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1_7 Página 1 Matérias > História > História Geral > Antiguidade Oriental > Introdução ANTIGÜIDADE ORIENTAL As mais antigas civilizações da história surgiram na Antigüidade Oriental entre os anos 4.000 a.C. e 2.000 a.C. Foram as chamadas civilizações hidráulicas. As Principais civilizações da Antigüidade Oriental foram: egípcios (Vale do Nilo) mesopotâmicos (Vale do Tigre e Eufrates) hebreus (Vale do Jordão) fenícios (Líbano atual) persas (Planalto do Irã) hindus (Planície Indo-gangética) chineses (Vales do Tang-tse e Huang Ho). Estas civilizações apresentaram características comuns como a escrita, a arquitetura monumental, a agricultura extensiva, a domesticação de animais, a metalurgia, a escultura, a pintura em cerâmica, a divisão da sociedade em classes e a religião organizada (estruturada com sacerdotes, lugares para reverenciar os deuses e assim por diante). A invenção da escrita permitiu ao homem registrar e difundir idéias, descobertas e acontecimentos que ocorriam ao seu redor. Esse avanço é responsável por grandes progressos científicos e tecnológicos que possibilitaram o surgimento de civilizações mais complexas. Exemplos de tipo de escrita: Suméria - cuneiforme (gravação de figuras com estilete sobre tábua de argila) Egito - hieroglífica (com ideogramas) Fenícia (atual Líbano) Fonético - (alfabeto) Matérias > História > História Geral > Antiguidade Oriental > Introdução file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (1 of 610) [05/10/2001 22:27:01]

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    Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo

    ANTIGIDADE ORIENTAL

    As mais antigas civilizaes da histria surgiram na Antigidade Oriental entre os anos 4.000 a.C. e 2.000a.C. Foram as chamadas civilizaes hidrulicas.

    As Principais civilizaes da Antigidade Oriental foram:

    egpcios (Vale do Nilo)

    mesopotmicos (Vale do Tigre e Eufrates)

    hebreus (Vale do Jordo) fencios (Lbano atual)

    persas (Planalto do Ir)

    hindus (Plancie Indo-gangtica)

    chineses (Vales do Tang-tse e Huang Ho).

    Estas civilizaes apresentaram caractersticas comuns como a escrita, a arquitetura monumental, aagricultura extensiva, a domesticao de animais, a metalurgia, a escultura, a pintura em cermica, adiviso da sociedade em classes e a religio organizada (estruturada com sacerdotes, lugares parareverenciar os deuses e assim por diante).

    A inveno da escrita permitiu ao homem registrar e difundir idias, descobertas e acontecimentos queocorriam ao seu redor. Esse avano responsvel por grandes progressos cientficos e tecnolgicos quepossibilitaram o surgimento de civilizaes mais complexas.

    Exemplos de tipo de escrita:

    Sumria - cuneiforme (gravao de figuras com estilete sobre tbua de argila)

    Egito - hieroglfica (com ideogramas)

    Fencia (atual Lbano) Fontico - (alfabeto)

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  • Apesar da fixao dos diversos grupos humanos em reas prximas aos rios (abastecimento de gua ecomunicao) ter ocorrido em regies distintas, a maioria das civilizaes da Antigidade se desenvolveuno Crescente Frtil. Esta rea possui a forma de arco e estende-se do Vale do Jordo Mesopotmia, almde abrigar os rios Tigres e Eufrates. A revoluo agrcola e a fixao de grupos humanos em locaisdeterminados ocorreram simultaneamente no Crescente Frtil. Neste mesmo perodo outras civilizaes sedesenvolveram s margens dos rios Nilo (egpcia), Amarelo (chinesa), Indo e Gnges (paquistanesa eindiana).

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    ASPECTOS ECONMICOS

    Predomnio da agricultura de subsistncia e de regadio, devido ao aumento das comunidades ribeirinhasque tornaram-se conhecidas como civilizaes hidrulicas. Neste perodo, a construo de canais deirrigao que permitiam levar a gua onde fosse necessria era de grande importncia.

    Principal atividade: Cultivo de cereais. Comrcio e artesanato eram atividades secundrias.

    Exceo: fencios, dedicados predominantemente ao comrcio martimo (talassocracia no Mediterrneo).

    ASPECTOS SOCIAIS

    Predomnio da sociedade estamental; nessa, cada grupo social tem uma posio e uma funo definida. Aposio social determinada pela hereditariedade. A estrutura esttica (no h mobilidade social) ehierrquica, sendo vinculada s atividades econmicas.

    Regime de trabalho:

    A maior parcela da comunidade trabalhava sob um regime de servido coletiva . As Comunidadescamponesas produziam excedentes agrcolas entregues ao Estado sob a forma de impostos (os camponesesno eram escravos j que viviam em comunidades, produziam seus prprios alimentos e construam suas

    Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo

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  • moradias).

    Diviso da sociedade:

    Soberano e aristocracia (nobres e sacerdotes)

    Grupos intermedirios (burocratas, militares, mercadores e artesos).

    Camponeses

    Escravos utilizados na construo de obras pblicas (obras de irrigao, templos, palcios e outros).

    Excees:

    Fencios, sociedade de classes (hierarquia baseada na riqueza mvel).

    Hindus, sociedade de castas (de origem religiosa e absolutamente impermevel).

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    Particularidades e diferenas dos modelos econmicos e sociais:

    Egito Vale doNilo

    MesopotmiaTigre eEufrates

    Sul da sia,Plancie Indo-gangtica

    Norte da China,o Hwang Ho

    Soberano earistocracia

    Fara e ossacerdotes da famlia real,oficiais dopalcio

    Nobreza =famlia real,altossacerdotes,oficiais reais

    Falta de evidncias

    O rei, a classearistocrtica e aburocracia estatalfaziam parte danobreza guerreira

    Gruposintermedi-rios

    Sociedaderelativamenteaberta;habilidade +ambio =mobilidadesocial

    Clientes =cidados livrestrabalhandopara a nobreza

    Comrcio com aMesopotmia, Sul da ndiae Afeganisto

    Artesos/escultorescomerciantes

    Camponeses

    Camponeses =servos,pequenaspropriedadesde terras

    Plebe =cidados livres proprietrios deterras

    Fazendeiros plebeus(servos)

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  • Escravos

    Escravos eramprisioneiros deguerra;camponeseseramsubmetidos arecrutamentoforado tantopara serviosmilitares como paragrupos detrabalhos

    escravos escravos

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    ASPECTOS RELIGIOSOS

    Predomnio do politesmo (acreditavam na existncia de inmeros deuses). Os deuses tinham estreitosvnculos com as atividades e as foras da Natureza.

    Excees:

    Monotesmo: hebreus e egpcios durante o reinado do Fara Amenfis IV

    Dualismo: persas (zoroastrismo).

    Modelos Religiosos :

    EgitoVale do Nilo

    MesopotmiaTigre e Eufrates

    Sul da sia,Plancie Indo-gangtica

    Norte da China,o Hwang Ho

    Fara - consideradouma divindade em

    forma humana,provando que os

    deuses seimportavam com a

    populao

    Hierarquia dedivindades (maiores emenores) de acordocom suas funes

    Importncia da fertilidade= culto deusa me

    Rei adorado como umintermedirio entre osdeuses e os homens

    Crena em vidaaps a morte,

    reflexo da naturezacclica das estaes

    e enchentes

    Divindades imortais epoderosas, mas com

    caractersticas humanas(hbitos e emoes)

    Imagens de deuses emquadros de argila, figuras

    de animais em argila

    Culto s figuras reaisfalecidas, base do culto

    aos ancestrais

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  • Pirmides sosmbolos da

    eternidade da vidaaps a morte e dopoder espiritual etemporal do Fara

    Lendas e crenaspopulares histria dacriao, humanos comcaractersticas divinas,

    enchentes

    Confucionismo = crenasecular na conduta tica e

    na harmonia social

    Curto perodo demonotesmo = cultoao deus Sol(Amon-Ra)

    Sacerdcio influente

    Taosmo = filosofia quepreza o viver emharmonia com as leis danatureza

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    ASPECTOS POLTICOS

    Estado fortemente centralizado que possua as terras e controlava a mo-de-obra.

    A religio justificava o poder absoluto do governante, por isto, neste perodo, havia predomnio dasmonarquias despticas (absolutas) de carter teocrtico.

    Teocracia uma forma de governo na qual a autoridade, proveniente de um Deus, exercida por seusrepresentantes na terra. O Egito Antigo foi um dos exemplos mais extremados de teocracia.

    Exceo:

    Fencios, organizados em cidades-estados monrquicas ou republicanas, controladas por oligarquiasmercantis.

    Modelos Polticos:

    EgitoVale do Nilo

    MesopotmiaTigre e Eufrates

    Sul da sia,Plancie Indo-gangtica

    Norte da China,o Hwang Ho

    O Fara; rei-deuscomo ditador

    absoluto: Teocracia

    Cidades-estado chefiadaspor guerreiros que se

    tornaram reis

    Governo centralizado,cidades planejadas, com

    prdios e serviospblicos

    Pequenos reinos feudaisposteriormente unidospela dinastia de Zhou

    Monarquiacentralizada e

    hereditria

    Seqncia de imprios,alguns formados por

    grupos locais e outrospor invasores

    Autocracia altamente

    centralizada e unificaopor Chin

    Longa srie dedinastias familiares

    Nmero cada vez maiorde cdigos legais

    Perodo Dinstico, idiada permisso dos deuses

    para governar

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    ASPECTOS CULTURAIS

    Forte influncia religiosa na vida cultural, principalmente entre egpcios e hebreus.

    Desenvolvimento cientfico mais importante entre os egpcios (Matemtica e Medicina) e entre os caldeus(Matemtica e Astronomia).

    Arte principal: Arquitetura, tendo a Escultura e a Pintura como artes auxiliares.

    Escrita predominantemente ideogrfica (no Egito: hierglifos; na Mesopotmia: cuneiformes). Criao daescrita fontica pelos fencios.

    Direito baseado no princpio de Talio. Primeiro conjunto de leis escritas: Cdigo de Hamurabi(Mesopotmia).

    MEIO AMBIENTE E SEUS IMPACTOS

    As civilizaes existentes nesse perodo tinham muitos pontos em comum. Entretanto, as condiesambientais e naturais nas quais viveram fizeram com que cada um desses grupos se desenvolvesse deforma nica e independente.

    EgitoO Vale do Nilo

    MesopotmiaTigre e Eufrates

    Sul da sia,Plancie Indo-gangtica

    Norte da China,o Hwang Ho

    Enchentes brandase previsveis =possibilidades

    criativas e positivas

    Enchentes violentas= pessimismo, medo

    de desastres

    Enchentes peridicas = renovaoe fertilizao do solo

    Enchentes= renovao e

    fertilizao do solo

    Clima rido =bom estoque de

    alimentos

    Muito tributrio =cidades-estado

    dispersas = desunioe guerras

    Clima subtropical-mido =dificuldades no estoque de

    alimentos

    Muitas regiesmontanhosas esemidesrticas:assentamentos

    apenas nas margensdos rios

    Rio facilmentenavegvel = uniopoltica e cultural

    Regies pantanosas= irrigao usadapara drenagem

    Montanhas do Himalaia = proteocontra invernos rigorosos

    Enchentes violentas= construo de

    diques para controlaras guas

    Desertos =isolamento

    Falta de pedras paraconstruo =

    estruturas de cana ede tijolos de argila

    Mones (ventos) e derretimentoda neve = suprimentos abundantes

    de gua

    Montanhas edesertos =

    isolamento cultural

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  • Abundncia depedras = arquitetura

    permanente

    Contato com o Oriente Mdio anoroeste

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    CONTRIBUIES E REALIZAES DAS CIVILIZAES DA ANTIGIDADE ORIENTAL

    Sociedade Regio / Perodo Contribuies / Realizaes

    Sumrios Mesopotmia meridional(3500-2300 a.C.).

    Cidades-estado, matemtica (base 60 e sistemas delatitude), veculos com rodas, zigurates (templos),

    escrita cuneiforme, escolas.

    Egpcios Vale do Nilo (Egito)(3100-1200 a.C.)

    Irrigao para controlar o rio, expanso de terrascultivveis, calendrio, medicina, monarquiahereditria e centralizada, escrita pictogrfica

    (hierglifos), tumbas nas pirmides, mumificao.

    Babilnicos Mesopotmia(1900-1600 a.C.)

    Cdigo de leis de Hamurbi, unificao de todaregio mesopotmica.

    Hititas Turquia e Sria(1800-1200 a.C.)

    Metalurgia (ferro)

    Fencios Lbano atual (1400-800 a.C.) Navegao martima, alfabeto fontico, comrcioalm-mar.

    Assrios Norte da Mesopotmia(900-612 a.C.)

    Sociedade militarista, engenheiros militares,imprio armado da Mesopotmia ao Egito.

    Ldios Turquia (700-550 a.C.) Cunhagem de moedas, sistema monetrio.

    Hebreus/Judeus/Israelitas

    Terra de Cana / atual Israel(2.000 a.C.-79 d.C.)

    Monotesmo - conceito de um Deus nico, os 10Mandamentos, a criao de um cdigo de valores

    ticos e morais; O Velho Testamento.

    Caldees Mesopotmia (612-539 d.C.) Astronomia, fases lunares = 4 semanas por ms, anosolar preciso, astrologia: Zodaco.

    Persas Ir atual (1200-330 d.C.)Amplo sistema de estradas, unificao de um povo

    vasto em um nico imprio, perodo de paz e detolerncia, regras claras.

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    Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental > Egito

    EGITO

    A Civilizao egpcia data do ano de 4.000 a.C., permanecendo relativamente estvel por 35 sculos, apesar deinmeras invases das quais foi vtima.

    Em 1822, o francs Jean Franois Champollion decifrou a antiga escrita egpcia tornando possvel o acesso direto sfontes de informao egpcias. At ento, o conhecimento sobre o Egito era obtido atravs de historiadores daAntigidade greco-romana.

    O MEIO AMBIENTE E SEUS IMPACTOS

    Localizado no nordeste africano de clima semi-rido e chuvas escassas ao longo do ano, o vale do rio Nilo um osisem meio a uma regio desrtica. Durante a poca das cheias, o rio depositava em suas margens uma lama frtil na qualdurante a vazante eram cultivados cereais e hortalias.

    O rio Nilo essencial para a sobrevivncia do Egito. A interao entre a ao humana e o meio ambiente evidente nahistria da civilizao egpcia, pois graas abundncia de suas guas era possvel irrigar as margens durante o perododas cheias. A necessidade da construo de canais para irrigao e de barragens para armazenar gua prximo splantaes foi responsvel pelo aparecimento do Estado centralizado.

    Nilo > agricultura de regadio > construo de obras de irrigao que exigiam forte centralizao do poder >monarquia teocrtica

    EVOLUO HISTRICA

    A histria poltica do Egito Antigo tradicionalmente dividida em duas pocas:

    Pr-Dinstica (at 3200 a.C.): ausncia de centralizao poltica.

    Populao organizada em nomos (comunidades primitivas) independentes da autoridade central que era chefiada pelosmonarcas. A unificao dos nomos se deu em meados do ano 3000 a.C., perodo em que se consolidaram a economiaagrcola, a escrita e a tcnica de trabalho com metais como cobre e ouro.

    Dois reinos Alto Egito (sul) e Baixo Egito (norte) surgiram por volta de 3500 a.C. em conseqncia da necessidade dese unir esforos para a construo de obras hidrulicas.

    Dinstica: forte centralizao poltica

    Mens, rei do Alto Egito, subjugou em 3200 a.C. o Baixo Egito. Promoveu a unificao poltica das duas terras sob umamonarquia centralizada na imagem do fara, dando incio ao Antigo Imprio, Mens tornou-se o primeiro fara. Osnomarcas passaram a ser governadores subordinados autoridade faranica.

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    PERODOS DA POCA DINSTICA

    A poca Dinstica dividida em trs perodos:

    Antigo Imprio (3200 a.C. 2300 a.C.)

    Capital: Mnfis

    Foi inventada a escrita hieroglfica.

    Construo das grandes pirmides de Giz, entre as quais as mais conhecidas so as de Quops, Qufrem eMiquerinos. Esses monumentos, feitos com blocos de pedras slidas, serviam de tmulos para os faras.Tais construes exigiam avanadas tcnicas de engenharia e grande quantidade de mo-de-obra.

    Invaso dos povos nmades > fragmentao do poder

    Mdio Imprio (c. 2040-1580 a.C.)

    Durante 200 anos o Antigo Egito foi palco de guerras internas marcadas pelo confronto entre o podercentral do fara e os governantes locais nomarcas. A partir de 2040 a.C., uma dinastia poderosa (a 12)passou a governar o Pas iniciando o perodo mais glorioso do Antigo Egito: o Mdio Imprio. Nesseperodo:

    Capital: Tebas

    Poder poltico: o fara dividia o trono com seu filho para garantir a sucesso ainda em vida

    Poder central controlava rigorosamente todo o pas

    Estabilidade interna coincidiu com a expanso territorial

    Recenseamento da populao, das cabeas de gado e de terras arveis visando a fixao de impostos

    Dinamismo econmico

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    Os Hicsos

    Rebelies de camponeses e escravos enfraqueceram a autoridade central no final do Mdio Imprio,permitindo aos hicsos - um povo de origem caucasiana com grande poderio blico que havia seestabelecido no Delta do Nilo conquistar todo o Egito (c.1700 a.c.). Os hicsos conquistaram econtrolaram o Egito at 1580 a.C. quando o chefe militar de Tebas derrotou-os. Iniciou-se, ento, um novoperodo na histria do Egito Antigo, que se tornou conhecido como Novo Imprio.

    As contribuies dos hicsos foram:

    fundio em bronze

    uso de cavalos

    carros de guerra

    tear vertical

    Novo Imprio - (c. 1580- 525 a.C.)

    O Egito expulsou os hicsos conquistando, em seguida, a Sria e a Palestina.

    Capital: Tebas.

    Dinastia governante descendente de militares.

    Aumento do poder dos sacerdotes e do prestgio social de militares e burocratas.

    Militarismo e expansionismo, especialmente sob o reinado dos faras Tutms e Ramss.

    Conquista da Sria, Fencia, Palestina, Nbia, Mesopotmia, Chipre, Creta e ilhas do Mar Egeu.

    Afluxo de riqueza e escravos e aumento da atividade comercial controlada pelo Estado.

    Amenfis IV promoveu uma reforma religiosa para diminuir a autoridade dos sacerdotes efortalecer seu poder implantando o monotesmo (a crena numa nica divindade) durante seu reino.

    Invases dos povos do mar (ilhas do Mediterrneo) e tribos nmades da Lbia conseqente perdados territrios asiticos.

    Invaso dos persas liderados por Cambises.

    Fim da independncia poltica.

    Com o fim de sua independncia poltica o Egito foi conquistado em 343 a.C. pelos persas. Em 332 a.C.passou a integrar o Imprio Macednio e, a partir de 30 a.C., o Imprio Romano.

    Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo

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    ASPECTOS ECONMICOS

    Base econmica:

    Agricultura de regadio com cultivo de cereais (trigo, cevada, algodo, papiro, linho) favorecidapelas obras de irrigao.

    Agricultura extensiva com um alto nvel de organizao social e poltica.

    Outras atividades econmicas: criao de animais (pastoreio), artesanato e comrcio.

    ASPECTOS POLTICOS

    Monarquia teocrtica:

    O governante (fara) era soberano hereditrio, absoluto e considerado uma encarnao divina. Eraauxiliado pela burocracia estatal nos negcios de Estado.

    Havia uma forte centralizao do poder com anulao dos poderes locais devido necessidade deconjugao de esforos para as grandes construes.

    O governo era proprietrio das terras e cobrava impostos das comunidades camponesas (servidocoletiva). Os impostos podiam ser pagos via trabalho gratuito nas obras pblicas ou com parte daproduo.

    ASPECTOS SOCIAIS

    Predomnio das sociedades estamentais (compostas por categorias sociais, cada uma possua suafuno e seu lugar na sociedade).

    O Egito possua uma estrutura social esttica e hierrquica vinculada s atividades econmicas. Aposio do indivduo na sociedade era determinada pela hereditariedade (o nascimento determina aposio social do indivduo).

    A estrutura da sociedade egpcia pode ser comparada a uma pirmide. No vrtice o fara, emseguida a alta burocracia (altos funcionrios, sacerdotes e altos militares) e, na base, ostrabalhadores em geral . A sociedade era dividida nas seguintes categorias sociais:

    O fara e sua famlia - O fara era a autoridade suprema em todas as reas, sendo responsvel portodos os aspectos da vida no Antigo Egito. Controlava as obras de irrigao, a religio, os exrcitos,promulgao e cumprimento das leis e o comrcio. Na poca de carestia era responsabilidade do

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  • fara alimentar a populao.

    aristocracia (nobreza e sacerdotes). A nobreza ajudava o fara a governar.

    grupos intermedirios (militares, burocratas, comerciantes e artesos)

    camponeses

    escravo

    Os escribas, que dominavam a arte da escrita (hierglifos), governantes e sacerdotes formavam um gruposocial distinto no Egito.

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    Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental > Egito

    ASPECTOS CULTURAIS

    A cultura era privilgio das altas camadas.

    Destaque para engenharia e arquitetura (grandes obras de irrigao, templos, palcios).

    Desenvolvimento de tcnicas de irrigao e construo de barcos.

    Desenvolvimento da tcnica de mumificao de corpos.

    Conhecimento da anatomia humana.

    Avanos na Medicina.

    Escrita pictogrfica (hierglifos).

    Calendrio lunar.

    Avanos na Astronomia e na Matemtica, tendo como finalidade a previso de cheias e vazantes.

    Desenvolvimento do sistema decimal. Mesmo sem conhecer o zero, os egpcios criaram osfundamentos da Geometria e do Clculo.

    Engenharia e Artes.

    Jogavam xadrez.

    ASPECTOS RELIGIOSOS

    Politesmo

    Culto ao deus Sol

    As divindades so representadas com formas humanas (politesmo antropomrfico), com corpo deanimal ou s com a cabea de um bicho (politesmo antropozoomrfico)

    Crena na vida aps a morte (Tribunal de Osris), da a necessidade de preservar o cadver,desenvolvimento de tcnicas de mumificao, aprimoramento de conhecimentosmdico-anatmicos.

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  • Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental > Mesopotmia

    Mesopotmia

    Regio do Oriente Mdio, localizada entre os rios Tigre e Eufrates (a palavra Mesopotmia significa entrerios), onde se sucederam as civilizaes dos Sumrios, Babilnicos, Assrios e Caldeus. A Mesopotmiano se unificou sob um governo como no Egito, a regio era povoada de cidades-estados independentesque periodicamente exerciam forte hegemonia sobre toda a Mesopotmia.

    O meio ambiente e seus impactos

    Situada entre os rios Tigre e Eufrates, a Mesopotmia pertencia ao chamado Crescente Frtil. Ao norte, oterritrio montanhoso, desrtico e, portanto, menos frtil; j ao sul, a regio constituda por planciesmuito frteis. A aridez do clima obrigou a fixao da populao s margens dos rios Tigre e Eufrates,cujas guas permitiram o desenvolvimento da agricultura na regio. A construo de obras de irrigao foifundamental para o aproveitamento dos recursos hdricos disponveis na rea.

    Alm disso, por ser uma regio de grande fertilidade em meio regies ridas, a Mesopotmia foi vtimade constantes invases de povos estrangeiros.

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    Evoluo histrica e caractersticas de cada civilizao:

    POVO CARACTERSTICAS PRINCIPAIS

    SUMRIOS

    (antes de 2000 a.C.)

    Originrios do planalto do Ir, fixaram-se na Caldia.

    Organizavam-se politicamente em cidades-estado (Ur, Uruk, Lagash, Eridu).

    Em cada cidade-Estado o poder poltico era exercido por chefes militares ereligiosos (rei-sacerdotes) chamados de patesi .

    A religio era politesta.

    O templo era no somente o centro religioso como poltico, administrativo efinanceiro.

    Contribuio cultural: inveno da escrita cuneiforme : sinais abstratos emforma de cunha, feitos em tbuas de argila.

    Na literatura, destaque para os poemas O Mito da Criao e A Epopia deGilgamesh.

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  • ACADIANOS

    (antes de 2000 a.C. )

    Povo de origem semita que ocupou a parte central da Mesopotmia, realizando,por volta de 2300 a.C., durante o reinado de Sargo I, a unificao poltica.

    Estabeleceu sua capital em Akkad, da o nome da civilizao acadiana.

    Disputas internas e invases estrangeiras levaram ao desaparecimento desseImprio.

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    PRIMEIRO IMPRIO BABILNICO

    (2000 a.C. 1750 a.C.)

    Grupo de invasores amoritas, vindos do deserto da Arbia

    Capital: Babilnia.Grande centro urbano da AntigidadeOriental, eixo econmico e cultural da regio.

    Hamurbi o mais importante rei babilnico unificoupoliticamente a Mesopotmia e elaborou o primeiro cdigo deleis escritas: Cdigo de Hamurbi (compilao deprocedimentos jurdicos). Neste, est prevista a Lei do Talio(olho por olho, dente por dente), abrange quase todos osaspectos da vida babilnica (comrcio, propriedade, herana,direitos da mulher, famlia, escravido etc.).

    Hamurbi realizou uma reforma religiosa, instituindo o culto aMarduk, principal divindade em honra de quem foiconstrudo um imponente zigurate.

    Rebelies internas e invases que levaram a umenfraquecimento do Imprio e fragmentao do poder.

    IMPRIO ASSRIO

    (1300 a.C. 612a.C.)

    Ocupou o norte da Mesopotmia, perto do curso superior dorio Tigre, regio rica em madeira e minrio (cobre e ferro).

    Capital: Assur.

    Principal atividade econmica: pastoreio e comrcio. Grandeparte da riqueza vinha do saque das regies conquistadas; existia uma espcie de sistema bancrio.

    Militarismo: Usavam cavalos e armas de ferro e passarampara a histria como o povo mais guerreiro da antiguidade.Formao de um Imprio. Conquista da Mesopotmia, da Sriae da Palestina.

    Crueldade com os derrotados de guerra (esfolamento vivo naspedras, corte de orelhas, rgos genitais e narizes);escravizao dos sobreviventes.

    Governante mais conhecido: Assurbanipal, ampliou as

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  • fronteiras do imprio; ordenou a construo da principalbiblioteca da Antigidade Oriental em Nneve, reunindoimportante acervo cultural. Morreu em 631 a.C. passando aocorrer revoltas dos povos dominados que, chefiados peloscaldeus de Nabopolasar, derrubaram o imprio por volta de612 a.C.

    SEGUNDO IMPRIO BABILNICO

    (612 a.C. 539 a.C.)

    Origem semita; derrotando assrios, estabeleceu seu podersobre a Mesopotmia.

    Capital: Babilnia.

    Com o rei Nabucodonosor II o imprio babilnico atingiuseu apogeu. Ampliou as fronteiras do reino, dominando aFencia e a Sria.Vitria sobre o Egito, ocupao do Reino deJud e Jerusalm com escravizao dos hebreus (O Cativeiroda Babilnia).

    Construo de grandes obras pblicas: templos epalcios; zigurate (imponente construo em forma de torrecom degraus , conhecido como a torre de Babel) e osfamosos Jardins Suspensos da Babilnia.

    Com a morte de Nabucodonosor II h o enfraquecimento doreino, tornando-se alvo da expanso persa. Chefiados por CiroI, os persas invadiram e dominaram a Mesopotmia, que setornou uma provncia do Imprio Persa.

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    Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental > Fencia

    Fencia

    A Fencia corresponde atualmente regio do Lbano. De recursos naturais escassos, alm do clima ridoe solo pouco apropriado atividade agrcola, sua localizao geogrfica favoreceu fundamentalmente anavegao e o comrcio. Essa vocao martima dos fencios contou ainda com a ajuda das abundantesflorestas de cedro, madeira adequada para a fabricao de embarcaes, presentes em seu territrio.

    Os fencios no conheceram, na Antigidade, a centralizao poltica, organizando-se segundocidades-estados; unidades autnomas do ponto de vista econmico e administrativo, sendo que as que maisse destacaram foram Biblos, Tiro e Sidon.

    A principal classe da sociedade fencia, pelas prprias atividades econmicas dessa civilizao, eraformada pelos comerciantes e armadores que controlavam a vida econmica e poltica das cidades-estado.

    A expanso das atividades comerciais levou os fencios a controlar a navegao no Mediterrneo, ondefundaram diversas colnias e feitorias. Entre elas destacam-se Palermo, na Siclia, Cdis e Mlaga, naEspanha, e, principalmente, Cartago, no norte da frica. A cultura fencia, dado o carter aberto de sua

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  • organizao scio-econmica, assimilou diversos componentes de outras culturas. Cabe, destacar, suamais importante contribuio para a cultura ocidental: a inveno do alfabeto com 22 letras, matriz denossa escrita atual.

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    Grcia

    Chamamos de civilizao grega, ou civilizao helnica aquela que se desenvolveu a partir do extremo sulda Pennsula Balcnica (a Grcia atual) e se difundiu pelas ilhas do Mar Egeu, costa ocidental da siaMenor, litoral do Mar Negro e por certos pontos africanos e europeus do Mediterrneo.

    As origens da civilizao helnica so encontradas nos primitivos povos que habitavam a PennsulaBalcnica, os pelasgos, na civilizao egia e nos povos indo-europeus (aqueus, jnios, elios e drios)que, desde mais ou menos 2.000 a.C. comearam a penetrar nos Blcs.

    A CIVILIZAO EGIA

    A civilizao egia desenvolveu-se, originalmente, nos muitos arquiplagos do Mar Egeu e teve comoprincipal centro a ilha de Creta, da tambm ser conhecida por civilizao cretense. Os egeus chegaram aocupar tambm as costas ocidentais da sia Menor e a parte meridional dos Blcs.

    A exigidade das terras arveis e das reservas minerais e a facilidade para a navegao (muitas enseadasnaturais e ilhas prximas umas das outras) fizeram com que os egeus se notabilizassem como um povo denavegadores.

    O comrcio martimo foi a base de sua economia. Conseqentemente, a civilizao egia caracterizou-sepor um notvel desenvolvimento urbano, sendo que dentre suas cidades a mais importante foi Cnossos,cujos reis recebiam o ttulo de Minos.

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  • Cada cidade tinha, provavelmente, o estatuto de uma cidade-estado, ou seja tinha sua autonomia esoberania poltica. provvel que essas muitas cidades-estados tenham formado uma espcie defederao, sob a liderana efetiva de Cnossos. Parece-nos fora de dvida que os Minos (reis de Cnossos)exerciam uma efetiva hegemonia sobre os povos egeus. Alguns historiadores chegam a designar essacivilizao como civilizao minica.

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    As relaes das cidades-estados do Egeu eram pacficas, j que no existiam resqucios arqueolgicos defortificaes em nenhuma delas. J nas cidades egias do sul da Pennsula Balcnica encontramosfortificaes, o que demonstra a preocupao defensiva gerada pelas sucessivas ondas de povosindo-europeus que l foram chegando.

    Nossos conhecimentos acerca da civilizao egia so limitados pelo fato de que seus sistemas de escritaainda no foram plenamente decifrados e, conseqentemente, temos de contentar-nos com suposiesfeitas a partir de achados arqueolgicos e de documentos escritos que j puderam ser decifrados.

    Entretanto, algumas afirmaes podem ser feitas com relativa segurana: sua religio estava diretamenteligada natureza e sua principal divindade era representada por uma figura de mulher (a Grande deusa),que era tida como me de todos os outros deuses e dos homens.

    A arte egia era viva e brilhante, plena de humanismo e individualidade, ou seja, ela se distingueplenamente das artes anteriores e contemporneas, mesmo porque ela no estava a servio nem do Estadonem da religio.

    Embora no tenhamos muitos elementos para conhecer a cultura egia, certo que ela exerceu profundainfluncia junto aos povos mediterrneos, especialmente atravs dos gregos, que foram seus principaisdepositrios.

    Por volta de 1.600 a.C., Cnossos foi destruda por uma aliana de cidades-estados egias do sul da Grcia,lideradas por Micenas.

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  • A CIVILIZAO MICNICA

    O nome de civilizao micnica dado ao conjunto dos povos gregos (aqueus, jnios e elios) queassimilaram a cultura egia e conquistaram boa parte dos domnios egeus, inclusive Cnossos. Adesignao micnica devida ao fato de que a cidade de Micenas e seus reis exerciam uma efetivahegemonia sobre os demais povos gregos. Essa hegemonia no foi estabelecida de forma pacfica. Asguerras entre as diversas cidades-estados micnicas foram constantes, sendo que, dentre essas guerras, asmais importantes foram entre Micenas e Tebas e entre Micenas e Tria (esta imortalizada pela Ilada).

    Os micnicos, a exemplo dos egeus, tiveram no comrcio sua atividade econmica dominante, sendo ocomrcio o principal difusor da cultura e da civilizao micnica pelo Mediterrneo.

    A Ilada e a Odissia, poemas picos atribudos a Homero, e achados arqueolgicos, constituem-se asprincipais fontes histricas para o conhecimento da Histria micnica, bem como para os primeiros temposda civilizao helnica .

    A decadncia e conseqente desaparecimento da civilizao micnica ocorreram, fundamentalmente,devidos invaso dos drios, um povo tambm indo-europeu, altamente belicoso e que chegou Pennsula Balcnica por volta do sculo XII a.C.

    Como povo tipicamente agrrio, os drios instalaram-se nas melhores e mais frteis terras balcnicas. Talfato provocou um grande fluxo migratrio, bastante desordenado, atravs do qual os povos micnicospovoaram as terras menos frteis da Grcia, as ilhas do Egeu, partes do litoral ocidental da sia Menor ecertas regies em torno do Mar Negro. Esse movimento migracional ficou conhecido como DisporaGrega.

    O territrio da Grcia Antiga (Grcia Continental, Peloponeso ou Grcia Peninsular e Grcia Insular)possui um relevo montanhoso que isola , umas das outras, as poucas plancies mais ou menos frteis lexistentes.

    Tal situao de relevo, somada ao fato de o litoral ser altamente propcio ao desenvolvimento danavegao ( multiplicidade de enseadas naturais propcias ao aproveitamento como portos), ajuda aexplicar a vocao mercantil da Grcia.

    O carter com o qual ocorreu a Dispora Grega e o tipo de realidade geogrfica dos territrios ocupadospelos migrantes nos ajudam a entender certos aspectos econmicos e polticos das comunidades gregas.

    Cada plancie foi ocupada por um cl cujo chefe, normalmente o mais velho dos homens, exercia umaautoridade quase que absoluta.

    Inicialmente, a terra era de todos, mas com o crescimento demogrfico, a explorao comunal foipassando a ser insuficiente para a populao. o incio da propriedade privada, sendo que as terras eramdistribudas por um critrio de parentesco em relao ao chefe do cl. As melhores terras eram dadas aosparentes mais prximos, e assim por diante, at que os parentes mais distantes nem sequer recebiam umapropriedade agrria.

    Em outros termos, podemos afirmar que, com o advento da propriedade privada, configurou-se umaestratificao social, em cujo topo tnhamos uma aristocracia (proprietrios das melhores terras). Emsituao intermediria, tnhamos os pequenos proprietrios (em posse de terras no to frteis). Na base,havia uma massa de trabalhadores agrrios. importante notar que os descendentes desses primeirosgregos (os participantes da Dispora) eram sempre homens livres. S mais tarde viria aparecer ainstituio da escravido por dvidas.

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    A GRCIA ARCAICA (Sculos VIII a VI a.C)

    J que a economia das diversas comunidades gregas era tipicamente agrria, podemos entender que apropriedade da terra era o elemento fundamental na determinao da condio scio-econmica doindivduo, bem como de sua participao poltica na comunidade. Dentro desses parmetros, fciljustificar o fato de que, na maioria das cidades-estados gregas, verificamos uma progressiva concentraode poder nas mos da aristocracia (classe social dos grandes proprietrios de terra). Por meio dessasinformaes pode-se afirmar que houve na Grcia uma evoluo poltica de monarquias paraoligarquias.S que o domnio poltico e econmico da aristocracia no perdurou indefinidamente semcontestao.

    A concentrao da propriedade fundiria nas mos da aristocracia, o regime de transmisso da heranaapenas para o primognito e o prprio crescimento vegetativo da populao foram responsveis por umacrescente tenso social que ameaava desestabilizar o domino da aristocracia.

    Nesse contexto podemos entender o desencadeamento do sistema de colonizao grega no Mediterrneo,processo que consistiu na ocupao de terras no-gregas por povos gregos. A invaso dessas terras seconcretizava com a instalao de famlias nessas reas, esses grupos originavam novas cidades-estados.

    Os gregos , no movimento colonizatrio, ocuparam diversos pontos da sia Menor ( costa da Anatlia); aregio dos estreitos (Mar de Mrmora e Mar Negro), onde fundaram Bizncio; Siclia (onde fundaram,entre outras, as cidades-estados de Siracusa e Agrigento) e no sul da Itlia (Tarento, Sbaris, Crotona eNpoles). As colnias gregas do sul da Itlia e Siclia so conhecidas genericamente pelo nome de MagnaGrcia.

    As colnias mantinham estreitas ligaes com as terras de origem dos colonos, ou seja, com ascidades-estados na prpria Grcia.

    A colonizao grega no Mediterrneo trouxe consigo diversas consequncias, dentre as quais merecemdestaque:

    a helenizao cultural de diversos pontos do Mediterrneo.

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  • um intenso desenvolvimento comercial entre as colnias e as cidades-estados da Grcia.

    As colnias ficavam em regies de solo frtil, portanto, tinham uma produo agrria diversificada eabundante, cujos excedentes eram exportados para a Grcia.

    Clique no mapa para ampliar.

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    A crescente penetrao , na Grcia, de produtos agrcolas coloniais determinou a decadncia do sistemaagrrio tradicional. Inicialmente, os pequenos proprietrios viram-se arruinados pela concorrnciacolonial; depois, a prpria aristocracia teve seu poderio econmico abalado.As terras em mos daaristocracia foram sendo progressivamente aproveitadas para o plantio da vinha e da oliva. Paralelamente,desenvolveu-se a produo do vinho e do azeite. Configurou-se, dessa forma, uma reciprocidadecomercial: as colnias forneciam alimentos, a Grcia fornecia vinho e azeite.

    O trato da vinha e da oliva exigia grandes contingentes de mo-de-obra, fato este que contribuiu para ocrescimento da escravido. Na Grcia, alm do escravo obtido por conquista ou compra, havia o escravopor dvidas (o devedor que no podia pagar aquilo que devia era escravizado pelo credor como forma depagamento). A escravido por dvidas atingia, fundamentalmente, os pequenos proprietrios de terra que,depois de perderem suas propriedades, acabavam perdendo a liberdade.

    Verificamos que a colonizao trouxe consigo um notvel desenvolvimento comercial que serviu deestmulo para o incremento da vida urbana e, conseqentemente, das atividades artesanais. A camadasocial constituda por indivduos ligados a atividades urbanas (comrcio, artesanato e funes liberais)viu-se fortalecida e multiplicou-se .

    Resumindo: as necessidades da sociedade aristocrtica grega levaram ocorrncia de uma colonizao noMediterrneo; tal colonizao desencadeou um desenvolvimento mercantil e uma crise agrria na Grcia;essa crise significou um enfraquecimento econmico e poltico da aristocracia; o desenvolvimentomercantil gerou um fortalecimento econmico e poltico das camadas sociais urbanas.

    Na Grcia, nesse perodo (sculos VIII a VI a.C.) o poder econmico concentrava-se cada vez mais nasmos das camadas urbanas, enquanto o poder poltico continuava monopolizado pela aristocraciafundiria.Tal contradio, somada s crescentes tenses sociais, serviu de vetor para uma srie detransformaes polticas que ocorreram nas cidades-estados grega. Essas transformaes polticasaconteceram sempre no sentido da evoluo de uma oligarquia (governo de poucos) para uma democracia(governo de todos os cidados).

    Os principais agentes dessa evoluo poltica foram os legisladores e os tiranos. Os legisladores eramindivduos nomeados pela aristocracia para realizarem reformas capazes de aliviar a tenso social e acontestao poltica. Os tiranos eram lderes que tomavam o poder pela fora, geralmente com apoiopopular; uma vez no poder, os tiranos realizavam reformas polticas e sociais mais ou menos profundas.

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    http://www.10emtudo.com.br/materias/historia/historia_geral/antiguidade_classica/grecia/index_arquivos/mapa_o_imperio_de_alexandre.gif

  • No Perodo Arcaico da histria da Grcia (sculos VIII a VI a.C.), verificamos uma crescente urbanizaoeconmica e, conseqentemente, um deslocamento do poder poltico das mos da aristocracia fundiriapara as mos das camadas urbanas. S que tais processos no ocorreram da mesma forma e nemsimultaneamente nas diversas cidades-estados gregas.

    Cada cidade-estado (polis o termo grego) da Grcia conheceu seu prprio processo evolutivo; duas delas,Esparta e Atenas, foram as mais notveis e importantes polis do Perodo Arcaico.

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    ESPARTA

    Esparta conheceu um desenvolvimento e uma organizao absolutamente singulares em relao s demaispolis gregas. Essa cidade estava localizada no centro da plancie da Lacnia, no frtil vale do rioEurotas. Nos tempos pr-gregos, a se desenvolvera a civilizao mecnica que, por volta de 1200 a.C.,fora conquistadas pelos drios.

    A partir da ocupao da Lacnia, os drios, que deram origem aos espartanos, atravs de uma srie deguerras, foram conquistando os territrios vizinhos, dentre os quais o mais importante foi a plancie daMessnia. O imperialismo continental foi uma das caractersticas dominantes da histria de Esparta. Essacidade quase no participou do movimento colonizatrio grego no Mediterrneo por ocupar uma regiofrtil. Seu expansionismo limitou-se ao territrio da prpria Grcia. Essa uma singularidade de Esparta.

    Segundo a tradio, a organizao scio-poltica e econmica de Esparta deve-se a uma constituio,que teria sido elaborada por um personagem semilendrio chamado Licurgo.

    Na verdade, a organizao espartana no devida obra de um nico indivduo e nem foi estabelecida deuma s vez.; ela resultado de reformas que foram realizadas desde a origem da polis at, mais ou menos,o sculo VI a.C., quando adquiriu sua feio definitiva.

    Em seus moldes finais, a sociedade espartana estava estratificada da seguinte maneira:

    Espartanos ou Espartatas. Camada que agregava todos os indivduos que possuam direitos polticos;provavelmente, os espartatas eram os descendentes dos drios que haviam conquistado a Lacnia e dadoorigem polis de Esparta.

    Hilotas

    Camada constituda de escravos do Estado que descendiam, provavelmente, dos primitivos habitantes daLacnia (aqueles que a ocupavam quando houve a invaso dos drios).

    Periecos

    Camada composta de indivduos livres que viviam sob a dominao poltica dos espartatas e sededicavam ao artesanato e explorao de pequenas propriedades agrrias. Os periecos eram,provavelmente, descendentes dos povos que foram sendo vencidos por Esparta atravs de suas guerras.

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    Os espartatas, alm de serem os nicos a possuir direitos polticos, eram submetidos a um regime especialde vida: o homem espartata era fundamentalmente um soldado e sua mulher era me de outros espartatas.Para que pudessem ser soldados, os espartatas tinham sua manuteno, bem como a de suas famlias,assegurada pelo Estado. Cada espartata, ao completar sua educao militar, recebia do Estado um lote deterra e uma ou mais famlias de hilotas que trabalhavam na terra e produziam o suficiente para amanuteno do espartata, de sua mulher (tambm uma espartata) e de seus filhos.

    interessante notar que a sociedade espartata era absolutamente democrtica (todos tinham exatamenteos mesmos direitos), os meios de produo pertenciam ao Estado, ou seja, no havia propriedade privadados meios de produo entre os espartatas .

    Os hilotas, como j dissemos, pertenciam ao Estado e eram cedidos aos espartatas para serem utilizadosexclusivamente pelos cidados, sendo que seu trabalho era basicamente aproveitado no trato da terra.

    Os periecos, como homens livres , podiam possuir suas prprias terras ou seus prprios meios de trabalhoe sobrevivncia. Eram obrigados a pagar tributos para o Estado e a prestar servio militar, quandoconvocados.

    A organizao poltica de Esparta tambm era singular, em relao s demais existentes na Grcia.

    O poder poltico espartano era exercido nos seguinte termos:

    A Diarquia era constituda por dois reis que representavam as duas famlias mais importantes deEsparta (os Europntidas e os Agadas) e que exerciam funes religiosas e militares.

    A Gersia era uma assemblia formada por vinte e oito ancies, recrutados dentre as famlias maistradicionais, e mais os dois reis; a Gersia funcionava como um tribunal julgando os infratores dalei.

    A Apella era a assemblia de todos os cidados; suas funes eram praticamente ilimitadas; era orgo que tomava todas as decises em ltima instncia.

    O Eforado, ou Conselho dos Cinco foros, principal rgo executivo do governo, era formado porcinco cidados, eleitos anualmente pela Apella, que deviam fiscalizar a observao da Constituioe das leis.

    Nos parmetros dessa organizao poltica, o que verificamos de fato que os cinco foros eram os reaisdetentores do poder e, exatamente por isso, eram trocados todos os anos para que no houvesse apossibilidade de um indivduo ou um grupo de indivduos monopolizar o poder em carter permanente.

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  • ATENAS

    Atenas desenvolveu-se como sendo o centro poltico e econmico da plancie da tica; esta regio secomunica mais facilmente com o mar do que com o interior do continente, em funo de seu relevo.

    A tica apresentava um solo relativamente frtil, um boa reserva florestal que fornecia, abundantemente,madeira para a construo naval, grandes reservas de prata e chumbo, muita argila e grandes pedreiras decalcrio e mrmore. Dentre os recursos naturais disponveis o ferro era o material mais escasso.

    Primitivamente, desenvolveram-se diversas comunidades na plancie da tica, que foramprogressivamente sendo unificadas em torno de um centro poltico instalado na Acrpole de Atenas. Talprocesso foi gradual e pacfico e recebeu o nome de sinecismo; esse, levou instalao de uma monarquia.

    O fortalecimento da aristocracia, formada por grandes proprietrios de terra, fez com que a monarquia setransformasse, progressivamente, numa oligarquia aristocrtica. Tal evoluo aconteceu pacificamente,atravs do esvaziamento das funes do Basileu, que aos poucos tornou-se apenas um chefe religioso.Simultaneamente, foram surgindo outras magistraturas: o Polemarca, a quem competia a chefia militar; oArconte, responsvel pela administrao e os seis Tesmotetas , que eram os juzes e guardies da lei.Osmagistrados eram eleitos anualmente pela Eclsia, assemblia de todos os cidados. Havia ainda oArepago, conselho formado exclusivamente por elementos recrutados dentre a aristocracia, oscomponentes desse grupo cooperavam com os magistrados na direo da polis.

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  • Com a configurao poltica da oligarquia, verificamos o surgimento de uma nova estratificao socialque, ao invs de ser baseada em critrios de nascimento, sustentava-se por critrios determinados a partirdas rendas e propriedades dos indivduos. Essa estratificao ampliou o nmero de cidados e tornoupossvel aumentar os efetivos militares, e conseqentemente, o poderio do Estado.

    O crescimento demogrfico, aliado a outros fatores j mencionados, fez com que Atenas empreendessetenazmente uma ao colonizatria no Mediterrneo. Tal feito impulsionou as atividades mercantis efortaleceu as camadas urbanas; ao mesmo tempo, as atividades agrrias conheciam uma radicaltransformao: o desenvolvimento da vinicultura e das oliveiras.

    Um fato relevante que ao lado da aristocracia, at ento hegemnica em termos polticos, passa a existiruma camada social ligada s atividades mercantis (comrcio e artesanato) , que conheceu um rpidoprocesso de enriquecimento passando a reivindicar uma posio mais atuante no aparelho do Estado.

    O processo de desenvolvimento mercantil foi acompanhado por uma crise agrria que atingiu,fundamentalmente, os pequenos proprietrios que se viam empobrecidos e mesmo escravizados pordvidas. Em sntese, havia uma crescente insatisfao popular que pde ser utilizada pelas camadasmercantis como instrumento de presso para a realizao de transformaes polticas.

    As primeiras manifestaes para a transformao poltica ocorreram de forma pacfica. A prpria estruturaoligrquica, pressionada pelos setores urbanos e populares, formou legisladores encarregados de reformasque aplacassem a tenso scio-poltica e permitissem a continuidade do domino aristocrtico. Dracon,oprimeiro legislador, em 621 a.C., elaborou as primeiras leis escritas de Atenas; as leis draconianascaracterizaram-se por sua excessiva severidade. Essas regras no chegaram at os documentos escritos;sendo assim, tal legislao no teve seu carter efetivamente demonstrado. Mais tarde, a simples existnciade leis escritas coibiu a arbitrariedade com o qual os juzes (aristocratas) julgavam os no-aristocratas.

    Pouco aps a elaborao das leis draconianas, um segundo legislado, foi constitudo: Slon. Em 594 a.C.,Slon elaborou profunda reformas nas leis de Dracon.

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    ATENAS

    Os principais aspectos das reformas de Slon foram:amenizao da severidade das leis draconianas;

    fim da escravido por dvidas;

    devoluo das terras que haviam sido tomadas pelos credores dos seus proprietrios originais;

    estabelecimento de um tamanho limite para as propriedades agrrias;

    admisso dos tetas (trabalhadores livres no-proprietrios de terra) na Eclsia;

    criao do Heliaea (tribunal de justia do qual todos os cidados podiam participar); as magistraturas passaram a ser exercidas por todos os cidados.

    Vale a pena destacar o fato de que, em Atenas, eram cidados apenas os homens livres no-estrangeiros;sendo assim, os estrangeiros e os escravos no possuam direitos civis.

    Slon fez com que todos os cidados pudessem exercer as magistraturas; entretanto, na prtica,s os

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  • indivduos mais ricos se ocupavam das funes dos magistrados (Basileu, Polemarco, Arconte eTesmotetas), pois estas exigiam dedicao exclusiva sem remunerao.

    As reformas de Slon ampliaram a faixa de participao dos cidados ligados s atividades mercantis,atenderam parcialmente os interesses das camadas populares e aboliram a escravido por dvidas. S queessa mudanas no foram bem aceitas nem pela aristocracia e nem pelas camadas populares desejosas dereformas mais profundas do que as efetuadas , grande parte da insatisfao do povo estava ligada estrutura da propriedade fundiria.Apesar desse descontentamento proveniente de diversas camadassociais, no h como negar que aps as reformas de Slon, Atenas conheceu um perodo de relativa pazsocial; fato este que permitiu o desenvolvimento de uma poltica imperialista, cuja primeira manifestaoconcreta foi o conjunto de lutas contra Mgara acerca da posse de Salamino. Nessas batalhas, Pisstrato,grande general, foi importantissmo. Em 561 a.c, com ampla base de apoio popular, esse general tomou opoder em Atenas estabelecendo a Tirania , governo de um tirano. Na Grcia Antiga, tirano era o indivduoque tomava o poder pela fora das armas. Pisstrato exerceu a Tirania de 561 a 528 a.C., ou seja, datomada do poder at sua morte. Com a instalao da Tirania, esse lder no extinguiu a estruturapoltico-administrativa estabelecida por Slon, apenas superps uma nova e superior esfera de poder, ouseja, o tirano colocou-se acima da estrutura j existente.

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    Dentre as realizaes de Pisstrato, esto:

    o enfraquecimento da aristocracia, atravs do confisco de parte substantiva de suas terras, e adistribuio destas reas para os cidados pobres;

    a montagem de uma poderosa frota naval, objetivando o estabelecimento da hegemonia ateniense noMediterrneo Oriental.

    Com a morte de Pisstrato, seus filhos Hiparco e Hpias o sucederam no poder. Pouco aps essa sucesso,uma conspirao aristocrtica assassinou Hiparco, provocando a adoo de uma poltica intensamenterepressiva por parte de Hpias. Tal forma de liderana causou uma progressiva perda das bases polticas deHpias, fato que acabou criando as condies necessrias para um movimento insurrecional que derrubou aTirania. Com o fim dessa forma de governo, o poder foi concentrado nas mos de um novo legislador,Clstenes, que realizou as reformas que conduziram Atenas condio de uma Democracia. No incio deseu governo, Clstenes sofreu uma intensa oposio da aristocracia, que se aliou a Esparta. Os espartanoschegaram a ocupar Atenas, mas logo foram expulsos; esse evento s contribuiu para o fortalecimento deClstenes e de suas pretenses reformistas.

    As reformas de Clstenes instalaram em Atenas uma nova sistemtica poltica, cujas idias fundamentaiseram a igualdade poltica de todos os cidados e a participao direta dos mesmos na mquinagovernamental.

    O principal aspecto de suas reformas foi a criao de uma nova estrutura de recrutamento para aparticipao poltica. Os cidados foram distribudos em demos (unidades organizacionais de carter locals quais todos os cidados eram obrigados a pertencer formalmente).

    O conjunto dos demos foi distribudo em trs grupos:

    o primeiro reunia os demos da cidade de Atenas (nos quais predominavam os indivduos ligados satividades de comrcio e artesanato, alm dos trabalhadores urbanos);

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  • o segundo reunia os demos do litoral (que agregavam os navegadores e pescadores);

    o terceiro reunia os demos do interior (que agregavam os proprietrios rurais grandes e pequenos).

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    Cada um desses grupos era dividido em dez Tritia (cada qual formada por vrios demos). Trs tritias (umade cada grupo) formavam uma Tribo.

    Essas dez tribos formavam a base para o recrutamento poltico e militar necessrio. importante saber queem cada tribo havia participao indistinta dos diversos estratos sociais.

    Cada tribo fornecia uma unidade militar sob o comando de um Estratego , eleito pela prpria tribo.

    A Boul ou Conselho dos Quinhentos, formada por cinqenta elementos de cada tribo, passou a ser oprincipal rgo executivo do governo.

    As funes legislativas foram integralmente concentradas nas mos da Eclsia (assemblias de todos oscidados).

    As funes judicirias pertenciam ao Heliaea (tribunal formado por juzes eleitos anualmente, em nmeroidntico para cada tribo, pela Eclsia).

    Com essas reformas, todos os cidados, independentemente de sua condio scio-econmica, passaram aparticipar diretamente do exerccio do poder poltico. Com isso, Atenas atingiu seu esplendordemocrtico. S que o conceito de cidadania era restrito aos homens livres nascidos em Atenas;conseqentemente, mulheres, escravos e estrangeiros no tinham acesso ao poder poltico; logo, ademocracia ateniense no era o governo de todos, e sim o governo de todos os cidados. Ainda assim, asreformas realizadas por Clstenes reduziram muito os nveis de tenso social e contestao polticaexistentes.

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  • Civilizao Grega Arcaica (sculos VIII a VI a.C)

    As bases da cultura e da civilizao grega devem ser buscadas entre os egeus; os povos indo-europeus quederam origem nao grega assimilaram aquilo de mais significativo produzido por esse grupo.

    Em funo do desenvolvimento da colonizao mediterrnea, particularmente no que diz respeito aoestabelecimento de colnias na sia Menor, a civilizao grega entrou em contato com as civilizaesorientais (egpcia e mesopotmica principalmente), das quais recebeu fortes influncias.

    A partir desses dois fundamentos, os gregos desenvolveram uma cultura e uma civilizao originais, quepodem ser consideradas fatores fundamentais da unidade nacional grega.

    Um segundo fator dessa unidade era a religio. Os gregos praticavam um politesmo cujos deuses, alm deserem representados com formas humanas (Antropomorfismo), eram efetivamente humanizados em seuscomportamentos e histrias. Os deuses gregos, alm de suas virtudes, possuam defeitos humanos. A vidados deuses era contada atravs de lendas (Mitologia) que, de uma certa forma, foram sistematizadas nospoemas homricos.

    O templo era considerado como a casa do deus e, por isso , merecia um cuidado arquitetnico distinto dodado as demais edificaes gregas.

    Cada polis tinha seu deus principal, ao qual era dedicado o mais imponente templo da cidade. Aindaassim, havia alguns templos que adquiriam uma importncia que transcendia o mbito restrito da polis. ocaso do Templo de Apolo, em Delfos, cujo orculo era consultado indistintamente por todos os gregos; tambm o caso do Templo de Zeus, em Olmpia, onde, de quatro em quatro anos, eram realizados os JogosOlmpicos, atividades nas quais atletas de toda a Grcia tomavam parte.

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    Em termos de literatura, a poesia pica foi o primeiro ramo desenvolvido. No perodo arcaico, os poemashomricos conheceram sua primeira edio; nessa poca viveu Hesodo, poeta de origem campesina, cujasprincipais obras so: A Teogonia, em que tentou organizar a genealogia dos deuses e Os Trabalhadores eos Dias, em que narra o cotidiano da vida rural grega de seu tempo. Ainda no perodo arcaico, nasceu apoesia lrica, cujos principais representantes, naquele momento, foram Alceu e a poetisa Safo.

    Nas suas origens, a cincia e a filosofia se confundiram bastante. No perodo arcaico, a principalpreocupao dos filsofos era a de encontrar o elemento primrio da vida, a partir do qual o mundo e ohomem teriam surgido. O primeiro dos nomes conhecidos o de Tales de Mileto, cuja maior especulaodizia respeito formao das leis que regiam o conhecimento da cincia abstrata. Alm disso, Talesdesenvolveu uma srie de conhecimento prticos, especialmente em Matemtica, e formulou a teoria deque a substncia primria era a gua.

    Dentre os discpulos de Tales de Mileto, merecem destaque: Anaxmenes que via no ar a substnciaprimria, e Anaximandro, para quem os mundos eram infinitos em sua perptua inter-relao. Dois outrosfilsofos merecem destaque: Xenfanes, que acreditava em um nico deus que dirigia as foras do mundoe considerava o politesmo e as lendas acerca da vida dos deuses como simples invenes da imaginaohumana, e Pitgoras de Samo, para quem os segredos do universo esto na harmonia dos nmeros.

    A arquitetura grega manifestou sua mxima produtividade e esplendor na construo dos templos. Para

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  • essa arquitetura, as idias de proporo e harmonia eram fundamentais, partindo delas formaram-se doisestilos bsicos: o drico (severo e funcional) e o jnico (luxuoso e elegante).

    A escultura exercia um papel efetivamente independente da arquitetura, sendo que a estaturia, trabalhadafundamentalmente em mrmore, preocupava-se com o rigor anatmico e com a preciso dos movimentos edetalhes.

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    AS GUERRAS MDICAS OU GRECO PRSICAS

    fato notvel de que, no sculo VI a.C., as poleis gregas da Anatlia (sia Menor) e na Magna Grcia(sul da Itlia e Ilha da Siclia) apresentavam maior desenvolvimento econmico e cultural que as daprpria Grcia. Destaque maior deve ser dado s principais poleis da Anatlia: Mileto, feso, Samos eLesbos. Estes eram, sem dvida, os mais prsperos centros irradiadores da civilizao helnica.

    O Reino Ldio fazia fronteira com as poleis gregas da Anatlia e mantinha intensas relaes mercantiscom elas. Esse contato fazia com que a Ldia assimilasse, em larga escala, os padres culturais dacivilizao helnica; em contrapartida, o Reino Ldio foi estabelecendo uma efetiva hegemonia polticasobre a Anatlia.O estabelecimento da hegemonia ldia facilmente compreensvel se levarmos emconsiderao no s a inexistncia de uma unidade poltica entre as poleis gregas da Anatlia, comotambm a existncia, muitas vezes, de intensas rivalidades entre elas. Em 548 a.C., Ciro, rei dos persas, emsua poltica imperialista, conquistou o Reino da Ldia e, por extenso, estabeleceu seu domnio polticosobre a Anatlia. A sujeio ao Imprio Persa no alterou, substancialmente, a vida de Anatlia;entretanto, mudou drasticamente os objetivos imperialistas persas.

    A partir do estabelecimento de seu domnio sobre a Anatlia, os persas passaram a participar,indiretamente, do comrcio mediterrneo. A insero dos persas nos assuntos mediterrneos orientais fezcom que o imperialismo persa passasse a almejar o domnio dos Blcs. Esse objetivo era favorecido pelafragmentao poltica da Grcia e pelas freqentes e intensas rivalidades entre as cidades-estados daGrcia. Entre 499 e 494 a.C., as poleis gregas da Anatlia, apoiadas por Atenas, revoltaram-se contra odomnio persa. Esses dominadores, tendo subjugado os povos revoltosos da Anatlia, voltaram suaateno para os Blcs e, nesse contexto, em 492 a.C., conquistaram a Trcia e a Macednia, cujo governofoi entregue por Dario I a Mardnio e cuja posse serviria de base de apoio para futuras incurses noterritrio grego.

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  • Em 490 a.C., os persas, sob comando de Mardnio e com apoio de Hpias, tirano deposto de Atenas,iniciaram a invaso da Grcia Setentrional, fixando como objetivo primordial a conquista da tica. Osgregos, graas a uma vitria na Batalha de Maratona, conseguiram rechaar essa primeira tentativa deconquista empreendida pelos persas; esse povo atravessou uma srie de problemas internos em seuImprio (revolta do Egito, morte de Dario I e sua sucesso por Xerxes). Essa situao fez com que, por dezanos, os persas no voltassem a ameaar diretamente o territrio grego. Esse perodo de trgua deu aosgregos, a possibilidade de se organizarem melhor, particularmente atravs da conscientizao de diversascidades-estados de que o problema persa representava uma ameaa para toda a Grcia e no apenas paraAtenas.

    Em 480 a.C., teve incio uma nova campanha persa na Grcia. De imediato, Tesslia foi tomada e oavano sobre a tica iniciado; neste, os persas foram retardados pela passagem no desfiladeiro dasTermpilas, graas ao dos espartanos sob o comando de Lenidas.Esse atraso nas Termpilas permitiuque a populao de tica fosse evacuada para Salamina. Quando os persas tomaram e saquearam Atenas,ela estava despovoada. Em seguida, os invasores pretendiam vencer, definitivamente, os gregosconcentrados em Salamina.

    Desde o final da primeira incurso persa, os atenienses, liderados por Temstocles, haviam montado umapoderosa frota naval, graas qual foi possvel impedir uma derrota na batalha naval de Salamina. Com aperda persa em Salamina, a hegemonia martima passou para as mos dos gregos, tal fato foi decisivo parao destino da guerra.

    Em 479 a.C., os persas tentaram uma nova investida e, desta feita, foram derrotados pelos espartanos emPlatia (Pausnias era o chefe espartano nessa batalha) e pelos atenienses em Mcale. Diante dessas duasderrotas, os persas tiveram de desistir definitivamente da conquista da Grcia, j que seus exrcitos e suafrota naval foram quase que totalmente destrudos.

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    O APOGEU DE ATENAS

    Aps as batalhas de Platia e Mcale, acabaram as lutas entre gregos e persas no territrio da Grcia,contudo as guerras continuaram.

    Em funo das pesadas derrotas, a Prsia precisou de uma trgua para rearticular suas foras, reaparelharseu exrcito e sua frota. Nesse mesmo momento os gregos atenienses viam a oportunidade de afastar ospersas definitivamente do Mar Egeu.

    No fim da guerra, Atenas era a cidade-estado em melhores condies para exercer um papel hegemnicoentre os gregos. Alm de possuir a maior frota naval do Egeu e um poderoso exrcito, Atenas, aps asreformas de Clstenes, vivia uma relativa paz social e, em funo dos sucessos nas Guerras Mdicas, seusentimento nacional estava vivo e forte.

    Para as poleis gregas das ilhas do Egeu e da Anatlia, era vital a continuidade das lutas contra o impriopersa. Sendo assim, no foi difcil para Atenas, acatando a sugesto de um de seus generais das GuerrasMdicas, Aristides, propor e conseguir a formao de uma confederao martima: a Confederao deDelos. Essa Confederao agregava quase todas as poleis das ilhas do Egeu e da Anatlia sob apresidncia de Atenas. Cada membro da Confederao, ou seja, cada polis que dela participava, devia

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  • contribuir com tropas e navios ou ento com dinheiro, que viabilizava o recrutamento de tropas eequipagem para a marinha. Por ser a mais rica dentre as cidades-estados que participavam daConfederao de Delos, Atenas sempre exerceu uma efetiva hegemonia sobre todas as poleis que delaparticipavam.

    Muito cedo, as poleis gregas do Helesponto e do Mar de Mrmora aderiram Confederao. A atuaoblica da Confederao de Delos foi eficiente, pois, em cerca de vinte anos, ela conseguiu afastar os persasdo contato direto com o Mar Egeu.

    Nos primeiros tempos, a figura dominante em Atenas e, conseqentemente, na Confederao, foi Cimon e,posteriormente, Pricles, sendo que o ltimo exerceu durante mais de quinze anos um papel absolutamentepreponderante na vida ateniense, tanto que os seus tempos ficaram conhecidos sob a designao da Era dePricles.

    Em conseqncia das Guerras Mdicas e atravs daConfederao de Delos, Atenas passou a exercerabsoluta hegemonia poltica, militar e econmica em todo o Mediterrneo Oriental. Essa situao acelerouo ritmo de desenvolvimento mercantil de Atenas, provocando um intenso crescimento de sua populaoatravs do aumento considervel do nmero de metecos (estrangeiros) e de escravos.

    O desenvolvimento mercantil de Atenas fez com que se tornasse obrigatria a consolidao de suadominao no Mediterrneo Oriental. Nesse quadro era natural que a Confederao de Delos se tornasseum imprio Ateniense, ela passou a existir, uma vez afastado o problema persa, para contribuir para ofortalecimento e enriquecimento de Atenas.

    Em funo dessa realidade dito que o sculo V a.C. o sculo do apogeu de Atenas e no resta dvidaque essa expanso imperial ateniense inquietou diversas outras poleis na Grcia, particularmente Esparta.

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    A GUERRA DO PELOPONESO E A GRCIA NO SCULO IV a.C.

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  • A hegemonia ateniense sobre a Grcia esbarrava, dentre outras coisas, na concepo poltica doparticularismo das cidades-estados. A idia de nacionalidade, para os gregos antigos, estava ligada suapolis de origem e no nao grega.

    A ao centralizadora de Atenas, de certa forma, opunha-se concepo de polis. O imprio atenienseencontrava forte oposio junto s principais polis da Grcia, principalmente no que diz respeito a Espartae suas aliadas, que formavam a chamada Liga do Peloponeso.

    Inicialmente, o imperialismo preocupava-se com as terras litorneas do Mar Egeu; entretanto seu prpriodesenvolvimento fez com que as terras do Mediterrneo Ocidental passassem a ser reas atrativas. NoMediterrneo Ocidental, particularmente na Magna Grcia, havia vrias poleis; Siracusa por exemplo,mantinha um prspero comrcio que chegava Grcia principalmente atravs de Corinto, uma polis aliadaa Esparta. Conforme Atenas voltava sua ateno imperialista para o Ocidente, entrava em choque comCorinto e, conseqentemente , agravava suas relaes com Esparta. O apoio ateniense revolta da Crcira,uma colnia de Corinto, foi suficiente para que toda a Liga do Peloponeso entrasse em Guerra comAtenas. Sendo assim, no ano de 431 a.C. iniciava-se a Guerra do Peloponeso.

    Durante dez anos, Esparta e seus aliados bloquearam, por terra, a tica, forando Atenas a buscar seussuprimentos por mar, principalmente na sia Menor. Tal bloqueio, bem como as constantes lutas, fizeramcom que a populao da tica fosse concentrada dentro dos muros de Atenas. Isso dificultava oabastecimento desse povo e piorava as condies sanitrias de Atenas. Esse contexto tornou muitopropcia a ocorrncia de vrias epidemias que mataram grandes contingentes humanos, inclusive Pricles.

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    Em 421 a.C. foi negociada e assinada a Paz de Ncias, que deveria ser mantida por, no minmo, cinqentaanos. Restabelecida a paz, Atenas retomou sua poltica imperialista no ocidente e, em 413 a.C., comeou aarticular planos para atacar Siracusa, que tambm era aliada de Corinto. Os planos para o ataque a Siracusaforam concebidos por Alcebades e sofreram forte oposio dos aristocratas de Atenas. Essa oposiocausou violentos ataques a Alcebades, que acabou obrigado a fugir dessa plis e a refugiar-se em Espartadelatando os planos atenienses aos que o acolheram e que, sob o comando de Ncias, fracassaram. A partirdisso, a ocorrncia de uma ofensiva espartana por terra impingiu diversas derrotas a Atenas at que, em404 a.C., com a Batalha de Egos-Ptamos, os espartanos foram vitoriosos.

    Com a derrota de Atenas, teve incio o perodo da hegemonia espartana na Grcia. Essa plis tentouestabelecer seu imprio atravs de uma crescente interveno nos assuntos internos das outras poleis.Alm disso, Esparta procurou estabelecer seu controle sobre o comrcio do Mediterrneo Orientalgerando com isso a renovao dos choques contra o Imprio Persa.

    As posies imperialistas de Esparta desestabilizaram sua realidade interna. O crescimento do nmero deseus escravos provocou novas necessidades militares capazes de preservar a dominao poltica dosespartatas. Esses problemas internos fizeram com que Esparta deixasse de preservar suas posies naAnatlia. Dessa forma essa cidade voltou a sofrer presses e acabou voltando a pertencer ao ImprioPersa. Esses acontecimentos propiciaram uma aliana entre Atenas e Tebas e a formao de uma nova ligamartima sob a liderana dessas poleis. Ainda nesse perodo, Esparta teve de enfrentar diversas revoltas deseus escravos. Em suma, a hegemonia espartana viu-se em xeque at que, com a Batalha de Leuctras, 371a.C., os tebanos, liderados por Pelpidas e Epaminondas, expulsaram os espartanos da Grcia Setentrional.

    Em seguida, Tebas apoiou a libertao da Messnia em relao a Esparta e conquistou a Tesslia. Assim ahegemonia tebana estabelecia-se sobre a Grcia. S que em 362 a.C., Atenas e Esparta aliaram-se ederrotaram Tebas; a partir da, nenhuma polis grega tinha condies de impor sua hegemonia Grcia.

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  • A CIVILIZAO GREGA NOS SCULOS V E IV a.C.

    No sculo V a.C., a vida cultural grega encontrou em Atenas o seu principal centro irradiador, o que natural, se pensarmos que nesse sculo Atenas era efetivamente a principal potncia do mundo helnico.

    Se quisermos atribuir uma caracterstica bsica para a cultura grega clssica (aquela produzida nossculos V e IV a.C.), devemos indicar o Humanismo : preocupao com a valorizao do homem e dohumano.

    Esse Humanismo visvel, por exemplo, na escultura. Fdias e Miron, os dois principais escultores dapoca, antes de pretenderem representar os deuses como divindades, davam-lhes traos marcadamentehumanos, tanto no que diz respeito ao seu aspecto fsico, quanto na preocupao da fixao de umaemoo em cada imagem esculpida.

    Fdias, alm de ter sido notvel escultor, colaborou com o arquiteto Ictinnio e com Pricles nareconstruo de Atenas, aps as Guerras Mdicas, sendo que dessa reconstruo o monumento maissignificativo foi o Partenon, templo da deusa Atena, na Acrpole de Atenas

    Na filosofia, aps Herclito, que via no fogo o elemento essencial e que foi o primeiro filsofo a constatara importncia do movimento do universo, e de Demcrito, o formulador da teoria do atomismo, a filosofiagrega passou a se preocupar fundamentalmente com o homem; o caso, por exemplo, dos sofistas(Protgoras foi o mais notvel) que, antes de filsofos, eram educadores, ou seja, dedicavam-se atransmitir os conhecimentos adquiridos pela humanidade.

    Foi em meio aos sofistas que surgiu Scrates, o primeiro dos grandes filsofos gregos. Ao contrrio do quese fazia at ento, Scrates no se preocupou com a cosmologia e sim com o homem; discutiu, atravs deseu mtodo denominado maiutica, as grandes virtudes dos homens. Scrates no deixou nada escrito eseu pensamento chegou at ns atravs das obras de seus discpulos, dentre os quais o principal foi Plato,que reuniu os ensinamentos socrticos nos Dilogos.

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  • Plato fundou uma escola chamada Academia. Preocupou-se com a teoria do conhecimento; para ele, aidia a forma essencial de todas as coisas; o mundo real transcende o mundo dos fenmenosaparentes. Outra preocupao de Plato foi a poltica e, em sua obra Repblica, ele desenvolveu todo umpanorama crtico da vida poltica das cidades-estados.

    Dentre os discpulos de Plato, o mais notvel foi Aristteles que, a exemplo de seu mestre, tambmfundou uma escola, o Liceu. Para Aristteles, a razo um elemento essencial no conhecimento humano;entretanto, os dados manipulados pela razo so fornecidos pelos sentidos, ou seja, pela experinciasensorial.

    Os escritos de Aristteles abrangeram todos os campos do conhecimento humano de ento, desde o mundomaterial (Fsica), passando pela teoria do conhecimento (Organum) at poltica (Poltica) e as artes (ArtePotica e Arte Retrica).

    Outro campo do conhecimento que se desenvolveu no perodo clssico foi a Histria.

    Herdoto (o Pai da Histria) em sua obra Guerras Mdicas foi o primeiro a se preocupar com oregistro sistemtico do passado isento das lendas e da mitologia. Tucdides, autor da Guerra doPeloponeso, acrescentou observao histrica a crtica histrica, ou seja, preocupou-se em estabelecerrelaes de causa-efeito entre os fatos histricos. Xenofontes outro historiador do perodo.

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  • O MUNDO HELENSTICO

    A Macednia um territrio ao norte da Grcia. Seu povo foi considerado por muito tempo, pelos gregos,como sendo brbaro, essa imagem s foi alterada quando os macednios passaram por um processo dehelenizao.

    Em funo do desenvolvimento comercial e das Guerras Mdicas, a Macednia viu suas relaes com aspolis gregas intensificadas, a ponto da Macednia passar a ser vista como parte do mundo helnico.

    Desde cedo, a Macednia conheceu um processo poltico altamente centralizador. A monarquia absolutaera sua verdade em termos de organizao do Estado.

    Felipe, rei da Macednia, viveu em Tebas a partir de 356 a.C, onde passou a conhecer profundamente arealidade da Grcia, suas virtudes e fraquezas.

    O crescente caos poltico grego, aps o perodo da hegemonia tebana, deu margem para que Felipedesenvolvesse uma ao poltica, cujo objetivo era o estabelecimento do domnio macednico sobre aGrcia. Tal poltica encontrava entre os prprios gregos inmeros adeptos. o caso de Iscrates e deEsquines, que viam no domnio macednico o nico caminho vivel para preservar a soberania grega noEgeu, diante do novo expansionismo persa. claro que entre os gregos tambm havia ferrenhos opositoresa Felipe da Macednia, caso, por exemplo, do grande orador Demstenes.

    Com o intuito de desencadear um imperialismo macednico, Felipe realizou profundas transformaes nasestruturas militares e sociais de seu reino; por exemplo: adotou a falange tebana como unidade de luta deseu exrcito, confiscou as terras dos aristocratas e distribuiu-as aos homens pobres para que estes tambmtivessem condies de servir no exrcito.

    Aproveitando as divergncias de opinio entre os gregos, Felipe foi estabelecendo seu domnio na GrciaContinental. Teve de enfrentar resistncias militares que foram definitivamente sobrepujadas com suavitria na Batalha de Queronia, em 338 a.C., em conseqncia da qual foi criada a Liga de Corinto,atravs da qual a Grcia, menos o Peloponeso, reconheceu a supremacia macednica.

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    Pouco aps esses eventos, Felipe foi assassinado e sucedido no trono por seu filho Alexandre, que passoupara a histria como Alexandre Magno.

    Alexandre Magno foi educado durante algum tempo por Aristteles, sendo profundo admirador econhecedor do mundo grego. Alexandre dizia-se descendente de deuses e heris e desenvolveu em tornode si toda uma mstica que o transformou em personagem semidivino.

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  • Sua curta vida foi dedicada construo de um Imprio Macednico universal que ficou conhecido comoImprio Helenstico. Alm de consolidar o domnio macednico na Grcia, Alexandre conquistou todo oterritrio Persa, Fencia, Egito e parte da ndia. Morreu aos 33 anos de idade, em 323 a.C., na Babilnia,pouco aps haver desposado uma princesa persa.

    Em meio ao seu expansionismo militar, Alexandre fundou diversas cidades, que se tornaram centrosdifusores da cultura grega. Alexandria, no Egito, a mais importante delas.

    Aps sua morte, o Imprio de Alexandre conheceu uma forte crise sucessria, uma vez que seu filho snasceria aps alguns meses e seus generais iriam disputar o controle do Imprio.

    Aps intensas e prolongadas lutas, chegou-se forma de partilha do Imprio entre os principais generaisde Alexandre. Antgono ficou com o Reino da Macednia, que inclua a Grcia, nessa rea foi estabelecidaa Dinastia Antignida. Ptolomeu Lagos ficou com o Reino do Egito, onde foi estabelecida a DinastiaLgida. Seleuco ficou com o Reino da Sria, que abrangia todos os territrios asiticos do ImprioHelenstico, nessa regio foi estabelecida a Dinastia Selncida. O Reino da Sria, por ser o mais vasto emais heterogneo em termos de populao, conheceu, ao longo de sua histria, um processo defragmentao atravs do qual tiveram origem uma srie de pequenos reinos (Prgamo, Galcia, Capadcia,Bitnia, Ponto Euxino e Partos).

    Entre 197 e 31 a.C., todos os reinos helensticos foram conquistados pelos romanos.

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    Cultura Helenstica

    Acreditava-se que a cultura helenstica resultava da fuso da cultura grega com as culturas orientais(principalmente a egpcia e a persa), entretanto, a viso atual diz que a cultura helenstica nada mais doque a prpria cultura grega desenvolvida fora da Grcia , a partir do sculo III a.C.

    Essa cultura helenstica teve nas cidades de Alexandria, Antiquia e Prgamo seus principais ncleos dedifuso.

    Principais realizaes da cultura helenstica:

    Notveis progressos na Matemtica, especialmente com Euclides, autor dos Elementos da Geometria. NaFsica, com Arquimedes, grandes descobertas foram feitas

    A Filosofia desenvolveu duas correntes:

    O Estoicismo que nega qualquer forma de validade das coisas materiais e defende a total renncia a elas.

    O Epicurismo que, ao contrrio do estoicismo, defende a busca do verdadeiro prazer. Nas artes plsticas,os escultores e pintores buscaram fundamentalmente a fixao da idia desse movimento em seustrabalhos.

    Na literatura o desenvolvimento da poesia idlica teve como principal expoente Tecrito.

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    Roma

    A Monarquia (753/509 a.C.)

    Praticamente, no existem fontes histricas objetivas e precisas para as origens da cidade-estado de Roma.Os prprios romanos dos primeiros tempos homricos no conheciam com clareza os dados de suafundao.

    Era corrente, em Roma, uma explicao lendria segundo a qual Rmulo e Remo descendentes de Enias,um prncipe troiano que emigrara para a Itlia aps a destruio de Tria, teriam fundado a cidade em 753a.C. Essa lenda chegou at ns atravs de Eneida poema pico de Virglio.

    Em termos cientficos, com base nas pesquisas arqueolgicas e demais fontes, a Histria constata queRoma se originou de aldeamentos militares, estabelecidos entre sete colinas, s margens do rio Tibre,pelos latinos e sabinos, numa tentativa de defender o Lcio contra as freqentes invases dos etruscos.Esses aldeamentos militares devem ter sido estabelecidos por volta do ano 1000 a. C. e, lentamente, foramevoluindo para a condio de uma cidade-estado. certo que, no sculo VIII a.C., Roma j era umacidade-estado e, mais do que isso, uma Monarquia.

    Em suas origens, a economia romana estava inteiramente voltada para a explorao agrria;conseqentemente, a propriedade da terra era o elemento estratificador da sociedade, vindo da o fato deRoma ter originalmente uma sociedade fundamentalmente aristocrtica.

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  • Na estrutura social da monarquia romana, encontramos as seguintes camadas sociais:

    Patrcios

    Aristocracia latifundiria constituda pelos descendentes diretos dos fundadores de Roma. Os patrciosorganizavam-se em cls (comunidades familiares em sentido amplo, que em Roma eram chamadas de"gens"), cujos membros diziam-se descendentes de um mesmo antepassado que era por eles cultuado; cadacl tinha seu homem mais velho, o seu chefe ("Pater Familias").

    Clientes

    Parentes afastados e pobres dos patrcios; prestavam todo tipo de servio junto a um cl, em troca de suasubsistncia.

    Plebeus

    Eram os homens que no estavam ligados a nenhum cl: eram os estrangeiros, os artesos, os comerciantese os proprietrios de terras menos frteis; originavam-se de povos que se integraram a Roma ao longo desua formao.

    Na organizao poltica da monarquia romana, o rei era a autoridade mxima e era tido como de origemdivina; seu poder estava lastreado em duas instituies fundamentais: o imperium (comando supremo doexrcito) e o auspicium (capacidade de conhecer a vontade dos deuses).

    O rei era auxiliado no governo por um conselho de ancies, o Senado, cujos membros eram recrutadosentre os Pater Familias dos cls patrcios.

    Havia ainda um conjunto de assemblias (Curiata, Centuriata e Tribal ) que no possuam atribuiesclaramente definidas, mas que sempre eram controladas pelos patrcios.

    Segundo a tradio, durante a Monarquia, Roma teve sete reis: quatro latinos ou sabinos e trs etruscos.Efetivamente, por volta de 650 a.C., os etruscos conquistaram Roma, cujo domnio mantiveram at 509a.C., qu