Upload
edicoes-democrito-rocha
View
231
Download
9
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Este curso tem como objetivo principal a manutenção básica de uma moto
Citation preview
mecânica de motosVolume 1
Fortaleza2012
Samuel Torres BrasilIvanildo Lopes Farias
©2011 by Edições Demócrito Rocha
Fundação Demócrito RochaPresidente: Luciana Dummar
Editora: Regina RibeiroCoordenação Editorial: Eloísa Maia Vidal
Coordenação Geral do Projeto: Francisco Fábio Castelo BrancoEditor de Design: Deglaucy Jorge Teixeira
Projeto Gráfico: Arlene HolandaCapa: Welton TravassosRevisão: Wilson P. Silva
Editoração Eletrônica: Welton TravassosCatalogação na fonte: Ana Kelly PereiraIlustrações: Eli Barbosa e Leonardo Filho
Fotos: Banco de Dados O POVO/Fábio Castelo
Instituto Centro de Ensino Tecnológico - CENTECDiretor Presidente: Geórgia Andréa Aguiar Almeida
Diretor Asministrativo Financeiro: Antônio Cláudio Câmara MontenegroConvênio institucional entre Fundação Demócrito Rocha e Instituto CENTECSecretaria da Ciência e Tecnologia e Educação Superior do Ceará - Secitece
Todos os direitos desta edição reservados a:
Brasil, Samuel Torres. B823m Mecânica de motos / Samuel Torres Brasil, Ivanildo Lopes Farias.
– Fortaleza: Edições Demócrito Rocha; Instituto Centro de Ensino Tecnológico, 2008.
v. 2, 72 p. : il. color.
ISBN 978-85-7529-402-4
1. Mecânica de motos. I. Farias, Ivanildo Lopes. II. Título.
CDD 531
Av. Aguanambi, 282-A - Joaquim Távora - Cep 60.055-402 - Fortaleza-CearáTel.: (85) 3255.6270 - 3255.6148 - 3255.6256 - Fax (85) 3255.6160edicoesdemocritorocha.com.br | [email protected] | [email protected]
Para aproveitar ao máximoo curso você precisa
• Prestar atenção ao que o instrutor explica e demonstra. • Pedir ao instrutor para explicar novamente, caso não tenha entendido alguma coisa. • Fazer todas as atividades para ver se você realmente aprendeu o que foi ensinado.• Prestar muita atenção às aulas práticas. São elas que preparam o profissional
eficiente.
• Ler tudo com atenção. • Se achar uma palavra difícil, não se preocupar. Marcar a palavra e perguntar o
que significa ao instrutor ou pesquisar num dicionário. • Procurar associar o que está escrito com as figuras existentes no texto.• O instrutor está à sua disposição para tirar dúvidas, portanto, pergunte à vontade.
Esforce-se e aprenda.
IMPORTANTE!Aprende-se a fazer, fazendo...
Durante as aulas
Em casa
5
Introdução .................................................................................. 07
Lição 1
Constituição da motocicleta ....................................................... 08
Lição 2
Sistema de locomoção da roda dianteira .................................. 10
Lição 3
Sistema de freio da roda dianteira ............................................. 22
Lição 4
Sistema de suspensão da roda dianteira .................................. 37
Lição 5
Sistema de direção .................................................................... 48
Lição 6
Sistema de alimentação de combustível ................................... 59
Lição 7
Referências ............................................................................... 70Lição 8
Sumário
7
IntroduçãoA moto surgiu a partir da bicicleta que é um meio de
transporte barato e foi inventada no fim do século XVIII.O alemão Gottlieb Daimler construiu o pri-
meiro modelo de motocicleta, adaptando à bici-cleta um motor térmico (do tipo combustão in-terna) cujo ciclo operativo é de quatro tempos.
Com as guerras mundiais, as motocicle-tas sofreram duas modificações: motor perto e abaixo do eixo de armação, possibilitando um controle mais seguro e maior estabilida-de de direção.
No início dos anos 50, essas máquinas foram aperfeiçoadas com a inclusão dos gar-fos telescópicos dianteiros e balancins tra-seiros, ambos com amortecimento hidráuli-co, e chegou-se à combinação do motor com caixa de engrenagens redutivas (câmbio) proporcionando maior variação de velocidade às mesmas.
A popularidade das motocicletas só ocorreu a partir dos anos 1960, com mudanças circunstanciais no tocante à estética e aerodinâmica, e o surgimento de competições esportivas com uso destas.
Com a recente crise mundial do petróleo, em meados dos anos 1970, a produção de motocicletas apresentou um notável crescimento, tendo hoje, o Japão, como seu maior produtor.
O Brasil começa a produzir motocicletas, a partir de 1958, lançando um modelo de moto derivada das motocicle-tas italianas tipo “lambreta e vespa”, que tiveram seus dias de glória até meados de 1965. No final de 1976, o Brasil re-tomou a produção de motos, lançando um modelo, derivado da Moto Honda Japonesa, na categoria de 125 cilindradas.
Este caderno tem como objetivo principal a manuten-ção básica de uma moto.
Moto construída por Daimler em 1885
Fonte: http://www.seriouswheels.com
8
As motos, desde o primeiro modelo até os dias atuais, sofreram mudanças importantes com relação à estética e aerodinâmica, e à tecnologia, mais basicamente, as motoci-cletas em geral, são constituídas pelos seguintes sistemas:n Sistema de Locomoção – Parte da motocicleta encarre-
gada de proporcionar a movimentação sendo composto pelas: rodas dianteira e traseira.
n Sistema de Freios – Parte da moto encarregada de deter parcialmente ou totalmente o movimento é composto por: sistema de freio dianteiro e traseiro.
n Sistema de Suspensões – É responsável pela absorção de solavancos produzidos pelas irregularidades do solo. É composto por: sistema de suspensão dianteira e traseira;
n Sistema de Direção – Serve de guia à motocicleta para a direção desejada pelo condutor.
n Sistema de Alimentação de Combustível – Parte da motocicleta responsável pela alimentação de combustível necessário ao processo de combustão.
n Sistema de Alimentação de Ar (filtro) – Responsável pela coleta do ar atmosférico necessário à combustão.
n Sistema de Mistura Ar/Combustível (carburador) – É en-carregado pela mistura do ar atmosférico com o combustível na sua proporção ideal ao processo de combustão.
n Sistema de Escapamento – Parte da motocicleta encar-regada de direcionar os gases provenientes da combustão para o meio externo e reduzir os ruídos do processo de queima.
n Sistema Elétrico – Assegura o bom funcionamento da ig-nição, da iluminação e demais acessórios.
n Chassi – Peça principal na estrutura da moto onde estão montados todos os componentes dos diversos sistemas.
Lição 1Constituição da motocicleta
Qual a constituição do sistema de locomoção das motos?
9
Bloco ou conjunto motorn Sistema de Distribuição – Faz com que o funcionamento
do motor seja sincronizado com o comando valvular e dis-tribuidor.
n Motor de Combustão Interna – É o produtor da força, necessário para movimentar a motocicleta.
n Sistema de Transmissão – Tem, por finalidade, transmitir a força gerada pelo motor para as rodas.
n Sistema de Embreagem – Encarrega-se de facilitar a tro-ca de marchas, desligando o motor da caixa de mudanças.
n Sistema de Lubrificação – É incumbido de manter lubrifi-cadas as partes móveis do motor e a caixa de mudanças.
• As motos sofreram evoluções em relação à estética, à aerodinâmica e à tecnologia.
• As motos são constituídas pelo chassi e seus diversos sistemas que funcionam sincronizados.
Qual a função do sistema de
embreagem?
Modelo de Moto
Cavalete
Rabeta
Assento
Tampa lateral direito
Tanque de combustível
Motor
Pára-lama dianteiro
Pára-lamatraseiro
Sistema de escapamento
Resumo da lição
10
As rodas usadas na maioria das motocicletas são fei-tas de aço e montadas a partir do cubo por meio de raios. Na parte externa da roda é instalado um componente deno-minado pneu.
O pneu é constituído de borracha e tecido onde inter-namente é inserida uma câmara-de-ar.
As principais funções do pneu são:n Tornar menos agressivo o contato da motocicleta com o
meio em que ela está trafegando, evitando assim, o des-gaste da roda.
n Aumentar a área de contato da motocicleta com o solo, evitando, assim, derrapagens.
n Aumentar a força motriz e a frenagem, proporcionando um melhor rendimento da motocicleta nas tomadas de potên-cia e segurança nos momentos de frenagem.
É importante que o usuário esteja sempre atento com a calibragem dos pneus dianteiro e traseiro. Abaixo, temos uma tabela contendo as pressões recomendadas, assim como, as dimensões do pneu (pneus frios).
Lição 2Sistema de locomoção da roda dianteira
PRESSÃO RECOMENDADA PARA PNEUS DE MOTOS 125
Dianteiro Traseiro
Pressão do Pneu(kPa, kgf/cm2; psi)
Somente piloto 175; 1,75; 25 200; 2,00; 28
Piloto e passageiro 175; 1,75; 25 225; 2,25; 33
Dimensão do Pneu 2,75 – 18 42P 90/90 – 18 57P
Quais as funções do pneu?
O cubo da roda dianteira é uma peça cilíndrica com orifício central, onde são alojados os rolamentos, espaçado-res e os vedadores (retentores). Na parte externa do cubo acham-se instalados os raios que recebem os esforços axiais da roda e estes se encarregam de transmitir esses esforços ao cubo. Os cubos são fabricados com ligas es-peciais de alumínio por ter alta resistência, peso reduzido e excelente dissipação de calor.
11
Alguns cubos de roda são fundidos com o tambor de freio, formando uma única peça.
Com exceção dos tambores de freio, os cubos de roda das motocicletas, em condições normais de uso, não sofrem muito desgaste. Por isso, seu recondicionamento se resume na troca de rolamentos e vedadores (retentores de pó) que condicionará a mais um longo período de duração.
Os rolamentos têm por finalidade reduzir o atrito entre o eixo da roda e o orifício central do cubo. Os retentores, por sua vez, têm a função de impedir que contaminações ex-ternas (tais como poeira/pó) penetrem no orifício central do cubo, aumentando assim, a vida útil de seus componentes.
As figuras seguintes ilustram cubos de roda dianteira e seus respectivos componentes.
Por que são usadas ligas especiais de
alumínio na fabricação dos
cubos de roda das motos?
Roda dianteira com freio a tambor
Eixo da roda
Vedador
Rolamentode esferas Cubo de roda dianteiro
com tambor de freio
Retentor Porca do eixo
Trava daporca
Espaçador do rolamento
Rolamento de esfera
12
Operação 01- Retirar a roda dianteiraEfetua-se este trabalho, todas as vezes que se execu-
tam reparos ou trocas de componentes do conjunto de freio, da roda (cubo – tambor – aro – raios – pneu), do sistema de suspensão dianteira e do sistema de direção.
A desmontagem da roda dianteira apresenta duas ver-sões distintas:n Desmontagem com freio a disco.n Desmontagem com freio a tambor.
Desmontagem com freio a discoPASSO 01 – Levante e apóie a motocicleta utili-zando um cavalete de segurança ou suporte ade-quado.PASSO 02 – Remova o parafuso e o cabo do velo-címetro da caixa de engrenagens do velocímetro.PASSO 03 – Solte a porca do eixo da roda.PASSO 04 – Remova o eixo da roda dianteira (direita para esquerda). Caso tenha alguma dificuldade na retirada do mesmo, utilize uma marreta de borracha.
Freio a disco: tipo de freio que usa um disco de metal e pastilhas.
Retentor de pó
Espaçador
Retentorde pó
Arruelas
Caixa daengrenagem
Retentor
Engrenagem dovelocímetro
Rolamento direito da roda (6301)
Espaçamento lateral
Rolamento esquerdoda roda (6301)
Roda dianteira com freio a disco
Mecanismo da roda dianteira
Porca do eixo
Cabo do velocímetro
13
PASSO 05 – Remova a roda de maneira cuidado-sa para não danificar as pastilhas do acionador de freio.
Com freio a tamborPASSO 01 – Levante e apóie a motocicleta utilizan-do um cavalete de segurança ou suporte adequado.PASSO 02 – Remova a porca de ajuste do freio e o cabo de freio do conjunto de freio.PASSO 03 – Remova o parafuso para retirada do cabo do velocímetro do conjunto de freio.PASSO 04 – Solte a porca do eixo da roda.PASSO 05 – Remova o eixo da roda (esquerda p/ direita). Caso tenha alguma dificuldade na retirada do mesmo, utilize uma marreta de borracha.PASSO 06 – Remova a roda de maneira cuidadosa para não danificar os componentes tais como tambor e o conjun-to de freio. Movimente a roda para facilitar a retirada.
Operação 2 - Instalar a roda dianteiraÉ uma operação que consiste em montar seus compo-
nentes de uma forma ordenada. É executada após a substitui-ção de componentes danificados ou reparação dos mesmos.
A montagem da roda dianteira apresenta duas versões distintas. A montagem com freio a disco e com freio a tambor.
Não acione a alavanca do freio após remover a roda dianteira. Caso contrário haverá dificuldade no encaixe do disco de freio entre as pastilhas.
Descreva a desmontagem da roda dianteira da moto com freio a
disco.
Sistema de freio a disco
Sistema de freio a tambor
Porca do eixo
Cabo do velocímetro
Cabo do freio
14
Montagem com freio a discoPASSO 01 – Instale a roda entre os garfos de forma que o disco de freio fique posicionado entre as pastilhas. Tome cuidado para não danificar as pastilhas.PASSO 02 – Aplique uma leve camada de graxa no eixo da roda.PASSO 03 – Introduza o eixo da roda dianteira em seu alo-jamento (da esquerda para direita). Caso tenha dificuldade na colocação do mesmo, utilize uma marreta de borracha. Movimente a roda para facilitar o encaixe.PASSO 04 – Posicione o ressalto da caixa de engrenagens do velocímetro contra a parte posterior do batente do garfo.PASSO 05 – Instale e aperte a porca do eixo da roda conforme torque recomendado pelo fabricante (torque: 62 N.m / 6,2 Kg.m).
Descreva a instalação da roda dianteira.
PASSO 06 – Encaixe o cabo do velocímetro no seu aloja-mento. Gire a roda até que o entalhe do cabo coincida com a fenda do mecanismo de acionamento do velocímetro. Por fim, aperte o parafuso.
Cabo do velocímetro
Parafuso de fixação do cabo do velocímetro
Eixo da roda dianteira
Alinhe
Eixo
15
Montagem com freio a tamborPASSO 01 – Instale a roda dianteira entre os garfos e alinhe a ranhura do espelho com ressalto do garfo esquerdo.PASSO 02 – Aplique uma leve camada de graxa no eixo da roda;PASSO 03 – Introduza o eixo da roda dianteira em seu alo-jamento (da direita para esquerda). Caso tenha dificuldade na colocação do mesmo, utilize uma marreta de borracha. Movimente a roda para facilitar o encaixe.PASSO 04 – Instale e aperte a porca do eixo da roda con-forme torque recomendado pelo fabricante (torque: 62 N.m/ 6,2 Kg.m).
PASSO 05 – Encaixe o cabo do velocímetro no seu aloja-mento. Gire a roda até que o entalhe do cabo coincida com a fenda do mecanismo de acionamento do velocímetro. Por fim, aperte o parafuso.PASSO 06 – Instale o cabo de freio do conjunto de freio no seu alojamento e introduza a porca de ajuste do freio em seu alojamento.
Como deve ser encaixado o
velocímetro?
Sistema de freio a tambor
Cabo de freio
Espelho de freio
Alinhe
Alinhar
16
PASSO 07 – Meça a folga livre na extremidade da alavanca do freio dianteiro (folga livre: 10 – 20 mm) e caso a folga esteja fora dos padrões ajuste-a girando a porca de ajuste.
PASSO 08 – Verifique novamente a folga livre da alavanca.
Operação 03 - Desmontagem/inspeção/monta-gem do cubo da roda dianteira
Esta operação consiste em desmontar os seus compo-nentes a fim de que o mecânico possa avaliar e substituir as peças danificadas.
Verifique se o rolamento está prendendo a roda dian-teira. Tente mover a roda lateralmente.
Certifique de que o recorte da porca de ajuste esteja assentado no pino do braço do freio.
Folga na alavanca de freio
10 - 20 mm
Porca de ajuste
Sistema de freio a tambor
17
PASS0 02 – Coloque o eixo da roda sobre blocos em V e meça o empenamento com o relógio comparador (limite de uso: 0,2 mm). O empenamento real é a ½ da leitura total do relógio comparador. Verifique a rosca do mesmo. Caso es-teja danificado, substitua-o.
Blocos em V que mede o empenamento do eixo
Sistema da roda dianteira com freio a disco
Explique como é medido o
empenamento.
Eixo
Roda dianteira
1ª Etapa do processo de desmontagemPASSO 01 – Retire a roda dianteira (operação 01).
PASSO 03 – Se a roda dianteira for composta por freio hi-dráulico (freio a disco), retire o espaçador lateral, a caixa de engrenagens do velocímetro, o retentor de pó do lado esquerdo, o retentor de engrenagem do velocímetro e o re-tentor de pó do lado direito.
18
PASSO 05 – Gire a pista interna de cada rolamento com o dedo. O rolamento deverá girar suavemente e sem ruídos.
PASSO 06 – Verifique também se a pista externa de cada rolamento se encaixa firmemente no cubo.
Rolamento da roda
Remova e descarte os rolamentos caso suas pistas não girem suavemente e apresentem ruídos, ou se seu encaixe no cubo não for firme.
Retentor de pó
Cubo da roda dianteira
PASSO 04 – Se a roda dianteira for composta por freio a tambor, devemos concretizar primeiramente a retirada do conjunto de freio. Após essa etapa, devemos realizar a reti-rada de seus componentes externos pertencentes ao cubo (retentores de pó).
19
2ª EtapaDesmontagem dos componentes internos do cuboPASSO 07 – Coloque a roda dianteira sobre a bancada e calce um dos aros da roda, de modo que o cubo fique suspenso.
PASSO 08 – Extraia um dos rolamentos do cubo.PASSO 09 – Remova o espaçador e retire o outro rolamento.PASSO 10 – Examine o cubo da roda. Verifique se os aloja-mentos dos rolamentos estão em perfeito estado. Verifique se o cubo apresenta rachaduras.
Montagem dos componentes internos do cuboPASSO 01 – Insira o espaçador no seu alojamento.PASSO 02 – Aplique graxa nas cavidades de todos os rola-mentos.PASSO 03 – Instale o novo rolamento esquerdo com seu lado blindado virado para fora. Em seguida, instale o rola-mento direito com seu lado blindado para fora.
Substitua os rolamentos da roda em pares.
Examine o espaçador. Se o mesmo estiver danificado, substitua-o.
Substitua o cubo se houver anormalidades.
PASSO 04 – Roda com freio a disco: Aplicar graxa no novo retentor de pó direito e instalá-lo no cubo, instalar o espaçador lateral, instalar o retentor de engrenagens do ve-
Cubo e sistema de freio
Instalador
Qual a recomendação para
a instalação do rolamento na
montagem dos componentes
internos do cubo?
20
locímetro, aplicar graxa no novo retentor de pó esquerdo e instalá-lo no cubo, instalar a caixa de engrenagens do velo-címetro no cubo esquerdo, alinhando suas lingüetas.
Qual o objetivo de aplicação de graxa na montagem dos componentes internosdo cubo?
Espaçador lateral
Caixa de engrenagens do cabo do velocímetro
Retentor de pó
21
PASSO 05 – Roda com freio a tambor: aplicar graxa no novo retentor de pó direito e instalá-lo no cubo, instalar o espaçador lateral, aplicar graxa no novo retentor de pó es-querdo e instalá-lo no cubo.PASSO 06 – Instale a roda dianteira (ver operação 02).
PERÍODO
ITEM OPERAÇÕES 1.000 km 3.000 km 6.000 km A cada... km
Cubo da rodadianteira
Verificar, ajustar e lubrificar
x x 3.000 km
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Diagnose de defeitos
Roda dianteira oscilando Aro torto Rolamentos da roda desgastados Raios empenados ou soltos Pneu defeituoso.
Roda difícil de girar Rolamentos da roda defeituosos Engrenagem do velocímetro defeituosa Eixo dianteiro empenado Freio arrastando.
•Rodas são de aço e montadas a partir do cubo por meio de raios.
•O cubo da roda dianteira é uma peça cilíndrica com orifício central, onde são alojados os rolamentos, espa-çadores e os retentores.
•O método de desmontagem ou instalação da roda dian-teira vai depender se ela for de freio a disco ou tambor.
Resumo da lição
Cubo
22
Mecanismo do freio da roda dianteiraO mecanismo do freio da roda dianteira é o elemento
que tem por finalidade parar a motocicleta, total ou parcial-mente, através da roda dianteira. Seu funcionamento pode ser mecânico ou hidráulico.
Sistema de freio mecânico a tambor — constituiçãoO sistema de freio mecânico a tambor é constituído por:
alavanca de acionamento de freio dianteiro (manete), dispo-sitivo de regulagem da folga da alavanca de acionamento do freio dianteiro, cabo de freio, dispositivo de regulagem do braço do freio dianteiro conforme figura abaixo.
Lição 3Sistema de freio da roda dianteira
Alavanca deacionamento dofreio diantero
Dispositivo de regulagem dafolga da alavanca de acionamentodo freio dianteiro
Cabo do freio
Braço dofreio dianteiro
Dispositivo de regulagemdo braço do freio dianteiro
Sistema de freio mecânico a tambor
23
A alavanca de acionamento do freio dianteiro quando é pressionada pela mão direita do condutor, aciona todo o mecanismo do freio dianteiro.
O dispositivo de regulagem da folga da alavanca de acionamento do freio dianteiro ajusta o curso da alavanca para o valor estipulado pelo fabricante. É também conheci-do como “ajuste fino do freio dianteiro”.
O cabo do freio é construído em aço e funciona den-tro de uma capa protetora flexível de arame revestido de plástico. Pela facilidade do contorno e grande resistência, os cabos são utilizados tanto para o acionamento do freio dianteiro como para a embreagem, nas motocicletas.
O dispositivo de regulagem do braço do freio dianteiro regula a distância entre as sapatas do freio e o tambor. É co-nhecido, também, como “ajuste grosso do freio dianteiro”.
FuncionamentoQuando a motocicleta está em movimento e o freio
está em “repouso” as molas das sapatas do freio mantêm sobrepostas sobre o excêntrico de acionamento do freio (fi-gura abaixo).
Explique o que é ajuste fino do freio
dianteiro.
Conjunto de freio dianteiro
24
No momento em que o condutor deseja diminuir a velo-cidade ou parar a motocicleta, ele pressiona a alavanca de acionamento do freio. Neste instante, o cabo do freio aciona o braço do freio dianteiro e este, por sua vez, movimenta o excêntrico de acionamento do freio. Como as sapatas do freio estão sobrepostas sobre o excêntrico, elas se expan-dem, provocando o atrito das guarnições contra o tambor de freio (figura abaixo), até a parada total do veículo.
Sistema de freio hidráulico a discoO sistema de freio hidráulico consiste, essencialmente,
de um cilindro mestre com seu reservatório de compressão de fluido, do cilindro de freio da roda, de tubulações e do fluido de freios. Seu funcionamento baseia-se no Princípio Pascal – “a pressão exercida sobre um líquido contido den-tro de um recipiente fechado se propaga neste líquido em todas as direções, de modo uniforme”.
Via de regra, o sistema de freio hidráulico, nas motoci-cletas, é do tipo freio a disco, pela presteza de frenagem e facilidade de manutenção que o sistema oferece.
Princípio de Pascal, deve-se ao físico e matemático francês Blaise Pascal(1623-1662)
Expansão das sapatas (processo de frenagem)
25
Cilindro mestreÉ o mecanismo do sistema de freio que, auxiliado por
um circuito hidráulico, impulsiona o líquido de freio, na pres-são e quantidade necessárias, ao cilindro da roda.
FuncionamentoSeu funcionamento se dá através de um comando ma-
nual que, ao ser acionado, desloca o êmbolo, enviando o líquido de freio sob pressão através de um tubo ligado dire-tamente ao cilindro da roda.
DescriçãoO cilindro mestre da motocicleta é uma peça compacta,
fixada no guidão, onde está montado o reservatório de óleo. Seu comando manual está ligado à haste de acionamento por meio de um pino de segurança. A figura seguinte ilustra um conjunto de freio hidráulico usado nas rodas dianteiras de algumas motocicletas com seus respectivos componentes.
Em qual princípio se baseia o
funcionamento do sistema de freio
hidráulico?
Sistema de freio hidráulico a disco
CILINDRO MESTRE
CILINDRO DA RODA
Tudo de freio
Pistão
Reservatório
Alavanca do Freio
Cilindro principal
Pino de segurança
CalibradorVálvula de pulverização
Pistão auxiliar
Disco
Tubo de freio
26
Por ter um papel muito importante no processo de fre-nagem, o óleo de freio precisa apresentar algumas caracte-rísticas de grande importância. São elas:n Propriedades anticorrosivas.n Ponto de evaporação superior à temperatura ambiente de
trabalho dos freios.n Manter-se em estado líquido, mesmo sobre as mais bai-
xas temperaturas.n Possuir propriedades lubrificantes.n Inexistência de sedimentação em barras que obstruam os
trabalhos de freios.n Manter suas propriedades inalteradas ao longo do tempo.
Operação 04: Desmontagem/inspeção/montagem do sistema de freio da roda dianteira
Esta operação consiste em desmontar seus compo-nentes a fim de que o mecânico possa avaliar ou substituir as peças danificadas.
Existem dois tipos de sistema de freio dianteiro atual-mente que são o hidráulico e o mecânico e suas desmonta-gens serão mostradas a seguir.
Desmontagem do sistema de freio hidráulicoPASSO 01 – Retire a roda dianteira (operação 01).PASSO 02 – Inspecione as pastilhas de freio quanto a des-gaste;
34 N.m (3,4 Kg.m)
26 N.m (2,6 kg.m)
34 N.m (3,4 kg.m)
Sistema de freios hidráulicos a disco
Quais características são necessárias ao óleo de freio?
Anote o número de voltas: antes de remover o parafuso de mistura, anote o número de voltas até que o parafuso fique ligeiramente assentado e, em seguida, remova o parafuso.
O assento do parafuso de mistura poderá ser danificado caso o parafuso seja apertado excessivamente.
27
PASSO 03 – Substitua-as, caso estejam desgastadas, além da ranhura-limite de desgaste.
Processo de desmontagem das pastilhas PASSO 04 – Empurre completamente o pistão do cáliper, pressionando o corpo do cáliper para dentro, a fim de permi-tir a instalação das novas pastilhas.
Pastilhas de freio contaminadas reduzem o desempenho de frenagem. Descarte as pastilhas contaminadas e limpe o disco de freio com um agente desengraxante de alta qualidade.
Substitua sempre as pastilhas de freio em pares para que a pressão do disco seja uniforme.
PASSO 05 – Remova os parafusos de fixação do cáliper do freio.
Verifique o nível do fluido de freio no reservatório do cilindro mestre de freio, pois este procedimento pode fazer com que o nível suba.
Por que é necessário substituir as pastilhas de freio
aos pares?
PASSO 06 – Remova o cáliper do freio dianteiro.
Freio a disco
Parafusos de fixação do cáliper
Cáliper do freio
28
PASSO 07 – Remova os pinos das pastilhas.
PASSO 08 – Remova as pastilhas de freio.PASSO 09 – Posicione a mola das pastilhas no cáliper de modo que possa facilitar a instalação das pastilhas novas.
PASSO 10 – Insira as pastilhas novas e instale os pinos das pastilhas, pressionando as pastilhas contra a mola para alinhar os orifícios dos pinos nas pastilhas e no cá-
Pinos das pastilhas
Pastilhas
Disco de freio
Pinos
29
especificado (torque: 26 N.m ou 2,6 Kg.m).PASSO 13 – Inspecione visualmente o disco de freio quanto a danos ou trincas.PASSO 14 – Meça a espessura do disco de freio em diversos pontos (limite de uso: 3,0 mm). Substitua o dis-co de freio caso a menor medição seja inferior ao limite
liper.PASSO 11 – Aperte os pinos das pastilhas no torque es-pecificado (torque: 17 N.m ou 1,7 Kg.m) e instale o cáliper do freio dianteiro com novos parafusos de fixação.PASSO 12 – Aperte os parafusos de fixação no torque
Parafusos de fixação do cáliper
Medição do disco de freio com micrometro
30
de uso.PASSO 15 – Inspecione o disco de freio quanto a empe-namento (limite de uso: 0,30 mm). Caso o empenamento exceda o limite de uso, inspecione os rolamentos da roda quanto à folga excessiva. Caso os rolamentos estejam nor-
mais, substitua o disco de freio.Processo de desmontagem do disco de freio
Para realizar a retirada do disco de freio (caso o mesmo
esteja danificado), basta realizar a operação 01 “a disco”.PASSO 16 – Retire as porcas de fixação em ordem cruzada,
Qual o limite de uso da espessura do disco de freio?
Disco de freio
Espaçador lateral
Porcas de fixação do disco de freio
O tacômetro irá indicar precisamente as variações de 50 rpm (rotação por minuto).
31
em 2 ou 3 etapas.PASSO 17 – Remova o disco de freio danificado e instale o novo disco de freio na sua posição de fixação, e aperte as novas porcas do disco de freio. O aperto deve ser realizado em ordem cruzada, em 2 ou 3 etapas.PASSO 18 – Verifique o nível do líquido de freio no reserva-tório do sistema. Caso necessite de complementação, utili-ze somente o fluido recomendado pelo fabricante. PASSO 19 – Remova os parafusos, a tampa do cilindro
mestre, a placa de fixação e o diafragma.PASSO 20 – Abasteça o reservatório até a marca de nível superior com fluido recomendado pelo fabricante retirado de um recipiente fechado.
Processo de troca do fluído de freio/sangria de arPASSO 21 – Gire o guidão para a esquerda até que o reser-vatório esteja nivelado.PASSO 22 – Remova a tampa do cilindro mestre, a placa de fixação e o diafragma e conecte o tubo de sangria na válvula de sangria.PASSO 23 – Solte a válvula de sangria e acione a alavanca até que não haja mais fluxo de fluido através da válvula de sangria.PASSO 24 – Lave o sistema com álcool para retirar toda a
Não deixe que materiais estranhos penetrem no sistema ao abastecer o reservatório do cilindro mestre.
Evite derramar fluido em superfícies pintadas, plásticas ou em peças de borracha. Coloque um pano sobre essas peças sempre que forem efetuados reparos no sistema de freio.
Não misture tipos diferentes de fluidos, pois eles podem não ser compatíveis. Em caso de indisponibilidade do fluido recomendado pelo fabricante, recomenda-se a troca do fluido de freio.
Cilindro mestre
TampaPlaca defixação
Diafragma
32
presença do antigo fluido.PASSO 25 – Após a limpeza do sistema, feche a válvula de sangria e abasteça o reservatório com fluido de freio
Com o passar do tempo, o fluido de freio sofre contaminações com o uso, o que diminui suas qualidades básicas, motivo pelo qual é aconselhável limpar o sistema e trocar o líquido periodicamente.
Inspecione constantemente o nível de fluido enquanto sangra o freio a fim de evitar a penetração do ar no sistema.
de sua escolha retirado de um recipiente fechado.PASSO 26 – Pressurize o sistema acionando a alavanca de freio até sentir uma resistência.PASSO 27 – Conecte uma mangueira de sangria na vál-vula de sangria e sangre o sistema, conforme os passos
Por que não devemos misturar diferentes tipos de fluidos de freio?
Qual a finalidade da sangria do sistema de freio? que vêm a seguir.
PASSO 28 – Abra a válvula de sangria ½ volta. A seguir, feche-a.PASSO 29– Solte a alavanca lentamente e espere alguns segundos após ela parar de se mover.PASSO 30 – Repita os passos 28 e 29 até que não haja mais bolhas de ar na válvula de sangria.PASSO 31 – Aperte a válvula de sangria no torque espe-
Flanela para evitar derramamento de óleo
Válvula de sangria
33
cificado (torque: 5 N.m ou 0,5 Kg.m)PASSO 32 – Reabasteça o reservatório, caso o nível esteja abaixo do especificado.PASSO 33 – Instale o diafragma, a placa de fixação e a tampa do reservatório. Aperte os parafusos no torque espe-cificado (torque: 2N.m ou 0,2 Kg.m).
PASSO 34 – Instale a roda dianteira (operação 02).Desmontagem do sistema de freio a tambor PASSO 01 – Verifique se a seta na placa indicadora está ali-nhada com a marca no conjunto de freio (ou espelho de freio), quando a alavanca do freio é acionada. Caso estejam alinha-
TampaPlaca defixação
Diafragma
A drenagem do fluido de freio também é utilizada quando existirem vazamentos no sistema devido a sua deterioração ou trincas. Se as pastilhas não estiverem gastas e o nível for abaixo, inspecione o sistema quanto a vazamentos.
das, devemos realizar a inspeção das sapatas e o tambor.PASSO 02 – Retire a roda dianteira (operação 01).PASSO 03 – Desencaixe o espelho do freio do tambor de
Cilindro mestre
Marca
Espelho do freio
Espelho de freio mostrando as sapatas
Seta
34
freio.PASSO 04 – Prenda o conjunto de freio em uma morsa e use mordentes de metal macio.
PASSO 05 – Desmonte as sapatas do conjunto de freio dianteiro.PASSO 06 – Limpe todos os elementos do conjunto do freio com solvente especial.PASSO 07 – Inspecione o mecanismo de acionamento do freio dianteiro quanto a desgastes ou deformação.PASSO 08 – Inspecione o espelho de freio dianteiro quanto a rachaduras e desgastes no olhal do eixo excêntrico. Pas-
se graxa no pino de ancoragem e no came.PASSO 09 – Meça a espessura das guarnições das sapatas e compare-as com as especificações do fabricante (limite de uso: 2,0 mm). Sapatas contaminadas com óleo ou com outra substância e com guarnições abaixo do limite de uso devem ser descartadas.PASSO 10 – Meça o diâmetro interno do tambor do freio dianteiro (limite de uso: 131,0 mm) e substitua o tambor se o valor encontrado estiver acima do valor especificado. Tam-bor com rachaduras deve ser descartado.PASSO 11 – Verifique o cabo e alavanca do freio quanto a conexões frouxas, folgas excessivas ou outros danos. Subs-
Came: peça giratória de contorno adequado a permitir um movimento alternativo especial a outra peça, chamado seguindo.
Sempre substitua as sapatas de freio em pares. Se as sapatas forem reutilizadas, marque-as de forma que possam ser montadas em suas posições originais.
Caso o tambor apresente cristalização na superfície, realize o processo de lixamento utilizando lixa não muita agressiva. Após o lixamento, realize a limpeza com álcool.
Braço do freio Pino de alongagem
Sapatas
Sapatas do conjunto de freio
Molas
Morsa: sistema de fixação
35
titua ou repare, se necessário.PASSO 12 – Inspecione o cabo do freio quanto a dobras ou danos e lubrifique-o.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
PERÍODO
ITEM OPERAÇÕES 1.000 km 3.000 km 6.000 km A cada...km
Fluido do Freio DianteiroVerificar o
Nívelx x x 3.000 km
Fluido do Freio Dianteiro Trocar o Óleo18.000 km (ou 2
anos de uso)
Desgastes das Pastilhas do Freio
Verificar x x x 3.000 km
Tambor de Freio Limpar x x 3.000 km
Cabo do Freio DianteiroVerificar, Ajustar
e Lubrificar.x x x 3.000 km
Freio Dianteiro Verificar e Ajustar x x x 3.000 km
Sapatas do Freio Verificar o Desgaste x x x 3.000 km
PASSO 13 – Instale a roda dianteira (operação 01).Diagnose de defeitosBaixo desempenho do freio (a tambor):n Ajuste incorreto do freion Lonas de freio desgastadasn Lonas de freio contaminadasn Tambor do freio desgastadon Came do freio desgastadon Cabo do freio rompidon Alavanca/pedal do freio empenado
Alavanca do freio muito macia ou esponjosan Ar no sistema hidráulicon Vazamento no sistema hidráulicon Pastilhas/disco de freio contaminadosn Selo do pistão do cáliper desgastadon Pastilhas/disco desgastadosn Cáliper contaminadon Retentores do pistão do cilindro-mestre desgastadosn Baixo nível de fluido de freio
Caso as sapatas apresentem cristalização em sua superfície de frenagem, realize o processo de lixamento utilizando lixa não muita agressiva. Após o lixamento, realize a limpeza com um pano.
Qual o limite de espessura para uso das guarnições das
sapatas?
Ao realizar o processo de lixamento tanto do tambor quanto das sapatas, deve-se utilizar máscara de proteção contra os resíduos do pó proveniente do lixamento, que é altamente prejudicial à saúde.
36
n Passagens de fluido obstruídasn Disco de freio deformado/empenadon Pistão do cáliper engripado/desgastadon Pistão do cilindro mestre engripado/desgastadon Cilindro mestre contaminadon Alavanca do freio empenado
Alavanca do freio muito dura:n Pistão do cáliper engripado/desgastadon O cáliper não desliza corretamenten Passagens de fluido obstruídasn Selo do pistão do cáliper desgastadon Pistão do cilindro mestre engripado/desgastadon Alavanca do freio empenado
Freio agarrando ou puxando para o lado:n Disco/pastilhas de freio contaminadosn Roda desalinhadan Conexão da mangueira de freio obstruídan Disco de freio empenado/deformadon O cáliper não desliza corretamente
Freio arrastando:n Pastilhas/disco de freio contaminadosn Disco de freio empenado/deformadon O cáliper não desliza corretamente
• Detalhamento do mecanismo do freio da roda dianteira.• Constituição do sistema de freio mecânico com tambor.•O sistema de freio hidráulico constituído essencialmente pelo cilindro mestre.•Desmontagem, inspeção e montagem do sistema de freio da roda dianteira.• Processo de troca do fluido do freio e sangria do ar.
Resumo da lição
37
n Roda desalinhadaA suspensão dianteira é encarregada de amortecer as trepi-dações ocasionadas pelas irregularidades do solo e propiciar maior estabilidade e conforto ao condutor da motocicleta.
As primeiras motocicletas não tinham suspensão. As rodas eram montadas, rigidamente, no garfo do chassi, se-melhante a uma bicicleta.
A primeira mudança que se tem notícia foi o surgimento de uma suspensão dianteira dotada de uma mola helicoidal, que revestia o garfo, ver figura abaixo.
Lição 4Sistema de suspensãoda roda dianteira
Suspensão com mola helicoidal Suspensão com garfo telescópico
Qual a função da suspensão dianteira?
Basicamente, estas foram as suspensões dianteiras usadas nas motocicletas até o fim da 2ª Guerra Mundial. No início da década de 1950, surgiu na Inglaterra, um tipo de suspensão dianteira com garfos telescópicos, que constituiu um grande avanço tecnológico na evolução da motocicleta, principalmente, pela maneabilidade e leveza no manuseio. Esse sistema conquistou a preferência dos consumidores, o que levou, praticamente, todos os fabricantes de motocicle-tas a adotá-lo em seus modelos (ver figura acima).
Ângulo de inclinação
R°
Mola helicoidal
Garfo telescópico
38
Constituição da suspensão dianteira por garfos telescópicos
Esse tipo de suspensão é constituído por um amor-tecedor hidráulico desmontável e uma mola helicoidal, for-mando uma única peça para cada lado da roda. A figura seguinte ilustra uma vista desmontada de um dos lados do garfo, destacando todos seus elementos.
A suspensão dianteira tipo “cerianni” é o tipo de sus-pensão atualmente utilizada pelos fabricantes de motocicle-ta. Sua principal vantagem é a colocação da mola helicoidal no interior do tubo. Nas suspensões tradicionais a mola he-licoidal é montada na parte “externa” do tubo protegida por uma capa.
A introdução da mola no interior do tubo tem como van-tagem, a eliminação de ruídos inconvenientes provocados por contato da capa com a mola no sistema tradicional.
Cilindro interno
Anel limitador
Retentor de óleo
Cilindro externo
Parafuso allen
Vedador de óleo Mola de retorno
Mola de amortecedor
Anel de vedação
Parafuso superiordo garfo
Retentor de pó
Pistão de amortecedor
Anel do pistão
Garfo dianteiro tipo telescópico – cerianni
39
FuncionamentoTanto no sistema tradicional como no sistema “cerian-
ni”, o amortecimento das oscilações provocado pela ação da mola helicoidal, é feito obedecendo aos princípios do amortecimento hidráulico.
Ao transpor uma irregularidade no solo, a tendência nor-mal da mola helicoidal é comprimir-se em razão do choque entre a força de retração da roda e a inércia do peso ocasio-nal da motocicleta. Como conseqüência da compressão da mola, fatalmente, haverá distensão da mesma no retorno à posição de origem, que poderá impulsionar violentamente à motocicleta para cima, desequilibrando o condutor.
Para amenizar os efeitos da compressão e distensão da mola, utiliza-se um amortecimento hidráulico desmontá-vel acoplado a cada uma das colunas do garfo da suspen-são dianteira, formando uma única peça. Como mostra a figura abaixo.
Operação 05: Desmontagem/inspeção/montagem da suspensão dianteira
Esta operação consiste em desmontar seus compo-nentes a fim de que o mecânico possa avaliar ou substituir as peças danificadas.
Inspecione a ação dos garfos dianteiros acionando o freio dianteiro e comprimindo a suspensão diversas vezes. Verifique todo o conjunto quanto a sinais de vazamentos, danos ou fixadores frouxos.
Mola Amortecedor Suspensão
Princípio de funcionamento do garfo da suspensão
Explique o que é feito para amenizar
os efeitos da compressão e
distensão da mola helicoidal.
40
PASSO 05 – Afrouxe o parafuso superior dos garfos direito e esquerdo.
PASSO 01 – Remova a roda dian-teira (operação 01).PASSO 02 – Remova o cabo do velocímetro da guia.PASSO 03 – Remova o emblema dianteiro e o pára-lama dianteiro.PASSO 04 – Remova o cáliper de freio (CG 125 ES).
Qual a finalidade da inspeção da suspensão dianteira?
Parafusos
Emblema dianteiro
Roda, pára-lamas e suspensão dianteira
Parafuso superior do garfo
41
PASSO 06 – Afrouxe os parafusos de fixação da mesa su-perior, e da mesa inferior e retire os garfos com cuidado.
PASSO 07 – Remova o parafuso superior dos garfos. Retire com cuidado o parafuso, pois a mesma está pressionada por uma mola interna.PASSO 08 – Remova a mola do amortecedor e drene o flui-do da suspensão.
Parafusos de fixação da mesa superior
Parafuso de fixação da mesa inferior
Garfo e mola do amortecedor
42
PASSO 10 – Remova o retentor de pó.
PASSO 11 – Remova o parafuso Allen do garfo e a arruela de vedação. Para isso, utilize um fixador de pistão.
Por que se deve retirar com cuidado o parafuso superior dos garfos?
PASSO 12 – Remova o pistão e a mola de retorno do cilin-dro interno.
Retentor de pó
Parafuso de Allen
PASSO 09 – Meça o comprimento livre da mola do amorte-cedor (limite de uso: 457,2 mm).
Mola do amortecedor
43
PASSO 13 – Remova o cilindro interno do cilindro externo, o anel limitador do retentor de óleo e o retentor de óleo (uti-lizando uma ferramenta especial).
PASSO 14 – Inspecione o cilindro interno. Para isso, posi-cione-o sobre blocos em V e meça seu empenamento com o relógio comparador (limite de uso: 0,2 mm). O empenamen-to real é a ½ da leitura total do relógio comparador. Procure por riscos, escoriações ou desgaste anormal.PASSO 15 – Inspecione o cilindro externo e o pistão do amor-tecedor quanto a riscos, escoriações ou desgaste anormal.
PASSO 16 – Verifique a mola de retorno quanto a danos.
Eixo
Anel limitador
Bloco em V para medição do empenamento
44
PASSO 22 – Instale o anel limitador do retentor de óleo na ranhura do cilindro externo.
PASSO 17 – Inspecione o anel do pistão quanto a desgaste ou danos e substitua qualquer componente que estiver des-gastado ou danificado.
Processo de montagemPASSO 18 – Instale a mola de retorno e o pistão do amorte-cedor no cilindro interno.PASSO 19 – Instale o vedador de óleo na extremidade do pistão.PASSO 20 – Instale o cilindro interno no cilindro externo. Em seguida, instale uma nova arruela de vedação e o parafuso Allen. Para realizar este passo, utilize um fixador de pistão.PASSO 21 – Aplique fluido para suspensão nos lábios do novo retentor de óleo. Em seguida, instale-o no cilindro ex-terno com sua marca virada para cima. Para realizar esse passo, utilize um instalador do retentor de óleo do garfo.
Antes da montagem, lave todas as peças com solvente não inflamável. Em seguida, seque-as.
Peças do amortecedor
Cilindro interno
Cilindro externo
Pistão
Cilindro
interno
45
PASSO 23 – Instale o retentor de pó.PASSO 24 – Aplique a quantidade especificada do fluido para suspensão recomendado no cilindro interno (tipo de fluido: o recomendado pelo fabricante / capacidade de fluido do garfo: 75,5 + ou – 2,5 cm3).PASSO 25 – Bombeie o cilindro interno várias vezes a fim de eliminar o ar preso na seção inferior do cilindro.
PASSO 26 – Comprima totalmente o garfo e meça o nível de fluido na parte superior do cilindro interno (nível de fluido: 166 mm).PASSO 27 – Puxe o cilindro interno para cima e instale a mola do amortecedor com sua extremidade cônica (espiras mais próximas) virada para baixo.PASSO 28 – Aplique fluido para suspensão no novo anel de vedação e instale-o no parafuso superior do garfo no cilin-dro, mas não realize o aperto definitivo.PASSO 29 – Instale o garfo através das mesas inferior e superior até que a superfície do parafuso superior do garfo fique nivelada com a mesa superior.PASSO 30 – Aperte os parafusos de fixação da mesa infe-rior no torque especificado (torque: 32 N.m ou 3,2 Kg.m).PASSO 31 – Aperte os parafusos superior do garfo no tor-que especificado (torque: 44 N.m ou 4,4 Kg.m).PASSO 32 – Aperte os parafusos de fixação da mesa su-
Ao instalar o parafuso Allen juntamente com a nova arruela de vedação no pistão do amortecedor, é necessário que aplique trava química na rosca do parafuso.
Como deve ser utilizado o cilindro
externo?
Retentor de pó
Utilize uma chave fixa ou um soquete de 24 mm para evitar que as bordas do bujão de tela fiquem arredondadas.
46
PASSO 36 – Instale a roda dianteira (operação 02).
perior no torque especificado (torque: 27 N.m ou 2,7 Kg.m).PASSO 33 – Instale o emblema dianteiro e aperte os para-fusos.PASSO 34 – Instale o pára-lama dianteiro e aperte os qua-tro parafusos.PASSO 35 – Instale o cáliper de freio apertando seus pa-rafusos com o torque especificado (torque: 26 N.m ou 2,6 Kg.m).
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
ITEM OPERAÇÕESPERÍODO
1.000 km 3.000 km 6.000 km A cada...km
Suspensão dianteira Verificar x 6.000 km
Fluido da suspensão dianteira Trocar 9.000 km
Qual a última etapa da montagem da suspensão dianteira?
Parafuso superior do garfo
Garfo
47
Diagnose de defeitos
Suspensão muito macianMola da suspensão fracanQuantidade insuficiente de fluido na suspensãonPressão do pneu muito baixa
Suspensão muito duranCilindros do garfo empenadosnPassagens de fluido nos garfos obstruídasnEixo dianteiro empenadonCilindros interno e/ou externo do garfo danificados
Ruídos na suspensão dianteiranQuantidade insuficiente de fluido na suspensãonFixadores dos garfos soltosnVazamento de graxa através da engrenagem do velocí-
metro
•Constituição e mecanismo de funcionamento da sus-pensão da roda dianteira.
•Desmontagem, inspeção e montagem da suspensão da roda dianteira.
•Manutenção preventiva, e principais defeitos que ocor-rem na suspensão da roda dianteira.
Resumo da lição
O que torna a suspensão dianteira
muito dura?
48
Coluna de direção é o tubo da parte de cima do chassi da motocicleta, onde se prende o conjunto do garfo dianteiro da suspensão. Sua principal função é permitir ao condutor da motocicleta, girar o guidão para a esquerda ou para a di-reita, permitindo o controle direcional e facilitando seu equi-líbrio quando a motocicleta estiver em movimento. A figura abaixo ilustra uma coluna de direção em corte, montada na motocicleta e respectivos componentes.
Lição 5Sistema de direção
ConstituiçãoA coluna de direção das motocicletas é constituída
pelos seguintes elementos.Suporte de Fixação do Guidão – São as braçadeiras
estriadas que prendem o guidão na mesa superior, per-
Coluna de direção
Guidão Suporte de fixação do guidão
Tubo da coluna
Mesa superior
Pista das esferas deslizantes(superior)
Esferas deslizantes
Eixo da coluna
Capa do garfo dianteiro
Pista das esferas deslizantes(inferior)
Esferas deslizantes
Mesa inferior
49
mitindo posicioná-lo de conformidade com as exigências do condutor.Guidão – É uma barra de ferro cromada de forma geomé-trica variada, que serve de apoio às mãos do condutor e direcionar a motocicleta. Em suas extremidades se encon-tram os punhos e comandos do freio dianteiro, acelerador, embreagem, sistema elétrico e espelhos retrovisores.Mesa Superior – Serve de apoio para o guidão e as colunas do garfo da suspensão dianteira. É fixada ao eixo da coluna, por uma porca situada em sua parte central.Suporte de Farol – É um tubo metálico que além de servir como suporte para o farol apóia, também, as sinaleiras e serve de capa protetora do garfo da suspensão dianteira.Mesa Inferior – Sua função é idêntica a da mesa superior, no entanto, é fundida junto com a árvore da coluna de direção.
Peças da coluna de direção
Arruela Porca da colunade direção
Mesa superior
Coluna de direção
Arruela
Retentor de pó
Pista cônica inferior
Esfera de aço (18)
Pista inferior
Porca de ajusteda coluna dedireção
Pista cônica superior
Esferas de aço (18)
Pista superior
50
Conjunto de Rolamentos – É do tipo “pista deslizante”, composto por esferas metálicas, pistas deslizantes e arrue-las de encosto. Sua função é facilitar o movimento da coluna quando direcionada pelo condutor.Porca Cilíndrica – Ajusta a pré-carga dos rolamentos de acordo com a recomendação de seus fabricantes.
Geometria de direçãoDenomina-se geometria de direção, a todos os ângulos
que formam o “Equilíbrio de Movimento” dos veículos. Como a maioria das motocicletas são biciclos, ou seja: são dotadas de apenas duas rodas, a geometria de direção não exerce tanta influência no equilíbrio do condutor quanto exerce na estabilidade direcional dos veículos de quatro rodas.
No entanto, destacamos o ângulo de “Caster” ou ângu-lo de inclinação existente na coluna de direção das motoci-cletas. O ângulo de inclinação (Caster) é descrito por uma linha imaginária, que passa pelo centro do ponto de contato do pneu com o solo, em relação a outra linha imaginária in-clinada, que passa pelo centro do ponto de fixação do chas-si na coluna de direção, conforme ilustra a figura abaixo.
Ângulo de inclinação
Ângulo de inclinação
R°
O que é geometria de direção?
Explique o ângulo de Caster.
51
Sua função é manter a roda dianteira da motocicleta sempre em linha reta para frente, contribuindo dessa forma, para o equilíbrio do condutor e facilitar a transposição de obstáculos.
Podemos comparar os efeitos desse ângulo, com o que acontece com o carrinho usado nos supermercados ou ou-tro móvel dotado de rodízios similares. Nota-se que: quan-do empurrados, os rodízios tendem sempre a se manterem em linha reta à direção do movimento, conforme mostra a figura abaixo.
Graças à existência desse ângulo, é que se possibilita a pilotagem da motocicleta com as mãos afastadas do gui-dão, embora isto não seja recomendável.
Deve-se salientar que não é apenas o ângulo de inclina-ção que contribui para o equilíbrio e estabilidade direcional das motocicletas. Existem outros fatores como giroscópio, instinto natural de equilíbrio do condutor, tamanho das ro-das, centro de gravidade, altura livre do solo, distância entre eixos, etc. Todos com importantes parcelas de contribuição para facilitar a pilotagem da motocicleta.
Giroscópio: instrumento constituído por um corpo simétrico capaz de girar com alta velocidade em torno do eixo de simetria.
Carrinho dotado de rodízio
52
Operação 06: Desmontagem / inspeção / montagem da coluna de direção
É uma operação executada pelo mecânico, sempre que se fizer necessário, efetuar reparos e/ou manutenção no mecanismo de direção das motocicletas.PASSO 01 – Remova a tampa lateral direita. Retire o pa-rafuso de fixação – solte as guias da tampa do chassi e do tanque de combustível.PASSO 02 – Remova a tampa lateral direita inferior (insira a chave de ignição na trava, gire-a e retire a tampa).PASSO 03 – Remova a tampa lateral esquerda (destrave-a com a chave de ignição) e solte as guias da tampa do chassi e do tanque de combustível.PASSO 04 – Remova os parafusos de fixação do assento e deslize para trás e remova-o.PASSO 05 – Desacople o conector 2P da unidade de com-bustível.
Cuidado para não danificar as guias da tampa lateral.
Trabalhe numa área bem ventilada e mantenha o motor desligado.
Não fume e mantenha chamas ou faíscas afastadas da área de trabalho ou de onde a gasolina está armazenada.
Conector 2P da unidade de combustível
Quantos passos são necessários para desmontagem, inspeção e montagem da coluna de direção?
53
PASSO 06 – Gire o registro de combustível para posição “OFF” e desconecte o tubo de combustível do registro.PASSO 07 – Remova o parafuso de fixação do tanque de combustível e o espaçador.
Limpe imediatamente a gasolina em caso de derramamento.
PASSO 08 – Puxe o tanque para trás e remova-oPASSO 09 – Remova a roda dianteira (operação 01).PASSO 10 – Remova o cabo do velocímetro da guia.PASSO 11 – Remova o emblema e o pára-lama dianteiro.PASSO 12 – Remova o cáliper de freio (CG 125 ES).PASSO 13 – Afrouxe os parafusos de fixação da mesa su-perior e da mesa inferior e retire os garfos com cuidado.PASSO 14 – Remova a porca da coluna de direção e arruela.PASSO 15 – Remova a mesa superior, com seus compo-nentes, de maneira cuidadosa, e deixe-os em lugar adequa-do no chassi da moto.
Registro de combustível Tanque de combustível
Porca da coluna de direção/arruela
Por que é proibido fumar onde a gasolina está armazenada?
54
PASSO 20 – Caso seja necessário instalar novas pistas (SUP-INF), utilize uma ferramenta especial.
PASSO 16 – Remova a porca do ajuste da coluna de dire-ção utilizando ferramenta especial (chave-soquete da colu-na de direção).PASSO 17 – Remova a pista cônica superior, as esferas de aço superiores, coluna de direção e as esferas de aço inferiores.PASSO 18 – Inspecione todos os componentes da coluna de direção em busca de anormalidades. Caso haja, substi-tua-os.PASSO 19 – Caso seja necessário extrair as pistas (SUP-INF) utilize uma ferramenta especial.
O que deve ser feito caso ocorram anormalidades nos componentes da coluna de direção?
Retentor de Pista
Pista de rolamento
Coluna de direção
55
PASSO 21 – Remover pista cônica inferior danificada: ins-tale provisoriamente a porca da coluna de direção. Evite da-nificar a rosca da coluna de direção – remova a pista cônica inferior, retentor de pó e a arruela de vedação – instale uma nova arruela de vedação e o retentor de pó – instale nova pista cônica inferior na coluna de direção utilizando a ferra-menta especial.
Processo de montagemPASSO 22 – Aplique graxa na área de todos os rolamentos e instale as esferas de aço na pista cônica inferior e na pista superior.PASSO 23 – Instale a coluna de direção e a pista cônica superior.PASSO 24 – Instale a porca de ajuste da coluna de direção e aperte-a com “chave-soquete da coluna de direção” no tanque especificado (1 N.m ou 0,1 Kg.m).PASSO 25 – Gire a coluna de direção várias vezes para a esquerda e direita. PASSO 26 – Solte provisoriamente a porca de ajuste da co-luna de direção e, em seguida, reaperte-a no torque especi-ficado (1N.m ou 0,1 Kg.m).
Qual a finalidade de aplicar graxa em
todos os rolamentos?
Retentor de Pó/Arruela
Pista Cônica
56
PASSO 27 – Verifique se não há folga vertical e se a coluna de direção gira suavemente.PASSO 28 – Instale a mesa superior juntamente com a arruela e a porca da coluna de direção e os garfos e aperte tempora-riamente os parafusos de fixação da mesa superior.PASSO 29 – Aperte a porca da coluna de direção no torque especificado (74 N.m ou 7,4 Kg.m).
Coluna de direção
Porca da colução de direção
PASSO 30 – Aperte os parafusos de fixação dos garfos com os torques especificados (INF – 32 N.m/SUP – 27N.m).
57
PASSO 33 – Instale o assento alinhado a lingüeta com o suporte do chassi.PASSO 34 – Instale e aperte firmemente os parafusos de fixação do assento juntamente com o espaçador.
PASSO 31 – Instale a roda dianteira (operação 02).PASSO 32 – Instale o tanque na motocicleta e aperte o pa-rafuso de fixação. Conecte a tubulação no carburador.
Parafuso de fixação do tanque
Porca da coluna de direção
Explique a operação 02.
O que provoca a direção dura?
Suporte
Assento Lingüeta Parafusos
58
Resumo da lição
•A função da coluna de direção é permitir o controle di-recional e facilitar o equilíbrio quando a motocicleta es-tiver em movimento.
•Sãocomponentes da coluna de direção: suporte de fixa-ção do guidão, guidão, mesa superior, suporte de farol, mesa inferior, conjunto de rolamento e porca cilíndrica.
•Vários procedimentos são usados para desmontagem, inspeção e montagem da coluna de direção.
Diagnose de defeitosDireção duranPorca de ajuste da coluna de direção muito apertadanRolamentos/pistas da coluna de direção danificadosnPressão do pneu insuficiente
A motocicleta puxa para um lado ou não se desloca em linha reta
nGarfo empenadonEixo dianteiro empenadonRoda instalada incorretamentenRolamentos da coluna de direção defeituososnChassi empenadonRolamentos da roda desgastadosnComponentes da articulação do braço oscilante desgas-
tados
59
Tanque de combustívelÉ o responsável pelo armazenamento do combustível
necessário para manter a motocicleta em funcionamento, por um período determinado. Geralmente os tanques de combustíveis são fabricados com aço de baixo teor de car-bono, acrescidos de tratamentos especiais, para evitar fer-rugem ou sulfatização. No entanto, existem tanques fabri-cados em alumínio ou fiberglass usados em alguns tipos de motocicletas.
O tanque de combustível (foto ao lado) é fundamental no sistema de alimentação e para o perfeito funcionamento do motor, é necessário que esteja com o seu interior limpo e sua tubulação em boas condições de uso.
No orifício de saída, existe na torneira de controle de fluxo de combustível para o carburador; esta torneira tem três posições de funcio-namento: a primeira é o OFF ou fechada que não permite a passagem de combustível para o carburador e deve ser usada quando a motocicleta estiver com o motor desli-gado. Esse procedimento evitará o afogamento, e pro-longará a vida útil da bóia do carburador.
A segunda posição é de marcha (ON) da motocicleta. Nesta posição, o combustí-vel desce, naturalmente, e alimenta o carburador na quanti-dade necessária para o funcionamento do motor até atingir o consumo total do tanque.
Lição 6Sistema de alimentação de combustível
Tanque de combustível
Sulfatização: é o acumulo de sulfato no tanque de combustível.
Fiberglass: é um plástico reforçado com fibras de vidro.
60
A terceira é a reserva (RES), que permite ao mo-tociclista trafegar com o combustível que resta no fundo do tanque, proporcionando uma margem de segurança de alguns quilômetros até um novo abastecimento.
A figura ao lado ilustra uma torneira de tanque, e respecti-vas posições de montagem.
O tanque fornece gasolina para o funcionamento do motor através da força de gravidade, isto é, o tanque fica num pla-no superior ao carburador e o combustível desce naturalmen-te sem a necessidade de uma bomba de sucção, como no mo-tor de automóveis.
Tubulação do tanque para o carburadorA tubulação é feita, geralmente, de plástico ou borracha,
pois estes possuem características de maleabilidade, ajus-tando-se perfeitamente às curvas; além de não enferrujarem.
As tubulações plásticas, com o tempo de uso, devem ser substituídas, pois se enrijecem tornado-se quebradiças, dificul-tando o trabalho do mecânico e causando vazamentos.
Tampa do tanqueA tampa do tanque é o elemento importante no funcio-
namento do fluxo de combustível para o carburador e, ao mesmo tempo, deverá vedar com perfeição quando estiver em seu lugar, para evitar a pressão do combustível no in-terior do tanque; ela deve ser ventilada através de alguns furos que não possibilitem a saída de líquido, mas, sim a do gás produzido pelo combustível para evitar vazamentos, ela deverá ter junta de borracha.
Combustíveis líquidosSão elementos químicos formados pela combinação
de hidrocarbonetos e que lhes conferem uma alta inflamabi-
Torneira do tanque
Por que a torneira de controle de fluxo de combustível deve ficar fechada quando a motocicleta estiver com o motor desligado?
Reserva
DiretaFechada
ON
RES
OFF
Off: desligadoOn: ligado
Descreva a constituição do tanque de combustível.
61
Destilação fracionada
lidade, e são utilizados, normalmente, em motores à explo-são. Os combustíveis líquidos podem ser de origem mineral ou vegetal.
Os combustíveis, derivados do petróleo cru são obtidos, normalmente, através do processo de destilação fracionado.
Combustíveis vegetaisSão obtidos a partir vegetais como a cana-de-açúcar,
mamona e outros. Entre os produtos resultantes, destaca-mos o álcool hidratado e o biodiesel.
Justifica-se a preferência pelo álcool hidratado, face ao alto custo do petróleo e à perspectiva de escassez des-sa fonte de energia para um futuro próximo. O álcool hi-dratado, derivado da cana-de-açúcar, apresenta melhores condições alternativas de substituição do petróleo no terri-tório brasileiro.
O álcool difere da gasolina em características físico-quí-micas. Entretanto, com a adequação dos atuais motores gaso-lina, obtém-se um excelente resultado para uso do mesmo.
°C °C0
50
100
150
200
250
300
350
400 700
650
600
550
500
450
400
350
300
Óleo Fino
Óleo para mancais
Óleo para motores
Óleo para engrenagens
Óleo combustível
Betuminosos
Torre deDestilação(Depressão)
FornoTubular
ÓleoTorre deDestilação(Pressão Normal)
FornoTubular
Depósito
Óleo Diesel
Querosene
Gasolina
Gásde Combustão
62
O álcool como combustível nos motoresA aplicação do álcool nos motores tem três aspectos
distintos: em mistura com a gasolina, em uso paralelo com a gasolina ou óleo diesel, e em uso exclusivo nos motores a gasolina convertidos para o uso do álcool.
Em mistura com a gasolinaO álcool etílico é miscível com qualquer tipo de gaso-
lina e em qualquer proporção, resultando sempre em um combustível de boas características. Entretanto, é preciso que o álcool seja anidro, isto é, não contenha água.
Uso paralelo com gasolina e óleo dieselÉ denominado uso paralelo, a introdução do motor, de
etanol e de um outro combustível, separadamente.O uso paralelo gasolina – etanol requer dois sistemas
de alimentação (dois tanques, dois carburadores, duas bombas, etc). Nesses sistemas o rendimento do motor é baixo para etanol porque não existe a conveniente adapta-ção do motor.
O uso paralelo de diesel – etanol tornou-se convenien-te por não exigir grandes modificações do motor. Para o funcionamento do motor, faz-se a injeção normal de certa quantidade de óleo diesel que funciona como chama-piloto sendo o etanol introduzido via carburação. Em alguns moto-res pode-se chegar a 80% de etanol e 20% de óleo diesel.
Uso exclusivo em motores convertidosOs motores de gasolina podem ser adaptados para o
uso do álcool desde que sejam modificados alguns de seus fatores técnicos tais como: taxa de compressão, aqueci-mento prévio do coletor de admissão, redimensionamento de carburação, curvas de avanço de ignição e mudanças no sistema de partida a frio. Entretanto, para uma conversão satisfatória, são necessários conhecimentos específicos dos valores técnicos dos sistemas modificados.
No Brasil, o álcool é produzido a partir de qual matéria-prima?
Os fabricantes de motos estão desenvolvendo motores biocombustíveis.
63
Características dos combustíveisAs características mais importantes dos combustíveis
são: sua volatibilidade, sua velocidade de inflamação e sua resistência à detonação.Volatilidade – é a tendência que possui um líquido de passar deste estado ao gasoso, em qualquer temperatu-ra. Esta característica é que permite dar partida no motor em tempo frio.Velocidade de infl amação– é o tempo em que o combustível leva para se inflamar completamente. Esse fenômeno incide diretamente nas curvas de avanço de ignição dos motores.Resistência à detonação – é a capacidade do combustível em resistir à auto-inflamação. Essa propriedade, nos com-bustíveis, é caracterizada pelo grau de octanas, ou seja, a quantidade de elementos antidetonantes (isoctano) em rela-ção ao heptano normal, considerado altamente detonante.
Fenômenos de detonaçãoQuando o motor é submetido a cargas superiores à sua
capacidade real, ocorre um fenômeno em seu interior que se manifesta através de um ruído semelhante a uma batida metálica, comumente conhecido como “batida de pino”.
Isto ocorre devido ao aumento brusco de temperatura do motor, formando pontos quentes no interior da câmara de explosão que provocam a queima de gases em sentido con-trário ao da chama criada pela centelha da vela de ignição em seu funcionamento normal. Esse fenômeno é também chamado de detonação e traz como conseqüência: perda de potência, aquecimento do motor, danos interiores.
A seqüência do fenômeno da detonação no interior do cilindro é a seguinte:
1. Propagação normal das ondas de calor2. Propagação das ondas de calor em detonação3. Choque térmico entre as ondas de calor
Para evitar que se produza o fenômeno da detonação nos motores, os fabricantes de combustíveis, principalmen-
Descreva as características dos
combustíveis.
Como é determinado o grau
de octanagem de um combustível?
64
te a gasolina, por ter um baixo índice de octanas, colocam nesses combustíveis, elementos antidetonantes, sendo o mais comum o tetraetileno de chumbo.
O grau de octanagem de um combustível é determina-do por ensaios em laboratório, através de um motor de pro-va. Por ser combustível um elemento altamente inflamável recomenda alguns cuidados para sua utilização, tais como:• Deve ser mantida em depósitos fechados, em lugares
bem ventilados e longe de elementos que possam produ-zir calor, chamas ou centelhas
• Emcasodesuainflamação,devemserusadosextintoresà base de espuma, pó químico ou anidrido carbônico. Em nenhum caso se deve empregar a água, já que isto ajuda a estender o fogo
• Ocontatodagasolinacomapeleproduzressecamentoedermatite (inflamação da pele)
• Aingestãodagasolinaproduzenvenenamentopelapre-sença do tetraetileno de chumbo, que é altamente tóxico.
Operação 07: Desmontagem / inspeção / montagem do tanque de combustível
É uma operação rotineira que o mecânico executa sempre que se fizer necessária uma revisão no tanque de combustível. Isto porque, o combustível colocado freqüen-temente no tanque não é totalmente isento de impurezas.PASSO 01 – Gire o registro de combustível para posição “OFF” e desconecte o tubo de combustível do carburador.PASSO 02 – Drene o combustível para um recipiente ade-quado. Para isso, gire o registro para posição “ON”.PASSO 03 – Remova a tampa lateral direita e retire o pa-rafuso de fixação – solte as guias da tampa do chassi e do tanque de combustível.PASSO 04 – Remova a tampa lateral direita inferior (insira a chave de ignição na trava, gire-a e retire a tampa).PASSO 05 – Remova a tampa lateral esquerda e solte as guias da tampa do chassi e do tanque de combustível.
Qual o objetivo da desmontagem e inspeção do tanque de gasolina?
65
PASSO 06 – Remova os parafusos de fixação do assento e deslize-o para trás e remova-o.PASSO 07 – Desacople o conector 2P da unidade de com-bustível.
Mantenha o combustível afastado do fogo ou fagulhas que possam provocar incêndio.
Cuidado para não danificar as guias da tampa lateral.
A gasolina é extremamente inflamável e explosiva sob certas condições.
PASSO 08 – Gire o registro de combustível para posição “OFF” e desconecte o tubo de combustível do registro.PASSO 09 – Remova o parafuso de fixação do tanque de combustível e o espaçador e retire o tanque.
Tampa lateral esquerda
Conector 2P da unidade de combustível
66
PASSO 10 – Solte a contraporca do registro de combustível. PASSO 11 – Remova o filtro de tela e o conjunto de registro de combustível do tanque de combustível.PASSO 12 – Limpe o filtro de tela com ar comprimido.PASSO 13 – Vede o orifício de saída do combustível com borracha ou outro material vedante.PASSO 14 – Despeje um pouco de solvente antioxidante dentro do tanque e o agite em várias posições.PASSO 15 – Retire o líquido antioxidante do tanque.PASSO 16 – Lave o tanque com água.PASSO 17 – Seque o tanque com ar comprimido.PASSO 18 – Sopre o registro com ar comprimido.
Não fume e mantenha chamas ou faíscas afastadas da área de trabalho ou de onde a gasolina está armazenada.
Registro de combustível com a contra-porca
Tanque de combustível
67
Processo de montagemPASSO 19 – Instale um novo anel de vedação no filtro de tela e, em seguida, instale o filtro no tanque de combustível.PASSO 20 – Aperte a contraporca do registro no tanque de combustível.PASSO 21 – Instale o tanque na motocicleta e aperte o pa-rafuso de fixação. Conecte a tubulação no carburador. Colo-que o registro na posição “ON”.
PASSO 22 – Instale o assento alinhado a lingüeta com o su-porte do chassi e aperte firmemente os parafusos de fixação do assento juntamente com o espaçador.PASSO 23 – Instale as tampas laterais.
Contraporca do registro de combustível
Qual o passo que o tanque é lavado com
água? E qual o objetivo?
Tampas laterais
68
Diagnose de defeitos
Motor não dá partida•Excessodecombustívelfluindoparaomotor(filtrodear
obstruído – carburador afogado)•Entradafalsadearnocoletordeadmissão•Combustívelcontaminado/deteriorado•Nãoháfluxodecombustívelparaocarburador(filtrodetela
de combustível obstruído – tubo de combustível obstruído – registro de combustível engripado – nível de bóia incorreto)
Mistura pobre•Giclêsdecombustívelobstruídos•Válvuladabóiadefeituosa•Níveldabóiamuitobaixo• Linhadecombustívelobstruída•Entradafalsadearnocoletordeadmissão• Pistãodeaceleraçãodefeituoso
Mistura rica•VálvuladoafogadornaposiçãoON•Válvuladabóiadefeituosa•Níveldabóiamuitoalto•Giclêsdearobstruídos•Carburadorafogado
O motor morre, dificuldade na partida, marcha lenta irregular
• Linhadecombustívelobstruída•Maufuncionamentodaignição
PERÍODO
ITEM OPERAÇÕES 1.000 km 3.000 km 6.000 km A cada...km
TanqueVerificar x x 6.000 km
Tubulações
RegistroLimpar x x x 6.000 km
Filtro de Combustível
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Quais os motivos que levam o motor a não dá partida?
69
•Misturadecombustívelmuitorica/pobre(ajustedoparafu-so de mistura)
•Combustívelcontaminado/deteriorado•Entradafalsadearnocoletordeadmissão•Marchalentaincorreta•Nívelincorretodabóia
Combustão retardada quando o freio-motor é utilizado•Misturamuitopobrenocircuitodemarchalenta
Falha da ignição durante a aceleração•Maufuncionamentodosistemadeignição•Misturadecombustívelmuitopobre
Baixo desempenho e consumo excessivo de combustível•Sistemadecombustívelobstruído•Maufuncionamentodosistemadeignição
Resumo da lição
•Os tanques de combustível são fabricados com aço de baixo teor de carbono para evitar a ferrugem.
•A tubulação do tanque até o carburador é feita com mate-rial de plástico ou borracha devido a sua maleabilidade.
•Processo de detonação dos combustíveis e suas carac-terísticas.
•Desmontagem, inspeção e montagem do tanque de combustível e suas tubulações.
O que leva à combustão
retardada, quando o freio-motor é
utilizado?
70
Referências
Manual de Serviços HONDA, CG 125 TITAN KS. ES. KSE. CG 125 CARGO, produção 2002.Apostila Mecânico de Manutenção de Motocicletas, 2005, SENAI CFP WDS.SENAI, SMO Mecânico de motocicletas, Rio de Janeiro, Departamen-to Nacional, 1984.http://www.moto.com.br/acontece/conteudo/5905.htmlAcesso 01/06/2008 http://www2.uol.com.br/interpressmotor/noticias/item16907.shlAcesso 30/06/2008 http://www.webmotors.com.br/wmpublicador/Reportagens_Conteudo.vxlpub?hnid=37533Acesso 18/07/2008 http://www.seuauto.com/?tag=moto-flexAcesso 30/06/2008 Wilson; Hugo. O Grande Livro das Motos, Editora, Livros e Livros 1997. Bambirra, Paulo; Livro - Manual Completo Da Moto, editora: Fittipaldi, 1987 São Paulo, SPMosher, S. Lynn e George Lear; Manual completo da moto: mecânica e manutenção, editora: Hemus, 2004
Agradecimentos
•PaulistadasMotos•AvilaMotosServiços•ClínicadasMotos•MultiMotopeçasLtda•CearáMotos
Este livro foi composto na fonte Switzerland, corpo 11/13O miolo foi impresso em papel pólen soft 80g/m2,
e a capa em cartão supremo 250g/m2.Impresso pela gráfica Marcograf e editado pelasEdições Demócrito Rocha em Outubro de 2008.