus probatório que lhe é imposto, por força do artigo 373, inciso I, do Código de Processo Civil. Incidência do verbete sumular nº 330 deste Egrégio Tribunal de Justiça. 2. Recurso a que a que se nega provimento, na forma do artigo 932, inciso IV, alínea “a”, do Código de Processo Civil.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0128608-57.2013.8.19.0001 APELANTES: Sul América Companhia Nacional de Seguros e Outros APELADOS: Os Mesmos RELATORA: Des. Maria Luiza de Freitas Carvalho

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Apelação. Seguro. Sul América. Relação de consumo. Veículo. Perda total. Recusa de pagamento. Declarações do segurado. Condutor principal e eventual. Demonstração de má-fé. Ação indenizatória por danos materiais e morais fundada em recusa da seguradora contratada pela primeira autora em indenizar os danos materiais advindos da perda total do veículo segurado. Revelia da seguradora. Presunção relativa de veracidade dos fatos narrados na inicial. Apelação da seguradora. Alegação de que a primeira autora prestou informações inverídicas quando da contratação do seguro com relação ao condutor principal, razão por que perdeu o direito à indenização. No caso, depreende-se da apólice acostada aos autos (fl. 35), que consta como principal condutora do veículo segurado a Sra. Elizania do Carmo Catissane da Costa (primeira autora), tendo esta respondido, de forma afirmativa, quanto à extensão de cobertura para condutores na faixa etária de 18 a 25 anos. Vê-se, ainda, que há informação destacada quanto à perda de indenização securitária quando prestada qualquer informação inverídica. O Superior Tribunal de Justiça que já assentou que “as declarações inexatas ou omissões no questionário de risco em contrato de seguro de veículo automotor não autorizam, automaticamente, a perda da indenização securitária. É preciso que tais inexatidões ou omissões tenham acarretado concretamente o agravamento do risco contratado e decorram de ato intencional do segurado. Interpretação sistemática dos arts. 766, 768 e 769 do CC/02.” (REsp 1210205/RS, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 01/09/2011, DJe 15/09/2011). A incidência dos artigos 765 e 766 do atual Código Civil depende da comprovação de má-fé, que, na hipótese, restou configurada. Declaração feita pelo representante legal da segunda demandante, João Ricardo Costa Pimentel (fl. 32), firmada juntamente com a Sra. Elizania, primeira autora, que descreve a dinâmica do acidente em questão, ressaltando que “utilizava o veículo todos os dias para ir ao

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trabalho, o outro condutor (minha mãe) utilizava também o veículo, em média duas vezes na semana”, inferindo-se daí que era o principal condutor do veículo. Assim, tendo havido, de fato, a informação inverídica quanto ao principal condutor do veículo segurado, a negativa da cobertura do veículo sinistrado é legítima, não tendo a ré praticado qualquer conduta ilícita. Reforma da sentença para julgar improcedente o pedido. Provimento ao recurso da ré. Negativa de provimento ao recurso dos autores.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0314956-52.2014.8.19.0001 APELANTES: Espólio de Aloisio Teixeira e Companhia de Seguros Aliança do Brasil APELADOS: Os mesmos RELATOR: Des. Werson Rêgo

Direito do Consumidor. Responsabilidade Civil. Instituição financeira. Empréstimos bancários. Contratação de seguro crédito protegido. Morte do titular da conta. Comunicação do sinistro. Continuidade dos descontos das parcelas do empréstimo na conta corrente. Pretensão reparatória de danos materiais e moral. Sentença de parcial procedência dos pedidos, condenando a instituição financeira a devolver, de forma simples, os valores debitados da conta do de cujus. Inconformismo das partes. Recursos de Apelação Cível. Espólio que pretende a devolução dos valores, na forma do art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, e condenação do réu ao pagamento de verba compensatória a título de danos morais. Instituição financeira e seguradora que pretendem a reforma integral do julgado. Autor que não apresentou os documentos solicitados pela seguradora, para dar início à regulação do sinistro. Fato exclusivo dos beneficiários. Non venire contra factum proprio. Fato constitutivo do direito alegado não comprovado. Réu que agiu em exercício regular de direito, ao continuar debitando da conta corrente do de cujus parcelas do crédito contratado, eis que não houve quitação da dívida. Sentença integralmente reformada para julgar improcedente a pretensão autoral. Provimento aos recursos dos réus. Recurso do autor prejudicado.

Fonte: www.tjrj.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 3003510-12.2013.8.26.0358 APELANTE: Arnaldo Antônio de Oliveira APELADA: Bradesco Auto/Re Companhia de Seguros RELATOR: Des. Ruy Coppola

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Ação de indenização. Danos morais. Seguro de veículo. Alegação de demora para reparar o veículo sinistrado. Abuso não constatado. Exigência contratual para oferecimento de carro reserva. Validade da cláusula. Ausência de ilegalidade na conduta da seguradora. Indenização indevida. Descumprimento contratual que não enseja, em todas as hipóteses, dano moral. Ausência de dano moral no caso dos autos. Recurso improvido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL N° 0006875-51.2005.8.26.0150 APELANTE: Reginaldo Costa Dias APELADA: Caixa Seguradora S/A RELATOR: Des. Milton Carvalho

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Seguro facultativo de veículos. Indenização por danos materiais e morais. Obrigação de apresentar cartão de crédito expressa e clara no contrato. Sentença recorrida que já determinou o ressarcimento de alguns dos gastos suportados pelo autor. Ausência de impugnação aos fundamentos da respeitável sentença, em relação às despesas cuja indenização foi rejeitada. Descumprimento contratual que não ultrapassou o mero aborrecimento ou dissabor cotidiano. Dano moral não configurado. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL N° 0002409-06.2011.8.26.0602 APELANTE: Mapfre Vera Cruz Seguradora S/A APELADO: Comércio de Roupas Orvieto Ltda. RELATOR: Des. Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho

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Apelação. Seguro empresarial. Ocorrência de sinistro. Furto. Ação de indenização. Agravo Retido desprovido. Inexistência de cerceamento de defesa. Sentença de parcial procedência. Inconformismo da ré. Cabimento. Lucros cessantes excluídos da cobertura por expressa disposição contratual. Sentença parcialmente reformada. Agravo Retido desprovido e Recurso de Apelação provido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0050131-59.2012.8.26.0001 APELANTE: Maria Sueli Barreto dos Santos APELADA: Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais RELATOR: Des. Cesar Lacerda

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Locação de imóvel e seguro de fiança locatícia. Ação de rescisão contratual cumulada com pedido indenização por danos materiais e morais. Reconvenção. Ressarcimento das quantias suportadas pelos locatários com estacionamento. Inadmissibilidade, pois não consta do pacto locatício que o imóvel locado possui garagem. Repetição de indébito. Pedido de restituição dos valores despendidos com prêmio de seguro contra incêndio, despesas condominiais e consumo de água e energia elétrica. Improcedência. Verbas cujo pagamento constitui obrigação dos locatários. Código de Defesa do Consumidor. Inaplicabilidade aos contratos de locação de imóvel. Reconvenção. Seguro de fiança locatícia. Direito de regresso da seguradora que pagou ao locador verbas locatícias inadimplidas pelos locatários, sub-rogando-se nos direitos do credor. Recurso não provido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0004828-31.2014.8.26.0137 APELANTE: João Antônio Stefani APELADO: Tokio Marine Seguradora S/A RELATOR: Des. Hugo Crepaldi

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Apelação. Ação de cobrança. Seguro facultativo de veículo.

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Furto do bem segurado na cidade de Cerquilho. Certidão de passagem de veículo que atesta que o automóvel teria passado por Ponta Porã, na divisa com o Paraguai na véspera do sinistro. Versão apresentada pelo autor, de que Ponta Porã fica no caminho mais curto entre Dourados e Jardim, que não convence. Boletim de ocorrência que tem presunção relativa de veracidade. Sinistro não demonstrado. Contestadas as circunstâncias do crime pela ré, cabia ao autor a demonstração da veracidade de suas alegações. Requerente que não se desincumbiu do ônus de que trata o art. 373, I, CPC. Inversão do ônus da prova não tem aplicação absoluta. Indevida a indenização securitária, bem como a reparação dos alegados danos morais causados pela recusa da seguradora. Majoração dos honorários arbitrados em primeiro grau, conforme determina o art. 85, §§ 1º e 11, NCPC. Negado provimento.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1095579-95.2013.8.26.0100 APELANTES: Kleber Ferreira da Silva e Francisco Ildimar de Lavor APELADA: Ace Seguradora S.A. RELATOR: Des.Rui Cascaldi

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Seguro. Ação de indenização securitária. Sentença de improcedência. Fatos que ensejam o pleito de indenização ocorreram antes da contratação. Ausência de informação da conduta no formulário de avaliação de risco. Decisum mantido por seus próprios e jurídicos fundamentos, nos termos do art. 252 do Regimento Interno desta Corte. Precedentes. Recurso não provido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0704.01.001372-7/001 APELANTE: Anselmo de Oliveira APELADA: Bradesco Seguros S/A RELATOR: Des. Veiga de Oliveira

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Apelação Cível. Ação de cobrança. Contrato de seguro. Informações inverídicas. Falsidade de assinatura. Fraude na celebração do contrato. Evidenciada a omissão de dados relevantes que poderiam influenciar na aceitação da proposta pela seguradora ou na taxa do prêmio no contrato de seguro, não é devido o pagamento da indenização contratada. Analisando todas as provas, testemunhal e pericial, tem-se comprovada a fraude na celebração do contrato, razão pela qual o apelante não faz jus à indenização securitária.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0499.12.002342-3/002 APELANTE: Eriston Carvalho da Silva APELADA: Alfa Seguradora S/A RELATOR: Des. Tiago Pinto

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Apelação. Ação de regresso. Seguradora. Abalroamento de veículos. Veículo parado no acostamento. É culpado o condutor do veículo que invade a pista de acostamento, atingindo veículo que ali estava parado. Manutenção da sentença que imputou responsabilidade civil pelo culpado ao causador dos danos.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0216.12.002061-7/001 APELANTE: Claudiney Silva Rocha APELADA: HDI Seguros S/A RELATOR: Des. Márcio Idalmo Santos Miranda

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Direito Civil e Processual Civil. Apelação Cível. Ação de cobrança de seguro. Sinistro. Colisão do veículo segurado contra automóvel que se encontrava estacionado na via. Recusa na realização do teste do etilômetro. Prova testemunhal. Constatação de embriaguez do condutor. Responsabilidade pela ocorrência do sinistro. Nexo causal. Comprovação. Dever de indenizar. Não configuração. Recusa lícita. Sentença mantida. Uma vez prevista no contrato de seguro a exclusão de cobertura em caso de ser comprovado que o sinistro tenha sido causado pelo estado de embriaguez do condutor do veículo segurado, deve a seguradora, para se eximir da obrigação de indenizar, fazer a prova desse fato, se o alegar para justificar sua recusa. Nos termos do entendimento firmado na jurisprudência dos tribunais pátrios, a embriaguez não atrai incidência automática da cláusula liberatória de indenização, devendo a seguradora honrar a avença quando não provar que a ebriedade do condutor do veículo segurado tenha sido determinante para a ocorrência do sinistro. Comprovado o nexo causal entre o sinistro e o estado ébrio do condutor, revela-se lídima a recusa de cobertura, pela seguradora.

Fonte: www.tjmg.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

RECURSO INOMINADO Nº 71006182414 RECORRENTE: Beatriz Cantu Peixoto RECORRIDA: HDI Seguros S/A RELATORA: Des. Vivian Cristina Angonese Spengler

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Ação de reparação de danos morais. Contrato de seguro veicular. Descumprimento contratual. Dano moral não configurado. Caso em que a autora alega ter tido um dos pneus do seu carro furado durante uma viagem. Em virtude do contrato de seguro mantido com a ré, solicitou a troca dos pneus, porém não foi atendida, pois não soube precisar sua localização, vindo a socorrer-se da CONCEPA. Pretende indenização por danos morais. Todavia, não há falar em indenização a esse titulo, tendo em vista que o caso dos autos, quando muito, configuraria hipótese de descumprimento contratual que, de regra, não importa em indenização, conforme reiterado entendimento firmado pelas Turmas Recursais em casos análogos. Não se olvida o transtorno em aguardar a solução para o caso, ainda mais que a autora se encontrava em companhia de sua mãe, pessoa idosa. No entanto, não há qualquer situação excepcional relacionada ao evento noticiado nos autos, e que possa merecer compensação

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pecuniária. Assim, a decisão recorrida não comporta modificação. Sentença mantida pelos próprios fundamentos. Recurso improvido.

Fonte: www.tjrs.jus.br

RECURSO INOMINADO Nº 71005887641 RECORRENTE: Eliseu Heck RECORRIDO: Banco do Brasil S/A RELATOR: Juliano da Costa Stumpf

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Recurso Inominado. Consumidor. Seguro residencial. Cobertura para furto/roubo. Exclusão da cobertura por indicada falha no registro de renovação. Prova que revela que a cobertura deixou de ser prevista três anos antes do sinistro, sendo anuais as renovações do seguro. Inexistência de indícios da falha na prestação de serviços de funcionário ligado ao banco/seguradora. Pretensão improcedente. Sentença confirmada pelos seus fundamentos. Recurso improvido.

Fonte: www.tjrs.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70069451995 APELANTE: Ace Seguradora S/A APELADO: Antônio Sartori RELATOR: Des. Jorge Luiz Lopes do Canto

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Apelações Cíveis. Responsabilidade Civil. Ação de indenização por danos morais. Choque elétrico. Quantum indenizatório. Manutenção. Lucros cessantes. Inocorrência. Contrato de seguro. Agravamento do risco contratado. Da lei processual aplicável ao presente feito: 1. No caso em exame a decisão recorrida foi publicada em período compreendido até 17/03/2016. Assim, segundo os enunciados do Superior Tribunal de Justiça sobre a aplicação do novel Código de Processo Civil, há a incidência da legislação anterior, de acordo com o posicionamento jurídico uniforme daquela Corte, que tem a competência para regular a forma de aplicação da lei federal. 2. A interpretação precitada coaduna com os princípios conformadores da atual legislação processual civil, que dizem respeito a não ocasionar prejuízo à parte ou gerar surpresa a esta com a modificação do procedimento em relação aos atos já efetivados, consoante estabelece o art. 9º, caput, e art. 10, ambos do novel Código Processo Civil. Mérito do recurso em exame: 3. A responsabilidade no caso em tela é objetiva, não dependendo de prova de culpa, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição Federal e do art. 14 do Código de Defesa Consumidor, exigindo apenas a existência do prejuízo, a autoria e o nexo causal para a configuração do dever de indenizar. 4. A parte autora logrou comprovar os fatos articulados na exordial, a teor do que estabelece o art. 333, I, do CPC, no sentido de que houve falha na prestação do serviço, consubstanciada na desídia em instalar rede elétrica junta a galhos de árvores, o que foi determinante para a ocorrência dos danos experimentados pelo postulante. 5. A parte demandada deve indenizar os danos morais causados, na forma do art. 186 do novo Código Civil, cuja incidência decorre da prática de conduta ilícita, cuja lesão imaterial consiste na dor e sofrimento do postulante. Ressalte-se que o autor foi atingido na sua integridade física em função do acidente, o que por certo afetou o ânimo e dignidade pessoal deste.

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6. Aliado ao fato de que se trata aqui de dano moral puro que prescinde de demonstração do prejuízo sofrido, pois a dor e o sofrimento nesses casos são presumidos, o que é passível de indenização. 7. O valor estipulado na decisão a título de danos morais deve levar em consideração as questões fáticas precitadas, a extensão do prejuízo, bem como a quantificação da conduta ilícita, sendo que no caso em concreto deve ser mantido o montante fixado pelo magistrado a quo. Dos lucros cessantes: 8. A parte demandante não logrou êxito em provar o que razoavelmente deixou de lucrar, conforme alude o art. 402 do Código Civil. Dever de indenizar afastado. 9. Perícia realizada em juízo conclui pela ausência de restrição de a parte autora realizar atividades remuneradas, em razão do grau leve das lesões. Descabimento da fixação de pensão vitalícia. Da relação securitária firmada entre a denunciante e a denunciada 10. O contrato de seguro de tem o objetivo de garantir o pagamento de indenização para a hipótese de ocorrer à condição suspensiva, consubstanciada no evento danoso previsto contratualmente, cuja obrigação do segurado é o pagamento do prêmio devido e de prestar as informações necessárias para a avaliação do risco. Em contrapartida a seguradora deve informar as garantias dadas e pagar a indenização devida no lapso de tempo estipulado. Inteligência do art. 757 do Código Civil. 11. Igualmente, é elemento essencial deste tipo de pacto a boa-fé, caracterizado pela sinceridade e lealdade nas informações prestadas pelas partes e cumprimento das obrigações avençadas, nos termos do art. 422 da atual legislação civil. 12. Contudo, desonera-se a seguradora de satisfazer a obrigação assumida apenas na hipótese de comprovado o dolo ou má-fé do segurado para a implementação do risco e obtenção da referida indenização. 13. Assim, caso seja agravado intencionalmente o risco estipulado, ocorrerá o desequilíbrio da relação contratual, onde a seguradora receberá um prêmio inferior à condição de perigo de dano garantida, em desconformidade com o avençado e o disposto no art. 768 da lei civil, não bastando para tanto a mera negligência ou imprudência do segurado. 14. No caso em exame restou devidamente comprovado que a parte segurada agravou intencionalmente o risco contratado, ao instalar rede elétrica junto a galhos de árvores. Perda do direito à garantia agravamento intencional do risco garantido. Inteligência do art. 768 do Código Civil. 15. Destarte, julgar improcedente o pedido formulado na denunciação da lide é à medida que se impõe. Dos honorários recursais: 16. Nos termos do disposto no artigo 85, §11, do novel Código de Processo Civil, o Colegiado da Corte de Justiça arbitrará honorários advocatícios pelo trabalho adicional prestado pelo causídico neste grau de jurisdição, sendo vedado ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§2º e 3º para a fase de conhecimento. 17. Portanto, deveria a parte vencida arcar com honorários recursais da parte vencedora, em atenção à norma processual supracitada, que seriam acrescidos à sucumbência fixada na sentença em primeiro grau a título de verba sucumbencial. 18. No entanto, em razão da aplicação dos enunciados do Superior Tribunal de Justiça sobre a incidência do novel Código de Processo Civil ao caso em análise, descabe a utilização das normas precitadas que tratam do ônus da sucumbência neste diploma legal. Dado provimento ao apelo da seguradora e negado provimento ao recurso da parte autora.

Fonte: www.tjrs.jus.br

RECURSO INOMINADO Nº 71006237820 RECORRENTE: Luciano Mumbach RECORRIDA: HDI Seguros RELATOR: Des. Cleber Augusto Tonial

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Recurso Inominado. Seguro residencial. Queda de raio em terreno vizinho ao do segurado. Exclusão de cobertura. Previsão expressa na apólice. Sinistro enquadrado em danos elétricos devidamente indenizados administrativamente. Sentença mantida. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjrs.jus.br

RECURSO INOMINADO Nº 71006414783 RECORRENTE: Soraia de Fatima Hutten RECORRIDA: Mapfre Seguros Gerais S/A RELATOR: Des. Roberto Behrensdorf Gomes da Silva

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Recurso Inominado. Ação de cobrança. Seguro residencial. Indenização securitária. Vendaval. Chuvas. Destelhamento. Reconhecimento da prescrição ânua, nos termos do art. 206, § 1º, II, “b”, do Código Civil. Data da ciência da recusa do pagamento do seguro que serve como marco inicial para o prazo prescricional de um ano. Em se tratando de pedido de cobrança de indenização do seguro residencial facultativo contratado, aplicável o prazo de um ano para a prescrição, como previsto no art. 206, § 1, II, “b”, do Código Civil. A respeito: Recurso Inominado. Seguro residencial. Furto qualificado. Negativa dada pela seguradora devido à inadimplência de parcelas. Prescrição da pretensão autoral, de acordo com o art. 206, § 1º, II, "b", do Código Civil. Decorrido mais de ano entre a recusa e o ajuizamento da demanda. Documento informando a negativa que alegadamente não teria sido recebido pela autora. Contudo, a própria inicial afirma a negativa de cobertura do seguro, o que sinaliza ciência do resultado da regulação do sinistro. Sentença mantida. Recurso desprovido. (Recurso Cível nº 71006044358, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Luis Antônio Behrensdorf Gomes da Silva, Julgado em 30/09/2016). No caso vertente, o marco inicial da pretensão da cobrança do seguro deve ser a data em que houve a recusa do pagamento da cobertura contratada, qual seja, 18/08/2013, fl. 38. Como a presente ação foi proposta somente em 10/3/2016, restou fulminada pela prescrição ânua, exatamente como reconhecido na sentença. Sentença mantida por seus próprios fundamentos. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjrs.jus.br

RECURSO INOMINADO Nº 71005878202 RECORRENTE: Rodrigo Morsch RECORRIDA: Sul América Companhia Nacional de Seguros RELATOR: Des. Lucas Maltez Kachny

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Recurso Inominado. Direito securitário. Indenizatória. Acidente de trânsito. Danos no veículo do autor/segurado. Apólice que prevê cobertura do seguro apenas para Responsabilidade Civil perante Terceiros - RCF. Danos do veículo do autor que não estavam cobertos. Referência expressa na apólice que a cobertura de limite à responsabilidade civil do autor em eventual acidente que causasse danos à terceiros. Detalhamento da cobertura nas condições gerais do contrato de seguro. Sentença de improcedência mantida. O autor alega que contratou seguro veicular com a ré, vindo a se acidentar na cidade de Candelária/RS. Alegou que a ré negou cobertura para os danos no seu veículo com a justificativa que o autor havia contratado cobertura apenas para danos a terceiros. A apólice expressamente refere que as coberturas contratadas são na modalidade RCF - Responsabilidade Civil Facultativa. As condições gerais do contrato, no seu item 3.5 (fl. 104), expressamente referem que a

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modalidade “Responsabilidade Civil” prevê cobertura apenas para os danos materiais e pessoais que o veículo segurado vier a causar a terceiros. A inversão do ônus da prova em favor do consumidor não se opera quanto à prova dos autos é cristalina quanto à inexistência do direito alegado, vez que o contrato de seguro não prevê a cobertura pretendida. A cobertura para transporte do veículo sinistrado, via reboque, não conduz à conclusão que a cobertura para danos materiais e pessoais fosse diversa da contratada. Cabia ao recorrente postular a contratação de cobertura para seu veículo por danos materiais e pessoais, o que não restou fazer. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjrs.jus.br

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20150111299787 APELANTE: Condomínio do Bloco B da SQS 107 APELADA: Sul América Companhia Nacional de Seguros RELATOR: Des. Hector Valverde

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Direito do Consumidor. Contrato de seguro. Condomínio. Chuva forte. Danos a terceiros. Riscos excluídos. Inexistência do dever de indenizar. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo à pessoa ou à coisa, contra riscos predeterminados. A exclusão de determinados riscos é da essência do contrato de seguro. Se as informações quanto à cobertura estão disponíveis no manual do segurado e são adequadas e claras, o segurador deve se responsabilizar somente pelos riscos que assumiu. A inversão do ônus da prova nas relações de consumo não se opera automaticamente. Somente é possível nos casos em que o magistrado se convença da verossimilhança das alegações do consumidor ou de sua hipossuficiência (art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor) (AgRg no REsp 1181447/PR, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 15/05/2014, DJe 22/05/2014). Apelação desprovida.

Fonte: www.tjdft.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20150110636354

APELANTE: Maria da Conceição Monteiro Plácido APELADA: Liberty Seguros S/A RELATOR: Des. Fernando Habibe

Ação Regressiva. Seguradora. Acidente de trânsito. Colisão na traseira. Presunção relativa de culpa. Honorários. CPC/73. 1. Salvo prova em sentido contrário, que não foi produzida, presume-se a culpa do motorista que colide na traseira do veículo à frente do seu, cujos danos foram indenizados pela seguradora que, por força da sub-rogação, tem o direito de ser ressarcida pelo causador do acidente. 2. Os honorários de sucumbência foram fixados de acordo com o antigo CPC 20, § 3º, e não comportam redução, sob pena de inaceitável aviltamento da advocacia.

Fonte: www.tjdft.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20150610057863 APELANTE: Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais APELADO: Augusto Rodrigues da Silva Filho RELATOR: Des. Angelo Passareli

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 12

Consumidor e Processual Civil. Ação de cobrança. Contrato de seguro. Impossibilidade jurídica do pedido. Cerceamento de defesa. Preliminares rejeitadas. Cobertura contratada. Exclusão de condutores de 18 a 25 anos. Dever de indenizar. Ausência. Sentença reformada. 1. No que tange à impossibilidade jurídica do pedido, de jaez processual-instrumental, comungo do entendimento sufragado pela doutrina no sentido de que tal instituto só se configura quando existe no ordenamento jurídico vedação legal para o seu debate em juízo. Por essas razões, uma vez que a petição inicial propugna a análise do dever de indenizar da apelante, o qual tem como fundamento o contrato de seguro firmado entre as partes, não há que se falar em impossibilidade jurídica do pedido, ante a ausência de expressa vedação legal ao pleito. 2. Não há que se falar em cerceamento de defesa quando, comparecendo com atraso à audiência de conciliação, o réu é considerado revel. Preliminar rejeitada. 3. "Fere a boa-fé objetiva a pretensão do segurado ao recebimento de indenização securitária em caso de sinistro causado por condutor com menos de 25 anos de idade, se, no contrato de seguro, há cláusula expressa de exclusão da cobertura para essa situação" (REsp n 1.284.475/MG, Relatora a Ministra Nancy Andrighi, Rel. p/ Acórdão o Ministro João Otávio de Noronha, Terceira Turma, julgado em 6/5/2014, DJe 29/5/2014). Apelação Cível provida.

Fonte: www.tjdft.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20140110649293 APELANTE: Rui Soares Moreira APELADA: Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais RELATOR: Des. Ames Eduardo Oliveira

Direito Civil e Processual Civil. Rito sumário. Pedido de denunciação da lide. Rejeição. Ausência de recurso. Preclusão. Prova testemunhal. Rol não apresentado com a contestação. Cerceamento de defesa inexistente. Dinâmica do acidente. Ausência de impugnação. Matéria incontroversa. Direito Civil. Ação regressiva da seguradora contra o causador do sinistro. Responsabilidade civil. Acidente de trânsito. Colisão na traseira de veículo que trafega à frente. Presunção de culpa. Indenização paga ao segurado. Valor devido. Sentença mantida. I. Indeferida a denunciação da lide e não interposto o recurso cabível, o fenômeno preclusivo impede que a matéria seja ressuscitada na apelação. II. No procedimento sumário a lacuna da contestação quanto ao rol de testemunhas acarreta preclusão consumativa e afasta a existência de cerceamento de defesa em função do julgamento antecipado da lide. III. Por força da regra de trânsito segundo a qual se deve guardar distância segura em relação ao veículo que trafega à frente (art. 29, II, da Lei 9.503/97), presume-se a culpa do motorista que colide na traseira do carro que lhe precede na corrente de tráfego. IV. De acordo com o artigo 786 do Código Civil, a seguradora tem o direito de ser reembolsada, pelo responsável pelo sinistro, da importância da indenização paga ao segurado. V. A diretiva jurisprudencial quanto à apresentação de três orçamentos tem aplicação restrita às situações em que se postula indenização com base nos próprios orçamentos, não se aplicando às hipóteses em que o pleito ressarcitório é baseado no pagamento efetivamente promovido pela seguradora. VI. Apelação conhecida e desprovida.

Fonte: www.tjdft.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20140111641316 APELANTE: Antônio Santana Barreto APELADOS: Zurich Minas Brasil Seguros e BRB Administradora e Corretora de Seguros S/A Relator: Des. Sandoval Oliveira

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 13

Civil. Processo Civil. Cobrança. Seguro residencial. Indenização por danos morais. Ônus da prova. Autor. Dano moral. Inocorrência. 1. Nos termos do artigo 373, inc. I, do Código de Processo Civil, o ônus da prova cabe à autora, quanto aos fatos constitutivos do seu direito. 2. O inadimplemento contratual, por si só, não configura dano moral. Só deve ser reputado como dano moral a dor, vexame, sofrimento ou humilhação que, fugindo à normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e desequilíbrio em seu bem estar. 3. O não pagamento voluntário de indenização prevista em seguro/residência, no importe de R$ 2.000,00 (dois mil reais), por si só, não induz ofensa aos atributos da personalidade do segurado, como forma de lhe garantir compensação a título de danos morais, os quais, na espécie, não se presumem e não foram comprovados. 4. Recurso conhecido e desprovido.

Fonte: www.tjdft.jus.br

SÚMULA

Tribunal Regional Federal da 4ª Região

Súmula nº 121 - É competente a Justiça Federal nos feitos em que se discute cobertura securitária, no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), quando se tratar de apólice pública (ramo 66), vinculada ao FCVS, considerando o advento da Lei 13.000/2014, que assegurou a intervenção da CEF como representante judicial do FCVS.

LEGISLAÇÃO

Federal

Lei nº 13.367, de 05 de dezembro de 2016 - Altera a Lei nº 1.579, de 18 de março de 1952, que dispõe sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito. Decreto nº 8925, de 30 de novembro de 2016 - Altera o Decreto nº 3.937, de 25 de setembro de 2001, que regulamenta a Lei nº 6.704, de 26 de outubro de 1979, que dispõe sobre o Seguro de Crédito à Exportação.

Advocacia Geral da União - AGU

Portaria Interministerial CGU/AGU nº 2.278, de 15 de dezembro de 2016 - Define os procedimentos para celebração do acordo de leniência de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, no âmbito do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União – CGU e dispõe sobre a participação da Advocacia-Geral da União.

Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP

Resolução nº 343 de 26 de dezembro de 2016 - Altera a Resolução CNSP nº 321/2015, a Resolução CNSP nº 332/2015 e a Resolução CNSP nº 335/2015.

Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN

Resolução nº 632, de 30 de novembro de 2016 - Estabelece procedimentos para a prestação de serviços por Instituição Técnica Licenciada (ITL) e Entidade Técnica Pública ou Paraestatal (ETP), para emissão do Certificado de Segurança Veicular (CSV), de que trata o art.106 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 14

Receita Federal

Instrução Normativa nº 1681, de 28 de dezembro de 2016 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação das informações da Declaração País-a-País.

Instrução Normativa nº 1682, de 28 de dezembro de 2016 – Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.215, de 15 de dezembro de 2011, que aprova modelo de Comprovante de Rendimentos Pagos e de Imposto Retido na Fonte.

Superintendência de Seguros Privados - SUSEP

Circular nº 542 de 06 de dezembro de 2016 - Determina critérios adicionais para atendimento ao disposto no §4º do art. 14 da Resolução CNSP nº 168, de 17 de dezembro de 2007.

Circular nº 543 de 22 de dezembro de 2016 - Altera a Circular Susep nº 517, de 30 de julho de 2015.

Circular nº 544 de 27 de dezembro de 2016 - Dispõe sobre alterações das Normas Contábeis a serem observadas pelas sociedades seguradoras, sociedades de capitalização, entidades abertas de previdência complementar e resseguradores locais.

PROJETOS DE LEI

Senado Federal

Projeto de Lei do Senado nº 495 de 2015, do Senador Ricardo Ferraço - Altera as Leis nº 9.986, de 18 de julho de 2000; nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976; nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009; nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996; nº 9.472, de 16 de julho de 1997; nº 9.478 de 6 de agosto de 1997; nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999; nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, nº 9.984, de 17 de julho de 2000, nº 10.233, de 5 de junho de 2001, nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, e a Medida Provisória nº 2.228-1, de 2001; com vistas a ampliar a autonomia, a capacidade técnica e os poderes de regulação de mercado das agências reguladoras, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Em 06/12/2016, foi recebido o Relatório reformulado pelo Senador Valdir Raupp, com voto pela aprovação do Projeto, com uma emenda de redação e pela aprovação da Emenda nº1.

Projeto de Lei do Senado nº 767 de 2015, do Senador Valdir Raupp - Altera o art. 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências, e o art. 20 do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras providências, para instituir o seguro mínimo obrigatório ambiental. Em 07/12/2016, a presidenta da Comissão, senadora Gleisi Hoffmann, designou o senador Jorge Viana relator da matéria.

Câmara dos Deputados

Projeto de Lei nº 3555 de 2004, do Deputado José Eduardo Cardozo - Estabelece normas gerais em contratos de seguro privado e revoga dispositivos do Código Civil, do Código Comercial Brasileiro e do Decreto-Lei nº 73 de 1966. Em 16/12/2016, a Mesa Diretora da Câmara abriu prazo para apresentação de recursos, nos termos do § 1º do art. 58 combinado com o § 2º do art. 132 do RICD (5 sessões a partir de 19/12/2016).

Projeto de Lei nº 755 de 2011, do Deputado Hugo Leal - Proíbe as instituições financeiras de condicionar a concessão de financiamentos no âmbito do crédito rural à contratação, pelo mutuário, de qualquer modalidade de seguro ou à prestação de qualquer forma de reciprocidade. Em 06/12/2016, a Comissão de Finanças e Tributação recebeu informativo da CONOF.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 15

Projeto de Lei nº 7872 de 2014, do Deputado Lincoln Portela - Acrescenta parágrafo único ao art. 116 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para instituir a contratação obrigatória de seguros contra acidentes em relação a veículos oficiais. Em 15/12/2016, foi apresentado Parecer do Relator nº 1 na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público pela aprovação, com substitutivo.

Projeto de Lei nº 3515 de 2015, do Senado Federal - Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), e o art. 96 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), para aperfeiçoar a disciplina do crédito ao consumidor e dispor sobre a prevenção e o tratamento do superendividamento. Em 14/12/2016, o PL foi retirado de pauta, de ofício, a pedido dos Deps. Caio Maniçoba, Silvio Costa e Sergio Brito, na Comissão de Defesa do Consumidor.

Projeto de Lei nº 5943 de 2016, da Deputada Laura Carneiro - Dispõe sobre a garantia legal dos veículos automotores de via terrestre produzidos, montados ou vendidos no País, e dá outras providências. Em 14/12/2016, a Comissão de Defesa do Consumidor foi designado Relator, o Deputado César Halum.

Assembleias Legislativas

Projeto de Lei (AP) nº 0281 de 2016, do Deputado Paulo Lemos - Dispõem sobre a obrigatoriedade na

contratação de seguro contra rompimento ou vazamento de barragens no Estado do Amapá. Em 16/11/2016, o PL foi enviado em tramitação Ordinária para CJR - Comissão de Constituição, Justiça, Redação e Cidadania, Ofício nº 0361/2016-SELEG-AL.

Projeto de Lei (RJ) nº 807 de 2003 - Dispõe sobre a utilização do seguro-garantia e dá outras providências. Em 04/11/2016, foi aprovado o parecer do relator Deputado Comte Bittencourt, Favorável às Emendas 01, 02 e 0 3 e Contrário às Emendas 04 e 05.

Produzido pela SEJUR - Superintendência Jurídica da Fenaseg/CNseg Informações – [email protected]

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 1

PREVIDÊNCIA PRIVADA E VIDA

JURISPRUDÊNCIA

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0016419-75.2014.8.19.0204 APELANTE: Kelen Jeane Da Silva APELADA: Investprev Seguros e Previdência S.A. RELATOR: Des. Fernando Foch

Ementa

Direito Processual Civil. Seguro de vida. Benefício devido aos beneficiários regularmente quitado. Inexistência de ato ilícito. Ação ajuizada por beneficiária de seguro de vida a alegar a interrupção das parcelas mensais devidas antes do prazo avençado. Pedidos de restabelecimento dos pagamentos e de condenação e a ré indenizar dano moral. Sentença de improcedência. 1. Demonstrado o cumprimento do contrato estabelecido entre as partes, não há ato ilícito a justificar a responsabilidade civil de seguradora. 2. Recurso ao qual se nega provimento.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0004276-93.2015.8.19.0212 APELANTE: Vantuil Mota APELADA: Bradesco Vida e Previdência S/A RELATORA: DESEMBARGADORA LEILA ALBUQUERQUE

Ementa

Apelação Cível. Ação Indenizatória. Contrato de Seguro de Vida. Autor narra óbito de sua esposa e entrega da documentação à Ré. Relata espera de cerca de um ano sem o pagamento da indenização. Não é crível a inexistência de protocolo da entrega da documentação. Falta de prova dos fatos, existindo de continuação do negócio após o sinistro. Demanda proposta mais de um ano depois do evento, estando prescrita a pretensão, conforme claramente exposto na sentença. Desprovimento do Recurso.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0006942-29.2015.8.19.0063 APELANTE: Eloina Lazarini De Carvalho APELADA: Itaú Vida e Previdência S/A RELATOR: Des. Werson Rêgo

Ementa

Direito do Consumidor. Contrato de seguro de vida. Cancelamento do seguro firmado entre as partes sob o argumento de inadimplência quanto ao pagamento das mensalidades do referido seguro. Sentença de improcedência dos pedidos. Apelação Cível interposta pela parte autora requerendo a reforma integral do julgado. 1. Compulsando os autos, verifica-se que a Recorrente depositava valores menores do que o necessário para o adimplemento do seguro e da taxa de manutenção de sua conta corrente.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 2

2. Com efeito, verifica-se claramente nos autos que em 13.01.2014 e 12.02.2014 a recorrente deixou de pagar os prêmios, havendo continuidade do pagamento a partir de 13.03.2014. Assim, tendo em vista o não pagamento das parcelas do prêmio, a apólice fora cancelada. 3. Isto posto, não se desincumbiu, portanto, a Autora do ônus probatório que lhe é imposto, por força do artigo 373, inciso I, do Código de Processo Civil. Incidência do verbete sumular nº 330 deste Egrégio Tribunal de justiça. 4. Recurso a que a que se nega provimento, na forma do artigo 932, inciso IV, alínea “a”, do Código de Processo Civil.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0219560-87.2010.8.19.0001 APELANTE: Sergio Silveira De Miranda APELADA: Itaú Seguros S.A. RELATOR: Des. Marcos André Chut

Ementa

Apelação Cível. Contrato de seguro de vida coletivo. Pagamento de indenização. Sentença de improcedência. Contrato que prevê indenização securitária para os casos de invalidez total ou parcial por acidente, ou total e permanente por doença. Ausência de caracterização de acidente pessoal, para fins de cobertura securitária. Inexistência de subordinação entre o contrato particular de seguro, regido pelo direito privado, e a aposentadoria por invalidez, concedida pelo INSS. Laudo pericial que identifica quadro de invalidez parcial permanente por doença, no percentual de 70%. Requisitos para o recebimento da indenização que não estão preenchidos. Sentença que não merece reforma. Desprovimento do recurso.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0013510-79.2008.8.19.0007 APELANTE: Eloizio Messias Souza Rodrigues APELADA: Itaú Seguros S/A RELATOR: Des. Luiz Roldão De Freitas Gomes Filho

Ementa

Apelação Cível. Relação de consumo. Indenização securitária e reparo aos danos morais. Seguro de vida e integridade pessoal na modalidade coletiva. Alegação de sinistro indenizável, derivado de acidente pessoal. Autor que afirma ter ficado inválido em decorrência de uma queda e fazer jus à indenização estipulada no contrato. Sentença de improcedência dos pedidos. Laudo pericial que aponta a existência de doença degenerativa preexistente e afirma não haver sinais que possam estabelecer um diagnóstico de traumatismo. Resultado da perícia que infirma as alegações autorais, não sendo devida a indenização securitária. Desprovimento do recurso.

Fonte: www.tjrj.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010208-65.2008.8.26.0292 APELANTES: Lucimara Fatima dos Santos Droga e outros APELADA: HSBC Seguros (Brasil) S/A RELATORA: Des. Carmen Lucia Da Silva

Ementa

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 3

Seguro de vida e acidentes pessoais. Morte do segurado. Recusa ao pagamento da indenização. Ação de cobrança. Doença preexistente. Sentença de improcedência do pedido. Apelo dos autores. Comprovação de que o segurado tinha pleno conhecimento de que era portador de graves doenças preexistentes à data da contratação do seguro. Omissão de informações relevantes sobre seu precário estado de saúde, o que poderia resultar na majoração do prêmio do seguro ou, até mesmo, na recusa da proposta. Má-fé configurada. Ausente o dever de indenizar (art. 766 do CC). Sentença mantida. Recurso não provido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1013641-73.2015.8.26.0564 APELANTE: Jairo Pinto Ribeiro APELADO: Itaú Unibanco S/A RELATORA: Des. Berenice Marcondes Cesar

Ementa

Ação de cobrança securitária. Seguro de vida em grupo. Prescrição. Ocorrência. Pretensão ao recebimento de indenização formulada por segurado contra seguradora prazo ânuo, contado da ciência do fato gerador da pretensão (CC/2002, art. 206, § 1º, II, “b”), que se consubstancia na data da ciência inequívoca da invalidez pelo segurado (STJ, Súmula nº 278) incidência da prescrição ânua na espécie Manutenção da r. sentença apelada. Recurso do autor não provido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1011394-72.2014.8.26.0009 APELANTE: Antonio Siera Gonçalves Filho APELADO: Itaú Unibanco Banco Múltiplo S.A. RELATORA: Daise Fajardo Nogueira Jacot

Ementa

Ação de cobrança. Seguro de vida em grupo. Previsão de cobertura securitária para invalidez permanente por acidente e invalidez funcional permanente por doença. Exclusão de cobertura por invalidez parcial por doença. Sentença de improcedência, impondo ao autor o pagamento das custas e despesas processuais além dos honorários advocatícios, que foram arbitrados por equidade em R$ 1.500,00. Apelação do autor, que pugna pela à anulação da sentença para produção de prova pericial, insistindo no mérito pela total procedência do pedido, para o reconhecimento da doença ocupacional como acidente de trabalho, com a inversão da sucumbência. Rejeição. Doença profissional que não se equipara a acidente de trabalho. Cláusula expressa de exclusão de cobertura para o caso de doença profissional. Não configuração de abusividade ou de ilicitude contratual. Contrato de seguro com informações claras e acessíveis ao segurado, que não admite interpretação extensiva, “ex vi” do artigo 757 do Código Civil. Exame exauriente pela sentenciante por ocasião do julgamento. Sentença mantida. Recurso não provido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1021884-74.2014.8.26.0003 APELANTE: Roseli Souza dos Santos Pereira APELADA: Itaú Seguros S/A RELATORA: Des. Cristina Zucchi

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 4

Seguro de vida em grupo. Verificação de que a ação foi proposta depois de decorrido mais de três anos da demissão da autora da empresa estipulante. Pronunciamento da prescrição. Verificação, por outro lado, de que há cláusula expressa de exclusão com relação a lesões repetitivas, causadas pela atividade laboral. Improcedência da ação mantida. Recurso de apelação improvido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0004018-12.2014.8.26.0572 APELANTE: Geraldo Alves da Silva APELADA: Bradesco Vida e Previdência S/A RELATOR: Des. Antonio Nascimento

Ementa

Ação de cobrança. Seguro de vida. Invalidez. Ausência de comprovação. O laudo pericial atestou a inexistência de invalidez permanente, não havendo, por isso, razão para recebimento da indenização. Recurso improvido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1005897-57.2015.8.26.0554 APELANTE: Erivan Antonio Irineu APELADA: Itaú Seguros S/A RELATOR: Des. Gomes Varjão

Ementa

Na ação de indenização de seguro de vida e acidentes pessoais contra a seguradora, o prazo prescricional é de um ano (art. 206, § 1º, “b”, do CC e Súmula nº 101 do STJ). Hipótese em que o segurado foi comunicado sobre a concessão da aposentadoria por invalidez em 29.11.2011, momento em que teve ciência inequívoca da incapacidade laboral (Súm. 278 do STJ). Pedido formulado à seguradora, na via administrativa, em 10.03.2014, quando já estava consumada a prescrição. De rigor a rejeição do pedido, porém por fundamento diverso. Recurso improvido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0702.15.058956-3/001 APELANTE: Renne de Oliveira Aguiar APELADA: Sul América Cia Nacional Seguros Vida Previdência S/A RELATOR: Des. Manoel Dos Reis Morais

Ementa

Apelação cível. Ação de cobrança. Seguro de vida em grupo. Invalidez permanente. Prazo prescricional anual. Pedido administrativo. Suspensão. Transcurso do prazo. Prescrição. A pretensão de cobrança do seguro de vida prescreve em um ano (CC, art. 206, §1º, II, "b"; STJ, súm. n. 101). Havendo pedido administrativo, suspende-se a contagem da prescrição até a resposta da seguradora (STJ, súm. n. 229). Se entre o pagamento a menor e o pedido de reanálise do pedido administrativo transcorreu mais de um ano, inevitável o reconhecimento da prescrição da pretensão de recebimento de complementação do seguro.

Fonte: www.tjmg.jus.br

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 5

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0352.07.034090-1/001 APELANTE: Pedro Paulo Lucas de Souza APELADA: Mapfre Vida S/A, Itaú Seguros S/A RELATOR: Des. Alexandre Santiago

Ementa

Apelação Cível. Decisão extra petita. Inexistência. Consideração de tese apresentada em documentos com a inicial. Afastamento do direito pretendido. Livre convencimento motivado. Indenização. Seguro em grupo. Incapacidade anterior a contratação. Invalidez preexistente. Pagamento indevido. - Cabe ao Magistrado julgar a lide nos limites do pedido formulado pelo autor e da contestação ofertada pelo réu, podendo, porém, valer-se do livre convencimento motivado e ao conjunto probatório dos autos, ainda mais quando as provas tenham sido carreadas pelo próprio autor. - A aposentadoria pelo INSS é mero elemento probatório da invalidez do segurado quando o direito ao recebimento da cobertura securitária tenha nascido na data do sinistro ou quando mesmo antes da contratação já tenha conhecimento o segurado da preexistência do fato. - Existindo pedido de indenização em decorrência de existência de invalidez preexistente a contratação de seguro de vida em grupo é de se considerar indevida qualquer pagamento pleiteado.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0701.12.008150-3/001 APELANTE: Itaú Seguros S/A APELADO: Rodrigo Rodrigues Oliveira RELATOR: Des. João Cancio

Ementa

Seguro de vida. Cobertura de invalidez total por acidente. Previsão contratual de limitação da cobertura a determinados eventos. Clareza das disposições restritivas. Abusividade. Não configuração. Indenização indevida. I. A existência de cláusula que expressamente restrinja as hipóteses em que seria devida a indenização decorrente de invalidez total por acidente, claramente elencadas nas condições gerais vinculadas à apólice, não gera, por si só, abusividade a demandar sua supressão e ampliação da cobertura efetivamente contratada. II. Ausente comprovação de que o segurado encontra-se incapacitado total e permanentemente para o trabalho em decorrência da perda da visão de ambos os olhos, e sendo esta a cobertura da apólice de seguro claramente contratada, a improcedência do pedido de pagamento de indenização é medida que se impõe.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0439.14.006403-1/001 APELANTES: Kesia Alves de Oliveira e outros APELADOS: Sul America Seguros de Pessoas e Previdência S/A, Skanska Brasil Ltda. RELATOR: Des. João Cancio

Ementa

Apelação Cível. Sentença "extra petita". Decisão cassada. Aplicação art. 515, §3º do CPC. Seguro de vida. Estipulação do beneficiário. Livre indicação do segurado. Inexistência de responsabilidade da seguradora e da empresa estipulante. Pedido julgado improcedente. I. À luz dos artigos 128 e 458 do CPC, incumbe ao juiz resolver, na sentença, as questões que lhe são submetidas pelas partes, devendo ser declarada a nulidade da decisão que enfrenta matéria diversa do objeto da lide, deixando de julgar o pedido inicial.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 6

II. Nos contratos de seguros de vida é livre a indicação, pelo segurado, dos beneficiários da indenização, inexistindo responsabilidade das empresas estipulante e seguradora pela ausência de alteração desses beneficiários para observância de sucessão hereditária.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0480.15.012148-5/001 APELANTES: Rayssa Ivila Fernandes de Melo Borges e Outros APELADA: Caixa Seguradora S/A RELATOR: Des. Arnaldo Maciel

Ementa

Apelação Cível. Ação cobrança. Seguro de vida com periodicidade anual. Cobertura securitária. Morte do segurado. Pedido expresso de renovação por parte do segurado. Não comprovação. Inexistência de provas da vigência do contrato na data do sinistro. Direito não reconhecido. Não há como ser reconhecido o direito das requerentes à cobertura securitária pela morte de seu esposo e genitor comum, quando o processo está totalmente desprovido de provas de que o contrato estava vigente na época do falecimento do segurado e também de que este último teria formulado expresso pedido de renovação do seguro, nos termos exigidos no respectivo pacto, após o término da vigência do período anterior.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0514.13.002726-1/001 APELANTES: Juscilene Alves Nolasco e outros APELADOS: Icatu - Hartford Seguros S.A. e Outros RELATOR: Des. Luiz Artur Hilário

Ementa

Apelação cível. Indenização securitária. Suicídio ocorrido nos dois primeiros anos do contrato. Risco não coberto. Nos termos do art. 798 do Código Civil e da jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça - STJ, o suicídio ocorrido nos dois primeiros anos de vigência inicial do contrato de seguro de vida não enseja o pagamento da indenização contratada na apólice, independentemente de haver ou não premeditação na execução do ato, ressalvado o direito do beneficiário ao ressarcimento do montante da reserva técnica já formada, conforme previsão expressa no parágrafo único do artigo 797 do Código Civil.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0134.09.120868-3/001 APELANTE: Luciene Ribeiro da Silva APELADA: Porto Seguro Cia. de Seguros Gerais RELATOR: Des. Antônio Sérvulo

Ementa

Apelação Cível. Ação de cobrança. Seguro de vida. Invalidez permanente total afastada pela prova pericial. Pagamento de indenização securitária. Descabimento. - Se a perícia judicial realizada nos autos demonstra de forma clara e induvidosa que a incapacidade da parte autora é permanente parcial, estando ela apta para o trabalho, o pagamento da indenização securitária deve ser julgado improcedente, por ausência de cobertura contratual.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 7

Fonte: www.tjmg.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

RECURSO INOMINADO Nº 71006505317 RECORRENTE: Antonio Fernando Ribeiro Castro RECORRIDO: Portoseg S.A - Crédito, Financiamento e Investimento RELATORA: Juíza Fabiana Zilles

Ementa

Recurso Inominado. Consumidor. Seguro de vida. Cobertura para invalidez permanente e por morte. Constatada invalidez. Neoplasia maligna. Ação de repetição de indébito com indenização por danos morais. Acordo entabulado em ação anterior. Cobertura em face de invalidez permanente. Mantença da cobrança de prêmio mensal. Relação de consumo que não importa em desonerar a parte autora da comprovação mínima dos fatos constitutivos do seu direito. O autor não demonstrou que solicitou o cancelamento do contrato. Pagamento por longo período. Concordância tácita. Danos morais inocorrentes. Mera cobrança. Ausente demonstração de danos subjetivos. Ônus do autor/recorrente. Mantida a improcedência da ação por fundamentos diversos. Recurso improvido.

Fonte: www.tjrs.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70070912191 APELANTE: Espólio de Helio Pacheco Silva APELADOS: Icatu Seguros S/A e Banrisul RELATOR: Des. Léo Romi Pilau Júnior

Ementa

Apelação Cível. Seguro de vida. Doença preexistente. Conhecimento do segurado. Indenização indevida. Sentença de improcedência mantida. Caso concreto. 1. Mostra-se aplicável ao caso sob estudo o CPC/73, considerando a data de publicação da sentença guerreada, consoante ao que dispõe o Eg. STJ sobre a temática. 2. Do conjunto probatório dos autos, forçoso concluir que quando da celebração do contrato de seguro de vida objeto dos autos, o segurado já possuía conhecimento da moléstia que lhe acometia. Indenização indevida. Precedentes. 3. Assim, considerando que a seguradora desincumbiu-se do ônus que lhe competia – a de comprovar que era do conhecimento do autor a moléstia determinante de sua causa mortis, na data da contratação do seguro - no caso concreto, a sentença de improcedência é medida que se impõe. 4. Honorários advocatícios do procurador da parte apelada majorados, forte no art. 85, §11 do NCPC. Por maioria, negado provimento ao recurso.

Fonte: www.tjrs.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70066559345 APELANTE: Paulinho Stertz APELADOS: Icatu Seguros S.A. e Banco Cooperativo Sicredi S.A. RELATOR: Des. Jorge André Pereira Gailhard

Ementa

Ação de cobrança. Seguro de vida. Invalidez permanente decorrente de doença. Ausência de cobertura contratual. Indenização não devida. I. Nos termos do art. 14, do CPC/2015, a norma processual não retroagirá, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 8

Dessa forma, aplicam-se as disposições constantes do CPC/1973, em vigor quando da prolação da sentença e da interposição do presente recurso. II. Preliminar. Cerceamento de defesa. Nos termos do art. 130, do CPC/1973, o Juiz é o destinatário das provas, cabendo a ele aferir sobre a necessidade ou não de sua realização. Desta forma, se o juízo de origem entendeu desnecessária a realização de perícia médica e de prova oral no caso em concreto, uma vez que o laudo pericial realizado pela Justiça Federal era suficiente para embasar seu convencimento, deve ser respeitada tal decisão. Ademais, o autor sequer apresentou réplica à contestação apresentada pelas rés e não declinou as provas que pretendia produzir, como determinado pela Magistrada singular. Preliminar rejeitada. III. Legitimidade passiva do Banco Cooperativo SICREDI. No caso, está perfeitamente definida a responsabilidade da instituição bancária demandada, embora esta assevere que não pode ser responsabilizada quanto à cobertura securitária, uma vez que as avenças atinentes aos seguros de vida foram celebradas com a Icatú Seguros S/A, empresa diversa daquela. Frise-se que o banco demandado efetuava o desconto atinente ao prêmio a ser pago pela parte segurada e, perante o consumidor, é ele o responsável pela recepção daqueles valores e administração do negócio jurídico entabulado. A par disso, há diversas referências expressas ao SICREDI no próprio certificado individual, inclusive consta neste que a parte seguradora era participante do SICREDI Seguro, deixando antever que existia dupla garantia quanto ao pagamento do seguro em questão, tanto da seguradora Icatú como daquela instituição financeira. Ressalte-se, ainda, que em se tratando de contrato decorrente das relações de consumo, aplica-se a teoria da aparência, uma vez que perante o consumidor é o SICREDI quem participou dos referidos pactos, a teor do que estabelece o art. 3º, caput, do CDC. IV. De acordo com o art. 757, do Código Civil, pelo contrato de seguro, o segurador se obriga a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. Desta forma, os riscos assumidos pelo segurador são exclusivamente os assinalados na apólice, dentro dos limites por ela fixados, não se admitindo a interpretação extensiva, nem analógica. V. Na hipótese dos autos, não tendo sido contratada a cobertura para invalidez permanente por doença, descabe impor a seguradora o pagamento da indenização securitária. Caso em que o laudo pericial juntado pelo próprio autor, realizado pela Justiça Federal, concluiu que a invalidez decorre de doença degenerativa, risco não coberto pelo contrato de seguro. Improcedência da ação mantida. VI. Quanto ao prequestionamento, o Órgão Colegiado não está obrigado a enfrentar todos os dispositivos legais e argumentos suscitados pelas partes, mas a analisar fundamentadamente a matéria devolvida pelo recurso. Preliminar de cerceamento de defesa rejeitada. Preliminar de legitimidade passiva acolhida, por maioria. Apelação desprovida.

Fonte: www.tjrs.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70068560044 APELANTE: Francisco Naibo Zat APELADA: Itaú Seguros S.A. RELATOR: Des. Jorge André Pereira Gailhard

Ementa

Ação de cobrança. Seguro de vida. Invalidez permanente total por doença funcional. Invalidez temporária. Possibilidade de tratamento. Indenização indevida. I. Nos termos do art. 14, do CPC/2015, a norma processual não retroagirá, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. Dessa forma, aplicam-se ao caso as disposições constantes do CPC/1973, em vigor quando da prolação da sentença e da interposição do recurso. II. De acordo com o art. 757, caput, do Código Civil, pelo contrato de seguro, o segurador se obriga a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. Desta forma, os riscos assumidos pelo segurador são exclusivamente os assinalados na apólice, dentro dos limites por ela fixados, não se admitindo a interpretação extensiva, nem analógica.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 9

III. Conforme entendimento consolidado pela Câmara, o entendimento de que a configuração da invalidez funcional permanente total por doença deve levar em conta as condições particulares do segurado, não podendo exigir, para fins de pagamento do seguro, que o contratante perca sua existência independente e passe a depender permanentemente de terceiros. IV. Todavia, no caso concreto, a perícia médica realizada no autor concluiu que inexiste invalidez permanente total por doença, tratando-se apenas de incapacidade temporária, passível de melhora através de procedimento cirúrgico. Ademais, a concessão de aposentadoria pelo INSS, por si só, não é suficiente para determinar o pagamento da indenização securitária, pois não gera presunção absoluta de prova da invalidez. Precedentes do STJ. V. Assim, não comprovada a invalidez permanente total alegada, ônus que incumbia à parte autora, na forma do art. 333, I, do CPC/1973, deve ser mantida a sentença de improcedência da ação. Apelação desprovida.

Fonte: www.tjrs.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70070714282 APELANTE: Iracema Vidal da Silva APELADOS: Alianca do Brasil Seguros S.A. e Banco do Brasil S.A. RELATOR: Des. Jorge André Pereira Gailhard

Ementa

Ação de cobrança. Seguro de vida. Invalidez permanente por acidente. Prescrição ânua reconhecida. Extinção mantida. I. Nos termos do art. 14, do CPC/2015, a norma processual não retroagirá, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. Dessa forma, aplicam-se ao caso as disposições constantes do CPC/1973, em vigor quando da prolação da sentença e da interposição do presente recurso. II. Preliminar. Cerceamento de defesa. De fato, não houve a publicação da decisão que, dentre outras questões, determinou a intimação das partes para dizer sobre o interesse na produção de provas. Contudo, posteriormente, designada audiência de conciliação, a parte autora e seu advogado sequer compareceram à solenidade, ocasião em que foi determinada a conclusão dos autos para sentença. Obviamente a audiência designada, além de objetivar a conciliação entre as partes, também visava à fixação dos pontos controvertidos e à determinação das provas necessárias para o deslinde do feito, razão pela qual o não comparecimento à solenidade implica em desistência tácita da produção de provas. Ademais, vale lembrar que o Juiz é o destinatário das provas, cabendo a ele determinar as provas necessárias ao deslinde do feito, bem como indeferir as diligências inúteis ou meramente protelatórias, na forma do art. 130, do CPC/1973 (art. 370, do CPC/2015). Preliminar rejeitada. III. Em se tratando de ação envolvendo contrato de seguro de vida, é aplicável a prescrição ânua prevista no art. 206, § 1º, II, "b", do Código Civil. No caso, o acidente de trânsito que ensejou a suposta invalidez permanente ocorreu em 10.11.2011, tendo a autora ingressado com o pedido administrativo no dia 10.12.2013. Contudo, o pedido administrativo foi formulado mais de dois anos após a ocorrência do sinistro, quando já esgotado o prazo prescricional de um ano, razão pela qual não há falar em suspensão da prescrição, sendo inaplicável a Súmula 229, do STJ. IV. Ademais, não restou comprovada a alegação de tratamento médico prolongado, o que poderia alterar o marco inicial do prazo prescricional. Outrossim, deixam de ser conhecidos os documentos juntados com os embargos de declaração opostos pela autora, pois não se tratam de documentos novos e porque se destinam a fazer prova de fatos ocorridos antes da prolação da sentença, na forma do art. 397, do CPC/1973 (art. 435, do CPC/2015). V. Prescrição corretamente reconhecida na sentença. Extinção do processo mantida. Apelação desprovida.

Fonte: www.tjrs.jus.br

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 10

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20140111774736 APELANTES: Marcos Antonio de Castro Furtado e Bradesco Vida e Previdência S.A. APELADOS: Os Mesmos RELATORA: Des. Vera Andrighi

Ementa

Ação de cobrança. Indenização securitária. Julgamento extra petita. Seguro de vida. Serviço militar do exército. Invalidez. Nexo de causalidade. I. O julgamento de procedência parcial do pedido não caracteriza o julgamento extra petita. Rejeitada a preliminar. II. Na ação de cobrança de indenização do seguro de vida FAM militar, a ata de inspeção de saúde do Exército menciona que a patologia incapacitante do autor não tem relação com as atividades desempenhadas e não foi produzida outra prova que estabelecesse o necessário nexo causal. Pedido julgado improcedente. III. Apelação da ré provida. Apelação do autor prejudicada.

Fonte: www.tjdft.jus.br

LEGISLAÇÃO

Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP

Resolução nº 343 de 26 de dezembro de 2016 - Altera a Resolução CNSP nº 321/2015, a Resolução CNSP nº 332/2015 e a Resolução CNSP nº 335/2015. [Esta Resolução entra em vigor em 31 de dezembro de 2016].

Resolução nº 344 de 26 de dezembro de 2016 - Dispõe sobre as regras e os critérios para estruturação, comercialização e operacionalização do Seguro de Vida Universal. [Esta Resolução entrará em vigor em 120 (cento e vinte) dias após sua publicação].

Superintendência de Seguros Privados - SUSEP

Circular nº 542 de 06 de dezembro de 2016 - Determina critérios adicionais para atendimento ao disposto no § 4º do art. 14 da Resolução CNSP nº 168, de 17 de dezembro de 2007.

Circular nº 543 de 22 de dezembro de 2016 - Altera a Circular Susep nº 517, de 30 de julho de 2015.

Circular nº 544 de 27 de dezembro de 2016 - Dispõe sobre alterações das Normas Contábeis a serem observadas pelas sociedades seguradoras, sociedades de capitalização, entidades abertas de previdência complementar e resseguradores locais.

Receita Federal

Instrução Normativa nº 1681, de 28 de dezembro de 2016 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação das informações da Declaração País-a-País.

Instrução Normativa nº 1682, de 28 de dezembro de 2016 – Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.215, de 15 de dezembro de 2011, que aprova modelo de Comprovante de Rendimentos Pagos e de Imposto Retido na Fonte.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 11

PROJETOS DE LEI

Senado Federal

Em tramitação:.

Projeto de Lei do Senado nº 495 de 2015, do Senador Ricardo Ferraço - Altera as Leis nº 9.986, de 18 de julho de 2000; nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976; nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009; nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996; nº 9.472, de 16 de julho de 1997; nº 9.478 de 6 de agosto de 1997; nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999; nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, nº 9.984, de 17 de julho de 2000, nº 10.233, de 5 de junho de 2001, nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, e a Medida Provisória nº 2.228-1, de 2001; com vistas a ampliar a autonomia, a capacidade técnica e os poderes de regulação de mercado das agências reguladoras, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Em 06/12/2016, o PL recebeu relatório reformulado pelo Senador Valdir Raupp, com voto pela aprovação do Projeto, com uma emenda de redação que apresenta, e pela aprovação da Emenda nº1, nos termos da Subemenda que apresenta.

Câmara dos Deputados

Em tramitação:.

Projeto de Lei nº 3.555, de 2004, do Sr. José Eduardo Cardozo – “Estabelece normas gerais em contratos de seguro privado e revoga dispositivos do código civil, do Código Comercial Brasileiro e do Decreto-Lei nº 73 de 1966”. Em 13/12/2016, foi aprovado pela Comissão Especial destinada a proferir parecer ao projeto, complementação de voto pelo Dep. Lucas Vergilio, relator da matéria. Em 16/12/2016, foi aberto prazo para interposição de recurso.

Projeto de Lei nº 3515, de 2015, do Senado Federal - Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), e o art. 96 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), para aperfeiçoar a disciplina do crédito ao consumidor e dispor sobre a prevenção e o tratamento do superendividamento. Em 06/12/2016, foi apresentado Voto em Separado pelo Deputado Marco Tebaldo na Comissão de Defesa do Consumidor.

Projeto de Lei nº 2027 de 2015, do Deputado Ronaldo Martins - Obriga as sociedades seguradoras a incluírem os servidores públicos nos contratos com cobertura por desemprego involuntário. Em 14/12/2016, foi encerrado o prazo para emendas ao projeto. Não foram apresentadas emendas.

Produzido pela SEJUR - Superintendência Jurídica da Fenaseg/CNseg

Informações – [email protected]

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 1

SAÚDE SUPLEMENTAR

JURISPRUDÊNCIA

Superior Tribunal de Justiça

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL Nº 1.611.809 – SC AGRAVANTE: Fazenda Nacional AGRAVADO: Bunge Alimentos S/A RELATOR: Min. Herman Benjamin

Ementa

Processual Civil. Contribuição previdenciária. Plano de saúde de dependentes dos empregados. Interpretação conforme a constituição. Controvérsia solucionada com fundamento constitucional. Descabimento de exame em Recurso Especial. Usurpação de competência do STF. Ausência de impugnação a fundamento autônomo. Súmula 283 ⁄ STF. 1. Tratam os presentes autos de controvérsia que busca saber se a assistência médica dada aos empregados pela empresa deixa de ser isenta de contribuição previdenciária pelo simples fato de ela ser estendida também aos familiares do empregado. 2. Como se verifica, a conclusão do acórdão resulta de interpretação conforme à Constituição dos arts. 111 do CTN e 28, § 9°, "q", da Lei 8.212⁄1991, ou, mais especificamente, de uma espécie de declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, o que não pode ser objeto de Recurso Especial, sob pena de usurpação da competência do STF (art. 102, III, da CF). A propósito, perceba-se que as razões recursais trazem capítulo específico sobre a constitucionalidade do art. 111 do CTN (fls. 1.135-1.137), atestando que o mérito do acórdão recorrido é eminentemente constitucional. 3. Ademais, a recorrente não impugnou o fundamento de que o entendimento firmado no REsp 1.057.010⁄SC, Rel. Min. Francisco Falcão, Primeira Turma, respaldaria tal decisão, o que atrai o óbice da Súmula 283 ⁄ STF. 4. Agravo Interno não provido.

Fonte: www.stj.jus.br

RECURSO ESPECIAL Nº 1.568.244 – RJ RECORRENTE: Maria das Graças SA RECORRIDOS: Samoc S/A Soc Assistencial Medica e Odonto-Cirúrgica RELATOR: Min. Ricardo Villas Bôas Cueva

Ementa

Recurso Especial Repetitivo. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Civil. Plano de saúde. Modalidade individual ou familiar. Cláusula de reajuste de mensalidade por mudança de faixa etária. Legalidade. Último grupo de risco. Percentual de reajuste. Definição de parâmetros. Abusividade. Não caracterização. Equilíbrio financeiro-atuarial do contrato. 1. A variação das contraprestações pecuniárias dos planos privados de assistência à saúde em razão da idade do usuário deverá estar prevista no contrato, de forma clara, bem como todos os grupos etários e os percentuais de reajuste correspondentes, sob pena de não ser aplicada (arts. 15, caput, e 16, IV, da Lei nº 9.656/1998). 2. A cláusula de aumento de mensalidade de plano de saúde conforme a mudança de faixa etária do beneficiário encontra fundamento no mutualismo (regime de repartição simples) e na solidariedade intergeracional, além de ser regra atuarial e asseguradora de riscos.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 2

3. Os gastos de tratamento médico-hospitalar de pessoas idosas são geralmente mais altos do que os de pessoas mais jovens, isto é, o risco assistencial varia consideravelmente em função da idade. Com vistas a obter maior equilíbrio financeiro ao plano de saúde, foram estabelecidos preços fracionados em grupos etários a fim de que tanto os jovens quanto os de idade mais avançada paguem um valor compatível com os seus perfis de utilização dos serviços de atenção à saúde. 4. Para que as contraprestações financeiras dos idosos não ficassem extremamente dispendiosas, o ordenamento jurídico pátrio acolheu o princípio da solidariedade intergeracional, a forçar que os de mais tenra idade suportassem parte dos custos gerados pelos mais velhos, originando, assim, subsídios cruzados (mecanismo do community rating modificado). 5. As mensalidades dos mais jovens, apesar de proporcionalmente mais caras, não podem ser majoradas demasiadamente, sob pena de o negócio perder a atratividade para eles, o que colocaria em colapso todo o sistema de saúde suplementar em virtude do fenômeno da seleção adversa (ou antisseleção). 6. A norma do art. 15, § 3º, da Lei nº 10.741/2003, que veda "a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade", apenas inibe o reajuste que consubstanciar discriminação desproporcional ao idoso, ou seja, aquele sem pertinência alguma com o incremento do risco assistencial acobertado pelo contrato. 7. Para evitar abusividades (Súmula nº 469/STJ) nos reajustes das contraprestações pecuniárias dos planos de saúde, alguns parâmetros devem ser observados, tais como (i) a expressa previsão contratual; (ii) não serem aplicados índices de reajuste desarrazoados ou aleatórios, que onerem em demasia o consumidor, em manifesto confronto com a equidade e as cláusulas gerais da boa-fé objetiva e da especial proteção ao idoso, dado que aumentos excessivamente elevados, sobretudo para esta última categoria, poderão, de forma discriminatória, impossibilitar a sua permanência no plano; e (iii) respeito às normas expedidas pelos órgãos governamentais: a) No tocante aos contratos antigos e não adaptados, isto é, aos seguros e planos de saúde firmados antes da entrada em vigor da Lei nº 9.656/1998, deve-se seguir o que consta no contrato, respeitadas, quanto à abusividade dos percentuais de aumento, as normas da legislação consumerista e, quanto à validade formal da cláusula, as diretrizes da Súmula Normativa nº 3/2001 da ANS. b) Em se tratando de contrato (novo) firmado ou adaptado entre 2/1/1999 e 31/12/2003, deverão ser cumpridas as regras constantes na Resolução CONSU nº 6/1998, a qual determina a observância de 7 (sete) faixas etárias e do limite de variação entre a primeira e a última (o reajuste dos maiores de 70 anos não poderá ser superior a 6 (seis) vezes o previsto para os usuários entre 0 e 17 anos), não podendo também a variação de valor na contraprestação atingir o usuário idoso vinculado ao plano ou seguro saúde há mais de 10 (dez) anos. c) Para os contratos (novos) firmados a partir de 1º/1/2004, incidem as regras da RN nº 63/2003 da ANS, que prescreve a observância (i) de 10 (dez) faixas etárias, a última aos 59 anos; (ii) do valor fixado para a última faixa etária não poder ser superior a 6 (seis) vezes o previsto para a primeira; e (iii) da variação acumulada entre a sétima e décima faixas não poder ser superior à variação cumulada entre a primeira e sétima faixas. 8. A abusividade dos aumentos das mensalidades de plano de saúde por inserção do usuário em nova faixa de risco, sobretudo de participantes idosos, deverá ser aferida em cada caso concreto. Tal reajuste será adequado e razoável sempre que o percentual de majoração for justificado atuarialmente, a permitir a continuidade contratual tanto de jovens quanto de idosos, bem como a sobrevivência do próprio fundo mútuo e da operadora, que visa comumente o lucro, o qual não pode ser predatório, haja vista a natureza da atividade econômica explorada: serviço público impróprio ou atividade privada regulamentada, complementar, no caso, ao Serviço Único de Saúde (SUS), de responsabilidade do Estado. 9. Se for reconhecida a abusividade do aumento praticado pela operadora de plano de saúde em virtude da alteração de faixa etária do usuário, para não haver desequilíbrio contratual, faz-se necessária, nos termos do art. 51, § 2º, do CDC, a apuração de percentual adequado e razoável de majoração da mensalidade em virtude da inserção do consumidor na nova faixa de risco, o que deverá ser feito por meio de cálculos atuariais na fase de cumprimento de sentença. 10. TESE para os fins do art. 1.040 do CPC/2015: O reajuste de mensalidade de plano de saúde individual ou familiar fundado na mudança de faixa etária do beneficiário é válido desde que (i) haja previsão contratual, (ii) sejam observadas as normas expedidas pelos órgãos governamentais

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 3

reguladores e (iii) não sejam aplicados percentuais desarrazoados ou aleatórios que, concretamente e sem base atuarial idônea, onerem excessivamente o consumidor ou discriminem o idoso. 11. Caso Concreto: Não restou configurada nenhuma política de preços desmedidos ou tentativa de formação, pela operadora, de "cláusula de barreira" com o intuito de afastar a usuária quase idosa da relação contratual ou do plano de saúde por impossibilidade financeira. Longe disso, não ficou patente a onerosidade excessiva ou discriminatória, sendo, portanto, idôneos o percentual de reajuste e o aumento da mensalidade fundados na mudança de faixa etária da autora.

Fonte: www.stj.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

APELAÇÃO CÍVEL Nº 2222125-90.2011.8.19.0021 APELANTES: Amico Saúde Ltda e Outra APELADOS: Os mesmos e outros RELATORA: Des. Mônica Feldman de Mattos

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Apelação Cível. Plano de saúde. Associação que, por sua iniciativa, rescinde o contrato anterior com substituição da operadora. Prévia notificação aos associados informando a alteração. Ausência de qualquer reponsabilidade da operadora anterior, já que não seria hipótese de rescisão unilateral por sua opção, mas sim da associação contratante. Inexistência de obrigação de novo aviso ao associado pela operadora ou oferta de migração para plano individual prevista no art. 30 da Lei 9656/98. Insatisfação da consumidora com a alteração do plano de saúde coletivo para outra operadora que não enseja dano moral indenizável, já que não foram cometidos qualquer irregularidade ou ato ilícito. Dá-se provimento ao recurso da apelante 01 (Amico), restando prejudicado o recurso da apelante 02 (Cláudia).

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0031217-26.2014.8.19.0209 APELANTE: Nelson Mendes Ribeiro e outra APELADA: Amil Assistência Médica Internacional RELATORA: Des. Maria Luiza De Freitas Carvalho

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Apelação. Plano de saúde coletivo. Rescisão unilateral. O art. 31 da Lei 9.656/1998 concede ao beneficiário aposentado o direito de manutenção no plano por tempo indeterminado quando atendidos os requisitos legais. Os apelantes fariam jus à manutenção do plano, caso tivessem comprovado a condição de aposentado quando da solicitação do benefício e tivessem contribuído pelo prazo mínimo de 10 anos, contudo não trouxeram prova nesse sentido. Cancelamento devido. Sentença de improcedência do pedido mantida. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000741-43.2012.8.19.0025 APELANTE: Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itaocara APELADA: Unimed Noroeste Fluminense Ltda. RELATOR: Des. Fernando Cerqueira Chagas

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 4

Apelação Cível. Ação declaratória de nulidade de cláusula contratual cumulada com obrigação de fazer. Plano de saúde coletivo. Reajuste da mensalidade. Sentença de improcedência. Irresignação do autor. 1. É cediço que os planos de saúde se submetem à lei nº 8.078/90, pois as partes que participam do negócio se enquadram perfeitamente nos conceitos de consumidor e fornecedor, tal qual previstos nos arts. 2º e 3º do CDC. 2. Os planos coletivos de saúde se formalizam por adesão, visto que nessa modalidade de contratação os conveniados estão sujeitos a excessos equivalentes aos dos planos individuais, devendo-se aplicar-lhes os mesmos princípios protetivos. 3. Os planos de saúde coletivos não estão sujeitos às mesmas regras de reajuste que os planos contratados individualmente, sendo que a ANS não interfere nos percentuais ajustados entre as operadoras e a pessoa jurídica contratante, sequer fixando limite máximo para o reajuste. 4. Entendimento do STJ de que o reajuste da mensalidade não se afigura como abusivo em relação ao equilíbrio contratual. 5. Prova pericial conclusiva. Reajustes em razão do aumento da sinistralidade. Aumento dos gastos em razão do tratamento de uma associada. Sentença mantida. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0046306-68.2013.8.19.0001 APELANTE: Unimed Rio Cooperativa de Trabalho Médico do Rio de Janeiro Ltda. APELADO: Espólio de Marcelo Roimicher RELATOR: Des. Werson Rêgo

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Direito do Consumidor e Responsabilidade Civil. Saúde suplementar. Plano de saúde. Unimed Rio. Pretensão condenatória em obrigação de fazer cumulada com reparatória de danos, decorrentes de negativa de cobertura. Autor, portador de depressão bipolar e alcoolismo, necessitando de sessões de eletroconvulsoterapia. Internação em clínica não credenciada. (espaço clif) sentença de parcial procedência dos pedidos. Apelação cível interposta pela ré, visando à reforma integral do julgado. Inexistência de situação de urgência/emergência. Caberia ao autor observar o credenciamento da rede antes de providenciar a internação e o tratamento. Inexistência de falha na prestação do serviço. Dano moral. Inocorrência. Ausência de prova mínima dos fatos constitutivos do direito autoral, no sentido de que não havia hospital habilitado para seu tratamento na rede credenciada. Recurso provido.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0008148-69.2015.8.19.0066 APELANTE: Jose Jorge Peixoto APELADA: Unimed Volta Redonda Cooperativa de Trabalhos Médicos RELATOR: Des. Francisco de Assis Pessanha Filho

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Apelação Cível. Relação de consumo. Plano de saúde coletivo. Reajuste por mudança de faixa etária. Segurado idoso. Possibilidade. Precedentes. Incremento com previsão contratual em virtude do aumento da sinistralidade. Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro. Alegação de majoração abusiva. Sentença de improcedência. Recurso do consumidor. Contraprestação mensal no valor de R$ 598,45. Razoabilidade. Desprovimento do recurso.

Fonte: www.tjrj.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0007770-14.2015.8.19.0002

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 5

APELANTE: Unimed São Gonçalo Niterói Sociedade Cooperativa de Serviços Médicos e Hospitalares Ltda. APELADO: Luiz Carlos Ferreira de Pinho RELATOR: Des. Werson Rêgo

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Direito do Consumidor e Direito Processual Civil. Saúde suplementar. Unimed. Plano de saúde coletivo. Reajuste de mensalidade por mudança de faixa etária. Pretensão declaratória de nulidade de cláusula contratual, cumulada com condenatória em obrigação de fazer e indenizatória. Sentença de procedência. Apelação cível interposta pela operadora ré, visando à reforma integral do julgado. Reajuste em contrato coletivo que não é abusivo e não se submete às regras da agência reguladora. Forma de contratação coletiva que confere maior liberdade entre as partes. Reajustes normalmente decorrentes da aplicação de cláusulas contratuais abertas, além da possibilidade de incidência de componentes de reajuste por aumento de sinistralidade, baseados em cálculos atuariais. Admissibilidade de livre negociação do percentual de reajuste das mensalidades entre operadora e estipulante. Ausência de cobranças abusivas. Recurso provido para julgar improcedentes os pedidos deduzidos pelo autor, invertendo-se os ônus sucumbenciais.

Fonte: www.tjrj.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2183591-72.2016.8.26.0000 AGRAVANTE: Antonio Ferreira da Silva Sobrinho AGRAVADA: Santa Helena Assistência Médica S.A. RELATORA: Des. Ana Maria Baldy

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Agravo de Instrumento. Plano de saúde. Tutela antecipada indeferida. Pretensão do autor de reforma do decisum com intuito de obter o deferimento da tutela antecipatória para que se realize, em caráter de urgência, o exame “raio-x digital de coluna lombo sacra f+p”. Não caracterizada a urgência e emergência ao caso do agravante. Decisão mantida. Recurso improvido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0036993-59.2011.8.26.0001 APELANTE: Regina Helena de Souza (Justiça Gratuita) APELADA: Ameplan Assistência Médica Planejada Ltda. RELATOR: Des. Mário Chiuvite

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Apelação. Plano de saúde. Reajuste abusivo. Inocorrência. O contrato celebrado prevê que os reajustes se darão anualmente, de forma cumulativa, considerando a atualização dos custos e a sinistralidade. Valores que se encontram na média de mercado. Alegações genéricas. Recurso improvido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1004697-58.2016.8.26.0011 APELANTE: Vera Lúcia Vialle Ferreira APELADA: Sul América Seguro Saúde S.A

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 6

RELATORA: Des. Rosangela Telles

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Agravo de Instrumento. Plano de saúde. Decisão que negou antecipação de tutela para obrigar a ré a efetuar a cobertura de tratamento de reprodução assistida (fertilização in vitro). Inexistência de probabilidade do direito alegado a autorizar a concessão da tutela de urgência. Métodos de reprodução assistida cuja cobertura pelo plano de saúde é objeto de exclusão legal expressa.

Decisão agravada que deve ser mantida. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2152416-60.2016.8.26.0000 AGRAVANTE: Unimed Seguros Saúde S/A AGRAVADA: Mariela Carani Ramponi Pereira RELATORA: Des. Ana Maria Baldy

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Agravo de Instrumento. Planos de saúde. Contrato coletivo rescisão firmada entre a estipulante e a seguradora, admissibilidade, observância da autonomia da manifestação de vontade nos contratos. Cabe à autora requerer a migração para plano individual da empresa ré. Obrigação de manutenção do contrato inexistente. Decisão reformada. Recurso provido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1009881-76.2013.8.26.0309 APELANTE: Jose Carlos Rodrigues APELADOS: Unimed Jundiaí Cooperativa De Trabalho Medico e Outro RELATOR: Des. Fábio Henrique Podestá

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Plano de saúde. Autor que trabalhou na empresa Neumayer Tekfor e que, à época em que exercia atividade laborativa, contava com plano de saúde prestado pela Intermédica Sistema de Saúde. Posterior rescisão entre a ex-empregadora e a Intermédica, com assunção de nova seguradora de saúde (Unimed Jundiaí), após a demissão do requerente. Pretensão de migração para o novo plano. Impossibilidade. Inexistência de relação jurídica com a nova seguradora de saúde. Ilegitimidade passiva da Unimed Jundiaí mantida. Ex-empregadora. Ilegitimidade passiva corretamente reconhecida, pois, após a extinção do contrato de trabalho, a relação jurídica se dá somente entre o autor e a operadora de saúde originariamente contratada. Extinção do processo sem análise de mérito. Sentença mantida. Recurso desprovido.

Fonte: www.tjsp.jus.br

Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0518.11.012239-8/002 APELANTE: Fauez Amado APELADA: Unimed Poços de Caldas Cooperativa de Trabalho e Serviços Médicos Relator: Des. Domingos Coelho

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 7

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Ação Ordinária. Contrato de plano de saúde. Incidência do CDC. Atendimento por hospital não credenciado. Estado de urgência. Ausência de demonstração. Cobertura indevida. 1. O contrato de plano de saúde é indubitavelmente qualificado como contrato de adesão, segundo o disposto no art. 54 do Código de Defesa do Consumidor, já que todas as cláusulas são 'estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos e serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente o seu conteúdo'. 2. A cláusula contratual que restringe a cobertura assistencial não pode ser considerada abusiva, se comprovado que o tratamento não era de urgência e podia ter sido realizado em estabelecimento conveniado situado dentro da área de abrangência territorial do plano, às custas da operadora. 3. Optando o segurado por deslocar-se para outro estado para atendimento médico, e ciente da cláusula que limita a cobertura, não pode agora pleitear o pagamento integral dos gastos realizados com a cirurgia.

Fonte: www.tjmg.jus.br

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.0342.16.001739-4/001 AGRAVANTE: Unimed Ituiutaba - Coop Trab Medico Ltda. AGRAVADO: Osvaldo da Silva RELATOR: Des. Sérgio André da Fonseca Xavier

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Agravo de Instrumento. Processo Civil. Ação Ordinária. Tutela provisória de urgência. Obrigação de fazer. Liberação do cartão de identificação de usuário do plano de saúde. Ausência de contratação. Obrigação inexigível. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil ao processo, ausentes tais requisitos, o pedido formulado deve ser indeferido. Diante da comprovação de que o contrato firmado entre a 2ª Ré/agravante e a 1ª Ré já foi extinto, não pode ser imputada à ora agravante a responsabilidade da liberação do cartão de identificação de usuário do plano de saúde, incumbindo tal determinação somente aos contratualmente responsáveis.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0024.14.121561-6/001 APELANTE: Maria das Dores de Carvalho APELADA: Unimed Belo Horizonte Cooperativa de Trabalho Médico Ltda RELATOR: Des. José Arthur Filho

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Apelação. Indenização por danos morais. Plano de saúde. Inadimplência. Notificação prévia. Rescisão unilateral. Possibilidade. 1. Comprovada a notificação extrajudicial, entregue no endereço indicado pelo consumidor na celebração do contrato, e em conformidade com o que preceitua o art.13 da Lei nº 9.656/1998, é legítima a rescisão unilateral do contrato plano de saúde. 2. Para a configuração da responsabilidade civil é indispensável a comprovação do dano, da conduta ilícita e do nexo causal.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0686.13.006062-3/001 APELANTE: Marina Dias Dantas Maia

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 8

APELADOS: Unimed – Cooperativa De Trabalho Médico Ltda. e Outro RELATOR: Des. Pedro Aleixo

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Apelação Cível. Plano de saúde. Aplicação CDC. Cobrança de exame por procedimento. Dano moral. Cobrança de valor devido. Dano moral. Não caracterizado. 1. Ao contrato firmado entre operadora de plano de saúde e consumidor é aplicável o Código de Defesa do Consumidor, inteligência da súmula 469 do STJ. 2. A cobrança da coparticipação pode se dar por procedimento realizado no exame, assim, se foram realizados 49 (quarenta e nove) procedimento num único exame é devido pelos procedimentos utilizados. 3. Não havendo a prática de ato ilícito, inexiste dano moral a ser indenizado.

Fonte: www.tjmg.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0701.13.015333-4/001 APELANTE: Roner Alves Siqueira Me (Microempresa) APELADA: Unimed Uberaba – Cooperativa de Trabalho Médico Ltda RELATOR: Des. Alberto Diniz Junior

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Apelação Cível. Plano de saúde coletivo. Rescisão unilateral. Regular notificação. Legalidade. 1. O artigo 13, parágrafo único, inciso II, da Lei 9.656/98, não se aplica aos contratos coletivos de plano de saúde. 2. É possível a rescisão do contrato coletivo de saúde, mediante regular notificação do consumidor, conforme expressa previsão contratual.

Fonte: www.tjmg.jus.br

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

APELAÇÃO CÍVEL Nº 70069723765 APELANTE: Aesc Associação Educadora São Carlos - Hospital Mae de Deus APELADO: Jose Paulo Cardoso dos Santos RELATORA: Des. Ana Lúcia Carvalho Pinto Vieira Rebout

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Apelação Cível. Direito privado não especificado. Ação declaratória de nulidade c/c/ condenatória por danos extrapatrimoniais. Reconvenção. Cobrança. Serviços hospitalares. Ausência de cobertura pelo plano de saúde. Valores devidos pelo paciente. Inscrição creditícia lícita. Hipótese em que o autor esteve internado no nosocômio réu e não teve os gastos cobertos pelo seu plano de saúde, fato esse que implica a sua responsabilidade pelo pagamento dos valores devidos em decorrência da internação hospitalar. Por via de consequência, sendo devidos os valores exigidos pelo hospital que prestou serviços médicos ao demandante, não há falar em danos morais em razão da inscrição creditícia procedida pelo nosocômio em nome do paciente que não cumpriu o pagamento. Apelação provida.

Fonte: www.tjrs.jus.br

RECURSO INOMINADO Nº 71006320972

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 9

RECORRENTE: Unimed RS Vale Dos Sinos - Soc Coop Trabalho Medico Ltda. RECORRIDO: Valdir Antonio Wichmann Junior RELATOR: Dr. Cleber Augusto Tonial

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Recurso Inominado. Plano de saúde. Atendimento de emergência prestado. Encaminhamento da paciente a médico especialista. Ausência de periclitação da vida ou da saúde. Avaliação do estado físico da paciente realizada. Ausência de violação dos atributos da personalidade do autor. Danos morais afastados.

Fonte: www.tjrs.jus.br

RECURSO INOMINADO Nº 71006471346 RECORRENTE: Pro- Salute Serv. Para Saúde Ltda. RECORRIDO: Luiz Turski RELATORA: Dra. Gisele Anne Vieira de Azambuja

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Recurso Inominado. Consumidor. Plano de saúde coletivo. Reajuste de mensalidade por faixa etária, aos 59 anos e na forma do contrato firmado. Reajuste no percentual permitido e conforme as normas da ANS. Abusividade não configurada. Sentença reformada para julgar improcedente a ação. Recurso provido.

Fonte: www.tjrs.jus.br

RECURSO INOMINADO Nº 71006016893 RECORRENTE: Carmem da Silva Rodrigues RECORRIDA: Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico Ltda. - Unimed Porto Alegre RELATORA: Dra. Mara Lúcia Coccaro Martins Facchini

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Recurso Inominado. Plano de saúde. Impugnação ao cumprimento de sentença. Alegação de cobrança abusiva, em descumprimento à sentença que limitou o aumento em 30%. Reajuste com previsão expressa da cláusula de sinistralidade. Possibilidade. Manutenção das cobranças.

Fonte: www.tjrs.jus.br

RECURSO INOMINADO Nº 71006487979 RECORRENTE: Rejane Elisabeth Knobloch RECORRIDA: Cassi - Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil RELATOR: Dr. Roberto Carvalho Fraga

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Recurso Inominado. Plano de saúde. Ação de indenização por danos materiais morais. Ausência de prova da negativa de cobertura e de ressarcimento de valores. Insuficiência probatória. Ônus da prova. Fatos constitutivos do direito. Autora que não se desincumbiu satisfatoriamente. Danos materiais não comprovados. Danos morais não configurados. Sentença mantida. Recurso improvido.

Fonte: www.tjrs.jus.br

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 10

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

RECURSO INOMINADO Nº 20160410037340 RECORRENTE: Unimed Belo Horizonte Cooperativa de Trabalho Médico RECORRIDO: Geraldo Rafael da Silva RELATOR: Des. Eduardo Henrique Rosas

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Juizados Especiais Cíveis. Direito do Consumidor. Plano de saúde. Reparação por danos materiais. Não comprovação da negativa de cobertura de tratamento médico. Existência de profissionais habilitados em rede credenciada. Recurso conhecido e provido. Sentença reformada. 1. A sentença vergastada julgou parcialmente procedente o pedido da parte autora e condenou a ré, ora recorrente, ao pagamento de quantia atinente a despesas com procedimentos médicos não custeados pela requerida. 2. Contudo, o compulsar dos autos revela que a recorrida não demonstrou ter solicitado ao plano de saúde quaisquer dos procedimentos e exames a que se submeteu, tampouco a negativa injustificada de cobertura. 3. De outra visada, a recorrente acostou ao feito extensa documentação (fls. 119-143), não impugnada pela parte adversa, que indica a utilização, pelo consumidor, de serviços oferecidos pelo plano de saúde, durante o período de custeio dos tratamentos de fls. 13-25. Vale dizer, o conjunto fático-probatório colacionado ao feito não indica qualquer negativa injustificada de cobertura, uma vez que o beneficiário foi atendido pela rede credenciada ao plano de saúde, em diversas oportunidades, ao tempo das despesas custeadas pelo consumidor. 4. De outra plana, os documentos de fls.76/77 e autorizações de fls. 98/104 revelam a existência de profissionais habilitados para a realização dos procedimentos de fls. 119/143 na rede credenciada. 5. Nesse descortino, dou provimento ao recurso para reformar a sentença e julgar improcedentes os pedidos do autor. 6. Recurso conhecido e provido para julgar improcedente o pedido inicial. 7. Sem custas e honorários, nos termos do art. 55 da Lei 9099/95. 8. A súmula de julgamento servirá de acórdão, conforme regra do Art. 46 da Lei n. 9.099/95.

Fonte: www.tjdft.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20130111308545 APELANTES: Laercio Duarte de Azevedo (Espolio de) e Outros APELADOS: Os mesmos RELATOR: Des. Mario-Zam Belmiro

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Direito Processual Civil e do Consumidor. Apelação Cível. Cominatória. Despesas de tratamento e remoção. Plano de saúde. Autogestão. Hospital não credenciado. Insuficiência técnica não demonstrada. 1. Consoante enunciado da Súmula n.º 469/STJ, aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, sendo irrelevante a natureza jurídica da entidade que presta os serviços, ainda que sem fins lucrativos. 2. A falha na prestação de serviços médicos não é suficiente para justificar a escolha de hospital não credenciado ao plano de saúde, pois não há relatório médico ou qualquer outra prova capaz de demonstrar que seria o nosocômio escolhido o único estabelecimento apto a tratar do estado de saúde do paciente. 3. Não constatada a insuficiência técnica da rede credenciada nem a situação de urgência, não há justificativa para a condenação do plano de saúde ao custeio das despesas de remoção em UTI aeromédica.

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 11

4. Apelação da parte autora desprovida e recurso adesivo da ré provido.

Fonte: www.tjdft.jus.br

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 20160020065343 AGRAVANTES: Quallity Pró Saúde Assistência Médica Ambulatorial Ltda e Outros AGRAVADOS: Agostinho Soares Correa e Outros RELATOR: Des. James Eduardo Oliveira

Ementa

Direito Processual Civil. Plano de saúde ambulatorial. Atendimento de emergência. Limitação da cobertura. Cláusula contratual expressa. Ilicitude não reconhecida. I. No plano de saúde ambulatorial a cláusula contratual que limita a cobertura de internações, nos casos de atendimento de urgência ou de emergência, não desponta, prima facie, abusiva ou nula de pleno direito. II. Planos de saúde com a segmentação ambulatorial encontram respaldo no artigo 12, caput e inciso I, da Lei 9.656/98, e são regulamentados, por força desta mesma lei, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. III. De acordo com os artigos 21 da Resolução 387/2015, da ANS, e 2º da Resolução 13/1998, do Conselho de Saúde Suplementar - CONSU, nos planos ambulatoriais a garantia de cobertura de urgência e emergência é limitada às primeiras doze horas do atendimento. IV. Num cenário normativo que estabelece distinções tão nítidas entre os planos ambulatoriais e hospitalares, que naturalmente se refletem nos preços respectivos, não é possível divisar a nulidade ou abusividade da cláusula contratual que estabelece, de forma expressa e textual, exclusões próprias e inerentes ao plano contratado. V. Agravo de Instrumento provido. Agravo Interno prejudicado.

Fonte: www.tjdft.jus.br

APELAÇÃO CÍVEL Nº 20150310278707 APELANTES: Qualicorp Administradora de Benefícios S.A. e Outra APELADOS: Os mesmos e Outra RELATOR: Des. Romeu Gonzaga Neiva

Ementa

Apelação Cível. Civil e Processo Civil. Obrigação de fazer. Plano de saúde empresarial. Rescisão. Beneficiária gestante. Manutenção do plano individual. Cumprimento de diretrizes. Inexistência de dano moral. Recurso desprovido. 1. O contrato de plano de saúde coletivo submete-se às regras constantes da Lei 8.078/90, Código de Defesa do Consumidor. Entendimento pacificado pela Súmula 469 do Superior Tribunal de Justiça. 2. Tanto a operadora de saúde como a estipulante respondem solidariamente perante o consumidor, nos termos do art. 34 do CDC. 3. Se a autora foi notificada com mais de 30 (trinta) dias de antecedência de que seu plano de saúde coletivo seria rescindido e teve tempo suficiente para buscar medidas hábeis a solucionar o problema, e não há notícias de que o serviço de saúde tenha sido interrompido, ou de que qualquer atendimento tenha sido negado, não se encontra configurado dano moral. 4. Recurso desprovido. Unânime.

Fonte: www.tjdft.jus.br

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Edição: 140 Rio de Janeiro - RJ pág. 12

LEGISLAÇÃO

Federal

Lei nº 13.367, de 05 de dezembro de 2016 – Altera a Lei no 1.579, de 18 de março de 1952, que dispõe sobre as

Comissões Parlamentares de Inquérito.

Lei Complementar nº 157, de 29 de dezembro de 2016 – Altera a Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, que dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 (Lei de Improbidade Administrativa), e a Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990, que “dispõe sobre critérios e prazos de crédito das parcelas do produto da arrecadação de impostos de competência dos Estados e de transferências por estes recebidos, pertencentes aos Municípios, e dá outras providências.

Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS

Resolução Normativa nº 412, de 11 de novembro de 2016 – Dispõe sobre a solicitação de cancelamento do contrato do plano de saúde individual ou familiar, e de exclusão de beneficiário de contrato coletivo empresarial ou por adesão.

Resolução Normativa nº 413, de 14 de novembro de 2016 – Dispõe sobre a contratação eletrônica de planos privados de assistência à saúde.

Resolução Normativa nº 414, de 14 de novembro de 2016 – Altera a Resolução Normativa - RN nº 388, de 25 de novembro de 2015, que dispõe sobre os procedimentos adotados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS para a estruturação e realização de suas ações fiscalizatórias, e altera a RN nº 124, de 30 de março de 2006, que dispõe sobre a aplicação de penalidades para as infrações à legislação dos planos privados de assistência à saúde.

Resolução Normativa nº 415, de 29 de novembro de 2016 – Altera o Regimento Interno da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, instituído pela Resolução Normativa - RN nº 197, de 16 de julho de 2009, a RN nº 198, de 16 de julho de 2009.

Resolução Normativa nº 416, de 23 de dezembro de 2016 – Dispõe sobre o Monitoramento do Risco Assistencial sobre as operadoras de planos de assistência à saúde.

Resolução Normativa nº 417, de 23 de dezembro de 2016 – Dispõe sobre o Plano de Recuperação Assistencial e sobre o regime especial de Direção Técnica, no âmbito do mercado de saúde suplementar, revoga a RN nº 256, de 18 de maio de 2011, e dá outras providências.

Resolução Normativa nº 418, de 28 de dezembro de 2016 – Altera os Anexos da Resolução Normativa – RN nº 290, de 27 de fevereiro de 2012, que dispõe sobre o Plano de Contas Padrão para as operadoras de planos de assistência à saúde, e altera a RN nº 173, de 10 de julho de 2008, que dispõe sobre a versão XML (Extensible Markup Language) do Documento de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde - DIOPS/ANS.

Resolução Normativa nº 419, de 28 de dezembro de 2016 – Altera a Resolução Normativa – RN nº 392, de 9 de dezembro de 2015, que dispõe sobre aceitação, registro, vinculação, custódia, movimentação e diversificação dos ativos garantidores das operadoras no âmbito do sistema de saúde suplementar e dá outras providências.

Advocacia Geral da União - AGU

Portaria Interministerial CGU/AGU Nº 2.278, de 15 de dezembro de 2016 – Define os procedimentos para celebração do acordo de leniência de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, no âmbito do Ministério da

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Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União – CGU e dispõe sobre a participação da Advocacia-Geral da União.

Receita Federal

Instrução Normativa RFB nº 1681, de 28 de dezembro de 2016 – Dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação das informações da Declaração País-a-País.

Instrução Normativa RFB nº 1682, de 28 de dezembro de 2016 – Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.215, de 15 de dezembro de 2011, que aprova o modelo de Comprovante de Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte.

PROJETOS DE LEI

Senado Federal

Em tramitação:

Projeto de Lei do Senado nº 160, de 2016, do Senador Aloysio Nunes Ferreira - Altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, para regular a possibilidade de instituir descontos sobre o valor das multas decorrentes de infrações a dispositivos dos contratos firmados entre operadoras e usuários de planos privados de assistência à saúde. Em 24/11/2016, foi recebido o Relatório do Senador Dário Berger, com voto pela aprovação do PLS, na Comissão de Assuntos Sociais.

Projeto de Lei do Senado nº 436, de 2016, do Senador Hélio José – Altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, a fim de determinar novas regras para a manutenção, em caso de aposentadoria, da condição de titular de plano de saúde. Em 30/11/2016, o PLS foi encaminhado à Comissão de Assuntos Sociais, em decisão terminativa. Em 09/12/2016, encerrou-se o prazo para apresentação de emendas, e a matéria aguarda designação de Relator na mencionada Comissão.

Projeto de Lei do Senado nº 480, de 2015, do Senador Marcelo Crivella – Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998 (Lei dos Planos de Saúde), para considerar abusiva a cláusula contratual que estabeleça autorização prévia como condição para a realização de atendimento de saúde e para tipificar o crime de condicionar atendimento de saúde à exigência de autorização prévia da operadora do plano de saúde. Em 07/11/2016, foi recebido, na Comissão de Assuntos Sociais, novo Relatório do Senador Paulo Paim, com voto pela aprovação do PLS e das três emendas que apresenta. Em 23/11/2016, o Relator solicita reexame do Relatório.

Projeto de Lei do Senado nº 495, de 2015, do Senador Ricardo Ferraço – Altera as Leis nº 9.986, de 18 de julho de 2000; nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976; nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009; nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996; nº 9.472, de 16 de julho de 1997; nº 9.478 de 6 de agosto de 1997; nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999; nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, nº 9.984, de 17 de julho de 2000, nº 10.233, de 5 de junho de 2001, nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, e a Medida Provisória nº 2.228-1, de 2001; com vistas a ampliar a autonomia, a capacidade técnica e os poderes de regulação de mercado das agências reguladoras, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Em 01/11/2016, foi recebida na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania a Emenda nº 1, de autoria do Senador Romero Jucá, sendo enviada uma cópia desta emenda ao gabinete do Relator, o Senador Valdir Raupp. Em 06/12/2016, foi recebido na CCJC o Relatório reformulado pelo Relator, com voto pela aprovação do projeto, com uma emenda de redação que apresenta, e pela aprovação da Emenda nº 1, nos termos da Subemenda que apresenta.

Substitutivo da Câmara dos Deputados nº 15, de 2015 ao Projeto de Lei do Senado nº 386, de 2012 – Lei da Reforma do ISS - que altera a Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, que dispõe sobre o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza; a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 (Lei de Improbidade Administrativa); e a Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990, que dispõe sobre critérios e prazos de crédito das parcelas do produto da arrecadação de impostos de competência dos Estados e de transferências por estes recebidas,

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pertencentes aos Municípios, e dá outras providências. Em 30/12/2016, a matéria foi transformada em Norma Jurídica com Veto Parcial – Lei Complementar nº 157, de 29 de dezembro de 2016.

Câmara dos Deputados

Em tramitação:

Projeto de Lei nº 3555, de 2004, do Deputado José Eduardo Cardozo - Estabelece normas gerais em contratos de seguro privado e revoga dispositivos do Código Civil, do Código Comercial Brasileiro e do Decreto-Lei nº 73 de 1966. Em 13/12/2016, foi aprovado por unanimidade o parecer com complementação de voto apresentado pelo Relator Deputado Lucas Vergilio, na Comissão Especial.

Projeto de Lei nº 3223, de 2015, do Deputado Lucas Vergílio – Regulamenta a atividade e a profissão de Corretor de Planos Privados de Saúde Suplementar. Em 11/11/2016, foi indeferido o Requerimento nº 5.359/16, que solicitava a desapensação deste do PL 7.419/06.

Projeto de Lei nº 3515, de 2015, do Senador José Sarney – Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), e o art. 96 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), para aperfeiçoar a disciplina do crédito ao consumidor e dispor sobre a prevenção e o tratamento do superendividamento. Em 06/12/2016, foi apresentado o Voto em Separado nº 1, na Comissão de Defesa do Consumidor, pelo Deputado Marco Tebaldi.

Projeto de Lei nº 6394, de 2016, do Deputado Flavinho – Altera a Lei nº lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, para incluir no estatuto da criança e adolescente a obrigação de exame em bebês recém-nascidos a fim de saber se o mesmo está infectado com o vírus da Zika. Em 08/11/2016, a presente matéria foi apensada ao PL 4090/15, sendo posteriormente recebida pela Comissão de Seguridade Social e Família, em 10/11/2016.

Projeto de Lei nº 6455, de 2016, do Deputado Cabo Sabino – Dispõe sobre a obrigatoriedade das operadoras de planos de saúde a avisar previamente e individualmente aos consumidores sobre o descredenciamento de hospitais e médicos. Após ser apresentada, em 09/11/2016, a presente matéria foi apensada ao PL 4036/12, em 16/11/2016.

Projeto de Lei nº 6638, de 2016, da Deputada Mariana Carvalho – Acrescenta parágrafo ao art. 14 da Lei 9.656, de 03 de junho de 1998, "dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde", para obrigar as operadoras de planos de assistência à saúde a admitirem a inclusão de menores de dezoito anos representados ou assistidos como titulares na contratação de plano de saúde individual. Em 07/12/2016, o Projeto de Lei foi apresentado.

Assembleias Legislativas

Projeto de Lei (ES) nº 372, de 2015, do Deputado Amaro Neto - Dispõe sobre a obrigatoriedade de todos os fornecedores de serviços prestados de forma contínua estenderem o benefício de novas promoções aos clientes pré-existentes. Em 03/11/2016, a matéria foi devolvida à Diretoria das Comissões, para leitura dos pareceres.

Projeto de Lei (PB) nº 1110, de 2016, do Deputado João Henrique de Sousa – Ficam proibidas as operadoras de plano de saúde de estabelecerem critérios que dificultem ou impossibilitem a sua contratação por idosos e pessoas com deficiência, estando equiparados aos demais clientes por força do código do consumidor no âmbito do estado da paraíba. Em 28/11/2016, o projeto foi encaminhado à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, onde aguarda a designação de Relator.

Projeto de Lei (SC) nº 376.8, de 2015, do Deputado Valmir Comin - Dispõe sobre a obrigatoriedade de as empresas prestadoras de serviços contínuos estenderem o benefício de novas promoções aos clientes preexistentes. Em 15/12/2016, foi votada e aprovada a Redação Final do Projeto de Lei em referência. Em 16/12/2016, o autógrafo foi expedido ao Governador do Estado, para sanção.

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Requerimento (SP) nº 266 de 2015 - Propõe a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, composta por 09 (nove) Deputados ou Deputadas, com a finalidade de, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, apurar eventuais irregularidades cometidas pelas operadoras de planos de saúde no Estado, em que a conduta de tais empresas tenha como consequência violações aos direitos dos consumidores. Em 14/10/2016, o requerimento foi recebido no Departamento de Comissões. Em 09/12/2016, foi publicado o Ato nº 81, de 2016, pelo qual o Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições regimentais, constituiu a Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar eventuais irregularidades cometidas pelas operadoras de planos de saúde no Estado de São Paulo.

Produzido pela SEJUR - Superintendência Jurídica da Fenaseg/CNseg Informações – [email protected]