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PREFEITO MUNICIPAL

Dário Elisa Berger

SECRETÁRIO MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

Rodolfo Joaquim Pinto da Luz

DIRETOR DE ENSINO FUNDAMENTAL

Pedro Rodrigues da Silva

GERENTE DE ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA

Rosane Immig

GERENTE DE ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO CONTINUADA

Vânio César Seeman

DIRETORA DE CURRÍCULO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Marilda T. Rios Martins

DIRETORA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Sônia Santos Lima Carvalho

DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Arlete Rios

ASSESSORES PEDAGÓGICOS

Anderson Costa Abreu Santos

Charles Schonnor

Gilmar José Fava

Isaac Ferreira

Ivarne Maria Mendel

Jorge Both

Joseane Zimmermann Vida

Luciana Weiss Quandt

Maria Leticia Naime Muza

Mary Fátima P. de Souza

Silvana Soster

Solange Rocha dos Santos

Tatiane Rousseau Machado

COLABORADORES

Maeli Faé (colaboradora)

Silvane Dalpiaz do Carmo (colaboradora)

APOIO

Renata S. Belmonte

Rosilene Lima

Zélia Maria Arruda Silva

SUMÁRIO

DESCRIÇÃO página

INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 04

LINGUAGENS E CÓDIGOS......................................................................................................... 11

MATRIZ CURRICULAR DE LINGUAGEM E CÓDIGOS................................................................... 14

MATEMÁTICA.......................................................................................................................... 42

MATRIZ CURRICULAR DE MATEMÁTICA................................................................................... 43

Proposta de Matriz Curricular do 6º ano ao 9º ano............................................................ 52

CIÊNCIAS NATURAIS................................................................................................................ 58

MATRIZ CURRICULAR DE CIÊNCIAS NATURAIS......................................................................... 60

Proposta de Matriz Curricular do 6º ano ao 9º ano........................................................................ 75

Definição de Sequência Didática..................................................................................................... 80

Modelo de Sequência Didática de Ciências Naturais...................................................................... 82

CIÊNCIAS HUMANAS................................................................................................................ 92

MATRIZ CURRICULAR DE CIÊNCIAS HUMANAS......................................................................... 95

Proposta de Matriz Curricular do 6º ano ao 9º ano – História...................................................... 105

Proposta de Matriz Curricular do 6º ao 9º ano – Geografia......................................................... 111

ENSINO RELIGIOSO.................................................................................................................. 116

MATRIZ CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO........................................................................... 120

PROPOSTA DE Matriz Curricular do 6º ao 9º ano........................................................................... 125

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................................... 127

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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MATRIZ CURRICULAR “EM CONSTRUÇÃO”

INTRODUÇÃO

Ao se ressignificar os conceitos do Projeto Político Pedagógico, propõe-se uma discussão pautada nos

princípios filosóficos, teóricos e metodológicos da educação e nos espaços de significação da prática escolar

docente, cujas atividades educacionais devem refletir os parâmetros mínimos da relação ensino-aprendizagem

e dos meios que se dispõem para a formação de um cidadão consciente, crítico e reflexivo de suas ações na

sociedade.

Importante se faz evidenciar os termos “Político” e “Pedagógico”, procurando justificá-lo dentro do

projeto da escola.

O projeto é político por ser um objeto num espaço de sucessivas discussões e decisões, pois o

exercício de nossas ações está sempre permeado por relações que envolvem debates, sugestões, opiniões,

sejam elas contraditórias ou de consenso. A participação de todos os envolvidos no Projeto Político Pedagógico

da escola, as resistências, os conflitos, as divergências são atos extremamente políticos, portanto há que se

concordar com Aristóteles, quando afirma que “todo ato humano é um ato político”.

O projeto é pedagógico por implicar em situações específicas do campo educacional, por tratar de

temas referentes à prática docente, do ensino-aprendizagem, da atuação e participação dos pais no contexto

educativo, enfim, de todas as ações que expressam o compromisso com a democratização da gestão e a

melhoria da qualidade do ensino.

Encontramos uma definição mais ideológica desse termo “política” na dimensão explicitada, pois

política pode aqui ser entendida como uma maneira de pensar e agir. Traduz uma visão de mundo. Pensamos,

agimos, lidamos com o conhecimento e com o aluno de forma política. A Pedagogia como ciência da educação,

compreende um conjunto de doutrinas e princípios teóricos e metodológicos que visam subsidiar e orientar a

ação educativa. A teoria pedagógica é uma ciência da e para a prática educacional. Temos nela um movimento

da teoria à prática e da prática à teoria.

Dentro da discussão proposta no documento PPP da SME de 2005-2008, tínhamos a elucidação do

“marco situacional” que tratava do ingresso da humanidade na sociedade da informação, caracterizada por

uma globalização galopante, pela inovação tecnológica e por fenômenos naturais alarmantes1 e, agora,

pensou-se numa definição mais pontual desses conceitos, de forma que se estabeleça a relação de mundo e de

sociedade como instrumentos de convivência e de produção da humanidade.

A escola deve assumir valores, conforme aborda Miguel Zabalza (2002), que estimulem a autonomia

dos estudantes, que os oriente para o respeito a si mesmo e aos demais, que os direcionem para a

solidariedade e para o compromisso com os que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Além

disso, que os prepare para respeitar a natureza, serem sensíveis ao multiculturalismo e às diferenças e fazer o

que estiver ao seu alcance para trabalhar pela paz e pela igualdade entre os povos e as pessoas, sem confundir

igualdade com uniformidade e diferença com desigualdade.

1 Conceitos extraídos do documento de gestão 2005/2008 da SME de Florianópolis.

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Assim, trazendo a realidade dos estudantes para a sala de aula e relacionando-a aos conteúdos

disciplinares, conforme também sugere Piaget, ao afirmar que a escola deve adaptar-se à criança, obter-se-á,

com maior facilidade, a participação e intervenção dos estudantes rumo à construção de seus conhecimentos,

a organização e desenvolvimento de suas competências e habilidades em suas múltiplas dimensões,

promovendo os debates e a cooperação entre os membros do grupo, uma vez que cada um poderá expor seus

pontos de vista a partir das experiências de vida que possuem. Mudando-se as práticas, mudar-se-á também o

papel do estudante em sala de aula. E, dessa forma, conforme aborda Tomaz Tadeu da Silva (1995, p.33)

haverá a “constituição de identidades sociais”.

Nesse sentido, o currículo escolar passa a ser definido como sendo todas as situações vividas pelo

estudante dentro e fora da escola, seu cotidiano, suas relações sociais e culturais, as experiências de vida

acumuladas por esse sujeito ao longo de sua existência, as quais contribuem para a formação de uma

perspectiva educacional. É importante dizer que, para a formação do currículo escolar individual de cada

estudante, a organização da vida particular de cada um se constitui no principal instrumento de trabalho para

que o professor possa explorar no âmbito de sua práxis pedagógica. Logo, o que se quer dizer é que a escola

deve buscar, na experiência cotidiana do aluno, elementos que subsidiem a sua ação pedagógica e, ao mesmo

tempo, recursos que contribuam para a formação do currículo escolar dos estudantes.

O currículo escolar, além dos aspectos já conhecidos, também pode ser entendido como um processo

de socialização das crianças com o objetivo de que compreendam e atuem conscientemente na sociedade.

Nesse sentido, acredita-se que as relações sociais, as trocas de experiências, o cotidiano, formam um conjunto

de fatores que garantem a formação de um currículo escolar que busca integrar a vida escolar à vida social. Em

contrapartida se tem que a perfeita observação de todos esses elementos direciona a uma efetiva práxis do

currículo, ou seja, a articulação entre a teoria e a prática curriculares em sala de aula. Construir o currículo na

sala de aula requer profissionalismo e competência por parte dos professores quanto à utilização de uma

importante ferramenta pedagógica que é a vivência sociocultural das crianças.

É importante considerar Arroyo quando se fala das relações sociais na escola e a formação do

trabalhador. Afirma o autor:

A preocupação com o cotidiano, com os rituais, com as relações sociais que se dão nos processos escolares, na produção do conhecimento e socialização, tem aumentado entre os educadores e pesquisadores. Que papel cumpre as relações sociais na escola na formação do trabalhador e dos educandos em geral? A escola está cada vez mais próxima de nossas preocupações. Aproximando-nos da escola descobrimos seus currículos, sua organização e também as relações sociais em que se dá a prática educativa. (ARROYO, 1999, p.13)

A LDB, que é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, em seu título I, artigo 1º,

assim define que “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na

convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organização

da sociedade civil e nas manifestações culturais”. (LDB, 1996, p.01).

Levando-se em consideração a definição de currículo escolar como sendo as experiências sociais

acumuladas pelas crianças, adolescentes, jovens e adultos, ao longo de sua existência, percebe-se que a LDB,

implicitamente, não cita a expressão currículo escolar, mas contempla as expectativas em relação ao assunto

que aqui se propõe. De acordo com a lei, os processos de formação desenvolvidos no ambiente familiar, bem

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como na convivência diária com as pessoas, a partir de suas manifestações culturais, quaisquer que sejam elas,

e em outros segmentos da sociedade civil, são abrangências da educação, logo componentes integrantes do

currículo escolar a ser desenvolvido nas instituições de ensino.

Um fato que não se deve deixar de considerar é o de que as discussões atuais já estão voltadas para o

discernimento das áreas do conhecimento, mas as teorias circundantes da LDB ainda sinalizam para uma

sistemática do currículo fragmentado, movimentado pelas “caixas” dissonantes da grade curricular das

disciplinas, excluindo-se o exercício da transversalidade do conhecimento que deve perpassar todo o currículo

escolar.

A diretoria de Ensino Fundamental (DEF), com base nas perspectivas propostas do Plano Curricular

Nacional, na Lei 9394/96, na Proposta Curricular da Rede Municipal de Ensino e nas legislações vigentes,

procura-se implementar os avanços que os currículos modernos proporcionam. Dessa forma, a proposta da

DEF para as modalidades curriculares perpassa por instrumentos que possam consolidar o compromisso de

uma educação pública de qualidade, com notório avanço tecnológico e adequação dos meios instrumentais e

metodológicos que norteiam as práticas escolares e as atividades dentro do ambiente escolar.

É pensando nessa perspectiva que se compõe uma estrutura curricular em Áreas do Conhecimento,

com a disponibilidade dos componentes curriculares serem vistos como objetos de significância para o social e

para o estudante, com uma proposta inovadora, intensificada no propósito de fazer do ambiente escolar o

meio adequado do ensino e da aprendizagem. Para tais eventos, é preciso que tenhamos as informações

definidas dos tópicos que pressupõem a Matriz Curricular e seus parâmetros de ação na proposta pedagógica,

como se delimita em seus espaços conceituais.

A começar pela ementa que é o conglomerado de informações que se estabelece em tópicos. A

ementa é uma descrição do que a área do conhecimento possui e de seu plano curricular. Esse ementário tem

por finalidade definir os tópicos de base que deverão ser abordados no processo de ensino aprendizagem. A

ementa é o aporte da base mínima que se deve ter como parâmetro em toda a RME e para todas as unidades

educativas, posto que serve de base para a elaboração do Plano de Atividade Educacional (PAE) de cada

professor e de cada componente curricular que compõe a Área do conhecimento.

A ementa tem por pressuposto construir unicidade, o mínimo de conhecimento que todos os

estudantes da RME devem ter ao longo de sua vida escolar e, dessa forma, acabar-se-á com a recorrente fala

de que os currículos são diferentes em cada unidade educativa.

A funcionalidade da ementa é de registrar os tópicos de base da discussão do ensino e da

aprendizagem, haja vista que é esse mínimo de temas que o estudante deverá ter ao longo do curso ou da

modalidade de ensino que cursa.

Por uma questão didática, houve necessidade de se distribuir a ementa em dois níveis de produção. O

primeiro em nível de SME, quando aborda os tópicos que deverão ser discutidos ao longo dos anos escolares e,

o segundo em nível de unidade educativa, momento em que as áreas do conhecimento produziram as ementas

de cada área do conhecimento e por níveis curriculares, já que os componentes curriculares é que definem a

referida área do conhecimento.

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Já, as matrizes referenciais se direcionam aos fundamentos das ementas que são construídas em cada

nível. São assim denominadas porque se tornam documentos referenciais para que se possa trabalhar com os

tópicos definidos na ementa de cada nível e, dessa forma, integrar a malha curricular, a rede de conhecimento

que se constrói ao longo da trajetória. Essas matrizes referenciais são os instrumentos norteadores das ações

que se limitam na ementa e que dão as bases ideacionais para a construção das habilidades de cada

referencial. É importante que se destaque a formalidade das matrizes referenciais, já que serão elas que

definirão os contextos de discussão e as possibilidades da transversalidade e interdisciplinaridade dos eixos

norteadores e temáticos de cada área do conhecimento e dos componentes curriculares que as compõem.

Toda e qualquer ação proposta na matriz de referência deve ter como parâmetro as discussões que

perpassam os conceitos de integralidade, transversalidade e interdisciplinaridade do conhecimento, dentro de

uma estrutura vocabular de clareza e fácil compreensão, para que se torne um argumento esclarecedor do

projeto político-pedagógico e de fácil entendimento para os leigos na matéria. Todas essas matrizes

referenciais devem estabelecer habilidades que perpassam as fronteiras da aprendizagem e respeitam os

limites de habilidade que cada estudante tem para o seu aprendizado, desenvolvendo os contextos ao seu

tempo e para cada finalidade.

Já, para as habilidades, essas devem fazer parte do cotidiano da instituição mantenedora, da unidade

educativa e de cada sala de aula. É através dessas habilidades que os estudantes podem desenvolver as

propostas metodológicas que se colocam nas matrizes referenciais e nas ementas das áreas do conhecimento,

juntamente com os argumentos didáticos de cada componente curricular.

As ações que levam essas habilidades a se concretizarem são metodológicas e com base em

fundamentos de conhecimentos que se constroem ao longo do espaço da aprendizagem. É preciso se ter a

consciência de que nenhuma habilidade é impossível se é bem mediada pelos profissionais que as orientam,

portanto, nenhum estudante deixa de conhecer ou articular os conhecimentos se lhes é mediada informação

de forma bem esclarecida, com argumento didático sequenciado, retomada de argumentos que não se

concretizam na base cognitiva e avaliações didáticas constantes e permanentes ao longo do processo de ensino

e da aprendizagem, visto que a todos é dado os limites do conhecimento de acordo com a proposta de

mediação que lhes é facultado, portanto, cada estudante aprende tudo, de acordo com a sua habilidade.

Todas as fontes que direcionam o processo do Currículo estão centradas no CNE/MEC, já que são as

Unidades Educativas que nos apontam quais os caminhos e quais os avanços que se pode ter na construção de

uma matriz curricular.

As discussões preliminares das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (DCNEF) nos

traz perspectivas que dão a oportunidade de começar a discussão da estrutura dessa matriz e, por enquanto,

mantê-la “em construção”. O Parecer CNE/CEB nº 07/2010 faz o arrazoado da fundamentação de forma que

baliza toda a proposta que a RESOLUÇÃO CNE/CEB nº 04/2010 traz, com relação à Educação Básica no Brasil.

Já, o Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e o Parecer CNE/CEB n º 12/2010 trazem o perfil da discussão das diretrizes

curriculares nacionais.

Na RME estamos com o processo de implantação do ensino de 09 anos, mas mantendo o ensino de 08

anos até 2015, portanto, do 1º ao 5º ano conseguimos sistematizar a Matriz Curricular que deve orientar o

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Planejamento nas Unidades Educativas e, do 6º ao 9º ano, iniciamos com uma proposta e consideramos

oportuno socializa-la neste documento prévio, que no decorrer de 2011 deve ser finalizada.

Se há uma referência norteadora do currículo, nada melhor que a estrutura da resolução para dizimar

os conceitos tradicionalistas e as formalizações bahavioristas em que a Matriz Curricular atual está elaborada.

Passamos da proposta de uma Matriz Curricular centralizadora de/para uma avaliação reguladora e/para uma

avaliação diagnóstica, processual, uma vez que toda a RME terá um procedimento linear do ensino e da

aprendizagem.

Certamente que as propostas do CNE/MEC são norteadoras para o contexto das Matrizes referenciais,

mas é possível estabelecer essa conquista com as formas limitadas pelo parâmetro legal, e é importante se

destacar que somente com uma parceria e comprometimento de toda a Rede, dos Especialistas, Diretores e

Professores é que se irá construir um currículo pautado nas necessidades de uma escola social e democrática,

bem como no comprometimento das realidades sócioculturais do sistema educacional.

Trouxemos ao longo dessa discussão, os fundamentos da Proposta Curricular da RME de 2008, sem

que pudéssemos perder cada gota do aprendizado e do ensino que aquelas palavras nos propõem, mesmo

porque, é um conteúdo emanado de uma ampla discussão com todos os profissionais da RME/PMF e que se

empenharam, ao extremo, para construírem um caminho que até então nos norteia. É necessário que

valorizemos o conhecimento do passado, como instrumento de consolidação deste presente e do futuro que

nos pressupõe, mesmo porque, cada aprendizado e cada ensinamento têm o seu tempo, mas não nos custa

avançar em direção a um futuro de tecnologias, modalidades integradoras de passado/presente/futuro,

harmonia do antigo, ressignificação do presente e modernização do futuro do que fizemos, agora fazemos e,

quiçá, muitos de nós ainda faremos num tempo adiante e breve.

Somente com a variável de um esforço bastante concentrado e um estudo minimalista de conceitos

das matrizes curriculares e do currículo por parte dos envolvidos é que se construirá uma trajetória de

eficiência na elaboração do currículo pleno de uma escola e, todos nós, funcionários da Rede Municipal de

Ensino de Florianópolis somos atores coadjuvantes deste contexto e desta trajetória a que nos lançamos.

Nossos mais sinceros agradecimentos a todos que participaram, envolveram-se e acreditaram que a

Matriz Curricular de 2011 seria possível.

DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARROYO, Miguel G. As relações sociais na escola e a formação do trabalhador. In: Trabalho, formação e currículo: para onde vai a escola? São Paulo: Xamã, 1999. BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. _____. Resolução CNE n° 04 de 13 de Julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. _____. Parecer n° 07/2010 de 07 de Abril de 2010. Conselho Nacional de Educação/ Câmara de Educação Básica. _____. Parecer n° 11/2010 de 07 de Julho de 2010. Conselho Nacional de Educação/ Câmara de Educação Básica. _____. Parecer n° 12/2010 de 08 de Julho de 2010. Conselho Nacional de Educação/ Câmara de Educação Básica. FLORIANÓPOLIS. Prefeitura Municipal de. Secretaria Municipal de Educação. Departamento de Educação Fundamental. Proposta Curricular da Rede Municipal de Ensino. Florianópolis, 2008. SILVA, Tomaz Tadeu da. Educação, Trabalho e Currículo na era do pós-trabalho e da pós-política. In: Trabalho, formação e currículo: para onde vai a escola? São Paulo: Xamã, 1999. _____. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2ª Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. ZABALZA, Miguel. Como educar em valores na escola. Pátio – revista pedagógica, Ano 4 nº 13, Maio/Julho, p. 21-25, 2000.

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ÁREA DO CONHECIMENTO

LINGUAGENS E CÓDIGOS

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Área do conhecimento: LINGUAGENS E CÓDIGOS

Pautada na Proposta Curricular do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis

publicada em 2008, a Matriz Curricular não tem a pretensão de sobrepô-la, mas, dinamizá-la.

Diante da nova proposta de organização curricular com áreas do conhecimento que abrangem

disciplinas afins e complementares, a área de Linguagens e Códigos (Línguas, Arte e Educação Física), tem a

preocupação de trazer algumas concepções que norteiam o ensino e a aprendizagem da língua.

Alfabetização e Letramento

“Historicamente, o conceito de alfabetização se identificou ao ensino-aprendizado da ‘tecnologia da

escrita’, quer dizer, do sistema alfabético de escrita, o que, em linhas gerais, significa, na leitura, a capacidade

de decodificar os sinais gráficos, transformando-os em ‘sons’, e, na escrita, a capacidade de codificar os sons da

fala, transformando-os em sinais gráficos” (BRASIL,2007).

“Letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem como o

resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado ou condição que adquire um grupo

social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num

mundo organizado diferentemente: a cultura escrita” (BRASIL, 2007).

A aquisição da leitura e da escrita está relacionada ao desenvolvimento da capacidade simbólica do ser

humano. Leitura e escrita não se desenvolvem naturalmente como a fala, pois envolvem funções diferentes do

cérebro.

Perante o desafio do sucesso na aprendizagem das crianças e adolescentes, concordamos com o que

diz Magda Soares “alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria

alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de

modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado” (Soares 2004, p. 47).

Faz-se necessário lembrar que a Proposta Curricular da Rede já tem estabelecido os objetivos gerais

para os três primeiros anos iniciais no Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), bem como, orientação e definição de

gêneros para serem trabalhados no intuito de que crianças e adolescentes desenvolvam habilidades e

competências.

Tornar-se alfabetizado – ter domínio da escrita alfabética – é um direito de todos, mas para que

possamos formar um cidadão letrado precisamos escolarizar as práticas sociais de leitura e escrita a partir de

situações reais de comunicação.

As dimensões da criação, expressão e fruição

A primeira reflexão que trazemos se refere aos tempos e espaços que disponibilizamos para que as

dimensões da criação, expressão e fruição nos processos de ensino e aprendizagem se evidenciem no cotidiano

das aulas. Se elas são fundamentais no processo cognitivo como apontam os estudos da neurociência, as

teorias vygotskyanas e piagetianas, porque são relegadas a um segundo plano na tessitura do cotidiano das

escolas? Poderíamos tecer inúmeras respostas, desde os tempos e espaços que a escola oferece até as

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concepções que trazemos do que seja o conhecimento. É o momento de olharmos a educação, a escola, seus

saberes e fazeres por outros ângulos.

Certo é que essas dimensões prescindem do estabelecimento de um clima mobilizador para que

aconteçam e tornem-se significativas nas situações de aprendizagens propostas, já que são de extrema

importância para o desenvolvimento da integralidade dos sujeitos onde razão e emoção, imaginário e

realidade, conceito e símbolo, subjetividade e objetividade estão em constante diálogo.

A fruição lida essencialmente com a subjetividade dos sujeitos e, por isso mesmo, trabalha com as

diferenças e similaridades de cada ser. Possibilitar momentos de fruição como possibilidade de conhecimento

demanda uma disponibilidade para olhar o outro. A fruição, enquanto experiência educativa, mobiliza a

atenção, a escuta, a concentração, o devaneio, o “estar presente” em determinada situação, que pode ser o

olhar sobre uma imagem, a escuta e /ou leitura de um poema, uma melodia, uma cena, um filme, uma dança,

uma história, uma teoria.

Outra dimensão que deve estar presente nas situações de aprendizagens propostas se referem a

expressão, que representa a forma de exteriorização do vivido, que pelo ato participativo compreende,

reinterpreta, recria e expressa olhares sobre as dimensões que constituem a realidade, e segundo Borba e

Goulart (2007), “ tais práticas devem mobilizar o diálogo das crianças com a pluralidade de produções, com

diferentes autores e modos de expressão, e encorajá-las a buscar novos sentidos, novas combinações, novas

emoções e, assim, se constituírem como autoras de suas palavras e modos de pensar, narrar o mundo”.

E a criação a ser considerada como dimensão nas matrizes curriculares, mobiliza determinados

aspectos do conhecer, que consideramos fundamentais no processo de aprender a aprender, são eles: a

percepção, a sensibilidade, a memória, a imaginação, a atenção, a dúvida, a inventividade, entre tantas outras

formas de dialogar com o/no mundo. A criação fala da possibilidade de autoria, de significação e sentido que o

conhecimento pode ter se propiciarmos aos estudantes um encontro dialógico com a novidade e a surpresa

que revelada pelos nexos, associações e conexões resultam em reelaboração e redescoberta do mundo.

Trabalhar com a fruição, a expressão e a criação nos currículos escolares demanda um

comprometimento com os tempos e espaços das escolas e das práticas docentes, pois reorganizá-los

adequadamente envolve processos de criação e de fundamentação pedagógica coerentes com os objetivos do

trabalho a ser desenvolvido. A intencionalidade das ações pedagógicas é de suma importância no desenrolar de

qualquer planejamento seja num âmbito mais macro como nos Projetos Políticos Pedagógicos ou em âmbito

mais micro como os das salas de aula.

Em síntese, “Deixemos a imaginação, a fruição, a sensibilidade, a cognição, a memória transitarem

livremente pelas ações das crianças com o lápis, a tinta e o papel, com as palavras escritas e orais, com argila e

materiais residuais, com os sons e ritmos musicais, os gestos e movimentos do corpo, com as imagens de

filmes, fotografias, pinturas, esculturas... Permitamos que o olhar, a escuta, o toque, o gosto, o cheiro, o

movimento constituam formas sensíveis de se apropriar do conhecimento sobre o mundo e sobre nós mesmos

nos espaços escolares” (Borba e Goulart, 2007).

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Movimento corporal e linguagem

O professor de Educação Física tem o privilégio de trabalhar com corpos em movimento, os quais

transmitem expressões. Através do movimento, o estudante se expressa de forma diferente. Movimentos

corporais expressivos têm como principais indicadores a velocidade do movimento, da postura, do gesto e da

expressão dentre outras características próprias da comunicação não verbal manifestada no esporte, na dança,

no teatro, na mímica, etc.

As posturas, atitudes, gestos e o olhar revelam, em alguns momentos, melhor do que as palavras, as

emoções e os sentimentos de uma pessoa em uma eventual situação.

Ao considerar o meio escolar, observa-se que a linguagem do estudante não ocorre apenas pela

oralidade, mas também por meio do gesto corporal. Assim, constata-se que o movimento corporal realizado

em atividades lúdicas deve fazer parte do processo de ensino, pois proporcionará significado para a

aprendizagem, pelo fato de que o ato de brincar é uma característica natural da criança.

Neste sentido, a função do profissional da educação é buscar meios para que o estudante tenha

oportunidades de viver e aprender através do movimento, fazendo com que tenha consciência que o corpo é

um meio de expressão, assim como a fala e a escrita.

Almejamos que o presente texto tenha alcançado o objetivo de esclarecer e compreender a proposta do

trabalho pedagógico, através da Matriz Curricular a ser desenvolvido nas unidades educativas da Rede

Municipal de Ensino de Florianópolis, buscando a continuidade da reflexão sobre o Ensino Fundamental de

Nove Anos.

EQUIPE ORGANIZADORA DO PROJETO NA ÁREA DO CONHECIMENTO MARIA LETÍCIA NAIME MUZA (LÍNGUAS: PORTUGUESA E ESTRANGEIRA); MARY FÁTIMA PEREIRA DE SOUZA (SÉRIES INICIAIS) TATIANE ROUSSEAU MACHADO (LÍNGUA PORTUGUESA); JORGE BOTH (EDUCAÇÃO FÍSICA); SOLANGE ROCHA DOS SANTOS (ARTE: CÊNICA, PLÁSTICA,TEATRO E MÚSICA).

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MATRIZ CURRICULAR DA ÁREA DO CONHECIMENTO

EIXO DE AÇÃO DA RME/PMF

“LER E ESCREVER: COMPROMISSO DE TODAS AS ÁREAS.”

EMENTA DA ÁREA DO CONHECIMENTO

Linguagem: Apreciação, Contextualização, Produção, Expressão. Oralidade. Leitura. Escrita. Linguagem verbal e não-verbal. Corpo, Cultura e Movimento. Mídias Tecnológicas.

MATRIZ REFERENCIAL DA ÁREA DO CONHECIMENTO

Promover e experienciar processos de cognição e metacognição da linguagem, que permeiam ludicamente a elaboração desses conhecimentos e possibilitem ao sujeito interagir e se expressar no mundo.

COMPETÊNCIA

Apropriar-se da linguagem nas diversas situações de interação e expressão, de acordo com o contexto cultural, integrando as mídias tecnológicas.

HABILIDADES

H1- Compreender a função social da linguagem e o seu uso na interação de diferentes contextos sócio-

culturais.

H2- Usar a oralidade, a escrita e outras formas de linguagem na comunicação e na expressividade cultural.

H3- Reconhecer a palavra escrita, nas dimensões cotidianas e nos recursos de expressividade, como argumento

de caracterização dos sistemas de comunicação.

H4- Relacionar práticas e saberes correlatos nas diferentes linguagens.

H5- Identificar características, elementos e procedimentos da dinamicidade nas diferentes linguagens.

H6- Reconhecer a função, acessar e usar as diferentes tecnologias de comunicação na interação social

relacionando-as aos contextos culturais.

H7- Compreender a corporeidade e o movimento enquanto manifestação das diferentes formas de expressão.

EIXOS NORTEADORES

EN1. Apropriação e uso de diversas formas de expressão nas diferentes formas de linguagens.

EN2. Significação, criação e fruição nas diferentes formas de linguagens.

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EIXOS TEMÁTICOS

ET1. O sujeito no processo da apropriação da linguagem na perspectiva da Alfabetização Letrada e Lúdica, da

expressividade corporal e artística.

ET2. Processos de compreensão e produção nas diferentes formas de linguagem.

ET3. Oralidade, leitura e escrita nas diferentes formas de linguagem.

1º ANO

Objetos de conhecimento/estudo Objetivos das capacidades e habilidades a serem

desenvolvidas

ORALIDADE

Linguagem verbal e não verbal.

Exposição de opinião.

Atenção na escuta.

Apreciação na leitura.

Fazer intercâmbio oral, ouvindo com atenção e formulando perguntas.

Ouvir com atenção textos lidos.

Conhecer e recontar repertório variado de textos literários.

Explicitar o assunto de um texto.

Relatar experiências vividas, respeitando a sequência temporal e causal

Apreciar poemas lidos ou recitados.

Relacionar o poema à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente.

Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

LEITURA

Comportamento leitor.

Leitura do nome completo.

Leitura coletiva e individual.

Escuta com atenção e compreensão.

Leitura e análise de imagens.

Função lúdica de textos poéticos.

Rima.

Titulo e autor.

Percepção da sílaba, palavra e frase.

Ritmo no verso.

Sinais de pontuação (ponto final e interrogação.).

Diferenciar letras de outros sinais gráficos.

Identificar pelo nome as letras do alfabeto.

Identificar número de sílabas que formam uma palavra.

Desenvolver o comportamento leitor.

Vivenciar atividades de leituras diariamente.

Ler e analisar imagens.

Ler textos conhecidos, como parlendas, adivinhas e canções, tendo também o caráter de fruição.

Conhecer as representações do alfabeto (nas formas script e cursiva, maiúscula e minúscula).

Conhecer as representações das letras maiúsculas do alfabeto de imprensa.

Localizar letras, palavras e frases em textos.

Revisar textos coletivamente, apoiados em leitura em voz alta feita pelo professor.

Explicitar o assunto do texto.

Recitar poemas.

Ler textos observando as pontuações (ponto final e interrogação).

Estabelecer relação entre unidades sonoras e suas representações gráficas.

ESCRITA

Desenho como forma de representação.

Escrita enquanto forma de representação.

Função social da escrita.

Alfabeto.

Relação grafema/fonema.

Identificar as diferenças entre a escrita alfabética e outras formas gráficas.

Perceber as convenções gráficas.

Compreender a orientação e o alinhamento da escrita da Língua Portuguesa.

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Escrita espontânea.

Escrita do nome completo.

Forma convencional da escrita (direção, segmentação, grafia das palavras).

Percepção de que palavras são formadas pela combinação entre letras.

Formação de palavras.

Espaçamento entre as palavras

Distribuição do texto na página

Conhecer o alfabeto e compreender a categorização gráfica e funcional das letras.

Compreender a função de segmentação dos espaços em branco e da pontuação de final de frase.

Reconhecer unidades fonológicas como sílabas, rimas, terminações de palavras, etc.

Escrever as representações das letras maiúsculas do alfabeto de imprensa.

Escrever texto de memória de acordo com sua hipótese de escrita.

Escrever o próprio nome completo e utilizá-lo como referência para a escrita.

Escrever usando a hipótese silábica, com ou sem valor sonoro convencional.

Reescrever ditando textos conhecidos.

Segmentar o texto em palavras.

Gêneros sugeridos para serem trabalhados quadrinha, bilhete, lista, crachá, calendário,

tabela, poema, certidão de nascimento, cantigas.

ORALIDADE (escuta/fala) Diálogo/cantiga

1* Greetings (hello)

1* Leave-takings (good bye)

1* Introducing myself

1* Understanding simple commands (sit down,stand up, pay attention, silence, listen, draw, color, write, talk, open your book)

2 * Recognizing colors (blue, pink, black, white)

2 * Recognizing toys (ball, car, doll, teddy bear)

2 * Recognizing some school objects (pencil, ,book, notebook, eraser, pencil sharpener, pen)

3 * Recognizing and talking about pet animals (dog, cat, bird, fish, bunny)

3 * Expressing feelings (opposites: happy and sad) 3 * Recognizing parts of the face: eyes, mouth, nose, ear, hair

LEITURA/ ESCRITA

Crachá: * Writing my name

Diálogo: (contorno do traçado)

* Greetings

* Leave-takings

* My name

LANGUAGE STRUCTURES

* Verb to be (am, is)

* Demonstrative pronouns: this, that

* Interrogative pronoun: what

* Possessive adjectives: my, your

* Personal pronouns: I, it

ORALIDADE(escuta/fala)

* Greet (hello)

* Leave-take (say goodbye)

* Introduce myself

* Understand simple commands

* Recognize colors

* Recognize toys

* Recognize some school objects

* Recognize and talk about pet animals

* Express feelings

* Recognize parts of the face

LEITURA/ ESCRITA * Write and read the name

* Recognizing the writing of greetings and leave-takings (hello/ good bye)

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Gêneros para serem trabalhados: Crachá (escrita) Diálogo (oralidade) Cantiga (oralidade) Indoor and outdoor games (oralidade)

JOGOS POPULARES E SIMBÓLICOS Foco, acordos grupais, regras do jogo, concentração, intencionalidade, ritmo, altura, dramaticidade, criatividade, espacialidade, temporalidade, imaginação. Elementos do som: duração, intensidade, altura, timbre; Elementos da cena: onde, quem, o que; Elementos das artes visuais: ponto, linha, textura, simetria, forma, cor, figura-fundo, equilíbrio, bi e tridimensionalidade; Elementos da dança: deslocamentos, equilíbrio, desequilíbrio, volume, peso, planos.

Experimentar, pesquisar e explorar as possibilidades de expressar-se artisticamente com os elementos que fundamentam cada linguagem expressiva: -Relacionar-se individual e coletivamente com os espaços e tempos do imaginário; -Intervir nos tempos e espaços do jogo, recriando-os; -Transformar de forma criativa, através da imaginação, objetos, formas, brinquedos, imagens, sons, espaços, tempos, movimentos.

-Relacionar e articular dados da realidade ao mundo do imaginário.

JOGOS TEATRAIS, CORPORAIS, SONORO-MUSICAIS E VISUAIS

-Compreender as diferenças entre som e silêncio; -Expressar-se através do corpo e da voz nas dinâmicas individuais e/ou coletivas; -Localizar-se no espaço a partir dos jogos; -Situar-se no tempo a partir dos jogos; -Articular ritmo e movimento; -Cantar em situações coletivas e/ou individuais; -Criar sons por meio do corpo, de objetos e instrumentos musicais; -Distinguir formas, volumes, relevos e texturas; -Dançar em situações coletivas e/ou individuais; - Recriar e criar imagens, objetos e formas; -Animar fantoches, brinquedos, objetos, desenhos e formas; -Utilizar elementos midiáticos na interação com as expressões artísticas (Música, Cênicas e Visuais).

Brincadeiras cantadas e narradas (movimento, ritmo, gesto, expressões, plasticidade, equilíbrio, direções, planos, silêncios, timbres, alturas, duração, intensidade, simetria, forma, espacialidade, temporalidade, deslocamentos, volume, peso)

-Expressar-se através do corpo e da voz; -Relacionar movimentos e ritmos; -Recriar as brincadeiras nas diversas formas de expressão; -Relatar e registrar os sentidos, as emoções e os significados vividos nas brincadeiras (em suas diversas formas de expressão); -Perceber e identificar nas brincadeiras os elementos sonoros (duração, timbre, altura e intensidade); -Perceber e identificar nas brincadeiras os elementos visuais (cor, forma, volume); -Perceber e identificar nas brincadeiras os elementos cênicos (movimento, gesto, expressão); -Articular entre si, os elementos sonoros, visuais e

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cênicos.

FRUIÇÃO Apreciação (sentidos e prazer)

-Relacionar-se sensível e integralmente com a experiência estética vivida; -Compartilhar integralmente das impressões, percepções e emoções experienciadas;

Atividades Rítmicas Consciência Ritmo Motora Tempo Musical Espaço Temporal Consciência Corporal Linguagem Corporal Ritmos Étnicos Culturais Dança

Promover experiências motoras que desenvolvam diversas formas de atividades rítmicas.

Ginástica Força Equilíbrio Flexibilidade Coordenação Confiança/Segurança

Submeter a ações motoras que desenvolvam conteúdos da ginástica.

Atividades Físicas e Saúde Imagem Corporal Hábitos Saudáveis Aptidão Física Nutrição Noções de Primeiros Socorros Avaliações Antropométricas, Valências Físicas, Postural e Somatotipológica.

Apresentar de forma superficial a importância dos hábitos saudáveis para a vida dos alunos. Realizar uma rotina de avaliações para apresentar a realidade do desenvolvimento morfofuncional dos alunos.

2º ANO OBJETOS DO CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E

HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

ORALIDADE

Discussão coletiva de adequação ortográfica de textos produzidos (individual e coletivamente).

Discurso direto

Participar de intercâmbio oral, ouvindo, perguntando e planejando a fala para diferentes interlocutores.

Recontar histórias conhecidas, recuperando características da linguagem do texto original.

Relatar experiências vividas, respeitando a sequência temporal e causal.

Ouvir com atenção as fábulas lidas ou contadas, estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

Recontar fábulas, apropriando-se das características do texto-fonte.

Dramatizar a fábula.

LEITURA

Variação dos valores sonoros das letras nas palavras.

Dimensão fonológica e semântica.

Distribuição do texto na página

Espaçamento entre as palavras

Formas de abrir e fechar textos de correspondência.

Identificar em palavras a representação de unidades sonoras.

Ler e compreender palavras compostas por sílabas canônicas e não canônicas.

Ler e compreender palavras e frases.

Explicitar o assunto do texto.

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Letras maiúsculas e minúsculas

Linguagem verbal e não verbal

Relação fonema-grafema

Relação grafema-fonema

Representação de unidades sonoras como: vogais nasalizadas; letras que possuem correspondência sonora única (ex.: p,b, t, d, f,v); letras com mais de uma correspondência sonora (ex.:“c” e “g”).

Leitura com reconhecimento global das palavras.

Rima

Sinais de acentuação (agudo e circunflexo)

Sinais de pontuação ( ponto final e interrogação)

Tipos de balão

Verso

Vocativo

Descrição.

Narração (sua função e características)

Leitura de palavras e frases.

Apreciar textos literários.

Ler, com ajuda, diferentes gêneros textuais.

Ler, por si mesmo, textos conhecidos.

Relacionar o verbete de enciclopédia infantil à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente.

Reconhecer os organizadores do verbete: ordem alfabética.

Levantar as idéias principais do texto para organizá-las em seqüência lógica.

Relacionar a fábula à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente.

Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto ou entre as imagens (fotos, ilustrações) e o corpo do texto.

Recuperar informações explícitas.

Estabelecer relação entre a moral e o tema da fábula.

Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna da fábula: situação inicial, desenvolvimento da ação, situação final e moral.

Distinguir fala de personagem do enunciado do narrador para compreender alguns de seus usos.

Identificar a escrita de uma palavra ditada.

Localizar informações em enunciados curtos e de sentido completo.

ESCRITA

Alfabeto (diferentes formas gráficas).

Ordem alfabética.

Escrita autônoma.

Letras maiúsculas e minúsculas

Diferentes funções da leitura e da escrita.

Onomatopéias.

Ordem direta da sentença (período simples)

Percepção da sílaba

Tipos de balões na HQ.

Aliteração.

Compreender a natureza alfabética do sistema de escrita.

Conhecer e utilizar diferentes tipos de letras.

Compreender as relações entre grafemas e fonemas.

Perceber regularidades ortográficas.

Estabelecer relação entre unidades sonoras e suas representações gráficas.

Desenvolver a escrita autônoma.

Entender o sistema alfabético, mesmo escrevendo com erros ortográficos.

Escrever alfabeticamente textos que conhece de memória.

Reescrever histórias conhecidas, ditadas pelo professor ou de própria autoria.

Produzir textos simples de autoria.

Reescrever fábulas a partir de modelo, levando em conta o gênero e o seu contexto de produção.

Revisar e editar o texto, focalizando os aspectos estudados na análise e reflexão sobre a língua e a linguagem.

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Gêneros sugeridos para serem trabalhados: Verbete, fábula, lenda, manchete, tirinha, história em quadrinhos, adágio, adivinha, trava-língua, quadrinha, cartaz, recado, convite, cartão, mapa, certidão de nascimento, carteira de identidade.

ORALIDADE (escuta/fala) Diálogo/cantiga

1* Greetings (good morning, good afternoon)

1* Leave-takings (good bye/see you)

1* Introducing myself and a friend

1* Giving and understanding simple commands (jump, hop, tip toe, run, walk, play, sing, dance)

2* Talking about colors, toys and pet animals (yellow, red, green/ plane, train, boat,car/ parrot)

2* Talking about school objects (ruler, chalk, board eraser, board, chair, table)

2* Recognizing and talking about farm animals (cow, bull, hen, chicken)

3* Talking about family members (mom, dad, brother, sister, grandma, grandpa)

3* Comparing things and people (opposites: happy and sad/big and small) 3* Recognizing parts of the body (eyes, mouth, nose, ear, hair, arms, legs, hands) 3* Recognizing letters of the alphabet (sounds)

LEITURA

Diálogos e cantigas (vocabulário)

* Greetings

* Leave-takings

* Introducing myself and a friend

* Alphabet

* Toys

* Simple commands (traçado)

* Colors, pet and farm animals (traçado)

* Family members, opposites and body (traçado)

* School objects (traçado)

ESCRITA

Diálogo

* Greetings

* Leave-takings

* Introducing myself * Recognizing toys

LANGUAGE STRUCTURES

* Verb to be (am, is)

* Demonstrative pronouns: this, that

* Interrogative pronouns: what, who, (where)

* Possessive adjectives: my, your

* Personal Pronouns: I, it, he, she

ORALIDADE (escuta/fala)

* Greet

* Leave-take

* Introduce myself and a friend

* Give and understand simple commands

* Talk about colors, toys and pet animals

* Talk about school objects

* Talk about family members

* Recognize and talking about farm animals * Compare things and people * Recognize parts of the body * Recognize letters of the alphabet (sounds)

LEITURA

* Read greetings, leave-takings and introducing friends and oneself * Recognize the writing of the name of toys * Read the alphabet

ESCRITA

* Write the name

* Write greetings and leave-takings (hello/ good bye)

* Recognize the writing of the names of toys

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Gêneros para serem trabalhados

Crachá (leitura /escrita) Diálogo (oralidade/ leitura /escrita) Cantiga (oralidade) Certidão de nascimento (leitura/escrita) Trava-língua (oralidade) Carteira de identidade (leitura /escrita) Indoor and outdoor games (oralidade)

DIFERENTES FORMAS DE JOGOS

Construção de Atividades

Regras/Coletividade/Individualidade/Ressignificação

Jogos perceptivos/sensoriais

Percepção espaço-temporal Direcionalidade Lateralidade Dominância Lateral Percepção figura fundo Sensações Consciência Corporal Motricidade Ampla Motricidade Fina

Construção de Jogos/Brinquedos/Brincadeiras

Motricidade Fina (manufatura) Reciclagem/Ressignificação

Jogos Cooperativos/Competitivos

Estratégia (tomada de decisão) Ética (respeito às regras)

Jogos de raciocínio lógico formalizado

Cálculo Estratégia (tomada de decisão) Atenção/Concentração Memória Percepção/Avaliação Percepção Espacial

Jogos Populares e Simbólicos Foco, acordos grupais, regras do jogo, concentração,

Experimentar, pesquisar e explorar as

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intencionalidade, ritmo, altura, dramaticidade, criatividade, espacialidade, temporalidade, imaginação. . Elementos do som: duração, intensidade, altura, timbre; Elementos da cena: onde, quem, o que; Elementos das artes visuais: ponto, linha, textura, simetria, forma, cor, figure-fundo, equilíbrio, bi e tridimensionalidade; Elementos da dança: deslocamentos, equilíbrio, desequilíbrio, volume, peso, planos.

possibilidades de expressar-se artisticamente com os elementos que fundamentam cada linguagem expressiva: -Relacionar-se individual e coletivamente com os espaços e tempos do imaginário; -Intervir nos tempos e espaços do jogo, recriando-os. -Transformar de forma criativa, através da imaginação, objetos, formas, brinquedos, imagens, sons, espaços, tempos, movimentos. -Relacionar e articula dados da realidade ao mundo do imaginário.

Jogos teatrais, corporais, sonoro-musicais e visuais

-compreende as diferenças entre som e silêncio; -Expressar-se através do corpo e da voz nas dinâmicas individuais e/ou coletivas; -Localizar-se no espaço a partir dos jogos; -Situar-se no tempo a partir dos jogos; -Articular ritmo e movimento; -Cantar em situações coletivas e/ou individuais; -Criar sons por meio do corpo, de objetos e instrumentos musicais; -Distinguir formas, volumes, relevos e texturas; -Dançar em situações coletivas e/ou individuais; - Recriar e criar imagens , objetos e formas; -Animar fantoches, brinquedos, objetos, desenhos e formas; -Utilizar elementos midiáticos na interação com as expressões artísticas ( Música, Cênicas e Visuais).

Atividades Rítmicas

Consciência Ritmo Motora Tempo Musical Espaço Temporal Consciência Corporal Linguagem Corporal Ritmos Étnicos Culturais Dança

Promover experiências motoras que desenvolvam diversas formas de atividades rítmicas.

Brincadeiras cantadas e narradas

(movimento, ritmo, gesto, expressões, plasticidade, equilíbrio, direções, planos, silêncios, timbres, alturas, duração, intensidade, simetria, forma, espacialidade, temporalidade, deslocamentos, volume, peso).

-Expressar-se através do corpo e da voz. -Relacionar movimentos e ritmos. -Recriar as brincadeiras nas diversas formas de expressão.

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-Relatar e registrar os sentidos, as emoções e os significados vividos nas brincadeiras (em suas diversas formas de expressão). -Perceber e identificar nas brincadeiras os elementos sonoros (duração, timbre, altura e intensidade). -Perceber e identificar nas brincadeiras os elementos visuais (cor, forma, volume). -Perceber e identificar nas brincadeiras os elementos cênicos (movimento, gesto, expressão). -Articular entre si, os elementos sonoros, visuais e cênicos.

Fruição

Apreciação (sentidos e prazer).

-Relacionar-se sensível e integralmente com a experiência estética vivida. -Compartilhar integralmente das impressões, percepções e emoções experienciadas.

Ginástica Força Equilíbrio Flexibilidade Coordenação Confiança/Segurança

Submeter a ações motoras que desenvolvam conteúdos da ginástica.

Atividades Físicas e Saúde

Imagem Corporal Hábitos Saudáveis Aptidão Física Nutrição Noções de Primeiros Socorros Avaliações Antropométricas, Valências Físicas, Postural e Somatotipológica.

Apresentar de forma superficial a importância dos hábitos saudáveis para a vida dos alunos Realizar uma rotina de avaliações para apresentar a realidade do desenvolvimento morfofuncional dos alunos.

3º ANO

OBJETOS DO CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

ORALIDADE

Participação de intercâmbio oral.

Relato de experiências.

Atenção em ouvir.

Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção, formulando e respondendo a perguntas, explicar e compreender explicações, manifestar opiniões sobre o assunto tratado.

Relatar experiências vividas, respeitando a sequência temporal e causal.

Ouvir com atenção as fábulas lidas ou contadas, estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e

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valores.

Recontar fábulas, apropriando-se das características do texto-fonte.

Dramatizar a fábula.

LEITURA

Leitura através da compreensão linear, de inferências e da compreensão global.

Fluência na leitura.

Anáfora.

Discurso direto: os sinais de pontuação na leitura.

Discurso indireto e o papel do narrador.

Elementos da narrativa.

Estrofe: organização

Apreciação da leitura de poemas.

Localização de informação em diferentes gêneros textuais, de diferentes tamanhos e estruturas.

Antecipação do assunto do texto com base no suporte ou nas características gráficas do gênero.

Inferência.

Desenvolver fluência em leitura.

Antecipar conteúdos de textos a serem lidos em função de seu suporte, seu gênero e sua contextualização.

Identificar finalidades e funções da leitura, em função do reconhecimento do suporte, do gênero e da contextualização do texto.

Localizar informação explícita em textos.

Localizar informação implícita em textos.

Explicitar e reconhecer o assunto do texto.

Levantar e confirmar hipóteses relativas ao conteúdo do texto que está sendo lido;

Buscar pistas textuais, (intertextuais e contextuais para ler nas entrelinhas e fazer inferências), ampliando a compreensão.

Construir compreensão global do texto lido, unificando e inter-relacionando informações

explícitas e implícitas.

Avaliar ética e afetivamente o texto, fazer extrapolações.

Apreciar e ler textos literários.

Recitar poemas narrativos.

Apreciar poemas lidos ou recitados.

Ler, com ajuda, textos para estudar (textos de sites, revistas etc.).

Relacionar o verbete de enciclopédia infantil à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente.

Reconhecer os organizadores do verbete: ordem alfabética

Levantar as ideias principais do texto para organizá-las em sequência lógica.

Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto ou entre as imagens (fotos, ilustrações).

Estabelecer relação entre a moral e o tema da fábula.

Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna da fábula: situação inicial, desenvolvimento da ação, situação final e moral.

Articular os episódios narrados em seqüência temporal.

Descrever personagens, reconhecendo suas funções na narrativa.

Distinguir fala de personagem do enunciado do narrador para compreender alguns de seus usos.

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Identificar o conflito gerador.

Relacionar o poema à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente.

Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna do poema: observar segmentação do poema em versos e estrofes.

Observar o funcionamento do ritmo e da rima nos poemas para compreender alguns de seus usos.

Ler de modo autônomo textos de diferentes gêneros previstos para o ano.

Ler textos expositivos das diferentes áreas de conhecimento, utilizando, em parceria com as áreas, procedimentos de estudo propostos pelo professor.

Revisar, em parceria, textos próprios e dos outros, em busca da melhor versão possível no momento, levando em consideração as condições de produção estabelecidas.

ESCRITA

Compreensão e valorização do uso da escrita com diferentes funções, em diferentes gêneros.

Produção de textos escritos de gêneros diversos, adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação.

Organização do próprio texto de acordo com as convenções gráficas apropriadas bem como uso adequado dos sinais de acentuação.

Escrita do texto considerando o tema central e seus desdobramentos.

Variação linguística apropriada à situação de produção e de circulação, fazendo escolhas adequadas quanto ao vocabulário e à gramática.

Uso de recursos expressivos (estilísticos e literários) adequados ao gênero e aos objetivos do texto.

Revisão e reelaboração da própria escrita segundo critérios adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação previstos.

O uso de adjetivos para descrever objetos e convencer leitores.

O uso do verbo no classificado.

Frase interrogativa: como fazer perguntas.

Interjeição de clamor.

Substantivos: usos e funções.

Título: distribuição na página, morfologia e ordem sintática.

Vocativo.

Conhecer e utilizar diferentes tipos de letras.

Compreender as relações entre grafemas e fonemas.

Perceber regularidades ortográficas.

Estabelecer relação entre unidades sonoras e suas representações gráficas.

Reescrever de próprio punho histórias conhecidas, considerando as características da linguagem escrita.

Produzir textos de autoria utilizando os recursos da linguagem escrita.

Revisar textos coletivamente com a ajuda do professor ou em parceria com colegas.

Produzir carta ou e-mail, levando em conta o gênero e o seu contexto de produção.

Reescrever fábulas a partir de modelo, levando em conta o gênero e o seu contexto de produção.

Revisar e editar o texto, focalizando os aspectos estudados na análise e reflexão sobre a língua e a linguagem.

Em duplas ou coletivamente, produzir versos, levando em conta o gênero e o seu contexto de produção.

Utilizar, em situações de escrita com diversas finalidades, os conhecimentos já construídos sobre ortografia e pontuação, identificando dúvidas e resolvendo-as da melhor forma possível.

Produzir textos de autoria dos gêneros

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previstos para o ano, preocupando-se em adequá-los às diferentes situações comunicativas e torná-los coesos e coerentes.

Gêneros sugeridos para serem trabalhados

receita, classificado, tabela, poema, fábula, lenda, e-mail, mapa, anedota, carta, conta.

ORALIDADE

Diálogo/Cantiga

1* Greetings and leave-takings

1* Giving and understanding commands

1* Talking about personal information (name, surname, full name, age)

1* Talking about colors (orange, brown, purple), school objects , pet and farm animals, toys (top, beanbag, drum) and family

2* Recognizing and talking about wild animals (tiger, monkey, elephant,

2* Recognizing and talking about parts of the body (head, shoulders, knees, toes, fingers, back, tummy, hair)

2* Comparing things and people (opposites: happy and sad/big and small/tall and short, long and short, straight and curly)

2* Recognizing and talking about the toys playground (slide, swing, monkey bar, see-saw)

3* Recognizing cardinal numbers (0-10)

3* Recognizing telephone numbers

3* Expressing quantity

3* Talking about age

LEITURA

Diálogo

* Greetings

* Leave-takings

* Personal information

* Colors, toys, school objects

* Playground and family (traçado)

* Pet, farm and wild animals (traçado)

* Parts of the body (traçado)

* Parts of a house (traçado)

*Quantity, age, telephone numbers

ORALIDADE

* Greet and leave-take

* Give and understand commands

* Talk about personal information (name, surname, full name, age)

* Talk about colors (orange, brown, purple), school objects , pet and farm animals, toys and family

* Recognize and talk about wild animals

* Recognize and talk about parts of the body

* Recognize and talk about the toys playground

* Recognize cardinal numbers

* Recognize telephone numbers

* Express quantity

* Talk about age

* Compare things and people

LEITURA

* Read greetings, leave-takings and about personal information

* Read the name of toys

* Recognize the writing of colors and school objects

* Recognize the writing of playground, family, pet, farm and wild animals, parts of the body and parts of a house

* Read numbers

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ESCRITA

Diálogo/ Árvore genealógica/Agenda

* Greetings

* Leave-takings

* Writing about personal information (name, surname, full name, age)

* Writing colors, school objects, toys’ names

* Recognizing the names of pet, farm, wild animals, playground

and family members, parts of the body and parts of a house

* Expressing quantity

* Registering telephone number/ages of friends

LANGUAGE STRUCTURES

* Verb to be (am, is, are)

* Personal pronouns: I, you, it, he, she, we, they

* Demonstrative pronouns: this, that, these, those

* Interrogative pronouns: who, what, where

* Possessive adjectives: my, your, its, his, her

* Cardinal numbers

Gêneros para serem trabalhados:

Diálogo (oralidade/escrita/leitura) Cantiga (oralidade/leitura) Trava-língua (oralidade) Árvore genealógica (oralidade/escrita) Agenda (escrita) Indoor and outdoor games (oralidade)

ESCRITA

* Write greetings, leave-takings and about personal information

*Recognize the writing of pet, farm, wild animals, playground

and family members, parts of the body and parts of a house

*Register quantity, telephone number and ages of friends

DIFERENTES FORMAS DE JOGOS

Construção de Atividades Regras/Coletividade/Individualidade/Ressignificação.

Jogos Perceptivos/Sensoriais Percepção espaço- temporal Direcionalidade Lateralidade Dominância Lateral Percepção figura fundo Sensações

Realizar diversas experiências motoras e sensoriais que desenvolvam as brincadeiras da cultura popular, construção de jogos/brinquedos/brincadeiras e atividades de cooperação/competição.

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Consciência Corporal Motricidade Ampla Motricidade Fina

Jogos Cooperativos/Competitivos Estratégia (tomada de decisão) Ética (respeito às regras)

Jogos Raciocínio Lógico Formalizado

Cálculo Estratégia (tomada de decisão) Atenção/Concentração Memória Percepção/Avaliação Percepção Espacial

Jogos teatrais e corporais, sonoro-musicais, visuais Propriedades do som: duração, intensidade, altura, timbre; Elementos da música: melodia, harmonia, forma, improvisação, ritmo, manipulação de instrumentos; Elementos visuais: ponto, linhas, simetria, assimetria, volume, forma, cores; Elementos da cena: onde, quem o que, ponto de concentração, espontaneidade, criatividade, tempos, espaços, manipulação de formas animadas- fantoches, objetos, utensílios, tecidos, papéis, brinquedos; Elementos da dança: volume, peso, direções, equilíbrio, desequilíbrio, sintonia, expressividade corporal e facial, planos.

-Expressar-se através do corpo e da voz nas dinâmicas coletivas e /ou individuais; -Relacionar tempo e espaço nos jogos; -Articular os elementos das linguagens expressivas da Música, das Visuais, das Cênicas entre si; -Cantar em situações coletivas e /ou individuais. -Dançar em situações coletivas e/ou individuais. -Produzir idéias musicais, utilizando os elementos sonoro-musicais. -Representar cenicamente, utilizando os elementos corporais e vocais. -Representar na modalidade da linguagem visual (desenho, modelagem, pintura, colagem, fotografia, vídeo), utilizando seus elementos. -Compreender e relacionar os elementos do fazer artístico a outras áreas do conhecimento.

NARRATIVAS - Contadas, cantadas, ilustradas

(expressividade, criatividade, roteiro, adaptação, sequencialidade, espaços, tempos, cores, formas abstratas e concretas, movimento, simetria, leituras e releituras, expressões faciais, corporais e gestuais).

-Reelaborar narrativas. -Expressar-se através do corpo e da voz intencionalmente. -Relacionar o tempo e o espaço vivido com o tempo e o espaço da narrativa. -Criar idéias de narrativas articulando os elementos sonoros (duração, timbre, altura e intensidade); visuais ( cor, forma, volume ); cênicos ( movimento, gesto, expressão ). -Elaborar roteiro de trabalho a partir da narrativa; -Compreender as relações entre unidade de tempo e de espaço na narrativa; -Identificar as expressões na narrativa. -Identificar as emoções na narrativa.

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29

-Relacionar expressões e emoções na narrativa. -Ler elementos visuais, sonoros e cênicos. -Socializar as produções em suas diversas formas expressivas (Música, Dança, Teatro e Visuais).

Fruição Apreciação (sentidos e percepções).

-Relacionar-se sensível e integralmente com a experiência estética vivida; -Compartilhar integralmente das impressões, percepções e emoções experienciadas;

ATIVIDADES RÍTMICAS

Consciência Rítmomotora Tempo Musical Espaço Temporal Consciência Corporal Linguagem Corporal Ritmos Étnicos Culturais Dança

Promover experiências motoras que desenvolvam diversas formas de atividades rítmicas.

GINÁSTICA Força Equilíbrio Flexibilidade Coordenação Confiança/Segurança

Submeter a ações motoras que desenvolvam conteúdos da ginástica.

ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE

Imagem Corporal Hábitos Saudáveis Aptidão Física Nutrição Noções de Primeiros Socorros Avaliações Antropométricas, Valências Físicas, Postural e Somatotipológica

Apresentar de forma superficial a importância dos hábitos saudáveis para a vida dos alunos Realizar uma rotina de avaliações para apresentar a realidade do desenvolvimento morfofuncional dos alunos.

4º ANO

OBJETOS DO CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A

SEREM DESENVOLVIDAS

ORALIDADE

Variação linguística.

Exposição de ideias coerentes com desenvoltura.

Atenção ao ouvir.

A fala em situações formais.

Reconhecer a variação sociolinguística, respeitando os diferentes discursos dentro do contexto social.

Expor ideias com desenvoltura e coerência, sabendo ouvir e respeitar opiniões.

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Ouvir com atenção, intervir sem sair do assunto tratado, formular e responder perguntas, explicando e ouvindo explicações.

Conhecer e recontar um repertório de textos literários, preservando os elementos da linguagem escrita.

Empregar a variedade linguística adequada a cada situação escolar,

Planejar a fala em situações formais.

Executar tarefas que dependam da escuta atenta das instruções e sua compreensão.

Monitorar a fala de acordo com o gênero textual, contexto e interlocutores.

LEITURA

Compreensão global do texto lido.

Formulação de hipóteses.

Fluência na leitura

Anáfora

Coesão textual: o uso de articuladores e dos sinais de pontuação.

Identificação do assuntos, finalidade e função do texto.

Elementos da informação jornalística

Elementos da narrativa

Inferência de palavras e expressões.

Ler com maior fluência.

Antecipar assunto do texto com base em título, subtítulo, imagem, diagramação e informações contidas na capa ou contracapa.

Compreender globalmente o texto lido, identificando o assunto principal.

Identificar diferenças entre gêneros textuais e localizar informações em textos de diferentes gêneros.

Articular conhecimentos prévios com as informações presentes no texto.

Identificar finalidades e funções da leitura em função do reconhecimento do suporte, do gênero e da contextualização do texto.

Inferir informações.

Formular hipóteses sobre o conteúdo do texto.

Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

Identificar as relações entre fatos e idéias – relação de causa, consequência, finalidade, oposição ou concessão, conclusão.

Identificar assunto de texto lido ou ouvido.

Estabelecer relações entre o texto e outros textos e ilustrações, fotos, tabelas que acompanhem.

Estabelecer relações de continuidade temática.

Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

Interpretar comparações, metáforas, ambiguidades, ironias.

Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

Avaliar ideias, opiniões, valores, posicionando-se diante deles.

ESCRITA

Coerência textual.

Paragrafação.

Compreender as diferenças existentes entre os sinais do sistema de escrita alfabético-ortográfico e outras formas gráficas e sistemas de representação.

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Relação causa-consequência.

Estratégias de síntese de texto: esquema, resumo.

Fórmulas de abertura e encerramento em textos narrativos.

Numerais: ordinais, multiplicativos e fracionários

O tempo das ações na narrativa.

O uso da primeira pessoa: efeitos de sentido

O uso da terceira pessoa do singular, efeitos de sentido.

Conhecer o alfabeto e os diferentes tipos de letras.

Utilizar convenções gráficas: orientação da escrita, alinhamento da escrita, segmentação dos espaços em branco e pontuação.

Reconhecer palavras e unidades fonológicas ou segmentos sonoros como rimas, sílabas (em diversas posições) e aliterações (repetições de um fonema numa frase ou palavra)

Compreender a natureza alfabética do sistema de escrita representada por fonemas (som).

Estabelecer as relações entre grafemas e fonemas, sobretudo aquelas relações que são regulares.

Reconhecer e empregar os sinais de pontuação em textos.

Reconhecer e empregar as regularidades ortográficas.

Reconhecer e empregar as irregularidades ortográficas, compreendendo as que apresentarem informações semânticas ou morfológicas.

Revisar e editar o texto, focalizando os aspectos estudados na análise e reflexão sobre a língua e linguagem.

Gêneros sugeridos para serem trabalhados

e-mail, resumo, diário, conto de fada, canção, receita, autobiografia.

ORALIDADE/ LEITURA/ESCRITA

1* Greetings, leave-takings

1* Giving and understanding commands

1* Talking and writing about personal information: name, age, school, family

1* Talking and writing about colors, school objects, toys, pet, farm and wild animals, family, quantity, parts of the body

2* Expressing feelings ( tired, sleepy, happy, sad )

2* Talking and writing about parts of school ( classroom, principal’s room, teachers’ room, boys’ and girls’ bathroom, path, cantina)

3* Expressing likes and dislikes about food and drinks (fruits, juice, soda, sandwich, pizza, hamburger, hot dog, candies, milk, lollipop, cotton candy, popsicle, ice cream)

LANGUAGE STRUCTURES

* Verb to be (am, is, are)

* Personal pronouns: I, you, it, he, she, we, you, they

* Demonstrative pronouns: this , that, these, those

* Interrogative pronouns: who, what, where, how

ORALIDADE

* Greet, leave-take

* Give and understand commands

* Talk and write about personal information: name, age, school, family

* Talk and write about colors, school objects, toys, pet, farm and wild animals, ,

family, quantity, parts of the body, parts of school

* Express likes and dislikes about food and drinks

* Express feelings

LEITURA/ESCRITA

Read and write about greetings, leave-takings, commands, personal information, colors, school objects, toys, pet, farm and wild animals, family, quantity, parts of the body

Read and write about feelings

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* Possessive adjectives: my, your, his, her, its, our, their

* Verb to like and to dislike

Gêneros para serem trabalhados

Diálogo (oralidade/escrita/leitura) Cantiga (oralidade/leitura) Trava-língua (oralidade) Menu (leitura/escrita) Bilhete (leitura/escrita) Maquete (Mockup) (oralidade/escrita/leitura) Indoor and outdoor games (oralidade)

Read and write about parts of school

Read and write about likes and dislikes about food and drinks

DIFERENTES FORMAS DE JOGOS

Construção de Atividades

Regras/Coletividade/Individualidade/Ressignificação

Jogos Perceptivos/Sensoriais

Percepção espaço-temporal Direcionalidade Lateralidade Dominância Lateral Percepção figura fundo Sensações Consciência Corporal Motricidade Ampla Motricidade Fina

Construção de Jogos/Brinquedos/Brincadeiras

Motricidade Fina (manufatura)

Jogos Cooperativos/Competitivos

Individualidade/Coletividade Estratégia (tomada de decisão) Ética (respeito às regras)

Jogos de raciocínio lógico formalizado

Cálculo Estratégia (tomada de decisão) Atenção/Concentração Memória

Diversificar o rol de experiências motoras e sensoriais vivenciadas por meio de brincadeiras da cultura popular, construção de jogos/brinquedos/brincadeiras e atividades de cooperação/competição.

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Percepção/Avaliação Percepção Espacial

Jogos teatrais e corporais, sonoro-musicais e visuais

Propriedades do som: duração, intensidade, altura, timbre; Elementos visuais: ponto, linha, bi e tri dimensionalidade, forma, cores, figuras, formas, relevos, texturas; Elementos musicais: ritmo, harmonia, improvisação, melodia, manipulação de instrumentos, tempos, compassos; Elementos da cena: onde, quem o que, intencionalidade, expressividade, emoções, gestualidade, movimento, espaços, tempos, planos; Elementos da dança: deslocamentos, direções, improvisação, coreografias, criação, planos, ritmos.

Articular e estabelecer as relações entre os elementos de cada linguagem artística como argumento para os processos de criação e de fruição: -Expressar-se através do corpo e da voz nas dinâmicas coletivas e /ou individuais. -Relacionar tempo e espaço nos jogos. -Articular os elementos das linguagens expressivas da Música, das Visuais, das Cênicas entre si. -Cantar em situações coletivas e /ou individuais. -Dançar em situações coletivas e/ou individuais. -Produzir idéias musicais, utilizando os elementos sonoro-musicais. -Representar cenicamente, utilizando os elementos corporais e vocais. -Representar na modalidade da linguagem visual (desenho, modelagem, pintura, colagem, fotografia, vídeo), utilizando seus elementos. -Compreender e relacionar os elementos do fazer artístico à outras áreas do conhecimento.

NARRATIVAS

Contadas, cantadas e mostradas (expressividade, releituras, sequencialidade, roteiro, criatividade, espaços, tempos, timbre, pausas, intencionalidade, gestualidade, oralidade, movimento).

-Reelaborar narrativas; -Expressar-se através do corpo e da voz intencionalmente; -Relacionar o tempo e o espaço vivido com o tempo e o espaço da narrativa; -Criar idéias de narrativas articulando os elementos sonoros (duração, timbre, altura e intensidade); visuais ( cor, forma, volume ); cênicos ( movimento, gesto, expressão ); -Elaborar roteiro de trabalho a partir da narrativa; -Compreender as relações entre unidade de tempo e de espaço na narrativa; -Identificar as expressões na narrativa; -Identificar as emoções na narrativa; -Relacionar expressões e emoções na narrativa; -Ler elementos visuais, sonoros e cênicos; -Socializar as produções em suas diversas formas expressivas ( Música, Dança, Teatro e Visuais).

FRUIÇÃO

Apreciação (sentidos e significados).

Relacionar-se sensível e integralmente com a

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experiência estética vivida; -Compartilhar integralmente as impressões, percepções e emoções experienciadas. -Emitir opinião e conceituar a experiência estética vivida.

ATIVIDADES PRÉ-DESPORTIVAS

Habilidades Motoras Fundamentais Movimentos Naturais Valências Motoras Valências Físicas Regras Repertório Motor

Desenvolver atividades que promovam ações motoras que auxiliem na execução dos diversos movimentos relacionados aos esportes coletivos e individuais. Vivenciar situações que possam promover compreensão de regras e normas de convivência social.

ATIVIDADES RÍTMICAS

Consciência Ritmomotora Tempo Musical Espaço Temporal Consciência Corporal Linguagem Corporal Ritmos Étnicos Culturais Dança

Promover experiências motoras com elevando grau de complexidade que desenvolvam diversas formas de atividades rítmicas.

GINÁSTICA

Força Equilíbrio Flexibilidade Coordenação Confiança/Segurança

Submeter a ações motoras voltadas aos conteúdos ginásticos com moderado grau de complexidade.

ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE

Sistemas Orgânicos Imagem Corporal Hábitos Saudáveis Aptidão Física Nutrição Síndrome Metabólica Noções de Primeiros Socorros Avaliação Antropométrica, Valências Físicas, Postural e Somatotipológica

Desenvolver pequenas ações que promovam os hábitos saudáveis na escola. Apresentar informações elementares sobre a importância das atividades físicas para o funcionamento do corpo e manutenção da saúde. Realizar uma rotina de avaliações para apresentar a realidade do desenvolvimento mor-funcional dos alunos.

5º ANO

OBJETOS DO CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A

SEREM DESENVOLVIDAS

ORALIDADE

Intercâmbio oral com intervenção e argumentação Participar de situações de intercâmbio oral que

requeiram ouvir com atenção, intervir sem sair do

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Elaboração de perguntas

Linguagem oral monitorada

Exposição em seminários

assunto, formular e responder a perguntas justificando respostas, explicar e compreender explicações, manifestar e acolher opiniões, argumentar e contra-argumentar.

Participar de situações de uso da linguagem oral utilizando procedimentos da escrita para organizar a exposição.

Expor o assunto pesquisado, apoiando-se em ilustração ou esquema.

Reconhecer e assumir os papéis do entrevistador (abre e fecha, faz perguntas, pede a palavra do outro, introduz novos assuntos, reorienta a interação) e do entrevistado (responde e fornece as informações pedidas).

Utilizar a linguagem oral de modo planejado em situações que favoreçam o progressivo domínio de registros formais.

LEITURA

Compreensão global do texto lido.

Formulação de hipóteses.

Fluência na leitura

Anáfora

Coesão textual: o uso de articuladores e dos sinais de pontuação.

Identificação assuntos, finalidades e funções do texto.

Apreciação de textos literários.

Elementos da narrativa ficcional e factual.

Linguagem não-verbal: uso e efeitos de sentido.

Rima e versificação.

Apreciar textos literários.

Selecionar textos de acordo com os propósitos de leitura, antecipando a natureza do conteúdo e utilizando a modalidade de leitura mais adequada.

Utilizar recursos para compreender ou superar dificuldades de compreensão durante a leitura.

Localizar, informações nos textos, apoiando-se em títulos e subtítulos, imagens e palavras em destaques, e selecionar as que são relevantes.

Relacionar a entrevista à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente.

Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

Explicitar o assunto do texto.

Correlacionar causa e efeito, problema e solução, fato e opinião.

Ajustar a leitura ao propósito e ao gênero textual.

Revisar textos coletivamente com a ajuda do professor, prestando atenção nos aspectos de coerência, coesão e ortografia.

Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto ou selecionar a acepção mais adequada em verbete de dicionário ou de enciclopédia.

Ler, de modo autônomo e voluntário, textos correspondentes a diferentes gêneros selecionados para o ano, posicionando-se reflexiva e criticamente quanto aos sentidos construídos na leitura.

Ler textos expositivos das diferentes áreas de conhecimento, utilizando procedimentos adequados ao estudo do momento.

ESCRITA

Sintaxe: ordem direta.

Elaboração de entrevista.

O uso da terceira pessoa do singular: aspectos

Revisar textos, próprios e dos outros, em parceria com colegas, com intenção de evitar repetições, ambiguidades e erros ortográficos e gramaticais.

Reescrever e/ou produzir textos de autoria com apoio do professor.

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gramaticais e efeitos de sentido.

Anáfora.

Coesão textual.

Coerência textual.

Paragrafação.

Descrição definida.

O tempo verbal na narrativa ficcional e na factual.

Reconhecer, em relação à finalidade e ao interlocutor, o nível de linguagem em uso: formal/ informal.

Produzir verbete a partir de informações coletadas em pesquisa prévia, levando em conta o gênero textual e o seu contexto de produção.

Revisar e editar o texto, focalizando os aspectos estudados na análise e reflexão sobre a língua e a linguagem.

Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna do verbete: título, organizadores e expansão do tema.

Examinar o uso de recursos gráficos no verbete: negrito, itálico, marcadores e numeração.

Produzir entrevista, levando em conta o gênero textual e o seu contexto de produção.

Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna da entrevista: a abertura da interação, seu corpo e seu fechamento.

Preparar roteiro para realizar entrevista.

Utilizar, em situações de escrita com diversas finalidades, os conhecimentos já construídos sobre aspectos convencionais (ortografia, acentuação, concordância, pontuação), buscando o maior ajuste possível aos padrões normativos da língua.

Produzir, de modo autônomo, textos de apoio à fala planejada, e adequados às necessidades de estudo, em diferentes áreas de conhecimento.

Produzir textos de autoria, coesos e coerentes, correspondentes aos gêneros selecionados para o ano, planejados de acordo com diferentes situações comunicativas, buscando a melhor qualidade possível quanto a conteúdo e forma.

Gêneros sugeridos para serem trabalhados carta do leitor, notícia, entrevista, limerique, contos (maravilhosos), biografia, nota (jornalística).

ORALIDADE/ LEITURA/ESCRITA

1* Greetings, leave-takings

1 * Giving and understanding commands

1*Talking , reading and writing about personal information: name, age, school, family, address

1* Talking, reading and writing about colors, school objects, toys, pet, farm, wild animals, parts of the body and parts of school ( classroom, principal’s room, teachers’ room, boys’ and girls’ bathroom, path, cantina)

1* Talking, reading and writing about likes and dislikes about food and drinks, feelings

2* Talking, reading and writing about parts of a house (bedroom, bathroom, kitchen, living room, garden)

2* Talking, reading and writing about clothes

2* Talking about prices

ORALIDADE

* Greet, leave-take

* Give and understand commands

*Talk , read and write about personal information: name, age, school, family, address

* Talk, read and write about colors, school objects, toys, pet, farm, wild animals, parts of the body, parts of a house and parts of school

* Talk, read and write about likes and dislikes about food and drinks, feelings

* Talk, read and write about clothes

* Talk about prices

* Recognize days of the week and months

* Write dates

* Invite someone to a party

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3* Recognizing days of the week and months

3 * Writing dates

3* Inviting someone to a party

LANGUAGE STRUCTURES

* Verb to be in the present (am, is, are)

* Verb to like and to dislike

* Personal pronouns (subject)

* Demonstrative pronouns (singular and plural)

* Interrogative pronouns: who, what, where, how

* Possessive adjectives

* Alphabet

* Modal verb can/can't

Gêneros para serem trabalhados Diálogo/ HQ (oralidade/escrita/leitura) Cantiga (oralidade/leitura) Trava-língua (oralidade) Calendário (oralidade/escrita/leitura) Convite (oralidade/escrita/leitura) Auto-biografia (oralidade/escrita/leitura) Indoor and outdoor games (oralidade) Os conceitos e objetivos de outras línguas estrangeiras quanto aos eixos da oralidade, leitura, escrita, análise e reflexão linguística e gêneros textuais sugeridos serão os mesmos da língua inglesa. Obs.: 1 = 1º trimestre; 2 = 2º trimestre; 3= 3º trimestre

LEITURA/ESCRITA

* Read and write about greetings, leave-takings, commands, personal information, colors, school objects, toys, pet, farm, wild animals, parts of the body and parts of school , likes and dislikes about food and drinks, feelings, parts of a house

* Read and write the name of clothes

* Recognize days of the week

* Read and write dates

* Read and write invitation to a party

DIFERENTES FORMAS DE JOGOS

Construção de Atividades Regras/Coletividade/Individualidade/Ressignificação.

Jogos Perceptivos/Sensoriais Percepção espaço temporal Direcionalidade Lateralidade Dominância Lateral Percepção figura fundo Sensações Consciência Corporal Motricidade Ampla Motricidade Fina

Construção de Jogos/Brinquedos/Brincadeiras Motricidade Fina (manufatura)

Jogos Cooperativos/Competitivos

Individualidade/Coletividade Estratégia (tomada de decisão)

Diversificar o rol de experiências motoras e sensoriais vivenciadas por meio de brincadeiras da cultura popular, construção de jogos/brinquedos/brincadeiras e atividades de cooperação/competição.

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Ética (respeito às regras)

Jogos Raciocínio/Lógico Formalizado Cálculo Estratégia (tomada de decisão) Atenção/Concentração Memória Percepção/Avaliação Percepção Espacial

Jogos teatrais e corporais, sonoro-musicais e visuais Propriedades do som: duração, intensidade, altura, timbre; Elementos visuais: ponto, linha, bi e tri dimensionalidade, forma, cores, figuras, formas, relevos, texturas; Elementos musicais: ritmo, harmonia, improvisação, melodia, manipulação de instrumentos, tempos, compassos; Elementos da cena: onde, quem o que, intencionalidade, expressividade, emoções, gestualidade, movimento, espaços, tempos, planos; elementos da dança: deslocamentos, direções, improvisação, coreografias, criação, planos, ritmos.

Compreender as interações entre o fazer, o conhecer e o exprimir, considerando a perspectiva da diversidade: -Expressar-se através do corpo e da voz nas dinâmicas coletivas e /ou individuais; -Relacionar tempo e espaço nos jogos; -Articular os elementos das linguagens expressivas da Música, das Visuais, das Cênicas entre si; -Cantar em situações coletivas e /ou individuais; -Dançar em situações coletivas e/ou individuais; -Produzir idéias musicais, utilizando os elementos sonoro-musicais; -Representar cenicamente, utilizando os elementos corporais e vocais; -Representar na modalidade da linguagem visual (desenho, modelagem, pintura, colagem, fotografia, vídeo), utilizando seus elementos; -Compreender e relaciona os elementos do fazer artístico à outras áreas do conhecimento.

NARRATIVAS contadas, cantadas e mostradas (adaptação, roteiro, elementos da narrativa, tempos, espaços, analogias, recriações, leituras, intencionalidade, expressividade). Improvisação dirigida (elementos da cena, elementos da dança, elementos visuais, elementos musicais; aspectos da criação nas diversas linguagens). Improvisação livre (criação, invenção, produção a partir do grupo de trabalho). Processos e poéticas cênicas (dança, teatro),das artes visuais, da música ( gêneros, estilos e abordagens nas diversas linguagens artísticas).

-Reelaborar narrativas. -Expressar-se através do corpo e da voz intencionalmente. -Relacionar o tempo e o espaço vivido com o tempo e o espaço da narrativa. -Criar idéias de narrativas articulando os elementos sonoros (duração, timbre, altura e intensidade); visuais ( cor, forma, volume ); cênicos ( movimento, gesto, expressão ). -Elaborar roteiro de trabalho a partir da narrativa; -Compreender as relações entre unidade de tempo e de espaço na narrativa. -Identificar as expressões na narrativa. -Identificar as emoções na narrativa. -Relacionar expressões e emoções na narrativa; -Ler elementos visuais, sonoros e cênicos. -Socializar as produções em suas diversas formas expressivas (Música, Dança, Teatro e Visuais).

FRUIÇÃO Apreciação (sentidos e significados).

-Relacionar-se sensível e integralmente com a experiência estética vivida; -Compartilhar integralmente as impressões, percepções e emoções experienciadas. -Emitir opinião e conceituar a experiência estética vivida.

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ATIVIDADES PRÉ-DESPORTIVAS

Habilidades Motoras Fundamentais Movimentos Naturais Valências Motoras Valências Físicas Regras Repertório Motor

Desenvolver atividades que promovam ações motoras que auxiliem na execução dos diversos movimentos relacionados aos esportes coletivos e individuais. Vivenciar situações que possam promover compreensão de regras e normas de convivência social.

ATIVIDADES RÍTMICAS

Consciência Ritmo Motora Tempo Musical Espaço Temporal Consciência Corporal Linguagem Corporal Ritmos Étnicos Culturais Dança

Promover experiências motoras com elevado grau de complexidade que desenvolvam diversas formas de atividades rítmicas.

GINÁSTICA

Força Equilíbrio Flexibilidade Coordenação Confiança/Segurança

Submeter a ações motoras voltadas aos conteúdos ginásticos com moderado grau de complexidade.

ATIVIDADES FÍSICA E SAÚDE

Sistemas Orgânicos Imagem Corporal Hábitos Saudáveis Aptidão Física Nutrição Síndrome Metabólica Noções de Primeiros Socorros Avaliação Antropométrica, Valências Físicas, Postural e Somatotipológica

Desenvolver pequenas ações que promovam os hábitos saudáveis na escola. Apresentar informações elementares sobre a importância das atividades físicas para o funcionamento do corpo e manutenção da saúde. Realizar uma rotina de avaliações para apresentar a realidade do desenvolvimento mor-funcional dos alunos.

Referências:

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ensino Fundamental de Nove Anos. Orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: MEC/SEB,2007. DÖRNER, S.S.N.; BOTH, J.; AGUIAR, I.E. Linguagem, corpo e escola: a inserção da metodologia de ensino através das vivências corporais. Caderno de Educação Física: estudos e reflexões, Marechal Cândido Rondon, v.5, n.9, p.103-107, 2003.

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GONÇALVES, M. A. S. Sentir, pensar, agir: corporeidade e educação. Campinas: Papirus. 1994. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Pró-Letramento: Programa de Formação Continuada de Professores dos anos /séries iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem. Brasília: MEC/SEB, 2007. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. VAYER, P. Educação psicomotora e retardo mental. São Paulo: Manole. 1985.

ÁREA DO CONHECIMENTO

Matemática

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Área do Conhecimento: Matemática (nos anos iniciais) Considerada como ciência carregada de complexidade, a aprendizagem matemática pode tornar-se

mais acessível e trazer a sensação de prazer e de compreensão quando apresentada e experimentada de forma

concreta, lúdica e significativa para os estudantes.

Utilizando-se de materiais manipuláveis, sejam eles de sucata (tampinhas, sementes, embalagens),

sejam de materiais estruturados (material dourado, blocos lógicos, fichas sobrepostas, etc.) ou de materiais

tecnológicos (calculadoras e computadores), os estudantes serão incentivados a explorar, desenvolver e

levantar conjecturas. Dessa forma o estudante compreenderá os conceitos e saberá onde e quando utilizá-los e

no decorrer dos anos não necessitará repetir a cada atividade a pergunta ao professor: - Que conta devo fazer?

A aprendizagem deve ser experimentada de forma lúdica tornando o aluno participativo e envolvido

na criação e desenvolvimento das atividades e regras. O jogo é um excelente recurso de motivação, interação,

desenvolvimento do raciocínio lógico e dedutivo, além de favorecer o desenvolvimento da autonomia. “Brincar

é mais que uma atividade lúdica, é um modo para obter informações, respostas e contribui para que a criança

adquira certa flexibilidade, vontade de experimentar, buscar novos caminhos, conviver com o diferente, ter

confiança, raciocinar, descobrir, persistir e perseverar; aprender a perder percebendo que haverá novas

oportunidades para ganhar.” (SMOLE, 2000, p. 14)

A aprendizagem se torna significativa quando os estudantes conseguem estabelecer relações entre os

conhecimentos que já possuem e os apresentados na escola; quando compreendem o porquê da necessidade

de operacionalizar, de observar e de medir; quando são capazes de analisar, julgar e decidir qual a melhor

solução e ainda avaliá-la.

A alfabetização matemática não se restringe apenas a números e cálculos. O estudo do espaço com

suas formas e medidas e da organização das informações que estão a nossa volta, são igualmente importantes

possibilitando ao estudante transitar pelo conhecimento. Sendo assim, é necessário que o aluno, em todos os

anos do ensino fundamental, perpasse pelos campos: Números e operações, Grandezas e medidas, Espaço e

forma e Tratamento da informação.

ORGANIZADORA DO PROJETO NA ÁREA DO CONHECIMENTO

SILVANA MARIA SOSTER TEIXEIRA (PROFESSORA DE MATEMÁTICA)

MARY FÁTIMA PEREIRA DE SOUZA (PROFESSORA DE SÉRIES INICIAIS)

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MATRIZ CURRICULAR DA ÁREA DO CONHECIMENTO

EIXO DE AÇÃO DA RME/PMF “LER E ESCREVER: COMPROMISSO DE TODAS AS ÁREAS.”

EMENTA DA ÁREA DO CONHECIMENTO

Números e operações. Espaço e forma. Grandezas e medidas. Tratamento da Informação.

MOATRIZ REFERENCIAL DA ÁREA DO CONHECIMENTO

Desenvolvimento da compreensão dos conceitos da linguagem matemática, sua operacionalização e utilização integrada com o uso das tecnologias midiáticas.

COMPETÊNCIAS

COMP1 – Operar e estabelecer relações entre os diferentes campos numéricos. COMP 2 – Compreender que os espaços são constituídos por diferentes formas, relacionando-os com o ambiente histórico-social. COMP 3 – Relacionar grandezas e medidas por meio de campos numéricos e geométricos. COMP4 - Interpretar informações científicas e sociais obtidas na leitura de gráficos, tabelas e outros dados estatísticos.

HABILIDADES

H1- Operacionalizar os conceitos básicos de operações inversas e incógnitas, como estratégia na solução de problemas. H2- Reconhecer diferentes significados e representações dos números reais. H3- Desenvolver procedimentos de cálculo mental e escrito, exato e aproximado. H4–Relacionar propriedades correlatas nos campos numéricos. H5-Construir o significado de medidas de uso no contexto social e em outras áreas do conhecimento aplicando-as no dia a dia. H6- Comparar grandezas de mesma natureza. H7- Perceber no espaço social a presença de diferentes formas, dimensões e localização. H8- Reconhecer as formas geométricas nos diferentes contextos. H9- Ler, interpretar e construir dados recolhidos de informações, apresentando-os em tabelas e gráficos.

EIXOS NORTEADORES

EN1: Os campos numéricos e as relações e operações com e entre eles. EN2: Os espaços e as formas que compõem o ambiente EN3: Unidades de medidas e suas relações no contexto social EN4: Tratamento de informações e dados estatísticos

EIXOS TEMÁTICOS

ET1: A conceituação e a sistematização dos números ET2: O sistema de numeração no contexto histórico-cultural ET3: A percepção do espaço composto por formas, tempos e medidas. ET4: Álgebra e geometria e suas correlações ET5: Os diferentes códigos na comunicação matemática ET6: A dependência entre variáveis seus usos e soluções ET7: As formas de organização dos dados, seus usos, estruturas e relações

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1º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Números e operações

Classificação, sequência e seriação;

Os números a nossa volta;

Noção de quantidade e contagem.

Seqüência numérica.

Números naturais.

Sistema de numeração decimal.

Operações com números naturais com material concreto.

Situações envolvendo adição e subtração.

Construir o significado do conceito de número e identificar algumas de suas funções.

Identificar números nos diferentes contextos em que se encontram.

Comunicar quantidades utilizando: oralidade, desenho, notação numérica, ou seja, registros não convencionais e convencionais.

Organizar agrupamentos para facilitar a contagem e a comparação entre coleções.

Utilizar diferentes estratégias para quantificar elementos de uma coleção: contagem, formar pares, estimativa e correspondência de agrupamentos.

Utilizar números para expressar quantidades de elementos de uma coleção e para expressar a ordem numa sequência.

Ler, escrever, comparar e ordenar números pela compreensão das características do sistema de numeração.

Contar em escalas ascendentes e descendentes a partir de um número dado.

Vivenciar situações-problema, compreendendo significados da adição e da subtração;

Utilizar a decomposição das escritas numéricas para a realização de cálculos que envolvem a adição e a subtração.

Reconhecer grandezas numéricas pela identificação da quantidade de algarismos e da posição ocupada por eles na escrita numérica.

Espaço e forma

Figuras planas (quadrado, círculo, triângulo, retângulo, losango)

Exploração de características presentes nas formas geométricas tridimensionais (rola e não rola, tem cantos, tem pontas)

Noções de direção, sentido e localização.

Observar e reconhecer figuras geométricas bidimensionais presentes em elementos naturais e nos objetos criados pelo homem e identificar algumas de suas características.

Localizar pessoas ou objetos no espaço, com base em diferentes pontos de referência e também em indicações de posição;

Identificar o percurso de pessoas ou movimentação de objetos no espaço, com base em diferentes pontos de referência e também em indicações de direção e sentido;

Utilizar a régua para traçar linhas retas.

Grandezas e medidas

Leitura de calendário, noções de tempo (anterioridade, posterioridade, dia e noite, continuidade, simultaneidade)

Cédulas monetárias (reconhecimento)

Medidas de comprimento não padronizadas (mãos, pés, dedos, passos...) e padronizadas (metro)

Reconhecer o calendário como forma de registrar e contar o tempo (dias, semanas, meses e anos).

Construir a noção de valor nas cédulas monetárias.

Desenvolver a noção de medidas através da utilização de medidas não padronizadas e padronizadas (metro).

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Tratamento da informação

Leitura e interpretação de tabelas e gráfico de colunas

Ler e interpretar informações por meio de registros pessoais em tabelas e gráficos de colunas (idade, números de irmãos, meses de nascimento, esportes preferidos etc.).

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Números e operações

Os números nos diferentes contextos em que se encontram (naturais, ordinais, pares e ímpares, dúzia, metade, dobro, triplo)

Composição e decomposição de números naturais (em base 10)

Unidade, dezena e centena

Idéias da adição (somar, acrescentar)

Idéias da subtração (tirar, comparar)

Algoritmo da adição e da subtração com números naturais

Idéias da multiplicação (adição de quantidades iguais)

Idéias da divisão (repartir em partes iguais, medir)

Compreender o significado do número nos diferentes contextos em que se encontra.

Ler, escrever, comparar e ordenar números pela compreensão das características do sistema de numeração.

Contar em escalas ascendentes e descendentes a partir números dados.

Interpretar e resolver situações-problema envolvendo adição e subtração.

Compor e decompor os numerais em base dez.

Calcular a soma de números naturais (ideia de somar e acrescentar) utilizando técnica não convencional e convencional com algoritmo.

Calcular a subtração entre dois números naturais (idéia de tirar e comparar) utilizando técnica não convencional e convencional com algoritmo.

Calcular resultados de multiplicação (adição de parcelas iguais) por meio de estratégias pessoais.

Calcular resultados de divisão (repartir em partes iguais) por meio de estratégias pessoais.

Interpretar e resolver situações-problema, compreendendo os significados da multiplicação e divisão utilizando estratégias pessoais.

Espaço e forma

Introdução do conceito de maquete, esboço e croqui.

Localização e movimentação de objeto ou pessoa.

Sólidos geométricos (cubo, pirâmide e esfera)

Características das figuras planas (nº lados, nº cantos, linhas retas e curvas)

Noções de Simetria

Representar a localização de um objeto ou pessoa no espaço pela análise de maquetes, esboços e croquis.

Representar a movimentação de um objeto ou pessoa por meio de esboços e croquis que mostrem trajetos.

Explorar as características das figuras planas (lados, linhas, cantos) reconhecendo-as em diferentes posições.

Perceber semelhanças e diferenças entre cubos e quadrados, pirâmides e triângulos, esferas e círculos, paralelepípedos e retângulos.

Diferenciar figuras tridimensionais das figuras bidimensionais.

Explorar a noção de simetria.

Grandezas e medidas

Medidas de tempo (hora, dia, semana, mês, ano)

Leitura de horas.

Comprimento (medindo com pés, mãos, centímetro e metro)

Estabelecer a relação entre unidades de tempo - hora, dia, semana, mês e ano.

Fazer leitura de horas exatas em relógios de ponteiros e digitais.

Explorar o conceito de medidas de comprimento,

2º ANO

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46

Massa (quilograma)

Medida de capacidade (litro)

Cédulas monetárias (trocas entre cédulas)

Noções de proporção

massa e capacidade utilizando instrumentos de medida convencionais (cm, m, kg, l).

Produzir escritas que representam o resultado de uma medição, comunicando o resultado por meio de seus elementos constitutivos.

Utilizar a régua enquanto instrumento de medida.

Reconhecer cédulas e moedas que circulam no Brasil e realizando possíveis trocas em função de seus valores.

Reconhecer grandezas que aumentam ou diminuem proporcionalmente (quantidade e preço, nº de pessoas e consumo)

Tratamento informação

Interpretação, leitura e construção de tabelas e gráfico de colunas simples

Ler e interpretar: tabelas simples; gráficos de coluna.

3º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Números e operações

Regras de organização do Sistema de Numeração Decimal.

Composição e decomposição dos números naturais.

Antecessor e sucessor.

Termos: unidade, dezena, centena e milhar.

Idéias da adição (somar, acrescentar).

Idéias da subtração (tirar, comparar).

Idéias da multiplicação (adição de quantidades iguais organização retangular com malha quadriculada, proporção e combinações).

Construção da tabuada em malha quadriculada.

Algoritmo da multiplicação por um algarismo.

Idéias da divisão (repartir em partes iguais, medir).

Algoritmo da divisão por um algarismo.

Situações com divisão exata e não exata.

Introdução a frações (metade, inteiro, terço, quarto, quinto, sexto e décimo).

Contar em escalas ascendentes e descendentes a partir de qualquer número natural dado;

Compor e decompor números naturais (unidades, dezenas, centenas e milhar).

Reconhecer as regras do sistema de numeração decimal.

Interpretar e resolver situações-problema compreendendo diferentes significados das operações envolvendo números naturais;

Construir fatos básicos da multiplicação a partir de situações-problema para a constituição de um repertório a ser utilizado no cálculo;

Utilizar a decomposição das escritas numéricas para a realização de cálculos que envolvem a multiplicação e a divisão.

Calcular o resultado de operações (adição e subtração) com os números naturais por meio de estratégias pessoais e pelo uso de técnicas operatórias convencionais.

Calcular o resultado de operações (multiplicação e divisão exata e não exata por um algarismo) com os números naturais por meio de estratégias pessoais e pelo uso de técnicas operatórias convencionais.

Utilizar a malha quadriculada para construção da tabuada.

Introduzir números racionais de uso freqüente na representação fracionária.

Reconhecer números naturais e números racionais no contexto diário.

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Espaço e forma

Noções de direção e sentido.

Desenvolvimento do conceito de maquete, esboço e croqui.

Localização de objeto ou pessoa no espaço.

Figuras simétricas.

Figuras geométricas planas.

Semelhanças e diferenças entre os sólidos (cubo, prismas, pirâmides) e corpos redondos (cilindro, cone, esfera)

Noções de paralelismo e perpendicularismo

Localizar objetos ou pessoas no espaço com base em diferentes pontos de referência e indicação de posição.

Explorar figuras que apresentem simetria.

Reconhecer semelhanças e diferenças entre corpos redondos (esfera, cone e cilindro).

Reconhecer semelhanças e diferenças entre poliedros (cubo, prisma e pirâmide).

Explorar planificações de figuras tridimensionais;

Identificar figuras poligonais e circulares nas superfícies planas das figuras tridimensionais.

Introduzir noções de paralelismo e perpendicularismo.

Grandezas e medidas

Proporcionalidade

Medidas de tempo (quinzena, bimestre, trimestre, semestre, ano)

Utilização de medidas de comprimento (km, m e cm)

Medidas de massa (Kg e grama)

Equivalência entre cédulas e moedas monetárias

Resolver situações-problema que envolvem idéias de proporcionalidade;

Reconhecer as unidades usuais de medida (metro, centímetro, quilômetro, grama, quilograma, litro e mililitro) utilizando-as também em situações-problema.

Utilizar medidas de tempo (quinzena, bimestre, trimestre, semestre e ano).

Explorar a equivalência entre cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro em situações-problema.

Estabelecer relações entre unidades usuais de medida de uma mesma grandeza (metro e centímetro, metro e quilômetro, litro e mililitro, grama e quilograma).

Tratamento da informação

Leitura, construção, interpretação de tabelas e gráficos de colunas e barras

Resolver situações-problema com dados apresentados de maneira organizada por meio de tabelas simples, gráficos de colunas.

Interpretar gráficos e tabelas com base em informações contidas em textos jornalísticos, científicos ou outros.

4º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Números e operações

Regras de organização do Sistema de numeração decimal

Significados e idéias da adição, subtração, multiplicação e da divisão

Termos: unidade, dezena e centena, milhar e milhão

Composição e decomposição de números naturais

Construção da tabuada

Algoritmo da multiplicação por dois algarismos

Algoritmo da divisão por dois algarismos

Números naturais na reta numérica

Divisão do inteiro (décimos e centésimos)

Representação de números fracionários

Adição de números decimais utilizando dinheiro

Compreender e utilizar as regras do sistema de numeração decimal.

Compor e decompor números naturais unidades, dezenas, centenas, milhar e milhão.

Compreender diferentes significados das operações envolvendo números naturais

Resolver adições e subtrações com números naturais por meio de estratégias pessoais e do uso de técnicas operatórias convencionais.

Resolver multiplicações e divisões com números naturais (por dois algarismos) por meio de estratégias pessoais e do uso de técnicas operatórias convencionais.

Compreender diferentes significados da adição e subtração envolvendo números racionais escritos na forma decimal.

Explorar os números naturais na reta numérica.

Resolver operações de adição de números racionais na forma decimal por meio de estratégias pessoais e pelo

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Frações.

Equivalência de frações

uso (dinheiro).

Reconhecer e representar números fracionais.

Escrever e comparar números racionais de uso freqüente nas representações fracionária e decimal;

Identificar e produzir frações equivalentes.

Espaço e forma

Eixo de simetria

Noções de ângulos (45°, 90, 180, 270 e 360)

Localização e movimentação de objeto em mapas e outras representações gráficas

Elementos de um sólido geométrico (aresta, face e vértice)

Planificações de sólidos geométricos

Diferenciação de figuras geométricas planas pelo tipo de ângulos e número de lados.

Identificar o eixo de simetria.

Explorar noções de ângulos (45 º ,90º ,180º ,270º e 360º ).

Interpretar e representar a localização e a movimentação de uma pessoa ou objeto no mapa e em outras representações.

Reconhecer semelhanças e diferenças entre poliedros;

Identificar elementos como faces, vértices e arestas de poliedros;

Planificar os sólidos geométricos.

Identificar semelhanças e diferenças entre figuras geométricas planas (ângulos, número de lados)

Compor e decompor figuras planas.

Ampliar e reduzir figuras planas.

Grandezas e medidas

Cálculo de perímetro e área em malhas quadriculadas.

Unidades de medidas padronizadas (km/m/cm/mm, kg/g/mg, l/ml)

Estimativas de tempo cronológico.

Noções de escala (ampliação e redução) de figuras em malha quadriculada.

Sistema monetário (reais e centavos)

Relação entre unidades de medida de tempo (hora, minuto e segundo)

Medidas de temperatura (graus)

Calcular o perímetro e a área de figuras em malha quadriculada.

Utilizar unidades usuais de comprimento, massa e capacidade em situações-problema.

Trabalhar com estimativa de tempo cronológico

Desenvolver noções de escala (ampliação e redução) em malha quadriculada.

Utilizar o sistema monetário brasileiro (reais e centavos) em situações-problema.

Utilizar unidades usuais de tempo e temperatura em situações-problema.

Tratamento da informação

Leitura, construção e interpretação de tabelas, gráfico de colunas e barras

Resolver problemas com dados apresentados de maneira organizada por meio de tabelas simples e gráficos de colunas.

Ler informações apresentadas de maneira organizada por meio de gráficos de linha.

Construir gráficos e tabelas com base em informações contidas em textos jornalísticos, científicos ou outros;

5º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Números e operações Regras de organização do sistema de numeração decimal

Construção e uso da tabuada Números decimais na reta numérica Ordens de números naturais até bilhão Significados e idéias da adição, subtração, multiplicação e da divisão

Compreender e utilizar as regras dos sistemas de numeração decimal para leitura e escrita, comparação, ordenação e arredondamento de números naturais.

Resolver problemas envolvendo as quatro operações, usando estratégias pessoais, convencionais e cálculo mental.

Explorar os significados e as idéias das operações realizando registros formais e não formais.

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Ordens de números decimais até milésimos Noção de fração equivalente e comparação entre frações Idéia de múltiplo e divisor Idéia de porcentagem (10%, 25%, 50%, 75% e 100%)

Reconhecer as ordens, classes e o valor posicional de um números até o bilhão.

Calcular por estimativas e aproximações.

Explorar diferentes usos das frações, a equivalência e a comparação entre frações.

Reconhecer as ordens que compõem um número até milésimos.

Localizar números decimais na reta numérica.

Explorar operações com números decimais e estimar resultados.

Reconhecer a importância das porcentagens no contexto social e científico, sabendo identificar valores correspondentes a porcentagens básicas.

Espaço e forma

Figuras simétricas e eixo de simetria Ampliações e reduções de figuras em malhas quadriculadas Polígonos: (quadriláteros, triângulos,circunferência e círculo) Elementos de um sólido geométrico (aresta, face e vértice) Poliedros (cubo, prismas, pirâmides) e sólidos redondos (cilindro, cone, esfera) Noção de ângulos Retas paralelas, concorrentes e perpendiculares Localização e movimentação de objeto em mapas e outras representações gráficas.

Classificar os sólidos geométricos em poliedros e corpos redondos.

Construir e planificar sólidos geométricos, identificando os números de faces, arestas e vértices.

Identificar os eixos de simetria em figuras.

Diferenciar circunferência e círculo.

Diferenciar retas paralelas, concorrentes e perpendiculares.

Explorar a utilidade de ângulos no cotidiano.

Descrever a localização e a movimentação de uma pessoa ou um objeto em mapas, croquis e outras representações gráficas.

Grandezas e medidas Cálculo de perímetro e área em malhas quadriculadas Medidas de superfície (cm², m², km²) Medidas de capacidade Noção de volume em cubos e paralelepípedos Proporcionalidade

Calcular áreas e perímetros de figuras em malha quadriculada.

Conhecer e utilizar as unidades usuais para medir perímetro e área (cm e cm², m e m², km e km²) e capacidade (litro e mililitro).

Calcular o volume de cubos e paralelepípedos.

Resolver problemas que envolvam grandezas que aumentam ou diminuem de forma proporcional.

Tratamento da informação Leitura, construção e interpretação de tabelas, gráfico de colunas e barras Leitura de gráficos de setores Possibilidades Média aritmética

Ler, interpretar e construir tabelas,gráficos de colunas, barras e setores.

Calcular média aritmética de eventos.

Explorar o raciocínio combinatório a partir de questões do cotidiano.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

SMOLE, K.S. e DINIZ, M.I. Ler, escrever e resolver problemas – Habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.

SMOLE, K.S. ,DINIZ, M.I e CÂNDIDO, P. T. . Brincadeiras Infantis nas aulas de matemática.Porto Alegre: Artmed, 2000.

CENTÚRION, M. R. , LA SCALA, J. e RODRIGUES, A. B. Porta Aberta: matemática. São Paulo: FTD, 2008. DANTE, L. R. .Aprendendo Sempre: matemática. São Paulo: Ática, 2008.

PERACCHI, E. P., TOSATTO, C. M. e TOSATTO, C.C. Hoje é Dia de matemática. Curitiba: Editora Positivo. 2007.

PROPOSTA PARA APRECIAÇÃO, ESTUDO E ANÁLISE

Matemática

6º ANO AO 9º ANO

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6º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM

DESENVOLVIDAS

Números e operações

Sistema de numeração decimal;

Números naturais;

Operações com números naturais: idéias associadas e algoritmos;

Potenciação e radiciação com números naturais;

Múltiplos e divisores;

Números racionais

Operações com números racionais

Frações; equivalência, comparação e operações

Porcentagem

Compreender e utilizar as regras do sistema de numeração decimal para leitura e escrita, comparação, ordenação e arredondamento pelo seu uso em situações-problema e pelo reconhecimento de relações e regularidades.

Resolver problemas, consolidando os significados das operações fundamentais, em situações que envolvam números naturais.

Identificar as representações de números racionais (fracionária e decimal), sua leitura e escrita e seus diferentes significados em situações-problema, comparando-os e localizando-os na reta numérica.

Reconhecer a importância das porcentagens no contexto social e científico, calculando percentuais inteiros.

Álgebra Operações inversas com números naturais e racionais

Utilizar os conhecimentos sobre as operações numéricas e suas propriedades para construir estratégias de cálculo algébrico.

Espaço e forma

Localização e movimentação de pessoa ou objeto em mapas e outras representações gráficas.

Figuras e sólidos geométricos

Ângulos (medida, construção);

Simetria axial

Observar o espaço, compreendendo, descrevendo e representando de forma organizada o mundo físico.

Descrever, interpretar e representar, a localização ou a movimentação de uma pessoa ou um objeto no espaço.

Identificar características das figuras e sólidos geométricos, percebendo semelhanças e diferenças entre elas, por meio de composição e decomposição, simetrias, ângulos, ampliações e reduções.

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Grandezas e medidas

Medidas de comprimento - perímetro

Medidas de superfície - área

Medidas de capacidade

Medidas de massa

Medidas de tempo

Medida de temperatura

Construir o significado das medidas, a partir de situações-problema que expressem seu uso no contexto social e em outras áreas do conhecimento e que possibilitem a comparação entre grandezas

Estabelecer relações entre perímetro e área de figuras planas regulares

Tratamento da informação

Coleta e organização de dados leitura, interpretação de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos;

Gráficos de barras, colunas, histogramas, setores;

Médias.

Coletar dados e organizá-los em tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos.

Interpretar dados apresentados sob forma de tabelas e gráficos valorizando essa linguagem como forma de comunicação.

Construir , ler e interpretar gráficos de setores, utilizando-se do conhecimento de ângulos e frações.

Calcular média aritmética e ponderada.

7º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Números e operações

Números racionais

Operações com números racionais

Números inteiros;

Operações com números inteiros;

Identificar as representações dos números racionais (fracionária e decimal), sua leitura e escrita e seus diferentes significados em situações-problema, comparando-os e localizando-os na reta numérica.

Operar com números inteiros, localizando-os na reta numérica, compreendendo sua utilidade nos diversos contextos .

Resolver problemas, consolidando as operações fundamentais, em situações que envolvam números naturais, inteiros e racionais na forma decimal.

Álgebra Equações do 1º grau;

Inequações

Razão e proporção;

Regra de três;

Juros e descontos simples

Porcentagem

Utilizar os conhecimentos sobre as operações numéricas e suas propriedades para construir estratégias de cálculo algébrico.

Reconhecer a linguagem algébrica como instrumento de representação e generalização para solução de situações-problema.

Utilizar igualdades e desigualdades para representar e analisar situações reais.

Interpretar porcentagens e representá-las de diferentes formas, relacionando-as a razões.

Resolver situações-problema que envolvam cálculo de juros e descontos simples.

Espaço e forma

Figuras planas e espaciais Identificar características das figuras e sólidos geométricos, percebendo semelhanças e

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Ângulos (Medidas, tipos e operações)

Simetria axial e de rotação

diferenças entre elas, por meio de composição e decomposição, simetrias, ângulos, ampliações e reduções.

Identificar relações entre os ângulos de diferentes configurações geométricas.

Reconhecer que existe diferentes tipos de simetria, identificando-os.

Grandezas e medidas

Medidas de comprimento

Medidas de superfície

Medidas de volume

Proporcionalidade (grandezas direta e inversamente proporcionais)

Resolver situações-problema que envolvam cálculo e transformação entre unidades de medida.

Construir estratégias variadas para cálculo de área de superfícies planas e de volume de blocos retangulares, aplicando-as a situações práticas.

Reconhecer e explorar relações de interdependência entre grandezas

Resolver situações que envolvam grandezas direta e inversamente proporcionais.

Tratamento da informação

Coleta e organização de dados

Leitura e interpretação de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos;

Construção de gráficos de barras, colunas, histogramas e setores

Noções de probabilidades e médias.

Interpretar dados apresentados em tabelas e gráficos, valorizando essa linguagem como forma de comunicação.

Construir, ler e interpretar tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos.

Identificar estratégias de síntese, transmissão e interpretação de dados.

Resolver situações-problema que envolvam o raciocínio combinatório e probabilístico.

8º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Números e operações

Operações com números naturais, inteiros e racionais; Números irracionais.

Resolver situações-problema com números naturais, inteiros, racionais e irracionais, aplicando e compreendendo as idéias que envolvem as operações,

Utilizar procedimentos de aproximação, arredondamento, cálculos mentais e estimativas.

Operar com os diferentes campos numéricos, representando um números nas suas diferentes formas de registro (1/2 ou 50% ou 0,5 ou 2/4 ou 5/10 ou 500/100...)

Álgebra Operações com expressões algébricas (cálculo numérico, produtos notáveis e fatoração); Frações algébricas; Equações e sistemas de equações do 1º grau; Polinômios. Regra de três simples e composta; Lucro e prejuízo Juros e descontos simples.

Reconhecer a linguagem algébrica como instrumento de representação e generalização para solução de situações-problema.

Construir os usos e as regras da linguagem algébrica associada a situações significativas, utilizando os produtos notáveis como facilitadores dos cálculos numéricos e algébricos;

Identificar frações algébricas associadas a

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situações significativas;

Interpretar porcentagens e representá-las de diferentes formas.

Resolver situações-problema que envolvam cálculo de juros, descontos, lucro e prejuízo.

Identificar sistemas lineares com a linguagem algébrica adequada a descrição de situações reais.

Espaço e forma

Semelhança; Medidas internas e externas de ângulos de polígonos Teorema de Tales e Pitágoras Trigonometria (relações métricas no triângulo retângulo)

Identificar características das figuras e sólidos geométricos, percebendo as semelhanças e as diferenças, utilizando-se dos conhecimentos de composição e decomposição, simetrias, ângulos, ampliações e reduções.

Identificar relações entre os ângulos de diferentes configurações geométricas.

Utilizar as relações de trigonometria, semelhança e os teoremas na solução de situações-problema.

Grandezas e medidas

Medidas Medidas de volume e capacidade Proporcionalidade (grandezas diretamente e inversamente proporcionais)

Resolver situações-problema que envolvam cálculo e transformação entre unidades de medida.

Transformar medidas de volume em medidas de capacidade e vice-versa.

Reconhecer e explorar relações de interdependência entre grandezas, construindo estratégias para resolver situações que envolvam proporcionalidade.

Tratamento da informação

Coleta e organização de dados; Leitura e interpretação de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos; Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, histogramas, setores e de curvas; Noções de probabilidades, médias, moda e mediana.

Construir , ler e interpretar tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos.

Identificar estratégias de síntese, transmissão e interpretação de dados.

Resolver situações-problema que envolvam o raciocínio combinatório e probabilístico.

Calcular os diferentes tipos de médias, compreendendo sua utilidade na dedução de situações apresentadas.

9º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Números e operações

Operações com números naturais, inteiros, racionais e irracionais; Números reais

Identificar representações dos números reais nas suas diversas notações, criando conexões para contextos matemáticos ou não.

Reconhecer e operar no campo numérico real, aplicando e compreendendo as idéias que envolvem as operações, além de criar novos significados para elas com base na resolução de situações-problema.

Utilizar procedimentos de cálculo (exato ou aproximado, mental ou escrito) em função da situação-problema proposta.

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Álgebra Equações do 2º grau; Sistemas de equações do 2º grau; Funções do 1º e 2º grau. Regra-de-três simples e composta Juros simples e descontos

Reconhecer a linguagem algébrica como instrumento de representação e generalização para solução de situações-problema.

Resolver situações-problema que envolvam equações e sistemas do 1º e 2º graus.

Resolver situações-problema que envolvam cálculo de juros, descontos, lucro e prejuízo.

Espaço e forma

Semelhança; Trigonometria (relações métricas no triângulo retângulo, Teorema de Pitágoras, razões trigonométricas e ciclo trigonométrico).

Localizar o deslocamento de uma figura/objeto no plano cartesiano;

Analisar transformações e ampliações/reduções de figuras geométricas planas, identificando seus elementos e utilizando-se dos conceitos de congruência e semelhança.

Estabelecer relações entre figuras bidimensionais e tridimensionais através das noções de ângulos, paralelismo e perpendicularismo.

Utilizar as relações de trigonometria, semelhança e os teoremas na solução de situações-problemas.

Grandezas e medidas

Proporcionalidade Transformações entre diferentes medidas

Construir o significado das medidas, a partir de situações-problema que expressem seu uso no contexto social e em outras áreas do conhecimento e que possibilitem a comparação de grandezas de mesma natureza.

Reconhecer e explorar relações de interdependência entre grandezas, construindo estratégias para resolver situações que envolvam proporcionalidade.

Tratamento da informação

Coleta e organização de dados; Leitura e interpretação de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos; Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, histogramas, setores e de curvas; Noções de probabilidades, médias, moda e mediana.

Construir, ler e interpretar tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos.

Identificar estratégias de síntese, transmissão e interpretação de dados.

Resolver situações-problema que envolvam o raciocínio combinatório e probabilístico.

Calcular os diferentes tipos de médias, compreendendo sua utilidade no entendimento de situações apresentadas.

Utilizar recursos estatísticos e probabilísticos na identificação de características de acontecimentos previsíveis ou aleatórios.

ÁREA DO CONHECIMENTO

Ciências Naturais

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

58

ÁREA DO CONHECIMENTO: CIÊNCIAS NATURAIS

Os conteúdos de ciências na proposta publicada em 2008 apresentam-se agrupados em objetos

relacionados ao estudo de 06 (seis) grandes campos conceituais dessa área de conhecimento, que são

conteúdos conceituais relacionados ao estudo do: (1) ambiente; (2) da diversidade biológica; (3) dos seres

vivos; (4) dos ecossistemas; (5) das relações e (6) outros temas. Os temas de relevância relacionados à área, e

de caráter atual, foram agrupados no item (6) que, desse modo, na reorganização dos conteúdos vinculados

aos objetivos, utilizou-se o mesmo agrupamento identificando cada conteúdo vinculado aos mesmos grupos

conceituais, ora apresentados aos profissionais da disciplina e área de ciências da Rede Municipal de Ensino,

como referendam as páginas 174 e 175 daquela proposta curricular.

Destaca-se que os objetivos elaborados neste documento é uma relação de sugestões para os

estudantes, baseados no nível de cognição esperado para a faixa etária prevista para cada ano do ensino

fundamental e que os mesmos consigam desenvolvê-los. É importante destacar que esses objetivos, assim

como os objetos de conhecimento/estudos sugeridos, devem ser adequados e de acordo com o diagnóstico

inicial realizado pelos profissionais com cada estudante no início de cada ano letivo e, nesse viés, portanto, esta

proposta curricular tem por objetivo repensar as práticas pedagógicas, em relação ao ensino de Ciências na

rede municipal de ensino da Prefeitura de Florianópolis.

Inicialmente, esta proposta teve início a partir da discussão com os Assessores de área da Diretoria

de Ensino Fundamental (DEF), articulados com as propostas do MEC/CNE/CEB, através da participação do

Assessor da Área de Ciências nas discussões em nível Federal e que se culminaram nos Pareceres CNE/CEB:

07/2010, 11/2010 e 12/2010, dando suporte à elaboração do Parecer CNE/CEB 04/2010.

No afã inicial dessa discussão, a proposta foi encaminhada para um grupo maior de professores, no

processo de formação continuada, para que juntos pudéssemos estabelecer aquilo que pretendíamos

desenvolver com nossos estudantes. Muitos debates e reflexões relevantes aconteceram e favoreceram a

formulação do que estamos chamando de proposta de “Matrizes Curriculares”, denotada a proposição de se

elaborar uma Matriz Curricular por “Áreas de Conhecimento” e que tivesse como malha de conhecimento o

envolvimento de todos os componentes curriculares, de forma que os componentes, inicialmente, de Ciências,

Matemática e Educação Física se coadunassem num mesmo campo de aprendizagem, mas por uma decisão do

Conselho Municipal de Educação, através de sua RES CME 01/2010 estabeleceu que a área de “Ciências

Naturais” ficaria isoladas daquelas outras e encontrou respaldo para isso no Artigo 14 da RES CNE/CEB

04/2010, que se ultimou nas divisões e áreas que aqui apresentamos.

A partir de então, ancorados por uma suposição das “expectativas de aprendizagem” que não se

consolidaram, até o momento, ainda assim se presumiu a construção de uma “MATRIZ CURRICULAR” com os

focos voltados para os aspectos “conteudistas” e os “objetivos desses conteúdos” que se vislumbrou na Rede

Municipal de Ensino. Se por um lado, o CNE/MEC procurou denotar a mediação da informação por aspectos

envolvidos com as áreas do conhecimento, por outro lado, resignamo-nos ao “fazer pedagógico conteudista”

cujo avanço não se deu por uma questão de opção, mas que se fixa a proposta que aqui se expõe, quiçá seja

esta de forma “preliminar” e “em construção”.

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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Todo este trabalho em não pretende ser uma proposta fechada, mas flexível, sempre em construção,

aberta para se adaptar às diferentes situações vividas no dia-a-dia de cada escola, de acordo com suas

experiências e realidades, pois assim se propuseram os representantes da Ciência envolvidos, ao pensarem

esta Proposta Curricular construída pelos representantes de Ciências em 2008 e os pressupostos que nos

orientam nas páginas 153 a 176 daquela Proposta Curricular. Dessa forma, cada unidade educativa, cada

professor poderá idealizar seu próprio currículo a partir dessas orientações preliminares e “em construção”.

O ensino do componente curricular de Ciências, durante muito tempo, baseou-se em princípios

empíricos, ou seja, na observação dos fenômenos da natureza e na realização de experimentos, em que a

aprendizagem do estudante dependia da transmissão de conhecimentos por parte do professor, por meio do

quadro-negro, dos livros e de outros recursos. A ciência, de modo geral, que na sua concepção influencia

sobremaneira o ensino de Ciências Naturais, estudava os fenômenos, extraindo da natureza aquilo que já

estava, a priori, pronto e acabado, um conhecimento dado e, nesse processo, pensava-se que não havia

construção ou criação de saberes.

Todos os componentes curriculares do currículo escolar têm uma estreita relação com o

conhecimento científico, mas o ensino de Ciências Naturais se constrói ao longo dos anos como aquele

conhecimento que irá proporcionar ao estudante a passagem entre o saber cotidiano, o "senso comum" e o

saber científico. Será porque essa é uma ideia que vem sendo estigmatizada? Talvez essa concepção de ensino

de Ciências esteja relacionada com o fato de que "aprender Ciências significa aprender palavras difíceis". Aí

também está implícita uma concepção de que aprender é repetir o "certo" e não “refletir”, problematizar o

objeto de conhecimento, mas se organizar no reflexo pedagógico de que isso se propõe.

Essa forma de compreender a ciência interfere, ainda hoje, no processo de ensino e da

aprendizagem das Ciências Naturais. Nossa proposta é de superação dessa concepção hegemônica de

“transmissão de conhecimento” para um processo de ensino e de aprendizagem por meio da valorização das

ideias prévias dos alunos e de seu envolvimento com o habitat natural.

É nesse processo intrinsecamente dinâmico de busca de informações e confronto de ideias que o

conhecimento científico se constrói. Todo sujeito que observa, experimenta ou lê, põe em ação seus

conhecimentos anteriores, interpretando as informações a partir de seus próprios referenciais, portanto, se

esses momentos se destinam a coletar informações para encaminhar as discussões e investigações planejadas,

é necessário que se oriente o estudante nessa busca, de modo que ele obtenha os dados necessários ao

confronto das suposições previamente estabelecidas e possa reelaborá-las, tomando como referência a rede

de ideias, ainda que proposta por uma discussão mais ampla em nível Federal, mas que possamos, ao longo do

tempo, implementá-la, através da mediação do professor e comprometimento de uma trajetória de futuro que

ainda se instalará.

Certamente que não poderíamos deixar de aqui afirmar e mostrar que o “Grupo de professores do

componente curricular de – Ciências” da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis soube dialogar,

experienciar, construir coletivamente e reelaborar os conceitos para que pudessem se instalar como proposto

na RES CNE/CEB 04/2010, mas que ao longo do tempo retomaremos essa discussão e a faremos se consolidar

com outras Áreas do Conhecimento, obviamente.

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

60

Contamos, como sempre pudemos contar, com o apoio de todos os nossos colegas nesta caminhada

e na construção de uma proposta de “Matriz Curricular” de futuro e de um futuro muito breve.

A todos os nossos colegas professores de Ciências da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis, o

nosso especial agradecimento por mais esta proposta preliminar.

EQUIPE ORGANIZADORA DO PROJETO NA ÁREA DO CONHECIMENTO

GILMAR JOSÉ FAVA (PROFESSOR DA RME) SILVANE DALPIAZ DO CARMO (PROFESSORA DE CIÊNCIAS)

MATRIZ CURRICULAR DA ÁREA DO CONHECIMENTO

EIXO DE AÇÃO DA RME/PMF

“LER E ESCREVER: COMPROMISSO DE TODAS AS ÁREAS.”

EMENTA DA ÁREA DO CONHECIMENTO

Considerar os aspectos estruturais da ciência, tendo como ponto de partida a ciência natural, desenvolver

competências que permitam compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando-se de

conhecimentos da natureza científica e tecnológica.

MATRIZ REFERENCIAL DA ÁREA DO CONHECIMENTO

Conhecer a teoria e origem do universo relacionando-os com os elementos específicos da ciência e utilizar

conceitos e informações tecnológicas operacionalizando, argumentando e representando de diversas maneiras

os conceitos que a ciência oferece na compreensão da saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais

e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes.

COMPETÊNCIAS

COMPETÊNCIA 1: Apropriar conceitos básicos do ensino de Ciências numa dimensão que contribua para o

entendimento das relações de vida no ambiente dinâmico.

COMPETÊNCIA 2: Utilizar conceitos e informações tecnológicas operacionalizando, argumentando e

representando de diversas maneiras os conceitos que a ciência oferece.

COMPETÊNCIA 3: Socializar os conceitos básicos apropriados no seu contexto sócio-cultural.

COMPETÊNCIA 4: Desenvolver habilidades e competências para construir representações, atribuir significados

e fazer uso de expressões de relevância no seu cotidiano para adequá-las a situações de vida.

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

61

COMPETÊNCIA 5: Assumir atitudes e valores para consigo, com outros grupos, com outras espécies e a

natureza como um todo, contribuindo para a construção de uma vida ética, saudável e sustentável.

COMPETÊNCIA 6: Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que

devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes.

HABILIDADES

H1- Desenvolver habilidades relacionadas à observação, descrição, registros, elaboração de relatórios, mapas

conceituais e atividades experimentais.

H2- Desenvolver a capacidade de observação e registro dos seres vivos ou ambientes.

H3- Organizar dados coletados em observação de campo, pesquisas bibliográficas/Internet ou outras formas de

investigação.

H4- Utilizar instrumentos de observação e de medidas (lupa, microscópio, balança, termômetro, fita métrica,

régua).

H5- Formular perguntas e hipóteses sobre o que está sendo estudado e inferindo sobre possíveis variáveis.

H6- Manejar materiais para construção de projetos (por exemplo, terrário, aquário, miniestufa, composteira,

horta, herbário entre outros).

H7- Elaborar tabelas, gráficos, modelos explicativos ou outras formas de organização de dados.

H8- Elaborar projetos investigativos, empregando as etapas do método científico.

H9- Realizar demonstrações simples para ilustrar ou explicar fenômenos biológicos, químicos e físicos.

H10- Projetar e confeccionar modelos para demonstrar conceitos biológicos, químicos e físicos;

H11- Ter a capacidade de observar situações cotidianas, fazendo relação com assuntos de ciências naturais.

H12- Reconhecer o espaço de convivência humana, respeitando o ambiente e acessando, através das mídias

tecnológicas, o espaço geográfico de seu meio social;

H13- Compreender a origem do universo e as relações que se estabelecem no campo da astronomia e dos

elementos do planeta terra;

H14- Conhecer a teoria e origem do universo, da vida e dos seres vivos relacionando-os com os elementos

específicos da ciência natural.

H15- Classificar o universo da biodiversidade e estabelecer as relações ecológicas que integram o ecossistema.

H16- valorizar os conhecimentos científicos.

H17- Ter discernimento entre senso comum e conhecimento científico.

H18- Demonstrar atitudes científicas pela curiosidade, persistência nas observações, rigor nos registros e

análises.

H19 - Demonstrar interesse pela História da Ciência e pela ação dos cientistas ao longo dos diferentes

movimentos históricos da humanidade.

H20- Posicionar-se frente à teoria sobre a origem do universo, da terra e dos seres vivos.

H21- Adotar hábitos saudáveis em relação ao corpo e ao ambiente e adoção de medidas preventivas em

relação a doenças infecciosas.

H22- Adotar postura ética frente às questões sócio-ambientais.

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H23- Observar rótulos de produtos químicos (industrializados) utilizados no seu cotidiano;

H24- Reconhecer as necessidades tecnológicas na nossa vida e os cuidados em usá-las.

H25- Avaliar sua intervenção e de outros seres nos ecossistemas.

H26- Rejeitar a participação em atos que provoquem a contaminação e destruição de seu entorno, ou do

ambiente.

H27- Exercitar a cidadania em seu cotidiano.

H28- Promover ações para redução, reutilização e reciclagem de resíduos.

H29- Demonstrar interesse nos seres vivos e empenho em conhecê-los em seu ambiente (nativos e exóticos)

H30- Adotar bons hábitos com relação ao cuidado e valorização da vida em todos os aspectos.

H31- Demonstrar comprometimento e empenho na realização das atividades individuais e em grupos.

H32- Valorizar o trabalho em equipe e promoção da solidariedade.

H33- Colaborar na organização e realização de projetos.

H34- Apresentar predisposição ao conhecimento, à aceitação da opinião de outras pessoas e ao exercício da

valorização de diferentes ideias.

H35- Reconhecer e valorizar as diversidades.

H36- Desenvolver habilidades relacionadas à desmistificação de tabus, supervisões, crendices

EIXOS NORTEADORES

EN1: Diversidade ambiental, cultural e social.

EN2: Relações de produção e consumo.

EN3: Sustentabilidade ambiental, cultural e social

EN4: Natureza, cultura e tecnologia.

EIXOS TEMÁTICOS

ET1: O indivíduo e suas percepções do ambiente.

ET2: O ambiente, suas relações e transformações.

ET3: O ambiente, saúde e tecnologia.

ET4: A história das ciências e as revoluções tecnológico-científicas.

ET5: Os seres, suas características e transformações.

ET6: As temáticas ambientais e as relações no universo.

ET7: O saneamento ambiental e seus aspectos político-ambientais.

ET8: Legislação ambiental, ética e cidadania

ET9: Elementos de astronomia

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1ª ANO

O INDIVÍDUO E SUAS PERCEPÇÕES DO AMBIENTE I

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

1. Ambiente

≈ Noções básicas sobre matéria: Quantidade, Espaço, Tamanho, Forma, Espessura, Cor, Brilho, Sabor, Odor, Textura, Composição, Porosidade, Estados da matéria (líquido, sólido, vapor) e tipos de matéria (água, vidro, papel, leite, outros). ≈ Noções básicas sobre energia (luz, calor, irradiação) ≈ Noções de astronomia Céu, planetas (Terra), estrelas (sol). Noções de localização ≈ Elementos constituintes do ambiente e fenômenos naturais Noções básicas que componentes físicos do ambiente (água, solo e ar) Ações dos ventos, chuvas, raios, outros

- Reconheceras propriedades da matéria; - Entender “como são as coisas” em relação a sua composição e organização (matéria e energia) - Diferenciar tipos de matérias - Reconhecer os diferentes estados da matéria, diferenciando conceitos fundamentais como o sólido e o líquido. - Identificar a existência de elementos fora do planeta Terra - Observar elementos constituintes do céu (durante a noite e durante o dia) - reconhecer o ambiente como espaço físico

2. DIVERSIDADE BIOLÓGICA

≈ Os diferentes tipos de seres vivos e suas características básicas ≈ Animais, plantas e outras formas de vida

- Diferenciar os tipos de seres vivos - Identificar animais, vegetais e outras formas de vida

3. SERES VIVOS

≈ Conceito de vida O que é vivo (animais, plantas, pessoas etc.) e o que não é não vivo (as coisas, as máquinas e os defuntos)? ≈ Origem da vida Noções básicas das teorias de origem da vida.

- Reconhecer e diferenciar o vivo e o não vivo - Ter ideias espontâneas sobre a origem da vida Reconhecer a existência de seres vivos no ambiente Perceber a diversidade de ambientes e seres vivos Reconhecer o ser humano como ser vivo integrante do ambiente Perceber diferenças nos seres vivos nas diferentes fases de vida dos mesmos.

4. ECOSSISTEMAS

≈ O ambiente enquanto espaço de vida ≈ Diferentes ambientes existentes no bairro, na sua casa, na escola (natural e construído)

- Reconhecer as características do ambiente; - Diferenciar os ambientes - Identificar componentes comuns em diferentes ambientes - Observar os principais elementos do ambiente (seres vivos, água, solo, ar, luz e calor) - Constatar a influência do meio ambiente nas características e comportamentos dos seres vivos

5. RELAÇÕES

≈ As necessidades naturais dos seres vivos: (O que fazem, como se relacionam, como se reproduzem, como se locomovem) ≈ Características do corpo humano

- Ter ideias de como os seres vivos dependem dos ambientes - Observar as necessidades naturais dos seres vivos - Identificar o corpo como constituído por partes e

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Noções básicas de organização corporal Higiene pessoal e alimentação saudável Órgãos do sentido: função e importância Fase de crescimento e desenvolvimento Fase de desenvolvimento e crescimento: adolescência e velhice

funções diversas. - Apresentar hábitos de higiene pessoal e cuidados com o ambiente próximo. - Identificar e localizar partes do corpo - Perceber a importância dos sentidos e das funções do corpo para a interação como ambiente

6. Outros temas

≈ Transformações do ambiente (fenômenos naturais e alterações provocadas pela ação humana) ≈ A importância de ferramentas, aparelhos elétricos e eletrônicos e outros instrumentos no nosso dia-a-dia. ≈ Noções de tecnologia. ≈ Materiais que o ser humano lança no ambiente. ≈ A transformação do lixo ≈ Degradação do meio ambiente ≈ Conservação da natureza

- observar as transformações do ambiente - Constatar a presença de eventos repetidos na natureza (dia, noite, inverno, verão, primavera, outono, marés, outros) - Perceber a ocorrência de fenômenos naturais (chuvas, furações, ventanias, secas) - reconhecer aspectos relacionados às causa das transformações dos ambientes - Identificar objetos feitos manualmente e fabricados, alimentos naturais e fabricados, eletrodomésticos - reconhecer a interferência do ser humano no ambiente - ter atitudes que contribuam para a conservação de um ambiente saudável. - Demonstrar hábitos e atitudes de preservação da vida - Reconhecer a importância dos cuidados com o lixo, o solo e a água para a preservação do ambiente e saúde.

NOTA: É importante considerarmos que esses elementos de estudo, bem como as competências e

habilidades aqui apresentadas são os subsídios mínimos que todos os estudantes da RME devem ter na área de

conhecimento – ciências naturais.

Nada se opõe, entretanto, que se proceda a complementação de outros temas de estudo e quaisquer

outras competências e habilidades que os profissionais da área considerem necessários para a

complementação da proposta pedagógica em sala de aula, através do Plano de Atividade Educacional (PAE).

2ª ANO

O INDIVÍDUO E SUAS PERCEPÇÕES DO AMBIENTE II

OBJETOS DE CONHECIEMNTO/ESTUDOS OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

1. AMBIENTE

≈ Noções básicas sobre matéria: Propriedades (massa, inércia, extensão, impenetrabilidade, compressibilidade, elasticidade, outras); Composição (matéria orgânica, e inorgânica), Mudanças de estado físico e Organização da matéria (substancias e misturas) ≈ Noções básicas sobre energia (forças de atração e

- Constatar diferentes propriedades gerais da matéria - manusear objetos observando sua composição e suas características (forma, espessura, cor, brilho, sabor, odor e textura) - perceber diferentes tipos e estados da matéria - constatar diferentes formas de energia - Ter ideias espontâneas da organização molecular da

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repulsão e fontes de energia) ≈ Noções de astronomia Sistema planetário e astros celestes Noções de sobre origem do universo ≈ Elementos constituintes do ambiente e fenômenos naturais Características físicas e propriedades principais dos componentes físicos do ambiente (água, solo e ar) Transformação da matéria na natureza – Ciclo da água.

matéria - ter ideias espontâneas dos elementos que compõe o universo e sua organização - Observar e comparar os diferentes ambientes - observar transformações e ocorrência de fenômenos naturais. - Reconhecer que os recursos naturais são esgotáveis

2. DIVERSIDADE BIOLÓGICA

≈ Diversidade de seres vivos e os principais reinos ≈ Principais características dos animais e dos vegetais ≈ Noções de classificação biológica

- reconhecer um ser vivo. - diferenciar os seres vivos quanto as suas características principais.

3. SERES VIVOS

≈ O vivo e o não vivo: Características gerais dos seres vivos e dos seres não-vivos. ≈ Origem da vida Noções básicas das teorias de origem da vida.

- Identificar e diferenciar ambientes próximos - Identificar elementos comuns e diferentes nos diversos ambientes - Identificar situações de interferências inadequadas ao ambiente

4. ECOSSISTEMAS

≈ O ambiente onde vivem os seres vivos e sua importância. ≈ Os cuidados com os seres vivos e com seu ambiente. ≈ Caracterização dos ambientes locais e regionais: principais características físicas e biológicas

- Compreender o ser humano como ser vivo e com necessidades naturais, biológicas e sociais. - Constatar relação entre as características físicas e químicas do ambiente e as características e comportamentos dos seres vivos. - Perceber alterações e transformações os seres humanos durante suas fases de desenvolvimento

5. RELAÇÕES

≈ Diferentes processos e fenômenos que ocorrem nos seres vivos. ≈ Diferentes relações dos seres vivos em seu ambiente (harmônicas e desarmônicas, outras) ≈ Relação do homem com o ambiente. ≈ Características do ser humano Organização interna do corpo. Transformações durante o desenvolvimento. Comportamentos durante a fase da infância

- Relacionar produtos, eletrodomésticos e outros equipamentos domésticos e profissionais, e sua importância para os seres vivos e a vida, em geral - reconhecer a interferência do ser humano no ambiente - ter atitudes que contribuam para a conservação de um ambiente saudável. - Perceber que a sobrevivência e o bem-estar humano dependem de hábitos individuais de alimentação equilibrada, de higiene, de atividades físicas e de regras de segurança e de prevenção

6. Outros temas

≈ A importância do conhecimento da ciência e da técnica para a vida ≈ Importância da utilização de conhecimentos e técnicas no trabalho (fabricação de objetos, produtos, como remédios, bronzeadores, tecidos etc.)

- Constatar diferentes propriedades gerais da matéria - manusear objetos observando sua composição e suas características (forma, espessura, cor, brilho, sabor, odor e textura) - perceber diferentes tipos e estados da matéria - constatar diferentes formas de energia

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≈ Transformações no ambiente (fenômenos naturais e alterações provocadas pela ação humana) ≈ Técnicas para cultivo dos alimentos e obtenção, conservação e transformação dos alimentos. ≈ Alimentos naturais e alimentos fabricados ≈ Aspectos relacionados produção e consumo e geração de resíduos ≈ Preservação e conservação do meio ambiente

- Ter ideias espontâneas da organização molecular da matéria - ter ideias espontâneas dos elementos que compõe o universo e sua organização - Observar e comparar os diferentes ambientes - observar transformações e ocorrência de fenômenos naturais. - Reconhecer que os recursos naturais são esgotáveis

SUGESTÃO:

O origami (dobradura) é um excelente recurso pedagógico com muitas utilizações na escola.

Origami (do japonês: 折り紙, de oru, "dobrar", e kami, "papel") é a arte tradicional japonesa de

dobrar o papel, criando representações de seres ou objetos com as dobras geométricas de uma peça de papel,

sem utilizar tesoura e cola.

Através das dobraduras as crianças aprendem conceitos geométricos, a seguir uma sequência de

ordens (sequência temporal), ou até mesmo uma dobradura pode ser tema de uma música ou poesia, o que

ajuda as crianças a criarem e enriquecerem seus conhecimentos com Arte.

3ª ANO

O AMBIENTE E SUAS RELAÇÕES

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

1. AMBIENTE

≈ Conceitos relacionados as propriedades da matéria: Massa, Área, Superfície, Força, Volume, Expansão, Dilatação, Contração, Pressão (Força e Área) (Pressão atmosférica, Pressão hidráulica, entre outras) ≈ Mudanças no estado da matéria: (Solidificação; Fusão; Vaporização; Condensação) ≈ Conceito de energia e fontes de energia (fogo, água, sol, vento, átomos) ≈ Noções de astronomia Sistema planetário e astros celestes Noções de sobre origem do universo Escalas, distâncias, tamanhos e movimentos no universo ≈ Elementos constituintes do ambiente e fenômenos naturais Ar, água, solo e minerais principais propriedades básicas, características, fenômenos, importância, usos e cuidados.

- Identificar propriedades da matéria - diferenciar tipos de matéria - reconhecer diferentes substâncias - Denominar diferentes espécies de matéria. - identificar os estados físicos da matéria e suas transformações; - reconhecer as diversas formas de geração de energia - observar os elementos que compõe o universo - identificar e diferenciar os astros, planetas. - Compreender a existência de “coisas” microscópicas e macroscópicas - Compreender o conceito de ambiente; - compreender a importância dos elementos físicos e químicos do ambiente para os elementos biológicos; - Perceber a presença e reconhecer os fenômenos naturais, e os fenômenos provocados pelos seres humanos.

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2. DIVERSIDADE BIOLÓGICA

≈ Os diferentes tipos de seres vivos e suas características básicas. ≈ A diversidade da vida ≈ Características e classificação dos animais, dos vegetais e outras formas de vida.

- Observar a diversidade da vida - Reconhecer as características fundamentais dos grupos de seres vivos - Identificar características de animais e de vegetais em relação ao ambiente em que vivem. - Constatar a presença de relações entre diferentes grupos de seres vivos

3. SERES VIVOS

≈ Origem da vida – principais teorias ≈ Características dos seres vivos e dos seres não-vivos. ≈ Fenômenos e processos para manutenção da vida (luz solar, alimento, gases respiratórios, respiração, decomposição, fotossíntese entre outros)

- Definir o que é vida - Reconhecer e diferenciar os seres vivos e seres não vivos - Constatar elementos que definem a origem e evolução da vida - Apresentar ideias sobre a origem da vida - Classificar os seres vivos em função das suas funções biológicas (produtores, consumidores ou decompositores) - Estabelecer critérios para o agrupamento dos seres vivos.

4. ECOSSISTEMAS

≈ O ambiente enquanto espaço de vida ≈ Características ambientais do lugar ≈ Ecossistemas locais e regionais ≈ Organização dos ambientes de acordo com as macro regiões (Biosfera, biomas, ...)

- Reconhecer a importância do ambiente para os seres vivos. - Reconhecer a importância dos fenômenos biológicos para a manutenção da vida no ambiente (por exemplo, fotossíntese.) - identificar os ecossistemas locais - perceber diferenças e semelhanças nas grandes biomas existentes

5. RELAÇÕES

≈ Os diferentes graus de relação entre os seres vivos e dos seres vivos com o ambiente. ≈ Relação dos animais e dos vegetais com o ambiente. ≈ Conceitos fundamentais de ecologia ≈ Cadeia alimentar – produtores, consumidores e decompositores ≈ Aspectos relacionados ao ser humano Transformações durante o desenvolvimento. Comportamento e mudanças corporais nas fases da vida.. Diferenças entre homens e mulheres em diferentes fases da vida ≈ Aspectos relacionados a saúde (Desnutrição, Higiene alimentar, outros) ≈ Aspectos relacionados a diversidade (etnia, gênero, religião, idade e origem social)

-identificar diferentes graus de relação entre os seres vivos e dos seres vivos com o ambiente - identificar um ecossistema - caracterizar e diferenciar indivíduo e espécie - reconhecer as relações alimentares entre os diferentes seres vivos - compreender os mecanismos de cadeia e teias alimentares nos diferentes ambientes e em relação a diferentes recursos naturais. - Reconhecer as alterações e transformações os seres humanos durante suas fases de desenvolvimento - Demonstrar mudanças em relação a seus hábitos de higiene, de alimentação e atividades cotidianas. - Demonstrar respeito e valorização em relação às diferenças de etnia, sexo, idade e origem social

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6. Outros Temas

≈ A importância do conhecimento da ciência e da técnica para a vida ≈ Importância da utilização de conhecimentos e técnicas no trabalho (fabricação de objetos, produtos, como remédios, bronzeadores, tecidos etc. ≈ Transformações no ambiente (fenômenos naturais e alterações provocadas pela ação humana) ≈ Alimentação: consumo e atitude, Qualidade da alimentação, Hábitos alimentares, Conservação dos alimentos. Agrotóxicos. Transgênicos. ≈ Questões relacionadas ao destino e tratamento dos resíduos (lixo) ≈ Atitudes conscientes perante o ambiente.

- Reconhecer as transformações do ambiente, com o apoio de instrumentos científicos - Relacionar eletrodomésticos e outros equipamentos domésticos e profissionais, com sua importância para o dia-a-dia. - Desenvolver o senso crítico em relação ao consumo e à saúde. - Classificar os resíduos por categorias: papel, vidro, metal e orgânico. - Participar do reaproveitamento de objetos em diversas atividades. - Reconhecer formas de poluição no ambiente de forma direta ou indireta.

PARA SABER: As concepções de produção do conhecimento científico e de aprendizagem das Ciências

subjacentes a essa tendência eram de cunho empirista/indutivista: a partir da experiência direta com os

fenômenos naturais, seria possível descobrir as leis da natureza. Durante a década de 80 pesquisadores do

ensino de Ciências Naturais puderam demonstrar o que professores já reconheciam em sua prática, o simples

experimentar não garantia a aquisição do conhecimento científico.(PCN- CIENCIAS NATURAIS)

4ª ANO

AMBIENTE E SUAS RELAÇÕES: DIVERSIDADE E CULTURA

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

1. AMBIENTE

≈ Propriedades da matéria relacionadas a quantidade, espaço ,tamanho, forma, espessura, cor, textura, composição e estados físicos ≈ Mudanças de estado físico (Solidificação; Fusão; Vaporização; Condensação) ≈ Espécies de matéria – Orgânica, Inorgânica, Origem Mineral, Animal e Vegetal, Natural/artificial ≈ Ciclos da matéria – ciclo da água, do nitrogênio, do carbono... ≈ Conceito de energia e fontes de energia (fogo, água, sol, vento, átomos), importância, formas de uso, problemas relacionados ≈ Elementos da Astronomia: Origem do universo Teoria do Big Bang Sistema planetário Movimentos planetários e movimentos na Terra. ≈ Elementos constituintes do ambiente e fenômenos naturais Ar, água, solo e minerais principais propriedades básicas, características, fenômenos, importância, usos e cuidados

- Reconhecer e classificar as propriedades gerais da matéria - Reconhecer que as coisas ocupam lugar no espaço e que tudo o que ocupa lugar no espaço é matéria - Identificar a presença da matéria e da energia em tudo na natureza. - utilizar instrumentos para verificar as propriedades da matéria - constatar a presença da força de gravidade e demais forças que mantém a matéria organizada - Identificar diferentes tipos de matéria (orgânica, inorgânica, de origem animal, natural e artificial); - diferenciar os tipos de matéria (substâncias puras de misturas) - Reconhecer as características próprias dos materiais. - compreender os processos de transformação da matéria. - identificar e reconhecer os ciclos da água e do carbono - Identificar a “teoria do big bang” e relacionar os conceitos dessa teoria com o sistema planetário; - Conhecer o sistema solar. - Reconhecer os movimentos do planeta Terra (rotação e translação)

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≈ Caracterização dos elementos físicos do ambiente vinculados aos seus aspectos biológicos ≈ Importância dos recursos naturais

- identificar e diferencias as diferentes formas de energia - Reconhecer os fenômenos biológicos dos seres vivos (transformação da matéria em energia). - Distinguir recursos renováveis e não-renováveis, reconhecendo a importância dos mesmos para o meio ambiente.

2. DIVERSIDADE BIOLÓGICA ≈ A vida e sua diversidade: ≈ Classificação biológica Introdução aos conceitos de nomenclatura cientifica ≈ Reinos dos seres vivos – caracterização morfológica e importância biológica

- reconhecer e identificar a diversidade da vida - conceituar biodiversidade - Utilizar a nomenclatura científica no estudo dos seres vivos. - reconhecer e caracterizar os diferentes reinos de seres vivos - Identificar doenças e problemas caudados por bactérias, vírus, protista, fungos e animais

3. SERES VIVOS

≈ Conceito de vida ≈ Caracterização de Abiótico e Biótico ≈ Origem da vida

- Abiogênese ou Geração Espontânea - Criacionismo

- Biogênese de Louis Pasteur. - Evolucionismo de Darwin ≈ Noções de fisiologia animal e humana. ≈ Níveis de organização dos indivíduos (de átomos ate corpo)

- conceituar vida - Identificar, classificar os componentes abióticos do ambiente (ar, água e solo), reconhecendo sua importância para a produção de alimentos e preservação do meio ambiente. - Identificar os componentes bióticos e abióticos de um ambiente - Reconhecer as teorias de origem da vida, situando no tempo e no espaço, os conceitos de: abiogênese, criacionismo, biogênese de Louis Pasteur e introduzir os conceitos fundamentais de Darwin; - Constatar diferenças e semelhanças nos sistemas fisiológicos dos animais e dos humanos - reconhecer os diferentes níveis de organização e complexidade dos seres vivos

4. ECOSSISTEMAS

≈ O ambiente enquanto espaço de vida ≈ Noções de ecossistema e relações ecológicas. ≈ Caracterização dos ecossistemas locais, regionais, nacionais. ≈ Interação entre seres abióticos, bióticos e interferência dos seres humanos nos diferentes ecossistemas.

- Reconhecer a importância do ambiente para os seres vivos. - Reconhecer a importância dos fenômenos naturais e antrópico para o desenvolvimento e manutenção da vida no ambiente (por exemplo, desmatamentos, furações, outros ) - reconhecer, e diferencias os ecossistemas locais - perceber diferenças e semelhanças nos ecossistemas e alterações em função da ação humana

5. RELAÇÕES

≈ Relações alimentares, sociais e biológicas entre os seres vivos e dos seres vivos com o ambiente. ≈ Conceitos fundamentais de ecologia (Nicho, habitat, outros) ≈ Níveis de organização dos seres vivos nos ambientes (de individuo até biosfera) ≈ Cadeia alimentar – produtores, consumidores e decompositores e suas relações ≈ Aspectos relacionados ao ser humano

- Reconhecer a importância dos alimentos para os seres vivos de forma geral. - Classificar os seres vivos conforme a maneira como obtêm alimentos - Classificar os seres vivos em produtores, consumidores e decompositores. - Reconhecer a importância da fotossíntese para o meio ambiente e para os seres consumidores - Reconhecer uma cadeia alimentar entre seres vivos de um mesmo ambiente.

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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Níveis de organização do corpo humano. Noções de anatomia e fisiologia humana Comportamento e mudanças corporais nas fases da vida.. Diferenças entre homens e mulheres em diferentes fases da vida ≈ Aspectos relacionados a saúde (obesidade, anorexia, outros) ≈ Aspectos relacionados a diversidade (etnia, gênero, religião, idade e origem social)

- Comparar organismos animais em relação as suas funções vitais - reconhecer os diferentes sistemas do organismo humano; - Reconhecer a necessidade de cuidados com a saúde, o bem-estar pessoal, coletivo e ambiental. - Demonstrar mudanças em relação a seus hábitos de alimentação e atividades cotidianas. - Demonstrar respeito e valorização em relação às diferenças de etnia, sexo, idade e origem social

6. Outros Temas ≈ A importância do conhecimento da ciência e da técnica para a vida ≈ Transformações no ambiente (fenômenos naturais e alterações provocadas pela ação humana) ≈ Produção do lixo, reaproveitamento e reciclagem de alguns materiais ≈ Aspectos relacionados a conservação e preservação do ambiente.

- Compreender a interferência das relações científicas na transformação do ambiente. - Reconhecer a importância da preservação e da conservação dos ambientes - Valorizar atitudes que promovam a manutenção da saúde e bem-estar pessoal, coletivo e ambiental.

5ª ANO

AMBIENTE, SOCIEDADE E SUAS TRANSFORMAÇÕES

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

1. AMBIENTE ≈ Propriedades da matéria relacionadas a: -Permeabilidade e impenetrabilidade; Inércia-massa-volume-extensão-divisibilidade; Impenetrabilidade-compressibilidade-elasticidade; Atrito-força; ≈ Os diferentes estados da matéria, transformações e relação com a vida cotidiana ≈ Espécies de matéria – Orgânica, Inorgânica, Origem Mineral, Animal e Vegetal, Natural/artificial ≈ Ciclos da matéria – ciclo da água, do nitrogênio, do carbono... ≈ Conceito de energia (Noção de molécula e átomo, força de coesão e repulsão das moléculas; ≈ Tipos de energia (água como fonte geradora de energia, o sol como fonte geradora de energia, o lixo como fonte geradora de energia, outras fontes de energia) ≈ Elementos da Astronomia: Teoria de origem e formação do Universo - Teoria do Big Bang Elementos de Astronomia - Sistema planetário - O sistema solar Formação do Planeta Terra Movimentos planetários e movimentos na Terra. Instrumento para estudo da astronomia ≈ Elementos constituintes do ambiente e

fenômenos naturais

- Definir propriedades gerais e específicas da matéria: - Relacionar diferentes propriedades e espécies de matéria com processos vitais. - Identificar e diferenciar e classificar tipos de matéria -reconhecer matéria, materiais, objetos - compreender os processos de transformação da matéria. - identificar e reconhecer os ciclos biogeoquímicos - compreender a organização da matéria - identificar e classificar as fontes de energia, relacionado usos, benefícios e problemas - Conhecer as características e dos corpos celestes e compreender sua formação e seu tempo de vida - Compreender a formação do sistema solar e reconhecer suas características - Reconhecer os movimentos do planeta terra e as interferências dos mesmos na vida do planeta. - Compreender através de escalas os tamanhos dos planetas do Sistema Solar e as distâncias entre eles - Compreender a relação da luminosidade e temperatura da terra com as condições de vida para os seres vivos - relacionar os movimentos planetários com o estabelecimento dos ciclos biológicos (dia, noite, estações do ano,; - identificar as condições ambientais e sua relação com a manutenção da vida sobre a Terra - Conceituar ambiente;

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

71

Ar, água, solo e minerais principais propriedades básicas, características, fenômenos, importância, usos e cuidados ≈ Caracterização dos elementos físicos do ambiente

vinculados aos seus aspectos biológicos tais como:

Propriedades da água, do solo, e do ar com sua relação com os processos vitais; Solo: Tipos de solo: arenoso, argiloso, humoso, calcário; Desequilíbrio do solo. Ar: Pressão atmosférica;; Fenômenos atmosféricos, Velocidade do vento; Tipos de gases atmosféricos; Medidas de temperatura: alta/baixa; relação entre o tempo e os processos vitais. O efeito estufa. Água: Absorção de água pelas plantas. Água e saúde. Ciclo da água. Utilização da água pelos seres. Cuidados. A água como fonte de energia.

- compreender a importância dos elementos físicos e químicos do ambiente para os elementos biológicos; - Perceber a presença e reconhecer os fenômenos naturais, e os fenômenos provocados pelos seres humanos para a sustentabilidade do ambiente.

2. DIVERSIDADE BIOLÓGICA ≈ Classificação biológica Sistema de nomenclatura e grandes grupos (Reinos e espécies) ≈ Classificação dos seres vivos em reinos; -Animais (Vertebrados e invertebrados); -Plantas, algas, fungos, bactérias e vírus. ≈ -Diferentes relações de vida entre seres vivos e não vivos e suas cadeias alimentares. ≈ Reinos dos seres vivos – caracterização morfológica e importância biológica

- Reconhecer a imensa diversidade de seres vivos existentes na natureza. - identificar os seres vivos a partir de suas características principais - Relacionar seres vivos entre si e suas características básicas - Reconhecer as particularidades dos animais vertebrados e invertebrados. - Identificar os principais grupos de vertebrados e invertebrados - Identificar e diferencias o grupo dos vegetais - Compreender a importância dos vegetais para a manutenção da vida na terra. - reconhecer os diferentes grupos de seres vivos de acordo co a caracterização de cada reino - utilizar a nomenclatura cientifica corretamente - Perceber a sexualidade dos seres vivos e sua importância para a perpetuação da espécie.

3. SERES VIVOS

≈ Noções sobre ser vivo animado e inanimado; ≈ Concepções naturalista, criacionista e evolucionista na explicação da vida e seus fenômenos - ciclo vital (abiogênese ou Geração Espontânea, Criacionismo, biogênese de Louis Pasteur evolucionismo de Darwin). ≈ -Níveis de organização dos seres vivos; ≈ Noção de células e tecidos e sua importância.

- Definir o que é vida. - Discutir idéias sobre a origem da vida. - Identificar, classificar os componentes abióticos do ambiente (ar, água e solo), reconhecendo sua importância para o ambiente. - Identificar e relacionar as teorias de origem da vida, situando no tempo e no espaço, os conceitos de: abiogênese, criacionismo, biogênese de Louis Pasteur e introduzir os conceitos fundamentais de Darwin; - Identificar os diferentes níveis de organização e complexidade dos seres vivos - relacionar a presença de célula e tecidos como um passo evolutivo entre os seres vivos - compreender os mecanismos de evolução entre os seres vivos

4. ECOSSISTEMAS

≈ O ambiente enquanto espaço de vida

- Identificar os ecossistemas locais identificando suas principais características e seres vivos - compreender importância do ambiente para os seres

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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≈ Conceito de ecossistema e relações ecológicas. ≈ Caracterização dos ecossistemas locais, regionais, nacionais e mundiais ≈ Interação entre seres abióticos, bióticos e interferência dos seres humanos nos diferentes ecossistemas. ≈ Influência do ambiente na saúde e na qualidade de vida dos seres vivos.

vivos reconhecendo a importância da interferência humana nos ambientes para os seres vivos - Reconhecer a importância dos fenômenos naturais e antrópico para o desenvolvimento e manutenção da vida no ambiente (por exemplo, desmatamentos, furações, outros ) - perceber diferenças e semelhanças nos ecossistemas e alterações em função da ação humana

5. RELAÇÕES

≈ Relações alimentares, sociais e biológicas entre os seres vivos e dos seres vivos com o ambiente. ≈ Conceitos fundamentais de ecologia (Nicho, habitat, outros) ≈ Níveis de organização dos seres vivos nos ambientes (de individuo até biosfera) ≈ Cadeia alimentar – produtores, consumidores e decompositores e suas relações ≈ Aspectos relacionados ao ser humano Noções de fisiologia animal e humana. Noções sobre organização do corpo humano. Equilíbrio interno do corpo. - controle e funcionamento do corpo. Sistemas e anatomia humana. Corpo humano - funções básicas do corpo. Sexualidade e doenças relacionadas Saúde e bem-estar. ≈ Aspectos relacionados a saúde (alimentação saudável, atividade física, pratica de esportes consumo consciente, outros) ≈ Aspectos relacionados a diversidade (etnia, gênero, religião, idade e origem social)

- Identificar as relações de interdependência entre os seres vivos e o ambiente. - Identificar cadeias alimentares. - Relaciona os seres vivos à sua forma de alimentação, classificando- os quanto ao tipo de alimento que consomem. - Identificar as funções realizadas pelo seres vivos em relação a manutenção da vida - Reconhece as etapas dos processos biológicos de manutenção da vida (respiração e digestão) - Identificar o ser humano como organismos, relacionado os aspectos anatômicos e fisiológicos - reconhecer diferenças e semelhanças nos sistemas fisiológicos dos animais e dos humanos - Reconhecer que o corpo humano necessita de sistemas de controle para coordenar as relações com o ambiente externo e para coordenar seu funcionamento e desenvolvimento. - Valorizar as medidas de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis. - Identificar sinais e sintomas das doenças transmissíveis mais comuns, suas formas de contágio, prevenção e tratamento precoce para proteção da saúde. - Demonstrar mudanças em relação a seus hábitos de alimentação e atividades cotidianas. - Demonstrar respeito e valorização em relação às diferenças de etnia, sexo, idade e origem social - Reconhecer a sua sexualidade e respeitar as diferenças oriundas das particularidades relativas ao gênero

6. Outros Temas

≈ A importância do conhecimento da ciência e da técnica para a vida ≈ Transformações no ambiente (fenômenos naturais e alterações provocadas pela ação humana) ≈ Alimentos como fontes de nutrientes. ≈ Alimentos industrializados: Consumo, Transgênicos. ≈ Preservação do ambiente. - efeito estufa - ação do aquecimento global, outros ≈ A importância dos recursos naturais renováveis e não renováveis para a preservação dos ambientes.

- Compreender a interferência das relações científicas na transformação do ambiente. - Reconhecer a importância das conquistas e das revoluções científicas para a evolução da humanidade. - Distinguir recursos renováveis e não-renováveis, reconhecendo a importância dos mesmos para o meio ambiente. - Reconhecer a importância da preservação e da conservação dos ambientes - reconhecer a interferência do ser humano no ambiente - ter atitudes que contribuam para a conservação de um ambiente saudável. - Valorizar atitudes que promovam a manutenção da

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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saúde e bem-estar pessoal, coletivo e ambiental. - Desenvolver atitudes participativas nas questões ecológicas. - Demonstrar hábitos e atitudes de preservação da vida - Reconhecer a importância dos cuidados com o lixo, o solo e a água para a preservação do ambiente e saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Blog: Ensino de ciências. Disponível em: <http://edc270.blogspot.com> Acesso em: 08 mar. 2010. BONILLA, Maria Helena. Escola aprendente: para além da Sociedade da Informação. Rio de Janeiro: Quartet, 2005. BRASIL. MEC/CNE. Parecer CNE/CEB nº 07/2010. Brasília:MEC, 2010.

_____. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA D EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997. DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. (Coleção Docência em Formação) DEWEY, John. Como pensamos. São Paulo: Nacional, 1959. FLORIANÓPOLIS. Prefeitura Municipal de Florianópolis/Secretaria Municipal de Educação. Proposta Curricular. Florianópolis: SME, 2008. HYPOLITTO, Dinéia. O professor como profissional reflexivo. Disponível em: <http:// www.usjt.br/col_prof/008_prof_reflexivo.phtml>. Acesso em: 08 mar. 2010. KINCHELOE, Joe L. A formação do professor como compromisso político: mapeando o pósmoderno. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. PERRENOUD, Philippe. A prática reflexiva no ofício de professor: profissionalização e razão pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2002. PETERS, Valley. Inquire Within: Reflective Practice in Teaching. Teton Literacy Program: COABE, April 28, 2004. Disponível em: < w w w . c o a b e 0 4 . o rg / c o n f e r e n c e d o c s / 20040428_Inquire_VPeters_Presentationhandout.doc>. Acesso em: 08 mar. 2010. PORLÁN, Rafael; MARTÍN, José. El diario Del professor: un recurso para la investigación en El aula. Sevilla: Díada, 1997. REIMAN, A. J. Guided reflective practice. N.C. State University: Raleigh, 1999. Disponível em: < h t t p : / / g o k n o w . c o m / g o l e a d / a r t i c l e s / reflective.html>. Acesso em: 06 set. 2004. SCHÖN, Donald. The reflective practitioner: how professional think in action. New York: Basic Books, 1983. ZABALZA, Miguel A. Diários de aula: um instrumento de pesquisa e desenvolvimento profissional. Porto Alegre: Artmed, 2004. ZEICHNER, Kenneth. A formação reflexiva de professores: idéias e práticas. Lisboa: Educa, 1993.

PROPOSTA PARA APRECIAÇÃO, ESTUDO E ANÁLISE

Ciências Naturais

6º ANO AO 9º ANO

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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6º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMEPTÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

1. História do conhecimento e de ciências naturais.

Cientistas brasileiros e catarinenses.

2. Evolução tecnológica e científica com ênfase nos

aspectos ambientais.

3. Legislação Ambiental com ênfase nos aspectos

relacionados à preservação e conservação de

ambientes (exemplos: lei de crimes ambientais;

parques; reservas ecológicas; etc.).

4. Temas ambientais atuais (Sustentabilidade, Agenda

21, aquecimento global, reciclagem de resíduo,

hortas escolares e alimentação saudável, etc.).

5. Teoria de origem e formação do Universo.

6. Elementos físicos do Planeta (atmosfera, hidrosfera

e litosfera).

7. Ciclos biogeoquímicos (água, carbono, nitrogênio,

fósforo)

8. Fatores abióticos e bióticos dos ambientes.

9. Ecologia (conceitos fundamentais); relações

ecológicas; transferência de energia; cadeia/teia

alimentar; produtores, consumidores e

decompositores.

-Ecossistemas brasileiros.

- Ecossistemas do município, do bairro (reservas, mangues, restingas, serras, etc.)

1. Introduzir os conceitos fundamentais da ciência,

através do conhecimento da história da ciência e dos

cientistas brasileiros e catarinenses;

2. Introduzir elementos que proporcionem o

conhecimento das inovações tecnológicas, com

ênfase nos aspectos ambientais;

3. Através do conhecimento das legislações

ambientais, relacionar os aspectos ligados à

preservação e conservação dos ambientes;

4. Introduzir conceitos fundamentais sobre o meio

ambiente, relacionando com o habitat local,

ressaltando os aspectos voltados para a

sustentabilidade, reciclagem e efeito estufa;

Introduzir, através de atividades lúdicas, as relações

ecológicas que existem nas hortas escolares;

- Introduzir e conceituar “saúde” e os benefícios de

uma boa alimentação para a vida humana.

5. Introduzir, através de pesquisas, conceitos sobre a

“teoria e origem da vida” e as consequências para a

formação do universo;

- trabalhar elementos conceituais que oportunizem

ao estudante conhecer os elementos básicos da

astronomia e a “teoria” de formação do planeta

terra;

6. Introduzir conceitos preliminares sobre os

elementos físicos do planeta: atmosfera, hidrosfera e

litosfera;

7. Formular hipóteses que introduzam conceitos

sobre os ciclos biogeoquímicos;

8. Introduzir conceitos fundamentais que estabeleça

critérios de diferenciação entre os fatores abióticos e

bióticos do meio ambiente;

9. Conceituar ecologia e os conceitos fundamentais

que envolvem suas relações naturais;

- Introduzir conceitos que oportunizem os estudantes

a reconhecer os biomas, a diferenciar os

ecossistemas brasileiros, do município e do bairro;

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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7º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMEPTÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

1. História do conhecimento e das ciências biológicas.

Cientistas brasileiros e catarinenses.

2. Evolução tecnológica e científica com ênfase nos

aspectos biológicos.

3. Legislação Ambiental com ênfase nos aspectos

relacionados à preservação e conservação da vida

(exemplos: lei de crimes ambientais; código de

direitos dos animais; etc.).

4. Temas ambientais atuais (Sustentabilidade, Agenda

21, extinção da fauna e da flora, biopirataria,

biodiversidade, alimentos, biotecnologia e

alimentação saudável, etc.).

5. Teoria de origem da vida.

6. Teorias de origem dos seres vivos. História

evolutiva dos seres vivos.

7. Aspectos morfológicos, fisiológicos, ecológicos dos

seres vivos.

8. Classificação e nomenclatura biológica.

9. Reinos (morfologia, fisiologia, ecologia e evolução).

10. Vírus, bactérias, protozoários, fungos, plantas e

animais (principais aspectos fisiológicos, ecológicos e

morfológicos).

1. Trabalhar os conceitos da ciência, por meio da

pesquisa e do conhecimento histórico da ciência e

dos cientistas brasileiros e catarinenses;

2. Conceituar elementos do conhecimento e das

inovações tecnológicas, focando-os nos aspectos

ambientais e culturais;

3. Experienciar, através do conhecimento das

legislações ambientais, os aspectos ligados à

preservação e conservação dos ambientes em que

vivem;

4. Trabalhar conceitos fundamentais sobre o meio

ambiente e o habitat local, comparando os aspectos

voltados para a sustentabilidade, reciclagem, fauna,

flora, biopirataria e efeito estufa;

5. Relacionar os conceitos sobre a “teoria darwinista”

e as consequências desse processo na formação do

universo;

6. Formular hipóteses e construir objetos para que o

estudante conheça os elementos básicos da

astronomia e a “teoria” de formação do planeta terra

e a evolução dos seres vivos;

7. Trabalhar conceitos científicos que diferenciem os

aspectos morfológicos, fisiológicos e ecológicos dos

seres vivos;

8. Formular conceitos que oportunizem o s

estudantes a diferenciar, classificar e elaborar a

nomenclatura biológica;

9. Trabalhar os conceitos fundamentais que

diferenciem os reinos animais nos aspectos

morfológicos, fisiológicos, ecológicos e evolutivos na

ciência;

10. Conceituar e fundamentar as diferenciações entre o vírus, as bactérias, os protozoários, os fungos, as plantas e os animais, seus aspectos fisiológicos, ecológicos e morfológicos estruturais;

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8º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

1. História do conhecimento e de ciências médicas.

Cientistas brasileiros e catarinenses.

2. Evolução tecnológica e Científica com ênfase nos

aspectos relacionados à saúde.

3. Legislação Ambiental com ênfase nos aspectos

relacionados à preservação e conservação da vida

(exemplos: lei de crimes ambientais; código das

águas; licenças e funcionamento de

estabelecimentos, etc.).

4. Temas atuais ambientais (Sustentabilidade, Agenda

21, células troncos, transplante de órgãos,

engenharia genética, etc.).

5. Níveis de organização da vida (célula e biosfera).

6. Teoria da evolução (origem da vida e escala

evolutiva dos seres vivos).

7. Fenômenos biológicos (todos os processos de

manutenção da vida).

8. Dimensão biológica, social, cultural, ambiental e

política do ser humano. Espécie humana e suas

transformações (fases da vida, comportamento,

aspectos relacionados à higiene e saúde, saneamento

básico e sexualidade).

9. Respiração, circulação, locomoção, relação

ambiental, alimentação saudável.

1. Aprofundar conceitos de ciências e do

conhecimento histórico da ciência, bem como dos

cientistas brasileiros e catarinenses;

2. Conceituar elementos das inovações tecnológicas,

com ênfase nos aspectos relacionados à saúde;

3. Comparar, por meio do conhecimento das

legislações ambientais, os aspectos legais da

preservação e conservação dos ambientes naturais e

sociais;

4. Explicitar conceitos sobre o meio ambiente, o

habitat local, comparando os aspectos que envolvem

a sustentabilidade, a biopirataria, o efeito estufa, as

células troncos, o transplante de órgãos, a

engenharia genética, etc.;

5. Identificar os níveis de organização da vida, a

composição das células e a biosfera;

6. Trabalhar conceitos que estabeleçam a dimensão

biológica, social, cultural e ambiental e as políticas

relacionadas aos seres humanos;

7. Trabalhar conceitos que oportunizem os

estudantes a reconhecer as transformações da

espécie humana, tal como: fase da vida,

comportamento, aspectos relacionados à higiene e

saúde, ao saneamento básico;

8. Trabalhar os conceitos de sexualidade e

diversidade com relação à espécie humana;

9. Trabalhar os conceitos fundamentais da

composição dos alimentos nos aspectos

morfológicos, fisiológicos, ecológicos e evolutivos na

ciência, relacionando-os às dietas alimentares e às

práticas saudáveis do corpo humano;

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9º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMEPTÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

1. História do conhecimento e de ciências físicas e

químicas. Cientistas brasileiros e catarinenses.

2. Evolução tecnológica e Científica com ênfase nos

aspectos relacionados à física e à química.

3. Legislação Ambiental com ênfase nos aspectos

relacionados à preservação e conservação da vida

(exemplos: lei de crimes ambientais; lei dos

transgênicos; liberação de produtos farmacológicos e

químicos, etc.).

4. Temas atuais ambientais (Sustentabilidade, Agenda

21, biotecnologia, transgênicos, bioética,

anabolizantes, etc.).

5. Elementos de astronomia: física planetária,

movimento, força, vetores de sentido.

6. Forças e formas de organização da matéria e da

energia.

7. Fenômenos físicos e químicos: reações químicas,

termologia, termometria, fotossíntese,

quimiossíntese, respiração celular, fermentação.

8. Matéria e energia: características fundamentais.

9. Organização da matéria (nível subatômico até

molecular).

10. Formas de energia (física, mecânica e quântica). Ciclos biogeoquímicos ( Lei de Lavoisier) nas relações ambientais.

1. Consolidar os conceitos de ciências e do conhecimento

histórico da ciência, da ciência física e química, bem como

dos cientistas brasileiros e catarinenses;

2. Experienciar os elementos das inovações tecnológicas,

com ênfase nos aspectos relacionados à física e à química;

3. Analisar, por meio do conhecimento das legislações

ambientais, os aspectos legais da preservação e

conservação da vida, dos transgênicos e dos produtos

farmacológicos;

4. Sistematizar os conceitos sobre o meio ambiente

comparando os aspectos que envolvem a sustentabilidade,

a Agenda 21, da biotecnologia, transgênicos, bioética,

anabolizantes, etc.;

- Consolidar os conceitos da “teoria de Darwin” e a

formação do universo;

5. Caracterizar as forças e as formas de organização da

matéria e da energia;

6. Trabalhar e consolidar os conceitos que estabeleçam a

dimensão dos fenômenos físicos e químicos;

- Consolidar os conceitos que estabelecem as

características fundamentais da matéria e da energia;

7. Trabalhar e consolidar os conceitos de organização da

matéria no nível subatômico e molecular;

- Trabalhar e consolidar os conceitos fundamentais da

composição dos alimentos e das formas de energia da física

mecânica e quântica;

8. Trabalhar e consolidar os aspectos fundamentais dos

ciclos biogeoquímicos das matérias orgânicas e inorgânicas;

9. Trabalhar e consolidar os conceitos fundamentais da

fotossíntese, quimiossíntese, respiração celular e

fermentação;

10. Trabalhar, aprofundar, explicitar e consolidar os conceitos das substâncias químicas dos alimentos que interferem na saúde e os prejuízos que provoca na alimentação dos seres vivos.

PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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SUGESTÃO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA DA ÁREA DE CIÊNCIAS NATURAIS – E.F. DEFINIÇÃO O que são seqüências didáticas? As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um

conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a

aprendizagem de seus estudantes, que envolvem atividades de aprendizagem e avaliação.

As sequências didáticas são usadas somente para o ensino de Ciências? Não. Podem e devem ser usadas em qualquer disciplina ou conteúdo, pois auxiliam o professor a

organizar o trabalho na sala de aula de forma gradual, partindo de níveis de conhecimento que os

estudantes já dominam para chegar aos níveis que eles precisam dominar. Aliás, o professor certamente já

faz isso, talvez sem dar esse nome.

Professores, Para realizar uma seqüência didática eficaz para o ensino, os gêneros textuais são os melhores

argumentos:

Propor que seus alunos produzam um pequeno texto inicial sem maiores estudos prévios e que

permita a identificação do grau de conhecimento que eles já possuem;

Planejar o ensino considerando o conhecimento que os estudantes já tem sobre o gênero de opção;

Fazer perguntas que problematizem os conteúdos a serem apreendidos com esse estudo, aproximando

o que os estudantes devem aprender das vivências que eles têm;

Propor desafios que possam ser vencidos pelos estudantes. Esses desafios não devem ser muito fáceis,

nem muito difíceis;

Propor e incentivar o levantamento de hipóteses sobre os elementos contidos no gênero de estudo (o

conhecimento sobre o tema, sua forma própria de composição, seus elementos característicos), ouvir

essas hipóteses e valorizá-las;

Ampliar a discussão sobre os elementos e aspectos do gênero, com finalidade de comprovar hipóteses

levantadas;

Organizar pesquisas sobre o tema proposto pelo gênero, para favorecer o domínio do conhecimento

necessário pelos estudantes;

Subsidiar com informações sobre aspectos próprios que estão no gênero em estudo, inclusive com

interdisciplinaridade;

Organizar e sistematizar as descobertas e conhecimentos, realizando um texto coletivo com o professor

no papel de escriba da turma, destacando as relevâncias e as características de cada elemento da

disciplina no texto;

Propor uma escrita individual a partir de um roteiro própria para o gênero discutido;

Orientar o estudante para a autoavaliação de sua escrita (em seguida, veja o roteiro para o estudante

realizar a autocorreção de um gênero);

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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Avaliar o texto dos estudantes e interferir quando necessário, para garantir a aprendizagem de todos,

de acordo com as habilidades de cada um.

Roteiro para o estudante realizar a autocorreção de um texto produzido

Colocou o leitor a par da questão a ser discutida?

Tomou uma posição diante da questão?

Utilizou argumentos que podem convencer o leitor?

Usou expressões que introduzem os argumentos da proposta?

Baseou-se em argumentos da ciência pesquisada sobre o tema?

Utilizou argumentos de autoridade e/ou exemplo?

Usou expressões adequadas para introduzir a finalização do texto (então, assim, portanto, deste modo,

etc.)

Conclui o texto reforçando sua posição?

No final, fez uma síntese das idéias, reforçou a posição assumida?

Verificou se a pontuação está correta?

Lembrou-se de iniciar com letra maiúscula os nomes próprios, inícios de parágrafos ou em palavras que

vêm depois do ponto final?

Corrigiu os erros ortográficos?

Escreveu com letra legível para que todos possam entender?

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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MODELO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA APRESENTAÇÃO

A sequência didática a seguir é composta por 4 atividades que têm por objetivo auxiliar o

estudante na elaboração qualitativa do modelo dos “estados da matéria”. No Ensino Fundamental ela é

indicada como introdução aos conteúdos de Termologia que envolve os anos finais do EF, embora possa ser

utilizada também no Ensino Médio, no qual geralmente se faz a apresentação de alguns conteúdos de

Física.

Partindo da problematização de alguns fenômenos macroscópicos conhecidos, como o

aquecimento e a solidificação da água, os estudantes são convidados a elaborar uma explicação

microscópica para tais fenômenos. Trechos de um texto escrito no século XVIII por Joseph Black, ajudarão a

conduzir a discussão a respeito da polêmica entre os partidários de uma “teoria do frio” e os partidários de

uma “teoria do calor”, bem como a discussão entre as concepções segundo a qual o calor é composto por

algum tipo de partícula e a concepção segundo a qual o calor se relaciona com a agitação das partículas de

um corpo.

Ao final da discussão, quando a ideia de que o calor se relaciona com a agitação das partículas

“ganhar” força, é proposta uma atividade na qual um programa de computador simula o que acontece com

as partículas de um corpo em cada um dos estados físicos, e o que acontece com as partículas à medida que

o corpo recebe ou perde calor.

INTRODUÇÃO

A ideia de que a matéria é composta por átomos, embora bastante antiga, só ganhou o status de

uma ideia científica após o século XIX, quando os trabalhos de Maxwell e Boltzmann articularam com

sucesso a hipótese atômica à mecânica de Newton. Hoje, apesar da Física do século XX ter colocado novas

questões a respeito da natureza da matéria, a concepção atomística não é posta em discussão.

Os estudantes das séries do Ensino Fundamental, séries iniciais, já entraram em contato com a

concepção holística conceitual da matéria nos anos anteriores e tendem a tomá-la como verdadeiras. Ainda

assim, mesmo após a escolaridade concluída neste ciclo, estudos indicam que os estudantes têm

dificuldades em relacionar características de um modelo atomista com os fenômenos que ocorrem com os

materiais2. Espera-se que esta sequência possa ajudar estudantes e professores na discussão sobre a

relação entre a concepção holística conceitual da matéria de viés mais científico, e os fenômenos que por

ela possam ser explicados.

2 Para esta questão, confira o artigo “Concepções atomistas dos estudantes”, de Eduardo Fleury Mortimer, em QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, N

O1, 1995.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS A sequência tem por objetivos:

1) Fazer com que o estudante perceba a inadequação de uma “teoria do frio”.

2) Fazer com que o perceba a inadequação de uma concepção de calor associada a alguma espécie de

partícula de calor.

3) Fazer com que o estudante se aproxime da teoria cinético-molecular, e que dela faça uso na explicação

de diversos fenômenos.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA Atividade 1: Concepções sobre o aquecimento e resfriamento. Momento 1: O professor propõe que os estudantes pensem rapidamente sobre a seguinte

questão: “quando colocamos água e gelo em um copo, é o gelo que passa o frio para a água, ou a água que passa calor para o gelo?”

Momento 2: O professor propõe que cada um dos estudantes registre o que acha que veria se

fosse do tamanho de uma “molécula”/gota de água e estivesse dentro de um copo de água sendo aquecido.

Momento 3: Depois de escritas as ideias, os estudantes se reúnem em grupos e comparam suas

concepções, registrando as semelhanças e as diferenças. Nesse momento, os estudantes terão a oportunidade de manifestar oralmente o que foi registrado no momento 2, além de poderem entrar em contato com as ideias dos colegas.

Momento 4: O professor propõe uma atividade com o texto “A Natureza do Calor” (Atividade I; ver

anexo I). Trata-se de um texto de Joseph Black, escrito no início do século XVIII, no qual o autor apresenta as várias ideias que se tinha, à época, a respeito da natureza do calor. Ao longo do texto os alunos vão respondendo algumas perguntas para auxiliar o entendimento.

Momento 5: Discussão coletiva. Os estudantes se manifestam a respeito do texto, dizendo se

concordam com o autor. A maioria não deverá se sentir “pressionada” a concordar com o autor, já que o fato do texto ter sido escrito na primeira década do século XIX reduz bem a autoridade do texto. Nessa discussão, os estudantes devem ser convidados a levantar outros argumentos, para além dos que constam no texto, para que defendam suas ideias. Até este ponto, imaginamos que o professor não deva se manifestar a respeito da polêmica calor x frio, para favorecer a circulação das ideias dos estudantes.

Atividade 2: “Teoria do frio” x “teoria do calor”. Momento 1: O professor propõe que cada um dos estudantes registre o que acha que veria se

fosse do tamanho de uma molécula de água e estivesse dentro de um copo de água no congelador. Momento 2: Depois de escritas as ideias, os estudantes se reúnem em grupos e comparam suas

concepções, registrando as semelhanças e as diferenças. Momento 3: O professor pede para que os estudantes imaginem como os partidários da “teoria do

frio” explicariam o congelamento da água e como os partidários da “teoria do calor” explicariam o mesmo fenômeno. Caso não haja nenhuma ideia, o professor pode ajudar, afirmando que, por exemplo, os partidários da “teoria do frio” imaginavam que as “partículas de frio” se fincavam entre as moléculas de água, garantindo a solidez.

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Momento 4: O professor pede para que os estudantes imaginem como os partidários da “teoria do frio” explicariam o aquecimento da Terra pelo Sol e como os partidários da “teoria do calor” explicariam o mesmo fenômeno.

Momento 5: O professor declara que atualmente, os Físicos, tal como afirmava Joseph Black no

século XIX, entendem que a “teoria do calor” é melhor que a “teoria do frio”. Uma possibilidade que o professor tem para fortalecer a “teoria do calor” seria retomar um argumento de Black. Exemplo: os partidários da “teoria do frio” precisariam admitir que, quando a Terra é aquecida pelo Sol, partículas de frio deveriam sair da Terra e se dirigir ao Sol, o que é algo muito pouco plausível.

Atividade 3: Partícula ou vibração? Momento 1: O professor retoma parte da discussão anterior e lembra que, embora a “teoria do

frio” não seja adequada, o texto de Joseph Black indica duas maneiras distintas de se conceber o calor: o calor como algum tipo de vibração das partículas do corpo e o calor como algum tipo de partícula.

Momento 2: O professor pede aos estudantes que concebam, em grupos, algum tipo de

investigação que talvez pudesse nos fazer decidir por uma ou por outra teoria. Em seguida, cada grupo se manifesta para o resto da classe e para o professor o que imaginou e o professor discute cada possibilidade de investigação.

Momento 3: O professor afirma que talvez um fenômeno possa ajudar a investigação: o

aquecimento por atrito. Propõe-se, então que cada grupo registre como acham que cada concepção (partícula ou vibração) explicaria o fenômeno.

Momento 4: discussão coletiva. Cada grupo compartilha com o resto da classe o que foi discutido

no momento 3. Momento 5: O professor explicita as dificuldades de se explicar o aquecimento por atrito com a

concepção segundo a qual o calor é algum tipo de partícula: já que ambos os corpos são aquecidos, ambos deveriam receber partículas de calor, o que gera uma contradição, ou, ao menos a necessidade de explicar como as partículas de calor seriam produzidas a partir do nada. O professor declara que, atualmente os Físicos estão de acordo com a concepção segundo a qual o calor está relacionado à vibração das partículas dos corpos.

Momento 6: O professor pede que cada estudante escreva um texto que sintetize as discussões

anteriores. Em seguida, entrega o “esquema síntese” (ver anexo II) e pede que os alunos façam uma segunda versão do texto, incorporando elementos do esquema síntese.

Atividade 4: Estados físicos da matéria e mudanças de estado. Momento 1: Os estudantes realizam a atividade 2 (ver anexo III) na qual utilizarão um programa

que simula o que acontece com as partículas em cada um dos estados físicos, e nas mudanças de estado, à medida que se adiciona ou retira calor da amostra. A simulação (states of matter) tem versão em português e pode ser rodada “on-line” ou baixado gratuitamente desde o endereço eletrônico http://phet.colorado.edu. A ideia é que os estudantes, utilizando a simulação, consigam ter uma representação do que ocorre com as partículas nos diversos estados físicos e à medida que recebem ou perdem calor, evitando representações segundo as quais, por exemplo, as partículas derretem ou evaporam.

Momento 2: O professor retoma os pontos principais da atividade (se puder usar um datashow,

tanto melhor), destacando os pontos principais do modelo cinético-molecular, que para os estudantes são os estágios da propriedade da matéria e pede que os estudantes escrevam uma síntese da atividade 2.

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Momento 3: O professor leva dois copos com água, um com água quente e um com água gelada. Pinga uma gota de tinta na água de cada copo. Verifica-se que na água quente a tinta se espalha mais rapidamente. O professor pede que aos estudantes utilizem o modelo cinético-molecular para explicar o fenômeno.

Momento 4: Discussão das explicações.

ANEXO I

Atividade 1 - A natureza do calor.

Os trechos a seguir são adaptações de uma tradução livre que a Professora Vera Bohomoletz

Henriques fez do texto “A natureza do calor” de Joseph Black publicado em 1807. Ao longo da leitura

aparecerão algumas questões a respeito dos trechos anteriores. Responda-as em seu caderno.

“Qualquer pessoa que reflita sobre as ideias que associamos à palavra calor perceberá que esta palavra é

usada com dois significados, ou para expressar duas coisas diferentes. Ela pode significar uma sensação

estimulada em nossos órgãos, ou certa qualidade, ou efeito, ou condição dos corpos em nosso entorno,

através da qual eles provocam em nós essa sensação de calor. A palavra é utilizada com o primeiro

significado quando dizemos que sentimos calor; e com o segundo, quando dizemos que há calor no fogo, ou

em uma pedra quente. Não pode haver uma sensação de calor no fogo, ou na pedra quente, mas a matéria

do fogo, ou da pedra, encontra-se em um estado que provoca em nós a sensação de calor. Neste estudo do

calor e seus efeitos proponho usar esta palavra apenas com o segundo sentido, isto é, em que ela expressa o

estado, condição, ou qualidade da matéria que provoca em nós a sensação de calor. (...)”

1) Escreva com suas palavras quais os dois significados da palavra calor a que o autor se refere.

2) Com qual significado a palavra calor será usada ao longo do texto?

“A experiência que temos com esta qualidade ou estado da matéria mostra que ela é a qualidade mais

facilmente transmitida de ou corpo a outro que conhecemos. Os corpos quentes não podem ser colocados

em contato ou na vizinhança de corpos frios sem transmitir a eles uma parte de seu calor. Quando retiramos

um pedaço de ferro quente do fogo, como podemos o impedir de transferir o seu calor à matéria ao seu

redor? Coloque-o no chão, ou sobre uma pedra, e ele rapidamente transferirá a eles uma parte de seu calor;

coloque-o sobre madeira, ou algum outro material vegetal ou animal, que ele o aquecerá a tal ponto que ele

se incendiará; suspenda-o no ar por uma corda, e com um pouco de atenção você se convencerá de que ele

logo transmite o calor ao ar ao seu redor. Assim, o calor está o tempo todo sendo transferido dos corpos

mais quentes aos corpos mais frios no seu entorno, e enquanto ele passa de um para outro, ele penetra

todos os tipos de matéria sem exceção: a densidade e a compactação não parecem ser obstáculo, ao

contrário, ele parece passar mais rápido para corpos densos do que para corpos rarefeitos (…).

Desta maneira, portanto, o calor é transferido de corpos mais quentes para corpos mais frios quando os dois

estão em contato, ou se estão próximos entre si; e a transferência continua até que os corpos encontrem-se

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a uma mesma temperatura, indicando o equilíbrio de calor entre os dois.

Quando consideramos essa transmissão de calor de corpos quentes para corpos frios, a primeira questão que

vem à nossa mente é: como é que estes corpos agiram um sobre o outro, nesse evento? Será que um deles

perdeu alguma coisa, enquanto o outro ganhou? E qual deles perdeu, ou qual ganhou?

A opinião comum, com a qual a maioria concorda, é que o corpo quente perdeu algo que se acrescentou ao

corpo frio. Supõem que o calor é uma qualidade que depende, ou de uma matéria extremamente pequena e

leve, que se introduz nos poros dos corpos, ou de um tremor ou vibração das partículas que constituem os

corpos. Supõem também que esta matéria extremamente pequena e leve, ou o movimento de tremor, seja

transferido do corpo quente ao corpo frio.”

3) No trecho acima o autor diz que a maioria das pessoas que estudaram os fenômenos ligados ao calor

concordam com o o fato de que, quando o corpo mais quente está próximo de um corpo mais frio, o corpo

mais quente perde “algo” e o corpo mais frio ganha “algo”. No entanto nem todos concordam sobre o que

seria este “algo”. Segundo o autor, como poderia ser esse “algo” que constitui o calor?

“Entretanto, embora muitos filósofos tenham concordado com a ideia comum em relação ao calor (que o

calor é alguma qualidade que reside nos corpos quentes e que é capaz de agir sobre corpos frios), outros

filósofos discordam desta opinião. Alguns supõem que o corpo frio é que age sobre o corpo quente. Segundo

esses filósofos os corpos frios possuiriam algum tipo de matéria que seria capaz de agir sobre os corpos

quentes. Quando se coloca um pedaço de gelo, ou um pedaço de ferro muito frio, na mão quente, em vez de

haver transmissão da mão quente para o gelo, ou para o ferro frio, segundo eles, o que ocorre é o seguinte:

no gelo, ou no ferro frio, há uma multidão de partículas de gelo, ou partículas de frio, que têm uma

tendência a passar de corpos muito frios para corpos que estão menos frios. E muitos efeitos, ou

consequências do frio, especialmente o congelamento dos líquidos, dependem da ação destas partículas de

frio. Eles chamam essas partículas de Speculae, partículas em forma de pequenas espadas, ou flechas, e

imaginam que esta forma explicará aquela sensação forte e dolorosa, bem como outros efeitos do frio

intenso.”

4) O autor indica que, na época, havia uma diferença de opinião entre dois grupos de “filósofos”. Havia os

filósofos “da maioria” e os filósofos “da minoria”. Quais são as diferenças entre estes dois grupos?

5) Com qual grupo de filósofos você concorda?

“Para termos um julgamento bem embasado sobre este assunto, devemos deixar de lado todos os

preconceitos e suposições acerca da natureza do frio e do calor e nos colocarmos as seguintes questões: De

onde vêm estas duas qualidades dos corpos, o calor e o frio, aparentemente diferentes? Quais são as fontes

do calor e do frio? Ocorre-nos imediatamente que o calor tem uma fonte, ou causa, óbvia no Sol e em

incêndios. Evidentemente o Sol é a fonte principal, e talvez única, do calor que difunde através do globo.

Quando o Sol brilha, sentimos que ele nos aquece, e não podemos deixar de observar que aquece também

todas as coisas ao nosso redor. É claro também que as estações mais quentes são aquelas em que ele brilha

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87

mais, assim como são mais quentes os climas mais diretamente expostos à sua luz. Quando o Sol

desaparece, o calor torna-se menos intenso, e diminui proporcionalmente ao tempo que sua influência é

interceptada. Devemos então reconhecer que o Sol é a causa que age sobre toda a matéria ao nosso redor,

introduzindo alguma coisa nela, ou levando-a a uma condição que não é o seu estado espontâneo.

Tendo chegado a esta conclusão, onde vamos buscar uma causa primeira ou uma fonte para o frio? Sou

ignorante de qualquer causa do frio que não seja a ausência, ou a ação diminuída, do Sol, ou então a ação

de ventos que vem de regiões onde sua luz do Sol tem seu poder mais fraco. Assim, não vejo razão para

entender o frio como algo diferente da diminuição de calor. Os átomos de frio, ou partículas de gelo, que se

supõe são trazidos pelos ventos frios, são de todo imaginários. Não temos a menor evidência de sua

existência, e não necessitamos desta ficção para explicar qualquer dos fenômenos ao qual foram atribuídos.”

6) Com qual grupo de “filósofos” o autor concorda?

7) Quais os argumentos que o autor levanta para defender seu ponto de vista?

“Algumas pessoas acharão difícil se abster do preconceito de que o frio age sobre os corpos mais quentes.

Estas pessoas apelarão para nossas sensações, que não nos deixariam enganar quanto a provas

significativas da existência tanto do frio como do calor. Quando tocamos uma pedra de gelo, sentimos

claramente que ela tem uma “qualidade de frio”, assim como o ferro quente tem uma “qualidade de calor.

Examinemos o que entendemos por “qualidade de frio”. É uma qualidade pela qual o gelo produz uma

sensação desagradável na mão que o toca. A essa sensação damos o nome de frio, e a consideramos

contrária a do calor, e tão real quanto ela. Até aí estamos certos. A sensação de frio em nossos órgãos é sem

dúvida tão real quanto a de calor. Mas se então concluímos que ele é produzido por um tipo de partícula que

emana do gelo para os nossos órgãos, aí estaremos tirando uma conclusão apressada. Podemos nos

convencer disto através de vários experimentos. Podemos, por exemplo, fazer com que uma certa

quantidade de água morna possa parecer quente para uma pessoa, fria para outra, e nem quente nem fria

para uma terceira. A primeira pessoa deve preparar-se para o experimento mergulhando sua mão em água

fria imediatamente antes; a segunda, mergulhando sua mão em água quente, e a mão da terceira pessoa

deve estar em seu estado natural. É necessário concluir destes fatos que nossas sensações de frio e quente

não dependem de dois tipos de causas diferentes, mas de certas diferenças de calor entre estes corpos (a

água, no exemplo acima) e nossos órgãos. E, em geral, todo corpo que parece quente quando tocado esta

mais aquecido que a mão, e transmite calor a ela; e todo corpo que está menos aquecido do que a mão, e

que subtrai calor da mão que o toca, parece frio, ou é chamado de frio. A sensação é em alguns casos

agradável, em outros desagradável, de acordo com a intensidade e com o estado de nossos órgãos; mas ela

provém sempre da mesma causa, qual seja a transmissão de calor de outros corpos aos nossos órgãos, ou

dos órgãos para eles.”

8) O autor indica que não é preciso que haja partículas de frio para que exista a sensação de frio. Como o

autor explica a sensação de frio? E a sensação de calor?

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ANEXO II Esquema síntese.

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ANEXO III

Atividade II – Estados físicos da matéria e mudanças de estado.

Os Físicos entendem que a matéria é composta por átomos muito pequenos, inacessíveis à

observação, mesmo por meio dos microscópios mais potentes que existem atualmente. O programa a seguir simula alguns aspectos do modo como os físicos imaginam que as partículas microscópicas se comportam. Antes de sair “explorando” o programa, siga os passos abaixo sugeridos e registre o que se pede. Caso você se perca, clique no botão “reset all”, no lado da tela.

Parte 1 – Sólido, líquido e gás. 1) Abra a simulação “Estados da matéria”. Na parte superior da tela, selecione a aba “sólido, líquido,

gás”. Na parte direita da tela, clique sobre o botão “sólido”. a) Descreva o comportamento das partículas nessa situação. b) Registre o valor da temperatura que o termômetro na parte superior do recipiente indica.

2) Na parte direita da tela, clique sobre o botão “líquido”. a) Descreva o comportamento das partículas

nessa situação. b) Registre o valor da temperatura que o termômetro na parte superior do recipiente indica. 3) Na parte direita da tela, clique sobre o botão “gás”. a) Descreva o comportamento das partículas

nessa situação. b) Registre o valor da temperatura que o termômetro na parte superior do recipiente indica. 4) Registre quais as diferenças na temperatura, no movimento e na proximidade das partículas nos

três estados físicos. Parte 2 – Mudanças de estado. No lado direito da tela, clique no botão “reset” e, em seguida, confirme. Na parte superior da tela,

selecione a aba “mudança de fases”. No lado superior direito, em “moléculas”, selecione o “argônio”. 1) A simulação mostra um conjunto de átomos de argônio no estado sólido, à temperatura de 31K

(kelvins), o que corresponde a 242 graus célsius negativos. Sob o recipiente, com o mouse, há a possibilidade de adicionar calor. Adicione calor até que a temperatura indicada pelo termômetro chegue a, aproximadamente, 45K (-228

oC). Quais mudanças você notou no movimento e na proximidade das partículas?

2) Adicione calor até que a temperatura indicada pelo termômetro chegue a, aproximadamente, 61K (-213

oC). Quais mudanças você notou no movimento e na proximidade das partículas? As partículas da borda se

comportam da mesma forma que as partículas do centro do conjunto? 3) Adicione calor até que a temperatura indicada pelo termômetro chegue a, aproximadamente, 100K

(-173oC). Quais mudanças você notou no movimento e na proximidade das partículas? Há alguma diferença na

forma como as partículas estão agrupadas? O que você acha que está ocorrendo nesta situação? 4) Adicione calor até que a temperatura indicada pelo termômetro chegue a, aproximadamente, 200K

(-73oC). Quais mudanças você notou no movimento e na proximidade das partículas? Há alguma diferença na

forma como as partículas estão agrupadas? O que você acha que está ocorrendo nesta situação? 5) Adicione calor até que a temperatura indicada pelo termômetro chegue a, aproximadamente, 200K

(-73oC). Quais mudanças você notou no movimento e na proximidade das partículas? Há alguma diferença na

forma como as partículas estão agrupadas? O que você acha que está ocorrendo nesta situação? 6) Adicione calor até que a temperatura indicada pelo termômetro chegue a, aproximadamente, 400K

(127oC). Você notou mudanças no movimento das partículas? Quais?

7) Remova calor até que a temperatura indicada pelo termômetro chegue a, aproximadamente, 10K (-263

oC). Descreva o que acontece durante o processo.

8) Um estudante escreveu o seguinte: “no gelo, as partículas de água estão duras. Quando o gelo derrete, as partículas de água vão ficam moles”. Você concorda com essa afirmação? O que você falaria a esse estudante?

9) Após a atividade um aluno escreveu o seguinte: “No estado sólido, as partículas da substância estão unidas, e se agitando um pouco, mas sem mudar muito de

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posição. À medida que se adiciona calor, as partículas se agitam mais, e ficam menos unidas. Continuando a fornecer calor, após um certo ponto as partículas se agitam tanto que já se nota uma mudança na posição das partículas. Nessa situação, nenhuma partícula parece ter um lugar muito definido. Trata-se do estado líquido.”. Você concorda com essa afirmação? O que você falaria a esse aluno?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHAPARRO, Manual Carlos. Sotaques d’aquém e d’além mar. Lisboa, Jortejo, 1991.

CORACINI, Maria José. Um fazer persuasivo. São Paulo, Pontes, 1991.

ZAMBONI, Lilian Márcia Simões. Cientistas, jornalistas e a divulgação científica. São Paulo, Autores Associados,

2001.

ÁREA DO CONHECIMENTO

Ciências Humanas

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AS CIÊNCIAS HUMANAS NOS ANOS INICIAIS: tempos e espaços

As Ciências Humanas – História e Geografia - têm como objetos de estudo o tempo e o espaço. A partir

dos objetos de cada disciplina, construímos os eixos temáticos envolvendo as relações entre diferentes tempos

e espaços na construção do sujeito criança e os significados que dão as suas vivências cotidianas. Acreditamos

que ensinar História e Geografia às crianças requer oferecer condições para que elas estabeleçam relações

entre os tempos e espaços vividos, amplie sua visão de mundo, suas experiências cotidianas e as experiências

de outros sujeitos em diferentes tempos e espaços. Essas relações envolvem o olhar sobre o lugar em que

vivem e as transformações que ocorrem ao longo do tempo, as modificações nas paisagens, resultantes das

“relações dos sujeitos com a natureza”.

A definição dos conceitos, conteúdos e objetivos para o currículo do ensino de 09 anos, leva em conta

a idade das crianças nos anos iniciais e o significado de ser criança, o que requer algumas considerações. Nesse

sentido, seguimos as orientações do MEC para o trabalho com as crianças de 06 anos no ensino fundamental

no que se refere aos conhecimentos das “ Ciências Sociais – História e Geografia.

“Trabalhar com os conhecimentos das Ciências Sociais nessa etapa reside, especialmente, no

desenvolvimento da reflexão crítica sobre os grupos humanos, suas relações, suas histórias, suas formas de se

organizar, de resolver problemas e de viver em diferentes épocas e locais. (...). Propor atividades em que as

crianças possam ampliar a compreensão da sua própria história, da sua forma de viver e de se relacionar.

Identificar diferenças e semelhanças entre as histórias vividas pelos colegas e por outras pessoas e grupos

sociais próximos e distantes, que conhecem pessoalmente ou que conheceram pelas histórias ouvidas, lidas,

vistas na televisão, em filmes, em livros, etc.” ( CORSINO, 59-60).

Entre os objetivos para o ensino de Ciências Humanas ( ou Sociais) destacamos:

“Ajudar a criança a pensar e a desenvolver atitudes de observação, de estudo e de comparação das

paisagens, do lugar onde habita, das relações entre o homem, o espaço e a natureza. É importante conhecer

as transformações ocorridas sob a ação humana na construção, no povoamento e na urbanização das

diferentes regiões do planeta. Perceber que a maneira como o homem lida com a natureza interfere na

paisagem e, consequentemente, na forma e na qualidade de vida das pessoas. Propor atividades por meio das

quais as crianças possam investigar e intervir sobre a realidade, reconhecendo-se como parte integrante da

natureza e da cultura” (Idem, 60).

NOÇÕES DE TEMPO E ESPAÇO

O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, como define Santos (2008, p.22) “um

conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações” objetos estes que se formam através dos

sujeitos e das ações num processo interativo. Esse espaço é um produto social e histórico, e deve ser

compreendido na totalidade.

A construção das noções espaciais requer longa duração e o exercício de muitas atividades

que desenvolvam as habilidades necessárias à aprendizagem do ensino de Geografia. Devem estar presentes

nestas construções as relações topológicas (vizinhança, separação, inversão), as relações projetivas (pontos de

vista,direita e esquerda, frente e atrás, em cima e embaixo, ao lado de, as relações euclidianas: grandeza,

forma e distância. Juntamente com essas noções, inicia-se o processo e o uso da linguagem cartográfica

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93

(croquis, mapas, cartas, etc) para que as crianças possam compreender a lógica da produção e organização dos

espaços que deve ser entendida no contexto da construção dos conhecimentos geográficos e na “formação de

efetivos leitores e não decodificadores desse tipo de apresentação” (KATUTA, 2006, p.133).

Esse processo se amplia quando se exercita a prática da leitura do mundo e vai além das

descrições e memorizações, “ o desafio é compreender o ‘eu’ no mundo, considerando a sua complexidade

atual” (CALLAI, 2005, p.230), compreendendo o espaço através das formas de vida dos homens, o trabalho

produzido, percebendo o movimento e a expressão dos grupos que se formam no interior de cada lugar,

“superando os desafios e ampliando cada vez mais sua visão linear do mundo” (Idem, p.233).

Uma possibilidade é estudar o lugar, conhecer sua história e identidade, entender os

significados ali construídos, acompanhar a organização social e espacial e contextualizar esse espaço com o

mundo, já que este não se restringe aos próprios limites. Conforme Santos (2000), “os lugares são, pois, o

mundo, que eles reproduzem de modos específicos, individuais, diversos. Eles são singulares, mas também são

globais, manifestações da totalidade do mundo, da qual são formas particulares” (SANTOS, 2000, p.112).

Para trabalhar nessa perspectiva, pode-se partir de temáticas transversais e problemáticas,

considerar a escala de análise, cuidar para não simplificar as questões e não ficar restrito a um âmbito espacial,

contextualizar, estabelecer relações entre as dimensões históricas e espaciais. (PROPOSTA CURRICULAR, 2008,

p. 205)

O TEMPO HISTÓRICO

Para a História, o tempo deve ser compreendido como produção e construção humana. O calendário,

por exemplo, instrumento de medição do tempo, foi criado e utilizado por diferentes povos, em diferentes

épocas, bem como a cronologia, esta representação seqüencial de acontecimentos importantes em muitas

culturas, mas não em todas. O tempo histórico abarca o tempo cronológico e o calendário, mas não se limita a

eles.

Atividades a serem desenvolvidas:

. situações cotidianas em que as crianças tenham que fazer leitura, registro e uso constante de datas, medidas

de tempo cronológico, sequências temporais, e relações entre o tempo cronológico e os acontecimentos de

rotina;

. situações em que as crianças organizem acontecimentos no tempo ( de um dia, semana, mês, ...)

. organização coletiva de narrativas históricas com propostas de organização dos acontecimentos no tempo e

nos lugares.

. Organização de exposição de temas históricos ( com fotografias, por exemplo) a partir de critérios de tempo.

. elaboração de linhas de tempo que envolvam a história da família, do lugar onde vivem, da cidade, estado,

país, mundo.

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O TRABALHO COM FONTES HISTÓRICAS

A utilização de diferentes documentos históricos em sala de aula fornece informações claras quando

selecionados de acordo com os objetivos específicos e os conceitos que estão sendo desenvolvidos. “(...)

justifica-se pelas contribuições que podem oferecer para o desenvolvimento do pensamento histórico. Uma

delas é facilitar a compreensão do processo de produção do conhecimento histórico pelo entendimento de que

os vestígios do passado se encontram em diferentes lugares, fazem parte da memória social e precisam ser

preservados como patrimônio da sociedade” (BITTENCOURT, 2004, p.333).

Documentos Históricos Em uma mesma época são construídas diferentes histórias e as pessoas fazem história participando de vários

grupos sociais. Esses grupos produzem documentos que nos ajudam a reconstruir e representar essas histórias.

Cada documento apresenta características próprias. Para que possamos extrair deles as informações que

buscamos, precisamos responder algumas questões dependendo do tipo de documento:

Documentos escritos: a) Qual tipo de documento (carta, testamento, jornal, certidão, etc) b) Em que data foi escrito? c) Onde e quem escreveu? d) Que outras informações ele traz? De que material é feito? Foi manuscrito ou impresso? e) Quais suas condições de conservação? Fotografias ou fitas de vídeo: a) Que pessoa(s) aparece (m) na fotografia? b) Descrever a aparência física e o vestuário da(s) pessoa(s) da foto. c) Se possível, descrever o local onde foi tirada a fotografia. d) O que a(s) pessoa(s) da foto está(ão) fazendo? e) Há alguma informação escrita no verso da fotografia? f) Em que época ou data ela foi tirada? g) Quem a tirou? Descubra, se possível. h) Quais as condições de preservação da fotografia? i) Há alguma outra informação na fotografia, alguma marca? Objetos: a) De que objeto se trata? b) Para que servia? c) Quem o utilizava? d) De que material é feito? e) É possível saber quantos anos ele tem? f) Como foi feito? g) É possível saber quem o fabricou? h) Desenhar o objeto i) Existe algum outro objeto que tenha o mesmo uso atualmente? Descrever as semelhanças e diferenças entre eles. Depoimentos orais: a) Quem contou a história? b) Qual o assunto? c) A que época se refere? d) Relatar as passagens consideradas mais interessantes. Canções: a) Quem é o autor ( ou autores) da canção (letra e melodia)? b) Quando foi composta? c) Qual o seu tema?

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d) Qual o ritmo da música? e) Qual a relação da canção com as pessoas que a conhecem? (Extraído de Montellato, A., Cabrini C., Catelli Junior, R. História Temática. 5º ano. São Paulo, Scipione, 2002.)

EQUIPE ORGANIZADORA DO PROJETO DA ÁREA DO CONHECIMENTO

JOSEANE ZIMMERMANN VIDAL (PROFESSORA DE HISTÓRIA DA RME) MAELI FAÉ (PROFESSORA DE GEOGRAFIA DA RME)

MATRIZ CURRICULAR DA ÁREA DO CONHECIMENTO

EIXO DE AÇÃO DA RME/PMF

“LER E ESCREVER: COMPROMISSO DE TODAS AS ÁREAS.”

EMENTA DA ÁREA DO CONHECIMENTO

Tempo. Espaço. Sociedade. Território. Natureza. Trabalho. Identidade. Cidadania. Cultura. Diversidades.

MATRIZ REFERENCIAL DA ÁREA DO CONHECIMENTO

Desenvolvimento da reflexão crítica para a compreensão sobre os diversos grupos humanos, suas

relações, suas histórias, suas formas de se organizar, de resolver problemas e de viver em diferentes épocas e locais e seu pertencimento etnicorracial e de gênero.

COMPETÊNCIAS

C 1: Reconhecer o modo de vida de grupos diversos, nos diferentes tempos e espaços, em seus aspectos

culturais, econômicos, políticos e sociais, identificando diferenças e semelhanças, continuidades e rupturas,

conflitos e contradições sociais.

C 2: Compreender o espaço geográfico e a relação com a sociedade, superando os aspectos físicos e

abrangendo as problemáticas sociais.

C 3: Compreender os conceitos históricos e geográficos, suas relações com os grupos sociais, atividades de

trabalho, natureza, organização e transformação da sociedade.

HABILIDADES

H1- Identificar e saber utilizar medidas de tempo;

H2 – Compreender as relações espaciais no cotidiano, nas dimensões local e global;

H3- Utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a espacialidade dos fenômenos

geográficos;

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H4- Localizar, num texto historiográfico e/ou documento, o autor, a época em que foi produzido e a época da

qual trata o assunto abordado;

H5- Distinguir versões diferentes para um mesmo acontecimento histórico;

H6- Extrair informações a partir da observação de um documento visual;

H7- Desenvolver procedimentos de pesquisa e de produção de texto, aprendendo a observar e colher

informações de diferentes paisagens, registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;

H8- Identificar ritmos de duração temporal por meio de permanências e mudanças;

H9- Coletar dados em fontes de natureza diversa: livros, periódicos, mapas, entrevistas, fotografias;

H10- Estabelecer relações entre acontecimentos e contextos em diferentes tempos e espaços.

H11- Reconhecer os recursos naturais e a relação com as atividades humanas.

H12– Construir sínteses e generalizações a partir da observação, leitura, interpretação e discussão coletiva de

textos e documentos;

H13- Elaborar, ler e interpretar mapas;

H14- Expressar-se em diferentes linguagens: oral (entrevistas e debates), visual e escrita;

H15- Identificar questões socioambientais relacionando-as com diferentes tempos e espaços.

EIXOS NORTEADORES

EN1. Tempos e espaços;

EN2. Fontes e documentos;

EN3. Cultura e diversidades;

EN4. A história como construção coletiva: sujeitos históricos;

EN5. Espaço geo-histórico: relações e dimensões;

EN6. Formação e utilização geo-histórica da natureza;

EN7. A cartografia e as suas convenções;

EN8. Processos histórico-geográficos e suas perspectivas.

EIXOS TEMÁTICOS

Anos iniciais:

ET1. Tempos e espaços da infância na construção do sujeito.

ET2. Relação dos sujeitos com a natureza.

6º ano:

ET1. Introdução aos estudos geo-históricos

ET2. Formação e povoamento da terra.

7º ano:

ET1. O Brasil no contexto das relações entre América, África e Europa no período colonial.

ET2. A formação do Brasil: territorial, social, étnica, cultural e econômica.

8º ano:

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ET1. Independência do Brasil e demais países americanos.

ET2. Organização e regionalização geo-históricas do espaço na América.

9º ano:

ET1. Transformações da sociedade brasileira na passagem do século XIX para o século XX.

ET2. O Brasil e o mundo a partir do século XX.

1º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Criança tem história - Como você era quando bebê - Como você é agora - Como eram os seus pais quando você era pequeno

- Compreender o que é ser criança a partir do seu próprio modo de vida; - Identificar semelhanças e diferenças entre modos de ser criança; - Perceber mudanças que ocorrem com as pessoas com o passar do tempo; - Identificar mudanças e permanências na sucessão de gerações; - Utilizar documentos escritos (certidão de nascimento) e fotografias para obter informações; - Conhecer o seu entorno e representá-lo através de desenho.

Como organizamos nosso tempo

- Calendário - Dia/noite - Ontem, hoje, amanhã - Antes e depois - Durante

- Identificar e saber utilizar medidas de tempo; - Relatar acontecimentos vividos individualmente e coletivamente distinguindo-os na ordem temporal; - Compreender noções de durante (durante a manhã, tarde ou noite) e sucessão (depois de); - Perceber a relação manhã/tarde/noite sugerida pela posição do sol e pela presença da lua; - Observar a relação entre o tempo da natureza e a organização do cotidiano; - Relacionar lugares e tempos vividos na vida cotidiana (na casa, escola, ruas, parques) com rotinas, medições e marcadores de tempo cronológico, para apreender noções de tempo vivido no presente.

Noções de espaço e de lugar

- Localização e referências - Alfabetização cartográfica para o desenvolvimento das noções espaciais

- Perceber-se no espaço e identificar sua posição em relação aos objetos de entorno, identificando o que está à sua frente ou atrás, perto ou longe, assim como noções de lateralidade; - Interagir com o espaço e reconhecer diferentes fontes de registro das paisagens (fotografia, pintura, desenho, croqui e outros); - Utilizar procedimentos de descrição e observações pessoais de leituras de paisagens, por meio da linguagem oral e por ilustrações; - Identificar no seu cotidiano, os referenciais espaciais de localização, orientação e distância, de modo a deslocar-se com autonomia e representar os lugares onde vive e se relaciona; - Identificar objetos presentes no cotidiano em relação a tamanho, forma e cor, o que permite o desenvolvimento da noção de proporção e de legenda; - Observar, identificar e localizar pontos de referência

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(praça, padaria, parque, escola) para reconhecer as diferentes distâncias entre os lugares.

2º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Noções de sujeito histórico: - Ser criança - Indivíduos, família, grupo, classe e outros - Direitos e deveres das crianças

- Compreender o que é ser criança a partir do seu próprio modo de vida; - Identificar semelhanças e diferenças entre modos de ser criança; - Comparar modos de viver das crianças, no passado e presente; - Relacionar a sua história com a de outras pessoas próximas, de outros lugares e épocas; - Identificar a história de vida de um indivíduo, compreendendo sua relação com a história de um grupo social; - Observar a diversidade de sujeitos e organização de grupos familiares; - Identificar mudanças e permanências na sucessão de gerações; - Identificar o grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros grupos; - Debater e refletir sobre alguns direitos básicos das crianças (saúde, educação, lazer e outros); - Relacionar as normas e regras de convívio na sala de aula, na escola, no local onde moram, com leis e normas da sociedade, como o ECA.

Tempo e espaço

- Mudanças e permanências nos lugares e tempos vividos: rotinas, medição e marcadores de tempo cronológico

- Construir referências temporais próximas e distantes; - Comparar diferentes formas de representação do espaço; - Registrar diferentes formas de organizar o tempo; - Identificar situações no lugar onde mora, estabelecendo relações de permanência e mudança entre o passado e o presente.

O lugar onde vivemos

- As transformações do espaço (rua, bairro, cidade,) - Vidas de família: brincadeiras, jogos e tradições, festas sociais, religiosas.

- Representar os espaços de vivência (croquis, maquetes, desenhos); - Observar no local onde mora, evidências históricas do presente e passado; - Compreender que a organização espacial está relacionada com seus habitantes, no presente e passado do lugar; - Perceber que o espaço geográfico resulta da interação entre a sociedade e a natureza; - Identificar características de diferentes jogos e brincadeiras no lugar onde vive em diferentes tempos reconhecendo mudanças e permanências; - Relacionar os jogos e brincadeiras pertencentes à cultura local com as culturas indígenas e africanas no Brasil em diferentes tempos.

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3º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Os espaços da cidade

- Localização e organização geográfica da cidade ao longo do tempo - Transformações nas paisagens urbanas e rurais - Espaços públicos e privados

- Identificar componentes da natureza e da sociedade na paisagem; - Comparar e representar os espaços em diferentes épocas; - Estabelecer relações entre os ambientes e os modos de vida na cidade ao longo de diferentes épocas; - Identificar marcas do passado na paisagem e suas procedências; - Compreender que a relação dos seres humanos com a natureza interfere na paisagem e na qualidade de vida; - Identificar as paisagens do lugar em que vive e de outros lugares estabelecendo diferenças e semelhanças; - Compreender a divisão das cidades em diferentes espaços tendo como referência a construção histórica dos espaços da cidade onde mora; - Reconhecer as características e os usos dos espaços públicos urbanos e rurais – parques, áreas protegidas, praças e outros.

A cidade e seus habitantes – ontem e hoje - Povos indígenas - A colonização açoriana - Populações de origem africana - Migrantes e imigrantes

- Conhecer a diversidade da população local, os antigos moradores, as diferentes procedências das famílias e as relações de diferenças e de identidades, por meio das histórias coletadas em fontes orais, escritas e iconográficas e através do estudo do meio e entorno; - Identificar as ascendências e descendências das pessoas que pertencem à sua localidade quanto a nacionalidade, etnia, língua, religião e costumes, contextualizando seus deslocamentos e confrontos étnicoculturais em diferentes tempos e espaços.

Patrimônio cultural e cidadania

- Lugares da memória: ruas, praças, edifícios - Manifestações culturais - Sítios arqueológicos

- Identificar determinados acontecimentos e seu significado na construção da memória histórica; - Relacionar atividades locais e acontecimentos históricos com a preservação da memória de indivíduos, grupos e classes; - Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como fortalecimento da democracia; - Identificar lugares de memória da cidade; - Estabelecer relações entre a história local e a nacional a partir do estudo patrimonial; - Reconhecer a importância da preservação do patrimônio.

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4º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Encontro de culturas em SC - Antigos habitantes - Chegada dos europeus - Sociedades indígenas: passado e presente - Populações de origem africana

- Compreender que o Brasil já era habitado por diferentes povos antes da chegada dos europeus, inclusive SC; - Identificar os diferentes povos que habitaram o estado de SC antes da chegada dos portugueses; - Relacionar a chegada dos europeus ao litoral de SC com as grandes navegações e o “descobrimento” do Brasil; - Analisar a diversidade dos povos indígenas na época e hoje em dia; - Debater as formas de relacionamento entre os índios e os europeus utilizando diferentes fontes históricas; - Localizar no tempo e no espaço a presença de diferentes grupos indígenas em SC - Identificar e analisar diferentes formas de manifestação da presença dos povos africanos em SC; - Conhecer o cotidiano dos escravos nas cidades e os espaços por onde circulavam; - Localizar temporalmente a exploração da escravidão africana em SC; - Identificar e analisar formas de resistência dos povos afro-brasileiros; - Compreender o que é um Remanescente de Quilombo; - Localizar remanescentes de quilombos em SC; - Localizar os lugares de origem dos povos que formaram o Estado de SC;

O território e a organização espacial

- Vilas, povoados, cidades, município, estado, país.

- Caminho das tropas - A defesa do território

- Relacionar as transformações que ocorrem nos espaços com aspectos da História do Brasil; - Identificação do território como uma construção humana ao longo do tempo; - Perceber as transformações ocorridas sob a ação humana na construção, no povoamento e na urbanização do estado de Santa Catarina; - Identificação e caracterização dos processos de conquista e defesa do território catarinense; - Relacionar a ocupação do território catarinense com a história do Brasil.

O espaço catarinense

- Componentes naturais: solo, relevo, hidrografia, cobertura vegetal, clima - Organização do espaço estadual - Transformações nas paisagens urbanas e rurais

- Reconhecer e comparar as diferentes paisagens naturais e a relação entre os atributos: floresta e clima, relevo, solos e vegetação; - Observar ilustrações e fotografias de ambiente pouco transformado, reconhecendo e relacionando seus componentes do meio biótico e os elementos do meio físico: água, rochas, solo; - Distinguir nas grandes unidades de paisagens, os diferentes graus de humanização da natureza, inclusive a dinâmica de suas fronteiras, sejam elas naturais ou históricas; - Perceber as transformações ocorridas sob a ação humana na construção, no povoamento e na urbanização do estado de SC. - Identificar as ações dos seres humanos e suas

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5º ANO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS CAPACIDADES E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

A população brasileira

- Povoadores - Colonizadores - Africanos - Imigrantes - Migrantes

- Identificar, na história do presente e passado das famílias, alguns acontecimentos relativos à história nacional e geral; - Compreender que o Brasil já era habitado por diferentes povos antes da chegada dos portugueses; - Analisar as relações entre os portugueses e os povos que habitavam as terras conquistadas; - Localizar temporalmente o período de colonização portuguesa no Brasil, situando-o em relação a outros períodos da história brasileira; - Identificar e analisar diferentes formas de manifestação da presença dos povos africanos na sociedade brasileira; - Entender a presença da escravidão no Brasil e suas decorrências para a sociedade brasileira; - Identificar a presença de imigrantes estrangeiros na sociedade brasileira; - Analisar as relações entre o processo de desenvolvimento e ocupação do Brasil e a presença de imigrantes estrangeiros; - Relacionar o processo migratório na sociedade brasileira com as transformações econômicas e sociais do Brasil -Conhecer a diversidade da população brasileira e as relações de diferenças e de identidades, por meio de documentos escritas e iconográficos; - Relacionar e valorizar registros históricos com a preservação da memória de grupos e de classe.

Espaço brasileiro

- O território brasileiro; - Configuração das regiões brasileiras; - A identidade brasileira: origens culturais do Brasil; - Localização

- Compreender a configuração das regiões brasileiras; - Entender a regionalização do Brasil; - Conhecer a formação histórico-espacial e a ocupação do Brasil referenciando esse processo com a realidade local e regional; - Compreender a localização do país em relação ao

conseqüências na transformação das paisagens em Santa Catarina ao longo do tempo construindo referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa diante das questões sociais, culturais e ambientais. - Identificar os elementos da natureza, apropriação e transformação pela sociedade; -Compreender a organização espacial do estado de SC; - Conhecer os recursos naturais, as áreas de preservação que o Estado possui; - Reconhecer as regiões existentes entre os municípios e as redes de conexão; - Conhecer a organização das áreas urbanas; - Conhecer as características espaciais, sociais, culturais das áreas rurais.

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mundo. - Relacionar aspectos da formação do território catarinense com a do Brasil; - Conhecer e compreender a população Brasil: demografia e características.

Relações de trabalho

- O trabalho na organização do espaço - Relações de trabalho escravo e livre na produção agrícola, artesanal e industrial - Produção de objetos industriais e artesanais - Trabalho infantil

- Compreender como o trabalho se configura na organização espacial do Estado. - Identificar mudanças e permanências nas relações de trabalho, nas ferramentas, nos materiais e nos equipamentos utilizados na produção de diferentes objetos presentes no cotidiano; - Identificar semelhanças e diferenças nos processos de transformação na produção de objetos , em Santa Catarina, estabelecendo relações com outros tempos e espaços; - Identificar diferentes relações de trabalho entre os moradores do local, no presente e em outras épocas distinguindo o trabalho escravo do trabalho livre, e relacionando a história local com a do Brasil; - Identificar semelhanças e diferenças entre a história local e a história do Brasil, considerando as relações de trabalho e os trabalhadores - Localizar temporalmente e espacialmente experiências históricas relativas à presença de crianças no mundo do trabalho; - Identificar e analisar a presença de crianças no mundo do trabalho em Santa Catarina e no Brasil; - Refletir acerca da relação entre o trabalho infantil e os direitos das crianças. - Compreender como o trabalho se configura na organização do Estado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BARCA, Isabel. A educação histórica numa sociedade aberta. In: Currículo sem fronteiras, v. 7, n.1, jan/jun 2007. Disponível em: < http:// www.curriculosemfronteiras.org/articles.htm >. Acesso em 21 de set. de 2007. BITTENCOURT, Circe Ma. F. (org.). Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. Coleção Docência em formação.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA D EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA D EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Diretrizes Curriculares nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: MEC/SEPPIR, 2004.

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CALLAI. H.C. Aprendendo a Ler o Mundo: a Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Cadernos Cedes. Campinas, vol.25, n. 66, maio/ago, 2005. CORSINO, Patrícia. “ As crianças de 06 anos e as áreas de conhecimento” . In: BEAUCHAMP,J., PAGEL, D., NASCIMENTO, A.R.. Ensino fundamental de 09 anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Beauchamp, J., PAGEL, D., NASCIMENTO, A.R.. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. GEERTZ, Clifford. A interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978. KARNAL, Leandro (org). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro; Jorge Zahar, 2005 MONTELLATO, A., CABRINI, C., CATELLI Jr., R. História Temática. 5º ano. São Paulo, Scipione, 2002. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Traduzindo em ações: das diretrizes a uma proposta curricular. Florianópolis, 1996. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Subsídios para a Reorganização Didática no Ensino Fundamental. SME; Florianópolis, 2000. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Proposta Curricular. SME; Florianópolis, 2008 REIS, José Carlos. Nouvelle Histoire e tempo histórico: a contribuição de Febvre, Bloch e Braudel. São Paulo: Ática, 1994. SCHMIDT, Maria Auxiliadora e CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo; Scipione, 2004. ___________, Ma. Auxiliadora e GARCIA, Tânia Braga. Pesquisas em Educação Histórica: algumas perspectivas. Educar, Curitiba, no. especial, pp-11-31, 2006.

PROPOSTA PARA APRECIAÇÃO, ESTUDO E ANÁLISE

HISTÓRIA

6º ANO AO 9º ANO

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6º ANO

HISTÓRIA

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS

OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Introdução à História: - Tempo e espaço - Documentos - Sujeitos históricos

- Compreender as diferentes concepções de tempo (geológico, biológico, cronológico, da natureza e das mentalidades).

- Identificar e ordenar cronologicamente as grandes convenções em que se divide a História.

- Identificar e utilizar séculos, tendo como ponto de referência o nascimento de Cristo (antes de Cristo, depois de Cristo).

- Localizar acontecimentos no tempo e noções para distingui-los por critérios de anterioridade, posteridade e simultaneidade.

- Comparar formas de representação da vida pessoal de um indivíduo em seu tempo e espaço com a de outros tempos e espaços.

- Compreender como a História é construída. - Conhecer o trabalho do historiador e os

diferentes tipos de documentos históricos. - Construir a noção de sujeito histórico,

individual e coletivo. - Identificar a história de vida de um

indivíduo, compreendendo sua relação com a de outros, e percebê-la inserida na história de um grupo social.

- Identificar permanências e mudanças entre a história individual e a história coletiva.

- Compreender as mudanças e permanências ao longo da história.

Pré-História: - Pré-História geral - África - Povos da América - Brasil e Santa Catarina

- Compreender que todas as sociedades possuem história, mesmo que não tenham deixado ou deixem registradas suas marcas por escrito. - Conhecer algumas características do trabalho do arqueólogo e sua importância para o estudo dos povos pré-históricos.

- Identificar diferentes explicações sobre a criação, o funcionamento e a destruição do universo.

- Identificar fontes diversas sobre a origem do ser humano e do mundo.

- Perceber as diferenças entre a visão mitológica e a científica sobre a origem do ser humano.

- Identificar as relações entre sociedade, natureza e cultura na história dos povos americanos, europeus e africanos: caçadores, coletores e agricultores.

- Perceber as diferenças culturais entre os povos estudados.

- Identificar as principais hipóteses e teorias sobre os caminhos percorridos pelos primeiros povoadores da América.

- Identificar na pré-história brasileira e catarinense a diversidade de vestígios sobre o período e as hipóteses sobre os primeiros povos que ocuparam o território.

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- Caracterizar o modo de vida dos antigos povos que habitaram o Brasil, Santa Catarina e Florianópolis.

7º ANO

HISTÓRIA

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS

OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Expansão Marítima: - Configuração dos Estados Europeus - Grandes Navegações

- Refletir sobre a conquista, o domínio e a repartição do mundo pelos países que participaram das Grandes Navegações.

- Relacionar a configuração dos Estados Europeus com a busca por novos territórios e riquezas em outros continentes.

- Compreender as Grandes Navegações Ibéricas nos seus aspectos comerciais (territórios e especiarias), políticos (Tratado de Tordesilhas) e culturais (cristianismo, busca do paraíso e encontro entre mundos).

- Conhecer as novas representações do mundo através da cartografia e as novas tecnologias de navegação que contribuíram para a Expansão Marítima do Século XV.

- Evidenciar a curiosidade, o medo dos oceanos e o espírito aventureiro em relação ao mundo para além da Europa no período medieval.

- Conhecer as primeiras viagens marítimas realizadas a partir do Século XV através de documentos históricos (relatos, cartas, imagens, mapas, entre outros).

Chegada dos Europeus no Brasil e América:

- Povos indígenas - Conflitos, dominação e resistência - O litoral de Santa Catarina

- Compreender a chegada dos portugueses e espanhóis ao continente americano como parte do processo de expansão marítima. - Identificar as diferenças no modo de vida: europeu-cristão e ameríndios. - Compreender as diferentes relações de trabalho e modos de vida no século XVI na América, no Brasil e em SC antes da colonização européia. - Identificar diferenças e semelhanças no modo de vida das populações indígenas no Brasil no passado e no presente. - Localizar e caracterizar as diferentes áreas de demarcação de territórios indígenas no Brasil atual. - Compreender a ocupação portuguesa no Litoral de SC através dos Bandeirantes Vicentistas, das fortalezas na Ilha de SC e dos Açorianos.

Brasil Colônia: - Sociedade colonial - África e escravidão africana - Trabalho e resistência

- Compreender as diferentes relações de trabalho e modos de vida na África antes da colonização européia. - Construir o conceito de trabalho a partir de outros mais específicos: trabalho escravo e trabalho assalariado. - Analisar diferenças entre trabalho escravo e trabalho assalariado.

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- Identificar as diferenças da escravidão praticada na África antes e depois da chegada dos europeus. - Entender o processo de formação da colônia brasileira através da sociedade do açúcar e da exploração do ouro. - Relacionar a formação da colônia brasileira com outras colônias americanas, asiáticas e africanas. - Identificar relações de escravidão em diferentes tempos e espaços. - Perceber as várias formas de resistências no âmbito das relações escravagistas. - Conhecer a participação dos bandeirantes e jesuítas na formação da sociedade colonial brasileira nos seus aspectos econômicos, políticos, territoriais, sociais e religiosos.

8º ANO

HISTÓRIA

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS

OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Revoluções liberais e independência: - Processo de independência: Brasil e

América

- Identificar a independência política como um aspecto do processo de descolonização. - Reconhecer as revoltas do período colonial como parte da luta pela independência. - Compreender os conceitos de nação e política na formação dos países americanos. - Identificar mudanças e permanências na política, na sociedade e na economia das novas nações latino-americanas.

- Perceber a importância da participação política de diferentes sujeitos e grupos sociais no processo de independência da América Latina.

- Relacionar a vinda da Família Real Portuguesa e a Abertura dos portos com o processo de Independência do Brasil.

- Identificar as resistências e as guerras internas contra a Independência do Brasil.

- Compreender o reconhecimento da Independência do Brasil por outras nações, principalmente, Portugal, Estados Unidos e Inglaterra.

- Analisar o 07 de Setembro de 1882 e o quadro O Grito do Ipiranga, de Pedro Américo, como construções históricas.

- Refletir que a Independência do Brasil não provocou grandes transformações sociais e econômicas na sociedade brasileira, como, por exemplo, o fim da escravidão africana.

Brasil Império: - Revoltas - Guerra do Paraguai - Fim da escravidão africana - Imigração no Brasil e em SC

- Analisar a participação do Brasil na Guerra do Paraguai.

- Compreender como se deu o fim do tráfico negreiro e como a mão de obra africana escravizada foi sendo substituída pelos imigrantes europeus.

- Analisar a Lei de Terras no contexto das relações econômicas e sociais no século XIX no Brasil e em SC.

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- Identificar as características das leis que limitaram a escravidão e o processo de abolição da escravidão no Brasil.

- Identificar sujeitos e grupos sociais que participaram dos movimentos abolicionistas no Brasil e em SC no século XIX.

- Compreender as rebeliões regenciais (revoltas) ocorridas durante o Brasil Imperial nos seus aspectos políticos, econômicos e sociais.

Proclamação da República - República Velha - Revolução Federalista em SC - Canudos e Contestado

- Compreender os conceitos e as diferenças entre monarquia e república. - Compreender o processo e os grupos sociais e econômicos que proclamaram a República no Brasil. - Conhecer as permanências e mudanças na sociedade brasileira a partir da Proclamação da República no Brasil. - Compreender a Revolução Federalista como uma disputa entre grupos políticos pelo poder político no Brasil. - Conhecer as conseqüências da Revolução Federalista em Santa Catarina. - Compreender as guerras de Canudos e do Contestado como conflitos sociais que ocorreram no início da República no Brasil.

9º ANO

HISTÓRIA OBJETOS DE

CONHECIMENTO/ESTUDOS OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E

HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

O Brasil e o mundo no início do século XX:

- Modernização e higienização - Movimento operário no Brasil

- Entender o funcionamento do sistema de fábrica implantado na Europa com a Revolução Industrial. - Identificar as relações de trabalho no sistema de fábrica em diferentes tempos e espaços. - Estabelecer diferenças e semelhanças entre o sistema de fábrica no Brasil e do início da Revolução Industrial Inglesa. - Identificar formas de dominação e resistência no sistema de fábrica no Brasil. - Compreender o ideal de modernidade e o processo de higienização dos espaços e dos corpos na sociedade brasileira a partir da Revolta da Vacina no RJ. - Conhecer as conseqüência do processo de higienização e modernização na cidade de Desterro/Florianópolis .

Guerras Mundiais e governos autoritários: - Imperialismo - Nazismo e fascismo - A Era Vargas

- Reconhecer diferenças e semelhanças entre os confrontos, as lutas sociais e políticas, as guerras e as revoluções em diferentes tempos e espaços. - Compreender os conceitos de imperialismo, nazismo, fascismo e neonazismo. - Identificar lutas sociais, guerras e revoluções na

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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História do Brasil e do mundo. - Conhecer as características políticas, econômicas, sociais e culturais da Era Vargas. - Identificar formas de dominação e resistência na Era de Vargas. - Diferenciar forma/sistema/regime de governo. - Construir opinião sobre questões como racismo, crimes contra a humanidade, situação dos povos afro-brasileiros na atualidade, entre outros temas atuais.

Ditaduras e redemocratização na América Latina e Brasil:

- Golpe de 64 e regime militar - Novembrada em Florianópolis - Nova ordem mundial e redemocratização do Brasil

- Identificar formas de dominação e resistência na ditadura militar no Brasil e em Florianópolis. - Identificar a participação de indivíduos e grupos sociais nos movimentos de luta pela conquista da democracia na América Latina e no Brasil. - Refletir sobre as transformações tecnológicas e as modificações que estas promovem no modo de vida e nas relações de trabalho. - Debater as contradições do mundo atual, entre elas o alto desenvolvimento tecnológico e a crescente miséria que atinge o planeta. - Compreender a tecnologia a partir das diversas maneiras de utilizar os ambientes físicos e seus recursos materiais. - Compreender as relações de poder promovidas pelo desenvolvimento da tecnologia. - Discutir aspectos da globalização econômica e cultural, bem como a resistência e o questionamento a esses processos no mundo contemporâneo. - Identificar manifestações de resistência no mundo contemporâneo relacionadas a conflitos étnicos. - Problematizar as diferentes formas de silenciar as resistências.

PROPOSTA PARA APRECIAÇÃO, ESTUDO E ANÁLISE

GEOGRAFIA

6º ANO AO 9º ANO

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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6º ANO

GEOGRAFIA ET1. Introdução aos estudos geo-históricos

ET2. Formação e povoamento da terra

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS

OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Cartografia e suas convenções: - Tempo e espaço - Localização e orientação

- Compreender as diferenças na mensuração dos diversos tempos ( geológico, biológico, cronológico, da natureza e das mentalidades)

- Perceber que o espaço geográfico resulta da interação entre a sociedade e a natureza ao longo do tempo

- Comparar e representar os espaços em diferentes épocas

- Estabelecer elações entre diferentes tempos e espaços

- Compreender a linguagem cartográfica e suas diferentes formas

A origem da terra e das paisagens: - A diferentes concepções sobre a terra - As modificações nas paisagens - Biosfera - Ecossistemas da Ilha de Santa Catarina

- Conhecer as teorias da Origem da Terra e sua relação com o sistema solar

- Interpretar as diferentes formas de paisagens na superfície terrestre e sua interação com estas

- Compreender que a relação dos seres humanos com a natureza interfere na paisagem e na qualidade de vida

- Identificar as paisagens do lugar em que vive e de outros lugares estabelecendo diferenças e semelhanças

As dinâmicas da natureza e a ação humana:

- Atmosfera - Água - relevo

- conceituar clima e tempo - interpretar os fenômenos ligados ao clima - compreender as dinâmicas da atmosfera e

as interferências do ser humano nessa dinâmica. - relacionar o efeito estufa com as ações

humanas sobre as dinâmicas da atmosfera - Localizar a distribuição de água no planeta e

sua importância para as sociedades em diferentes tempos e espaços.

- Compreender os processos hidrológicos no planeta estabelecendo relações com a sua utilização e a interferência nas paisagens

- Compreender como acontece o abastecimento de água local

- Conceituar relevo e entender sua dinâmica e as interferências dos seres humanos nessa dinâmica

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7º ANO

GEOGRAFIA ET1. O Brasil no contexto das relações entre América, África e Europa no período colonial

ET2. A formação do Brasil: territorial, social, étnica, cultural e econômica

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS

OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

A identidade brasileira;

- A diversidade do povo brasileiro (etnia, cultura, gênero,....) - Remanescentes de Quilombos - Terras Indígenas

- Identificar elementos da cultura africana e indígena na formação da população brasileira

Formação Histórico-Geográfica do Brasil:

- Formação e ocupação do território brasileiro - Localização do Brasil - Coordenadas Geográficas - Dinâmica populacional (distribuição da população, densidade demográfica, povoação, IDH, migração)

- Analisar o processo de formação e ocupação do Brasil no período colonial

- Reconhecer as características de um país a partir da interpretação e leitura de mapas

- Identificar as dimensões territoriais do espaço geográfico brasileiro e suas transformações ao longo do tempo

Regionalização do Espaço Brasileiro (IBGE):

- Divisão Geoeconômica - Reservas Florestais - Ação antrópica na Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Mata de Araucária; - Reservas Minerais brasileiras; - Expansão das áreas urbanas

- Conhecer e analisar as características histórico-geográficas das regiões do Brasil

- Conceituar região e compreender as divisões regionais

- Analisar os elementos naturais e antrópicos da região

- Analisar o processo de ocupação e formação do espaço das regiões brasileiras.

- Identificar diferenças e semelhanças entre as regiões brasileiras

- Identificar as relações entre sociedade, natureza e cultura no processo histórico-geográfico de cada região

- Perceber as transformações ocorridas sob a ação humana no povoamento e na urbanização das regiões brasileiras.

8º ANO

GEOGRAFIA ET1. Independência do Brasil e demais países americanos

ET2. Organização e regionalização do espaço geo-histórico da América

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS

OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

O Território Americano: - A organização do espaço Americano - As paisagens da América - Estrutura Geológica da América ( Uso da Terra: agricultura, erosão, desertificação)

- Analisar os processos de ocupação do território americano

- Reconhecer o espaço geográfico americano como resultado do processo de descolonização nas lutas pela independência dos países europeus

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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- Distribuição de terras - Reconhecer a diversidade das paisagens naturais do continente americano

- Analisar a produção agrícola, a ação antrópica no solo e o processo de distribuição de terras

- Relacionar as lutas pela terra em diferentes lugares no continente americano

Atividades Econômicas no Continente Americano: - Agropecuária e as políticas agrícolas - O Extrativismo - Os Processos de industrialização; - As relações de trabalho e apropriação; - Os impactos sócio-ambientais impostos pelas atividades econômicas.

- Compreender as relações econômicas existentes e suas relações com a paisagem natural

- Compreender o uso dos recursos minerais - Identificar as diferentes técnicas e

tecnologias empregadas nas atividades econômicas no continente - Compreender a tecnologia a partir das diversas maneiras de utilizar os ambientes físicos e seus recursos materiais

- Analisar as mudanças econômicas e territoriais a partir do processo de industrialização

- Identificar diferenças e semelhanças nas relações de trabalho, nas ferramentas, nos materiais e nos equipamentos utilizados na produção no continente americano

- Relacionar as mudanças nas paisagens e qualidade de vida com os impactos causados pelas atividades econômicas

Regionalização do Continente Americano: Os critérios de Classificação dos Países - América Anglo-Saxônico/América Latina; - Os Blocos Econômicos da América - O papel das multinacionais - IDH - Desenvolvimento

- Compreender e analisar os critérios de regionalização do continente americano a partir do processo de colonização

- Discutir e analisar as possibilidades e perspectivas das organizações econômicas do continente americano

- Conhecer as associações econômicas entre os países

9º ANO

GEOGRAFIA ET1. O Brasil e o mundo no século XX

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDOS

OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Fronteiras, Estados e Nações do Mundo: - A Europa, África, Ásia (Oriente Médio, Índia, ex-URSS, China, Tigres Asiáticos, Japão e Oceania - Região do Ártico e Antártica.

- Compreender a organização espacial, étnico-cultural e econômica da África, Ásia e Europa

- Identificar as mudanças geopolíticas ocorridas nos continentes

- Analisar o processo de colonização e descolonização do continente africano e suas implicações étnico-culturais e políticas.

- Compreender o desenvolvimento tecnológico e a divisão internacional do trabalho nos continentes

- Compreender a política e acordos para a pesquisa nos pólos

- Identificar as características naturais, culturais e sociais das regiões do Ártico e Antártica

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As questões ambientais e a utilização dos recursos naturais:

- solo, água subterrânea, uso da água, bacias hidrográficas; - Clima, Impactos Ambientais

- Compreender a dinâmica climática e os impactos ambientais

- Discutir sobre os recursos naturais mundiais e as formas de preservação que estão sendo adotadas

- Perceber os fluxos populacionais e o comportamento da população

- Identificar e avaliar as ações dos seres humanos em diferentes tempos e espaços para construir referências que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões sociais, culturais e ambientais

Globalização e desenvolvimento tecnológico: - Blocos econômicos - A circulação de mercadorias, de informação e de capital financeiro nos diversos territórios; - Transporte e Comércio - O papel das multinacionais e o consumo. - População Mundial: Demografia e Comportamento

- Conhecer os blocos econômicos e compreender a articulação entre eles

- Analisar o processo de desenvolvimento tecnológico

- Conceituar globalização e mundialização - Compreender o espaço geográfico mundial,

produto de uma organização política e sócio-econômica em transformação, a partir de uma história constituída por contradições e conflitos

- Compreender que (re) construímos o espaço mundial a cada momento da história

- Compreender a dinâmica da circulação de mercadorias, as redes de informações e de capital financeiro na globalização

- Conhecer os meios de locomoção que as pessoas utilizam

- Diferenciar necessidade de consumo - Perceber a influência exercida pelas

multinacionais na vida das pessoas e seu padrão de consumo, bem como o destino final do lixo

COMPONENTE CURRICULAR

Ensino Religioso

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Componente Curricular: ENSINO RELIGIOSO

Anderson Carlos Santos de Abreu3

1. O ENSINO RELIGIOSO, NA SUA DIVERSIDADE, NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE FLORIANÓPOLIS E SUAS

PERSPECTIVAS.

O Ensino Religioso da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis se insere em uma tendência de

respeito e aproximação entre as religiões, visando-as como objeto de estudo. Considerando isto, entende-se

que o objeto de estudo transcende as instituições e as denominações religiosas, na medida em que ela se

apresenta como proposta pedagógico-didática, envolvendo seus aspectos fenomenológicos, históricos,

culturais e religiosos.

O Ensino Religioso se figura legalmente na Lei n.º 9475/97, que apresenta a nova redação a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, referente ao Art. 33 da LDBEN n.º 9394/96:

Art.33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação do cidadão, constitui como disciplina de horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil vedadas quaisquer formas de proselitismo.

Na construção da constituição do Ensino Religioso na Rede Municipal de Ensino de Florianópolis,

como área de conhecimento, ainda persistem algumas questões importantes quanto aos objetos de estudo

deste campo científico, a serem tratados nas escolas; portanto, vale destacar que para a sociedade as religiões

são confissões de fé e de crença, e que cada uma, em sua peculiaridade, tem seus fenômenos, seus elementos

culturais e religiosos e sua história.

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária reflexão em torno dos

modelos de ensino, diante das demandas sociais contemporânea, que exigem a compreensão ampla da

diversidade cultural, postas também entre os estados e, de forma mais restrita no interior de diferentes

comunidades, e, em especial, para nós, educadores, desta secretaria de educação, no município de

Florianópolis.

Cabe aos professores, em sintonia com suas comunidades e com a matriz curricular, sistematizar e

socializar seu currículo específico através de formações propostas pela Secretaria Municipal de Educação de

Florianópolis.

Esta área de conhecimento pretende contribuir para o conhecimento, reconhecimento e respeito às

diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural, que compõe a sociedade, bem como

possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultural e religiosidade do fenômeno religioso, tendo como foco a

diversidade cultural. Essa reflexão visa proporcionar ao aluno, do Ensino Religioso, sua formação integral,

entendido nesta concepção como sujeito do processo contínuo de educação.

A área do Ensino Religioso subsidiará, ainda, o aluno na compreensão de conceitos básicos no campo

religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições, das culturas e das manifestações

religiosas, respeitando assim a diversidade das mesmas. Vale ressaltar que, os conhecimentos relacionados às

3 Bacharel em Teologia e Licenciado em Filosofia e Pedagogia. Especialista em Estética e Antropologia.

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religiões e sua culturas, histórias e manifestações, são significativos a todos os alunos, pois propiciam subsídios

para a compreensão da cultura em sua diversidade e da constituição da vida em sociedade.

2. FUNDAMENTOS:

Tal proposta considera a área de Ensino Religioso como:

Uma área concebida na diversidade cultural religiosa do Brasil e do mundo.

Uma área centrada na antropologia religiosa, fenomenologia, história e cultura e não na catequese ou

exposição de doutrina.

Uma área organizada para possibilitar o acesso ao conhecimento religioso - patrimônio da humanidade, a

partir da pluralidade cultural religiosa da sala de aula.

Uma área do Ensino Fundamental, que a partir de sua especificidade, o religioso, contribui de forma

significativa, juntamente com as demais disciplinas escolares, na formação básica do cidadão, conforme o

disposto no artigo 32 da Lei e Diretrizes Básicas da Educação, n. 9394 de 20 de dezembro de 1996.

3. FENOMENOLOGIA, DIVERSIDADE CULTURAL E RELIGIOSA E HISTORICIDADE. SEUS OBJETIVOS ESPECÍFICOS

PARA O ENSINO RELIGIOSO.

3.1 A fenomenologia no Ensino Religioso:

Identificar, reconhecer e respeitar as formas de expressão religiosas, suas “ideologias” e fenômenos, tais quais

suas importâncias na formação cultural, ética, estética, histórica, objetivos e subjetivos existentes na

comunidade escolar, no bairro, no Município de Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, no Brasil e no

mundo.

3.2 Diversidade Cultural e Religiosa:

Reconhecer os grupos sociais em sua diversidade cultural e religiosa, respeitando-os e compreendendo-os, de

modo que o professor apresente aos alunos instrumentos legais que buscam assegurar a liberdade religiosa.

Para isso, são os seguintes:

a) Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa;

b) Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão;

c) Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas;

3.3 A Historicidade no Ensino Religioso:

Conhecer, investigar, pesquisar e identificar as tradições, as histórias e os textos conhecidos como

ensinamentos sagrados, transmitidos de forma oral e escritos pelas diferentes culturas religiosas, expressos na

literatura oral e escrita. E, além de caracterizar e reconhecer a construção históricas das religiões, identificar as

organizações religiosas que compõem os sistemas religiosos de modo legal e institucional que expressam as

diferentes formas de compreensão e relação com a sociedade.

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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4. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS: Uma proposta metodológica numa abordagem dialógica com a matriz curricular é uma proposta eficaz para o

Ensino Religioso. Para isso, encaminharemos alguns procedimentos que podem ajudar na condução do Ensino

Religioso na escola:

a) Orientar as atividades promovendo a independência dos educandos;

b) Utilizar jornais, revistas e sala informatizada para promover discussões sobre problemas sociais;

c) Construir sínteses históricas relacionado com a constituição das religiões;

d) Promover discussões e debates, respeitando diferenças;

e) Construir livros, maquetes, mapas, cartazes e murais sobre os conteúdos ministrados;

f) Realizar registros de diferentes formas: produção textual, exposição de trabalhos, dramatização, leitura de

imagens (fotos e vídeos);

g) Levantar informações sobre as diferenças culturais e sociais nos aspectos da religiosidade, através de

pesquisas, bibliografias, saídas a campo e excursões;

h) Refletir e analisar de informações coletadas;

i) Valorizar e socializar dos conhecimentos prévios dos educados acerca dos conteúdos em discussão;

j) Propor questionamentos individuais e coletivos de forma a problematizar o ensino;

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ALVES, Rubens Azevedo. O enigma da religião. 3. ed. Campinas: Papirus, 1984. AMADO, Wolmir et al. A religião e o negro no Brasil. As religiões africanas no Brasil. São Paulo: Ed. Pioneira/EDUSP, 1971. BERKENBROCK, Volney J. A experiência dos Orixás: Um estudo sobre a experiência religiosa no candomblé. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1997. FERNANDES, Ruben César, DA MATTA, Roberto et al. Brasil & EUA: Religião e identidade nacional. Rio de Janeiro: Graal, 1988. LOPES, Nei. Bandos, malês e identidade negra. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1988. MUNIZ, Sodré. O terreiro e a cidade. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1988. ORTIZ, Renato. A morte branca do feiticeiro negro. Petrópolis, Rio de Janeiro, 1978. THEODORO, Helena. Mito e espiritualidade: mulheres negras. Rio de Janeiro: Palas, 1996. BONDER, N. A cabala da inveja. Rio de Janeiro: Imago, 1992. __________. O segredo judaico de resolução de problemas. Rio de Janeiro: Imago, 1995. CORREA NETO, F. Os judeus: povo ou religião? Rio de Janeiro: Ed. Do Autor, 1987. ENCICLOPÉDIA JUDAICA. Rio de Janeiro. A. Koogan, 1990. REALIDADES DE ISRAEL. Jerusalém: Centro de Informações de Israel, 1998.

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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SCHWEIDSON, J. Saga judaica na Ilha do Desterro. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989. UIRIS, I. Êxodos. São Paulo: Circulo do livro, 1974. ALBERRY, Arthur J. O alcorão interpretado. Londres: Imprensa da Universidade de Oxford, 1993. BUCAILLE, Maurice. O alcorão e a ciência moderna. São Bernardo do Campo/SP; Centro de Divulgação do Islã para a América Latina, 1995. BARTHES, Roland. Mitologias. São Paulo: Bertrand Brasil, 1987. ELIADE, Mircea. O sagrado e o Profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992. NIETZSCHE, Friederich. Genealogia da moral. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. CASCAES, Franklin. Vida e Arte. 2ª Edição. Editora da UFSC, 1989. CASCAES, Franklin. O fantástico na ilha de Santa Catarina. 2º Edição, Editora da UFSC, 1983. Roteiro das manifestações culturais de Florianópolis, Fundação Franklin Cascaes, 1995. NIETZSCHE, Frederich. O crepúsculo dos deuses. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. SOUZA, AriHerculano. Os direitos humanos. São Paulo: Editora do Brasil, 1989, 73 p. MOREIRA, Carlos Eduardo. Da revolução aos resultados. Florianópolis: Insular, 1998. CASTRO, Américo. Espana em su historia. Cristiano, moros y judíos. Buenos Aires: Losada, 1984. ELIADE, Mircea. Tratado de histórias das religiões. Lisboa: Edições Cosmos, Santos: Martins Fontes, 1970. FERNANDES, Millôr e RANGEL, Flávio. Liberdade, liberdade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966. BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na idade média e no renascimento. BERGER, Luckman. A construção social da realidade. Petrópoles: Vozes, 1985. GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989. LEVIS-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Biblioteca Tempo Universitário, 1975. MARX, Karl. O capital: Critica a teoria política. São Paulo: Difel, 1982. GORZ, André. A crítica da divisão do trabalho. São Paulo: Martins Fontes, 1980. GORENDER, Jacob. A globalização. Cadernos de pesquisa. São Paulo: IEA/USP, 1996. HOBSBAWM, Eric. A era do capital. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1982. HUBERMAN, Leo. Historia da Riqueza do homem. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1983. MOTA, Carlos Guilherme. Ideologia da cultura brasileira (1933 – 1974). São Paulo: Ática, 1977. PRADO, Antônio Armani. Libertários no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1985. SPINDEL, Arnaldo. O que são ditaduras. São Paulo: Brasiliense, 1985, 80p. ________________. O que é o Socialismo. São Paulo: Brasiliense, 1988, 80p.

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994. BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. COSTELLA, D. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In: JUQUEIRA,S.; _________. Brod Benno. Hoornaert Eduardo. Klaus Van Der Grijp. (1992), História da Igreja no Brasil. Tomo II. 4ª Edição, São Paulo, Vozes.

MATRIZ CURRICULAR DO COMPONENTE CURRICULAR

EIXO DE AÇÃO DA RME/PMF

“LER E ESCREVER: COMPROMISSO DE TODAS AS ÁREAS.”

OBJETIVO DA CIÊNCIA DO CONHECIMENTO

Considerar como objeto de estudo a religião, entendendo que isto transcende as instituições e as

denominações religiosas na medida em que ela se apresenta como proposta pedagógico-didática, envolvendo

seus aspectos fenomenológicos, históricos, culturais e religiosos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ENSINO RELIGIOSO

OBJETIVO 1: instrumentalizar o educando para a compreensão fenomenológica da cultura religiosa das

diversas sociedades.

OBJETIVO 2: Observar e compreender a história cultural das religiões.

OBJETIVO 3: Compreender, valorizar e respeitar a diversidade cultural religiosa.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM DA ÁREA DO CONHECIMENTO

EA1- Através do gênero textual excerto literário, considerar a figura do mito e compreender o seu significado

em diferentes tempos e espaços;

EA2- Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação das diferentes culturas e manifestações

socioculturais;

EA3- Por meio do diálogo como um dos elementos construtores da cidadania, reverência e alteridade,

considerar a diversidade religiosa presente nos grupos sociais;

EA4- A partir da história das culturas religiosas, interpretar os elemento básicos que compõe o fenômeno

religioso proporcionando o conhecimento do mesmo;

EA5- No interior do processo histórico da humanidade, compreender e analisar as diferentes manifestações

que exprimem o fenômeno religioso e a historicidade que o compõe;

EA6- Com o fundamento na diversidade social e cultural presente nas religiões, analisar as formas de

expressão e as linguagens presentes;

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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EIXOS TEMÁTICOS

ET1 – Fenomenologia das Religiões;

ET2 – História das Religiões;

ET3 – Cultura popular e religiosa;

ET4 – Diversidade;

EIXOS NORTEADORES

EN1 – A produção do conceito religião e sua história;

EN2 – Manifestações religiosas e culturais;

EN3 – As religiões e suas formas de ser e praticar;

EN4 – Religiões presentes no Brasil;

EN5 – Os diferentes símbolos presentes nas religiões;

EN6 – Representações do transcendente nas religiões;

EN7 – As religiões e os seus processos de formação.

1º ANO

ENSINO RELIGIOSO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

- O ser humano na perspectiva dos relacionamentos: * Etnia * Diversidade epistemológica (Cultural, Religiosa,...) - Mitologia: * Real e imaginário.

- Expressar suas características pessoais; - Compreender a importância de respeitar as regras; - Valorizar a convivência com diferentes pessoas, respeitando a diversidade cultural e religiosa; - Reconhecer a importância da boa convivência no grupo familiar e social; - Expressar ideias e sentimentos por meios verbais e visuais; - Reconhecer e valorizar a honestidade e a sensibilidade; - Identificar por meio de histórias e contos as diversas formas de expressões religiosas e culturais

2º ANO

ENSINO RELIGIOSO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E

HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

- O ser humano na perspectiva dos relacionamentos: * Etnia * Diversidade epistemológica (Cultural, Religiosa,...) - Mitologia: * Real e imaginário.

- Expressar suas características pessoais e as dos colegas, entendendo que cada ser possui suas características próprias; - Valorizar a convivência com diferentes pessoas, respeitando a diversidade cultural e religiosa; - Reconhecer a importância da boa convivência no

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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grupo familiar e social; - Expressar ideias e sentimentos por meios verbais e visuais; - Reconhecer e valorizar a honestidade e a sensibilidade; - Identificar por meio de histórias e contos as diversas formas de expressões religiosas e culturais.

3º ANO

ENSINO RELIGIOSO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

- Conhecer as características principais das religiões monoteístas e politeístas - Os diferentes símbolos culturais das religiões - Diversidade das práticas religiosas elaboradas pelos diversos grupos sociais:

- Compreender o que vem a ser religião monoteísta; - Compreender o que vem a ser religião politeísta; - Analisar os diversos símbolos presentes na cultura das religiões, entendendo os mesmos como forma de manifestação religiosa. - Entender a diversidade religiosa pelos diversos grupos sociais através da linguagem e expressão.

4º ANO

ENSINO RELIGIOSO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

- Conhecer as características principais das religiões monoteístas e politeístas - Os diferentes símbolos culturais das religiões - Diversidade das práticas religiosas elaboradas pelos diversos grupos sociais - Diversidade cultural, religiosa e étnica

- Analisar as diversas religiões, classificando-as em politeístas e monoteístas; - Analisar os diversos símbolos presentes na cultura das religiões, entendendo os mesmos como forma de manifestação religiosa. - A partir das linguagens presente na diversidade das práticas religiosas, entender a expressão das mesmas nos grupos sociais.

5º ANO

ENSINO RELIGIOSO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

- Os diferentes símbolos culturais das religiões - Diversidade cultural, religiosa, étnica e sexual.

- Observar e interpretar, no processo histórico da humanidade, os elementos: (social, cultural, religioso, étnico e sexual) que compõe a

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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- Representação do transcendente nas diversas religiões - Conhecimento elaborado e revelado através das tradições religiosas escritas e orais

sociedade. - Compreender o processo de formação das religiões: Cristianismo (Católicos, Protestantes, Ortodoxos e Anglicanos) * Islamismo * Hinduísmo * Religiões Chinesas * Religiões Espirituais * Budismo * Religiões étnicas * Xintoísmo * Judaísmo

PROPOSTA PARA APRECIAÇÃO, ESTUDO E ANÁLISE

ENSINO RELIGIOSO

6º ANO AO 9º ANO

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6º ANO

ENSINO RELIGIOSO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

- Mitologia, o que vem ser o mito? - A diversidade cultural e religiosa e A história das religiões

- Conhecer os diferentes mitos em diferentes tempos e espaços; - Identificar fontes diversas sobre a origem do mundo e do homem. - Introduzir a concepção do processo de formação das religiões a partir dos mitos, bem como a diversidade cultural que as mesmas apresentam: Cristianismo (Católicos, Protestantes, Ortodoxos e Anglicanos) * Islamismo * Hinduísmo * Religiões Chinesas * Religiões Espirituais * Budismo * Religiões étnicas * Xintoísmo * Judaísmo

7º ANO

ENSINO RELIGIOSO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

- Diversidade cultural, religiosa, étnica e sexual. - A história das religiões - A ideia do transcendente

- Observar e interpretar, no processo histórico da humanidade, os elementos: (social, cultural, religioso, étnico e sexual) que compõe a sociedade. - Identificar as diferentes concepções de cultura e religião. - Compreender o processo de formação das religiões: Cristianismo (Católicos, Protestantes, Ortodoxos e Anglicanos) * Islamismo * Hinduísmo * Religiões Chinesas * Religiões Espirituais * Budismo * Religiões étnicas * Xintoísmo * Judaísmo - Instrumentalizar o educando para a compreensão da ideia do transcendente nas tradições religiosas.

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8º ANO

ENSINO RELIGIOSO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

- Diversidade cultural, religiosa, étnica e sexual. - Representações do transcendente nas diversas religiões - Rituais, vestes e corporeidades nas diversas culturas religiosas

- Observar e interpretar, no processo histórico da humanidade, os elementos: (social, cultural, religioso, étnico e sexual) que compõe a sociedade. - Identificar as diferentes concepções de cultura e religião. - Identificar e compreender as diversas formas de representação do Transcendente nas tradições religiosas: Cristianismo (Católicos, Protestantes, Ortodoxos e Anglicanos) * Islamismo * Hinduísmo * Religiões Chinesas * Religiões Espirituais * Budismo * Religiões étnicas * Xintoísmo * Judaísmo - Analisar as semelhanças e diferenças entre as tradições religiosas.

9º ANO

ENSINO RELIGIOSO

OBJETOS DE CONHECIMENTO/ESTUDO OBJETIVOS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

- Diversidade cultural, religiosa, étnica e sexual. - O transcendente e suas representações nas diversas religiões - Elementos de integração das religiões - Ética e Religião: * O que vem ser Ética? * Qual a relação que a ética possui com a religião?

- Observar e interpretar, no processo histórico da humanidade, os elementos: (social, cultural, religioso, étnico e sexual) que compõe a sociedade. - Compreender e analisar a ideia do transcendente nas mais diversas religiões: * Cristianismo (Católicos, Protestantes, Ortodoxos e Anglicanos) * Islamismo * Hinduísmo * Religiões Chinesas * Religiões Espirituais * Budismo * Religiões étnicas * Xintoísmo * Judaísmo - Compreender o conceito da Ética, relacionamento a mesma com a religião; - Compreender elementos da teologia nas diversas religiões.

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS – PMF/SME/SC

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na visão educacional, o ensino é entendido como um processo que requer uma ação intencional do

educador para que ocorra a promoção da aprendizagem, a construção/reconstrução do conhecimento e a

apropriação crítica da cultura elaborada, considerando a necessidade de padrões de qualidades e de

abrangência a princípios éticos.

Os processos de construção/reconstrução do conhecimento estão relacionados à capacidade de

aprender continuamente e envolvem, dentre outras, as capacidades de análise, síntese, crítica e criação, a

partir da exploração de diferentes perspectivas na interpretação da realidade, frente a desafios e situações

problematizadoras relacionadas à área de atuação.

Por possuir muitas definições e conceitos caracterizados pelos contextos culturais em que está inserida,

a definição de aprendizagem exigirá reflexão e atenção sobre as singularidades que permeiam as Ações

Formativas dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de Florianópolis. Entretanto, no âmbito desse

documento preliminar e “em construção”, a aprendizagem é considerada um processo “de assimilação de

determinados conhecimentos e modos de ação física e mental” (LIBÂNEO, 1994, p. 83), mediado pelo processo

de ensino, que envolve a relação cognitivo-afetiva entre o sujeito que conhece e o objeto do conhecimento.

Podemos aprender conhecimentos sistematizados (fatos, conceitos, princípios, métodos de

conhecimento; etc.); habilidades e hábitos intelectuais e sensormotores (observar um fato e extrair conclusões;

destacar propriedades e relações das coisas; dominar procedimentos para resolver exercícios; escrever e ler;

usar adequadamente os sentidos; manipular objetos e instrumentos; etc.); atitudes e valores (por exemplo,

perseverança e responsabilidade no estudo; modo científico de resolver problemas humanos; senso crítico

frente aos objetos de estudos e à realidade; espírito de camaradagem e solidariedade; convicções; valores

humanos e sociais; interesse pelo conhecimento; modos de convivência social; etc.), (LIBÂNEO, 2004, p. 83)4.

Uma aprendizagem desorganizada costuma levar a formas de aprendizagem repetitivas, sem a

compreensão do que se está aprendendo. A aprendizagem é um sistema complexo composto pelos

subsistemas que interagem entre si: o que se aprende (resultados da aprendizagem), como se aprende

(processos e estratégias) e em que se aprende (condições práticas).

Definida uma estrutura básica nos moldes que se propõe, e superada os obstáculos iniciais com relação

à resistência, a Rede Municipal de Florianópolis começa a trabalhar em uma nova perspectiva. Vimos que o

desejável só acontece quando se somam os esforços e, se esses não são somados, resulta sempre no fracasso.

A nossa Rede Municipal de Ensino mostrou que é possível a partir de uma reflexão coletiva tornar o desejável

em realidade.

Aqui está a MATRIZ CURRICULAR 2011 DA REDE MUNICIPAL DE FLRORIANÓPOLIS “em construção”.

Pedro Rodrigues da Silva

Diretor DEF/SME/PMF

4 LIBÂNEO. José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção Magistério)