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PLANEJAMENTO AGROECOLÓGICO

NESTA LIÇÃO SERÁ ABORDADO • Importância do planejamento • Fatores a serem levantados • Fases do planejamento

1. IMPORTÂNCIA NO SISTEMA ORGÂNICO O planejamento do uso da terra é fundamental na

agricultura orgânica, porque o solo não é somente considerado um meio para a sustentação da planta e fornecedora de nutrientes, mas como abrigo de uma rica fauna e flora.

Deve ser feito um planejamento de forma que instalar um

processo produtivo, este cause o menor impacto possível no ecossistema local.

Este planejamento visa utilizar de forma adequada os

recursos naturais do solo, mais ar , água e matéria orgânica, de forma que o desenvolvimento e a saúde da planta sejam favorecidos. É fundamental que sejam recuperados de forma integral o solo e o meio-ambiente, para que a biovida seja restabelecida em ambos ambientes.

2. CONHECER OS FATORES ENVOLVIDOS

O primeiro passo é conhecer todos os fatores externos e

internos, que podem influenciar na atividade rural, seja no processo de produção vegetal ou animal.

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Fatores externos: Compreendem todos elementos que estão fora das divisas da propriedade, porém podem influenciar no processo de produção, direta ou indiretamente.

• Ter conhecimento do microclima da região (vento, chuvas,

insolação, temperaturas, mananciais de ), • Quais são os cultivos dos vizinhos e como produzem, • Qual a disponibilidade local e regional de mão de obra e a

assistência técnica ? • Qual é a potencialidade de comercialização dos produtos no

local e região? • Quais são as legislações que devo cumprir? • Outros fatores: aquisição de insumos e matéria orgânica,

certificadora, etc.

Fatores internos: Devem ser conhecidos e descritos todos os elementos que estão dentro das divisas da propriedade. Sem distinção, todos os elementos deverão constar num croqui ou mapa, com a descrição dos seus valores e funções.

a) BENS • Áreas • Benfeitorias e instalações • Máquinas e equipamentos • Mão de obra: fixa e temporária • Recursos hídricos para a irrigação e pulverização b) SOLO • Características físicas • Características químicas • Características biológicas c) ÁGUA • Origem • Qualidade • Proteção d) COBERTURA DO SOLO • Tipo de ervas pioneiras • Grau de infestação

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• Tipo de mata ou cultura e) SITUAÇÃO DOS TERRENOS • Exposição ao sol • Distância das moradias • Riscos de incêndios ou inundação

3.FASES DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA ORGÂNICO

3.1.MANEJO INICIAL DA ÁREA

Quando ocorre a implantação de um projeto agrícola, por mais cuidado que se tenha, estamos direta ou indiretamente causando impactos no solo e meio ambiente. Nossa obrigação é tomar todos os cuidados, para que estes prejuízos sejam os menores possíveis.

Por abrigar a vida, o solo e o meio ambiente são vistos com bastante cuidado no processo orgânico, não somente pelo aspecto conservacionista, mas porque quando equilibrados, são fatores essenciais para o sucesso do empreendimento.

Deve ser preservado os mananciais de água, as matas ciliares, assim como na falta de áreas de matas, o plantio de faixas de refúgio e abrigo de inimigos naturais.

No caso do plantio em um local de desmatamento, a instalação do pomar deve ser precedido do plantio de adubos verdes e de culturas de milho. Esta medida deve ser adotada para evitar que fungos patogênicos presentes nos restos de raízes das árvores mortas, migrem para as raízes das fruteiras, causando podridões.

Deve ser evitado a queima da cobertura vegetal original, sendo mais recomendado o uso de roçadeiras, com incorporação, cobertura ou enleiramento dos restos vegetais, enriquecendo desta forma o solo com matéria orgânica.

3.2.PLANEJAMENTO

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a) INTRODUÇÃO

O planejamento do uso da terra é fundamental na agricultura orgânica, porque o solo não é somente considerado um meio para a sustentação da planta e fornecedora de nutrientes, mas como abrigo de uma rica fauna e flora. Utilizando de forma adequada os recursos naturais do solo, mais ar , água e matéria orgânica, o desenvolvimento e a saúde da planta, são favorecidos.

O conhecimento do microclima da região, a disponibilidade de mão de obra e a assistência técnica são também fatores importantes a serem considerados, que podem limitar a área de plantio Na propriedade são fundamentais contar com recursos hídricos para a irrigação e pulverização, trator e equipamentos para mecanização das operações culturais.

Em primeiro lugar, deve-se estudar medidas de conservação do solo (carreadores, terraços, linhas de contenção de águas, etc); áreas de refúgio de inimigos naturais; quebra-ventos, cortinas vegetais para criar condições de biodiversidade de plantas,etc.

Após o estudo de planejamento de instalação, fazer a demarcação de uso do terreno, segundo os principios da conservação do solo como plantio em nível, plantio em faixas, cordões ou terraços de contenção de enxurradas, etc, assim como planejar a instalação de quebra-ventos.

b) O QUE CONSIDERAR NO PLANEJAMENTO:

No planejamento deve ser considerado a declividade do solo e a melhor disposição dos cultivos em relação ao sol (luminosidade), chuvas (drenagem), mecanização, ventos, colheita, etc . No caso dos quebra-ventos, pode-se instalar provisórios, de crescimento rápido (leucena, cameron, etc), enquanto desenvolve-se o definitivo (eucalipto, cedrinho, grevíleas, etc).

Para uma programação adequada, deve-se planejar as culturas que vão ser instaladas durante todo ano agrícola e se possível nos próximos um ou dois anos, considerando a rotação, biodiverdidade, consorciação, cultivo em faixa, etc.

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• Localização do terreno:

de fácil acesso, para as pessoas e veículos, pois haverá necessidade de transporte de insumos e da produção, nos diferentes períodos do ano. Deve ter água com abundância, de qualidade nas proximidades, para irrigação e para abastecer os tanques de irrigação. Tomar cuidado com a proximidade de cultivos de propriedades vizinhas que utilizam agrotóxicos, havendo neste caso a necessidade de uma cortina vegetal, como de cameron ou outro, para separação. Em áreas próximas à estradas ou casas, devem ser protegidas por cercas e cortinas vegetais, para evitar prejuízos.

• Topografia:

Os melhores são aqueles terrenos planos ou levemente inclinados, em que sejam adotadas medidas para escoar o excesso de água da irrigação e das chuvas fortes. Estes tem menores problemas com erosão, são mais favoráveis á mecanização, operações culturais, colheita, etc.

No caso de terrenos de encosta ou meia-encosta, também podem ser utilizados, desde que adotadas as medidas de conservação do solo, como terraços e plantio em nível, para evitar a erosão do solo. Culturas mais sensíveis à geada, devem ser instaladas da meia-encosta para cima.

• Exposição do terreno:

As faces do terreno que recebem maior insolação,o dia todo, são mais favoráveis, permitindo maior desenvolvimento vegetativo e menor problemas de doenças.

Para os estados da região sul do Brasil, deve ser evitado a face sul, mais sujeitas aos ventos frios e menor insolação. Nestas regiões, o sentido da linha de plantio norte-sul, permite que as plantas sejam mais ensolaradas.

• Zoneamento e Setores:

Para fins de planejamento, o produtor deverá avaliar todos os recursos naturais e benfeitorias existentes e em seguida dividir a

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propriedade, em áreas e setores que expressem do maior para o menor nível de demanda de mão de obra e frequência de atividades. Este procedimento é adotado pela Permacultura. Por exemplo, partindo da casa ou da comunidade (Setor ou Zona 0), temos em seguida o Setor ou Zona 1, com estábulo, granja ou horta, que demanda maior cuidado. A seguir vem a Zona ou Setor 2, com pomar de frutas. Na Zona ou Setor 4, pastagem ou reflorestamento e Zona 5, as matas.

PLANEJAMENTO DE UMA PROPRIEDADE RURAL POR ZONAS

ZONA 1CASA SEDE

ZONA 2

ZONA 3

ZONA 3

4ZONA 5

ZONA 5

P

culimpdasas d

ZONA

lantas Companheiras e Indesejáveis:

Além de conhecer a adaptação da planta (espécie ou tivar) no locais de solo e clima, é fundamental que antes da lantação de uma cultura, o produtor conheça as caracteristicas plantas e suas possíveis influências, positivas ou negativas, sobre emais plantas consorciados ou empregadas em rotação.

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CULTURA PLANTAS COMPANHEIRAS PLANTAS INDESEJÁVEISAbóbora Milho batata

Alface Cenoura, rabanete morango, pepino, Algodão Trevo, mucuna preta, amendoim trigo

Arroz Mamona, calapgônio, guandu Aveia preta, algodão Batata Beringela, couves, feijão, milho, festuca Pepino, girassol, tomate

Beterraba Cebola, repolho, alface Feijão trepador, Mostardacebola

Cacau Hevea, bananeira Café Lab-lab, mamona, urucum

Cana de açucar Crotalárias, guandu, feijão fradinho Cebola, alho Alface, beterraba, cenoura, milho,

morango, tomate Feijões, ervilhas

Cenoura Ervilha, alface, cebola Endro, funcho Citros Goiaba, seringueira

Couve flor Aipo beterraba Ervilha Cebola, feijões, nabo, pepino,

rabanete alho

Espinafre Morango Feijão Milho, batata, nabo, aveia preta, nabo

forrageiro Mandioca, cravo bravo

Inhame Leucena, milho Mandioca Lab lab, mucuna preta, melancia

Milho Abóbora, feijão, feijão de porco, mucuna preta

Batata, repolho, funcho

Morango Feijão baixo, alface, espinafre, piretrofolha de pinus

repolho

Nabo Ervilha, feijão, milho Pepino Ervilha, feijões, rabanete

Repolho Beterraba, tomate, endro, alecrim Salsa Aspargo, tomate Soja Fumo, trigo, milho Aveia branca, caruru

gigante Sorgo Lab lab, guandu Gergelim, trigo

Tomate Cebola, cenoura, aspargo, salsa Repolho, couves, agrião, nabo, rabanete, rúcula,

pimenta Trigo Soja, lab lab, ervilhaca Sorgo, trigo mourisco

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PLANEJAR A CONSERVAÇÃO DO SOLO

NESTE ITEM SERÁ ABORDADO • Importância de conservar o solo e sua

influência sobre as plantas • As formas e métodos de conservação do

terreno • Como combater a erosão • Uso adequado dos solos

1. Importância

Na agricultura ecológica, o produtor deve estar consciente do patrimônio que constitui o solo, empenhando-se pela constante preservação e melhoria das suas condições, como aumento da fertilidade, teor de matéria orgânica, microrganismos, etc. Além destes cuidados, são necessárias medidas de proteção contra as erosões, adotando medidas que venham dar proteção ao solo contra o impacto das gotas e que melhorem sua capacidade de retenção de umidade.

As perdas por erosão são determinadas por vários fatores, dentre os quais estão o tipo de solo, sistema de preparo, tipo de cultura, rotação e as medidas conservacionistas adotadas.

2.Influência do tipo de solo e de cultura

O tipo de solo e de culturas influenciam no grau de erosão do solo. Desta forma, a cultura do algodão pode causar perdas de 27,6 t/ha de terra num solo arenoso e 15,7 t/ha num solo argiloso. No caso do milho, as perdas serão menores: 16,6 t/ha de t/ha de terra no arenoso e 8,0 t/ha no solo argiloso. Por esta razão, são apregoados no sistema orgânico o plantio em faixas ou consorciação de plantas com maior e menor resistência à erosão.

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EFEITO DAS CHUVAS SOBRE O TERRENO NÃO PROTEGIDO

Erosão: terra e nutrientes são arrastados pelas águas das chuvas Declividade do terreno maior que 5% Em declividades superiores a 5%, para evitar a erosão e

aumentar o armazenamento das águas das chuvas, adotar o terraceamento ou o estabelecimento de cordões de gramíneas de raizes fortes

DECLIVIDADE 2 a 5% FEIJÃO MILHO FEIJÃO MILHO desnível

Nos solos pouco inclinados, é recomendado o preparo do solo, plantio e cultivo em contorno, ou seja em curvas de

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nível, efetuando-se o plantio em sulcos que acompanham as linhas de nível do terreno.

3. Influência do sistema de preparo do solo

Um preparo do solo pode provocar maior ou menor desagregação das partículas do solo, afetando as perdas de solo e água. Num solo médio, duas arações podem provocar a perda de 14,6 t/ha de terra; uma aração 12,0 t/ha/solo e quando empregado o arado escarificador ou subsolador (arado de sub-superfície) a perda de terra foi de 8,6 t/ha, na cultura do milho.

4. Influência da presença de matéria orgânica

É fato comprovado que a incorporação da matéria orgânica aumenta a resistência do solo à erosão. Os resultados obtidos com o sistema de plantio direto de cereais sobre a palha, mostram da maior vantagem de deixar os restos culturais na superfície, ao invés de enterrá-los. É também certo que quando se realiza a queima dos restos de cultura, há sensível aumento das perdas de solo e de água.

Quanto às perdas em solos com palhas, pesquisas feitas pelo Instituto Agronomico de Campinas (IAC- Krug et all,1966), em médias de 16 anos, dão as seguintes informações:

• Palha queimada: 20,2 t/ha de terra e 8,0% de águas perdidas.

• Palha enterrrada: 13,8 t/ha de terra e 5,8% de águas perdidas.

• Palha de milho sobre a superfície do solo+ adubação verde consorciada: 6,5 t/ha terra e 2,5 % águas perdidas.

• Palha de milho sobre a superfície do solo + esterco: 4,2 t/ha de terra e 2,6% de águas perdidas.

Verificou-se também que o efeito da palha sobre a superfície em relação àquela que é enterrada, pode ser avaliado uma redução de 67% em perdas de terra e 64% em perdas de água.

5. Métodos para combater a erosão

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No planejamento do plantio várias medidas ou sistemas de plantio poderão ser adotados visando evitar a erosão do solo e também manter a sua fertilidade. Para isso, de acordo como o tipo de cultura anual ou perene, diferentes medidas preventivas deverão ser adotadas.

No caso de culturas anuais, poderão ser adotados a plantação em contorno; culturas em faixas, terraceamento e sistema conjugado. Em plantas perenes, há três processos generalizados, que são: plantio em nível; terraceamento e cordões em contorno.

• Plantio em contorno: É também chamado de plantio em nível, é o sistema de plantio nas linhas de nível ou contorno do terreno, respeitando os acidentes naturais, empregado tanto para cultivos anuais como para perenes. Para a determinação do nível do terreno, pode-se utilizar aparelhos de precisão, nível de borracha, triângula e outros. Há outros dois sistemas generalizados, que não são indicados, principalmente na agricultura orgânica, que são o plantio declive abaixo e o plantio em linha reta, cortando o declive.

• Culturas em faixas: Consiste em dividir a área em diversas faixas e em cada uma delas fazer o plantio de uma determinada espécie de planta. Quanto a este sistema, há dois casos a considerar:

a) Faixas em rotação: Consiste em efetuar a rotação dos cultivos dispostos nas faixas. Neste caso, as faixas acompanham o nível do terreno e cada uma é ocupada por uma cultura. No cultivos seguinte as culturas ocupam a faixa da outra. As vantagens deste sistema são muitos, pois proporcionam maior aproveitamento do nutrientes do solo, pelas diferentes extensões radicular, controle da erosão e biodiversidade de cultivo.

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Área com p

b) Faixas devegetaçãoimplantar mandioca,mais culturverdes, milde cultivosespaçameou perman

Convém aforma de mdeclives demedidas, c

• Cordõecomerciais fresistente á elefante, etc4 metros, poPor exemplocordões de r

Feijão Milho Feijão Milho Feijão Terraço ou Cordão vegetativo

lantio em faixas, fazendo rotação das áreas no ano seguinte

retenção: Este sistema está baseado na diferença de e resistencia das plantas à erosão. Assim quando vamos culturas fácilmente erodíveis, como algodão, feijão mamona e outras, devemos intercalar faixas de uma ou as com espaçamentos menores, como o arroz, adubos ho, etc. O processo consiste em colocar entre as faixas susceptíveis, culturas comerciais mais resistentes, com nto denso, podendo ser até plantas semi-permanentes entes, caso da cana de açucar, adubos verdes e outras.

liar as faixas de rotação às faixas de retenção, como aior proteção do solo. Este sistema funciona bem até 6%, sendo que nos superiores deve-se adotar maiores

omo o terraceamento.

s de retenção: Consiste em intercalar as faixas de cultivos acilmente erodíveis, com faixas estreitas de uma planta erosão como cana de açucar, erva cidreira, capim . A largura deste cordão de retenção poderá ser de 2 a dendo ser plantas semi-permanentes ou permanentes.

, a área de cultivo do algodão, poderá ser protegido por etenção de cana de açucar.

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• Drenagem do terreno: No terreno plano ou levemente inclinado ( 0 a 2,0%) deve ser feito o estudo do sistema de drenagem, de forma a permitir bom escoamento das águas das chuvas, mesmo com chuvas fortes de muitos dias.

É necessário que ocorra um rápido escoamento do excesso e volte ao teor normal de água no solo, isto é, em condições da capacidade de campo, em poucos dias. Segundo Manica (1997), deve-se evitar o excesso de água na região das raizes das plantas e que o lençol freático fique a menos que um metro da superfície do solo.

No caso de declividades 0,1 a 2,0%, recomenda-se o plantio em níveis elevados do solo, isto é em camanhões (fruteiras) ou canteiros (hortaliças), para melhor arejamento das raízes.

• Terraceamento (Contrução de terraços): Compreende a construção de uma série de diques, chamado de terraços, no sentido perpendicular ao terreno, para proteção contra a erosão do solo. Geralmente em terrenos de 2 a 5% são dispensáveis os terraços, bastando plantio em níveis, a proteção do terreno e um bom sistema de escoamento pelas estradas e carreadores. Este procedimento deve ser decidido em função da estrutura e textura do terreno.

Para terrenos com declividade variando de 5 a 18% é indispensável a marcação e a construção de terraços, com gradientes de 0,5 a 1,0% , para permitir o bom escoamento do excesso de águas, adotando também outras medidas como: plantio em nível, cordões de retenção, etc.

• Sistemas conjugados: Em áreas com mais de 6% de declive, é recomendável adotar um sistema conjugado de medidas, com terraceamento, cultivo em faixa e outros, para proteção do terreno, evitar perdas de terra e da fertilidade do solo.

• Pastagens e Reflorestamento :No caso de terrenos desgastados, com declives muito fortes, acima de 18%, convém transformá-lo em pastagens ou reflorestamento, como melhor maneira de evitar enxurradas e a erosão.

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PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS NO SISTEMA ORGÂNICO

1. COBERTURA DO SOLO

A cobertura morta do solo com matéria orgânica (palhas, bagaços ou capins) ou manter uma cobertura viva, com as ervas pioneiras (mato) sob controle, é uma das exigências básicas da agricultura orgânica.

NESTE ITEM SERÁ ABORDADO Os procedimentos recomendados pelas Normas da Produção Orgânica, para a instalação e condução dos cultivos orgânicos.

É uma prática necessária em regiões tropicais e subtropicais, pois protegem o solo da incidência direta da insolação e da erosão das chuvas. Além disso mantém a vida do solo, com a presença de microorganismos e minhocas.e fornecem nutrientes essenciais para as plantas.

2. ROTAÇÃO DE CULTURAS

Compreende o cultivo de diferentes grupos de plantas alternadamente na mesma área. Nunca deve-se repetir a mesma planta ou outra da mesma família na mesma área. Com isso trazemos melhorias na fertilidade e estrutura do solo, controle da erosão e redução de pragas, doenças e ervas invasoras.

A sequência de cultivos deve levar em consideração os efeitos benéficos ou negativos sobre a cultura a ser instalada, no que ser refere a substâncias tóxicas, exigências de nutrientes e a estrutura do solo.

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Para a melhoria da fertilidade e da sua estrutura, a rotação deve compreender a alternância de uma cultura não leguminosa (por exemplo: arroz, milho, trigo, cana-de-açucar, sorgo) com leguminosas ( por exemplo: feijão, lentilha, tremoço, amendoim) periodicamente. Desta forma, numa safra planta-se uma não leguminosa e na entressafra a leguminosa, deixando-se os restos das leguminosas na área.

A decomposição da leguminosa adiciona compostos nitrogenados ao solo, que serão utilizados posteriormente pela cultura não leguminosa. A quantidade incorporada de nitrogênio pode chegar até a 450 kg/N/hectare, caso seja feito rotação com Crotalária Juncea.

Essa forma de adubação utilizando leguminosas é chamada de adubação verde, permitindo a economia de adubo, o ganho de uma colheita (da leguminosa) ou de sementes e preserva o ambiente, pois está utilizando uma forma de adubação natural.

No caso de culturas perenes, uma forma de adicionar nitrogênio no solo é fazer o plantio de leguminosas consorciadas nas ruas do pomar,como mucuna anâ, crotalárias, entre outras.

3. BIODIVERSIDADE

Biodiversidade é um termo muito comum na agricultura orgânica. Ela nada mais é do que a manifestação da vida sob diferentes formas. Ao estudarmos a maioria dos ecossistemas naturais brasileiros, nós podemos observar a grande quantidade de espécies vegetais e animais que os integram, o que significa uma alta biodiversidade nesses sistemas.

Um dos princípios da Ecologia nos ensina que a estabilidade de um sistema e a sua capacidade de recuperação quando exposto à alguma alteração estão diretamente ligadas ao grau de biodiversidade, pois muitos seres executam as mesmas

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funções e substituem uns aos outros no funcionamento geral do sistema. Assim, as populações das diversas espécies controlam umas às outras, sem que nenhuma delas possa se desenvolver fora de controle.

No momento em que introduzimos uma monocultura em larga escala, nós oferecemos uma grande quantidade de alimento para uma determinada espécie cuja população aumenta rapidamente, e ela se transforma em praga; seus inimigos naturais demorarão um pouco mais para aumentarem sua população e poderem controlá-la, e nesse meiio tempo entram os agrotóxicos causando um desequilíbrio ainda maior e provocando o aparecimento de indivíduos resistentes a ele.

Nestas condições, está armada a confusão: a adubação com N-P-K solúveis provoca desequilíbrios no solo e deficiências de micronutrientes, as plantas com nutrição desequilibrada são mais sensíveis às pragas e às doenças e o uso de agrotóxicos se torna cada vez mais intenso, com aplicações mais constantes e venenos mais potentes; o cultivo da gleba com a mesma cultura por anos seguidos só agravará a situação (Escolástica Freitas).

Para reverter esse quadro é imprescindível montar sistemas de produção que promovam a biodiversidade tanto das plantas como dos animais, tanto acima como abaixo do solo.Isso pode ser conseguido através de programas de rotação de cultura, de cultivos consorciados, de cultivo em faixas ou aléias, incluindo ou não espécies de leguminosas como adubo verde, pois elas são capazes de fixar o nitrogênio da atmosfera e prover as necessidades desse nutriente nas quantidades adequadas.

Entretanto, enquanto estamos buscando alcançar uma situação de equilíbrio, onde as pragas e doenças não serão exterminadas e sim mantidas em níveis que causem danos econômicos aceitáveis, podemos lançar mão dos defensivos alternativos, os quais serão discutidos em outras palestras.A instalação das grandes monoculturas mecanizadas envolvem um uso intensivo de capital e energia, sob a forma de máquinas, sementes melhoradas, adubos químicos e agrotóxicos, ao mesmo tempo em que diminuem drasticamente a necessidade de mão-de-obra e a biodiversidade.

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Os pequenos e médios produtores que desejem produzir de acordo com as leis da natureza irão usar muito mais mão-de-obra e muito menos capital e energia.

A agricultura orgânica preconiza o cultivo de 2 a 3 culturas no mesmo tempo e espaço, para efeito de diversificação. No caso, de culturas perenes, a questão da biodiverdade poderá ser manejada as ervas nativas ou a introdução de plantios consorciados de adubos verdes, para criar condições de micro-biodiversidade.

EXEMPLOS DE CONSORCIAÇÃO: CEREAIS

• Milho X Feijão – depois da colheita do feijão, planta-se a mucuna

cinza

• Milho X Feijão de porco, mais tarde planta-se mucuna preta.

• Milho X Crotalária juncea: aduba e melhora a produtividade do

milho

• Milho X Vigna unguiculata

• Milho safrinha X Mucuna cinza.

• Arroz X Calopogônio ou Guandú

• Girassol (para sementes) X Feijão comprido (vinco)

4. CUIDADOS APÓS O PLANTIO

Planejar todas as atividades necessários após o plantio, para cada cultura, para programar a atividade da mão de obra e equipamentos: As principais atividades e sua recomendação no cultivo orgânico são:

Irrigação sem excesso; controle de formigas cortadeiras, com colocação de fita adesiva no tronco da muda (fruteiras) para evitar a subida de formigas; fazer a desbrota do excesso de brotos,

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manter sob controle a vegetação nativa; cobrir a coroa das plantas com uma cobertura de palha seca, etc.

Para manter a saúde das plantas é fundamental que o solo esteja equilibrado, para isso deve-se manter a cobertura pioneira, enriquecer o solo com compostagens, restos vegetais e adubos verdes, não empregar nutrientes solúveis ou mesmo estercos e fazer o emprego de roçadeiras.

Outra prática em fruticultura, será nas vésperas da florada e da poda, realizar o tratamento denominado "de inverno" com a finalidade de desfolhar a planta caducas (de clima temperado), controlar focos de infestação e quebrar a dormência das gemas.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA • Penteado, Silvio R. Implantação de Cultivos Orgânicos- Edição

Agrorganica, Campinas, (apostila) - jan/2003 – 85 p. • Penteado, Silvio R. Introdução á Agricultura Orgânica- Impress

Gráfica e Editora, Campinas, 2ª Edição - dez/2002 – 114 p