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ORGANIZADOR 1 RESIDÊNCIA EM PSICOLOGIA – 2015 PSICOLOGIA CLÍNICO INSTITUCIONAL – PROVA OBJETIVA

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

1) Em “Memórias do nascimento, trauma do nascimento e ansiedade” Winnicott (1949), afirma que a relação entre a ansiedade e o trauma do nascimento deve ser:

a) negada b) afirmada c) estudada d) reprimida

2) Dolto (2002) constata que o sofrimento precisa ser falado para que a criança possa:

a) esquecê-lo b) superá-lo c) recusá-lo d) senti-lo

3) Winnicott (2000) afirma que os objetos e fenômenos transicionais pertencem ao campo da:

a) Ilusão b) adição c) defesa d) necessidade

De acordo com o artigo de Sá Leitão (2010), “Bion: considerações a respeito dos grupos”, responda às questões de números 4 e 5.

4) A autora se refere a três emoções intrínsecas ao vínculo entre dois objetos. Que são:

a) ódio, reparação e luto b) amor, ternura e frustração c) amor, ódio e conhecimento d) conhecimento, depressão e fuga

5) Em seu estudo, a autora identifica os pressupostos básicos de um grupo, a saber:

a) conjugação, luta/fuga e dependência

b) luta/fuga, elaboração e ansiedade

c) dependência, culpa e depressão

d) conjugação, ódio e ataque/fuga

De acordo com o trabalho de Carvalho (2010) “Grupos: o que se passa neles? O que são?” – responda às questões de números 6 e 7.

6) Tomando Pontalis como referência, o autor considera a ideologia como um componente presente na investigação, como condição:

a) final

b) única

c) suficiente

d) necessária

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7) Uma das críticas do autor voltadas ao método e/ou à técnica é a que se refere à metáfora da técnica que consiste em: a) deslizamento de questões individuais para grupais b) estabelecimento de um estado de necessidade c) articulação de uma estratégia adaptativa d) generalização de dados experimentais 8) Sergio Almeida de Oliveira e Maria de Fátima Praça de Oliveira (2010), no primeiro capítulo do livro “Psicologia e cardiologia: um desafio que deu certo”, apontam algumas fantasias e medos que aparecem com maior frequência por ocasião da cirurgia cardíaca. Aquele que NÃO se encontra descrito pelos autores é: a) medo da morte b) medo da invalidez c) temor da anestesia d) passagem pela UTI 9) O delirium foi definido (CID-10) como síndrome de início abrupto, com perturbações da consciência, da atenção, da percepção, do pensamento, da memória, do comportamento psicomotor, das emoções e do ritmo vigília-sono. O delirium pode manifestar-se no pós-operatório de cirurgia cardíaca e possui diversos fatores de risco que podem ser divididos em pré, intra e pós-operatórios. Dos fatores de risco abaixo, aquele que NÃO concorre para o aparecimento desse quadro clínico é: a) delírio b) anestesia c) depressão d) baixo nível educacional 10) O sistema familiar se comporta de forma a evoluir e sofrer mudanças de acordo com os eventos que o atingem, sejam estes advindos do próprio processo de desenvolvimento da família ou ambientais. Eventos ambientais são os acontecimentos não esperados pela família, como por exemplo, uma doença. Mazutti e Garcia (2010), no texto “Família do paciente cardiopata”, apontam que a família vive uma quebra em seu cotidiano, quando um dos seus membros adoece. De acordo com Browm (2010), o evento da doença traz consigo a experiência de: a) crise b) perda c) ruptura d) trauma 11) No capítulo que trata das questões éticas dentro de uma unidade de terapia intensiva (UTI) cardiológica, ao se considerar o paciente internado, são feitas diversas perguntas, a saber: “O paciente está sendo consultado e informado sobre todos os procedimentos? Ele pode opinar de maneira contrária ao que está sendo preconizado? O paciente tem condições psicológicas de opinar adequadamente? Teve tempo de elaboração dos informes recebidos?” (ZAHER, 2010, p. 179-180). Essas perguntas apontam para o seguinte preceito da bioética: a) tomada de decisão b) beneficência c) autonomia d) dignidade

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Com base na obra “A psicoterapia da história” de Freud (1895), responda às questões de números 12 a 14.

12) “Quando tentei aplicar a um número relativamente grande de pacientes o método de Breuer, de tratamento de sintomas histéricos pela investigação e ab-reação destes sob hipnose, defrontei-me com duas dificuldades e, ao lidar com elas, fui levado a fazer uma alteração tanto na minha técnica quanto na minha visão dos fatos.” (FREUD.1895, p. 254). Nesse trecho, o autor se refere às seguintes dificuldades: a) o repúdio à feminilidade apresentado pelas pacientes histéricas através da inveja do pênis; o recalque

pelos pacientes das representações correlatas à experiência traumática b) o repúdio à feminilidade apresentado pelas pacientes histéricas através da inveja do pênis; o fato de que

nem todas as pessoas que exibiam sintomas histéricos eram hipnotizáveis c) o recalque pelos pacientes das representações correlatas à experiência traumática; a questão do que

caracteriza essencialmente a histeria e do que a distingue de outras neuroses d) o fato de que nem todas as pessoas que exibiam sintomas histéricos eram hipnotizáveis; a questão do

que caracteriza essencialmente a histeria e do que a distingue de outras neuroses 13) Quanto aos obstáculos encontrados no processo terapêutico, o autor afirma que: a) são devidos à falta de confiança do paciente, não tendo relação com o método empregado b) estão ligados às condições predeterminantes das neuroses a serem curadas, não sendo separáveis do

método c) implicam o aprimoramento do método, não estando ligados às condições predeterminantes das neuroses

a serem curadas d) estão associados à profundidade em que os eventos psíquicos se encontram no inconsciente, não

dependendo da confiança do paciente 14) A partir da distinção feita entre as pessoas que não conseguiam ser hipnotizadas e as que recusavam qualquer tentativa de hipnose, ocorreu ao autor que o(s): a) dois casos indicariam a presença de lembranças patogênicas, ausentes entre as pessoas que

conseguiam ser hipnotizadas b) dois casos poderiam ser explicados por uma objeção psíquica, quer essa se expressasse como má

vontade ou não c) primeiro caso delimitaria, em contraste com o segundo, um diagnóstico diferencial de histeria d) primeiro caso se basearia em fatores fisiológicos e o segundo em uma resistência psíquica

Com base nas “Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise”, de Freud (1912), responda às questões de números 15 a 17.

15) As recomendações feitas por Freud podem ser resumidas em um preceito único, definido com o objetivo de: a) resguardar os médicos da inadvertência quanto às regras estritas da técnica psicanalítica e da influência

de suas próprias individualidades sobre os pacientes b) habilitar os médicos a lembrar, na maior medida possível, de todos os inumeráveis nomes, datas e

produtos patológicos de cada paciente c) criar para eles uma contrapartida à regra fundamental da psicanálise estabelecida para o paciente, a livre

associação d) desenvolver a habilidade de, em cada caso, estabelecer o diagnóstico diferencial e o prognóstico

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16) Na obra citada, quanto ao trabalho do médico, Freud afirma que:

a) relatórios exatos de histórias clínicas analíticas substituem a presença concreta em uma análise b) cabe ao médico efetuar a seleção do material que lhe é apresentado com base em seu saber adquirido c) não há qualquer problema em trabalhar cientificamente em um caso, enquanto o tratamento ainda

continua d) o que se escuta do paciente, na maioria das vezes, são coisas cujo significado só é identificado

posteriormente

17) Freud, em dado momento, recomenda seus colegas a tomarem como modelo o(a):

a) pessoa de espírito evoluído que oferece ao paciente a possibilidade de desenvolvimento através da identificação com sua personalidade

b) cirurgião que concentra suas forças no objetivo único de realizar a operação da forma mais competente possível

c) telefonista que transmite ondas sonoras como orientações que chegam ao órgão receptor do paciente d) educador que capacita a sublimação em um grau superior ao que até então fora possível

18) De acordo com Buck (2003), por revelar sentimentos intrapsíquicos básicos, em retestes, o desenho considerado menos suscetível a mudanças diz respeito a:

a) pessoa b) família c) árvore d) casa

19) O psicodiagnóstico interativo é definido como um meio de avaliação psicológica, visando a apreensão da dinâmica intrapsíquica, a compreensão da problemática do indivíduo e a intervenção dos aspectos emergentes, relevantes e/ou promotores dos desajustamentos responsáveis por seu sofrimento psíquico. Ela vê-se subordinada ao pensamento:

a) clínico b) dedutivo c) determinista d) fenomenológico

20) A inversão figura-fundo constitui uma reação estênica a uma situação traumatizante, uma tomada de posição afirmada, um esforço para controlar a situação e mostrar, por aí, a necessidade de autonomia e independência do sujeito, através do aparecimento brusco do seguinte modo de apreensão:

a) Do b) Dbl c) DdD d) GDbl

21) O choque cinestésico se deve essencialmente ao caráter incompleto ou fictício do desenho, provocando a depreciação do modelo humano, depreciação que o sujeito não pode suportar e da qual ele se defende, através do seguinte mecanismo de defesa:

a) cisão ou negação b) recusa ou rejeição c) anulação ou controle onipotente d) deslocamento ou formação reativa

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22) Quando o eu se vê compelido a suprir a falta no outro de forma total, absoluta e concebida a partir de um saber não sujeito à dúvida, apoiado em ideais preestabelecidos e supostamente compartilhados, estabelece-se a forma de relação referida como: a) fantasmática b) imaginária c) dual d) real 23) Em sujeitos em que a instância ideal já se constitui como estrutura intrapsíquica, o superego pode ser projetado no outro ou colocado em uma figura externa à qual são delegadas funções, o que permite a eles lidar mais facilmente com o sentimento de: a) culpa b) menos valia c) perseguição d) inadequação 24) O abuso sexual é um traumatismo que altera a história do sujeito, tendo efeitos variáveis, mas sempre presentes no devir de sua existência. Dependendo do processamento da situação traumática, gerações futuras podem vir a ser atingidas, isto porque a transmissão intergeracional se vê afetada por: a) dominações b) subversões c) coerções d) fraturas 25) No caso de abuso sexual, a situação é das mais complexas, porque não somente a vítima recorre à recusa, mas também os que participam indiretamente e os que escutam e não acreditam em quem denuncia. Assim, algo que existe é tratado como inexistente, no entanto, são requeridas operações de elaboração e reelaboração, equivalentes a traduções, como parte do processo de inscrição psíquica quanto ao acontecimento, considerado como: a) real b) repetitivo c) fantasioso d) imaginário 26) O tempo familiar tem sentido e significação e sua representação ou, ainda, ritualização cotidiana, permite melhor precisar o funcionamento familiar. Espaços semióticos condicionam uma temporalização particular, marcada por regressões estruturais da família com suas analogias repetitivas, e que é referida como: a) anacrônica b) suspensa c) acrônica d) clivada

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27) São inúmeros os pais que temem a partida do filho e que vivem cada originalidade sua como um sinal de dispersão e mesmo de desagregação familiar. No caso de adolescentes, fugas e associações com pares são, às vezes, o efeito de um desses temores da parte dos pais. O desejo parental ilusório de uma história familiar sem descontinuidade, sem separações, pode encontrar sua contrapartida na busca – pelo filho – de um grupo iludido por aspectos caracterizados por: a) rebeldia e marginalidade b) confronto e circunstância c) ruptura e momentaneidade d) autoengendramento e eternidade 28) Para certos pais, seus filhos não podem existir fora de seu próprio desejo nem de sua própria ambição, vindo a se acentuar a importância do mecanismo de exteriorização, de forma que cada membro da família pareça investir, de maneira significativa, em apenas um aspecto de seu meio, aquele que corresponde às expectativas familiares. Quanto à realidade, tal mecanismo implica em uma utilização com a seguinte característica: a) especularidade b) entranhamento c) seletividade d) passividade 29) Em terapia familiar, o denominador comum das fantasias e dos afetos ligados a um objeto do passado familiar, referidos por deslocamento e projeção ao terapeuta, diz respeito a: a) contratransferência b) geracionalidade c) transferência d) regressão

Com base em “O sujeito não envelhece” de Mucida (2004), responda às questões de números 30 a 36. 30) A autora e psicanalista propõe que a velhice, como momento de afrouxamento de laços, impõe novas formas de:

a) atualização do passado, enlaçando-o ao futuro b) abordagens psicoterápicas breves c) reabilitação cognitiva d) terapias alternativas

31) A autora avalia que “a velhice só pode ser analisada a partir da cadeia construída por cada sujeito”, sempre de forma singular. Por essa via, é correto considerar a velhice como: a) senilidade b) significado c) significante d) enescência

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32) Entre os conceitos fundamentais da psicanálise, encontra-se o de pulsão (Trieb) que Freud (apud MUCIDA, 2004) supõe ter quatro vicissitudes, quatro destinos distintos, a saber:

a) idealização, recalque, retorno em direção ao próprio eu e a reversão ao seu oposto b) sublimação, recalque, retorno em direção ao próprio eu e a reversão ao seu oposto c) sublimação, idealização, recalque e o retorno em direção ao próprio eu d) sublimação, idealização, recalque e a reversão ao seu oposto

33) Em “La personne âgée n'existe pas”, Jack Messy (apud MUCIDA, 2004) propõe a incidência na velhice da vivência:

a) da melhor idade b) do espelho quebrado c) de uma diminuição libidinal d) de um incremento da sublimação

34) Mucida (2004) avalia que em uma psicanálise na velhice, a associação da fragilidade corporal com o gozo implicado no sofrimento coloca dificuldades com relação ao(à):

a) desempenho cognitivo b) tempo de tratamento c) tempo da sessão d) transferência

35) Alguns autores acreditam que entre as possibilidades abertas pelo dispositivo analítico, a via transferencial permite um tratamento do sofrimento, a instauração de novas formas de laço social, auxiliando o idoso no(a):

a) quebra do isolamento b) realização dos sonhos antigos c) recuperação da jovialidade perdida d) acesso a recursos oferecidos pelo avanço científico

36) Em “As neuropsicoses de defesa”, Freud (apud MUCIDA, 2004) avalia que "na histeria, a representação incompatível é tornada inócua pela transformação de sua soma de excitação em alguma coisa somática." Ele segue esclarecendo que esse processo ocorre de forma parcial ou total e "opera ao longo da linha de inervação motora ou sensorial relacionada – intimamente ou mais frouxamente – com a experiência traumática." Para nomear esse mecanismo, Freud propõe o termo:

a) sobredeterminação b) psicossomática c) hipocondria d) conversão

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Com base nos sintomas descritos abaixo, responda às questões de números 37 a 39.

Durante algum tempo, o quadro foi produtivo, muitos sintomas psicóticos. Atualmente permanece alheado, repete palavras, não responde, não demonstra atenção nem reações afetivas a nada que possa afetá-lo ou as coisas em torno de si. Na avaliação e nas propostas de atividades diárias, nada parece despertar interesse ou vontade.

37) Esses sintomas são denominados:

a) negativos b) demenciais c) deteriorados d) confusionais 38) As descrições apontam para as seguintes alterações: a) autismo e estereotipia b) aprosexia e obnubilação c) ambivalência e isolamento d) indiferença afetiva e hipobulia 39) As principais alterações da afetividade ou do humor são as seguintes: a) hipotimia, irritação, hipobulia e euforia b) apatia, hipoprosexia, paratimia e inibição c) alentecimento, tristeza, anedonia e ansiedade d) hipertimia, labilidade, ambiguidade e indiferença

Com base no caso descrito abaixo, responda às questões de números 40 a 42. Há algum tempo, J. vinha apresentando alterações de comportamento: irritadiço, agressivo e com tendência ao isolamento. A família pediu o seu internamento, mas ele se opunha, por achar que não estava doente. Já se encontrava afastado de suas atividades docentes por falta de condições psicológicas para exercê-las. Na internação, apresentava-se lúcido e cooperativo, não manifestando seus pensamentos e juízos alterados, com presença de muitas interpretações delirantes. Na entrevista com a esposa, sua postura mudou e ele se tornou agressivo e justificava seu afastamento marital dela para não se macular. Considerava-se o salvador da esposa e a denegria, colocando-a a nível inferior a ele (na verdade, estava impotente há algum tempo). Depois da entrevista, nas consultas com a médica e na entrevista com a estagiária, passou a expor as suas ideias ou sistema de organização e de reforma da religião.

40) A descrição apresentada no caso aponta para o seguinte transtorno: a) maníaco b) paranoico c) dissociativo d) esquizofrênico

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41) Não aguento mais pensar nisso, queixa-se J. Ele diz que seu problema é não aceitar que alguém possa olhar para outro e não ver a si mesmo como o outro o vê. Explica que a pessoa vê o outro, e o outro vê a pessoa, mas a pessoa não se vê como o outro a vê. Essas ideações não saem de sua cabeça e o angustiam muito. Esses elementos semiológicos apontam para o transtorno: a) ansioso b) paranoico c) obsessivo d) dissociativo

42) De repente, sentiu que algo não ia bem. Começou a ter tremores em todo corpo e uma sensação de sufocação se instalou a seguir. Teve impressão muito nítida de estar morrendo. Essa descrição remete ao seguinte transtorno: a) neurose fóbica b) ataque de pânico c) neurose de angústia d) transtorno hipocondríaco

43) Para Silveira (2006), a comunicação com o esquizofrênico, em casos graves, terá pouca probabilidade de êxito se iniciada ao nível verbal das relações interpessoais comuns, isto porque esses pacientes encontram-se: a) invadidos pelo discurso do outro, com o corpo vivenciado como desmembrado b) muito fragmentados, com o pensamento confuso e desorientados no tempo e no espaço c) mergulhados no mundo arcaico de pensamentos, emoções e impulsos não verbalizáveis d) sem referência a um eu, com as vivências alteradas e invadidos pelas alucinações auditivas

44) Em 1956, Silveira criou a Casa das Palmeiras, primeira experiência de projeto terapêutico externo ao hospício no Brasil. Uma modalidade de oferta terapêutica para condições psicóticas, pioneira e que foi definida como sendo um pequeno território livre, cujo objetivo era: a) servir de ponte entre o hospital e a sociedade b) oferecer atividades terapêuticas criativas c) criar um lugar para o psicótico conviver d) evitar as reinternações dos pacientes

45) No começo de seu texto “Mal-estar na cultura”, Freud (1930) observa explicitamente que a pesquisa psicanalítica sobre o eu, ou ego, permitiu estabelecer que ele a) garante nossa autonomia b) é uma aparência, um engodo c) nos dá o sentimento de si mesmo d) não satisfaz nossas necessidades

46) Como todo sujeito, o adolescente deve se haver com as três principais fontes de sofrimento humano, conforme Freud (1930). Entre elas, aquela que o autor mais enfatiza diz respeito às: a) consequências não resolvidas da relação mãe-filho b) necessidades básicas que sustentam a vida c) dificuldades em se haver com a castração d) relações com os outros seres humanos

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47) Uma das grandes preocupações que a sociedade tem para com os adolescentes diz respeito ao uso, às vezes indiscriminado, de drogas. Em 1930, Freud lhe atribui dois efeitos, a saber: a) fuga da realidade e declínio da sensibilidade b) defesa contra o sofrimento e engano da autonomia c) perigo além do princípio do prazer e satisfação pulsional d) ganho de prazer imediato e independência do mundo exterior 48) Segundo Freud (1930), para fazer frente e para limitar as pulsões agressivas tão comuns aos seres humanos, conta-se fundamentalmente com o(a): a) pai do amor b) cultura c) droga d) sexo 49) Em seu livro “O adolescente e o outro”, Alberti (2004) propõe que a adolescência ficou bem maior em função das modificações surgidas na cultura, a partir do século XX, levando à aniquilação dos ideais e à humilhação do pai. A autora lista alguns desses fatores, entre os quais é possível identificar: a) massificação e tráfico de drogas b) declínio da função paterna e globalização c) segregação social e virtualização das relações d) terríveis guerras e surgimento das ciências humanas 50) As relações entre os adolescentes são complexas e reatualizam experiências vividas anteriormente. Não raro, promovem dificuldades com as quais o sujeito não consegue lidar pela angústia que causam. Freud (1930) identifica a angústia social como sendo a angústia: a) de castração do outro b) da perda do amor c) da falta básica d) do supereu

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