MDS - LOAS Lei Orgânica de Assistência Socia

Embed Size (px)

Citation preview

  • 3APRESENTAO

    A promulgao da Lei Orgnica da Assistncia Social, em dezembro de 1993, regulamentando a Constituio Federal, representou o reconheci-mento da poltica pblica de Assistncia Social sob responsabilidade do Estado e deu incio a uma das mais ricas trajetrias de poltica social em nosso pas. Desde ento, temos assistido estruturao da poltica de assistncia social, assentada nos princpios da descentralizao e da participao social, assim como progressiva ampliao de seu papel no mbito da proteo social brasileira e da melhoria das condies de vida da populao.

    Este processo ganhou um novo marco histrico com a aprovao, em 2011, da Lei n 12.435 de 2011. Com a nova Lei, o Sistema nico de Assistn-cia Social - SUAS passa a integrar plenamente o es-copo da Lei Orgnica da Assistncia Social. So im-portantes mudanas abrigadas no texto legal que acolhem os aspectos mais relevantes da construo recente do SUAS, ocorrida especialmente nestes l-timos 7anos, aps a aprovao da Nob-SUAS pelo Conselho Nacional de Assistncia Social.

    Neste perodo de consolidao, o Suas atribuiu res-ponsabilidades, definiu competncias, estabeleceu

  • 4 5

    padres de atendimento, organizou o cofinancia-mento e estabeleceu mecanismos para proviso de recursos necessrios ao funcionamento das ofertas e protees da poltica. A expanso dos equipamentos pblicos de assistncia social, os CRAS e os CREAS, ampliam a presena pblica nos territrios mais vulnerveis, consolidando a ca-pacidade de atendimento social para as famlias; so a prova da materialidade e da maturidade da poltica. A rede de entidades sem fins lucrativos integra esta construo, ampliando seu potencial protetivo e fortalecendo a proteo social. A orga-nizao dos servios por nveis de proteo b-sica e especial - reconhece tanto a diversidade das situaes de vulnerabilidade e risco, como as distintas ofertas e competncias a serem previs-tas. Todos estes avanos so reconhecidos hoje no texto da LOAS consolidada.

    No mbito da gesto, importantes progressos tambm devem ser registrados. As transferncias regulares e automticas de recursos, operadas agora fundo a fundo, permitem uma estabilida-de do custeio dos servios que imprescindvel boa gesto pblica. A implantao de sistemas de informao, monitoramento e avaliao das aes de cooperao tcnica, de capacitao de nossas equipes, so todas iniciativas imprescind-

  • 4 5

    veis que permitem o continuo ajuste e a melhora no processo de implementao da poltica. Neste sentido, tambm cabe destaque a instituio, pelo novo texto da Loas, do ndice de Gesto Descen-tralizada do Sistema nico de Assistncia Social IGD/SUAS e a possibilidade de cofinanciamen-to do SUAS execuo das aes continuadas de assistncia social, podendo ser aplicado no paga-mento dos profissionais que integrarem as equi-pes de referncia.

    Assim, com grande satisfao que o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome co-loca disposio dos gestores, trabalhadores e da populao usuria desta poltica, bem como da populao brasileira de forma geral, o texto con-solidado da LOAS. Entendemos que este ser um instrumento fundamental para que continuemos avanando no caminho da consolidao da Polti-ca de Assistncia Social e da melhoria no atendi-mento e da efetividade de suas aes.

    Tereza CampelloMinistra de Estado do

    Desenvolvimento Social e Combate Fome

  • 7

  • 7Presidncia da RepblicaCasa Civil

    Subche a para Assuntos Jurdicos

    LEI N 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993.

    Dispe sobre a organizao da Assis-tncia Social e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o Con-gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

    LEI ORGNICA DA ASSISTNCIA SOCIALCAPTULO I

    Das De nies e dos Objeti vos

    Art. 1 A assistncia social, direito do cidado e dever do Estado, Polti ca de Seguridade Social no contri-buti va, que prov os mnimos sociais, realizada atra-vs de um conjunto integrado de aes de iniciati va pblica e da sociedade, para garanti r o atendimento s necessidades bsicas.

  • 8 9

    Art. 2 A assistncia social tem por objetivos: (Reda-o dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - a proteo social, que visa garantia da vida, re-duo de danos e preveno da incidncia de riscos, es-pecialmente: (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    a) a proteo famlia, maternidade, in-fncia, adolescncia e velhice; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    b) o amparo s crianas e aos adolescentes ca-rentes; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    c) a promoo da integrao ao mercado de tra-balho; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    d) a habilitao e reabilitao das pessoas com deficincia e a promoo de sua integrao vida co-munitria; e (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    e) a garantia de 1 (um) salrio-mnimo de bene-fcio mensal pessoa com deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de prover a prpria ma-nuteno ou de t-la provida por sua famlia; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

  • 8 9

    II - a vigilncia socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famlias e nela a ocorrncia de vulnerabilidades, de ameaas, de vitimizaes e danos; (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provises socioas-sistenciais. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. Para o enfrentamento da pobreza, a assistncia social realiza-se de forma integrada s polticas setoriais, garantindo mnimos sociais e pro-vimento de condies para atender contingncias sociais e promovendo a universalizao dos direitos sociais. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 3 Consideram-se entidades e organizaes de assistncia social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendi-mento e assessoramento aos beneficirios abran-gidos por esta Lei, bem como as que atuam na de-fesa e garantia de direitos. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    1 So de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam servios, executam programas ou projetos e conce-

  • 10 11

    dem benefcios de prestao social bsica ou especial, dirigidos s famlias e indivduos em situaes de vul-nerabilidade ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberaes do Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), de que tratam os incisos I e II do art. 18. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2 So de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam servios e executam programas ou projetos voltados prioritaria-mente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizaes de usurios, formao e capacitao de lideranas, dirigidos ao pblico da poltica de assis-tncia social, nos termos desta Lei, e respeitadas as de-liberaes do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    3 So de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, pres-tam servios e executam programas e projetos volta-dos prioritariamente para a defesa e efetivao dos direitos socioassistenciais, construo de novos direi-tos, promoo da cidadania, enfrentamento das desi-gualdades sociais, articulao com rgos pblicos de defesa de direitos, dirigidos ao pblico da poltica de assistncia social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberaes do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

  • 10 11

    CAPTULO IIDos Princpios e das Diretrizes

    SEO IDos Princpios

    Art. 4 A assistncia social rege-se pelos seguintes princpios:

    I - supremacia do atendimento s necessidades so-ciais sobre as exigncias de rentabilidade econmica;

    II - universalizao dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatrio da ao assistencial alcan-vel pelas demais polticas pblicas;

    III - respeito dignidade do cidado, sua autonomia e ao seu direito a benefcios e servios de qualidade, bem como convivncia familiar e comunitria, vedando-se qualquer comprovao vexatria de necessidade;

    IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimen-to, sem discriminao de qualquer natureza, garantin-do-se equivalncia s populaes urbanas e rurais;

    V - divulgao ampla dos benefcios, servios, progra-mas e projetos assistenciais, bem como dos recursos ofere-cidos pelo Poder Pblico e dos critrios para sua concesso.

  • 12 13

    SEO IIDas Diretrizes

    Art. 5 A organizao da assistncia social tem como base as seguintes diretrizes:

    I - descentralizao poltico-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Munic-pios, e comando nico das aes em cada esfera de governo;

    II - participao da populao, por meio de organi-zaes representativas, na formulao das polticas e no controle das aes em todos os nveis;

    III - primazia da responsabilidade do Estado na con-duo da poltica de assistncia social em cada esfera de governo.

    CAPTULO IIIDa Organizao e da Gesto

    Art. 6 A gesto das aes na rea de assistncia social fica organizada sob a forma de sistema des-centralizado e participativo, denominado Sistema nico de Assistncia Social (Suas), com os seguin-tes objetivos: (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

  • 12 13

    I - consolidar a gesto compartilhada, o cofi-nanciamento e a cooperao tcnica entre os en-tes federativos que, de modo articulado, operam a proteo social no contributiva; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - integrar a rede pblica e privada de servi-os, programas, projetos e benefcios de assistn-cia social, na forma do art. 6-C; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    III - estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organizao, regulao, manuten-o e expanso das aes de assistncia social;

    IV - definir os nveis de gesto, respeitadas as di-versidades regionais e municipais; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    V - implementar a gesto do trabalho e a educao permanente na assistncia social; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    VI - estabelecer a gesto integrada de servios e bene-fcios; e (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    VII - afianar a vigilncia socioassistencial e a garan-tia de direitos. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

  • 14 15

    1 As aes ofertadas no mbito do Suas tm por objetivo a proteo famlia, maternidade, infn-cia, adolescncia e velhice e, como base de organi-zao, o territrio.(Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2 O Suas integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistncia social e pelas en-tidades e organizaes de assistncia social abrangi-das por esta Lei. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    3 A instncia coordenadora da Poltica Nacio-nal de Assistncia Social o Ministrio do Desen-volvimento Social e Combate Fome. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 6-A. A assistncia social organiza-se pelos se-guintes tipos de proteo: (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - proteo social bsica: conjunto de servios, pro-gramas, projetos e benefcios da assistncia social que visa a prevenir situaes de vulnerabilidade e risco so-cial por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisies e do fortalecimento de vnculos familiares e comunitrios; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - proteo social especial: conjunto de ser-vios, programas e projetos que tem por objetivo

  • 14 15

    contribuir para a reconstruo de vnculos familiares e comunitrios, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisies e a proteo de famlias e indivduos para o enfrentamento das situaes de vio-lao de direitos. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. A vigilncia socioassistencial um dos instrumentos das protees da assistncia social que identifica e previne as situaes de risco e vulne-rabilidade social e seus agravos no territrio. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 6-B. As protees sociais bsica e especial sero ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integra-da, diretamente pelos entes pblicos e/ou pelas entida-des e organizaes de assistncia social vinculadas ao Suas, respeitadas as especificidades de cada ao. (In-cludo pela Lei n 12.435, de 2011)

    1 A vinculao ao Suas o reconhecimento pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Com-bate Fome de que a entidade de assistncia so-cial integra a rede socioassistencial. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2 Para o reconhecimento referido no 1, a enti-dade dever cumprir os seguintes requisitos: (Inclu-do pela Lei n 12.435, de 2011)

  • 16 17

    I - constituir-se em conformidade com o disposto no art. 3; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - inscrever-se em Conselho Municipal ou do Dis-trito Federal, na forma do art. 9; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    III - integrar o sistema de cadastro de entidades de que trata o inciso XI do art. 19. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    3 As entidades e organizaes de assistncia social vinculadas ao Suas celebraro convnios, contratos, acordos ou ajustes com o poder pblico para a execu-o, garantido financiamento integral, pelo Estado, de servios, programas, projetos e aes de assistncia social, nos limites da capacidade instalada, aos benefi-cirios abrangidos por esta Lei, observando-se as dispo-nibilidades oramentrias. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    4 O cumprimento do disposto no 3 ser informa-do ao Ministrio do Desenvolvimento Social e Comba-te Fome pelo rgo gestor local da assistncia social. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 6-C. As protees sociais, bsica e especial, se-ro ofertadas precipuamente no Centro de Referncia

  • 16 17

    de Assistncia Social (Cras) e no Centro de Referncia Especializado de Assistncia Social (Creas), respectiva-mente, e pelas entidades sem fins lucrativos de assis-tncia social de que trata o art. 3 desta Lei. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    1 O Cras a unidade pblica municipal, de base terri-torial, localizada em reas com maiores ndices de vulne-rabilidade e risco social, destinada articulao dos ser-vios socioassistenciais no seu territrio de abrangncia e prestao de servios, programas e projetos socioas-sistenciais de proteo social bsica s famlias. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2 O Creas a unidade pblica de abrangncia e gesto municipal, estadual ou regional, destinada prestao de servios a indivduos e famlias que se encontram em situao de risco pessoal ou social, por violao de direitos ou contingncia, que demandam intervenes especializadas da proteo social espe-cial. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    3 Os Cras e os Creas so unidades pblicas estatais institudas no mbito do Suas, que possuem interface com as demais polticas pblicas e articulam, coorde-nam e ofertam os servios, programas, projetos e bene-fcios da assistncia social. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

  • 18 19

    Art. 6-D. As instalaes dos Cras e dos Creas devem ser compatveis com os servios neles ofertados, com espaos para trabalhos em grupo e ambientes espe-cficos para recepo e atendimento reservado das famlias e indivduos, assegurada a acessibilidade s pessoas idosas e com deficincia. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 6-E. Os recursos do cofinanciamento do Suas, destinados execuo das aes continuadas de as-sistncia social, podero ser aplicados no pagamento dos profissionais que integrarem as equipes de re-ferncia, responsveis pela organizao e oferta da-quelas aes, conforme percentual apresentado pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome e aprovado pelo CNAS. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. A formao das equipes de refe-rncia dever considerar o nmero de famlias e indivduos referenciados, os tipos e modalidades de atendimento e as aquisies que devem ser ga-rantidas aos usurios, conforme deliberaes do CNAS. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 7 As aes de assistncia social, no mbito das entidades e organizaes de assistncia social, observaro as normas expedidas pelo Conselho Na-

  • 18 19

    cional de Assistncia Social (CNAS), de que trata o art. 17 desta lei.

    Art. 8 A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, observados os princpios e diretrizes es-tabelecidos nesta lei, fixaro suas respectivas Polticas de Assistncia Social.

    Art. 9 O funcionamento das entidades e organizaes de assistncia social depende de prvia inscrio no respectivo Conselho Municipal de Assistncia Social, ou no Conselho de Assistncia Social do Distrito Fede-ral, conforme o caso.

    1 A regulamentao desta lei definir os critrios de inscrio e funcionamento das entidades com atu-ao em mais de um municpio no mesmo Estado, ou em mais de um Estado ou Distrito Federal.

    2 Cabe ao Conselho Municipal de Assistncia Social e ao Conselho de Assistncia Social do Distrito Federal a fiscalizao das entidades referidas no caput na for-ma prevista em lei ou regulamento.

    3 (Revogado pela Lei n 12.101, de 2009)

    4 As entidades e organizaes de assistncia so-cial podem, para defesa de seus direitos referentes

  • 20 21

    inscrio e ao funcionamento, recorrer aos Conselhos Nacional, Estaduais, Municipais e do Distrito Federal.

    Art. 10. A Unio, os Estados, os Municpios e o Dis-trito Federal podem celebrar convnios com en-tidades e organizaes de assistncia social, em conformidade com os Planos aprovados pelos res-pectivos Conselhos.

    Art. 11. As aes das trs esferas de governo na rea de assistncia social realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenao e as normas gerais esfera federal e a coordenao e execuo dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios.

    Art. 12. Compete Unio:

    I - responder pela concesso e manuteno dos benefcios de prestao continuada definidos no art. 203 da Constituio Federal;

    II - cofinanciar, por meio de transferncia autom-tica, o aprimoramento da gesto, os servios, os pro-gramas e os projetos de assistncia social em mbito nacional; (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

  • 20 21

    III - atender, em conjunto com os Estados, o Distri-to Federal e os Municpios, s aes assistenciais de carter de emergncia.

    IV - realizar o monitoramento e a avaliao da pol-tica de assistncia social e assessorar Estados, Distrito Federal e Municpios para seu desenvolvimento. (In-cludo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 12-A. A Unio apoiar financeiramente o aprimora-mento gesto descentralizada dos servios, programas, projetos e benefcios de assistncia social, por meio do n-dice de Gesto Descentralizada (IGD) do Sistema nico de Assistncia Social (Suas), para a utilizao no mbito dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal, destinado, sem prejuzo de outras aes a serem definidas em regu-lamento, a: (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - medir os resultados da gesto descentralizada do Suas, com base na atuao do gestor estadual, munici-pal e do Distrito Federal na implementao, execuo e monitoramento dos servios, programas, projetos e benefcios de assistncia social, bem como na articula-o intersetorial; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - incentivar a obteno de resultados qualitati-vos na gesto estadual, municipal e do Distrito Fede-ral do Suas; e (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

  • 22 23

    III - calcular o montante de recursos a serem re-passados aos entes federados a ttulo de apoio finan-ceiro gesto do Suas. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    1 Os resultados alcanados pelo ente federado na gesto do Suas, aferidos na forma de regulamento, sero considerados como prestao de contas dos re-cursos a serem transferidos a ttulo de apoio financei-ro. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2 As transferncias para apoio gesto descentrali-zada do Suas adotaro a sistemtica do ndice de Ges-to Descentralizada do Programa Bolsa Famlia, previs-to no art. 8o da Lei no 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e sero efetivadas por meio de procedimento integra-do quele ndice. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    3 (VETADO). (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    4 Para fins de fortalecimento dos Conselhos de Assis-tncia Social dos Estados, Municpios e Distrito Federal, percentual dos recursos transferidos dever ser gasto com atividades de apoio tcnico e operacional queles colegiados, na forma fixada pelo Ministrio do Desenvol-vimento Social e Combate Fome, sendo vedada a utili-zao dos recursos para pagamento de pessoal efetivo e de gratificaes de qualquer natureza a servidor pblico

  • 22 23

    estadual, municipal ou do Distrito Federal. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 13. Compete aos Estados:

    I - destinar recursos financeiros aos Munic-pios, a ttulo de participao no custeio do paga-mento dos benefcios eventuais de que trata o art. 22, mediante critrios estabelecidos pelos Con-selhos Estaduais de Assistncia Social; (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - cofinanciar, por meio de transferncia automti-ca, o aprimoramento da gesto, os servios, os progra-mas e os projetos de assistncia social em mbito regio-nal ou local; (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    III - atender, em conjunto com os Municpios, s aes assistenciais de carter de emergncia;

    IV - estimular e apoiar tcnica e financeiramen-te as associaes e consrcios municipais na pres-tao de servios de assistncia social;

    V - prestar os servios assistenciais cujos custos ou ausncia de demanda municipal justifiquem uma rede regional de servios, desconcentrada, no mbito do respectivo Estado.

  • 24 25

    VI - realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de assistncia social e assessorar os Munic-pios para seu desenvolvimento. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 14. Compete ao Distrito Federal:

    I - destinar recursos financeiros para custeio do pa-gamento dos benefcios eventuais de que trata o art. 22, mediante critrios estabelecidos pelos Conselhos de As-sistncia Social do Distrito Federal; (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - efetuar o pagamento dos auxlios natalidade e funeral;

    III - executar os projetos de enfrentamento da po-breza, incluindo a parceria com organizaes da so-ciedade civil;

    IV - atender s aes assistenciais de carter de emergncia;

    V - prestar os servios assistenciais de que trata o art. 23 desta lei.

  • 24 25

    VI - cofinanciar o aprimoramento da gesto, os servi-os, os programas e os projetos de assistncia social em mbito local; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    VII - realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de assistncia social em seu mbito. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 15. Compete aos Municpios:

    I - destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefcios eventuais de que trata o art. 22, mediante critrios estabelecidos pelos Conselhos Municipais de Assistncia Social; (Re-dao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - efetuar o pagamento dos auxlios natalidade e funeral;

    III - executar os projetos de enfrentamento da po-breza, incluindo a parceria com organizaes da so-ciedade civil;

    IV - atender s aes assistenciais de carter de emergncia;

    V - prestar os servios assistenciais de que trata o art. 23 desta lei.

  • 26 27

    VI - cofinanciar o aprimoramento da gesto, os ser-vios, os programas e os projetos de assistncia social em mbito local; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    VII - realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de assistncia social em seu mbito. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 16. As instncias deliberativas do Suas, de car-ter permanente e composio paritria entre gover-no e sociedade civil, so: (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - o Conselho Nacional de Assistncia Social;

    II - os Conselhos Estaduais de Assistncia Social;

    III - o Conselho de Assistncia Social do Distrito Fede-ral;

    IV - os Conselhos Municipais de Assistncia Social.

    Pargrafo nico. Os Conselhos de Assistncia Social esto vinculados ao rgo gestor de assistncia so-cial, que deve prover a infraestrutura necessria ao seu funcionamento, garantindo recursos materiais, humanos e financeiros, inclusive com despesas refe-rentes a passagens e dirias de conselheiros repre-

  • 26 27

    sentantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exerccio de suas atribuies. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 17. Fica institudo o Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), rgo superior de deliberao colegiada, vinculado estrutura do rgo da Administrao Pblica Federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacio-nal de Assistncia Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente da Repblica, tm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma nica reconduo por igual perodo.

    1 O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) composto por 18 (dezoito) membros e respectivos suplentes, cujos nomes so indicados ao rgo da Administrao Pblica Federal responsvel pela coor-denao da Poltica Nacional de Assistncia Social, de acordo com os critrios seguintes:

    I - 9 (nove) representantes governamentais, in-cluindo 1 (um) representante dos Estados e 1 (um) dos Municpios;

    II - 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usurios ou de organizaes de usu-rios, das entidades e organizaes de assistncia social e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro prprio sob fiscalizao do Ministrio Pblico Federal.

  • 28 29

    2 O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) presidido por um de seus integrantes, eleito dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permiti-da uma nica reconduo por igual perodo.

    3 O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) contar com uma Secretaria Executiva, a qual ter sua estrutura disciplinada em ato do Poder Executivo.

    4 Os Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competncia para acompanhar a execuo da poltica de assistncia social, apreciar e aprovar a pro-posta oramentria, em consonncia com as diretrizes das conferncias nacionais, estaduais, distrital e munici-pais, de acordo com seu mbito de atuao, devero ser institudos, respectivamente, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municpios, mediante lei especfica. (Re-dao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 18. Compete ao Conselho Nacional de Assis-tncia Social:

    I - aprovar a Poltica Nacional de Assistncia Social;

    II - normatizar as aes e regular a prestao de servios de natureza pblica e privada no campo da assistncia social;

  • 28 29

    III - acompanhar e fiscalizar o processo de cer-tificao das entidades e organizaes de assis-tncia social no Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; (Redao dada pela Lei n 12.101, de 2009)

    IV - apreciar relatrio anual que conter a relao de entidades e organizaes de assistncia social cer-tificadas como beneficentes e encaminh-lo para co-nhecimento dos Conselhos de Assistncia Social dos Estados, Municpios e do Distrito Federal; (Redao dada pela Lei n 12.101, de 2009)

    V - zelar pela efetivao do sistema descentraliza-do e participativo de assistncia social;

    VI - a partir da realizao da II Conferncia Nacio-nal de Assistncia Social em 1997, convocar ordinaria-mente a cada quatro anos a Conferncia Nacional de Assistncia Social, que ter a atribuio de avaliar a situao da assistncia social e propor diretrizes para o aperfeioamento do sistema; (Redao dada pela Lei n 9.720, de 26.4.1991)

    VII - (Vetado.)

    VIII - apreciar e aprovar a proposta oramentria da Assistncia Social a ser encaminhada pelo rgo da

  • 30 31

    Administrao Pblica Federal responsvel pela coor-denao da Poltica Nacional de Assistncia Social;

    IX - aprovar critrios de transferncia de recursos para os Estados, Municpios e Distrito Federal, considerando, para tanto, indicadores que informem sua regionalizao mais eqitativa, tais como: populao, renda per capita, mortalidade infantil e concentrao de ren-da, alm de disciplinar os procedimentos de repas-se de recursos para as entidades e organizaes de assistncia social, sem prejuzo das disposies da Lei de Diretrizes Oramentrias;

    X - acompanhar e avaliar a gesto dos recursos, bem como os ganhos sociais e o desempenho dos programas e projetos aprovados;

    XI - estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS);

    XII - indicar o representante do Conselho Na-cional de Assistncia Social (CNAS) junto ao Con-selho Nacional da Seguridade Social;

    XIII - elaborar e aprovar seu regimento interno;

  • 30 31

    XIV - divulgar, no Dirio Oficial da Unio, todas as suas decises, bem como as contas do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS) e os respec-tivos pareceres emitidos.

    Pargrafo nico. (Revogado pela Lei n 12.101, de 2009)

    Art. 19. Compete ao rgo da Administrao P-blica Federal responsvel pela coordenao da Po-ltica Nacional de Assistncia Social:

    I - coordenar e articular as aes no campo da as-sistncia social;

    II - propor ao Conselho Nacional de Assistncia So-cial (CNAS) a Poltica Nacional de Assistncia Social, suas normas gerais, bem como os critrios de priori-dade e de elegibilidade, alm de padres de qualida-de na prestao de benefcios, servios, programas e projetos;

    III - prover recursos para o pagamento dos benefcios de prestao continuada definidos nesta lei;

    IV - elaborar e encaminhar a proposta orament-ria da assistncia social, em conjunto com as demais da Seguridade Social;

  • 32 33

    V - propor os critrios de transferncia dos recur-sos de que trata esta lei;

    VI - proceder transferncia dos recursos destina-dos assistncia social, na forma prevista nesta lei;

    VII - encaminhar apreciao do Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) relatrios trimestrais e anu-ais de atividades e de realizao financeira dos recursos;

    VIII - prestar assessoramento tcnico aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municpios e s entidades e or-ganizaes de assistncia social;

    IX - formular poltica para a qualificao sistem-tica e continuada de recursos humanos no campo da assistncia social;

    X - desenvolver estudos e pesquisas para funda-mentar as anlises de necessidades e formulao de proposies para a rea;

    XI - coordenar e manter atualizado o sistema de cadastro de entidades e organizaes de assistncia social, em articulao com os Estados, os Municpios e o Distrito Federal;

  • 32 33

    XII - articular-se com os rgos responsveis pelas polticas de sade e previdncia social, bem como com os demais responsveis pelas polticas scio-econmicas setoriais, visando elevao do patamar mnimo de atendimento s necessidades bsicas;

    XIII - expedir os atos normativos necessrios gesto do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS), de acor-do com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Na-cional de Assistncia Social (CNAS);

    XIV - elaborar e submeter ao Conselho Nacional de As-sistncia Social (CNAS) os programas anuais e plurianuais de aplicao dos recursos do Fundo Nacional de Assistn-cia Social (FNAS).

    CAPTULO IVDos Benefcios, dos Servios, dos Programas e dos

    Projetos de Assistncia Social

    SEO IDo Benefcio de Prestao Continuada

    Art. 20. O benefcio de prestao continuada a ga-rantia de um salrio-mnimo mensal pessoa com deficincia e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem no possuir meios de prover

  • 34 35

    a prpria manuteno nem de t-la provida por sua famlia. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    1 Para os efeitos do disposto no caput, a famlia composta pelo requerente, o cnjuge ou companheiro, os pais e, na ausncia de um deles, a madrasta ou o pa-drasto, os irmos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    2 Para efeito de concesso deste benefcio, consi-dera-se pessoa com deficincia aquela que tem impe-dimentos de longo prazo de natureza fsica, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interao com diversas barreiras, podem obstruir sua participao plena e efetiva na sociedade em igualdade de condi-es com as demais pessoas. (Redao dada pela Lei n 12.470, de 2011)

    3 Considera-se incapaz de prover a manuteno da pessoa com deficincia ou idosa a famlia cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do sal-rio-mnimo. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    4 O benefcio de que trata este artigo no pode ser acumulado pelo beneficirio com qualquer ou-tro no mbito da seguridade social ou de outro re-gime, salvo os da assistncia mdica e da penso

  • 34 35

    especial de natureza indenizatria. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    5 A condio de acolhimento em instituies de lon-ga permanncia no prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficincia ao benefcio de prestao con-tinuada. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    6 A concesso do benefcio ficar sujeita avalia-o da deficincia e do grau de impedimento de que trata o 2, composta por avaliao mdica e avalia-o social realizadas por mdicos peritos e por assis-tentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS. (Redao dada pela Lei n 12.470, de 2011)

    7 Na hiptese de no existirem servios no municpio de residncia do beneficirio, fica asse-gurado, na forma prevista em regulamento, o seu encaminhamento ao municpio mais prximo que contar com tal estrutura. (Includo pela Lei n 9.720, de 30.11.1998)

    8 A renda familiar mensal a que se refere o 3 dever ser declarada pelo requerente ou seu repre-sentante legal, sujeitando-se aos demais procedimen-tos previstos no regulamento para o deferimento do pedido.(Includo pela Lei n 9.720, de 30.11.1998)

  • 36 37

    9 A remunerao da pessoa com deficincia na condio de aprendiz no ser considerada para fins do clculo a que se refere o 3 deste artigo. (Incldo pela Lei n 12.470, de 2011)

    10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do 2 deste artigo, aquele que produza efei-tos pelo prazo mnimo de 2 (dois) anos. (Incldo pela Lei n 12.470, de 2011)

    Art. 21. O benefcio de prestao continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para avaliao da continuidade das condies que lhe deram ori-gem. (Vide Lei n 9.720, de 30.11.1998)

    1 O pagamento do benefcio cessa no momento em que forem superadas as condies referidas no caput, ou em caso de morte do beneficirio.

    2 O benefcio ser cancelado quando se constatar irre-gularidade na sua concesso ou utilizao.

    3 O desenvolvimento das capacidades cogni-tivas, motoras ou educacionais e a realizao de atividades no remuneradas de habilitao e rea-bilitao, entre outras, no constituem motivo de suspenso ou cessao do benefcio da pessoa com deficincia. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

  • 36 37

    4 A cessao do benefcio de prestao continu-ada concedido pessoa com deficincia no impede nova concesso do benefcio, desde que atendidos os requisitos definidos em regulamento. (Redao dada pela Lei n 12.470, de 2011) Art. 21-A. O benefcio de prestao continuada ser suspenso pelo rgo concedente quando a pessoa com deficincia exercer atividade remune-rada, inclusive na condio de microempreendedor individual. (Includo pela Lei n 12.470, de 2011)

    1 Extinta a relao trabalhista ou a atividade empreendedora de que trata o caput deste artigo e, quando for o caso, encerrado o prazo de paga-mento do seguro-desemprego e no tendo o be-neficirio adquirido direito a qualquer benefcio previdencirio, poder ser requerida a continui-dade do pagamento do benefcio suspenso, sem necessidade de realizao de percia mdica ou reavaliao da deficincia e do grau de incapaci-dade para esse fim, respeitado o perodo de revi-so previsto no caput do art. 21. (Includo pela Lei n 12.470, de 2011)

    2 A contratao de pessoa com deficincia como aprendiz no acarreta a suspenso do benefcio de prestao continuada, limitado a 2 (dois) anos o rece-

  • 38 39

    bimento concomitante da remunerao e do benef-cio. (Includo pela Lei n 12.470, de 2011)

    SEO IIDos Benefcios Eventuais

    Art. 22. Entendem-se por benefcios eventuais as provises suplementares e provisrias que in-tegram organicamente as garantias do Suas e so prestadas aos cidados e s famlias em virtude de nascimento, morte, situaes de vulnerabilida-de temporria e de calamidade pblica. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011) 1 A concesso e o valor dos benefcios de que tra-ta este artigo sero definidos pelos Estados, Distrito Federal e Municpios e previstos nas respectivas leis oramentrias anuais, com base em critrios e prazos definidos pelos respectivos Conselhos de Assistncia Social. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    2 O CNAS, ouvidas as respectivas representaes de Estados e Municpios dele participantes, poder pro-por, na medida das disponibilidades oramentrias das 3 (trs) esferas de governo, a instituio de benefcios subsidirios no valor de at 25% (vinte e cinco por cento) do salrio-mnimo para cada criana de at 6 (seis) anos de idade. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

  • 38 39

    3 Os benefcios eventuais subsidirios no po-dero ser cumulados com aqueles institudos pe-las Leis n 10.954, de 29 de setembro de 2004, e n 10.458, de 14 de maio de 2002. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    SEO IIIDos Servios

    Art. 23. Entendem-se por servios socioassisten-ciais as atividades continuadas que visem me-lhoria de vida da populao e cujas aes, voltadas para as necessidades bsicas, observem os objeti-vos, princpios e diretrizes estabelecidos nesta Lei. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011) 1 O regulamento instituir os servios socioassis-tenciais. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2 Na organizao dos servios da assistncia social sero criados programas de amparo, entre outros: (In-cludo pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - s crianas e adolescentes em situao de risco pessoal e social, em cumprimento ao disposto no art. 227 da Constituio Federal e na Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescen-te); (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

  • 40 41

    II - s pessoas que vivem em situao de rua. (In-cludo pela Lei n 12.435, de 2011)

    SEO IVDos Programas de Assistncia Social

    Art. 24. Os programas de assistncia social com-preendem aes integradas e complementares com objetivos, tempo e rea de abrangncia de-finidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefcios e os servios assistenciais.

    1 Os programas de que trata este artigo sero defini-dos pelos respectivos Conselhos de Assistncia Social, obedecidos os objetivos e princpios que regem esta lei, com prioridade para a insero profissional e social. 2 Os programas voltados para o idoso e a inte-grao da pessoa com deficincia sero devidamente articulados com o benefcio de prestao continuada estabelecido no art. 20 desta Lei. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 24-A. Fica institudo o Servio de Proteo e Aten-dimento Integral Famlia (Paif), que integra a proteo social bsica e consiste na oferta de aes e servios so-cioassistenciais de prestao continuada, nos Cras, por meio do trabalho social com famlias em situao de vul-nerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompi-

  • 40 41

    mento dos vnculos familiares e a violncia no mbito de suas relaes, garantindo o direito convivncia familiar e comunitria. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. Regulamento definir as diretri-zes e os procedimentos do Paif. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 24-B. Fica institudo o Servio de Proteo e Atendimento Especializado a Famlias e Indivdu-os (Paefi), que integra a proteo social especial e consiste no apoio, orientao e acompanhamento a famlias e indivduos em situao de ameaa ou violao de direitos, articulando os servios so-cioassistenciais com as diversas polticas pblicas e com rgos do sistema de garantia de direitos. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. Regulamento definir as diretrizes e os procedimentos do Paefi. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 24-C. Fica institudo o Programa de Erradicao do Trabalho Infantil (Peti), de carter intersetorial, in-tegrante da Poltica Nacional de Assistncia Social, que, no mbito do Suas, compreende transferncias de ren-da, trabalho social com famlias e oferta de servios socioeducativos para crianas e adolescentes que se

  • 42 43

    encontrem em situao de trabalho. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    1 O Peti tem abrangncia nacional e ser de-senvolvido de forma articulada pelos entes fede-rados, com a participao da sociedade civil, e tem como objetivo contribuir para a retirada de crianas e adolescentes com idade inferior a 16 (dezesseis) anos em situao de trabalho, ressal-vada a condio de aprendiz, a partir de 14 (qua-torze) anos. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2 As crianas e os adolescentes em situao de trabalho devero ser identificados e ter os seus dados inseridos no Cadastro nico para Progra-mas Sociais do Governo Federal (Cadnico), com a devida identificao das situaes de trabalho infantil. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    SEO VDos Projetos de Enfrentamento da Pobreza

    Art. 25. Os projetos de enfrentamento da pobre-za compreendem a instituio de investimento econmico-social nos grupos populares, buscan-do subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gesto para melhoria das condies gerais de

  • 42 43

    subsistncia, elevao do padro da qualidade de vida, a preservao do meio-ambiente e sua orga-nizao social.

    Art. 26. O incentivo a projetos de enfrentamento da pobreza assentar-se- em mecanismos de arti-culao e de participao de diferentes reas go-vernamentais e em sistema de cooperao entre organismos governamentais, no governamentais e da sociedade civil.

    CAPTULO VDo Financiamento da Assistncia Social

    Art. 27. Fica o Fundo Nacional de Ao Comunitria (Funac), institudo pelo Decreto n 91.970, de 22 de no-vembro de 1985, ratificado pelo Decreto Legislativo n 66, de 18 de dezembro de 1990, transformado no Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS).

    Art. 28. O financiamento dos benefcios, servios, programas e projetos estabelecidos nesta lei far-se- com os recursos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, das demais con-tribuies sociais previstas no art. 195 da Cons-tituio Federal, alm daqueles que compem o Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS).

  • 44 45

    1 Cabe ao rgo da Administrao Pblica respon-svel pela coordenao da Poltica de Assistncia Social nas 3 (trs) esferas de governo gerir o Fundo de Assis-tncia Social, sob orientao e controle dos respectivos Conselhos de Assistncia Social. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    2 O Poder Executivo dispor, no prazo de 180 (cen-to e oitenta) dias a contar da data de publicao desta lei, sobre o regulamento e funcionamento do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS).

    3 O financiamento da assistncia social no Suas deve ser efetuado mediante cofinanciamento dos 3 (trs) entes federados, devendo os recursos alo-cados nos fundos de assistncia social ser volta-dos operacionalizao, prestao, aprimoramen-to e viabilizao dos servios, programas, projetos e benefcios desta poltica. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 28-A. Constitui receita do Fundo Nacional de Assistncia Social, o produto da alienao dos bens imveis da extinta Fundao Legio Brasileira de As-sistncia. (Includo pela Medida Provisria n 2.187-13, de 2001)

  • 44 45

    Art. 29. Os recursos de responsabilidade da Unio destinados assistncia social sero automatica-mente repassados ao Fundo Nacional de Assistn-cia Social (FNAS), medida que se forem realizan-do as receitas.

    Pargrafo nico. Os recursos de responsabilidade da Unio destinados ao financiamento dos benef-cios de prestao continuada, previstos no art. 20, podero ser repassados pelo Ministrio da Previ-dncia e Assistncia Social diretamente ao INSS, rgo responsvel pela sua execuo e manuten-o.(Includo pela Lei n 9.720, de 30.11.1998)

    Art. 30. condio para os repasses, aos Municpios, aos Estados e ao Distrito Federal, dos recursos de que trata esta lei, a efetiva instituio e funcionamento de:

    I - Conselho de Assistncia Social, de composio paritria entre governo e sociedade civil;

    II - Fundo de Assistncia Social, com orientao e controle dos respectivos Conselhos de Assistn-cia Social;

    III - Plano de Assistncia Social.

  • 46 47

    Pargrafo nico. , ainda, condio para transferncia de recursos do FNAS aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios a comprovao oramentria dos recursos prprios destinados Assistncia Social, alocados em seus respectivos Fundos de Assistncia Social, a partir do exer-ccio de 1999. (Includo pela Lei n 9.720, de 30.11.1998)

    Art. 30-A. O cofinanciamento dos servios, progra-mas, projetos e benefcios eventuais, no que couber, e o aprimoramento da gesto da poltica de assistn-cia social no Suas se efetuam por meio de transfern-cias automticas entre os fundos de assistncia social e mediante alocao de recursos prprios nesses fun-dos nas 3 (trs) esferas de governo. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. As transferncias automticas de recursos entre os fundos de assistncia social efetuadas conta do oramento da seguridade social, conforme o art. 204 da Constituio Fede-ral, caracterizam-se como despesa pblica com a seguridade social, na forma do art. 24 da Lei Com-plementar no 101, de 4 de maio de 2000. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 30-B. Caber ao ente federado responsvel pela utilizao dos recursos do respectivo Fundo de Assistncia Social o controle e o acompanhamento

  • 46 47

    dos servios, programas, projetos e benefcios, por meio dos respectivos rgos de controle, indepen-dentemente de aes do rgo repassador dos re-cursos. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 30-C. A utilizao dos recursos federais descentra-lizados para os fundos de assistncia social dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal ser declarada pe-los entes recebedores ao ente transferidor, anualmente, mediante relatrio de gesto submetido apreciao do respectivo Conselho de Assistncia Social, que com-prove a execuo das aes na forma de regulamento. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. Os entes transferidores podero re-quisitar informaes referentes aplicao dos recur-sos oriundos do seu fundo de assistncia social, para fins de anlise e acompanhamento de sua boa e re-gular utilizao. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    CAPTULO VIDas Disposies Gerais e Transitrias

    Art. 31. Cabe ao Ministrio Pblico zelar pelo efetivo res-peito aos direitos estabelecidos nesta lei.

    Art. 32. O Poder Executivo ter o prazo de 60 (ses-senta) dias, a partir da publicao desta lei, obe-

  • 48 49

    decidas as normas por ela institudas, para elabo-rar e encaminhar projeto de lei dispondo sobre a extino e reordenamento dos rgos de assistn-cia social do Ministrio do Bem-Estar Social.

    1 O projeto de que trata este artigo definir for-mas de transferncias de benefcios, servios, pro-gramas, projetos, pessoal, bens mveis e imveis para a esfera municipal.

    2 O Ministro de Estado do Bem-Estar Social indicar Comisso encarregada de elaborar o projeto de lei de que trata este artigo, que contar com a participao das or-ganizaes dos usurios, de trabalhadores do setor e de entidades e organizaes de assistncia social.

    Art. 33. Decorrido o prazo de 120 (cento e vinte) dias da promulgao desta lei, fica extinto o Conselho Nacional de Servio Social (CNSS), revogando-se, em conseqncia, os Decretos-Lei ns 525, de 1 de julho de 1938, e 657, de 22 de julho de 1943.

    1 O Poder Executivo tomar as providncias ne-cessrias para a instalao do Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) e a transferncia das ati-vidades que passaro sua competncia dentro do prazo estabelecido no caput, de forma a assegurar no haja soluo de continuidade.

  • 48 49

    2 O acervo do rgo de que trata o caput ser trans-ferido, no prazo de 60 (sessenta) dias, para o Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), que promo-ver, mediante critrios e prazos a serem fixados, a reviso dos processos de registro e certificado de entidade de fins filantrpicos das entidades e organizao de assistncia social, observado o dis-posto no art. 3 desta lei.

    Art. 34. A Unio continuar exercendo papel su-pletivo nas aes de assistncia social, por ela atualmente executadas diretamente no mbito dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal, visando implementao do disposto nesta lei, por prazo mximo de 12 (doze) meses, contados a partir da data da publicao desta lei.

    Art. 35. Cabe ao rgo da Administrao Pblica Federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacional de Assistncia Social operar os benef-cios de prestao continuada de que trata esta lei, podendo, para tanto, contar com o concurso de outros rgos do Governo Federal, na forma a ser estabelecida em regulamento.

    Pargrafo nico. O regulamento de que trata o ca-put definir as formas de comprovao do direito ao benefcio, as condies de sua suspenso, os

  • 50 51

    procedimentos em casos de curatela e tutela e o rgo de credenciamento, de pagamento e de fis-calizao, dentre outros aspectos.

    Art. 36. As entidades e organizaes de assistncia social que incorrerem em irregularidades na aplica-o dos recursos que lhes foram repassados pelos poderes pblicos tero a sua vinculao ao Suas can-celada, sem prejuzo de responsabilidade civil e penal. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 37. O benefcio de prestao continuada ser devido aps o cumprimento, pelo requerente, de todos os requisitos legais e regulamentares exi-gidos para a sua concesso, inclusive apresenta-o da documentao necessria, devendo o seu pagamento ser efetuado em at quarenta e cinco dias aps cumpridas as exigncias de que trata este artigo. (Redao dada pela Lei n 9.720, de 30.11.1998) (Vide Lei n 9.720, de 30.11.1998)

    Pargrafo nico. No caso de o primeiro pagamen-to ser feito aps o prazo previsto no caput, aplicar-se- na sua atualizao o mesmo critrio adotado pelo INSS na atualizao do primeiro pagamento de benefcio previdencirio em atraso. (Includo pela Lei n 9.720, de 30.11.1998)

  • 50 51

    Art. 38. (Revogado pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 39. O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), por deciso da maioria absoluta de seus membros, respeitados o oramento da seguridade social e a disponibilidade do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS), poder propor ao Poder Executivo a alterao dos limites de renda mensal per capita definidos no 3 do art. 20 e caput do art. 22.

    Art. 40. Com a implantao dos benefcios previstos nos arts. 20 e 22 desta lei, extinguem-se a renda men-sal vitalcia, o auxlio-natalidade e o auxlio-funeral existentes no mbito da Previdncia Social, conforme o disposto na Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991.

    1 A transferncia dos benefcirios do sistema pre-videncirio para a assistncia social deve ser estabe-lecida de forma que o atendimento populao no sofra soluo de continuidade. (Redao dada pela Lei n 9.711, de 20.11.1998

    2 assegurado ao maior de setenta anos e ao invlido o direito de requerer a renda mensal vi-talcia junto ao INSS at 31 de dezembro de 1995, desde que atenda, alternativamente, aos requisi-tos estabelecidos nos incisos I, II ou III do 1 do

  • 52

    art. 139 da Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991. (Redao dada pela Lei n 9.711, de 20.11.1998

    Art. 41. Esta lei entra em vigor na data da sua publi-cao.

    Art. 42. Revogam-se as disposies em contrrio.

    Braslia, 7 de dezembro de 1993, 172 da Indepen-dncia e 105 da Repblica.

    ITAMAR FRANCO Jutahy Magalhes Jnior

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U de 8.12.1998

  • 53