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  • PRESIDENTE DA REPBLICA Ernesto Geisel

    MINISTRO DA EDUCAO E CULTURA Euro Brando

    PRESIDENTE DO MOBRAL Arlindo Lopes Correa

    SECRETARIO EXECUTIVO DO MOBRAL Srgio Marinho Barbosa

    SECRETRIO EXECUTIVO ADJUNTO DO MOBRAL Odala Cleide Alves Ramos

  • Ministrio da Educao e Cultura MEC Fundao Movimento Brasileiro de Alfabetizao MOBRAL

    Rio de Janeiro, 1979

    RELATRIO

  • SUMRIO

    APRESENTAAO

    I - VISO RETROSPECTIVA DO PERIODO 1974/78 1 - FILOSOFIA DE ATUAO

    2 - RESULTADOS DOS PROGRAMAS

    2.1 Programa de Alfabetizao Funcional 2.2 Programa de Educao integrada 2.3 Programa de Autodidatismo 2.4 Programa Cultural 2.5 Programa de Profissionalizao 2.6 Programa de Educao Comunitria para a Sade 2.7 Programa Diversificado de Ao Comunitria 2.8 Campanha "Esporte para Todos" 2.9 Campanha de Alimentao 2.10 Campanha Nacional de Documentao 2.11 Tecnologia da Escassez

    3 - ATIVIDADES DE APOIO AOS PROGRAMAS 3.1 Superviso 3.2 Mobilizao 3.3 Informao 3.4 Treinamento 3.5 Pesquisa 3.6 Documentao 3.7 Produo Audiovisual 3.8 Assistncia Jurdica 3.9 Divulgao 3.10 - Logstica 3.11 - Controle 3.12 Finanas

    4 - COOPERAO INTERNACIONAL 5 - RECURSOS FINANCEIROS

    5.1 Receita 5.2 Despesa

    Il - PERSPECTIVAS DE ATUAO 1 - LINHAS GERAIS DE AO PARA 1979/80 2 - METAS QUANTITATIVAS DOS PROGRAMAS PARA 1979

  • APRESENTAO

    Senhor Ministro,

    Ao encaminhar a V.Exao relatrio do MOBRAL referente s atividades de 1978, contendo tambm breve retrospecto de nossa atuao no perodo 1974 -1977, cumpre ressaltar o apoio decidido e decisivo dado por V. Ex? e pelo Presidente Ernesto Geisel nossa instituio, motivo de constante estmulo e fonte de inspirao para nosso trabalho. Procuramos agradecer a essa compreenso por meio de um esforo de realizao que suplantou tudo aquilo conseguido anteriormente.

    Em 1978, o MOBRAL cantou com recursos financeiros suficientes, no se registrando al nenhuma limitao capacidade de execuo do rgo. O entrosamento com as demais entidades federais, estaduais e municipais intensificou-se, devendo-se enfatizar o crescente apoio encontrado nas comunidades e entre os Prefeitos brasileiros, cada vez mais dedicado ao trabalho do MOBRAL.

    0 Programa de Alfabetizao registrou um atendimento elevado, alm de os resultados do 1? semestre indicarem uma razovel melhoria da produtividade, expressa como a re/ao entre alfabetizados e conveniados. Para lograr esse aperfeioamento, vrias medidas tm sido postas em jogo: diversificao das moda/idades de alfabetizao (via rdio, associada educao para o trabalho e a educao sanitria, com recuperao dos alunos atrasados durante os fins de semana, para pequenos grupos, para regies de populao rarefeita, domiciliar etc. ), estabelecimento de gratificao fixa dos monitores nas capitais e cidades de mais de 100 mil habitantes; prmios de freqncia aos a/unos; pagamento de dirias aos alfabetizadores da zona rural para treinamento nas sedes municipais; doao de 107 mil culos a alunos com dificuldades visuais; estabelecimento de merenda simples para 225 mil alunos das cidades mais populosas do Nordeste e Esprito Santo; maior ajuda s Comisses Municipais e realizao de levantamentos de analfabetos em cerca de 700 municpios. Foram conveniados 3.805.901 alunos, dos quais estima-se que cerca de 1.256 mil tenham sido alfabetizados.

    Em 1979, ano decisivo para chegar-se erradicao do analfabetismo, lanar-se- mo de um novo e poderoso meio para ensinar a ler e escrever aqueles que at o momento nao atenderam ao chamamento do MOBRAL ou no lograram aprovao em nossos cursos: a alfabetizao pela televiso, visando especialmente grupos ocupacionais urbanos ainda no atingidos maciamente at o momento.

  • O ndice de analfabetismo da populao adulta, estimado em 12,3% ao final dos convnios de 1978, poder, graas conjugao de todos esses esforos diversificados, realmente chegar a 10% quando do Censo de 1980 (a realizar-se em setembro).

    Em 1978 foram firmados convnios para atender a 471.962 alunos novos nos cursos de educao integrada, em convnio com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educao, e pela primeira vez o MOBRAL colaborou em muitos casos, com o pagamento dos professores. Desde 1971, data da implantao experimental do programa, j foram atendidos 2,6 milhes de alunos novos.

    O Programa de Autodidatismo registrou 70 mil alunos novos em 373 municipios, atendendo principalmente aos prprios alfabetizadores do rgo, mas tambm a egressos dos cursos de alfabetizao.

    No Programa Cultural passamos a dispor de 15 mini-MOBRALTECAS, alm das 6 unidades principais J existentes. Estas percorreram 478 municpios durante o ano. Com os 750 Postos Culturais Fixos inaugurados em 1978, a instituio passou a dispor de 3.150 unidades, montadas e mantidas peias comunidades. Distribumos 6 mil instrumentos musicais a esses postos e neles cadastramos 12 mil artesos. Igualmente, com pequenas verbas, subvencionamos 135 grupos teatrais e 57 grupos folclricos compostos pela nossa clientela. Inaugurada a Casa do MOBRAL, passamos a dispor de um valioso instrumento de treinamento de nossos tcnicos e aferio de nossos futuros projetos voltados para a comunidade. Deu-se especial nfase produo de material cultural a partir de documentao do campo. Milhes de pessoas beneficiaram-se com o Programa Cultural do MOBRAL em 1978.

    O Programa de Profissionalizao prosseguiu seu trabalho no campo de informao profissionai, distribuindo 951 mil volantes em 1.071 Postos Culturais para consulta dos interessados.

    No campo do treinamento foram treinadas 15 mil pessoas pela metodologia das familias ocupacionais; em convnio com a Arno e o Ministrio do Trabalho foram treinadas 3.000 empregadas domsticas, havendo mais 4.400 em treinamento no ms de dezembro.

    O Programa de Educao Comunitria para o Trabalho (PETRA), iniciado em agosto, j registrava 163 mil treinandos ao fim de 1978, em 20 Unidades da Federao. Os 21 Postos e os 567 Balces de Emprego prosseguiram em sua atividade de colocao no mercado de trabalho. Alm disso, registrou-se a realizao de 24 Feiras de Profissionalizao.

  • O Programa de Educao Comunitria para a Sade registrou 661.000 participantes, durante o ano, em 22 Unidades da Federao, sendo que 70% dos 23.682 grupos conveniados funcionavam na zona rural. Suas atividades de construo de fossas, implantao de hortas, encaminhamento de pessoas vacinao e para consultas etc., mantiveram-se em nvel elevado.

    O Programa Diversificado de Ao Comunitria estendeu sua atuao a 209 municpios, nos quais 936 Grupos de Ao Comunitria eram compostos de 10.300 voluntrios. A expanso foi sempre conjugada com a ACISO do Exrcito Brasileiro. O Projeto de Diagnstico Municipal, com levantamento de analfabetos de casa em casa, foi efetuado em 674 municpios.

    A Campanha de Esporte para Todos abrangeu 2,6 milhes de pessoas. A queda quantitativa nos resultados deveu-se falta de divulgao pelo rdio e televiso, que fora obtida gratuitamente em 1977.

    Como V. Exa pode constatar, os resultados so expressivos e permitem prever que o rgo est definitivamente consolidado, ao fim de 8 anos de atividade.

    No final de 1978, seguindo instrues de V. Exa elaboramos com a Secretaria Geral do MEC o projeto de ampliao das atribuies do MOBRAL, que permitir, caso implementado, a evoluo natural da instituio no sentido de ao comunitria. Mais uma vez, foi uma prova irrefutvel do apoio de V. Exa . ao MOBRAL, cujo trabalho, sem dvida alguma, um dos mais profcuos em favor da melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.

    Aproveitamos o ensejo para reiterar a Vossa Excelncia nossos protestos de elevada estima e distinta considerao.

    Arlindo Lopes Corra Presidente

  • I - VISO RETROSPECTIVA DO PERODO 1974/78

  • 1-LINHAS DE ATUAO

    Na trajetria em busca do atingimento pleno dos seus objetivos bsicos alfabetizao funcional e educao continuada de adolescentes e adultos o MOBRAL nunca se desviou da sua finalidade maior: a promoo humana das camadas mais carentes da populao brasileira.

    Nessa perspectiva e com base na experincia adquirida, o MOBRAL, no perodo 74/78, aperfeioou o Programa de Alfabetizao Funcional e ampliou sua atuao com vistas estruturao de um Sistema de Educao Permanente.

    No que concerne ao Programa de Alfabetizao Funcional, engajado na erradicao do analfabetismo no pas nesta dcada, buscou o MOBRAL, mantendo sua orientao metodolgica de origem, formas criativas em resposta s peculiaridades da clientela que, pelas suas caracteristicas de vida, demanda, a cada passo, formas diferenciadas de atendimento.

    Nesse sentido, vm sendo desenvolvidas diversas modalidades do Programa de Alfabetizao Funcional:

    Programa de Alfabetizao Funcional integrado ao Programa de Educao Comunitria para a Sade: objetiva desenvolver atividades que visem melhoria das condies higinicas e de sade dos alunos e alfabetizadores, associadas s atividades de leitura, escrita e clculo.

    Programa de Alfabetizao Funcional e Educao para o Trabalho: pretende desenvolver junto aos alunos de alfabetizao temas que preparem melhor a clientela para o mundo do trabalho.

    Recuperao ao Longo do Processo: propicia queles alunos com dificuldades de aprendizagem um atendimento especfico atravs de um aumento de carga horria semanal do Programa.

    "Leitor faz Leitor": campanha que visa a dar atendimento individual aos alunos analfabetos com recursos humanos voluntrios.

    Programa de Alfabetizao Funcional com contedos de sade, cultura e trabalho: objetiva enriquecer a metodologia do PAF, oferecendo, atravs das palavras geradoras, contedos relativos sade, cultura e trabalho. Pretende motivar e estimular o aluno, visando a reduzir os ndices de evaso, infreqncia e a aumentar a produtividade.

  • - Programa de Alfabetizao Funcional via Rdio: objetiva aumentar a produtividade do Programa fazendo uso do rdio em recepo organizada e controlada.

    Alm dessas propostas do MOBRAL Central, algumas Coordenaes Estaduais tiveram a iniciativa de propor inovaes no Programa, como a "Alfabetizao para Pequenos Grupos" (Minas Gerais/Norte), "Alfabetizao a Domiclio" (Rio Grande do Sul), "Alfabetizao Especial na Zona Canavieira" (Pernambuco), "Atendimento Diferenciado" (So Paulo e Minas Gerais/Norte). "Atendimento Especial Populao da Barragem de Itaipu" (Paran), "Atendimento a Pescadores" (Paraba), "Atendimento rea Rarefeita" (Mato Grosso/Sul).

    Quanto capacitao dos recursos humanos envolvidos no Programa de Alfabetizao Funcional, alm do Treinamento Bsico inicial e das Realimentaes Mensais na metodologia do Programa, os alfabetizadores so assistidos pelo Subsistema de Superviso Global durante o desenvolvimento do PAF, e, numa linha de autodidaxia, adquirem conhecimentos equivalentes s quatro primeiras sries do 10 Grau, participando do Programa de Autodidatismo.

    Considerando que uma boa capacitao dos recursos humanos um dos fatores fundamentais para a melhoria da produtividade do PAF, o MOBRAL financiou a hospedagem e alimentao para que os alfabetizadores permanecessem na sede do municpio durante os 5 dias de treinamento bsico, aumentando seu rendimento pedaggico.

    Foram adotados, tambm, alguns procedimentos de ordem prtica com o intuito de expandir o conveniamento do PAF, facilitar a mobilizao de alfabetizadores e diversificar as formas de atendimento a clientelas especficas. Assim, foi incentivado o conveniamento com entidades pblicas e particulares e adotada a sistemtica de pagamento fixo da gratificao para os alfabetizadores das capitais e cidades com mais de 100.000 habitantes. Vale ainda ressaltar que essas mesmas cidades receberam financiamento para a execuo de projetos especiais que propunham a melhoria qualitativa do PAF.

    Por outro lado, sempre consciente da necessidade e importncia de atender demanda educacional da populao adolescente e adulta mais carenciada, o MOBRAL implantou e desenvolveu outros programas/projetos/atividades na rea pedaggica, cultural e de lazer, de ao comunitria e de profissionalizao, que vieram reforar a funcionalidade do PAF, assim como lanar as bases para um Sistema de Educao Permanente.

  • Na rea pedaggica, o Programa de Educao Integrada oferece ao aluno contedo equivalente s quatro primeiras sries do Ensino de 1? Grau, o que contribui para a continuidade do seu processo de escolaridade. No sentido da continuidade, e tambm visando capacidade de alfabetizadores, desenvolve-se o Programa de Autodidatismo que, numa linha de autodidaxia, dirige-se especialmente, clientela de zona rural carente de outras alternativas educacionais.

    Com a "Campanha Esporte para Todos" e o Programa Cultural, este operacionalizado pelas suas Unidades Fixas (Postos Culturais) e Mveis (MOBRALTECAS E MINIMOBRALTECAS), vom sendo incentivadas formas de lazer populao e estimulada a criatividade, com os Subprogramas Msica, Literatura, Cinema, Arte Popular e Folclore, Artes Plsticas, Patrimnio Histrico e Reservas Naturais, Rdio, Televiso, Jogos, Publicaes e atividades desportivas, numa abrangncia de massa.

    Na rea de Profissionalizao, o MOBRAL propicia a informao profissional. e visa a dar condies de encaminhamento da clientela a empregos disponveis atravs dos Balces e Postos de Emprego. Quanto capacitao profissional, desde 1973 foram realizados treinamentos de mo-de-obra, nos trs setores da economia, em colaborao com as entidades especializadas, o que no possibilitava, contudo, um atendimento em larga escala, como ocorre com os demais programas do MOBRAL. Buscando dar capacitao profissional maior abrangncia, passando a atingir grupos maiores de populao, o MOBRAL lanou o Programa de Educao Comunitria para o Trabalho PETRA atravs do qual so desenvolvidos cursos de curta durao, ministrados por pessoas da prpria comunidade que dominan a profisso respectiva. Essa nova modalidade permitiu ao MOBRAL dar um salto quantitativo no treinamento.

    Com o objetivo de ativar as comunidades, o MOBRAL realiza o Programa Diversificado de Ao Comunitria (PRODAC). Esse programa orientado por uma metodologia que provoca condies mais objetivas para a participao social. Assim que a populao, organizada em grupos de ao a nvel local e municipal, a partir do diagnstico da sua realidade, estimulada a buscar solues para os problemas detectados, utilizando-se dos seus prprios recursos. Pelas premissas bsicas que orientam a ao do MOBRAL e pela prpria natureza desse Programa, a integrao com outras entidades condio para o atingimento dos objetivos pretendidos. Nesse sentido foram integradas ao trabalho instituies a nvel nacional, como DNOCS, EXRCITO, FUNRURAL, EMBRATER, FSESP, SUCAM, INCRA, LBA; a nvel estadual, como as Secretarias de Educao, Agricultura, Trabalho, Sade; a nvel de municpio, lojas manicas, jornais, clubes de servio, hospitais, Prefeituras, entre muitas outras. Salienta-se o trabalho conjunto do MOBRAL com a Operao ACISO (Ao Comunitria do

  • Exrcito) que tem por finalidade aproveitar a metodologia do PRODAC para constituir a ACISO em uma etapa deflagradora do processo de desenvolvimento comunitrio.

    Ainda numa linha de ao comunitria, desenvolve-se o Programa de Educao Comunitria para a Sade PES cujo objetivo maior consiste na formao de grupos voltados para a melhoria das condies de sade da populao atravs de uma ao educativa.

    medida em que os Estados/Territrios, bem como municpios, se aproximam da erradicao, e, concomitantemente, os demais programas/projetos/atividades, j testados em fase de implantao, tm garantida a sua viabilidade vai-se consolidando o Sistema de Educao Permanente, onde os programas foram, de forma progessiva, assumindo uma autonomia com relao ao PAF e se apresentam, agora, como possveis alternativas educacionais colocadas disposio da populao atendida pelo MOBRAL.

    Desde o incio de suas atividades, o MOBRAL optou pela co-participao da comunidade na sua ao educativa, criando condies para que a populao se tornasse sujeito na atuao proposta. No prprio Documento Bsico de implantao do MOBRAL, e enfatiza a responsabilidade da comunidade no levantamento de analfabetos, no recrutamento de alfabetizadores e implantao/manuteno dos Postos de Alfabetizao.

    Ao expandir seus programas, o MOBRAL no prescindiu do envolvimento comunitrio como o principal instrumento para referendar sua ao. Essa vocao comunitria do MOBRAL, a partir da mobilizao para o PAF, foi abrindo cada vez mais, nos vrios programas, a possibilidade de participao da comunidade nas decises quanto convenincia ou no das alternativas educacionais que lhes eram oferecidas. '

    Tendo na Comisso Municipal, o rgo de linha, ao qual delegado o poder de deciso operacional, o MOBRAL sempre se preocupou com a capacitao dos recursos humanos que nessa Comisso atuam de forma voluntria. Visando uma progressiva autonomia da COMN, o processo de revitalizao das mesmas faz parte das grandes linhas de ao do MOBRAL, desde a formao de Grupos de Apoio, os projetos de Recomplementamento e Capacitao dos seus elementos, os Encontros de COMN e Seminrios de Prefeitos.

    Desse modo, extrapolando o campo da alfabetizao, o MOBRAL no perodo 74/78 se definiu como uma agncia de capacitao de recursos humanos, desde a formao de quadros mdios alfabetizadores, professores de Educao Integrada, monitores para a rea de sade e profissionalizao, animadores da rea cultural e de esportes, supervisores at os quadros

  • administrativos de coordenao e deciso a nvel municipal, estadual e nacional.

    Num esforo constante para racionalizar suas atividades, a fim de melhor atingir seus objetivos bsicos, o MOBRAL aperfeioou o seu processo de planejamento global, determinando grandes linhas de ao e definindo procedimentos com vistas a uma maior eficcia do seu trabalho.

    No decorrer desses anos, foram criados mecanismos efetivos que permitiram ouvir os municpios, analisar suas reaes frente s propostas educativas que lhes eram apresentadas, detectar os principais pontos de estrangulamento e realimentar as comunidades em tempo hbil. Tais mecanismos o Subsistema de Superviso Global e o Subsistema de Informtica constituem-se no fluxo de orientao para a ao e de realimentao para o planejamento a nvel estadual e nacional.

    Diante desse panorama, definiu-se uma nova Estratgia de Ao do MOBRAL para o perodo 78/80 que teve como diretrizes:

    1. Prioridade para o Programa de Alfabetizao Funcional e implementao do Sistema de Educao Permanente.

    A partir da necessidade de reforar a diversificao dos programas, adotou-se uma estratgia de atuao com base nos seguintes procedimentos:

    grupamento das Unidades da Federao em trs blocos. Esse grupamento definido, a cada ano, de acordo com a situao do analfabetismo em cada Estado/Territrio, em termos de atingimento da meta de erradicao, foi assim formado:

    Grupo A Estados-Bolso, com ndices de analfabetismo elevados.

    Grupo B Estados em vias de erradicao do analfabetismo.

    Grupo C Estados cujos ndices de analfabetismo se situassem em nvel igual ou inferior a 10%.

    Diante de situaes to diversas, sentiu o MOBRAL a necessidade imperiosa de diversificar suas linhas de ao com o objetivo de atender realidade de cada Grupo. Assim, foram desenvolvidas linhas de ao para grupo de Unidades da Federao:

  • Grupo A

    Prioridade absoluta para o PAF, intensificando a mobilizao, atravs de uma ao comunitria, e dirigindo esforos para melhorar o desempenho e elevar o ndice de produtividade, a fim de ser atingida a erradicao at 1980.

    Orientao dos outros programas/projetos/atividades, que j vinham sendo desenvolvidos, para auxiliar o PAF, atravs de uma integrao efetiva de atividades e contedos. A implantao de novos programas/ projetos/ atividades deveria estar condicionada a uma seleo rigorosa que teve por base o critrio de garantia de melhores resultados do PAF.

    Grupo B

    Desenvolvimento do PAF no mesmo ritmo de mobilizao, desempenho e produtividade at ento obtidos.

    Desenvolvimento dos demais Programas, dentro de dois princpios bsicos:

    a) Direcionamento dos outros programas para o PAF, em termos de adequao de contedo e racionalizao de recursos nas reas de populao adulta analfabeta mais significativa;

    b) Implementao dos outros programas, tendo em vista o aperfeioamento do processo de estruturao do Sistema de Educao Permanente nas reas onde o analfabetismo estivesse erradicado ou em vias de erradicao.

    Grupo C

    Manuteno do PAF a nvel residual, ou atingimento desse nvel dentro das possibilidades do Estado/Territrio.

    Direcionamento dos demais programas, em graus de prioridade, de acordo com a realidade de cada Estado/Territrio, no sentido da estruturao do Sistema de Educao Permanente, utilizando-se do PRODAC como programa bsico para a operacionalizao do Sistema.

    Relativamente a 1978, os trs blocos de Estados/Territrios tiveram a seguinte constituio: Grupo A BA, CE, MG, PR, PE e GO.

    Grupo B MA, MT, PA, PB, PI, RJ, RN, RS, SP e SE.

  • Grupo C AC, AL, AM, ES, DF, RO, RR, SC e AP.

    2. Direcionamento da estrutura organizacional e racionalizao dos recursos humanos, materiais e financeiros para atendimento das linhas de ao previstas para os prximo anos.

    3. Integrao mais intensa com entidades pblicas e particulares, para ao conjunta em Programas do MOBRAL ou a nvel da sua clientela.

    4. Revitalizao do Sistema MOBRAL, em todos os niveis, com o objetivo de elevar o padro tcnico dos recursos humanos da Organizao.

    5. Revitalizao das unidades operacionais de base Comisses Municipais atravs de:

    conscientizao dos elementos da COMUN quanto importncia do seu papel dentro do Sistema MOBRAL;

    envolvimento dos Prefeitos, Presidentes de Cmaras e lideranas locais no sentido de maior engajamento nas atividades do MOBRAL.

    6. Implantao de projetos especiais de incentivo clientela do PAF, como, por exemplo, distribuio de culos e merenda, objetivando ampliar os esforos que as COMN j vinham desenvolvendo nesse sentido.

  • .2-RESULTADOS DOS PROGRAMAS

    No perodo de 1974 a 1978, o MOBRAL deu continuidade execuo das atividades definidas em consonncia com seus objetivos programticos, conseguindo atingir e por vezes superar as metas estabelecidas.

    Apesar de ter enfrentado, em anos esparsos, fatores adversos apreciveis tais como escassez de recursos financeiros, limitao do aumento do quadro de pessoal, reduo da cota de gasolina, o MOBRAL conseguiu manter o ritmo de expanso de seus programas/projetos/atividades, tendo alcanado resultados anuais que podem ser considerados altamente expressivos, dentro do contexto de programa de massa.

    2.1 - PROGRAMA DE ALFABETIZAO FUNCIONAL

    Ao final do ano de 1973, a situao do analfabetismo no pas registrava os seguintes nmeros:

    ndice de analfabetismo 25,5% populao adulta analfabeta 15,1 milhes populaao adulta total 59,2 milhes

    Embora at aquela data o MOBRAL j houvesse alfabetizado um total de 5,1 milhes de pessoas, o contingente de adolescentes e adultos a alfabetizar exigia um grande esforo no sentido de alcanar a meta de erradicao ainda na dcada atual.

    0 desempenho do Programa de Alfabetizao Funcional, entre 1974 e 1977, conseguiu reduzir o ndice de analfabetismo para 14,2%, enquanto o contingente de adultos analfabetos registrou uma queda de 37%, ou seja, apenas 9,5 milhes de pessoas se encontravam sem nenhuma escolaridade completa ao final de 1977.

    Deve ser mencionado que, durante o ano de 1977, a atuao do MOBRAL foi influenciada por condies adversas ocorridas em campo, quer nas fases de conveniamento macio, quer no perodo de efetivo desenvolvimento do Programa. Tais fatos se refletiram tanto no ndice de atingimento da meta prevista como na produtividade do Programa, apesar das medidas tomadas peia Organizao para minimizar esses efeitos. Essas medidas se caracterizam peia implantao e/ou implementao de projetos visando a reforar o Programa de Alfabetizao Funcional em todas fases, sendo seus efeitos imediatamente sentidos, conforme comprovam os resultados alcanados pelo

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  • Programa no segundo semestre daquele ano. Entre os projetos implantados, destacaram-se:

    Projeto de Alfabetizao Via Rdio. Projeto de Alfabetizao Individual Campanha "Leitor faz Leitor". Programa de Alfabetizao Funcional e Educao para o Trabalho PAFET. Projeto de Recuperao ao Longo do Processo. Projeto de Integrao do Programa de Alfabetizao Funcional e o Programa de Educao Comunitria para a Sade.

    Com essa diversificao, capaz de atrair novos alunos, at ento desinteressados em procurar o MOBRAL para aprender a ler e escrever, foi possvel manter constante a capacidade de alfabetizao (cerca de 13%) relao entre o nmero de alfabetizados e o nmero de analfabetos existentes no pais no incio do ano , e elevar a capacidade de recrutamento relao entre o nmero de conveniados e a populao adulta analfabeta para 37%, aproximadamente. O quadro abaixo resume os resultados observados no perodo de 1974 a 1977.

    COMPORTAMENTO DO PROGRAMA DE ALFABETIZAO FUNCIONAL 1974/1977

    1974 5.098.000 4.738.131 93 1.923.922 40.6 21,9 13.318.170 1975 4.449.000 4.373.859 98 1.656.502 37,9 18.9 11.850.226 1976 4.634.387 3.923.365 85 1.412.987 36.0 16.4 10.643.730 1977 4.782.500 3.893.388 81 1.203.268 30,9 14.2 9.479.586

    As quedas no conveniamento e produtividade, j esperadas, no foram encaradas como inevitveis. Assim, relativamente ao ano de 1978, houve uma recuperao no comportamento do Programa, tanto em razo da consolidao das medidas adotadas anteriormente como em funo de novos projetos e/ou procedimentos implantados, que buscaram melhorar os resultados do Programa de Alfabetizao Funcional, entre os quais citam-se:

  • Elaborao de Estratgia Anual. Criao de Equipe de Reforo rea Pedaggica. Projeto de Alfabetizao de Pequenos Grupos PAPEG. Implantao do Termo Aditivo de Conveniamento. Pagamento de Gratificao Fixa para Alfabetizadores. Financiamento de Projetos Especiais para cidades com mais de 100.000 habitantes.

    Os resultados alcanados permitem avaliar a adequao das medidas adotadas. Computando-se o desempenho do Programa de Alfabetizao em 1978, o ndice de analfabetismo atingiu 12,3% ao final do ano, enquanto a populao adulta analfabeta alcanava 8,4 milhes de pessoas. Isso no pressuposto de que a produtividade registrada no 1o semestre (32,9%) se tenha mantido durante todo o ano.

    Vale ressaltar que, em relao a 1970, ano de incio das atividades do MOBRAL, ocorreram as seguintes modificaes na situao do analfabetismo no pas:

    Populao Total Adulta (milhes de pessoas) IBGE

    Populao Adulta Analfabeta (milhes de pessoas)

    Indice de Analfabetismo (%)

    1970 1978 Variao (%) 54,0 68,3 + 26

    18,1 8.4 - 54

    33,6 12,3 - 63

    Os resultados alcanados em 1978 pelo Programa de Alfabetizao Funcional, por Regies e para o Brasil foram os seguintes:

    REGIES ALUNOS CONVENIADOS

    NORTE.............................................................................................. 120.355 NORDESTE.................................................................................... 2.346.494 SUDESTE ......................................................................................... 801.726 SUL .................................................................................................. 320.406 CENTRO OESTE............................................................................... 216.920

    TOTAL.................... ....................................................................3.805.901

  • Nesse ltimo total esto includos as diferentes modalidades do Programa de Alfabetizao Funcional como se segue:

    PAFET ..............................................................................................................80.034 PAF. ENTIDADES ............................................................................................ 40.385 PAPEG ............................................................................................................. 16.808 PAF VIA RDIO.................................................................................................. 7.004

    Uma viso retrospectiva do desempenho do Programa de Alfabetizao Funcional, entre 1970 e 1978, possibilitada pelos quadros anexos, mostra a tendncia nitidamente declinante do ndice de analfabetismo do Brasil, como decorrncia da atuao do MOBRAL. Valendo salientar que, no mencionado perodo, o MOBRAL conveniou cerca de 33,0 milhes de alunos, tendo alfabetizado perto de 12,5 milhes.

    2.2 - PROGRAMA DE EDUCAO INTEGRADA

    Para o Programa de Educao Integrada, no perodo de 1974 a 1978, foram assinados convnios com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educao para atendimento a 2,6 milhes de alunos: pessoas alfabetizadas pelo Programa de Alfabetizao Funcional e adolescentes e adultos com escolaridade inferior s quatro primeiras sries do 1o grau.

    O quadro abaixo rene os dados anuais de conveniamento para o programa.

    ALUNOS NOVOS * CONVENIADOS PELO PROGRAMA DE EDUCAO INTEGRADA 1974/78

    ANOS ALUNOS CONVENIADOS NOVOS

    1974 580.802

    1975 513.479 1976 440.521 1977 627.614 1978 471.962 SOMA 2.634.378

  • Computados, portanto, apenas os alunos que comearam seus cursos em 1978. No includos alunos em classe, em decorrncia de convnios de 1977.

    Visando garantir maior eficincia ao Programa, o MOBRAL implantou a modalidade do Programa de Educao Integrada Via Rdio. Na fase experimental do Programa, durante os anos de 1973, 1974 e 1975, foram atendidos 16.892 alunos, sendo que 6.933 concluram o curso.

    Em vista dos resultados alcanados na fase experimental, o MOBRAL vem elaborando o projeto de expanso do Programa de Educao Integrada via Rdio, bem como reajustando todo o material de apoio, para implement-lo a mdio prazo, no o tendo feito ainda por forca do malogro das negociaes com o Servio de Rdio Educativa (SRE).

    2.3 - PROGRAMA DE AUTODIDATISMO

    0 nmero de pessoas que o MOBRAL vem alfabetizando anualmente, somado populao de escolaridade reduzida j existente, forma a clientela potencial para nveis educacionais mais elevados.

    Em vista dessa constatao, o MOBRAL implantou o Programa de Autodidatismo, de modo a proporcionar oportunidades educacionais, atravs do atendimento numa linha de autodidaxia.

    Entre 1975 e 1976, na fase experimental do Programa, houve o atendimento de dez Unidades da Federao, cobrindo dez municpios, com a participao de 3.000 pessoas.

    O Programa foi estendido em 1977, abrangendo todas as Unidades da Federao, cobrindo 184 municpios e atendendo a cerca de 60.000 pessoas

    Em 1978, o Programa atendeu a mais 70.000 pessoas, em 373 municpios, abrangendo todos os Estados e Territrios do pas.

    Como os resultados j alcanados mostraram que o Programa se constitui numa alternativa fundamental para a capacitao aos recursos humanos envolvidos nos programas/projetos/atividades do MOBRAL, sua expanso vem sendo efetivada gradativamente.

  • 2.4 - PROGRAMA CULTURAL Lanado a nivel nacional, em novembro de 1973, o Programa Cultural executado atravs de suas unidades operacionais: o Posto Cultural, a MOBRALTECA e a MINIMOBRALTECA. Essas unidades desempenham um papel de centro aglutinador da comunidade, em torno das mais diversificadas reas culturais.

    A deflagrao em 1973 caracterizou-se pelo Concurso MOBRAL/INL de Literatura, peia realizao do 1? roteiro da MOBRALTECA SANTOS DUMONT (Prottipo), em experincia-piloto no Estado do Rio, e pela implantao do 1? Posto Cultural em Salvador Bahia.

    0 ano de 1974, primeiro ano de efetiva atuao, foi destinado montagem da infra-estrutura necessria implantao do Programa nos trs nveis, sendo de, ressaltar a implantao de 1076 Postos Culturais fixos e atuao da MOBRALTECA em 51 municpios de 14 Estados.

    J nessa fase inicial foram trabalhados 10 subprogramas: literatura, teatro, cinema, arte popular e folclore, msica, rdio, publicaes, artes plsticas, patrimnio histrico/artstico/cultural e reservas naturais e televiso.

    No ano de 1975 foram desenvolvidos prioritariamente 2 subprogramas: literatura e arte popular e folclore. Alm disso, 1.000 novos Postos Culturais foram implantados em todo pas, e a MOBRALTECA atingiu 42 municpios de 5 Unidades da Federao. Cinco novas MOBRALTECAS, doadas por empresas, foram fabricadas.

    Em 1976, foi dada continuidade ao Programa, com prioridade nos subprogramas de msica e teatro. Entre os resultados expressivos esto: 1.500 Postos Culturais receberam os mais diversos instrumentos musicais; festivais de bandas mobilizaram 15 mil msicos de 590 Bandas; com ajuda financeira, 20 grupos teatrais realizaram 575 espetculos em 530 localidades, atendendo aproximadamente a 300.000 espectadores. Ainda neste ano, 124 novos Postos Culturais foram implantados e 429 municpios de 20 Unidades da Federao foram visitados pelas 6 MOBRALTECAS. Surgiu, por por iniciativa local, a nova unidade operacional a MINIMOBRALTECA , em Feira de Santana/Bahia.

    A espontaneidade com que comearam a ocorrer em campo os intercmbios de experincias e a pesquisa dos interesses culturais locais determinou o estabelecimento de uma nova diretriz nacional do Programa.

    A partir de 1977, os municpios e as Unidades da Federao ganharam autonomia no estabelecimento de subprogramas prioritrios, conforme

  • interesses e tendncias locais, Entre os resultados verificados nesse ano citam-se: Concurso Nacional Literatura/Patrimnio (lanado pelos Postos Culturais), as Feiras de Arte Popular, a organizao de museus a partir dos Postos Culturais e implantao de mais 4 MINIMOBRALTECAS, sendo 2 fluviais.

    De outro lado, dando continuidade ao Programa, o MOBRAL implantou mais 200 Postos Culturais em todo pas, as MOBRALTECAS atingiram 511 municpios de 15 Unidades da Federao, 99 grupos teatrais receberam ajuda financeira, realizando 220 espetculos e 81 Postos Culturais foram realimentados com instrumentos musicais e material de pintura.

    Os resultados expressivos referentes ao do Programa em 1978 foram os seguintes: 15 MINIMOBRALTECAS e 750 novos Postos Culturais foram implantados; o nmero de municpios visitados pelas MOBRALTECAS no ano chegou a 478; o cadastramento de artesos, que vem sendo feito sistematicamente, atingiu 12.000; 135 grupos teatrais e 57 grupos folclricos receberam ajuda financeira; o nmero de bens patrimoniais cadastrados atingiu 2.347; e inmeros livros so editados. Surgiu o Concurso Nacional de Trovas e distribudos 6.000 instrumentos musicais aos Postos Culturais. Deu-se nfase produo de material cultural a partir da documentao de campo.

    Vale destacar, na rea cultural, a inaugurao, no antigo Reservatrio do Morro do Ingls, da casa do MOBRAL, centro de exposio e divulgao dos trabalhos desenvolvidos peia instituio.

    2.5 - PROGRAMA DE PROFISSIONALIZAO

    Criado em 1974, o Programa de Profissionalizao executado atravs de trs subprogramas: orientao profissional, treinamento profissional e colocao de mo-de-obra.

    O Subprograma de orientao profissional, atuando a nvel nacional, acionou entre 1974 e 1977, atravs do Convnio MOBRAL/ISOP, o Projeto SOPE, com o propsito de montar um sistema de Orientao Profissional. Os resultados de trs anos de trabalho, que envolveu 42 municpios de 5 Estados e 5.935 alunos, desaconselharam a implantao desse modelo. Outras alternativas de orientao como o Projeto de Informao Profissional e o Projeto de Feiras de Profissionalizao foram ento lanadas.

    Implantado em 1977, o Projeto de Informao Profissional atingiu neste primeiro ano os seguintes nmeros: 800.000 volantes foram distribudos para 27 Coordenaes, cobrindo 1.071 Postos Culturais; registraram-se 37.975

  • leitores, dos quais 18.973 preencheram os questionrios. Aps uma avaliao dos resultados, o Projeto foi reformulado em 1978, ano em que 950.695 volantes foram distribudos para 15 Coordenaes.

    A partir de agosto de 1978, foram realizados 24 Feiras de Profissionalizao.

    O subprograma de treinamento profissional, criado em 1975, oferece inicialmente duas grandes modalidades de cursos: os de semiqualificao, executados segundo uma metodologia de treinamento por "Famlias Ocupacionais", e os de qualificao que oferecem cursos de treinamento por ocupaes especficas.

    De 1975 a 1978, o MOBRAL firmou convnios para treinar 30.280 pessoas das quais 15.436 foram efetivamente treinadas nos cursos de semiqualificao.

    Quanto aos cursos de qualificao, o MOBRAL assinou, em 1976, convnio com a MASSEY-FERGUSON para treinar 40.000 tratoristas agrcolas. Este convnio superou as expectativas, apresentando 20.824 alunos treinados em 1976, 18.073 em 1977 e 1.513 em 1978, totalizando 40.410 alunos treinados. Relativamente aos cursos criados oor iniciativas locais, dos quais o MOBRAL participou, foram treinadas, entre 1975 e 1978, um total de 96.812 pessoas.

    Ainda em 1978, em convnio com a ARNO, foram iniciados cursos de treinamento de Empregadas Domsticas. At dezembro 2.923 alunas foram treinadas e, na mesma poca. 4.377 estavam em treinamento.

    O Subprograma de Treinamento em 1978, ampliou-se enormemente a partir de agosto com o lanamento do Programa de Educao Comunitria para o Trabalho PETRA. Neste perodo, 1.661 convnios foram assinados em 24 COEST/COTER. totalizando 162.998 alunos treinados, em 11.360 cursos.

    O Subprograma de Colocao de Mo-de-Obra lanado a nvel nacional, em 1975, executado atravs de dois projetos: O Posto de Emprego e o Balco de Emprego.

    O Projeto Posto de Emprego, implantado em municpios do Estado de So Paulo, apresentou entre 1975 e 1978 os seguintes dados: 21 Postos inaugurados, 89.725 ofertas de vagas, 57.175 candidatos registrados, 39.844 candidatos encaminhados a emprego e 14.662 candidatos colocados.

    Implantado em todos os Estados e Territrios, o Projeto Balco de Emprego registrou desde 1975 os seguintes resultados: 567 Balces inaugurados, 207.923 ofertas de vaqas, 135.544 candidatos reqistrados, 91.909 candidatos

  • encaminhados a emprego e 52.269 candidatos colocados. Em resumo, em quatro anos, tem-se: 297.648 ofertas de vagas, 192.719 candidatos registrados, 131.753 pessoas encaminhadas a emprego, das quais 66.931 foram efetivamente empregadas.

    2.6 - PROGRAMA DE EDUCAO COMUNITRIA PARA A SADE 0 Programa de Educao Comunitria para a Sade (PES) foi implantado, em 1976, abrangendo de incio os Estados do Piau, Cear, Paraba e Alagoas.

    Em vista da aceitao do Programa pelas comunidades, ainda em 1976 foi possvel atender a 290 municpios, tendo sido formados 6.427 grupos (dos quais 42% na zona urbana e 58% na zona rural) e contar com a participao de 198.900 pessoas. Vale dizer que os resultados quantitativos, obtidos atravs do esforo comunitrio, foram considerados satisfatrios, dada a reduzida abrangncia do Programa. As realizaes mais expressivas em 1976, foram: construo de 12.962 fossas; pessoas encaminhadas para a vacinao 65.827; pessoas encaminhadas a mdicos, hospitais e dentistas 22.025; e filtros adquiridos 9.589. Ainda em 1976, foi utilizado o rdio como forma de ampliar o mbito do Programa. Em carter experimental, o PES via Rdio foi transmitido por 17 emissoras dos Estados em que o Programa j estava implantado.

    A partir de 1977. o MOBRAL deu continuidade ao Programa, implantando-o em Pernambuco, Amap, Amazonas, Maranho, Sergipe, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Ao final do ano de 1977, o Programa atingia 597 municpios, em 11 Unidades da Federao, tendo formado 11.437 grupos, com o envolvimento de aproximadamente 343.000 participantes. Desses grupos, 65% se localizam em reas rurais. Entre os resultados mais expressivos da ao do Programa em 1977, citam-se: construo de 30.319 fossas; encaminhamento de 338.079 pessoas para vacinao; encaminhamento de 162.154 pessoas a mdicos, hospitais e dentistas e 107.031 pessoas encaminhadas ao Programa de Alfabetizao Funcional. O Programa de rdio passou a ser transmitido por 176 emissoras, em 17 Unidades da Federao. Com base em ao conjunta com outras Entidades, o MOBRAL participou do Projeto de Controle da Doena de Chagas atravs da Melhoria da Habitao Rural e do Programa Especial de Controle Esquistossomose.

    Em 1978, considerando o xito do Programa nos anos anteriores e as solicitaes de outras Coordenaes, processou-se a implantao do PES no Acre, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paran, Bahia, Mato Grosso Sui, So Paulo, Par e Distrito Federal.

  • Com essa expanso, o Programa passou a se desenvolver em 22 Unidades da Federao, atendendo a 1.219 municpios, formando 23.682 grupos, com a participao de 661.182 pessoas, aproximadamente. Desses grupos, 70% se localizavam na zona rural, comprovando assim que o Programa tem-se dirigido as reas mais carentes do pas.

    Os dados parciais relativos a 75% dos grupos formados no primeiro semestre dos principais resultados do PES, em 1978, foram os seguintes: construo de 18.715 fossas; formao de 30.902 hortas; plantio de 85.788 rvores; 218.242 pessoas encaminhadas para vacinao, 123.219 pessoas encaminhadas a mdicos, dentistas e hospitais e 82.736 pessoas encaminhadas ao Programa de Alfabetizao Funcional.

    Essas aes so decorrentes no s de atividades de carter comunitrio, como campanhas e mutires, mas tambm de aes individuais ou familiares que j expressam mudanas de comportamento no campo da sade.

    Em termos de transmisso radiofnica, o Programa foi expandido, contando hoje com veiculao atravs de 300 emissoras, em 24 Unidades da Federao. Alm disso, o PES tem sido transmitido por servios de alto-falantes pelas MOBRALTECAS.

    Atravs do convnio assinado entre o MOBRAL e a Fundao Educacional de Braslia, esto sendo desenvolvidas atividades que contribuem para a melhoria das condies de vida da populao de Ceilndia cidade satlite de Braslia. O MOBRAL participa com vrios de seus programas e fornece o material de apoio necessrio sua execuo.

    O convnio firmado entre o MOBRAL e a Fundao das Escolas Federais Isoladas do Estado do Rio de Janeiro (FEFIERJ), possibilitou a atuao de universitrios dos cursos de Medicina, Enfermagem e Nutrio junto aos grupos de participantes do PES, em 4 municpios desse Estado, visando a orientar e reforar as atividades durante as reunies do Programa.

    Ainda em 1978, foi implantada a Campanha Ver... Ler... Viver, de doao de culos, em 833 municpios, cobrindo todas as Unidades da Federao. atendendo a 107.000 alunos.

    Alm desses, grande nmero de portadores de viso subnormal, cuja soluo independe de uso de culos, foi examinado e, de acordo com as possibilidades locais, encaminhado a tratamento mdico.

    Os culos so doados pelo MOBRAL e os exames oftalmolgicos pagos pelo INAMPS e feitos por mdicos mobilizados pelas Coordenaes Estaduais/ Territoriais e Comisses Municipais.

  • 2.7 - PROGRAMA DIVERSIFICADO DE AO COMUNITRIA O Programa Diversificado de Ao Comunitria (PRODAC) foi implantado experimentalmente, a nivel nacional, em 1975, atingindo a 78 municpios. Nesta fase foram organizados 467 grupos de ao comunitria, congregando cerca de 7.500 lideres.

    Tendo em vista os objetivos e o alcance a nvel de comunidade da Ao Cvico Social do Exrcito (ACISO), foi proposta a integrao de trabalho do Exrcito e do MOBRAL, no campo da Ao Comunitria, surgindo, assim, a Operao MOBRAL/ACISO. lanada em 1976. Esta atuao conjunta abrangeu 18 municpios (rea do I! Exrcito), ainda em 1976.

    O ano de 1977 foi o de consolidao dos resultados do trabalho de implantao do PRODAC, que adquiriu ento, feies ntidas e se revelou, tambm, como eficiente instrumento de Sistematizao dos diversos programas/projetos/atividades do MOBRAL. A atuao conjunta MOBRAL/ACISO foi estendida a mais 29 municpios (rea do II e III Exrcito) em 1977. Na implementao das atividades de campo do PRODAC, abrangendo as reas de produo, esporte, promoo profissional, habitao, nutrio, sade, saneamento, educao associativismo etc., o MOBRAL contou com a colaborao de diversas entidades entre as quais so citadas: SUCAM, FSESP, IBGE. EMBRAPA, SUDAM, ANDA, CEME.

    Ainda em 1977 foi implantado o Projeto Diagnstico Municipal IPDM), abrangendo 142 municpios, distribudos por todas as Unidades da Federao, visando a conhecer caractersticas da populao analfabeta remanescente.

    Em 1978, houve a consolidao das atividades dessa rea, atravs do Projeto PRODAC-ACISO e da implementao dos trabalhos conjuntos com diversas entidades, destacando-se: RONDON, EMATER, PRODECOR, CODEM, FIAM, FUNDAO SESP, INCRA e grande nmero de outras entidades locais. Em fins de 1978 estavam vinculados ao PRODAC 936 Grupos de Ao Comunitria, constitudos por aproximadamente 10.300 pessoas, distribudas em 209 municpios brasileiros. Dando, tambm, continuidade ao Projeto Diagnstico Municipal, foram atingidos 674 municpios brasileiros, at o final do corrente ano.

    2.8 - CAMPANHA "ESPORTE PARA TODOS"

    A Campanha foi implantada, em 1977, sendo coordenada pelo Departamento de Educao Fsica e Desportos do Ministrio da Educao e Cultura e executada integralmente pelo MOBRAL.

  • Trata-se de uma Campanha com caractersticas essencialmente municipalistas em sua execuo, cabendo ao MOBRAL a mobilizao de voluntrios e entidades, visando sua participao nos eventos programados, bem como o treinamento e a divulgao a nvel nacional.

    Em 1977, os eventos nacionais realizados contaram com a participao de cerca de 5,3 milhes de pessoas, sendo a Campanha desenvolvida em 2.777 municpios cobrindo todo o pas. 0 quadro abaixo resume os resultados alcanados nos eventos nacionais e sem incluir as atividades locais.

    Eventos Municpios abrangidos

    Nmero de participantes

    Passeio de Bicicleta 2.400 1.940.017

    Torneio Gigante de Pelada 1.200 300.480

    Passeio a P 2.100 2.822.522 Ruas de Lazer 1.494 250.000

    TOTAL 5.313.019

    Em 1978, a Campanha prosseguiu em suas atividades, diversificando os eventos e realizaes, ao nvel local. Nos eventos nacionais a participao de perto de 2,6 milhes de pessoas, atingindo um total de 2251 municpios, em todo territrio nacional, marcou uma queda de mobilizao, ocasionada pela falta de divulgao atravs da "mdia" eletrnica, utilizada em 1977.

    O quadro a seguir rene os resultados durante o ano de 1978.

    Eventos Municpios Abrangidos

    Nmero de Participantes

    Torneio Bom de Bola 666 267.356

    Passeio de Bicicleta 1040 701.295 Passeio a P 803 197.455 Torneio Gigante de Pelada 746 151.093 Colnia de Frias 224 58.621

    Outras Atividades

    TOTAL

    942 412.300

    2.569.419

  • 2.9 - CAMPANHA DE ALIMENTAO

    A Campanha de Alimentao, iniciada em 1? de novembro de 1978, visa a fornecer assistncia alimentar, sob a forma de merenda, aos alunos conveniados do Programa de Alfabetizao Funcional, com o objetivo de colaborar como atrativo no perodo de conveniamento, bem como oferecer suplementao alimentar clientela do PAF, nas reas mais carentes, proporcionando melhoria das condies de aprendizagem e conseqentemente contribuindo de maneira decisiva para a minimizao da evaso.

    Os resultados observados, em 1978, pela Campanha foram os seguintes: rea de abrangncia. ...................................................................Regio Nordeste

    e E.Santo Nmero de municpios atingidos .........................................................................118

    Nmero de alunos atendidos .......................................................................224.874

    Nmero de classes atendidas ..........................................................................9.537

    Nmero de merendas distribudas ........................................................... 8.500.000

    Os resultados da campanha sero avaliados e, a partir da, tomadas decises acerca de sua continuao.

    2.10 - CAMPANHA NACIONAL DE DOCUMENTAO

    A Experincia do MOBRAL, a nvel nacional, permite demonstrar que um dos maiores anseios da clientela atendida pelos diversos programas/projetos/ atividades a documentao bsica do cidado.

    Em 1978, o MOBRAL, juntamente com o Exrcito e a Superintendncia de Campanhas de Sade Pblica SUCAM, iniciou a Campanha Nacional de Documentao, tendo em vista atender s aspiraes da populao carente.

    A Campanha foi deflagrada, a nvel nacional, objetivando a concesso dos seguintes documentos: Certido de Nascimento, Carteira de Identidade, Ttulo de Eleitor, Carteira Profissional e Situao Militar, em carter emergencial e gratuito.

    A previso para a fase de implantao, at maro de 1979, o atendimento mdio de 4.500 pessoas por municpio em que a Campanha for implantada. O nmero potencial de municpios, de acordo com a metodologia de implantao, de cerca de 530. Ou seja, h possibilidade inicial de atender a 2,4 milhes de pessoas com a realizao dessa Campanha.

  • 2.11 - TECNOLOGIA DA ESCASSEZ

    No ano de 1977, foi elaborado pelo MOBRAL o Projeto Tecnologia da Escassez, com os objetivos de promover o registro, anlise e transmisso e a valorizao das tcnicas populares, que, convenientemente tratadas e amplamente difundidas, podero contribuir largamento para a melhoria dos nveis de vida nas comunidades mais carentes.

    Na fase de efetiva atuao, iniciada em 1978, destacam-se as seguintes atividades desenvolvidas pelo Projeto: contatos com entidades, tais como INCRA, FEEMA e IPqM para desenvolvimento de atividades conjuntas; elaborao e seleo de textos para a coleo "Cada cabea um Mundo", lanamento do concurso "Balco de Idias", em conjunto com o BNH, para barateamento da construo civil; aproveitamento de pesquisas sobre preservao de alimentos e habitao; pesquisas bibliogrficas sobre ervas medicinais.

    COMPORTAMENTO DO PROGRAMA DE ALFABETIZAO FUNCIONAL 1970/78

    1970 507.567 172.089 33,9 33,6 18.146.977 1971 - 2.590.061 - 1.081.320 41,8 30,7 17.096.452 1972 4.214.540 4.234.871 100 2.042.683 48,2 26,6 15.262.227 1973 5.015.000 4.931.100 98 1.784.397 36,2 25,5 15.064.573 1974 5.098.000 4.738.131 93 1.923.922 40,6 21,9 13.318.120 1975 4.449.000 4.373.859 98 1.656.502 37,9 18,9 11.850.226 1976 4.634.387 3.923.365 85 1.412.987 36,0 16,4 10.643.730 1977 4.782.500 3.893.388 81 1.203.268 30,9 14,2 9.479.586 1978 4.439.650 3.805.901 86 1.256.000* 32,9' 12,3* 8.381.000'

    Estimativa baseada nos resultados de produtividade dos convnios do 1o semestre

    Fonte: - Relatrio GEPAC (29/12/78); Alunos Conveniados - Relatrio DATAMEC "Situao dos Convnios de AF" - SIQAF - Novembro 1978 - Relatrio ASCON 7/12/78.

  • 3-ATIVIDADES DE APOIO AOS PROGRAMAS

    3.1 - SUPERVISO

    A tarefa de superviso dos programas/projetos/atividades implantados pelo MOBRAL, que cobre todo o territrio nacional, visa a manter a unidade metodolgica e garantir sua integridade na operao, desenvolvida pelo Subsistema de Superviso Global.

    Na medida em que vem ocorrendo a expanso das atividades em campo, atravs da implantao e/ou implementao de programas, tem sido reforado o sistema de superviso.

    Em termos quantitativos, possvel avaliar o aumento da rede de superviso do MOBRAL, a nvel de Brasil, conforme o quadro abaixo:

    COMPOSIO DA REDE DE SUPERVISO DO MOBRAL 1974/78

    1974 91 729 3.952

    1975 96 723 3.963 1976 109 783 3.968 1977 129 872 3.968 1978 146 920 3.973

    O Subsistema de Superviso Global extremamente operacional pela sua abrangncia, penetrao e atuao at nvel de municpio. A rapidez do fluxo de informaes permite uma realimentao constante aos programas do MOBRAL, alm de tornar possvel desencadear, no devido tempo, as atividades, dando maior garantia ao contedo das mensagens.

    A Coordenao Nacional do Subsistema de Superviso Global vem desenvolvendo uma linha de ao que visa, sobretudo, a obter maior rendimento dos elementos envolvidos nos diferentes nveis de Superviso,

  • atravs de um processo de qualificao e realimentao constantes.

    Nos anos de 1974, 1975 e 1976 o esquema de capacitao do SUSUG caracterizou-se pela realizao de Treinamentos Globais, Integrados e Sucessivos GIS utilizando recursos materiais especficos (toca-fitas, fitas cassete, lbuns seriados, textos de apoio etc).

    A partir de 1976, os treinamentos GIS sofreram modificaes, uma vez que, ao proceder-se a cada avaliao, foram surgindo as reformulaes que se faziam necessria?. Nesse sentido, o MOBRAL optou pela organizao de um GIS com apresentao de mdulos bsicos e mdulos complementares, em que cada mdulo focaliza um assunto e composto de texto de apoio, esquema a este relacionado e uma gravao de, no mximo, 10 minutos, em fita cassete, essencialmente motivadora.

    Em 1977 e 1978, alm dos treinamentos GIS, foi desenvolvido um Projeto de Correspondncia Direta para capacitao do Subsistema de Superviso Global.

    Esse conjunto de treinamentos vm sendo realizado mensalmente. A clientela atingida, nesses cinco anos de trabalho, concentrou elementos das COEST/COTER, Supervisores de todos os nveis, COMN, Prefeitos, Alfabetizadores, Grupos de Apoio, apresentando, em mdia, os seguintes resultados mensais:

    ANOS N? MDIO DE PESSOAS TREINADAS POR MS

    1974 21.800

    1975 18.000

    1976 17.000

    1977 22.000

    1978 21.500

    No decorrer dos ltimos anos, vrias iniciativas foram tomadas e desenvolvidas, no sentido de aprimorar a superviso, a saber:

    elaborao e execuo de projetos especiais de Assistncia Tcnica;

    criao do Esquema Bsico de Atividades (EBA), instrumento de trabalho dos Supervisores, visando a auxiliar no planejamento de atividades, a fim de

  • permitir o controle, a auto-avaliao e a avaliao sucessivas do trabalho de superviso executado;

    realizao de Encontros Anuais de Superviso, que permitiram a realizao de diagnsticos quanto atuao do Subsistema de Superviso dando, conseqentemente, subsdios para replanejamento e dinamizao das atividades do SUSUG;

    em 1978, um novo evento foi realizado Encontro Nacional de Superviso sendo que, desta vez, com a presena dos Supervisores de rea.

    Como ponto de capital importncia para o Subsistema de Superviso Global, ressalta-se a avaliao do seu funcionamento, processo contnuo realizado atravs de avaliaes parciais, feitas com base num Relatrio Padro e complementadas por viagens de tcnicos do MOBRAL Central s Unidades da Federao. Os resultados decorrentes desse procedimento so subsdios valiosos para o planejamento do ano subseqente.

    Em termos de atividades desenvolvidas durante o ano de 1978 pelo SUSUG merecem destaque:

    Assistncia Tcnica ao SUSUG, com viagens a 19 COEST/COTER, objetivando analisar e revitalizar o processo de Superviso em todos os nveis.

    Realizaes do I e II Encontro Nacional de Supervisores de rea, com a finalidade de ampliar a qualificao do SUSUG e aperfeioar o fluxo de superviso.

    3.2 - MOBILIZAO

    0 processo de mobilizao no MOBRAL faz-se atravs do levantamento e recrutamento de analfabetos e de foras comunitrias que se empenham na realizao dos programas da Entidade. Por meio dessa participao e tendo em vista as diretrizes e estratgias ditadas pelo MOBRAL, so obtidos os recursos, tanto humanos quanto materiais, que possibilitam a execuo das diversas atividades programadas.

    No intuito de sistematizar o trabalho a nvel estadual e nacional, as Coordenaes Estaduais/Territoriais e o MOBRAL Central atuam como elementos catalizadores e orientadores desse processo.

  • O trabalho de mobilizao durante o perodo 1974/78 evoluiu, objetivando o atingimento dos propsitos da Organizao. Em 1974, a nfase dada recaiu sobre a implantao de uma "Estratgia de Mobilizao" conjunto de dispositivos operacionais que orientou as Comisses Municipais (COMN) quanto programao a adotar.

    Em 1975, a ao se desenvolveu no sentido de implementar o trabalho de campo, atravs da aplicao de novas diretrizes, levando em considerao as prioridades estabelecidas, o aprimoramento da metodologia utilizada e a capacitao do pessoal nos seus diferentes nveis.

    A partir de 1976, o processo de mobilizao caracterizou-se pela redefinio das linhas de ao, a cada ano, visando no s ao reforo dos aspectos positivos evidenciados nos perodos anteriores, como tambm descoberta de novos enfoques e medidas eficazes para maior envolvimento das comunidades nos objetivos da Organizao, dadas as dificuldades crescentes e esperadas de atingimento macio de sua clientela potencial (zonas rurais, rarefeitas, alunos com dificuldades de aprendizagem, resistncia natural etc).

    O trabalho de mobilizao do MOBRAL tem sido desenvolvido com a valiosa participao de entidades as mais diversas, sendo dignos de meno vrios rgos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio, as Foras Armadas, Sindicatos, Federaes Desportivas, Cooperativas, Bancos, INPS, SUDAM, CNEC, EBCT, SENAI, Caritas, Lyons, Rotary, Secretarias de Educao Estaduais e Municipais, Lojas Manicas, CONTAG, INCRA, LBA, CONDU, Projeto Rondon, FUNRURAL, SESI, Universidades, jornais, rdios, parquias e muitos outros a nvel estadual e municipal.

    Por outro lado, considera-se da maior importncia para o xito dos programas, a participao dos membros das comunidades em Grupos de Apoio (GA), que vm se multiplicando. Esses Grupos tm como objetivo auxiliar as Comisses Municipais nas atividades que possibilitam um rendimento cada vez maior dos programas/projetos/atividades desenvolvidas pelo MOBRAL.

    Visando prioritariamente ao Programa de Alfabetizao Funcional, em face do objetivo precpuo do MOBRAL e como conseqncia do trabalho realizado com base em estratgias de mobilizao para conveniamento, os resultados alcanados no perodo 1974/78 foram extremamente expressivos.

    Embora se observe uma tendncia de declnio gradual na meta de conveniamento anual de alunos para o Programa de Alfabetizao Funcional, resultante da atuao do MOBRAL, a capacidade de recrutamento, por outro lado, tem se elevado. Entre 1974 e 1978, houve uma evoluo de 34% para 39% na capacidade de recrutamento, definida como a relao entre o nmero

  • de conveniados e a populao analfabeta de mais de 15 anos de idade existente no Pas no inicio do ano:

    %

    Anos

    Como resultado mediato das medidas visando a reforar os aspectos de mobilizao para conveniamento, implantadas durante o ano de 1978, traduzidas num esquema de intensa assistncia tcnica s Coordenaes Estaduais e Territoriais especialmente as dos Estados do Cear, Pernambuco e Bahia houve uma recuperao acentuada em termos de atingimento das metas estaduais programadas.

    3.3 - INFORMAO

    O Subsistema Integrado de Informaes do MOBRAL teve sua concepo e implantao iniciada em 1973 e sedimentada a partir de 1974.

    O objetivo da execuo de suas rotinas visa propiciar administrao e ao corpo tcnico do MOBRAL o acesso s informaes geradas pelo registro das operaes do rgo em suas reas de apoio, finanas e controle.

    Este subsistema era composto de diversos mdulos que armazenam (em equipamentos de processamento eletrnico de dados ou no, conforme sua convenincia) dados especficos, que quando tratados suportam estudos por parte dos usurios (administrao e corpo tcnico).

  • Ao longo de 1973 e 1974 foram desenvolvidos vrios mdulos, entre os quais o do Pagamento de Pessoal, Cadastro, Controle de Convnios, de Correspondncia, Microfilmagem e outros tantos, enquanto de 1975 a 1976 mplantou-se o controle do Programa de Educao Sanitria.

    Em 1977, em vista da expanso das atividades de processamento de dados, em razo das necessidades crescentes de informaes dos vrios nveis da administrao, foi criado o Grupo Especial de Implantao de Informtica (GIFOR), incorporando as tarefas do Subsistema Integrado de Informaes.

    Desse modo, o MOBRAL passou a assumir a execuo das atividades de processamento de dados, atravs da implantao do seu prprio centro consolidada em 1978.

    A partir de 1978, o Grupo Especial desenvolveu sistemas de tratamento de dados de entrada (DATA ENTRY), que a principal caracterstica do equipamento instalado (COBRA - 400), referente aos seguintes subsistemas: cadastro de localidades de fornecedores, catlogo de materiais do MOBRAL, controle de utilizao do COBRA-400, Pesquisa sobre Competncias Bsicas do Portugus, controle do Programa de Educao Comunitria para a Sade, cadastro de dotao oramentria; controle de notas de empenho e de anulao, de boletins dirios de pagamento, dos boletins de suprimentos, do plano de contas do MOBRAL e dos documentos de lanamento dirio da tesouraria.

    o Grupo Especial iniciou tambm o desenvolvimento de sistemas administrativos e/ou de processamento de dados nas seguintes reas: controle geral de programas pedaggicos do MOBRAL, controle do Programa de Educao Comunitria para o Trabalho, administrao de materiais, controle do Programa de Educao Comunitria para a Sade, controle de informaes oramentrias e financeiras, controle da Campanha Ler... Ver... Viver, controle da Campanha de Alimentao e controle da Campanha Nacional de Documentao.

    Simultaneamente, o GIFOR continuou a efetuar a superviso e/ou administrao de contratos da prestao de servios, executado por bureaux externos de processamento de dados, tais como: controle do Programa de Alfabetizao Funcional, controle da dotao e da execuo oramentria, pagamento e controle de pessoal do MOBRAL Central, controle da correspondncia recebida, apoio ao processo de mobilizao de empresas para contribuir com imposto de renda para o MOBRAL, apoio a esquema de comunicao via mala postal dirigida a Universidades e Sindicatos.

    Com a implantao do equipamento DATA ENTRY (COBRA-400), a rea de informtica incorporar, a partir do incio do novo exerccio financeiro, os

  • servios de processamento de dados que esto sendo executados para a Gerncia Financeira, em bureau externo.

    Finalmente, o Grupo Especial foi transformado em Gerncia de Informtica, considerando os trabalhos desenvolvidos e a necessidade de se estabilizar o quadro de servidores (analistas e programadores). De outro lado, esto sendo estabelecidos procedimentos para a obteno de maior e real capacidade de processamento dos dados de entrada, a partir do acesso a computador de porte compatvel com o volume e complexidade dos servios executados, atualmente, na rea de informtica

    3.4 - TREINAMENTO

    Os treinamentos de recursos humanos, em todos os nveis, so considerados fundamentais pelo MOBRAL e tm-se constitudo na grande contribuio da Organizao para qualificao do pessoal envolvido na implantao dos programas/projetos/atividades. Essa atuao tem-se desenvolvido em trs linhas: capacitao dos recursos humanos da Organizao, assistncia s Coordenaes Estaduais/Territoriais e execuo de projetos experimentais.

    A partir de 1974, o MOBRAL introduziu o uso de tecnologias de comunicao mais adequadas a determinadas necessidades de treinamento e capacitao de recursos humanos.

    De outro lado, a existncia de melhor preparao do pessoal, decorrente da expanso e complexidade das atividades desenvolvidas, conduziu o MOBRAL para o encaminhamento de funcionrios a cursos externos, nas mais diferentes reas.

    Dentro dessa linha, a Organizao passou a atuar na rea internacional, organizando seminrios, conferncias, mesas redondas e desenvolvendo uma programao de acompanhamento a estagirios e tcnicos de misses estrangeiras.

    No perodo de 1974 a 1978, registrou-se uma mdia de 3.500 elementos treinados, entre treinamentos introdutrios, treinamentos internos e externos, em vrias reas, e assistncia s Coordenaes, exclusive os treinamentos dos elementos do SUSUG.

    3.5 - PESQUISA

    Visando a subsidiar as decises gerenciais, bem como embasar as atividades desenvolvidas na implantao de seus programas/ projetos/atividades, o

  • MOBRAL criou em 1973, uma rea de pesquisas, com as seguintes linhas de ao:

    fomento pesquisa sobre educao permanente, a ser desenvolvida por pesquisadores e instituies no diretamente vinculadas ao MOBRAL;

    realizao de pesquisas diretamente relacionadas aos interesses mais imediatos da Organizao.

    No decorrer do ano 1974, foram concludos dois projetos de pesquisa:

    "Pesquisa de Opinio MOBRAL/Universidade".

    "A Orientao Educacional e o Ensino Supletivo Estadual da Guanabara"

    tese de mestrado.

    No rol das pesquisas iniciadas nesse ano podem ser citadas:

    "Competncias Bsicas do Portugus". "Nveis de Desenvolvimento Scio-Econmico dos Municpios Brasileiros". "Anlise do Nvel Operatrio do Adultos Analfabeto" tese de mestrado.

    Em 1975, o processo de expanso das atividades do MOBRAL necessitou de uma linha de assessoria, na rea de pesquisa, aos demais rgos na avaliao dos seus programas/projetos/atividades. Alm disso, foram desenvolvidos os seguintes estudos:

    "Modelo de Avaliao do Programa de Alfabetizao Funcional".

    "Interferncias de uma Segunda Lngua na Aprendizagem da Escrita".

    "A Clientela do MOBRAL: Suas Caractersticas"

    "Avaliao do Produto Final do Programa de Alfabetizao Funcional na Regio Nordeste".

    "Avaliao Quantitativa e Qualitativa do Material Didtico".

    Durante o ano de 1976, foi realizada a pesquisa "Subsdio para o Estudo Piloto de Regresso", no Rio de Janeiro, em atendimento s observaes da CPI instaurada pelo Senado Federal. As concluses finais desse trabalho podem ser assim resumidas:

    "Esta subcomisso considera-se satisfeita com os resultados a que chegou, tendo-se claramente percebido serem tolerveis os ndices de regresso entre ex-alunos do MOBRAL. Esses baixos ndices no comprometem o seu trabalho e, ao contrrio, caracterizam a utilidade e eficincia dos seus

  • programas. Estatsticas de regresso que so divulgadas, relativas aos outros pases, no se aplicam ao Brasil, onde o aluno ingressa voluntariamente no MOBRAL e recebe estmulos permanentes para a manuteno e enriquecimento das informaes e conhecimentos adquiridos".

    Foi realizada, tambm, a pesquisa de campo referente ao projeto "Subsdios para o Programa de Alfabetizao Funcional Regio Sudeste"; alm disso, o MOBRAL financiou a tese de mestrado "Congruncia entre Atividades Formais e no Formais dos Elementos da COMN".

    Em 1977, podem ser destacados os seguintes projetos de pesquisa:

    "Estudo Comparativo dos Resultados do Programa de Alfabetizao Funcional" (sudeste/nordeste).

    "Perfil de Freqentadores do Posto Cultural".

    "Anlise das Caractersticas Scio-Econmicas do Aluno do MOBRAL".

    "Pesquisa Exploratria do Programa de Alfabetizao Funcional, via Rdio".

    "Variao Fonolgica na Fala dos Mobralenses e suas Implicaes na Aquisio da Escrita".

    "Desempenho do Aluno das Classes de Alfabetizao Influncia da

    Percepo".

    Dando continuidade ao esquema de realizao e/ou financiamento de projetos de pesquisa, o MOBRAL, em 1978, propiciou os seguintes estudos, entre outros:

    "Produto Final do Programa de Alfabetizao Funcional Leitura, Escrita e Clculo".

    "reas de Resistncia ao Programa de Alfabetizao Funcional".

    "Anlise de Erros Grficos".

    "0 Mobralense e Domnio do Lxico".

    "Estudo e Acompanhamento do Programa de Autodidatismo Fase Experimental".

    "Alfabetizao e seus Efeitos o Follow-Up dos Alunos do Programa de Alfabetizao Funcional".

    "Construo e Pr-teste de uma Bateria de Testes de Leitura, Escrita e Clculo para o Programa de Alfabetizao Funcional".

    "Estudo Exploratrio sobre os Critrios de Avaliao do Alfabetizador no Maranho".

  • 3.6 - DOCUMENTAO

    Objetivando coletar e divulgar informaes relativas educao de adultos, o MOBRAL criou uma rea de documentao, que tem por finalidade gerar Tecnologia de Educao de Adultos para desenvolvimento de programas de intercmbio de documentao, a nivel nacional e internacional, alm de prestar atendimento tcnico s diferentes unidades da Organizao em sua rea de atuao.

    Para isso, desde 1973, vem desenvolvendo uma srie de atividades, tais como disseminao seletiva de informaes e seus usurios, divulgao de resultados de pesquisas bibliogrficas, fornecimento de informaes documentrias, divulgao do acervo existente e emprstimo ou fornecimento de cpias de peas do acervo.

    Os dados numricos dessas atividades, em 1978, atingiram os seguintes valores: foram catalogadas 7.747 obras de referncias; foram adquiridos 1.447 livros e peridicos; foi procedida a indexao de 4.767 livros e 1.418 artigos e foram realizadas 190 pesquisas bibliogrficas.

    Ainda vinculado a essa rea, funciona o Centro de Memria, criado em 1975, com a finalidade de manter o registro dos eventos essenciais da histria do MOBRAL e atuar como Centro Nacional da Rede Internacional de Informao do Bureau International d'Education/UNESCO.

    3.7 - PRODUO AUDIOVISUAL

    Com a finalidade de divulgar a imagem do MOBRAL, foi criada em 1974, uma rea de atividades audiovisuais com o objetivo especfico de apoiar e assessorar tecnicamente a documentao histrica da Organizao, atravs de um acervo fotogrfico, sonoro e grfico.

    As principais atividades desenvolvidas por esta rea, nas suas trs linhas de operao, at 1978, foram as seguintes: gravao, mixagem e bipagem de inmeras fitas para realizao de programas audiovisuais; documentao fotogrfica das atividades dos tcnicos da Organizao; realizao de vrios filmes relativos aos programas do MOBRAL, alm de criao de pranchas de arte, normografias, lay-outs e desenhos para publicaes.

    3.8 - ASSISTNCIA JURDICA

    A assistncia jurdica do MOBRAL, dentro de suas atribuies regulamentares, ocupa-se de todos os assuntos que, por sua natureza.

  • exigiam cobertura jurdica, dentre eles a emisso de pareceres sobre matria normativa e legal e a anlise prvia de todos os convnios e contratos celebrados peia Organizao.

    Assim, entre 1974 e 1978, as tarefas realizadas pela rea jurdica se relacionaram a procedimentos administrativos e de ordenao jurdica, atravs da expedio de circulares, bem como a representar o MOBRAL ante os rgos dos Poderes Judicirio justia civil, penal e trabalhista e Executivo, sobretudo na rea do Tribunal de Contas da Unio e Secretaria Geral do MEC, atravs da formulao de defesas e consultas. Cumpre destacar, ainda na rea do Governo Federal, a promulgao do Decreto 74.562, de 16 de setembro de 1974, que estende aos Alfabetizadores do MOBRAL, recrutados pelas Comisses Municipais, os benefcios da iseno de -nus de natureza trabalhista e previdenciria.

    Ainda na rea administrativa, houve o assessoramento pessoal e direto ao Presidente, Secretrio-Executivo, alm de orientao a todos os demais setores do MOBRAL Central e Coordenaes Estaduais/Territoriais. No cumprimento da legislao federal que regula as licitaes pblicas, ocorreu tambm a prestao de assistncia jurdica a todas as modalidades de licitaes realizadas pelo MOBRAL.

    3.9 - DIVULGAO

    O MOBRAL sempre procurou desenvolver uma poltica no sentido de promover a identificao do trabalho de alfabetizao de adolescentes e adultos com a opinio pblica.

    Nesse sentido, foram desenvolvidas campanhas de integrao do MOBRAL com as comunidades em seus diversos nveis, cujos resultados podem ser avaliados pela participao macia da populao nos programas/projetos/ atividades realizados, bem como pelas vrias formas de doao efetuadas.

    Basicamente, a referida poltica vinha sendo consubstanciada em duas grandes campanhas anuais: a mobilizao de recursos comunitrios e a captao de recursos financeiros alm de outras eventualmente efetivadas.

    Em 1977, a nfase foi desdobrada em trs objetivos: a sensibilizao do empresariado e de dirigentes de entidades de economia mista, visando a estimular sua colaborao, atravs de deduo do Imposto de Renda e de doaes diversas; o entrosamento com os responsveis pelos rgos de comunicao de massa, com vistas divulgao dos propsitos do MOBRAL e dos resultados do trabalho desenvolvido e o apoio s Coordenaes para

  • mobilizao das comunidades.

    Tais objetivos foram plenamente alcanados, valendo ressalvar, no entanto, a participao da imprensa brasileira no Prmio MOBRAL de Jornalismo, bem como o destaque dado s comemoraes do Dia Interncional da Alfabetizao e do stimo aniversrio do MOBRAL.

    Em 1978, tendo em vista a dinamizao das atividades relativas divulgao, foi criado um Grupo de Propaganda, com a finalidade de apoiar os programas do MOBRAL, atravs da elaborao de material de divulgao especfico para esse fim. Assim, foi preparada uma vasta coleo de material de divulgao, em atendimento s Gerncias e Centros.

    Alm disso, foram realizadas exposies sobre a atuao do MOBRAL em Braslia e Belo Horizonte, promovendo os resultados da Organizao no perodo entre 1970 e 1978 Exposio "8 Anos do MOBRAL", bem como o lanamento de mais dois ttulos da publicao "Poetas do MOBRAL", no Rio de Janeiro.

    Ao mesmo tempo, as tarefas relativas captao de recursos financeiros foram transferidas para a Gerncia de Programas de Ao Comunitria (GEPAC), cabendo Assessoria de Comunicao Aplicada ASCAP as atividades especficas de divulgao, propaganda e relaes pblicas da Entidade. A atuao do Setor de Captao de Recursos (SECRE) da GEPAC, visando incentivar a deduo do imposto de renda das empresas em favor da instituio resultou, no mnimo, na arrecadao adicional, em 1978, de CrS 50 milhes.

    3.10 - LOGSTICA

    A racionalizao das tarefas administrativas que so desenvolvidas em apoio aos programas/projetos/atividades tem sido implementada pelo MOBRAL na medida em que ampliada sua rea de atuao e/ou observada expanso dos trabalhos em campo.

    Nesse sentido, o MOBRAL, no decorrer dos anos, vem promovendo a utilizao de sua infra-estrutura de apoio logstico no desenvolvimento de atividades de vulto, sobretudo no que se refere aquisio e distribuio, a nvel nacional, de todo material didtico e complementar utilizado nos programas implantados ou em implantaes.

    Com esse fim, desde o ano de 1974, a rea de apoio do MOBRAL vem desempenhando as seguintes atividades, entre as mais expressivas: treinamento para capacitao pessoal e funcional, assistncia tcnica s

  • Coordenaes, criao de uma rede de comunicaes eficiente, sem descurar de sua rotina de servios gerais, controle de correspondncia, compra, controle de patrimnio, armazenagem, servios grficos, expedio e distribuio de material tanto de apoio como didtico, oferecendo s reas-fim a possibilidade de melhor realizao do que se propem.

    Em termos de planejamento logstico foram desenvolvidas as seguintes atividades: distribuio de material didtico s classes do Programa de Alfabetizao Funcional, Postos Culturais, reformulao e adequao da frota de viaturas, realizao de licitaes para aquisio de material, entre outras. Em 1978, os resultados numricos mais destacados foram: remessa de 336 mil volumes, num total de 2,6 milhes de quilos, realizao de 751 licitaes para aquisio de material, a expedio de 3.252 correspondncias cobrindo todas as Coordenaes Estaduais/Territoriais.

    3.11 - CONTROLE

    Paralelamente s tarefas de implantao de programas/projetos/atividades, o MOBRAL, na medida em que vem expandindo sua atuao, desenvolveu uma sistemtica de acompanhamento e controle vinculada movimentao financeira, visando a possibilitar a agilizao dos trabalhos no campo, no que se refere, especialmente anlise de contratos e convnios, liberao de parcelas financeiras para o Programa de Alfabetizao Funcional.

    Com o objetivo de melhorar o atendimento s tarefas desempenhadas no campo, o MOBRAL tem procurado aprimorar a elaborao do Termo de Convnio relativo ao Programa de Alfabetizao Funcional e padronizar os Convnios Especiais. De outro lado, a Organizao tem estudado a sistemtica mais adequada de computao das informaes, de modo a aperfeioar a forma de liberao das parcelas e o controle de grande nmero de convnios assinados.

    No decorrer do perodo de 1974 a 1978, o MOBRAL expandiu essa atividade, na proporo do crescimento de seu desempenho no campo, em funo das diferentes modalidades do Programa de Alfabetizao Funcional e em razo do desenvolvimento de inmeras aes conjuntas com diversas Entidades.

    Nesse sentido, no ano de 1978 convm assinalar que o acompanhamento quantitativo e financeiro abrangeu 25 programas/projetos/atividades, com um volume de documentao de entrada da ordem de 1,5 milhes de documentos, sendo que o Programa de Alfabetizao Funcional absorveu a maior percentagem desse total. Foram tambm atendidas com convnios especiais as reas de Profissionalizao, Cultural e Educao Comunitria para a Sade.

  • 3.12 - FINANAS

    Tendo em vista a importncia das atribuies da rea financeira remessa de recursos s COEST/COTER na operacionalizao dos seus programas/ projetos/atividades, o MOBRAL, no perodo de 1974 a 1978, procurou implantar procedimentos visando a adequar a execuo dessas tarefas dinmica da Organizao.

    Nesse sentido, a partir de 1974 foi implantado, com utilizao de processamento eletrnico de dados, o Subsistema de Oramento (1974) e o Controle Programtico (1975), de forma a tornar possivel o acompanhamento da execuo oramentria-financeira do MOBRAL, por rgo e por programa/projeto/atividade.

    Em 1975 e 1976, houve a implantao, tambm em termos de computao eletrnica, de todos os controles sobre a movimentao financeira da Organizao, o que vem permitindo a emisso de boletins dirios de disponibilidade (caixa e contas bancrias) e boletins dirios de receitas.

    Durante os anos de 1977 e 1978, procedeu-se padronizao dos formulrios contnuos, reduzindo substancialmente o tempo de tramitao de documentos.

    No ano de 1978, foram realizados estudos no sentido de implantao de um controle integrado de informao, cuja efetivao se dar, progressivamente, a partir do incio do prximo ano.

    Relativamente aprovao das contas do MOBRAL, vale destacar que, em 1978, foram aprovadas pelo Tribunal de Contas da Unio as relativas aos exerccios de 1972, 1973, 1974, 1975 e 1976. A Tomada de Contas referente ao ano de 1977 foi enviada pela Inspetoria Geral de Finanas ao Tribunal de Contas da Unio, em novembro de 1978, com parecer favorvel aprovao.

    Ainda no ano de 1978, foi implantado um novo sistema de remessa de recursos s COEST/COTER, de modo a tornar mais flexveis os procedimentos referentes ao repasse e aplicao de recursos. Essa medida permitiu a adequao das atividades desenvolvidas na rea financeira s necessidades operacionais decorrentes da ampliao dos programas/projetos/atividades do MOBRAL em campo.

  • __________________ 4-COOPERAO INTERNACIONAL

    O MOBRAL, desde a sua criao, vem desenvolvendo programas de cooperao internacional, visando a partilhar experincias com outros pases. O intercmbio na rea internacional foi intensificado a partir de 1973, por ocasio do Seminrio Internacional de Educao de Adultos e do Seminrio Interamericano sobre Educao da Amrica Latina e do Caribe, ambos realizados no Rio de Janeiro, sendo o ltimo organizado pelo MOBRAL, quando vrios pases passaram a conhecer melhor a atuao da organizao e solicitar-lhe assistncia tcnica.

    A exemplo do que fez em 1972, o Jri dos prmios Nadejda Kroupskaia e Reza Pahlevi, voltou a citar o MOBRAL, em 1974, atravs de meno especial pela "continuidade e excelncia do trabalho que vem desenvolvendo no campo da educao de adultos".

    Reconhecido como membro atuante da comunidade internacional ligada educao, o MOBRAL foi convidado a filiar-se a instituies internacionais, no sentido de contribuir de maneira ativa com a sua experincia. Dentre essas, merecem ser citadas o ICAE (Conselho Internacional para Educao de Adultos), o BIE (Escritrio Internacional de Educao), IIALM (Instituto Internacional de Mtodos de Alfabetizao de Adultos).

    0 MOBRAL passou tambm a ser freqentemente solicitado a fornecer informaes e subsdios para trabalhos de pesquisas e teses de estudo relativos educao de adultos e educao permanente assim como a prestar colaborao na elaborao de artigos para revistas especializadas, ou de documentos internacionais que tratam de educao.

    Entretanto, a atuao do MOBRAL a nvel internacional tem o seu mais relevante papel na organizao de reunies, estgios e programas de viagens de estudo para autoridades e especialistas em educao de adultos e na prestao de assistncia tcnica propriamente dita.

    Assim que, ainda em 1974, o MOBRAL foi institucionalizado como agente de treinamento da UNESCO, que financiou um Estgio de Organizao de Gerncia em Educao de Adultos, contando com a participao de tcnicos africanos e asiticos. Alm da UNESCO, outros organismos internacionais tais como a OEA, AID, Banco Mundial entre outros, tambm incluem o MOBRAL na lista de instituies especializadas em educao de adultos a serem conhecidas, fornecendo para tanto bolsas de estudo e de viagem para os interessados.

    De seu lado, o Ministrio das Relaes Exteriores assinou, em 1976,

  • Convenio com o MOBRAL, no sentido de sistematizar a assistncia tcnica fornecida por esta Fundao, muitas vezes solicitada dentro de Acordos de Cooperao Tcnica e Cultural firmados entre o Brasil e outros pases.

    Ao longo dos ltimos anos, o MOBRAL enviou misses de assistncia tcnica ao Senegal, Jamaica, Paraguai, Colmbia, Venezuela e Guatemala. Tcnicos procedentes do Senegal, Estados Unidos, Alemanha, Canad, Venezuela, Frana/UNESCO, Costa do Marfim, Arbia Saudita, Ghana, Mauritnia, Uganda, Austrlia, Japo, Chile/UNESCO, Paraguai, Ir, Iraque, India, Equador, Honduras, Bolvia, Guin-Bissau, Cabo Verde, Nicargua, Guatemala, Peru, Gabo, Nigria, Mxico, Sucia, Angola etc, realizaram estgios e visitas ao MOBRAL.

    Merece destaque a assessoria prestada pelo MOBRAL ao Governo da Guatemala, em 1977, quando o Congresso daquele pas aprovou a criao de um organismo nos moldes do MOBRAL, a exemplo de idntico Movimento instalado na Jamaica, o JAMAL. Em 1978, tcnicos da Guatemala vieram ao Brasil para elaborar o anteprojeto de implementao do rgo a nvel nacional, em conjunto com tcnicos do MOBRAL.

    0 MOBRAL tem tido participao nos mais importantes eventos dedicados alfabetizao e educao permanente, dentre os quais podem ser citados o comparecimento Conferncia de Tquio (1972) e ao Simpsio Internacional para Alfabetizao do Teer (1975), bem como enviado representantes a reunies especializadas, tais como as do Grupo de Peritos encarregados de avaliar o PEMA (Programa Experimental Mundial de Alfabetizao), e as do Grupo de Especialistas encarregados de elaborar o anteprojeto da Recomendao referente ao Desenvolvimento da Educao de Adultos, adotada em Nairobi, em 1976.

    Em 1978, o MOBRAL esteve representado nas seguintes reunies: Reunio de peritos sobre publicao de monografias educativas no campo da educao no formal (Espanha), Aplicao da Tecnologia Educativa em Programas de Educao de Adultos (Venezuela), Formao do educador de adultos (Chile), Seminrio sobre o rdio como meio educativo (Espanha), Reunio de especialistas sbre desenvolvimento de currculos destinados a Programas de Base (RFA), Curso de Educao de Adultos e Desenvolvimento Rural (Mxico) e Reunio de especialistas para avaliar a testagem de documento produzido pela UNESCO para a coleta de dados estatsticos em programas de alfabetizao (Ir)

    Respondendo a constantes solicitaes do Itamaraty, visando divulgao do Brasil no exterior, o MOBRAL tem fornecido vasta documentao e material informativo, distribudo pelas misses diplomticas brasileiras e exposto em eventos, tais como a Feira Internacional de Maputo

  • (Moambique), em 1978.

    Ainda no que concerne a divulgao do MOBRAL no exterior, o lanamento da publicao "MOBRAL INFORMA", em quatro idiomas, obteve excelente aceitao por parte de diversas entidades especializadas. Assim, por exemplo, o Jornal "Current Awareness Service" do "Directorate of Adult Education", da ndia, reproduziu grande parte da matria constante no 1o nmero do "MOBRAL INFORMA".

    .5 RECURSOS FINANCEIROS

    O MOBRAL conta, para implementao de seus programas/projetos/ atividades, com recursos financeiros provenientes da Loteria Esportiva, repassados atravs do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao FNDE, Imposto de Renda e Oramento da Unio.

    No decorrer do perodo de 1974 a 1978, a estrutura de formao dos recursos do MOBRAL modificou-se extremamente. Enquanto, em 1974, a maior parcela da receita anual (55%) era proveniente da Loteria Esportiva e 36% eram obtidos via Imposto de Renda, no ano de 1978, a situao era completamente diferente. Do total dos recurso financeiros disponveis pelo MOBRAL, apenas 22% foram repassados pelo FNDE e 70% foram canalizados atravs do Imposto de Renda devido pelas empresas.

  • Esse quadro mostra nitidamente que o MOBRAL atualmente depende, basicamente, da sua capacidade de arrecadao e no de repasses de recursos do FNDE, diferentemente do que ocorria em 1974.

    5. / - RECEITA

    No periodo de 1974 a 1978, embora a receita nominal do MOBRAL tenha aumentado ano a ano, em termos de valores reais, a tendncia no foi a mesma. Em anos esparsos houve ocorrncia de queda real nos recursos disponveis.

    Nesse sentido, para cumprir as metas programadas, o MOBRAL foi levado a contrair um emprstimo em 1974, no valor de CrS 47.300.(XX),00, com a Caixa Econmica Federal - que foi saldado no exerccio de 1977.

    A partir do ano de 1977, o MOBRAL pde prosseguir diversificando e ampliando suas atividades, principalmente em decorrncia da nova sistemtica de Incentivos Fiscais, que deu apoio mais consistente aos programas da Organizao atravs do Decreto-Lei no 1.444/77, elevando o percentual destinado aos seus programas de 1% para 2%. Essa legislao aconselhou uma atuao mais intensa do MOBRAL junto ao empresariado nacional e empresas pblicas, a fin de conseguir a indicao do novo percentual permitido.

    EVOLUO DA RECEITA VALORES

    NOMINAIS - 1974/78 CrS 1,00

    ANO 1974 1975 1976 1977 1978

    FONTE Unio

    1.232.500 1.842.000 1.866.000 2.378.200 2.378.000

    F.N.D.E. 151.260.200 153.630.176 164.015.900 242.636.100 248.527.201 I.R. 98.843.127 121.788.669 222.382.740 580.071.701 864.338.839 Diversas 24.792.043 33.495.082 14.160.794 27.234.141 104.351.092

    Total 276.127.870 310.755.927 402.425.434 852.320.142 1.219.595.132

    Observa-se que em 1975 a receita decresceu em termos reais, mantendo-se

  • estagnada em 1976.

    Em 1977 houve um grande salto positivo, prejudicado pelo fato de que o MOBRAL teve que pagar o emprstimo da Caixa Econmica realizado em 1974.

    5.2 - DESPESA

    Com os recursos disponveis no oramento do MOBRAL, foi possvel a partir de 1977, ampliar significativamente a atuao do rgo, investindo-se maiores recursos em todos os programas/projetos/atividades.

    Pela anlise da despesa do MOBRAL por programas/projetos/atividades, verifica-se, que, no perodo 1974/1978, houve uma concentrao acentuada no Programa de Alfabetizao Funcional devido sua importncia para a Organizao.

    0 comportamento da despesa nos demais programas acompanha a implementao dos mesmos, na medida das exigncias de expanso em campo.

    No que se refere aos gastos com a administrao, houve uma natural elevao do percentual anual, do decorrer do perodo, sobretudo nos exerccios de 1975 e 1978, na proporo em que as novas atividades desenvolvidas passaram a exigir mais recursos financeiros, materiais e humanos.

    Deve-se enfatizar que a diversificao de atividades do MOBRAL econmica, pouco tendo custado ao rgo, dadas as possibilidades de uso de sua magnfica estrutura de recursos humanos no campo. Essa diversificao apenas influiu sbre os gastos administrativos, que se elevaram para 18,6% da despesa total, visto que para agilizar o pessoal de campo foi necessrio fazer crescer tambm o MOBRAL Central.

    Constata-se, por outro lado, que houve uma destinao mais significativa de recursos para o Nordeste, ou seja, 60,5% dos recursos repassados para as Comisses Municipais do MOBRAL. Esses nmeros constatam ser o Nordeste, a rea que apresenta maior quantidade de conveniamento em alfabetizao.

    Ressalta-se, ainda, que o acompanhamento e aprimoramento da programao fsica tem permitido um maior controle de despesa. Periodicamente analisado o desenvolvimento de cada programa/projeto/ atividade, de forma a permitir a sua reprogramao fsica e financeira.

  • ESTRUTURA PERCENTUAL DA DESPESA - PERODO 1974/78 Em %

    Anos 1974 .1975 1976 1977 1978

    Programas/ atividades

    Alfabetizao

    76,8 ' 73,3 80,9 65,3

    64,7

    Cultural 6,9 1,8 2.2 1,8 2,8 Profissionalizao 1.7 1,7 0,6 0,7 1,9 Ao Comunitria 0,1 0,3 0,8 Educao Comunitria p/Sade - 1,6 1,5 4,2 Campanha Esporte p/Todos - - - 2,4 1,5 Educao Integrada 6,7 5,2 . 1,7 1,4 5,5 Administrao 7,9 17,9 12,8 13,3 18,6 Amortizao de Emprstimo - 0,1 0,1 13,3 -

    Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

    REPASSE PARA COMISSES MUNICIPAIS PERODO 1974/78

    Exerccios 1974 1975 1976 1977 1978

    Regies