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MD do Brasil participa de seminário internacional sobre as
mulheres nas Forças Armadas*
Brasília, 28/11/2017 – Representantes de 50 nações participam, até a próxima quarta-
feira (29), na Cidade do México, do seminário “A Participação das Mulheres nos
Exércitos do Mundo”. O objetivo é promover o debate sobre a participação e
desenvolvimento das mulheres nas Forças armadas e da transição da Perspectiva de
Gênero.
Representam o Ministério da Defesa do Brasil no evento o presidente da Comissão de
Gênero, brigadeiro Antonio Carlos Coutinho, e a pesquisadora do Instituto Brasileiro de
Estudos em Defesa Pandiá Calógeras (IBED), Talita Maria Moreira de Almeida.
O Seminário teve início nesta segunda-feira (27) e conta com conferências, palestras e
mesas redondas sobre os temas: “Obstáculos e Brechas de Gênero nas Forças Armadas”;
“Mulher, Paz e Segurança”; “Mulher nas Forças Armadas”; “Violação Sistemática como
Arma de Guerra em Conflitos Armados”; “Empoderamento da Mulher nos Ámbitos
Público e Privado”; entre outros.
Fonte: Ministério da Defesa
Data da publicação: 28 de novembro
Link: http://www.defesa.gov.br/noticias/37232-ministerio-da-defesa-do-brasil-
participa-de-seminario-internacional-sobre-a-participacao-das-mulheres-nas-forcas-
armadas
O Globo: Brasil quer exportar submarinos*
Raul Jungmann pediu ao BNDES o desenvolvimento de um modelo de negócios para o
estaleiro em Itaguaí (RJ). Lá funciona o ProSub, programa do Ministério da Defesa para
a fabricação de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear.
O primeiro deles deve ficar pronto em julho de 2018.
A ideia é que toda a estrutura montada (só o prédio principal tem 5 mil m²) seja
aproveitada posteriormente para construção de embarcações para exportação.
Cada uma delas chega a custar entre € 500 milhões e € 600 milhões.
Também há possibilidade de oferecer serviços de manutenção, como uma espécie de
oficina de submarinos.
Fonte: Poder Naval
Data da publicação: 28 de novembro
Link: http://www.naval.com.br/blog/2017/11/28/o-globo-brasil-quer-exportar-
submarinos/
O que não foi dito sobre o submarino desaparecido ARA San Juan
Entrevista com Alexandre Galante, editor dos Portais Poder Naval
e Defense Forces
Por Sergio da Motta e Albuquerque
O desaparecimento do submarino argentino ARA San Juan em águas do Atlântico sul
(15/11) trouxe novas e velhas questões de interesse nacional a respeito do papel
estratégico atual dessas embarcações no mundo contemporâneo. O trabalho da grande
imprensa nacional foi superficial , e só os portais especializados da web e algumas
revistas temáticas impressas apresentaram uma cobertura convincente a atualizada
sobre os detalhes mais relevantes sobre a embarcação argentina. Pouca gente sabia que
o navio argentino foi concebida para superar a classe 209, usada pela Marinha do Brasil
e mais alguns países do mundo. E que o ARA San Juan era maior, mais veloz e possuía
maior autonomia que os nossos 5 submarinos. O público também não foi informado que
o ARA San Juan por pouco não recebeu um reator nuclear.
O submarino argentino pertence à classe 1700, feita sob encomenda para a Argentina
nos estaleiros HDW em Kiel, Alemanha e foi comissionado para serviço em 19 de
novembro de 1985 . Ele, e seu irmão ARA Santa Cruz são embarcações maiores e mais
possantes que a linha 209 da Marinha do Brasil – o maior sucesso de vendas deste tipo
de embarcação, com mais de 60 unidades vendidas pelo mundo afora, Brasil incluso. O
tipo 209 de submarinos que o Brasil emprega ainda não está completamente
ultrapassado. A TyssemKrupp Marine Systems (controladora da HDW desde 2005) em
sua página da web ainda divulga a propaganda da série 209 em seu último modelo mais
atual (o 209-1400), e alguns países ainda tem interesse em equipar suas marinhas com
tais meios. O Egito, por exemplo, recebeu um 209-1400 em agosto deste ano do
estaleiro alemão.
Quando eu li pela primeira vez sobre a possibilidade do ARA San Juan receber um reator
nuclear imaginei um sistema poderoso de propulsão como o dos submarinos
americanos, russos ou franceses. Eu estava errado. O que aconteceu na realidade. foi
publicado em detalhes pelo portal “Poder Naval” ( 23/11). O site explicou que o reator
era um pequeno modelo canadense de baixa potência tipo AMPS(N) ( Autonomous
Marine Power Source [Nuclear]), produzido pela firma ECS canadense, e que converteria
o submersível argentino em um submarino AIP, ou seja, um submarino com propulsão
independente da atmosfera, com autonomia para permanecer duas emanas ou mais
submerso. Os submarinos convencionais tradicionais funcionam com motores a diesel
que alimentam baterias elétricas que acumulam energia para movimentá-lo quando
submerso. Quando descarregam, as baterias precisam ser recarregadas pelo motor
diesel e o submarino deve voltar à superfície (ou próximo à ela) para a recarga das
baterias e renovação de oxigênio a bordo.
Os submarinos AIP, a depender do sistema empregado, descem às profundezas com seu
oxigênio à bordo, ou produzem o mesmo submerso. O reator canadense não converteria
o ARA San Juan em submarino nuclear, mas em um AIP. Um submarino AIP pode
permanecer submerso por um tempo muito maior que um convencional, que necessita
voltar a superfície entre 4 e 6 dias, expondo-se a riscos de detecção. O tipo 1700,
desenhado sob medida pelos alemães para a Marinha Argentina, suportava até uma
semana sem precisar subir à superfície.
Nos últimos anos, com a evolução dos sistemas de propulsão para submarinos, os AIPs
parecem não ter concorrência em águas costeiras. São furtivos, muito silenciosos e
ideais para patrulhas nessas águas perigosas nos dias de hoje. Com a ampliação do
tempo de submersão, tais embarcações poderiam por em xeque a fabricação dos caros
submarinos nucleares. Que são muito grandes e barulhentos para a vigia das faixas
costeiras da maioria dos países. Além de não disporem da mesma mobilidade vertical
dos submarinos convencionais. Um submarino nuclear não pode, por exemplo,
mergulhar muito rápido ou esconder-se no fundo do mar e desligar os motores. Um
reator nuclear de propulsão não pode ser desligado a qualquer momento.
Uma das lições que restaram da tragédia na Marinha Argentina foi a capacidade furtiva
do submarino convencional. O submarino desapareceu no dia 15 de novembro, e o
mundo testemunhou a dificuldade em localizá-lo. O ARA San Juan desapareceu por
completo. Todas essas considerações tem levado muitos analistas de defesa a se
perguntarem se o futuro dos submarinos não seria mais nuclear. A evolução das células
de combustível, em um cenário onde as marinhas costeiras tem tido mais trabalho que
as oceânicas, poderia condenar essas embarcações a um lento e gradual declínio. Em
um cenário de guerra assimétrica, onde um poder maior enfrenta um muito menor e
menos equipado, não parece fazer sentido a manutenção de monstros como “Kursk”
russo, ou os enormes “boomers” norte- americanos da classe George Washington,
capazes de destruir o planeta. As ameaças enfrentadas agora parecem demandar
submarinos especializados e menores, e quem sabe, com propulsão à célula de
combustível.
Tais questões são de suma importância para o projeto nacional de submarino nuclear,
uma promessa que a cada dia parece cada vez mais distante da nossa realidade. Ainda
faz sentido produzir uma embarcação tão cara , se hoje podemos navegar 2800
quilômetros sem voltar à superfície, como fez o submarino alemão AIP U-32 em 2006?
Em 2013, o mesmo submarino permaneceu 18 dias submerso, a caminho de exercícios
navais com a marinha norte-americana, informou o site “Fuel Cell Today” (16/5).
Procurei Alexandre Galante, editor dos portais “Poder Naval”, aqui no Brasil, e do
“Defense Forces”, em inglês, para tirar dúvidas sobre nosso projeto nacional de
submarino nuclear. Ainda precisamos de um, quando podemos economizar dinheiro na
compra de um modelo convencional com propulsão AIP, que poder permanecer muito
tempo submerso com custo muito menor? A evolução dos submarinos será mesmo
nuclear, ou os sistemas de propulsão independentes da atmosfera (AIP) são uma
alternativa a considerar?
Entrevista com Alexandre Galante, editor do Portal “Poder Naval” e do “Defense Forces”
Sergio MA: No Poder Naval (23/11) vocês explicam que os canadenses ofereceram aos
argentinos uma unidade AIP nuclear, através de um pequeno reator já usado em
submersíveis de pesquisa e salvamento. Há alguma chance da Argentina ter pensado em
equipar sua armada com um submarino nuclear? O que interrompeu a instalação do
reator no ARA San Juan?
Alexandre Galante: “Sobre essa proposta da ECS de um reator para o TR-1700, só não
me lembro por que o negócio não foi adiante, se por problema econômico da Argentina
ou pressão do Reino Unido sobre o Canadá. A Argentina tinha grande interesse na
propulsão nuclear, principalmente depois da Guerra das Malvinas, assim como a
Marinha do Brasil”.
Sergio MA: Você não acredita que o Brasil poderia mover-se nesta direção proposta
pelos canadenses aos argentinos? Que tal nosso programa nuclear fazer um
“downsizing” e partir par um AIP nuclear como o canadense? Não podemos garantir,
com o avanço das tecnologias AIP, que o futuro dos submarinos será nuclear para
sempre. Ao contrário. O desaparecimento da belonave argentina provou que a
furtividade dos submarinos convencionais (e dos AIPs, principalmente) permanece um
grande problema para as grandes marinhas.
Poderíamos desistir de um reator grande e construir um pequeno AIP nuclear – que não
depende da infraestrutura complexa dos os AIP’s. O que você acha da ideia? Um
submarino com este sistema de propulsão não seria poderia desempenhar o mesmo
papel que um nuclear?
Alexandre Galante: “Os submarinos convencionais com propulsão AIP, com suas
diversas variantes, aumentam bastante a discrição do submarino, e ampliando os
intervalos de utilização do snorkel para renovar as baterias. Mas o submarino continua
com sua grande limitação, que é a baixa velocidade. Um submarino convencional não
pode sair caçando suas presas, ele tem que ficar em pontos focais esperando os alvos
passarem por ele.
Já o submarino de propulsão nuclear tem liberdade de movimentos, ele é mais rápido
que os navios de superfície, portanto tem a iniciativa das ações. Ele é o caçador-
matador, escolhe quando ataca ou foge. O submarino nuclear de ataque HMS
Conqueror ficou sombreando durante dois dias o cruzador argentino ARA General
Belgrano e seus escoltas antes de desfechar o ataque. Um submarino convencional
jamais conseguiria isso.
Então não há comparação, o submarino convencional é como se fosse o peão do jogo
de xadrez, já o nuclear é a Dama, tem movimento ilimitado”.
Sergio MA: Você não acredita que a evolução das tecnologias de propulsão através das
células de hidrogênio ou outra assemelhada possa ameaçar o futuro dos submarinos
nucleares no médio, longo prazo?
Alexandre Galante: “Complementando e respondendo sua última pergunta: os
submarinos convencionais e com AIP nunca vão ameaçar os submarinos de propulsão
nuclear, pois são de categorias diferentes. As potências navais como EUA, Reino Unido
e França abandonaram o uso dos submarinos convencionais e Rússia e China ainda
constroem submarinos convencionais por causa de sua doutrina e geografia.
Países que podem e querem ter os dois tipos de submarinos, convencionais e nucleares,
empregam esses meios de forma complementar, os convencionais em estratégia de
posição e o nuclear na estratégia de movimento.
Os submarinos convencionais operam melhor em águas rasas e costeiras, em pontos
focais e os nucleares em mar aberto, águas azuis. Mas os nucleares terão sempre a
vantagem da grande velocidade de deslocamento e autonomia virtualmente ilimitada,
sem a necessidade de usar o snorkel, que compromete a discrição dos submarinos
convencionais. Os submarinos nucleares podem ficar anos sem precisar trocar o
combustível nuclear e os que estão entrando em serviço atualmente possuem núcleo
(core) de reator que dura toda a vida útil do submarino.
Finalizando, as Marinhas que puderem e quiserem, terão os dois tipos de submarinos,
convencionais e nucleares. Mas as potências navais já abriram mão dos convencionais,
por suas limitações de velocidade, autonomia e discrição, devido à necessidade do uso
periódico do snorkel”.
Notas do autor:
Snorkel: é um mastro com um entrada de ar e tubos de escape para os motores diesel
de um submarino que pode ser estendido acima da superfície da água para que os
motores possam ser operados enquanto o submarino está submerso (do Dicionário
Merrian-Webster).
AIP: “air independet propulsion” – Tradução literal: propulsão independente do ar.
Sistema de propulsão de submarinos que limita a exposição da embarcação à atmosfera
da superfície por tempo consideravelmente maior que a de um submarino diesel-
elétrico convencional.
Fonte: Jornal GGN
Data da publicação: 27 de novembro
Link: https://jornalggn.com.br/blog/sergio-da-motta-e-albuquerque/o-que-nao-foi-
dito-sobre-o-submarino-desaparecido-ara-san-juan-por-sergio-da-motta-e-albuquer
Transferência das instalações do Comando de Defesa Cibernética
ao COTER*
Nessa segunda-feira, 27 de novembro, em Brasília, foi realizada a cerimônia de
passagem das instalações do Comando de Defesa Cibernética (COMDCIBER) e do Centro
de Defesa Cibernética (CDCIBER) para o Comando de Operações Terrestres (COTER).
O evento ocorreu no 3º piso do Bloco "H" do Forte Caxias - Quartel-General do Exército,
sendo presidido pelo Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia, General de
Exército Juarez Aparecido de Paula Cunha.
Por meio da Portaria nº 219, de 30 de maio de 2017, o Estado-Maior do Exército decidiu
concentrar as Organizações Militares de Defesa Cibernética, de modo definitivo, na área
do atual Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica (CCOMGEX), no Setor Taquari,
em Brasília. Dessa forma, estabeleceu-se a data de 31 de dezembro de 2017 para a
conclusão do processo de mudança.
O COMDCIBER e o CDCIBER passarão a funcionar no Forte Marechal Rondon,
compartilhando com o CCOMGEX uma área aproximada de 4500 m². O início das
atividades cibernéticas no novo espaço será celebrado com uma solenidade programada
para o dia 1º de dezembro, às 10 horas.
No espaço cedido pelo COMDCIBER no Forte Caxias, foram implantadas as novas
dependências da 3ª Subchefia do COTER e do Centro de Doutrina do Exército. O
Comandante de Defesa Cibernética, General de Divisão Angelo Kawakami Okamura,
ressaltou que as passagens de instalações de uma OM para outra normalmente ocorrem
por simples atos administrativos.
Porém, sugeriu a realização da cerimônia para marcar "uma mudança de mentalidade,
simbolizando o compromisso de devolver aquilo que nos é confiado guardar em
condições melhores que as recebidas".
Já o Comandante de Operações Terrestres, General de Exército Paulo Humberto Cesar
de Oliveira, comentou que a mudança foi benéfica para todos, "pois concentrou as
atividades do COTER e do COMDCIBER em espaços próximos, contribuindo para as
atividades funcionais de cada um e permitindo melhor assessoramento ao escalão
superior, que é o Exército".
Fonte: Defesanet
Data da publicação: 29 de novembro
Link: http://www.defesanet.com.br/cyberwar/noticia/27822/Transferencia-das-
instalacoes-do-Comando-de-Defesa-Cibernetica-ao-COTER/
Rússia e Brasil firmam acordo sobre construção de usinas
nucleares*
A empresa estatal russa de energia nuclear Rosatom informou
nesta segunda-feira (27) que foi assinado um memorando de
entendimento sobre a cooperação no campo da energia nuclear
com duas empresas de energia brasileiras.
O memorando assinado entre a Rosatom, a Eletrobras e a sua subsidiária Eletronuclear
prevê a possibilidade de construção de uma nova usina nuclear no Brasil.
"A cooperação entre a Rússia e o Brasil vem se renovando nos últimos anos. Nós
estamos implementando projetos no contexto do ciclo do combustível nuclear e da
medicina nuclear. A assinatura deste memorando de entendimento marca uma nova
fase em nossa parceria", afirmou o vice-diretor de desenvolvimento e negócios
internacionais da Rosatom, Kiril Komarov, em nota divulgada nesta segunda-feira (27).
De acordo com ele, "o Brasil tem uma experiência considerável no uso de tecnologias
nucleares e grandes planos para o desenvolvimento de seu setor nuclear".
A nota publicada pela empresa russa destaca também que o acordo entre as partes visa
promover a mútua cooperação no âmbito do uso pacífico da energia atômica, incluindo
a potencial construção de uma nova usina nuclear no Brasil.
"Por outro lado, a Rosatom tem uma expertise única na operação de usinas nucleares e
possui posições de liderança na construção das mais seguras e recomendadas usinas
nucleares baseadas na tecnologia VVER. Este Memorando de Entendimento estabelece
um alicerce para a cooperação bilateral entre os dois países”, conclui a nota da estatal
russa.
Fonte: Sputinik
Data da publicação: 27 de novembro
Link: https://br.sputniknews.com/mundo/201711279939471-russia-brasil-rosatom-
eletrobras-nuclear/