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Mobral: sua origem e evolução Rio de Janeiro, 1973

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  • Mobral:

    sua origem e

    evoluo

    Rio de Janeiro, 1973

  • Presidente da Repblica: EMLIO GARRASTAZU MDICI

    Ministro da Educao e Cultura: JARBAS GONALVES PASSARINHO

    Presidente do MOBRAL: MRIO HENRIQUE SIMONSEN

    Secretrio Executivo: ARLINDO LOPES CORRA

    Secretrio Executivo Adjunto MARIA TEREZINHA TOURINHO SARAIVA

    Brasil Movimento Brasileiro de Alfabetizao Assessoria de Organizao e Mtodos

    MOBRAL: Sua Origem e Evoluo.

    Rio de Janeiro, 1973

    1. Educao de Adultos Brasil

    2. Alfabetizao. I Ttulo

    CDU 374.7 (81) CDD 374

  • APRESENTAO

    A alfabetizao de adultos no constitui experincia nova nem no Brasil nem em qualquer outra parte do mundo. Mas a alfabetizao de milhes de pessoas por ano representa, por certo, movimento sem precedentes em nossa Histria. O MOBRAL tem sido o responsvel por esse movimento, graas conjugao do apoio do Governo Federal com a ampla adeso das comunidades causa da erradicao do analfabetismo. O lema "Voc tambm responsvel" parece ter mobilizado toda a populao brasileira no sentido de levar o conhecimento da leitura, da escrita e do clculo s classes menos favorecidas e aos rinces rnais afastados do pas.

    Entre setembro de 1970 e setembro de 1973, 4,9 milhes de adolescentes e adultos aprenderam a ler e a escrever nos cursos do MOBRAL, e o programa custou apenas um tero do que seria orado pelos critrios internacionais. Tal como o recente xito brasileiro nas taxas de desenvolvimento econmico, o MOBRAL no representa um milagre, mas o resultado de um trabalho rduo e pragmtico. Procuramos ser realistas e, nesse sentido, a primeira preocupao foi a de assegurar a solidez financeira do Movimento, conseguindo receitas da Loteria Esportiva e do Imposto de Renda; procuramos ser econmicos, aproveitando a capacidade ociosa das escolas e das estruturas municipais de ensino fundamental para alfabetizao de adultos em cursos noturnos; procuramos ser funcionais, descentralizando os nossos critrios de ao e confiando as principais tarefas executivas da alfabetizao s Comisses Municipais.

    O atual ritmo do MOBRAL nos convence de que chegaremos a 1978 com ndices de alfabetizao semelhantes aos das naes de maior progresso econmico e social. E estamos certos de que esse movimento, que no rnais uma promessa e sim uma realizao, atesta o que o povo brasileiro pode construir pela conjugao do seu entusiasmo com uma administrao racional.

  • APRESENTAO

    O Movimento Brasileiro de Alfabetizao MOBRAL foi criado e deflagrado a partir de um modelo original que viabilizou sua atividade educacional de massa, mantendo padres qualitativos adequados. A fuga aos modelos internacionais conhecidos, at agora incapazes de solucionar o grave problema do analfabetismo em todo mundo, no se fez sem a adoo de uma srie de medidas tticas e estratgicas originais e cuja divulgao nacional e internacional imprescindvel. No SEMINARIO INTERAMERICANO DE EDUCAO DE ADULTOS ficou evidenciada a excelncia do MOBRAL em inmeros aspectos de suas operaes. Alm da excelncia, merece ser ressaltada a originalidade j referida.

    A Coleo MOBRAL foi criada com a finalidade de transmitir o "know-how" desenvolvido no MOBRAL, em seus primeiros trs anos de atividades de modo que as demais agncias de educao, no Brasil e no exterior, possam beneficiar-se da sua experincia.

    A Coleo inicia-se pelo documento que descreve a evoluo histrica do MOBRAL, desde sua concepo legislativa at sua operao efetiva, que j ultrapassou algumas fases normais de evoluo das instituies em geral.

    A finalidade deste primeiro documento exatamente mostrar o dinamismo da Organizao e Mtodos no MOBRAL e como, cientificamente, foram ultrapassadas as diversas fases de desenvolvimento da organizao, sem que suas atividades-fim fossem prejudicadas. Foi necessrio um trabalho extremamente difcil no campo da Organizao e Mtodos uma vez que o MOBRAL, por sua enorme responsabilidade no quadro educacional brasileiro, no poderia sequer desacelerar qualquer de suas atividades para dar-lhes uma nova conotao. Foi sempre necessrio manter o movimento com sua dinmica natural, e, ao mesmo tempo, adapt-lo gradualmente s novas exigncias que o seu prprio desenvolvimento ia gerando. O primeiro documento da Coleo MOBRAL conta como isso se tornou possvel.

    Arlindo Lopes Corra Secretrio-Executivo

  • O objetivo genrico do Programa de Publicaes o de codificar, divulgar e preservar o know-how do Sistema Mobral, valorizando o trabalho dos tcnicos a ele pertencentes.

    Esses trabalhos so de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores; as opinies nele emitidas no exprimem necessa-riamente o ponto de vista da Instituio.

  • S U M R I O

    CAPTULO I Origem ....................................................................................... 9

    CAPTULO II Diagnstico de Organizao e Mtodos ...................................15 1. Consideraes Preliminares ...............................................15 2. Diagnstico de O e M no MOBRAL ....................................16 3. Objetivos Especficos da O e M ..........................................17 4. Objetivo Geral da O e M .....................................................19 5. Relacionamentos Bsicos ...................................................19 6. Coordenao........................................................................20 7. Consideraes Complementares .......................................22

    CAPTULO III Evoluo do Sistema MOBRAL e Anexos 23

  • MOBRAL: SUA ORIGEM E EVOLUO

    CAPTULO I

    ORIGEM

    O analfabetismo no Brasil, de grandes pro-pores e repercusses negativas em nosso contexto socioeconmico, exigia um ataque prioritrio e efetivo. Diversos programas gover-namentais e privados tinham sido desencadeados nas ltimas dcadas sem conseguir solucionar o problema.

    0 censo demogrfico de 1940 indicava que, para um populao adulta (15 anos ou rnais) de 23.631.769 pessoas, existiam 13.279.899 analfabetos, isto , 56% da populao adulta brasileira era formada por analfabetos.

    Essa percentagem tinha decrescido ao longo das dcadas seguintes, apesar do nmero absoluto de analfabetos ter continuado a au-mentar.

    O resultado do censo de 1970 foi de 17.936.887 analfabetos de quinze anos ou rnais, correspondendo a 33% da populao adulta.

    Em termos de educao de adultos, observada genericamente, o esforo governamental revigorara-se em 1961, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB), sancionada em 20/12/61, que possibilitou a formao de classes especiais ou cursos supletivos para aqueles que no tivessem podido obter educao primria na faixa de 7 a 14 anos. Assim, a organizao dos cursos de educao de ado-lescentes e adultos de responsabilidade das Unidades da Federao, pelo princpio de des-centralizao do ensino no Pas era seme-lhante ao ensino formal, com adaptao s condies socioeconmicas das regies e s caractersticas do adulto. Desde ento a educao de adultos foi sendo organizada, em parte, conjuntamente com o sistema formal e, em parte, separadamente, caracterizando-se, sobretudo, pela disperso de esforos e falta de uma poltica definida e integrada ao ensino formal. A partir de 1964, devido ao esforo governamental para expanso do ensino, houve substancial aumento de vagas e elevao das

    taxas de escolarizao nos diversos graus de ensino.

    Entretanto, o dimensionamento da clientela especfica para os cursos de educao de adultos no Brasil era difcil, dada a elevadssima taxa de analfabetismo, gerando profunda repercusso negativa no sistema socioeconmico. A extenso do fenmeno exigia abordagem compatvel com a situao, de modo a assegurar a virtual erradicao do analfabetismo ao longo da dcada de 70.

    A 8 de setembro de 1967, Dia Internacional da Alfabetizao, o Ministro da Educao e Cultura, Dr. Tarso Dutra levou considerao do Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica, Marechal Costa e Silva, decretos e anteprojetos de lei relativos matria. Aps a avaliao do srio problema com que a nao se defrontava, o presidente anunciou que enviaria ao Congresso o Plano de Alfabetizao Funcional e Educao Continuada de Adultos, precedido de anteprojeto de lei pelo qual a Alfabetizao Funcional e a Educao Continuada passariam a ser atividades prioritrias permanentes do Ministrio da Educao e Cultura e no qual ficaria instituda a Fundao MOBRAL como seu rgo executor.

    Os objetivos traados pelo Plano eram os seguintes:

    a) assistncia financeira e tcnica para pro-mover a obrigatoriedade escolar na fa ixa etria de 7 a 14 anos;

    b) extenso da escolaridade at a 6.a srie;

    c) assistncia educativa imediata aos anal-fabetos que se situam na faixa etria de 10 a 14 anos;

    d) promoo da educao dos analfabetos de qualquer idade ou condio, alcanveis pelos recursos audiovisuais em programas

  • que assegurem a avaliao dos resultados;

    e) cooperao dos movimentos isolados de iniciativa privada, desde que comprovada sua eficincia;

    f) alfabetizao funcional e educao de adultos para os analfabetos de 15 ou rnais anos, por meio de cursos especiais, bsicos ou diretos, dotados de todos os recursos possveis, inclusive audiovisuais, com durao de 9 meses;

    g) assistncia alimentar e recreao qualifi-cada, como fatores de fixao de adultos nos cursos, alm de seus efeitos educativos;

    h) prioridades em relao aos cursos diretos previstos no item f:

    condies socioeconmicas dos Munic-pios;

    faixas etrias que congreguem idades vitais ao pleno uso das tcnicas e prticas adotadas;

    i) integrao, em todas as promoes de alfabetizao e educao de adultos, de prticas educativas e profissionais, em aten-dimento aos problemas fundamentais da sade, do trabalho, do lar, da religio, do civismo e da recreao;

    j) promoo progressiva de cursos de con-tinuao (diretos, radiofnicos ou televisio-nados), visando a estender a alfabetizao funcional;

    I) instalao de centros de integrao social e cvica, para sociabilidade dos adultos e fixao de hbitos e tcnicas adquiridos;

    m) descentralizao da ao sistemtica, com execuo pelos Estados, Territrios, Distrito Federal, Municpios e entidades privadas, mediante convnio.

    Na mesma data foram baixados, pelo Exmo. Sr. Presidente da Repblica, diversos decretos:

    -- Decreto 61.311 de 8/9/67, que "prev a constituio de um grupo de trabalho interministerial, para estudo e levanta-mento de recursos destinados alfabe-tizao";

    Decreto 61.312 de 8/9/67 que "prev a utilizao das emissoras de televiso nos programas de alfabetizao";

    Decreto 61.313 de 8/9/67 que "prev a constituio da Rede Nacional de Alfa-betizao Funcional e Educao Conti-nuada de Adultos e d outras providn-cias";

    Decreto 61.314 de 8/9/67 que "prev a educao cvica nas instituies sindicais e a campanha em prol da extino do analfabetismo".

    Como o Plano sobre Alfabetizao Funcional e Educao Continuada de Adultos no previa recursos financeiros para sustentar sua ao, surgiu a necessidade, antes mesmo da aprovao pelo Congresso, de fazer funcionar o Grupo de Trabalho Interministerial, criado pelo citado Decreto 61.311.

    O Grupo entrou imediatamente em atividade, sendo composto dos seguintes membros: Dr. Miguel Jernimo Ferrante, do Ministrio da Justia; Capito-de-Fragata Flvio Simes Lopes, do Ministrio da Marinha; Major Nilo Chaves Teixeira Filho, do Ministrio do Exrcito; Embaixador Wladimir do Amaral Murtinho, do Ministrio das Relaes Exteriores; Dr. Oswaldo Behn Franco, do Ministrio da Fazenda; Coronel Stavro Sava, do Ministrio dos Transportes; Dr. Jos Feliciano de Oliveira, do Ministrio da Agricultura; Dr. Edson Franco, do Ministrio da Educao e Cultura; Dr. Fernando Lus Duque Estrada, do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social; Major Intendente da Aeronutica Hlcio Chavadian Esteves, do Minist-rio da Aeronutica; Dr. Edmar Terra Blois, do Ministrio da Sade; Dr. Nilson Cunha Silva, do Ministrio das Minas e Energia; Dr. Eduardo Rios Neto, do Ministrio da Indstria e do Comrcio; Dr. Arlindo Lopes Corra, do Ministrio do Planejamento e Coordenao Geral; Professor Jos Camarinha do Nascimento, do Ministrio do Interior e Dr. Washington Bolivar de Brito, do Ministrio das Comunicaes. Foi eleito presidente do Grupo Interministerial o Dr. Arlindo Lopes Corra, atualmente Secretrio-Executivo do MOBRAL.

    No decorrer dos trabalhos o grupo julgou necessrio aprofundar-se em alguns pontos do Plano, da maior importncia, para situar o nvel quantitativo e a qualidade da contribuio do Governo Federal para o Movimento de Alfabetizao. Ficou decidido utilizar, de imediato e eficientemente, o rdio e a televiso e recrutar os contingentes de alfabetizandos nas quantidades previstas no plano, discordando apenas no referente ao custo orado para sua execuo e s faixas etrias por ele abrangidas. No custo, o Grupo no considerou despesa com o aluguel de locais para a alfabetizao, em virtude da natureza do Movimento

  • aconselhar que os mesmos fossem obtidos gratuitamente, com a utilizao dos prprios sistemas de ensino formal j estabelecidos e graas colaborao da comunidade. Concluiu ainda o Grupo que, em face do disposto na Constituio e na Lei de Diretrizes e Bases quanto educao compulsria, as crianas analfabetas de 10 a 14 anos seriam atendidas pelas Secretarias Estaduais de Educao, dentro dos seus sistemas de ensino primrio.

    Como fontes de recursos rnais viveis para utilizao no Movimento, o Grupo indicou o Selo Adicional Obrigatrio de Educao e o Concurso de Prognsticos Esportivos que era matria de projeto de lei em tramitao no Congresso. A idia do Selo de Educao foi posteriormente abandonada, em virtude do Departamento de Correios e Telgrafos ter-se transformado em empresa pblica.

    Este Grupo Interministerial de Trabalho en-cerrou suas atividades em novembro de 1967 e finalmente, a 15 de dezembro de 1967, foi promulgada a Lei 5.379 pela qual ficava institudo o Movimento Brasileiro de Alfabetizao nos termos do Artigo 4.: "Fica o Poder Executivo autorizado a instituir uma Fundao, sob a denominao de Movimento Brasileiro de Al-fabetizao MOBRAL de durao indeter-minada, com sede e foro na cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, enquanto no for possvel a transferncia da sede e foro para Braslia".

    A 21 de maro de 1968, mais um passo dado para incentivar a erradicao do analfabetismo: sancionada a Lei n. 5.400, prevendo a alfabetizao de adultos em idade militar.

    Pela Portaria Ministerial n. 28 de 18 de janeiro de 1968 foi designada uma comisso especial encarregada da elaborao dos Estatutos do MOBRAL. Faziam parte dessa comisso: Antonieta Barone, Nilo Ruschel, Dulcie Kannitz Vicente Vianna, Maria Elisa Carrazoni, Marclio Augusto Velloso, Maria de Freitas, Joo Ribas da Costa, Alfredina de Paiva e Souza, Edgar Gomes, Jos Nilo Tavares, Paulo P. Ramos, Marlia Santos de F. Veloso, Hlio Ribeiro e Remi Gorga. Os Estatutos do MOBRAL foram aprovados pelo Decreto 62.484, de 29 de maro de 1968, e registrado no Cartrio lvaro Csar de Melo Meneses, sob n. 18.963, em 30 de abril de 1968.

    Em decorrncia do Art. 8. da lei que instituiu o MOBRAL, seu presidente era o titular do Departamento Nacional de Educao, e suas instalaes iniciais foram no Ministrio da Edu-cao e Cultura, no Gabinete do presidente do

    DNE Seus funcionrios eram, quase na totalidade, os do D N E , recebendo complementao salarial do MOBRAL, no tendo havido, em 1968, dotao oramentria para a Fundao.

    Todos esses elementos foram entregues ao Diretor do D N E para sua aprovao, sendo ento os documentos bsicos remetidos aos Ministrios, aos governos das unidades da Federao e s entidades a mobilizar para colaborao com o MOBRAL, de acordo com as instrues do Senhor Secretrio-Geral do Ministrio da Educao e Cultura; preparou-se um projeto de campanha para esclarecimento da opinio pblica e mobilizao da comunidade para lanamento do MOBRAL. Elaborou-se, neste perodo, um esboo de quadro prprio de pessoal que no chegou a ser preenchido.

    Organizou-se um fluxo operacional para o Movimento, com a instalao dos grupos federais de coordenao e o treinamento de equipes federais locais. Foi apresentado um estudo para utilizao de rdio e televiso no Plano Nacional de Alfabetizao, de autoria da Professora Alfredina de Paiva e Souza.

    Em 2 de julho de 1969 foi promulgado o Decreto-Lei n. 665, alterando o Artigo 8. da Lei n. 5.379 de 15/12/67 (fundao do MOBRAL). Por este Decreto-Lei "o presidente da Fundao ser nomeado pelo Presidente da Repblica, mediante proposta do Ministro da Educao e Cultura, com mandato de trs anos". Com o advento deste decreto-lei ficou tambm insubsistente o Artigo 9. e seu pargrafo nico do Decreto 62.484 de aprovao do Estatuto do MOBRAL, e que reafirmava o prescrito na lei de fundao do MOBRAL.

    Em setembro de 1969 foram nomeados pelo Senhor Ministro Tarso Dutra os componentes do Conselho de Administrao: Dr. Hlio de Al-cntara Avellar, General Taunay Drumond Coelho Reis, Dr. Jos Cludio Vilhena de Morais, Professora Alma Albertina de Castro Figueiredo e Dr. Paulo Cabral de Arajo.

    Finalmente, em novembro de 1969, foi de-signado presidente do MOBRAL o Dr. Jorge Boaventura de Souza e Silva, agora no rnais por ser o Diretor do D N E , mas em virtude da alterao efetuada pelo Decreto-Lei 665. Primeiro presidente por indicao ministerial, os fatos relevantes de sua gesto foram:

    a) transferncia para o MOBRAL, pelo ento Ministro Tarso Dutra, do Plano de Aplicao de Recursos oriundos do excesso de arrecadao do salrio de educao;

  • b) concesso de um auxlio de cinqenta mil cruzeiros novos para despesas com a realizao do I Encontro Nacional de Tele-ducao de Adultos, coordenado pela Fun-dao Educacional Padre Landell de Moura, com a cooperao do Instituto de Solidarie-dade Internacional da Fundao Konrad Adenauer;

    c) convnio firmado com a Cruzada ABC, pelo qual esta instituio recebia do MOBRAL a quantia de 6 milhes de cruzeiros novos oriundos da USAID, para saldar dividas j vencidas, decorrentes de sua ao al-fabetizadora no Nordeste;

    d) providncias, quase concretizadas, para dotar o MOBRAL de sede prpria, mas sus-pensas pelo presidente quando tomou a de-ciso de se exonerar do cargo;

    e) convnios firmados com diversas entidades;

    f) curso para alfabetizao com utilizao da televiso.

    Nesse per odo inex is t ia o cargo de secretrio-executivo, nunca tendo sido preenchido o de secretrio-geral de que falava o Estatuto:

    Em maro de 1970, j tendo se exonerado do cargo o ento presidente Jorge Boaventura, encontramos o MOBRAL no propriamente em situao de acefalia pois o Conselho Admi-nistrativo decidiu se reunir uma vez por semana at o preenchimento do cargo mas de um certo marasmo administrativo, cuidando apenas dos casos de rotina que eram de sua competncia.

    No tinha rnais o Conselho, em virtude das alteraes do citado Decreto-Lei 665/69, o poder de indicar quem respondesse pela presidncia. Surgiram problemas prementes como a proposta oramentria, o repasse de recursos para instituies beneficiadas com auxlio e pagamento de pessoal. Embora o Artigo 3. do Decreto-Lei n. 900, que alterara o Decreto-Lei 200/67 (Reforma Administrativa), houvesse excludo, expressamente, as fundaes criadas por lei federal e com recursos da Unio, da ad-ministrao pblica permaneciam as mesmas sob superviso ministerial.

    Decidiu o Conselho oficiar ao Secretrio-Geral do MEC, Dr. Mauro Costa Rodrigues, para que, por seu intermdio fosse cientificado da situao o Excelentssimo Senhor Ministro Jarbas Passarinho.

    Pelo Decreto n. 66.118, de fevereiro de 1970, fora concedida vinculao de parte da receita da Loteria Esportiva aos programas de alfabetizao de adultos supervisionados pelo Ministrio da Educao e Cultura.

    Em maio foi designado Presidente do MOBRAL o Dr. Mario Henrique Simonsen, preenchendo-se finalmente o cargo de secretrio, que passaria a chamar-se secretrio - executivo, com a indicao, para exerc-lo, do Padre Felipe Spotorno, anteriormente assessor do Senhor Secretrio-Geral do Ministrio da Educao e Cultura. Ao inciar-se o ms de julho, j a administrao se defrontava com o problema da falta de espao, apresentando-se como soluo de emergncia a colocao de parte do rgo na Fundao Getlio Vargas.

    Em 8 de setembro de 1970, dia oficial do lanamento da nova fase do MOBRAL, foi assi-nado pelo Exm. Senhor Presidente Emlio Gar-rastazu Mdici o Decreto-Lei n. 1.124 permitindo que as pessoas jurdicas, ao invs de pagar 1% do imposto de renda devido, doassem a quantia correspondente ao MOBRAL.

    O novo presidente traou as linhas gerais da orientao que pretendia imprimir, transformando o MOBRAL em rgo normativo, supervisor e controlador, descentralizando a ao normativa a nvel regional, estadual e municipal.

    A nova administrao elaborou um novo quadro de pessoal do MOBRAL, e um organo-grama dentro do qual seria o mesmo estabelecido. Com esta reformulao e por delegao do presidente do rgo, transferiu-se para o secretrio-executivo o cerne da administrao do MOBRAL.

    Finalmente, a 8 de setembro de 1971, comemorou-se o primeiro aniversrio da presi-dncia do Dr. Mario Henrique Simonsen e a inaugurao das novas instalaes da sede do MOBRAL, Rua Voluntrios da Ptria 53. Nesta data reuniu-se a ttulo extraordinrio o Conselho de Administrao, tendo presidido a sesso o Exm. Senhor Ministro Jarbas Passarinho.

    O Secretrio Executivo Padre Felipe Spotorno exerceu suas atividades at 14 de abril de 1972, quando foi exonerado, sendo designado para substitu-lo o Dr. Arlindo Lopes Corra.

    Com a presidncia do Dr. Mario Simonsen, o MOBRAL encontrou recursos novos e uma perspectiva de grande crescimento. Com a posse, na Secretaria Executiva, do Dr. Arlindo Lopes Corra, grande autoridade em Educa-

  • o, o MOBRAL ampliou suas linhas de ao. Imediatamente foi refeito o quadro de pessoal, uma vez que o existente fora aprovado proviso-riamente pelo Conselho de Administrao, por no apresentar perfis profissionais nem definio de cargos. Foram criadas uma Secretaria Executiva Adjunta, duas Assessorias de elementos tcnicos especializados e uma Gerncia de Mobilizao. Para a reorganizao que se processou ento, foi realizado um diagnstico que apresentado no captulo seguinte.

  • DIAGNSTICO DE ORGANIZAO E MTODOS*

    CAPITULO II

    1 CONSIDERAES PRELIMINARES

    As atuais dimenses do MOBRAL um dos maiores movimentos comunitrios do mundo mostram uma incontornvel necessidade de um aperfeioamento na organizao e nos mtodos de trabalho.

    Esse amadurecimento representa um cres-cimento progressivo e natural do risco de

    deteriorao administrativa, requerendo, assim, preveno de longo alcance e no medidas paliativas.

    Todas as organizaes parecem possuir um ciclo de vida semelhante (vide figura abaixo) no qual o MOBRAL, at o momento, est perfeitamente enquadrado:

    Realizado em maio de 1972

  • Portanto, se considerarmos que o MOBRAL ainda est na fase de crescimento, a estra-tgia de Organizao e Mtodos (O&M) se apia em dois grandes objetivos de referncia geral:

    (1.) estabelecer medidas de preveno contra a rigidez e a decadncia, bus-

    cando maior flexibilidade nas aes (isto significa, em O&M, maior descen-tralizao)

    (2.) aumentar a agressividade em relao s iniciativas, de modo a alongar a fase de crescimento

    2. DIAGNSTICO DA O & M DO MOBRAL

    A operacionalizao ds grandes refe-rncias citadas ou seja: o desdobramento dos objetivos gerais em especficos, de maneira a prever a definio de aes a serem executadas no correspondente alcance desses objetivos depende, em termos de planejamento, da realizao de um diag-nstico.

    Um diagnstico simplificado e de rpida realizao (necessidade bvia, dado o risco permanente, no MOBRAL, dos fatos ultra-passarem as solues) pode ser assumido pela identificao dos impedimentos rnais evidenciados quanto a uma maior eficincia no setor de O&M:

    casustica (casos diversos que pressionam os dirigentes por solues) intensa e variada, em razo da abrangncia e diversificao do universo de atuao do MOBRAL 3.940 municpios, em todas as regies do Brasil;

    pontos de estrangulamento em excesso, originados principalmente da ausncia de circulao adequada de informaes e de treinamento do pessoal envolvido nas dife-rentes tarefas;

    presso permanente quanto implantao e/ou execuo dos programas e cumpri-mento simultneo das formalidades admi-nistrativas;

    objetivos no claramente definidos ou fre- qentemente alterados;

    dificuldade em coordenar as aes que se processam simultneamente e, em conse-qncia, no desencadeamento de novas;

    carncia de conhecimentos tcnicos sobre administrao;

    tendncia ao isolamento entre os diversos elementos que compem a organizao do MOBRAL/Central;

    presso externa de outras entidades (co- munitrias, pblicas e privadas) envolvidas ou que desejam envo lver -se com o MOBRAL, provocando distoro de prioridades;

    tendncia latente ao empreguismo;

    inconscincia quanto ao uso da moderna tecnologia administrativa nos pontos rnais sensveis e adequados da estrutura do MOBRAL Central;

    ausncia de planejamento dos meios, no sentido de maior produtividade (uso des-proporcionado dos meios existentes em re-lao aos fins);

    receio inovao, usualmente interpretada como risco aos resultados j alcanados;

    ausncia de critrios de seleo e de obser- vao da produtividade do pessoal;

    centralizao excessiva do MOBRAL/Cen- tral;

    falta de iniciativa por parte de alguns geren- tes e coordenadores;

    tendncia transmisso de conhecimentos e experincia por via oral, dificultando a sis-tematizao de informaes e a substituio de pessoal nas diferentes rotinas;

    incapacidade profissional em importante parcela do pessoal, em face das rotinas em operao;

    resistncia ao reajustamento de rotinas existentes;

  • "

    ausncia de critrios de superviso e con- trole,

    tendncia sofisticao administrativa por parte de algumas coordenaes;

    estratificao das funes-chave.

    Esse inter-relacionamento bsico porque permite configurar o sistema em sua forma inicial rnais simplificada. Algumas caracterizaes so necessrias para um melhor entendimento:

    O aspecto hierrquico da organizao (o or- ganograma, por exemplo) de importncia secundria para a estratgia que se prope: as atenes devem ser orientadas sobre os relacionamentos funcionais e estes no sentido dos objetivos. A hierarquia ser normalmente observada quanto s implica-es legais e burocrticas. Assim se procede vista da reconhecida tendncia das or-ganizaes se polarizarem em torno da es-trutura de poder, em prejuzo das condues de maior eficincia operacional.

    O SEXEC e as COEST se especializaro em decidir, delegando a execuo de tarefas, fazendo circular informaes de modo a ativar e coordenar aes dos gerentes e agentes, supervisionando o cumprimento de objetivos, detetando preventivamente os pontos de estrangulamento, fazendo os contatos externos e compatibilizando os meios com os fins.

    A autonomia das COEST entendida como

    a iniciativa de assumir opes quanto ao atingimento dos fins, conforme a peculiaridade das situaes locais. Naturalmente dever haver compatibilidade com os objetivos gerais estipulados pelo SEXEC e com os meios a serem mobilizados atravs do sistema MOBRAL. Cabe ressalvar que no h impedimento quanto a busca de meios locais para reforar o apoio.

    As COEST devero, de imediato, indicar, dentre o pessoal disponvel, os agentes, e delegar as funes correspondentes a fim de facilitar a implantao do sistema. O MOBRAL/Central providenciar progressi-vamente a emisso de documentos consoli-dando e/ou estabelecendo normas, critrios e orientaes obedecendo nova forma de trabalho.

    As comunicaes devero ser aperfeioadas de modo a se prever um contato cada vez rnais estreito entre as gerncias e os agen-tes, permitindo consultas de natureza tcnica e administrativa.

    As COEST devero evitar a estruturao ad- ministrativa sofisticada. Essencialmente necessita-se de agentes para reas consi-deradas bsicas e em torno destes os de-mais funcionrios podero ser agrupados conforme uma disciplina operacional simples, ligada a objetivos definidos. Haver assim a flexibilidade conveniente para os diferentes locais e meios disponveis. Eventualmente, quando houver carncia de pessoal, os agentes podero acumular funes.

    3. OBJETIVOS ESPECFICOS DA O&M

    As deficincias em destaque podem ser transformadas em cursos de ao por meio de agrupamentos que permitam snteses e que, naturalmente, conduzam definio de objetivos especficos. Assim, o quadro que se segue apresenta os

    impedimentos bsicos reunidos com a preocupao de convergncia (em lugar da importncia que redunda em solues ca-susticas, isto , "remendos", uma vez que no atingem as diversas circunstncias coerentemente com o todo):

  • IMPEDIMENTOS BSICOS (ENUNCIADO RESUMIDO)

    CURSOS DE AO (OBJETIVOS ESPECFICOS)

    CASUSTICA INTENSA PONTOS ESTRANGULAMENTO PROGRAMAO/FORMALIDADES ADM. ISOLAMENTO ELEMENTOS ORGAN. INCONSCINCIA TECNOLGICA RECEIO A INOVAO CENTRALIZAO EXCESSIVA TRADIO ORAL AUSENCIA SUPERVISO & CONTROLE SOFISTICAO ADM. COORDENAES ESTRATIFICAO FUNES CHAVES

    Implantao de um sistema, formalizado num grau adequado de descentralizao e flexibi-lidade, que possibilite a circulao, registro e recuperao de informaes; que seja adaptvel a normas gerais de funcionamento; que seja receptativo superviso e controle e ao reajustamento em qualquer ponto erque possa assimilar inovaes e independa de funes chaves.

    CARNCIA CONHECIMENTOS TCNICOS FALTA DE INICIATIVA INCAPACIDADE PROFISSIONAL RECEIO A INOVAO

    Implantao de rotinas intensivas de treina-mento

    PONTOS ESTRANGULAMENTO ISOLAMENTO ELEMENTOS ORGANIZAO CENTRALIZAO EXCESSIVA AUSNCIA SUPERVISO & CONTROLE ESTRATIFICAO FUNES CHAVES DESCOORDENAAO AES DESPROPORO MEIOS/FINS

    Implantao de assessorias (rgos "staff" ou de "Estado Maior" na linguagem tcnica) capacitadas a detectarem pontos de estrangu-lamento nas atividades-fim e nas atividades-meio, exercendo a superviso e controle, e rea-lizando o planejamento estratgico.

    OBJETIVOS INDEF./CONTRADITRIOS DESPROPORO MEIOS/FINS PRESSO ORGANIZAES EXTERNAS RESISTENCIA REAJUSTAMENTO AUSENCIA CRITRIOS SUP. & CONTROLE

    Exigncia rigorosa quanto definio de objetivos e controle de resultados.

    EMPREGUISMO LATENTE AUSNCIA CRITRIOS SELEAO/PRODUT. FALTA DE INICIATIVA INCAPACIDADE PROFISSIONAL AUSNCIA CRITRIOS SUP. & CONTROLE ESTRATIFICAO FUNCIONAL

    Estabelecimento de uma poltica de pessoal.

    CASUSTICA INTENSA PRESSO ORGANIZAES EXTERNAS EMPREGUISMO LATENTE CENTRALIZAO EXCESSIVA INCAPACIDADE PROFISSIONAL AUSENCIA CRITRIOS SEL. & CONTROLE

    Implantao de assessorias especializadas em assuntos jurdicos e em relaes pblicas, ligadas diretamente ao Secretrio-Executivo ("staff" ou Estado-Maior pessoal), assim como um elemento adjunto, com "status" suficiente para substituio e auxlio no processo de-cisrio.

  • 4. OBJETIVO GERAL DA O&M

    A consolidao das concluses preliminares (item 1 deste documento) com as obtidas

    no item anterior indicam o objetivo geral da estratgia de O&M:

    EVOLUIR PARA UM SISTEMA SIMPLES E RACIONAL, FORMALIZADO NUM GRAU DE DESCENTRALIZAO E FLEXIBILIDADE QUE POSSIBILITE RESPOSTAS IMEDIATAS E EFICIENTES AOS OBSTCULOS DA AO ADMINISTRATIVA DO MOBRAL E QUE SE MANTENHA EM PERMANENTE REFORMA DE ATUALIZAO.

    5. RELACIONAMENTOS BSICOS

    O atingimento do objetivo geral da O&M implica numa providncia inicial no sentido da definio dos relacionamentos bsicos (estrutura e funes do MOBRAL). O esquema abai-

    xo (um fluxograma e no um organograma) representa a soluo proposta; tendo-se em vista um sistema descentralizado:

  • 6. COORDENAO A determinao de estrutura e funes num

    relacionamento bsico, como apresentada no item anterior, implica numa definio genrica, numa primeira tomada de posio das condies operacionais, ou seja, do modo de coordenar os diferentes elementos da estrutura (SEXEC, COEST, etc.) no exerccio de

    suas funes. A figura que se segue (tambm um fluxograma) mostra o desdobramento dos relacionamentos bsicos, colocando agora em jogo as Assessorias (previstas nos objetivos especficos), o Secretrio-Executivo Adjunto e as Coordenaes Regionais.

    SEXEC Secretrio-Executivo

    SEXAD Secretrio-Executivo Adjunto

    COREG Coordenao Regional

    ASSOM Assessoria de Organizao e Mtodos

    COEST Coordenao Estadual COMUN Comisso Municipal

    ASSUP Assessoria de Superviso e Planejamento

    GEPED Gerncia Pedaggica

    GEMOB Gerncia de Mobilizao de Recursos Comunitrios

    GERAF Gerncia de Administrao Financeira

    GERAP Gerncia de Atividades de Apoio

    GABIN Gabinete

  • Outras caracterizaes so agora apresen tadas.complementandoas anteriormente desta-cadas na apreciao dos relacionamentos bsicos (item 6):

    o fluxograma de coordenao um instru- mento para divulgao interna, ao passo que o referente aos relacionamentos bsicos foi produzido para divulgao ostensiva. Este ltimo, por sua simplicidade, oferece uma imagem de rpida assimilao, reala os pontos principais de deciso, separa os meios dos fins, incide a ateno sobre o relacionamento-chave descentralizado entre SEXEC e COEST e d uma idia da estratgia num sentido amplo (aproximao progressiva e eficiente entre o MOBRAL/ Central e as COEST), enquanto que o primeiro constitui um guia operacional, cujos desdobramentos daro origem aos diferentes manuais de operao (normas de correspondncia, material didtico, administrao financeira etc.)

    a nfase do fluxograma de coordenao nas atividades-fim e nas atividades-meio pro-posital, uma vez que o sucesso da O & M do MOBRAL depender, por parte dos diversos elementos envolvidos, da identificao, planejamento e controle dos meios e dos fins.

    o SEXAD aparece no fluxograma de coorde- nao conjugado com o SEXEC e no como um intermedirio entre este ltimo e as gerncias: trata-se da segunda pessoa na escala hierrquica do MOBRAL, acom-panhando em contato estreito as decises do SEXEC e substituindo-o nas eventualidades; sendo tambm um executivo como o SEXEC, est desvinculado das Assessorias, a no ser em casos de substituio; no relacionamento entre o SEXEC e as gerncias, o SEXAD participa de modo a separar o acessrio do principal, deixando livre o SEXEC para avaliaes rpidas e decises compatveis com o esquema estratgico do MOBRAL bem como conformando roteiros de acompanhamento das aes a serem de-sencadeadas; o SEXAD, portanto, o ele-mento de que dispe o SEXEC para a coor-denao das aes tticas.

    a ASSUP e a ASSOM, por seu turno, so as assessorias de que dispe o SEXEC para a coordenao das aes estratgicas, isto significando que exercem suas funes em trs dimenses principais:

    a) planejando;

    b) penetrando nas gerncias, e eventualmente nas COEST, para agilizar as aes de longo prazo;

    c) detetando pontos de estrangulamento e desvios diversos.

    a ASSOM, nestas condies, orienta sua par- ticipao com nfase sobre as reas de ad-ministrao financeira e de atividades de apoio, enquanto que a ASSUP d prioridade s atividades pedaggicas e mobilizao de recursos comunitrios; em termos de coordenao geral, a ASSOM est vinculada s atividades-meio e a ASSUP s atividades-fim, embora para efeito de equilbrio a ASSOM se referencie aos fins e a ASSUP aos meios; ambas as Assessorias, neste contexto, cumprem seus propsitos por intermdio de normas (circulares, manuais etc), superviso direta (contratos, visitas etc.) e indireta (questionrios, solicitao de relatrios etc), controle (avaliao de resultados, prestao de contas etc), assistncia tcnica (cursos, reunies, treinamento, atendimento a consultas etc.) e orientao estratgica (documentos de base, treinamento de coordenadores etc), devidamente homologados pelo SEXEC; alm disso, executam as funes de planejamento (estudos e pesquisas, diagnsticos, alter-nativas de estratgias, acompanhamento, avaliao etc); prev-se, ainda, um entrosa-mento permanente entre a ASSOM e a ASSUP, com a finalidade de se obter equil-brio e compatibilidade dos meios com os fins; cabe relevar, finalmente, que as aes dessas Assessorias caractersticas de "staff" ou de Estado Maior (vide item 3) no devem ser restritivas mas sim preventivas, no se confundindo, em nenhuma hiptese, com decises.

    as COREG, no presente esquema de coorde- nao, so tambm elementos "staff" ou de Estado Maior, da mesma forma que a ASSOM e a ASSUP, ou seja, constituem instrumentos do SEXEC, a nvel regional, para planejamento, penetrao nas COEST para agilizar as aes de longo prazo e deteta-o de pontos de estrangulamento e desvios diversos; ligam-se diretamente com o SEXEC, fornecendo informaes e recebendo orientao de procedimentos diversos preferencialmente no relativo s atividades-fim; no so intermedirios do SEXEC nem decidem a nvel regional, atuando rotineira-mente com base nos diversos documentos emitidos pelo MOBRAL/Central; a organizao das COREG, seguindo forma semelhante s COEST, deve ser simples e funcional,

  • dividindo-se os tcnicos entre tticos (pe-netrao nas COEST, detetao de pontos de estrangulamento e desvios diversos) e estratgicos (planejamento em suas diversas funes), reunidos em torno do Coordenador Regional; ao contrrio dos agentes, que se ligam diretamente s gerncias, as COREG no esto conectadas organizadamente com a ASSOM ou com a ASSUP, assim se procedendo vista da necessidade do SEXEC decidir com referncias estabelecidas a partir de perspectivas tanto nacionais como regionais, assumidos sem interferncias mtuas; eventualmente, prestam assistncia tcnica s COEST

    "o staff" ou o Estado Maior pessoal do SEXEC constituido pelo GABIN, que dispe da ASSUR, ASCAP e ARINT (vide item 3); esses elementos, alm da ligao direta com o SEXEC, podem penetrar em qual-

    quer rea do MOBRAL, no cumprimento de seus objetivos, quando devidamente homo-logados pelo SEXEC; para as aes estrat-gicas, de longo prazo, a ASSUR contratar seus objetivos com a ASSOM e a ASCAP e a ARINT com a ASSUR, em razo da neces-sidade de compatibilizao com o planeja-mento dos meios e dos fins respectivamente. Esses contatos com a ASSOM e ASSUP processar-se-o atravs do GABIN.

    para efeito de definio de autoridade e para prevenir o aparecimento de reconhecido fe-nmeno da frico entre o "staff" (Assessorias) e a linha (Gerncias), os gerentes do MOBRAL/Central so do mesmo nvel funci-onal dos coordenadores das Assessorias, enquanto as COEST so equiparadas s COREG, excluindo-se os casos de autoridade delegada pelo SEXEC para cumprimento de objetivos especficos.

    7. CONSIDERAES COMPLEMENTARES

    A ao que se seguir ao presente docu mento, por parte da ASSOM, no cumpri mento do objetivo geral da O & M, ser a de definir cursos de ao relativos aos obje tivos especficos (item 3); estando j im plantadas as Assessorias, as Gerncias e a Secretaria Executiva-Adjunta, sero abor dados, conforme programao a estabele cer: a) desenho do sistema (racionalizao das rotinas operacionais dos diversos elementos do sistema MOBRAL coerentemente com os diferentes fluxos);

    b) elaborao de um plano de treinamento em funo do desenho do sistema;

    c) introduo progressiva de uma mentalidade de objetivos sempre conectados a prazos e a recursos (humanos, financeiros e materiais), como preparao implantao futura da Administrao por Objetivo (APO) e da Atitude Gerencial; d) esboo de uma poltica de pessoal com base na observao direta (vis i tas) da ASSOM s COEST e COREG; e) circulares de orientao, documentos de estratgia e manuais de operaes.

    Paralelamente ao programada, a ASSOM estipular objetivos tticos referen tes a pontos de estrangulamento que impe dem as reformulaes pretendidas; esses impedimentos que implicam em penetra o nas gerncias foram identificados como se segue:

    a) desatualizao dos registros da adminis-trao financeira; b) providncias em andamento, anteriores atual linha estratgica ou originadas de decises dos nveis superiores ao MOBRAL (regularizao e controle oramentrio, ins-talao de minicomputador e implantao de normas de administrao financeira):

    c) inexistncia de normas de procedimentos para controle do material didtico;

    d) carncia importante da infra-estrutura (comunicaes, transporte, instalaes e equipamentos) das COEST;

    e) metodologia deficiente em relao s ne-cessidades de decises tticas e de estudos estratgicos, por parte do processamento de convnios e boletins de frequncia.

    A ASSOM, finalmente, completando seu quadro de providncias relativas ao objetivo geral de O & M, iniciar, ainda durante o perodo de atuao ttica para eliminao de pontos de estrangulamento, os estudos de viabilidade para computorizao eletrnica; a orientao a ser assumida a de controlar primeiramente o sistema usando rotinas manuais de fcil reajustamento, permitindo assim segurana e eficincia na implantao de equipamentos sofisticados; em qualquer hiptese, prevalecer a viso global da O & M, observando-se as repercusses de cada reformulao nos diversos elementos sobre todo o sistema.

  • EVOLUO DO SISTEMA MOBRAL

    CAPTULO III

    1. ESTGIO INCIO SETEMBRO DE 1970

    CARACTERSTICAS

    a) O movimento foi deflagrado por intermdio de um ncleo de gesto simples, informal e adaptvel a um processo de "feedback" contnuo, de prazos curtos, referenciado aos ob je t ivos constantes no DOCUMENTO BASE DE IMPLANTAO (anexo 1), que estipulou "a priori" a estratgia operacional do MOBRAL.

    b) Este Ncleo de Gesto teve origem na

    deciso ministerial com base nos atos legais do anexo 2, viabilizados atravs de recursos financeiros oriundos dos instrumentos institucionais dos anexos 3 e 4.

    c) O Ncleo de Gesto teve suas diretrizes gerais de ao estipuladas pela Presidncia do MOBRAL, de modo a haver compatibilidade com a estratgia e estilo da ao go-vernamental brasileira.

  • d) Basicamente o Ncleo de Gesto tinha suas decises centralizadas pelo Secretrio-Executivo de modo a acelerar o processo de "feed-back" , apoiado por uma "Unidade Tcnica" (encarregada dos mtodos pedaggicos e de mobilizao e das diretrizes sobre material didtico), por uma administrao financeira e pelos servios gerais.

    e) A logstica e a elaborao do contedo do material didtico foi entregue iniciativa privada em regime de competio.

    f) A ao poltica da Presidncia e do Secretrio-Executivo foi essencialmente mvel, dada a caracterizao geogrfica do

    Pas, e visou a ativao das Coordenaes Estaduais e a criao das Comisses Muni-cipais.

    g) Dada a flexibilidade permitida pelos ins-trumentos institucionais (os quais, seme-lhana dos demais modelos de desenvolvi-mento brasileiro, no definem sistemas formalmente projetados, mas sim condicio-nantes sujeitos a alteraes conjunturais di-nmicas, adaptveis de acordo com os re-sultados) deu-se incio ao processo de "ensaio e erro" que naturalmente conduziu o desenvolvimento do MOBRAL para outro estgio, de caractersticas diferentes.

    2. ESTGIO INCIO ABRIL DE 1972

  • CARACTERSTICAS

    a) O crescimento das atividades do MOBRAL deu origem dificuldade, progressivamente importante, de realizar o controle das aes desencadeadas, em virtude da manuteno das decises centralizadas pelo Secretrio-Executivo.

    b) Em funo disso foi estabelecida uma estratgia de Organizao e Mtodos (vide Captulo II da presente publicao) capaz de permitir uma adaptao das condies operacionais do MOBRAL, sem originar pre-juzos para a dinmica do movimento.

    c) A Estratgia de Organizao e Mtodos implicava, portanto, em introduzir a descen-tralizao e as normas de modo progressivo, aceitando assim, um superposiciona-mento do 1 com o 2. estgios (condio importante, dada a diversidade das situaes estaduais), como tambm permitindo o treinamento e a motivao para a mudana.

    d) A descentralizao implicava no desdo-bramento da Unidade tcnica do MOBRAL/ Central em duas "gerncias" (nfase na fi-

    losofia gerencial, isto , maior iniciativa por parte do 2. escalo de deciso e nas tcnicas do "management"): pedaggica e mobilizao de recursos comunitrios (o MOBRAL/Central ficou com quatro gerncias, contando as de finanas e de apoio). Ao nvel das Coordenaes Estaduais forarn criados os cargos de Agentes, homlogos s quatro Gerncias do MOBRAL/Central. e) A necessria coordenao induziu o sur-gimento do projeto de duas assessorias (ASSUP = Assessoria de Superviso e Pla-nejamento, ASSOM = Assessoria de Organi-zao e Mtodos), rgos "staff" orientados para os fins (ASSUP) e os meios (ASSOM), ligados diretamente ao Secretrio-Executivo, bem como a criao de funes de assessoria pessoal ao SEXEC de relaes pblicas, de assuntos jurdicos e de relaes internacionais.

    f) A figura que se segue mostra o inter-relacionamento dos elementos organizacionais, procurando equilibr-los em relao aos meios e fins. Essas condies viabilizam o que se passou a chamar de "Sistema MOBRAL".

  • 3. ESTGIO INCIO SETEMBRO DE 1972

    CARACTERSTICAS

    a) Evoluo da estratgia no sentido da qualidade: maior nfase na "Educao Inte-grada", na superviso, nas tecnologias avanadas e introduo de normas formais na organizao & mtodos.

    b) Criao de uma quinta gerncia, para di-reo do treinamento e da pesquisa, no

    sentido do desenvolvimento dos fins e meios do MOBRAL.

    c) Este estgio tambm apresentar um su-perposicionamento em relao ao 1. e 2., de maneira a no haver soluo de continuidade nas diferentes aes do MOBRAL.

    4. ESTGIO INCIO JANEIRO DE 1973

    CARACTERSTICAS

    a) Ainda na busca de melhor qualidade: in-troduo de um subsistema de processamento de dados e de um subsistema de superviso global.

    b) A figura seguinte mostra o posicionamento dos fluxos que daro as condies essenciais para uma melhor eficincia pedaggica e do

    processo de deciso.

    PROCESSAMENTO DE DADOS

  • ANEXO 1

  • Ministrio da Educao e Cultura

  • PALAVRAS INICIAIS

    Senhor Prefeito,

    Permita-nos encontrar em V. S.a um aliado inicial e permanente do que pretendemos realizar.

    Temos certeza dessa constante colaborao, pois o sabemos, vivamente interessado na soluo de problemas de qualquer ordem, visando o bem pblico.

    Solicitamos que, o quanto antes possvel, ponha V. S.a em execuo o que est contido no documento que segue.

    Pode ser que em seu Municpio j esteja sendo realizada a Alfabetizao Funcional, ou seja, alm do ensino da linguagem, da contagem, da higiene, etc, esteja sendo tambm realizado paralelamente o processo de semiqualificao.

    Nosso pensamento no destruir as iniciativas j existentes, e sim aproveit-las, inclusive ampliando-as, para que o MOBRAL local realize seu objetivo.

    Pode ser, tambm, que esses programas estejam voltados somente para o ensino da linguagem, contagem e higiene.

    Por isso, encarecemos a V. S.a:

    convidar os lderes locais para constiturem a Comisso de que falaremos adiante; reunir e proceder a eleio; instalar a dita Comisso; informar que, na atual etapa, o trabalho deve iniciar-se pela zona urbana e zona rural nucleada,

    sendo que, posteriormente, haver orientao quanto zona rural dispersa; dar, de imediato, a partida a seu labor patritico; comunicar o recebimento deste documento.

    Solicitamos, tambm, que compreenda nosso desejo de que V. S.a torne possvel o engajamento de sua assessoria na Comisso Municipal como, por exemplo, do encarregado do ensino no Municpio, que pode ser o Secretrio-Executivo do MOBRAL local, por se tratar de elemento competente na rea da educao, alm de contar com. auxiliares altura da tarefa que ser executada. To logo seja possvel, encarecemos que V. S.a nos envie o nome desse auxiliar.

    Na oportunidade, apresentamos nossos protestos de elevada estima e considerao.

    Arlindo Lopes Corra Secretrio-Executivo

  • INTRODUO No de hoje que no Brasil se tem falado em

    combater o Analfabetismo.

    Muitas campanhas tm sido desenvolvidas e o assunto tem preocupado a Governos sucessivos.

    As causas dos insucessos tm sido vrias.

    No vemos necessidade de enumer-las, pois so do conhecimento de todos os interessados em educao.

    Cabe contudo destacar: a) a atuao de rgos isolados, apenas subvencionados pelo Governo e sem qualquer orientao;

    b) a ausncia de acompanhamento e avali-ao de mtodos e da rentabilidade das subvenes;

    c) a preocupao de ensinar somente a ler e escrever, o que no suficiente para retirar o semi-alfabetizado da sua condio de marginalizao.

    MOBRAL O Movimento Brasileiro de Alfabetizao,

    atravs do presente documento, pretende divulgar e colocar em prtica, sua modalidade operacional, com o objetivo de, efetivamente, e no rnais curto prazo, tentar a soluo do problema de alfabetizao em nossa Ptria.

    A filosofia da "Modalidade Operacional" fruto, entre outras coisas, dos pensamentos que se seguem:

    a) ao governo no cabe a responsabilidade total dos problemas nacionais;

    b) as comunidades que formam uma nao tm sua parcela na soluo dos problemas;

    c) a comunidade que se omite, que no se une para dar a partida de soluo aos seus problemas um peso morto no esforo de-senvolvimentista de uma nao;

    d) a iniciativa privada, em qualquer dos

    seus ramos operacionais cabe tambm uma parcela na soluo de problemas, uma vez que fazendo parte de comunidades podem exercer influncias e contribuir para o engrandecimento local.

    Contudo, por melhor e eficiente que nos pa-rea p pretendido, no temos a pretenso de nos livrar de falhas e equvocos.

    Pelo contrrio, e para que as falhas sejam mnimas, fomos examinar na histria tentativas de soluo do problema da alfabetizao, tudo de positivo ou negativo acontecido. Assim po-deremos, de um lado, usufruir as experincias vlidas, e por outro lado, como aviso de suma importncia, onde e como evitar as no vlidas.

    Alm disso, o acompanhamento, a avaliao e o controle sistemticos durante o processo, oferecem condies para intervir e modificar o curso do trabalho, quando isto se fizer necessrio.

    O ENCAMINHAMENTO DO PROBLEMA DE ALFABETIZAO PELO ATUAL MOBRAL

    O analfabeto no apenas do Governo; de toda a comunidade, conforme expressamos genericamente em pginas anteriores.

    Todos so responsveis, principalmente os que gozaram dos privilgios da escola, que ele no teve.

    Por isso o MOBRAL, alm da ao direta do Governo, entende como aliados e peas decisi-vas:

    I A INICIATIVA PRIVADA

    Houve uma preocupao de parte do MEC no sentido de que coubesse iniciativa privada, a Direo do MOBRAL, nos seus vrios nveis: Nacional, Regional, Estadual e Municipal.

    A iniciativa privada deve visar a alfabetizao, no apenas como procedimento patritico, mas como investimento.

    Alfabetizao + semiqualificao = maior

  • rendimento, melhor salrio, melhor nvel social, um gerador de riquezas, um melhor consumidor.

    Queremos convencer o empresrio brasileiro de que a expanso do seu mercado interno, est em funo desse padro social, que se pretende elevar pela Alfabetizao Funcional.

    II A COMUNIDADE: MOLA-MESTRA DA OPERAO MOBRAL

    A estratgia escolhida e que V.S.a ver tra-duzida em grficos, encerra, em sua parte or-gnica, a fixao na comunidade das origens de todas as atividades que vitalizam e valorizam o Homem. Cabe a comunidade conhecer seus problemas, diagnostic-los e objetivar os meios para proceder s solues que rnais se coadunam com as realidades sociais, culturais e econmicas.

    Na parte dinmica, pretendemos reunir e dar condies de efetivo labor a entidades que se pressupem como, h rnais tempo, labutan-do neste setor, bem como colocar em mos dos que tm por hbito criticar, a oportunidade de uma ao em termos no apenas verbais e, rnais ainda, mobilizar uma enorme massa de jovens que pensam e sonham no futuro do pas e se acham sedentos de uma parcela que lhes caiba na construo, ainda hoje, do que pro-mover o amanh to esperado.

    Convm recordar que toda comunidade que se preze no pode se sentir como peso morto num todo Nacional e que deve envidar esforos para, de maneira eficiente, tentar a soluo de seus problemas e s derivar para auxlios extra-comunidade, quando esgotados os seus recursos.

    e) a partir de que instante, aps perfeita aplicao de suas foras reservas morais, procede o pedido extra-comunidade;

    d) os termos e modalidades do auxlio extra-comunidade.

    , em sntese, o que denominamos uma

    Com un idade-Ativa.

    Em outras palavras: a bola de neve o m-peto avassalador da parcela de uma pequena fora integrada progressivamente.

    No pargrafo acima est a nossa estratgia de ao:

    a) todos a conhecem; b) todos a consideram simples;

    Porm:

    a) falta quem dinamize uma comunidade; b) falta quem nela acredite; c) h a descrena da comunidade, causada por inmeros movimentos que tm rnais o sentido de promoo pessoal; d) falta quem se determine engren-la.

    Reconhecendo sua fora avassaladora, quando montada em busca de fins concretos, sentimos e temos f de que o anseio de desen-volvimento socioeconmico, j no ser s de cunho particular e de alguns indivduos, mas j, definitivamente, conscientizada na pequena e grande COMUNIDADE alicerada.

    Ill ALFABETIZAO FUNCIONAL

    Pretende o MOBRAL levar frente a idia da Alfabetizao Funcional, isto , Alfabetizar sempre pensando em Educar.

    Dar ao Alfabetizando, no sentido de integr-lo na comunidade, condies de aprendizagem, semiqualificao ou aperfeioamento profissional cabvel. Isso a curto prazo para que, de imediato, ele sinta as vantagens da educao e passe, por esforo prprio, a outros estgios de aprimoramento, dentro das necessidades locais, e de um maior benefcio individual e comunitrio.

    O nosso pensamento bsico que uma cidade ou centro populacional seja zoneado, numa diviso mnima possvel, para que a Comisso Municipal preveja:

    a) onde o aluno receber os conhecimentos de linguagem, contagem e outros;

  • b) onde ter ele uma semiqualificao, aprendizado ou aperfeioamento.

    A Comisso Municipal dever conter ele-mentos representativos das foras vivas da Co-munidade:

    A COMISSO MUNICIPAL

    Caber ao Sr. Prefeito Municipal, convocar os elementos, presidir a reunio e eleio dos que ocuparo os cargos e chefias, que se fizerem necessrios.

    Julgamos como de bom senso e indicamos que:

    a) a Presidncia deva ser ocupada por algum representativo da iniciativa privada (empresa, cooperativas, comrcio, etc);

    b) no seja a Presidncia ocupada pelo Prefeito do Municpio;

    c) o cargo de Secretrio-Executivo, se atribua ao respectivo de Educao no Governo Municipal.

    I CONSTITUIO DA COMISSO MUNICI-PAL

    A CARGOS

    I Conselho Comunitrio II Presidente

    III Secretrio Executivo IV Coordenador Geral V Encarregado de Assuntos Financeiros VI Encarregado de Propaganda e Di

    vulgao

    OBSERVAO: Devem ser criadas subcomisses ligadas Coordenao Geral, sempre que necessrio, como por exemplo:

    Subcomisso de levantamentos; Subcomisso de determinao de reas operacionais Subcomisso de preparao de moni-tores; Subcomisso de avaliao; Subcomisso de transporte; Subcomisso de fiscalizao; e outras em atendimento s caracters-ticas locais e do programa.

    B CONVOCAO DE ELEMENTOS

    Reforamos aqui, o que foi externado antes quando da apresentao dos CARGOS e solici-tamos, dentro do possvel, que os eleitos sejam de reconhecida capacidade de ao pois os cargos no devem ser considerados, apenas, como honorficos.

    Poder Executivo Poder Legislativo Poder Judicirio Poder Eclesistico (todos os cultos) Foras Armadas Foras Auxiliares rgos do Governo Federal rgo do Governo Estadual Associao Comercial Associao Industrial Associao Rural Associao de Profissionais liberais Associao de Professores Associao de Pais e Mestres Clubes Sociais Clubes Esportivos Clubes de Mes Clubes de Servio Bandeirantes Escoteiros Sindicatos Cooperativas Empresas de Construo Empresas de Transporte Empresas de Propaganda Empresas de Publicidade e Jornalismo Colgios da rede privada Colgios da rede pblica Bancos e outros da rea financeira, e, de

    outras entidades representativas do local.

    C CONSELHO COMUNITRIO

    O Conselho Comunitrio, pea viva da atuao da comunidade, se constituir de Representantes de todos os matizes e foras de trabalho, inclusive de 1 aluno do MOBRAL. Ter como funo participar na formao das linhas-mestras de execuo da Comisso Municipal do MOBRAL, bem como, conhecer as atividades desenvolvidas no Municpio.

    II COMPETNCIAS DA COMISSO MUNI-CIPAL

    A Comisso Municipal o rgo EXECUTIVO do MOBRAL, dada a sua descentralizao operacional; da a importncia do trabalho em equipe pois, da perfeita adequao de suas misses depender o xito ou fracasso do que pretendemos.

  • DEFINIO DE COMPETNCIA EM NVEL MU-NICIPAL

    PRESIDENTE

    Cabe-lhe as diretrizes e comando do MOBRAL Municipal, em harmonia com o MOBRAL Esta-dual, Regional e Central; gerir o Fundo Especial do Municpio, com o assessoramento do Encarregado de Assuntos Financeiros. E o executor do MOBRAL em mbito Municipal, em delegao de competncia

    SECRETRIO EXECUTIVO

    COORDENADOR Coordenar e supervisionar as atividades opera-cionais e assessorar o Presidente na formulao dos programas e atividades.

    ASSUNTOS FINANCEIROS Ter a responsabilidade de desenvolver um trabalho junto Comunidade a fim de arrecadar recursos complementares ao Movimento. Organizar e manter atualizada a contabilidade do MOBRAL Municipal. Elaborar relatrios do movimento financeiro e o balano anual. Gerir, juntamente com o Presidente o Fundo Especial do Municpio.

    PROPAGANDA E DIVULGAO Utilizao dos meios de divulgao locais (escritos e falados) e utilizao de AUDIOVISUAIS, no sentido de levar a comunidade a atuar efetiva e ativamente. Divulgar as metas e o que est sendo realizado. Receber e divulgar toda a matria de motivao e propaganda, enviada pelo MOBRAL ou por quem devidamente autorizado. Exercer todas as incumbncias de Relaes Pblicas do MOBRAL.

    SUBCOMISSES

    LEVANTAMENTO Levantamento do que j existe na comunidade em alfabetizao (movimentos, cursos, esforos individuais, etc.) como, por quem e a quem est atingindo; nmero de analfabetos, entidades, locais que possam atuar no movimento, locais disponveis, etc.

    DETERMINAO DAS REAS OPERACIONAIS Indicao dos locais onde se devem desenrolar

    as aes, quer no campo da alfabetizao, quer no campo do Treinamento de Alfabetizadores e da semiqualificao.

    PREPARAO DE ALFABETIZADORES Recrutamento, seleo e treinamento dos alfa-betizadores (Observao: os alfabetizadores devero ser recrutados de preferncia entre professores e normalistas).

    TRANSPORTE Estabelecimento de contatos com empresas, entidades pblicas e privadas e ainda com par-ticulares para facilitar o deslocamento necessrio ao Movimento, inclusive dos alfabetizadores.

    FISCALIZAO Acompanhamento do que est sendo feito com o fim de se verificar se est sendo cumprido O planejado.

    AVALIAO Acompanhamento e avaliao do que est sendo feito com o fim de se medir a validade das aes, corrigir os erros e criar bases para novas etapas.

    INSTRUES DIVERSAS

    1 Dever ser comunicado ao MOBRAL Es-tadual os Componentes da Comisso Municipal. 2 To logo instalada, a Comisso dever entrar em ao. 3 Dever ser levantado e enviado ao MOBRAL Estadual, tudo que existe sobre Alfabetizao no Municpio, no momento. 4 Em relatrios separados as subcomisses Municipais devero remeter ao MOBRAL Esta dual, a montagem do que lhe compete realizar, especificando de melhor maneira:

    a) quantos e quais locais destinados para a alfabetizao; b) quantos e quais locais destinados se-miqualificao; c) nmero de matriculados por faixa etria de 12 a 35 anos (prioritria) e acima de 35 anos; d) previso quanto ao nmero de alfabeti-zadores; e) material didtico necessrio; f) as modalidades de semiqualificao rnais necessrias comunidade (devem abranger todos os ramos de atividade).

  • MOBRAL SUA ORGANIZAO E FUNCIONAMENTO

    1 ORGANOGRAMA

    O MOBRAL tal como fazemos chegar a V. Senhoria, tem como seu rgo executivo a Co-misso Municipal; os rgos normativos e de apoio tcnico e financeiros so:

    O MOBRAL ESTADUAL REGIONAL CENTRAL

    em competncias emanadas e delegadas deste ltimo aos demais.

    Haver um Coordenador a) no Estado b) na Regio

    O apoio financeiro ir, sempre, em carter supletivo, pois acreditamos que a Comunidade possa e deva ter a seu cargo uma parcela dos gastos totais.

    Idem quanto ao apoio tcnico.

    MOBRAL ORGANOGRAMA

  • 2 MOBRAL COMPETNCIAS

    RGO CENTRAL Normativo

    RGO REGIONAL Normativo

    RGO ESTADUAL Normativo

    COMPETNCIA: Coordenao Geral Poltica Educacional Diretrizes Didticas Planejamento Contrle Avaliao Recursos Financeiros Assistncia Tcnica

    COMPETNCIA: Coordenao Regional Controle Regional Avaliao Regional Recursos Humanos Assistncia Tcnica

    COMPETNCIA: Coordenao Estadual Controle Estadual Avaliao Estadual Assistncia Tcnica Recursos Humanos

    RGO MUNICIPAL EXECUTIVO

    Composto por Representantes de todas as foras vivas-da Comunidade.

    COMPETNCIA: Definio de reas Levantamento dos analfabetos Levantamento e diagnstico-do que est sendo feito em alfabetizao Planejamento Execuo da Campanha Treinamento Acompanhamento Avaliao Fiscalizao Aspectos legais da cidadania E outros

  • 3 MOBRAL RECURSOS MUNICIPAIS

    1 2

    RECURSOS HUMANOS P/LEVANTAMENTO

    RECURSOS FSICOS P/POSTOS DE ALFABETIZAO

    Bandeirantes Escoteiros Estudantes Associao de Classe Clubes de Servio Entidades Religiosas Clubes Esportivos Entidades Assistenci ais P/ALFABETIZAO Professores Normalistas Estudantes Outros Profissionais Voluntrios

    Escolas Clubes Igrejas Centros de Culto Fbricas Galpes, etc. Quartis Sindicatos Hospitais P/SEMIQUALIFICAO Fbricas Oficinas Obras Granjas Estabelecimentos Ru rais Outras Atividades

    3 4

    RECURSOS FINANCEIROS RECURSOS TCNICOS P/MOBILIZAO

    Cada Municpio montar seu esquema de obteno de recursos locais, para complementao, se necessrio, ao recebido do MOBRAL/Central atravs de Convnio.

    Rdio Televiso Cinema Slides Imprensa

  • DOCUMENTOS AUXILIARES A TTULO DE ILUSTRAO

    1 A DIVISO DA CIDADE EM REAS OPERACIONAIS ETAPAS

    1.a ETAPA PARA QUE UM PROBLEMA SEJA SOLUCIONADO EM SEU TODO, FAZ-SE NECESSARIO ANALISAR SEUS COMPONENTES, ISTO , ANALISAR O PROBLEMA DIVIDINDO-O EM PROPORES MENORES

    2.a ETAPA ASSIM DIVIDE-SE A CIDADE EM BAIRROS OU VILAS OU USANDO-SE OUTRO CRITRIO ADEQUADO

  • 3.a ETAPA NECESSARIO DIVIDIR PARA ATENDER AS CARACTERISTICAS NATURAIS DOS BAIRROS (VILAS ETC.)

    4. ETAPA O BAIRRO DIVIDIDO EM NCLEOS POPULACIONAIS (ZONAS)

    5.a ETAPA PARA QUE O CUMPRIMENTO DO ROTEIRO PARA IMPLANTAO POSSA SER MAIS EFICIENTE E ATINGIR OS OBJETIVOS DO LEVANTAMENTO E DA CAPACIDADE OPERACIONAL

    6.a ETAPA ASSIM TEMOS O ZONEAMENTO DE UM BAIRRO EM NCLEOS POPULACIO-NAIS (ZONAS) PARA

    postos de alfabe-tizao que atendem os alunos residentes dentro dessa zona

    7.a ETAPA

    ELABORAR O TRABALHO PREVISTO NOS ITENS 3 4 E 8 (COM QUADROS RES-PECTIVOS). DESSE MODO, O TRABALHO SE DESENVOLVER DENTRO DO MAIOR SENTIDO PRTICO, UMA VEZ QUE TER COMO BASE O NMERO DE INDIVDUOS QUE SERO ATENDIDOS EM CADA ZONA, A RESIDNCIA DOS MESMOS E OS PROVVEIS LOCAIS EM QUE PODERO SER AGRUPADOS OS ALUNOS

  • 2 CRIAO DO FUNDO ESPECIAL PARA ALFABETIZAO

    Aconselhamos e achamos medida acertada que seja criado em cada Municpio o Fundo Es-pecial para Alfabetizao.

    A razo bvia que, sendo o Municpio rgo executor e fundamentalmente o responsvel do Movimento Brasileiro de Alfabetizao, de se entender que a ele caber gerir a parte financeira do MOBRAL/Municipal.

    Faro parte deste Fundo: 1) verba do prprio Municpio; 2) recursos da Comunidade; 3) recursos oriundos do MOBRAL/Central,

    mediante convnio e liberados parcelada mente. A parte da "Verba do prprio Municpio"

    prende-se necessidade de que, tambm, fi-nanceiramente, o Municpio participe. O "quantum" depender da disponibilidade de cada Municpio e dever ser destinado ao Fundo logo no incio do Convnio.

    Como verba extra-oramentria, seriam agregados aos demais:

    a) recursos da comunidade; b) suplementao por parte do MOBRAL/ Central atravs de convnios.

    3 CONVNIOS Nos convnios constaro esclarecimentos

    sobre: a) o "quantum" por aluno alfabetizado; b) nmero de matriculados;

    c) durao do curso; d) o "quantum" de suplementao do MOBRAL/Central; e) o nmero de parcelas; f) a data para o incio das aulas.

    4 DESCENTRALIZAO Atravs de todos os nossos documentos re-

    ferentes implantao do MOBRAL, temos in-sistido no encaminhamento dos trabalhos dentro do esprito da maior e rnais efetiva descen-tralizao.

    Esta descentralizao ns a preconizamos no setor operacional em cada cidade ou comunidade.

    Dada a importncia da microzona operacional, estampamos a mesma neste documento com o objetivo de reafirmar nossa inteno de que seja perfeitamente entendida e colocada em prtica.

    Insistimos nesse particular por ser esta uma das razes de esperarmos a soluo do problema do analfabetismo.

    5 CONDIES PARA ASSINATURA DE CONVNIOS Para dar maior uniformidade aos planos

    municipais, os convnios sero assinados com os Municpios que apresentarem entre outras, as seguintes informaes:

    a) levantamento completo e nmero de ma-triculados; b) localizao dos postos para alfabetizao (localizar em um mapa simples); c) numerar de 1 em diante os locais de alfa-betizao; d) nmero de alunos que freqentaro os postos numerados; e) relao nominal dos alfabetizadores, in-

    cluindo o endereo e o nmero do posto. Uma classe para alfabetizao no deve ter

    rnais de 25 elementos; o ideal seria de 20 a 25 alfabetizandos; todavia, em obedincia ao tra-balho de uma mini-rea operacional (zona, talvez, em alguns casos, a turma poder ser maior ou menor de acordo com as caractersticas dessa mini-rea.

    Temos plena conscincia das limitaes que certos Municpios sofrem e em conseqncia disso esperamos que gradativamente possamos, atravs da unio de esforos, atingir nossos objetivos.

  • 6 LOCALIZAO DE POSTOS PARA ALFABETIZAO Quanto menor a rea operacional, tanto mais

    fcil ser o levantamento dos analfabetos: tanto melhor, tambm, o relacionamento alfabetizador-aluno, valiosssima no entrosamento e condio capital na comunicao de ensinamentos, principalmente em se tratando de adultos.

    Recomendamos que, sempre que possvel, o alfabetizador seja morador da mesma rea porque:

    a) talvez j conhea os moradores; b) evita o deslocamento noturno; c) evita o natural constrangimento do anal-fabeto; d) na falta de outro lugar, sua casa poder servir de Posto de Alfabetizao; e) permitir a ida do alfabetizador casa do analfabeto sempre que necessrio, como por exemplo: evaso, assistncia, etc; f) criar a conscincia de liderana local, dentro de uma ao social.

    7 PESQUISA PARA LEVANTAMENTO DE ANALFABETOS NO MUNICPIO UM EXEMPLO

    HISTRICO DA PESQUISA

    O QUESTIONRIO DA PESQUISA INVESTI-GOU NO QUADRO DISCRIMINATIVO SOMEN-TE ANALFABETOS QUE NO ESTIVESSEM FREQUENTANDO ESCOLA.

    A PESQUISA REALIZADA POR 102 ALUNOS DO CURSO NORMAL DO COLGIO ESTADUAL E ESCOLA NORMAL "JOO BLEY" FOI PRO-CEDIDA DAS 13 S 17 HORAS, DO DIA 3 DE JULHO DE 1970.

    AS INSTRUES PARA O LEVANTAMENTO FORAM DADAS PELO CHEFE DA AGNCIA MUNICIPAL DE ESTATSTICA, RGO DA

    FUNDAO IBGE, QUE TAMBM ORGANIZOU O QUESTIONRIO, SUPERVISIONOU OS TRA-BALHOS E PROCEDEU APURAO.

    A APURAO PRELIMINAR, QUE CONSTA NO QUADRO ANEXO, FOI REALIZADA EM 3 HORAS DE TRABALHO COM AUXLIO DE UM FUNCIONRIO DA PREFEITURA MUNICIPAL. DEMONSTRATIVO DOS LEVANTAMENTOS

    LOCALIZAO DE MAIOR INCIDNCIA (85%) DE ANALFABETOS DAS FAIXAS DE 7 A 35 ANOS E DE 36 A 100, NA REA INVESTIGADA NA CIDADE

    LOGRADOUROS 7 A 35 36 A 100

    RUA NITERI 39 69

    RUA VEREADOR ANISIO NOVAIS 30 24ESPLANADA DO CASTELO 20 48RUA CARLOS SILVA 19 23

  • APURAO PRELIMINAR DA PESQUISA DO MUNICPIO DE CASTELO ESPRITO SANTO

    8 CHAPEC OUTRO EXEMPLO CAMPANHA DE ERRADICAO DO ANALFABETISMO EM CHAPEC (CERRAC)

    "Partimos com a idia atravs do Lions Club, e desde j apelando e obtendo apoio de outros clubes de servio, rgos pblicos e entidades civis e religiosas."

    "Apelamos Indstria e Comrcio e obtivemos de cada organizao a contribuio mensal de Cr$5,00."

    9 ROTEIRO PARA IMPLANTAO DO MOBRAL MUNICIPAL

    1 ORGANIZAO DA COMISSO TRABALHO DO PREFEITO Escolher os elementos da comisso entre os lderes locais. Enviar decreto Cmara dos Vereadores formalizando a comisso e o seu Regulamento.

    2 PROPAGANDA DO MOVIMENTO TRABALHO DA SUBCOMISSO DE PRO-PAGANDA Usar discos, rdios, imprensa, cartazes etc.

    3 LEVANTAMENTO DO N. DE ANALFABE- TOS NA ZONA URBANA

    TRABALHO DA SUBCOMISSO DE LE-VANTAMENTO Dividir a cidade em setores (bairros, vilas, etc). Dividir os setores em zonas menores (n-cleos populacionais). Fazer uma ficha para ser preenchida em cada casa visitada. Alunos de colgio percorrero as casas das pequenas zonas preenchendo as fichas e fazendo as inscries para o curso. Levantar os locais provveis para funcio-namento das classes. Organizar o quadro "Resumo do Levantamento".

    "Aceitao Total" "35 Cursos"

    Total das despesas Custo aluno Gratificao do Alfabetizador Durao

    Cr$ 7.646,20 Cr$ 9,56 Cr$ 40,00 p/ms 4 meses

    "E assim 800 alunos foram alfabetizados'

  • N. DE ALUNOS INSCRITOS ZONAS N. DE ANAL-FABETOS

    N. DE ANALFABETOS DE 12 A 35 ANOS

    12 A 35 ANOS DE MAIS DE 35 ANOS 4 LOCALIZAAO DOS POSTOS DE ALFA-

    BETIZAO EM UM MAPA TRABALHO DA SUBCOMISSO DE LE-VANTAMENTO Instalar um posto para cada conjunto de 25 alunos inscritos, localizado dentro da zona de residncia. Numerar os postos de 1 em diante, localizando-os em um mapa simples.

    5 CONVOCAO DE ALFABETIZADORES TRABALHO DA SUBCOMISSO DE PRE-PARAO DE ALFABETIZADORES Recrutar os alfabetizadores entre os pro-fessores e estudantes. Treinar os alfabetizadores.

    OBSERVAO: Este trabalho precisa ser mui-to bem feito. Siga o roteiro anexo.

    6 LEVANTAMENTO DAS DESPESAS TRABALHO DA SUBCOMISSO DE FI-NANAS Calcular o volume das despesas tendo em vista: a) pagamento dos Alfabetizadores; b) pagamento do material didtico (no valor de Cr$ 2,83);

    8

    c) outras despesas que julgarem neces-srias; d) fazer o clculo do preo-aluno, que igual a: (Pagamento do alfabetizador x n. de meses) + material didtico + outras despesas

    N. de alunos

    CRIAO DO FUNDO ESPECIAL DE AL-FABETIZAO TRABALHO DA SUBCOMISSO DE FI-NANAS O Fundo ser constitudo de: a) verba da Prefeitura; b) verba da Comunidade (doaes ao MOBRAL); c) verba do MOBRAL/Central.

    REMESSA DA DOCUMENTAO AO MO-BRAL ESTADUAL TRABALHO DO SECRETRIO-EXECUTI-VO a) Relao dos nomes que compem a Comisso Municipal. b) Quadro Resumo de que trata o item 3. c) Mapa com os posto de alfabetizao de que trata o item 4. d) Quadro com os seguintes dados:

    N.DO POSTO

    ENDEREO NOME DO ALFA-BETIZADOR

    N. DE ALUNOS

    a) Levantamento das despesas e do Fundo.

    9 ASSINATURA DO CONVNIO Na capital com a presena de: Prefeito Presidente da Comisso (ou representantes munidos de procuraes)

    10 NCO DAS AULAS O trabalho do alfabetizador dever ser orientado, acompanhado e avaliado por pessoas designadas pela Comisso Mu-nicipal para esse fim.

    ESQUEMA BSICO PARA TREINAMENTO DE ALFABETIZADORES

    1 O Movimento Brasileiro de Alfabetizao, seus objetivos e sua ao:

    1.1 a filosofia do Movimento; 1.2 a sistemtica de trabalho; 1.3 o acompanhamento, a avaliao e o controle.

    2 Objetivos educacionais e instrucionais do MOBRAL:

    2.1 a nova concepo da educao de adultos e adolescentes; 2.2 o atendimento quantitativo e qua-litativo; 2.3 a metodologia, processos e tcnicas; 2.4 a pesquisa para a ao: instru-mentais.

    30 papel do alfabetizador:

    3.1 o compromisso; 3.2 a tarefa e as condies essenciais ao desempenho;

  • 3.3 o aluno-adulto e suas caractersticas especficas; 3.4 a mobilizao de recursos para o ensino; 3.5 a evaso; causas e efeitos; 3.6 a avaliao, conceitos e etapas;

    3.6.1 como avaliar; 3.6.2 quando avaliar; 3.6.3 para que avaliar.

    3.7 colaborao do MOBRAL/Central para o alfabetizador.

    Voc, como alfabetizador observou seus alunos e pode, em geral, dizer quais os que tiveram um aproveitamento satisfatrio.

    bem provvel que nem todos estejam no mesmo nvel de aprendizagem e talvez voc te-nha dvidas sobre quais so os que realmente j esto alfabetizados.

    claro que s voc, que est junto a eles e acompanhou durante meses o seu desenvol-vimento, pode dizer se A ou B j est ou no alfabetizado.

    No entanto, queremos, a ttulo de colaborao, lembrar certos aspectos muito importantes, que se observados lhe daro alguns indcios de avaliao.

    Por exemplo: o aluno-adulto deve saber escrever o seu

    prprio nome, seu endereo e o de toda a sua famlia; deve ser capaz de escrever pequenos bi-lhetes, passar telegramas e recibos, bem como redigir um requerimento, se for orientado quanto s exigncias da lei; necessrio que ele saiba resolver pe-quenos problemas simples, sobre os acon-tecimentos do dia-a-dia como:

    somar ou conferir notas de compra; calcular os gneros alimentcios que

    precisa comprar para sua famlia; fazer troco com o dinheiro em circu-

    lao (notas e moedas); fazer previso do tempo necessrio a

    viagens e deslocamento em conduo; ele necessi ta, igualmente, saber

    expressar-se oralmente e por escrito, de maneira simples mas compreensvel comu nicando suas idias sobre tal ou qual as sunto; importante que ele saiba ler e interpretar pequenos trechos (notcias de jornal, cartas, etc), como tambm consultar catlogos de telefones ou ruas; e finalmente importantssimo, que ele leia e execute ordens escritas.

    Voc como professor deve fazer com que seus alunos realizem tarefas ou atividades que envolvam esses dez aspectos e aos que bem desempenharem, pelo menos, sete delas, voc poder conferir o certificado de ALFABETIZADO.

    10 MATERIAL DIDTICO Quando iniciamos nossos trabalhos em junho

    de 1970 externamos nosso propsito de, em princpio, aceitar a utilizao de qualquer material didtico, desde que aprovado pelo MOBRAL.

    Aps a 1 .a etapa de nosso trabalho, razes de mltiplas origens obrigam-nos a reformular o pensamento inicial, dando uma verso nova.

    Entre as razes que influram na reformulao, citamos:

    a) na avaliao, constatou-se que em al guns locais no foram atingidos os objeti vos da alfabetizao funcional, que dire triz bsica do MOBRAL, em decorrncia de metodologia e materiais didticos inadequa dos;

    b) estabelecimento de um mnimo que de termine a aquisio de conhecimento, atitu des, habilidades, culturao em vista da promoo humana.

    Nossa determinao no sentido de que o material didtico do MOBRAL/Central seja obrigatoriamente usado.

    Qualquer outro material, desde que devida-mente ouvido o MOBRAL/Central, poder ser utilizado, a ttulo de complementao.

    Ainda como medida de ordem tcnica, in-formamos:

    1) que a distribuio do material didtico obedecer a um planejamento de nosso Setor Tcnico; 2) a data de incio de aulas ser, tambm, fixada para que controle, acompanhamento, remessa de dinheiro Conveniado, avaliao e outras atividades se apiem em termos rnais seguros possveis.

    Devero ser enviados relatrios de atividades e comunicaes de fatos que possam ser divulgados, como histricos em nosso trabalho na erradicao do analfabetismo. Todo o esforo realizado digno de registro e comunicao.

  • 11 AVALIAO

    ALGUMAS IDIAS E SUGESTES SOBRE O ACOMPANHAMENTO E A AVALIAO DO PROGRAMA MOBRAL A NVEL DE MUNICPIO 1) A importncia do ACOMPANHAMENTO E

    DA AVALIAO

    Dentre as tarefas de Execuo a cargo das Comisses Municipais podem se destacar como principais aquelas que se referem ao ACOMPANHAMENTO e AVALIAO do Pro-grama de Alfabetizao.

    Entende-se por ACOMPANHAMENTO a ob-servao direta ou indireta do desenvolvimento dos trabalhos. De preferncia deve-se utilizar a observao direta uma vez que atravs dessa forma os resultados so rnais produtivos e su-jeitos a menor nmero de riscos e imperfeies.

    A AVALIAO inclui, alm do ACOMPA-NHAMENTO, o registro sistematizado e peridico de fatos que possam significar sucesso ou insucesso para o trabalho.

    O ACOMPANHAMENTO bem feito facilita a AVALIAO, uma vez que fornece dados im-portantes para uma anlise objetiva, bem como, indica solues e aperfeioamento, que podem ser introduzidos no decorrer do Programa de Alfabetizao.

    2) Itens que devem ser considerados no ACOMPANHAMENTO E AVALIAO.

    Alguns aspectos devem representar uma preocupao constante dentro das atividades de ACOMPANHAMENTO E AVALIAO; por exemplo:

    a) relacionamento entre alfabetizadores e alunos e vice-versa; b) o uso do material didtico:

    aceitao por parte dos alunos; aceitao por parte dos alfabetizadores; utilizao efetiva do Manual do Professor (indicaes, recomendaes etc). c) a frequncia: controle de frequncia; causas de evaso (faltas e desistncias). d) o treinamento do alfabetizador: durao do treinamento (horas dispendi-das); recursos utilizados no treinamento (Manual do Professor, material visual, etc);

    preparao do alfabetizador para o trabalho com o adulto.

    3) Sugestes para um esquema de ACOMPA-NHAMENTO E AVALIAO

    Algumas sugestes prticas para o registro sistematizado das observaes:

    1.a Elaborao de um plano de ACOMPA -NHAMENTO E AVALIAO

    os locais a serem visitados; o tempo disponvel datas; os recursos necessrios(humanos e ma-teriais). 2.a Relatrios objetivos das visitas realizadas (considerando os itens a, b, e e d da Parte 2 deste esquema). 3.a Organizao de um fichrio por classe de alfabetizao, contendo dados referentes aos aspectos considerados na Parte 2 deste esquema.

    4) O papel do ACOMPANHAMENTO E AVALIAO de alfabetizao

    Em princpio, o xito dos programas, ora em andamento bem como dos futuros, sero um resultado da IMPORTNCIA que as Comisses Municipais derem a essas atividades de ACOMPANHAMENTO E AVALIAO.

    Em relao aos programas j em realizao tais atividades serviro para:

    que se descubram falhas que passariam despercebidas;

    que se identifiquem as causas de falhas e problemas;

    que se ponham em prtica de maneira imediata medidas corretivas ou de aper-feioamento.

    Em relao a programas futuros as atividades de ACOMPANHAMENTO E AVALIAO que forem desde j sendo postas em prtica serviro:

    como base para orientar a organizao e o funcionamento do MOBRAL, em todos os seus escales;

    como elementos para um trabalho rnais produtivo em que os recursos humanos, fsicos, financeiros tenham um maior rendimento.

    DA

  • 12 AS PRIMEIRAS CONQUISTAS DO ADULTO ALFABETIZADO: 1 Certificado de Concluso do Curso:

    Uma realidade pessoal, testemunho de sua vontade de lutar e vencer na vida.

    2 Ttulo Eleitoral Cidado brasileiro de direito e fato que se far presente para os destinos de seu Municpio, Estado ou Pas.

    Uma defesa de inmeros interesses pessoais e familiares.

    4 Servio Militar Certificado Quitao como alfabetizado, caso no tenha o certificado Substi tuio do existente como "analfabeto" por outro "alfabetizado"

    3 Carteira Profissional Indcio de qualificao profissional. Comeo de suas conquistas sociais.

    OBSERVAO: A Comisso Municipal e o Alfa-betizador devem encaminhar o aluno aos rgos competentes para a obteno dos documentos; quando possvel, a Comisso deve entrar em contato com esses rgos a fim de facilitar os procedimentos legais dessa obteno.

  • ANEXO 2

  • Ministrio da Educao e Cultura Fundao Movimento Brasileiro de Alfabetizao MOBRAL

    Lei n. 5.379 De 15/12/1967

    Prev sobre alfabetizao funcional e a educao continuada de adolescentes e adultos.

    O Presidente da Repblica:

    Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1. Constituem atividades prioritrias permanentes, no Ministrio da Educao e Cultura, a

    alfabetizao funcional e, principalmente, a educao continuada de adolescentes e adultos. Pargrafo nico Essas atividades em sua fase inicial atingiro os objetivos em seis perodos

    sucessivos de 4 (quatro) anos, o primeiro destinado a adolescentes e adultos analfabetos at 30 (trinta) anos, e o segundo, aos analfabetos de rnais de 30 (trinta) anos de idade. Aps esses dois perodos, a educao continuada de adultos prosseguir de maneira constante e sem discriminao etria.

    Art. 2. Nos programas de alfabetizao funcional e educao continuada de adolescen tes e adultos, cooperaro as autoridades e rgos civis e militares de todas as reas administra tivas, nos termos que foram fixados em decreto, bem como, em carter voluntrio, os estu dantes de nveis universitrio e secundrio que possam faz-lo sem prejuzo de sua prpria formao.

    Art. 3. aprovado o Plano de Alfabetizao Funcional e Educao Continuada de Adolescentes e Adultos, que esta acompanha, sujeito a reformulaes anuais, de acordo com os meios disponveis e os resultados obtidos.

    Art. 4. Fica o Poder Executivo autorizado a instituir uma Fundao, sob a denominao de Movimento Brasileiro de Alfabetizao MOBRAL, de durao indeterminada, com sede e foro na cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, enquanto no for possvel a transfern-cia da sede e foro para Brasilia.

    Art. 5. O MOBRAL ser o rgo executor do Plano anexo de que trata o art. 3.. Art. 6. O MOBRAL gozar de autonomia administrativa e financeira e adquirir personalidade

    jurdica a partir da inscrio, no Registro Civil das Pessoas Jurdicas, do seu ato constitutivo, com o qual sero apresentados seu estatuto e o decreto do Poder Executivo que o aprovar.

    Art. 7. O patrimnio da Fundao ser constitudo: a) por dotaes oramentrias e subvenes da Unio; b) por doaes e contribuies de entidades de direito pblico e privado, nacionais, internacionais ou

    multinacionais, e de particulares; c) de rendas eventuais. Art. 8. O titular do Departamento Nacional de Educao ser o Presidente da Fundao. Art. 9. O pessoal do MOBRAL ser, pelo seu Presidente, solicitado ao Servio Pblico Federal. Art. 10 O MOBRAL poder celebrar convnios com quaisquer entidades, pblicas ou privadas,

    nacionais, internacionais e multinacionais, para execuo do Plano aprovado e seus reajustamentos. Art. 11 Os servios de rdio, televiso e cinema educativos, no que concerne alfabetizao

    funcional e educao continuada de adolescentes e adultos, constituiro um sistema geral integrado ao Plano a que se refere o art. 3..

    Art. 12 Extinguindo-se, por qualquer motivo, o MOBRAL, seus bens sero incorporados ao patrimnio da Unio.

  • Art. 13 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 14 Revogam-se as disposies em contrrio. Braslia, 15 de dezembro de 1967; 146. da Independncia e 79. da Repblica.

    (ass.) ARTHUR DA COSTA E SILVA TARSO DUTRA

    Decreto-Lei n. 665 De 2/07/1969 Altera o Art. 8. da Lei n. 5.379, de 15 de de-zembro de 1967, que prev sobre a Alfabeti-zao Funcional e a Educao Continuada de Adolescentes e Adultos.

    O Presidente da Repblica, usando da atribuio que lhe confere o 1. do artigo 2. do Ato Institucional n. 5, de 13 de dezembro de 1968,

    DECRETA: Art. 1. O Art. 8. da Lei n. 5.379, de 15 de dezembro de 1967, passa a vigorar com a seguinte

    redao: "Art. 8. O Presidente da Fundao ser nomeado pelo Presidente da Repblica, mediante

    proposta do Ministro da Educao e Cultura, com mandato de trs anos." Art. 2. O presente Decreto-Lei entra em vigor na data de sua publicao, revogadas as

    disposies em contrrio. Brasilia, em 2 de julho de 1969; 148. da lndependncia e 81. da Repblica.

  • Ministrio da Educao e Cultura Fundao Movimento Brasileiro de Alfabetizao MOBRAL

    Decreto n. 62.484 De 29/3/1968 Aprova o Estatuto da Fundao Movimento Brasileiro de Alfabetizao (MOBRAL)

    O Presidente da Repblica, usando da atribuio que lhe confere o art. 83, item II, da Constituio, e de acordo com o art. 6. da Lei n. 5.379, de 15 de dezembro de 1967, decreta:

    Art. 1. Fica aprovado o Estatuto da Fundao Movimento Brasileiro de Alfabetizao (MOBRAL), que com este baixa, assinado pelo Ministro da Educao e Cultura.

    Art. 2. Revogadas as disposies em contrrio, este Decreto entrar em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 29 de maro de 1968; 147. da Independncia e 80. da Repblica.

    (ass.) ARTHUR DA COSTA E SILVA TARSO DUTRA

    ESTATUTO DA FUNDAO MOVIMENTO BRASILEIRO DE ALFABETIZAO

    CAPTULO I Das finalidades Art. 1. O Movimento Brasileiro de Alfabetizao (MOBRAL), Fundao instituda pelo Poder

    Executivo, nos termos do art. 4. da Lei n. 5.379, de 15 de dezembro de 1967, e vinculada ao Ministrio da Educao e Cultura, ter por finalidade a execuo do Plano de Alfabetizao Funcional e Educao Continuada de Adolescentes e Adultos, aprovado pelo art. 3. da mesma Lei e sujeito a reformulaes anuais, de acordo com os meios disponveis e os resultados obtidos.

    Art. 2. Para a consecuo de seus fins, a Fundao organizar servios especficos, celebrar quaisquer ajustes com entidades ou autoridades, e, nos termos do art. 11 da lei referida no art. 1., contar com os servios de rdio, televiso e cinema educativos, os quais, no que concerne alfabetizao funcional e educao continuada de adolescentes e adultos, constituiro um sistema geral integrado no Plano mencionado no artigo anterior.

    Aft. 3. A programao das atividades da Fundao obedecer aos preceitos da citada Lei n. 5.379 e ao Plano pela mesma aprovado e levar em conta as concluses dos Grupos de Trabalho institudos pelos Decretos n.os 61.311, 61.312, 61.313 e 61.314, datados de 8 de setembro de 1967.

    CAPTULO II Da Sede, do Foro e da Autonomia

    Art. 4. A Fundao, de durao indeterminada e com jurisdio em todo o territrio nacional , ter sede e foro na Cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, at que se torne possvel sua transferncia para Braslia.

    Art. 5. A Fundao gozar de autonomia administrativa e financeira.

    CAPTULO III Do Patrimnio e dos Recursos Art. 6. O patrimnio da Fundao ser constitudo pelos bens, valores, rendas e direitos que lhe

    forem doados ou que a mesma vier a adquirir.

  • Pargrafo nico Os bens e direitos da Fundao sero utilizados apenas para a consecuo de seus objetivos, permitida, todavia, a sublocao de uns e outros, para a obteno de rendas destinadas ao mesmo fim.

    Art. 7. Constituiro recursos da Fundao: a) as contribuies, auxlios ou subvenes de entidades de direito pblico ou privado,

    nacionais, multinacionais ou estrangeiras, e de particulares; b) as rendas de seu patrimnio; c) as rendas de qualquer espcie a seu favor constitudas por terceiros; d) os recursos provenientes das fontes indicadas pelo Grupo de Trabalho

    Interministerial criado pelo Decreto n. 61.311, de 8 de setembro de 1967; e) as rendas decorrentes dos servios que prestar; f) os rendimentos eventuais, inclusive da venda de material didtico.

    CAPTULO IV Da Administrao e da Organizao Art. 8. A Fundao ser administrada pelos seguintes rgos:

    a) Presidncia b) Conselho Administrativo e c) Conselho de Curadores.

    Art. 9. A Presidncia da Fundao ser exercida pelo Diretor-Geral do Departamento Nacional de Educao, conforme o disposto no art. 8. da Lei n. 5.379, mencionada.

    Pargrafo nico Em suas faltas ou impedimentos o residente ser substitudo pelo substituto legal do Diretor de que trata o artigo, ou por quem venha a ser expressamente designado pelo Poder Executivo.

    Art. 10 A Fundao ter um Secretrio-Geral. Art. 11 O Conselho Administrativo ser constitudo de cinco (5) membros titulares e trs (3)

    suplentes. Art. 12 O Conselho de Curadores ser constitudo de trs (3) membros titulares com igual nmero

    de suplentes. Art. 13 O Secretrio-Geral e os membros dos Conselhos Administrativo e de Curadores sero

    designados pelo Ministro da Educao e Cultura.