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ISSN 0004-5233 Setembro de 2002 Ano 43 Nº 1322 www.amb.org.br JORNAL DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA Eleuses Vieira de Paiva Presidente Veto do presidente Fernando Henrique Cardoso na LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias provocará redução no orçamento para o setor de Saúde em 2003. Saiba o que as entidades médicas pensam sobre o assunto em matéria na página 12. Médicos de todo o país foram às urnas no dia 29 de agosto e reiteraram, com mais de 90% dos votos, a confiança no trabalho que vem sendo desenvolvido pela atual diretoria da AMB. As eleições na AMB e em todo o sistema Federativo nas págs. 3, 4 e 5. Médicos de todo o país foram às urnas no dia 29 de agosto e reiteraram, com mais de 90% dos votos, a confiança no trabalho que vem sendo desenvolvido pela atual diretoria da AMB. As eleições na AMB e em todo o sistema Federativo nas págs. 3, 4 e 5.

Médicos de todo o país foram às urnas no dia 29 de agosto ... · Veto do presidente Fernando Henrique Cardoso na LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias provocará redução

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Page 1: Médicos de todo o país foram às urnas no dia 29 de agosto ... · Veto do presidente Fernando Henrique Cardoso na LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias provocará redução

ISSN 0004-5233

Setembrode 2002Ano 43Nº 1322

www.amb.org.br

JORNAL DAASSOCI AÇÃO

MÉDI CAB RASI LEI RA

Eleuses Vieira de PaivaPresidente

Veto do presidente Fernando Henrique Cardosona LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias

provocará redução no orçamento para o setor deSaúde em 2003. Saiba o que as entidades médicaspensam sobre o assunto em matéria na página 12.

Médicos de todo o país foram às urnas no dia 29 de agosto ereiteraram, com mais de 90% dos votos, a confiança no trabalho

que vem sendo desenvolvido pela atual diretoria da AMB.As eleições na AMB e em todo o sistema Federativo nas págs. 3, 4 e 5.

Médicos de todo o país foram às urnas no dia 29 de agosto ereiteraram, com mais de 90% dos votos, a confiança no trabalho

que vem sendo desenvolvido pela atual diretoria da AMB.As eleições na AMB e em todo o sistema Federativo nas págs. 3, 4 e 5.

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JAMBJAMBJAMBJAMBJAMB SETEMBRO DE 20022

DIRETORIAPRESIDENTE

Eleuses Vieira de PaivaPRIMEIRO VICE-PRESIDENTE

Lincoln Marcelo Silveira FreireSEGUNDO VICE-PRESIDENTE

Ronaldo da Rocha Loures BuenoVICE-PRESIDENTES

Ronaldo da Rocha Loures Bueno,Remaclo Fischer Junior, Rui Haddad,Lincoln Marcelo Silveira Freire, Neri

João Bottin, Samir Dahas Bittar,Jadelson Pinheiro de Andrade, FlavioLink Pabst, Lineu Ferreira Jucá, José

Luiz Amorim de Carvalho.SECRETÁRIO-GERAL

Aldemir Humberto Soares1º SECRETÁRIO

Amilcar Martins Giron1º TESOUREIRO Edmund Chada Baracat

2º TESOUREIRO:José Alexandre de Souza Sittart

DIRETORES: Cultural - Severino Dantas Filho;

Relações Internacionais - David MiguelCardoso Filho; Científico - Fabio BiscegliJatene; Defesa Profissional - Eduardoda Silva Vaz; DAP - Martinho AlexandreR.A. da Silva; Economia Médica - LúcioAntonio Prado Dias; Marketing - PauloRoberto Davim; Saúde Pública - MauroChrysóstomo Ferreira; Atendimento aoAssociado - Ricardo de Oliveira Bessa;Proteção ao Paciente - Elias F. Miziara;Acadêmico - Jurandir M.R. Filho;

Jamb - Horácio José Ramalho.

DIRETOR RESPONSÁVELHorácio José Ramalho

EDITOR EXECUTIVO César Teixeira (Mtb 12.315)

COLABORAÇÃO E REVISÃOLuciana Leitão

DIAGRAMAÇÃO, EDITORAÇÃO E ARTESollo Comunicação

PUBLICIDADE Américo Moreira Publicações

DEPARTAMENTO COMERCIALFone (11) 3266-6800

TIRAGEM: 60.000 exemplaresPERIODICIDADE: BimestralFOTOLITO: BUREAU OESP

REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃORua São Carlos do Pinhal, 32401333-903 – São Paulo – SP

Fone (11) 3266-6800Fax (11) 3266-9412

E-Mail: [email protected]

Fone (11) 3266-6800, ramal 137Anual R$ 36,00; avulso R$ 3,00.

As colaborações assinadas expressamunicamente a opinião de seus autores,

não coincidindo necessariamentecom as posições da AMB.

Momentooportuno

o final do mês de agosto, médi-cos de todas as regiões do paísforam às urnas e elegeram seus

novos dirigentes para o sistema federati-vo da AMB. Foi, poderíamos assim dizer,a eleição do consenso e da unidade, poisos médicos brasileiros ratificaram, commais de 90% dos votos, a confiança nosrumos da luta por sua dignidade profissi-onal comandada pela Associação MédicaBrasileira.

A ausência de disputa eleitoral na mai-oria dos estados brasileiros pode e deveser enxergada pelo seu lado mais positi-vo: pensamentos e tendências unificaram-se em favor do fortalecimento da classecomo um todo. Confiamos e acreditamostambém que os recentes resultados obti-dos pela categoria nos últimos anos refor-çaram o desejo dessa unidade, selada poruma união histórica entre AMB e Conse-lho Federal de Medicina.

Novos presidentes e dirigentes forameleitos, e que a partir de agora têm a res-ponsabilidade de dar respaldo aos anseiosda categoria, cujas exigências são singe-las: zelar pela ética médica, lutar pela dig-nidade no exercício da profissão, ampa-rar a relação médico-paciente, ou seja,preservar as características indispensáveisao bom e livre exercício profissional damedicina. Gostaria, mais uma vez, de res-saltar a importância da unidade médica emnossas futuras ações. Foi assim que con-quistamos importantes vitórias na últimagestão, e assim esperamos que se repitanos próximos anos. Estamos à disposiçãodos novos presidentes e dirigentes paraque juntos possamos enfrentar futurosdesafios para a classe médica e, princi-palmente, representá-la com a dignidadeque merece.

No próximo mês, será a vez de 116 mi-lhões de eleitores, entre eles cerca de 260mil médicos, que votarão nas eleições de6 de outubro. Estaremos escolhendo, den-tre os vários candidatos, o presidente daRepública, novos governadores, senado-res, deputados federais, estaduais edistritais, sendo estes últimos prerrogati-va apenas de Brasília.

Ao todo serão 18.151 candidatos lutan-do por 1.600 cargos eletivos nos poderesExecutivo e Legislativo nacional e tam-

bém nos Estados. Na disputa pelas 513vagas na Câmara Federal, por exemplo,concorrem 4.855 candidatos, cerca de1.200 postulantes a mais que os inscritosna eleição anterior, em 1998. Quanto aoSenado, 343 candidatos disputam apenasdois terços das cadeiras que serão reno-vadas, sendo duas por Estado e duas doDistrito Federal, pois os 81 senadores res-tantes ainda cumprem mandato de quatroanos. Nos Estados, os governos serão dis-putados por 213 pretendentes e 13.289candidatos concorrem as 1.059 vagas dedeputados estaduais e distritais.

De acordo com o Tribunal SuperiorEleitoral, dos 18.151 candidatos a todosos cargos em disputa, 851 são médicos. Éum número considerável, que, se eleitos,poderiam tornar-se importantes aliados ereforçar a nossa luta por melhores condi-ções no atual sistema de saúde do país.Desde o final do ano passado, após en-contro que reuniu os principais segmen-tos do movimento médico nacional, emManaus, a categoria decidiu se posicionarno processo eleitoral que se aproxima,rompendo o antagonismo existente háanos. Já tivemos oportunidade de expres-sar nossa convicção que o desgaste destepartidarismo será muito menor do que adesmobilização que fragmentou a cate-goria nos últimos anos. Essa mobili-zação política, como a chamamos, ésuprapartidária e seu pacto é apoiar can-didatos compromissados com respeito àcidadania, aos valores humanitários e aosetor de saúde. Sem força política nãoexiste representatividade e, com certeza,nossos sonhos e lutas somente se materi-alizarão ao conquistarmos fortes e im-portantes aliados na esfera parlamentar.O exemplo de cidadania demonstrado pe-los médicos nas eleições de 29 de agostomerece ser repetido agora em outubro. Éum momento oportuno, pois eleger can-didatos comprometidos com a saúde podeser um avanço no sentido de preservar oprestígio, fortalecer a dignidade profis-sional, resguardar o futuro da nossa pro-fissão e dar continuidade à nossa lutapor melhores condições de assistência àpopulação.

Eleuses Vieira de PaivaPresidente da AMB

CARTAS

Medalha Prof. Jairo RamosFoi com grande satisfação que re-

cebi o certificado da Medalha JairoRamos em dezembro do ano passa-do. Este é um grande momento naminha vida, como o é para qualquermédico que se dedica à assistência,docência e à pesquisa médica emnosso país. Todos sabemos que emgeral não há valorização do trabalhoisento de interesse maior e oimediatismo é o que comanda a vidaprofissional. Quando se fala em pro-gresso e melhoria de qualidade vida,temos que pensar em objetivos bemtraçados (a maior parte deles basea-da em nossos sonhos!), busca demeios para alcançá-los e, fundamen-talmente, perseverança.

Um prêmio como este é a com-provação de que os objetivos sonha-dos foram alcançados, o que nos dáforças para sonhar mais alto. Porisso, agradeço a Associação MédicaBrasileira, ao presidente, Dr.Eleuses, ao Secretário-Geral, Dr.Aldemir, por serem os emissários detal honraria.

Oswaldo MalafaiaCuritiba – PR

Associação Médica MundialA atuação da delegação brasileira

na última reunião da AMM, na Fran-ça, demonstrou mais uma vez o quetodos nós brasileiros desejamos: queo conflito desumano do Oriente Mé-dio tenha um fim e que todas as par-tes ali envolvidas possam, mais umavez, contribuir para a evolução do

EDITORIAL

CIRCULAÇÃO: OUTUBRO/2002

planeta, dando seu exemplo de ética,princípios morais e amparo aos me-nos afortunados. Assim, como pre-gam as religiões que dali surgiram.Os médicos brasileiros só podem sesentir honrados com a firme atuaçãoda nossa Associação, que deixou bemclaro que as guerras não podem serpretexto para que sentimentos racis-tas vençam, excluindo um dos litigan-tes de foros internacionais. Em outu-bro de 1999, em Israel, quando láestive como delegado da AMB rei-vindicando o retorno da entidade àAssociação Médica Mundial, senti-mos que a entidade internacionaldeve estar acima dos conflitos, pro-curando através de sua represen-tatividade salvar e minimizar o so-frimento das vidas envolvidas nessasguerras. Manifesto meu carinho a to-dos os integrantes da Diretoria daAMB que saberão seguir firmes noobjetivo de resgatar a dignidade domédico brasileiro.

Isaias LevyPorto Alegre - RS

PediatriaO Departamento de Neonatologia

da Sociedade Brasileira de Pediatriarecomenda a utilização do termo“Unidade Neonatal”, em substituiçãoao termo “berçário”, em todos os do-cumentos que façam referência aomesmo, por considerar que este sejamais adequado.

Lincoln Marcelo Silveira FreirePresidente da Sociedade Brasileira

de Pediatria

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JAMBJAMBJAMBJAMBJAMBSETEMBRO DE 2002 3

Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 270 – Vl. MarianaSão Paulo – Brasil – Cep: 04014-000 – Fone (11) 5579-4256/5579-4403/5571-9572

Fax (11) 5575-8523 – E-mail: [email protected]

Clín ica David ErlichFUNDADA EM 1972

ONCOLOGIA / QUIMIOTERAPIA

Diretor Clínico: Dr. David Erlich (CRM 91 93)

M. do Conselho Consultivo Internacional da The Chemotherapy Foundation, Inc. New York, USA

Consultor Científico: Prof. Rodrigo Erlich, MD

Chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Bayview Campus

Johns Hopkins University, Baltimore, MD, USA

Eleuses Paiva é reeleito

édicos de todo o Brasildepositaram na chapa“AMB para os Médi-

cos” a confiança para dirigir a As-sociação Médica Brasileira nospróximos três anos. Na apuração,ainda extra-oficial, o candidato àpresidência, Eleuses Vieira dePaiva, teve a aprovação de 93,84%dos votos válidos em todo o País(acompanhe, na página cinco, osnúmeros estado por estado).

Em São Paulo, o maior colégioeleitoral do Brasil com cerca de 20mil votantes, no dia da eleição, 29de agosto, o Jamb acompanhou avotação nos principais hospitais dacapital paulista, que contou com 28postos de votação. O clima estavatranqüilo na maioria dos locais devotação em São Paulo. Os médicosque estiveram no Hospital das Clí-nicas, no Hospital São Paulo e noHospital do Servidor Público Esta-dual foram unânimes em ressaltara importância da votação como for-ma de exercer a cidadania, e mos-traram-se bastante satisfeitos como trabalho que vem sendo realiza-do pela AMB.

O candidato à reeleição na As-

sociação Paulista de Medicina, JoséLuiz Gomes do Amaral, votou noHospital São Paulo, da Unifesp(Universidade Federal de São Pau-lo/ Escola Paulista de Medicina),onde é docente na Disciplina deAnestesia.

“A participação dos médicos éabsolutamente essencial no mo-mento em que se escolhe seus re-presentantes. Significa a aprovaçãodas iniciativas que vem sendo to-madas e o incentivo para que con-tinuemos no mesmo caminho”, dis-se José Luiz. Ele falou também so-bre a expectativa de presidir maisuma gestão da APM. “Iremos con-solidar muitas conquistas que foramobtidas até o presente momento.Ampliaremos muito nossa esfera deação, particularmente no que tangea integração da classe médica nocontexto social”.

No mesmo hospital também vo-tou o atual presidente da Sociedade

Brasileira de Dermatologia,Fernando Augusto de Almeida.“Votar é um ato democrático. Équando o cidadão exerce seu devercívico. É com muito prazer que de-posito meu voto, pois, apesar de serchapa única, são representantes dig-nos da medicina brasileira”.

Ainda no Hospital São Paulo,depositaram também seus votosAngelo Amato Vincenso Paola, che-fe da disciplina de Cardiologia daUnifesp; Krikor Boyaciyan, médi-co obstétra da Unifesp e RimarcGomes Ferreira, patologista, pro-fessor da Unifesp. Segundo Rimarc,mesmo com chapa única, a partici-pação da categoria é importante.

“É assim que exercemos nossodireito e poderemos cobrar algoposteriormente”, disse. Para ele,que acompanha de perto o trabalhoda AMB, a entidade tem executadomuito bem o papel de representar aclasse médica, principalmente jun-

to aos órgãos superiores. “Acreditoque, desta forma, poderemos me-lhorar muito a assistência à saúdeno país”.

Na opinião de Angelo, a AMBvem realizando um excelente traba-lho. “Votar é importante, pois da-mos um apoio a quem dedica umtempo precioso de sua vida para amelhora progressiva da nossa pro-fissão”, falou. O obstétra Krikortambém concorda.

“É lógico que há muitas metasa serem atingidas, mas acredito que,num contexto global, podemos di-zer que estamos satisfeitos com asações realizadas pela AMB”, co-mentou.

Quem compareceu ao Hospitaldo Servidor Público Estadual paravotar foi Eurípedes Carvalho, dire-tor do Sindicato dos Médicos doEstado de São Paulo. Para ele, éfundamental que os médicos com-pareçam e renovem seus compro-

missos com os representantes dasentidades médicas. “As eleições sãoum processo de legitimação dasnossas entidades”, comentou. Eletambém elogiou a gestão de EleusesPaiva nos últimos três anos à frenteda AMB. “Foi um período impor-tante em que se conseguiu trabalharem conjunto com entidades médi-cas nacionais e lutar por questõesfundamentais para os médicos,como a defesa de condições dignasde trabalho junto aos planos de saú-de e da saúde pública, do direito àsaúde do cidadão”.

Júlio Rafael Mariano da Rocha,médico cirurgião do aparelho diges-tivo, esteve no Hospital das Clíni-cas, onde trabalha há 30 anos, paradepositar seu voto. Ele tambémmostrou-se satisfeito com as açõesda AMB.

“Esta última gestão foi muitoativa e bastante positiva porque so-mou muito para a classe médica. OEleuses tem tido um desempenhomuito bom e espero que ele conti-nue nesta bela trajetória como re-presentante nacional da classe mé-dica. Ele conta com nossa total con-fiança”, comentou.

RimarcGomesFerreira

Eurípedes Carvalho José Luiz Gomes do Amaral

Eleuses Paivavotou naSociedade deMedicina eCirurgia deS. J. R. Preto

Krikor Boyaciyan

Julio Rafael Mariano da RochaAngelo Amato V. Paola

FernandoAugusto de

Almeida

Fotos: Osmar Bustos

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JAMBJAMBJAMBJAMBJAMB SETEMBRO DE 20024

diretoria da AMB,eleita para o triênio2002/2005, será em-

possada na noite do dia 11 deoutubro, em cerimônia oficial aser realizada em São Paulo, jun-tamente com a posse da nova di-retoria da Associação Paulistade Medicina.

No mesmo dia, pela manhã,a Assembléia dos Delegadosestará reunida no sentido dehomologar a eleição realizada,empossar a nova diretoria,eleger e efetivar a posse dos in-tegrantes do Conselho Fiscal(veja no quadro ao lado oscandidatos).

Embora o prazo para as Fede-radas enviarem à AMB a ata comos resultados oficiais das eleiçõesrealizadas em cada Estado fosse

Posse será em outubro

até 20 de setembro, muitas delasapresentaram os resultadosoficiais antes do previsto. Foi ocaso da Associação Paulista deMedicina, que duas horas após avotação já havia dado início àapuração (foto acima). OutrasFederadas que também já apre-sentaram os resultados finaisforam Pará, Bahia, Alagoas,Ceará, Rio Grande do Sul,Brasília, Rio Grande do Norte,entre outras.

Após o recebimento de todasas atas oficiais das Federadas, aComissão Eleitoral da AMB pro-videnciará a ata final das eleiçõesa ser submetida ao ConselhoDeliberativo, em reunião marcadapara o dia 10 de outubro, em SãoPaulo, para proclamação do seusresultados.

DIRETORIA ELEITA DA AMB - TRIÊNIO 2002/2005Presidente Eleuses Vieira de Paiva SPSecretário-Geral Edmund Chada Baracat SP1º Secretário Aldemir Humberto Soares SP1º Tesoureiro Amilcar Martins Giron SP2º Tesoureiro José Alexandre de Souza Sittart SP1º Vice-presidente Lincoln Marcelo Silveira Freire MG2º Vice-presidente Ronaldo da Rocha Loures Bueno PRVice-presidente - Centro Ranon Dominguês da Costa DFVice-presidente - Centro-Oeste Ricardo Saad MTVice-presidente - Norte Carlos David Araújo Bichara PAVice-presidente - Norte-Nordeste Florentino de Araújo Cardoso Filho CEVice-presidente - Nordeste Flávio Linck Pabst PEVice-presidente - Leste-Nordeste Lúcio Antônio Prado Dias SEVice-presidente - Leste-Centro José Guerra Lages MGVice-presidente - Leste-Sul J. Samuel Kierszenbaum RJVice-presidente - Centro-Sul José Luiz Gomes do Amaral SPVice-presidente - Sul Remaclo Fischer Junior SCDiretor do D.A.P. Martinho Alexandre R. A. da Silva RSDiretor Cultural Severino Dantas Filho ESDiretor de Defesa Profissional Eduardo da Silva Vaz RJDiretor de Relações Internacionais David Miguel Cardoso Filho MSDiretor Científico Fábio Biscegli Jatene SPDiretor de Economia Médica Marcos Pereira de Ávila GODiretor de Saúde Pública Samir Dahas Bittar GODiretor do JAMB Horácio José Ramalho SPDiretor Acadêmico Elias Fernando Miziara DFDiretor de Atendimento ao Associado Ricardo de Oliveira Bessa SPDiretor de Proteção ao Paciente Jurandir Marcondes Ribas Filho PRDiretor de Marketing Roque Salvador Andrade e Silva BA

CANDIDATOS AO CONSELHO FISCALEFETIVOS SUPLENTES

José Victor Maniglia SP João Modesto Filho PBValdeci Ribeiro de Carvalho PI Luiz Alberto Góes Muniz ACCleber Costa de Oliveira AL Eudes Kang Tourinho ROAristóteles Comte A. Filho AM Edilson Carlos de Souza RNCarlos Gilberto Crippa SC Maria do Carmo S. Chagas MA

Apuração dos votos das eleições AMB/APM na sede da Associação Paulistade Medicina: contagem teve início logo após o encerramento da votação

Cerimônia oficial acontecerá em conjunto com a posse da nova diretoria da APMOsmar Bustos

pag-4-jamb 26/09/2002, 11:494

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JAMBJAMBJAMBJAMBJAMBSETEMBRO DE 2002 5

SÃO CAMILO-

REPETE

as 26 Federadas onde ocor-reram eleições – a direto-ria da Associação Médica

do Amapá tem mandato até 2003 –em apenas uma houve disputa elei-toral: em Sergipe, que elegeu, pelachapa “Renovação”, o médicoRoberto Queiroz Gurgel para pre-sidir a Sociedade Médica deSergipe. Os resultados publicadosnesta página são apenas parciais (re-cebidos até o dia 06/09/02) e, por-tanto, extra-oficiais, pois asFederadas teriam prazo até 20 desetembro para o envio de suas res-pectivas atas das eleições.

Nos demais Estados, as eleiçõesocorreram com candidato único emcada Federada, com expressivaparticipação dos associados nopleito (confira os percentuais na ta-bela ao lado ). No Acre, o resulta-do indicou Luiz Alberto de GoesMuniz, da chapa “Valorizar”. EmAlagoas, Cléber Costa de Olivei-ra foi reeleito para presidir a SMA,com a chapa “A Luta Continua”.A chapa “Consenso”, encabeçadapor Aristóteles Comte Alencar, foia eleita no Estado do Amazonas.Na Bahia, José Carlos Raimundo,da chapa “Luta Sem Fronteiraspela Saúde”, passa a presidir aABM. Em Brasília, José LuizDantas Mestrinho foi o escolhidopela chapa “Integração eInteração”. No Ceará, Florentinode Araújo Cardoso Filho, integran-do a chapa “Projeto para um gran-de futuro”, foi reeleito para o Cen-tro Médico Cearense. No Espíri-to Santo, a chapa única “Compro-missos” elegeu como novo presi-dente Hélio Barroso dos Reis. EmGoiás, Eizechson Brasil Gomes foi

o escolhido pela chapa “Integraçãoe Interiorização”. No Estado doMaranhão, a chapa “Reviver” ele-geu Gutemberg Fernandes de Araú-jo à presidência da Soma. “Conti-nuar a crescer” foi a única chapainscrita no Mato Grosso, que ele-geu João José de Matos. O MatoGrosso do Sul elegeu Flávio Re-nato Rocha de Lima, que encabe-çou a “Chapa 1”. Em Minas Ge-rais também não houve disputaeleitoral, sendo eleito CastinaldoBastos Santos, da chapa “Tradiçãocom Renovação”. O Pará escolheuCélia Khouri Marinho, com a cha-pa “União Médica”. Wilberto Tri-gueiro foi o reeleito na Paraíba,com a chapa “Trabalho e Compe-tência”, enquanto que Cláudio L.Pereira da Cunha será o novo pre-sidente da Associação Médica doParaná, escolhido pela chapa“União e Participação”. EmPernambuco, Adriano Ernesto deOliveira foi reeleito para a SMP, omesmo ocorrendo com RobervalLeite no Estado Piauí e J. SamuelKierszenbaum no Rio de Janeiro.No Rio Grande do Norte, Geral-do Ferreira Filho liderou a chapa“União Médica”, sendo eleito, en-quanto que no Rio Grande do Sul,Newton Barrros, da chapa“Integração”, foi o escolhido paraa presidência da Amrigs. AparícioCarvalho de Moraes, candidato dachapa “União Médica”, foi eleitoem Rondônia, e Viriato João Lealda Cunha o escolhido para dirigira ACM, em Santa Catarina. EmRoraima, Paulo Ernesto Coelhode Oliveira foi reeleito à AMR, omesmo ocorrendo com José LuizGomes do Amaral, em São Paulo.

Federadas mantêm unidadeA exemplo da AMB, também nas

Federadas o clima foi de unidade.Nos 26 Estados em que ocorreram

eleições, somente em Sergipehouve disputa eleitoral.

RESULTADO OFICIAL DAS ELEIÇÕESPorcentagem comparativa entre o número de votantes e votos válidos para a AMB eFederadas nos respectivos Estados, recebidos até o dia 20/09/02.ESTADO CHAPA “AMB PARA OS MÉDICOS” FEDERADAAcre 100% 100%Alagoas 100% 100%Amazonas* - -Bahia 98,07% 98,16%Brasília 95,49% 91,57%Ceará 94,74% 94,74%Espírito Santo 94,25% 100%Goiás 95,74% 88,48%Maranhão 100% 100%Mato Grosso 94,29% 92,31%Mato Grosso do Sul 100% 100%Minas Gerais 95,98% 95,88Pará 100% 100%Paraíba 98,96% 98,96%Paraná 96,07% 97,09%Pernambuco 100% 100%Piauí 93,81% 96,46%Rio de Janeiro* - -Rio Grande do Norte 97,50% 100%Rio Grande do Sul 93,04% 81,90%Rondônia 71,43% 100%Roraima 85,71% 92,86%Santa Catarina 93,19% 96,38%São Paulo 94,82% 95,40%Sergipe (Chapa Integração e Valorização) 85,39% 40,23%Sergipe (Chapa Renovação) 85,39% 59,77%Tocantins* - -Média 94,42% 90,57%

* Não divulgado pela Federada

Eleições AMB/Federadas em todoo Brasil: classemédica foi às urnaspara escolher seusnovos dirigentes

Osmar Bustos

pag-5-jamb 26/09/2002, 11:525

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JAMBJAMBJAMBJAMBJAMB SETEMBRO DE 20026

cidade de Aracaju recebeu,dias 2 e 3 de agosto, as maisimportantes lideranças do

movimento médico nacional paradiscutir os principais problemas dasaúde no país. O encontro reuniu adiretoria plena e semi-plena da As-sociação Médica Brasileira (foto aci-

ma), o Conselho Deliberativo, forma-do pelos presidentes de todas asFederadas e os presidentes de 14 So-ciedades de Especialidade, o presiden-te do Conselho Federal de Medicina,Edson de Oliveira Andrade, e repre-sentantes do Diretório Nacional dosEstudantes de Medicina e Centro Aca-

dêmico de Medicina.No primeiro dia do encontro, mem-

bros do Conselho Deliberativo discu-tiram vários assuntos constantes napauta da reunião: Clube Médico, Fun-dação Associação Bahiana de Medi-cina, Calendário Eleitoral, programa-ção para reuniões para a gestão 2002/

Médicos reunidos em Aracaju2005, pesquisa Datafolha sobre os pi-ores planos de saúde, ClassificaçãoHierarquizada de Procedimentos Mé-dicos, proposta de instalação de cor-tes arbitrais de saúde nos Estados,apresentação do livro “Projetos Dire-trizes AMB/CFM”, carta dos médicosbrasileiros aos candidatos nas eleiçõesde 2002, além de informes dos presi-dentes da AMB, Eleuses Paiva, e doCFM, Edson Andrade.

Outro assunto discutido durante areunião foi o pequeno índice de re-passe de aumento aos médicos novalor das consultas por parte das ope-radoras de saúde, conforme autoriza-ção da Agência Nacional de SaúdeSuplementar.

“Será necessário encontrar meca-nismos para que o aumento autoriza-do pela ANS chegue ao médico”, afir-mou o presidente da AMB, EleusesPaiva. “Poucas empresas repassaramo índice aprovado, por isso será pre-ciso encontrar uma solução rapida-mente para o assunto”.

O presidente do CFM, EdsonAndrade, informou que dentro de doismeses estará finalizada a revisão da“Pesquisa Perfil do Médico”. Na edi-ção anterior, foram ouvidos 180 milmédicos e nesta revisão espera-se,com o auxílio da internet, aumentaro universo de médicos entrevistados.

“Hoje temos condições de desen-volver um trabalho mais abrangente,com maior leque de informações. Paraisso, será necessário o apoio de todasas entidades no momento da sua di-vulgação”, explicou Edson Andrade.

Embora não fizesse parte da pautada reunião, também foi discutido a de-cisão do governo, através do veto pre-sidencial à Lei de Diretrizes Orçamen-tárias para 2003, que orienta a elabo-ração da proposta do orçamento daUnião para o próximo ano, retirandoR$ 1,5 bilhão dos recursos do Minis-tério da Saúde em 2003. Este valor re-fere-se ao cálculo dos recursos míni-mos que o governo federal tem quedestinar ao setor, conforme regras daEmenda Constitucional nº 29. No anopassado, o governo, seguindo orien-tações do Ministério da Fazenda, já

PALESTRA - As propostas dasentidades médicas, inseridas na“Carta dos médicos brasileiros aoscandidatos nas eleições de 2002”,foi o tema da palestra que os presi-dentes da AMB e CFM, EleusesPaiva e Edson Andrade, fizeram àclasse médica sergipana, na noitedo dia 2 de agosto, no auditório daCâmara dos Dirigentes Logistas,em Aracaju. O documento contémum conjunto de propostas para aárea da saúde, de interesse dos mé-dicos e da sociedade, e que já foientregue a candidatos à presidên-cia da República. “Pela primeiravez os médicos têm uma pauta mí-nima de reivindicações, que deve-rão ser analisadas e implementadaspelos futuros dirigentes, atenden-do assim anseios da categoria e dasociedade como um todo”, afirmouEleuses Paiva. “Este documentobusca tratar a saúde com serieda-de e respeito. É o nosso compromis-so social, de cidadania, que vai alémda nossa obrigação profissional”,completou Edson Andrade.

havia tentado um corte no valor deR$ 6 bilhões no orçamento, cumula-tivo para os próximos três anos. Naépoca, a Associação Médica Brasi-leira, com o apoio de entidades mé-dicas nacionais, questionou a decisãoentrando com uma Ação Direta deInconstitucionalidade. Em julhodeste ano, um despacho do presiden-te Fernando Henrique Cardoso aca-bou revogando a decisão.

“Como da vez anterior, a AMB,juntamente com outras entidadesmédicas, está tomando providênciaspara reverter essa situação. Não po-demos aceitar esse corte no orçamen-to”, sentenciou Aldemir HumbertoSoares, Secretário-Geral da AMB.

Julio Sanderson, sócio-fundador da AMB e autor do livro “40 anosde Associação Médica Brasileira”, faleceu dia 29 de julho de 2002.Sanderson foi diretor cultural da AMB de 1989 a 1991, e da Sociedadede Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro de 1998 a 2002. O cirurgiãogeral, que também era membro emérito do Colégio Brasileiro de Ci-rurgiões, exerceu o cargo de secretário de saúde do Rio de Janeiroe de planejador do Ministério da Saúde no governo Itamar Franco.Foi presidente da Academia Brasileira de Médicos Escritores e publi-cou diversos livros, entre eles “Heróis de Curar”.

Julio Sanderson

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CRIANÇA E DOCRIANÇA E DOCRIANÇA E DOCRIANÇA E DOCRIANÇA E DOADOLESCENTEADOLESCENTEADOLESCENTEADOLESCENTEADOLESCENTE

Prof. Dr. A. Sergio PetrilliCRM 16.434

Drª Eliana M. CaranCRM 39.137

Drª Nasjla S. SilvaCRM 42.988

Dr. Flávio Augusto LuisiCRM 46.240

Drª Maria Lúcia LeeCRM 60.209

Maurício Barreto

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JAMBJAMBJAMBJAMBJAMB 7SETEMBRO DE 2002

REAL FILMENOVO

epresentantes da AMB par-ticiparam, no mês de julho,do workshop “How to

Teach Evidence-Based Medicine”,organizado pelo Oxford Centre onEvidence Based Medicine -University of Oxford, na Inglaterra.O objetivo do encontro foi promo-ver o aprendizado de diferentes for-mas de ensinar a prática da medici-na baseada em evidência científica.

Moacyr Nobre e Wanderlei Mar-ques Bernardo, que participaram doworkshop, desenvolveram os seustrabalhos em grupos diferentes, oque possibilitou estender o grau deobservação e integração com parteexpressiva dos inscritos no evento.Na oportunidade, apresentaram otrabalho prático desenvolvido peloProjeto Diretrizes da AMB/CFM.Eles também doaram o primeiro vo-lume do projeto, contendo 40 dire-trizes, à biblioteca do Centro de Es-tudos e aos organizadores do encon-tro.

“Em nossa avaliação, ametodologia escolhida para desen-volvimento dos trabalhos foi bastan-te produtiva, principalmente nas ses-sões de pequenos grupos e ativida-des práticas de pesquisa em bases dedados informatizadas”, comentaWanderlei Marques. “Outro resulta-do positivo foi a cooperação entreos médicos de diversos países no de-senvolvimento de atividades de en-sino, treinamento e elaboração dediretrizes em suas instituições,incluíndo estâncias governamentaisde saúde”, completa Moacyr Nobre.

Com os fundamentos do encon-tro, os representantes da AMB, quesão responsáveis técnicos pelo Pro-jeto Diretrizes, pretendem reprodu-zir o aprendizado com o intuito dedisseminar a informação e ametodologia aprendidas, desenvol-vendo uma atividade semelhantesobre “Como Elaborar DiretrizesBaseadas em Evidências”, para pos-sibilitar a aquisição de conhecimen-

AMB aprimora oProjeto Diretrizestos pelas Sociedades filiadas àAMB, e fundamentar a base de re-cursos humanos necessária para aelaboração de Diretrizes Baseadasem Evidências Científicas.

Primeira faseCom a impressão do primeiro vo-

lume do Projeto Diretrizes AMB/CFM, contendo 40 Diretrizes, foiencerrada a primeira fase do projeto.O exemplares serão distribuídos paratodos os hospitais públicos, bibliote-cas, Faculdades de Medicina e outrasentidades ligadas ao setor de saúde.A AMB e o CFM trabalham agora naelaboração do segundo volume, quedeverá conter 60 novas diretrizes,totalizando 100, que contemplará oacordo firmado com o Ministério daSaúde. Ao final do trabalho, previstopara o final de outubro, todas as Di-retrizes produzidas serão reunidasnum CD-ROM e distribuídas a todosos médicos brasileiros.

Mercosul debate EspecialidadesRepresentando o Brasil na reu-

nião da Comissão de Integração dosMédicos do Mercosul (CIMS), ovice-presidente da região Sul da As-sociação Médica Brasileira,Remaclo Fisher Júnior, esteve noParaguai dia 26 de julho para dis-cutir questões gerais em relação aatual situação da Medicina no Bra-sil, Paraguai, Uruguai e Argentina.Os temas discutidos foram planosde saúde, certificação de especiali-

dades, ensino médico, entre outros.Segundo Remaclo, foi preciso

abrir uma discussão sobre a unifor-mização do exercício da especiali-dade entre os quatro países. Na Ar-gentina ainda não existe um consen-so interno sobre quem outorga oTítulo de Especialista. Quem rece-be o certificado em Buenos Aires,por exemplo, só poderá exercer aespecialidade por lá. No Paraguaihá divergência entre as Sociedades

Parceria com o INCA

de Especialidade e as Faculdades deMedicina, pois ambas querem serresponsáveis pela emissão dos Tí-tulos. Já no Uruguai e no Brasil, asituação está resolvida.

“Foi uma reunião bastante obje-tiva e oportuna. Decidiu-se comu-nicar ao Subgrupo de Trabalho - 11a necessidade dos países membrosuniformizar seus mecanismos decertificação de especialistas”, expli-cou Remaclo.

A AMB formalizou parceria com oINCA – Instituto Nacional do Câncer,órgão do Ministério da Saúde, e agorapassa a integrar o Programa Nacionalde Controle do Tabagismo. O objetivoprincipal da AMB no Programa, que seráimplementado pela Coordenadoria Na-cional de Prevenção do Tabagismo, serámobilizar a classe médica na prevençãodo tabaco.

Numa primeira etapa, os 250 milmédicos do país receberão cartas in-formativas do Programa e tambémum questionário sucinto para efetivaro desejo de participação. Aos médi-cos que aderirem, será encaminhadoum folheto com detalhes eaplicabilidade do Programa.

O método aconselhado, a ser utili-zado pelos médicos, prevê o procedi-mento chamado ‘aconselhamento mí-

nimo’. A proposta é que os médicosorientem os pacientes fumantes sobreos malefícios do tabaco. A expectati-va é de que, se em uma primeiraetapa, aderirem apenas 20% dosmédicos (50 mil), e se em mé-dia cada um conseguir anual-mente 10 abandonos de taba-co, serão 500 mil que aban-donarão o vício. Implantadonos Estados Unidos, o mes-mo tipo de programa mobi-lizou 100 mil médicos e osnúmeros indicam que 2 mi-lhões de pessoas conseguiramdeixar o vício.

A Comissão Nacional de Honorários Médicos, em reuniãorealizada em 05.07.2002, considerando que não compete àAssociação Médica Brasileira definir honorários de profissionaisde saúde não-médicos, decidiu tornar sem efeito a NormativaCNHM/007, expedida em 31.07.86, relativa à regulamentação parainclusão remunerada de instrumentador(a) nas equipes cirúrgicas.No entanto, a CNHM reconhece a necessidade da participação doinstrumentador(a) no ato cirúrgico, e entende que os honorários desteprofissional devem ser acordados entre seus órgãos representativose as entidades contratantes de serviços.

São Paulo, 10 de julho de 2002Comissão Nacional de Honorários Médicos

Dr. Eleuses Vieira de PaivaPresidente

COMISSÃO NACIONAL DEHONORÁRIOS MÉDICOS

COMUNICADO OFICIAL CNHM Nº 001/2002

pag-7-jamb 26/09/2002, 11:567

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JAMBJAMBJAMBJAMBJAMB SETEMBRO DE 20028

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Cartões de Descontos,novo alvo da ANS

reocupadas com as irregula-ridades de empresas quevêm atuando como se fos-

sem planos de saúde, por meio davenda de cartão de desconto, enti-dades médicas e de defesa do con-sumidor, que integram a Câmara deAssuntos Suplementares da Agên-cia Nacional de Saúde Suplemen-tar (ANS), solicitaram da ANSmaior fiscalização no setor.

O assunto foi discutido na últi-ma reunião realizada na ANS, pelorepresentante da AMB, SamirBittar.

“Essas empresas oferecem pro-dutos irreais com promessas fabu-losas para atrair a adesão de usuári-os”, salienta Bittar. “É preciso umaação enérgica da ANS para comba-ter essa modalidade”, afirma. “É as-sustador o fato de empresascomercializarem através destes car-tões todo o tipo de procedimentosem nenhuma responsabilidade coma assistência”, completou Edson deOliveira Andrade, presidente doConselho Federal de Medicina, quetambém participou do encontro.

Atualmente vem crescendo onúmero de empresas no mercadovendendo cartões de desconto nasáreas de lazer, cultura, turismo eserviços funerários. A preocupa-ção maior das entidades, no entan-to, é que os descontos tambémestão ligados aos serviços de saú-de, pois as empresas estãocomercializando produtos seme-lhantes aos dos convênios, sempermissão da ANS para atuaremneste setor e não respeitando a leidos planos de saúde. Além disso,o consumidor encontra dificulda-des em cancelar o serviço, não hácópias de recibo que comprovemdescontos e existe até promessa deemprego. A Fundação Procon deSão Paulo já recebeu 80 denúnci-as contra as empresas que ofere-cem este tipo de serviço.

“Queremos que a ANS legalizeou feche essas empresas. Atualmen-te não possuem autorização da ANSpara oferecer esse determinado tipode serviço”, acrescentou Lúcia He-lena Magalhães, diretora assistentedo Procon, entidade representante

dos consumidores na reunião.Rol de Procedimentos

Já na Câmara Técnica de Assun-tos Médicos, o assunto em pauta foia revisão do rol de procedimentoscom cobertura obrigatória pelosplanos e seguro-saúde.

“A idéia principal é discutir apossibilidade de inclusão de novosprocedimentos, garantindo aos usu-ário acesso à recente tecnologia etambém, se for o caso, excluir ou-tros procedimentos”, explica Bittar.

Para isso, Bittar pretende envol-ver todas as Sociedades de Especi-alidade integrantes do Conselho Ci-entífico da AMB, no sentido de re-alizar uma ampla revisão nesse rol.

“É importante que todas partici-pem deste processo, pois será umagrande oportunidade para ampliar-mos o número de procedimentos e,da mesma forma, oferecer novaspossibilidades para o usuário rece-ber assistência de qualidade”, com-pleta Samir.

ReajustesOutra preocupação das entida-

des médicas junto à ANS é comrelação aos índices de aumentosautorizados às empresas operado-ras de planos e seguro-saúde. Atéagora, 29,9% das operadoras de-cidiram reajustar em 9,39% suasmensalidades. As demais (70,1%)preferiram optar pelo aumento de7,69%. O reajuste maior foi con-dicionado ao aumento de 20% norepasse aos valores das consultasaos médicos (quadro abaixo).

A relação completa das empre-sas e seus respectivos reajustes en-contra-se disponível no site da ANS(www. ans.gov.br). No ícone “Ca-nal do Médico” também é possívelrealizar denúncias de irregularida-des contra operadoras que não te-nham cumprido as determinaçõesda resolução em vigor.

Bradesco, Cigna, Golden Cross,HSBC, Marítima, Sul América,Porto Seguro, Itaú Seguros eMedial, além de 108 Unimed’s, in-tegram a lista de um total de 306empresas que optaram pelo reajus-te de 7,69%.

Segundo a ANS, até o momen-to, 131 operadoras optaram peloreajuste de 9,38%, incluindo Amil,Interclínicas, Omint, Classes Labo-riosas e 54 Unimed’s.

“Precisamos encontrar mecanis-mos de forma que esse reajuste in-tegral chegue a todos médicos”,afirma Samir Bittar. Estamos estu-dando algumas opções para rever-ter esse quadro”, completa.

Irregularidadesdos Cartões de

Descontos

Entenda o reajuste

7,69%Para planos que não

reajustassem o valor que

pagam para os médicos

9,38%Para operadores que

dessem aumento para

os médicos

Como os planos fizeram o reajuste

Comaumento

paramédicos

Semaumento

paramédicos

As empresas que oferecem esseserviço atuam como se fossemplanos de saúde, mas não têm per-missão da ANS para tal.As empresas deveriam respeitara lei dos planos de saúde, porémisso não ocorre, pois não ofere-cem cobertura total dos procedi-mentos médicos previstos em lei.Aos consumidores não sãofornecidas cópias das tabelas comos preços.Os clientes têm dificuldades paracancelar o serviço, pois o paga-mento das faturas é feito pelo car-tão de crédito.Algumas empresas utilizam oscartões para prometer emprego aocliente. Ao cumprir as metas de-terminadas pelas empresas, nãosão contratados.

29,9% 70,1%

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JAMBJAMBJAMBJAMBJAMB 9SETEMBRO DE 2002

4 De 9 a 13 de outubro, em CampoGrande-MS, acontece o VIIISimpósio Internacional da Socieda-de Brasileira de Patologia do TratoGenital Inferior e Colposcopia. Inf.(67) 341.6900.4 O XXXI Congresso Brasileiro dePneumologia e Tisiologia acontecede 16 a 20 de outubro, em São Paulo.Inf. (11) 3812.4845.4 Estão abertas as inscrições para oXX Congresso Brasileiro de Psiqui-atria que será realizado de 16 a 19 deoutubro, em Florianópolis, cujo temacentral é “O encontro terapêutico napsiquiatria”. Inf.: (21) 22 214409.4 Serão realizados de 20 a 23 deoutubro, em Salvador, na Bahia, oXXVII Congresso Brasileiro deImunologia e V Simpósio Internaci-onal de Alergia e Imunologia Clíni-ca. De 7 a 10 de novembro, aconteceo XIII Congresso Brasileiro deInfectologia Pediátrica. Inf. (71)264.3477.4 O VII Congresso Paulista deUrologia está previsto para o perío-do de 30 de outubro a 2 de novem-bro, em São Paulo. Inf. (11)3062.2665.4 O XXVI Congresso Brasileiro deHomeopatia, promovido pela Socie-dade Brasileira da especialidade, serárealizado nos dias 21 e 25 de outu-bro, em Natal / RN. Inf. (84)202.4889 ou [email protected] 4 O Centro Médico Cearensepromoverá entre os dias 24 a 26 deoutubro, o XVII Outubro Médico.O evento acontece em Fortaleza / CE.Inf. (85) 264.9466/9370 [email protected] A Universidade Federal doParaná abriu inscrições para o Cur-so de Especialização em CirurgiaPlástica e Reparadora 2003, reco-nhecido pela Sociedade Brasileira deCirurgia Plástica. Inf. (41) 360.1800R.6342.

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minis t ro da saúde,Barjas Negri, e o pre-sidente da Sociedade

Brasileira de Pediatria, LincolnMarcelo Freire, assinaram pro-tocolo para capacitação de 5.400profissionais de saúde. Serãotreinados pediatras, obstetras,anestesistas, neonatologistas,enfermeiros, auxiliares e técni-cos de enfermagem envolvidosnas ações de ass is tênciaperinatal e neonatal do SistemaÚnico de Saúde (SUS). O proto-colo prevê a realização de cur-sos para reanimação neonatal epara o atendimento à criança eao adolescente, vítimas de trau-ma ou com doença aguda grave,inclusive em situação de emer-gência. Os cursos serão realiza-dos pela Sociedade Brasileira dePediatria com o financiamentodo Ministério da Saúde, que in-vestirá R$ 1,3 milhão.

L i v r o sL i v r o sIPELEJoão Roberto Antônio eCarlos Roberto AntônioO primeiro livro on-linede Dermatologia daAmérica Latina produzi-

do no Brasil pode ser lido pelo sitewww.ipele.com.br. Digitando o númerodo CRM e uma senha, sócios da Socie-dade Brasileira de Dermatologia terãoacesso ao conteúdo, que possui 26 arti-gos de renomados especialistas na área.

Princípios da CirurgiaPlásticaTalita FrancoEditora AtheneuO livro busca ampararos primeiros passos do

profissional que deixa de auxiliar paraexecutar cirurgias. Além disso, contémexperiências de um grupo que constituio Serviço de Cirurgia Plástica do Hos-pital Universitário Clementino Fraga Fi-lho, da Universidade Federal do Rio deJaneiro.

Ultra-Sonografia emObstetríciaOkumura ZugaibEditora SarvierÉ uma contribuição sin-gular para todos obste-tras que se utilizam daultra-sonografia para

afastar ou confirmar suspeitas clínicas eestabelecer as condutas assistenciais quecada caso clínico impõe.

Condutas emPneumologiaLuiz Carlos Corrêa daSilvaEditora RevinterEm dois volumes, o livro

é uma contribuição ao estudo das doen-ças pulmonares, pois reúne artigosatualizados e com enfoque integral à me-dicina respiratória.

Cefaléia na Infância eAdolescência – Como li-dar?Abram TopczewskiEditora Casa do Psicólo-go Livraria e Editora

Sob forma de perguntas, norteia de ma-neira didática e científica as explicaçõesessenciais sobre o assunto fundamenta-das nos amplos conhecimentos e vivên-cias clínicas.

Doenças Infecciosas naInfância e AdolescênciaEdward Tonelli eLincoln M. S. FreireEditora Médica e Cien-tífica - MedsiA segunda edição do livro,

que retrata a experiência nacional de pro-fissionais sobre infectologia pediátrica e quevisa preencher a lacuna existente, conta coma cooperação de 201 colaboradores.

Limpeza e Higiene, La-vanderia HospitalarSilvana Torres eTeresinha Covas LisboaEditora CLR BalieiroA obra trata da prevenção

e do controle das infecções hospitalares,com informações de profissionais da áreaengajados no dia-a-dia da profissão.

4 O XXXI Congresso Brasileirode Radiologia será realizado de 24a 27 de outubro, no ITM TradeCenter, em São Paulo. Inf. (11)3284.3988. De 12 a 16 de outubro,em Cartagena, na Colômbia, acon-tece o XXI Congresso Inter-ameri-cano de Radiologia. Durante oevento, o brasileiro Luiz Karpovasserá empossado no cargo de presi-dente do Colégio Interamericano deRadiologia. Inf. (11) 3258.5044.4 As Sociedades Brasileira eGoiana de Cirurgia Pediátrica e Bra-sileira de Enfermagem Pediátricapromovem, de 3 a 7 de novembro,em Goiás, o XXIII Congresso Bra-sileiro de Cirurgia Pediátrica, o VCongresso Brasileiro de UrologiaPediátrica e o I Congresso Brasilei-ro de Enfermagem em CirurgiaPediátrica. Inf. (62) 215-8069.4 Dias 5, 6 e 7 de dezembro, noOthon Palace Hotel, em Salvador –BA, serão realizados o VII Congres-so Brasileiro de Nutrologia, oSimpósio Interdisciplinar de ApoioNutricional, o IV Fórum de Nutriçãoe a IV Conferência sobre Obesidade.Inf: (17) 523.9732/3645.4 O 34º Congresso Brasileiro daSociedade Brasileira de Ortopedia eTramatologia acontecerá de 29 deoutubro a 1 de novembro, em SãoPaulo. No dia 2, acontece o I Con-gresso Brasileiro de Pesquisa Bási-ca em Ortopedia e Traumatologia.Inf. (11) 3168.1149.4 Florianópolis será a sede do XXCongresso Brasileiro de Neurologia,que acontece de 28 de setembro a 3de outubro, no CentroSul. Inf. (11)3865.5354. No mesmo local, de 19 a23 de novembro será realizado o 36ºCongresso Brasileiro de Otorrino-laringologia. Inf. (11) 3873.1822.4 O Centro de Pós-Graduação “LatoSensu” da Santa Casa de Misericór-dia do Rio de Janeiro abriu inscriçõespara vários cursos. Inf. (21)2240.7940.

Atendimento pediátricoPORTARIA 1.188

No intuito de esclarecer dúvi-das existentes, especialmente naárea de pediatria, sobre o aumentono valor das consultas médicas,conforme publicação da Portaria nº1.188, do Ministério da Saúde, oJamb ouviu Antônio HenriquePedroza Neto, diretor do Progra-ma da Secretaria de Assistência àSaúde.

“De acordo com a portaria n º1.188, a consulta de um médico pe-diatra não é considerada uma con-sulta de especialista, pois está in-cluída na atenção básica, assimcomo a ginecologia, clínica médi-ca, entre outras. Apenas as consul-tas de pediatras que atendem emurgência e emergência de hospitaisprivados conveniados com o SUS,cujos procedimentos foram reajus-tados em 158%, é que foram bene-ficiadas”, esclarece ele.

CURTAS

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JAMBJAMBJAMBJAMBJAMB SETEMBRO DE 200210

EMS-REPETE

ela primeira vez endo-crinologistas e nefrologistastiveram a oportunidade de

discutir as diferenças e identidadesna abordagem de doenças comunsdas duas especialidades. Trata-se daConexão Nefro-Endócrino, queaconteceu dias 19 e 20 de setem-bro, em Brasília, DF. O evento, queocorreu simultaneamente entre o21º Congresso Brasileiro deNefrologia ( 14 a 18 de setembro) e

o 25º Congresso Brasileiro deEndocrinologia (21 a 25 de setem-bro), que também foi realizado emBrasília, contou com um programacientífico de interação e diálogointerdisciplinar entre as duas áreas.

O objetivo principal era atingir omáximo interesse educacional, uni-formizar conceitos e sanar controvér-sias sob a perspectiva de cada umadas especialidades. Há basicamentetrês áreas de interesse mútuo entre

Conexão Nefro-EndócrinoEndocrinologia e Nefrologia: Diabe-tes Mellitus, Doenças Osteometa-bólicas e Hipertensão Endócrina.

“Cerca de cinco mil pessoas es-tiveram presente para discutir temascorrelatos entre as duas especiali-dades, assuntos importantes, rele-vantes e com grande impacto paraa saúde pública. Este evento foi ummarco”, comentou Valéria Guima-rães, presidente do 25º CongressoBrasileiro de Endocrinologia.

De acordo com Istênio Pascoal,presidente do 21º Congresso Brasi-leiro de Nefrologia, a Conexão foiextraordinária e superou de longe asexpectativas. “O encontro foi bastan-te válido. Tivemos a possibilidade deresgatar o passado, realçar o presentee fazer um prognóstico das duas áre-as. Foi um trabalho integrado. Oevento de Nefrologia deste ano teve40% a mais de volume científico doque o de 2001”, disse.

“Este foi o primeiro de muitosque venham a acontecer, afinal, asduas especialidades possuem mui-tas áreas afins e de mútuo interes-se. O diálogo entre os dois profis-sionais é de fundamental importân-cia. É preciso aprofundar experiên-cias e compreender cada vez maisos meios e as fórmulas de prevenire de tratar doenças comuns, comoDiabetes, por exemplo”, completouIstenio.

A Associação Médica Homeopá-tica Brasileira (AMHB) estáalertando seus associados da existên-cia de movimentos no sentido de re-gulamentar a prática da homeopatiapor profissionais não médicos. AAMHB tomou conhecimento que aAtenemg – Associação de TerapeutasEnergéticos e Naturistas do Estado deMinas Gerais vem realizando campa-nha, a ser encaminhada a parlamen-tares, abrangendo práticas exclusivasda área médica. No sentido de pre-servar e defender os interesses daprofissão e da especialidade, aAMHB solicita aos associados queseja levado ao conhecimento da enti-dade qualquer movimento nesse sen-tido para que as providências neces-sárias sejam tomadas.

Homeopatia

Com a presença do Presidente daRepública, Fernando Henrique Car-doso, do Governador do Estado deS. Paulo, Geraldo Alckimin, dosMinistros da Saúde e Educação,Barjas Negri e Paulo Renato, entreoutras autoridades, o Hospital Sírio-Libanês inaugurou, no mês de agos-to, o Centro de Oncologia Integra-

Centro de OncologiaNovo site da AMB

O site da AMB está de cara nova.Disponível ao público desde setem-bro, a atual homepage traz algumasnovidades. Entre elas estão os cur-sos de educação à distância; a divi-são do conteúdo em três partes:

institucional, profissionale pacientes; seção enquetee endereço eletrônicogratuito. Informações sobrea entidade, jornal e revistada AMB, Projeto Diretri-zes, entre outros, tambémcontinuam presentes.O endereço é o mesmo:www.amb.org.br.

“A mudança é bastanteperceptível, tanto em rela-

ção ao aspecto gráfico quanto aoconteúdo. Por meio da Internet, aAMB pretende prestar mais e me-lhores serviços ao seus sócios”, afir-ma Ricardo Bessa, diretor de Aten-dimento ao Associado da AMB.

do. O hospital oferece,a partir de agora, oque há de mais avan-çado no combate aocâncer, equipe médicacom experiência emcentros de referênciai n t e r n a c i o n a i s ,tecnologia de ponta

com equipamentos e tratamentosinovadores numa área de 3,8 mil m2. O Centro de Oncologia possui 15consultórios, um andar exclusivopara a radioterapia, uma área espe-cífica para quimioterapia com 20salas (18 individuais para adultos eduas coletivas para crianças) e umaárea de pediatria.

Divulgação

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JAMBJAMBJAMBJAMBJAMBSETEMBRO DE 2002 11

ICN DALMADORMREPETE

ministro da saúde, BarjasNegri, lançou o ProgramaNacional de Controle da

Dengue (PNCD), cujo objetivo é aredução do número de casos de den-gue no país. O programa terá recur-sos de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 903milhões são do orçamento do Minis-tério da Saúde, e as contrapartidasestaduais e municipais totalizam R$131,1 milhões.

As metas são reduzir a menos de1% a infestação predial pelo AedesAegypti nos 3.529 municípios bra-sileiros que registram a presença domosquito transmissor da dengue;reduzir em 50% o número de casosem 2003, em relação a 2002; e amenos de 1% os óbitos por denguehemorrágica.

O programa traz algumas inova-ções: a inclusão de ações de educa-ção em saúde e mobilização social

AGENDA DA DIRETORIAAGENDA DA DIRETORIAAGENDA DA DIRETORIAAGENDA DA DIRETORIAAGENDA DA DIRETORIAMaio

2 Reunião de Diretoria Executiva3 Reunião com a Sobed – Edmund Chada Baracat – AMB5 Reunião com o Cremerj – Eleuses Paiva – RJ9 Reunião de Diretoria Executiva

10 Reunião com a Fiocruz – Eleuses Paiva – RJ11 Reunião com Soc. Bras. Otorrinolaringologia – Eleuses Paiva – AMB

Reunião com Datafolha – Eleuses Paiva – AMB16 Reunião de Diretoria Executiva16 Participação no evento Saúde da Mulher – Eleuses Paiva – SP16 Entrevista para TV Bandeirantes – Eleuses Paiva – AMB19 Reunião sobre Classificação Hierarquizada Procedimentos Médicos - AMB20 Reunião sobre Classificação Hierarquizada Procedimentos Médicos – AMB23 Reunião de Diretoria Executiva26 Reunião do CIMS – Remaclo Flischer Jr – Assunção - Paraguai30 Reunião de Diretoria Executiva

Junho2 Reunião do Conselho Deliberativo – Aracaju2 Palestra “Carta dos Médicos aos Candidatos em 2002” – Eleuses Paiva -

Aracaju3 Reunião de Diretoria Plena – Aracaju5 Reunião com Associação Médica de Goiás – Samir Bittar – Goiânia6 Reunião de Diretoria Executiva – AMB8 Reunião com Soc. Bras. Clínica Médica – Eleuses Paiva - AMB

Reunião na ANS – Samir Bittar – RJ13 Reunião de Diretoria Executiva15 Participação no Congresso de Medicina Funcional – Eleuses Paiva – Maceió16 Inauguração do Centro de Oncologia do Sírio-Libanês – Eleuses Paiva – SP

Participação no Congresso Internacional de Cancerologia – Eleuses Paiva – SP17 Participação no Congresso Internacional de Cancerologia – Eleuses Paiva – SP20 Reunião de Diretoria Executiva21 Reunião na ANS – Samir Bittar – RJ21 Participação no Congresso Médico Oeste Paulista – Eleuses Paiva – S. J. Rio

Preto22 Reunião no Ministério da Saúde – Eleuses Paiva – DF23 Palestra no I Congresso Paranaense de Acadêmicos em Clínica Médica –

Eleuses Paiva – Curitiba24 Palestra no I Congresso Paranaense de Acadêmicos em Clínica Médica –

Eleuses Paiva – Curitiba27 Reunião com Ciefas – Eleuses Paiva – AMB29 Eleições AMB e Federadas30 Participação no Congresso Nacional de Médicos Residentes – Eleuses Paiva –

Gramado31 Palestra no Congresso Nacional de Médicos Residentes – Eleuses Paiva –

Gramado31 Fórum Programa da Saúde da Família e o Pediatria – Eleuses Paiva – SP

nas atividades de trabalho dos Agen-tes Comunitários de Saúde e equi-pes do Programa de Saúde da Famí-lia com orientações às famílias so-bre as formas de prevenção. Outraimportante inovação é que o Minis-tério da Saúde, por meio da Funasa,estimulará a reciclagem de pneus.Para isso, a Funasa repassará aosmunicípios com mais de 100 milimóveis, equipamentos específicospara triturar e picar pneus. A capaci-tação de pessoal também será umdos componentes mais importantesdo PNCD. O Ministério da Saúdefará o treinamento de aproximada-mente 166 mil agentes comunitári-os de saúde. O PNCD prevê tambémaplicação de R$ 25 milhões nasações de educação em saúde, mobi-lização social e comunicação social,incluindo a campanha publicitária deorientação à população.

Lançado o Programa Nacionalde Controle da Dengue

PROVAS DE TÍTULODE ESPECIALISTA EÁREA DE ATUAÇÃO

Cancerologia – Área deOncologia Pediátrica –2 de novembro –Inf. (71) 240.4868

Neurologia – 6 de dezembroInf. (11) 5084.9463Patologia – 29 e 30 de novembroInf. (11) 5571.5298

Cardiologia – Certificado deAtuação em Ergometria – 2 de novembroInf. (21) 2286.9128/9239

Pediatria – Certificado deAtuação na Área de InfectologiaPediátrica – 7 a 10 de novembroInf. (21) 2547.3567

Nutrologia – 7 de dezembroInf. (17) 523.9732

Medicina do Trabalho – 8 dedezembro – Inf. (31) 3224.7204Medicina Legal – 11 de dezembro

– Inf. (81) 3222.2348

FEDERADASFEDERADASFEDERADASFEDERADASFEDERADAS

ENCONTRO DE FEDERADAS - Natal sediou o 2o Encontro dasFederadas da AMB da Região Nordeste. Participaram na sede da Associa-ção Médica do Rio Grande do Norte, as estaduais de Pernambuco e Paraíba.Planos de saúde, escolas médicas, situação financeira das Federadas foramalguns dos temas discutidos na reunião, que tem sua terceira edição naprevista para a cidade de João Pessoa, em data a ser definida.

Paran’aMédicos mineiros realizaram, em Belo Horizonte, o I Encontro de Médicosda Família e Comunidade. Do encontro surgiu a “Carta Aberta do I Encontro deMédicos da Família de Minas Gerais”, documento que conclama profissionais eoutras entidades ligadas ao setor, a uma efetiva participação no processo de con-solidação deste novo modelo de assistência à saúde. Assinam o documento o Con-selho Regional, Sindicato dos Médicos e Associação Médica de Minas Gerais,além das Sociedades Mineira e Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.

ErrataNa edição passada, na pág. 3, foi publicado erroneamente a sigla MS,em lugar de MT. Na pág.4, o nome correto é Faculdade de Medicina doRio Grande, e não do Rio Grande do Sul como foi publicado.

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Page 12: Médicos de todo o país foram às urnas no dia 29 de agosto ... · Veto do presidente Fernando Henrique Cardoso na LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias provocará redução

JAMBJAMBJAMBJAMBJAMB SETEMBRO DE 200212

UNIMED-FILMENOVO

ara sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentári-as (LDO), publicada no dia 26 de julho no Di-ário Oficial da União, o presidente Fernando

Henrique Cardoso impôs 12 vetos no documento queorientará a proposta orçamentária da União para o anode 2003.

Além de eliminar R$ 5 bilhões para aumento do sa-lário mínimo, FHC vetou ainda o artigo que aumenta-va em R$ 1,5 bilhão, em 2003, os recursos para o Mi-nistério da Saúde. Desta forma, voltou a prevalecer avisão do ministro da Fazenda, Pedro Malan, sobre aforma de cálculo dos recursos mínimos que o governofederal tem que destinar ao setor, conforme determinaa Emenda Constitucional nº 29, conhecida como “PECda Saúde”.

O ponto de divergência encontra-se no art. 75 daemenda, que estabelece que no ano de 2000 os recur-sos a serem aplicados na Saúde pela União deveriamser equivalentes ao montante empenhado em 1999,acrescido de, no mínimo 5%. De 2001 a 2004, o mon-tante deve ser equivalente ao empenho no ano anteri-or, corrigido pela variação nominal do Produto Inter-no Bruto (PIB). Em 2000, o orçamento empregadofoi de R$ 20,4 bilhões, 10,9% maior que o de 1999.Entretanto, o parecer da Procuradoria da FazendaNacional, acolhido pela Advocacia Geral da União,e, na época aprovado pelo presidente da República,interpretou que, já corrido o ano de 2000, para a com-posição de 2001, deveriam ser acrescentados apenas5%, desprezando-se o crescimento de 10,9% ocorri-do entre 1999 e 2000. Tal decisão, segundo a AMB eoutras entidades médicas, significou uma perda de R$1,2 bilhão apenas no ano de 2001. Se fosse mantidaessa interpretação equivocada, seria responsável pelaperda de quase R$ 6 bi na área da Saúde até o ano de2004. Por isso, na época, a Associação Médica Brasi-leira, com o apoio de entidades médicas nacionais eda Ordem dos Advogados do Brasil, questionou adecisão entrando com uma Ação Direta deInconstitucionalidade. Em março deste ano, um des-pacho do presidente Fernando Henrique Cardoso aca-bou revogando a decisão.

“Como da vez anterior, a AMB, juntamente com

outras entidades médicas, está tomando providênciaspara reverter essa situação e garantir que sejam cum-pridas fielmente as diretrizes da Emenda Constituci-onal 29. Não podemos aceitar esse corte no orçamen-to”, anuncia Aldemir Humberto Soares, Secretário-Geral da AMB.

A decisão em reduzir o orçamento da Saúde não éaceita por uma das principais entidades médicas nacio-nais: o Conselho Federal de Medicina.

“Vejo com muito pesar esta proposta atual, pois éextremamente prejudicial para a população, principal-mente as mais necessitadas que precisam do SUS parasobreviver. Este governo privilegia este capitalismo lou-co, e quem acaba sofrendo as conseqüências é a socie-dade”, afirmou o presidente Edson de Oliveira Andrade.

Para Elias Fernando Miziara, diretor de Proteção aoPaciente da AMB, essa decisão governamental reafir-ma o menosprezo a setores essenciais da sociedade,como o da Saúde.

“Se a política econômica do governo continuar amenosprezar as áreas sociais, principalmente a Saú-de, a tendência é piorar cada vez mais e chegar aofundo do poço. O governo deveria fazer exatamente ocontrário. Ao invés de vetar, deveria aumentar os re-cursos para a Saúde, garantindo tanto materiais ne-cessários quanto salários mais justos aos profissio-nais que prestam serviço ao SUS. Assim, garantiriaalternativas para a população que não pode recorreraos planos de saúde e que necessita do sistema públi-co”, sentencia Miziara.

Os vetos do presidente Fernando Henrique Cardo-so à LDO, não só na área da saúde, retornarão paraaprovação do Congresso, que voltará a se reunir so-mente em novembro. Pela Constituição, o prazo má-ximo para votação do orçamento é 15 de dezembro.Até essa data, a LDO, que serve como parâmetro paraa composição do orçamento, poderá ser modificada.

“Não vejo outro caminho para alterar essa situa-ção senão a pressão legislativa ou até mesmo a AçãoDireta de Inconstitucionalidade, a exemplo do quefizeram as entidades médicas no ano passado”,aconselha Napoleão Sales, assessor parlamentar daAMB, em Brasília.

Corte de R$ 1,5 bi no SUSVeto de FHC reduz orçamento para o Ministério da Saúde em 2003

PERDA NA SAÚDEINTERPRETAÇÃO 1 INTERPRETAÇÃO 2

Empenhado em 2000 R$ 20,4 bi Empenhado em 1999 R$ 18,4 bi

PIB nominal (10,62%) R$ 2,2 bi PEC (5%) R$ 0,9 bi

Orçamento mínimo = R$ 22,6 bi PIB nominal (10,62%) R$ 2,1 bi

Orçamento mínimo = R$ 21,4 bi

Diferença = R$ 1,2 bi – Projeção até 2004 = R$ 5,6 bilhões

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