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Módulo 02 Prevenindo a intoxicação

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Módulo 02

Prevenindo a intoxicação

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39Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Apresentação do módulo 02

Boas vindas ao módulo 02 do curso Saúde Rural.

No módulo anterior você refletiu sobre o que é saúde e descobriu quais são seus direitos garantidos pela Constituição Brasileira. Aprendeu também que para termos saúde, são necessários alguns cuidados com nosso corpo, como: higiene pessoal, alimentação saudável e cuidados na preparação dos alimentos.

Neste você estudará sobre os cuidados de higiene com seu corpo após o manuseio de agrotóxicos e as medidas de emergência nas situações em que ocorrem intoxicações tanto por agrotóxicos como por outras substâncias químicas. Você vai conhecer a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPI e saberá como prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Aprenderá como evitar e que atitudes tomar em casos de acidentes com plantas tóxicas e animais peçonhentos.

Vamos em frente! Ainda temos muito a aprender! Conheça a seguir os objetivos deste módulo.

Objetivos

Ao final deste módulo, você será capaz de:

Identificar medidas de emergências em casos de intoxicações por produtos químicos e por plantas tóxicas.

Compreender a importância dos cuidados de higiene após o uso de produtos químicos.

Reconhecer a importância da utilização correta dos equipamentos de proteção coletiva e individual.

Aprender as medidas preventivas de acidentes com animais peçonhentos.

Identificar medidas de emergência nos casos de acidentes com animais peçonhentos.

Reúna disposição e empenho para aprender conteúdos novos e relevantes neste módulo. Avance para iniciar os estudos!

Desafio do módulo 02

Responda às perguntas a seguir:

Que atitudes você tomaria se encontrasse uma pessoa com sintomas de intoxicação por ingestão de agrotóxico?

Quais são os equipamentos de proteção individual que devem ser utilizados ao manusear agrotóxicos?

Em casos de acidentes com animais venenosos, que medidas de emergência você aplicaria?

Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem desse curso para realizar essa atividade.

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40Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Manuseio correto de fitossanitários

Os produtos fitossanitários foram desenvolvidos com o objetivo de reduzir as perdas causadas pelo ataque de pragas, doenças e plantas daninhas que infestam as lavouras. Portanto, são importantes insumos agrícolas que são utilizados para ajudar a produzir economicamente alimentos saudáveis. Quando utilizados incorretamente, os produtos fitossanitários podem provocar contaminações dos aplicadores, dos consumidores de alimentos, assim como de animais e do meio ambiente.

Para evitar acidentes e contaminações, os cuidados com os produtos fitossanitários devem ser observados em todas as etapas, a saber: aquisição, transporte, armazenamento, manuseio (principalmente preparo da calda), aplicação e o destino final de sobras e de embalagens vazias.

Informações de segurança no manuseio

A regra fundamental de segurança é ler o rótulo e seguir as instruções da bula, pois ali estão colocados os conhecimentos do fabricante a respeito do produto, informando sobre manuseio, precauções, primeiros socorros, destinação de embalagens, equipamentos de proteção etc.

Informações aos trabalhadores

É dever do empregador rural ou equiparado, disponibilizar a todos os trabalhadores informações sobre o uso de produtos fitossanitários no estabelecimento, abordando os seguintes aspectos:

Área tratada: descrição das características gerais da área, da localização e do tipo de aplicação a ser feita, incluindo o equipamento a ser utilizado.

As instruções devem ser compreensíveis e suficientes aos que manipulam agrotóxicos. Nome comercial do produto utilizado. Classificação toxicológica. Data e hora da aplicação. Intervalo de reentrada. Intervalo de segurança/período de carência. Medidas de proteção necessárias aos trabalhadores em exposição direta e indireta. Medidas a serem adotadas em caso de intoxicação.

Agora que você já recebeu as informações mais relevantes sobre o manuseio correto de fitossani-tários, vamos avançar? A seguir você encontrará informações sobre outro manuseio: o de agrotó-xicos. Bons estudos!

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41Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem desse curso para realizar essa atividade.

Manuseio inadequado de agrotóxicos

Paulo: Este curso que estamos fazendo sobre saúde rural é mesmo excelente! Hoje, por exemplo, recordei informações importantes sobre o manuseio inadequado de agrotóxicos.

João: Realmente este curso está nos ajudando muito, meu filho! O manuseio inadequado de agrotóxicos é um dos principais responsáveis por acidentes de trabalho no campo.

Paulo: O uso de agrotóxicos tem causado muitas vítimas fatais, além de abortos, fetos com má

formação, suicídios, câncer, doenças da pele (dermatoses), do fígado, dos rins, dentre outras.

Henrique: Nossa! Quantas consequências perigosas e ruins, papai!

Paulo: Sim, filho! Os maiores riscos de intoxicação estão relacionados ao contato do produto com a pele.

João: A via mais rápida de absorção, Henrique, é pelos pulmões. É por isso que dizemos que a inalação, ou seja, a absorção destes produtos tóxicos pela respiração é um grande fator de risco.

Dora: Eu separei da apostila do curso, o conteúdo que trata desse assunto para lermos juntos.

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42Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Dora: Percebeu como os cuidados com o manuseio dos agrotóxicos é necessário para evitar a intoxicação?

João: Enfim, devemos manusear os agrotóxicos de forma correta para evitar a contaminação do nosso organismo. Vamos ler a seguir.

Manuseio incorreto de agrotóxicos

A ação dos agrotóxicos no organismo acontece porque os venenos entram no corpo por meio de contato com a pele, mucosa, pela respiração e ingestão.

Um exemplo disso é quando se manuseia alimentos, bebidas ou cigarros com as mãos contaminadas com produtos químicos.

Ressaltamos que após o manuseio de produtos fitossanitários, usados para combater as pragas ou para aumentar a produtividade agrícola, é importante lavar bem as mãos e o rosto antes de comer, beber ou fumar, pois a ingestão é uma forma de intoxicação bastante importante e que ocorre com muita frequência.

Portanto, pessoas que não estão protegidas com EPI, devem ficar longe do local de preparo e aplicação do produto.

Henrique: Vovô, e os sintomas da intoxicação aparecem rápido?

João: Nem todas as pessoas que entram em contato com o agrotóxico apresentam sintomas de imediato, Henrique!

Dora: A intoxicação pode ser aguda ou crônica, filho. A aguda é aquela na qual os sintomas surgem rapidamente, algumas horas após a exposição excessiva, por curto período. A intoxicação crônica caracteriza-se por surgimento tardio, em meses ou anos após a exposição.

Henrique: E quais são os sintomas que apresentamos quando sofremos algum tipo de intoxicação?

Dora: Vamos consultar novamente a apostila do curso.

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43Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Paulo: Estou muito satisfeito por aprender conteúdos tão úteis para o nosso dia-a-dia aqui no campo!

João: E você? Também está gostando deste curso? Lembre-se de que sempre que surgir alguma dúvida, você deve entrar em contato com o tutor por meio da ferramenta Tira-dúvidas. Para isso, acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Paulo: No próximo tópico, vamos aprender sobre as medidas de emergências quando ocorrem as intoxicações. Avance e não perca nenhum detalhe, pois estes ensinamentos vão lhe auxiliar na prática.

Medidas de emergência nas intoxicações

Os casos de contaminação geralmente são resultado de erros cometidos durante as etapas de manuseio ou de aplicação de produtos fitossanitários e são causados principalmente pela falta de informação ou descuido do operador. É importante conhecer as instruções de primeiros socorros quando estes estiverem especificados no rótulo ou na bula do produto.

No anexo 1 você saberá como proceder em alguns casos de intoxicação.

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Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e realize a atividade desse tópico.

Como você está percebendo, este segundo módulo vai contribuir para que você aprenda sobre a prevenção e sobre os corretos procedimentos para sanar as contaminações por envenenamentos ou intoxicações por produtos químicos.

Prossiga com atenção, pois nosso próximo tópico tratará da limpeza das mãos e do corpo após o manuseio de agrotóxicos.

Limpeza das mãos e do corpo após o manuseio de agrotóxicos

Henrique: Vovô, o ajudante da casa do Carlinhos, meu colega da escola, está internado por conta de uma intoxicação com um produto agrotóxico que estava jogando na plantação...

João: Mesmo, Henrique? Por isso é tão importante sabermos sobre hábitos de higiene e manuseio de agrotóxicos. No curso Saúde Rural do SENAR, nós

aprendemos que após o término do manuseio dos produtos químicos é importante tomar banho com bastante água fria e sabonete, lavando bem o couro cabeludo, as axilas, as unhas e as regiões genitais.

Dora: Além disso, devemos sempre usar roupas limpas, porque no manuseio do agrotóxico as roupas ficam impregnadas do produto químico, que é absorvido pelo corpo.

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Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Paulo: É por isso que se for feita uma boa higiene, podemos evitar uma intoxicação ou envenenamento causado por esse contato direto do produto com a pele.

Henrique: Eu vou compartilhar essas dicas com o Carlinhos, para que ele informe sua família e os funcionários da fazenda! É importante que você também leia.

Cada produto químico ou agrotóxico apresenta em seu rótulo e bula informações específicas do produto. O fabricante orienta os cuidados que devem ser tomados especificamente para cada princípio ativo, pois existem diferenças na formulação destes, e estas diferenças devem ser respeitadas.

O trabalhador deve sempre observar:

As precauções de uso e as recomendações gerais quanto aos primeiros socorros, antídoto e tratamento.

Todas as instruções antes de iniciar o manuseio do produto.

Cada recomendação, visando sempre a prevenção de acidentes.

Paulo: É muito importante escolhermos adequadamente as roupas e os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) que serão usados na aplicação dos produtos tóxicos.

Paulo: Leia a seguir alguns procedimentos importantes em se tratando do uso de EPIs.

As roupas e EPIs usados na aplicação, no final do dia de trabalho, devem ser lavadas separadamente das roupas de uso da família, a roupas contaminadas em contato com outras roupas provocarão a contaminação de todas. A pessoa responsável pela lavagem desta roupa, também deve ter os cuidados, usando luvas e avental para não contaminar-se.

É importante que sejam seguidas sempre as orientações quanto à forma de lavagem das roupas e EPI utilizados, pois essas recomendações tem por objetivo evitar a contaminação e o desgaste dos equipamentos.

As roupas e aventais de proteção devem ser enxaguados com muita água corrente para diluir e remover os resíduos da calda de pulverização. A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa com sabão neutro, a fim de evitar o desgaste e o rompimento das mesmas. As roupas não devem ficar de molho. Em seguida, as peças devem ser bem enxaguadas para remover todo sabão. Não use alvejantes, pois poderá danificar a resistência das vestimentas.

As botas, as luvas e a viseira devem ser enxaguadas com água abundante após cada uso. Guarde os EPIs separados da roupa comum para evitar contaminação e sempre substitua os EPIs danificados.

Dora: Que tal praticar um pouco do que você aprendeu sobre esse assunto?! Vamos para o próximo tópico.

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Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e realize a atividade desse tópico.

Quantos ensinamentos necessários para o nosso dia-a-dia estamos aprendendo neste curso, não é mesmo?

No próximo tópico, exploraremos um assunto de extrema importância para nós: os EPCs, ou seja, os Equipamentos de Proteção Coletiva. Então, avance!

Equipamento de Proteção Coletiva (EPC)

Geralmente, quando falamos sobre prevenção de acidentes com o trabalhador, pensa-se em EPI, proteção individual. Mas em certas situações é muito importante pensar na proteção coletiva dos trabalhadores. Você certamente já ouviu falar de EPC, mas lembra do que se trata? Leia a seguir.

Conceito

Um Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é toda medida ou dispositivo, sinal, imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à proteção de uma ou mais pessoas. Esses dispositivos são utilizados no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos inerentes aos processos.

São exemplos de EPC: torneiras e chuveiros para limpeza pessoal após o manuseio de produto químico, local adequado para armazenamento de agrotóxico, placas de identificação do local de armazenamento, e a própria limpeza e organização do ambiente de trabalho.

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Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Para prevenir os acidentes e as doenças decorrentes do trabalho, a ciência e as tecnologias colocam à nossa disposição uma série de medidas e equipamentos de proteção coletiva e individual.

No próximo módulo trataremos com mais detalhes sobre os objetivos do uso do EPC. Vamos seguir!

Os objetivos do uso do EPC

As medidas e os equipamentos de proteção coletiva visam, além de proteger muitos trabalhadores ao mesmo tempo, à otimização dos ambientes de trabalho, destacando-se por serem mais rentáveis e duráveis para a empresa.

Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender suas finalidades, a preferência pela utilização deste é maior em relação à utilização do EPI, já que colabora no processo aumentando a produtividade e minimizando os efeitos e perdas em função da melhoria no ambiente de trabalho. Leia com atenção.

Os objetivos do uso do EPC são:

Proteção coletiva.

Excelentes condições de trabalho.

Minimizar a exposição dos trabalhadores aos riscos.

Reduzir consequências dos acidentes.

Como você percebeu, a utilização dos EPCs é fundamental para manusear com segurança os produtos que são utilizados na rotina do trabalho no campo.

Não esqueça: Se estiver com alguma questão referente ao conteúdo, entre em contato com o tutor por meio da ferramenta Tira-dúvidas. Para isso, acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem.

No próximo tópico, você terá informações sobre os EPIs.

Equipamento de Proteção Individual (EPI)

João: Como vimos, o EPC tem importância mais geral para os trabalhadores. Porém, para proteção individual do trabalhador, também é necessário utilizar o EPI.

Paulo: O equipamento de proteção individual tem a função de proteger cada trabalhador de lesões causadas por acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. Leia com atenção.

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Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Conceito

Chama-se de Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo produto utilizado como ferramenta de trabalho, de uso individual, destinado à proteção do trabalhador. Ele minimiza riscos de ameaças a segurança e a saúde no trabalho, como por exemplo, os riscos de intoxicações decorrentes da exposição por produtos químicos.

São exemplos de EPI: luvas, botas e óculos de proteção.

João: Eu lembro que muitos dos meus colegas de trabalho não gostavam de usar EPIs. Além de haver muita ignorância sobre os riscos de trabalhar sem proteção, muita gente reclamava que eram equipamentos desconfortáveis...

Paulo: Mas é sempre importante lembrar que esse desconforto só existe quando não se usa o equipamento corretamente. Afinal, trabalhar usando uma calça muito larga ou um sapato muito apertado é muito ruim, não é mesmo?

João: Sim, filho! O EPI tem a função de proteger o trabalhador, mas ele sozinho não evita os acidentes. Se estiver sendo bem usado, ele não vai atrapalhar e sim proteger o trabalhador.

João: Se meus antigos colegas de trabalho soubessem dos riscos que estavam correndo, eles não iriam se arriscar a trabalhar sem EPI.

Paulo: É por isso, papai, que a conscientização do trabalhador, por meio de cursos como este que estamos fazendo sobre saúde rural, ainda é a melhor maneira de implantar a utilização dos equipamentos de segurança.

Paulo: Leia a seguir outra utilidade importante do EPI.

Além de proteger o trabalhador dos acidentes, o uso de EPIs também é muito importante para evitar problemas trabalhistas.

A legislação trabalhista brasileira, por meio da Norma Regulamentadora 31 (NR 31), orienta o empregador quanto ao fornecimento gratuito do EPI. O não-cumprimento desta regra pode gerar ações na Justiça, além de multas aos infratores.

O empregador rural deve fornecer os equipamentos de proteção individual aos trabalhadores de acordo com as necessidades de cada atividade desenvolvida.

Mas é importante lembrar que o simples fornecimento dos EPIs não garante a proteção da saúde do trabalhador, e nem evita contaminações ou acidentes. Ou seja, o empregador deve também exigir o uso do equipamento, e treinar o empregado para usá-lo corretamente, além da lavagem e armazenamento, para que ele seja bem conservado.

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Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Paulo: Você utiliza EPIs no seu dia-a-dia de trabalho? Saberia listar os tipos de EPIs?

João: Acompanhe atentamente o próximo tópico e confira quais são os tipos de EPIs.

Paulo: Lembrando: A qualquer momento, entre em contato com o tutor por meio da ferramenta Tira-dúvidas e exponha seus questionamentos. Para isso, acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Tipos de EPIs

Existem vários tipos de EPIs e é relevante sabermos sobre eles. Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e conheça-os!

Todas as informações apresentadas devem ser colocadas em prática para que sua saúde seja preservada. Seguindo para o próximo tópico você terá a oportunidade de checar o que aprendeu sobre o uso de EPIs.

Atividade

Paulo irá pulverizar agrotóxicos em sua lavoura. Vamos ajudá-lo a vestir-se, de forma segura e adequada, com os equipamentos de proteção individual.

Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e realize a atividade desse tópico.

Você conseguiu ampliar sua compreensão sobre o uso de EPIs? Caso tenha ficado alguma dúvida referente ao conteúdo estudado, lembre sempre de contatar seu tutor, por meio da ferramenta Tira-dúvidas. Para isso, acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem.

No próximo tópico, estudaremos sobre os acidentes com plantas tóxicas. Avance e muita atenção!

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Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

João: Quando falamos sobre contaminação ou intoxicação, não podemos deixar de lembrar que estamos no meio rural, onde existem várias espécies de plantas nocivas (prejudiciais).

Dora: É isso mesmo, sogro. As plantas venenosas crescem nos campos, nos jardins, nas casas e no local do trabalho. Muitas vezes, usamos estas plantas para deixar o ambiente onde estamos mais bonito, mas, não pensamos

no perigo que elas representam...

Paulo: A ingestão destas plantas, pessoal, pode causar alterações nos sistemas circulatórios, gastrointestinal ou nervoso central.

Paulo: Cerca de meia hora após a ingestão de uma planta venenosa, a vítima pode apresentar sinais clássicos de colapso circulatório, frequência cardíaca alta, queda de pressão arterial, sudorese, cianose (arroxeamento nos lábios) e fraqueza.

Henrique: Nossa! Quando estou passeando pela fazenda, vivo colocando folhinhas de plantas na boca.

João: Ai ai ai, Henrique! Isso é um perigo! Para terem uma ideia, 60% dos casos de intoxicação por plantas no Brasil ocorrem com crianças menores de nove anos, e 80% deles são acidentais.

Dora: Em nosso país existem 16 plantas que mais causam intoxicação. A apostila do curso Saúde Rural apresenta todas elas, vamos conhecê-las? Leia o texto a seguir.

Imagem 04

1. Oleandro/Espirradeira: Nome popular: Oleandro, louro rosa.

Parte tóxica: Todas as partes da planta.

Sintomas: A ingestão ou o contato com o látex podem causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarreia, tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar a morte.

2. Avelós: Nome popular: Graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião.

Parte tóxica: Todas as partes da planta.

Sintomas: A seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, inchaço de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, inchaço das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia.

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Acidentes com plantas tóxicas

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Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

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3. Bico-de-papagaio: Nome popular: Rabo-de-arara, papagaio.

Parte tóxica: Todas as partes da planta.

Sintomas: A seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, inchaço de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, inchaço das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia.

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4. Taioba-brava: Nome popular: Cocó, taió, tajá.

Parte tóxica: Todas as partes da planta.

Sintomas: A ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, inchaço de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.

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5. Pinhão-roxo: Nome popular: Pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo.

Parte tóxica: Folhas e frutos.

Sintomas: A ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia e parada cardíaca.

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6. Saia-branca: Nome popular: Trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba.

Parte tóxica: Todas as partes da planta.

Sintomas: A ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, febre; nos casos mais graves pode levar a morte.

Imagem 10

7. Aroeira: Nome popular: Pau-de-bugre, coração-de-bugre, aroeirinha preta, aroeira-do-mato, aroeira-brava.

Parte tóxica: Todas as partes da planta.

Sintomas: O contato ou, possivelmente, a proximidade provoca reação dérmica local (bolhas, vermelhidão e coceira), que persiste por vários dias; a ingestão pode provocar manifestações gastrointestinais.

Imagem 11

8. Chapéu-de-napoleão: Nome popular: Jorro-jorro, bolsa-de-pastor.

Parte tóxica: Todas as partes da planta.

Sintomas: A ingestão ou o contato com o látex pode causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar a morte.

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Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

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9. Copo-de-leite: Nome popular: Copo-de-leite.

Parte tóxica: Todas as partes da planta

Sintomas: A ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, inchaço de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.

Imagem 13

10. Cinamomo: Nome popular: Jasmim-de-caiena, jasmim-de-cachorro, jasmim-de-soldado, árvore-santa, loureiro-grego, lírio-da-índia, Santa Bárbara.

Parte tóxica: Frutos e chá das folhas.

Sintomas: A ingestão pode causar aumento da salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia intensa; em casos graves pode ocorrer depressão do sistema nervoso central.

Imagem 14

11. Tinhorão: Nome popular: Tajá, taiá, caládio.

Parte tóxica: Todas as partes da planta.

Sintomas: A ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, e inchaço de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.

Imagem 15

12. Mamona: Nome popular: Carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato.

Parte tóxica: Sementes.

Sintomas: A ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito.

Imagem 16

13. Coroa-de-cristo: Nome popular: Coroa-de-cristo.

Parte tóxica: Todas as partes da planta.

Sintomas: A seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, inchaço de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia.

Imagem 17

14. Comigo-ninguém-pode: Nome popular: Aninga-do-Pará.

Parte tóxica: Todas as partes da planta.

Sintomas: A ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, inchaço de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.

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Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

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15. Mandioca-brava: Nome popular: Mandioca, maniva.

Parte tóxica: Raiz e folhas.

Sintomas: A ingestão causa cansaço, falta de ar, fraqueza, taquicardia, taquipnéia, acidose metabólica, agitação, confusão mental, convulsão, coma e morte.

Imagem 19

16. Urtiga: Nome popular: Urtiga-brava, urtigão, cansanção.

Parte tóxica: Pêlos do caule e folhas.

Sintomas: O contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamação, vermelhidão cutânea, bolhas e coceira.

Paulo: As plantas são essenciais para a nossa vida e para o mundo, mas como vimos, é importante prestarmos atenção ao manuseio e à ingestão destas para evitarmos uma possível intoxicação.

Dora: No próximo tópico, saiba tudo sobre como devemos agir quando acontece um acidente com plantas.

João: E lembre-se: qualquer dúvida entre em contato com o tutor pela ferramenta Tira-dúvidas, acessando o Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Medidas de emergência nos acidentes com plantas

No tópico anterior, conhecemos algumas plantas que são prejudiciais à saúde. Avance e conheça algumas atitudes a serem tomadas quando acontece algum acidente com plantas.

Em caso de ingestão:

Retire da boca cuidadosamente os restos da planta.

Enxágue a boca com bastante água.

Examine a língua e a garganta e verifique se houve irritação.

Dê bastante água ou leite para beber.

Em contato com pele e olhos:

Lavar o local ou os olhos com bastante água.

Proteja contra nova exposição.

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Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Em caso de ingestão:

Guarde a folha, semente, etc. para identificação.

Informe-se sobre as características da planta.

Mantenha o acidentado em observação.

Procure um médico ou hospital.

Maiores informações telefone para o Centro de Intoxicações Toxicológicas - CIT de seu estado.

Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e realize a atividade desse tópico.

Você está ficando craque nestes conteúdos relativos à saúde rural, não é mesmo?

A partir de agora, vamos falar sobre acidentes com animais peçonhentos. Bastante atenção!

Acidentes com animais peçonhentos

Dora: Agora, vamos aprender sobre os acidentes por contato com animais venenosos.

Paulo: Este é um tema muito importante. Lembro que o Júlio, filho do primo Luís, deu um baita susto na família quando apareceu em casa ardendo em febre. Só no pronto-socorro o pessoal entendeu que aquele vermelhão no braço havia sido causado pelo contato com o veneno de uma lagarta.

Henrique: Eu me lembro dessa história, papai. Naquela época eu achava que somente as cobras eram venenosas, mas a minha professora na escola me explicou que tem um monte de outros bichos que podem fazer mal.

Dora: Além das cobras e lagartas, existem alguns tipos de sapos, insetos, e até mesmo peixes que podem fazer mal se forem agredidos. Sem falar das aranhas!

Henrique: Eu achei um texto no material do curso que explica bem essa história de animais peçonhentos. Vamos ler juntos!

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55Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Muitas espécies de animais da flora brasileira são dotadas de mecanismos de defesa que têm peçonhas ou venenos. Conheça as diferenças entre eles!

Animais peçonhentosSão aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente. Portanto, peçonhentos são os animais que injetam veneno com facilidade e de maneira ativa. É o caso de serpentes, aranhas, escorpiões, lacraias, abelhas, vespas, marimbondos e arraias.

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Animais venenososSão aqueles que produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador (dentes, ferrões). Eles provocam envenenamento passivo por contato, por compressão ou por ingestão. É o caso, respectivamente, de taturanas, sapos e o peixe baiacu.

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João: Quando existe contato com o veneno de animais peçonhentos ou venenosos, a reação no corpo humano se dá por dolorosas intoxicações.

Paulo: Independente do tamanho da lesão, o socorro deve ser feito imediatamente. Se as medidas corretas não forem tomadas, em casos extremos, o envenenamento poderá levar à morte. Apenas as cobras são responsáveis por cerca de 20 mil vítimas por ano.

Paulo: A seguir, você vai conhecer detalhes de cada grupo de animal peçonhento ou venenoso, formas de prevenir acidentes com estes animais, e também como agir nos casos de envenenamento. Siga em frente!

Formas de prevenção de acidentes com cobras

No mundo todo existem, aproximadamente, 2500 espécies de serpentes. Destas, 250 são conhecidas no Brasil, das quais 70 são consideradas peçonhentas e pertencentes a dois grupos: os crotalíneos (jararaca, urutu, cascavel, surucucu) e os elapídeos (coral, boicorá). O veneno injetado nas pessoas pelas cobras peçonhentas, ao ser absorvido pelo organismo provoca reações. Essas reações são diferenciadas de acordo com o tipo da cobra envolvida no acidente.

No anexo 2 você conhecerá os tipos de cobras.

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56Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Agora que você já sabe sobre os tipos de cobras, entenda as medidas de prevenção dos acidentes com elas.

Medidas preventivas de acidentes ofídicos

Agora você deve prestar atenção nas medidas preventivas de acidentes ofícios.

Saiba como se prevenir

Não andar descalço.

Usar botas de cano longo.

Olhar sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer.

Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem, nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras.

Tampar as frestas e buracos das paredes e assoalhos.

Controlar o número de roedores existentes na área de sua propriedade: ao lado dos outros problemas de saúde pública, a diminuição do número de roedores irá evitar a aproximação de serpentes venenosas que deles se alimentam.

Não deve ser feito o manuseio de serpentes vivas. Não tocar nas serpentes, mesmo mortas, pois por descuido ou inabilidade há o risco de ferimento nas presas venenosas.

As ações de prevenção são importantíssimas para evitar os acidentes com cobras. Mas, e se acontecer intoxicação? Como devemos agir? Prossiga com atenção para descobrir.

Como agir em caso de intoxicação

Possivelmente você já conhece e já vivenciou algumas dessas ações que apresentamos a seguir.

Remova a vítima do local do acidente, carregando-a, (evite que caminhe).

Manter em repouso, deitada, e calma.

Lavar o local da picada com água e sabão.

Elevar o local da picada.

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57Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Fazer compressa de gelo, para retardar os efeitos do veneno.

Levar a cobra (viva ou morta) junto para identificar a espécie.

Encaminhar rapidamente para o hospital.veneno.

Atenção! Tão importante quanto saber as medidas que devem ser tomadas é saber o que “não” fazer neste momento. Muitas complicações ocorrem devido a procedimentos errados. Então:

Não amarre e não faça torniquete.

Não corte ou fure ao redor da picada.

Não chupe o local da picada.

Não dê nada para a vítima beber ou comer.

Não faça curativo ou tratamento caseiro; não coloque folhas, ervas, pó de café ou outras substância no ferimento.

Muito bem! Agora que você já sabe como agir em casos de acidentes com cobras, prossiga para aprender como deve ser a prevenção de acidentes com aranhas.

Formas de prevenção de acidentes com aranhas

Dora: Pessoal, acabo de ver uma aranha enorme no curral. Fiquei com medo!

Henrique: Calma, mamãe! Afinal, a natureza é a casa dela.

Paulo: O Henrique tem razão, Dora! O que precisamos, na verdade, é não irritar os animais que podem nos causar mal e, ao mesmo tempo, saber como nos prevenir dos acidentes que podem acontecer.

João: Exatamente! Leia a seguir as formas de prevenção de acidentes com aranhas.

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58Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Formas de prevenção de acidentes com aranhasNo Brasil existem três gêneros de aranhas de importância médica: Phoneutria, Loxosceles e Latrodectus, responsáveis por quadros clínicos distintos. Os acidentes causados por Lycosa ou Tarantula (aranha-de-grama), que são bastante frequentes, e os causados pelas caranguejeiras, que são muito temidas, não são de importância médica.

O maior número de acidentes é provocado pela aranha armadeira, por ser agressiva e frequente em residências. A aranha marrom é considerada a mais venenosa. As aranhas peçonhentas não fazem teias, exceto a aranha marrom. Sua teia é irregular e semelhante a um chumaço de algodão. Teias bonitas, encontradas nos tetos das casas, não pertencem a aranhas peçonhentas.

Os tipos de aranhas são:

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Armadeiras: As armadeiras (Phoneutria), quando ameaçadas, tomam a postura de se “armar”, levantando as patas dianteiras e eriçando os espinhos. É extremamente agressiva.

Habitam sob troncos, normalmente folhagens densas, como bananeiras, montes de lenha ou materiais de construção empilhados e, eventualmente, aparecem dentro das residências, principalmente em roupas e dentro de calçados.

As picadas apresentam dor local intensa, frequentemente imediata, edema discreto, eritema e sudorese local.

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Aranha marrom A aranha marrom (Loxosceles) é encontrada com facilidade nas residências, atrás de quadros, armários, no meio de livros, caixas de papelão e outros objetos pouco remexidos. Os acidentes acontecem quando a pessoa ao se vestir, ou mesmo durante o sono, comprime o animal contra a pele.

No ambiente externo podem proliferar-se em telhas ou materiais de construção empilhados, folhas secas, em casca de árvores, paredes de galinheiros, muros velhos e outros.

A picada nem sempre é percebida pela pessoa, por ser pouco dolorosa. Mas entre 12 a 24 horas após, ocorrem no local da picada, dor, mancha rocha, inchaço, bolhas e escurecimento da pele (necrose). Tardiamente podem ocorrer várias outras graves alterações como escurecimento da urina, febre, vermelhidão e coceira na pele.

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Viúva negra O gênero Latrodectus (“viúva negra”) causa acidentes leves e moderados, sendo raros os casos de acidentes em nosso país. O quadro clínico é caracterizado por dor local intensa, eventualmente irradiada. Alterações sistêmicas como sudorese, contraturas musculares, hipertensão arterial, convulsão e choque anafilático (alérgico) são registrados.

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Tarântula ou caranguejeira Já as Lycosa ou tarântula não causam envenenamento. Apesar de os acidentes causados por esta espécie ser bastante frequentes, o tratamento é especifico para a dor causada pela picada. Da mesma forma, as caranguejeiras são muito temidas pelo seu aspecto, mas não têm importância médica. Sem veneno, elas podem lançar pêlos que causam reações alérgicas como coceiras, mal-estar e tosse. O tratamento é específico para a dor e alergia localizada.

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59Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Paulo: Para saber sobre as medidas preventivas de acidentes com aranhas, siga para o próximo tópico.

Medidas preventivas de acidentes com aranhas

Agora vamos conhecer as medidas preventivas de acidentes com aranhas. Afinal, devemos evitar para não remediar.

Observar nas roupas e calçados antes de usá-los.

Usar luvas e calçados ao trabalhar na terra ou com plantas.

Manter quintais e jardins limpos.

Fazer limpeza, afastando quadros e móveis.

Vedar buracos, frestas e forros, evitando a entrada de aranhas nas casas.

Em caso de picadas você deve lavar o local da picada com água e sabão; colocar gelo no local da picada; encaminhar para o hospital, para fazer o soro necessário; se possível levar a aranha, lagarta ou escorpião junto para identificar a espécie.

Atenção

Em picadas por aranha Phoneutria (Armadeira) o gelo deve ser substituído por compressas quentes, devido à característica termolábil (que tende a decompor-se sob a influência do ca-lor) do veneno. Vamos seguir!

Tipos de lagartas

No Brasil existem aproximadamente 50.000 espécies de Lepidópteros (lagartas), mas as principais espécies de importância médica são apenas 16 e pertencem a quatro famílias: Saturniidae, Megalopygidae, Actiidae e Limacodidae. Qualquer que seja o tipo de taturana, o contato com as cerdas pontiagudas faz com que o veneno contido nos espinhos seja injetado na pessoa. A dor na maioria dos casos é intensa, do tipo queimação. Pode aparecer também inchaço, vermelhidão e íngua.

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60Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

O contato também pode causar, além das alterações no local do contato, alteração na coagulação sanguínea, sangramento em gengiva, urina ou outras regiões do corpo. Raramente pode complicar com parada de funcionamento dos rins (insuficiência renal) ou sangramento mais intenso (quadro hemorrágico).

Porém, nem todas as lagartas possuem veneno. Apenas as lagartas de mariposa podem causar acidentes, o chamado erucismo.

No anexo 3 você conhecerá os tipos de lagartas.

Os acidentes com lagartas ocorrem geralmente na manipulação de árvores frutíferas e ornamentais (seringueiras, cedro, figueiras-do-mato, ipês, pessegueiros, abacateiros, ameixeiras, etc.). Por isso, deve-se verificar previamente a presença de folhas roídas na copa das árvores, casulos e fezes de lagartas no solo com seu aspecto típico, semelhante a grãos dessecados de pimenta-do-reino.

É importante observar, durante o dia, os troncos das árvores, locais onde as larvas poderão estar agrupadas. À noite, as taturanas dirigem-se para as copas das árvores para se alimentarem das folhas.

É recomendado, ainda, usar luvas de borracha para realizar atividades de jardinagem.

E como agir em casos de intoxicação? Avance para descobrir!

Como agir em caso de intoxicação com lagartas

Agora vamos conhecer as medidas preventivas de acidentes com lagartas.

Como agir em caso de intoxicação

Lavar imediatamente a área afetada com água e sabão.

Usar compressas com gelo ou água gelada que auxiliam no alívio da dor.

Procurar o serviço médico mais próximo.

Se possível, levar o animal para identificação.

Você está se saindo muito bem em sua trilha de aprendizagem sobre prevenção de intoxicação. Prossiga empenhado, pois nosso próximo assunto será sobre a prevenção de acidentes com escorpiões.

Dúvidas? Se sim, utilize a ferramenta Tira-dúvidas e fale com o tutor. Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem.

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61Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Formas de prevenção de acidentes com escorpiões

João: Outro animal temido quando falamos em acidentes e danos à saúde é o escorpião.

Paulo: É verdade, papai! Quando ocorre um envenenamento causado por este animal, chamamos de acidente escorpiônico ou escorpionismo.

Dora: Eu aprendi em nosso curso sobre saúde rural que o veneno quando é injetado causa ardor intenso acompanhado de inchaço e depois do tratamento, a área atingida mantém-se muito sensível.

João: As manifestações gerais deste envenenamento são vômitos, diarreia, salivação excessiva, sudorese e pressão arterial elevada. Quantidades grandes de veneno podem comprometer o sistema cardíaco e levar à morte. Leia com atenção!

Tipos de escorpiões

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Escorpião-amarelo O Tityus serrulatus (escorpião-amarelo) tem ampla distribuição desde a Bahia até Paraná e região central do país, representa a espécie de maior preocupação em função do maior potencial de gravidade do envenenamento.

Imagem 38

Escorpião-marrom O T. bahiensis (escorpião-marrom) é encontrado em todo o país, com exceção da região Norte

Imagem 39

Tityus stigmurus O Tityus stigmurus é uma espécie mais comum no Nordeste.

Imagem 40

Escorpião-preto Já os Tityus paraensis (escorpião-preto) e Tityus metuendus são encontrados na Amazônia.

Dora: As medidas preventivas de acidentes com escorpiões são simples e devem ser realizadas por todos. Para conhecê-las, vamos seguir para o próximo tópico.

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Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

São medidas preventivas de acidentes com escorpiões

Vamos conhecer as medidas preventivas de acidentes com escorpiões.

Evitar o acúmulo de entulhos, lixo doméstico, material e construção nas proximidades das casas, inclusive terrenos baldios.

Evitar folhagens densas (trepadeiras, bananeiras e outras) junto às casas; manter a grama aparada.

Não pôr a mão em buracos, sob pedras, sob troncos “podres”.

Vedar as soleiras das portas e janelas ao escurecer.

O uso de calçado e de luvas pode evitar acidentes.

Em caso de intoxicação:

Limpe o local com água e sabão.

Procure orientação médica imediata e mais próxima do local da ocorrência do acidente (posto de saúde, hospital).

Se for possível, capture o animal e leve-o ao serviço de saúde, pois a identificação do escorpião causador do acidente pode auxiliar o diagnóstico.

Atenção

Não amarre ou faça torniquete.

Não aplique nenhum tipo de substâncias sobre o local da picada (álcool, querosene, fumo, ervas, urina) nem faça curativos que fechem o local, pois podem favorecer a ocorrência de infecções.

Não corte, perfure ou queime o local da picada.

Não dê bebidas alcoólicas ao acidentado, ou outros líquidos como álcool, gasolina, querosene, etc., pois não têm efeito contra o veneno e podem agravar o quadro.

Bem, o assunto desse módulo esta ficando por aqui. No próximo tópico, será apresentado os principais aspectos estudados.

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63Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Finalização do módulo

Este módulo chegou ao final, e você teve a possibilidade de rever sobre os riscos que tanto o homem quanto o meio ambiente correm quando se usa produtos químicos de forma incorreta. Neste módulo, também foi estudado sobre os acidentes e doenças ocupacionais, revisto o uso correto dos equipamentos de proteção individual e coletivo no preparo da calda e aplicação dos agrotóxicos.

Outro assunto de grande importância que vimos aqui é que atitude que devemos tomar ao encontrar um indivíduo que teve contato com produto químico seja por ingestão, aspiração, ou por contato com a pele, pois para cada situação o procedimento a ser tomado é diferente.

Acidentes com plantas tóxicas, com animais peçonhentos, também fizeram parte deste conteúdo, e você aprendeu como se deve agir nas diversas situações.

Espero que tenha gostado deste módulo, e lhe convidamos para participar do próximo módulo, pois lá você receberá informações sobre drogas lícitas (alcoolismo e tabagismo), violência contra mulher e a criança, vacinação, planejamento familiar e doenças sexualmente transmissíveis.

Então, ficou com interesse sobre estes assuntos? Não deixe de participar do próximo módulo. Você vai gostar!

Ah, mas antes de encerrar, realize as atividades de fechamento que seguem!

Atividade final do módulo

1. Carlos, de 33 anos, trabalhador rural de uma propriedade agrícola, realiza várias atividades, sendo uma delas o preparo e aplicação de produtos químicos na lavoura. Após um dia de trabalho com agrotóxicos, chegou em casa sentindo: dor de cabeça, fraqueza, tremores no corpo, indisposição e falta de apetite. Esses sintomas podem ser devido a uma intoxicação. Agora assinalando a alternativa correta vamos ver o que é correto afirmar, quando se trata de prevenção de intoxicações, uso de Equipamentos de Proteção Individual e atendimentos de emergência nas intoxicações.

( ) A aplicação do produto químico deve ser em horários frescos e com vento.

( ) O produto químico ao contato com a pele não provoca nenhuma reação, pois com o tempo o fígado elimina todas as substancias tóxicas.

( ) O uso de EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira pela NR 31.

( ) Após a aplicação do produto químico o EPI deve ser lavado e mantido em molho com água e sabão para retirar todos os resíduos.

( ) Sempre que ocorrer intoxicação por ingestão, é importante oferecer leite para proteger o estômago.

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64Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

2. Vamos avaliar o seu aprendizado sobre acidentes com animais peçonhentos. Relacione a primeira coluna com a segunda coluna, identificando que meios utilizamos para prevenção de acidentes com esses animais peçonhentos.

( 1 ) Picadas de cobra. ( 2 ) Picada de aranha.

( 3 ) Acidente com lagarta. ( 4 ) Picada de escorpião.

( ) Observar nas roupas e calçados antes de usá-los. Fazer limpeza, afastando quadros e móveis.

( ) Evitar folhagens densas (trepadeiras, bananeiras e outras) junto às casas; manter a grama aparada. Evitar o acúmulo de entulhos, lixo doméstico, material e construção nas proximidades das casas, inclusive terrenos baldios.

( ) Observar, durante o dia, os troncos das árvores. Verificar a presença de folhas roídas na copa das árvores.

( ) Não andar descalço. Usar botas de cano longo. Olhar sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer.

3. Paulo estava trabalhando na lavoura, quando de repente sentiu uma picada em sua perna. Assustado, olhou para os lados e viu algo movimentando-se e então conseguiu identificar uma cobra. Seu José, que estava com ele, procurou fazer os primeiros socorros em Paulo. Quais são as medidas que devem ser tomadas nestes casos?

( ) Remover a vítima do local do acidente, carregando-a. Manter em repouso, deitada, calma e controlar a hemorragia amarrando ou fazendo torniquete. Encaminhar rapidamente para o hospital.

( ) Remover a vítima do local do acidente, carregando-a. Manter em repouso, deitada, e calma. Lavar o local da picada com água e sabão e elevar o local da picada. Encaminhar rapidamente para o hospital.

( ) Remover a vítima do local do acidente, carregando-a. Elevar o local da picada e fazer compressa quentes, para retardar os efeitos do veneno. Encaminhar rapidamente para o hospital.

( ) Remover a vítima do local do acidente, carregando-a. Fazer curativo caseiro; colocar ervas para cobrir o ferimento. Encaminhar rapidamente para o hospital.

( ) Remover a vítima do local do acidente, carregando-a. Manter em repouso, deitada, e calma. Cortar ao redor da picada para que saia veneno e em seguida fazer um torniquete. Encaminhar rapidamente para o hospital.

Saiba mais

Organizamos informações complementares aos assuntos discutidos nesse módulo para você acessar se for de seu interesse.

Saiba mais sobre a NR 31 em: http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D3B8BAA8D013B991A686B2943/NR-31%20%28atualizada%202011%29.pdf

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65Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Saiba mais sobre Uso de Agrotóxicos em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Acai/SistemaProducaoAcai_2ed/paginas/nocoes.htm

http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/agrotx.htm

Saiba mais sobre a NR 6 em:http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/epi.htm

Saiba mais sobre Acidentes com Animais Peçonhentos em:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquPaulos/pdf/manu_peconhentos.pdf

http://www.cit.sc.gov.br/index.php?p=escorpioes#comimportancia

http://portal.saude.gov.br/portal/arquPaulos/pdf/manual_escorpioes_web.pdf

Saiba mais sobre Acidente de Trabalho em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8213compilado.htm

Referências

FIGUEIREDO, Francisco José Câmara. Embrapa Amazônia Oriental, Sistemas de Produção, 4 – 2ª edição, ISSN1809-4325, versão eletrônica, dez/2008.

PLANTAS Tóxicas do Brasil, Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina CIT/SC. Hospital Universitário - HU/UFSC. Florianópolis/SC. Folder.

AGROTÓXICOS: Orientação para Trabalhador Rural. Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina – CIT/SC. Hospital Universitário - HU/UFSC. Florianópolis/SC. Folder.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de controle de escorpiões / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica.Brasília Ministério da Saúde, 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. 2ª ed. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001.

Acidentes de Trabalho. ENGTRAB – Engenharia de segurança no trabalho. Disponível em: <http://www.engtrab.com.br/acidente_trabalho.htm> Acesso em: 08 de Agosto de 2010.

Norma Regulamentadora n.º 31 – Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D3B8BAA8D013B991A686B2943/NR-31%20%28atualizada%202011%29.pdf> Acesso em: 08 de Agosto de 2010.

Brasil. Lei nº 8.213, de 24 de Julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/L8213cons.htm> Acesso em: 08 de Agosto de 2010.

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66Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

COUTO, José Luiz Viana do. Riscos de Acidentes na Zona Rural. UFRRJ. Disponível em:<http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/acidente.php> Acesso em: 08 de Agosto de 2010.

DIAS, Elizabeth Costa. Condições de vida, trabalho, saúde e doença dos trabalhadores rurais no Brasil. Saúde do Trabalhador Rural – RENAST. Org. Tarcísio Márcio Magalhães Pinheiro. Versão fev 2006. Disponível em:<http://www.medicina.ufmg.br/dmps/2006/saude_trabalhador_rural.pdf> Acesso em 09 de Agosto de 2010.

Dicas de Prevenção de Acidentes e Doenças no Trabalho: SESI - SEBRAE

Saúde e Segurança no Trabalho : Micro e Pequenas Empresas / Luiz

Augusto Damasceno Brasil (org.). - Brasília:SESI-DN,2005. Disponível em: < http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1227209981.pdf> Acesso em 09 de Agosto de 2010

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67Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

Imagem 13: Disponível em: http://plantas-medicinais.me/wp-content/uploads/2010/06/8.jpg Acesso em 12 Jan 2011

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Imagem 15: Disponível em: http://plantas-medicinais.me/wp-content/uploads/2010/12/42.jpg Acesso em 12 Jan 2011

Imagem 16: Disponível em: http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:Pvwuf47QqPU3pM:http://weblogs.escrever.org/media/coroadecristo2.jpg&t=1Acesso em 12 Jan 2011

Imagem 17: Disponível em: http://www.satorusassaki.com.br/web/images/morfeoshow/plantas_orna-1872/big/Dieffenbachia.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 18: Disponível em: http://www.amacoon.com.br/FAQ/Plantas%20Toxicas/Mandioca%20Brava.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 19: Disponível em: http://www.sargacal.com/wp-content/uploads/220107_1547_1024.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 20: Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/9742/crotalus_durissus.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 21: Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/aranha_loxosceles_gaucho1.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 22: Disponível em: http://bicharada.net/animais/fotos/1277.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 23: Disponível em: http://www.ra-bugio.org.br/especies/353.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 24: Disponível em: http://static.blogo.it/ecologiablog/ecologiablog_walle_222.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 25: Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/_uFgrbrAJ6_0/TCIT0297lFI/AAAAAAAAAIU/8m94OyjfF_A/s1600/Jararaca.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 26: Disponível em: http://lh4.ggpht.com/_LTDS1opWU3g/RsOkeDv4B2I/AAAAAAAAAOo/yCp_WFPlFt8/12280001.JPG Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 27: Disponível em: http://farm2.static.flickr.com/1054/860623010_8631ff020b.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 28: Disponível em: http://www.presenteparahomem.com.br/wp-content/uploads/2013/01/aranhas-tipos-resumo.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 29: Disponível em: http://i1.treknature.com/photos/8377/dsc00723.jpg Acesso em 13 Jan 2011

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68Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

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Imagem 31: Disponível em: http://ipt.olhares.com/data/big/58/580865.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 32: Disponível em: http://www.biosurvey.ou.edu/okwild/misc/images/io.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 33: Disponível em: http://www.learnaboutbutterflies.com/Megalopygid%20Flannel%20moth%20larva%20002a.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 34: Disponível em: http://www.corbisimages.com/images/Corbis-FN001534.jpg?size=67&uid=0bc89ee8-fa37-43e4-9f91-21ee236305fa Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 35: Disponível em: http://www.brisbaneinsects.com/brisbane_tigermoths/images/B0092s.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 36: Disponível em: http://ipt.olhares.com/data/big/138/1389627.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 37: Disponível em: http://www.falupadedetizadora.com.br/images/escorpiao_amarelo.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 38: Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/-eXBfxPXeNhg/TZN3XLQuZhI/AAAAAAAAA8Y/ikpp5sqxF2M/s1600/Tityus+bahiensis+02.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 39: Disponível em: http://imagemjc.uol.com.br/repositorio/noticia/aa07bbf02b0bf6201ccf7341807180f7.jpg Acesso em 13 Jan 2011

Imagem 40: Disponível em: http://genokiller.free.fr/Scorpions/Verrieres/GEA/Tparaensis2.jpg Acesso em 13 Jan 2011

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69Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

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Anexo 1

Envenenamentos

Envenenamento por ingestão

Em primeiro lugar, a preocupação deve ser com a manutenção das funções vitais, quer dizer, com a respiração e batimentos cardíacos:

Desobstrua as vias aéreas (boca e nariz).

Mantenha a respiração e faça respiração boca-a-boca, se necessário.

Mantenha os batimentos cardíacos e a circulação. Caso necessário, faça massagem cardíaca.

Não provoque vômito.

Não ofereça água, leite ou qualquer outro líquido.

Fique atento à convulsão e à inconsciência.

Caso tiver disponível, ofereça carvão ativado, administre carvão ativado 1 grama por quilo de peso (no máximo 25g para crianças e 50g para adultos).

Se possível, identifique o tipo de veneno ingerido e a quantidade.

Recomendações importantes:

Se a vítima estiver inconsciente ou em convulsão, “não provoque” o vômito.

“Não induza” o vômito se a substância ingerida for corrosiva, irritante ou derivado de petróleo (soda cáustica, amoníaco, água sanitária, ácidos, gasolina, querosene, thinner), pois o retorno do produto causará ainda mais queimaduras.

Na dúvida, “não provoque” o vômito.

Se o veneno ingerido for álcool, naftalina, cosméticos, medicamentos, alimentos deteriorados o socorrista deverá provocar o vômito:

Faça a vítima beber água morna (3 a 4 copos) ou água salgada.

Estimule com um toque do dedo na garganta a fim de provocar o vômito.

Recolher em saco plástico toda a substância vomitada.

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70Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

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Envenenamento pela pele

Retire a roupa da vítima, guarde em sacos plásticos.

Procure retirar o produto químico com auxílio de uma gaze ou pano, antes de lavar.

Sua rapidez no atendimento pode diminuir a lesão ou impedir que o veneno seja absorvido pela pele.

Lave a pele com água fria corrente por 15 minutos.

Cubra o local da lesão.

Agasalhe a vítima.

Leve a vítima imediatamente ao médico.

Se possível, leve um pouco do veneno junto ou tente identificar que tipo de veneno causou o acidente.

Envenenamento por Aspiração

Ocorre com maior frequência em minas, poços de petróleo, garagens, locais fechados e mal ventilados.

Antes de atender a vítima, proteja-se, evitando inalar o produto. Use máscara com filtro, (se tiver disponível). Areje completamente o ambiente, retire a vítima do local e faça-a respirar ar puro.

Impeça a vítima de andar, mantenha-a quieta e deitada de costas com a cabeça mais baixa que o corpo.

Facilite a respiração, afrouxando as roupas e agasalhe-a.

Não provoque vômito.

Encaminhe para o médico.

Envenenamento pelos olhos

O derramamento de produto químico nos olhos faz com que o produto seja prontamente absorvido. A irritação que surge pode ser devida ao próprio composto químico ou às outras substâncias presentes na formulação.

A assistência imediata, nesses casos, é a lavagem dos olhos com água corrente e limpa, por um período de 15 minutos.

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71Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

Programa Qualidade de Vida Curso: Saúde Rural

A água de lavagem poderá ser fria ou morna, mas nunca quente ou contendo outras substâncias usadas como antídoto ou neutralizantes.

O jato de lavagem deve ser suave para não provocar maior irritação.

Não dispondo de jato de água, deite a vítima de costas com a cabeça apoiada sobre suas pernas, inclinando-lhe a cabeça para trás e mantendo as pálpebras abertas, derrame com auxílio de caneca, um filete de água limpa nos olhos.

Não coloque colírio ou outras substâncias.

Tape os olhos com pano limpo e encaminhe o paciente ao oftalmologista, levando o rótulo ou bula do produto.

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Anexo 2

Tipos de cobrasJararaca

Imagem 25Fonte: imagem 25

O envenenamento causado pela jararaca é chamado de botrópico. Essas cobras são as responsáveis por quase 90% dos acidentes, podendo levar à morte.

Seu veneno provoca dor imediata, inchaço, calor e vermelhidão no local picado, e hemorragia (no local da picada ou distante dela).

As complicações decorrentes da picada são bolhas, gangrena, abcesso e insuficiência renal aguda.

Cascavel

Imagem 26Fonte: imagem 26

O envenenamento causado pela cascavel é chamado de crotálico. A cascavel é responsável por 8% dos acidentes ofídicos (causados por serpentes). Seu veneno não provoca reação muito perceptível no local da picada, quando aparece, limita-se a um pequeno inchaço ao redor do ferimento, que pode passar despercebido. Mas o veneno das cascavéis é de muita potência, sendo os acidentes por essas cobras muito graves, levando à morte caso não sejam tomadas providências.

Seu veneno provoca dificuldade em abrir os olhos, “visão dupla” ou “visão turva”, dor muscular, e urina avermelhada/escurecida.

A complicação decorrente é insuficiência renal aguda.

Cobras corais

Imagem 27Fonte: imagem 27

O envenenamento causado por cobras corais é denominado de elapídico.

Seus sinais e sintomas são dificuldade em abrir os olhos, “cara de bêbado”, falta de ar, dificuldade em engolir e insuficiência respiratória aguda.

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Anexo 3

Tipos de lagartasSaturniidae

Imagem 32

As lagartas da família Saturniidae se caracterizam por apresentarem espinhos em formato de pinheiros. As glândulas de veneno localizam-se na extremidade das ramificações destas estruturas. Estas lagartas costumam ficar agrupadas, dificilmente sendo encontradas sozinhas ou isoladas.

Megalopygidae

Imagem 33

A Megalopygidae diferencia-se da família anterior principalmente por suas lagartas apresentarem longas cerdas (pêlos), de coloração variada. Estas cerdas são inofensivas, mas escondem as cerdas de veneno (espinhos), que são menores e possuem glândula de veneno na base.

Limacodidae

Imagem 34

As Limacodidae apresentam o corpo quase todo nu, com as cerdas de veneno restritas a pequenos aglomerados que se localizam na região anterior e posterior do animal. Também se diferenciam das outras famílias de mariposa por não apresentarem falsas pernas, locomovendo-se por ondulações da região ventral.

Arctiidae

Imagem 35

Semelhantes às lagartas da família Megalopygidae, pois também apresentam cerdas que parecem pêlos escondendo as cerdas de veneno.

Lagartas de borboleta

Imagem 36

Diferentemente das lagartas de mariposa, as lagartas de borboleta não apresentam cerdas (pêlos ou espinhos), tendo o dorso nu. Por não apresentarem as estruturas citadas, estes animais não causam nenhum tipo lesão.

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74Módulo 02: Prevenindo a intoxicação

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Anotações