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MATRIZ DE FINANCIAMENTO PARA MELHORAR A QUALIDADE DOS INDICADORES EDUCACIONAIS Mozart Neves Ramos Diretor-Executivo do Todos Pela Educação e Membro do Conselho Nacional de Educação

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MATRIZ DE FINANCIAMENTO PARA MELHORAR A QUALIDADE DOS INDICADORES EDUCACIONAIS

Mozart Neves Ramos

Diretor-Executivo do Todos Pela Educação e Membro do Conselho Nacional de Educação

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Educação Básica no Brasil, 2005

• Autonomia dos 27 Estados e dos 5,6 mil municípios;• Ensino fundamental de 9 anos (6 a 14 anos);• Educação secundária (15 a 17 anos);• 97% dos alunos de 7 a 14 anos atendidos;• 90% dos alunos estão em escolas públicas;• Gasto público: 4% do PIB;• Financiamento: Estados 45%; Municípios 40%; Governo Federal 15%.

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Educação Básica no Brasil

• 87% concluem o 5º ano ou 4ª. Série;

• 65% concluem o 9º ano ou 8ª. Série;

• 42% concluem o 12º ano ou 11ª. Série;

• 70% dos pais consideram que as escolas públicas são boas;

• Há escola para todos, mas faltam professores;

• Não há demanda por qualidade.

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SAEB - Evolução das médias – Língua Portuguesa

188 187171 165 169 173

256 250233 235 232 227

290 284267 262 267

249

0

50

100

150

200

250

300

350

1995 1997 1999 2001 2003 2005

4a série E.F. 8a série E.F. 3a série E.M.

Fonte: MEC/INEP/DAEB

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SAEB – Evolução das médias – Matemática

191 191 181 176 177 182

253 250 246 243 245 233

282 289 280 277 279260

0

50

100

150

200

250

300

350

1995 1997 1999 2001 2003 2005

4a série E.F. 8a série E.F. 3a série E.M.

Fonte: MEC/INEP/DAEB

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O Brasil ainda investe pouco na educação básica

País Rendimento Escolar - PISA

Gasto por Aluno/Ano (US$)

1. Finlândia 548 7.121

2. Japão 548 6.952

3. Coréia 538 5.882

4. Espanha 487 6.010

5. Portugal 468 6.921

6. México 405 1.768

7. Brasil 390 944

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% da população (25-64 anos) que concluiu pelo menos a etapa final da

educação básicaPaís % de Conclusão PIB per capita/dia

(US$) 2005

1. Finlândia 76% 39,1

2. Alemanha 83% 35,1

3. França 65% 35,7

4. Espanha 43% 35,1

5. Argentina 42% 4,4

6. Chile 49% 6,3

7. Brasil 30% 4,1

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Salário dos Professores por Ano (US$) 2000

País Ensino fundamental I no topo da carreira

1. Alemanha 38.996

2. Espanha 43.094

3. Finlândia 25.615

4. França 39.271

5. Inglaterra 33.540

6. Argentina 15.647

7. Chile 19.435

8. Malásia 17.001

9. Brasil 10.877

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Disparidades Salariais: Brasil e Nordeste (INEP-2001) (Salário-Base)

Salário Médio na 4ª Série do E.F.

US$ - Ano

(em início de carreira)

Brasil 3.638

Nordeste 2.247

Salário Médio na 3ª Série do E.M.

US$ - Ano

Brasil 6.277

Nordeste 4.501

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Matriz de Demanda por Recursos

1- salários;

2- formação inicial e continuada;

3- profissionalização da gestão e avaliação;

4- transporte escolar e merenda;

5- alfabetização, leitura e correção de fluxo;

6- equipamentos (informatização)

7- construção, reforma e ampliação de escolas;

8- material didático;

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Matriz de Oferta de Recursos

1- 25% do orçamento municipal;2- convênios com o Estado: regime de

colaboração;3- FUNDEB;4- salário-educação;5- PDE-PAR;6- recursos da iniciativa privada (empresas)7- recursos internacionais;

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O que muda com o FUNDEB?

Parâmetro FUNDEF FUNDEB

1. Vigência 10 anos

(até 2006)

14 anos

(até 2019)

2. Alcance Ensino fundamental

Creche, Educação Infantil, Ensino fundamental e médio

3. N Alunos 30,2 milhões de alunos

48,1 milhões de alunos

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O que muda com o FUNDEB?

Parâmetro FUNDEF FUNDEB4. Total geral de recursos

R$ 35,5 bilhões

1º ano: R$ 43,1 Bi 2º ano: R$ 48,9 Bi 3º ano: R$ 55,2 Bi 4º ano: R$ 55,8 Bi

5. Comple- mentação da União

1,5% do Fundo:

R$ 525 Mi

1º ano: R$ 2,0 Bi 2º ano: R$ 3,1 Bi 3º ano: R$ 4,5 Bi 4º ano: R$ 5,1 Bi (10%)

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USO DOS RECURSOS DO FUNDEB

1. Valorização Profissional

Pelo menos 60% do fundo deve ser aplicado na remuneração dos profissionais do magistério da

educação básica (direção, administração escolar, planejamento,

inspeção, supervisão e orientação educacional)

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USO DOS RECURSOS DO FUNDEB

2. Manutenção e Desenvolvimento da Educação

Construção, ampliação e reforma de escolas; Equipamentos; Material

didático; Transporte escolar; Formação de profissionais...

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Plano de Desenvolvimento da Educação(PDE-MEC)

O PDE é composto por 4 Decretos:

1º Decreto: reorganiza o Programa Brasil Alfabetizado, visando a universalização da alfabetização de jovens e adultos de 15 anos ou mais;

2º Decreto: cria os Institutos Federais de Educação Profissional, científica e Tecnológica (IFETs) – meta inicial: 150 IFETs;

3º Decreto: cria o Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, onde associa expansão de vagas à financiamento;

4º Decreto: cria o Programa de Metas Compromisso Todos pela Educação para melhoria da qualidade da educação básica;

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Programa de Metas Compromisso Todos pela Educação

CAPÍTULO I: Das Diretrizes do Compromisso

Promove o regime de colaboração entre União, Estados e Municípios, através de 26 diretrizes de atuação, entre elas:

(a) Estabelecer como foco a aprendizagem, apontando resultados concretos a serem alcançados (metas); alfabetizar as crianças até, no máximo, os 08 anos, aferindo os resultados por exame periódico específico;

(b) Acompanhar cada aluno da rede individualmente, mediante registro da sua freqüência e do seu desempenho em avaliações que devem ser periódicas, visando reduzir o abandono e a repetência escolar;

(c) Criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)

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Programa de Metas Compromisso Todos pela Educação

(d) Instituir programa próprio ou em regime de colaboração para formação inicial e continuada de profissionais da educação;

(e) Criar plano de carreira, cargos e salários para os profissionais da educação, privilegiando o mérito e o tempo de serviço na mesma escola;

(f) Avaliar o desempenho docente;(g) Fixar regras claras para a escolha do diretor da escola;(h) Elaborar Plano de Educação e instalar Conselho de Educação;(i) Criar um Comitê Local do Compromisso Todos pela Educação, com

representantes das associações de empresários, trabalhadores, sociedade civil, Ministério Público, Conselho Tutelar e dirigentes do sistema educacional público, encarregado da mobilização da sociedade e do acompanhamento das metas;

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CAPÍTULO II: Do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)

• IDEB: Avaliar a qualidade da educação básica, calculado e divulgado anualmente pelo INEP, combinando resultados do Censo escolar, do SAEB e do Prova Brasil;

• O IDEB será o indicador objetivo para verificação do cumprimento de metas fixadas no Termo de Adesão ao Compromisso;

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CAPÍTULO III: Da Adesão ao Compromisso

• A vinculação do Município ao CTPE se fará por meio de Termo de Adesão, que implica: (a) cumprimento de metas com base num diagnóstico inicial (apoio do MEC para isso), a ser atestado pelo MEC;(b) ter instituído Comitê local do Compromisso;

• O MEC criará um Comitê Nacional do Compromisso TPE, incumbido de colaborar com a formulação de estratégias de mobilização social e de cumprimento de metas para a melhoria da educação básica;

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CAPÍTULO IV: Da Assistência Técnica e Financeira da União

• As Adesões ao Compromisso nortearão o apoio suplementar e voluntário da União às redes de ensino; O apoio se dará na forma de assistência técnica e financeira;

• Apoios do MEC: (a) formação de professores; (b) equipamentos e recursos pedagógicos; (c) infra-estrutura física; (d) gestão da educação;

• O Apoio do MEC se dará mediante a elaboração de um Plano de Ações Articuladas (PAR), que prevê um diagnóstico preliminar da situação educacional do município ações a serem desenvolvidas impacto no IDEB. O PAR será a base para um termo de convênio firmado com o MEC.

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Resumo do Programa de Metas Compromisso Todos pela Educação

O MEC aponta para financiamento associado à resultados, cujas metas a serem cumpridas têm como base 26 diretrizes e um diagnóstico do município, esboçado no PAR que servirá como referência do instrumento de convênio para repasse de recursos e de assistência técnica, sendo ainda o IDEB o termômetro que irá aferir o grau de melhoria da educação básica do município, antes e após o PAR.

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