Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
DIREITO DO TRABALHO
MÓDULO III
ALTERAÇÕES E EFEITOS DO CONTRATO DE EMPREGO.
Prof. Antero Arantes MartinsAULAS “7” a “11”
DIREITO DO TRABALHO
AULA 7
PODERES DO EMPREGADOR
Prof. Antero Arantes Martins
Poderes do empregador.
• Poder diretivo.
• Relação entre os artigos 2º e 3º da CLT.
Subordinação jurídica: Transferência do modus
operandi a outrem.
• Justificativa do Poder diretivo:
Risco da atividade econômica.
Poderes do empregador.
• Poder regulamentar.
– Regulamentação interna das relações de trabalho.
– Normas gerais ou individuais, escritas ou verbais.
– Plano de Cargos e Salários, Regimento Interno, Ordens de
Serviço, etc., como fonte de direito. Súmula 51 TST.
– Leis estaduais e municipais.
– Os regulamentos internos aderem ao contrato de trabalho como
cláusulas que ali estivessem escritas desde que exercidas
dentro dos limites do poder diretivo (veremos adiante) e
quando forem mais benéficas ao empregado (art. 444, CLT),
de sorte que aquelas normas que estiverem fora destes limites
serão consideradas cláusulas contratuais contra legem e não
produzirão efeitos.
Poderes do empregador.
• Quando o Estado ou a Prefeitura, em suas administrações diretas,autárquicas ou fundacionais contratam empregado estão sedespindo da condição de “Estado” e rebaixando-se à condição departicular, eis que firmam relação jurídica de direito privado,posto que regida pela CLT.
• Logo, as Leis, Decretos, Ordens de Serviço, etc., emanadas peloente contratante não incidem nestas relações jurídicasefetivamente como “normas jurídicas”. Se assim fosse, estariasendo violado o art. 22, I da Constituição Federal.
• Estas podem incidir no contrato de trabalho, mas com o mesmotratamento que se dê ao regimento interno da empresa. Devem,portanto, sofrer a limitação afeta ao poder diretivo do empregadore àquela prevista no art. 444 da CLT.
Poderes do empregador.
• Poder Fiscalizatório. Decorrência lógica.
• De nada adianta ter o poder de ordenar, se não for
possível fiscalizar o cumprimento das ordens que
daí emanam.
Poderes do empregador.
• Poder Disciplinar.
• Modalidades de punição.
• Requisitos para punição
– Falta grave
– Proporcionalidade
– Imediatidade
– Nexo Causal
• Informalidade na apuração. Súmula 77 TST.
• Inquérito para apuração. Decenal e Dirigente Sindical
Limites aos poderes do empregador.
• Ao poder diretivo.
– Art. 483, CLT.
• Ao poder Regulamentar
– Art. 444, CLT
• Ao poder de fiscalização.
– Art. 1º, III e IV; 5º, III e X, ambos da CF e art. 373-
A, VI da CLT.
• Ao poder Disciplinar.
– Os decorrentes dos requisitos para aplicação.
Limites aos poderes do empregador.
• Ao Poder Diretivo
• É certo que o empregado é subordinado e, portanto, o
empregador tem o poder de emitir ordens.
• O art. 483, a, da CLT, entretanto, considera justa causa
patronal a determinação que:
• a) Sejam contrárias à Lei;
• b) Sejam contrárias aos bons costumes;
• c) Extrapolem os limites do contrato;
• d) Extrapolem os limites da força do empregado.
Limites aos poderes do empregador.
• AO PODER REGULAMENTAR
• O art. 444 da CLT estabelece que as normas contratuais
são de livre estipulação, desde que colidentes com as
normas de garantia mínimas previstas no ordenamento
jurídico e nas normas coletivas.
• Este é o limite do poder regulamentar. O empregador
não pode regulamentar em violação à tais garantia.
• Ex: PCS que preveja, para adesão, a renúncia aos
reajustes salariais previstos na Convenção Coletiva.
Limites aos poderes do empregador.
• AO PODER DE FISCALIZAR
• No Brasil não há regramento próprio para
delimitar o poder de fiscalização do empregado.
• Há um conjunto de Princípios, agasalhados pela
Constituição Federal, que estabelecem os limites
relativos desta atuação.
Limites aos poderes do empregador.
• Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:• III - a dignidade da pessoa humana;
• IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
• Art. 5º - ...• III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante;
• X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
Limites aos poderes do empregador.
• Daí surgem os limites relativos do exercício do poder de
fiscalização, quais sejam, a dignidade da pessoa
humana, a vedação a tratamento degradante e a
preservação da intimidade.
• Neste sentido, leciona Maurício Godinho Delgado:
– “Nesse quadro, é inquestionável que a Carta Constitucional de
1988 rejeitou condutas fiscalizatórias e de controle da
prestação de serviços que agridam à liberdade e a dignidade
básicas da pessoa física do trabalhador. Tais condutas chocam-
se, frontalmente, com o universo normativo e de princípios
abraçado pela Constituição...”
Limites aos poderes do empregador.
• As questões mais intrigantes a este respeito versam
sobre a revista íntima e o monitoramento eletrônico.
– Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a
corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao
mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos
acordos trabalhistas, é vedado:
– VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas
empregadas ou funcionárias.
• Com base no Princípio da Isonomia (art. 5º, caput,
Constituição Federal), é possível estabelecer que a
vedação não se dá apenas à mulher, mas ao empregado
em geral.
Limites aos poderes do empregador.
• AO PODER DISCIPLINAR
• a) Vedado punir conduta não tipificada;
• b) Vedado punir com desproporção;
• c) Vedado punir com retardo;
• d) Vedada punição sem nexo causal;
• e) Vedada punição não prevista em Lei, em
especial:
Limites aos poderes do empregador.
• A punição em pecúnia;
• A transferência.
• O rebaixamento de função;
• O rebaixamento de salário;
• Colocar o empregado em funções degradantes.
• Exemplos deste último: negar trabalho; contar
pombos; colocar em sala de vidro para exposição
vexatória, etc.
DIREITO DO TRABALHO
AULA 9
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
E
ASSÉDIO MORAL
Prof. Antero Arantes Martins
Dano moral
• CF: Art. 5º - ...
• V - é assegurado o direito de resposta,
proporcional ao agravo, além da indenização por
dano material, moral ou à imagem;
• X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a
honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
Dano moral
• A Constituição de 1988 assegura a reparação do dano,
seja de que natureza for; trata da possibilidade de
indenização por dano material, moral ou à imagem.
• A partir do atual texto constitucional, foram
reformuladas as teses acerca do dano moral, também
denominado dano extrapatrimonial.
• Consoante classificação de Miguel Reale, os danos
dividem-se em:
– a) materiais;
– b) morais;
– c) à imagem (e dentro desse, o dano estético).
Dano moral
• Conceito de dano moral, segundo Maria Helena Diniz:
– “a lesão de interesses não patrimoniais de pessoa física
ou jurídica, provocada por ato lesivo. Dor, angustia ou
sofrimento não se confundem com o dano, pois são
consequência daquele. O direito tem por objetivo
ressarcir a perda de um bem jurídico que seria de
interesse para a vítima. É uma forna de atenuar, pelo
menos parcialmente, as consequências da lesão, ou
seja da dor, a angustia, o sofrimento.”
Dano Moral. Definição.
– “É aquele que atinge bens incorpóreos como a altaestima, a honra, a privacidade, a imagem, o nome, ador, o espanto, a emoção, a vergonha, etc. Firmaresidência em sede psíquica e sensorial da vítima.”(Francisco Antonio de Oliveira)
– “... apenas a moral, ou seja, a perturbação psíquica, natranquilidade, nos sentimentos de uma pessoa.”(Floriano Vaz da Silva).
– “aquela espécie de agravo constituída pela violaçãode algum dos direitos inerentes à personalidade”(Roberto Brebbia)
Dano moral
• Dano à imagem: é, como o próprio termo deixa
claro, a imagem, a reputação.
– Imagem é o retrato ou perfil de uma pessoa.
Compreende a representação física da pessoa ou de
partes e o conjunto de qualidades caracterizadoras de
seu perfil perante o meio social.
Dano moral
• Conceito de dano estético, segundo Tereza Ancona
Lopez:
– “qualquer modificação duradoura ou permanente na aparência externa de
uma pessoa, modificação esta que lhe acarreta um “enfeamento” e lhe
causa humilhações e desgostos, dando origem, portanto, a uma dor moral”.
• Há doutrinadores que sustentam em resumo, que são
quatro os elementos que caracterizam o dano estético:
– piora na aparência;
– Irreparabilidade;
– permanência e;
– sofrimento moral.
Dano moral
• Classificação do dano moral é importante porque as
indenizações podem ser cumuladas, na esteira da
Súmula 37 do STJ:
– "São cumuláveis as indenizações por dano material e dano
moral oriundos do mesmo fato".
• É possível cumular pedidos de indenização por dano
material e moral (Lei 13.467/2017, art. 223-F). Neste
caso o juiz terá que, na sentença, distinguir um de outro
(1º), mas a quantificação do dano material não interfere
na quantificação do dano moral (2º);
• Também é possível cumular pedidos de indenização por
dano moral por causas diferentes.
Dano moral
Para a caracterização do dano moral, não basta
que ocorra qualquer dissabor ou contrariedade,
pois estes são inerentes ao nosso cotidiano.
Tarefa nada fácil é saber separar frente ao caso
concreto o que é uma simples chateação
corriqueira de um real dano moral, já que está
questão não é definida objetivamente nas leis.
Temos que usar, a doutrina e jurisprudência para
definirmos caso a caso se houve realmente lesão
aos direitos inerentes à dignidade humana.
DANO MORAL TRABALHISTA
Dano moral
• Conceito, segundo Alexandre Agra Belmonte:
– “São danos morais trabalhistas as ofensas individuais aos
direitos da personalidade do trabalhador ou do empregador
e as ofensas coletivas causadas aos valores
extrapatrimoniais de comunidades de trabalhadores, a
exemplo das relacionadas ao meio ambiente do trabalho.”
– “são os direitos subjetivos destinados a garantir a
integridade física, intelectual e moral do indivíduo no seu
relacionamento com terceiros.
Dano moral
• ALGUNS DIREITOS DA PERSONALIDADE:
• 1)DIREITO À VIDA – manifesta-se desde a concepção até àmorte e o objeto jurídico é a pessoa humana; garante-se a higidezfísica e lucidez mental, integridade física e intelectual. Condenam-se atentados ao físico, à saúde e à mente.
• 2)DIREITO À PRIVACIDADE – abrange o modo de vida sejafamiliar, social, profissional. A pessoa tem o direito de viver a suaprópria vida.
• 3)DIREITO À LIBERDADE – faculdade de fazer ou deixar defazer aquilo que à ordem jurídica se coaduna; liberdade delocomoção, liberdade de trabalho, liberdade de culto, liberdadecontratual, liberdade de pensamento.
• 4)DIREITO À IGUALDADE – igualdade perante a lei; impediratos discriminatórios; sem distinção de sexo, cor, crençasreligiosa, idade, trabalho, convicções políticas.
Dano moral
• ALGUNS DIREITOS DA PERSONALIDADE NARELAÇÃO DE TRABALHO:
– Direito:
– à vida; à saúde;
– à integridade física;
– à susbsistência;
– ao trabalho livre e quantitativamente limitado;
– ao tratamento respeitoso;
– à livre manifestação do pensamento, à liberdade de consciência e de crença e à liberdade de expressão e informação, e sexual;
– à intimidade e vida privada;
– ao sigilo da correspondência e das comunicações telefônicas;
– à honra e imagem;
Dano moral
• Os direitos da personalidade são interiores, absolutos,
imprescritíveis, necessários, extrapatrimoniais,
vitalícios, intransmissíveis, indisponíveis, irrenunciáveis
e ilimitados.
– CC: Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei,
os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer
limitação voluntária.
Dano moral
• O Direito do Trabalho tem como finalidade histórica a proteção
aos valores essenciais dos trabalhadores e, principalmente,
relaciona-se com o direito pessoal e à dignidade do trabalhador.
Há uma forte vinculação entre o Direito do Trabalho e a proteçãoaos direitos da personalidade.
A proteção à dignidade do trabalhador faz parte do conteúdonecessário do contrato de trabalho.
A finalidade histórica do Direito do Trabalho é oferecer proteçãoaos valores essenciais da pessoa do trabalhador.
A mais importante obrigação contratual do empregador não temnatureza patrimonial, sendo o dever de respeito à dignidade moralda pessoa do trabalhador.
O direito do trabalho tem função social e o trabalhador é pessoahumana e como tal deve ser visto, não podendo ser consideradobem econômico.
Dano moral
• No contrato de trabalho existe um relacionamento pessoal entre
empregado e empregador;
• O empregador tem poder diretivo e o empregado trabalha de forma
subordinada, o que possibilita, facilmente, o desrespeito aos direitos da
personalidade.
• O empregado ao se subordinar ao empregador, enfrenta uma maior
probabilidade de ser moralmente atingido.
• O dano moral consubstancia-se numa violação de alguns direitos
inerentes à personalidade, ressaltando-se que o maior patrimônio de
uma pessoa é o conjunto dos valores espirituais.
• A proteção à dignidade moral do empregado, bem como, dos direitos
personalíssimos, fazem parte integrante do contrato de trabalho, tendo
em vista o binômio poder/dever típico da relação de emprego.
• Daí porque este tema não pode ser banalizado.
Dano moral
• No campo o Direito do Trabalho, o dano moralpode estar presente em três fases: pré-contratual; fase contratual; no momento daextinção e pós contratual.
FASE PRÉ CONTRATUAL - No curso das tratativaspara a admissão do empregado há situações quelesam o seu patrimônio pessoal, a honra.
Dano moral
• DANO MORAL. DISCRIMINAÇÃO. TALASSEMIAMINOR. INAPTIDÃO CONSTATADA EM EXAME MÉDICOADMISSIONAL. FRUSTRAÇÃO DA EXPECTATIVA DECONTRATAÇÃO.
• O óbice ao início da relação laboral, consubstanciado nainaptidão constatada pelo médico do trabalho no exameadmissional, revela forma de discriminação da trabalhadora,máxime porque o perito do Juízo e o especialista em hematologianão constataram incapacidade para o exercício das funçõespara as quais a candidata estava sendo selecionada. Ressoainequívoco que, ao ser submetida ao exame consoantedeterminação da empresa, a candidata já havia ultrapassado asfases de qualificação profissional e tudo caminhava para aadmissão, remanescendo apenas a ultimação dos trâmitesformais da relação contratual.
(Continua ...)
Dano moral
• O exame admissional, destarte, revela-se como uma das fases
preliminares do contrato então em andamento, e obriga os
contratantes à observância dos princípios da boa-fé pautados
no artigo 422, do Código Civil. A responsabilidade do
empregador exsurge não só do contrato já formalizado, mas
também daquele que, pelo adiantado das tratativas, já tenha
gerado expectativa razoável no trabalhador. Recurso da
reclamante a que se dá parcial provimento.
• Acórdão : 20111369740- TRT 2ª.R - Turma: 08 Data Julg.:
19/10/2011 Data Pub.: 25/10/2011 - Processo : 20110617152
Relator: ROVIRSO APARECIDO BOLDO
Dano moral
- Arguição sobre opiniões pessoais:
• Antes de contratar, a empresa pode obter informaçõessobre o candidato, estritamente relacionados com oambiente de trabalho (exame de curriculum, certificados,diplomas, outros documentos relacionados à capacidadeprofissional).
• “Não são admissíveis indagações e verificaçõesacerca de opiniões políticas, filosóficas oureligiosas do candidato, nem sobre fatos de suavida pessoal, afetiva e familiar, já que nãointerferem com suas aptidões profissionais.”
• (João Carlos Casella, ‘Proteção à Intimidade do Trabalhador’)
Dano moral
FASE CONTRATUAL - Durante a execução do
contrato de trabalho podem surgir violações a direitos
inerentes à personalidade.
Podem citar-se como exemplo as seguintes situações:
• Rebaixamento funcional: restrição art. 468 CLT- atoilegal e que expõe o empregado a situação vexatória,ridicularizando-o perante os demais colegas detrabalho:
Dano moral
• CHEFE DE COZINHA. REBAIXAMENTO FUNCIONAL PARA AUXILIARE LAVADOR DE PRATOS. DANO MORAL. Os sucessivos rebaixamentosfuncionais sofridos pelo reclamante após discussão com superior hierárquico,de chefe de cozinha a auxiliar de cozinha, e por fim, a lavador de pratos, alémdo claro viés de punitivo e coativo, eis que objetivavam levá-lo a demitir-se,violaram o disposto no art. 468 consolidado, atingindo o empregado em seuorgulho profissional e auto-estima, confiscando-lhe o status alcançado naempresa e constrangendo-o em face dos colegas.
• É certo que os misteres de auxiliar de cozinha ou lavador de pratos não sãodesprovidos de dignidade. Mas uma vez alcançado determinado patamarprofissional, sua caprichosa redução importa inequívoca alteração in pejus decondição contratual, com impacto moral negativo, mormente na situação dosautos em que ficou demonstrado que o autor passou a ser alvo de gozações, sejapelo superior hierárquico, seja pelos demais empregados da ré, produzindo-sesituação incompatível com a dignidade do trabalhador, de que resultou o deverde indenizar. Sentença mantida....
• RECURSO ORDINÁRIO DATA DE JULGAMENTO: 06/04/2010. ACÓRDÃONº: 20100270390. PROCESSO Nº: 05252-2006-086-02-00-4 ANO: 2009 -TRT2ª.R.-TURMA: 4ª DATA DE PUBLICAÇÃO: 16/04/2010
Dano moral
FASE PÓS-CONTRATUAL:
- Informações desabonadoras ou inverídicas;
• -Difusão de listas negras
Dano moral
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
Indenização por Dano moral
• Vimos que o mero aborrecimento não gera dano moral.
• Simples descumprimento de normas trabalhistas gera reparaçãomaterial e não moral.
• Tem que atingir direito de personalidade. Quais são os direitos depersonalidade?
• Lei 13.467/2017 (Reforma trabalhista):
– Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissãoque ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, asquais são as titulares exclusivas do direito à reparação.
– Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, aautoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são osbens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física.
• O legislador optou por uma definição descritiva, mas, nãotaxativa. Exemplo: a dor física gera dano moral. Para a matéria dehoje vamos focar na saúde e na integridade física.
Indenização por Dano moral
• Lei 13.467/2017, art. 223-G:
• Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo considerará:– I - a natureza do bem jurídico tutelado;
– II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação;
– III - a possibilidade de superação física ou psicológica;
– IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;
– V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;
– VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízomoral;
– VII - o grau de dolo ou culpa;
– VIII - a ocorrência de retratação espontânea;
– IX - o esforço efetivo para minimizar a ofensa;
– X - o perdão, tácito ou expresso;
– XI - a situação social e econômica das partes envolvidas;
– XII - o grau de publicidade da ofensa.
Indenização por Dano moral
• Lei 13.467/2017, art. 223-G, § § 1º e 3º:
• § 1o Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará aindenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em umdos seguintes parâmetros, vedada a acumulação:
– I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último saláriocontratual do ofendido;
– II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último saláriocontratual do ofendido;
– III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último saláriocontratual do ofendido;
– IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes oúltimo salário contratual do ofendido.
• § 3o Na reincidência entre partes idênticas, o juízopoderá elevar ao dobro o valor da indenização.
Dano Moral. Quantificação. Histórico.
• Em 11/08/2010 foi arquivado pelo Plenário da
Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL)
7.124/2002 que definia o dano moral, estabelecia
seu objeto e fixava parâmetros de indenização.
• Até 13/11/2017 prevalece o arbitramento.
Depois, em princípio, o tabelamento.
Dano Moral. Quantificação. Histórico.
• Art. 7º Ao apreciar o pedido, o juiz considerará o teor do bem jurídico tutelado,os reflexos pessoais e sociais da ação ou omissão, a possibilidade de superaçãofísica ou psicológica, assim como a extensão e duração dos efeitos da ofensa.
• § 1º Se julgar procedente o pedido, o juiz fixará a indenização a ser paga, acada um dos ofendidos, em um dos seguintes níveis:
• I – ofensa de natureza leve: até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);
• II – ofensa de natureza média: de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a R$ 90.000,00(noventa mil reais);
• III – ofensa de natureza grave: de R$ 90.000,00 (noventa mil reais) a R$180.000,00 (cento e oitenta mil reais).
• § 2º Na fixação do valor da indenização, o juiz levará em conta, ainda, asituação social, política e econômica das pessoas envolvidas, as condições emque ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral, a intensidade do sofrimento ouhumilhação, o grau de dolo ou culpa, a existência de retratação espontânea, oesforço efetivo para minimizar a ofensa ou lesão e o perdão, tácito ou expresso.
• § 3º A capacidade financeira do causador do dano, por si só, não autoriza afixação da indenização em valor que propicie o enriquecimento sem causa, oudesproporcional, da vítima ou de terceiro interessado.
• § 4º Na reincidência, ou diante da indiferença do ofensor, o juiz poderá elevarao triplo o valor da indenização.
Indenização por Dano moral
• Ocorre que há duas flagrantes inconstitucionalidades no
tabelemento proposto pela Lei 13.467/2017:
• Tabelar viola o princípio da reparação integral garantido
no art. 5°, V da Constituição Federal:
– V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,
além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
• Fixar a indenização com base no salário viola o
Princípio da Igualdade, pois diminui a reparação do mais
frágil e aumenta àquela devida ao alto empregado.
• O empregado que tem salário menor, e portanto, é mais
hipossuficiente, terá reparação menor.
Indenização por Dano moral
• Os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física
(a honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a
autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a
integridade física) são os mesmos tanto para um
empregado que ganha R$1.000,00 quanto para aquele
que ganha R$10.000,00.
• É de se lembrar, também, da Lei da Imprensa (artigos 52
e 53 da Lei 5250/67) e Lei da Telecomunicações (artigos
4.117/62, artigo 84). Os dispositivos foram declarados
inconstitucionais pelo STF.
• A lógica é a mesma ... Não pode tarifar.
Indenização por Dano moral
• EMENTA: CONSTITUCIONAL. CIVIL. DANO MORAL: OFENSAPRATICADA PELA IMPRENSA. INDENIZAÇÃO: TARIFAÇÃO. Lei5.250/67 - Lei de Imprensa, art. 52: NÃO-RECEPÇÃO PELA CF/88,artigo 5º, incisos V e X. RE INTERPOSTO COM FUNDAMENTO NASALÍNEAS a e b. I. – (...).
• II. - A Constituição de 1988 emprestou à reparação decorrente do danomoral tratamento especial - C.F., art. 5º, V e X - desejando que aindenização decorrente desse dano fosse a mais ampla. Posta a questãonesses termos, não seria possível sujeitá-la aos limites estreitos da leide imprensa. Se o fizéssemos, estaríamos interpretando a Constituiçãono rumo da lei ordinária, quando é de sabença comum que as leisdevem ser interpretadas no rumo da Constituição. III. - Não-recepção,pela CF/88, do art. 52 da Lei 5.250/67 - Lei de Imprensa. IV. -Precedentes do STF relativamente ao art. 56 da Lei 5.250/67: RE348.827/RJ e 420.784/SP, Velloso, 2ª Turma, 1º.6.2004. V. - REconhecido - alínea a -, mas improvido. RE - alínea b - não conhecido.(RE 396386, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Segunda Turma,julgado em 29/06/2004, DJ 13-08-2004 PP-00285 EMENT VOL-02159-02 PP-00295 RTJ VOL-00191-01 PP-00329 RMP n. 22, 2005, p. 462-469)
Indenização por Dano moral
• Na mesma linha a Súmula 281 do STJ diz que:
– “a indenização por dano moral não está sujeita à
tarifação prevista na Lei de Imprensa.”
• Mesmo após 11/11/2017, com o início da
vigência da tabela suso transcrita, a Justiça do
Trabalho não tem aplicado este regramento.
• A maior parte das decisões entretanto, ainda está
relacionada à apicação da Lei no tempo,
sustentando a inaplicabilidade da tabela em
virtude do fato ser anterior a 11/11/2017.
Indenização por Dano moral
• Interessante o julgamento encontrado na 4ªRegião ao apreciar embargos declaratórios quesustentava a omissão quando à aplicação datarifação:– “Provejo em parte os embargos de declaração da parte
ré para esclarecer que não foi considerada peloColegiado a regra do art. 223-G da CLT para aquantificação do arbitramento do dano moral a serpago ao reclamante em razão da decisão do SupremoTribunal Federal no julgamento do RE 315297, queassentou a inconstitucionalidade da tarifação daindenização por danos morais.”
– (TRT da 4ª Região, 6ª Turma, 0020579-04.2017.5.04.0303 ROT, em 29/08/2019, JuizConvocado Roberto Antonio Carvalho Zonta)
Indenização por Dano moral
• Entretanto, existem decisões aplicando o novo regramento.
• “No caso ora em análise, conforme fundamentos contidos em tópico acima,restou demonstrada a conduta ilícita da demandada, que, inobservando osrequisitos previstos nas normas coletivas para apuração de diferenças no caixa,aplicava punições à reclamante, sem lhe proporcionar meios para se defenderde tais acusações. [...] Já quanto ao valor arbitrado pelo juízo de origem a títulode indenização por danos morais, levando-se em consideração que a ofensapossui natureza leve, a natureza do bem jurídico tutelado, a intensidade dosofrimento ou da humilhação, a possibilidade de superação física oupsicológica, os reflexos pessoais e sociais da ação, a extensão e a duração dosefeitos da ofensa, as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral, ograu de dolo ou culpa, a inexistência de retratação espontânea; a ausência deesforço efetivo para minimizar a ofensa; a ausência de perdão, tácito ouexpresso; a situação social e econômica das partes envolvidas, bem como graude publicidade da ofensa, reputo que este comporta ser reduzido. Dessa forma,levando-se em consideração os parâmetros acima apontados, reduzo aindenização para o importe de uma vez o último salário contratual dareclamante (R$ 1.061,00).”
• (PROC. N.º TRT. ROS - 0000032-79.2019.5.06.0411; Órgão Julgador : PRIMEIRA TURMA;Relator : Desembargador SERGIO TORRES TEIXEIRA; Recorrente : BOMPREÇOSUPERMERCADO DO NORDESTE LTDA; Recorridos : GERLANDIA DE MORAESCARVALHO – TRT da 6ª Região)
Indenização por Dano moral
• Média:• [...] nexo de concausalidade da moléstia apresentada pela
reclamante - patologia osteoarticular de ombros (tendinite ebursite) com as atividades exercidas em prol da ré [...] o importeindenizatório de R$ 10.000,00 aflora-se elevado, máxime seponderada a concausalidade, o curto período de prestação deserviço e o fato da incapacidade experimentada pela autora cuidar-se de ofensa de natureza média. Assim, orientado pelosparâmetros fixados no artigo 223-G da CLT, rearbitro aindenização por danos morais em R$ 6.709,55, o que correspondea cinco vezes o salário contratual da ofendida.
• (Proc. TRT/SP 1000706-89.2017.5.02.0712 – TRT 2ª Região, 17ªTurma, Rel. Flávio Villani Macedo, pub. 15/8/2019)
Indenização por Dano moral
• Grave:• [...]
• Restou incontroverso nos autos que em março/2018 o Empregado sofreuacidente do trabalho, ao operar uma máquina de corte, sofrendo lesão em suamão esquerda.
• [...]
• Assim, considerando-se a gravidade do dano, a intensidade do sofrimento, arelevância do bem jurídico atingido, as situações financeiras do ofensor e davítima, o escopo pedagógico e punitivo da indenização, bem como que ahipótese dos autos retrata ofensa extrapatrimonial de natureza grave, para aqual o limite máximo indenizatório fixado na novel legislação é "até vintevezes o último salário contratual do ofendido" (inciso 'III' do §1º do art. 223-Gda CLT), majoro a indenização por danos morais para vinte vezes o salário basedo Reclamante à época do evento danoso (R$954,00 - ID. 7d951e3 - Pág. 1) e aindenização por danos estéticos para vinte vezes o salário base do Reclamante àépoca do evento danoso (R$954,00 - ID. 7d951e3 - Pág. 1).
• (TRT da 3.ª Região; PJe: 0010550-84.2018.5.03.0076 (RO); Disponibilização:26/07/2019, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 670; Órgão Julgador: TerceiraTurma; Relator: Emilia Facchini)
Indenização por Dano moral
• GRAVÍSSIMA• [...]
• É incontroverso que o reclamante sofreu acidente do trabalho em 28/11/2018, em razãodo aprisionamento da sua perna direita em maquinário da ré, no exercício de atividadeslaborais, ensejando a amputação do aludido membro, pouco abaixo do joelho (CAT - IDd47a219; relatório de acidente de trabalho - ID 971c39e, p. 1; laudo médico - ID82f49b5).
• [...]
• No que tange ao valor fixado na r. sentença a título de indenização por danos morais eestéticos, considerando a natureza do bem jurídico tutelado, a intensidade do sofrimento,os reflexos da omissão, a situação sócio-econômica das partes e, especialmente, airreparabilidade do dano, entendo irretocável o enquadramento da ofensa como denatureza gravíssima, nos termos do art. 223-G, § 1º, IV, da CLT, e o deferimento deindenização no importe R$58.740,00, equivalente a cinquenta vezes o último saláriocontratual do autor, de R$1.174,80 (CTPS - ID 28b667d).
• [...]
• (TRT da 3.ª Região; PJe: 0010240-41.2019.5.03.0077 (RO); Disponibilização:20/08/2019, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 601; Órgão Julgador: Segunda Turma;Relator: Sebastiao Geraldo de Oliveira)
Dano moral
DANO EXISTENCIAL
Dano Existencial
• O dano existencial constitui espécie de dano imaterial que acarretaà vítima, de modo parcial ou total, a impossibilidade de executar,dar prosseguimento ou reconstruir o seu projeto de vida (nadimensão familiar, afetivo-sexual, intelectual, artística, científica,desportiva, educacional ou profissional, dentre outras).
• O dano existencial se subdivide : a) dano ao projeto de vida e b)dano à vida de relações.
• Por projeto de vida entenda-se o destino escolhido pela pessoa, o que decidiufazer com a sua vida. O ser humano, por natureza, busca sempre extrair omáximo das suas potencialidades. Por isso, as pessoas permanentementeprojetam o futuro e realizam escolhas no sentido de conduzir sua existência àrealização do projeto de vida. O fato injusto que frustra esse destino (impede asua plena realização) e obriga a pessoa a resignar-se com o seu futuro échamado de dano existencial.
Dano Existencial
• Dano à vida de relação, a qual diz respeito ao conjunto derelações interpessoais, nos mais diversos ambientes e contextos,que permite ao ser humano estabelecer a sua história vivencial ese desenvolver de forma ampla e saudável, ao comungar comseus pares a experiência humana, compartilhando pensamentos,sentimentos, emoções, hábitos, reflexões, aspirações, atividadese afinidades, e crescendo, por meio do contato contínuo(processo de diálogo e de dialética) em torno da diversidade deideologias, opiniões, mentalidades, comportamentos, culturas evalores ínsita à humanidade.
Dano Existencial
• (...) e "DANO MORAL. DANO EXISTENCIAL.
SUPRESSÃO DE DIREITOS TRABALHISTAS. NÃO
CONCESSÃO DE FÉRIAS. DURANTE TODO O
PERÍODO LABORAL. DEZ ANOS. DIREITO DA
PERSONALIDADE. VIOLAÇÃO", por violação do art. 5º,
X, da Carta Magna, e, no mérito, dar-lhe provimento para
condenar a reclamada ao pagamento de indenização por dano
ao patrimônio jurídico personalíssimo da reclamante, no
valor de R$ 25.000,00 (...... Custas majoradas no valor de R$
500,00 (quinhentos reais) a cargo da reclamada.
• Número no TRT de Origem: RO-727/2011-0002-24.
Órgão J - Acudicante: 1ª Turma Relator: Ministro Hugo Carlos Scheuermann
- Acórdão publicado em 28/06/2013- Processo: RR - 727-76.2011.5.24.0002
Dano Existencial
• “Dano existencial. Dano moral. Diferenciação. Carga de trabalho
excessiva. Frustração do projeto de vida. Prejuízo à vida de
relações.
• O dano moral se refere ao sentimento da vítima, de modo que sua
dimensão é subjetiva e existe in re ipsa, ao passo que o dano
existencial diz respeito às alterações prejudiciais no cotidiano do
trabalhador, quanto ao seu projeto de vida e suas relações sociais,
de modo que sua constatação é objetiva. Constituem elementos do
dano existencial, além do ato ilícito, o nexo de causalidade e o
efetivo prejuízo, o dano à realização do projeto de vida nos
âmbitos profissional, social e pessoal, nos termos dos arts. 6º e
226 da Constituição Federal.
Dano Existencial
• O trabalho extraordinário habitual, muito além dos limites legais,
impõe ao empregado o sacrifício do desfrute de sua própria
existência e, em última análise, despoja-o do direito à liberdade e
à dignidade humana. Na hipótese dos autos, a carga de trabalho do
autor deixa evidente a prestação habitual de trabalho em
sobrejornada excedente ao limite legal, o que permite a
caracterização de dano à existência, eis que é empecilho ao livre
desenvolvimento do projeto de vida do trabalhador e de suas
relações sociais. Recurso a que se dá provimento para condenar a
ré ao pagamento de indenização por dano existencial.”
• TRT9ª Reg. Proc. 28161-2012-028-09-00-6 (RO-14307-2013) – (Ac. 2ª T. 40650/13) –
Relª Ana Carolina Zaina. Dje/TRT 9ª Reg. N. 1330/13, 10.10.13, 10.10.13, p. 388
Dano moral
ASSÉDIO MORAL
Assédio Moral.
• ASSÉDIO MORAL
– CONCEITO
• Assédio moral: decorre de conduta lesiva do empregador, ou preposto
seu que, abusando do poder diretivo, regulamentar, disciplinar ou
fiscalizatório, cria um ambiente de trabalho hostil, expondo o
empregado a situações reiteradas de constrangimento e humilhação, que
ofendem a sua saúde física e mental (Carlos Zangrando)
– Quatro condutas podem ser classificadas como assédio moral:
• Deterioração proposital das condições de trabalho;
• Isolamento e recusa de comunicação;
• Atentado contra a dignidade da pessoa humana;
• Violência verbal, ou física.
Assédio Moral.
• O assédio moral pode ser de natureza:– vertical – é aquele praticado pelo chefe ou superior hierárquico;
– horizontal – é aquele praticada por um ou vários colegas de mesmo nível hierárquico;
– ou ascendente – é aquele praticado pelos subordinados contra um chefe/superior.
– Exemplos de assédio moral:• Cobranças individuais, diárias e constantes por metas de modo descortês;
• Isolar o empregado;
• ócio forçado;
• A dinâmica de grupo que expõe o participante a situação humilhante ou vexatória;
• Confinamento proposital do empregado em sala afastada, sem real necessidade;
• Diminuição injustificada da autonomia;
• Atribuição de tarefa inútil
• Contestação sistemática, e sem razão, de suas decisões;
• Criticar o trabalho de forma injusta ou exagerada;
• Privar o trabalhador do acesso aos instrumentos de trabalho
Assédio Moral.
• Consequências em ambiente onde há prática de assédiomoral:
– licenças médicas;
– Alto índice de faltas injustificadas
– Empregados com depressão, pressão alta, falta de apetite, irritabilidade,isolamento, dores crônicas, problemas sexuais e dificuldades para dormir.
– Síndrome de Burnout
– Pleito de rescisão indireta do contrato de trabalho:
• Pelo empregador/preposto 483, “a”, “b” ou “e”
– a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aosbons costumes, ou alheios ao contrato;
– b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigorexcessivo;
– e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família,ato lesivo da honra e boa fama;
– Pleito de Indenização por dano moral
Dano moral
ASSÉDIO SEXUAL
Assédio Sexual.
• Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito deobter vantagem ou favorecimento sexual,prevalecendo-se o agente da sua condição desuperior hierárquico ou ascendência inerentes aoexercício de emprego, cargo ou função."
• OIT : “atos, insinuações, contatos físicos forçados,convites impertinentes, desde que apresentem umadas características a seguir: a) ser uma condiçãoclara para manter o emprego; b) influir naspromoções da carreira do assediado; c) prejudicaro rendimento profissional, humilhar, insultar ouintimidar a vítima.”
Assédio Sexual.
• Conceito: “É o pedido de favores sexuais pelo superior
hierárquico, ou sócio da empresa, com promessas de
tratamento diferenciado em caso de aceitação e/ou de
ameaças, ou atitudes concretas de represálias no caso de
recusa, como a perda do emprego, ou de benefícios. É
necessário que haja uma ameaça concreta de demissão
do emprego, ou da perda de promoções, ou de outros
prejuízos, como a transferência indevida, e/ou pela
insistência e inoportunidade. É a “cantada” desfigurada
pelo abuso de poder, que ofende a honra e a dignidade
do assediado” . Ernesto Lippmann
Assédio Sexual.
• o sujeito ativo do comportamento geralmente é o homem; maspode ser a mulher; e pode ocorrer entre pessoas do mesmo sexo;
• pode se caracterizar através de diversos tipos de atos, que vãodesde comentários sexuais (piadas de duplo sentido, insinuaçõesou gracejos) até atos extremos tais como ameaça – física ou verbal– direta com o intuito de obtenção de favores sexuais.
• é essencial que esta conduta seja repelida pelo seu destinatário
• o assédio sexual se vincula a condutas não desejadas edesagradáveis para o receptor, ou seja, impostas, apesar de nãocorrespondidas.
• o assédio supõe sempre uma conduta sexual não desejada, não seconsiderando o simples flerte ou paquera
• o assédio sexual depende, para a sua configuração, de que aconduta do assediante seja reiterada, um ato isolado nãocaracteriza assédio